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Vento Sul Cidades - Brasília de Minas

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Edição nº 01.

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  • ABERTURA VS5H um sonho, um raio que palpita preso em cada pedra. Se no despertas, a pedra permanece pedra, a cidade con-tinua sendo cidade, a beleza sempre ser bela, o tdio con-tinuar a aborrecer; e, em tudo, dormita o sonho das coi-sas. At que chegue o momento, em que tu, dando vazo s tuas torrentes incontidas, despertes as coisas, sacudindo-as com a trovoada de tuas fantasias.

    Herman Hesse.

    A Vento Sul Cidades foi concebida pela imensa von-tade que Geraldo Natalino Oliveira, tinha em di-vulgar a histria e as belezas de sua terra natal, Braslia de Minas. Ele percebeu que o momento havia che-gado, despertando coisas, sacudindo fantasias, fazendo do sonho, realidade.

  • AGRADECIMENTOS

    CAPA

    Pesquisa feita entre moradores de Braslia de Minas, apontou como vencedora a igreja matriz da cidade.

    EXPEDIENTE

    POEMA

    Presidente Executivo:Larcio de Carvalho Ribeiro

    Diretor de Arte:William Rodrigues de S

    Diretor de Projeto:Geraldo Natalino de Oliveira

    Jornalista Responsvel:Renato Ferreira de Camargo MTB: 42.841

    Digitao:Luana Veloso

    Fotos:Larcio, William, Geraldo,

    divulgao e arquivos pessoais

    Vento Sul Cidade uma publicao do Jornal Leia Brazil Assessoria Publicitria

    SC Ltda.

    Contatos: [email protected]

    www.revistaventosul.netfacebook.com/revistaventosul

    Todos os artigos assinados so de responsabilidade de seus autores. Toda propaganda impressa tem

    direito reservado da Revista Vento Sul, Jornal Leia Brazil e Agncia Illustrativa

    Procuro no meu nome a chave do poemaQue celebre nossa linhagem devastada.E o que vejo uma primitiva paisagem noturna:a lua branca a primeira rvoreo pequeno rio

    A rvore do nosso nomeBianca Cristina de Carvalho Ribeiro

    A equipe da VS Cidades foi recepcionada na Cmara Municipal, onde ficou definida a estratgia comercial e assuntos pertinentes a edio, como reportagens, fotos e locais a serem visitados.

    EDITORIAL

    Ao prefeito Jair Oliva Jnior, chefe de gabinete Daniel Oliva de Llis, presidente da Cmara Municipal Suzana Souza.

    Aos amigos Raimundo Wellington Gonzaga, Valdeir Brando, Maria Ins de Matos Gonalves, Helena Soares e em especial Jesuta Simes.

    PESQUISA

    Livros: Memorial de Braslia de Minas, de Maria Ins de Matos Gonalves.

    Vulnerabilidade Nas Asas, de Helena Soares

    Em Cada Caso Uma Histria, de Antnio Antunes Pinto

  • Final de noite. Conversa no caixa do Restaurante Magnus em Ilha Comprida, aps o pessoal acabar de assistir outra partida do So Paulo F.C. Ali um reduto tricolor e todo mundo sabe!

    AS DUAS BRASLIAS

    - O Brasil incrvel, cheio de possibilidade. Infelizmente em Braslia o bicho pega. O que diria JK nos dias de hoje? Braslia poderia ter menor dimenso com polticos mais comprometidos com o pas. - Pois vou lhe contar uma coisa, esta Braslia existe. Pequenininha, povo hospitaleiro, sou de l...

    - T maluco Geraldo?- Nasci em Braslia de Minas, minha querida Brasilinha. Foi um briga manterem este nome! Vou te emprestar um livro, o Memorial de Braslia de Minas!- Se isso acontecer, a Vento Sul pblica...

    VS7

  • Ao chegar a Braslia, em 1961, o astronauta Yuri Gagarin disse:

    Tenho a impresso de que estou desembarcando num planeta diferente, no na Terra.

    Braslia a capital da Repblica Federativa do Bra-sil, localizada no territrio do Distrito Federal. Tambm conhecida como Capital da Esperana, ttulo dado pelo escritor francs Andr Malraux, foi inaugurada em 21 de Abril de 1960, pelo ento presi-dente Juscelino Kubitschek de Oliveira, sendo a terceira capital do Brasil. A partir desta data iniciou-se a transfe rncia dos principais rgos da administrao federal para a nova capital com a mudana das sedes dos poderes e gislativo, Executivo e Judicirio federais. Planejada para ter uma populao de 600 mil habitantes do ano 2000, j em 1996 era a quinta capital mais populosa do Brasil, com mais de 1,8 milho de habitantes. O clima tropical, com um vero mido e chuvoso e um inverno seco e frio. Braslia classificada como Patrimnio Cultural da Hu-manidade pela Unesco. Recebe um milho de visitantes por ano e entre suas atraes mais visitadas esto o Con-gresso Nacional, o Palcio da Alvorada, residncia oficial

    da Presidncia da Repblica, o Palcio do Planalto, sede do Poder Executivo brasileiro, a Praa dos Trs Poderes, a Catedral, o Catetinho, a Torre de TV, o Memorial JK, o Panteo da Ptria, o Teatro Nacional Claudio Santoro e o Santurio Dom Bosco. Outra bela obra arquitetnica a recm-construda ponte Juscelino Kubitschek, premiada internacionalmente, pela beleza de sua arquitetura, j no seu ano de inaugurao.Os principais museus da cidade esto localizados no Eixo Monumental. Braslia, por estar localizada no centro do Brasil, serve como ligao e area para o pas. O Aeroporto Interna cional Juscelino Kubitschek o terceiro em nmero de passageiros do Brasil. A cidade de Braslia foi fundada na mesma data da ex-ecuo de Joaquim Jos da Silva, lder da Inconfidncia Mineira da fundao de Roma.

    Bela Babilnia

    VS8

  • Vocs vo ver os palcios de Braslia, deles podem gostar ou no, mas nunca dizer terem visto antes coisa parecida.

    Oscar Niemeyer

    VS9

  • Uai, verdadeBraslia de Minas, existe!

    O nome Braslia foi dado ao municpio pelo Congresso Mineiro em homenagem a um de seus filhos, Vicente ParrellaBrasileiro, respei-tado agrimensor que sempre lutou para a con-servao do municpio pela sua emancipao. Denominao de BrasliaEm 7 de setembro de 1923, pela lei n843 art.4 substitui-se o nome da Vila Braslia por simplesmente Braslia. O municpio passa a categoria de cidade em 10 de setembro de 1925.Denominao de Braslia de Minas O nome Braslia de Minas foi outorgado em virtude da instalao de Braslia, capital da nao, no Distrito Federal, pois vedada a existncia de dois nomes iguais para conservar o seu nome teve que ser acrescentado da preposio designativa de lugar Braslia de Minas, em 30 de dezembro de 1962, pela lei n 2.795.Fatos ocorridos para conservao do nome BrasliaEm 1960 era presidente da Brasil, Juscelino Kubitschek de Oliveira que fez vrias tentativas para mudar o nome do municpio.Em diversas oportunidades, o prefeito da poca, Dr. Cas-siano Alves de Oliveira, relatou que vieram vrios telegra-mas insolentes, exigindo a mudana de nome e at dando

    sugestes, como BrasilndiaJuscelndia entre outros...As correspondncias eram extraviadas, isto , enviadas para Braslia capital. O povo repeliu todas as pretenses nesse sentido. Para contornar a difcil situao, o prefeito municipal, entrou em contato com os poderes legislativos e executivo do Estado, conseguindo que permanecesse o nome Braslia, acrescentando-se a expresso de Minas.Foi uma vitria expressiva, pois o nome de uma comuni-dade envolve o seu passado, sua histria, tradies e con-quistas.Nessa poca veio um reprter da revista Mundo Ilustrado, que fez uma reportagem.Para compreenso do que ocorreu nesse perodo, vale a transcrio do texto redigido por Luiz Gutemberg:Existem hoje no Brasil duas cidades com o mesmo nome a novacap e uma cidade no norte de Minas nasceu e cres-ceu todas as outras: foi de povoado a vila e da a cidadeA Braslia nova surgiu e a velha cidade da regio mais pobre e abandonada de Minas, foi sacudida por proble-mas: cartas e telegramas, dirigidos a Braslia pobre eram mandados para o planalto goiano. A planta do ginsio da cidade, feita por um arquiteto de Belo Horizonte, foi en-tregue ao correio e demorou seis meses at chegar ao seu destino.

  • 5 Km

    Esta foi a primeira viso que tivemos de Brasilinha de Minas.Aqui a Revista passou a tomar corpo e participar de uma colheita de experincias.Neste instante, a vontade de conhecer um pouco este povo simples e festeiro.Aqui, neste marco, princpio de uma jornada, j sentimos saudades; a mes- ma nostalgia que persegue os viajantes em busca de lem-branas.Nesta cidade voltamos a ser crianas felizes. Percorremos corredores do passado e abrimos janelas do palpvel. O futuro ainda est formatando seu destino, mas nos d im-presso que esta lembrana ser eterna, lembrana verda-deira! A Vento Sul tem muito orgulho deste trabalho.5 KM

  • A distncia rodoviria de Braslia de MinasBraslia-DF..........................................Belo Horizonte...................................Ponto Chique....................................Janurio.............................................Montes Claros...................................Icara de Minas...................................So Francisco.....................................Uba......................................................Luislndia.............................................Angicos de Minas...............................Ilha Comprida/SP..............................

    DADOS DO MUNICPIO

    LOCALIZAOO municpio de Braslia de Minas est localizado ao norte do Estado de Minas Gerais, no alto-mdio So Francisco.

    SUPERFICIEO municpiode Braslia de Minas possui ema rea de 1.394,20 km de extenso, e sua sede possui 14,48km.

    LIMITESLimita-se ao norte pelo municpio de Japonvar; ao sul, pelos municpios de Corao de Jesus, Campo Azul e So Joo de Pacu; a leste, pelos municpios de Mirabela e Patis; e a oeste, pelos municpios de Luislndia e So Francisco.

    POPULAOBraslia de Minas conta com uma populao de aproxi-madamente 31.221 habitantes, sendo 15.377 na sede e 14.903 na zona rural (conforme Censo IBGE 2010).

    POVOADOSFazem parte do municpio os povoados de Vargem Grande, Retiro de Santo Antnio, Vila de Ftima e Ribeiro Estreito.

    CLIMAO clima de Braslia de Minas tropical quente, com temperatura mdia no ms mais frio de 17C, podendo chegar a 11C, no pico.No vero, o clima muito quente e, no inverno, mais ou menos temperado. A poca mais quente do ano de agosto a abril, e a mais fria de maio a julho. A tem-peratura mdia no ms mais quente (janeiro) de 35C, podendo chegar a 39C, no pico.Quanto s quatro estaes do ano, no so bem defini-das, o que acontece tambm em todo o nosso Estado e, at mesmo, no Brasil.

    ALTITUDEA sede da cidade est a 540 metros de altitude.

