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1 UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO - UNINOVE UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - UFSC RELATÓRIO QUADRIMESTRAL (3) DO PROJETO: OBTENÇÃO EM ESCALA PILOTO DE MATERIAIS CERÂMICOS COM ADIÇÃO DE CINZAS PESADAS DE CARVÃO MINERAL NÚMERO ANEEL: PD-0403-0036/2013 COORDENADOR DO PROJETO (UNINOVE): Profa. Dra. Cláudia Terezinha Kniess GERENTE DO PROJETO (TRACTEBEL): Eng. Liliana Dutra dos Santos São Paulo, agosto de 2015.

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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO - UNINOVE

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - UFSC

RELATÓRIO QUADRIMESTRAL (3) DO PROJETO:

OBTENÇÃO EM ESCALA PILOTO DE MATERIAIS CERÂMICOS COM ADIÇÃO

DE CINZAS PESADAS DE CARVÃO MINERAL

NÚMERO ANEEL: PD-0403-0036/2013

COORDENADOR DO PROJETO (UNINOVE): Profa. Dra. Cláudia Terezinha Kniess

GERENTE DO PROJETO (TRACTEBEL): Eng. Liliana Dutra dos Santos

São Paulo, agosto de 2015.

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SUMÁRIO

1. IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO ................................................................................. 4

1.1. Entidades Participantes ................................................................................................ 5

1.2. Equipe do Projeto ......................................................................................................... 5

1.3. Alterações na Equipe do Projeto .................................................................................. 6

2. ETAPAS REALIZADAS NO SEGUNDO QUADRIMESTRE DO PROJETO ............ 7

3. METODOLOGIA ADOTADA NO DESENVOLVIMENTO DAS ETAPAS .............. 8

3.1. Pesquisa na Base Internacional de Patentes ................................................................. 8

3.1.1. Introdução .................................................................................................................... 8

3.1.2. Busca e Mapeamento Tecnológico na Base de Patentes ............................................. 9

3.1.3. Métodos e Ferramentas .............................................................................................. 10

3.2. Caracterização da Cinza de Carvão Mineral .............................................................. 11

3.2.1. Difração de Raios X ................................................................................................... 11

3.2.2. Distribuição do Tamanho de Partículas ..................................................................... 11

3.3. Estudo de Formulações dos Materiais Cerâmicos com Adição de Cinzas Pesadas de Carvão Mineral. .................................................................................................................... 12

4. EQUIPAMENTOS ADQUIRIDOS E CONTRATAÇÕES .......................................... 13

5. RESULTADOS ALCANÇADOS ................................................................................. 13

5.1. Pesquisa na Base Internacional de Patentes ............................................................... 13

5.1.1 Evolução no Número de Patentes .............................................................................. 13

5.1.2 Aplicação das Cinzas na Produção de Vidro ............................................................. 15

5.1.3 Uso de Cinzas Pesadas de Carvão Mineral na Obtenção de Vidros Utilizando Cálcio

como Fundente ......................................................................................................................... 16

5.1.4 Uso de Cinzas Pesadas de Carvão Mineral na Obtenção de Vidros Utilizando Sódio

como Fundente ......................................................................................................................... 17

5.1.5 Uso de Cinzas Pesadas de Carvão Mineral na Obtenção de Cerâmica por Extrusão 18

5.1.6 Tecnologias Utilizadas na Produção de Cerâmicas “Adoquim” ............................... 19

5.1.7 Principais Matérias-Primas ........................................................................................ 21

5.2 Caracterização da Cinza Pesada de Carvão Mineral.................................................. 35

5.2.1 Análise Mineralógica da Cinza Pesada de Carvão Mineral ....................................... 36

5.2.2 Curva de Distribuição de Tamanho de Partícula da Cinza ........................................ 41

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5.3 Estudo de Formulações dos Materiais Cerâmicos com Adição de Cinzas Pesadas de Carvão Mineral ..................................................................................................................... 42

6 REUNIÕES, PALESTRAS E CURSOS REALIZADOS (INTERNOS E EXTERNOS) 45

7 VIAGENS REALIZADAS ........................................................................................... 46

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1. IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO

O Projeto intitulado Obtenção em Escala Piloto de Materiais Cerâmicos com Adição de

Cinzas Pesadas de Carvão Mineral - Número Aneel: PD-0403-0036/2013 - tem como objetivo

principal a obtenção de protótipos em escala de piloto de materiais vítreos e cerâmicos

estruturais com a adição de cinzas pesadas de carvão mineral por meio de uma planta piloto

instalada no complexo termelétrico Jorge Lacerda (Capivari de Baixo – SC).

O prazo de execução do projeto é de 24 (vinte e quatro) meses, com início oficial em

07/07/14. O projeto contempla a realização das seguintes etapas:

a) Revisão do estado da arte da temática abordada;

b) Caracterização das matérias-primas e do subproduto industrial cinza pesada de carvão

mineral;

c) Planejamento experimental envolvendo o estudo de formulações dos materiais vítreos

e cerâmicas estruturais;

d) Obtenção dos materiais vítreos e cerâmicas estruturais em escala de laboratório;

e) Caracterização dos vidros e cerâmicas estruturais obtidos com a adição de cinzas

pesadas de carvão mineral;

f) Projeto da planta piloto do processo de obtenção dos materiais vítreos e cerâmicas

estruturais "ecológicos" (unidade de demonstração);

g) Montagem da planta piloto do processo de obtenção dos materiais vítreos e cerâmicas

estruturais "ecológicos" (unidade de demonstração);

h) Obtenção dos materiais vítreos e cerâmicos estruturais em escala piloto;

i) Caracterização dos materiais vítreos e cerâmicas estruturais, obtidos em escala piloto;

j) Estudo da viabilidade econômico-financeira da obtenção dos materiais a partir de

resíduos industriais. Análise do ciclo de vida dos produtos;

k) Produção dos materiais em escala industrial com o apoio das empresas parceiras.

Parceria da empresa Cerâmica Rozani para a produção das cerâmicas estruturais em

escala industrial.

l) Caracterização dos materiais vítreos e cerâmicas estruturais, obtidos em escala

industrial;

m) Elaboração do relatório final;

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n) Articulação de mecanismos para a transferência de tecnologia;

o) Divulgação dos Resultados: i) Setor Acadêmico, por meio da participação em eventos

e congressos científicos nacionais e internacionais; ii) Setor Energético (equipe da

Tractebel), por meio de seminários semestrais na empresa, com a apresentação dos

resultados do projeto.

1.1. Entidades Participantes

As entidades participantes do projeto são:

a) Tractebel Energia S. A.

b) Universidade Nove de Julho - Executora

c) Universidade Federal de Santa Catarina - Executora

d) Fundação de Ensino e Engenharia de Santa Catarina

e) Cerâmica Rozani Indústria e Comércio LTDA

1.2. Equipe do Projeto

A equipe do projeto está descrita a seguir:

a) EQUIPE TRACTEBEL:

• Eng. Liliana Dutra dos Santos – Gerente do Projeto

• Eng. Marcelo Delpizzo Caneschi – Pesquisador

b) EQUIPE UNINOVE:

• Profa. Dra. Cláudia Terezinha Kniess – Coordenadora do Projeto

• Prof. Dr. Emerson Antonio Maccari

• Ms. André Moraes dos Santos

c) EQUIPE UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA:

• * Prof. Dr. Humberto Gracher Riella - Pesquisador

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• Prof. Dr. Nivaldo Cabral Kuhnen - Pesquisador

• Dr. Geraldo Jorge Mayer Martins - Pesquisador

• Quim. Patricia Bodanese Prates - Pesquisador

• Fábio Rosso

• Anderson Rosso

• ** Ms. Camila Gonçalves

• *** Artur Traldi Bezerra

d) EQUIPE CERAMICA ROZANI

• Charles Nuermberg da Silva

* O prof. Humberto Gracher Riella foi reintegrado no projeto no mês de junho de 2015.

**A pesquisadora Camila Gonçalves foi incluída na equipe do projeto em junho de 2015, em

substituição a pesquisadora Marla Mateus.

*** O aluno de iniciação científica Artur Traldi Bezerra foi incluído na equipe do projeto em

junho de 2015.

1.3. Alterações na Equipe do Projeto

Conforme descrito no relatório anterior, no mês de dezembro de 2014 houve o

desligamento do Prof. Humberto Gracher Riella, da equipe do projeto TRACTEBEL n. PD-

0403-0036/2013, em função do não cumprimento das atividades que estavam sob a sua

responsabilidade.

Neste sentido, foi realizada uma reunião no dia 09/02/15, no Departamento de Inovação

Tecnológica da Universidade Federal de Santa Catarina (DIT - UFSC), em que estavam

presentes os professores Jamil Assreuy (Pró-reitor de Pesquisa - UFSC), Rozangela Pedrosa

(Diretora do DIT - UFSC), Claudia Kniess (coordenadora do projeto TRACTEBEL n. PD-

0403-0036/2013) e o representante do Jurídico do DIT-UFSC, André Oliveira. Na ocasião da

reunião foram apresentados os fatos que justificaram o desligamento do prof. Humberto Riella.

No mês de abril de 2015 foi realizada uma reunião na sede da Tractebel Energia, em

Florianópolis, com a presença de representantes da Universidade Federal de Santa Catarina,

Universidade Nove de Julho e Tractebel Energia. Na ocasião, foram apresentadas as

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justificativas referentes ao desligamento prof. Humberto Riella do projeto. O prof. Riella se

comprometeu a sanar as pendências e dar continuidade as atividades sob sua responsabilidade

dentro do prazo estabelecido. Neste sentido, o prof. Riella foi reintegrado a equipe do projeto,

a partir do mês de junho de 2015.

Os desdobramentos descritos anteriormente resultaram em um atraso no cronograma

inicial do projeto, principalmente nas atividades previstas para execução na UFSC. Será

necessário um pedido de prorrogação, estimado em oito meses, fato este já discutido com a

Tractebel Energia na reunião realizada.

2. ETAPAS REALIZADAS NO SEGUNDO QUADRIMESTRE DO PROJETO

Além das etapas descritas a seguir, no terceiro quadrimestre foram realizadas algumas

alterações no projeto em relação a equipe e adaptações em procedimentos internos das

instituições executoras para a operacionalização das atividades do projeto.

Destaca-se como atividades previstas no projeto e realizadas neste período de avaliação:

a) Avaliação do projeto como um todo, para o alinhamento das atividades, entregáveis e

cronograma;

b) Reuniões com a equipe do projeto para acompanhamento as atividades realizadas;

c) Revisão do estado da arte da temática abordada;

d) Levantamento na base internacional de patentes sobre tecnologias;

e) Caracterização da cinza pesada de carvão mineral;

f) Estudo de formulações dos materiais cerâmicos (cerâmica e vidro) com adição de cinzas

pesadas de carvão mineral.

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3. METODOLOGIA ADOTADA NO DESENVOLVIMENTO DAS ETAPAS

A metodologia adotada no desenvolvimento das etapas está descrita a seguir: (i)

pesquisa na base internacional de patentes; (ii) caracterização da cinza de carvão mineral; e (iii)

estudo de formulações dos materiais cerâmicos com adição de cinzas pesadas de carvão

mineral.

