34
! *^-í^£V «v ». iSÄ . J. , •> •; -»Î* »►!, .?»'

í^£V «v ». iSÄ. J. , •> •; -»Î* » !,dadun.unav.edu/bitstream/10171/30060/1/FA.137.690_10.pdfpelloamor da vida,por nao cortar pello amor do proximos & tantocortou'por fy.tal

  • Upload
    others

  • View
    0

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: í^£V «v ». iSÄ. J. , •> •; -»Î* » !,dadun.unav.edu/bitstream/10171/30060/1/FA.137.690_10.pdfpelloamor da vida,por nao cortar pello amor do proximos & tantocortou'por fy.tal

! * -í £V

«v

».iSÄ. J. , •> •; -»Î* »►!,

.?»'

Page 2: í^£V «v ». iSÄ. J. , •> •; -»Î* » !,dadun.unav.edu/bitstream/10171/30060/1/FA.137.690_10.pdfpelloamor da vida,por nao cortar pello amor do proximos & tantocortou'por fy.tal

; •... .w.-,,.-»-I--■••• ;

Page 3: í^£V «v ». iSÄ. J. , •> •; -»Î* » !,dadun.unav.edu/bitstream/10171/30060/1/FA.137.690_10.pdfpelloamor da vida,por nao cortar pello amor do proximos & tantocortou'por fy.tal

€ ^ U P ^ J J ,

i ^ f __________________ * ---- — --------------------• i x ,

? S 2 > 5 « J ¿ „ j j - ^ Ä i ß - & & , - ^ ^ . ■

J p / » - » / » " " " ' y , . . . ! . . . . ¡ J

2 7,z r a .^ f ' i

f 22;’ T ' ^ r i f ^ f , 1 . jÇ i ,i4 m d ^ Q , fu t H im

“/^ * J ' J J f f jA iT ^ ^

f \ J / p J.- / r 'Jß ^ > ^ - ^ > ^ " ^

Page 4: í^£V «v ». iSÄ. J. , •> •; -»Î* » !,dadun.unav.edu/bitstream/10171/30060/1/FA.137.690_10.pdfpelloamor da vida,por nao cortar pello amor do proximos & tantocortou'por fy.tal

---------------------- —

% y^ ¿z-

J ÿ ¿ ¿ ^ d iü 't iio ,

1 áC-^ / - •' ■ ► '

y J l y _ } t ^ i Ê i a y i-M ^ ,a p ia h u tM :k . -.

' ' ^ - í - T - r r - ^ r ^ , .

' • - ¿ T * ; ■ - * ' ■■■■'•»!... , \

\<•

V

V V

V-

w» •

»‘ í .-•V'

* «

.■*«.«. ',

,> « ? .

í

Page 5: í^£V «v ». iSÄ. J. , •> •; -»Î* » !,dadun.unav.edu/bitstream/10171/30060/1/FA.137.690_10.pdfpelloamor da vida,por nao cortar pello amor do proximos & tantocortou'por fy.tal

S E R M AMDA

D E G O L A C , A MDE

S . I O A M B A P T í S T A ,P EEGOi ; NO MOS T EJ RO DA S R E L I G I O S A S

de Sa'tì B&itto Douttrliiemtmo I'tixotodaSilva^

U I D A V A eujq vitiha ap règarexeq u ias ,& acompanhur ftntim entoi;porqceiuosnefle dia am orte de hu juftojS qué chegou ad e - golar a mayor tiranía,fobre ingratidao mais ncfcia.Eo mefmo texto fagradc,quenoser.

creve ahiftoria parece que ncs periuade as honras , pois propoem o tDl^rxoxDìfciptiltejìts vemrunt^íá tulerunt corpus ejusy^p9¡uetunttUudinn.onumeaiv.^cm o Icr mortedejufto enconrravao fenttmento aos devotos, quencnhum ouve tao jiifto como C hrifto ,& mais fentirao fua m orteo C eo ,a T erra ,a lgre ja , todosdefaodefuam dgoaindicios, de ícu fentimento demonftra^céíroCeo nos luic5S, quearro jouo (oX.ohfcuratus efl /¿»/»eclypi'oulhe os refpládoresa pena a ter- ra »em o negro manto com q fe cobrio: Temhtíz fañ<s funi in umvíT^am /tfrrawjefcódelilhe as galas o íentiméto.’ a Igre- ja na rafgadura doveo:€í vehm temflt/ctfum :eícu(cu\h^ o s aparatos a dor.

Porém com feriftoo que cu cuidaba,achcme com dif­ferente cuidadoi porque vejo q a Igreja, que Ihe Gompoz, o officio chama ao afsüpto defte dia FenerádafefttvtíasS^-^ ftividade muy d igoadefe aplaudir.A terra, que Ihe aífiftc nos cora^oens da todos,tem eñe día por hum dos mais ale­gres. O C e o defta relegiaó fagrada ) a donde a lembran-

/ ü N iV E ,o !D / ■ 'C H A V .*"S .AB i B L io T íC / . = r. h u m a n i d a d e s

Page 6: í^£V «v ». iSÄ. J. , •> •; -»Î* » !,dadun.unav.edu/bitstream/10171/30060/1/FA.137.690_10.pdfpelloamor da vida,por nao cortar pello amor do proximos & tantocortou'por fy.tal

de Dcos a c h i tanto eiquecim éto dos horneas.•& a d o n ­de o m u a d o fe vh t z ó aborrecido p o r q u e v é a Déos cao a- r n a d p ,tildo he Ceo,8c nwÍJ C c o }o C co digo defta fagradt R d íg iá o jo u o s efpiritos cekftes della celebráo boje glorias & apalufos f o b c r a n o s . a Igrcja dá os motetes, que fe cátaó o C e o aS voz.es,a t e r r a o s ourintes. A quí nao fervem os cipreftcs deSiao,porque fó tem lugar a$ palmas de Cadés, Se aíndaa s f o f a s d e Jerico ítrianfos, & vicoriashe todo o

cmpenhttdefta celebridadt*. jorque fe ttáta hoje de hutn Santo,quc aídm como criuofou em p nacimenco,foubeme- Ihor triunfir na m orie ;e f t e he o grande B i ptíftaín aceo vi. ftoriol'o,morreo tríüfante.Erafeunafcimcco achoufeaeí« terilidade fecunda,* velhicefcomparto,o mundo có fala? viofealideitcrradaaculpaja diícri^aodo juízo antecipada aos annosigrandes criunfoseftes,grandes vitoriaM por iíTo ouvc feftas>ouvc apUuros,& ouvcparabés c o n g r a t 4 a b d tu r «:tudoifto.ouveem.onarciír..cco.E nam orteqhaveria? c a ­ve huratrianfo tao grande,que parece deixcu a perder do vifta todos o s triunfos do nafcim entojVrjam ,

Q jan d o o Bipciftanafceo,corréram as viíborias porhíí e ílilo ,& cá por outro com grande diffcren^diporquelá^na fecundidade dos p^ys,correo a vitorja por conta da Omni potencia de D oí ,q Ihcs prometeo o ñXho'yxor tua Eltfa- hitb patiet ttbt yi/iaflsj'endeofe a natureza humana ao pode divino,Naíblcura da lingoa dc2 acharias,correoa vicori ? por conta da fè,porqhaviaeniudecida por caftigo du íi*i n c r e d u l i d a d c , ^ í í « ^ ^ 0 'í<»^í«í>* non p o ie r ts h q u i u jq u i in d u ^ u oh isc f i m i p r o e o q u o d n en c r e á e d t f i iv e r b t s w í f í : v e n c e o a l

C o n t r a aincredulidade.No dcfterro d a c u ip i original,co reoa Vitoria par conta da gx^qi^Spiritu Sanüoiepltbituf ar b u e e x Utero w a í m / a í f í r i ü f o u a g i ' a g a d a c u l p a - N a a n t e i p a g a ó Jo ju iz í .c o rre o a Vitoria p o r cotada r a z á o j p ó ^ milita razáo>q í n i i anees de nalcer tiveiTe juizo hum m nino pera gratificar nos apUufos o beDcficio,qrcbeci¿;

f a i

Page 7: í^£V «v ». iSÄ. J. , •> •; -»Î* » !,dadun.unav.edu/bitstream/10171/30060/1/FA.137.690_10.pdfpelloamor da vida,por nao cortar pello amor do proximos & tantocortou'por fy.tal

f a B a t f i ( o x f é l i t i a i t o m t i u a i n o u t i b u i m i i s y f í t ú l i u v i i m g a u d i o t n f a n s t n u t t r o m $ o : v tx ìQ t o ^ T ^ z ^ o âotêpo.D e force> que os triunfos,que o uveem onaÎc im en to do BaptiÎlâ,cûacorré’ MO por conta de outrcm^da razaô da graça,da fê ,& da Om- nipotencis:poièm o triunfo .q ü uveem iu a morte»correo todo por fuá conta,porque triunfou o Baptiffa de fi meímo. E iíTo de que nianeíra »’ cortando por íy a beneficio dos ou. U o s . l ^ o n l i c f t f t ò t b a b t r i u x o r e m f r a i r i s /ttrOIhaifenhor(dizía o B ap ti í la a H crodes) que vos nao convem fazerdeso fazeisj ateuísy pera as obrigaçccs da ley d iv in a ,& d a p u t- pura real,que hÜ3Sj& outras voseftaó aculando de errado, Bem entendia S.Joam o rifco dé dizer verdades, & aínda a hum R e y táo empenhído nos principios do erro; bem co* nhecia,q de advercireda culpa,Iha havi^tn de fo rm a ra t l . le ,& q o defengano da verdade,que dizia,lhe havia de re. íultar em deíagrados,em p riza& .& em morte j mai ccrtou pelloamor da vida,por nao cortar pello amor do proximos & tantocortou'por fy.tal fo y o golpe,que Ihe levou a c a . beça.E hom em .que tanto fe vence a fi m efmo.que chega a Cortar por fi proprio,coofegue a mayor victoria, & nsm pode haver triunfo femeihante a eñe, da parte de meímo Baptifta.