    800,0 km540,0 km123,0 km122,0 km107,9 km

    62,0 km58,9 km51,6 km20,7 km15,0 km

    1.294 km

  • Origem de Contendas,hoje Braslia de Minas

    Na poca de sua coloni-zao, o Brasil foi dividi-do em quinze Capitanias Hereditrias (incio do sculo XVI), que consis-tiam em extensas pores de terra que foram doadas a particulares (donatrios) da confiana do rei de Portugal para ad-ministr-las; foi um grande passo para o povoamento do Brasil, pois vieram el-ementos humanos de todos os matrizes, que foram se fixando na terra e deram origem aos primeiros habitantes dessa configurao, como os senhores de en-genho.A regio de Contendas hoje Braslia de Minas, pertencia Capitania de Porto Seguro (Bahia), governada pelo dona-trio Pero de Campos Tourinho.Vrias expedies vieram ao Brasil e uma das mais famosas foi a do espanhol Fran-cisco Bruza Espiosa e do missionrio padre Joo Aspilcueta Navarro. Essa ex-pedio saiu de Porto Seguro em Maro de 1555; penetrou pela primeira vez nes-tas terras misteriosas e selvagens; andou por todo o territrio, alcanando o rio So Francisco, regio que se tornaria o

    norte de Minas Gerais. A bandeira de Espinosa e Navarro entrou pelo interior do Brasil desconhecido, habitado por um turbilho de ndios sanguinrios, ferozes e bravios, deixando marcas na historia de quase todos os municpios do norte de Minas Gerais.O governador geral do Brasil Frei Manoel da Ressurreio (substituto de Matias da Cunha), enviou regio os mais famosos bandeirantes paulistas da poca .Matias Cardoso de Almeida, em 1690, desceu o rio So Francisco com 600 ho-mens armados e se fixou na regio de morrinhos, que mais tarde recebeu o seu nome, e,juntamente com outro com-batentes (inclusive o seu dedicado com-panheiro Capito Antnio Gonalves Figueira, com 700 escravos e poderes absolutos de regente), penetrou o serto do vale do rio Verde e Gorutuba e mais tarde fundou as fazendas de Jaba, Ol-hos d`gua e Montes Claros. Tambm o coronel Janurio Cardoso de Almeida (filho de Matias Cardoso), veio princi-palmente com a funo de pacificar e de acabar com a pirataria irregular no rio So Francisco; ele fixou seu comando

    em Morrinhos (hoje Matias Cardoso), construindo o seu prprio arraial na en-costa de trs colinas, onde edificou uma suntuosa e histrica igreja no seu estilo jesutico (uma das mais antigas de Minas Gerais), a igreja Nossa Senhora da Con-ceio.Esses bandeirantes travaram sangrentas batalhas com os ndios e tomaram posse das terras; assim implantaram diversas fazendas no norte de Minas Gerais, que se transformaram depois em povoados.No comeo da colonizao, foi intro-duzida no Brasil o gado bovino, que chegou a destruir os canaviais, gerando conflitos entre cultivadores de cana-de-acar e indgenas, que no aceitavam a invaso dos seus territrios e atacavam os colonos. Alguns criadores de gado, fugindo da rea de conflito entre colonos e indgenas, foram, para outras regies distantes do rio So Francisco, criando fazendas no vale dos rios Verdes e Goru-tuba.Em muitas dessas fazendas de criao de gado, foram surgindo os povoados, inclusive Contendes (incio do sculo XVIII).

  • Quando foi criado Capital de Minas Ge-rais, em 1720, o governador desta doou cartas de sesmarias a vrios donatrios para a regio, que se tornaria Regio Norte de Minas Gerais, local onde se lo-caliza Braslia de Minas.Manoel Afonso Gaia (pai de Antnio Gonalves Figueira) era proprietrio da Fazenda Gaia, que deu origem a Conten-das, hoje Braslia de Minas. Ele deixou numerosa descendncia, dele que vier-am os Gaia: Felicssimo Gaia, Gil Fer-reira de Souza, Olavo Ferreira de Souza, Eloi Gaia e outros. At os dias de hoje, aqui vivem muitos de seus descendentes.PEQUENO HISTRICO DA FOR-MAO DO POVOADO DE CON-DENDASSegundo pesquisadores e antepassados da histria de Braslia de Minas, como j dito, antes de receber o nome Conten-das, a regio se chamava Fazenda Gaia. O povo era bom, pacfico e acolhedor, at a vinda do padre Antnio Ferreira de Souza da parquia de Morrinhos, localizada s margens do rio So Fran-cisco, para fixar sua residncia nesta lo-

    calidade, justificando que aqui os ares eram mais puros e que no suportava a insalubridade dos arraiais s margens do rio So Francisco. O vigrio de Mor-rinhos se determinou a residir em Con-tendas por serem ali mais puros os ares, achou a igreja arruinadas,e sem nenhum dos objetos de sua dotao. A partir da, comearam as brigas constantes de cimes e renhidas disputas de sede de freguesia dos moradores dos outros ar-raiais com o nosso, que duraram muitos anos, surgindo, assim, o nome Conten-das.H tambm outra verso sobre o nome Contenda, afirma-se que foi devido s constantes desavenas havidas entre seus habitantes, motivadas pela fixao da ig-reja-matriz numa ou noutra margem do crrego Paracatu que corta as terras da regio da antiga fazenda local.As terras necessrias para a criao da Parquia foram doadas senhora Sant`Ana por Dona Mariana de Almei-da. Esta era descendente de Mathias Car-doso de Almeida e seu esposo era Fran-cisco Ferreira de Souza (descendente dos

    Gaia); era uma senhora catlica prati-cante que possua grande rea territorial e morava na fazenda Tatu, pouco distante do local onde a sede do municpio. Doou grande parte das suas terras para formar uma aldeia, que, um dia, conforme seu sonho,viria a ser uma cidade.O documento de doao, apesar de ter sido feito oficialmente, desapareceu, no constando o seu registro em cartrio. Esse patrimnio, pertence a igreja, que ela mesma ajudou a construir, colo-cando no templo a imagem de Senhora SantAna, que mais tarde se tornou pa-droeira desta cidade, hoje no pertence mais parquia. Em 1965, o vigrio da poca, Cnego Pedro Hendricks, re-solveu cobrar dos moradores o valor dos terrenos pertencentes parquia de SantAna, nos quais j havia casas con-strudas, mas, em 2 de fevereiro desses mesmo ano, os habitantes constituram um advogado e entraram na justia req-uerendo usucapio em juzo, para confir-mao dos seus direitos de propriedade.

  • Em 1951, Braslia de Minas era um povoado com aproxi-madamente 15.000 habitantes e totalmente desestruturada. O transporte utilizado eram os carros de boi.Neste ano, retornou cidade Antnio Antunes Pinto, formado mdico pela Universidade Federal de Minas Gerais. Meu pai Francisco de Paula Antunes foi eleito para administrar a cidade no pero-do de 1952 a 1955. Em 1953 ele faleceu e a gesto foi completada por Francisco de Almeida.Em nossa casa reunimos o Dr. Cassiano Alves de Oliveira, Ruy Silqueira, Alirio Cardoso, Laercio Cardoso e Sandra de Oliveira para realizarmos a Renovao

    Poltica e Administrativa da cidade.No final de 1955 unimos a Unio Democrata, a UDN e o PSD de Manoel Gonalves Passos, promovendo entre outras mudanas o Recadastramento com fotos de todos os moradores da ci-dade.Foi fundado o partido PR que uniu-se ao PSD e UDN e assim ficamos preparados para o pleito de 1958, Guilherme Vieira lder em UBAI tambm foi outra fora que muito ajudou.Desta forma o de Cassiano Alves de Oliveira foi eleito pela primeira vez, mostrando-se um grande lder, unindo a situao com a oposio, tendo o povo rateando as despesas das obras e aju-dando a pagar. Outro fato marcante foi

    sua recusa em obter energia eltrica de Bandeiras e optando pela oferecida por Trs Marias.(50% adquirida em compra de aes e a energia feita por gerador foi inaugurada em 1971)Sua conquista para o ensino mdio foi outro marco com a reunio de seis pro-fessores e assim nasceu a Escola Joo Beraldo. Com a parceria da Dr. Eularia e Dr. Antnio Pinto, juntamente com a populao foi criado o primeiro labo-ratrio no colgio Santana.A gua foi obtida graas ao Dr. Antonio Pinto, que foi a Braslia, solicitar o cum-primento da promessa federal quanto a concesso do nome Braslia para a capital do pas.

    Levante mudou o rumo da histria da cidade

  • Brasilminense nascido em 25 de no-vembro de 1924, era filho de Ramiro Lopes Silqueira e Odlia Silqueira. Casou-se em 1956 com Ruth Bo-telho Silqueira, com quem teve nove filhos. Possui 14 netos e 2 bisnetos. Foi msico da banda Euterpe Frater-no (tocava saxofone), foi vereador,

    Ruy Silqueira

    Ruy e sua esposa, Ruth Botelho Silqueira

    NOTVEIS

    professor, diretor do Colgio Santana (1958-1963), presidente do Asilo So Vicente de Paula, secretrio do gabi-nete do prefeito Cassiano Alves de Oliveira. Formou-se em Direito, em Itana MG, no ano de 1983, reali-zando assim o seu sonho.

    Eutlia Gomes de Souza

    Nasceu na cidade de Bocai-va, casou-se com Egdio Medeiros, farmacutico. Chegaram em Braslia de Minas ainda nos idos tem-pos de Contendas, onde criaram a Farmcia Nossa Senhoras das Mer-cs. Fica viva em 1950, com quatro filhos, todos foram criados com amor. Nunca casou novamente guardando luto por seu marido por todo o resto de sua vida. Com a sua partida para a casa do Pai Celestial, a Farmcia passa a ser chamada de farmcia Dona Eutlia em homenagem quela que tanto fez pelos pobres e desvalidos da cidade. Dona Eutlia, tia taia, v taia, mezinha, tan-tos nomes que foram usados por tantos que encontravam nela o aconchego, o carinho, o conselho. Ela servia a todos com a mesma prestimosidade, no importando se rico ou pobre, se negro ou branco, para ela no havia diferena. Ela era chamada por muitos como a mdica dos pobres, pois muitos naquela poca no podiam pagar uma consulta mdica, no havia o SUS. H muitas pessoas que mesmo indo ao mdico ia at ela para certificar se a receita estava correta. O atendimento que ela prestava na sua farmcia era de dia e de noite. Muitas vezes era chamada nas madrugadas na janela de seu quarto e o seu atendimento era com o mesmo carinho a todos. Nunca negou um prato de comida a quem quer que fosse. Os desvalidos entre eles: Guilhermino, Tio cachaa, Dona cepa, Julia

    fraqueza, e tanto outros,todos era acolhidos com carinho em sua farmcia e sua casa. Era uma religiosa fervorosa, de ir missa to-dos os dias s 6 hs da manh, com suas ami-gas. Logo aps a missa ia ao cemitrio local rezar e levar flores para os seus entes queridos que ali descansam em paz. Dona Eutlia tinha um dom fantstico na cozinha, Tinha um tempero sem igual, que todos se deleitavam. Fazia de tudo na cozinha que era farta e grande como o seu corao. Dona Eutlia exemplo de Mulher, Esposa, Me, Tia, Av, Amiga que deixou em todos que a conheceram uma marca para sempre. Faleceu em 16 de janeiro de 1990 aos 84anos.

    Adelaide MedeirosFilha de Egdio de Souza Medeiros e Eutlia Gomes de Souza, nasceu em Bocaiva no dia 29 de outubro de 1922, sendo a mais velha de quatro filhos do casal (Antnio Geraldo, Maria Eny e Jos Maria). Iniciou seus estu-dos em Braslia de Minas, nas Escolas Com-binadas, tendo como professora de primeiras letras Mestra Bila. Os estudos secundrios, realizou-os em Montes Claros no Colgio Imaculada Conceio, onde se graduou como Normalista em 1940. Formada, retornou a Braslia de Minas e lecionou inicialmente no ento Grupo Escolar Joo Beraldo (hoje, Es-cola Estadual Joo Beraldo). Casou-se tam-bm em Braslia de Minas, em julho de 1943, com Guilardo de Macedo Marques, residindo ali at 1950 quando se mudou para Manhu-mirim. Dos quatro filhos que teve Maione, Enio, Eros e Egdio de Medeiros Marques -, apenas o ltimo natural de Manhumirim. Tambm nessa cidade prestou servios como educadora, tendo sido professora no Grupo Escolar Alfredo Lima. Em Manhumirim, de-senvolveu suas aptides para as artes j iniciada em Braslia de Minas, com relao

    culinria; fez curso de piano e de pintura, aluna que foi da Irm Flvia. Seus quadros so preservados com muito carinho por ami-gos e parentes. Em 1958, transferiu-se para Belo Horizonte onde atuou em vrias escolas aumentando o seu curriculum vitae e suas experincias como educadora. De volta, no-vamente, a Braslia de Minas, em meados da dcada de 60, exerceu a funo de auxiliar de diretora da E.E. Cremilda Passos, passando mais tarde a administrar esse estabelecimento na quali-dade de diretora e conquistando o respeito, a simpatia e a amizade de todos que ali trabal-havam. Educadora mpar, amiga dos alunos e dos co-legas, foi arte-educadora da E.E. SantAna de 10 e 20 graus por vrios anos, tendo sido madrinha de formatura da turma de normalistas de 1967. Em reconhecimento ao seu trabalho, aos servios prestados quela comunidade, a Biblioteca Comunitria tem o seu nome, assim como, anos mais tarde, aps o seu falecimento, uma das escolas estaduais desse municpio. Adelaide Medeiros sempre foi pessoa muito estimada na sociedade e no ambiente educacional e cultural daquela da cidade onde viveu a maior parte de sua vida: Braslia de Minas. Adelaide Medeiros faleceu em 21 de julho de 1977.

