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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE - UFF INSTITUTO DE ARTES E COMUNICAÇÃO SOCIAL - IACS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO - GCI CURSO DE GRADUAÇÃO EM BIBLIOTECONOMIA E DOCUMENTAÇÃO Bibliotecas Virtuais: A mudança do papel da biblioteca e novas formas de acesso na contemporaneidade NITERÓI 2016

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE - UFF

INSTITUTO DE ARTES E COMUNICAÇÃO SOCIAL - IACS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO - GCI

CURSO DE GRADUAÇÃO EM BIBLIOTECONOMIA E DOCUMENTAÇÃO

Bibliotecas Virtuais:

A mudança do papel da biblioteca e novas formas de acesso na contemporaneidade

NITERÓI

2016

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Bibliotecas Virtuais:

A mudança do papel da biblioteca e novas formas de acesso na contemporaneidade

OHANA DO NASCIMENTO DE OLIVEIRA

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado à Universidade Federal

Fluminense, como requisito para obtenção

do Grau de Bacharel. Área de Concentração:

Biblioteconomia e Documentação.

Orientadora: Prof. Drª. Esther Hermes Lück

NITERÓI

2016

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Ficha Catalográfica elaborada pela Biblioteca Central do Gragoatá

O48 Oliveira, Ohana do Nascimento de.

Bibliotecas virtuais: a mudança do papel da biblioteca e novas formas de acesso na contemporaneidade / Ohana do Nascimento de Oliveira. – 2016.

44 f. ; il.

Orientadora: Esther Hermes Luck

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Biblioteconomia e

Documentação) – Universidade Federal Fluminense, 2016.

Bibliografia: f. 39-44

1. Biblioteca virtual. 2. Democratização. 3. Leitura. 4. Internet.

I. Luck, Esther Hermes. II. Universidade Federal Fluminense. Instituto

de Arte e Comunicação Social. III. Título.

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Bibliotecas Virtuais:

A mudança do papel da biblioteca e novas formas de acesso na contemporaneidade

OHANA DO NASCIMENTO DE OLIVEIRA

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado à Universidade Federal

Fluminense, como requisito para obtenção

do Grau de Bacharel. Área de Concentração:

Biblioteconomia e Documentação.

APROVADO EM: / /

BANCA EXAMINADORA

______________________________________________

Prof.ª Drª ESTHER HERMES LÜCK

GCI-Universidade Federal Fluminense

Orientadora

______________________________________________

Prof. SAULO ROCHA

STE-Universidade Federal Fluminense

______________________________________________

Prof. RICARDO DRUMMOND MARSICANO RIBEIRO

STE-Universidade Federal Fluminense

NITERÓI

2016

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“Não há sucesso sem sacrifício.

O mundo pertence aos otimistas;

Os pessimistas são simples espectadores.”

(GAIDZINSKI, Octávia, 1995)

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por todas as oportunidades que me deu nessa vida.

Em especial à minha mãe que é a razão por eu ser quem eu sou hoje.

Ao meu noivo Alan, por estar sempre ao meu lado com seu amor e carinho.

À minha família que sempre apoiou minhas escolhas.

Aos meus amigos da graduação pelo companheirismo, amizade. Em especial a Isabelle que sempre esteve comigo nesta caminhada.

À professora Esther Hermes Lück pela orientação neste trabalho, e por ter me dado a oportunidade de aprender e compartilhar seus ensinamentos.

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RESUMO

As Bibliotecas Virtuais são caracterizadas como fontes adequadas de

armazenamento de informações confiáveis em suas bases de dados. O uso da

tecnologia para a disseminação da informação é um fator importante nos dias atuais.

Este trabalho foi realizado com objetivo de analisar as mudanças das Bibliotecas

Tradicionais e as suas formas de acesso, dando espaço para a criação de

Bibliotecas Virtuais. Mostrar como essa nova ferramenta pode servir de referência

para medir o potencial da mesma como democratizadora de conhecimento, partindo

de uma visão geral sobre a Sociedade da Informação, onde as Bibliotecas Virtuais

surgem. Através de uma pesquisa bibliográfica, buscou-se compreender as

bibliotecas virtuais como promotoras na oferta de serviços e produtos aos usuários

que procuram agilidade na busca da informação, suprindo suas necessidades

informacionais remotamente Foi realizado um estudo dos seus serviços e produtos,

disponibilizados via Web e internet, e destaca o serviço de referência virtual (SRV),

além de oferecer suporte para as questões de disseminação da informação em meio

virtual.

Palavras-chave: Biblioteca Virtual, Democratização, Leitura, Internet.

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ABSTRACT

Virtual libraries are characterize as adequate sources of storage of trusted information

in their databases. The use of technology for the dissemination of information is an

important factor in day current. This study was conduct to analyze the changes of

Traditional libraries and forms of access, giving space to create Virtual Libraries.

Show how this new tool can serve as a Reference to measure the potential the same

as the democratizing knowledge. Starting with an overview of the Information Society,

which generate the Virtual Libraries. Through literature surveys, it’s understood that

the virtual libraries are taxpayers in the provision of services and products to users

looking for agility and information anytime and anywhere remotely meeting their

information needs. Study of its services and products was conducted, available via

the Web and internet, and highlights the virtual reference service (SRV), and supports

for information dissemination issues in the virtual environment.

Keywords: Virtual Library, Democratization, Reading, Internet.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

BV - Biblioteca Virtual

CCD - Charged Coupled Device

CD - Compact Disc

DCMI - Dublin Core Metadata Iniciative

DVD - Digital Versatile Disc

HTML - Hyper Text Markup Language

PDF - Portable Document Format

RDF - Resource Description Framework

SRV - Serviço de Referência Virtual

TCIs - Tecnologia de Comunicação e Informação

UI - Unidade de Informação

USB - Universal Serial Bus

XML - Extensible Markup Language

WEB - Word Wide Web

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIGURAS

Figura 1 – Website da Iniciativa de Metadados Dublin Core.............................35

Figura 2 – Website da Digital Library Federation...............................................36

QUADROS

Quadro 1 – Evolução dos serviços e produtos ……………………………………27

Quadro 2 – Serviços a serem oferecidos pelo S.R.V ……………………………30

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................12

2 BIBLIOTECA: CONCEITUAÇÃO............................................................................14

3 BIBLIOTECA VIRTUAL: ALGUMAS VISÕES........................................................17

3.1 AS BIBLIOTECAS E A REALIDADE DIGITAL......................................................23

3.2 UNIDADES DE INFORMAÇÃO............................................................................25

3.3 SERVIÇO DE REFERÊNCIA VIRTUAL................................................................28

3.4 TECNOLOGIA NAS BIBLIOTECAS- AUTOMAÇÃO.............................................31

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................37

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................39

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1 INTRODUÇÃO

A partir do século XX, a tecnologia aparece como um facilitador social na

transmissão da informação tanto impressa quanto eletrônica. Neste contexto, a

informática e as formas digitais de expansão do conhecimento agilizaram os métodos

de geração, armazenamento, processamento e transmissão da informação.