Quando David pera a guerra,que intentava pedia ao fa- cerdote;AchimeIec,que fetinhá búa eípada,Iha defl!e, ref- pondeo Axhimelec, que ali eftava pendorada no templo a efpada do gigante,queelledegoilara no valle deTherebin- tojque fea queria a íevafíf. O q u e efla quero,d iz D avid , porquecctBoefTa nam hacutraefpada fem elhante,ne»«y? buea lu f j i m ü t s i d a poisporque nam bavera ou­tra efpada femelhanteaefta?que tinha eña efpada, que as outras nam fcnham,pera que nenhúa pcATafer femelhátea cll5‘?eu o direyns outras efpadascortam pellos contrarios;a efpada do gigante cortou por íeu proprio donoideu D avid cm terra e ò o Fheliñeo,tiroulhea^ efpada da c in ta ,& c o r-

A 2 roulbe

Page 8: í^£V «v ». iSÄ. J. , •> •; -»Î* » !,dadun.unav.edu/bitstream/10171/30060/1/FA.137.690_10.pdfpelloamor da vida,por nao cortar pello amor do proximos & tantocortou'por fy.tal

tOQÍhe c o m ella a Qshtqá:fl&nt fupsr Philifinumi iÿ tulit gla* dtum ejuSi^ eduxiteum d sv a g m a ¡u a ií¿ tnU rfea/ eumt pri^cí- ditq^t caput fjaj,Eefpada,que corta por ícu dono, que che. ga a Isvar a cabL’ça,a q u e m a trazía na cintajnenhüi outra efpada póJe íer lemethante a ella, m n tfl bnic alter (¡mi-

ils.F o y o B ip t i f ta hüa efpada cortadora, como elle cDefmo

diz por líays em húa da* antífonas de fuá rczttPefuttosmeü Dominui qnafgladiü aíaíií? Vede com a cortou por feu dono cita efpada quá io os Embaixa dores de lerufalé Ihe pediráo a certeza,de feeraeÜc o MeüÍas prometidc,como íma- ginavá-íjcortou por fy oBaptíftacom razáodíiTe,queonáo er^nonfum ego.Soi% por vétura E iía^ fT o rn o u a cortar por i^m nfum ywlo fouEUas.Sois ProfetarCortou outra vez por iy non fur» Propbeta,Ccnheceo os rifcoajque o ameaçavam íe reprebendeílea Herode$,tornou a cortar^deu outro go l­pe,reprehédecí,no« ¿tceí ítbt.U tanto cortou por ly , t a ó c o r ; cadera efpada f jy e fta , que começàdo a cortar pella peíToa, chegoLí a cortar pella Cibeça;Z>ÆC0//aî;/// íaw.niudádo gene- rofamentea condiçam do golpe das demais eípadas, porq fendonas outras ordinario eftilocortar pellos eftranhos, e ftam udouda con d içaô ,& cortou pello proprio .Ponflb o triuafo,que o iivc nefle dia foy o mayor de todos de parte do Baptilta,porque foy triunfo que alcançou a efpada mais reíoIutaíiCQ cortar por f^u proprio dono , deixando tam g ra n d e ,& tim luzido efte triunfo,q como elle nao ha ou- tro (omelhiii^Cinofi ejl b itc a/ief //'fitits. E porÜToos triun­fos.que ouveem Teu nifcimenco fupoftoi que f ram grao- des,n^m tem com eft-tríuafo de faa morte nenhfu íeme- Ih-ingí^fefe confiJera p- lt 3 que o S.into nelle obrou.

S.ipoftologo,que nsft^riía,quenefta morte íe mudáráo as condiçoê.ordinarias do morrer, mudaremos tambem^o cftil.ide prèghir:já qus a morte foy de triunfo, Teja o ferm io deapU ufos.E como havemos de prégsr de hum prégador

táo

Page 9: í^£V «v ». iSÄ. J. , •> •; -»Î* » !,dadun.unav.edu/bitstream/10171/30060/1/FA.137.690_10.pdfpelloamor da vida,por nao cortar pello amor do proximos & tantocortou'por fy.tal

tao g r id e ,Cfirno o Bsptiflairfwii loannespradicansi^cc^mì primeiro iflì il io a grsga, do que fclhe ouviflTe a d cd iin a ; Sptriiu Santo nphtui adbucexuietorrMrts /i^<<ifigamoso fcu carainhOjimiceiDQS o feu eftilo; & aiiìni primeìro,que tome o thema pera o fenDaOjpe^amos a gra^a pera a favor.-ìì&ì Maria.

T H E M A .Volo utpyotm m des ìnthi in difco caput loannis ^aptìjìi^y

& contriftatuó e j ì ^ x propterjusjurandunr. ^ propter

ftm uldtfcum hentes mlutt earn c o n trijìa re je d r^^íJJofpí~

culatore pr^cepit P ie r r i caput ejuó decollaVit am i, Marc.6,

Fl O Y o cafo(diz o Evangeliíla S.Marcos>?quecftando e lR ey Herodesem hü íoÍ€ne,como piofano banque­te,que no día infeliz de íeu naícimcnto deu aos gran,

des,«5c Miniílros de fuá corte>entrou adan9arcó deícnvoU tura húamc^a filhade Herodias mulher adultera,íobre in- ceñuofajílj efquecida das obriga^cés de cafada,feguio ilíci­tas affei^cés de Heredes com injuriado primeirc thabmo. E como nos bailes achaíTeo K t y lifonjasjq ihe fcbornáráo ogGÍio , defcuidado da M agcflade Ihe pronieteO)& aínda fegurou ccm juramentOjquetudolhe daría quanto pedifie em fatisfa^áo de feo agrado. Aconítlháda ccm a n)áy a fí* lh j ,& achando fer aquella a ocafismera que o odio,que ao Baptifta tinham fepodia legrar oatcxecucaó de Ibe cortara cabera,a pediraó.Moftrou íéntiméto Herodcsjou foíTe ver- dadeíro,cu fingido,mas per nao faltar aos sgradc s de qué pedia,& liíonja dos afliftenceí,iDíindcu que íe coftsíTe a ca­bera ao B jptifta ,que neíl'e tempo cílava prczo por decreto do mefmo R ey ,a diligencias daquelle od io .D efieE varge . lhori»óaspalavras,que tomey por ihenii^ino dífcurfo híre- moj defcubrindo os mifl:erios,& nos miflcrios a dcdrina íem nos afaftarmos do texto. Co*

Page 10: í^£V «v ». iSÄ. J. , •> •; -»Î* » !,dadun.unav.edu/bitstream/10171/30060/1/FA.137.690_10.pdfpelloamor da vida,por nao cortar pello amor do proximos & tantocortou'por fy.tal

Comecemos p e lh priraeira palavra do thcma;ro/o,quero empenho,e delibet*a9aó da v ó tade.E de que era eíTa vótade de hüamo^djdc hüi muIher.Que pedia eíTa vótade ? a ca­bera do B 1 ptifta. A quem íe iotimava eíTa voDtadePa e lR ey H eredes. E q u a l era a caufa, que moveo a eíTa vontadc/' D a parte d¿ mo^ao odio,da parte de H erodeso am of. Sa* Iomé,& fua máy Herodias queriao muito mal ao Baptifta, por iíTo oquertam ver degolado .’ Hcrodes queria muico bem a H-írodiasiSí a fuá fiihi por iflbtivcrao cófian^ape. ra Ihe pedir a cabera.Duai voutaJeS coflcorréram aquii & ambas milito másxoncorreo a vontadcde Herodes pella aíFeigam, que tinha a Herodias, & coDCorreo a vootade dd Herodias pella defaffei9am cinhaao Baptifta Deos vos livre de más vótades.Hem uito peor cerdes contra vos hüa vontade má, q hum encendimeiuo roim : porque oenten- dimento ainda que roim:podei!o conveDcer com a razam ; á vontadecom o he ccga,hüa vez empeobada n i íem razaa d o o d io líamtemliJZ, porque nam tem olhoí, pera vero mal.quefdZ, & aífim vos faz todoom al que pode.

D jv id quando diíTe,que achára eícudo, 6c defeofa na vontade do Seohor declarou logo, que era boa eíTa vócade fcuto konm V9 ¡ütatis fUte cotñnaflt no/:ctaro eftaLfé era de Deos. N a o fsi íe cá acharéis vota Jes,que fej tm efcudos pera de­fender,pofquenaó íei,fe h i entre os homés boas vótade*:, Pois fe íóhú a vótade boa he efciido,que noS repara o golpe

jcuio bQfíavolumatssj as que forem más, qfet'imíferácn cú ­telo-, que corre em Herodes pello crédito,no Baptifta pella cabera. A vontade eftragada com que Herodes fe afl^ígooii ahíía mulher cótratoda a-lei natural, & divina,cortou peL los decoros da purpura,& crédito* da peíToa,a má vótade» queeíTa mulher itiiha ao B iptittacÓ tratodaa le ída razáo» cortoupc-Uos pervilegioS da inocencia.

M as eu»nadeftranho tato em Herodias o querer execu- sar fe w odio cótra o Baptifta , quáto em H cro d e io ter lh e

tam

Page 11: í^£V «v ». iSÄ. J. , •> •; -»Î* » !,dadun.unav.edu/bitstream/10171/30060/1/FA.137.690_10.pdfpelloamor da vida,por nao cortar pello amor do proximos & tantocortou'por fy.tal

tam entregue a vonfade,q dèn*e por neceiT?r’o odefpacho do que pedia:porque fupofto^que H ercdias pedia injufta- mente,ach*vaiTe tam ie i;horadoalvedriodt R t y , q ntfta fojei^amfuodava o leu req u er ifn cn tc ;& n ió h cm u u o ,q u c hüamulher fe arroje aquaJquer m aldadecochecédc o do- minio,qiie tem no cora^am daquclle,por cuja cotta cc rre odeferir lhe .Porèm q bum R c y .q u e h tm M iniilro, q h u m homem fc iogeite de tal mòdo aos imperios de bua mulber, q a voncadéàefta ieja arbitrodaí acjpcésdaqitejlc^,b<'gfà** de miíeriavgrádela(!iina:1a vai a ji]Í^Í9a,láv¿y a verdadejà vai a honra,là vai aconcicncia,6¿ ià vai finalmente a alma»* perdeie a ju fti^a,porquefen&ó faz a ningué;pefdefea ver» dade porque iequebraa palavra:perdefe a hcnra, poit^ ic defacredita o h-'gar,6i mais a peiìbaiperdcfe a conciencia, porque fe offende a rs2am ;& perdeie a l im a ,p o rq Ìe per- dèraótodas eftas coufa$.Pi?recevoSiq nao he grade mííeria eítd,& grande laflimsj’ ora p trg u n u y a t I R f y Salanào, Como Ihe foy có as entrcgss, q f tz d e iu a vcntade a quem d ie q u iz / & refpondervoiha c o m o capiiulo undécimo do terceiro Jivrodos Rey;.Pefguntaia Saniam,corno feacbcu com osempenhos da lua Dalida?& refpondervosba com o capiculo ftxto decimo do Jivro dos lu izes . Pergnntaya aquelle defgra^adoRey dos Arfirioscomo ibi fo y c c m é e , m iram is/& relpondcrvcsha com a laftimofa tragedia de iua hiftoria.Perguntayagora iRom efiuoa Hciocte.sccmo Ihe f j y nas aiFeigoens de Herodias ? & je í j ondei vo^ba com cite capítulo Sexto de Sam Marcos,& ccm o capitulo decimo do liv ro decimo o ñ a v o d e lofepbc.E rodístftas injufti^as, todas eftas fem razoens,todos t fíe» males, Se caftigos d e q u e nacéram? d e H e r o d e i fe fo ge iia r , ccm oOS mais , à vonfade de hua mulber» quero. V f m cà mulber > porque ha bum Re y de cortara c a b i la a bum prègador Evangelico , q u c i t m por obriga^am.íi <■ fficio periuadira verdadt* porque ha de condeiiar cc mo reo,

a quem

Page 12: í^£V «v ». iSÄ. J. , •> •; -»Î* » !,dadun.unav.edu/bitstream/10171/30060/1/FA.137.690_10.pdfpelloamor da vida,por nao cortar pello amor do proximos & tantocortou'por fy.tal

a quem fócrita ' de advertir ao porquehade ca-ftigar o ferviço , com 3 fe fora cif^uça ^ porque ha de dar à innocencia o caftigo , que fô fe dévia dar à culpa î’ porque ha de f iz e r Herodeseftastiraniasvef* tas injuttiças, & elles psccados f A todos eftes porqvïes refponJeH-fro'iias cô hüi fôpahvfa,F<?/^ quero; tudo iiTo hade f iz e r ,porque afíitn o pede a mioha vo.ntade,^tf/(?. E x ahy os eíFeicos de hüi má ven tade.

