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Vigilância alimentar e nutricional

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  • 1. Braslia - DF2004Srie A. Normas e Manuais Tcnicos

2. @ 2004 Ministrio da Sade. permitida a reproduo parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte.A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra da rea Tcnica.Srie A. Normas e Manuais TcnicosTiragem: 1. edio 2004 20.000 exemplaresElaborao, distribuio e informaes:MINISTRIO DA SADESecretaria de Ateno SadeDepartamento de Ateno BsicaCoordenao-Geral da Poltica de Alimentao e NutrioSEPN 511, bloco C, Edifcio Bittar IV, 4.oandarCEP: 70750-543 Braslia, DFTel.: (61) 448 8040Fax: (61) 448 8228E-mail: [email protected] page: www.saude.gov.br/alimentacaoORGANIZAO PAN-AMERICANA DA SADESetor de Embaixadas Norte, lote 19CEP 70800-400, Braslia DF, BrasilTel.: 55 - (61) 426 9595Fax: 55 - (61) 426 9591Home page: www.opas.org.brFUNDAO OSWALDO CRUZFundao de Ensino, Pesquisa, desenvolvimento Tecnolgicoe Cooperao Escola Nacional de Sade Pblica (Fiotec)Av. Leopoldo Bulhes, 1.480 trreo, sala 1CEP: 21041-210 Rio de Janeiro, RJTel.: (21) 3882 9048Fax: (21) 3882 9222E-mail: [email protected]:Andhressa Arajo Fagundes CGPAN/DAB/SAS/MSDenise Cavalcante de Barros Ensp/Fiocruz/Cecan-SudesteHelen Alto Duar CGPAN/DAB/SAS/MSLuciana Monteiro Vasconcelos Sardinha CGPAN/DAB/SAS/MSMariana Martins Pereira Estagiria CGPAN/DAB/SAS/MSMarlia Mendona Leo CGPAN/DAB/SAS/MSColaboradores:Denise Coitinho UnB CGPAN/DAB/SAS/MSElisabetta Recine UnB CGPAN/DAB/SAS/MSIns Ribeiro de Castro Rugani SMS/RJ UERJMalaquias Baptista Filho UFPE/IMIP/Cecan-Nordeste IMrcia Regina Vitolo UnisinosMaria de Ftima C. C. Carvalho CGPAN/DAB/SAS/MSMaria Helena Bencio FSP/USPRosely Sichieri UERJWolney Conde FSP/USPZuleica Portela de Albuquerque OPS/OMSApoio:Srgio Ricardo Ischiara CGPAN/DAB/SAS/MSFotograas:Geraldo MeloModelos:Bryan Monteiro Pontes da Silva, Maristela Ribeiro de Almeidae Yan Moreira de Freitas Ferreira CrianaDaniela Tarta de Nascimento Adultorica Rodrigues Silva Prossional de sadeParcerias:Fundao Oswaldo CruzMinistrio do Desenvolvimento Social e Combate FomeOrganizao Pan-Americana da SadeImpresso no Brasil / Printed in BrazilFicha CatalogrcaVigilncia alimentar e nutricional - Sisvan: orientaes bsicas para a coleta, processamento, anlisede dados e informao em servios de sade / [Andhressa Arajo Fagundes et al.]. Braslia:Ministrio da Sade, 2004.120 p.: il. color. (Srie A. Normas e Manuais Tcnicos)Publicao da CGPAN do Ministrio da Sade e Opas, contando com a parceria da Fiocruz e doMinistrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome.ISBN 85-334-0824-21. Vigilncia nutricional. 2. Sistemas de informao. 3. Assistncia sade. I. Brasil. Ministrioda Sade. II. Brasil. Fundao Oswaldo Cruz. III. Brasil. Ministrio do Desenvolvimento Social eCombate Fome. IV. Organizao Pan-Americana da Sade. V. [Fagundes, Andhressa Arajo. et al.].VI. Ttulo. VII. Srie.Ttulos para indexao:Em ingls: Food and Nutritional Surveillance Sisvan. Basic Guidance for DataCollection, Processing and Analysis and Information on Health ServicesEm espanhol:Vigilancia Alimentaria y Nutricional Sisvan. Orientaciones Bsicas para laRecogida, Procesamiento y Anlisis de Datos e Informacin sobre Serviciosde SaludCatalogao na fonte Editora MS OS 2004/0945 3. SUMRIO5INTRODUOPARTE IOBJETIVO, DEFINIO E HISTORICO DA VIGILNCIA ALIMENTAR ENUTRICIONAL - SISVANPARTE IICRITRIOS PARA O DIAGNSTICOS E O ACOMPANHAMENTO DOESTADO NUTRICIONALO QUE NDICE E PONTO DE CORTE?O QUE PADRO OU POPULAO DE REFERNCIA?O QUE PERCENTIL?QUAL A RECOMENDAO PARA OS NDICES ANTROPOMTRICOSADOTADOS PELO SISVANCRIANAS (< DE 10 ANOS DE IDADE)ADOLESCENTES ( DE 10 E < DE 20 ANOS DE IDADE)ADULTO ( DE 20 E < DE 60 ANOS DE IDADE)IDOSO ( DE 60 ANOS DE IDADE)GESTANTE (> DE 10 E < DE 60 ANOS DE IDADE)O DIAGNSTICO COLETIVOOBJETIVO DAS INFORMAESREFERNCIAS BIBLIOGRFICASANEXO IO MTODO ANTROPOMTRICOCOMO COLETAR O PESO- PESANDO CRIANAS MENORES DE 2 ANOS- PESANDO CRIANAS MAIORES DE 2 ANOS, ADOLESCENTESE ADULTOS713147141314151520222324323335394343SUMRIO4739 4. SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL4SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL4COMO COLETAR O COMPRIMENTO E A ALTURA- COMPRIMENTO DE CRIANAS MENORES DE 2 ANOS- ALTURA PARA CRIANAS MAIORES DE 2 ANOS,ADOLESCENTES E ADULTOSCOMO COLETAR A CIRCUNFERNCIA DA CINTURA DE ADULTOSCOMO COLETAR A CIRCUNFERNCIA DO QUADRIL DE ADULTOSANEXO IIFICHA DE CADASTRO INDIVIDUAL - SISVANANEXO IIIMAPA DE ACOMPANHAMENTO DIRIO - SISVANANEXO IVTABELAS COMPLETAS DO NCHSANEXO VTABELAS RESUMIDAS PARA USO NA ROTINA DO SERVIO DESADEANEXO VIPUBLICAES DA CGPAN/MSANEXO VIICURVAS DE CRESCIMENTO DO CARTO DA CRIANA/MS- MENINA- MENINO5254565963636565101101113113115115117525859 5. 5INTRODUOA excluso social no Brasil, em sua expresso mais dramtica, podeser representada por aqueles brasileiros que ainda passam fome. Asestatsticas nacionais revelam que a geograa da fome continua delineada por aquelasregies e bolses de pobreza onde os baixos nveis da economia, da educao e dodesenvolvimento persistem. Onde as desigualdades da distribuio de renda explica adesigualdade do acesso aos alimentos.O quadro nutricional do pas j revela, h mais de 15 anos, mudanasde padro, indicando a coexistncia de desnutrio e de sobrepeso e obesidade emtodos os segmentos da populao. Estas so situaes de extrema gravidade social,pois desequilibram a sade de um indivduo expondo-o ao risco maior de adoecer oumorrer.A Vigilncia Alimentar e Nutricional - SISVAN um valioso instrumentode apoio s aes de promoo da sade que o Ministrio da Sade oferece aosprossionais da rea e aos gestores do Sistema nico de Sade - SUS, visando aumentar a qualidade da assistncia populao. Valorizar a avaliao do estadonutricional atitude essencial ao aperfeioamento da assistncia e da promoo sade.No tarefa fcil propor a uniformizao das prticas de um sistemade Vigilncia Alimentar e Nutricional - SISVAN em um pas com tantas diversidadese contrastes, como o caso do Brasil. No entanto, para que se tenha a informaopadronizada e passvel de comparaes entre municpios, estados, regies e outrosestratos pertinentes imprescindvel a construo de um sistema para todas as Unidadesda Federao. O dever de buscar a melhoria do nvel de sade da populao fez comque todas as diculdades fossem superadas e espera-se que o Sistema de VigilnciaAlimentar e Nutricional - SISVAN, uma vez adotado em todos municpios brasileiros,possa contribuir para a melhoria do perl de sade e nutrio do pas.INTRODUO 6. PARTEI7OBJETIVO, DEFINIO E HISTRICO DA VIGILNCIA ALIMENTAR ENUTRICIONAL - SISVANQUAL O OBJETIVO DESTE MATERIAL DE ORIENTAES BSICAS?Divulgar as informaes bsicas para a implantao e a implementao dasaes de Vigilncia Alimentar e Nutricional - SISVAN em todo o pas. Este documentopretende oferecer informaes sobre o histrico do SISVAN, como coletar os dados,como fazer o diagnstico nutricional individual e o coletivo e sobre os parmetrosutilizados pelo SISVAN Nacional, sistema informatizado que est sendo disponibilizadopela Coordenao-Geral da Poltica de Alimentao e Nutrio/DAB/SAS e peloDATASUS/Ministrio da Sade para os Estabelecimentos Assistenciais de Sade - EASque compem o SUS.QUAIS OS OBJETIVOS DO SISTEMA DE INFORMAO EM VIGILNCIAALIMENTAR E NUTRICIONAL - SISVAN?Um sistema de informao consiste em um processo de transformao dedados em informaes, as quais so, posteriormente, usadas para tomada de deciso,formulao ou reorientao de polticas pblicas. A Vigilncia Alimentar e Nutricional-SISVAN destina-se ao diagnstico descritivo e analtico da situao alimentar e nutricionalda populao brasileira, contribuindo para que se conhea a natureza e a magnitudedos problemas de nutrio, identicando reas geogrcas, segmentos sociais e grupospopulacionais de maior risco aos agravos nutricionais. Um outro objetivo avaliar oestado nutricional de indivduos para obter o diagnstico precoce dos possveis desviosnutricionais, seja baixo peso ou sobrepeso/obesidade, evitando as conseqnciasdecorrentes desses agravos sade.QUEM SO OS SUJEITOS DAS AES DE VIGILNCIA ALIMENTAR ENUTRICIONAL - SISVAN?O Sistema atender a clientela assistida pelo SUS. A populao atendida formada por indivduos, de qualquer fase do ciclo de vida (criana, adolescente,adulto, idoso e gestante) que procurar por demanda espontnea um EstabelecimentoAssistencial de Sade - EAS ou que assistida pelos Programas Sade da Famlia - PSFe Agente Comunitrio de Sade - PACS e outros vinculados ao SUS.O QUE SIGNIFICA A SIGLA SISVAN?Sistema de Vigilncia Alimentar e Nutricional. Consiste em um sistema deinformao cujo objetivo conferir a necessria racionalidade como base de decisesnas aes de alimentao e nutrio e promoo da sade em qualquer das trs esferasde Governo - municipal, estadual e federal.PARTE I 7. SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL8QUAIS SO OS PRINCPIOS QUE COMPEM O CONCEITO DAS AES DOSISTEMA DE VIGILNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL - SISVAN?- SISTEMA: uma organizao com atividades padronizadas,complementares ou interdependentes e com tarefas denidas, tendo o papel de receberdados, transform-los em informao e divulg-las sociedade, buscando dar respostasaos resultados encontrados por intermdio de aes de promoo sade, prevenoe cura de doenas. Com essas aes, o sistema possibilita a identicao de gruposde risco biologicamente vulnerveis e utiliza os resultados para o monitoramento dasade e nutrio da populao.- VIGILNCIA: atividades continuadas e rotineiras de observao,coleta, anlise de dados e informao.- ALIMENTAR: aspectos que envolvem a produo, a comercializao eo acesso aos alimentos.- NUTRICIONAL: refere-se ao estado nutricional do indivduo, ou seja, oresultado do acesso e ingesto dos alimentos e de sua utilizao biolgica.QUANDO FOI CRIADO E QUEM RECOMENDOU O SISVAN?A Vigilncia Alimentar e Nutricional - SISVAN foi preconizada na dcada de70 (sculo XX), baseada nas recomendaes internacionais da Organizao Mundialda Sade - OMS, Organizao Pan-Americana da Sade - OPAS e da Organizaodas Naes Unidas para a Agricultura e a Alimentao - FAO. As recomendaes doSISVAN foram baseadas na construo de um sistema de informaes para a vigilnciado estado nutricional e da situao alimentar de uma determinada populao, devendoser tratado em conjunto por vrios setores, como agricultura, economia e sade.O SISVAN FOI IMPLANTADO NO BRASIL NA MESMA POCA EM QUE FOIPRECONIZADO INTERNACIONALMENTE?No. Na dcada de 70, a Vigilncia Alimentar e Nutricional - SISVANfoi concebida na Amrica Latina. Somente na dcada de 90, o SISVAN assume, emnvel nacional, identidade prpria, habilitando-se, de incio, a atuar no combate aosdistrbios nutricionais como responsabilidade do setor sade.QUAL FOI A BASE DA PROPOSTA BRASILEIRA PARA O SISVAN?Foi concebida em trs eixos, de modo a fomentar:1. a formulao de polticas pblicas, estratgias, programas e projetossobre alimentao e nutrio;2. o planejamento, o acompanhamento e a avaliao de programassociais nas reas alimentar e nutricional;3. a operacionalizao e o ganho de eccia das aes de governo. 8. PARTEI9QUAIS FORAM OS PRINCIPAIS FATOS RELACIONADOS AO SISVAN DESDESUA IMPLANTAO NO BRASIL?-1976: Proposta de implantao do SISVAN pelo Instituto Nacional deAlimentao e Nutrio - INAN (autarquia do Ministrio da Sade criada em 1972 eextinta em 1997). A proposta foi baseada na construo de um sistema de informaopara a vigilncia do estado nutricional direcionado ao diagnstico e ao tratamentoda desnutrio infantil. Esta tentativa no teve desdobramentos e a proposta no foiconcretizada em nvel nacional. Ocorreram, entretanto, algumas experincias locais,que perduram at o momento.