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Universidade Tuiuti do Paraná Guilherme Chierillhini A INFLUÊNCIA DO METABOLISMO BASAL SOBRE MASSA CORPÓREA, SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO E PARÂMETROS CARDIOV ASCULARES CURITIBA 2007

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Universidade Tuiuti do Paraná

Guilherme Chierillhini

A INFLUÊNCIA DO METABOLISMO BASAL SOBRE MASSACORPÓREA, SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO E PARÂMETROS

CARDIOV ASCULARES

CURITIBA2007

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A INFLUÊNCIA DO METABOLISMO BASAL SOBRE MASSACORPÓREA, SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO E PARÂMETROS

CARDIOVASCULARES

CURITIBA2007

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Guilherme Chierighini

A INFLUÊNCIA DO METABOLISMO BASAL SOBRE MASSACORPÓREA, SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO E PARÂMETROS

CARDIOVASCULARES

Trabalho de Conclusão de Cursoapresentado ao Curso de Educação Físicada Faculdade de Ciências Biológicas e daSaúde da Universidade Tuiuti do Parana,como requisito parcial para obtenção do graude Licenciado em Educação Física.

Orientador: Prof.Or.Gerson Luiz ejeto Oal-Cál

CURITIBA2007

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TERMO DE APROVAÇÃO

Guilherme Chierighini

A INFLUÊNCIA DO METABOLISMO BASAL SOBRE MASSACORPÓREA, SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO E PARÃMETROS

CARDIOVASCULARES

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado e aprovado para a obtenção do grau de Licenciadoem Educação Física no curso de Educação Física da Universidade Tuiuti do Paraná.

Curitiba, 20 de Novembro de 2007

Educação FísicaUniversidade Tuiuti do Paraná

Orientador: Professor Doutor Gerson Luiz Dal-CõrUTP I EDUCAÇÃO FISICA

Professor Daniel Strapasson

Professora Sandra Martin

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus.

Agradeço á minha famllia e amigos pelo apoio oferecido e muito bem vindo.

Agradeço ao meu Professor e Orientador Doulor Gerson Luiz Dal-Cól por toda ajuda

e comprometimento prestado.

Agradeço a05 meus amigos da Universidade Tuiuli do Paraná, em especial, Gleison

Morais de Carvalho pelo companheirismo prestado.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ..

2.1 Histórico do Metabolismo ....

. 10

. 12

..12

2.1.1 A Importância da Medição da TMB.. . 16

2.1.2 Fatoes que influenciam a TMB ou sua medição. . 19

2.1.3 Dimensão e Composição Corporal.... ..20

2.1.4 Atividade Fisica ..

2.2 indice de Massa Corporal.

2.2.1 Classificação ...

2.2.2 Composição Corporal..

2.3 Pressão Arterial..

2.3.1 Coração ..

2.3.2 Artérias e Veias .

2.3.3 Unidade ..

..22

..24

. 24

. 25

..26

. 27

. 27

... 28

2.3.4 Classificações. ...28

..29

. 31

... 31

.... 32

. 33

. 33

2.4 Sistema Nervoso Autônomo ..

2.4.1 Classificações ...

2.4.1.2 Sistema Nervoso Simpático ...

2.4.1.3 Sistema Nervoso Parassimpático ..

2.4.2 Controle do Organismo ..

2.4.3 Neurotransmissores Autônomos ..

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3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 34

3.3 Analise dos Dados.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ..

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..

REFERÊNCIAS.

. 37

. 38

. .48

. 49

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LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1 - indice de Massa Corporal ..

GRÁFICO 2 - Percentual de Gordura ...

GRÁFICO 3 - Peso da Gordura Corporal..

GRÁFICO 4 - Taxa Metabólica Basal. ..

GRÁFICO 5 - Requerimento Médio de Energia.

. 38

. 39

. .40

. .41

. .42

GRÁFICO 6 - Atividade do Sistema Nervoso Simpático 43

GRÁFICO 7 - Atividade do Sistema Nervoso Parassimpático . .44

GRÁFICO 8 - Frequência Cardiaca .45

GRÁFICO 9 - Pressão Arterial Sislólica ..

GRÁFICO 10- Pressao Arterial Diaslólica ..

. .46

. .47

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RESUMO

o objetivo deste trabalho foi identificar a partir do Metabolismo8asal, influências relacionadas ao indice de Massa Corporal,Sistema Nervoso Autônomo e os Parâmetros Cardiovasculares. Paratanto, selecionou-se uma amostra de individuas e aplicou-se doistestes para coleta de dados: Teste 1 - Analise Espectral daVariabilidade da Freqüência Cardiaca; Teste 2 - Analise daComposição Corporal por Impedância Bioelétrica, Além deverificação da Pressão Arterial. Os resultados estão expressos sobforma de tabelas e gráficos.

Identificou-se a partir dos dados colelados que existe uma relação direta entre ometabolismo basal e o sistema nervoso simpatico. A elevação ou diminuição doSistema Nervoso Simpático também depende da Taxa Metabólica Basa!.

Palavras-chaves: metabolismo basal, sistema nervoso autônomo,indice de massa corporal.

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INTRODUÇÃO

.1 JUSTIFICATIVA

Esta exposição esta organizada de forma como um instrumento

que visa auxiliar os profissionais da área de Educação Física á

exercer seu trabalho com mais especialidade e qualidade no assunto

proposto.

A experiência aqui proposta visa identificar a partir do

Metabolismo Basal, influências relacionadas ao Indice de Massa

Corporal, Sistema Nervoso Autônomo e os Parâmetros

Ca rd iovasc u la res.

Para o desenvolvimento deste trabalho são abordados alguns

assuntos referentes a Indice de Massa Corporal, Metabolismo Basal,

Sistema Nervoso Autônomo e Pressão Arterial, visando com isso um

esclarecimento da importância que existe no Metabolismo Basal e as

influências relacionadas a ele.

1.2 PROBLEMA

Qual a influência do metabolismo basal sobre massa corpórea,

sistema nervoso autônomo e os parâmetros cardiovasculares?