Poré-D eu Boto,que com eíva vontade far ma, aínda fo y p io ra de Heredes.N iílo de más voncades ha efti diiTcrêça no mundo,que huis faó mas,outrasfaó piores, porque húas r .6 nunifeftas,outras diííiinulidas: a de H ero d iasfo y n>á, mas foi manifcfta,a de H ero d esfo y píor, porque foy dilíi. mulada. E q u e tenhjíscontra vo» húi vontade ra i , porém deél3rada,nam h so mayor m il',porque vedes don-de íe vos f=íZ ociro,& podéis fugir aelle.M'iS que tenhiís cócra vóí h iu vontade pior por íer encuberta,ihyeftá o mayor dam» no,porque vos acbais com pelie deovelba, &.coraçam de loba,\ScrK>voíTodeícuido fe lograo feu cuidado. H u í m i voncade encuberta pouco,ou nadaÍhe filta pera treiç^m-, pera ;deivo.íÍ3.Qiie chegueluHas com oículo de amifade,<k corsç.iô de inimigo qmoftre ílaal de paz.trazeíido rro peito

•a reioiuçam fementida de entregara feu M -ílrc , ah íadas^ que é -h u a j traidor. Q u e di^íarce Caim nos laços'da ir- mandatée o veneno dDCoracim,& tire a vida, i Abel entre dii fî xulaçoens da vontade, a b C aim , quee.; hum aleivoTo. Qiiem defterrárado mu'odo eftas-v'orítides occulras, eftes coraçoens encubertos,que tantas,&: rao grandes temrazoSs cometem,fem cantra ellas haverreroedio,porquefenloco-, nhecem-Mas íe pera ellas naaha ntñe mundo remedio,ha« j verá noouEro'Caftigo;Sc nao íóhaverá caítigOj fenáo, que haverátamhem remedio,pera íe conhecerem-, |

J ji áte cúmjudicabis ID us oculta hominum. N o día do lu izo , i dÍ2 S im Pdulo^que ha Déos de julgar os peccados comccí- I

doS

Page 13: í^£V «v ». iSÄ. J. , •> •; -»Î* » !,dadun.unav.edu/bitstream/10171/30060/1/FA.137.690_10.pdfpelloamor da vida,por nao cortar pello amor do proximos & tantocortou'por fy.tal

<îos pellas vcm 8dcscccultas.fc .poiq n íó d i2 ,^ julgarà tá- bem os peccádos com etidos pellas vofitadcs marlífcíia^rc-^ Ihay.-as voncadtS maniícft^s tambem he c e r to ,q íe h^mde -caftigArípof^ náo haverá dtli£lo ,q naqüelle día len to Cifti- gue,porq-ue lia Déos de íc r c juÍ5::mas efta^(deixaime alílm d iz c r jv a ô jà d e c à ju lgadáS,porqneftem undofe conhe<.e. ra5 f^kotilhc fô ôcaftigo.efTe Ihe^daráo naqueHedis.PorS as vócades occultas ha o de fs;r caftígadaSj^c háó<k fer ju l- gadas pera fercm conliscidas, p o i^ como óó mundo ícinao c o n h e c m ,í ia ó fe ju lg d ó p f lh s q fá<>,nem íe Gaftigaó pello que tazcm : pois tudo iíTü,qcá ihei fá lrou no mundo ifíb es- ráó no día do ju izo ,porqu e as h i D eosd e ju lgaf dádcas ía conhecer pellas qforáOí& as ha de caftigar f tÜ o q fízcraf>* juaicabtt Deus occulta fe ifto ha de fer aííím noóu-tro mundoinaó fejaó n títe as ví íTas másvcr/fadcs ccn o a de ludas,como a d e O i m CGtno a de Heredes,'q fo rrô e t : . c^tkas,que faraó encnbertas^de mal c m en os , í e j í^ c o m o ff y a de Herodias,q le eratná era defciiberra:queriaiDal &o Biptifta^ qrialhe tirara vida,masdao eocebrío eftam á v5. tade,deu a co n h ecer ,d cch rou ; y^loutpretivus dej fnthi cn put loannti quero ver df^oUdo eftc b c n é.Pe^gue.mosdaquijSc vamos por diaTiie c o m o tbtm a.

tapu i leannisBopttfiie.^c o intento defta mulher era, q morreíTe o Baptifta,na6 bift^vs^q fcfíe cóqiúalqnér outro gí'nero de mortcíque havendo pera vivcrihú yo caminh<j, pera morrer ha muiros vta tíi dui% ad piM^via bú so cairiiiho,díz,que ha pera a v id a ,& tíTe muy cítreiro, «C pera' a morte,íiinda mal,q tantos carembos ha ,& largos. Póis fe caneos caminhos ha pera arm®rte,fe pt r muitos m r- dos fe juofre,ieastnortes üinda violerita»,cf m o efla fc y.fft podem,e GcftumaóeXGCUtarpormuita* mancirasíp-era ma­tar aoBiptiílía ,porque Ihe Róó aír av t íTífia o Ccr?’Ç o 1 úa efpada,huf lança, cu hü i fett. ift ríáf; de eorrar aca'be^a bum Cutcllc jpo iqhade fera caberajíiiíís ,q aocci-

B Taçaô

Page 14: í^£V «v ». iSÄ. J. , •> •; -»Î* » !,dadun.unav.edu/bitstream/10171/30060/1/FA.137.690_10.pdfpelloamor da vida,por nao cortar pello amor do proximos & tantocortou'por fy.tal

r3g:.6ogoÍpe?D irei:c¿inoointentod2 H.erodíasera tirara vidaao Í3 íptiít:i,naó h iv ia de fero golpe ao coragaó fenaó ác ib f^ ijporqna cabc^amais queno c o f í fá O t r iZ 'a ü B ip . tiíla a fu¿ vida.En me declaro com aquelle fpiraculo de v i ­da,que D -oscom m anicou a Adam^

Formou Déos ao prinitiro homem-, quizlbe com uni­car fpiricos vicae^jgi diz o tt xro, que Ihe poz efía vida no To(ro,na cabc(^x:lnjptravtt tufactemejus fpir-aculumtUarái^Ava o notou aquitibem o P. Mendonga, que nao pez l)eo5 a Adam a vida no cors^aó, feuaó ua a h t q \:T<¡ontnmimo cor- dis (srcanofeá in ex frema frontis domicìlio hommis vt<am divinas arttféx coilosavit. Pois qua miíierio teve porlhe na c a b e p , & nao em o cora^aÓ.a vida?Poz D ¿osa vida do homé na cabc5:a,& nao em ocorag^ójpctq a quiz negar àvócade,8c entre gala aoentedimcnto. lá íabern,queo lug ir, q ieatre* bue à vócade he o cct?(^í6 , 9í o que fe atrebueao e a ic J i - meco biC acabcgi.Pois av id a dohcm em jdiz D e o í ,n .ó h e bem que morre no lugar da vontade, po clj nao cóve ,qus a vótade í?ja a que dé leis à vida,porih»re no lugar do eii- tendímento, per.i o encédinncco agor^rerne.E que bem goverDada,&bem lograda a vida pellos d'fVamesda rszaói, qucm regula a vida pello entendiméto,n3Ó fó vive bé,mas v iva maiSjOu vive bem duas vezesjbrm,porq'iie melhoraa vidajbé porq multiplicaos arrnos.O Profeta R f.ypera c6- ífguir húa,&ourra coufa,o quepe<lío a Déos fny, que ihe deíTe encendimento; IntelieSlum dam ibi.ér vivam i porq^ie- achou,que no entender ch . íiílie o viver: que pera viver bè,era ncceíT:<río enteader m:-lhor,& que pera vi^ermais, importava muíco o cntendiméco, parque so o eotédiméro Ihe Dodía ecernizaroj annos de v i Ja : & nao fe enganoa, porq aíHm Ihe fuccedeo,^ anuos (ptemotin mtntthahuV» lo- gfc-yf dizelle mefiTJo no Píalm > 7 6 .} lo g fe y , *51 cóf^gui an.

eternos de vida por benefíciodo enrédimento:í«H iO -eateaJim éto Ihe muldplícou os anaos,lhe ecerniz* ’u a

vida.

Page 15: í^£V «v ». iSÄ. J. , •> •; -»Î* » !,dadun.unav.edu/bitstream/10171/30060/1/FA.137.690_10.pdfpelloamor da vida,por nao cortar pello amor do proximos & tantocortou'por fy.tal

l ïvíd3.L''gra6re moiros í.nncs>viveíTe por etcrnidaces.qnsn- do Ü Vida fé regula pella razsô fe governa pello entédifr;éto annos atemos tn mente habut. E toda eíTa duraçao de éneos fe ariíca,toda eíTa melhoria,6c ecernídade de vida fe perdeo quando difpoemogoílo,qu&ndo governa a vontade.

