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Sábado, 20 de maio de 2013. Manhã ensolarada. Sair por aí a pé pelo centro da cidade de forma a percorrer, viver e descobrir novos trajetos, prédios, ambientes, pessoas, monumentos, árvores e flores, perceber tudo o que está em movimento é importante para se compreender “o lugar” em que se expressa o cidadão. Melhor, é claro, se for uma caminhada a pé orientada, tudo isso fica mais fácil e educativo. Estou inscrito no Projeto “Viva o Centro a Pé pelo Caminho dos Antiquários”, organizado pela Secretaria Municipal da Cultura (CMC). A CMC promove três vezes por mês, duas vezes pelo centro histórico e o terceiro passeio por algum bairro da cidade, e nesse caso conta com o apoio da Cia. Carris. Hoje é o Caminho dos Antiquários.
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Por João Carissimii
Viva a pé o centro de Porto Alegre
pelo caminho dos antiquários e
descubra as muitas faces e múltiplas culturas
Porto Alegre. A capital dos gaúchos foi fundada em 26 de março de 1772 como Freguesia de São
Francisco do Porto dos Casais. Em 1774, foram inauguradas a Praça XV, a Praça da Alfândega e Praça da Matriz.
O título de cidade foi atribuído pelo imperador Dom Pedro II, em 1821. Em 1858, a cidade de Porto Alegre
contava com aproximadamente vinte mil habitantes. Hoje são quase um milhão e meio, segundo IBGE (2012).
Sábado, 20 de maio de 2013. Manhã ensolarada. Sair por aí a pé pelo centro da cidade de forma a
percorrer, viver e descobrir novos trajetos, prédios, ambientes, pessoas, monumentos, árvores e flores, perceber
tudo o que está em movimento é importante para se compreender “o lugar” em que se expressa o cidadão.
Melhor, é claro, se for uma caminhada a pé orientada, tudo isso fica mais fácil e educativo.
Estou inscrito no Projeto “Viva o Centro a Pé pelo Caminho dos Antiquários”, organizado pela
Secretaria Municipal da Cultura (CMC). A CMC promove três vezes por mês, duas vezes pelo centro histórico
e o terceiro passeio por algum bairro da cidade, e nesse caso conta com o apoio da Cia. Carris. Hoje é o Caminho
dos Antiquários. Uma caminhada orientada por Cláudio Calovi Pereira, arquiteto, professor de história da
arquitetura, Dr. César Fraga, jornalista e mediador de audiodescrição e audiodescritor, Simone Andréia da Costa
Dornelles profissional de pedagogia e Libras, bem como pela equipe da CMC e apoio técnico durante todo o
percurso de profissionais de trânsito da Empresa Porto-alegrense de Trânsito Coletivo (EPTC). O ponto de
encontro para os participantes é no totem do Caminho dos Antiquários, na Demétrio Ribeiro, em frente à praça
Daltro Filho, das ruas Coronel Genuíno e Marechal Floriano. Horário: 10 horas. Até o momento umas dez
pessoas estão por aqui.
Entre elas a professora Karla Muller e alguns alunos da
disciplina Comunicação e práticas socioculturais, do Programa de
Pós-Graduação em Comunicação da UFRGS. São 9:45. Percebo um
movimento na praça Daltro Filho, onde ocorre todos os sábados a
Feira do Caminho dos Antiquários (entre as ruas Fernando
Machado e Demétrio Ribeiro), na qual os diversos expositores de
artesanato colocam no chão ou em dispositivo artes plásticas, LPs,
móveis, roupas, brinquedos, utensílios, ferramentas, relógios, jóias e
artigos para decoração. Ao lado do totem, local marcado para saída
do grupo, um carrinho de supermercado no qual são depositados os
alimentos não perecíveis, ração para cães e gatos, essa é a contrapartida exigida a todos os participantes para
participar da caminhada. Deixo a minha contribuição e, como muitos, o saquinho é do supermercado Zaffari.