    Frascos antigos da Farmcia Dona Eutlia

    Av. Bias Fortes, 25 - Centro - Braslia de Minas | (38) 3231-3131

  • Roberta Moreira profe- ssora de artes, especiali-zada em pintura em teci-dos e recentemente foi convidada para participar da Mega Artesanal. Com atelis em Montes Claros e Braslia de Minas, leva seu entusiasmo a arte para seus alunos, que buscam se inteirar dos artistas renomados em todo pas. Gos-to muito do trabalho da Esther Batista. Cores vibrantes fazem parte de seu estilo de vida. Uma trabalhadora, sempre co-rrendo atrs do que quer. conclui sua filha Priscila Moreira, ao se referir a me.

    Servio:Ateli Roberta MirandaR. Janaba, 63 Vale das PalmeirasBraslia de Minas (038) 9142-74740

    A natureza me faz bem. minha referncia.

    Obra da Roberta, antes e depois da

    inspirao.

  • In memorian

    Motivo de grande orgu-lho para a famlia: A homenagem Dou-tora Silvnia Silqueira Antunes Lima, mulher respeitada na rea da odontologia e dedicada s causas sociais. Doutora Silvnia fale-ceu aos 39 anos em 1995 em um trgi-co acidente. importante homenagearmos pe-ssoas que dedicam suas vidas na construo do bem comum. A Doutora Silvnia exerceu este pa-pel com propriedade. Pessoas como ela devem sempre ser lembradas de forma justa Doutora Silvnia nasceu em Braslia de Minas no dia dois de fevereiro de 1956, filha de Raul Silqueira e Maria Lita de Melo Silqueira.

    Formou-se em odontologia na Uni-versidade de Itana. Casou-se em 1978 com Paulo Antnio Antunes Lima com quem teve quatro filhos: Vinicius, Poliana, Frederico e Renata e uma adotiva, ngela Maria. Destacou-se na rea social realizando numerosos servios para as creches do municpio e asilo So Vicente de Paula. Cuidar dos filhos e exercer sua profi-sso de dentista era o que mais gos-tava de fazer. Dra. Silvnia Silqueira amava sua ter-ra e sua gente, por isso dedicou toda a sua sabedoria e inteligncia em prol da sociedade deste municpio. Paulo Antnio Antunes Lima agradece a homenagem em nome de toda famlia e disse que Silvnia foi uma companheira maravilhosa e me exemplar, definitivamente uma pes-soa admirvel.

    LEILO NA FESTA DA IGREJA

  • O Rio Paracatu at a dcada de 60

    Orio Paracatu, em Braslia de Minas, tinha um grande vo-lume de gua, e seu percurso era cheio de curvas. Quando chovia forte em sua cabeceira, a gua inundava parte da cidade, principal-mente a Rua do Bor (hoje Av. Bias Fortes e a Chacrinha (hoje bairro Rita). Devido a essas constantes enchentes que ocorriam, foi necessrio a dragagem do rio, realizada no governo de Dr. Cassiano Alves de Oliveira, acabando com as en-chentes.Sobre esse rio, havia uma extensa e bo nita ponte artesanal de madeira, a ponte velha (no inicio da Av. Bias Fortes), que foi demolida aps drenagem do rio e era o principal meio de ligao entre as duas partes da cidade. Nessa ponte, passavam pedestres, caminhes de carga pesada e outros veculos, enquanto que carroas de burro, carro de boi e animais pas-savam dentro do rio, devido ao grande barulho que a ponte fazia, espantando os animais.Com a vinda do progresso, edificaram-se

    trs pontes de concreto sobre o rio Para-catu: a primeira, na Av. Rui Barbosa, foi foi construda pelo prefeito Dr. Cassiano Alves de Oliveira; a segunda, na Rua Jo-sefina Palma, em 1971, pelo prefeito Dr. Antnio Gonalves da Silva; e a terceira, no ano 2000, ligando a Av. Bias Fortes Rua Camilo Prates, no governo de Dr. Getlio Andrade Braga.Naquela poca, esse rio era muito produ-tivo e suas guas erem cristalinas e abas-teciam a cidade e ainda serviam de fonte de renda e manuteno para os mais carentes e lazer paraa populao. As pes-soas apanhavam gua na cabea, em car-roas de mo ou carregavam por jegues para servirem ou venderem aos mais fa-vorecidos. Os peixes(piaba, bagre, piau e cari) eram vendidos pelos pescadores. Os banhos no rio eram frequentes, bem como os famosos piqueniques s suas margens.Conforme o local do seu trajeto, dentro da cidade, recebia vrias denominaes: Z do Melo (ou Z do Mel). Fonte do Meio, Pastinho, Fonte de Dona Cristina,

    Fonte do Sr. Batista Jacar e outros.O Z de Melo, que at hoje conserva esse nome, tinha as suas margens cobertas de gramados e muitas rvores. Esse local era passagem de animais, carroa, car-ros de boi, cavaleiros, caminhes e out-ros veculos que atravessavam dentro o rio, devido a falta de ponte no local; en-quanto que para os pedestres havia uma pinguela com moures de madeira. Hoje continua sendo local de passagem, mas no existe mais a ponte de estaca para os pedestres. A fonte do Z de Melo era movimentadssima, as pessoas leva-vam roupas, vasilhas, apanhavam gua, tomavam banho, pescavam...Mais acima da passagem, havia o famoso Poo profundo e com grande volume dgua, onde os homens tomavam ban-ho; um pouco acima ficava Panelinha, verdadeira obra da natureza, pois era um buraco bem fundo e feito nas pedras, cujo a gua parecia um redemoinho: somente os corajosos se arriscavam a tomar banho nela...Abaixo, ficava a Fonte do Meio, um dos

  • lugares mais aprazveis, toda circu-lada por intensa variedade de rvore. Lembro-me do p de sessenta galhos, caindo suas frutinhas pretas e deli-ciosas dentro do rio e a molecada as disputando, fazendo a maior festa. Havia muito gramado (coradouros de roupa) e imensas pedras no leito do rio, onde a gua batia; l tambm havia o encontro das alegres lavadei-ras, que lavavam cedo e passavam dos coradouros de roupa; cada uma tinha o seu e , e se alguma chegasse e usasse o coradouro sem permisso da dona, havia brigas violentas e en-graadas que ficaram na histria.Seguindo o rio abaixo, havia o Pas-tinho (o popular Pastim), um local bonito, com rvores copadas, cheias de gramados em suas margens, man-gas de capim e hortas que Dona Ci -priana e outras senhoras plantavam. O rio, nesse local, era mais profun-do, e l havia duas pedras imensas e idnticas, conhecidas como pedras gmeas, sendo mais frequentadas por banhistas masculinos. Descendo o rio, via-se a fonte do senhor Mirilo, onde as pessoas lava-vam roupas pegavam gua e toma-vam banho. Era uma fonte alegre, mais mais frequentada pela famlia e

    amigas da filha da Dona Jeca.Abaixo, era a fonte do senhor Oro-zimbo de Matos, local quase que s usado por sua famlia; a seguir, a fonteda velha Herculana, local considerado o mais gostoso para se tomar banho, pois era um poo fundo, que a turma de mocinhas do Bor gostava de frequentar... Logo a seguir, havia a passagem com a fa-mosa Ponte Velha e, mais abaixo, a saudosa fonte do Sr. Proena...A Fonte da Dona Cristina era linda e ficava no fundo da sua casa; suas margens eram gramadas, e era muito frequentada pelas lavadeiras e pes-soas que apanhavam gua.Mais abaixo, ficava a fonte do Sr. Ba-tista, tambm usada pelas pessoas da cidade; no termino do percurso, havia a fonte do Jacar.Em todos os fundos de quintais das casas percorridos pelo rio Paracatu, as famlias utilizavam o rio como se fosse seu, e isso era maravilhoso.Assim era o nosso saudoso crrego Paracatu, que proporcionou muito divertimento, alegrias e utilidade. Hoje restam apenas saudades e lem-branas felizes que ficaro para sem-pre na vida daqueles que desfrutaram to bem desse rio.

  • Prefeito Jair Oliva Jnior e William Rodrigues Primeira-dama: Lilian Mary

    Chefe de Gabinete: Daniel Oliva de Llis

    Elisania, secretria de gabinete da Prefeitura

    L de Nego e amigo

  • Seu Joaquim e Dona Fava

    Dr. Antnio Gonalves da Silva e Maria Ins de Matos Gonalves

    Z e G Porteira

  • IluminaoAntigamente, no havia luz eltrica no povoado de Contendas, nem mesmo quando j era cidade e as pessoas usavam lamparinas ou candeias de azeite ou que-rosene e lampies querosene e carbureto para iluminar suas casas.Em 1925, pela Lei n 135, o presidente da cmara autorizado a iluminar as ruas da cidade , nas noites escuras.Quando o senhor Adeodato de Souza Cunha foi presidente da Cmara agente do Executivo municipal, em substituio ao titular, ele executou o servio de ilu-minao pblica a querosene. Essa ilumi-nao era feita com lampies a querosene, colocados em postes, nos porta-lampies, feitos com muita habilidade por Manuel Negrinho, em algumas vias pblicas e, principalmente, nas esquinas e noslocais mais escuros da cidade. Essa inveno dava muito trabalho e era pouco eficiente.O prefeito municipal Manoel Gonalves Passos (Neto) construiu uma barragem no rio Paracatu para o fornecimento de

    energia eltrica, o que, infelizmente, no deu certo. Em 1947, com a ajuda em fios e mo de obra do prefeito municipal senhor Jos Milo Silqueira, o proco da cidade, cnego Pedro Hendricks, fun-dou uma sociedade para angariar fundos para a aquisio de um motor que ge-rasse luz para a cidade.Cnego Pedro viera da Holanda, pas de primeiro mundo, e compreendia que a compra desse motor seria de utilidade para a populao; assim, fez a aquisio de um motor vindo da Filadlfia. Graas a este, o povo pde ter uma luz de boa qualidade, rdios, geladeiras, radiola e outros.O senhor Joo de Gualberto de Souza (Joo do Motor), em 11 de agosto de 1952, assinou o termo de compromisso e posse na Prefeitura Municipal como encarregado do servio de eletricidade urbana de Braslia (MG). Prestou grande servio comunidade, com eficincia e dedicao muitos anos, ligando, desli-

    gando e cuidando da manuteno desse motor, que funcionava das 6 horas da manh s 24horas da noite, instalado na Rua Joaquim Rodrigues (Beco de Viel). Antes de ser desligado, apagava e acendia por duas vezes, dando o sinal de aviso populao.Em 1951, o prefeito municipal senhor Francisco de Paula Antunes eletrificou a cidade com a energia vindo da usina do Riacho. A cidade foi crescendo, e a usina foi sofrendo desgastes. Durante as guas, a luz melhorava, e, na seca, a cidade ficava quase s escuras, pois essa usina estava muito aqum das nossas necessidades.Somente a 30 de janeiro de 1971, na gesto do prefeito Dr. Cassiano Alves de Oliveira, a Centrais Eltricas de Minas Gerais (Cemig) foi ligada para que fosse inaugurada; mas s foi ligada definitiva-mente no governo de Dr. Antnio Gon-alves da Silva.Mais um grande progresso, mais um so-nho realizado dos brasilminenses.