Em qae vos parece, que cítcve a defgraça de Adam na morte,que incorrec^em nenhúa oiiíra ccura,efteve, íenaó em obedecer Adam ao goílo ,c& fatisfíi.zerá vontade, co. médo da fruta,que Déos Ihe prohibíra:cínhalhe Dees, pe. ilo a vida no lugar do cniédin-.éco. Irjfpvaviiìn Ja iu m e]us

¡piraculum t'?/<e,&que ít z Adan.?trocoulheoíugsr, go\er* noua pella vontadcj^c ficcu logom ortal, porque ficou lo. geito á mcrte.A razaó d izia ,que foííeAdí;m obedicrte a Déos,que guardaíTe o prcccitc, que Ibe pu ¡era pers vi\ <.r etern^mente.O gofto convidavao a que ccmc íTe dsqut Ik pomo, fati-fez Adam ao go-fto,obedeceo à rcncade.E {fuo que defateudendoa rsz ?o ,& acudió ao gcílojdefmsnchcu a vida, & incorreo na m c rtc as eternidades de vida, quc Ihe havia de confervar o entenditriento , Ibe deíiruio a vontade.O Seneca diíÍe,^ feo) enrcder ningué pedia viver Hoc feto nemintm p ( ¡¡e vivtte.qui f j i /flpííR/Wjpciq oen- tendimento íabio era o melhcr inftfuméro da \ ^ ¡h a c e u t tilítmum vita tnfirumenium.^c^wc lendoo juizo o n'ieíhor m- ftrumento da vidajque tendo a vida rao grande dependen, ciado entendimento pera fe coíervar.íejsó nc mundofá-

s os q queiraó viver por conta da vontade,queté com * vida morcsiantipatisieu me perfuado^q deve aífim acóte* cer.jporq devem fer no mundo pouco.s ou renhuusos en- tcdidospello menos osnecios cirftumr.ó fer os n\5Ís,Jiüífo. rum mfinttm eflnumerus-, he grade,be íí fíniio o numero dos necios,os difcretos faó poucos, q naó fszem numero; por iíTo foótáDtos os que de'governio a vida pella vótade, & taó pcucoí os que a reguLó pello € nt^endimento.

M a s n aó hccíla a m sy cr qu€ÍX3 que eu tenbccctra osB i necios,

Page 16: í^£V «v ». iSÄ. J. , •> •; -»Î* » !,dadun.unav.edu/bitstream/10171/30060/1/FA.137.690_10.pdfpelloamor da vida,por nao cortar pello amor do proximos & tantocortou'por fy.tal

necios.a m y queix i h i, que fen^ócotttentem os necios com regular a vida pella voocadc I'enaQ que p o re lli quei^ F5Ó tambem regular o entendimento,quea encendiraento Iitongee,ac ande asordes da vótade.AÍgús. tiveraó peraíy erradáíréce.q as pcn;asdoinftrno>ouasn'aó avía de aver,ou h.íviaó deacibar .R d ód c ruceo pro poríbes eíte erro o en- tendimento?S.Agpft'inhoo áxñ^'íiHoc^ipfifui co'dútit ju fp i^ cáturftmpumiaié- fal¡A. fuis pétduti n.ortbus palltcé ííFeí^oados a fuas cülp2SiteFni<»ó as penas,entra o entendí- mcnto,& porliíoDgearavontade,cré,q ou as naó hadeha^ ver,cu naa íeráó eternas.Oticrosnegáraó faifa mente o jui- 20 ,& relurrci^aó fiiiahSf iíTo porq.'^ ?,oeo,quodcuptuntiXQÜ* pó.dcS>Gregorio N icea o tp ro eoquodeupiunii^ optantyCPgú ta*íOngj/¡¡htfingunt:por<í^ traz iaó o cotcJím eto acraz dogo* ílo éc fingíaó naquere o qdeíej^ava a v ócade.E^^sahi a rtií nha q,uei)ta,q de a vontade lty;>nsó fó a vida,mas tábé ao entenJímento.q ai havía de g jvernat a cimbas.Ah necios,Cj; ides muy errados perdéis por efle caminho a vida,&: mais o entenditncco.Aprendci de Srloaó,que fioy muy enceudiJo, porque fotíbecompor a ví<ia,& maw a vótade pellos di£ta- tiics da razaórlede todaa hiftoria de faavtda>schareis,que naÓ.ouvej.ufto,q tácofea)iiftafrc na vida c6 as. k y s da ra- z -ó ‘ & d o cncendimentoyjccmo o B^ptift^sr^xeedeo atodos na- v^klft,porquea rodosexsíeíko nc^entendimeto»foy muy/ cmcndido Santo o Baptifta,& tam^emédtdo L y , q primei- ro>que naccfle,j¿eEa intelligf nce.

N « ó heafíinijqas aínda o Ba;>tiíla eftavran© v & re d e fuá m áy Sam alzab tl j aínda.n.óepa nacídoao^mundo,,aínda naó avia faydoahiZjquádojá h ziaó nellfros aeertos de en­tendido reconhecédo a íeu CteádortExM ltavií infásm^uar^r e ju ff iftb foy;o m eímo,qoe ÉeFÍntellfgente,príiBciro q chcg íTe a fer vívente pello naciméto^diz Iwnvexipoífítor grave deft:e EyágcJhc :£ ;r ^»■coUt^iíuryquodioanHts non folü: m u U r » fu m i’(flK M tfifo íu sJ(d ít iÁ m illo u ié iram n es eijmue~^

t i f i .

Page 17: í^£V «v ». iSÄ. J. , •> •; -»Î* » !,dadun.unav.edu/bitstream/10171/30060/1/FA.137.690_10.pdfpelloamor da vida,por nao cortar pello amor do proximos & tantocortou'por fy.tal

n . .w /;antccipouourodarara6 aou fod av ida ja inda o Bapd*- ita naó ufava da vÌda,poiq ainda naó nacèra,& ja ufava da razaó. porque ja encendía.O que grande,ò que entendido Santo! que aifmì amecipa o encendimento á vida, q h a d c leguir a fuá vida ao feueniendimécoínaó trazia a vida no cora^aó,porque anegou fenTpre ávontade,trazia nacabe. 5a,porque a reguJava ^elk) enterrdimedto^rn factem ejujfpt^ raculumvtíit. Eys ahy porque Hcrodiai Ihe pedio a cabera óegohdíyCapuí Joannts BapiijitCy porq ccmo Ihe queriaen. coatrar a vidajbufcoulha na cabera,que erao lugar em q Sam lo só a crazb,porque era cíTe o lugar do entendim er- Co,Bem que por cec efla cabera do Bapciíta, aínda que Iba cortaíTenn,nem havia de perder a vida porque o meímoen- tendimento,qJhe d ifigk os paílbs, Ihe havia-de dilatar os- elpagos daduragam.

E i conirtjiatuí eji Itex propter jufjurandum.Vcúo Herodes que Ihe pediaó a cabec» do B3pci{ta,mcftrou, cj fe entref- tecia por amor do juranTento,queiinha fcicode dar quáto Ihe pediíTfim.Efta triftczi, & fentíojento de Herodes diz o Doutor MaxinKída Igrc/a Sao tiieronim o, & c o m elle Anfelmo;B^d3,Caiccano,&ouEros, 4 n3Ófc^y verdadeiro, fcnaó ñvi^iáoiDiJJlmulattr mentis fudy ^ arttftx homicj/iyfui f^ifitampnffere^as ínfactefctím iafiUam bahíret in í. jav aa morte ao B/*pt¡ftía,maivaIeuíe do juramento,porq o tirarlh-eavida^pareceíTe virtude;& naó volancario: quetia q cfía iajuítÍ93,eíTa malda.dc,eíTe deliíto^'eíTe peceado pa- receíTe mais obfervancia do juramenrojque maliciada v6- tzdc'.Ná[panfe fua\fed'jtiratf¡é:tt coaBas loanntmviás^tétur occtdeJfeX^c fe fagaó as culpas jComo culpas, podeíTe* fofrerimas-que fe fagam as culpas-comí capa-de vinudc.naÓ! he pera diffimular^

Todos quantonormencos padéceo CHrifto Bo te^pode Íua.paixa6> todos quanto&agrsvos Ihe fizeraoenrao os lu. deQS,codos^lei?ou: ccm multa paciencia) £c íofrimento» ác-

nenhumi

Page 18: í^£V «v ». iSÄ. J. , •> •; -»Î* » !,dadun.unav.edu/bitstream/10171/30060/1/FA.137.690_10.pdfpelloamor da vida,por nao cortar pello amor do proximos & tantocortou'por fy.tal

B*3nhati r^íquíixou.fenaó da bofetada que Ihe áerara em caía de A.nnáz,<7«^OTí f«í/?j?outra5 rauitas Ihc deraó em ca­fa de P i l a r o s , diBaní etaUpa^SyiL fobrc ellas a^ouces,efcar- neos,eípinhos,cfuz,6c de nenbu deftesagravos íe moílrou- queíxofo,s6 fequeixou daqueüe.Qual íeria a razáó.'^ a ra- za6foy:porqaquellas enjurías,foraóagravos, como agra- vos;a bofecadaem caíade Annáz,€ra agravo com capa de razáo.Acabou G hriílode refp^jnder ao q AnnazlbePergú- tára.levantou facnlegimenceíi máohú de fcus Miniftros,- & fazendo a Chrifto cargo de difcorcez na repcíla .Ihedeíl carregon no roftohüa bofetadí://íffcaíííe cúmdixijfei'^mu$ affifleni mtnijhorumdedit alaf>amle¡u dicm nfic rífpÓ.ia Penti. ^í/?jíTímreípódeisao Pontífice? arguyo em C hnftoa def- corteíia pera neílafundarrazíó aoCiítigo, cobrindocom capa de zeloa malicia de feu atreviméco.E em quáto Chri fto vioiq Ihe faziam agravos,qve parecíam agraves íofreo, náo fe qiieijco'jrporém como vío*q a oíFeo9a trazia cor de razao séater,náo a pode diríirnular,queixoufc ¿í/j'^Exsahicimbea q u e ix i .q hoje.renho de H e re d e s ,& a q fe pó Je cerde muitos,q oimitáo a elle. Que queira H e ­redes disfra^ ir 0 5 emoenhoí maliciofos da v’oncade como zelo da religiáo.pera qa 'cu lp i naopare9a culpa fenáovir- tuát^né ]0onte fua.fedjuramennco!iUusreligione,ioannemv<íle^ returoccideJJ'íi^ íeja tai a m ilicia dos homés, cj h-ijáodeque* rer,queos feuserros,náo paregáo erros,fenáo acertovJ que osfeus defeiroSjípiregáo virtudesíSc oao péccados'q a paí‘ xáo refinada com que fjiáoicoin que votáo , com que pro' cedemn j í meterías,nos tribtinaes, nos coníelhos, pa-fegam mais propoftadojuizo.q deli.bera9áo da-vontade: qosgol- pes^qiis dáo pslU m ío do odio, pare^.im didos pella n^áo doz-^blh? 3 mayor lem razáodo roundoj porque he a ma* yaí maldade dos ho.tiiens.