Podemos lançar algumas hipóteses sobre a participação do supermercado Zaffari: primeira devido à proximidade
do supermercado na Fernando Machado, segunda porque está espraiado por toda a cidade de Porto Alegre, e, por
último, pode demonstrar o perfil dos participantes. Chegam mais duas, cinco, um, sete pessoas. Alguns são
famílias, amigos e conhecidos. Próximo às 10 horas já são mais de 60 participantes. O grupo que se forma
recebe dos organizadores as primeiras informações. Nesse momento não recebemos nenhum texto de
orientação, o mesmo foi enviado por e-mail, quando da confirmação da caminhada. Aproximadamente cem
pessoas, entre mulheres, homens e alguns adolescentes irão participar da caminhada. Não há crianças.
2 CARISSIMI, João – Comunicação e práticas socioculturais – PPGCOM/ 2013-1
Agora são feitas as apresentações de quem vai coordenar a caminhada, os locais a serem explorados, e
todas as possibilidades da vivência durante o caminho a pé. O megafone, produto made in China, é utilizado
como instrumento de comunicação durante apresentação e em toda a caminhada. Muitos estão com suas câmeras
fotográficas profissionais, câmeras e celulares e registros são efetuados.
Iniciamos o “Caminho dos Antiquários” pela rua Marechal Floriano, onde
percebemos na arquitetura traços do século passado nos vários prédios. Em geral, no
térreo encontram-se lojas de antiguidades, por exemplo: Cogito, Mercado Negro,
Ricordo e Riboli, na rua Fernando Machado. Além disso, restaurantes, bares e lojas em
estilo contemporâneo.
Caminhamos pela rua no sentido da Fernando Machado e depois dobramos
à direita para av. Borges de Medeiros, mas, antes, ao pé da escadaria - passeio
primavera, (Fernando Machado), está o professor a expor o desenho arquitetônico
da escadaria, feito para não cansar na subida (11 lances, depois um lance para cada
espaço longo e no final mais 11 lances), que dá acesso à rua Duque de Caxias, e,
em seguida, explica o projeto arquitetônico harmônico do viaduto Otávio Rocha,
também conhecido como viaduto da Borges, ícone da cidade, pois é uma obra
majestosa da engenharia civil.
Esta é uma grande obra urbana, de relevância sociocultural, pela sua elegância e beleza que teve início
com o primeiro plano diretor de 1914, com uma grande escavação para dar possibilidade de ligar as zonas leste,
sul e central de Porto Alegre, até então isoladas pelo chamado “morrinho”, aqui estabelecendo uma fronteira, pois
determinava o limite entra a cidade alta e a baixa. A obra teve início em 1926, na gestão do Intendente Otávio
Rocha e apoio do presidente do Estado, Borges de Medeiros, e assim seus nomes ficaram perpetuados no
viaduto que foi inaugurado em 1932. O viaduto foi tombado pelo município em 1988 e atualmente nele
funcionam algumas lojas de produtos e de prestação de serviços; entretanto, percebe-se que muitos espaços estão
fechados ou muito mal aproveitados, a considerar que o viaduto Otávio Rocha, imponente
estrutura de concreto armado, já foi revitalizado várias vezes. O projeto foi pensado como
uma grande obra de arte e, assim, poderia embelezar a cidade. Na altura da avenida Borges
de Medeiros há dois pórticos transversais, com dois grandes nichos de ambos os lados do
viaduto; no centro, duas esculturas de Alfred Adolf.
Várias vezes já passei apressadamente por este caminho, sem dar o devido olhar e
perceber que o viaduto pede socorro. Apesar de todas as restaurações e revitalizações, ainda
continua relegado ao abandono, às vezes funcionando como um dormitório, refeitório e
banheiro. O cinza das paredes pichadas, infiltrações que deixam água
escorrendo por muros e pisos, a aparência das lojas, muitas fechadas em tom
degradante – mostra falta de manutenção, de pintura e de cuidados.
Quem sabe as paredes do viaduto não poderiam ganhar vida com grandes
painéis de artistas plásticos, ou em cada porta, janela, grades pintadas em
cores diferentes?