-1990: Promulgao da Lei 8080/1990, no captulo I, artigo 6, incisoIV - Lei Orgnica da Sade, que recomendou a adoo do Sistema de VigilnciaAlimentar e Nutricional - SISVAN no mbito do SUS.Criao do SISVAN, mediante a Portaria 1.156 publicada no DirioOcial da Unio de 31/08/1990 pelo INAN/Ministrio da Sade; as Portarias 79e 80 publicadas em 16/10/1990 pelo INAN/Ministrio da Sade estabeleceramrespectivamente um comit assessor para prestar apoio tcnico operacional implementao do SISVAN e um grupo tcnico de coordenao deste.-1993: Criao do Programa Leite Sade (Plano de Combate Fomee Misria). O SISVAN foi estabelecido como requisito para a adeso dos municpiospara este Programa. A Vigilncia Alimentar e Nutricional no Brasil cou restrita ainstrumento de triagem do Programa Leite Sade, no tendo evoludo como um sistemade vigilncia nacional.-1998: O SISVAN foi um dos pr-requisitos para adeso ao ProgramaIncentivo ao Combate s Carncias Nutricionais ICCN, Portaria GM/MS 709publicada no Dirio Ocial da Unio de 11/06/1999 pelo INAN/Ministrio daSade;. O critrio de permanncia do municpio no programa foi o envio regular dedados s instncias especcas de Vigilncia Alimentar e Nutricional.Com a implantao do ICCN, foram encaminhados a todos os municpiosque aderiram ao programa, formulrios para coleta de dados nos EstabelecimentosAssistenciais de Sade e por agentes de sade. O uxo estabelecido foi: ao nal decada ms as Secretarias Municipais de Sade deveriam enviar Secretaria Estadual deSade seus formulrios consolidados que seriam encaminhados trimestralmente ao nvelnacional. Todo esse processo foi feito por meio de formulrios/planilhas, em sistemasde coleta manual.-1999: Aprovao da Poltica Nacional de Alimentao e Nutrio PNAN com a publicao da Portaria n 710 de 10/06/99 do Ministrio da Sade,que na diretriz nmero trs determina que a Vigilncia Alimentar e Nutricional - SISVANseja ampliada e aperfeioada, de modo a agilizar os seus procedimentos e a estendersua cobertura a todo o pas. Estabelece, ainda, as seguintes funes: suporte para odesenho e o ajuste de programas, a atualizao contnua e a anlise sistemtica deinformaes concernentes situao alimentar e nutricional do pas. 9. SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL10-2000: No I Encontro de Coordenadores Estaduais de Alimentao eNutrio e Centros Colaboradores em Alimentao e Nutrio foi demandada Coordenao-Geral da Poltica de Alimentao e Nutrio - Ministrio da Sade aurgente informatizao e uniformizao do Sistema de Vigilncia Alimentar e Nutricional -SISVAN, em nvel nacional.-2001: Realizao pela Coordenao-Geral da Poltica de Alimentaoe Nutrio - Ministrio da Sade de diagnstico da situao do Sistema de VigilnciaAlimentar e Nutricional - SISVAN, em nvel nacional. As limitaes encontradas foram:baixa cobertura, pouca qualidade dos dados, descontinuidade no envio, falta deintegrao entre os sistemas existentes (iniciativas estaduais/municipais), duplicidadena coleta de informaes, dados coletados considerando as informaes por consultasrealizadas e no por indivduos atendidos, dados de demanda ou rotina dos serviose no de base populacional, e ainda, as informaes eram somente sobre estadonutricional e no alimentares.-2002: Iniciou-se um processo de reestruturao do Sistema de VigilnciaAlimentar e Nutricional sob a direo da Coordenao-Geral da Poltica deAlimentao e Nutrio CGPAN, do Ministrio da Sade. A informatizao cousob responsabilidade do DATASUS e a denio tcnico-cientca cou a cargo daCGPAN, que contou com a participao de especialistas, dos Centros Colaboradorese reas tcnicas de Alimentao e Nutrio no mbito das Secretarias de Estado daSade de todo o pas.-2003/2004: A Coordenao-Geral da Poltica de Alimentao eNutrio CGPAN, do Ministrio da Sade concluiu o projeto de concepo dosistema informatizado em Vigilncia Alimentar e Nutricional - SISVAN. Iniciaram-seas capacitaes dos prossionais de sade nos nveis estadual e municipal. Foramelaborados materiais de apoio implementao das aes do SISVAN. Todo esteprocesso foi discutido e pactuado na Comisso Intersetorial de Alimentao e Nutrio- CIAN do Conselho Nacional de Sade - CNS, na Comisso Intergestores Tripartite- CIT e ainda no Conselho Nacional de Segurana Alimentar e Nutricional - CONSEA,que assessora o Presidente da Repblica.QUAIS SO AS FONTES DE DADOS QUE A VIGILNCIA ALIMENTAR ENUTRICIONAL - SISVAN PODER UTILIZAR?A principal fonte de dados das aes de Vigilncia Alimentar e Nutricional- SISVAN ser os dados coletados pelos Estabelecimentos Assistenciais de Sade (EAS).Entretanto, outras fontes de dados podem ser utilizadas pelos prossionais, tais como:- estudos e pesquisas populacionais;- programas: Programa Agente Comunitrio de Sade (PACS) e ProgramaSade da Famlia (PSF);- creches, escolas e outras entidades pertinentes;- outros bancos de dados do SUS, por exemplo, Sistema de Informaosobre Mortalidade (SIM), Sistema de Informao sobre Nascidos-Vivos(SINASC), Sistema de Ateno Bsica (SIAB), entre outros. 10. PARTEI11A VIGILNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL - SISVAN UM PROGRAMADE INTERVENO?No. No entanto, a Vigilncia Alimentar e Nutricional - SISVAN umsistema de informao que possibilitar o monitoramento dos programas de intervenona rea de alimentao e nutrio e na rea social. Tanto o ICCN (Incentivo ao Combates Carncias Nutricionais) quanto o Programa Bolsa-Alimentao foram programasde interveno do Ministrio da Sade, destinados clientela em risco nutricional eque foram monitorados pelo SISVAN. A populao beneciria dos programas deinterveno precisa ser monitorada em seu estado nutricional para que seja avaliado oimpacto do programa, seja no mbito individual ou no populacional.COMO A VIGILNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL - SISVAN PODEAJUDAR NO CONTROLE SOCIAL?A informao gerada pelo SISVAN constitui em um poderoso instrumentopoltico para auxiliar no controle social, pois fornece o diagnstico da situao desade e nutrio de grupos populacionais especcos ou da populao em geral.Assim, a depender deste diagnstico possvel vericar a extenso e o efetivo impactodas polticas pblicas. Alm disso, as informaes geradas subsidiam a cobrana deresultados e aes dos gestores do SUS.O QUE ATITUDE DE VIGILNCIA?Atitude de vigilncia ter um olhar diferenciado para cada indivduo, paracada grupo, para cada fase do ciclo de vida. usar a informao gerada rotineiramenteno s para retroalimentar o Sistema da Vigilncia Alimentar e Nutricional e subsidiar asprogramaes locais e as instncias superiores, mas tambm us-la de forma imediatapara repensar a prtica e qualicar a assistncia prestada queles indivduos quediariamente so atendidos na rede de sade.Valorizar o estado nutricional do indivduo e da coletividade, bem como oregistro adequado dos dados em planilhas raticar a importncia da nutrio comocoadjuvante das aes bsicas de sade. trabalhar sob a tica da promoo dasade em consonncia com a realidade epidemiolgica local. importante, por m, destacar que a informao deve estar voltada paraa ao. O esperado que essas informaes e aes contribuam efetivamente para ocontrole dos problemas de sade identicados e para a preveno e a promoo dasade e nutrio da populao. 11. PARTEII13CRITRIOS PARA O DIAGNSTICO E O ACOMPANHAMENTO DO ESTADONUTRICIONALO que estado nutricional?No plano individual ou biolgico, estado nutricional o resultado doequilbrio entre o consumo de nutrientes e o gasto energtico do organismo para supriras necessidades nutricionais. O estado nutricional pode ter trs tipos de manifestaoorgnica:- Adequao Nutricional (Eutroa): manifestao produzida peloequilbrio entre o consumo em relao s necessidades nutricionais.- Carncia Nutricional: manifestaes produzidas pela insucinciaquantitativa e/ou qualitativa do consumo de nutrientes em relao snecessidades nutricionais.- Distrbio Nutricional: manifestaes produzidas pelo excesso e/ou desequilbrio de consumo de nutrientes em relao s necessidadesnutricionais.Qual o mtodo de escolha a ser usado na avaliao do estado nutricionalem servios de sade?Para a vigilncia do estado nutricional preconizado o mtodoantropomtrico. A antropometria um mtodo de investigao em nutrio baseado namedio das variaes fsicas e na composio corporal global. aplicvel em todasas fases do ciclo de vida e permite a classicao de indivduos e grupos segundo oseu estado nutricional. Esse mtodo tem como vantagens ser barato, simples, de fcilaplicao e padronizao, alm de pouco invasivo.Ademais, possibilita que os diagnsticos individuais sejam agrupados eanalisados de modo a fornecer o diagnstico de coletivo, permitindo conhecer o perlnutricional de um determinado grupo.A antropometria, alm de ser universalmente aceita, apontada comosendo o melhor parmetro para avaliar o estado nutricional de grupos populacionais.Para conhecer detalhadamente o mtodo antropomtrico, leia o anexo I.Quais as fases do ciclo de vida contempladas pela Vigilncia Alimentare Nutricional - SISVAN?- Criana: menor de 10 anos de idade- Adolescente: maior ou igual a 10 anos e menor que 20 anos de idade- Adulto: maior ou igual a 20 anos e menor que 60 anos de idade- Idoso: maior ou igual a 60 anos de idade- Gestante: mulher com idade maior que 10 anos e menor que 60 anosde idadePARTE II 12. SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL14Quais so os dados fundamentais a serem coletados para a VigilnciaAlimentar e Nutricional - SISVAN que possibilitam a avaliao do estadonutricional?Dados de identicao:- Data de nascimento (idade)- SexoDados antropomtricos:- Peso- AlturaCom estes dados, pode-se calcular os ndices antropomtricos ou nutricionaismais utilizados, lembrando que cada uma das fases do ciclo de vida possui refernciase pontos de corte diferenciados.O que ndice e ponto de corte?O ndice o resultado da razo entre duas ou mais medidas/variveis,o qual isoladamente, no fornece um diagnstico. A importncia do ndice apossibilidade de interpretar e agrupar medidas. Exemplo: Peso em relao a idade.Para ser feito um diagnstico antropomtrico, necessria a comparaodos valores encontrados na avaliao com os valores de referncia ditos como normais,para identicar se existe alterao ou no. Os limites de normalidade so chamadosde pontos de corte.Os pontos de corte so, portanto, limites estabelecidos (inferiores esuperiores) que delimitam, com clareza, o intervalo de normalidade.O que padro ou populao de referncia? uma populao cujas medidas foram aferidas em indivduos sadios,vivendo em condies socioeconmicas, culturais e ambientais satisfatrias, tornando-seuma referncia para comparaes com outros grupos. Com a distribuio grca dasmedidas de peso e altura de indivduos normais, so construdas curvas de referncia.A Organizao Mundial da Sade - OMS e o Ministrio da Sade recomendam paraas crianas a referncia internacional do National Center for Health Statistics - NCHS(27), publicado em 1977.O que percentil?Percentil a medida estatstica proveniente da diviso de uma srie deobservaes em cem partes iguais, estando os dados ordenados do menor para omaior, em que cada ponto da diviso corresponde a um percentil.Percentil a forma de classicao adotada pelo Ministrio da Sade parauso em servios de sade, por meio do Carto da Criana. As curvas de Peso/Idadeadotadas no Carto da Criana correspondem ao padro do NCHS e so elas:percentil 0,1; percentil 3; percentil 10; percentil 97 (12). 