L a eftaváo N .iá ib ,!k Abiñ-fizen : o aDeoshíííacrifícío, b iixo u do C eo h a m L g o ,q os abrazüu,6ccouíumio a sm*

bos;

Page 19: í^£V «v ». iSÄ. J. , •> •; -»Î* » !,dadun.unav.edu/bitstream/10171/30060/1/FA.137.690_10.pdfpelloamor da vida,por nao cortar pello amor do proximos & tantocortou'por fy.tal

ho .’.EgrfJJù[^tiei^nisà dominio detoratii facrificar a Uecs he culpzrjà f jze r holocauitos he d e L i ìo f pera o fiicnficio viugà^ajpera teréos holocaoftos cafti- gcivingan^a q dàmorte,ci>ft!go q t ira a v ió¿ io texto folta a duvida nacauia cb cafligo .M fria f fant h^adah^ ^ Abm cà fifferreni igntm alienum tn cofifpeSu Domtnt: foraò allim abrar fados.foràoarfim caftigados , porqquii'ersó f^zerac9ao de facnfìcfo có cucro fogodiiFereotelio qccnvinha. O fogo Gom q ieh a v ia de iac rificar,era fogo q D eosniidava fé tc¿- maiTe do mefmo aitar, Ìgnh ex eociem aifan erm & por eftfi fogo fc eniéde na Scriptura Sagrada o zelo aictndeiur velut ignts T elus iuus^po^^QÒ oze lo da honra de Deos fe deviao, & devem fazeros Ìacrificios-E que fizerao N ad ab j& A b iù qiicimáráojíacrificáráoa vidim a,nàocom aquelle zelo,fé* nao com outro miiy difFeréte,?^««»* altenum coni hum zelo muy alheo.doq devia rer,por iiTo os cailigcu Deo» tao ri. guroiamenLe,nùo pella obra do facrificio,íenáo pella difíe* ré^a do Zvlo,»Rí!r/üífuut cum offerretti ígmm altenü.^ó,o fofre D eos,né he pera fofrcr no niúdojíj fc degole avi£biíT)a,qfe executé viogá^aSjqfe queirao encobrir os ímpulfosda pai* xáo propriacó a capa d o zt lo d a hora de Deos,cu do pro* ximo.Ahhome,q fe ce exeminaréo zelo,haíede ver, q náo hezelodaígrej i'om ooátsiiiQ T ^i^nü ex eodé altari^ Icnáa

he zelom iiyalheo,detodaarazáo,t|ffí a/ií«á,E. q por fer muyaiheojVé a fermuíto proprio,muy alheo do férvido de Deos,GU do Rey^ou da patria,ou da-repüblicaje mu ico pro> priode tua paíxáo,deteu odio,detua má vótade,pO'Cj que rcsembucarelTa malicia pecamínofa co a capa do zelo vir*tuofo,como fez lÁtiúátS^cólrifiaiuselt ^expropter y jíj ■.tadii- T ^ è fp ò ie ¡ u a . f e á j t i r a m é ú coaU us re ltg io m y lo A f.iv id ere iu r o ící“.íÍ!/?e.

Refolveo Herodes a final, & fahio com fentenga de mor,' te contra o B iptifta.‘ / #ríí|5/< afforrt caput e ju sM ^ i ouve nc* ftas feoté^as muitasnülidadcs,& todas grandes: redufamo* ks_a tres,quefrt6ascapitaes, Aprimeiranulídade^ fo y fe n '

Page 20: í^£V «v ». iSÄ. J. , •> •; -»Î* » !,dadun.unav.edu/bitstream/10171/30060/1/FA.137.690_10.pdfpelloamor da vida,por nao cortar pello amor do proximos & tantocortou'por fy.tal

tro ce a r Heredes por refpeicospariicuhres. A fegunda, c 6 . denar abum innocente.A terceira,coodeDaIo i’em fer ouvÍ- do .M oftrem oseíliS Qulidades.

A p rim d ra nulidade,4ceveefta fentéga fcí ^ ad-cu H e re ­des por rerpeítQS:diilo afíim onoflTo cex toiProp^ur mn dtfm i&í»/«,porcompr3¿craos coñvidados^/«?/ eetm c^ntrijlat-n, &;por tia6dergóftar aHerodías/fahio c6 fenré^a de morce cocrao BiptÍfta,frífff/»''/ affen caf^ui í ja í .N ió ha mayor nu, lidade^q efta.'mas naó Ki nenhúauiiis uzida, uzifc muico nom uodo efta nultdide.pfoteftando FiUtos,q n a ó ac h iv a caufa pera condenar a Ghrpftoí^go «o» tnvenio tnto caufam: alegáraóihe Com os refpdtosdc C efar ;á ’< bunc dm utti non es amfcusCafanít^tqMtTQH confefvar có C efar aoiizade, haveísde crucificar a efld homem,haveis de condénalo por te fp d t o de Cefar,e fenaó,nao fois amrgo. L^vouíe P ih to s deftes refpcitos,5 c entregoü a innocécia de Chrifto aoodio dos ludeus.* F th n is aut$m (umaud((fet hos ¡ermones, adtixit f o ’as í í/ ’«w.Qjácas coüías malfeicas fe fazé no tnü io por cf. tes rcrpeitoSjporeftii amifades/íenao cnuificais a cfte*na5

f j i s amigodaquclle.Q lácas fente^asinjuftasjquícosdefpu* chas erradas,qtúcas violencias,& quaatas feinraz^ é fe fa- z e m c a d id ia por hüiam iíade.porhü rsfpeítc! pirecevoy, que riaohegriTTdenoltdade eftade qualqaer proceditriéfo, onde fc h z htí j coafa injuíti por refpeítos par£?ctrlires?efn havenda reípéito, i¿i-y asac^üéspornullAS, & porerraJas. A in d j^ defua niturez^ ftíj* haa hCti^accam pó Je aconte» Cer,^ f melíior náoa fizer,q faz 'la por aígtim rcfppíto culpavel-Q nlquer aítode-vircudede fü . rtaEurezA hebomj ñingaem o duvida.-pois vede o qu en as virtudes acontece. Dar eíraola a?> pr^brí; he d-;várrttdc niiiy exeellcrit-->5c com tu io*fe djis c-íT-i t-finoh,porque vola vcijam dar os ho; met»':,ná • he wirtade,-he vang1or¿a.Há.i:íüfcipUua, hú cili'cto.htí n q',iil.j.cT-í^,otlGCo.a£lio:hoHefÍ0 de penkc-,G ia>2 virtuoio.at k : a?íiiari;(>:fe bz^is^^^íTejeja

zcis

Page 21: í^£V «v ». iSÄ. J. , •> •; -»Î* » !,dadun.unav.edu/bitstream/10171/30060/1/FA.137.690_10.pdfpelloamor da vida,por nao cortar pello amor do proximos & tantocortou'por fy.tal

Z^ís effe cilicio,fe tomáis eíia diciplina,porque vos tenbáo os homés por peniteDte,;náo he virtiide,he hipocrefi3 >& a hipocrefia he peccado. í ’ois íe o s a t o de virtude,quando fe fazép orrdp eito dosh om esj p iTaÓ de virtudeafercul- pa;ás acgocs iojuftafjq fjzem por re ípeítodos homensque feraó?raó todosos males juntos.Em bü &£tohóntíl:o, quan­d o fe ihe troca a naíureza em vicio cometeíTe hü íó pecv cadp,porqueíe,faz- hum sònial;nas acooés-ÌDÌquas,quando fe fazem porreípeicos.cometemíe muiros pecados,poiq fe fazé muitos males; pera prova diílo, rjáo quero msis f 6- derar das virtudes, aeím ola,éc das maldades,a de Heredes.

D aií hüa efmoía sopor eoofeguir entre os he mens cre^ ditos de eím okr deixa de fer virtudcicómeteílesopeccado da vangloria, mas nao ofFendeftes ao pobre, íó a vos fízeíies o mal. Vamos agora a Herodes,Herodes por refpeitos par­ticulares madou<^ fecortaíTea cabe§a ao B ap tiza ,& fe zn e j ftaíi-írgaó muit-ps males,muitos'peccados; quiz q foíl’em os Gjucros compiácesem feudelíA o, como^dvertio h ^ á2\VuU omnes [celms fu i e¡fe cdjoriey.^m ^o oíFcndeo ao proximo,eys ahi'pecadocótra acharidade;códenoua innocécía doBapcú fta.eis ahipe<;adocptraa iuílí^á:Mal pagou os beneficios da docrina^q devia,eis ahí pecado de ingratídsó.CortcuIhe a cabera por íé cóíervar ñas affcigcés deHerodiaj/eisahi pe cado de fcandolc;cffédeofea fy,porq cíFendeo aíüa cocicj c ia ,eisahi outropecado.D efcrte qem h ú a tó a c9 £ 6 ffz H e - rodes,muiros naalcsjccmeteomuitas ciiIpasiTys s^y o q h e cb rar porreípeitos,^ro^.'#r fmul¿ii¡(úbcnfes^iuúo\{{ouc\.\yiQ cófigoeítinulidade, tatos males ,tsntos pecados ¡untos.

A fegunda nulidade,qteve.eíla fentencadiziamos^q fora ferdada cótra hum innocente, Pergunto;que fe zo Bap^ifta p fra H e ro d e s o prendc^^& cendenar à mortepqiwr^/fíí/í/ €nim Íoa?mes ■Heiom:noT2¡icei tibí ¡jcbí^g úxorím f t aíts íur,1: foy acaula de iua morte d i ie r ,& fa larvcrdadtf.T áíoqueo Baptiíta defcngaiiOu^Hefodes,tátoque Ihc n..C f^IoL à vo-

C rade,

Page 22: í^£V «v ». iSÄ. J. , •> •; -»Î* » !,dadun.unav.edu/bitstream/10171/30060/1/FA.137.690_10.pdfpelloamor da vida,por nao cortar pello amor do proximos & tantocortou'por fy.tal

tii(?e,íí3golh*quÍ2 tnjí,Iog > íhicev‘eo:!ií>.'|y2f6céqhe deft* ^ a -n o murt.Íí).faUf.verdáiíe; partíce ^ rti6 íobor^ú.3ít i Vòatadèiou* aVíá^dc iifoageát ogo ílo /o iiaveH de tfer paCtentra pera ftifrtr a torme-nía, porque fe naó ái v5- tade^defcarregi (obre vos o odio > -Sc: m uius vezss o go!f>e. Varaci‘> áo cercei*roÍivto ios R ey? , & vejamos o que liicce- dcojao PfofetaM i- K'^ascom e lR e y Atab^