A biblioteca virtual possibilita que vários usuários, em diferentes lugares, acessem o

mesmo arquivo simultaneamente. Porém por outro lado só tem acesso a ela quem

possui um computador com conexão à internet. Analisando os usuários de internet, o

digital ainda não é um privilégio de todos.

Ao mesmo tempo em que as bibliotecas virtuais se expandem e cada vez mais

aumenta os conteúdos disponibilizados através delas, uma parcela significativa da

população enfrenta muitas desvantagens e barreiras, como por exemplo, a exclusão

do acesso à internet, acesso lento e limitado das redes etc.

Levacov (1997, p.4) afirma que o mero acesso à informação online não significa que

esta informação seja sempre gratuita. Isto quer dizer que os centros distribuidores de

informação costumam ter, com frequência, um retorno de seu investimento de coleta,

tratamento e disponibilização de informações, cobrando taxas de acessos e serviços.

As bibliotecas virtuais são uma forma de ampliar a divulgação e o acesso à

informação da comunidade em geral, mediante ao uso de tecnologias. Mas isto

realmente está acontecendo? As bibliotecas virtuais democratizam o acesso à

informação? Esse é o problema sobre o qual a presente pesquisa pretende se

debruçar.

Para tanto, buscamos entender a mudança do papel da biblioteca e os novos modos

de acesso à informação. Decidiu-se abordar este tema por ser um assunto em

evidência e em constante mudança. Diante do avanço tecnológico que está

ocorrendo no mundo e o aumento do número de bibliotecas virtuais, a necessidade

de estudo sobre bibliotecas virtuais se apresenta cada vez mais necessária.

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O objetivo estabelecido para a presente pesquisa foi o de analisar a trajetória das

mudanças do papel da biblioteca através do tempo com ênfase nas bibliotecas

virtuais.

Para tanto, a metodologia aplicada ao estudo foi a pesquisa bibliográfica que,

Segundo Gil (1991), tem como característica o fato de ser construída através de

material que já foi publicado, principalmente livros, artigos de periódicos e hoje em

dia, materiais publicados na internet. Quanto a sua natureza será uma pesquisa

exploratória, objetivando uma maior proximidade com o problema estudado através

do estudo bibliográfico e de técnicas como a análise de exemplos que ajudem a

compreensão do problema.

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2 BIBLIOTECA: CONCEITUAÇÃO

Nas palavras do dicionarista Aurélio (1997), a palavra biblioteca é derivada do grego

bibliothêke, por meio do latim bibliotheca, possuindo como raiz biblion e thêke. A

primeira palavra sendo como livro, apresentando como raiz latina líber, servindo

como entrecasca de certos vegetais pelo o qual se produz o papel nos tempos

antigos. Thêke, a segunda parte, é qualquer composição que constitui invólucro

protetor: cofre, estojo, caixa, estante, edifício.

Os dizeres de Aurélio apresentam as seguintes definições: Coleção pública ou

privada de livros, documentos, e informação congêneres, elencados para estudo,

leitura e consulta; Edifício ou local onde são instaladas estas coleções; Prateleiras ou

outros móveis onde se guardam e/ou ordenam livros; Processamento de Dados ou

Bases de Dados.

Agregada ao Novo Dicionário da Língua Portuguesa, MILANESI (2002) utiliza o

termo biblioteca no contexto institucional, representando órgãos da administração

pública (a Biblioteca Nacional, a Biblioteca Pública Estadual, a Biblioteca Infantil

Monteiro Lobato etc. ou privada a Biblioteca do Real Gabinete Português de Leitura,

A Biblioteca da Fundação Barachisio Lisboa etc.). Referindo-se a coleções

bibliográficas, temos, por exemplo, a Biblioteca Pedagógica Brasileira da Companhia

Editora Nacional e a Biblioteca Histórica Paulista, da Editora Martins. E de forma

coletiva, Biblioteca Internacional de obras célebres.

Com o decorrer do tempo e a critério de variados autores, assim como Fonseca

(1979), a expressão biblioteca tem sido utilizada para designar desde simples

“coleções de livros”, até entidades mais elaboradas, de forma organizacional

estruturadas, com a intenção de propiciar serviços se fundamentando no tipo de

usuário, como por exemplo:

Coleções (de materiais habituais como livros e periódicos e especiais

audiovisuais ou multimeios), organizados de maneira bem técnica, com uma

gerencia convencional ou eletrônico;

Serviços e produtos informacionais, assim como empréstimo, pesquisa

bibliográfica, normatização de trabalhos, comutação, bibliográfica, orientação

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ao se utilizar fontes e de unidades de informação, sumários correntes de

periódicos (impressos eletrônicos), boletins informativos, entre outros.

Com a grande expansão bibliográfica que ocorreu principalmente a partir dos anos

60, e a necessidade de ampliar os serviços e produtos de interação entre o usuário e

os conteúdos por eles requeridos, como bibliografias, índices, resumos, assim como

a proliferação de publicações não convencionais como relatórios, CDs, DVDs etc.

exigiram das bibliotecas tradicionais novas funções.

Na compreensão de Lubisco (1998), essas novas funções da biblioteca não

passaram a substituir as tradicionais. Na realidade, andaram juntas, mesclando-se

em alguns momentos ou suas designações foram utilizadas como sinônimos, e

sendo assim, foi razão para discussões semânticas, como verificamos com os

termos Centro de Documentação, Centro de Informação, etc.

Essas diferentes denominações não devem ser mais importantes que o seu objetivo

maior, qual seja as instituições que possuem o objetivo de granjear e produzir

documentos para possibilitar a consulta. Possuem ferramentas adequadas para

processar tecnicamente a informação e dispõe de profissionais capazes de auxiliar

na recuperar a informação disponível (MILANESI, 2002).

Define-se como coleção de livros, a organização de maneira a conservá-los e

guardá-los para serem disponibilizados e lidos mais facilmente. Com o tempo, as

bibliotecas foram ampliando seu objeto de tratamento, vários outros documentos,

assim como: periódicos (hemeroteca), estampas (iconográfica), mapas (mapoteca),

fitas de vídeo (videotecas) discos (discoteca) slides, manuscritos etc. (FONSECA,

1979).