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II

1.3 OBJETIVOS

.3.1 Objetivo Geral

Identificar a partir do Metabolismo Basal, influências

relacionadas ao índice de Massa Corporal, Sistema Nervoso

Autônomo e os Parâmetros Cardiovasculares .

.3.2 Objetivos especificos

• Avaliar a atividade metabólica basal de indivíduos jovens e

adultos saudáveis;

• Avaliar a atividade do sistema nervoso autônomo;

• Avaliar pressão arterial

• Avaliar freqüência cardíaca;

• Avaliar atividade do Sistema Nervoso Simpático e Parasimática

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 HISTÓRICO DO METABOLISMO

O interesse sobre o metabolismo remonta à Antigüidade, quando

surgiu a teoria da "perspiração insensível" da escola de Hipócrates

(KING, 1924) que se baseava na observação de que um adulto não

ganhava peso apesar de ingerir uma quantidade de alimento e

líquido muito superior a sua excreção.

Foi somente em 1780 que o metabolismo começou a ser melhor

entendido através dos experimentos de Antoine Laurent Lavoisier

(LUSK, 1917) nobre francês que identificou que um gás, por ele

chamado de oxigênio, mas anteriormente denominado "ar de fogo"

(dephlogisticated air) por Joseph Priestley (MCHENRY & BEATON,

1963), combinava-se com substâncias combustíveis liberando calor.

Para provar que a oxidação era a fonte de calor em animais,

Lavoisier construiu, juntamente com Laplace, o primeiro calorímetro

direto para animais e desenvolveu o princípio da calorimetria

indireta ao medir a quantidade de gás carbônico produzida pelo

animal durante o mesmo período da calorimetria direta (TAYLOR et

ai , 1956).

Nesse experimento, Lavoisier conseguiu evidenciar que

quantidade de calor produzida pelo animal era praticamente igual ao

calor calculado a partir do gás carbônico produzido pela respiração.

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Com isto, ficou comprovada a hipótese de que o carbono contido

no organismo combinava-se com o oxigênio para produzir calor.

Lavoisier estendeu seus experimentos para o homem, estudando

aparentemente, apenas as trocas gasosas e demonstrando que a

exposição ao frio, a digestão e a atividade física eram falores que

elevavam o consumo de oxigênio (DU BOIS, 1936; KING, 1924) e,

conseqüentemente, a produção de calor ou metabolismo.

Durante o século XIX, com o estabelecimento das leis da

termodinâmica, vários calorímetros diretos e câmaras respiratórias

foram desenvolvidos (DURNIN & PASSMORE, 1967) na tentativa de

aperfeiçoar as técnicas propostas por Lavoisier. Neste período,

também ocorreram descobertas importantes que possibilitaram o

desenvolvimento de métodos mais exatos para medir o metabolismo

através das trocas gasosas, como a identificação dos substratos

oxidados pelo organismo, a quantidade de oxigênio necessária para

oxidá-los e o valor calorífico dos componentes dos alimentos quando

oxidados no organismo (LUSK, 1917; MCHENRY & BEATON, 1963).

Em 1894, Rubner construiu o primeiro calorímetro direto de êxito

para estudo experimental em cães (WEBB, 1985). Em conexão ao

calorímetro, foi utilizado o aparelho de Pettenkofer-Voit que

possibilitava, além de medir a perda de calor, obter a quantidade de

gás carbônico produzida. Neste caso, ele utilizava ao mesmo tempo

a calorimetria direta e indireta, podendo observar a concordância

entre os valores obtidos pelos dois métodos (BOOTHBY &

,,'I>\\lT~

à' ~ ~~ 9 .~~, ~ c,'""A,..

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SANDIFORD, 1920) e, provando assim, que a lei de conservação de

energia também se aplicava aos animais.

Até o final do século XIX, a calorimetria limitava-se a medir a

produção de calor em animais (WEBB, 1985) enquanto que os

aparelhos (câmaras) respiratórios já tinham sido utilizados para

experimentos em pessoas com diabetes, anemia e malária. No

periodo entre 1892 e 1899, nos Estados Unidos, Atwater & Rosa

desenvolveram o primeiro calorímetro humano utilizando-se também

do aparelho de Petlenkofer-Voit em conexão ao calorimetro

(BOOTHBY & SANDIFORD, 1920).

Este aparelho era grande o suficiente para manter,

confortavelmente, em seu interior um homem por duas semanas ou

mais e era provido de cama, cadeira, mesa e um ciclo-ergômetro. As

medições, então, poderiam ser feitas com o indivíduo em repouso,

trabalhando ou exercitando-se.

Posteriormente, em 1905, Atwater & Benedict aperfeiçoaram este

calorímetro para que fosse possível a determinação simultãnea

também do consumo de oxigênio.

A medida do oxigênio consumido, ou seja, a calorimetria indireta

significou importante melhora na mensuração da produção de calor

(BOOTHBY & SANDIFORD, 1920), pois possibilitava quantificar o

oxigênio utilizado na oxidação dos substratos energéticos, além da

possibilidade de se obter o consumo de energia nas várias

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atividades, ao invés do gasto energético tola I de um intervalo de

tempo grande.

Benedict, em 1907, assume a direção do Laboratório de Nutrição

do Carnegie lnstitution cf Washington, localizado em Boston,

Estados Unidos, dedicando-se à mensuração das trocas

respiratórias. Ele construiu um calorimelro respiratório e realizou

alguns estudos com pacientes diabéticos, porém seu interesse se

voltou para a medição da taxa metabólica basal (TMB) em indivíduos

saudáveis.

Benedict continuou a aperfeiçoar as técnicas da calorimelria

indireta, além de testar vários aparelhos respiratórios e desenvolver

um próprio para uso em hospitais (BOOTHBY & SANOIFORO, 1920).

Em 1919, Harris & Benedict pUblicaram os dados de taxa

metabólica basal de 333 indivíduos, empregando pela primeira vez a

análise estatística mais sofisticada disponível à época em dados

fisiológicos. Desta análise foram deduzidas as primeiras equações

de predição da taxa metabólica basal em homens, mulheres e

crianças que serviriam de controle para comparação em situações

especiais de dieta ou doença.