Defejoa AcabtóTfiir p^tíbr^a de afmas as; terras d a R 'i - nioth Gdáadjjurtí Hi quacrocencos Profetas pera coníuhar Comellesefta refolufaó,, & f jraó todos erradamente de hü; iñéfmo parecerá favor do q Acala d ettava . E c o m o defta Cègocio déiíe c ibé parte a e l R 'y lí>faphar f í Jí VÍfinho,Sc parente;pcrgijíicóü Ibfaphat^fe b iV ú a l ia ’g im Profeta do- Sebof cob’ll quem fe podéíTj confultaro cafo/’ refpondeo A cab ,q h a v ia a l ih ira h:omem,aqiiefti c h m iv a m MicheaSt ptsrém cIIí; o ab o rreck , & Ihe tinha.odio,porque nufici íhelifcm^^áva ogéte.rtóm filavii á vÓtadá: reMa.n^tviru>Híti- ptr^aè pojSUm^s fftterrà^riri I>!u^:fed e^o odi eum^qtiid non Pro. phetitt fntbt ¿oáíW.Eftranhido poré,8f perfuadidopcrelRey/ l ’üfapintjtTiandoackjmara NÍich5as;5c quem levou oreca- cadsjáííTe ao P ofcta, q o R ? y tifihadefejos de cóícguir a*- ’¿jtielfe íntíntój^ òucrosmuicóà Profeta»,, cotrtqaem o h iv ia jiConíuitado,lh.o.aprovava6> pronoílicandolhe bom-fuccí- Ír>,qite por Ufongear,,ao R e y elle o mefmo,que vo* taíTe com o votárao 0 5 outros:JV’a7ijííw viro^íjutieraladvocait' iiufnM:: b¿eam. iocuius eH ttéfum àHènsiecctfermo/iei Pfophet^ru. vrs fútO: l^gihün^-z ptygdtc-anr. fit-e^go ferma tuus (imlts torum, io^utre'bana.Mi máior femtazio q efti diz Miche^Spque deqüerfer Acab, ^ eü figao parecer dos outros,por faftifa* zerao feii-de^fej.odelle,^ i ja de aco’modar ao feu goíto am¡> Tiha cibnciencía, á íua.vontadeomeuenGendimeato/*’ q j a ^ d i z f ‘ r áquiI1o,q elÍ5 querj& naó* aquillb,qtt5 eu eutédcr,. ^ r q affi n fízefaó tfs maisp^íit^fí Dommus,^uia quodmm qutü»

Doiñntt'sJios Uquar. Pois iíTo uac^vive Deos q na6>

cy

Page 23: í^£V «v ». iSÄ. J. , •> •; -»Î* » !,dadun.unav.edu/bitstream/10171/30060/1/FA.137.690_10.pdfpelloamor da vida,por nao cortar pello amor do proximos & tantocortou'por fy.tal

t y dedizer, fe nao o que D éos me infinar, que diga; n a 6 fy de encontara raz^ó, ey de fabr verdade, AlTm M ic h e a s ,¿ vós fülaisj &eftais refclutoa f i la r v«idadcrPcii h -m vcsd e ptri4?girír.

Ctie|;ou o Profeta ,o u vÍo a propc fta do negoceo , 8c diílehclic o que verdadeiraments entendía’., porque Déos Iho inípirára, que f c y o contrario do queos quatroceíitos Profetas f^y^mcnte tmham dito. Pera a meniira, pera a li- fonja achamfe quatrocencos bomens em hüi junta.’ pcra a ver-dsde, íóhtim. tantos homens todoj f^lfos,porque todoS «nganaram , hum íó hotriem verdadeiro,porqíie fcum tá d if leo q u e convinha. M as por'que ocííFe,dersni c c i d elle no carcere,screcétáramlhe huas|áoutras pena«.* M u n te v u ium tjlum tn c a r c e r e fujimfaie eumpaneMihulaiioms iS aqua nn^ujiu pois pcT certo ,que naiDcra raz^m aílim que fofle» que le tiveíc odio a Micheas odi eum que o perfeguiflem porquefalava verdade, porque nao li^ongeava o gc ílo ,^a í» non P üphttat mihi antes porque t r a verdadtiro havia

fer amado« Islaótnediréis,porque cave de fer o Evangelifta S .lo a m

o mais amado entre todosos difcipulos de C hriítoque tan* tas vezes acham oscom o titulo de Emacio por antonomaiìa Difcipuius áíUBus:difctptfÍu¡,^tíem diU^that le Ju sX y tó t nacco eñe priv ileg íc?Em que íe tondou etìe amoríquereis íabcri CíTi que?fimdoufeoatT)or de C h rií lo na verdadede S Jo a m fctmui ^uta veritm ejl tijiim om um eju). y S loam oiuito ama­do, porque fcy muito verdadeiro: tudo o que S?.m loara dizia era verdade,por if lc tu do o quelcgrava era am oi?f y muito am ad o ííitó tt ; , porque era muito verdsdeiro, vervm efite^ttnvnium ejusi defie antecedente naceoaquella coníequencia. Pois l e o fer verdadtiro he o m ereciirtnto pera fer atnadoj fe falar vercade, merece por galardsm o amor: potque fendo Micheas tsm verdadeiro , Ihe hade terod^k) Acabíof/í ífcwr.E porque ha Herodes dequeier mal

C i ao

Page 24: í^£V «v ». iSÄ. J. , •> •; -»Î* » !,dadun.unav.edu/bitstream/10171/30060/1/FA.137.690_10.pdfpelloamor da vida,por nao cortar pello amor do proximos & tantocortou'por fy.tal

ao Baptílla por Ihs dizer a vcrdade , «on licef /(¿¿.Porque h i o p fcfíca de Déos fencir efíeitos do odio noí rigores de hiia prizami wíV/í.'í verumtflum m carcerem.E porque ha oPercurfor de C h ifto padecer as vioS^nciiS d o g n ih só , 5 e as riranÍ3S de hüa fe m en il tam Prteüeptia^erri^a/ffy¡íí. Por iíTa porque fallam verdade, porquenam enganam; que eíía he a íemrezam do mundo. Vos queráis pera cam oshomerjs maior culpa, que^falarverda- deí^ he confequcocia, injufta fy, masmuito certa: íois ver- dadeiro ? pois havets de íer malquifto . F o i o argumento, que Sam Paulo fez ao* G ilat^s vohis fa B u i fumvsrum dicens vohts. Eu { argumeaío o Apoftolo ) falovog fempre verdade: Verum-dÍ6ení v.Bbisj cys ahy oentecedentej infiro logo, que meaveis de tratar como inim igo, ergotm^ micuív&btsfaÜusfum^ eys ahy aconfequencia : íou verda» deíro vtrum átcen^? logo inimigo, ergo inimicus?' que os que mentem foíTcm como irVimigossborrecidos,era muitoju-» ftotma« queó» quefdilam verdade,(ejam odiados,nao ha'ra* zam ,q u eoío fra , mas tambemnam há ra2am,que entre os homsns o perfuada, porque fe trocam no mundo as maog entrea verdade, Scmeíicira de tal forte, que os verdadeiros tem'pDr coprefp^onden-cia o odio.* os merycirüfoü levam pos fdttsfagam oam or í oam or que havia de primiara verdade, favorece a mentira.O’ que mentem nao ferá¡B os amantes, mas cuilumam f- f osam-ido3 , porque le ama» & aceita no mundo mais a reprcícuta^am da mentira, do que a mefma vos da verdídt?.

Ojeandoífaac ouvede dar aquella ben^ímem q u e fc c í- fravaii todas as veDEiiras.&f.‘ Íícidadeí,quiz farcala Iacob>

.q u e era m.iis mo^-í, aE-'au, que e rao m ats velho, ro;nou pera eíTeeíF.-im húas pelles, acom odounas m o hü¡s v a s e m c u jo pello-disfarcou o que a naturezj palera naS maos a E íáu .'ch fgau , pedioa bengamjSc como líaac ara ce­gó-, Sea quería dar a Efitu,pegón ¿ x i máos a Idcobpera cer*

. . • tifí,

Page 25: í^£V «v ». iSÄ. J. , •> •; -»Î* » !,dadun.unav.edu/bitstream/10171/30060/1/FA.137.690_10.pdfpelloamor da vida,por nao cortar pello amor do proximos & tantocortou'por fy.tal

tifícarfequem era:5í pello que achou nas mapSj& aîcsrçcu Da vóZídiíTedcíta maneira: F úx qmdemvox lac§b ej},fedma- nus^manusJuní Efau: A vos he de Iacob,3S máos íaó de Eiaii, l í ío dezia Ilaac: agora digo eu . Asmaos, quedizíam, que aquelle era Eíau,eram rnétirof¿s>i voz,que dizia,que aquei“ leerá l 4Cob,era verdadeira: o q u e diziaraasmaos era meu- tira,oque'dizia a voz era verdadero que diziara as máos. era mentira, porque as máos diziatn queeram d e E fa u ,& nao eram, íenaó huáspelies de embrico pelicuiafquehadorumctrcrU dedit mantbus^

O q u e dizìa a voz era verdidé , porque a voz dízia, que era de l ic o b , & affimera, porque lacob, era o que faIaV3,E comtudo, quem vos parece que levou a bençamr* levaramna as máos:deu Ifaac a béçam pera quern as máos x pcdiam,porque feguio, a reprefencaçamda mentira, & nao a vozdaverdade. Affim, vos furtam a béçam as mentira' ; f- íím vos roubam os premios osmentirofos, poríj aíy fe ama, & fegüeno mundo mais a mentira, do quea verdade.Semé* tis,fe lifongeais fe falais a vontade, fois, amigo, levais a be; çam.Se fois verdadeiro,fe falais verdadc,fois inimigo,ccmo aconteceoa Vdulo,Ergo immicuj voúis fa ^ u j fum¡v*rum dfsens t/ebis: levais por iatistaçam o odio como levou Micheasp¿¿‘ euniy quìa non propheiai mtbi honum’ E fü breoo d io levais o golpe, como fuccedeo ao R jp tift j, que porque falou verda- de,«o«/¿«/«¿aporque naólifongeou, IhemandouHerodes Cortara Q.'dhç(^ipriecepitaff.erriuaput etus.