  • Abastecimento de gua

    Antigamente no havia gua canalizada nas casas, e as famlias de melhores condies financeiras construam depsitos de gua, os tanques que acumulavam gua para lavar roupas, molhar plantas, tomar banho e lavar vasilhas.Esses tanques eram preenchidos com gua das chuvas e principalmente com a gua do rio Paracatu, apanhada pelas pessoas em latas dgua, transportadas na cabea, em carrocinhas de mo ou em lombos de animais. As roupas eram lavadas no rio e os banhos eram em bacias ou mesmo no rio, e em rarssimas casas havia chuveiros improvisados.As pessoas tambm buscavam gua no olho dgua. Nesse local, brotava uma gua saborosa muito apreciada pela populao. Na parte da manh e noite, o volume de gua era maior. L havia um frondoso p de saput e todos achavam esse local muito longe. Hoje ele j se encontra dentro da cidade (na Rua Malaquias Ramos) e no possui mais o minadouro.Na dcada de 50, o prefeito municipal Francisco de Paula Antunes abriu e equipou o primeiro poo artesiano na sede. Esse acontecimento foi um mar-co no progresso e no campo de sade, pois veio fazer com que o povo parasse de ingerir a gua do rio Paracatu, que , apesar do bom gosto, no era de boa qualidade, pois era infestada de esquistossomose . Nessa poca, foi construdo o primeiro chafariz na praa que fica atrs da igreja matriz, onde as pessoas colocavam as latas enfileiradas para pegar gua; s vezes havia brigas se algum no obedecesse ordem de chegada... assim foram surgindo novos poos artesianos, novos chafarizes: Gorutuba, Jacar, Rosrio, Rua Direita e outros.Em 1959, o sistema de abastecimento de gua expandiu em Braslia de Minas e graas a isto a populao pde ter gua canalizada em suas casas, melho-rando, assim as condies higinicas e de sade nesta cidade.

  • Bodas de Diamante: Madalena e Francisco

    Uma histria que comeou h 64 anos, quando o ento Chico, que ainda no era de Madalena, veio ao Cas-cavel acompanhando a Dona Maria de Aniceto, a nossa querida tia Quequ, trazendo uma imagem de Nossa Senhora para que ficasse na casa de vov Mariquinha e vov Joaquim. Ele quando viu Madalena, foi amor a primeira vista. Uma jovem de 12 anos e um rapaz de 20. Era preciso esperar. E foram 4 longos anos de um namoro que na poca no passava de um olhar de longe. Cumprimentar com um aperto de mo era uma afronta. E o tempo se passou at que ela fizesse os 16 anos para ser possvel realizar o casamento, contrariando os costumes da poca, que quem deveria se casar primeiro eram as mulheres mais velhas da casa. Deus permitiu o enlace dessas duas almas, que poderiam ter tomado outros rumos, mas optaram pela sagrada misso de constituir uma famlia. Certamente que foram muitos momentos importantes; afinal, 60 anos de convivncia formam vrias histrias que o tempo jamais apagar. As dificuldades desde os primeiros anos sempre existiram, mas o bom senso, os dilogos, a compreenso, a lealdade, e, sobretudo, a f e a confiana em Deus fizeram ambos vencedores. A cada desafio, o amor se renovava e as sementes lanadas em famlia germinavam e cresciam.

    APOLOGIA BRASLIA DE MINAS

    Oh, Braslia de MinasSe voc falassePedir-lhe-ia para contarA histria da minha infnciaAqueles tempos felizes Em que eu era crianaCaladas altas, casas antigasCrianas felizes, famlias unidasSuas ruas sem calamentoCobertas somente de areiaCrianas puras e inocentesBrincando como sereiasPostes finos de madeiraE a luz de tomatinhoIluminava as famliasQue sentadas nas caladasContavam histrias aos pequeninosEnquanto um grupo de mocinhasCantavam cantigas de rodaSamba l-l t doentePai Francisco , ItororE borboletas formosasA dana da CarochinhaBela laranja maduraCiranda CirandinhaBarata da casca dura

    Terezinha de JesusPobre de marr-d-sCobra cega e Mai casaE outras que me esqueciBrincando de esconde-escondeCad o grilo fedorento?Guarda aqui meu anelzinhoPique paque carambola E meu galinho amarelinhoGritando mame muxibentaEntre risos de alegria Cad o ladro de galinhasCorre conchinha de noite e de diaHoje, aps muitos anosDescobri meio assustadaQue eu envelheciE voc est renovadaEm lugar das casas velhasNovas casas construidasE a luz de tomatinhoTambm foi substituidaAs caladas rebaixadasMeio fio e calamentoAquela macia areiaFoi trocada por cimentoHoje fico procurando noite da minha janela

    Aquela gente tranquilaAquelas jovens to belasE constato entristecidaQue para muitos hoje a vidaSe resume em uma novelaAs crianas desorientadasJ no sabem mais cantarSo amigas do Power Rangers Mas no sabem dialogarAs cantigas de outroraHoje no se ouvem maisCaxinguel, Funk, o TchanSo sucessos atuaisHoje as danas preferidasDos jovens e criancinhas o Bonde do TigroE a dana da motinhaDizem que foi o progressoQue trouxe a transformaoA famlia foi trocadaPor uma televisoE a felicidade de outroraPara sempre foi-se emboraComo chuva de veroMas de voc, Braslia de MinasTrarei sempre na memriaA melhor recordao.

    Terezinha Mendes

    Folclore: Manelo e Vitalo

    SAUDADES DE

    PAR e NEM DIASPodemos prever a cena: So Pedro passando o micro-fone para o Aristides Apare-cido Ferreira Rocha (Par), o mais famoso locutor de vaquejada e narrador dos torneios mais importantes do Brasil. Ao lado, Nem Dias, o eterno campeo. Valeu boi!. Cu em festa, nova modalidade esportiva apresentada em campo ce-leste. A prova mais comum a derrubada do boi, em que se testa a habilidade dos vaqueiros.

  • CULINRIA MINEIRA

    Equipe VS foi recepcionada em algumas casas onde pde saborear parte da culinria mineira: Corao de Boi re-cheado, na casa do cantor Iran, bolo de fub e biscoito de

    peta na casa de Dona Geralda, linguia de porco e doce de leite na casa do Wellington, galinhada na fazenda da Larissa, entre iguarias e sofisticados doces caseiros.

  • Dona Zilah

    Famlia do Wellington Gonzaga

    Bernardo Barbosa

    Prefeito da cidade

    Larcio, Jesuita e amigos

    Priscila Moreira

  • Eluiz Alves de Matos, brasilminense atual presidente do sindicato dos ferrovirios de So Paulo.

    Raquel, do grupio Reciclarts de Ferno Dias

    Karina Botelho e famliaT com sua cervejinha

  • O Brasil passava por mu-danas. O Imprio tinha cado. A Repblica s ti-nha um ano que havia sido proclamada pelo Mare-chal Deodoro da Fonseca e a presidncia era por ele era ocupada. Minas Gerais fervia em disputas polticas pelo controle do governo do Estado. Contendas era dis-trito de Montes Claros. Um dia antes de ser vtima de uma manobra poltica que o tiraria do poder, o governador das Mi-nas Gerais, Bias Fortes, assinava um de-creto elevando a Freguesia de SantAna de Contendas categoria de Vila (munic-pio) independente poltica e administra-tivamente. Em 1893 foram realizadas as eleies para a composio da 1 Cmara de Vereadores da Histria de Braslia de Minas. Nessa poca, o cargo de prefeito era chamado de Agente Executivo Mu-

    nicipal e ocupado pelo Presidente da Cmara. Quem conduziu os trabalhos eleitorais em SantAna de Contendas foi o Capito Camilo Cndido de Llis, que era Presidente da Cmara Municipal de Montes Claros. Os eleitos foram: Joo Evangelista de Sene (Presidente da C-mara e Agente Executivo); Tefilo Lopes Silqueira (vereador especial de Conten-das); Manuel Vieira da Rocha; Felisberto Jos Gonalves, Felipe Nery de Castro; Joaquim Mendes Camelo; Antnio Viei-ra de Arajo; Vicente Parrela Brasileiro; Joaquim Gonalves de Oliveira. Apura-das as eleies, somente no ano seguinte, em 02 de janeiro de 1894, que o munic-pio efetivamente instalado. Um dos re-quisitos para que SantAna de Contendas pudesse se emancipar, era possuir um nmero elevado de habitantes. Em recen-seamento feito em 1872, Contendas pos-

    sua 13.043 almas livres e 543 escravos. Em nova contagem, desta vez em 1890, Contendas possua 20.221 habitantes, crescimento que justificaria a emanci-pao. Santana de Contendas, Contend-as, Vila Braslia, Braslia-MG, Braslia de Minas, o que importa que esta a terra de nossos antepassados, aqui esto nos-sas razes. Lugar que, por mais perdidos e distantes que estejamos sempre retorna-mos ou nunca esquecemos. A Braslia de Minas, que soube reconhecer seus filhos no passado, sabe, igualmente, recompen-sar hoje aqueles que contribuem para seu engrandecimento. Por fim, colho do po-eta as palavras com que sado a antiga Contendas: cidade que me deu tudo, nada posso negar.

    Braslia de Minas

    Daniel Oliva de Llis, brasilminense, ad-vogado e historiador, saudosista incorrigvel

    e apaixonado por seu torro natal.

    Daniel Oliva de Llis

    Lucas AquinoVencedor do prmio Violeiro do Norte de Minas participando da final com outros 15 finalistas em Morros.

  • Dona Rita nasceu em Braslia de Mi-nas no dia 6 de junho de 1930, filha de Joo Cardoso da Cruz e Josina Francis-ca da Cruz. Casou-se aos 18 anos com Jos Gonalves da Silva, com quem teve 13 filhos, criou e educou a todos sob os princpios da moralidade, dignidade e religio crist. Desde criana participou das atividades da igreja. Dona de uma voz maravilhosa, desde muito jovem, por ocasio das comemoraes da semana santa, entoava os cnticos prprios des-sas comemoraes, com destaque para interpretaes de Vernica, na procisso do Senhor Morto. Dona Rita, entusiasticamente, abrilhantou, com sua voz, vrias coro-aes de Nossa Senhora, cantando bri-lhantemente, em latim, a Ave Maria de Gunot. Muitos foram os casamentos em que Dona Rita, sempre com grande satis-fao, cantou. A ao de Dona Rita foi muito alm do seu maravilhoso canto: estava sempre disposta e engajava-se nas mais variadas

    aes sociais e religiosas, s vezes como idealizadora, outras auxiliando na me-dida das suas condies. Dentre as muitas aes que Dona Rita se engajou, podemos citar: por 12 anos, dirigiu o Apostolado da orao; foi cate-quista; participou da pastoral do dzimo, como dizimista e membro do seu corpo diretivo; preparao Crismandos; com os internos do asilo So Vicente, desen-volveu atividades de desenhos, colagens, canto, dana e oraes; no salo paroqui-al, ensinou bordado; para amenizar o frio do inverno, promovia campanhas para arrecadar cobertores e os distribua aos carentes; por vezes promovia campanhas para arrecadar gneros alimentcios de primeira necessidade; e os distribua aos necessitados; fez um memorvel trabalho de evangelizao visitando bairros da ci-dade e na zona rural, rezando com vrias famlias; participou de vrias caminhadas pela f, em comunidades vizinhas; fez um primoroso trabalho de divulgao da palavra de Deus pela rdio CBM sempre

    levando mensagens educativas, religiosas e palavras de conforto aos que passavam por momentos difceis; na APAE, Dona Rita foi presena importante: l, como voluntria, desenvolveu atividades recre-ativas e religiosas levando alegria aos in-ternos; os preparava para a 1 Eucaristia;- no ms da Bblia, Dona Rita, pela rdio CBM, sorteava Bblias aos seus ouvintes contribuindo, mais uma vez, com a divul-gao dos ensinamentos cristos. A cidade de Braslia de Minas testemu-nha da ao de Dona Rita. Grande nme-ro de brasilminenses tem a narrar, algum fato em que houve a participao dela. Ela teve sua vida pautada pela honradez, pela dignidade, pela contagiante alegria de viver, pelo entusiasmo produtivo, tudo movido pelo amor a Deus e ao prximo. Dona Rita foi, enfim, exemplo de cidad, de benfeitora, de quem Braslia de Minas sentir muita falta.