Nesta época, a TMB medida por calorimetria direta ou indireta

servia como diagnóstico, principalmente, de distúrbios da tireóide.

Com o passar do tempo, e com o advento de outros métodos para

o diagnóstico de problemas da tire6ide (BURSZTEIN et ai., 1989) o

interesse pelo metabolismo basal diminuiu e a calorimetria direta

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passou a ser utilizada, principalmente, para estudos sobre a

regulação da temperatura corporal, interesse que se estendeu até

após a segunda guerra mundial.

Bursztein (1989) afirma que:

E a partir da década de 70, que uma nova era se inicia comos estudos de balanço energético e mais adiante, nos anos80, a calorimetria indireta passa a ser utilizada nadeterminação dos requerimentos energéticos em pacientesgraves submetidos â nutrição enteral e parenteral.

A retomada do interesse em medir a TMB de indivíduos

saudáveis, surgiu após um grupo de expertos da FAO (Organização

das Nações Unidas para e Agricultura e Alimentação) e Organização

Mundial da Saúde (OMS) ter determinado que as necessidades

energéticas deveriam ser calculadas com base no gasto energético

diário, expresso como múltiplos da TMB (FAO/WHO/UNU, 1985).

Para tal finalidade foram desenvolvidas equações de predição da

TMB que foram recomendadas para uso internacional,

fundamentalmente, pela ainda pouca disponibilidade de calorímetros

indiretos para sua medição.

1.1 A IMPORTÂNCIA DA MEDIÇÂO DA TAXA METABÓLICA BASAL

A taxa metabólica basal (TMB) é a quantidade de energia

necessaria para a manutenção das funções vitais do organismo,

sendo medida em condições padrão de jejum, repouso físico e

mental em ambiente tranqüilo com controle de temperatura,

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iluminação e sem ruido (BURSZTEIN et aI., 1989; GARROW, 1974;

HARRIS & BENEDICT, 1919).

Desde o século XIX, a medição da TMB é feita através da

determinação da quantidade de calor produzida pelo organismo

(calorimetria direta) ou pelo cálculo de calor indiretamente

(calorimetria indireta) a partir do consumo de oxigênio (V02) e

excreção de gás carbônico (\.lC02) tanto para fins diagnósticos

quanto nutricionais. Entretanto, somente a partir do estudo de Harris

& Benedict, em 1919, é que houve uma tentativa de sistematização

das informações existentes sobre o metabolismo basal com o

desenvolvimento de equações de predição da TMB, a partir de

medidas antropométricas, já que a calorirnetria não era muito

disponível.

Com a mudança de orientação na estimativa das necessidades

energêticas humanas, da ingestão para o gasto energêtico sugerida

pela Food and Agriculture Organ ization/World Health

Organization/United Nations University (FAO/WHO/UNU, 1985) houve

a necessidade de atualização das informações existentes sobre o

metabolismo basal, com revisão das equações de predição da TMB

(SCHOFIELD,1985).

Segundo Henry & Rees (1991), foi partir de então, que vários

estudos têm demonstrado que as equações tendem, em sua maioria,

a superestimar a TMB em várias populações, principalmente, as que

vivem nos trópicos.

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Segundo Clark e Holfer (1991), a TMB é o principal componente

do gasto energético diário, pOdendo representar de 50% (nos

indivíduos muito ativos fisicamente) a 70% (nos mais sedentários) do

total de energia gasta diariamente.

Baseado nesta evidência, o gasto energético (GE) diário deveria

nortear necessariamente as recomendações energéticas. Apesar de

ser uma conclusão óbvia, somente a partir de 1985 que se passou a

proceder desta forma.

Conforme Schoeller (1999), até então, as recomendações

energéticas populacionais eram derivadas de informações sobre o

consumo alimentar de populações, ditas saudáveis, valores que

normalmente são menores (= 20%) do que o gasto energético medido

por água duplamente marcada.

Nesta nova orientação os componentes do gasto energético

deveriam ser expressos como múltiplos da TMB, numa tentativa de

se controlar as características individuais como as dimensões e

composição corporais, o estado nutricional e características

demográficas como idade e gênero.

Como se reconhecia que não havia uma grande disponibilidade

de calorimetros, os órgãos internacionais (FAO/WHO/UNU, 1985)

sugeriram o uso de equações de predição para estimar a TMB.

Assim, tanto para o nível individual quanto o populacional, a TMB

é o valor base para se estabelecer as necessidades energéticas

(JAMES & SCHOFIELD, 1990).

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o uso da TMB no estabelecimento das necessidades energéticas,

por si só, já seria motivo suficiente para sua determinação nos

vários segmentos da população da forma mais exata possível, seja

em avaliações clínicas ou epidemiológicas. Além disso, seu uso em

estudos epidemiológicos sobre ingestão alimentar e

determinação do nível de atividade física, também demonstra sua

importância. Por exemplo, segundo MacDiarmid e Blundell (1997),

usualmente, avalia-se o grau de confiabilidade na informação sobre

a ingestão energética de indivíduos dividindo-se o valor de energia

ingerida, pela TMB. Quando em pessoas obesas, o valor desta razão

é menor do que 1,2 costuma-se dizer que os indivíduos

subestimaram a ingestão, visto que, os mesmos não poderiam ser

obesos ingerindo somente 1,2 vezes a TMB, valor que é considerado

como de manutenção (JAMES & SCHOFIELD, 1990).

2.1.2 FATORES QUE INFLUENCIAM A TMB OU SUA MEDiÇÃO

A TMB, por definiçao, deve ser medida controlando-se vários

fatores, alguns óbvios, como a atividade fisica prévia, a ingestão

alimentar e a temperatura e o nível de ruído ambiental; outros mais

sutis, como o tabagismo e o período no ciclo menstrual.

Quando a medição é realizada sem o controle destes fatores,

costuma-se chamar o valor obtido de taxa metabólica de repouso.

Entretanto, algumas características inerentes aos indivíduos

sendo avaliados, como a idade, a aptidão física e a dimensão e

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composição corporais, podem explicar as diferenças interindividuais

na TMB.