13. PARTEII15Qual a recomendao da OMS e do Ministrio da Sade para os ndicesantropomtricos adotados pela Vigilncia Alimentar e Nutricional?FASES DO CICLO DE VIDA NDICESCrianas < 10 anos*Peso / IdadeAltura / IdadePeso / AlturaAdolescentes* IMC percentilarAdultos*IMCRelao Cintura QuadrilIdosos ** IMCGestantes*** IMC por semana gestacional* Fonte: Para criana, adolescente e adulto: WORLD HEALTH ORGANIZATION - WHO. Physical Status: the use andinterpretation of anthropometry. WHO Technical Report Series n. 854. Geneva: WHO, 1995.** Fonte: Para o idoso: LIPSCHITZ, D. A. Screening for nutritional status in the elderly. Primary Care, 21 (1): 55-67,1994.*** Fonte: Para gestante: ATALAH, E. et al. Validation of a new chart for assessing the nutritional status duringpregnancy. First draft, 1999.ATALAH E et al. Propuesta de un nuevo estndar de evaluacin nutricional en embarazadas. Revista Mdicade Chile, 125(12):1429-1436, 1997.Quais os parmetros preconizados pela Vigilncia Alimentar eNutricional - SISVAN para cada fase do ciclo de vida?CRIANAS (< 10 anos de idade)O acompanhamento sistemtico do crescimento e do desenvolvimentoinfantil de grande importncia, pois monitora e, assim, favorece as condies desade e nutrio da criana assistida.Os ndices antropomtricos so utilizados como o principal critrio desseacompanhamento. Essa indicao baseia-se no conhecimento de que a discrepnciaentre as necessidades siolgicas e a ingesto de alimentos causam alteraes fsicasnos indivduos, desde o sobrepeso e a obesidade at graves quadros de desnutrio.O acompanhamento da sade infantil proposto pelo Ministrio da Sadesegundo um calendrio mnimo de consultas, para avaliar e acompanhar, de maneirasistemtica, os processos de crescimento e desenvolvimento da criana. Nesta agenda,ca estabelecido quando e quantas vezes a criana deve ir ao servio de sade nosseus primeiros seis anos de vida. 14. SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL16CALENDRIO MNIMO DE CONSULTAS PARA ASSISTNCIA CRIANANmero deConsultasIDADEdias meses anos15 1 2 4 6 9 12 18 24 3 4 5 61 ano - sete X X X X X X X2 ano - duas X X3 ano - uma X4 ano - uma X5 ano - uma X6 ano - uma XFonte: MINISTRIO DA SADE. Srie Caderno de Ateno Bsica: n 11: Sade da Criana: acompanhamento docrescimento e desenvolvimento infantil. Braslia, 2002.O Carto da Criana , atualmente, o instrumento usado para orientar omonitoramento nutricional de crianas menores de 7 anos. Ele est disponvel em duasverses: uma para meninos (verde) e uma para meninas (laranja) que, alm da cor,diferem na curva de crescimento em virtude do desenvolvimento fsico ser diferente paracada sexo. Toda criana menor de sete anos tem o direito de possuir um exemplar desseCarto, que tem distribuio nacional, sendo entregue s mes na maternidade ou, se istono ocorrer, quando estas forem a algum Estabelecimento Assistencial de Sade - EAS. Cadacriana deve possuir apenas um carto, onde so anotadas e atualizadas as informaesmais importantes sobre a histria da sua sade, como intercorrncias, monitoramentodo crescimento (por meio do grco peso/idade) e o controle das imunizaes, desdeo nascimento.A me ou responsvel deve ser muito bem orientada para compreender asinformaes contidas no Carto da Criana, guard-lo em boas condies e apresent-lo em todos os contatos com prossionais e/ou servios de sade, pois ele tem cartermotivacional e educacional para a melhoria da sade infantil, dentro da abordagemdos cuidados primrios de sade.A referncia para o diagnstico do estado nutricional de crianas menoresde 7 anos na Vigilncia Alimentar e Nutricional - SISVAN a curva de crescimentodo Carto da Criana, instrumento que auxilia na articulao de todas as aes desade e nutrio na infncia. O grco da curva de crescimento segue a seguintepadronizao: Variveis: peso e idade ndice: Peso/Idade (P/I) Referncia: NCHS (1977) Classicao: percentis (p) Pontos de corte: p0,1; p3; p10; p97 15. PARTEII17ndices antropomtricos:Os dados de peso, altura, idade, entre outros, quando combinados tornam-se um ndice.Os ndices nutricionais mais amplamente usados, recomendados pelaOrganizao Mundial de Sade - OMS e adotados pelo Ministrio da Sade para aavaliao do estado nutricional, so:Peso por idade (P/I): Expressa a massa corporal para a idadecronolgica. o ndice utilizado para a avaliao do estado nutricional, contempladono Carto da Criana. Essa avaliao muito adequada para o acompanhamento docrescimento infantil e reete a situao global do indivduo; porm, no diferencia ocomprometimento nutricional atual ou agudo dos pregressos ou crnicos.Altura por idade (A/I): Expressa o crescimento linear da criana. ondice que melhor indica o efeito cumulativo de situaes adversas sobre o crescimentoda criana. considerado o indicador mais sensvel para aferir a qualidade de vidade uma populao.Peso por altura (P/A): Este ndice dispensa a informao da idade;expressa a harmonia entre as dimenses de massa corporal e altura. sensvel para odiagnstico de excesso de peso, carecendo, porm, de medidas complementares parao diagnstico preciso de sobrepeso e obesidade.OBSERVAO IMPORTANTE:Para a avaliao e diagnstico nutricional de crianas maiores de 7 e menoresde 10 anos de idade a Vigilncia Alimentar e Nutricional - SISVAN recomenda autilizao dos ndices Altura/Idade e Peso/Altura, mantendo os mesmos pontosde corte j padronizados (p3; p10; e p97).Populao de referncia adotada pela Vigilncia Alimentar e Nutricional -SISVAN:A OMS dene como metodologia de referncia a amostragem representativade indivduos saudveis de uma determinada populao que vive em condiessocioeconmicas estveis. A referncia recomendada pela OMS e adotada peloMinistrio da Sade do National Center for Health and Statistics - NCHS (27).Pontos de Corte:O Ministrio da Sade preconiza como classicao do estado nutricionalinfantil o percentil, por entender que a forma de mais fcil compreenso e utilizao.Porm, tambm so utilizadas outras formas de classicao, tais como: desvio padro,escore Z e percentuais da mdia.Os pontos de corte estabelecidos pela Vigilncia Alimentar e Nutricional -SISVAN so os mesmos adotados pela rea Tcnica da Sade da Criana do Ministrioda Sade: percentis 0,1; 3; 10 e 97. 16. SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONALSVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONALSISVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONALISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONALVANSSVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONALS18Pontos de corte (P/I) estabelecidos para crianas menores de 7 anos.PERCENTIL DIAGNSTICO NUTRICIONAL< Percentil 0,1 Peso Muito Baixo para a Idade Percentil 0,1 e < Percentil 3 Peso Baixo para a Idade Percentil 3 e < Percentil 10 Risco Nutricional Percentil 10 e < Percentil 97 Adequado ou Eutrco Percentil 97 Risco de SobrepesoFonte: WORLD HEALTH ORGANIZATION - WHO. Physical Status: the use and interpretation of anthropometry. WHOTechnical Report Series n. 854. Geneva: WHO, 1995 e MINISTRIO DA SADE. Srie Caderno de Ateno Bsica:Physical Status:e MINISTRIO DA SADE. Srie Caderno de Ateno Bsica:Physical Status: the use and interpretation ofe MINISTRIO DA SADE. Srie Caderno de Ateno Bsica:the use and interpretation of anthropometry. WHOe MINISTRIO DA SADE. Srie Caderno de Ateno Bsica:anthropometry. WHOn 11: Sade da Criana: acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil. Braslia, 2002.Padronizao para a idade:As informaes disponveis na referncia do NCHS so em meses. A regrade aproximao que deve ser seguida para as idades no exatas so:- Frao de idade at 15 dias: aproxima-se a idade para baixo, isto ,para o ms j completado.- Frao de idade igual ou superior a 16 dias: aproxima-se a idade paracima, ou seja, para o ms a ser completado.EXEMPLO: Maria nasceu em 25/09/1999, Helena em 28/06/1998 e Marceloem 03/04/1996. Eles foram a um Estabelecimento Assistencial de Sade - EAS parauma consulta de rotina no dia 10/08/2000.Quais as idades que devem ser procuradas no Carto da Criana parafazer o diagnstico nutricional?- Maria: 10 meses e 16 dias = 11 meses- Helena: 2 anos, 1 ms e 13 dias = 2 anos e 1 ms- Marcelo: 4 anos, 4 meses e 7 dias = 4 anos e 4 mesesEM RESUMO, OS PASSOS PARA O DIAGNSTICO NUTRICIONAL DACRIANA SO:1 PASSO: Calcular a idade em meses, fazendo as aproximaesnecessrias.2 PASSO: Pesar a criana usando a tcnica e os instrumentos adequados(ver Anexo I).3 PASSO: Anotar os dados nas chas da Vigilncia Alimentar eNutricional - SISVAN. 17. PARTEII194 PASSO: Marcar no grco de crescimento do Carto da Criana, oponto de interseo entre a idade e o peso da criana paraos menores de 7 anos.5 PASSO: Fazer o diagnstico nutricional por meio do percentil.6 PASSO: Vericar a inclinao da curva de crescimento paracomplementar o diagnstico nutricional.7 PASSO: Compartilhar com a me/responsvel o diagnsticonutricional da criana.8 PASSO: Fazer a interveno adequada, para cada situao.9 PASSO: Realizar aes de promoo da sade. Valorizar odiagnstico nutricional ter atitude de vigilncia!Ressalta-se que:As aes bsicas de sade da criana, sobretudo o monitoramento docrescimento e do desenvolvimento, devem ser desenvolvidas em conjunto com a vigilncianutricional. Para a Vigilncia Alimentar e Nutricional - SISVAN, essa conjugao fundamental para a atitude de vigilncia. Com isso, ser possvel melhorar a ecinciadas aes de promoo da sade e de preveno dos problemas nutricionais.DADOS COMPLEMENTARES RECOMENDADOS PELA VIGILNCIAALIMENTAR E NUTRICIONAL - SISVANCom o objetivo de complementar o diagnstico nutricional do indivduo,outros dados so tambm recomendados pelo SISVAN. So eles:PESO AO NASCER: o primeiro diagnstico nutricional, feito imediatamente aps o nascimento.Esse peso reete os problemas nutricionais ocorridos durante a gestao. A classicaousada :- Peso adequado: 2.500 g- Baixo peso ao nascer (BPN): < 2.500 g- Muito baixo peso ao nascer: < 1.500 gALEITAMENTO MATERNO:A amamentao a maneira natural de alimentar o beb nos primeirosmeses de vida. O aleitamento materno apresenta inmeras vantagens. A primeiradelas que o leite materno tem composio de nutrientes especca, que acompanha 18. SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL20as necessidades da criana durante seu crescimento. Alm disso, contm agentesimunolgicos, provenientes da me, que protegem a criana de doenas infecciosase diarricas. Ademais, a amamentao fortalece a musculatura da face e da boca dobeb, o que previne futuros problemas na fala e na ocluso dos dentes.Aalimentaoadequadadesdeonascimento,tendoinciocomoaleitamentomaterno, a garantia de que a criana crescer com todo potencial gentico com oqual nasceu e herdou da famlia.A Organizao Mundial da Sade OMS e o Ministrio da Saderecomendam que o beb seja amamentado exclusivamente ao seio at os 6 mesesde vida. Depois deste perodo, deve-se comear a alimentao complementar com aintroduo de novos alimentos, sem, no entanto, abandonar o aleitamento materno, quedeve prosseguir at os 2 anos de idade ou mais.As categorias de Aleitamento Materno so:- Exclusivo: quando a criana recebe somente leite materno,diretamente da mama ou extrado, e nenhum outro alimento lquido ouslido, com exceo de gotas ou xaropes de vitaminas, minerais e/oumedicamentos.- Predominante: quando o lactente recebe, alm do leite materno,gua ou bebidas base de gua, como sucos de frutas e chs.- Alimentao Complementar: recebe, alm do leite materno,alimentos slidos e semi-slidos, incluindo o leite no-humano.A Vigilncia Alimentar e Nutricional - SISVAN oferece duas outras opespara anotao obrigatria, alm das categorias acima mencionadas:- No recebe leite materno: quando o leite materno no faz parteda dieta da criana.