Lembrei-me que no outro lado da rua, no alto do viaduto, funciona o
Teatro de Arena – Espaço Sônia Duro, tradicional sala de espetáculos onde
3 CARISSIMI, João – Comunicação e práticas socioculturais – PPGCOM/ 2013-1
assisti a peças de alunos da UFRGS. Por isso a caminhada exercita um olhar sobre a arquitetura e urbanismo da
cidade e, assim, por alguns momentos, poderíamos vê-lo e admirá-lo. Desde o início da caminhada acompanho o
passo da colega de aula Maria Madalena Zambi (Madalena) como prefere ser chamada, ou será que é ela que me
acompanha? Ficamos por último no grupo e a cada momento trocamos informações sobre os locais que visitamos
ou assuntos da vida pessoal e do cotidiano. Então, vivenciamos juntos o tempo e espaço percorrido, quase sempre
durante o trajeto nas ruas observadas pelos funcionários da EPTC que sinalizam, fecham ruas e de moto
acompanham o grupo de visitantes.
Caminhar a pé pelo centro de Porto Alegre é uma provocação a todos os sentidos. “Olha isso!”, no prédio
azul fica Associação Rio Grandense de Imprensa (ARI), criada em 19 de dezembro de 1935 e, na sala 301 o
Conselho Regional de Profissionais de Relações Públicas do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. “Olha
aquilo!”, o prédio cinza com uma linda sacada é Casa Rural e ali a padaria Matheus, desde 1947. “Ouça o cantar
dos pássaros, o carro que acelera, o barulho do ar-condicionado, o bater das janelas, a música rap”, o lugar de fala
do morador de rua, as grades erguidas na loja, a buzina de
quem não tem paciência, o cheiro do tempero e o lixo
próximo da boca-de-lobo. Percebo o tremular da bandeira
que está lá no alto, ou as bandeiras que estão na janela e
com isso chamo atenção da colega Madalena.
Imediatamente ela tira uma foto do ex-prédio do INSS,
ocupado no dia 25 de janeiro de 2005, durante o Fórum
Social Mundial, em ato político organizado pelo
Movimento Nacional da Luta pela Moradia (MNLM). A
bandeira que tremula é da Cooperativa Solidária Utopia
e Luta (COOPSUL). Cerca de cem pessoas (42 famílias)
residem na comunidade em apartamentos quitinete, de
forma autogestionária, como um modo de contrapor a
convivência individualizada e garantir a função social de
prédios ociosos. Ainda na av. Borges de Medeiros, após passar o viaduto Otávio Rocha, o trânsito está
congestionado na esquina da av. Senador Salgado Filho, e nos dirigimos à esquina Democrática, rua Borges de
Medeiros com a rua dos Andradas, mais conhecida por rua da Praia, espaço público de manifestações, local
onde a opinião dos públicos ali se manifesta.
Todos caminham pelas calçadas, ou como agora, que tomamos o meio da av. Borges de
Medeiros. Ao fundo deixamos o viaduto e à nossa frente podemos ver a Prefeitura, o Mercado
Público, o cais do porto, a estrutura do Metrô. Durante o trajeto, no centro da av. Borges de
Medeiros, identificamos várias cadeiras de engraxates, que agora estão vazias, não há
engraxates, não há clientes, então imediatamente nos sentamos e registramos o momento (estão
bem organizadas) e nos afastamos de novo do grande grupo. Somos duas “crianças”, Madalena e
eu que, deslumbradas com alguma coisa em nosso caminho, por isso nos afastamos dos “pais”,
queremos ter a nossa experiência e deixar de lado um pouco aquela atenção dos orientadores da
caminhada ou dos olhares atentos dos outros. Na rua Riachuelo existe uma grande concentração
de livrarias de Sebo, Madalena. Todas as explicações que faço de improviso para Madalena, primeiro ela é
capixaba e mora em Maceió e, segundo faz mais de 30 dias que está em Porto Alegre.
4 CARISSIMI, João – Comunicação e práticas socioculturais – PPGCOM/ 2013-1
Chegamos à esquina Democrática e mais uma vez não estamos junto do grande grupo que agora observa
o prédio restaurado da antiga Editora e Livraria do Globo. Trocamos o hábito de
comprar livros por roupas. Venceu a era da real beleza, da embalagem sem conteúdo.