Sendo assim, Ortega y Gasset, (1969), afirma que “o futuro bibliotecário como um

filtro entre a torrente de livros e o homem”. Ademais, Jorge Luis Borges (apud

PRETTO, 1996) relatou em um de seus poemas que: “ordenar bibliotecas é exercer,

de modo silencioso e modesto, a arte da crítica”.

Observamos no dicionário de Ferreira (1986) que o termo biblioteca significa coleção

pública ou privada de livros e documentos congêneres, organizada para o estudo,

leitura e consulta.

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Entretanto, CUNHA (1997) também assegura que a palavra biblioteca em português

tem sua origem no latim, que, sendo assim, deriva-se dos radicais gregos biblio e

teca, e seus significados são, respectivamente, livro e coleção ou depósito. Para

finalizar, Martins (1996) sintetiza a palavra como depósito de livros.

Estas definições são meramente simples, não no contexto etimológico das palavras,

mas sim, no âmbito e concepção destas. Para melhor compreendermos este

assunto, apresentamos aqui a definição apresentada pela Biblioteca Nacional do

Brasil (2000, p.17) que diz:

A biblioteca é, pois, uma instituição que agrupa e proporciona o acesso aos registros do conhecimento e das ideias do ser humano através de suas expressões criadoras. Como registros entende-se todo tipo de material em suporte papel, digital, ótico ou eletrônico (vídeos, fitas cassetes, CD-ROMs, DVDs etc.) que, organizados de modo a serem identificados e utilizados, compõem seu acervo.

A citação acima direciona para outros pontos de vista, onde as bibliotecas

ultrapassam linhas e suportes em que a informação é organizada, apresentando

desta forma um novo significado ao termo biblioteca.

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3 BIBLIOTECA VIRTUAL: ALGUMAS VISÕES

Na sociedade do conhecimento, os indivíduos que utilizam as bibliotecas precisam e

buscam uma variedade de informações que não estão disponíveis facilmente, por

causa de uma série de razões, tais como o distanciamento físico do local onde elas

se encontram e a maneira de como acessar esta biblioteca.

Com o grande desenvolvimento das tecnologias de informação e da transmissão de

informações por computadores em rede, os documentos impressos, como registros

do conhecimento gerado pela humanidade em suportes de papel, foram

transformados em outros formatos. Os documentos em formato digital permitiram

novas maneiras de acesso e utilização destas informações, ultrapassando desta

forma as antigas barreiras que tornavam o usuário mais distante das fontes de

informação que ele planejava ter contato. Isto só foi possível por meio desta

interação com os documentos digitais, o que vem provocando as bibliotecas

tradicionais e todos os outros centros de informações a ficarem ajustados a estas

novas maneiras de trabalhar com seus acervos informacionais.

Sayão e Marcondes (2002), neste contexto, afirmam que,

O rompimento de barreiras tecnológicas importantes, experimentadas na última década, permitiram o surgimento de um novo patamar para esses sistemas: antes orientados basicamente para a recuperação de referências bibliográficas em bases de dados isoladas e textos em papel, voltam-se hoje para a recuperação distribuída de objetos digitais – textos completos, imagens em movimento, som, etc. – estabelecendo como palavras de ordem a publicação na internet e a interoperabilidade entre fontes de informação heterogêneas e globalmente distribuídas.

É assim que surge a biblioteca digital com o objetivo de disponibilizar, por meio de

documentos digitais, todas as informações para serem usadas por uma comunidade

de indivíduos que anteriormente somente era possível nos ambientes tradicionais de

informação (bibliotecas, museus, arquivos, centros de informação, etc.).

A evolução da biblioteca convencional para a biblioteca virtual, ocasionado pela

revolução tecnológica, provoca mudanças na secular estrutura da biblioteca,

principalmente, “na maneira de prover produtos e serviços informacionais aos

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usuários” (CUNHA, 2008, p. 4).

Se por um lado, os atuais recursos da WEB possibilitam que toda a informação

disponibilizada na grande rede de computadores tenha acesso quase instantâneo,

por outro lado a explosão informacional apresenta um fluxo elevado de informação, o

que trouxe para o ambiente virtual a necessidade de instrumento capaz de

administrar todo esse conteúdo.

Nos novos cenários da sociedade contemporânea, baseados nos avanços

tecnológicos e informacionais, a biblioteca virtual se apresenta como auxiliar para a

geracão de produtos e servic os especializados, para atender às necessidades

específicas de informac ão dos seus usuários. A sociedade da informac ão e do

conhecimento busca alternativas e soluc ões para que o acesso à informac ão seja

realizado de forma rápida, econômica e eficaz para o usuário. Grac as a inovacão,

bem como outros recursos associados a ela, tem transformado rapidamente esta

sociedade gerando impacto direto na economia e no desenvolvimento do país.

Levacov (1997) destaca que possuir a propriedade física da informac ão, seja

impressa ou em CD-ROM, ou pagar pelo acesso online, é uma decisão que tortura

bibliotecários no mundo inteiro. O acesso local garante a "posse" da informac ão, o

resultado concreto do investimento realizado. O acesso online além de mais barato,

possui um potencial impossível de ser igualado pela posse do documento impresso

ou pela rede local, mas seu produto é, frequentemente, intangível.

A Biblioteca Virtual agilizará o manuseio e recuperac ão das informac ões, descartará

a necessidade de uso de espac o físico em bibliotecas e gerará fonte de pesquisa e

conhecimento.

Os usuários das bibliotecas necessitam de uma diversidade de informac ões que nem

sempre estão disponíveis facilmente, devido a uma série de fatores como a distância

do local onde elas se encontram e a forma de acesso às mesmas.A informacão é

indispensável nos dias atuais em meio a mudanc as e avancos tecnológicos.

A biblioteca tradicional sofre um processo de transformação acompanhada pelos

suportes Tecnológicos da Informac ão e Comunicacão, surge um novo conceito de

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biblioteca, chamada de Biblioteca Virtual.

Biblioteca virtual é definida como sendo uma “realidade que o avanço tecnológico

proporcionou; o produto das novas tecnologias aplicadas à produção bibliográfica, ao

acesso e à difusão da informação” (LEITE, et al., 2001).

O conceito de biblioteca virtual se apresenta como uma alternativa para ampliar as

condições de busca, disponibilidade e recuperação de informações de maneira

globalizada, qualitativa, pertinente e racional. A biblioteca virtual vem com o intuito de

facilitar e disseminar o acesso a informação. Já que ela pode ser acessada de

qualquer lugar, a qualquer hora e por inúmeras consultas simultâneas.