    SHANKINY SOUZAColunista Social Jornal Gazeta Brasilminese e Far-macutico Generalista

    Dona Rita

    Dona Rita e sua alegria interminvel

  • EDITORA KAZU Quando voc se pegou pela primeira vez se expressando em escrita? Onde eu nasci era longe de tudo. Meu pai, de vez em quando, ia a cav-alo at a cidade (ele saa de manhzinha e s chegava quase de noite) e o que comprava l vinha embrulhado no jornal, que era jogado fora em pedaos rasgados. Eu pegava aqueles pedaos e ficava namorando as letras, tentando decifr-las. Achava bonito aquele tanto de letras juntas. Ento pegava um carvo e rabiscava a parede. Voc nasceu onde? Nasci em Macabas, na zona rural do Norte de Minas. Um lugar en-cantador que ningum conhece. A gua de l salobra; a de beber tin-ha que ir buscar longe, no lombo do burrinho, debaixo do sol quente, uma labuta.Mas era bonita a estrada de mato seco e poeira. A gua era degustada com gratido. A casa era grande, com portas pesadas e tinha um terreiro branco ao redor. Minha me punha a gente para dormir cedo e ficava no meio do terreiro cantando, e meu pai, que era cabea de folio, tocava e cantava junto.Eu fingia que dormia e olhava escondido pela janela.Era encantador e a lua brilhava sob os beijos. Depois meu pai teve sorte e comprou uma fazendinha l em Man-ga, entre Braslia de Minas e Januria.L passa o Crrego Carrapato, que nunca nos deixou na mo; nem que for um fiozinho de gua na seca ele mantm jorrando. Um heri. Fizemos a mudana em carro de bois, em cantoria, numas estradas em que nunca tinha passado. Eu tinha 9 anos, percebia a mudana dentro e fora de mim.Outra casa, outras pessoas, outro vento, e o p de manga coco que passou a ser meu lugar de ver e ser. Depois fui morar em Angicos de Minas (um povoado) para estudar.Primeiro fiquei na casa de minha av, gostava de ir catar algodo com minhas tias; depois fui morar na casa de um primo e tudo ficou sem sentido.Minha me me ouviu e me levou para morar em Braslia de Minas com minhas irms, tambm para estudar.Tudo novo.Eu tinha vergonha, a cidade me oprimia, tudo era meio proibido; ter muitos modos, respeitos, deveres sem direitos a quase nada. Eu pensava muito desde pequena e sofria com injustias.Ficava muito angustiada e escrevia; era um desabafo que logo era rasgado e jogado fora. Com o tempo me acostumei e ganhei a cidade com minha simpatia de sorriso largo. Entrei para o grupo de jovens, comecei a fazer teatro com Jos Edward e Ricardo Csar e montamos um grupo que encenava peas escritas e dirigidas por Jos Edward. Comeamos a fazer eventos culturais na concha acstica uma vez por ms, onde tinha teatro, msica, feira de artesanato e muitos amigos. Desse mo-vimento cultural saiu uma coletnea da qual participei com um po-ema ingnuo. A cidade estava pequena, eu precisava seguir e fui para Montes Claros. No Conservatrio Lorenzo Fernandes, fazendo edu-

    cao artstica, comecei a ter aulas de teatro com Liana Menezes.Ela me colocou em contato com os escritores Caio Fernando Abreu, Hilda Hilst, Pina Bausch(bailarina). Entrei para o grupo de teatro Diga que no me conhece e montamos Hoje dia de Rock, de Jos Vicente, na qual eu fazia a sonhadora Izabel eOs filhos de Kenedy, na qualeu fazia a hippie, com direo de Joo Batista Costa.Mudamos a esttica teatral de Montes Claros. Quando houve um esvaziamento, fui para o grupo de teatro e literatura Transa Potica. Encontrvamos-nos para fazer trabalhos corporais de yoga, ministrados por Renilson Dures, ler poesias de grandes poetas contemporneos ou no, e a proposta era cada um trazer seus escritos e ler para os outros. Assim, comecei a ter coragem de mostrar meus escritos fui lapidando, me soltando, gostando e escrevendo cada vez mais. Ali, daquele grupo, surgiu o Psiu Potico, um festival de poesia que nos aproximava e alimentava de possibilidades com experimentos, exposies de poesias no salo, onde eram lidas, trocas com outros artistas, poetas e a comunidade. O que te inspira e te impulsiona a escrever? A vida, a natureza do existir, as coisas, as cores, os objetos, o movi-mento, a respirao.Est tudo diante de ns, na nossa cara, e ainda se transforma o tempo todo para ficar menos montono. Vivo numa interao constante com este lugar que me cabe, s vezes sim, s vezes no.O existir j uma escrita.Quando escuto, engulo alimento que in-terage com outras experincias, minhas e de outros, para uma escrita em dilogo permanente com o cosmos.Como voc define o seu estilo de escrita? Isso de definir estranho.Sou to mutante; definir parece ficar. Gosto de ser flexvel, gua corrente... Mas penso em poticas livres.Quais autores a instigam e a inspiram na hora de escrever? Quais autores voc l? Outras artes, alm da literatura, te inspiram para escrever? Na queda se cata o que se pode; o que fica aquilo que te impulsiona, te possui, fortalece.Eu lia assim, o que me emprestavam, o que estava disponvel naquele momento, e numa dessas caiu em minhas mos o Admirvel Mundo Novo, do Aldous Huxley;Eu, de Augusto dos Anjos;Soroco, sua me, sua filha, de Guimares Rosa, e esses livros todos que se lia na escola. Todas as outras artes me inspiram para escrever quando me tocam no fundo da alma, o teatro, a msica, as artes plsticas, o cinema em especial me deixa de cabea para baixo.Os autores que gosto e me fortalecem so Clarisse Lispector, Artaud, Gorki, Plnio Marcos, Nelson Rodrigues, Mrio Quintana, Cora Cor-alina, Wilmar Silva, Jos Incio, Marli Froes, Las Eveline, Ceclia Meireles, Shakespeare, Anton Tchecov, Pirandello, Manuel de Barros.

    HELENA SOARES, NUMA

    ENTREVISTA PARA EDITORA

    KAZU

    Minha poesia de carneSe furar sangraSe beslicar di

    Se acarinhar goza

  • Nem sempre o melhor animal da fazenda o mais adequado para transportar o mdico.

    Fui chamado certa vez para atender uma parturiente na zona rural do municpio de So Francisco. L, tinha mdico, mas este atendia na zona rural. A estrada no chegava at sede da fazenda, necessitando que eu fizesse o percurso a cavalo. O fazendeiro, tentando ser agradvel, pegou a melhor mula da fazenda e me ofereceu. Naquele tempo, eu ca-valgava bem pois exercia tambm atividades de fazendeiro. Assim, no tive dificuldade em me

    acomodar sobre a mula. No entanto, ingenuamente, ao invs de dar ao meu acompanhante, a caixa de instrumen-tos mdicos, tentei eu mesmo lev-la. E a mula que nunca tinha ouvido ba-rulho semelhante achou por bem no aceit-lo e passou a pular comigo. Eu tinha duas opes: cair junto com a caixa ou jog-la ao cho e dominar a mula. E claro, que optei pela segunda. Felizmente, a caixa era resistente e, ao cair no ocorreram danos no ma-terial. Dominada a mula, chegamos fazenda e realizei o procedimento

    necessrio. Mais uma vez, foi preciso fazer um frceps, pois era uma gravi-dez sem condies de vir a termo e eu tive de extrair a criana. Ela nasceu bem e foi um foguetrio. Eu concorri, mais uma vez, para trazer ao mundo uma criana viva e saudvel. Como podem ver, nessa poca, o m-dico tinha tambm de saber andar a cavalo, mas depois dessa experincia, eu tomei uma deciso: nunca mais eu vou montar no melhor animal da fazenda. Prefiro montar num pangar qualquer.

    Antnio Antunes PintoTexto extraido do livro Em cada caso uma histria,do mdico

  • MERCADO MUNICIPAL

    O mercado velho se localizava na Rua Coronel Sanso (hoje Cmara Municipal).Tinha duas portas grandes na frente, uma no fundo e algu-mas de lado. Dentro dele, havia aougues e , no ptio, algumas estacas, onde o pes-soal que vinha das roas amarrava seus cavalos e as vezes ficavam vendendo farinha, feijo, arroz, queijo, requeijo e outros produtos. Mas l no se faziam fei-ras, pois, naquele tempo, as pessoas ven-diam seus produtos nas portas das casas. Em 1959 Dr. Cassiano Alves de Oliveira construiu um novo mercado municipal, onde a populao brasilminense passou a fazer a feira durante os sbados.Nele, havia vrias reparties, onde fun-cionavam: aougues, venda de gneros alimentcios e verduras. Havia muitas ban-cas para as pessoas da zona rural exporem e venderem seus produtos.A construo do Centro de Abastecimen-to deu-se em janeiro de 1983, pelo pre-feito Municipal Dr. Jos Oliveira. Foi criado como fator de incentivo produo agr-cola, ao homem do campo a facilidade de comercializar seus produtos. Ocupa uma rea de2.602,86 m, tendo 1.557,48 m de rea construda , com locais para lojas, aougues, supermercados, depsi-tos, rea para feira livre, almoxarifado, compartimento para cmara frigorfica, sanitrios.A feira livre de Braslia de Minas acontece aos sbados e muito procurada pelas pessoas da cidade e das cidades vizinhas para fazerem suas compras de verduras, hortalias, frutas diversas, gros, ovos, fran-gos, queijo, requeijo, farinha, goma de mandioca, beijus, rapadura, biscoitos de vrios tipos.

  • Igrejinha de So Joo! Durante nove dias houve novena, barraquinhas, leiles, levantada do mastro e ani-mao. Hoje, 24 de junho, chego um pouco mais cedo para apreciar o Ar-raial de So Joo. A alegria de quem mora aqui e mantm as tradies visvel nas pessoas que chegam para a pro-cisso. Encontro um lugar debaixo de uma castanheira e me acomodo. Aos poucos mais pessoas vo chegando dos quatro cantos, ou melhor, das quatro ruas. A Rua de Seu New-ton dentista, Seu Geraldo Borges, Seu Catu e da Rua de Seu Z Ramos. Acanhados pelo frio vo se ajeitando e alguns entram na igreja. O andor j est pronto. So Joo, com o dedo apontado para o cu e cheio de flores, espera as devidas honras. O palco est lindo! Tpico de cidade pequena e acolhedora. As pessoas se cumprimentam e comentam que h pouca gente, ao que um responde: Vai todo mundo pras roas atrs das fogueiras. Um vento frio faz a festa das bandeirolas, o sino toca dolente, gemendo como que chamando os fiis para a reza ou j sentindo a solido que durar um ano... A fogueira do dia anterior no reacen-deu. O vento toca a cinza fria. Pessoas mu-dam de lugar. O padre chegou e um burbu-rinho se forma, a cordialidade costumeira. A tarde est realmente fria e linda. O sol indo embora enfeita os vitrais das janelas e um brilho de cores obriga alguns presentes pro-tegerem os olhos. A noite desce. As luzes so acesas. O padre inicia e convida para seguir-mos em procisso. As filas vo se formando e aguardando a passagem do andor para iniciar a caminhada. No h muita gente, so quase os mesmos de todo ano. Seguimos. O povo de Deus no deserto andava. Eu confio em Nosso Senhor com f, esperana e amor. iniciado o tero e vamos respondendo; Santa Maria, me de Deus. Subimos a rua de Seu Felcio, h pessoas nas portas que ajoelham quando o andor passa. Descemos a rua de Seu Ananias, passamos perto da casa de dona Da-

    luz, dobramos na Camilo Prates, as filas au-mentam um pouco. Entrando no beco de Seu Raimundinho Matos, j se ouve o sino que dessa vez bate mais festivo. A caminhada en-tra pela rua do fundo da casa de Seu Joaquim Muco. A reza continua, mas eu respondo automaticamente pois meus pensamentos esto em outro tempo. Cad os restos das fogueiras de So Joo? Os paus com resqu-cios de fogo no meio das cinzas reacendendo ao sopro do vento? Ontem foi dia de acender fogueira, hoje tambm. Nenhuma queimada nem pronta para queimar? Lembro os versos da poesia de Joyce; As fileiras de chamas/ A perder de vista/ Nas ruas descalas. Aos pou-cos desfaziam/ At restar as brasas/ Onde pela manhzinha/ Eram deitadas as batatas-doce. Amiga poetisa, no h cinzas nem bata-tas mesmo sem doce. Realmente ficaram l longe, no So Joo da sua, da nossa e de mui-tas outras infncias.Progresso, asfalto, chcaras, roas, meio de locomoo mais fcil. Fugere Urbem? O canto agora mais alto. Passa por aqui, Senhor, passa por aqui. Aqui o fundo da casa de dona Brulia, dona Elvira de Quinco, Joo de Matos, Ansio, a venda de Argemiro, da casa de Dalo e da casa de dona Juventl-ia. Rua de Seu Carlos, dona Zefa, Pretona. Seu Domingos, a casa de S. As lembran-as agora doem mais, um pedao da minha vida ficou aqui, no quintal de me Negrinha de Seu Joo da Lavrinha, brincando com suas netas debaixo das mangueiras. Ansio de dona Almerinda, dona Maria me de Do da prefeitura, dona Maria de seu Benedito, me Negrinha de seu Ginuca, Z Colosso. Esto todos dormindo, dormindo profundamente. Uma luz acesa agua meus sentidos, a casa tem vida, Ana de Benedito e sua irm G, acompanham tudo silenciosamente e eu as imagino recordando outros tempos e minha imaginao vai at sala, onde h uma mesa com licores e quitandas refinadas, as quais foram feitas numa tarde mantendo a tradio