Hoje ali está uma loja do Grupo Renner. Mas por que não estamos juntos? Simples,
estamos diante de uma estátua viva e com ela vamos interagir mediante o pagamento de
algumas moedas. Tudo está sempre em movimento, mesmo que eu faça todo dia o mesmo
trajeto a pé. Todo santo dia é um novo dia desafiador, pois o cenário hoje está com um
novo colorido – essa estátua viva, aquele prédio está caindo aos pedaços, ou
simplesmente destoa de todo o conjunto arquitetônico, aquele outro foi restaurado.
Destaco hoje o prédio restaurado e revitalizado da ex-livraria do
Globo. Nesse local, em 1909, foi instalado um linotipo que se tornou a
principal gráfica de Porto Alegre. Em 1915, surgiu o Almanaque do Globo; em
1917, a Revista do Globo; na década de 1930, a Gráfica do Globo fazia a
impressão das letras do Tesouro do Estado, conhecidas como “brizoletas”; em
1938, a editora lançou Olhai os lírios do campo, sucesso de Érico Veríssimo; e
nos anos 1970 foi vendida a Rio Gráfica Editora (RGE), de Roberto Marinho,
que passou a usar somente o nome Editora Globo desde então. Quando
conheci, há menos de 24 anos, essa livraria tinha várias salas em diversos
andares com muitos livros, exposição obras de arte, espaços que contavam a história da Editora e Livraria do
Globo, uma grande loja de papelaria, prestação de diversos serviços, por exemplo, o Correio, no subsolo, que
dava acesso à Praça XV. - “Oi! Tu és fotógrafa da Prefeitura Municipal de Porto Alegre?”, - “Não.”
- “Carissimi, vamos, vamos”, diz Madalena. Puxa-me pelo braço e retornamos para a Borges de Medeiros
com destino ao Paço Municipal, Praça Montevidéo, onde se encontra a sede da Prefeitura de Porto Alegre, cujo
prédio foi projetado pelo italiano João Carrara Colfosco e construído entre os anos de 1898 e 1901. “Em 1973,
passou a ser denominado Paço dos Açorianos, numa homenagem aos imigrantes que deram origem à cidade. O
edifício abriga os gabinetes do prefeito e do vice, além dos espaços para atividades políticas e culturais e o acervo
da Pinacoteca Aldo Locatelli e Ruben Berta. O Paço dos Açorianos foi tombado como Patrimônio Cultural de
Porto Alegre em 1979”, escrito em (português e inglês) na placa de informações, que também apresenta os
principais detalhes do prédio em frente à Fonte Talvera de La Reina, presente da colônia espanhola em 1935
por ocasião da comemoração do centenário da Revolução Farroupilha. Antes de realizarmos uma visita interna,
paramos e agora contemplamos e ouvimos explicações sobre o prédio da Prefeitura (frontão triangular, pilastra,
coluna ordem coríntia. Esquadrias de abrir à francesa, balaústres, coluna ordem toscana, entablamento com
tríglifos), que fica na Praça Montevidéu, 10. Ela é ornada em estilo neoclássico e teve a sua construção iniciada
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em 1898, com destaque para as esculturas que enfeitam a fachada da rua Uruguai que representam, iniciando pelo
lado esquerdo, a Agricultura, a Economia gaúcha, a Ciência e a Educação e as da direita representam o Comércio
e a Indústria. Além desses elementos, encontram-se outras figuras isoladas, que representam a Justiça, a
República – o Brasão da República, e dois bustos: o da esquerda é de José Bonifácio e o da direita é do
Marechal Deodoro da Fonseca, que bem representam o poder político militar. O edifício foi tombado pelo
município em 21 de novembro de 1979. Na praça temos o marco zero da cidade. Todo esse espaço público é
lugar para muitas manifestações artístico-culturais e políticas, delimitado pelas ruas Sete de Setembro, Uruguai
e av. Borges de Medeiros.
Tomamos as escadarias, corredores, escadas e salões do prédio da Prefeitura.