Marchiori (1997) acrescenta que essa biblioteca pode ser acessada de longe através

de uma rede de computadores que estão interligados, favorecendo a acessibilidade

universal.

A autora destaca que dessa forma os “livros virtuais” não sofrerão os problemas de

suas contrapartidas físicas, podendo ser duplicados quantas vezes desejar. E ainda

afirma que “a biblioteca será infinita, pois não haverá limites para o número de livros

que possam conter”. (MARCHIORI, 1997, p.2).

Sabendo que não há consenso dos autores a respeito dessa conceituação, Machado

et al. (1999) destacam que para alguns autores biblioteca eletrônica, digital e virtual,

são termos que podem ser considerados sinônimos. O conceito adotado neste

trabalho reconhece ser possível acessar o acervo, visualizar e realizar o download do

documento interessado, o que denomina-se como biblioteca virtual.

Segundo Levy (1999), o uso da tecnologia possibilitou o acesso à informação de

forma mais rápida, sem depender das grandes viagens realizadas através de

caminhões baú, nos porões dos navios ou no bagageiro de um avião. Agora as

informações viajam diretamente de forma digital através de cabos.

Pereira e Rutina (1999) apontam como benefícios da biblioteca virtual a atualização e

distribuição mais rápidas do que os documentos em papel. E salientam ainda que,

além dos textos, esses documentos podem ser acrescidos de som e imagem o que

torna a aprendizagem muito mais interessante.

De acordo com Aquino (2004), a proposta da criação de uma biblioteca virtual visa

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fortalecer a ampliação dos espaços de difusão de informações e atender a expansão

da qualidade das pesquisas.

Morigi e Pavan (2004) acrescentam que a utilização de novas tecnologias cria e

recria novas formas de interação, de identidade, novos hábitos sociais e, também,

novas formas de sociedade.

Já se sabe que o uso da tecnologia para a disseminação da informação é um fator

de extrema importância nos dias de hoje. E, de acordo com Suaiden (2006), para

que ocorra de forma efetiva a concretização desse propósito, governos e instituições

nacionais e internacionais devem não somente propiciar a infra-estrutura tecnológica,

de comunicação e de informação, mas também formular e concretizar políticas com

essa finalidade, abarcando, ao mesmo tempo, coleções e acervos manuscritos,

impressos e eletrônicos formando assim um patrimônio documental e patrimônio

digital, memória do mundo.

Dessa forma, através da biblioteca virtual as pessoas passam a se comunicar cada

vez mais rápido com informações que antes demorariam dias ou até mesmo anos

para circular de forma diversificada, e acessadas em tempo mínimo favorecem assim

a construção e produção de novos conhecimentos. É através da construção de

conhecimentos que uma sociedade se desenvolve; portanto é com a biblioteca virtual

que uma sociedade poderá desenvolver-se melhor e mais rapidamente, gerando

também uma maior qualidade de vida a sua população que estará agora munida de

informações primordiais e essenciais a vida.

Na compreensão de Sabatini (1999), compreende-se as publicações eletrônicas

como “qualquer tecnologia de distribuição de informação em uma forma que possa

ser acessada e visualizada pelo computador e que utiliza recursos digitais para

adquirir, armazenar e transmitir informação de um computador para outro” e, ao

ponto em que a variedade destes suportes foram sendo usados, ultimamente, para

se difundir as informações, mais complicada também ficou o gerenciamento do

controle bibliográfico, sendo necessário a criação de novos padrões para o

tratamento, armazenagem e acesso e isso é função das bibliotecas e outras formas

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de unidades de informação para a gestão dos recursos informacionais em meio

digital.

No começo da década de 90, vários projetos foram idealizados para averiguar a

questão da publicação de livros e periódicos eletrônicos, e, consequentemente, as

maneiras para se gerenciar os catálogos bibliográficos através de softwares com

este específico objetivo (ROSETTO,1997). Com a criação de tecnologias cada vez

mais evoluídas para gerar e difundir textos através da Internet, novos padrões para o

gerenciamento da informação e protocolos de comunicação foram criados para

produzir uma infra-estrutura adequada para a elevada demanda de informações

nesta área.

Desta maneira, a evolução de tecnologias da informação e comunicação resultou na

oferta de várias formas de serviços de informação, deixando nas mãos dos usuários,

variadas possibilidades de estruturação e acesso aos repositórios informacionais. O

que se resultou por esta evolução foi a organização de novos conceitos de

bibliotecas, onde foram instituídos a partir dos últimos anos do século XX, assim

como evidenciou Barker (MARCHIORI, 1997):

Polimídia – esta usa variadas formas de meios independentes para armazenar

as informações.

Eletrônica – compreende-se pelo sistema em que os processos básicos da

biblioteca são de caráter eletrônico, resultando assim em uma grande

utilização de computadores e de suas facilidades para proporcionar índices

on-line, procura de textos completos e na recuperação e armazenagem de

registros.

Digital – os dados contidos nela são existentes somente na forma digital,

sendo capaz de se localizar em meios variados de armazenagem, como as

memórias eletrônicas (discos magnéticos e óticos), e de se acessar em locais

específicos e de maneira remota pelas redes de computadores.

Virtual – denominado como uma forma de biblioteca que, para estar útil,

depende da tecnologia da realidade virtual, utilizando software que apresenta

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o ambiente de uma biblioteca em duas ou três dimensões, elaborando um

local de grande vivencia e interação.

Há uma destas definições, muito estudada e muito difundida em muitas pesquisas

sobre biblioteca digital, é a da Digital Library Federation, que diz assim: “Bibliotecas

virtuais são organizações, que disponibilizam recursos (humanos inclusive), para a

seleção, estruturação, interpretação, distribuição e disponibilização de objetos

digitais, e que devem zelar por sua integridade/autenticidade, de forma que sejam

acessíveis a baixo custo para a comunidade”. A biblioteca virtual é, na concepção de

Cleveland (1998), acima de qualquer coisa, uma biblioteca. Entretanto, possui um

teor de informações mais elevado e algumas outras características, evidenciadas a

partir de várias discussões efetuadas por especialistas sobre este tema, assim como:

Possui uma aparência de biblioteca e agrega coleções tradicionais e digitais,

estipuladas por maneiras tradicionais, ou seja, documentos impressos.

Agrega também materiais digitais que estão fora de seu ambiente físico e

administrativo, sendo assim, no interior de outras bibliotecas digitais e

websites.

