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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETRÔNICA
CAMPUS PONTA GROSSA
Elaine Rafaela Machado Benndorf Pereira Reis
DETERMINAÇÃO DA VISCOSIDADE DE UM FLUIDO PELO MÉTODO DE STOKES
PONTA GROSSA2012
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁCURSO DE ENGENHARIA ELETRÔNICA
Elaine Rafaela Machado Benndorf Pereira Reis
DETERMINAÇÃO DA VISCOSIDADE DE UM FLUIDO PELO MÉTODO DE STOKES
Relatório, solicitado pelo
professor,xxx como requisito parcial
à avaliação das aulas práticas da
disciplina de Física 2.
PONTA GROSSA2012
OBJETIVOS
Determinação da viscosidade da glicerina por método experimental, utilizando o
princípio do método de Stokes, aplicando o viscosímetro de Stokes, que é um tubo
transparente cheio com o líquido que se deseja determinar a viscosidade. Uma esfera é
lançada no topo e desce com velocidade terminal, sendo então medida essa velocidade e
obtendo-se por meio de cálculos a viscosidade do fluido contido no interior do tubo.
INTRODUÇÃO
Viscosidade é o atrito interno em um fluido. As forças de viscosidade se opõem ao
movimento de uma parte do fluido em relação à outra. [1]
Fluidos que escoam facilmente, como a água ou gasolina, possuem menos viscosidade
do que líquidos “espessos” como o mel ou o óleo motor. A viscosidade dos fluidos depende da
temperatura; a medida que a temperatura aumenta, a viscosidade aumenta nos gases e
diminui nos líquidos. [1]
Um fluido viscoso tende a aderir a uma superfície sólida em contato com ele. Existe
uma camada fina chamada camada limite do fluido nas proximidades da superfície, ao longo da
qual o fluido está praticamente em repouso em relação a superfície sólida. É por essa razão
que partículas de poeira aderem às lâminas de um ventilador, mesmo quando ele gira
rapidamente. [1]
O movimento de um corpo em um meio viscoso é influenciado pela ação de uma força
viscosa, Fv, proporcional à velocidade, v, conhecida como lei de Stokes e definida pela relação:
Fv = bv [2]
No caso de esferas em velocidades baixas, Fv = 6πµrv, sendo r o raio da esfera e µ o
coeficiente de viscosidade do meio. Se uma esfera de densidade maior que a de um líquido for
solta na superfície do mesmo, no instante inicial a velocidade é zero, mas a força resultante
acelera a esfera de forma que sua velocidade vai aumentando, mas de forma não uniforme. [2]
Pode-se verificar que a velocidade aumenta não-uniformemente com o tempo mas
atinge um valor limite, que ocorre quando a força resultante for nula. As três forças que atuam
sobre a esfera são, além da força viscosa, o peso da esfera, P, e o empuxo, E. Igualando a
resultante dessas três forças a zero, obtem-se a velocidade limite, vt: [2]
P = Fv + E Fv = P – E
6πµrv = ρe Ve g – ρf Vf g, mas: VE = VF
6πµrv = (4/3).π.r3. ρe. g - (4/3).π.r3. ρf. g [3]
[3]
MATERIAIS E REAGENTES
Sensor de infravermelho
Ímã
Esfera de aço
Proveta de 40 ml
Suporte universal
Paquímetro
Glicerina
PROCEDIMENTO
Montar aparelhagem para realização do experimento, fixando os sensores de
infravermelho ao suporte universal e a proveta ao suporte universal. Preencher a proveta com
glicerina até o menisco.
Com auxílio do paquímetro, medir o diâmetro da esfera de aço fornecida.
Ligar os sensores e ajustar a proveta afim de que os sensores capturem todas as partes
da proveta.
Abandonar a esfera de aço na proveta contendo glicerina, esperar que caia até o fundo
da proveta e anotar os resultados de tempo de queda da esfera, obtidos pelos sensores nas
diferentes alturas em que os sensores foram posicionados ao longo da proveta.
Repetir o procedimento para medida de tempo de queda da esfera por três vezes. Fazer
a média dos tempos de queda a distâncias constantes entre os sensores.
Mudar a distância entre sensores e repetir o procedimento por mais três vezes. Anotar
os valores do tempo de queda. Realizar a média dos tempos a distâncias constantes.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Diâmetro da esfera de aço: 15,9 mm 15,9x10-1 cm.
Raio da esfera: 7,95 mm 7,95x10-1 cm.
Tabela 1.
Sensores ∆h (cm) t1 (s) t2 (s) t3 Média t (s)
1-2 5,2 0,24670 0,23640 0,23645 0,23985
1-3 10,0 0,31905 0,30025 0,30115 0,30681
1-4 15,0 0,72805 0,70065 0,70285 0,71052
1-5 20,3 1,00590 0,97515 0,97830 0,98645
Mudando a distância entre sensores:
Tabela 2.
Sensores ∆h (cm) t1 (s) t2 (s) t3 Média t (s)
1-2 7,3 0,33655 0,33470 0,33675 0,336
1-3 14,7 0,69250 0,68920 0,69790 0,6932
1-4 21,6 1,01420 1,01185 1,02075 1,0156
1-5 28,5 1,35510 1,35610 1,37080 1,36067
Gráfico baseado nas tabelas 1 e 2.
Utiliza-se o método dos mínimos quadrados afim de estipular a reta que melhor se
ajusta a esse conjunto de dados obtidos no experimento.
Equação da reta:
[4]
Pelo método dos mínimos quadrados temos que:
[5]
N xi (s) yi (cm) xiyi (cm.s) xi2 (s)
1 0,23985 5,2 1,24722 0,0575
2 0,30681 10,0 3,0681 0,0941
3 0,71052 15,0 10,6578 0,5048
4 0,98645 20,3 20,0249 0,9731
5 0,336 7,3 2,4528 0,1129
6 0,6932 14,7 10,19 0,4805
7 1,0156 21,6 21,9370 1,0314
8 1,36067 28,5 38,7790 1,8514
∑ 5,6491 122,6 108,3569 5,1057
Aplicando a fórmula [5] temos que:
a = 19,51
b = 1,55
Substituindo em [4] temos:
y = 19,51x + 1,55
Pelo método de Stokes:
Temos que:
Raio da esfera (r) = 7,95 x 10-1 cm
Densidade da esfera de aço (ρesf) = 7,8 g/cm3
Densidade da glicerina (ρlíq)= 1,26 g/cm3
Gravidade (g) = 980 cm/s2
∆h/∆t = a = 19,51
µ = viscosidade do fluido
Sendo assim:
Gráfico com a reta que melhor se ajusta aos pontos pelo método dos mínimos
quadrados.
REFERÊNCIAS
[1] YOUNG, Hugh D; FREEDMAN, Roger A. Sears & Zemansky Física 2. 12a ed. Vol 2. São
Paulo: Pearson Addison Wesley, 2008.
[2] <http://www.ifi.unicamp.br/leb/f229ELZA08/Exp10-Viscosidade-Lei%20de%20Stokes-R1.pdf>. Acesso em 18 abr. 12.
[3] <http://www.facip.ufu.br/sites/facip.ufu.br/files/Anexos/Bookpage/fe2-03-viscosidade-metodo-de-stokes.pdf>. Acesso em 18 abr. 12.