3.1. Pesquisa na Base Internacional de Patentes

Este relatório tem como objetivo descrever a pesquisa na base internacional de patentes

sobre tecnologias nos seguintes temas:

a) Uso de cinzas pesadas de carvão mineral na obtenção de vidros;

b) Uso de cinzas pesadas de carvão mineral na obtenção de vidros, utilizando cálcio

como fundente (carbonato de cálcio ou óxido de cálcio);

c) Uso de cinzas pesadas de carvão mineral na obtenção de vidros, utilizando sódio

como fundente (carbonato de sódio ou óxido de sódio);

d) Uso de cinzas pesadas de carvão mineral na obtenção de cerâmica por extrusão (tipo

de cerâmica denominada ADOQUIM).

3.1.1. Introdução

As cinzas resultantes da combustão do carvão mineral podem ser reaproveitadas em

diversos setores como, por exemplo, fabricação de cimento, concreto, materiais vitro-

cerâmicos, preenchimentos estruturais, estabilização de solos e síntese de zeólitos para

catalizadores (YAO et al., 2015). Mesmo com grande potencial de aplicação, somente 30% das

cinzas de carvão produzidas mundialmente são reaproveitadas (JAYARANJAN; VAN

HULLEBUSCH; ANNACHHATRE, 2014). Neste estudo, nosso objetivo foi obter maior

conhecimento sobre as possibilidades de reaproveitamento das cinzas de carvão por meio do

levantamento de patentes relacionadas ao tema. O presente estudo vem complementar o

mapeamento da produção científica, realizado no âmbito do projeto vigente.

A combustão do carvão resulta em dois tipos principais de cinzas: leves e pesadas. As

cinzas leves são largamente reaproveitadas para a fabricação de cimento, podendo alcançar

misturas de até 1:1 (JAYARANJAN; VAN HULLEBUSCH; ANNACHHATRE, 2014;

SIDDIQUE, 2013). As cinzas pesadas podem ser utilizadas na composição para

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preenchimentos estruturais na área de engenharia civil, concretos, cimentos geotécnicos

(geopolímeros), produção de tijolos e blocos de cimento e materiais vitro-cerâmicos

(CHAIPANICH; WONGKEO, 2014; KNIESS et al., 2007). Recentemente, pesquisas também

apontam o uso das cinzas pesadas na produção de materiais absorventes, para a despoluição de

soluções aquosas (DEL VALLE-ZERMEÑO et al., 2014; MITTAL et al., 2014).

Neste estudo focou-se o uso das cinzas pesadas, por ser objeto do projeto em

desenvolvimento.

3.1.2. Busca e Mapeamento Tecnológico na Base de Patentes

Uma forma de obter informações para compreender o contexto tecnológico e estratégico

de uma área é por meio dos dados de registros de patentes. As patentes podem ser excelentes

fontes para apoiar o desenvolvimento tecnológico, formulação de políticas públicas, estratégias

empresariais e análise do desenvolvimento científico-tecnológico (JEONG; YOON, 2014;

TEKIC et al., 2014). Como fonte de informação, a patente contém a descrição necessária para

a reprodução daquilo que está sendo patenteado, além de informações sobre famílias de

patentes, conhecimentos prévios, aplicação geográfica, entre outros indicadores (ABBAS;

ZHANG; KHAN, 2014). Também, independente da língua do país depositário, a patente possui

registro bibliográfico na língua inglesa, tornando seu conteúdo internacionalmente disponível

(QUONIAM; KNIESS; MAZZIERI, 2014). Além disso, as patentes possuem grande relevância

no processo de inovação e interação universidade-indústria, pois refletem a força competitiva

da ciência e da tecnologia, o nível da capacidade de inovação tecnológica e o grau de

desenvolvimento dos mercados técnicos. Também despertam a visão para aspectos importantes

da propriedade intelectual e da capacidade das competências centrais de uma empresa

(BARROSO; QUONIAM; PACHECO, 2009; XU, H., 2010).

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3.1.3. Métodos e Ferramentas

Como ferramenta para a extração de dados, foi utilizado o software Patent2Net. A

escolha ocorreu por ser um programa de código aberto e que possui as seguintes funcionalidades

(REYMOND; QUONIAM, 2014):

a) Busca a lista de patentes num formato que permite a construção de consultas complexas,

utilizando um nome de arquivo colocado como parâmetro para formar a lista de

resultados;

b) Utiliza o resultado obtido na busca para fornecer os dados bibliométricos (inventores,

datas, pais, classificação e status);

c) Possui algoritmos que possibilita uma rede temporal de entrada bibliográficas

associadas as patentes e seus atributos que permite a manipulação e exploração das

informações colhidas de cada patente, criando um gráfico completo dos dados.

Por ser um software de código aberto, baseado em Python, o Patent2Net pode receber

melhorias em suas funcionalidades de tratamento e filtragem das informações, colhidas na base

de dados de patentes. A expectativa é que este software, não só ajude na busca das patentes

existentes, mas contribua na análise dos vários fatores envolvidos no processo de P&D. A

implementação de mecanismo de triangulação dos dados pode fornecer informações como a

disseminação do conhecimento, dinâmica regional e bases tecnológica. O software Patent2Net

também permite recuperar informações dos relacionamentos de rede em uma base de patentes,

como co-inventores e co-agentes e suas sub-redes, buscando obter com isso os cruzamentos

tecnológicos, interesse nacional protegido (tecnologia), Inventor e Tecnologia, Inventor e

Empresas (Inventor-Agent).

Para a análise dos dados foi utilizado o software Gephi, um poderoso aplicativo para a

análise de redes, que também possui código aberto e de livre distribuição (BASTIAN et al.,

2009).

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3.2. Caracterização da Cinza de Carvão Mineral

3.2.1. Difração de Raios X

A técnica de difratometria de raios X foi empregada neste trabalho com o objetivo de

identificar as fases mineralógicas presentes no subproduto industrial e das matérias-primas

argilomineriais.

As análises de difração de raios X dos materiais desenvolvidos foram obtidas num

difratômetro Philips, modelo X´Pert, com radiação cobre Kα (λ = 1,54 Å), monocromador na

ótica secundária, potência de 40 kV e 30 mA, e fenda de divergência de 1/4o. As matérias-

primas foram moídas em almofariz, peneirado e separadas as frações com granulometria

inferior a 45 µm. As condições de análise foram: passo de 0,02o, tempo de passo de 2s e

intervalo de medida, em 2θ, de 10 a 90o. Para identificação das fases presentes, utilizou-se os

bancos de dados ICSD (2013).

A quantificação das fases cristalinas presentes na cinza pesada de carvão mineral foi

realizada através do método de Rietveld.

3.2.2. Distribuição do Tamanho de Partículas

Foi efetuado o ensaio de distribuição de tamanho de partículas via úmido da cinza

pesada de carvão mineral de acordo com o seguinte procedimento:

a) Utilizou-se uma amostra de 120 g seca em estufa por 24 horas a uma temperatura de

100 oC, com isto obteve-se o percentual de umidade da amostra que foi de 35,18%;

b) Para o destorramento da amostra, esta foi inserida em um recipiente com água e em

seguida foi passada por uma peneira com a abertura entre suas malhas de 8 # com a

ajuda de água corrente proveniente de uma torneira;

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c) Em seguida o processo foi sendo repetido obedecendo a sequência de peneiras de 20,

48, 60, 100, 140, 200, 270 e 325 #;

d) As frações de cinza retidas em cada peneira foram submetidas a secagem em estufa a

100 oC durante 24 h e posteriormente pesadas em balança com sensibilidade de 0,1 g.

Para o cálculo do percentual retido em cada peneira, malha, utilizou-se a Equação 1.

% ������ = ���� ����� .���

���� ����� Equação (1)

3.3. Estudo de Formulações dos Materiais Cerâmicos com Adição de Cinzas Pesadas

de Carvão Mineral.

Para os estudos de formulação dos materiais vítreos, está em desenvolvimento um

programa que comtempla a realização de simulações considerando os percentuais e

composições químicas das matérias-primas utilizadas. Os resultados preliminares serão

apresentados no decorres do relatório.

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4. EQUIPAMENTOS ADQUIRIDOS E CONTRATAÇÕES

No período deste relatório (Abril/15 – Julho/15) não houve aquisição de equipamentos.

No entanto, os equipamentos previstos no projeto estão em fase de especificação e cotação para

posterior aquisição.

Em relação a equipe do projeto, foi solicitado o desligamento da pesquisadora Marla

Mateus, que será substituída pela pesquisadora Camila Gonçalves, doutoranda do Programa de

Pós-graduação em Engenharia Química da Universidade Federal de Santa Catarina.

5. RESULTADOS ALCANÇADOS

5.1. Pesquisa na Base Internacional de Patentes

A pesquisa foi realizada na base de dados Espacenet (EUROPEAN PATENT OFFICE,

[S.d.]), que reúne as principais bases regionais e internacionais de patentes. A busca foi feita

em junho de 2015 e utilizou-se a expressão de busca ((ta="coal ash*" or ta="coal bottom ash*")

and (ta=ceramic* or ta=glass*)). Ao total, foram recuperadas 657 patentes, cobrindo um

período desde 1951 até 2015. Ao todo, foram recuperados mais de 50Mb de dados e o tempo

total para a extração foi de 36 horas.

5.1.1 Evolução no Número de Patentes

Na Figura 1, é possível observar o crescimento no número de patentes depositadas sobre

o tema, com destaque especial para o ano de 2014, o qual registrou um índice histórico de 118

patentes, quase quatro vezes maior do que qualquer outro período anterior.

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Figura 1 - Evolução do número de Patentes

O geomapeamento, ilustrado na Tabela 1, indica que a China é detentora de mais de

60% das patentes pesquisadas.

Tabela 1- Patentes depositadas por país (1951-2015).

País Patentes AT 1 CA 1 CN 439 CZ 1 DE 2 EA 1 EP 2 GB 4 GR 1 JP 141 KR 25 MX 1 RU 17 TW 1 US 9 WO 11

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Ao fazer o cruzamento os dados geográficos com a evolução temporal, identificou-se

que o crescimento ocorrido nos últimos anos foi motivado principalmente pela atividade

patentária chinesa, conforme Figura 2.

Figura 2- Patentes e países depositantes (1951-2015).

5.1.2 Aplicação das Cinzas na Produção de Vidro

O uso de cinzas pesadas de carvão mineral na obtenção de vidros pode ser observado

nas patentes classificadas nos códigos C03B – Manufatura, moldagem ou processos

suplementares – e C03C – Composição química, tratamento de superfície, etc. Na Figura 3,

identificou-se os grupos relacionados, indicados com o traçado vermelho.

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5.1.3 Uso de Cinzas Pesadas de Carvão Mineral na Obtenção de Vidros Utilizando

Cálcio como Fundente

Para determinar as patentes relacionadas ao uso do cálcio, no reaproveitamento de

cinzas pesadas de carvão mineral na obtenção de vidros, refinou-se a busca para incluir o termo

“calcium”. A busca, formada pela expressão ((ta = "coal ash*" or ta = "coal bottom ash*") and

(ta = ceramic* or ta = glass*)) and (ta = calcium)), resultou em 86 patentes.