    e unindo a famlia trazendo o ontem para o agora. Volto para o ontem e piso no cho da saudade. Na cerquinha cheia de so Caetano, ficava amarrada a jeguinha companheira de Z Colosso. Um cocho bem coxo era lambido por ela o tempo todo, ao lado a lata com gua e os arreios pendurados na janela. Dona Bra-silina e filhos, para onde foram? Foguetes estouram com fartura, o sino ace-lera as batidas, uma voz melodiosa recep-ciona os caminhantes. Chegamos ao alto So Joo.Vamos nos acomodando em frente igreja.Os mais velhos sentam nas cadeiras perto do altar, outros s nos tocos das portas da rua, no meio fio e bancos improvisados. O aconchego grande. O largo da igrejinha fica todo tomado. Somos o povo de Deus reu-nido para rezar. O frio agora mais intenso faz as pessoas se encostarem, crianas dormem nos colos, casais se abraam. O andor chega e as palmas so calorosas, os vivas So Joo so dados e aclamados com ardor. Umas Senho-ras se emocionam e eu junto.Olho bem e sei de cor quem da comunidade. No adro h crianas brincando enquanto os pais rezam, fiz isso algumas vezes e levei umas boas surras. Um coral afinado, com uma menina que toca guitarra e canta, faz a alegria do proco e nossa.A missa festiva e animada. O padre esmerou na homilia ao contar a estria de So Joo Ba-tista. Finalizando, ele agradece aos festeiros pela organizao da festa e a ns presentes, por celebrarmos juntos e j convida para o prximo ano. Viremos.Os abraos finais e meu corao agradecido bate no compasso da felicidade. bom vol-tar pra casa e ver que mais um ano a Festa de So Joo aconteceu com todo o capricho da comunidade. Os chapus dos cavalheiros da quadrilha balanam no ar num adeus festivo, enquanto as damas reverenciam com muito charme. As Senhoras da dana da peneira, saem peneirando num sorriso que diz: sim-ples ser feliz!

    Igrejinha de So Joo, festa e tradioGeraldinha Rodrigues

  • AEROPORTO

    CONCHA ACSTICA

    O atual aeroporto de Braslia de Minas foi construdo no governo do prefeito munici-pal Dr. Jos Oliveira. A doao do terreno foi feita pelo senhor Raimundo Francisco de Matos.Esse aeroporto foi projetado dentro dos padres estabe-

    lecidos pelo departamento da Aeronutica Civil (DAC) e quem executou a obra foi o DER de Braslia de Minas.Fica situado a 8 quilmetros da sede e possui 1.200 metros de comprimento e 19 metros de largura, tendo uma rea de 225 mil metros de pista de pouso. H tambm rea para estacionamento de aeronaves e outra para automveis.

    A Concha Acstica de Braslia de Minas foi construda na praa Tefilo Silque-ira, no primeiro mandato de Dr. Cas-siano Alves de Oliveira (31/01/1959 a 31/01/1963). Ela foi projetada pelo artista argentino Eduardo Csar MercauNadal, esposo da brasilminense Nair Santos Mercau. Foi idealizada para servir de palco para as festividades cul-turais, retretas da banda de msica Euterpe Fraternidade e para embelezar a cidade. Foi pintada com extremo bom gosto, em cores suaves (parecia um arco-ris), e, ao fundo, havia um ex-traordinrio e lindssimo painel de pintura moderna: dois dan-arinos e dois tocadores de violo e acordeom. Embaixo, contornando toda a estrutura do monumento, ha-via as colunas do palcio da Alvorada (em tamanho pequeno), em homenagem Braslia, capital do Brasil. Do lado de trs, havia um pequeno lago iluminado por uma lmpada azul, com plantas aquticas e buganvlias multicores, com seus galhos cados, adornando a parte superior da concha; contornando a sua abertura, havia uma sequncia de lmpadas. Em frente, foi construdo um lindo jardim, todo gramado, com bancos de cimento em estilo moderno e uma majestosa pira de cimento, onde era colocada a tocha olmpica durante as festividades de 7 de Setembro e outras. empos depois, essa pracinha foi reformada, com plantao de palmeiras e substituio do gramado por ladrilhos de cimento; a pira foi eliminada e os bancos foram substitudos por outros. Com a inaugurao da CEMIG em 1971, mudaram tambm a pintura da concha colocando a fundo a pintura do smbolo da bandeira de Braslia de Minas o da CEMIF (o que no mais existe), bem como uma placa de inaugurao da luz.

  • ETERNAMENTE MISS A cidade famosa pela formosura de suas miss-es. A beleza de Marley Flavio Lelis, lembrada

    por todos os moradores.

  • Tropas e TropeirosAntigamente, a vida era muito difcil em Braslia de Minas, principalmente no setor comercial, pois no havia meios de trans-porte a no ser carro de boi, cavalos e tropas.Tropas eram lotes de 10 e 20 burros que transportavam mercadorias de um local para outro. Toda tropa tinha um sono, que sempre a acompanhava com dois ajudantes, para carregar e descarregar mercadorias. Quando o dono da tropa no a acompanhava, ele a entregava a uma pessoa de sua confiana para nego-ciar no lugar dele. frente da tropa, ia a mula guia ou a madrinha da tropa, que puxava esta; ela era destacada pelos ornamentos: a cabeada de freio toda enfeitada, o peitoral cheio de sincerros e guizos que davam a sonoridade aguda, chamando a ateno ou avidando aos transeuntes e mocidade, todos corriam para apreciar, pois era muito bonito. Os tropeiros de Braslia de Minas via-javam para fazer compras em Montes Claros e at em Bocaiuva; comerciavam tambm com So Francisco, Jacu (Luis-lndia) e So Loureno (Ferno Dias). Gastavam dez dias (ida e volta) para Montes Claros; paravam na estrada para os animais descansarem, beberem gua e

    pastarem. Os tropeiros se abrigavam em barracas que armavam, ou em ranchos de palha ou de telha construdos pelos donos de fazendas, onde alugavam o pasto. s vezes, dormiam ao relento, em cima de couros de boi ou esteiras, e s acampavam onde havia agua. A comida dos tropeiros era feita pelo cozinheiro, no local do pouso, e em geral era com-posta de caf com feijoada, de manh, e arroz com carne de sol, a tarde: o famoso arroz tropeiro. Levavam para vender toicinho com sal, rapadura, farinha, car-ne de porco salgada, algodo, mamona, sabonete e as vezes, fardos de tecidos j encomendados.Naquela poca, havia as Intendncias que eram mercados onde se negociavam gneros alimentcios, utenslios, ferra-mentas e outros produtos trazidos pelos tropeiros, que serviam tambm de ran-charia para eles. A Intendncia de Bra-slia de Minas ficava situada no incio da Rua do Bor (hoje Av. Bias Fortes).Era comum, naqueles tempos, pessoas possurem tropas menores para suas via-gens como era o caso do Cnego Luiz Caldeira Vale, proco da poca, que tinha uma tropa e viajava com esta para exercer sua misso sacerdotal ou para ir a sua fazendinha na Lagoinha, perto da Tiririca. Sua tropa compunha-se de seis

    burros cargueiros e o senhor Raimundo Borges que era seu ajudante. Os tropeiros sofriam muito, ora pelo in-candescente calor do sol, ora pelas chu-vas e tempestades; tambm por picadas de insetos ou ataques de outros animais, estradas ruins, estreitas e tortuosas. Quanto ao lucro, no era muito com-pensador, mas como dinheiro era muito difcil e no havia inflao, se o tropeiro fosse uma pessoa controlada, dava para ganhar um pouco. O senhor Cristvo Alves Botelho, nesse tempo, adquiriu uma tropa por dois con-tos e quinhentos ris e, com apenas seis meses de trabalho, conseguiu paga-la. Destacaram-se em Braslia de Minas os seguintes tropeiros: Zez Botelho, Joaquim Antunes de Souza, Joaquim Rocha (que era representado pelo sen-hor Pedro Prancha), Jesuino Braga, Cris-tvo Alves Botelho, Joaquim Marques, Milito Preto, Joaquim de Bibiano e mui-tos outros.At 1950, as tropas e tropeiros ajudaram muito no desenvolvimento dos povoa-dos e vilas e melhoria do comercio lo-cal, mas, com a vinda do progresso, eles foram substitudos pelos caminhoneiros. Braslia de Minas agradece ao tropeiro, pelo seu rduo labor e pela grande con-tribuio que deu seu povo.

    VS48

  • Vanderlei de Hermelino

    Tropeiro de Braslia de Minas com muito orgulho!

    Desde os 7 anos de idade, Vanderlei de Herme-lino, hoje com 61 anos, monta cavalos, mulas e jegues. Aos 12 anos conduzia as boiadas, comprando e vendendo animais.Doces lembranas ele traz na cabea, entre elas o prazer de comer o autntico feijo tro-peiro, feito pelos condutores de gado (torresmo, toucinho, lin-guia, farinha).No tem trem mais gostoso! exclama.

    Rapadura, requeijo, agua no cantil e uma boa cachaa comple-tavam a comilanaVanderlei, recorda com orgulho o dia que participou do con-curso nacional de Muares em Belo Horizonte. O ano era 1986 e sua mula Sereia ganhou em 1 lugar. O prmio equivalia o valor de um carro. Apesar do avano da indstria automobilstica e ter possudo vrios veculos, Hermilino no excita em dar preferncia aos seus belos animais.

    VS49

  • PREFEITURA MUNICIPAL DE BRASLIA DE MINAS

    A primitiva povoao tem origem no desmembramento da freguesia de Morrinhos, a mais antiga da margem do rio So Francisco. Com o desmembramento, criada a parquia de SantAna de Contendas. A histria conta que esta denominao se deve s desa-venas entre os habitantes sobre a escolha do local onde seria construda a igreja. O arraial de Contendas elevado a vila em 1890. Em 1901, passa a ser chamada Vila de Braslia e, em 1923, tem o nome reduzido para Braslia. Com a transferncia da Capital da Repblica para o Planalto Central, a cidade cedeu gentilmente seu nome para a futura capital, em um acordo poltico entre o presidente Dr. Juscelino Ku-bitschek e o ento prefeito de Braslia de Minas, Dr. Cassiano, que gerou uma leve mudana no nome da cidade, enquanto a capital federal as-sumida desde ento o nome Braslia. Para no abrir mo totalmente de seu nome, decidiu-se, em 1962, atravs da Lei 2694, apenas acres-centar ao cedido nome, o adjunto de Minas, sendo a partir de ento conhecida por Braslia de Minas. Para cumprimento de tal acordo foi informado em documento assinado pelo presi-dente Juscelino e Oscar Niemeyer a construo de uma estrada que ligaria Braslia de Minas a Braslia e esta receberia o nome de a Estrada da Integrao, no mesmo documento informava tambm que o mesmo nvel de reconhecimento de uma seria compatvel com a outra.

    Conforme demonstrado pela srie JK exibida pela Rede Globo em 2006, o nome Braslia teria sido uma inveno sugestiva do ento presidente Juscelino Kubitschek. Entretanto, nenhuma citao histrica ou cultural foi feita para a primeira cidade brasileira denominada Braslia, hoje tambm apelidada de Brasilinha.

    O nome Braslia j existia na poca do I Reina-do. Existem mulheres com esse nome,antes da fundao da Cidade de JK.

    Um dos principais atrativos tursticos do mu-nicpio a profunda barragem de So Louren-o, seguida de cachoeiras e corredeiras, prop-cias para a prtica de esportes radicais, como canoagem, rafting, rapel, dentre outros.

  • VISITE BRASLIA DE MINAS

  • Karlla Christielly Rodrigues PinheiroAdvogada, modelo profissional da agncia Quality Models, apaixonada por Brasilinha.