Agrega também todos os processos e serviços que constituem e

fundamentam as bibliotecas. Mas, estes processos tradicionais, que

constituem a base da biblioteca virtual, irão ter que ser analisados e

aumentados para armazenar as variações entre as novas maneiras digitais e

os meios tradicionais.

Possui um ponto de vista adequado de toda informação que uma biblioteca

possui, não levando em conta a sua forma e formato.

Proporcionam as suas comunidades específicas, da mesma forma que as

bibliotecas tradicionais efetuam hoje em dia, entretanto, estas comunidades

são capazes de estarem dispersas por meio da rede ou ampliadas.

Necessita de bibliotecários habilidosos e também de analistas de sistemas

para serem concebidas.

O entendimento de como é uma biblioteca virtual precisa ser efetuado como um

utensílio para gerar o acesso à informação elaborada no contexto digital e também

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agrega outras formas tradicionais, entretanto, antes de qualquer coisa, deve ser

elaborada como uma e ferramenta para democratizar todo o acesso ao

conhecimento e inclusão social e cultural.

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3.1 AS BIBLIOTECAS E A REALIDADE DIGITAL

Levando em consideração o contexto das bibliotecas tradicionais, o objetivo das

bibliotecas virtuais nos é esclarecido por Dias (2006, p. 66) como sendo “[...] um

meio de facilitar o acesso a coleções que já existiam há muito tempo, com variada

dificuldade de acesso, mas cujas eventuais facilidades providenciadas não podem

competir com as extraordinárias facilidades que a Internet 1 e a Web 2 podem

propiciar”.

E assim, se faz necessário verificar a conotação dos termos usados para compor a

expressão “biblioteca digital”. O primeiro, “biblioteca”, e o segundo, “digital”, agregam

dois objetos fortemente discutidos, sendo que cada um destes apresenta um grande

leque de áreas específicas e simultaneamente híbridas do conhecimento humano.

Seguindo ainda neste contexto, Moreno (2008, p.91) assegura que,

O ambiente virtual acabou por constituir um novo espaço, onde os ímpetos corporativistas se desfaziam diante da nova realidade. Essa realidade demanda um consórcio de saberes que não podem mais ser monopólio de apenas uma área do conhecimento: mesmo tendo sido construídos a partir de trajetórias de reflexão historicamente apartadas, hoje se articulam e se transformam numa nova ordem de sistematização do conhecimento humano.

1Internet – Rede de computadores de abrangência mundial que interliga os mais diferentes sistemas computacionais e redes, e possibilita, por meio de protocolos padronizados, tais como TRANSMISSION CONTROL PROTOCOL (TCP) e INTERNET PROTOCOL (IP), a troca de dados entre eles. (MARCONDES, et.al 2005, p.19). 2Web – WWW (world wide web, ou apenas W3) - A teia de alcance mundial, criada por Tim Berners-Lee, que concebeu a maneira de associar, por meio de links, documentos armazenados em qualquer computador ligado à Internet, através de um localizador denominado URL. É uma parte da Internet que interliga todos os documentos de hipertexto, regidos pelos protocolos HTTP (hypertext transfer protocol), ou seja, documentos que utilizam à linguagem HTML (hypertext markup language) que permite passar de um arquivo a outro através de links (ou hiperlinks). A web é administrada por um consórcio de empresas e instituições (W3C – World Wide Web Consortium), que define protocolos, padrões e orientações para o uso da rede. (FACESM, On-line).

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Agora, o termo digital, nas palavras de Tammaro e Salarelli (2008) é a tradução do

vocábulo inglês digit, que nos leva ao latim digitus, que significa o radical se

desdobra nas palavras: digito, digital, que levam para a ação de contar com os

dedos, uma significância imaterial, simbólica dos números. Sendo assim, a maneira

de representação através de símbolos que se usa para a leitura de dados por

sistemas eletrônicos é o bit, “digito binário”.

Exemplificando isto na prática, o registro de uma fotografia dentro de uma máquina

fotográfica digital, na ocasião em que a câmera fotográfica captura, através de

células fotossensíveis (chamadas CCD, Charged Coupled Device), a luz de toda a

cena fotografada. Esta informação, armazenada de forma analógica, é digitalizada

(através do que se denomina de 'shift register') e armazenada em um meio elétrico

(memória interna, cartões de memória, etc.), sendo capaz de se transmitir estas

imagens armazenadas e contidas neste processo por meio de um leitor de cartões

ou por meio de um cabo de dados (habitualmente USB) fazendo a conexão entre a

máquina digital e um computador. A internet alterou toda a estrutura das bibliotecas.

Os dizeres de Ramos (2000, p.186) fazem menção a uma nova maneira de biblioteca

ao apresentar assim: “Dentro deste universo virtual também se enquadram as

bibliotecas, que recebem novas denominações, a saber: biblioteca virtual, biblioteca

digital, biblioteca eletrônica, biblioteca do futuro, biblioteca sem paredes, e-library,

biblioteca não-física [...]”.

Por meio dos computadores ligados a uma rede, estas bibliotecas são capazes de

serem acessadas a qualquer instante, 24 horas do dia, e de qualquer localização do

planeta, apresentando para o indivíduo que uma enorme quantidade de informação,

que, anteriormente, somente seria capaz de ser realizada a partir da busca real

dentro das bibliotecas físicas.

Assim como Marchiori (apud Beuttenmüller, 2005, p. 78) diz:

A biblioteca virtual é chamada de biblioteca de realidade virtual ou “ciberteca”, pois a mesma depende da tecnologia digital para existir. Em outras palavras, depende de um programa que reproduza o ambiente de uma biblioteca em duas ou três dimensões criando um ambiente de imersão e interação.

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A biblioteca virtual trouxe vantagens para todos os indivíduos, e novos serviços foram

incorporados aos que anteriormente eram disponibilizados unicamente nas

bibliotecas físicas.

A função da Biblioteca Virtual é atender o usuário de uma maneira bem rápida. Pelo

grande benefício de conseguir compartilhar informações entre si, esta biblioteca

contemporânea diminui a diferença entre bibliotecas de tamanho mais expressivo e

as de menor tamanho. No atual contexto informacional, o usuário poderá acessar os

mais variados documentos digitais.

Na compreensão de Tarapanoff (2000, p.8), observamos o seu comentário sobre o

serviço dos bibliotecários perante as alterações informacionais:

Embora a teoria seja a mesma, a prática do bibliotecário, especialmente aquela que se baseia em todas as facilidades oferecidas pelas novas tecnologias e a globalização, bem como no método científico da invenção, lhe abre muitos caminhos, muitas novas possibilidades de prestar serviços informacionais e sugere uma nova forma de administrá-lo.