Os resultados apresentaram um grande número de patentes, nas quais o produto final

era um material de preenchimento estrutural ou composto, no qual o vidro era apenas um dos

elementos e não o produto em si. Desta forma, restringiu-se a busca para as patentes que

Figura 3- Patentes sobre uso de cinza de carvão mineral

na produção de vidros e cerâmicas.

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continham a classificação C03, que diz respeito a manufatura e composição de produtos vítreos.

Com o filtro, obteve-se apenas três patentes, conforme Tabela 2.

Tabela 2. Patentes sobre o uso de cinzas pesadas de carvão mineral na obtenção de vidros,

utilizando cálcio como fundente.

Titulo Número Ano Classificação

METHOD FOR EXTRACTING ALUMINUM OXIDE FROM COAL ASH

CN103936045 (A) 2014-07-23

C01F7/02 C01F7/44 C03C3/087 C04B7/24

FULL-SOLID WASTE HIGH-STRENGTH GLASS CERAMIC AS WELL AS PREPARATION METHOD AND APPLICATION THEREOF

CN103864306 (A) 2014-06-18

C03C10/00

CRYSTALIZED GLASS-CERAMICS USING A COAL BOTTOM ASH AND PREPARING PROCESS THEREOF

KR20100079652 (A); KR101068237 (B1)

2010-07-08

C03C3/076 C03C3/087

5.1.4 Uso de Cinzas Pesadas de Carvão Mineral na Obtenção de Vidros Utilizando Sódio

como Fundente

Para determinar as patentes relacionadas ao uso do cálcio no reaproveitamento de cinzas

pesadas de carvão mineral na obtenção de vidros, refinou-se a busca para incluir o termo

“sodium”, além de especificarmos a classificação no nível 02 como C03. A busca, formada pela

expressão ((ta = "coal ash*" or ta = "coal bottom ash*") and (ta = ceramic* or ta = glass*)) and

(ta = calcium) and (ai=C03)), resultou em 5 patentes, conforme Tabela 3.

Tabela 3. Patentes sobre o uso de cinzas pesadas de carvão mineral na obtenção de vidros,

utilizando sódio como fundente.

Titulo Número Ano Classificação

ENVIRONMENT-FRIENDLY GLASS CERAMIC UTILIZING WASTE MATERIALS

CN104140212 (A) 2014-11-12

C03C10/00 C03C6/10

METHOD FOR PREPARING DECORATIVE GLASS FROM LIQUID INDUSTRIAL WASTE

CN102951843 (A) 2013-03-06

C03C6/10

SLAG GLASS CERAMIC PIPE AND PREPARATION METHOD THEREOF

CN102173588 (B); CN102173588 (A)

2011-09-07

C03C10/10 C03B32/02

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18

METHOD FOR RECOVERY OF STAINLESS STEEL TAILINGS AND COAL ASH

CN101838108 (B); CN101838108 (A)

2010-09-22

C03C10/14 C03B5/16

C03B25/00 C03B32/02 C03C6/10

CRYSTALIZED GLASS HAVING NEPHELINE AS MAIN CRYSTAL USING A COAL BOTTOM ASH

AND PREPARING PROCESS THEREOF

KR101061463 (B1); KR20100079648 (A)

2010-07-08

C03C3/00

5.1.5 Uso de Cinzas Pesadas de Carvão Mineral na Obtenção de Cerâmica por Extrusão

A produção de peças de cerâmicas por extrusão para a pavimentação tem alcançando

popularidade, tanto no meio científico quanto industrial. Este tipo de pavimento, comumente

denominado de adoquim (Figura 4), tem características mecânicas similares à pavimentação

tradicional, sendo aplicável a calçadas, zonas de pedestres, pátios e jardins (CANDIDO et al.,

2013).

Figura 4- Pavimento adoquim.

Com o objetivo de identificar aplicações do uso da cinza pesada de carvão na produção

de adoquins, pesquisou-se a base de patentes por invenções relacionadas ao tema. Inicialmente,

tentou-se definir os termos que pudessem identificar invenções relacionadas a produção de

cerâmica adoquim, na língua inglesa. Utilizou-se as expressões tile, pave e brick (“Block

paving”, 2015). Desta forma, a expressão de busca, refinando a busca geral, foi ((ta = "coal

ash*" or ta = "coal bottom ash*") and (ta = ceramic*)) and ((ta = tile* or ta = pave*) or

ta = brick*). Foram encontradas 56 patentes relacionadas ao tema, listadas no Apêndice II.

A maior concentração destas patentes está na China, seguida pela Rússia. Algumas

poucas invenções estão registradas na Europa, mais precisamente Inglaterra e Alemanha, e

outras no Japão, como observa-se na Figura 5.

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19

Figura 5- Geolocalização patentes "adoquim".

5.1.6 Tecnologias Utilizadas na Produção de Cerâmicas “Adoquim”

As patentes estão relacionadas a diferentes métodos de produção, bem como

composições de matérias primas. Aparatos para produção dos adoquins também foram

encontrados. A Figura 6, referente a patente CN103113088 (A), ilustra a utilização de um

moinho vertical para cimento na produção de adoquins.

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20

Figura 6- Ilustração de patente para uso de moinho vertical

no processo de produção de adoquim.

As patentes também versam sobre a produção de argamassa, destinada a aplicação em

tijolos e revestimentos cerâmicos. As tecnologias de produção de adesivos compreendem o uso

da cinza de carvão com a adição de outros materiais como vidro, borracha, plásticos, além de

outros agentes retardantes, emulsificantes etc. Estas invenções estão cobertas pelas patentes

CN103880344 (A), CN104211357 (A) e CN104355577 (A).

Também foi realizada uma análise do conteúdo textual das patentes com o software

Iramutec (CAMARGO; JUSTO, 2013). Foi aplicada a técnica de “Análise de similitude” que

possibilita identificar as co-corrências entre as palavras e a conexidade entre elas, auxiliando

na identificação de estruturas tecnológicas. O grafo resultante permitiu identificar que as

principais tecnologias estão concentradas na composição dos materiais cerâmicos e suas

propriedades (Figura 7).

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Figura 7- Análise de similitude.

5.1.7 Principais Matérias-Primas

Com relação específica a produção de tijolos ou ladrilhos cerâmicos, semelhantes ao

“adoquim”, a principal tecnologia de produção consiste na mistura e queima das matérias

primas, resultando no produto final. Diferentes composições e insumos foram identificados,

tendo como base a cinza de carvão. Ao todo, nas patentes pesquisadas, foram encontradas mais

de oitenta matérias primas diferentes, utilizadas para a confecção de tijolos cerâmicos com

cinzas de carvão, listadas a seguir (o número entre parênteses indica a quantidade de patentes):

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abalone (1) diopside (1) polystyrene (2)

acrylamide. (1) dolomite (6) polyvinyl alcohol (3)

Al-Fe(III) silicate (1) feldspar (2) pyroclastic rock mixture (1)

aluminum (5) fly ash (1) quartz sand (7)

anti-freezing agent (4) foaming agent (1) rare-earth (1)

attapulgite (5) glass (5) rice husk (1)

barium carbonate (1) glass fiber (1) rock (2)

bauxite (1) glass fibre (1) sand (3)

beads (1) granite (1) sepiolite (1)

betonite (1) gypsum (2) shale (3)

bicarbonate (1) hydroxypropyl methyl cellulose

(3)

silica sand (1)

bismuth (1) hydroxypropyl methyl cellulose

sodium (1)

slag (5)

borax (2) kaolin (2) sludge (1)

boron (1) lachatelierite (1) sodium diacetate (1)

calcium bicarbonate (5) lignocellulose (3) sodium hexametaphosphate (1)

calcium hydroxide (2) lime (3) sodium silicate (1)

carboxymethyl cellulose (2) magnesium chloride (1) sodium tripolyphosphate (1)

cement (13) magnesium oxide (1) soil (3)

ceramic (12) mica (1) steel (1)

ceramisite (4) mud (4) stone (4)

chitosan (1) nepheline (1) sulphite-alcohol wash (1)

chromic slag (1) other (15) synthetic zeolite (1)

cinder (1) oxyparaffin soap (1) timber (1)

clay (13) perlite (1) triethanolamine lime (3)

coal ash (34) phosphogypsum (1) vinyl (1)

coal gangue (1) plastic (1) water (5)

coke (1) polyacrylic resin (1) wood (2)

diatom (1) polypropylene (1)

Os materiais mais comumente utilizados, descritos nas patentes (Figura 8), foram a

argila (clay), cimentos (cement), reuso de cerâmicas (ceramic), areia (sand, quartz sand) e

diferentes tipos de sedimentos.

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Figura 8 – Matérias-primas utilizadas em tijolos cerâmicos.

A seguir, apresenta-se uma breve descrição de cada elemento identificado, bem como

as respectivas patentes que o utilizam.

a) Abalone

O abalone é um molusco da família Haliotis. Sua carne é consumida por humanos e sua

concha também é aproveitada para fins decorativos (“Abalone”, 2015). Na produção cerâmica,

aplica-se a concha triturada, em diferentes granulometrias. Patente relacionada: CN104211322

(A).

Figura 9- Concha de Abalone.

coal ash

15%

cement

6%

clay

6%

ceramic

5%

sands

5%dolomite

2%aluminum

2%attapulgite

2%

calcium

bicarbonate

2%

glass

2%

slag

2%

water

2%

Outros

49%

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b) Acrylamide

A acrilamida ou propenamida é a amida derivada do ácido acrílico ao se substituir o -

OH da carboxila pelo -NH2 (“Acrylamide”, 2015). Sua fórmula química é C3H5NO (10).

Acrilamida é um monômero amplamente utilizado para produção de polímeros não rígidos

como: Polímeros de adição, látex, agentes floculantes, auxiliares de resistências e afins. Seu

polímero é a poliacrilamida, a qual é empregada no tratamento de água potável e águas de reuso

para remover partículas e outras impurezas. É também utilizada na produção de colas, papel,

cosméticos e ainda em construção, nas fundações de represas e túneis (AGÊNCIA NACIONAL

DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA, [S.d.]).

Figura 10- Molécula de Acrilamida

c) Alumínio

O alumínio geralmente é empregado puro, na forma de pó, ou em compostos minerais,

como os silicatos. Ver também bauxita. Patentes: DE3403943 (A1)JP4998694 (B2);

JP2008127259 (A)CN102875066 (A); CN102875066 (B)CN102875071 (B); CN102875071

(A)CN102875071 (B); CN102875184 (B); CN102875184 (A).

d) Attapulgite

A atapulgite, também conhecido como Palygorskite, é um tipo de silicato composto de

magnésio e alumínio, (Mg,Al)2Si4O10(OH)·4(H2O), geralmente encontrado em solo argiloso.

Patentes: CN102863204 (A)CN102875066 (A); CN102875066 (B)CN102863204 (A)

CN102875184 (B); CN102875184 (A).

e) Barium carbonate

O carbonato de bário (BaCO3), também conhecido como Witherita, é um mineral com

aplicações na produção de cimentos, materiais cerâmicos, aço, vidro, esmaltes, entre outras

aplicações (“Witherite”, 2015). Patentes: CN102875066 (A); CN102875066 (B).