    Elizabete Antunes da Silva de Angicos de Minas(distrito de Braslia de Minas), mora em Montes Claros desde 1995 e iniciou o estudo de msica em 2002 pelo Conservatrio Estadual de Msica Lorenzo Fernandez , seguindo seus es-tudos tambm em outras instituies. Tem sua influn-cia nos aboios e folias. Cantora lrica e popular, compositora e professora de tcnica vocal. Graduada em Artes/Msica pela UNIMONTES, Curso tcnico em canto pelo Con-servatrio de Msica Lorenzo Fernandez e tem no currculo, vrias oficinas, minicursos e masterclass com professores

    nacionais e internacionais de tcnica vocal, expresso cor-poral e teatro. Bete Antunes tem em sua carreira de mu-sicista, premiaes em festi-vais de msica popular, par-ticipaes em peras, corais, participaes em cds de vrios artistas como backing vocal, ministra master class de tc-nica vocal e expresso, atua como professora de tcnica vocal e com shows musicais na regio.

    A msica uma grande ex-presso de sentimento. Pra qu cantar, se a mim no emociono? (Bete Antunes)

    MSICA

    ARTES PLSTICAS

    Formada em Edu-cao Artstica e comunicadora Visual pela Uni-versidade de Artes Plsticas Mineira - Belo Horizonte. Iniciou sua carreira como car-navalesca em Braslia de Mi-nas obtendo o primeiro lugar em 2008 com a Unidos do Ja-carezinho.Cursou decorao de Interi-ores pela Associao de deco-radores do Rio de Janeiro. Como artista plstica obteve premiaes em diversas ex-posies no Rio de Janeiro e em Lisboa.Formada em Gesto de Car-naval pela Universidade Est-cio de S do Rio de Janeiro.Curso de Agente Cultural do Centro Cultural Cartola (2010), sendo posteriormente Administradora do mesmo.Com trabalho na equipe de criao da Portela (2009-2010) e responsvel pela ban-cada do projeto Quem samba trabalha e feliz (2010), com passagem pela Mangueira.Em 2011 assinando como car-navalesca em Porto-Alegre-

    RS na Acadmicos de Gravata e Acadmicos de Niteri.Participou do projeto Cow Pa-rade 2011 no Rio de Janeiro, tendo exposto as vacas Cow Botnica, sendo que esta foi vendida pelo maior valor do projeto Rio.Ps graduada em Design de Figurino e Carnaval pela Uni-versidade Veiga de Almeida.Foi aderecista na exposio comemorativa Dona Zica 100 anos.Em 2014 foi aderecista da ala Nilcemar Nogueira na escola de samba Mangueira.

    Ionir Geralda Martins

    MODA

  • Andr Luiz Antunes Lima (Diretor Administrativo)

    VS: Qual o principal objetivo da Antunes e Lima no mercado?Andr: a de realizar os sonhos de nossos clientes, dando ga- rantias de satisfao e segurana de um excelente negcio.Qual a projeo da empresa para os prximos anos?Queremos ser referncia no mercado imobilirio e excelncia no atendimento diferenciado ao nosso pblico alvo. Quando foi fundada a Holding?Foi fundada em 17 de Junho de 2008. No ramo imobilirio esta-mos desde 25 de setembro de 1988, portanto h 26 anos atravs

    da Nova Terra.Quais os principais produtos venda no mercado?Temos o loteamento Nova Braslia, Projeto Nova Braslia I e II, Projeto Vargem Suja, Projeto Buriti Grande e o Condomnio Moradas do Lado.Qual o segredo do sucesso? o nosso respeito as pessoas, como princpio bsico da ma-nuteno de uma relao de confiana entre clientes, empresa e equipe.

    O FUTURO COMEA AGORAA Revista esteve com o empresrio Andr Luiz Antunes Lima, diretor

    da Antunes e Lima Holding, para uma entrevista exclusiva.

    Na combinao entre respeito, comprometimento, responsabilidade e cooperao afirmamos os

    valores que representam a Antunes e Lima Holding EMPRESARIAL

  • Loteamentos Nova Braslia

    Sede da empresa em Braslia de Minas: Av. 16, 795 | (38) 3231-2621

    Ser, nos prximos cinco anos, uma referncia no mercado onde atua, garantida pelo

    atendimento diferenciado, equipe altamente qualificada, segurana de suas operaes e

    inovao.

  • Nova Terra Administradora de Imveis

    Antunes e Lima Incorporao

    Condomnio Moradas

    Construtora Solar Brasilminense

    A Nova Terra uma imobiliria que negocia imveis prprios do grupo Antunes e Lima e de terceiros. Com financiamento prprio, facilitando a venda para nossos clientes

    O Condomnio Moradas um verdadeiro paraso natural na cidade de Braslia de Minas, com vendas de lotes para chcaras e casas, um balnerios exuberante, com clube de esportes nauticos e de lazer, alm de restaurante e servios de primeira linha que busca agradar no s os clientes e moradores do local, como tambm visitantes.

    A Antunes e Lima Incorporao uma empresa que atua no ramo de elaborao de proje-tos, sejam eles residenciais, comerciais ou de loteamento. Prezando pela qualidade da ar-quitetura atravs da correta anlise das condicionantes que envolvem o projeto, buscando garantir, ao nosso cliente, maior satisfao com o resultado obtido.

    A CSB atua na rea de construo civil, urbanizao e infraestrutura, abrindo estradas e fazendo obras de saneamento bsico, como o asfaltamento dessas estradas e redes de gua, luz, telefonia, alm de fazer a construo dos imveis administrados pela Antunes e Lima Holding

  • www.illustrativa.net

    pratos

  • A Mineira WanderlaA prxima capa da VS, fez um show em Braslia de Minas juntamente com as Marcianas em 1989 na gesto do ex-prefeito Paulo Antonio Antunes. A Gatinha Manhosa gostou tanto da acolhida que acabou ficando uns dias a mais na cidade.

  • Ele procurado por sitiantes, fazendeiros e empresrios para localizar rios subterrneos para construo de cisternas e poos artesianos.

    Planeta gua

    Deus me deu dons para realizar algumas tarefas

    Morador de Bra-silinha, Quin-cas Moraes conhecido por sua atividade de serralheiro.Esquadrilhas de alumnio, sacadas, escadas e peas es-peciais so suas especialidades. Alm desta profisso, Quincas sensitivo.Vento Sul: - Como encontrar gua sem nenhum equipamento especial?Quincas: - Certa ocasio, houve necessi-dade de marcar um local para perfurao de um poo num stio. Algumas vezes utilizava uma forquilha de goiabeira, de cagaita (uma fruta do cerrado), mas nesta vez fiz com a orientao Divina, sem ne- nhum equipamento.Existem outros apetrechos para facili-

    tar a procura de gua?Posso utilizar uma varinha feita do talo da folha de bananeira com suas extremi-dades molhadas para aumentar a condu-tividade.Quando o Senhor parou de utilizar os apetrechos?Tive uma viso e passei a reconhecer a diferena entre encontrar a agua superfi-cial e a que est dentro da rocha.O lenol fretico e os rios subterrneos influenciam na sade de uma pessoa.Quais os efeitos que uma pessoa pode sofrer com os lenis subterrneos? Aumento da presso arterial, bronquite asmtica, dores de cabea, perturbao no sono, depresso, dor de coluna.Para impedir a possvel interferncia de um lenol subterrneo em nossa casa, o que podemos fazer?

    Em caso de dvida s colocar um ver-galho de ferro de baixo de sua cama ou no estrado do mvel. Em Braslia, ajudei a cura do sanfoneiro Jos Hamilton que estava atrofiado e sem movimentos nos membros. Aps vinte dias da mudana de sua cama, ele caminhou. Indico o livro Casas que Matam, para que os leitores entendam o que estou comentando. Ra-chaduras nas paredes ou no piso podem ser um sinal.Os animais no dormem onde seus tem um veio dagua. Ces no param de latir.O que o senhor pode falar sobre a refer-ente falta de agua no planeta?Uma parte responsabilidade do homem e a outra da prpria natureza.Existe muita agua no subsolo. 97% de agua doce se encontra ali.

    Quincas Moraes com o Diretor de Cultura, Ricardo Simes

  • A Revista esteve com o cantor e compositor Iran Cardoso Ribeiro, da dupla Iran e Ryan, que esto comemoran-do sete anos da parce- ria e o lanamento de um CD ao vivo. Iran se emociona ao falar de Milionrio e Jos Rico e de ter participado do tributo a Joo Mineiro. Neste CD, destaque para as msicas Eu sem voc, Garota Rock n Roll e Voc Nasceu pra Mim. Ao todo a dupla traz nove composies autorais. Na faixa bnus a participao de Mariano o ponto alto.Fizemos shows em todo norte de minas, Cabo Frio e Ilha Comprida (SP).NOS BAILES DA VIDA

    Nosso objetivo agradar nossos fs com um trabalho bastante ecltico

  • CIDADE DIVIDIDA

    A cidade sempre esteve dividida entre as torcidas do Cruzeiro e do Atltico Mineiro.

    Pra quem voc torce?

  • EXRCITO DE UM HOMEM SLarcio de Carvalho Ribeiro

    Ameimulheres, muitas

    e dividicom elaso solar de barro irregular

    tosca arquiteturado querer

    pouco de terra e pno qual fui parido e mortono mesmo instanteque nasci chorandoe precisei amar

    outrastantas mulheres, muitas

  • PEDRO DE CANDINHAHELENA SOARES

    VS66

  • Pedro doido chegava a revoada com sua pirata em ns e falatrios!Suas trouxas nas costas, cala cinza escuro e camisa branca encardida de mangas compri-das.Chapu de camura cinza desbotado e sujo, sapatos pretos descolados mostrando os de-dos, que saiam escandalosamente pelos bura- cos que ali se formaram. Uma pirata grande: com ns redondos de emendas de cintos, correias, couros e tecidos.A atrao mais esperada: uma rabeca que vinha bem protegida com panos dentro da trouxa.De longe se ouve a cachorrada investindo nele, sua loucura ace-lerava, ele se defendia com sua pirata de ns. Numa dana feroz, circulava no terreiro esbravejando, de braos abertos, que nem com muito ralhar do dono paravam de latir.

    At hoje espero e penso que Pedro doido vai chegar a qualquer momento, meu corao dispara e fico apreensiva.Pedro era um artista mambembe pelos campos a quebrar roti-nas de todos ns. O poeta maluco do campo que salvava almas solitrias e sedentas de distrao, o que poucos compreendiam, poucos brigavam, poucos alimentavam e com quem pouco conversavam. Era quase sempre enxotado pelos cachorros e donos das propriedades. Pedro de Candinha era um artista e nem sabia, porque todos o chamavam de doido e assim ficou. O serto se aquietou, no o mais mesmo. Pedro se aposentou, toma remdio controlado e fica quietinho em um canto de tia

    Danuza, que quem toma conta dele. Se era louco ou se ficou, pra mim ser sempre o eterno arlequim que me arrancou suspiros, emoes e perguntas sem respostas. Meu primeiro poeta mgico, meu primeiro dolo, onde voc est agora que no vem me alegrar com sua rabeca encantada e suas estrias teatrais tragicmicas? Eu ainda sou criana e tenho curiosidades para ler seus olhos azuis. Pedro, alto, bonito, negro de olhos azuis, um artista que no sabia nem conhecia essa pala-vra, por que no serto quem nascia gnio enlouquecia de tanto ser chamado de abestiado, tonto e doido. Pedro fez sua loucura-da valer a pena, salvou muitas almas, deixou marcas e saudade.

    VS67

  • Aprendi a recompora me desatar o nHoje estou bem melhorVoc sabe onde eu nasci

    Fagner e Clodo Ferreira

  • Joaquim, Minga Mario, Lane, Lady, Ana, Joo, Magda, Kim, Nancy, Natali e Thais. Entre a tradicional famlia da cidade, podemos detectar um bico, vestindo uma camiseta azul.

    Brincadeiras a parte que sabemos que o nosso amigo Geraldo tem um carinho especial por estes, que ele considera sua seg-unda famlia. O albm est completo.

  • O Grmio Recreativo Escola de Samba Jacarezinho originou-se de um grupo de jovens e amigos: Car-los Wallace Cardoso Costa, Antnio Geraldo Pinto Coelho (Adim), Ricardo Antunes Peixoto, Luiz Carlos Botelho, que se reuniam debaixo do p de umbu da residncia do senhor Jos Cardoso da Cruz ou no bar do senhor Manoel Pinto Coelho (Nzinho de Vasco) para dis-cutir e treinar em seus primeiros instrumentos surdos, tarol e agog. Juntaram-se a eles Joao Rafael Pereira Bastos de Freitas (tambo-rim), Jos Charles Agapito Barbosa (surdo), Geraldo Ferreira de Souza (surdo), Jair (frigideira) e Rubens Silqueira, que soldava as latinas para os chocalhos. Estes jovens tinham por ideal fazer um carnaval de rua em Braslia de Minas e, para isso, confec-cionaram instrumentos mais simples, e, atravs de bingos, ad-quiriram vrios outros. A formao de blocos da Jacarezinho teve sua origem tambm num grupo de jovens liderados por Zilca Pereira Rodrigues, Iracema Veloso, Ricardo Antunes Peixoto, Jnio Marcos Pereira Arajo e muitos outros, que saram fantasiados, sambando pe-

    Escola de Samba JacarezinhoCARNAVALlas ruas, usando sarongs e nos anos seguintes usaram caftas, representando o Verde e depois outras fantasias Assim se ini-ciou o carnaval de rua de Braslia de Minas A Escola de Samba Jacarezinho ficou sob a direo de Jnio Marcos, que deu grande impulso, dedicando-se totalmente a ela. polmico o nome da escola, pois uns atribuem-no ao bairro Jacar, onde a escola se concentrava para os desfiles; ou-tros, as primeiras letras dos fundadores da bateria da escola. As cores especficas da escola so o verde e o vermelho. Em 1975, quando ainda era um projeto de escola de samba, des-filou recebendo o 12lugar, competindo com a MALOBRI (de-pois Bramoc), outra miniescola que surgia. A escola de Samba Jacarezinho foi crescendo e precisava de recursos financeiros para manter-se; foi quando Jnio Marcos adquiriu mais instrumentos e criou o famoso Conjunto Ster-one, que foi de fundamental importncia para essa escola, pois os msicos que o compunham tocavam de graa quantas vezes forem necessrias nas promoes, para angariar fundos para a escola.

  • Pequeno Histrico da Jacarezinho:

    1979- Surge o seu primeiro samba-en-redo: Saudosa Contendas. Letra: Ivo Lcio Correa; msica: Graciano Mendes Gonalves; harmonia: Waldemir Mendes Gonalves. Esse samba traduz a histria de Braslia de Minas, homenageando o senhor Ramiro (msico e professor de renome), Nego Ado (Msico) e o senhor Francisquinho (ex-prefeito). 1980- O Mundo Encantado da Jacarez-inho. Letra Marilene Evangelista Flvio e Rosana Silqueira; montagem: Marlia Almeida Roca; msica: Graciano Mendes Gonalves e Jos de Fatima Mendes Aquino.1981- Brincadeira de Jacar, Letra: Francisco Rodrigues Jnior e Luzia Ro-drigues; msica: Maria Jos Nogueira Rezende; partitura: Graciano Mendes Gonalves. 1984- Sonho de um Sonho, da autoria de Serginho do Cavaco, baseado na obra de Monteiro Lobato; foi quando a escola completava 10 anos. 1992 Braslia... dos Inconfidentes Brasilinha Letra: Jorge Macena Brito; msica :Graciano Mendes Gonalves e

    Walmir C Cunha. 1993- Jacarezinho: Compromisso s com a Alegria. Letra: Marilene Brito Pinto Coelho; Msica: Graciano Mendes Gonalves e Luclio Ferreira. O puxador de samba da Jacarezinho era Walmir C. Cunha. Foi magnfico e in-cansvel o trabalho de inmeras pessoas para o crescimento dessa escola. Tra-balhavam em equipe e na diviso de alas, cada responsvel cuidava de todos os de-talhes; s vezes, contratavam figurinistas de fora, mas isso ocorria rarssimas vezes devido ao alto custo. Foram vrias as pro-moes realizadas: Festivais de Chopp, Bingos, Festa do Carvoeiro, Rainha do Carnaval do Norte de Minas, Noite na Bahia, vrias rodadas de samba e outras.O carnaval ficou 14 anos com os des-files interrompidos revigorando em 2008 com esplendor absoluto. Gigantes carros alegricos, fantasias mais luxuosas, e um uso de novas tecnologias.A Escola de Samba Jacarezinho ressurge com o samba- enredo Academia Jacare-zinho de Letras versejando na Avenida. Enredo: Ricardo Simes, msica: Adalton Souza. Sendo os carnavalescos: Ricardo Simes e Ionir Martins. Sob a Presidn-

    cia: Paulo de Almeida Filho (Pate), assu-mindo o comando de 2008 a 2010. 2010 - Enredo (Cantos, Encantos e Beleza. Enredo de autoria de Deusdeth Rocha e Elias Raposo; Carnavalesco: Ri-cardo Simes. 2012 - Enredo.Com a msica, a Jacarez-inho vai conquistar seu corao. Enredo e carnaval: Juliana Rabelo; msica: Deusdeth Rocha e Elias Raposo. Presidente: Maurcio Gaia. Figurinista da Escola: Marlia Almeida Rocha. Confeco de Adereos de Destaques: Maria Mendes Almeida (Lia de Saul). Administradoras: Eunice e Regina He-lena Antunes de Arajo. Foram seus presidentes: Jnio Marcos Pereira de Arajo, Dr. Jos Sinsio Bo-telho Jos Carlos Pereira de Almeida e Dr. Joscelino de Matos Miranda, Paulo de Almeida Filho (Pate) e Maurcio Gaia. Contudo, continuamos na esperana de que o carnaval continue e renasa no corao dos brasilminenses, no deixan-do morrer esta tradio, que tanto trouxe alegria para o povo de Braslia de Minas sendo destaque no Norte de Minas.

  • 1975 - Por idia de Wilson e No, Nina confecciona tambores e caixas com re-cursos oriundos das corridas de cavalos e do Sr. Severino Gonalves da Silva, surge a Escola de Samba Malobri.1976 - No ano seguinte Edson Aguiar, cunhado de Rmulo, proprietrio do Colgio Abgard Renault traz de Montes Claros alguns ritmistas e vrios instru-mentos que juntados com os instrumen-tos existentes cresce a bateria da Escola de Samba e passou a se chamar BRAMOC em virtude de ser composta por com-ponentes de Braslia de Minas e Montes Claros. Destaca-se nessa poca: Edson Aguiar, Neusa, Rmulo, Wilson, No e Nina. Em 1978- Integram a Escola Jos Braga, Tnia, Jaime Fortes (Jaimo), Maione, Paulo Csar, Ana Amlia, Jos Vieira, Olga, Tone Gonalves, Maria Ins, Antnio Geraldo (Dr. Tia), Lcia Mar-tins, Z e Ge Porteiro, Messias, Zuleica, Lia de Paulo, Lia do Hospital, Lia de Z de Nucha, Joaquim Muco, Z Viola, Jos Geraldo Rodrigues (Z de Chico), Egdio Medeiros e outros.Em 1979 a Bramoc apresentou o seu 1 samba-enredo De contendas a Bra-slia, letra de Edson de Souza Aguiar, msica de Maria Rosa Damaceno e Silva, partitura e harmonia do Maestro Luclio Ferreira.1980 - A Bramoc apresentou-se seguindo

    todos os quesitos do carnaval carioca, se estruturando definitivamente como Es-cola de Samba nos padres brasileiros e totalmente dentro do enredo marcando poca no carnaval brasilminense fazendo com que a outra Escola de Samba de Bra-slia de Minas se enquadrasse nos mes-mos padres no ano seguinte.A Bramoc arrebentou, com o inesquec-vel samba enredo Iemanj Lenda e Cul-to popularmente conhecido como OXU-MAR, letra e msica de Jos Geraldo, partitura e harmonia do Maestro Osvaldo Mendes do Santos (Nina) e Mrcio Soares Saraiva, foi a 1 apresentao da Bramoc como autntica escola de samba.Nesse perodo agregam a Escola os seguintes componentes: Lucinha e Hermes Braga, Vnia, Marclia e Marlia Gonalves, Juventilia, Clvis Augusto de Freitas, Maria Cristina Botelho, Rose Martins, Jos Neres (Nri), Olmpio, Antnio Jos Leal (Dr. Leal), Vnia Eu-llio, Paulo Jaime (Paulinho Xampu), Rita de Glicrio, Mary Gonalves, Helson Matos, Vanessa e Lurdinha Almeida e Joaquim Jego.1981 - Iluso da Sorte foi tema enredo, letra e msica de Geraldo Jos Duarte de Paula (Picol), foi quando o samba Ilu-minou a avenida, cantada por ele mesmo fez com que a escola se destacasse mais uma vez.

    Nesta poca junta-se a escola Abdias Bo-telho (Bido).1982 Com Apoteose das Artes do Bra-sil, a Bramoc volta avenida exaltando as artes com bandeirantes, sacerdotes, artistas, escravos e casares e a famosa comisso de frente com os profetas do Aleijadinho at hoje lembrados, executa-do por Maria Ins Matos e Tina Siqueira. Samba de Jos Geraldo, letra e musica, harmonia e partitura do Maestro Osvaldo Mendes dos Santos (Nina).De 1980 a 1982 os carnavalescos respon-sveis pelo carnaval da Bramoc foram Jaime Fortes e Maione Marques.1984 Houve disputa no carnaval bra-silminense. E a Bramoc se torna campe absoluta portanto a atual campe, pois depois dessa data no houve mais disputa no carnaval. Depois da ausncia no car-naval de 1983 volta a Bramoc avenida para ser a campe com o samba enredo Festana de Reis, Folia do Outros, popu-larmente conhecido como Bumba meu boi, meu boi bumba, mais uma vez letra e msica de Jos Geraldo e harmonia do Maestro Nina.Ainda nesse ano a bateria d um show sob a batuta do Mestre Tono recebendo a partir da o apelido de bateria nota mil. Os puxadores do samba foram Di Brasil e L Cardoso.

    ESCOLA DE SAMBA BRAMOC

  • 1985 -1991 - Novo e grande intervalo sem desfile de escolas de samba em Bra-slia de Minas.1992 Aps 7 anos de intervalo(85-91) Wilson convoca os coraes bramoquei-ros para o samba na avenida, e Tnia e Olga passaram a comandar a Bramoc juntamente com Nereide, Teca, Ana Maria, Lucinha de Hermes, Maria Ins Almeida, Olane, Norberto e outros. Com o samba O Jogo da Vida de Consuelo e Serginho do Cavaco marca a volta tri-unfante da Bramoc que abafa o carnaval mais uma vez.1993 Falando novamente dos negros, das tradies da Bahia e da mistura de raas a Bramoc desfila com o samba Origem e desenvolvimento de Chiqui-nho Poeta e Jorginho do Cavaco.1994 - No ano do centenrio de Braslia de Minas, a escola veio com o samba en-redo Braslia em Festa com msica e letra de Toninho do Cavaco. O destaque desse carnaval foi o carro alegrico abre-alas da escola que trazia o gigantesco bolo

    com o nmero 100 e vrias sambistas so-bre o carro. Nesse ano o diretor de har-monia foi Jos Braga e cada ala teve o seu diretor responsvel. O Mestre de Bateria foi Edson de Belo Horizonte e os puxa-dores de samba, Di Brasil e L Cardoso.1995-2007 mais um grande intervalo sem desfile das escolas de samba em Bra-slia de Minas.2008 Ressurgimento do carnaval, a escola volta a fazer promoes e resolve de novo colocar a escola na rua com o samba O Reviver da Emoo: letra de Antonio Fabrcio de Matos Gonalves, msica Antnio Fabrcio e Anderson Martins (Boca`s) ambos da ala de com-positores da Bramoc, harmonia e partitu-ra Lucas Neves e Marquito. Com o refro Oh Brasilinha bonita e gostosa a escola relembra os velhos carnavais revisitando os sambas enredos antigos e homenageia seus grandes expoentes Wilso e Ana de Dino.2010 - Braslia de Minas recebeu uma tenda estrelada, um picadeiro e o maior

    espetculo em fevereiro. Assim pode ser definido o desfile da Escola de Samba Bramoc nesse ano. A Agremiao entrou na Avenida e levantou o pblico que can-tou junto com a escola o samba enredo A magia do circo de todos os tempos. 2012 - O tema do samba de enredo foi Norte de Minas: Reino da Cultura e Arte, onde abordou a cultura, folclore,