A cerceira nuiidade,que teveeña fcntençafoy comodif- femoSjO n. 6 fer o B jptiftaouvido , riaó fe lhs permitir defe- Z3 ,M cftro if lo com evidencia nos termos dolibello, qcoir* tra elle deu Hirodias:o libello íoy-efte Velo utproúnusdes mu hi caput lounnisBapiiJi(( : feji degohdo efte hom.em ,&, feja logo; com toda a preíTa, & n e íla mefma hora, queiffo querdizír aquelle^ro//«¡¡/j,explicou TheophiUto;wíí/í¿- ua muiUT prom ui fb i capuUoanms d a n petit¿deji Jlatim in ¡la h(f~

C 5 '

Page 26: í^£V «v ». iSÄ. J. , •> •; -»Î* » !,dadun.unav.edu/bitstream/10171/30060/1/FA.137.690_10.pdfpelloamor da vida,por nao cortar pello amor do proximos & tantocortou'por fy.tal

rií.E afílm fo jiporque logo que Herodias oíFereceo o libelé lo,logo Herodes deu a féfenja pracepif^tfferrt capul eittíúogQ íc exQC\}ZoUyíídeeoilavit ««w: ¿ l o g o íe entregoa a cabega do Baptifta,^ parte attulit (a>puf emSi(í dedtíillad pudU^toúoS eítes logos ouv e no cafo, porque tudo íe fez logo có mm,‘ ;t* prcíTa,€ na niefma hora prnUnusitdeJlyJÍAñm intìlnhora^^iò fc íToncedéraó dib^oens do eíiilo, deuie fentcn^a pcÜo li­bello,fera delle fe dar vifta i parce pera o contrariar, & alie gar de fuajuíli^a, fendo que a tinha tnuica pera naó fer con* d e n a d o A afíioi o fo y fem ferouvido. N a o vos parece, que fo y grande nulidade efta? que foy grande tirani¿¡^ que fo y muica íemrezam, condenara hum ííom em fena Ihedarem dafeza natural,íem o querer«m ouvir.

A prim eira fentenga < Jfedeun eíle mundo fo y a q D e o i deu a'Adam a fegunda foy a q elle m efmo deu a Caim. Ve* decorno fe ouve D c o ie m am bas.Comcteo Adam aquella grave culpa,^ a todo* fez tanto m ahca Deos ju iz fopreroo^ ouvedecaftigalc.’ Scdiz o texto ,qo chamou Deos, & feza- parecer ante fy vocaxtit Dominus ütus q lh e fez cargoda culpa,& pediodefefa.Defculpoufe Adara com Eva,deu a por compii ce oo del i£to, muher qu«m dtdtfit m th , E como E ■ va fora tsmbem deliquente, pediiohe delcarg. ho f i * fí/?/?q defefatcnJes E va p erad ara e íle delifto? Defculpou- íeE vaco m a ferpente ferpent dtctpit m«.Ecomo a defefa,que deraó naó foy relevante, defpois^e o u v i r , entio os conde- nou. Vamos a g o ra a C iim ,C o in e te o C n 'm a q u e ile a b o m i' naveIdeIi£l:o,m3toua feu irm3 o Abel.*quiz oSí'nhor cafti­gar eftaculpaídenlhe vifta do libello,q córra elle dava a ir - nocencia do fan^ue derramado-s'o»[anguinis fraits tuiclamai f lííJw^.Ecom oCaim nao re v e defefa.q all ;gar.deu o Senhor contra elle a fcnten9d.De force.q nem Adam nem Eva,neni C aim tiverao de ^ fe qiie!Xir,|K)rq foraò ouvidos^primeiro ^ foíTamcondenados,lita he aífim a o ju iz a de Deos,no juí. zodos hamens naó hs affi li por^ fauius vcze»rejulgaóas

caufas»

Page 27: í^£V «v ». iSÄ. J. , •> •; -»Î* » !,dadun.unav.edu/bitstream/10171/30060/1/FA.137.690_10.pdfpelloamor da vida,por nao cortar pello amor do proximos & tantocortou'por fy.tal

I

causas, fe conâenâoos reos,fern fe ouvircm as partes. B f iôpodèra Dec»3c&ftigar a A d am ,& a Cairn fern íerBeccIJarío ©uvílos: pois fabia. muico bem quais eraó as cuípaf, & qual pod ia fera defcaigaiSc pera Déos q fabia certaßiCLcq elles eftavao culpados,Ä q n i o podiáo allegar defefa, poueo ne- ceíTariaeraeíVa diligencia.MáS quiz fazela pera noseníinar, como feha de dar aientença; como fe h a o d e condenar, cu ábfoWer os ceo^ouvindoos prtmeiro; po q d e fe naó ouvL rem as partes fe feguem,as mais da» vez.es,os maiores danos, as maiores. injuftiças,8c as fem rszoes mais grandes.Se H e ­redes ouviraa S L w m ,fe Ihe admitíradefi3ía,ií&0ífízera.a in-

de o coiidaaarÎèm. cuípa*.nem dera húa Îcntença tao rigurofaconcra húj innsjcencij tâoconhecida^ PoriiTo D a­vid dizia Deos: ludica mt Deus». & dtfcerne caulam meam dê

julgi-ime vos Senhor, & nao^mf juIguem;oshomenir tirai a miaha caufai do ju iz o dos homenS’, & fencenciaia no voiTo juizo, pcrq d évôsïe i eu,qpera;mefentenceardes-,.a.- vciime de ouvir pr imeirc 5 <k dos homens temo, que me c6- denem á revelia,que fern m& ouvirem,mé julguem..

Mas pregufàraeu' agora<.ou'me pr-cgrirafà alguem amim.. Donde nace eftiLdïiFerença entre o jiilgarde Déos, & dos homensr^ Quai féra a ra zaa». porque no j i i izo de Deos fam ptimeira. ouvidai as parccji& no ju iz o dos homens conde- naôfe muitos fem ferem ouvidos?' A razâiï verdadéira» que amim me parece h^ eft«:. parque D^-os caftiga as culpan, & ama a peiToaros homens pello contracio^tratáo sò de offen­der a peirâa,5r nao deem endar as.culp»«¿- Vejamos ifto no m efm a A d a m , C i i m icBtenceadò^ porÜeos,5e no B .ptir fta.frníéceado por Herodes.Em Adam-caíligou D&os a cul­pa,mas acodioihe áipeflba:/í«í^aí Dius AdaiCé ttxsri fuie ta- taíp£ltcea3 ^¿*-indtitíieffi,A.C[ifyz que Adatncorr!éí:era.obrou nelle porconfequcncia a fealdade da d e fn u d e ít^ p i entmin^ dtcaviíitibt\(iu&d¡nud¿ii eß'es, ntft qued ex lirno áe quo freceperam u h fié í 9 nudsres c$7 i8di(it^2 oiS q faz . Dcos com atucr de A-

dam?-

Page 28: í^£V «v ». iSÄ. J. , •> •; -»Î* » !,dadun.unav.edu/bitstream/10171/30060/1/FA.137.690_10.pdfpelloamor da vida,por nao cortar pello amor do proximos & tantocortou'por fy.tal

áam?DaIbe <3e veñJr, acodelhe ápeíToa no mefmo tempocm o cañ ig i^ M u it eoi : porq o caftígo era emenda pera a culpa, o veftido era remedio para a pcíToa.Em Cairn palíou o melmo.O JviHa por Cairn a fentenga diíTc a Deos eftas pa¿ l iv n ^ i ’natorgeji iniquiias m eaqu ám u iven iam merear^eccBiycis me hoáte d facte terr^f £í ero v a g u s ,^ ptoft^gusin tetra omms tgi~ iur.qut %nvmeril m eocctáeím e.K lentéza,Senhorjhe muito ju* ftayporq '3 gravefa de meu deli£fco n^ó merecía perdao:poré lece io jq íadifa^ao do degredoa q me condenáis, me c é a morte quem qtier q affim me virdcftcrrado.Refpóde Deos: nsquaqtiam uafiet:n%oh^ de íer affim, porq euvos acudireià peiToa fupoftoqus vos caíligo a culpa,& vos darei, como iogod o u ,h ü íegu ro pera ^ nmguem vos offenda : PofuiiquB VomintísCatmlignum, ut noninterfuerei eum m nisy quiinveni/^ ¡etfíum. Em Herodes pello contrario, n á o fo y o íeu intento caftigur n o B jptifta culpas,por^ as nao havia nelle,fenaó en.' concraclhea‘p eíro a ,& tirarÍh eavida . E c o m o Deos no Ca ' ñ igal>ufca íoáem enda,5 cos homens pafsaó pelia emenda; acondenara pelToaápor iíToDeosouve primeiro q ju lgu e, & os homens condenam femadmitirem defefa.

C om todas éftas nulidades feexecutou aíentéga de mor- te c o a tr a o B iptifta Üecollavit ¿««.Morrecjfiaó digo bem:ar- deo aquella grande, 5c luféte tocha,como Ihe cham ouChrí- i^o.IlUeraiiucerna ardens,¿r /«citt/jNctem que diziardeosfic lozio arde»fj(¿ luceaj.HCu toclla, em quauco naó arde, eñá apagida,efl:i morca,nío alumía, nao rcíplandece; pera lu- zir heoeceíTario arder, & quanto mais, arde, mais luz. D a mefma forte efti foberana tocha,em quanto uáo srdeo, ef* tava com J morca,como apagada: canco que come90u a ar.» der, com^^oo aUizir ar¡!^3«í, ^ iaan tf & neiTc arder efteve o feu viverj9orqu3 efteveofeu ÍQ-ziriardens, eys ahy a mcr* te:/<«:5«f»ey? ahy i v id i .O Biptifta vive quando marre, di- ziaSicn PcdraChrifologo: loannesviuu porque dod u e m quelhc corcàr^im a cabera,neíTe comegou a viver*

ilU

Page 29: í^£V «v ». iSÄ. J. , •> •; -»Î* » !,dadun.unav.edu/bitstream/10171/30060/1/FA.137.690_10.pdfpelloamor da vida,por nao cortar pello amor do proximos & tantocortou'por fy.tal

tilt fihi naiaUm cali eonquìjìmtyo ultimo dia cm que recebeo a morte,foi pera ella o meibordia ¿o nacimento. TunctUms

fin ii ortm ejl in nat(}UmtT)c\.\s nacimentcsteve cBsftinaina^ ceo búa vez nas mcntanhas de ludes; naceo cutra vez na Corte de G alilea : no primeiro nacimcnto ludo foy irortei nofegundo tudo foy vida,

