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USO DE LODO DE ESGOTO NA AGRICULTURAUSO DE LODO DE ESGOTO NA AGRICULTURAESTUDO DE CASOESTUDO DE CASO
PRODUZINDO FERTILIZANTES NA PRODUZINDO FERTILIZANTES NA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE FRANCAESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE FRANCA
A SABESPCompanhia de Saneamento Básico do Estado de São Pau lo
STATUSSTATUS:: FundadaFundada emem 19731973 comocomo sociedadesociedade dedeparticipaçãoparticipação acionáriaacionária (Governo(Governo dodoEstadoEstado dede SãoSão Paulo,Paulo, acionistasacionistasprivadosprivados ee municípios)municípios)
ATRIBUIÇÕESATRIBUIÇÕES:: Planejar,Planejar, executarexecutar ee operaroperar serviçosserviçosdede saneamentosaneamento básicobásico
PATRIMÔNIOPATRIMÔNIO LÍQUIDOLÍQUIDO:: RR$$ 1010,,00 bilhõesbilhões
ÁREAÁREA DEDE ATUAÇÃOATUAÇÃO:: 367367 municípiosmunicípios
POPPOP.. ATENDIDAATENDIDA:: 2525 milhõesmilhões
A CIDADE DE FRANCA
FRANCA
RIB. PRETO
CAMPINAS
SÃO PAULO
Pop urbana: 330.000 hab.
Altitude: 1.000 m
Chuvas: 1.600 mm/ano
O SISTEMA DE ESGOTOS SANITÁRIOS DE FRANCA
Cobertura: 99% esgoto coletado e 97% tratado
Estações de Tratamento de Esgotos: 09 unidades
Estação de Tratamento Principal: 85% do total
HISTÓRICO DO USO AGRÍCOLA DO BIOSSÓLIDO
Solução original de projeto para destinação do lodo: construçãode aterro sanitário exclusivo em área anexa à ETE Franca
Estudos de soluções alternativas em 1996/1997: estudos parauso do lodo na agricultura (culturas de café e milho)
Seminário internacional sobre uso agrícola em FrancaSeminário internacional sobre uso agrícola em Franca(nov/1997): a experiência canadense e nacional, das instituiçõesde ensino e pesquisa, de órgãos governamentais da agricultu ra emeio ambiente de SP
Março de 1998: início de operação da ETE
Em 1998/1999: testes de campo com UNESP e USP
O PRIMEIRO PROJETO EM FRANCA
Local: município de Ribeirão Corrente
Proprietário: Dr. Rossini Rodrigues Machado
Área: 5 ha
Cultura: plantio de 30.000 mudas de café em 1999
Taxa de aplicação: 5,0 ton/ha base seca
Acompanhamento: UNESP – Jaboticabal
Visitas diversas passam a despertar interesse
Sabesp Franca edita a 1ª versão doManual de Uso Agrícola do biossólido:1999
Norma Cetesb P4.230: agosto/99
MANUAL DE USO AGRÍCOLA DO BIOSSÓLIDO
Lodo de esgoto ou biossólidodenominado “Sabesfértil”: Reg. SP09599-1 (25/10/1999)
2ª versão do Manual de Uso Agrícolado biossólido: 2002
Certificação ISO 9001:2000 da ETEFranca: abril de 2002
METODOLOGIA DE ELABORAÇÃO DE PROJETOSO agricultor ou seu representante comparece à ETE Franca e pr eenche aficha de cadastro;
Técnico da SABESP visita a área, acompanhado do agricultor o urepresentante, e após a inspeção, a SABESP informa se a aplic ação poderáou não ser feita;
O interessado apresenta à SABESP a análise química padrão de fertilidadedo solo onde será aplicado o Sabesfértil, conforme rotina do IAC;
Com base nas características do solo, da cultura e do Sabesfértil éCom base nas características do solo, da cultura e do Sabesfértil éelaborado o projeto de aplicação , que será avaliado e aprovado peloagrônomo responsável pelo projeto (em geral da CATI - Secret aria deAgricultura), ou agrônomo responsável pela propriedade;
Constam também do projeto: Declaração de consentimento e Te rmo deCompromisso (proprietário se compromete a aplicar o Sabesf értil conformeas recomendações da SABESP);
Após aprovação do projeto, quantidade determinada de bioss ólido éliberado ao agricultor, que providência o transporte e/ou a aplicação;
O agricultor informa o início da aplicação para que a SABESP p roceda asinspeções na área.