2.1.3 DIMENSAo E COMPOSIÇAO CORPORAL

A TMB sofre influência das características individuais como a

dimensão, massa corporal, estatura e superfície corporal que é uma

medida derivada da massa corporal e da estatura e composição

corporal dos individuos (CENSI et aI., 1998; FAO/WHO/UNU, 1985).

Segundo Harris e Benedict (1919), a massa corporal apresenta

uma correlação quase sempre elevada com a TMB, mas que varia

bastante (coeficiente de correlação entre 0,45 a 0,96).

A superfície corporal foi a primeira medida utilizada para

expressar a TMB seguindo a Lei da Superfície Corporal,

estabelecida por Rubner, em 1883, a partir de estudos em animais,

que postulava que a produção de calor era constante por unidade de

superficie corporal (DU BOIS, 1936; HARRIS & BENEDICT, 1919).

Desta forma, animais de tamanhos variados teriam a mesma

produção de calor por unidade de área de superfície corporal. Harris

e Benedict (1919) questionaram a aplicabilidade desta lei, ao

demonstrar que o metabolismo basal tinha uma correlação elevada

tanto com a área de superfície corporal quanto com a massa

corporal não sendo, porém, constante por unidade de superfície

corporal como previamente estabelecido e nem independente da

massa corporal como acreditava-se.

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A expressão da TMB por unidade de massa e superfície corporais

é uma prática muito comum, facilitando a comparação dos valores de

TMB entre indivíduos com dimensões diferentes.

Contudo, esta maneira de expressar a TMB não é perfeita pelo

falo de não conseguir eliminar as diferenças interindividuais

decorrentes de diferentes composições corporais. A massa corporal

engloba tecidos de diversas atividades metabólicas, como a gordura

corporal, que apresenta um consumo de oxigênio desprezível, e a

massa livre de gordura. componente da massa corporal responsável

pelo maior consumo de oxigênio.

Segundo Cunninghan (1982), a massa livre de gordura, por sua

vez, é constituída por órgãos e tecidos que diferem quanto à

atividade metabólica. A massa extra celular possui baixa atividade

metabólica e a massa celular corporal, também chamada de massa

celular ativa, que em um indivíduo saudável corresponde entre 50 a

60% da massa livre de gordura, é responsável pela maior parte do

metabolismo e compreende os componentes celulares das vísceras,

cérebro, sangue e massa muscular que apresentam gastos

energéticos distintos.

Segundo Shephard (1991), as visceras correspondem entre 20 e

30% da massa corporal de um adulto saudável, sendo responsáveis

por quase 60% da TMB.

Conforme 8rozek e Grande (1955), a massa muscular, que

representa a maior parte da massa corporal, é responsável por

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apenas 20%, no máximo 25%, do consumo de oxigênio em condições

basais.

Em indivíduos obesos, parece que o aumento da TMB não é

diretamente proporcional ao aumento da massa livre de gordura.

Uma explicação para tal fato é que na obesidade os órgãos

metabolicamente ativos não se hipertrofiam ou aumentam em menor

escala do que a massa muscular, alterando assim a composição da

massa livre de gordura. Portanto, a TMB depende da quantidade e

da atividade metabólica da massa celular corporal, assim como da

sua proporção em relação à massa livre de gordura (CENSI et aI.,

1998; FAOI WHOIUNU, 1985; KENDRICK et aI., 1990).

Apesar de existirem sugestões de que a TMB seja expressa em

função da massa livre de gordura e não da massa corporal total, são

ainda poucos os dados disponíveis de TMB e de composição

corporal no mesmo grupo de indivíduos, devido, principalmente, ã

limitação metodológica da medição da composição corporal.

2.1.4 ATIVIDADE FíSICA

Durante a atividade fisica há aumento do consumo de oxigênio

que pode manter-se por várias horas após o término do exercício,

elevando o gasto energético no repouso.

Este fenômeno é conhecido como débito de oxigênio (ou

consumo de oxigênio excessivo pós exercício) e sua duração

dependerá da intensidade e duração do exerci cio realizado.

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Entretanto, o aumento da TMB após urna sessão de exercício

parece ser transitório e não se manteria por mais de 24 horas.

Broeder et aI. (1992) observaram valores de TMB

significativamente maiores, medidos após 14 horas de um

treinamento físico, em relação aos valores obtidos na fase de pré-

treinamento, não sendo diferentes, entretanto. quando a taxa foi

medida 48 horas após o exercício.

Weststrate et aI. (1990) também não evidenciaram um efeito

prolongado e sistemático na TMB em indivíduos submetidos a uma

sessão de exercício de intensidade moderada, e outro estudo apenas

verificou um pequeno aumento (3,9%) na TMB em indivíduos

submetidos a uma sessão de exercício intenso.

Apesar dos estudos não serem conclusivos quanto à relação

entre o condicionamento físico e TMB, especula-se que a prática de

atividade física regular possa aumentar a TMB em conseqüência da

adaptação crônica ao exercício, visto que foi encontrada uma

correlação positiva entre a TMB e o consumo máximo de oxigênio

(V O, máximo) (BURKE et aI. 1993).

O aumento na TMB, no entanto, parece ocorrer apenas em

atletas altamente treinados, já que em indivíduos não atletas

submetidos a treinamento físico com duração variando entre e 20

semanas, não foram evidenciadas alterações significativas na TMB

quando expressa em relação à massa livre de gordura (BINGHAM et

aI., 1989; BROEDER et ai., 1992; WILMORE et aI., 1998).

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É importante, então, quando se pretende medir a TMB, que os

indivíduos sejam orientados a manter as suas atividades cotidianas

e a evitar qualquer tipo de atividade física intensa durante o dia que

precede o teste, com o intuito de anular qualquer efeito agudo do

exercício na TMB. Durante a medição da taxa. o indivíduo sendo

submetido à medição deve ser orientado a permanecer relaxado,

assim como, informado dos detalhes do procedimento para evitar a

tensão proveniente do desconhecimento do mesmo (BOOTHBY &

SANDIFORD, 1920).