- Sem informao: quando o acompanhante da criana no sabereferir a situao de aleitamento.ADOLESCENTE ( 10 anos e < 20 anos de idade)Nos procedimentos de diagnstico e acompanhamento do estado nutricionalde adolescentes, a Vigilncia Alimentar e Nutricional - SISVAN utiliza o critrio declassicao percentilar do ndice de Massa Corporal - IMC segundo idade e sexo dopadro de referncia National Health and Nutrition Examination Survey - NHANES II(37). O IMC recomendado internacionalmente para diagnstico individual e coletivodos distrbios nutricionais na adolescncia.A classicao do IMC deve ser realizada segundo uma curva de distribuioem percentis por sexo e idade. Como ressalva, tem-se que a falta de um padro nacional um problema, dadas as diversidades e a inuncia de fatores genticos e ambientaisna puberdade. O Brasil no dispe de um padro de referncia, e, por esta razo, oSISVAN adotou a populao de referncia acima citada.A seguir, esto apresentadas as tabelas de percentil de IMC por idade,para adolescentes do sexo feminino e masculino com idade maior ou igual a 10 emenor de 20 anos, que sero utilizadas pelo SISVAN. 19. PARTEII21ndice de Massa Corporal (IMC) = Peso (kg)Altura2(m)Pontos de corte estabelecidos para adolescentes.PERCENTIL DO IMC DIAGNSTICO NUTRICIONAL< Percentil 5 Baixo Peso Percentil 5 e < Percentil 85 Adequado ou Eutrco Percentil 85 SobrepesoFonte: WORLD HEALTH ORGANIZATION - WHO. Physical Status: the use and interpretation of anthropometry. WHOTechnical Report Series n. 854. Geneva: WHO, 1995.IdadePercentil de IMC por IdadeAdolescente Sexo FemininoIdadePercentil de IMC por IdadeAdolescente Sexo Masculino5 15 50 85 95 5 15 50 85 9510 14,23 15,09 17,00 20,19 23,20 10 14,42 15,15 16,72 19,60 22,6011 14,60 15,53 17,67 21,18 24,59 11 14,83 15,59 17,28 20,35 23,7012 14,98 15,98 18,35 22,17 25,95 12 15,24 16,06 17,87 21,12 24,8913 15,36 16,43 18,95 23,08 27,07 13 15,73 16,62 18,53 21,93 25,9314 15,67 16,79 19,32 23,88 27,97 14 16,18 17,20 19,22 22,77 26,9315 16,01 17,16 19,69 24,29 28,51 15 16,59 17,76 19,92 23,63 27,7616 16,37 17,54 20,09 24,74 29,10 16 17,01 18,32 20,63 24,45 28,5317 16,59 17,81 20,36 25,23 29,72 17 17,31 18,68 21,12 25,28 29,3218 16,71 17,99 20,57 25,56 30,22 18 17,54 18,89 21,45 25,95 30,0219 16,87 18,20 20,80 25,85 30,72 19 17,80 19,20 21,86 26,36 30,66EM RESUMO, OS PASSOS PARA O DIAGNSTICO NUTRICIONAL DOADOLESCENTE SO:1 PASSO: Avaliar o adolescente, considerando sua idade em anos eseu sexo.2 PASSO: Aferir a estatura e o peso do adolescente, utilizando astcnicas adequadas (ver Anexo I).3 PASSO: Anotar os dados nas chas da Vigilncia Alimentar eNutricional - SISVAN.4 PASSO: Fazer o diagnstico nutricional por meio das tabelas depercentil de IMC por idade e sexo.5 PASSO: Fazer a interveno adequada, para cada situao.6 PASSO: Realizar aes de promoo da sade. Valorizar odiagnstico nutricional ter atitude de vigilncia! 20. SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONALSVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONALSISVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONALISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONALVANSSVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONALS22ADULTO ( 20 e < 60 anos de idade)Nos procedimentos de diagnstico nutricional de adultos, a VigilnciaAlimentar e Nutricional - SISVAN utiliza a classicao do ndice de Massa Corporal -Nos procedimentos de diagnstico nutricional de adultos, a VigilnciaAlimentar e Nutricional - SISVAN utiliza a classicao do ndice de Massa Corporal -Nos procedimentos de diagnstico nutricional de adultos, a VigilnciaIMC, recomendada pela Organizao Mundial de Sade - OMS (38).As vantagens de se usar esse mtodo para avaliao nutricional de adultosso: facilidade de obteno e padronizao das medidas de peso e altura, dispensaa informao da idade para o clculo, possui alta correlao com a massa corporal eindicadores de composio corporal e no necessita de comparao com curvas dereferncia. Outra caracterstica a ser ressaltado a sua capacidade de predio deriscos de morbi-mortalidade, especialmente em seus limites extremos.ndice de Massa Corporal (IMC) = Peso (kg)Altura2(m)Pontos de corte estabelecidos para AdultosIMC DIAGNSTICO NUTRICIONAL< 18,5 Baixo Peso 18,5 e < 25 Adequado ou Eutrco 25 e < 30 Sobrepeso 30 ObesidadeFonte: WORLD HEALTH ORGANIZATION . Obesity: Preventing and managing the global epidemic Report of aWHO consultation on obesity. Geneva, 1998.Outro parmetro que poder ser utilizado para adultos na VigilnciaAlimentar e Nutricional - SISVAN, com objetivo de complementar o diagnsticonutricional, a relao cintura/quadril - RCQ. Este indicador afere a localizao dagordura corporal. Em adultos, o padro de distribuio do tecido adiposo tem relaodireta com o risco de morbi-mortalidade.Parmetros:Relao Cintura/Quadril Risco para Doenas CardiovascularesRCQ > 1 para homensRCQ > 0,85 para mulheresFonte: WORLD HEALTH ORGANIZATION. Obesity: Preventing and managing the global epidemic Report of aWHO consultation on obesity. Geneva, 1998. 21. PARTEII23EM RESUMO, OS PASSOS PARA O DIAGNSTICO NUTRICIONAL DOADULTO SO:1 PASSO: Pesar a cada consulta e medir a estatura na primeira consulta,repetindo esta medida anualmente, utilizando as tcnicasadequadas (ver Anexo I).2 PASSO: Calcular o IMC e fazer o diagnstico nutricional segundoos pontos de corte estipulados para a Vigilncia Alimentar eNutricional - SISVAN.3 PASSO: Anotar os dados nas chas do SISVAN.4 PASSO: Fazer a interveno adequada, para cada situao.5 PASSO: Realizar aes de promoo da sade. Valorizar odiagnstico nutricional ter atitude de vigilncia!IDOSO ( 60 anos)A antropometria muito til para o diagnstico nutricional dos idosos. ummtodo simples e com boa predio para doenas futuras, mortalidade e incapacidadefuncional, podendo ser usada como triagem inicial, tanto para diagnstico quanto parao monitoramento de doenas.Nos procedimentos de diagnstico e acompanhamento do estado nutricionalde idosos, a Vigilncia Alimentar e Nutricional - SISVAN utilizar como critrio prioritrioo sistema de classicao do ndice de Massa Corporal - IMC, recomendado pelaOrganizao Mundial de Sade - OMS, considerando os pontos de corte diferentesdaqueles utilizados para adultos. Essa diferena deve-se s alteraes siolgicas nosidosos:- o declnio da altura observado com o avanar da idade. Issoocorre em decorrncia da compresso vertebral, mudanas nos discosintervertebrais, perda do tnus muscular e alteraes posturais;- o peso pode diminuir com a idade, porm, com variaes segundosexo. Essa diminuio est relacionada reduo do contedo da guacorporal e da massa muscular, sendo mais evidente no sexo masculino;- alteraes sseas em decorrncia da osteoporose;- mudana na quantidade e distribuio do tecido adiposo subcutneo.- reduo da massa muscular devida sua transformao em gorduraintramuscular, o que leva a alterao na elasticidade e na capacidadede compresso dos tecidos. 22. SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONALSVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONALSISVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONALISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONALVANSSVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONALS24ndice de Massa Corporal (IMC) = Peso (kg)Altura2(m)Pontos de corte estabelecidos para Idosos.IMC DIAGNSTICO NUTRICIONAL 22 Baixo Peso> 22 e < 27 Adequado ou Eutrco 27 SobrepesoFonte: LIPSCHITZ, D. A. Screening for nutritional status in the elderly. Primary Care, 21 (1): 55-67, 1994.EM RESUMO, OS PASSOS PARA O DIAGNSTICO NUTRICIONAL DOIDOSO SO:1 PASSO: Pesar a cada consulta e medir a estatura na primeira consulta,repetindo este procedimento anualmente, utilizando astcnicas adequadas (ver Anexo I).2 PASSO: Calcular o IMC e fazer o diagnstico nutricional segundoos pontos de corte estipulados para a Vigilncia Alimentar eNutricional - SISVAN.3 PASSO: Anotar os dados nas chas do SISVAN.4 PASSO: Fazer interveno adequada, para cada situao.5 PASSO: Realizar aes de promoo da sade. Valorizar odiagnstico nutricional ter atitude de vigilncia!GESTANTE (> 10 anos e < 60 anos)Para avaliar o estado nutricional da gestante, so necessrios a aferiodo peso e da estatura da mulher e o clculo da idade gestacional.Na primeira consulta de pr-natal, a avaliao nutricional da gestante,com base em seu peso e sua estatura, permite conhecer seu estado nutricional atual esubsidiar a previso do ganho de peso at o nal da gestao. Esta avaliao deveser feita conforme descrito a seguir: 23. PARTEII251) Calcule o IMC por meio da frmula:ndice de Massa Corporal (IMC) = Peso (kg)Altura2(m)2. Calcule a semana gestacional:Ateno: Quando necessrio, arredonde a semana gestacional daseguinte forma: 1, 2, 3 dias considere o nmero de semanas completas e 4, 5, 6dias considere a semana seguinte.Exemplo: Gestante com 12 semanas e 2 dias = 12 semanasGestante com 12 semanas e 5 dias = 13 semanas3. Realize o diagnstico nutricional utilizando o Quadro 1. Localizarna primeira coluna a semana gestacional calculada e identique,nas colunas seguintes, em qual faixa est situado o IMC da gestante,calculado conforme descrito acima.OBSERVAO IMPORTANTE:O ideal que o IMC considerado no diagnstico inicial da gestanteseja o IMC pr-gestacional referido (limite mnimo so 2 meses antes) ou o IMCcalculado a partir de medio realizada at a 13asemana gestacional. Casoisso no seja possvel, inicie a avaliao da gestante com os dados da primeiraconsulta de pr-natal, mesmo que esta ocorra aps a 13asemana gestacional.4. Classique o estado nutricional da gestante segundo IMC por semanagestacional da seguinte forma:Baixo Peso (BP): quando o valor do IMC calculado for menor ou igual aosvalores correspondentes coluna do estado nutricionalbaixo peso.Adequado (A): quando o IMC calculado estiver compreendido na faixade valores respondentes coluna do estado nutricionaladequado.Sobrepeso (S): quando o IMC calculado estiver compreendido nafaixa de valores correspondentes coluna do estadonutricional sobrepeso.Obesidade (O): quando o valor do IMC for maior ou igual aos valorescorrespondentes coluna do estado nutricionalobesidade. 24. SISVANSISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONALSISVANSISVANSISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONALSISVAN26Quadro 1: Avaliao do estado nutricional da gestante segundo ndicede Massa Corporal - IMC por semana gestacional.SemanagestacionalBaixo peso(BP) IMC Adequado (A)IMC entreSobrepeso (S)IMC entreObesidade (O)IMC 6 19,9 20,0 24,9 25,0 30,0 30,18 20,1 20,2 25,0 25,1 30,1 30,210 20,2 20,3 25,2 25,3 30,2 30,311 20,3 20,4 25,3 25,4 30,3 30,412 20,4 20,5 25,4 25,5 30,3 30,413 20,6 20,7 25,6 25,7 30,4 30,514 20,7 20,8 25,7 25,8 30,5 30,615 20,8 20,9 25,8 25,9 30,6 30,716 21,0 21,1 25,9 26,0 30,7 30,817 21,1 21,2 26,0 26,10 30,8 30,918 21,2 21,3 26,1 26,2 30,9 31,019 21,4 21,5 26,2 26,3 30,9 31,020 21,5 21,6 26,3 26,4 31,0 31,121 21,7 21,8 26,4 26,5 31,1 31,222 21,8 21,9 26,6 26,7 31,2 31,323 22,0 22,1 26,8 26,9 31,3 31,424 22,2 22,3 26,9 27,0 31,5 31,625 22,4 22,5 27,0 27,1 31,6 31,726 22,6 22,7 27,2 27,3 31,7 31,827 22,7 22,8 27,3 27,4 31,8 31,928 22,9 23,0 27,5 27,6 31,9 32,029 23,1 23,2 27,6 27,7 32,0 32,130 23,3 23,4 27,8 27,9 32,1 32,231 23,4 23,5 27,9 28,0 32,2 32,332 23,6 23,7 28,0 28,1 32,3 32,433 23,8 23,9 28,1 28,2 32,4 32,534 23,9 24,0 28,3 28,4 32,5 32,635 24,1 24,2 28,4 28,5 32,6 32,736 24,2 24,3 28,5 28,6 32,7 32,837 24,4 24,5 28,7 28,8 32,8 32,938 24,5 24,6 28,8 28,9 32,9 33,039 24,7 24,8 28,9 29,0 33,0 33,140 24,9 25,0 29,1 29,2 33,1 33,241 25,0 25,1 29,2 29,3 33,2 33,342 25,0 25,1 29,2 29,3 33,2 33,3Fonte: ATALAH E et al. Propuesta de un nuevo estndar de evaluacin nutricional en embarazadas. Revista Mdica deChile, 125(12):1429-1436, 1997. 