CARACTERÍSTICAS DO BIOSSÓLIDO
Produção média: 1.226,2 m3mês-1 = 40,87 m3 dia-1
1200
1400
1600m 3 mês -1
0
200
400
600
800
1000
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12Mês do ano
CARACTERÍSTICAS DO BIOSSÓLIDO(Ref. 2003 a 2008)
•Teores de C: 9,5 e 27 %
•Teores de N: 1,5 a 4,0%
•Relação C/N: 6-8/1
•Teor médio de matéria seca 30% (Ref. 2005: valor máximo de 55,9 % e mínimo 17% )
CARACTERÍSTICAS DO BIOSSÓLIDO
INTERESSE AGRONÔMICO
Parâmetro Unidade ValorCarbono Orgânico g/kg 224,58Fósforo g/kg 16,71Nit. Amoniacal mg/kg 2742,24Nit. Amoniacal mg/kg 2742,24Nit. Nitrato/Nitrito mg/kg 20,90Nit. Total (Kjeldahl) g/Kg 28,15Nit. Orgânico mg/kg 25380,00Relação C/N 7,53Fonte: Relatório Analises ETE Franca
CARACTERÍSTICAS DO BIOSSÓLIDO
METAIS PESADOS
Média V. Máximo V. Mínimomg/kg 75,00 41,00 < 0,5mg/kg 85,00 39,00 < 0,5mg/kg 840,00 300,00 22,21 28,15 5,70mg/kg 4.300,00 1.500,00 153,49 205,00 89,00mg/kg 1.000,00 145,80 289,00 20,00
Arsênio (As)Cádmio (Cd)
Parâmetro UnidadeNorma Cetesb
P 4230Conama 375/06
Valores
Chumbo (Pb)Cobre (Cu)Cromo Total (Cr) mg/kg 1.000,00 145,80 289,00 20,00
mg/kg 57,00 17,00 1,08 1,70 0,40mg/kg 75,00 50,00 1,90 <0,4mg/kg 420,00 420,00 36,20 69,00 5,70mg/kg 100,00 100,00 < 0,5mg/kg 7.500,00 2.800,00 353,38 479,00 91,00mg/kg 7,33 16,73 1,40mg/kg 46.793,54 68.552,16 14.864,00mg/kg 1.300,00 180,44 287,75 52,00mg/kg 6,67 11,00 2,00
Cromo Total (Cr)Mercúrio (Hg)Molibdênio (Mo)Níquel (Ni)Selênio (Se)Zinco (Zn)Cobalto (Co)Ferro (Fe)Bário (Ba)Antimônio (Sb)
CARACTERÍSTICAS DO BIOSSÓLIDO
ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS
Média V. Máximo V. Mínimo
NMP/g bs <2,00E+06 <1,00E+06 <1,00E+03 1,01E+06 2,00E+06 2,90E+05
Média V. Máximo V. Mínimo
Análises realizadas pelo laboratório da ETE Franca
Parâmetro Unidade
Norma Cetesb P4230
Conama 375/06
MAPA IN 27Valores 2007 / 2008
E. ColiParasitologia - Análises realizadas pela Universida de Federal do Paraná
ParâmetroValores 2007 / 2008
Unidade NormaConama 375/06 MAPA IN 27 Média V. Máximo V. Mínimo
ov./g b.s. 4,98 6,83 1,46ov./g b.s. <10 1ovo em 4g ST 2,39 4,06 0,40
% 45,16 65,31 9,98
Média V. Máximo V. MínimoNMP/4g bs <3,0 * ausência ausência ausência
* Não consta para Classe B
ParâmetroHelmintos - totaisHelmintos - viáveis% Viabilidade
Unidade Norma 375/06 MAPA IN 27
Microbiologia - Análises realizadas pela Universida de Federal do Paraná
Parâmetro UnidadeNorma
Cetesb P Conama 375/06 MAPA IN 27
Valores 2007 / 2008
Salmonella sp
ObservaçãoMAPA IN 27: Instrução normativa do Ministério da Agricultura, referente a fertilizantes, condicionadores, e substratos
PROJETOS DE APLICAÇÃO – 1999 a 2008(parcial)
Número de projetos: 80 (com aplicação)
Municípios: Franca; Rib. Corrente; Patrocínio Pta; Restinga;Cristais Pta; Jeriquara; Itirapuã; São José da Bela Vista; C laraval;Ibiraci; Capetinga; Cássia
Área total : 2.225 hectaresÁrea total : 2.225 hectares
Volume aplicado: 87.285 toneladas (base úmida)
Principais culturas: café (95%); milho; citrus; banana; cana
Áreas potenciais para aplicação - somente café e milho (raio de50 Km de Franca): 87.000 hectares
BIOSSÓLIDOS x FERTILIZANTES
Evolução dos preços
dos insumos
Evolução dos preços
dos insumos
Dr. Torvaldo Antonio Marzolla FilhoDr. Torvaldo Antonio Marzolla FilhoPresidente do Sindicato da Indústria de Adubos do R S Presidente do Sindicato da Indústria de Adubos do R S -- SIARGSSIARGS
Indústria de FertilizantesIndústria de Fertilizantes
FÓRUM NACIONAL DO TRIGO
Sarandi, 13 de maio de 2008.