O serviço de referência dominou-se dos benefícios das TICs e está apostando em

uma nova forma, o Serviço de referência Virtual.

3.2 UNIDADE DE INFORMAÇÃO

A área de informação reflete o crescimento em qualquer economia desenvolvida. Do

pioneiro e tradicional modelo de biblioteca, foram se igualando os centros de

documentação, os centros de informação e as bibliotecas virtuais. As bibliotecas no

âmbito de instituições sociais são partes que agregam a sociedade e, desta maneira,

possuem o dever de acompanhar os processos de desenvolvimento econômico,

social e tecnológico.

Na compreensão de Tarapanoff, Araújo Júnior e Comier (2000) as unidades de

informação foram e são, habitualmente, instituições sociais que não possuem fins

lucrativos, e que sua peculiaridade como unidade de negócio é prestar certos

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serviços, para a sociedade, de uma maneira tangível (produtos impressos), ou

intangível (prestação de serviços personalizados, pessoais e, de forma virtual, pela

Internet).

Já Vanti (1999, p. 333) é da opinião de que a biblioteca, como uma organização sem

fins lucrativos, possui “... objetivos bem definidos como a prestação de serviços de

informação e o atendimento ao usuário não poderia deixar de estar atenta às novas

formas de gerenciamento e filosofias organizacionais”.

No entender de Carvalho e Kaniski (2000), as bibliotecas deixaram, ou irão deixar

seu trabalho de somente armazenar as informações para passar a fazer um trabalho

voltado ao processo de comunicação. Elas tenderão a abandonar a filosofia de posse

e focar mais na filosofia de acesso. Esta transformação abrange a ação de

compartilhar os recursos informacionais, o trabalho em rede, diminuindo pontos

fracos e as barreiras.

Deste modo, as tecnologias da informação estão possibilitando uma forma mais

eficiente de difundir e de tornar mais dinâmico o acesso à informação.

As bibliotecas e centros de documentação devem ser identificados como unidades

de criação de produtos e serviços inovadores para os usuários. E para que tal papel

seja percebido pelos usuários reais e potenciais as bibliotecas necessitam de rever

seus processos, remodelar a dimensão dos serviços e produtos que fornecem.

Somos capazes de observar algumas alterações que vieram a afetar e irão poder

alterar a biblioteca, assim como mostra o Quadro 1.

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Quadro 1: Evolução dos serviços e produtos.

Fonte: Adaptação de Valentim (2000).

Assim como Carvalho e Kaniski (2000, p.78) argumentam, algumas peculiaridades

podem e devem se modificar em um processo de se redefinir no contexto das

bibliotecas, como por exemplo:

a prestação de serviço de atendimento ao indivíduo deve demonstrar resultados que

constatem a não existência de obstáculos entre a informação que se pleiteia e a sua

localidade espacial;

a fé demasiada na capacidade da técnica, o que faz com que a área arcaica e restrita

de outras discussões que surgem da sociedade;

os serviços e os produtos terão o dever de reorganizar diariamente o conhecimento,

que irá ser propiciado de uma forma compatível com os desejos e exigências de

todos os indivíduos.

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Fica evidente, então, a compreensão de que a informação esteja ela em qualquer suporte, deve ser tratada como um conhecimento que foi criado por pessoas e deve ser disponibilizado para aqueles que precisam destas informações. Esta compreensão implica uma alteração na função e no perfil do bibliotecário e no contexto do trabalho dos profissionais nas bibliotecas de universidade.

3.3 SERVIÇO DE REFERÊNCIA VIRTUAL

As bibliotecas virtuais precisam possuir um o serviço de referência virtual, Nas

bibliotecas tradicionais, o serviço de referência era realizado somente com o acervo

físico existente na biblioteca. O trabalho do bibliotecário de referência era auxiliar os

usuários que pertenciam à comunidade a qual a biblioteca se circunscrevia. Com o

surgimento da Internet e o desenvolvimento das TICs, a função do serviço de

referência transpassou os limites da biblioteca física. Este serviço começou a ser

fornecido para usuários de todas as localidades, não sendo necessário que este se

desloque de sua casa para fazer suas buscas na biblioteca.

As palavras de Burim e Hoffmann (2005, p.1) salientam a relevância deste serviço

argumentando que:

Com o aumento da popularidade dos serviços de referência na Internet surge a necessidade dos bibliotecários e dos profissionais da informação expandirem o serviço de referência para além da biblioteca e centros de informação, desenvolvendo uma atividade em conjunto com o aumento das expectativas dos usuários e com a atualização dos bibliotecários com relação aos novos recursos.

O indivíduo que utiliza os serviços de uma biblioteca, não conhece, necessariamente,

o seu funcionamento. Desta forma, é factível que, em suas buscas, ele precise de

ajuda de um profissional bibliotecário de referência para se orientar. O bibliotecário

faz a relação dos usuários com os recursos disponíveis na unidade de informação.

Este profissional precisa, então, estar preparado para se relacionar com o usuário e

obter dele todos os dados necessários para realizar uma busca eficaz. Desta

maneira, este profissional precisará utilizar toda sua sensibilidade e raciocínio para

entender, por meio das perguntas realizadas pelo usuário e de suas atitudes, o que,

realmente, este usuário procura.

Na compreensão de Pinto (apud Ramos, 1993, p.15)

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Não basta que as unidades de informação possuam apenas qualidade aparente, ou seja, que sua coleção esteja organizada tecnicamente. É preciso, acima de tudo, que seus serviços e produtos tenham qualidade real.

A qualidade aparente que o autor menciona é fundamental para que o bibliotecário

possa realizar, com qualidade real, a sua missão. Desta maneira, cabe salientar a

enorme responsabilidade deste profissional no relacionamento entre a informação e

o usuário.

Em várias oportunidades os usuários chegam a procura de uma informação não

possuindo a compreensão ao certo do que necessita, ou não compreendendo como

realizar a pergunta objetiva sobre o seu interesse de pesquisa. As perguntas vão

desde questões bem simples até questões sem respostas, e o bibliotecário precisará

usar algumas estratégias para selecionar o que, na realidade, possui importância nas

questões feitas pelos usuários e tornar disponível a informação com o grau de

precisão esperado.

Grogan (1995) nos ensina que: “Os usuários das bibliotecas, auxiliados pelo

bibliotecário de referência, têm melhores condições de mais bem aproveitarem o

acervo de uma biblioteca do que o faria sem essa assistência”.

