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Tcnicos e a outros Tcnicos,
todos tm a oportunidade
de dar os seus contributos
nas mais variadas formas:
artigos cientficos, artigos de
opinio, crnicas, divulgao
de eventos ou outras quais-
quer que possam contribuir
para uma maior ligao
entre todo o universo de
colaboradores do ACES.
Desta forma ficaremos todos
com a informao e a for-
mao mais facilitada e
mais acessvel. Da nossa
parte iremos tambm dando
conta do que fazemos e do
que perspetivamos fazer.
Por ora a periodicidade
ser trimestral. Se o arrojo e
a ambio crescerem pode-
remos edit-lo mais precoce-
mente mas... como vivendo
em poca de incertezas,
exigncias e constrangimen-
tos, tambm nos arrogamos
de, humildemente, agendar
a sua sada para... quan-
do sair e se sair. A todos os
que nos lem agradecemos
o vosso precioso tempo e a
ateno que nos dispensam;
a todos os que connosco
queiram colaborar presta-
mos o nosso reconhecimento
pela vossa participao e
contributo que em muito nos
honra. A USF Global, no seu
primeiro ano de vida, formu-
la votos de sucesso aos pro-
fissionais de todas as unida-
des funcionais.
EDITORIAL DO COORDENADOR
A USF Global cumpre hoje o
seu primeiro aniversrio. Foi um
ano de compromissos, de reor-
ganizao, de planificao e
estabilidade mas igualmente
de responsabilidade, de consis-
tncia e de reflexo. Ultrapas-
smos vrias vicissitudes desde
estruturais a conjunturais mas
reunimos determinao, empre-
endedorismo e labor que nos
permitem sonhar. No preten-
demos mais do que nos afirmar
como um servio responsvel e
dedicado ao cidado onde
este encontre e reconhea a
USF Global como um local de
humanizao to necessrio
para conforto das suas vulnera-
bilidades em sade.
A melhoria do atendimento
pblico aos cidados, a cons-
truo de proximidades e a
elevao da qualidade dos
servios prestados sero o ga-
rante de que aquele objetivo
possa ser atingido.
Apesar de uma equipa peque-
na procuramos a nossa realiza-
o e satisfao pessoal. Mas,
essencialmente, pretendemos
corresponder s expetativas
dos cidados e da comunidade.
Todos sabemos que atravessa-
mos um perodo difcil mas
precisamente nesta altura que
surge a oportunidade de dar o
melhor com o que dispomos e
com o que, de momento, pos-
svel. E isto mesmo que nos
guia: procuramos com me-
nos, fazer mais, mais rpi-
do e melhor. Constituem
valores desta USF a confi-
ana, a qualidade, a de-
dicao, a equidade e a
formao. Ser exigncia
de cada um de ns saber
e estar altura de todos
estes predicados.
Porque passamos prati-
camente um tero da nos-
sa vida no nosso local de
trabalho, torna-se funda-
mental almejar por condi-
es humanas, estruturais e
logsticas que nos permi-
tam alcanar o xito para
que, acima de tudo, consi-
gamos ser e fazer os ou-
tros felizes.
Porque nada se faz sem
o empenho e a dedicao
de cada um, termino dei-
xando a todos os colegas
da USF um forte abrao
de amizade e gratido.
Mas este tambm o pri-
meiro nmero do Boletim
da USF Global. um es-
pao dedicado a todos os
colegas, no s da USF
Global como a todos os
colaboradores do ACES
Oeste Norte. E igualmente
aberto a todos os que com
ele pretendam colaborar.