Principais fatoresPrincipais fatores
• Crescimento da renda mundial e demanda por alimento s
• Aumento do preço do petróleo pressionando demanda p or bio-combustíveis
• Mudança do balanço global de grãos
• Novos usos – bio-combustíveis
• Baixos estoques
• Altos preços
• Grande crescimento da demanda mundial por fertiliza ntes para suportar crescimento da produção agrícola
• Maior demanda nos EUA impulsionada por maior produção de milho em detrimento da soja – o milho consome mais de duas vezes fertilizantes que a soja
• Algumas reduções de capacidades de produção em países exportadores
• Expressiva alta nos preços internacionais de fertilizantes e nos fretes oceânicos
Área Plantada, Produção de Grãos e Consumo de Ferti lizantes.1992 a 2007
81,1 78,482,4 83,0
100,3 96,8
123,2119,1
114,7122,5
131,4133,3
17,119,1
22,8 22,8
20,2 21
24,6
Produção de Grãos (milhões t)
Área Plantada com Grãos (milhões ha)
Consumo de Fertilizantes (milhões t)
VariaçãoTotal Média
a. a.
95,0% 6%
164% 9%
68,376,0
81,173,6
78,4 76,682,4 83,0
35,6 39,1 38,5 37,0 36,6 35,0 36,9 37,8 37,9 40,243,9 47,4 49,1 47,9 46,2 48,2
9,310,5
11,910,9
12,213,9 14,7
13,7
16,4 17,1
92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06 07
Fonte: ANDA – Consumo de Fertilizantes; CONAB – Área P lantada e Produção de Grãos.
35% 2,3%
USO AGRÍCOLA DO BIOSSÓLIDO
NECESSIDADE DE DEFINIÇÕES ATUAIS
Licenciamento ambiental único para a UGL – Unidade deGerenciamento de Lodo, com apresentação de projetos de cadaárea de aplicação à Agência Ambiental X Licenciamento de cadaárea de aplicação (o que inviabiliza o uso)
Biossólido Classe B terá o uso agrícola impedido ?
Estabelecimento de um plano de trabalho conjunto entreProdutores de Biossólido X Produtores Agrícolas X AgênciasAmbientais, com período de tempo necessário à realização deestudos e monitoramento das áreas de aplicação, de forma adecidir-se, com maior segurança, por adequações e novosinvestimentos que venham a ser necessários
USO AGRÍCOLA DO BIOSSÓLIDO
VISÃO DE FUTURO
Investir profissionalização do uso: Transporte e aplicaçã o
Outras formas de destinação – função da qualidade e daLegislação em vigor – nacional e estado de São PauloLegislação em vigor – nacional e estado de São Paulo
Investir transformação lodo Classe B em A – Técnica deCompostagem
USO AGRÍCOLA DO BIOSSÓLIDO
CONCLUSÕES
Demanda mundial por fertilizantes crescente;
Brasil é grande produtor agrícola, mas importador defertilizantes;
Produção de Lodo de Esgoto ( Biossólido ) é crescente ;
11% dos domicílios urbanos não tem acesso asistemas de água e 50% à coleta de esgotos : é melhordirecionar recursos para resolver isto, ou, impor rigores q uepodem ser impraticáveis à prática do uso agrícola debiossólidos?