E desta maneira, como nos outros setores da biblioteca buscam novas maneiras de

caminhar junto com a tecnologia da biblioteca digital, o serviço de referência faz uso

das TICs. O dinamismo deste serviço tornou mais fácil para que o mesmo realizasse

uma enorme evolução rumo a adaptação à nova sociedade, a Sociedade da

Informação (CASTELS, 2000).

Os ensinamentos de Arellano (2001, p.3) nos apresentam noções sobre o papel do

bibliotecário no Serviço de Referência Virtual (S.R.V.), salientando assim:

[...] bibliotecários de referência on-line [...] estão se especializando no uso das tecnologias e das obras de referência existentes na rede. O perfil e as tarefas do servidor ou novo bibliotecário de referência surgem caracterizando um tipo de profissional que não mais realiza seu trabalho usando apenas obras em papel, OPACs e base de dados em CD-ROM.

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O serviço de referência virtual ocorre através da relação entre o indivíduo que usa a

biblioteca e o bibliotecário, por meio de Chat, e-mail, teleconferência ou qualquer

outra maneira de formulário propiciado pela página da biblioteca. Através deste o

usuário encaminha seus desejos e são respondidas por um bibliotecário

(BEUTTENMÜLLER, 2002 p.43).

Nos dias atuais, a necessidade é propiciar ao usuário do serviço virtual a mesma

qualidade que se propicia pelo serviço tradicional. Pensando nisto criamos o Quadro

2, elaborado a partir das lições de Marcondes, Mendonça e Carvalho (2004) no

contexto dos serviços a serem proporcionados pelo Serviço de Referência Virtual.

Quadro 2: Serviços a serem oferecidos pelo S.R.V.

Fonte: Adaptado de Marcondes, Mendonça e Carvalho (2005)

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3.4 TECNOLOGIAS NAS BIBLIOTECAS - AUTOMAÇÃO

Através do surgimento das tecnologias de informação e comunicação (TIC) na

contemporaneidade, ocorreram novas formas de promoção das Unidades de

Informação (UI) em oferecer seus produtos e serviços aos seus usuários, com

mudanças significativas na comunicação, economia, política, e na própria interação

do ser humano com o meio social e cultural.

Nesta perspectiva, a automação de unidades de informação se tornou uma atividade

indispensável para as bibliotecas que visa facilitar o acesso as suas informações e

fornecer suporte aos seus usuários para o incentivo da leitura.

Conforme Santos (SANTOS, 2014, p.10)

”a automação de bibliotecas é muito importante também na rotina de trabalho dos bibliotecários, pois através dela é possível reduzir o esforço e o trabalho de catalogação e permite oferecer serviços e produtos mais ágeis, flexíveis e dinâmicos que melhor atendam as necessidades de informação dos usuários.”

As informações digitais são capazes de elaborar diferentes informações que podem

ser acessadas ou manipuladas através de computadores, e podem existir

temporariamente ou que não são capazes de serem arquivados.

Para tanto, se faz necessário a automação da UI com um sistema que permita ao

bibliotecário desempenhar suas atividades que vão ao encontro à satisfação dos

usuários. Atualmente, no mercado brasileiro existem diversos programas capazes de

automatizar o trabalho realizado na biblioteca, desde a solicitação de compra do

material, até a disponibilização do mesmo para consulta.

Rodrigues (2009) complementa:

Em geral, automatizar significa a utilização de máquinas na execução de tarefas que antes eram executadas pelo homem. Nas bibliotecas e centros de informação, a automação surge para oferecer um atendimento eficaz e eficiente ao usuário, poupar tempo, otimizar os processos, atender a demanda, auxiliar a aquisição, tornar a organização mais precisa e principalmente atender às necessidades do usuário em curto espaço e tempo.(RODRIGUES, 2009)

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Com o avanço das novas tecnologias, existem hoje outros modelos de bibliotecas

que são totalmente informatizadas, o que nos permite afirmar que a biblioteca não

está inserida nos novos modelos de bibliotecas automatizadas do século XXI.

Todas as organizações, agregando nisto as bibliotecas, são capazes de dar acesso a

estes materiais mesmo não possuindo seu controle físico, e os usuários possuem ao

mesmo tempo materiais de maneira simultânea em muitos lugares, (sites).

Sendo assim, os livros eletrônicos disponibilizados pelas tecnologias multimídia

tiveram o impacto de transformação similar ao que a invenção da imprensa fez

antigamente, e essa transformação se elevou ainda mais no instante em que se

juntou com a Internet assim como Chartier (1998) evidenciou.

O cenário atual indica que a modernização e a atualização das bibliotecas estão

relacionadas à automação dos seus serviços e produtos aos usuários como forma de

promover o acesso a sua grande quantidade de informação através do uso das

tecnologias de informação e comunicação, de forma rápida e prática.

A função do bibliotecário é extremamente importante nesta época de radical

alteração, no instante em que se torna gerente, gestor da informação e do

conhecimento. Os bibliotecários são capazes de contribuir no processo da produção

do conhecimento, auxiliando a manipular as informações digitalizadas e ajudar os

indivíduos que usam essas bibliotecas na recuperação de todo o conteúdo de

informações.

Através dos processos de avaliação, seleção e implantação de softwares específicos

para a organização da informação em bibliotecas, é esperada a agilidade no

atendimento aos usuários através do controle de empréstimos, de forma a

aperfeiçoar as atividades na unidade de informação. A falta de um sistema

consistente gera muita dificuldade para atender aos usuários que dispõem de pouco

tempo para identificar o livro na estante e realizar o empréstimo.

Dentre os sistemas existentes no mercado, dispõe-se do software biblivre 4.0, que é

de fácil manuseio e atende as necessidades da biblioteca, auxiliando o bibliotecário

nas atividades de gerenciamento, organização e controle das informações, tornando

os serviços mais dinâmicos e proveitosos.

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Os mecanismos que devem ser agregados na elaboração de uma biblioteca digital

podem ser os seguintes:

Bases de dados incluindo links para os documentos no formato digital ou

impresso.

Ferramentas de indexação e localização.

Conjuntos de informações com funcionalidade para recursos da Internet.

Diretórios.

Fontes primárias nas muitas formas digitais.

Fotografias.

Agregado de informações numéricas.

Revistas eletrônicas.

Livros eletrônicos.

Vídeos.

Músicas.

Verbetes de questões temáticos.