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f) Bauxite

A Bauxita é uma espécie de minério de alumínio, composta principalmente por alumina

(óxido de alumínio, Al2O3), mas também por sílica, óxido de ferro, dióxido de titânio, silicato

de alumínio e outras impurezas em quantidades menores. É a matéria-prima mais usada na

produção de alumina em escala comercial. Patente: CN103435363 (A)

g) Bentonite

Bentonita ou bentonite é a designação dada a uma mistura de argilas geralmente impura,

de grãos muito finos. Existem alguns tipos de bentonitas e seus nomes dependem dos elementos

predominantes, tais como K, Na, Ca, e Al. Patente: CN102863204 (A)

h) Bicarbonate

Bicarbonatos são sais que contêm o ânion HCO3-. O bicarbonato mais importante é o

bicarbonato de sódio. Patentes: CN102875066 (A); CN102875066 (B)

i) Bismuth

O bismuto é um elemento químico geralmente empregado em ligas metálicas para

soldas, fabricação de termopares e dispositivos para detectar fogo. Compostos de bismuto,

livres de chumbo, são usados em cosméticos e em procedimentos médicos. Patente:

CN104211322 (A)

j) Borax

O bórax (Na2B4O7·10H2O), também conhecido como Borato de sódio ou Tetraborato

de sódio é um mineral. Entre suas aplicações está a fabricação de esmaltes para porcelanas, e

vidros resistentes a elevadas temperaturas. Patentes: CN102875066 (A); CN102875066

(B)CN102875184 (B); CN102875184 (A).

k) Boron

O boro é um elemento químico geralmente obtido a partir do Borax ou Kernita. Na

produção cerâmica foi identificado o uso de escória de boro. Patente: CN102875071 (B);

CN102875071 (A).

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l) Cálcio Carbonato de Cálcio, Bicarbonato de Cálcio, Hidróxido de Cálcio

Carbonato de cálcio é uma substância química de fórmula CaCO3. É o principal

componente de rochas como os calcários. O bicarbonato de cálcio existe somente em solução

que contém o cálcio dos íons (Ca2+), dióxido de carbono dissolvido (CO2), bicarbonato (HCO3),

e carbonato (CO3). O hidróxido de cálcio, também conhecido como cal hidratada, cal apagada

ou ainda cal extinta, é um composto químico de fórmula Ca(OH)2. Apresenta-se quando puro

como um sólido branco e inodoro. Patentes: CN102875066 (A); CN102875066

(B)CN102875071 (B); CN102875071 (A)CN102875184 (B); CN102875184 (A);

CN101200366 (A), RU2495846 (C1)

m) Carboxymethyl cellulose

A carboximetilcelulose (CMC), normalmente apresentada na forma sódica (sal de

sódio), como carboximetilcelulose de sódio, é um polímero aniônico derivado da celulose,

muito solúvel em água, tanto a frio quanto a quente, na qual forma tanto soluções propriamente

ditas quanto géis. Patentes: RU2495846 (C1), CN101200366 (A)

n) Cement

O cimento é um material cerâmico que, em contato com a água, produz reação

exotérmica de cristalização de produtos hidratados, ganhando assim resistência mecânica. É o

principal material de construção usado como aglomerante. Bastante utilizado na confecção de

tijolos cerâmicos. Patente: CN101705731 (A)CN101705732 (A)CN101705733

(A)CN102875071 (B); CN102875071 (A)CN102875184 (B); CN102875184

(A)CN103848608 (A) CN103880344 (A)CN104150815 (A)CN1109451 (A)CN1724444

(A)JP2008247728 (A); JP4962915 (B2)CN101200366 (A).

o) Ceramic

Geralmente são empregados resíduos, sobras e reaproveitamento de material cerâmico

na fabricação de tijolos cerâmicos. Geralmente são empregados sob a forma de pó ou em

fragmentos. Patentes: JPH07315951 (A); JP3109382 (B2); CN1109451 (A); KR101424990

(B1)JP2001181019 (A); JP3392089 (B2)JP2008247728 (A); JP4962915 (B2)CN102875066

(A); CN102875066 (B)CN102875071 (B); CN102875071 (A)CN102875184 (B);

CN102875184 (A)CN104150815 (A)CN101761171 (A)JP2007197295 (A)CN101761171 (A).

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p) Ceramsite

A ceramsite, também conhecida como "cerasite", "ceraxite", "cerasand", "ceramic

foundry sand" e "sunpearl” é um tipo de areia artificial, caraterizada por ser um composto

agregado de baixo peso (Figura 9). É constituída principalmente por argila, “mudstone”, ganga,

cinza de carvão, xisto, lodo e outros resíduos industriais sólidos. É processada em grânulos de

diferentes especificações e queimada (XU, G. R.; ZOU; LI, 2007) (Figura 10). É bastante

utilizada em indústrias de fundição e exploração de petróleo. Patentes: CN101705731

(A)CN101705733 (A)CN101705732 (A)CN103848608 (A).

Figura 9- Diferentes apresentações de Ceramsite.

Figura 10- Linha de produção para Ceramsite.

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q) Chitosan

A Quitosana, também chamada de quitosano, é um polissacarídeo catiônico produzido

por meio da deacetilação da quitina, um polissacarídeo encontrado no exoesqueleto de

crustáceos, por meio de um processo de alcalinização sob altas temperaturas (“Chitosan”,

2015). Patentes CN102875071 (B); CN102875071 (A).

r) Chromic slag

A escória é o subproduto da fundição de minérios para purificar os metais. As escórias

são geralmente usadas como uma maneira de remover impurezas na fundição de metal. No

entanto, devido à sua constituição, também podem cumprir outras funções tais como assistir no

controle de temperaturas de fusão e na minimização da reoxidação do produto final. Patente:

CN102875066 (A); CN102875066 (B).

s) Cinder

Cinder são rochas piroclásticas, resultantes de erupções vulcânicas. Patente CN1724444

(A). (Figura 11).

Figura 11- Fragmento de cinder

t) Clay

A argila é formada pela alteração de rochas, como as que contêm feldspato, a argila

pode ser encontrada próxima de rios, muitas vezes formando barrancos nas margens. Apresenta-

se em diversas cores (branca, amarelada ou avermelhada) e constitui uma família de minerais

filossilicáticos hidratados aluminosos de baixa cristalinidade e diminutas dimensões (partículas

menores do que 1/256 mm ou 4 µm de diâmetro), como a caolinita, esmectita, montmorillonita,

illitas, etc. Geralmente, apresenta-se estável nas condições termodinâmicas e geoquímicas da

superfície terrestre ou de crosta rasa. Patentes: CN104211322 (A)RU2369578 (C1)RU2371418

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(C1)RU2387619 (C1)RU2387620 (C1)RU2410357 (C1)RU2411214 (C1)RU2444497

(C1)RU2495846 (C1)RU2500649 (C1)DE3403943 (A1)CN1065650 (A); CN1042829

(C)CN1070177 (A).

Figura 12- Argila.

u) Coal ash

As cinzas resultantes da combustão do carvão mineral resultam em dois tipos principais

de cinzas: leves e pesadas. As cinzas leves são largamente reaproveitadas para a fabricação de

cimento, podendo alcançar misturas de até 1:1 (JAYARANJAN; VAN HULLEBUSCH;

ANNACHHATRE, 2014; SIDDIQUE, 2013). As cinzas pesadas podem ser utilizadas na

composição para preenchimentos estruturais na área de engenharia civil, concretos, cimentos

geotécnicos (geopolímeros), produção de tijolos e blocos de cimento e materiais vitro-

cerâmicos (CHAIPANICH; WONGKEO, 2014; KNIESS et al., 2007). Recentemente,

pesquisas também apontam o uso das cinzas pesadas na produção de materiais absorventes para

a despoluição de soluções aquosas (DEL VALLE-ZERMEÑO et al., 2014; MITTAL et al.,

2014). Todas as patentes selecionadas neste relatório envolvem o uso de cinzas de carvão.

v) Diopside

Diópsido é um silicato de fórmula CaMgSi2O6. Patentes CN102701716 (A);

CN102701716 (B).

x) Dolomite

Dolimita é um mineral de carbonato de cálcio e magnésio CaMg(CO3)2, muito

abundante na natureza na forma de rochas dolomíticas, utilizado como fonte de magnésio,

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sobretudo para a fabricação de materiais refratários. Patentes: RU2371418 (C1)RU2387619

(C1)RU2387620 (C1)RU2410357 (C1)RU2411214 (C1)RU2444497 (C1).

y) Feldspar

Feldspato é o nome de uma importante família de minerais, do grupo dos tectossilicatos,

constituintes de rochas que formam cerca de 60% da crosta terrestre. Os feldspatos possuem

numerosas aplicações na indústria, devido ao seu teor em álcalis e alumina. Patentes:

CN102701716 (A); CN102701716 (B)

z) Glass, Glass Fiber

Os resíduos de vidro são utilizados na composição de tijolos cerâmicos, geralmente sob

a forma de pó ou fragmentados. Patentes: RU2387619 (C1)RU2369578 (C1)RU2410357

(C1)RU2411214 (C1)JP2001181019 (A); JP3392089 (B2)CN101200366 (A)CN1316397 (A).

aa) Granite

O granito é um tipo comum de rocha ígnea de grão fino, médio ou grosseiro, composta

essencialmente por quartzo, mica e feldspato, tendo como minerais acessórios mica (presente

praticamente sempre), hornblenda, zircão e outros minerais. Suas partes decompostas pela

exposição às intempéries dão origem a argila e outros sedimentos, utilizados na produção de

cerâmica. Patente: JP2007197295 (A).

bb) Gypsum

O gesso é um mineral aglomerante produzido a partir do aquecimento da gipsita, um

mineral abundante na natureza, e posterior redução a pó da mesma. É composto principalmente

por sulfato de cálcio hidratado (CaSO4.2H2O) e pelo hemidrato obtido pela calcinação desse

(CaSO4•½H2O). Patentes CN102875071 (B); CN102875071 (A)CN102875184 (B);

CN102875184 (A).

cc) Hydroxypropyl methyl celulose

Hipromelose (INN), abreviatura para hidroxipropilmetilcelulose (HPMC), é um

polímero semi-sintético, inerte e viscoelástico. Possui aplicação na construção civil como

agente retentor de água. Patentes: CN103880344 (A)CN102875184 (B); CN102875184

(A)CN102875066 (A); CN102875066 (B)CN102875071 (B); CN102875071 (A).

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dd) Kaolin

A caulinita ou caolim (em inglês) é um argilo-mineral de alumínio hidratado. A

caulinita é utilizada na fabricação de porcelana, cerâmica, comprimidos e, se apresentar um

grau de pureza muito alto, apresenta uma coloração muito alva (clara), o que possibilita seu uso

pela indústria de papel. CN104211322 (A) JP2007197295 (A).

ee) Lachatelierite

Lachatelierite é um tipo de vidro de sílica, formado naturalmente por grandes pressões

e temperaturas como raios, choques de meteoros com a crosta terrestre. Patentes: CN1070177

(A)

ff) Lignocellulose

Lignocellulose é um termo genérico para descrever os principais componentes presentes

na maioria das plantas, ou seja, celulose, hemicelulose e lignina. Patentes: CN102875066 (A);

CN102875066 (B) CN102875071 (B); CN102875071 (A)CN102875184 (B); CN102875184

(A).

gg) Lime

A cal, também conhecida como óxido de cálcio, é obtida por decomposição térmica de

calcário a 900°C. Também chamada de cal viva ou cal virgem, é um composto sólido branco.