25. PARTEII275) Estime o ganho de peso para gestantes utilizando o Quadro 2.Quadro 2: Ganho de peso (kg) recomendado durante a gestao,segundo o estado nutricional inicial.EstadoNutricionalInicial (IMC)Ganho de peso(kg) total no 1trimestreGanho de peso(kg) semanalmdio no 2 e3 trimestresGanho de peso(kg) total nagestaoBaixo Peso (BP) 2,3 0,5 12,5 - 18,0Adequado (A) 1,6 0,4 11,5 - 16,0Sobrepeso (S) 0,9 0,3 7,0 - 11,5Obesidade (O) - 0,3 7,0Fonte: INSTITUTE OF MEDICINE. Nutrition during pregnancy. Washington DC. National Academy Press, 1990.WORLD HEALTH ORGANIZATION - WHO. Physical Status: the use and interpretation of anthropometry. WHOTechnical Report Series n. 854. Geneva: WHO, 1995.Em funo do estado nutricional no incio do pr-natal (Quadro 1), estimeo ganho de peso total at o nal da gestao. Para cada situao nutricional inicial(baixo peso, adequado, sobrepeso ou obesidade) h uma faixa de ganho de pesorecomendada. Para o 1 trimestre, o ganho de peso foi agrupado para todo perodo,enquanto que, para o 2 e o 3 trimestres, previsto por semana. Portanto, j naprimeira consulta, deve-se estimar quantos gramas a gestante dever ganhar no 1trimestre, assim como o ganho por semana at o nal da gestao. Esta informaodeve ser fornecida gestante.Observe que cada gestante dever ter ganho de peso de acordo com seuIMC inicial. Para a previso do ganho de peso ao longo da gestao, faz-se necessriocalcular quanto j ganhou de peso e quanto ainda falta at o nal da gestao emfuno da avaliao clnica.Gestantes de baixo peso (BP) devero ganhar entre 12,5 e 18,0kg durantetoda a gestao, sendo este ganho, em mdia, de 2,3kg no primeiro trimestre dagestao (at a 14 semana) e de 0,5kg por semana no 2 e 3 trimestres de gestao.Essa variabilidade de ganho recomendado deve-se ao entendimento de que gestantescom BP acentuado, ou seja, aquelas muito distantes da faixa de normalidade, devemganhar mais peso (at 18kg) do que aquelas situadas em rea prxima faixa denormalidade, cujo ganho deve situar-se em torno de 12,5kg.Da mesma forma, gestantes com IMC adequado devem ganhar, ao nal dagestao, entre 11,5 e 16,0kg. Aquelas com sobrepeso devem acumular entre 7,0 e11,5Kg e as obesas devem apresentar ganho em torno de 7,0kg, com recomendaoespecca de acordo com o trimestre de gestao. 26. SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL28Consultas subseqentesNas consultas Subseqentes, a avaliao nutricional deve repetir osprocedimentos descritos anteriormente. A avaliao continuada permite acompanhara evoluo do ganho de peso durante a gestao e examinar se este ganho estadequado em funo do estado nutricional da gestante no incio do pr-natal. Estaanlise pode ser feita com base em dois instrumentos: o Quadro 2, que indica qual oganho de peso recomendado segundo o estado nutricional da gestante no incio dopr-natal, e o Grco 1, no qual se acompanha a curva de ndice de Massa Corporal- IMC, segundo semana gestacional (ascendente, horizontal, descendente).Realize o acompanhamento do estado nutricional utilizando o Grco 1 deIMC por semana gestacional. Este composto por um eixo horizontal com os valoresde semana gestacional e por um eixo vertical com os valores de IMC (peso (Kg)/altura2(m)). O grco apresenta o desenho de trs curvas, que delimitam as quatro faixas paraclassicao do estado nutricional: Baixo Peso (BP), Adequado (A), Sobrepeso(S) e Obesidade (O).A inclinao para o traado da curva ir variar de acordo com o estadonutricional inicial da gestante, conforme o quadro a seguir:EstadoNutricionalda gestante(1avaliao)Inclinao da curva(grco 1)ExemploBaixo Peso (BP) Curva de ganho de pesodeve apresentar inclinaoascendente maior que a dacurva que delimita a partesuperior da faixa de estadonutricional Baixo Peso (BP). 27. PARTEII29Adequado (A) Deve apresentar inclinaoascendente paralela s curvasque delimitam a rea deestado nutricional adequado nogrco.Sobrepeso (S) Deve apresentar inclinaoascendente semelhante a dacurva que delimita a parteinferior da faixa de sobrepesoou curva que delimita a partesuperior desta faixa, a dependerdo seu estado nutricionalinicial. Por exemplo: se umagestante de sobrepeso iniciaa gestao com IMC prximoao limite inferior desta faixa,sua curva de ganho de pesodeve ter inclinao ascendentesemelhante curva que delimitaa parte inferior desta faixa nogrco.Obesidade (O) Deve apresentar inclinaosemelhante ou inferior (desdeque ascendente) curva quedelimita a parte inferior da faixade obesidade. 28. SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONALSVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONALSISVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONALISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONALVANSSVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONALS30Fonte: INSTITUTE OF MEDICINE. Nutrition during pregnancy. Washington DC. National Academy Press, 1990.WORLD HEALTH ORGANIZATION. Infants and children. In: Physical status: The use and interpretation of anthropometry.Geneva: n 854, 1995.ATALAH E et al. Propuesta de un nuevo estndar de evaluacin nutricional en embarazadas. Revista Mdica de Chile,125(12):1429-1436, 1997. 29. PARTEII31 de extrema relevncia o registro do estado nutricional tanto na cha doSISVAN/pronturio como no Carto da Gestante. A avaliao do estado nutricional capaz de fornecer informaes importantes para a preveno e o controle de agravos sade e nutrio. Contudo, vale ressaltar a importncia da realizao de outrosprocedimentos complementares ao diagnstico nutricional ou que podem alterar ainterpretao deste, conforme a necessidade de cada gestante. Assim, destacam-sea avaliao clnica para deteco de doenas associadas nutrio (ex: diabetes),a observao da presena de edema que acarreta aumento de peso e prejudica odiagnstico do estado nutricional e a avaliao laboratorial para diagnstico de anemiae outras doenas de interesse clnico.Gestante AdolescenteDeve-se observar que a classicao do estado nutricional na gestao aquiproposta no especca para gestantes adolescentes, devido ao crescimentoe imaturidade biolgica presentes nesta fase do ciclo de vida. No entanto, estaclassicao pode ser usada desde que a interpretao dos achados seja exvel econsidere a especicidade deste grupo. Para adolescentes que engravidaram doisou mais anos aps a menarca (em geral maiores de 15 anos), a interpretao dosachados equivalente a das adultas. Para as que engravidaram menos de doisanos aps a menarca, provvel que se observe que muitas sero classicadascomo de baixo peso. Estas devem ter sua altura mensurada em todas as consultas,pois se encontram ainda em fase de crescimento. Tambm nestes casos, o maisimportante acompanhar o traado da curva de ganho de peso, que deverser ascendente. Deve-se tratar a gestante adolescente como de risco nutricional,reforar a abordagem nutricional e aumentar o nmero de visitas ao EstabelecimentoAssistencial de Sade - EAS.EM RESUMO, OS PASSOS PARA O DIAGNSTICO NUTRICIONAL DAGESTANTE SO:1 PASSO: Calcular a semana gestacional.2 PASSO: Pesar a cada consulta e medir a altura na primeira consulta.No caso de gestantes adolescentes, ver observaescontidas no quadro acima. Calcular o IMC conforme descritono item 1.3 PASSO: Localizar, no eixo horizontal, a semana gestacional calculadae identicar, no eixo vertical, o IMC da gestante.4 PASSO: Marcar um ponto na interseo dos valores de IMC e dasemana gestacional. 30. SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL325 PASSO: Classicar o estado nutricional da gestante segundo IMCpor semana gestacional, conforme legenda do grco 1:BP, A, S, O.6 PASSO: Ligar os pontos obtidos e observar o traado resultante.A marcao de dois ou mais pontos no grco (primeiraconsulta e subseqentes) possibilita construir o traado dacurva por semana gestacional.considere:- traado ascendente: ganho de peso adequado;- traado horizontal ou descendente: ganho de peso inadequado(gestante de risco);O DIAGNSTICO COLETIVORealizar o diagnstico coletivo conhecer a situao de sade e nutriode uma coletividade, quer seja de pessoas atendidas nos servios de sade (clientela),quer seja da populao de determinada regio geogrca (comunidade).O principal objetivo de fazer um diagnstico coletivo que as informaescoletadas propiciem aes efetivas ao controle de agravos sade, assim comopossibilitem a proteo a sade, a preveno de doenas e a recuperao da sadeda populao.Coleta de Dados: A coleta de dados de uma dada localidade deveconsiderar o modelo de organizao da ateno sade no local e a disponibilidadede recursos (humanos, nanceiros e de infra-estrutura).Os procedimentos da coleta de dados englobam a adequada aferio dasmedidas antropomtricas, a correta classicao e diagnstico nutricional individual ea devida anotao nos formulrios do SISVAN.Consolidao dos Dados: Essa etapa visa a totalizar os dados coletadose orden-los para o clculo das freqncias totais e percentuais. Todo esse processo informatizado pelo SISVAN, oferecendo relatrios pr-estabelecidos para os nveisfederal, estadual, municipal e individual.Anlise dos Dados: a etapa em que ocorre a transformao dos dadoscoletados em informao, isto , aps o tratamento destes dados coletados, eles seromanuseados para serem aproveitados na gerao de informaes. Faz-se necessriointerpretar as informaes, compreendendo suas potencialidades e limitaes.Divulgao das Informaes: Uma informao deve ter comodesfecho sua divulgao, fechando um ciclo de comunicao. No SISVAN, o uso dasinformaes resultantes da anlise orienta as aes a serem desencadeadas. A equipe 31. PARTEII33responsvel pela divulgao deve ter habilidade para traduzir os resultados obtidos edivulg-los com clareza, orientando a tomada de decises. Exemplos de divulgaoescrita das informaes: informe, boletim, relatrios, folders, cartazes, outros.OBJETIVOS DAS INFORMAES:Podemos destacar dois objetivos bsicos das informaes geradas pelaVigilncia Alimentar e Nutricional - SISVAN na ateno bsica:1. Monitorar a situao nutricional de grupos populacionais especcos(fases do ciclo de vida) segundo caractersticas denidas.2. Subsidiar polticas e aes para promoo da sade e da alimentaosaudvel, preveno e controle de agravos nutricionais.As informaes tm como utilidade:- a tomada de decises dos gestores da rea em todas as esferas deGoverno;- no nvel local, orientar ou reorientar aes para melhorar a assistnciaprestada aos usurios dos servios bsicos de sade e programascomunitrios, por meio da implementao do conceito de atitude devigilncia, valorizando o estado nutricional como um componentefundamental para a sade. 32. PARTEII35REFERNCIASBIBLIOGRFICAS35REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS1. ACCIOLY, E. et al. Antropometria na infncia. Revista Clnica Mdica, p. 44-52,jul, 1999.2. ______, SAUNDERS, C.; LACERDA, E.M.A. Nutrio em Obstetrcia e Pediatria.Rio de Janeiro: Cultura Mdica, 2002.3. ANJOS, L.A. ndice de Massa Corporal (kg/m2) como indicador do estadonutricional de adultos: uma reviso da literatura. Revista Sade Pblica, v. 26, p.431-436, 1992.4. ATALAH, E. et al. Validation of a new chart for assessing the nutritional status duringpregnancy. [S.I.], First draft, 1999.5. ______. Propuesta de un nuevo estndar de evaluacin nutricional en embarazadas.Revista Mdica de Chile, v. 125, p. 1429-1436, 1997.6. BATISTA FILHO, M.; ROMANI, S.A.N. Ateno sade materno-infantil no Estadode Pernambuco. Recife: Instituto Materno Infantil de Pernambuco, 2000.7. BENCIO, M.H.D`A. et al. A ecincia de indicadores antropomtricos maternosna predio de produtos da gestao. Projeto de pesquisa para um estudomulticntrico [So Paulo]: USP/So Paulo, 2001.8. BRASIL. Ministrio da Sade. Assistncia pr-natal: manual tcnico. Braslia:Ministrio da Sade, 2000.9. ______. Ministrio da Sade. Aleitamento materno e orientao alimentar para odesmame. Braslia: Ministrio da Sade, 1994.10. ______. Ministrio da Sade. Atendimento sade e desenvolvimento da criana:carto da criana. Braslia: Ministrio da Sade, 1993. 33. SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL36SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL3611. ______. Ministrio da Sade. Pesquisa Nacional sobre Sade e Nutrio,manual do entrevistador, questionrio de sade e nutrio PNSN 3.02, Braslia:Ministrio da Sade, 1988.12. ______. Ministrio da Sade. Sade da criana: acompanhamento do crescimentoe desenvolvimento infantil. Braslia: Ministrio da Sade, 2002. (Caderno deAteno Bsica n. 11).13. CASTRO, I.R.R. Vigilncia Alimentar e Nutricional: limitaes e interfaces com arede de sade. Rio de janeiro: Ed. FIOCRUZ, 1995.14. COSTA, R.F. Composio corporal: teoria e prtica da avaliao. 1 ed., p. 46-47, Barueri So Paulo, Ed. Manole Ltda. 2001.15. ENGSTROM, E.M. et al. Sisvan: instrumento para o combate aos distrbiosnutricionais em servio de sade: diagnstico nutricional. 2 ed. Rio de Janeiro:Ed. FIOCRUZ, 2002.16. EUCLYDES, M.P. Nutrio do lactente: bases cientcas para uma alimentaoadequada. 2 ed, Viosa: Universidade Federal de Viosa, 1997.17. HAMILL, P.VV. et al. Physical growth: National Center for Health Statistics percentiles.Amer J Clin Nutr, v. 32, p. 607-29, 1979.18. INSTITUTE OF MEDICINE. Nutrition during pregnancy. Washington DC. NationalAcademy Press, 1990.19. LANDI, F. et al. Body mass index and mortality among older people living in thecommunity. J Am Geriatr Soc., v. 47, p. 1072-6, 1999.20. LIPSCHITZ, D.A. Screening for nutritional status in the elderly. Primary Care, v. 21,n. 1, p. 55-67, 1994.21. MARCONDES, E. Curvas de crescimento. Jornal de Pediatria, So Paulo, v. 60,n 5, p. 241-49, 1986.22. ______. Desenvolvimento da criana: desenvolvimento biolgico; crescimento. Riode Janeiro: Sociedade Brasileira de Pediatria, 1994. 34. PARTEII37REFERNCIASBIBLIOGRFICAS3723. MARINS, J. C. B.; GIANNICHI, R. S. Avaliao e prescrio de atividadefsica: guia prtico. Rio de Janeiro: Shape, 1996.24. MONTEIRO, C.A. Recentes mudanas propostas na avaliao antropomtrica doestado nutricional infantil: uma avaliao crtica. Rev. Sade Pblica, So Paulo,v. 18, p. 56-63, 1984.25. ______. Avalio do estado nutricional na idade pr-escolar em reas de baixarenda no Estado de So Paulo. Tese (Livre-Docncia) - Universidade de So Paulo,So Paulo, 1982.26. MONTEIRO, P.O.A, VICTORA C.G., BARROS F.C., TOMASI E. Diagnstico desobrepeso em adolescentes: estudo do desempenho de diferentes critrios para ondice de Massa Corporal. Rev. Sade Pblica, So Paulo, v. 34 n.5, p. 506-13,2000.27. NATIONAL CENTER FOR HEALTH STATISTICS (NCHS). Growth curves for childrenbirth 18 years. (Vital and Health Statistics Series 11), 165 DHEN Plub. p. 78-1650. Washington DC, US: Government Printing Ofce, 1977.28. ORGANIZAO DAS NAES UNIDAS. How to weigh and measure children:assessing the nutritional status of young children in household survey. Nueva York:Departamento de Cooperacion Tecnica para el Dessarrollo y Ocina Estatstica,1986.29. PARKEN, J.D.; ADAMS, B. Prenatal weight gain advice: an examination of therecent prenatal recommendations of the Institute of Medicine. Obstet. Gynecol. v.79, p. 664, 1992.30. PEREIRA, R.A.; SICHIERI, R.; MARINS, V.M.R. Razo cintura/quadril como preditorde hipertenso arterial. Cad. Sade Pblica, Rio de Janeiro, v. 15 n. 2, p. 333-344, abr./jun., 1999.31. SAUNDERS, C.A. et al. A assistncia nutricional pr-natal. In: ACCIOLY E.LACERDA, E.M.; SAUNDERS, C. Nutrio Materno-Infantil. Rio de Janeiro: CulturaMdica, p. 119-144, 2001.32. SEEDS, J.W; PENG, T. Impaired Growth and risk of fetal death. Is the tenth percentilethe appropriate standard? Am J Obstet Gynecol, v. 178, p. 658, 1998. 35. SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL38SISVAN3832. VASCONCELOS, F.A.G. Avaliao nutricional de coletividades: textos de apoiodidtico. Florianpolis: Ed. UFSC, 1995.34. VERMILLION, S.T. et al. Wound infection after cesarean: effect of subcutaneoustissue thickness. Obstet. Gynecol. v.95, p. 923, 2000.35. WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). A growth chart for international usein maternal and child health care. Guidelines for primary health care personal,Genebra,1978.36. ______. Maternal anthropometry and pregnancy outcomes. A WHO CollaborativeStudy. WHO Bul., v. 73 (Suppl.), p. 1-98, 1995.37. ______. Infants and children. In: Physical status: The use and interpretation ofanthropometry. Geneva: WHO, n. 854, 1995.38. ______. Obesity: Preventing and managing the global epidemic Report of aWHO consultation on obesity. Geneva: WHO, 1998.VIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL 36. PARTEII39ANEXOI39O MTODO ANTROPOMTRICOO mtodo antropomtrico permite a avaliao do peso e da altura e outrasmedidas do corpo humano. Ele representa um importante recurso para a avaliao doestado nutricional do indivduo e ainda oferece dados para o acompanhamento docrescimento e desenvolvimento de crianas.Neste item descrevem-se os procedimentos comumente utilizados para acorreta tomada das medidas antropomtricas. A Vigilncia Alimentar e Nutricional -SISVAN recomenda a coleta do peso e da altura para todos os indivduos (crianas,gestantes, adolescentes, adultos e idosos) e da circunferncia da cintura e do quadrilapenas para adultos.Pesar e medir so atividades de rotina nos servios de sade, e por serematividades relativamente simples, a maioria das pessoas julga-se apta a realiz-las. Noentanto, erros nos procedimentos, na leitura ou na anotao da medida so freqentes.Estas situaes podem ser evitadas com um bom treinamento das equipes e por meioda manuteno freqente dos equipamentos.Antropometrista a denominao para o prossional capacitado para acoleta de medidas antropomtricas. Para que tais medidas sejam conveis e precisas necessrio que os antropometristas envolvidos nesta tarefa tenham alto senso deresponsabilidade, concentrao e ateno durante a realizao do procedimento. Nadvida, deve-se sempre repeti-lo. O valor da medida antropomtrica obtida deve seranotado, imediatamente, com segurana e com boa caligraa.Para a correta tomada do peso e da altura deve-se garantir, previamente,o perfeito funcionamento dos equipamentos. A manuteno dos equipamentos muitoimportante a m de evitar erros causados por problemas ou defeitos dos mesmos. Dentreos equipamentos citados, a balana o que gera mais erros por falta de manuteno.Para evitar possveis problemas ao adquirir este equipamento, o EstabelecimentoAssistencial de Sade (EAS) deve solicitar um exame pelos rgos responsveis poreste servio. So eles: o Instituto de Pesos e Medidas (Ipem) e o Instituto Nacional deMetrologia (Inmetro). Porm, o procedimento de aferio e regulagem de balanase/ou seu conserto tambm pode ser realizado por uma rma idnea, cando a escolhaa critrio da instituio.Na manuteno dos antropmetros de madeira, importante observar seest localizado em lugar seco, pois existe o risco de empenar com a umidade localgerando erros na medio. Recomenda-se que o antropmetro horizontal (para medir ocomprimento de crianas menores de 2 anos) e a balana peditrica sejam apoiadosem mesa ou bancada, confeccionadas em material rme e resistente (por exemplo,metal, mrmore ou madeira). O antropmetro vertical e a balana plataforma devemser colocados em parede lisa e sem rodap.ANEXO I 37. SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL40SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL40SISVANUm bom antropometrista deve conferir os equipamentos que utiliza,rotineiramente, antes de cada pesagem ou medio. Alm disso, o local de instalaodos equipamentos deve ser escolhido de modo a:a. oferecer claridade suciente para que se possa fazer uma boa leitura daescala de medidas;b. permitir a privacidade do indivduo e de sua famlia;c. proporcionar conforto trmico, evitando-se correntes de ar que podemafetar, especialmente, os bebs e as pessoas idosas;d. ter espao suciente para permitir o trabalho dos prossionais e apresena da me e/ou familiares.Balana o instrumento utilizado para medir a massa corporal total. O equipamentodever ter preciso necessria para informar o peso de um indivduo o mais exatopossvel. A preciso da escala numrica das balanas variam de acordo com otipo (mecnica ou eletrnica) ou com o fabricante. recomendvel que as balanaspeditricas tenham preciso mnima de dez gramas e, as balanas tipo plataforma,de cem gramas. Isso porque pequenas alteraes no peso so indicadores nutricionaisimportantes, em particular, para as crianas menores de dois anos. A balana deveestar instalada em local nivelado, pois o equipamento deve permanecer estvel duranteo procedimento.Existem vrios tipos de balana, sendo as mais recomendadas para uso emEstabelecimentos Assistenciais de Sade - EAS as seguintes:a - balaa peditrica ou tipo-beb:utilizada para crianas menores de2 anos ou com at 16 kg; pode sermecnica ou eletrnica (digital).VIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL 38. PARTEII4141b - balana plataforma: pesa crian-as maiores de 2 anos, adoles-centes e adultos, inclusive gestan-tes e nutrizes; pode ser mecnicaou eletrnica(digital).c - balana de campo ou tipo pndulo: esta balana assim denominada porque porttil e foi idealizada para utilizao em atividades externas ao servio desade.d - balana de campo tipo eletrnica (digital): esta balana tambm porttil,apropriada para o trabalho de campo como pesquisas populacionais ou chamadasnutricionais.Antropmetro o equipamento utilizado para medir o comprimento de crianas menoresde dois anos e a estatura de crianas, adolescentes e adultos. Pode ser denominado deantropmetro, rgua antropomtrica, infantmetro ou pedimetro.Para indivduos maiores de dois anos e adultos, utilizado o antropmetrovertical ou estadimetro.Existem vrios modelos de antropmetros verticais e horizontais, sendo osmateriais mais comuns:ANEXOI 39. SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL4242SISVANa - de madeirab - de alumnioFita mtricaSer utilizada somente para medir a circunferncia da cintura e do quadrilem adultos. Utilizar, de preferncia, uma ta mtrica de material resistente, inelstica eexvel, com preciso de 0,1 cm. A ta comum (de costura) no deve ser utilizada, poistende a esgarar com o tempo, alterando assim a medida.Pesando e medindo crianasO ato de pesar e medir requer contato fsico e isto pode gerar uma situaonormal de insegurana e estresse nas crianas. A situao pede concentrao,pacincia e muita cordialidade. Nunca se deve pesar ou medir uma crianasem antes conversar com ela e/ou com a famlia explicando o que vai ser feito.No subestime a fora ou a agilidade das crianas, mesmo as muito pequenas.Um antropometrista, depois de receber treinamento, leva cerca de 1(um) minutopara realizar a tomada de uma medida antropomtrica. Porm, muitas crianascostumam chorar durante a tomada do peso ou da altura. Caso o choro no cessee o nvel de estresse que alto, solicite me que pegue a criana no colo eaguarde alguns momentos. Seja rme, porm gentil com as crianas. A seguranatransmitida pelo