Se fundamentando na norma ISO, existem duas formas de objetos digitais a serem

levados em conta: objetos elaborados para se representar ou substituir os materiais

de algum formato analógico – livros impressos, manuscritos, peças de museus, entre

outros, e objetos realmente “nascidos digitais”, assim como as fotografias digitais,

livro eletrônico, bases de dados, websites, entre outros. São capazes de se localizar

em somente um arquivo, como por exemplo, um documento que se encontra em

formato PDF, ou em vários arquivos associados por hiperlinks, exemplificando,

páginas em HTML, e as imagens associadas a ela ou, ainda, se embasar em vários

arquivos unificados através de metadados estruturados, como um livro digitalizado

com o formato de imagens de páginas diferentes, entretanto, se agrupando logo

depois através do sistema e elaborado de forma conceitual, assim como um livro

impresso (SAYÃO, 2004).

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Para se elaborar uma biblioteca virtual, são necessários princípios aplicados que já

fazem parte de procedimentos que devem ser seguidos, assim como Cleveland

(1998) evidencia:

Arquitetura técnica – as bibliotecas precisam elevar as dimensões da arquitetura

técnica que há para armazenar materiais digitais.

Criação da coleção digital - a biblioteca, para se elaborar uma biblioteca

digital, é preciso delimitar uma coleção digital com uma massa crítica e ser de

extremamente útil para a comunidade.

Digitalização – esta elaboração é capaz de ser efetuada através da

digitalização de documentos, assim como coleções retrospectivas e também

através do intermédio da introdução de coleções de informações através de

assinaturas e diretórios de links que foram optados.

Metadados – informações que representam o conteúdo e os atributos do

objeto digital, que é extremamente importante para se localizar e recuperar

qualquer recurso e/ou documento.

Identificação e persistência – o objeto digital precisa possuir uma identificação

característica e persistente se fundamentando nos padrões internacionais

(URL, URN, DOI).

Copyright/direitos autorais – assim como elencado na legislação internacional,

os direitos de propriedade precisam ser levados em conta no instante da

organização de bibliotecas digitais.

Preservação – muito relevante característica a ser levada em conta para

informação em formato digital, antevendo a degeneração tecnológica que

deve ser gerenciada e também a localidade onde irá ser armazenada.

Sendo assim, o Dublin Core é um esquema de metadados que possui o objetivo de

fazer a descrição dos objetos digitais, assim como vídeos, sons, imagens, textos e

sites na web. Aplicações de Dublin Core fazem uso de XML assim como também o

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RDF (Resource Description Framework). A utilização de Metadados Dublin Core

(Dublin Core Metadata Initiative – DCMI), assim como observamos na Figura 1, é

uma organização que se dedica a fomentar padrões de interoperabilidade de

metadados e elaborar vocabulários específicos para caracterizar fontes que façam

com que os sistemas de descobrimento de informações sejam mais inteligentes. Este

padrão Dublin Core se constitui por duas diferentes etapas: Simples e Qualificado. O

primeiro compreende quinze elementos (Titulo, Criador, Assunto, Descrição, Editor,

Colaborador, Data, Tipo, Formato, Identificador, Fonte, Idioma, Relações, Cobertura

e Direitos) e o segundo engloba três diferentes elementos adicionais (Audiência,

Proveniência e Detentor de Direitos), da mesma forma que um grupo de

refinamentos de elementos (denominados também como qualificadores), que fazem

o aprimoramento da semântica dos elementos de forma que sejam úteis para se

descobrir todos os recursos.

Figura 1: Website da Iniciativa de Metadados Dublin Core.

Fonte: Dublin Core.

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Já no contexto das bibliotecas, observando o Website da Digital Library Federation

na Figura 2, objetiva-se auxiliar com os membros e organizações aliadas, a realizar

um suporte para novas pesquisas, elaboração de normas e padrões; efetuar fóruns

com a intenção de guiar os membros da DLF, evidenciar projetos e pesquisas, fazer

um intercambio de experiências no que diz respeito ao gerenciamento de recursos

eletrônicos, delimitar uma lista de discussão para troca de informação, observar as

iniciativas, visualizarem os recursos e fomentar a discussão, conservar uma website

para proporcionar acesso público às informações no contexto das atividades de

desenvolvimento sobre a DLF, tornar público os documentos da DLF, agregando

também os formatos impressos de trabalhos, relatórios, fóruns, entre outros recursos

e informações no âmbito da biblioteca digital.

Figura 2: Website da Digital Library Federation.

Fonte: World Digital Library Project.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

As Bibliotecas Virtuais consistem em base de dados com o objetivo de fornecer as

informações, incentivar a leitura e a pesquisa, orientar o usuário na sua busca por

conteúdos, tornando uma ferramenta indispensável no mundo da Internet e do

aprendizado à distância.

Certamente a biblioteca prosseguirá desempenhando sua tradicional função de

realizar a armazenagem e compartilhamento das informações do ser humano. Irá

prosseguir sendo um instrumento da educação, fundamento para se produzir o

pensamento inovador, fomentar a cultura, e auxiliar a evolução individual de todos os

indivíduos.

Entretanto, sua função será muito maior, prosseguindo a coordenar e tornar mais

acessível a conservação do registro e expressão cultural e intelectual por meio de

formatos tradicionais e digitais. E na compreensão de Kramer (1998), “as bibliotecas

deverão num futuro próximo serem fontes de informação digital gratuita e barata”.

Após a realização do trabalho, pode-se afirmar que as bibliotecas virtuais têm, sim,

uma grande função a desempenhar na leitura e no estudo. E na medida em que

democratizam o acesso à Internet, podem ter um papel importante na redução das

desigualdades culturais. No entanto, uma biblioteca virtual só pode contribuir de

forma decisiva para democratizar a leitura se o público possui acesso à web.

Segundo o IBOPE: A desigualdade social, infelizmente, também tem vez no mundo digital: entre

os 10% mais pobres, apenas 0,6% tem acesso à Internet; entre os 10% mais

ricos esse número é de 56,3%. Somente 13,3% dos negros usam a Internet,

mais de duas vezes menos que os de raça branca (28,3%). Os índices de

acesso à Internet das Regiões Sul (25,6%) e Sudeste (26,6%) contrastam

com os das Regiões Norte (12%) e Nordeste (11,9%)

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Não resta dúvida de que o acesso tornou mais fácil e rápido e as bibliotecas virtuais

foram incorporadas na rotina de pesquisa, modificando para sempre o modo de

acessar o conhecimento.

As bibliotecas virtuais têm muito a oferecer à democratizac ão do conhecimento, mas

para isso é preciso avançar muito, democratizando primeiro o acesso aos meios,

juntamente com uma política educacional que promova uma aproximacão entre

tecnologias e pessoas.

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