Visitamos um território pouco conhecido, e
quase nunca explorado pelo cidadão, de onde
são tomadas decisões políticas que afetam
diretamente ou não a cada cidadão porto-
alegrense. O edifício é monumental pela sua
suntuosidade eclética, possui uma planta em
formato de “U”, com pátio voltado para os
fundos, rua Siqueira Campos, o Rio Guaíba,
com características básicas de uma
arquitetura com matrizes classicistas, onde no
térreo a marca arquitetônica é dórica, que simboliza o Poder, já no alto a coríntia,
significando Harmonia e Justiça. O edifício representa um período positivista do Rio Grande do Sul, é
carregado de elementos simbólicos tais como os da fachada da av. Borges de Medeiros, onde há como figura
central a Liberdade, a da direita representa a História, e o busto de Péricles a Democracia, e a figura da esquerda
representa a Ciência.
Deixamos aqui a nossa marca. Somos os últimos a sair, como sempre
ficamos a “tecer” os caminhos por meio de olhares, fotografias, palavras,
toques, gargalhadas e às vezes pelo silêncio, diante da grandeza e do
espetáculo que estar aqui e poder vivenciar a história vivida por todos aqueles
que, de uma forma ou outra, deixaram as suas marcas agora registradas nesse
tecido chamado história.
Atravessamos a av. Borges de Medeiros e ocupamos esse espaço público, local de discussão sobre o
público versus o privado, já que o poder público fez uma concessão para a Coca-Cola restaurar o local e, de
certa forma, se apossar do público e torná-lo, por meio de sua publicidade, um espaço privado. O largo
Jornalista Glênio Peres, Praça XV de Novembro, conhecida como Praça dos Ferreiros no fim do século XVIII,
foi um grande logradouro público, entre as Ruas Marechal Floriano e Uruguai,
delimitado pelo Mercado Público, foi inaugurado em 1922, e tinha uma
pavimentação semelhante a um tapete persa, composto por lajotas em basalto
cinza e pedras portuguesas nas cores preto, branco e rosa – assim resgatava o
desenho que existia em frente ao prédio da Prefeitura na década de 1930. Hoje
revitalizado, há um local para estacionamento, bares, ou seja, menor espaço
para o povo, para manifestações, são as fronteiras estabelecidas.
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Voltamos nossos olhares para o lado direito, primeiro para o Mercado Público Central, que foi
inaugurado em 1869, mas o segundo piso só foi concluído no ano de 1913. Entre os anos de 1995 e 1996 passou
por uma grande reforma, que modificou sua estrutura interna e restaurou a parte externa. Em suas mais de cem
lojas encontram-se especiarias, comércio de peixes, exposições itinerantes, frutas e verduras, bebidas, doces,
artigos religiosos e produtos típicos da cultura gaúcha.
Restaurantes, lanchonetes e sorveterias complementam a oferta de
bens e serviços. Foi tombado pelo município em 1979. Agora todos
olham à esquerda, para o Chalé da Praça XV, em estilo bávaro,
com traços art noveau, foi erguido em estrutura de aço
desmontável, mantendo apenas os lustres e os ladrilhos originais. É
um dos mais tradicionais bar-chopp-restaurante da cidade.
Aqui termina a caminhada orientada. Sem aplausos, momento de despedida, almoço coletivo no Chalé,
pois o cardápio está ali colocado em um painel, bem à nossa frente, e já é meio-dia. Estou com fome? Mas quem
não estaria depois de uma caminhada pelas ruas, ladeiras, escadas, salões, avenidas e calçadas. Cada um toma o
seu rumo, os seus afazeres do dia a dia e os alunos seguem com a professora para ficar no outro lado do Chalé,
onde antes havia nesse espaço um grande número de camelôs e agora foi transformado em um estacionamento.
Estamos ali para finalizar a caminhada com alguns breves comentários e o registro oficial da turma. A foto. Olha
a foto. Fim.
Da esquerda para direita: Eduardo Lima Silva, (amiga da Lisi), Lisiane Machado Aguiar, André Carlos Moraes,
Prof. Karla Muller, Camila Caroline Barths, Madalena e Carissimi
Obs: Fotos enviadas por Madalena, Camila, e Karla.
Fotos e mosaico: Carissimi
Pesquisa: dados e informações de domínio público.
i relações-públicas, Conrerprs n. 969; aluno especial do doutorado PPGCOM – UFRGS; mestre em comunicação e informação (UFRGS); especialista em marketing;
especialista em administração em propaganda/publicidade e relações públicas; professor substituto no curso de Relações Públicas da UFRGS-Fabico 2012-2013; e-mail: