Upload
vothuan
View
223
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Enfa. Bruna K. Oliveira de Carvalho 2013
Vigilância Epidemiológica da Coqueluche em Feira de Santana (BA):
Relato de Experiência
COQUELUCHE EM FEIRA DE SANTANA: SURTO? SUBNOTIFICAÇÃO? SUBDIAGNÓSTICO?
25/01/11: 1º caso confirmado por cultura, no dia
seguinte o 2º caso, depois o 3º e ai, não parou
mais... Pois quem procura acha!
O que fazer? Análise retrospectiva da Coqueluche em FSA Análise da situação atual Planejar estratégias de intervenção
0
2
4
6
8
10
12
14
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
1
8
4
1 1 1
11
4
1
6
1 1
3
13
10 Inconclusivo Confirmado Descartado
1
Fonte: SINAN/SMS
CASOS CONFIRMADOS, DESCARTADOS E INCONCLUSIVOS DE COQUELUCHE, FSA
2000-2010
0
10
20
30
40
50
60
70
Casos notificados Casos confirmados Laboratório Clínico
n = 15 22%
n = 1 6,7%
n = 66 100%
n = 14 93,3 %
CASOS DE COQUELUCHE, SEGUNDO CRITÉRIO DE CONFIRMAÇÃO, FSA 2000-2010.
CASOS CONFIRMADOS DE COQUELUCHE POR FAIXA ETÁRIA FSA, 2000-2010.
0
1
2
3
4
5
6
7
8
menor de 1 ano 1 a 4 anos 10 a 14 anos
8
6
1
Dificuldade inicial da equipe da VE em trabalhar com a Coqueluche
Dificuldade dos profissionais em identificar caso suspeito;
Subnotificação e subdiagnóstico
Dificuldade do laboratório com coleta, armazenamento e envio e de amostras
Desarticulação entre os serviços de saúde (VE, AB, Rede Hospitalar)
Notificação tardia, uso de ATB antes da coleta
Dificuldade de Infraestrutura da SMS/VE
FI incompletas necessidade de (re) investigar os casos
PROBLEMAS PERCEBIDOS INICIALMENTE
2011
Necessidade urgente de capacitação da equipe
Vigilância Epidemiológica da Coqueluche Feira de Santana-BA
ANÁLISE DOS DADOS
2011
0
50
100
150
200
250
casos notificados casos notificados confirmados confirmados
2010 2011 2010 2011
10
223
0
92
CASOS NOTIFICADOS E CONFIRMADOS DE COQUELUCHE, FEIRA DE SANTANA-BA, 2010 E 2011.
0
50
100
150
200
250 n=223 100%
n=92 41,2%
n=19 20,6%
n=44 47,8%
n=29 31,5%
CASOS CONFIRMADOS DE COQUELUCHE, FEIRA DE SANTANA-BA, 2011.
0
5
10
15
20
25
<1 Ano 1-4 5-9 10-14 15-19 20-34 35-49 50-64 65-79
23
18
6
13
9
15
5
2 1
CASOS CONFIRMADOS DE COQUELUCHE POR FAIXA ETÁRIA, FEIRA DE SANTANA-BA. 2011
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50 48
6 2
4
12 11 9
CASOS CONFIRMADOS DE COQUELUCHE SEGUNDO A CONDIÇÃO VACINAL, FEIRA DE SANTANA-BA. 2011
Vigilância Epidemiológica da Coqueluche Feira de Santana-BA.
ANÁLISE DOS DADOS COMPARATIVO DE 2011-2012 e 2013*
* DADOS PRELIMINARES DE 2013
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
Casos Confirmados
Laboratório Clinico Epidemiológico
Clínico
92
19
44 29
38
10
22
6
39
9
27
3
2013
2012
2011
CLASSIFICAÇÃO FINAL DOS CASOS DE COQUELUCHE, SEGUNDO CRITÉRIO DE CONFIRMAÇÃO, FEIRA DE SANTANA-BA, 2011 E 2012
E 2013*.
Fonte: SINAN /SMS Dados Preliminares 2013*
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
< 01 ano
1 - 4 anos
5 - 9 anos
10 - 14 anos
15 - 19 anos
20 - 34
anos
35 - 49
anos
50 - 64
anos
65 - 79
anos
23 18
6 13
9 15
5 2 1
18
13
5
8
7
5
1 0 0
5
11
2
2
1
7
8 2
1
2013
2012
2011
CASOS CONFIRMADOS DE COQUELUCHE, POR FAIXA ETÁRIA, FEIRA DE SANTANA-BA, 2011, 2012 E 2013*.
0
20
40
60
80
100
120
48
6 2 4 12 11 9
37
3 1 4
8 2 2
35
0 0 2
1 0 1
2013
2012
2011
CASOS CONFIRMADOS DE COQUELUCHE, SEGUNDO CONDIÇÃO VACINAL, FEIRA DE SANTANA, 2011, 2012 E 2013*
CASOS CONFIRMADOS DE COQUELUCHE, FONTE NOTIFICADORA, FEIRA DE SANTANA, 2011 E 2012 E
2013*.
Unidade de Saúde Notificadora 2011 2012 2013
VE / SMS 60 44 17
HEC 12 8 2
HOSP. MUN. CRIANÇA 4 1 0
ESF FRATERNIDADE 3 0 0
HOSP. UNIMED 1 2 0
POL. TOMBA 3 0 0
UBS MANGABEIRA 3 0 0
HOSPITAL DA MULHER 0 0 2
CL. BAMBINOS 0 1 0
ESF CONCEIÇÃO III 1 0 0
ESF CAMPO LIMPO V 1 0 0
ESF FEIRA X- III 1 0 0
ESF NOVO HORIZONTE 1 0 0
HOSP. MARTAGAO GESTEIRA 1 0 0
POL. GEORGE AMÉRICO 0 1 0
SERVAC 1 0 0
0
50
100
150
200
250
300
350
8 4 0 0 1 1 0 0 0 1 0
92
57 39
11 4 0 1 0 6 1 1 3 13 10
223
330
132
Confirmado
Descartado
CASOS NOTIFICADOS E CONFIRMADOS DE
COQUELUCHE, FEIRA DE SANTANA-BA, 2000 A 2013
INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA ETAPA NOBRE DA VE
1. Identificação do paciente
2. Coleta de dados clínicos e epidemiológicos 3. Para confirmar a suspeita diagnóstica: • Observar se o caso se enquadra em caso suspeito • Acompanhar a evolução do caso: Hemograma • Acompanhar resultado da cultura e avaliar uso anterior de
ABT, coleta X início dos sintomas.
4. Para identificação da área de transmissão: • Identificar outros casos suspeitos (vínculo epidemiológico) • Interrogar sobre deslocamentos para outras áreas. • Para determinação da extensão da área de transmissão: • Busca ativa de casos novos (prontuário, na comunidade).
INVESTIGAÇÃO DOS COMUNICANTES
1. Investigar os comunicantes no local onde se registrou o caso;
2. Coletar material de nasofaringe dos comunicantes com tosse;
3. Verificar a situação vacinal;
4. Preencher os campos referentes aos dados dos comunicantes na ficha de investigação;
5. Manter a área sob vigilância até 60 dias após a identificação do último caso;
6. Quimioprofilaxia dos comunicantes quando indicado.
Registrar informações adicionais importantes: nomes dos comunicantes, resultados dos exames, usou ABT antes da coleta/quantos dias, medidas de controle adotadas, tempo
de tosse entre outros.
OUTRAS DIFICULDADES
Informações insuficientes na FI (História de contato, início do antibiótico, quimioprofilaxia e bloqueio vacinal, situação vacinal, resultado de hemograma entre outros;)
Cobertura vacinal da coqueluche nas áreas/município.
SINAN (coqueluche) inicialmente com inconsistências dificulta as análises;
Problemas de infra-estruturara dos serviços de saúde para atender a uma situação de surto.
Inicialmente dificuldade na garantia da realização do PCR;
Dificuldade de encerramento dos casos pelo critério clínico;
ATIVIDADES EDUCATIVAS REALIZADAS
Reuniões técnicas com equipe da VE/FSA, laboratório AB, USF, Imunização, e 2ª DIRES/DIVEP;
Comissão de Encerramento de casos de coqueluche;
Vários Eventos sobre Coqueluche para profissionais médicos e enfermeiros da rede pública e privada;
Participação na oficina sobre Coqueluche para os municípios realizado pela 2ª DIRES/DIVEP;
Palestras em escolas, unidades de saúde, informações para imprensa;
Elaboração de um ALERTA EPIDEMIOLÓGICO e NOTA TÉCNICA para os profissionais da rede pública e privada.
ATIVIDADES EDUCATIVAS IMPLEMENTADAS
Reunião equipe VE e alunos PET para discutir situação da coqueluche em FSA, confecção de material educativo;
Implantação da Planilha Paralela de casos de coqueluche
Envio das amostras para PCR;
Ampliar a equipe para investigar/monitorar coqueluche/FSA; Formulário de Busca Ativa de casos;
Formulário de controle de Bloqueio Vacinal
PROPOSTAS
HEC e HMC como unidades sentinela para a VE da coqueluche;
Capacitação para os profissionais de saúde (Pediatras e Clínicos);
Avaliar cobertura vacinal;
Realização de um Fórum de Imunização X Vigilância da
Coqueluche;
Implantação da vacinação para gestantes com dTpa;
Implementar o PCR na rotina.
Reemergencia da Coqueluche? Reflexões!
Maior concentração de casos em menores de 1 ano, porém tendência de aumento em adolescentes e adultos;
Adolescentes e adultos como fonte de transmissão, mantendo a cadeia de transmissão (bactéria circulando na comunidade)?
Imunidade residual pela vacina pode modificar a apresentação clínica da doença em adolescentes e adultos que apresentaram na maioria das vezes quadro clinico brando;
Diminuição da imunidade induzida pela vacinação em adultos e adolescentes ao longo dos anos;
Cobertura vacinal e homogeneidade;
Mudanças genéticas da bactéria;
Qualidade das ações de vigilância? Vigilância Administrativa! subnotificações e/ou subdiagnósticos.
Falsa impressão quanto a “ausência” de risco do ressurgimento da coqueluche.
Vacina dTp acelular uma alternativa de prevenção a se pensar!
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Vigilância em Saúde. Guia de vigilância epidemiológica / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. – 6. ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2010.
LUZ PM, CODEÇO CT, WERNECK GL. A reemergência da coqueluche em países desenvolvidos: um problema também para o Brasil? Cad. Saúde Pública 2003; 19:1209-13.
OURIQUES RI, RIGATTI MFB, ACOSTA L. A investigação epidemiológica da coqueluche em Porto Alegre, Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre; 2005.
Equipe técnica VE-GT Coqueluche /SMS/FSA Ana Luiza Melo Bruna Carvalho Maricélia Maia
Equipe SINAN: Karina Dantas
Waldenize Lima
Vigilância Epidemiológica de Feira de Santana Av. João Durval Carneiro, s/n, Caseb.
Fone/Fax: (75) 3612-6613
Bruna K. Oliveira de Carvalho [email protected]
OBRIGADA!!!