2.2 iNDICE DE MASSA CORPORAL (lMC)

O indice de Massa Corporal (IMC) é uma fórmula que indica se

um adulto está acima do peso, se está obeso ou abaixo do peso

ideal considerado saudável.

A fôrmula para calcular o Indice de Massa Corporal é:

IMe = peso I (altura)'

2.2.1 CLASSIFICAÇÃO

Segundo a Organização Mundial de Saúde a classificação do IMC

se dá em quatro níveis: Abaixo do peso (quando o valor for abaixo

de 18,5), peso normal (quando o valor estiver entre 18,5 e 25),

acima do peso (quando o valor estiver entre 25 e 30) e obeso

(quando o valor for maior que 30).

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2.2.2 COMPOSiÇÃO CORPORAL

A composição corporal é um importante fator em qualquer

programa de emagrecimento, condicionamento físico ou na

prevenção e tratamento de diversas doenças crônicas como

Diabetes, Hipertensão Arterial, Dislipidemias e Cardiopatias.

A Massa Magra é composta por músculos, ossos e órgãos vitais,

sendo o principal responsável pela queima de calorias. Portanto,

quanto maior a massa magra, mais calorias o individuo estará

queimando em repouso e durante a atividade física.

A Massa Gorda é composta pela gordura corporal. Ao contrário

do que se pensa, um mínimo de gordura corporal é essencial para

algumas funções como proteção dos órgãos vitais contra choques

mecânicos, isolamento térmico, produção de hormônios, metabolismo

de algumas vitaminas e reserva energética.

A água no organismo é importante para a troca de calor com o

meio ambiente, facilita as reações químicas para obtenção de

energia e é o principal componente do sangue. Os níveis normais de

hidratação indicam que indivíduos de ambos os sexos devem

apresentar entre 69% a 75% de água na massa magra. índices de

água na massa magra acima de 75% podem indicar retenção hídrica,

enquanto que abaixo de 69% podem indicar desidratação, devido a:

consumo de álcool, uso de medicação diurética, ingestão de cafeína,

refeição pesada ou grande quantidade de líquido, atividade física

intensa, hipertermia ou hipotermia.

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A taxa de metabolismo basal representa o gasto energético do

indivíduo em repouso, ou seja, sem atividade física ou mental.

Quando esta taxa é multiplicada pelo fator correspondente ao nível

de atividade, pode-se estimar o gasto energético diário total. Com

este dado, é possível obter o número de calorias a ser ingerido pelo

individuo para manter, ganhar ou perder peso. A taxa metabólica

basal está diretamente associada ia massa magra, ou seja, quanto

maior for a massa magra, maior será a taxa metabólica basa!.

2.3 PRESSÃO ARTERIAL

A pressão arterial mantém o sangue circulando no organismo,

tem início com o batimento do coração. A cada vez que bate, o

coração joga o sangue pelos vasos sangüíneos chamados artérias.

As paredes dessas artérias são como bandas elásticas que se

esticam e relaxam a fim de manter o sangue circulando por todas as

partes do organismo. O resultado do batimento do coração é a

propulsão de certa quantidade de sangue (volume) através da artéria

aorta.

Quando este volume de sangue passa através das artérias, elas

se contraem como que se estivessem espremendo o sangue para que

ele vá para frente. Esta pressão é necessária para que o sangue

consiga chegar aos locais mais distantes, como a ponta dos pés, por

exemplo. (ACSM citado por ROBERGS A. R., ROBERTS S. O., 2002,

p.434).

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2.3.1 CORAÇÃO

O coração é responsável por bombear o sangue para os pulmões

(para ser oxigenado) e para o corpo (suprindo as necessidades de

oxigênio e nutrientes) depois que o sangue foi oxigenado nos

pulmões o coração bale em média de 60 a 100 vezes por minuto em

situação de repouso.

Ê composto por duas câmaras superiores chamadas de átrios, e

duas inferiores, os ventrículos. O lado direito bombeia o sangue

para os pulmões e o esquerdo para o restante do corpo. (ACSM

cilado por ROBERGS A. R., ROBERTS S. O., 2002, p. 434).

2.3.2 ARTIÕRIAS E VEIAS

As artérias são os vasos por onde o sangue corre vindo do

coração. Elas estão distribuídas como se fosse uma grande rede de

abastecimento por todo o corpo, podendo ser palpadas em alguns

locais, onde estão mais superficiais.

Alguns destes locais são: na face interna de seu punho, na

região da virilha e no pescoço. Este movimento ou pulsação, que

você sente quando coloca seu dedo, é quando o sangue está sendo

empurrado por um batimento do coração e que ocasiona uma

determinada pressão dentro do vaso.

Em geral as artérias são bem mais profundas, por isso somente

em alguns locais é que elas podem ser palpadas.

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As veias são os vasos sanguíneos que trazem o sangue, agora

cheio de impurezas, de volta ao coração. Assim como as artérias,

elas formam uma enorme rede.

A grande característica que diferencia uma veia de uma artéria, é

que elas estão mais superficiais e podem ser mais facilmente

palpadas e visualizadas. Além desta diferença. pode-se citar a

composição de sua parede, que é mais fina. (ACSM citado por

ROBERGS A. R, ROBERTS S. O., 2002, p. 434).

2.3.3 UNIDADE

A pressão arterial é calibrada em milímetros de mercúrio

(mmHg).

O primeiro número, ou o de maior valor, é chamado de sistólico,

e corresponde à pressão da artéria no momento em que o sangue foi

bombeado pelo coração.

O segundo número, ou o de menor valor é chamado de diastólico,

e corresponde à pressão na mesma artéria, no momento em que o

coração está relaxado após uma contração. (ACSM citado por

ROBERGS A. R., ROBERTS S. O, 2002, p. 434).

2.3.4 CLASSIFICAÇOES

Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, a pressão

arterial é dividida em três níveis; Normal (quando seu valor for igual

ou menor que 120 I 80mmHg). Normal I Alta (quando seu valor

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estiver entre 121 / 81mmHg e 139 / 89mmHg) e Alta (quando seu

calor for igualou maior que 140/ 90mmHg).

A pressão no nível Alta ainda se subdivide em três estágios:

Estágio I (quando seu valor for de 140 / 90mmHg até 159 I

99mmHg), Estágio II (quando seu valor for de 160 /100mmHg até 178

/ 108mmHg) e Estágio III ou Maligno (quando seu valor for igualou

maior que 180/ 11 OmmHg).

2.4 SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO

A parte do sistema nervoso que comanda as funções viscerais do

organismo recebe o nome de Sistema Nervoso Autônomo (SNA).

O SNA, também referido como sistema nervoso visceral,

vegetativo ou automático, tem as funções de manter estável o

organismo frente às necessidades de adaptação aos meios internos

e externos.

Uma vez que o organismo é tal qual uma máquina, que funciona

continuamente, para a sobrevivência, há uma necessidade de manter

constantes as condições internas, mesmo sob fortes variações do

meio externo.

Isso é conhecido como Homeostasia, conceito criado pelo

fisiologista francês Claude Bernard (1813-1878) e se refere a essa

permanente tendência do organismo de manter a constância do meio

interno. É o que um outro fisiologista americano, Walter Cannon

(1871-1945), denominou "sabedoria do corpo".

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A homeostasia se aperfeiçoou bastante durante a evolução,

permitindo um grau de independência, cada vez maior, dos animais,

em relação ao meio externo em que vivem.

A manutenção desse frágil equilibrio é coordenada por regiões

do sistema nervoso especialmente dedicadas a isso.

A rede que controla o organismo, do ponto de vista da

homeostasia, é o SNA. Esse sistema ajuda a controlar a pressão

arterial, motilidade e a secreção gastrintestinal, a emissão

urinaria, a sudorese, a temperatura corporal e muitas outras

atividades, sendo que algumas são regidas quase que totalmente

pelo sistema nervoso autônomo, e outras só parcialmente.

A denominação de SNA foi criada pelo fisiologista britânico John

Langley (1853-1925), acreditando que os seus componentes

funcionariam em considerável grau de independência do restante do

sistema nervoso. O conceito demonstrou-se errado e outros nomes

foram propostos. Mas nenhum deles mostrou-se mais apropriado e o

nome que prevaleceu, apesar de sua limitação, foi o proposto por

Langley.

O SNA é composto por um conjunto de neurônios situados no

tronco encefálico e na medula espinhal e apresenta duas divisões

clássicas: Sistema Simpático e Sistema Parassimpático.

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2.4.1 CLASSIFICAÇÕES

Segundo Guyton (1997), o sistema nervoso autônomo é

subdividido em dois grandes subsistemas: a divisão simpática e a

divisão parassimpática. Esses nomes estranhos derivam da palavra

grega que significa ~harmonia, solidariedade" e se relacionam à

idéia de que sua função é homeostática.

2.4.1.2 SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO

O sistema simpático se origina em neurônios localizados na

medula toracolombar. Os axônios dessas células emergem da

medula pelas raízes ventrais e se estendem até uma série de

gânglios simpáticos que se encontram em diferentes regiões do

corpo.

Alguns gânglios se localizam no pescoço e no abdome, porém a

maior parte se encontra na região torácica. Esses últimos formam a

cadeia simpática lateral.

As fibras simpáticas dos gânglios viscerais inervam o intestino,

os vasos sanguíneos intestinais, o coração, os rins, o baço, etc. Em

troca, as fibras contidas nos nervos espinhais inervam os vasos

sanguíneos da pele e dos músculos, os músculos eretores dos pelos

e as glândulas sudoríparas.

As fibras provenientes do tronco simpático cervical inervam

diferentes estruturas da cabeça incluindo os vasos sanguíneos, os

músculos pu pilares e as glândulas salivares.

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o sistema nervoso simpático é o responsável por estimular ações

que permitem ao organismo responder a situações de estresse, como

a reação de lutar ou fugir. Essas ações são: a aceleração dos

batimentos cardíacos, aumento da pressão arterial, o aumento da

adrenalina, a concentração de açúcar no sangue e pela ativação do

metabolismo geral do corpo processam-se de forma automática,

independentemente da nossa vontade (Guyton, 1997).

2.4.1.3 SISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICO

O sistema parassimpático é formado por algumas fibras que se

acham contidas nos pares cranianos 111, VII, IX e X e por outras

fibras que emergem da região sacra da medula espinhal. Esses

nervos podem correr separadamente ou junto com alguns nervos

espinhais.

O mais importante nervo parassimpático é o vago

(pneumogástrico), de ampla distribuição, que transporta as fibras

parassimpáticas a praticamente todas as regiões do corpo com

exceção da cabeça e das extremidades.

Os nervos do sistema parassimpático inervam grande quantidade

de estruturas e órgãos incluindo o coração, o músculo liso e alguns

vasos sanguíneos, os brônquios, o trato intestinal e a bexiga, além

de grande quantidade de glândulas secretoras.

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2.4.2 CONTROLE DO ORGANISMO

Conforme Guyton (1997), o SNA dispõe de dois modos de

controle do organismo: um modo reflexo e um modo de comando. O

"modo reflexo" envolve o recebimento de informações provenientes

de cada órgão ou sistema orgânico e a programação e execução de

uma resposta apropriada.

O "modo de comando" envolve a ativação do SNA por regiões

corticais ou subcorticais, muitas vezes voluntariamente. Muitas

vezes, o SNA emprega, simultaneamente, o modo reflexo e o modo

de comando. Outras vezes, só um deles entra em ação.

2.4 3 NEUROTRANSMISSORES AUTÔNOMOS

Todas as funções autônomas são mediadas pela liberação de

substâncias químicas neurotransmissoras. Estas substâncias podem

ser liberadas nos gânglios ou na periferia.

Duas substâncias químicas são importantes como transmissores

quimicos autônomos: a acetilcolina e a noradrenalina. Elas são

secretadas pelos neurônios pós-ganglionares e atuam sobre os

diferentes órgãos causando efeitos, respectivamente,

parassimpáticos ou simpáticos. Portanto, essas substâncias se

chamam mediadores colinérgicos e adrenérgicos.

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3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

3.1 DESCRiÇÃO DO UNIVERSO

Para a realização dos testes foram pesquisados indivíduos

jovens e adultos, com idade entre 20 e 40 anos da cidade de

Curitiba, não praticantes de atividade fisica e não fumantes. Para a

coleta de dados participaram 8 indivíduos dentro dos parâmetros

estabelecidos e os testes realizaram-se no laboratório de Fisiologia

da Universidade TuiuU do Paraná.

3.2 MATERIAL E INSTRUMENTOS PARA A COLETA DE DADOS

• Realizou-se a avaliação da Pressão Arterial (PA), avaliação da

Freqüência Cardíaca (FC) e variabilidade da FC, durante um

período de 20 minutos .

• A FC foi monitorada continuamente por um monitor cardíaco

modular ecafix e será medida por um período de 20 minutos. A

onda eletrocardiográfica será digitalizada e registrada em

microcomputador pelo programa SAD, com uma freqüência de

amostragem de 250Hz/canal para análise posterior. O Sistema

Nervoso Autônomo, modulaçôes simpáticas e parassimpáticas,

serão avaliadas pela análise espectral da freqüência cardíaca e

da pressão arterial. Nesse método, as ondas

eletrocardiográficas e pressóricas serão analisadas pelo

programa PRE, que fornecerá os valores de intervalo R-R,

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pressão arterial sistólica, pressão arterial diaslólica e

respiração cada ciclo cardíaco. Posteriormente, a

variabilidade desses valores sera analisada no domínio da

freqüência pelo método de Análise Auto Regressiva (AR)

utilizando-se software LA (Programa de Análise Linear - versão

8.0). Todos os programas mencionados foram desenvolvidos

pelo engenheiro Prol. Dr. Alberto Porta da Universidade de

Milão.

• Figura 1. Tacograma e gráfico da análise espectral da

variabilidade da freqüência cardíaca.

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• Também foi utilizado o equipamento BodySlat 1500 para a

realização de Bioimpedanciometria. Também realizado no

laboratório de Fisiologia da Universidade Tuiuti do Paraná. Os

indivíduos foram analisados isoladamente. O método da

bioimpedância elétrica baseia-se na condução de uma corrente

elétrica de baixa intensidade pelo corpo do indivíduo. A massa

magra conduz a eletricidade mais facilmente por possuir um

elevado conteúdo de água e eletrólitos (potássio, sódio,

cálcio), enquanto que a massa gorda oferece maior resistência

(bioresistência) por apresentar um baixo nível de hidratação.

Desta forma, conclui-se que a corrente elétrica percorre com

maior facilidade a massa magra do que a massa gorda.

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3.2 ANALISE DOS DADOS

Os resultados foram compilados sob a forma de gráficos. após

profunda análise dos dados e comparação com a fundamentação

teórica.

Os dados obtidos através do procedimento experimental foram

avaliados individualmente e agrupados de acordo com sexo e o

índice de Massa Corporal (IMe) para uma análise mais interessante

e com menos variáveis que possam complicar a interpretação dos

resultados.

A amostra foi dividida em três grupos, 2 mulheres (M), 3 homens

com IMe abaixo de 25 classificados como homens normais (HN) e 3

homens com IMe acima de 25 classificados como homens com

sobrepeso (HS).

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

As mulheres (M) primeiro grupo do protocolo de avaliação apresentaram média de

IMC de 23 ± 2, o segundo grupo (HN) homens normais apresentou média de IMC de

20,5 ± 2 e o terceiro grupo (HS) homens com sobrepeso, apresentou média de IMC de

31,66 ± 9. Conforme apresentado no Gráfico 1.

GRÁFICO 1 - íNDICE DE MASSA CORPORAL - 2007

MEDIA 23,1

~20,

131,6

~~

MEDIA

MEDIA

18 22 26 30 34 38 42

NOTA: Gráfico representando o índice de Massa Corporal de cada grupo.

No Gráfico 2 é apresentada a média de percentual da gordura corporal de cada um

dos grupos. As mulheres (M) obtiveram média de 26 ± 1%, os homens (HN) obtiveram

média de 12 ± 4 e os homens (HS) obtiveram média de 25 ± 8. Percebe-se que os

valores do percentual de gordura corporal correspondem aos valores apresentados no

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gráfico 1 (índice de Massa Corporal). As mulheres (M) apresentam o maior valor

referente aos outros dois grupos, porém, é importante lembrar que o percentual de

gordura corporal esta relacionada ao sexo e idade, sendo assim, o valor obtido pelas

mulheres se enquadra dentro da média ideal, assim como o valor dos homens (HN), já

os homens (HS) se enquadram em uma classificação de obesidade leve.

GRÁFICO 2 - PERCENTUAL DE GORDURA CORPORAL - 2007

MÉDIA

MÉDIA

MÉDIA

10 15 20 25 30

NOTA: Gráfico representando o Nível de Gordura Corporal em % de cada grupo.

o Gráfico 3 apresenta a média do peso em kg da gordura corporal de cada grupo,

estando ligado diretamente com o percentual de gordura corporal e O IMe. As mulheres

(M) apresentam média de 17 ± 5, os homens (HN) apresentam média de 7,5 ± 2 e os

homens (HS) apresentam média de 24,8 ± 15.

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GRÁFICO 3 - PESO DA GORDURA CORPORAL - 2007

I J LMÉDIA 17,25

I IBM DHNMÉDIA 17,53

IDHS

MÉDIA 24,86

I I I IO 5 10 15 20 25 30

NOTA: Gráfico representando o peso da Gordura Corporal em kg de cada grupo.

Estes valores são de fundamental importância para a comparação com os outros

dados. Aqui são representados os valores em Kcal da taxa de metabolismo basal de

cada grupo. As mulheres (M) apresentaram média de 1597 ± 324Kcal, os homens (HN)

apresentaram média de 1750 ± 223Kcal e os homens (HS) apresentaram média de

2124 ± 415Kcal. Conforme o Gráfico 4.

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GRÁFICO 4 - TAXA METABÓliCA BASAL - 2007

41

MEDIA

MEDIA

MEDIA

1500 1600 1700 1800 1900 2000 2100 2200 2300 2400 2500

~~

NOTA: Gráfico representando a Taxa de Metabolismo 8asaf em Kcal de cada grupo.

Requerimento médio de energia também representado em Kcal, os valores seguem

a proporção da taxa metabólica basal. As mulheres (M) apresentam média de 2396 ±

apresentam média de 3186 ± 623Kcal. Conforme Gráfico 5.

487Kcal. os homens (HN) apresentam média de 2624 ± 335Kcal e os homens (HS)

Quando observada a taxa metabólica basal, observa~se que individuas com

sobrepeso possuem metabolismo mais elevado, assim como o RME mais elevado. A

mais elevada mantendo um metabolismo energético balanceado.

requisição energética mais elevada está geralmente associada a uma ingesta calórica

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GRÁFICO 5 - REQUERIMENTO MEDia DE ENERGIA - 2007

MÉDIA

MÉDIA

MÉDIA

2000 2200 2400 2600 2800 3000 3200 3400

NOTA: Gráfico representando o Requerimento Médio de Energia Estimado em Kcal de cada grupo.

A atividade do Sistema Nervoso Autônomo (SNA) foi coerente com os dados de

TMB. Sabendo-se que o Sistema Nervoso Simpático (SNS) está associado ao aumento

da atividade metabólica, espera-se que individuas com sobrepeso apresentem

atividade mais elevada do SNS. Neste protocolo experimental a atividade do SNS dos

individuas com sobrepeso foi de 68 ± 1% e do Sistema Nervoso Parassimpático (SNP)

de 28 ± 1% da influência sobre o coração, enquanto o SNS dos homens com peso

normal foi de 60 ± 25% e o SNP 38 ± 26%. Nas mulheres, que têm IMe normal, os

valores do SNS ficaram em 54 ± 28% e SNP em 43 ± 32%. Conforme apresentam os

Gráficos 6 e 7.

42

I:lM OH

OHS

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43

GRAFICO 6 - ATIVIDADE DO SISTEMA NERVOSO SIMPATICO - 2007

MÉDIA .eDM DHNI

MÉDIA 160,78DHS

MÉDIA 16:~,73

I I50 55 60 65 70 75 80

NOTA: Gráfico representando o nível de atividade do Sistema Nervoso Simpático de cada grupo.

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GRÁFICO 7 - ATIVIDADE DO SISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICO - 2007

44

20 25 30 35 40

13M OH

OHS

45 50

NOTA: Gráfico representando o nivel de atividade do Sistema Nervoso Parassimpatico de cada grupo.

A atividade do SNS mais elevada esta associada a um valor mais elevado de

Freqüência Cardiaca (FC) e Pressão Arterial (PA). Enquanto os homens com IMC

normal tiveram FC de 58 ± 6 bpm. Pressão Arterial Sistólica (PAS) de 113 ± 5 mmHg e

Pressão Arterial Diastólica (PAD) 73 ± 5 mmHg. as mulheres tiveram FC de 60 ± 15

bpm. PAS = 105 ± 7 e PAD = 70 ± O mmHg e os individuas obesos, como reflexo de

uma maior atividade do SNS e menor atividade do SNP, tiveram FC = 66 ± 10 bpm,

PAS = 123 ± 11 e PAD = 76 ± 5 mmHg. Conforme apresentado nos Gráficos 8.9 e 10.

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GRÁFICO 8 - FREQU~NCIA CARDIACA - 2007

45

MEDIAI I

60

IIS833

I166,33

I

MEDIA ~~

MEDIA

50 8055 60 65 70 75

NOTA: Gráfico representando a média da FreqOênc;a Cardíaca em bpm de cada grupo

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GRÁFICO 9 - PRESSÃO ARTERIAL SISTÓLICA - 2007

46

MÉDIA

120

123

MÉDIA

MÉDIA

90 100 110 130 140

NOTA Gráfico representando a média da Pressão Arterial Sistólica em mmHg de cada grupo.

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GRÁFICO 10- PRESSÃO ARTERIAL DIASTOUCA - 2007

MEDIA

DM OHMEDIA

OHS

MEDIA 76

60 70 80 90 100

NOTA: Gráfico representando a média da Pressão Arterial Diast61ica em mmHg de cada grupo.

47

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Identificou-se a partir dos dados coletados que existe uma relação direta entre ometabolismo basal e o sistema nervoso simpático. A elevação ou diminuição doSistema Nervoso Simpático também depende da Taxa Metabólica Basal.

Percebe-se que a Taxa Metabólica Basal influencia diretamente o Sistema NervosoAutônomo, massa corporal e parâmetros Cardiovasculares, pois a sua elevação estárelacionada á uma elevação do indice de Massa Corporal e consequentemente,elevação da Gordura Corporal, do Sistema Nervoso Simpático, diminuição do SistemaNervoso Parassimpático, elevação da Freqüência Cardíaca, da Pressão ArterialSistólica e Diastólica.

Sabe-se que a elevação do Sistema Nervoso Simpático promove variascomplicações cardiovasculares somando-se aos outros fatores de risco pode tornar-semuito perigoso.

A obesidade esta relacionada ao aumento do Sistema Nervoso Simpatico, assimcomo o aumento da Taxa Metabólica Basal que por sua vez também promove oaumento do Requerimento Médio de Energia que se mantém alto com a ingestaexcessiva de alimentos para manter o balanço energético.

Ficou constatado como fatores limitantes, o numero pequeno de pessoas queparticiparam da pesquisa, assim como a necessidade de novos trabalhos com um maiornúmero de pessoas.

Finalizando, o estudo foi de grande valia, pois oportunizou uma analise diferenciadasobre o metabolismo basal.

Sendo possível estabelecer o grau de importância atribuído à regulação da TaxaMetabólica Basal, assim como, Massa Corporal, Sistema Nervoso Autônomo eParâmetros Cardiovasculares para a manutençâo da saúde.

Dessa forma este trabalho servira como importante elemento para futuras consultase analises dos profissionais que desejam aprofundar seu conhecimento no que serefere a "Metabolismo Basal".

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