prossional ser percebida pela criana e pela me.VIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL 40. PARTEII4343COMO COLETAR O PESOPESANDO CRIANAS MENORES DE 2 ANOSAs crianas menores de 2 anos devem ser pesadas e medidas semprecompletamente despidas e na presena da me ou do responsvel, pois estas devemauxiliar na retirada da roupa da criana e na tomada da medida. Lembre-se que umafralda molhada pode representar at 20% do peso de uma criana.Se for utilizar balana peditrica ou tipo beb:A balana peditrica ou tipo beb o equipamento apropriado paracrianas menores de 2 anos que ainda no cam de p com segurana. preciso termuito cuidado para pesar crianas pequenas, a m de se evitar acidentes. Certicar-sede que a balana est apoiada sobre uma superfcie plana, lisa e rme. Forrar o pratocom uma proteo (papel descatvel ou fralda) antes de calibrar a balana para evitarerros na pesagem.ANEXOI 41. SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL44SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL44SISVAN1 PassoDestravar a balana.2 PassoVericar se a balana estcalibrada (a agulha dobrao e o el devem estar namesma linha horizontal). Casocontrrio, calibr-la, girandolentamente o calibrador.3 PassoEsperar at que a agulhado brao e o el estejamnivelados.4 PassoAps constatar que a balanaest calibrada, ela deve sertravada.5 PassoDespir a criana com o auxlioda me/responsvel.6 PassoColocar a criana sentada oudeitada no centro do prato,de modo a distribuir o pesoigualmente.Destravarabalanamantendo a criana parada omximo possvel nessa posio.Orientar a me/responsvel amanter-se prximo, sem tocarna criana e no equipamento.VIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL 42. PARTEII45457 PassoMover o cursor maior sobre aescala numrica para marcaros quilos.8 PassoDepois mover o cursor menorpara marcar os gramas.9 PassoEsperar at que a agulhado brao e o el estejamnivelados.10 PassoTravar a balana, evitando, as-sim, que sua mola desgaste,assegurando o bom funciona-mento do equipamento.11 PassoRealizar a leitura de frente parao equipamento com os olhosno mesmo nvel da escala a mde visualizar melhor os valoresapontados pelos cursores.12 PassoAnotar o peso na cha da Vigi-lncia Alimentar e Nutricional/pronturio.ANEXOI 43. SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL4646SISVAN13 PassoRetirar a criana e retornar oscursores ao zero na escalanumrica.14 PassoMarcar o peso no Carto daCriana.Se for utilizar balana peditrica eletrnica (digital)1 PassoAbalanadeveestarligadaantesda criana ser colocada sobre amesma. Esperar que a balanachegue ao zero.2 PassoDespir a criana com o auxlioda me/responsvel.3 PassoColocar a criana despida nocentro do prato da balana,sentada ou deitada, de modoque o peso que distribudo.Manter a criana parada (omximo possvel) nessa posio.Orientar a me/responsvel amanter-se prximo, sem tocar nacriana e no equipamento.VIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL 44. PARTEII47474 PassoAguardar que o valor do pesoesteja xado no visor e realizara leitura.5 PassoAnotar o peso na ficha daVigilncia Alimentar e Nutricio-nal - SISVAN/pronturio. Retirara criana.6 PassoMarcar o peso no Carto daCriana.Se for utilizar balana suspensa tipo pnduloPara o uso de balanas suspensas (tipo pndulo), observar que devem serpenduradas em local seguro e em altura que permita uma boa visualizao da escala,normalmente na altura dos olhos do prossional de sade. As orientaes descritaspara o uso da balana mecnica peditrica podem ser adaptadas para a tcnica depesagem com balanas suspensas.PESANDO CRIANAS MAIORES DE 2 ANOS, ADOSLECENTES E ADULTOSAs crianas maiores de 2 anos devem ser pesadas descalas e com roupasbem leves. Idealmente, devem usar apenas calcinha, short ou cueca, na presena dame ou do responsvel.Os adultos e adolescentes devem ser pesados descalos e usando roupasleves. Devem ser orientados a retirarem objetos pesados tais como chaves, cintos, culos,telefones celulares e quaisquer outros objetos que possam interferir no peso total.Se for utilizar balana mecnica de plataforma:Certicar-se de que a balana plataforma est afastada da parede.ANEXOI 45. SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL4848SISVAN1 PassoDestravar a balana.2 PassoVericar se a balana estcalibrada (a agulha dobrao e o el devem estar namesma linha horizontal). Casocontrrio, calibr-la, girandolentamente o calibrador,3 PassoEsperar at que a agulhado brao e o el estejamnivelados.4 PassoAps a calibrao da balana,ela deve ser travada e s entoa criana, adolescente e adultosubir na plataforma para serpesado.5 PassoPosicionar a criana, adoles-cente e adulto de costas paraa balana, descalo, com omnimo de roupa possvel, nocentro do equipamento, ereto,com os ps juntos e os braosestendidos ao longo do corpo.Mant-lo parado nessa posi-o.VIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL 46. PARTEII49496 PassoDestravar a balana.7 PassoMover o cursor maior sobre aescala numrica, para marcaros quilos.8 PassoDepois mover o cursor menorpara marcar os gramas.9 PassoEsperar at que a agulhado brao e o el estejamnivelados.10 PassoTravar a balana, evitando,assim que sua mola desgaste,assegurando o bom funciona-mento do equipamento.11 PassoRealizar a leitura de frentepara o equipamento, a m devisualizar melhor os valoresapontados pelos cursores.ANEXOI 47. SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL50SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL50SISVAN12 PassoAnotar o peso na cha da Vigiln-ciaAlimentareNutricional-SISVANe no pronturio.13 PassoRetirar a criana, adolescente eadulto.14 PassoRetornar os cursores ao zerona escala numrica.15 PassoMarcar o peso das crianasat 7 anos de idade no Cartoda Criana.VIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL 48. PARTEII5151Se for utilizar balana eletrnica (digital):1 PassoA balana deve estar ligada an-tes da criana, adolescente ouadulto ser colocado sobre ela.Esperar que a balana chegueao zero.2 PassoColocar a criana, adolescenteou adulto, no centro do equipa-mento, com o mnimo de roupapossvel, descalo, ereto, comos ps juntos e os braos estendi-dos ao longo do corpo. Mant-lo parado nessa posio.3 PassoRealizar a leitura aps o valordo peso estar xado no visor.4 PassoAnotar o peso na ficha daVigilncia Alimentar e Nutricio-nal - SISVAN/pronturio. Retirara criana, adolescente ou adultoda balana.5 PassoPara crianas menores de 7anos de idade anotar o pesono Carto da Criana.ANEXOI 49. SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL52SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL52SISVANCOMO COLETAR O COMPRIMENTO E A ALTURAA medida da altura pode ser obtida na posio deitada, em sentidohorizontal, quando se trata do comprimento e, na posio em p, no sentido vertical,para o que se denomina estatura.AlturaNa lngua portuguesa, a palavra estatura sinnimo de altura; na lngua inglesaexiste a palavra stature e height (traduo: estatura ou altura) que signicaa altura do indivduo medida na posio stand up, isto , de p; existe aindaa palavra length (traduo:comprimento) que denomina o comprimento decrianas obtido na posio horizontal. Assim, o termo altura, em portugus,serve tanto para expressar o comprimento (deitado) quanto a altura ou estatura(em p). Neste documento, foi adotado o termo comprimento para a altura decrianas menores de 2 anos e o termo estatura para a altura de crianas maioresde 2 anos, adolescentes ou adultos.COMPRIMENTO PARA CRIANAS MENORES DE 2 ANOSO comprimento a distncia que vai da sola (planta) dos ps descalos,ao topo da cabea, comprimindo os cabelos, com a criana deitada em superfciehorizontal, rme e lisa.Deve-se retirar os sapatos da criana. Deve-se, tambm, retirar toucas,velas ou enfeites de cabelo que possam interferir na tomada da medida.VIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL 50. PARTEII53531 PassoDeitar a criana no centro doantropmetro, descala e coma cabea livre de adereos.2 PassoManter, com a ajuda da me/responsvel:- a cabea apoiada rme-mente contra a parte xa doequipamento,com o pesco-o reto e o queixo afastadodo peito;- os ombros totalmente emcontato com a superfcie deapoio do antropmetro;- os braos estendidos ao lon-go do corpo.3 PassoAs ndegas e os calcanharesda criana em pleno contatocom a superfcie que apia oantropmetro.4 PassoPressionar, cuidadosamente,os joelhos da criana parabaixo, com uma das mos,de modo que eles quemestendidos. Juntar os ps,fazendo um ngulo reto comas pernas. Levar a parte mveldo equipamento at as plantasdos ps, com cuidado paraque no se mexam.ANEXOI 51. SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL54SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL54SISVAN5 PassoRealizar a leitura do compri-mento quando estiver segurode que a criana no se moveuda posio indicada.6 PassoAnotar o resultado na chada Vigilncia Alimentar eNutricional - SISVAN e nopronturio. Retirar a criana.ALTURA PARA CRIANAS MAIORES DE 2 ANOS, ADOLESCENTES E ADULTOSA estatura a medida do indivduo na posio de p, encostado numaparede ou antropmetro vertical.1 PassoPosicionar a criana, adoles-cente ou adulto descalo e coma cabea livre de adereos, nocentro do equipamento. Mant-lo de p, ereto, com os braosestendidos ao longo do corpo,com a cabea erguida, olhan-do para um ponto xo na alturados olhos.VIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL 52. PARTEII55552 PassoEncostar os calcanhares,ombros e ndegas em contatocom o antropmetro/parede.3 PassoOs ossos internos doscalcanhares devem se tocar,bem como a parte interna deambos os joelhos. Unir os ps,fazendo um ngulo reto com aspernas.4 PassoAbaixar a parte mvel doequipamento, xando-a contraa cabea, com pressosuciente para comprimir ocabelo. Retirar a criana,adolescente e adulto, quandotiver certeza de que o mesmono se moveu.ANEXOI 53. SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL56SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL56SISVAN5 PassoRealizar a leitura da estatura,sem soltar a parte mvel doequipamento.6 PassoAnotar o resultado na chada Vigilncia Alimentar eNutricional - SISVAN e nopronturio.COMO COLETAR A CIRCUNFERNCIA DA CINTURA - PARA ADULTOS.Esta medida permite uma avaliao aproximada da massa de gorduraintra-abdominal e da gordura total do corpo. utilizada na avaliao da distribuiode gordura em adultos, visto que algumas complicaes, como as doenas metablicascrnicas, esto associadas deposio da gordura abdominal.VIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL 54. PARTEII57571 PassoA pessoa deve estar de p,ereta, abdmen relaxado,braos estendidos ao longo docorpo e os ps separados numadistncia de 25-30 cm.2 PassoA roupa deve ser afastada, deforma que a regio da cinturaque despida. A medida nodeve ser feita sobre a roupa oucinto.3 PassoO prossional deve estar defrente para a pessoa, seguraro ponto zero da ta mtricaem sua mo direita e, com amo esquerda, passar a ta aoredor da cintura ou na menorcurvatura localizada entre ascostelas e o osso do quadril(crista ilaca).4 PassoDeve-se vericar se a ta est no mesmo nvel em todas as partes da cintura; no devecar larga, nem apertada.5 PassoPedir pessoa que inspire e, em seguida, que expire totalmente. Realizar a leituraimediata antes que a pessoa inspire novamente.6 PassoAnotar a medida no formulrio da Vigilncia Alimentar e Nutricional - SISVAN e nopronturio.ANEXOI 55. SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL5858SISVANCOMO COLETAR A CIRCUNFERNCIA DO QUADRIL - PARA ADULTOS1 PassoO adulto deve estar com omnimo de roupas possvel,permanecendo em p, ereto,com