V tjam o termo com que Ssm Lucas falou do primeiro naciméto de S.Ioani EÌt[aketh tmpltiumt efi ttmpus pam W/, Of p«pertt fUum\ Encheofeo tempo, nacco hura lilho a Iz sb d , Quando S X u c a s o u ved e dizer,que nacéraoBaptifta,diiic logo que eftava o feu tempo theio, tmplttumeji ttfnpus. En- cheofe otempo/eftranho ir.òdo defalar:.gntesheo proprio, di2 S. Ambroilo, com que íe ha de falar cm eftenacimento do Bapt ila .E if lbporque.* Nam phnttudtnemjujh vtta\Ijaòen porque tem efto menino cheiosos diàs da vida. Agora me fica ojaior duvida. Se etìe menino ainda hoje nace, como, tem jà o tempo da vidacheiorDizerÌe de qualqucr pcfìoa, quf^tinha ofeu tempo, os fcus días cheios, iiTo caftumémos cà dizcr dos que morrem. Pois fe o Baptifta inda entaó na- cia,6c fe v iv eo deipois tantos annos, corno tinha jà ih e io o lèucempc? Arepofta deu o mefmo Santoem advertir, q era aquclle nacimcnto de hum juño.PUtiUuénemju jh u to habe$& hum jufto como o Baptifta,logo que comeca a nacer,co. ir*C9:ide morrcr:os días do nacimentOj equivocáofclbe com os da ruorte, ñas mantilhas tcm a mortaiha. E aíliro tcdo o terapoque defpoís durou, nao foy tempo de vid*,foy, de mor Cctnao fortÓ annos de durs^só na terra, foram annos de fepuhura no mundo.Lá dízía Sao Paulojque cada dia tfiava morrendo: quoítdte r?.orie,ry que es días perp elle l áo ct¿ 6 de V¡í1a,fena6 de morte. Mas jíTofoy defpois, qu cchfgou sos primores de jufto, que foráó muítos annos dffpoísde ha. ver nacido; porém S.loam ,quc qii&ndonaceojá nacíajufio, jo rq u e fora no vcntreda may fí*n£lifi.:;ído,logo quenaceo ccm egcu a morí:er; & e ílcv e morrendo ferripre;tGdos aquel-

D k s

Page 30: í^£V «v ». iSÄ. J. , •> •; -»Î* » !,dadun.unav.edu/bitstream/10171/30060/1/FA.137.690_10.pdfpelloamor da vida,por nao cortar pello amor do proximos & tantocortou'por fy.tal

iG -lesaiinòs, que no m iia io efteve,.ou foraolwnos de híía ví¿'.

moít^Ípufofaóaaabs-de húa;morce viv-a¡Demos:luz a e f . C« p&aíarftsaco ooni húa fin ezi de Ghrifto-

Oiz'S. M'ath^us no capítulo vígefimo de feu Evangelboi que pergimtáraiChciíto hum. di» aSaó Ioaoj,Sí Santiago.fe fe acrevuó a padecer a marte, que elle hiviajde padecer.Pa- léftu btherecaltcem^ qutmigobtbttarusfami Da morte falavsi Chriftoaqpi,!q pelo C á liz fe entéiej-dohcemos e í l i folhado. lívro de S.. M achías, &?deídohrerno.3 outra d o lív ro d e Sao Márco-s uo capítulo decimo , aonde refcrindo eítá mefma- pracic3i,díz qut> psrgunrára Ghriflro aos dous irmaós, fe fe. a íre v i im a padecer a morte, que elle pactecia, Poteflú btber*¿ talicem^qu^m ego bi^9 ? GotepmoS agora ambos os textoí que; pa-recem encontradós, aotCKCode Macheus, falou. Chrí#- fto d& hüa morce futuri-fíi//f«'« qtiem tgo bditurus fumino cex:^ todffiS* Níarcosfaloü de húim3rce^preféce,6c a(5tua l,f<3//f£,.

Wí>.Se Ghriftohavia de morrei de futuro^fe aimar* tceílava*ainda-por vir conforme otexto deS. Matheus; co¿- mo he p9ffivel,qefttveíréjám orreodoa£taalm enteconfof • roe o t e x t a d e S . Mkrcos? A repofta hf:que o Seahor mor- ría de pfcfent«,.Sc h avíadem orrerd efacorom jó tev€ húa >ó- morce, teve duas? a morte futura havialha dedár a tiraoía, defta falòu notextò d c S ego bibui^rm

m^rte aítuaUdav-alha eflfa mortefunira^ porque carda- Mjdeflu fal'aano texcode S.M4fcoí,£-W/fíw-,^s<s^íi-¿^e ¿f¿i?,q; fè a m o 'te fjcura h iv ia d e fer morte,porqhiv ía de cortar a.‘ vidaj^a m jrte avbual era morte,porque tiraniíava o defejo;/ roorría Ch.rifto,,porque:nl') acabar a de morrer.

E‘í s ahi’como morreo o B-íptíi^i,. morría porque lh-etar^ da¡va^ogj:lpe;o d s fe p de morrer por-amíirde Chriftu,lh3 Ea,jrtifrcou,avid'aiemq,uanto na6.’ chegou o cemípo;5¿ tanto <ju.e eh?g.3u,tant’o q u e o deg;)l'araín, em aó comc^ou a viver j jo /q a í entim^aac^o de novo * tuna illius fin ii ortus eH fina- Wjí.9^ 5c cam%:9oaa bgracam elh D r vídai, loam es mutíacct'

[u t j

Page 31: í^£V «v ». iSÄ. J. , •> •; -»Î* » !,dadun.unav.edu/bitstream/10171/30060/1/FA.137.690_10.pdfpelloamor da vida,por nao cortar pello amor do proximos & tantocortou'por fy.tal

%>r/«f.N aohé penlamcnto, pa-rece evidencia,que teftemunFia- hoje o ieu fangiie derramado. Efcreve Bofio ,,quc na Coït© de Ñapóles em búa lgre)a de Sam Grego[io,le^côferv-ahCia redom,a do Tangue do BiptiiV i,o quâl codos os annos^ neft& dia d e fu a d e g i iÇ im le v-è,& fe tnolîra tam frefcOj& l iq u i­do ,como fe dcha nas veas, A. vida confervafe no langue,fm, quanto o fangue dura,dura a vida; logo fe o fangue tic Sam loam dura ainda hûjçf;eiîà hoje Sam loam vivendo.Dirmeào,. que iilb he prodigiofa, .& n»á natura!mente.R^cípondo,que eíTe modo prodigiofoIleo moclomais natural pera S» I^am q.g.e toda foy píodigio. E fe nao* perguntorquem guardcu efie íangue,(^ h^jç (q ccníerva do BaptiftHrqUrfl foy a máo, q fe ecupou em-orecolber? qn;il havia de fer,fe naó a máo, de Deos, qne eftava com bam lo im : í i $nim manus Vomtni erai T an to que S^m loaó fcy: gerado no ventre defüa m áy bafíta Iz^bel,. começou logo a máo de EXeos a Ihe aíliftir empenhudá;. Eipar iíto, quando defpois pella máo de Herodes íe Ihe corcoua cabeça,pella n>áo de Deos fe ihe recolheo o fangue. Dous eramali os cuidados •* bum em Herodes a. vertero fangiie do inaoceote, outro em Deos a- guardaro fangue do maf tir;Herodes a^defatar coraiSjDeos a reco'her roblsicada coraldeíatadbera>bum robi recolhídc :: D ííátavam íe daqueMes íiosgrofeiros do cutelloj& fícavatn. naquella.'íalva de neve,oo caça de chriftal da m ío d e Deos. OfangiiC'de Chrifto no harto, derramoufs pella Côrraj^aiiÆ

fanguintf dpcurreniis tnUrram^ fóy a terra-aque recrlh eoo fjng'ftede Chrifta: poréoio fangue do Biptiíía» foy a máo- de Deos o feu depofiro,£ÿ entm manus Domini eras cum tUoi^ maó do tirano a verter,a máode Deos a guardar,porqu- e» ra acçào nKural, por fer conforme à n itu rezi d^ rdzáo,que naqut*llii rráo emr que ferravi» m ^ítradoo empenhvj, feofangu-í confervaçaa , que fe coofervaíTe-pella mao de Deos aquella vida, que nos empenhos da mao de D e o ib í i . via começadoi ía/OT woa»J Domirú trai cu m üLa.

Ei>

Page 32: í^£V «v ». iSÄ. J. , •> •; -»Î* » !,dadun.unav.edu/bitstream/10171/30060/1/FA.137.690_10.pdfpelloamor da vida,por nao cortar pello amor do proximos & tantocortou'por fy.tal

E a f l im f o y e í l c fegiindonacimentodeS. loaô maïs lufíj do do qu 3 o primeiro ; naceo hoje mais gloriofamentc no cgrcere de Hcrodes,do q h avh nacido cm cafa deZacharias, Vejaô quando o A ajo anunciou à Senhora a Encarnaçâo do V erb o Eterno em fuas purifllmas eucraDhas,diiTe deità ma- ncu^:V irius a.iu(stmtBhumbrabii nbr.o poder do altiiiimo vos d a râh a ifo m b ra .E a crecentou \ ogof E c c e EU faheth cognata tua tpfa conceptt filtum. lûco com fom bra fe vè o nacimcnto do filho de Iz ibcl. Eys ahy o que foy o B iptifta no'primei- ro n a c imeneo,fo ih û j ibmbfa.H, no fegundo nacim entoquc foy? foy lu z ,fo y tocha re ip h â ecc titC it lU era t îucem a Av ienSt ©/«firiJ, naceo pera affombrsr,mas ardeopera lu z ir . ' f c y o feu primeiro n i cimento hüa fombra do iegundo. E q o an to vai da I uz a fombrajtanot vai defte nacimeotoa o oucro.

E fe là os de ludea à vifta daqnella fombra fe admiràraÔ n o s â v i f t id e tanta!uZ| que faremos.*’ fc elles ao nacer da fombra remetòraó aos coraçoens o aplauio:^«/ u e r u n t i t t f o r » de fuodtcffvtes»iìós ao brühac dasluzes, como atinaremos a encarecer o prodigio? fe elle?,nas fombras do que S . loam h av iad s 1er, q u i s p u t a i ^ p u e r i l l é «rif,fundàraôbem os credi- tos da admiraçà^,wfr^ii/ii«i nos, nas evidenciasdoque foy i lU e r a t l u c e r n a a r d e n s , ( ÿ l u c e n s , como havemos de f i i r da Ung^oa a rethorícaí^ E fe elles finalmente, nos cora.

çoé? fe ftíjaraoao B iptifta , quandoo viraónacercom tanta graçit nóssó rendendolhaos coracoens o

poderemos fcftejár,quando o vemosardec em Cantaglorií. A d quam

tiBiprodacaiy^c.

C § 0

L l S B O A. Co9tú4 LicencüáneceJJartas,Por Antonio Craesbeeckde M il lo , Impreííbr d e S . Alteza#

A n ao X672.

Page 33: í^£V «v ». iSÄ. J. , •> •; -»Î* » !,dadun.unav.edu/bitstream/10171/30060/1/FA.137.690_10.pdfpelloamor da vida,por nao cortar pello amor do proximos & tantocortou'por fy.tal
Page 34: í^£V «v ». iSÄ. J. , •> •; -»Î* » !,dadun.unav.edu/bitstream/10171/30060/1/FA.137.690_10.pdfpelloamor da vida,por nao cortar pello amor do proximos & tantocortou'por fy.tal

• »*