Patentes: CN102875066 (A); CN102875066 (B) CN102875071 (B); CN102875071 (A);

CN102.

hh) Magnesium chloride and oxide

Cloreto de magnésio é um composto químico de fórmula MgCl2 e seus variantes

hidratos MgCl2(H2O)x. Patente: CN1316397 (A)

II) Mica

O grupo de minerais mica inclui diversos minerais proximamente relacionados, do

grupo dos filossilicatos, que incluem biotita, moscovita, lepidolita, flogopita, zinnwaldita,

margarita, jeffersita. Patentes: CN102875184 (B); CN102875184 (A).

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jj) Mud

Lama ou lodo, é uma mistura é uma mistura heterogênea de terra (areia, argila, etc) e

água. Diferentes elementos podem estar presentes na mistura, dando origem a diversas

caracterizações. Patentes: CN103435363 (A); CN101200366 (A); RU2371418 (C1).

kk) Perlite

Perlite é um tipo de vidro vulcânico. Suas partículas são adicionadas a mistura para

fabricação de tijolos cerâmicos. Patente: CN104150815 (A).

ll) Plastic

Materiais plásticos como poliestireno, poliestireno expandido (isopor), polipropileno,

vinil, etc. São adicionados a mistura para fabricação de tijolos cerâmicos. Patentes: CN1109451

(A) CN104211322 (A) CN101200366 (A) CN104150815 (A). KR101424990 (B1).

mm) Polyvinyl alcohol

Álcool polivinílico (algumas vezes abreviado como PVOH, PVA, ou PVAL, do inglês

polyvinyl alcohol) é um polímero sintético hidrossolúvel. Patentes CN101200366 (A);

CN102875066 (A); CN102875066 (B); CN102875184 (B); CN102875184 (A).

nn) Sand

A Areia é um conjunto de finas partículas de rochas ou minerais degradados. O

constituinte mais comum da areia em ambientes continentais interiores e em ambientes

costeiros não tropicais é a sílica (dióxido de silício, ou SiO2), usualmente na forma de quartzo,

o qual, devido a sua inércia química e elevada dureza (7,0 na escala de Mohs), é o mais comum

dos minerais resistentes ao solo. Patentes: CN103880344 (A)RU2369578 (C1)RU2371418

(C1)RU2387620 (C1)RU2444497 (C1)RU2495846 (C1)RU2500649 (C1) CN101705731

(A)CN103848608 (A) CN1724444 (A), JP2007197295 (A).

oo) Sepiolite

Sepiolite é um mineral argiloso, composto por silicato de magnésio,

Mg4Si6O15(OH)2·6H2O. Patente: CN102875071 (B); CN102875071 (A).

pp) Shale

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33

O Xisto é o nome genérico de vários tipos de rochas metamórficas facilmente

identificáveis por serem fortemente laminadas (Figura 13). Uma forma específica, o xisto

betuminoso, é utilizado como fonte combustível. Patentes: CN103113088 (B); CN103113088

(A)CN102875184 (B); CN102875184 (A)CN1800082 (A)

Figura 13- Shale (xisto)

qq) Slag

A Escória é resultante do processo de purificação de minérios pela sua fundição. Durante

a fundição, quando o minério é exposto a temperaturas elevadas, as impurezas são separadas

do metal fundido formando a escória. Patentes: DE3403943 (A1)RU2387620

(C1)CN101761171 (A)CN101705733 (A)GB653070 (A).

rr) Sludge

O lodo possui aspecto semelhante a lama mas o termo é utilizado para descrever o

material resultante de processos industriais, diferente da lama, que ocorre naturalmente.

Patentes: JP2001181019 (A); JP3392089 (B2).

ss) Sodium diacetate

Diacetato de sódio é um composto com fórmula NaH(C2H3O2)2, sendo uma forma de

sal do ácido acético. Patente: CN102875184 (B); CN102875184 (A).

tt) Sodium hexametaphosphate

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O hexametafosfato de sódio, cuja fórmula é (NaPO3), é utilizado como um dispersante

químico em análise de solos argilosos, limpeza de calcário, sequestrante, entre outras. Patente:

CN102875066 (A); CN102875066 (B).

uu) Sodium silicate

O silicato de sódio é um composto de fórmula Na2SiO3. Tem aplicação em cimentos,

proteção passiva ao fogo, refratários, produção de têxteis e madeira. Patentes: CN102875066

(A); CN102875066 (B).

vv) Sodium tripolyphosphate

O tripolifosfato de sódio (TPF) ou tripolifosfato pentassódico ou ainda trifosfato de

sódio é um composto de fórmula química Na5P3O10. É utilizado como agente de flotação,

dispersante, emulsificante, estabilizante de solos e sequestrante. Patente: CN104211322 (A)

xx) Soil

O solo é um composto de elementos minerais, matéria orgânica, gases, líquidos e

organismos biológicos. Podem apresentar diferentes composições e são especificadas regiões

ou sua caracterização para o registro patentário. Patentes: CN101761171 (A)CN102701716

(A); CN102701716 (B)JP2008247728 (A); JP4962915 (B2).

yy) Stone

Rocha é um agregado sólido que ocorre naturalmente e é constituído por um ou mais

minerais ou mineraloides. Diversos tipos de rochas podem ser utilizados na construção de

tijolos cerâmicos, geralmente sob a forma de fragmentos ou pó. Patentes: CN102701716 (A);

CN102701716 (B)CN101200366 (A)CN102863204 (A)JP2008247728 (A); JP4962915

(B2)CN1724444 (A)CN102875184 (B); CN102875184 (A)CN102875066 (A); CN102875066

(B).

zz) Triethanolamine

A Trietanolamina é um composto químico orgânico de fórmula C6H15NO3. Ela é utiliza

como emulsificante e surfactante. Tem aplicações em diversos setores que vão desde a

fabricação de cimento até medicina e cosméticos. Patentes: CN102875071 (B); CN102875071

(A)CN102875184 (B); CN102875184 (A)CN102875066 (A); CN102875066 (B).

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aaa) Wood

A madeira também é utilizada na composição de tijolos cerâmicos sob a forma de pó ou

pequenos fragmentos (serragem grossa ou cavacos). Patentes: CN103113088 (B); N103113088

(A) RU2495846 (C1).

A pesquisa de mapeamento tecnológico em patentes demonstrou a existência de

compostos, métodos e tecnologias aplicadas a produção de vidro e cerâmica a partir das cinzas

pesadas de carvão. Os resultados obtidos auxiliarão no presente projeto, fornecendo

conhecimento para a implementação dos objetivos propostos.

5.2 Caracterização da Cinza Pesada de Carvão Mineral

Foram selecionadas duas argilas do mercado para serem incorporadas à cinza pesada de

carvão mineral, conforme descrito no relatório do quadrimestre anterior. Com base nos

resultados obtidos em escala laboratorial, deve-se estabelecer os limites mínimos (20%) e

máximo (40%) de cinza pesada na massa cerâmica.

Com objetivo da continuidade da caracterização da cinza pesada, analisou-se dois

diferentes tipos:

AMOSTRA 1: Cinza Pesada diretamente da fornalha 7 da Usina Termelétrica Jorge

Lacerda. Esta amostra apresenta ótimas características, uma vez que tem uma uniformidade no

tamanho de partículas, não necessitando de moagem para ser utilizada no processo.

AMOSTRA 2: Cinza Pesada das lagoas de decantação da Usina Termelétrica Jorge

Lacerda. As fotos (Figuras 14 e 15) demonstram a necessidade de moagem prévia para a

incorporação na massa cerâmica.

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Figura 14 - Cinza pesada de carvão mineral retida na malha 8 mesh.

Figura 15 - Cinza pesada passante na malha 8 proveniente da lagoa de contenção.

5.2.1 Análise Mineralógica da Cinza Pesada de Carvão Mineral

A Figura 16 apresenta o difratograma de Raios X da cinza pesada de carvão mineral. As

fases cristalinas presentes foram indentificadas utilizando o banco de dado ICSD (ICSD, 2013).

A análise do difratograma mostra que a cinza pesada é formada pelas fases cristalinas descritas

na Tabela 4. As duas primeiras fases são majoritárias e as demais são minoritárias.

A identificação dos picos foi feita por meio do software Philips High Score, com base

no ICSD (2013).

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Tabela 4 - Fases cristalinas da cinza pesada de carvão mineral identificadas por meio de

difração de raios X.

No. Ref. JPCDS Nome Composto Fórmula Química

1 01-089-8935 Silicon oxide - $-alpha SiO2

2 01-088-2049 Aluminium silicon oxide -

supercell Al5SiO9.5

3 00-001-1305 Aluminum Oxide Al2O3

4 01-085-0987 Iron(III) oxide Fe2O3

A quantificação relativa das duas fases majoritárias foi feita pelo método de Rietveld, e

os resultados estão apresentados na Figura 17 e Tabelas 5 e 6.

Figura 16 - Difratograma de raios X da cinza de carvão mineral em estudo.

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Figura 17 - Difratograma com fases quantificadas pelo método de Rietveld.

Tabela 5 - Índices estatísiticos obtidos pelo método de Rietveld

Índices estatísiticos obtidos pelo método de Rietveld

R-expected 26,10795

R profile 30,52342

Weighted R profile 41,00517

D-statistics 0,78240

Weighted D-statistics 0,94287

Goodness of Fit 2,46679

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Tabela 6 - Parâmetros refinados pelo Método de Rietveld

Name Value Global Parameters Zero Shift [°2Theta] 0.085505 Wavelength [Å] 1.540.598 Background Polynomial Flat background -7.937.117 Coefficient 1 1.359.944 Coefficient 2 0.047324 Coefficient 3 -0.002978 Coefficient 4 0.000024 Coefficient 5 0.000001 41146-ICSD Al5 Si O9,5 Scale factor 0.000001 Prefered Orientation 1.116.950 B overall 0.033916 Unit Cell a [Å] 5.778.460 b [Å] 30.262.160 c [Å] 7.715.481 alpha [°] 90.000.000 beta [°] 90.000.000 gamma [°] 90.000.000 Profile Parameters U 0.000000 V 0.000000 W 0.023042 Anisotropic Broadening 0.000000 Asymmetry (Rietveld) 0.000000 Peak Shape 1 1.315.994 Peak Shape 2 0.000028 Peak Shape 3 0.000000 89277-ICSD SiO2 Scale factor 0.000304 Prefered Orientation 1.007.129 B overall 2.137.489 Extinction 0.000000 Unit Cell a [Å] 4.931.523 b [Å] 4.931.523 c [Å] 5.417.697 alpha [°] 90.000.000 beta [°] 90.000.000

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gamma [°] 120.000.000 Atomic coordinates Profile Parameters U 0.000000 V 0.046191 W 0.028230 Anisotropic Broadening 0.000000 Asymmetry (Rietveld) 0.000000 Peak Shape 1 0.718381 Peak Shape 2 0.000000 Peak Shape 3 0.000000

A cristalinidade da amostra, 52% de fase amorfa, foi calculada pelo método da integral, e está

apresentada na figura 18.

Figura 18. Difratograma com cristalinidade da amostra.

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5.2.2 Curva de Distribuição de Tamanho de Partícula da Cinza

A Tabela 7 apresenta a distribuição do tamanho de partícula da cinza pesada.

Tabela 7 - Distribuição de tamanho de partícula da cinza pesada.

Malha (mesh #) Percentual (%)

8 4,57

20 18,31

48 53,86

60 3,60

100 4,06

140 4,61

200 2,91

270 1,18

325 1,05

Fundo 5,84

Com os resultados expressos na Tabela 7 foi gerado gráfico explicitado na Figura 18.

8 # 20 # 48 # 60 # 100 # 140 # 200 270 # 325 # Fundo(%) 4,57 18,31 53,86 3,6 4,06 4,61 2,91 1,18 1,05 5,84

0

10

20

30

40

50

60

Pe

rcen

tual

ret

ido

(%

)

Figura 19 - Distribuição de tamanho de partícula da cinza pesada.

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42

5.3 Estudo de Formulações dos Materiais Cerâmicos com Adição de Cinzas Pesadas de

Carvão Mineral

O projeto em andamento está subdividido em dois grupos de pesquisa:

a) Grupo de Materiais Cerâmicos

O presente grupo tem o objetivo fundamental de desenvolver peças cerâmicas para

serem produzidas em escala piloto na planta a ser implantada na Usina Termelétrica Jorge

Lacera – SC pela rota extrusão.

O grupo de materiais cerâmicos está especificando e projetando uma unidade piloto para

a produção de blocos cerâmicos com características especiais para uso em pavimentação de

áreas públicas, denominados de ADOQUINS. O ADOQUIN é conhecido como paver

intertravado ou bloqueto cerâmico, muito utilizado em países da Europa e da América Latina

com tradição cerâmica. Paralelo aos testes pilotos, os estudos serão avaliados virtualmente em

softwares 3D e prototipados para avaliações formais. Durante o decorrer do projeto, serão

descobertos os benefícios do ADOQUIN comparado ao paver de cimento, largamente utilizado

no Brasil. Ainda não se sabe qual será mais caro, mas na Espanha o ADOQUIN cerâmico tem

maior valor do que o paver cimentício e mesmo assim seu uso é defendido em função da maior

durabilidade da matéria prima, beleza e estética.

A unidade de produtos cerâmicos deverá conter os seguintes equipamentos:

a) Moinho de bolas para moagem da cinza pesada;

b) Misturador da cinza pesada com argilas do mercado da região de Tubarão/SC;

c) Laminador da massa cerâmica;

d) Extrusora com diferentes boquilhas para avaliação de formatos das peças cerâmicas;

e) Forno de queima para temperatura de até 1300oC.

Atualmente está sendo realizada a especificação desses equipamentos e realizando

cotações no mercado brasileiro para solicitar autorização da Tractebel para realocação dos

equipamentos previstos anteriormente.

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b) Grupo de Materiais Vítreos para Embalagens

O objetivo do grupo é estruturar uma unidade piloto de fabricação de embalagens de

vidro que utilizam a cinza pesada de carvão mineral como matérias-primas.

Observa-se que é possível fabricar embalagens de vidro na cor marrom, isto é, com a

cinza pesada com elevado teor de ferro e embalagens de coloração esverdeada com baixo teor

de ferro na cinza pesada. Para reduzir o teor de ferro na cinza pesada a equipe do projeto está

realizando testes com desferrizadores magnéticos do LABMAC/UFSC.

Está sendo desenvolvido pela equipe do projeto, um programa para a formulação dos

materiais vítreos com a simulação utilizando diferentes tipos e percentuais de matérias-primas

e cinza pesada (Figura 20).

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Figura 20 – Programa para formulação de materiais vítreos.

Composição: 15.07.2015 Descorante: para 100 kg de areia 1U$= R$

Embalagens utilizando Cinza Pesada Sol Sólida c/Calcita a 5%:20 g deNiO+20gCoO 3,20

ref: 15.07.2015

Peso das Mat Primas:kg 225

%para cálculo a partir Tractebel Peso dos Óxidos : kg 202,1

das Matéria Primas : Fator Gerador Óxidos: 0,898

Óxidos Preço do Vidro R$/kg: 0,216

OXIDOS % em Massa Mol % Peso Específico: 2,541

% em Massa Coef de Dilatação Cúbica: 136,30 (Winkelmann)

SiO2 66,50 68,43 66,55 Coef de Dilatação Linear: 59,08 (Appen)Al2O3 5,63 3,40 6,32 Indice de Refração: 1,533B2O3 7,30 6,41 6,53 Tensão Superficial: 333,69Na2O 3,92 3,80 3,31 Dureza Absoluta: 3,90K2O 2,27 1,44 2,98 Resistência a CompressãoCaO 13,13 14,48 12,92 Resitência a Tração:MgO 1,13 1,65 1,12 Calor Especifico:BaO 0,00 0,35 Condut Térmica a 273_oK:PbO 0,00 0,00 Condut Térmica a 373_oK:C2O3 0,00 0,00 Variação da TemperaturaAs2O3 0,00 0,00 Para Viscosidades:ºC ref ºC f( ref)

TiO2 0,00 0,00 X13=recozimento550 3,0 553

ZnO 0,00 0,00 0,17 X8,6=fim da moldagem 900 -3,3 897

Cr2O3 0,00 0,00 X4=trabalho1250 -24,7 1225

Fe2O3 0,11 0,04 0,1 X3=refino1450 -7,3 1443

ZrO2 0,00 0,00 X4-X8,6 dt ºC -4,0Total 99,99 100,00 100 Fator älcalis: 0,2295Matérias Primas kg R$/kg Fator Silicio: x 1,2657Areia 100 0,1 Moles Teóricos de Silicio: 54,07Hidróxido de Aluminio 0 Moles Prático de Silicio: 68,44

Alcalis Teórico: 27,00Bórax Deca Alcalis Prático: 6,20

Fator Silicio 1/x: 0,7901ÓXIDO DE ZINCO 4,5 Mistura para Fritas-Vidres jul/15Barrilha Densa 1,26 Matéria Prima kg Embalagem tracNitrato de Sódio Areia 44,4 100 38,8Nitrato duplo de Na e K 15 1 Caulim 0 7Feldspato Potássico 13 0,21 Nitrato duplo de 0Calcita 0,14 Sódio e Potássio 6,7 15 2,8Dolomita 9 0,1 Feldpato Potássico 5,8 13 19,4Fluorita 0 Calcita 15 15Silicato de Zircônio 3,50 Dolomita 4 4 4Caulim 0,30 Ulexita 13,8 12 12Feldspato sódico 0,15 Pó Coletor 0 1Óxido de Titanio IV 0,21 Resíduo com 60%Pirita (oxido ferroso) Calcita e 40% Cau- 0ULEXITA 31 1,3 lim => 25,3 57Hexafluorsilicato de Sódio 187 Total 100 225 100Oxido Férrico 0,1 RIP R$/kg Frita R$/kgPó Coletor 15.07.2015 Cinza Pesada 0,15 0,308Criolita 0 0,18 0,317Residuo Ind Papel 57 0,15 0,2 0,322

Total 225

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6 REUNIÕES, PALESTRAS E CURSOS REALIZADOS (INTERNOS E

EXTERNOS)

No terceiro quadrimestre foram realizadas diversas reuniões com a equipe do projeto,

tanto na forma presencial como por meio de videoconferência. Dentre as principais reuniões

destacam-se:

a) Mês de abril de 2015: reuniões com membros da equipe UFSC do projeto para

acompanhamento das atividades realizadas e prazos.

b) Mês de abril de 2015: reuniões com membros da equipe UNINOVE do projeto para

acompanhamento das atividades realizadas e prazos.

c) Mês de abril de 2015: reunião com membros da TRACTEBEL, UNINOVE e UFSC

sobre o desligamento de membros da equipe do projeto e os atrasos ocasionados no

desenvolvimento das atividades do projeto.

d) Mês de Maio de 2015: reuniões com membros da equipe UFSC do projeto para

acompanhamento das atividades realizadas e prazos.

e) Mês de Maio de 2015: reuniões com membros da equipe UNINOVE do projeto para

acompanhamento das atividades realizadas e prazos.

f) Mês de Junho de 2015: reuniões com membros da equipe UFSC do projeto para

acompanhamento das atividades realizadas e prazos.

g) Mês de Junho de 2015: reuniões com membros da equipe UNINOVE do projeto para

acompanhamento das atividades realizadas e prazos e com o departamento financeiro

da instituição, para acompanhamento do fluxo de pagamentos e prestação de contas.

h) Mês de Julho de 2015: reunião com membros da equipe UFSC do projeto, para

acompanhamento das atividades realizadas e prazos.

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i) Mês de Julho de 2015: reuniões com membros da equipe UNINOVE do projeto para

acompanhamento das atividades realizadas e prazos e com o departamento financeiro

da instituição, para acompanhamento do fluxo de pagamentos e prestação de contas.

7 VIAGENS REALIZADAS

Foram realizadas as seguintes visitas técnicas/viagens no segundo quadrimestre do

projeto:

a) No mês de abril de 2015 houve visita da coordenadora do projeto Cláudia Kniess a

Universidade Federal de Santa Catarina, para a realização de reuniões com a equipe

UFSC do projeto e a equipe da Tractebel Energia.

b) No mês de maio de 2015 houve a visita do prof. Humberto Riella a Uninove para a

realização de reuniões com a equipe UNINOVE do projeto.

c) No mês de junho de 2015 houveram visitas da coordenadora do projeto Cláudia Kniess

a Universidade Federal de Santa Catarina, para a realização de reuniões com a equipe

UFSC do projeto.

d) No mês de junho de 2015 houve a visita do prof. Humberto Riella a Uninove para a

realização de reuniões com a equipe UNINOVE do projeto.

e) No mês de julho de 2015 houve visita da coordenadora do projeto Cláudia Kniess a

Universidade Federal de Santa Catarina, para a realização de reuniões com a equipe

UFSC do projeto.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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em: <https://en.wikipedia.org/w/index.php?title=Abalone&oldid=671355017>. Acesso em: 23

jul. 2015.

ABBAS, A.; ZHANG, L.; KHAN, S. U. A literature review on the state-of-the-art in patent

analysis. World Patent Information, v. 37, p. 3–13, jun. 2014. Acesso em: 8 set. 2014.

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Disponível em: <https://en.wikipedia.org/w/index.php?title=Acrylamide&oldid=671458615>.

Acesso em: 23 jul. 2015.

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. ANVISA. Disponível em:

<http://www.anvisa.gov.br/faqdinamica/index.asp?Secao=Usuario&usersecoes=28&userassu

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BARROSO, W.; QUONIAM, L.; PACHECO, E. Patents as technological information in Latin

America. World Patent Information, 00007, v. 31, n. 3, p. 207–215, 2009. Acesso em: 22 abr.

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49

APENDICE I - FICHA DE PATENTES DE INTERESSE

USO DE CINZAS PESADAS DE CARVÃO MINERAL NA OBTENÇÃO DE

VIDROS UTILIZANDO CÁLCIO COMO FUNDENTE

METHOD FOR EXTRACTING ALUMINUM OXIDE FROM COAL ASH

Page bookmark CN103936045 (A) - Method for extracting aluminum oxide from coal

ash

Inventor(s): SUN QI; WANG BAODONG; MA TONGSUO +

Applicant(s): SUN QI; WANG BAODONG +

Classification:

- international: C01F7/02; C01F7/44; C03C3/087; C04B7/24

- cooperative:

Application number: CN20141128644 20140401

Priority number(s): CN20141128644 20140401

Abstract

The invention relates to a method of extracting aluminum oxide from coal ash and

particularly relates to an integrated method for extracting aluminum oxide from a large quantity

of coal ash discharged by an industrial solid waste coal-fired power plant and co-producing

ultra clearglass and a calcium magnesium silicate material serving as a fireproof insulating

material. The successfully developed method can thoroughly solve the problem that an ash

storage field of the power plant occupies a large area and coal ash causes pollution, so that the

comprehensive utilization ratio of coal ash is improved. The problem of resource shortage of

bauxite is solved, so that safe supply of aluminum sources is effectively increased. The method

solves the problems that extraction of aluminum from coal ash is high in cost, single type of

product is generated, and secondary pollution is caused. The method solves the problem of rare

raw materials for ultra clear glassproduction, so that the production cost of the ultra clear glass is

greatly lowered.

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50

FULL-SOLID WASTE HIGH-STRENGTH GLASS CERAMIC AS WELL AS

PREPARATION METHOD AND APPLICATION THEREOF

Page bookmark CN103864306 (A) - Full-solid waste high-strength glass ceramic as well

as preparation method and application thereof

Inventor(s): LIU LIQIANG; ZHANG QUANPENG; LI HANG; NIU WENHE;

XING RUIPING; ZHANG SHENGBIN; NI YUNHAO +

Applicant(s): UNIV SHANDONG JIANZHU +

Classification:

- international: C03C10/00

- cooperative:

Application number: CN2014184270 20140310

Priority number(s): CN2014184270 20140310

The invention provides full-solid waste high-strength glass ceramic as well as a

preparation method and application thereof. The preparation method comprises the following

steps: grinding and drying 30%-60% of pulverized coal ash, 5%-30% of calcium carbide sludge,

0-35% of steel slag, 5%-40% of red mud and 0-40% of black mud which are used as raw

materials until the mass percent of containing water is less than or equal to 10%, and then a

high-temperature melting method is used for preparing the full-solid waste high-

strength glass ceramic. The preparation method has the advantages that the strength of

the glass ceramic is greatly improved, the utilization rate of solid waste is 100%, and the

pollution of the solid waste such as the pulverized coal ash, the calcium carbide sludge, the steel

slag, the red mud and the black mud to environments can be effectively solved. The bending

strength of the full-solid waste high-strength glass ceramic prepared by the method can reach

above 200Mpa; the full-solid waste high-strength glass ceramic can be used for production of

building decoration materials, industrial wear-resistant corrosion-resistant materials and

artware; the full-solid waste high-strength glass ceramic has reliable quality, good texture and

wide market prospect and is high in added value.

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51

CRYSTALIZED GLASS-CERAMICS USING A COAL BOTTOM ASH AND

PREPARING PROCESS THEREOF

Page bookmark KR20100079652 (A) - CRYSTALIZED GLASS-CERAMICS USING

A COAL BOTTOM ASH AND PREPARING PROCESS THEREOF

Inventor(s): KANG SEUNG GU [KR]; KIM YOO TAEK [KR]; LEE KI GANG

[KR]; KIM JUNG HWAN [KR]; KIM WOO HYOUNG [KR] +

Applicant(s): UNIV KYONGGI IND & ACAD COOP [KR] +

Classification:

- international: C03C3/076; C03C3/087

- cooperative:

Application number: KR20080138189 20081231

Priority number(s): KR20080138189 20081231

Also published as:

KR101068237 (B1)

PURPOSE: A method for manufacturing crystallized glass using coal bottom ash is

provided to have gold color or silver color by effectively using the bottom ash which is

discharged from a heat power plant and to easily manufacture glass-ceramic having uniform

microstructure and excellent physical properties. CONSTITUTION: A method for

manufacturing crystallized glass using bottom ash comprises the following steps: decarbonizing

the bottom ash by heating the bottom ash; adding lithium oxide(Li_2O), calcium oxide(CaO),

and titanium dioxide(TiO_2) to the bottom ash; and obtaining the glass-ceramic through

thermal treatment and crystallization. The additive quantity of the titanium dioxide is 0wt%-

10wt%.

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52

USO DE CINZAS PESADAS DE CARVÃO MINERAL NA OBTENÇÃO DE VIDROS

UTILIZANDO SÓDIO COMO FUNDENTE

ENVIRONMENT-FRIENDLY GLASS CERAMIC UTILIZING WASTE

MATERIALS

Page bookmark CN104140212 (A) - Environment-friendly glass ceramic utilizing waste

materials

Inventor(s): ZHANG HAOLIANG +

Applicant(s): QINGDAO XIANGHAI ELECTRONIC CO LTD +

Classification:

- international: C03C10/00; C03C6/10

- cooperative:

Application number: CN20141365616 20140730

Priority number(s): CN20141365616 20140730

The invention discloses environment-friendly glass ceramic utilizing waste materials.

The environment friendly glass ceramic utilizing the waste materials is characterized by

comprising, by weight, 25 to 41 parts of pyrophyllite, 30 to 38 parts of sericite, 10 to 45 parts

of sodiumfluosilicate, 3 to 17 parts of chromium hemitrioxide, 1 to 14 parts of kosmochlor, 34

to 59 parts of coal ash, 1 to 36 parts of red mud, 37 to 49 parts of steel slag, 1 to 18 parts of

monoammonium phosphate, 5 to 21 parts of trumpet shell powder, 10 to 30 parts of

hydroxyapatite and 12 to 41 parts of spinel. The environment friendly glass ceramic utilizing

the waste materials has the advantages that the utilization ratio of solid waste is improved,

pollution to the environment by the mentioned solid waste is lowered, consumption of resources

is reduced, and the intensity of the glass ceramic is improved at the same time, the environment

pollution problem is solved, waste materials are changed into things of value, and the benefits

of environment protection and economy are achieved.

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53

METHOD FOR PREPARING DECORATIVE GLASS FROM LIQUID

INDUSTRIAL WASTE

Page bookmark CN102951843 (A) - Method for preparing decorative glass from liquid

industrial waste

Inventor(s): XU YING; HAN YIHUA; LU XIANG +

Applicant(s): UNIV HEBEI UNITED +

Classification:

- international: C03C6/10

- cooperative:

Application number: CN20121442568 20121030

Priority number(s): CN20121442568 20121030

The invention relates to glass which belongs to inorganic nonmetallic material,

belonging to the field of glass. The decorative glasscontains the following ingredients, in

percentage by weight: 24-33 percent of CaO, 42-56 percent of SiO2, 10-14 percent of Al2O3,

4-8 percent of MgO and 4 percent of (NaO2+K2O), and is prepared by taking melted liquid

furnace slag as base material, iron tailings and coal ash as auxiliary materials

and sodium carbonate as fluxing agent. The preparation process is that liquid blast-furnace slag

is poured on the auxiliary materials and then through the process of heat treatment, the

decorative glass can be directly prepared. The decorative glassprepared through the method has

the physical properties of rupture strength being equal to or greater than 20Mpa, acid resistance

being less than or equal to 1%, alkali resistance being less than or equal to 1% and water

adsorption ratio being less than or equal to 0.1%. The service performance of the

decorative glass prepared through the method is superior to the service performance of similar

products like ordinary ceramic tiles and marbles and can fully satisfy the performance

requirement of general building materials. According to the process system for preparing

decorative glass from liquid blast-furnace slag, a high-temperature drop-bottom heating furnace

is designed. The invention achieves the aim of directly preparing the decorative glass by

pouring high-temperature melted blast-furnace slag on the iron tailings and the coal ash, and

solves the problem of uneven smelting of the decorative glass and the problems of saving

energy and reducing consumption.

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54

SLAG GLASS CERAMIC PIPE AND PREPARATION METHOD THEREOF

Page bookmark CN102173588 (A) - Slag glass ceramic pipe and preparation method

thereof

Inventor(s): BAOWEI LI; XUEFENG ZHANG; CHAO LI; XIAOWEI LI;

XIAOLIN JIA +

Applicant(s): UNIV INNER MONGOLIA SCI & TECH +

Classification:

- international: C03B32/02; C03C10/10

- cooperative:

Application number: CN2011157464 20110310

Priority number(s): CN2011157464 20110310

Also published as:

CN102173588 (B)

The invention relates to a glass ceramic pipe and a preparation method thereof.

The glass ceramic pipe is prepared from the following raw materials in percentage by weight:

20 to 40 percent of coal ash, 20 to 50 percent of slag obtained by separating Baiyunebo tailings

again, 0 to 40 percent of blast furnace slag or steel slag, 15 to 30 percent of quartz sand, 2 to 5

percent of sodium carbonate, 2 to 7 percent of borax, 0 to 5 percent of dolomite or lime stone,

and 0 to 6 percent of albite or potash feldspar; and the preparation method comprises the

following steps of: measuring the raw materials according to the ratio and then adding into a

ball-milling mixing machine and mixing uniformly and melting the mixture at the temperature

of between 1,350 and 1,450 DEG C; and performing centrifugal casting and molding;;

annealing, coring and crystallizing the molded pipe, and reducing the temperature at a speed of

1 to 5 DEG/min to the temperature of less than 100 DEG C and then discharging. The product

has good performance, the abrasive resistance of the product is three times higher than that of

a glass-ceramic tube, the weight of the product is only one third that of a glass-

ceramic composite tube, the service life of the product is 3 to 5 times that of the glass-

ceramic composite tube, and the cost performance of the product is high. The utilization rate of

industrial waste residue in the raw materials is more than and equal to 70 percent, and the pipe

is energy-saving and environment-friendly, has low production cost, is suitable for large-scale

industrial production and has a wide application range.

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55

METHOD FOR RECOVERY OF STAINLESS STEEL TAILINGS AND COAL

ASH

Page bookmark CN101838108 (A) - Method for recovery of stainless steel tailings and

coal ash

Inventor(s): YOULIN DENG; JUNHU LI; YONGLIN SHI; WENCHENG YE;

GUILAN YI +

Applicant(s): SHANXI TAIGANG STAINLESS STEEL +

Classification:

- international: C03B25/00; C03B32/02; C03B5/16; C03C10/14; C03C6/10

- cooperative:

Application number: CN20101154436 20100422

Priority number(s): CN20101154436 20100422

Also published as:

CN101838108 (B)

The invention relates to a method for recovery of stainless steel tailings and coal ash,

which comprises the following steps: first, the preparation of a base glass sample: I, mixing:

mixing the following materials to be even; 33-42 stainless steel tailings, 10-23 coal ash, 25-35

quartz sand, 3-6 sodium carbonate and 3-5 barium oxide; II, melting: heating the mixture up to

1,400-1,500 DEG C until the mixture turns to glass metal, and preserving heat for 1.5-3h; III;

pouring and annealing: pouring the glass metal into a stainless steel mould which is preheated

to 600-700 DEG C, annealing for 1-2h under 650-700 DEG C; cooling along with the furnace,

taking the mould out of the furnace and demolding the glass metal to the base glass sample; 2,

nucleation and crystallization: heating the glass sample to 80-1030 DEG C for crystallization

and then cooling the glass sample along with the furnace until the glass sample turns to a

microcrystal glass sample; and 3, processing the microcrystal glass sample to be a finished

product. The method makes use of the stainless steel tailings and the coal ash to produce

microcrystal glass and thereby provides a novel approach for the recovery of stainless steel

tailings.