os braos afastados docorpo e com os ps juntos.2 PassoO prossional deve seposicionar de forma a ter umaviso lateral e ampla da regiodas ndegas.3 PassoA ta mtrica deve ser colocadaao redor do quadril, na rea demaior dimetro, sem comprimira pele.4 PassoDeve-se vericar se a ta estno mesmo nvel em todas aspartes, de modo que a tano esteja nem larga, nemapertada.5 PassoRealizar a leitura.6 PassoAnotar a medida no formulrio da Vigilncia Alimentar e Nutricional -SISVAN e nopronturio.VIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL 56. PARTEII59ANEXOII59ANEXO II 57. SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL60SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL60 58. PARTEII61ANEXOII61 59. SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL62SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL62 60. PARTEII63ANEXOIII63ANEXO III 61. SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL64SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL64 62. PARTEII65ANEXOIV65ANEXO IVTABELAS DO NCHS*1A - COMPRIMENTO / IDADE PARA SEXO MASCULINO DE 0 A 36 MESES1B - ALTURA / IDADE PARA SEXO MASCULINO DE 2 A 10 ANOS2A - COMPRIMENTO / IDADE PARA SEXO FEMININO DE 0 A 36 MESES2B - ALTURA / IDADE PARA SEXO FEMININO DE 2 A 10 ANOS3A - PESO / IDADE PARA SEXO MASCULINO DE 0 A 36 MESES3B - PESO / IDADE PARA SEXO MASCULINO DE 2 A 10 ANOS4A - PESO / IDADE PARA SEXO FEMININO DE 0 A 36 MESES4B - PESO / IDADE PARA SEXO FEMININO DE 2 A 10 ANOS5A - PESO / COMPRIMENTO PARA SEXO MASCULINO DE 49 A 103 CM DECOMPRIMENTO5B - PESO / ALTURA DE SEXO MASCULINO DE 55 A 145 CM DE ALTURA6A - PESO / COMPRIMENTO PARA SEXO FEMININO DE 49 A 101 CM DECOMPRIMENTO6B - PESO / ALTURA PARA SEXO FEMININO DE 55 A 137 CM DE ALTURA* Fonte: National Center for Health Statistics - NCHS. Growth curves for children birth 18 years. Vitaland Health Statistics Series 11, 165 DHEN Plub. 78-1650. Washington D.C. US: Government PrintingOfce, 1977. 63. SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL66SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL66*Fonte:NationalCenterforHealthStatistics-NCHS.Growthcurvesforchildrenbirth18years.VitalandHealthStatisticsSeries11,165DHENPlub.78-1650.WashingtonD.C.US:GovernmentPrintingOfce,1977. 64. PARTEII67ANEXOIV67*Fonte:NationalCenterforHealthStatistics-NCHS.Growthcurvesforchildrenbirth18years.VitalandHealthStatisticsSeries11,165DHENPlub.78-1650.WashingtonD.C.US:GovernmentPrintingOfce,1977.CONTINUA 65. SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL68SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL68*Fonte:NationalCenterforHealthStatistics-NCHS.Growthcurvesforchildrenbirth18years.VitalandHealthStatisticsSeries11,165DHENPlub.78-1650.WashingtonD.C.US:GovernmentPrintingOfce,1977.CONTINUA 66. PARTEII69ANEXOIV69*Fonte:NationalCenterforHealthStatistics-NCHS.Growthcurvesforchildrenbirth18years.VitalandHealthStatisticsSeries11,165DHENPlub.78-1650.WashingtonD.C.US:GovernmentPrintingOfce,1977. 67. SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL70SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL70*Fonte:NationalCenterforHealthStatistics-NCHS.Growthcurvesforchildrenbirth18years.VitalandHealthStatisticsSeries11,165DHENPlub.78-1650.WashingtonD.C.US:GovernmentPrintingOfce,1977. 68. PARTEII71ANEXOIV71*Fonte:NationalCenterforHealthStatistics-NCHS.Growthcurvesforchildrenbirth18years.VitalandHealthStatisticsSeries11,165DHENPlub.78-1650.WashingtonD.C.US:GovernmentPrintingOfce,1977.CONTINUA 69. SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL72SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL72*Fonte:NationalCenterforHealthStatistics-NCHS.Growthcurvesforchildrenbirth18years.VitalandHealthStatisticsSeries11,165DHENPlub.78-1650.WashingtonD.C.US:GovernmentPrintingOfce,1977.CONTINUA 70. PARTEII73ANEXOIV73*Fonte:NationalCenterforHealthStatistics-NCHS.Growthcurvesforchildrenbirth18years.VitalandHealthStatisticsSeries11,165DHENPlub.78-1650.WashingtonD.C.US:GovernmentPrintingOfce,1977. 71. SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL74SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL74*Fonte:NationalCenterforHealthStatistics-NCHS.Growthcurvesforchildrenbirth18years.VitalandHealthStatisticsSeries11,165DHENPlub.78-1650.WashingtonD.C.US:GovernmentPrintingOfce,1977. 72. PARTEII75ANEXOIV75*Fonte:NationalCenterforHealthStatistics-NCHS.Growthcurvesforchildrenbirth18years.VitalandHealthStatisticsSeries11,165DHENPlub.78-1650.WashingtonD.C.US:GovernmentPrintingOfce,1977.CONTINUA 73. SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL76SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL76*Fonte:NationalCenterforHealthStatistics-NCHS.Growthcurvesforchildrenbirth18years.VitalandHealthStatisticsSeries11,165DHENPlub.78-1650.WashingtonD.C.US:GovernmentPrintingOfce,1977.CONTINUA 74. PARTEII77ANEXOIV77*Fonte:NationalCenterforHealthStatistics-NCHS.Growthcurvesforchildrenbirth18years.VitalandHealthStatisticsSeries11,165DHENPlub.78-1650.WashingtonD.C.US:GovernmentPrintingOfce,1977. 75. SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL78SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL78*Fonte:NationalCenterforHealthStatistics-NCHS.Growthcurvesforchildrenbirth18years.VitalandHealthStatisticsSeries11,165DHENPlub.78-1650.WashingtonD.C.US:GovernmentPrintingOfce,1977. 76. PARTEII79ANEXOIV79*Fonte:NationalCenterforHealthStatistics-NCHS.Growthcurvesforchildrenbirth18years.VitalandHealthStatisticsSeries11,165DHENPlub.78-1650.WashingtonD.C.US:GovernmentPrintingOfce,1977.CONTINUA 77. SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL80SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL80*Fonte:NationalCenterforHealthStatistics-NCHS.Growthcurvesforchildrenbirth18years.VitalandHealthStatisticsSeries11,165DHENPlub.78-1650.WashingtonD.C.US:GovernmentPrintingOfce,1977.CONTINUA 78. PARTEII81ANEXOIV81*Fonte:NationalCenterforHealthStatistics-NCHS.Growthcurvesforchildrenbirth18years.VitalandHealthStatisticsSeries11,165DHENPlub.78-1650.WashingtonD.C.US:GovernmentPrintingOfce,1977. 79. SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL82SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL82*Fonte:NationalCenterforHealthStatistics-NCHS.Growthcurvesforchildrenbirth18years.VitalandHealthStatisticsSeries11,165DHENPlub.78-1650.WashingtonD.C.US:GovernmentPrintingOfce,1977.CONTINUA 80. PARTEII83ANEXOIV83*Fonte:NationalCenterforHealthStatistics-NCHS.Growthcurvesforchildrenbirth18years.VitalandHealthStatisticsSeries11,165DHENPlub.78-1650.WashingtonD.C.US:GovernmentPrintingOfce,1977.CONTINUA 81. SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL84SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL84*Fonte:NationalCenterforHealthStatistics-NCHS.Growthcurvesforchildrenbirth18years.VitalandHealthStatisticsSeries11,165DHENPlub.78-1650.WashingtonD.C.US:GovernmentPrintingOfce,1977.CONTINUA 82. PARTEII85ANEXOIV85*Fonte:NationalCenterforHealthStatistics-NCHS.Growthcurvesforchildrenbirth18years.VitalandHealthStatisticsSeries11,165DHENPlub.78-1650.WashingtonD.C.US:GovernmentPrintingOfce,1977. 83. SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL86SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL86*Fonte:NationalCenterforHealthStatistics-NCHS.Growthcurvesforchildrenbirth18years.VitalandHealthStatisticsSeries11,165DHENPlub.78-1650.WashingtonD.C.US:GovernmentPrintingOfce,1977.CONTINUA 84. PARTEII87ANEXOIV87*Fonte:NationalCenterforHealthStatistics-NCHS.Growthcurvesforchildrenbirth18years.VitalandHealthStatisticsSeries11,165DHENPlub.78-1650.WashingtonD.C.US:GovernmentPrintingOfce,1977.CONTINUA 85. SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL88SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL88*Fonte:NationalCenterforHealthStatistics-NCHS.Growthcurvesforchildrenbirth18years.VitalandHealthStatisticsSeries11,165DHENPlub.78-1650.WashingtonD.C.US:GovernmentPrintingOfce,1977.CONTINUA 86. PARTEII89ANEXOIV89*Fonte:NationalCenterforHealthStatistics-NCHS.Growthcurvesforchildrenbirth18years.VitalandHealthStatisticsSeries11,165DHENPlub.78-1650.WashingtonD.C.US:GovernmentPrintingOfce,1977.CONTINUA 87. SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL90SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL90*Fonte:NationalCenterforHealthStatistics-NCHS.Growthcurvesforchildrenbirth18years.VitalandHealthStatisticsSeries11,165DHENPlub.78-1650.WashingtonD.C.US:GovernmentPrintingOfce,1977.CONTINUA 88. PARTEII91ANEXOIV91*Fonte:NationalCenterforHealthStatistics-NCHS.Growthcurvesforchildrenbirth18years.VitalandHealthStatisticsSeries11,165DHENPlub.78-1650.WashingtonD.C.US:GovernmentPrintingOfce,1977. 89. SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL92SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL92*Fonte:NationalCenterforHealthStatistics-NCHS.Growthcurvesforchildrenbirth18years.VitalandHealthStatisticsSeries11,165DHENPlub.78-1650.WashingtonD.C.US:GovernmentPrintingOfce,1977.CONTINUA 90. PARTEII93ANEXOIV93*Fonte:NationalCenterforHealthStatistics-NCHS.Growthcurvesforchildrenbirth18years.VitalandHealthStatisticsSeries11,165DHENPlub.78-1650.WashingtonD.C.US:GovernmentPrintingOfce,1977.CONTINUA 91. SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL94SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL94*Fonte:NationalCenterforHealthStatistics-NCHS.Growthcurvesforchildrenbirth18years.VitalandHealthStatisticsSeries11,165DHENPlub.78-1650.WashingtonD.C.US:GovernmentPrintingOfce,1977. 92. PARTEII95ANEXOIV95*Fonte:NationalCenterforHealthStatistics-NCHS.Growthcurvesforchildrenbirth18years.VitalandHealthStatisticsSeries11,165DHENPlub.78-1650.WashingtonD.C.US:GovernmentPrintingOfce,1977.CONTINUA 93. SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL96SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL96*Fonte:NationalCenterforHealthStatistics-NCHS.Growthcurvesforchildrenbirth18years.VitalandHealthStatisticsSeries11,165DHENPlub.78-1650.WashingtonD.C.US:GovernmentPrintingOfce,1977.CONTINUA 94. PARTEII97ANEXOIV97*Fonte:NationalCenterforHealthStatistics-NCHS.Growthcurvesforchildrenbirth18years.VitalandHealthStatisticsSeries11,165DHENPlub.78-1650.WashingtonD.C.US:GovernmentPrintingOfce,1977.CONTINUA 95. SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL98SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL98*Fonte:NationalCenterforHealthStatistics-NCHS.Growthcurvesforchildrenbirth18years.VitalandHealthStatisticsSeries11,165DHENPlub.78-1650.WashingtonD.C.US:GovernmentPrintingOfce,1977.CONTINUA 96. PARTEII99ANEXOIV99*Fonte:NationalCenterforHealthStatistics-NCHS.Growthcurvesforchildrenbirth18years.VitalandHealthStatisticsSeries11,165DHENPlub.78-1650.WashingtonD.C.US:GovernmentPrintingOfce,1977. 97. PARTEII101ANEXOV101ANEXO VTABELAS RESUMIDAS PARA USOS NA ROTINA DO SERVIO DE SADE1 - PESO/IDADE (PADRO NCHS) SEXO FEMININO PARA MENORES DE 7 ANOS -CRIANA2 - PESO/IDADE (PADRO NCHS) SEXO MASCULINO PARA MENORES DE 7 ANOS -CRIANA3 - IMC PERCENTILAR POR IDADE (PADRO NHANES II) - ADOLESCENTE4 - IMC - ADULTO5 - RELAO CINTURA-QUADRIL - ADULTO6 - IMC - IDOSO7 - IMC POR SEMANA GESTACIONAL - GESTANTE8 - GANHO DE PESO RECOMENDADO - GESTANTE 98. SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL102SISVANVIGILNCIAALIMENTARENUTRICIONAL102Tabela 1: Peso / Idade (Padro NCHS) - SEXO FEMININO para menoresde 7 anosEstadoNutricionalIdade0 meses 1,8 2,3 2,6 3,2 3,91 meses 2,2 2,9 3,2 4,0 5,02 meses 2,7 3,4 3,8 4,7 6,03 meses 3,2 4,0 4,4 5,4 6,94 meses 3,7 4,6 5,0 6,0 7,65 meses 4,1 5,1 5,6 6,7 8,36 meses 4,6 5,6 6,1 7,2 8,97 meses