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56

CRYSTALIZED GLASS HAVING NEPHELINE AS MAIN CRYSTAL USING

A COAL BOTTOM ASH AND PREPARING PROCESS THEREOF

Page bookmark KR20100079648 (A) - CRYSTALIZED GLASS HAVING

NEPHELINE AS MAIN CRYSTAL USING A COAL BOTTOM ASH AND PREPARING

PROCESS THEREOF

Inventor(s): KANG SEUNG GU [KR]; KIM YOO TAEK [KR]; LEE KI GANG

[KR]; KIM JUNG HWAN [KR]; JANG SEOK JU [KR] +

Applicant(s): UNIV KYONGGI IND & ACAD COOP [KR] +

Classification:

- international: C03C3/00

- cooperative:

Application number: KR20080138184 20081231

Priority number(s): KR20080138184 20081231

Also published as:

KR101061463 (B1)

PURPOSE: A method for manufacturing crystallized glass using coal bottom ash is

provided to make nepheline main crystal phase by controlling the kinds and composition ratio

of additives and to improve micro hardness of the crystallized glass by growing crystals on the

surface and on the inner part of the glass. CONSTITUTION: A method for manufacturing

crystallized glass in which nepheline is main crystal phase using coal bottom ash comprises:

obtaining the bottom ash having a constant particle size using plasticized coal bottom ashas a

base material and sieving the plasticized bottom ash into the constant particle size; polishing

the bottom ash by adding a plasticizer,sodium oxide(Na_2O), lithium oxide(Li_2O), and

titanium dioxide(TiO_2) to the obtains bottom ash; and melting the bottom ash and molding

the bottom ash at a constant temperature lower than a glass transition temperature.

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57

ANEXO I – PANTENTES “ADOQUIM”

Title Publication

number International classification

Date of application

Adhesive mortar for ceramic tile CN104355577 (A)

C04B28/00 C04B18/12

20141024

Improved low-alkaline ceramic tile adhesive CN104211357 (A) C04B28/06 20140826

Encaustic brick CN104211322 (A)

C04B26/04 C04B14/10 C04B14/36 C04B18/08

20140821

Refractory aggregate of long-life blast-furnace tapping sand hole

CN104150919 (A) C04B35/66 20140721

Light body brick for building and manufacturing method thereof

CN104150815 (A)

C04B28/00 C04B14/18 C04B18/08 C04B18/16 C04B38/02

20140425

PREPARATION METHOD OF ECO-FRIEND CLAY BRICK WITH WASTING VINYL SLUDGE AND ECO-FRIEND CLAY BRICK MADE THEREBY

KR101424990 (B1)

C04B14/10 C04B18/08 C04B18/14

20140526

Interface treating agent for ceramic brick CN104016637 (A) C04B28/04 20140604

Ceramic tile adhesive CN103880344 (A)

C04B28/00 C04B14/06 C04B18/08

20131111

Concrete wallboard CN103848608 (A)

C04B28/06 C04B111/40

20121205

Welding repair material for repairing coking furnace and method for repairing coking furnace

CN103449831 (A)

C04B35/66 F27D1/16

20130829

RAW MIX TO MANUFACTURE FACING ASH-CERAMIC TILES

RU2500649 (C1)

C04B33/135 C04B33/16

20120703

Ceramsite concrete block convenient for wiring CN203334514 (U) E04C1/39 20130228

High-strength light-weight clay brick for lime kiln CN103435363 (A) C04B35/66 20130823

CRUDE MIXTURE FOR MAKING ASH-CERAMIC FACING TILES

RU2495846 (C1) C04B33/135 20120703

MIXTURE FOR MAKING CERAMIC TILE RU2487846 (C1); RU2011150606 (A)

C04B33/00 B82B3/00

20111212

Technical method for producing ceramic brick raw materials by using vertical roller mill used for producing cement raw materials

CN103113088 (B); CN103113088 (A)

C04B33/132 20130228

Page 58: UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO - UNINOVE …apppro.tractebelenergia.com.br/ped/upload/7E8D966B-FA2F-45C8-957… · relatÓrio quadrimestral (3) do projeto: obtenÇÃo em escala piloto

58

Production process of energy-saving and thermal-insulating brick

CN103113051 (A)

C04B28/00 C04B18/30 C04B41/65

20111117

Method for preparing decorative glass from liquid industrial waste

CN102951843 (A) C03C6/10 20121030

Oil shale residue aerated brick and preparation method thereof

CN102875184 (B); CN102875184 (A)

C04B38/02 C04B18/30 C04B28/14

20120825

Boron slag aerated brick and preparation method thereof

CN102875071 (B); CN102875071 (A)

C04B28/00 C04B38/02

20120825

Chromic slag aerated brick and preparation method thereof

CN102875066 (A); CN102875066 (B)

C04B28/00 C04B18/30 C04B38/02

20120825

Attapulgite coal ash ceramicite insulating brick CN102863204 (A)

C04B33/22 C04B33/132

20121027

Polyurethane composite-type waterproof thermal-insulation decorative board, and production method

CN102828594 (A)

E04F13/075 B28B1/00 C04B26/16

20110616

Embedded connection type ridge tile CN202577769 (U) E04D1/30 20120430

Coal ash sintered brick and sintering process CN102718548 (A); CN102718548 (B)

C04B38/02 20120622

Coal ash ceramic brick and manufacturing method thereof

CN102701716 (A); CN102701716 (B)

C04B35/14 B09B3/00 C04B35/622

20120613

RAW MIXTURE FOR MAKING ASH-CERAMIC FACING TILES

RU2411214 (C1) C04B33/135 20091214

RAW MIXTURE FOR ASH-CERAMIC FACING TILE MANUFACTURING

RU2410357 (C1)

C04B33/132 C04B33/135

20091214

CRUDE MIXTURE FOR MAKING ASH-CERAMIC FACING TILES

RU2444497 (C1) C04B33/132 20101013

Facing tile CN201588334 (U)

E04C1/39 E04F13/072 E04F15/022

20091216

RAW MIX FOR FACING ASH-CERAMIC TILE FABRICATION

RU2387620 (C1) C04B33/138 20090416

RAW MIX FOR FACING ASH-CERAMIC TILE FABRICATION

RU2387619 (C1) C04B33/135 20090416

Baking-free bricks and production method thereof CN101761171 (A) E04C1/00 20090417

Lightweight ceramisite concrete external wallboard and preparation method thereof

CN101705733 (A)

E04C2/04 C04B14/02 C04B28/00

20090930

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59

Lightweight ceramisite concrete external wallboard and preparation method thereof

CN101705732 (A)

E04C2/04 C04B14/02 C04B28/00

20090930

Lightweight ceramisite concrete external wallboard and preparation method thereof

CN101705731 (A)

E04C2/04 C04B14/02 C04B28/00

20090930

RAW MIXTURE FOR MAKING FACING SLAG-CERAMIC TILES

RU2371418 (C1) C04B33/132 20080507

RAW MIXTURE FOR MANUFACTURING FINISH ASH CERAMIC TILE

RU2369578 (C1) C04B33/132 20080507

METHOD FOR PRODUCING WATER-RETENTIVE BLOCK

JP2008247728 (A); JP4962915 (B2)

C04B28/02 B09B3/00 B28B3/20 C02F11/00 C04B7/02 C04B7/04 C04B18/06 C04B18/10 C04B18/14 C04B18/16 C04B18/30 E01C5/06 E01C11/24

20071211

CERAMIC FIRED BODY AND ITS MANUFACTURING METHOD

JP4998694 (B2); JP2008127259 (A)

C04B33/13 B09B3/00 C01B39/22 C04B33/02 C04B33/132 C04B33/135

20061122

METHOD OF PRODUCING ARTIFICIAL CLAY FOR ROOF TILE

JP2007197295 (A)

C04B33/135 B28C1/16 C01B33/40

20060306

TILE AND METHOD FOR PRODUCING THE SAME

JP2001181019 (A); JP3392089 (B2)

B09B5/00 C02F11/00 C04B33/13 C04B33/132 E04F13/14 C04B33/13 B09B5/00 E04F13/14

19991227

PRODUCTION OF WATER-PERMEABLE PAVEMENT MATERIAL

JPH07315951 (A); JP3109382 (B2)

C04B38/00 C04B30/00 C04B33/13 C04B33/135 C04B38/00 C04B33/13

19940523

Ceramic product and method of making the same GB653070 (A) C04B33/02 19480401

Process for producing coarse-ceramic mouldings DE3403943 (A1)

C04B32/00 C04B38/08

19840204

Page 60: UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO - UNINOVE …apppro.tractebelenergia.com.br/ped/upload/7E8D966B-FA2F-45C8-957… · relatÓrio quadrimestral (3) do projeto: obtenÇÃo em escala piloto

60

C04B18/06 C04B38/00

Polyphenyl granule heat-preservation thermal insulating slurry containing rear-earth catalyst

CN101200366 (A)

C04B28/18 C04B16/06 C04B16/08 C04B18/08 C04B22/06 C04B22/14 C04B24/38

20071229

Ceramic wall floor tile CN101164962 (A)

C04B35/00 C04B33/13 C04B35/14

20061017

Shale insulated ceramic surface tile production process

CN1800082 (A)

C04B33/13 C04B33/02 C04B33/34

20050107

Light energy-saving thermal preservation building material and it procucing method

CN1724444 (A)

C04B18/16 C04B14/04 C04B18/08 C04B18/10

20050615

Toughened ceramic tile and preparation technology thereof

CN1229068 (A)

C04B28/32 C04B35/82

19980317

Foaming plastic ceramic coals ash cement light wall material

CN1109451 (A)

C04B16/04 C04B18/06 C04B28/02 C04B28/02 C04B16/04 C04B18/06

19940329

Method for manufacturing ceramic facing bricks using powdered coal ash

CN1070177 (A)

C04B33/16 C04B33/16

19910902

FORMULATION OF YELLOW OR RED SOIL AND PULVERIZED COAL ASH BRICK

CN1065650 (A); CN1042829 (C)

C04B18/08 C04B33/13 C04B33/13

19910929

MANUFACTURING METHOD OF GLAZED CEMENT PRODUCT

CN1061211 (A)

C04B41/68 C04B41/68

19901108

Duplexing airflow separator sets CN2704425 (Y)

B07B7/00 B07B7/01 B07B7/00 B07B7/01

20030508

High-strength ceramic-like light powdered coal ash tile

CN1316397 (A)

C04B14/42 C04B18/08 C04B18/24 C04B28/32 C04B18/08 C04B14/42 C04B18/24 C04B28/32

20010421