A Mdicos de Famlia ou a
futuros especialistas, a
Enfermeiros ou a alunos de
Enfermagem, a Assistentes
USF Global Um ano, rumo Sade
JULHO SETEMBRO 2014 VOLUME 1, EDIO 1
BOLETIM INFORMATIVO USF
GLOBAL
Pontos de interesse especiais:
A USF Global
Higiene ntima feminina
Bullying
Rastreios Oncolgicos
Crtica publicaes cientficas
Medicina Tecnolgica
Nesta edio:
1 aniversrio da USF Global 1
Humorstico 7
Eventos cientficos 8
Dicionrio dos utentes da
Nazar 9
Palavras de Mestre 9
Equipa de Profissionais da USF Global
Licnio Fialho
Este fenmeno sempre
existiu em todos os pases e
sociedades
Se no for identificado e
evitado, pode produzir srios
danos psicolgicos... tanto
para as vtimas como para os
agressores.
Pgina 2 BOLETIM INFORMATIVO USF GLOBAL
A aceitao pelos
companheiros fundamental
para o desenvolvimento da
sade dos jovens
Sabe o que o bullying ? Saiba mais
BULLYING
O termo Bullying deri-
va do termo ingls
Bully, que significa
valento, sendo que o
bullying pode ser tradu-
zido por intimidao,
ou seja, trata-se de um
comportamento de ame-
aas e intimidaes.
Segundo Lisboa, Braga
e Ebert (2009, s.p.), o
bullying o fenmeno
pelo qual uma criana ou
um adolescente siste-
maticamente exposta(o)
a um conjunto de actos
agressivos (directos ou
indirectos), que ocorrem
sem motivao aparente,
mas de forma intencional,
protagonizados por
um(a) ou mais agressor
(es). No bullying, a viti-
ma possui pouco ou qua-
se nenhum recurso para
evitar a e/ou defender-
se da agresso. O que o
distingue de outras for-
mas de agresso o ca-
rcter repetitivo e siste-
mtico, e a intencionali-
dade de prejudicar al-
gum que mais frgil e
que dificilmente se conse-
gue defender ou reverter
a situao. Assim, segun-
do Neto (2005), o
bullying compreende to-
das as atitudes agressi-
vas, intencionais e repeti-
das, adoptadas por um
jovem contra outro (s),
causando dor e angstia,
sendo executadas dentro
de uma relao desigual
de poder.
Este fenmeno sempre
existiu em todos os pases
e sociedades, no entanto
houve uma mudana na
maneira de analisar es-
sas atitudes agressivas
que at ento eram ig-
noradas e/ou negligenci-
adas e passaram ento
a encarar-se no como
um fenmeno normal e
inofensivo, mas como um
processo que merece ser
observado, pois implica
graves consequncias
(emocionais e cognitivas)
para os envolvidos.
O bullying pode signifi-
car uma forma de afir-
mao de poder inter-
pessoal por meio de
agresso, e a diferena
entre este fenmeno e
brincadeiras de crianas
pode ser muito tnue; no
entanto, quando h sofri-
mento de qualquer um
dos envolvidos, deixa de
se tratar de uma brinca-
deira, para passar a ser
um fenmeno de bullying,
que necessita de ateno
por parte de pais e pro-
fessores.
um processo que ocor-
re na esfera colectiva,
portanto, um fenmeno
social pela sua natureza.
Se no for identificado e
evitado, pode produzir
srios danos psicolgicos
para as crianas envolvi-
das, tanto para as vti-
mas como para os agres-
sores.
O contexto de maior
prevalncia o ambiente
escolar, que o principal
micros sistema em que se
do as interaces entre
pares, o que no signifi-
ca que no ocorra nou-
tros contextos. Segundo
Neto (2005), a escola
de grande importncia
para as crianas, e os
que no gostam dela
tendem a apresentar
maus desempenhos, com-
prometimentos fsicos e
emocionais sua sade e
sentimentos de insatisfa-
o com a vida. A acei-
tao pelos companhei-
ros fundamental para o
desenvolvimento da sa-
de dos jovens, melhoran-
do as suas habilidades
sociais e fortalecendo a
capacidade de reaco
a situaes de tenso.
de salientar que o
bullying no se restringe
a um determinado nvel
socioeconmico, faixa
etria especfica ou g-
nero.
Enf. Lus Amaro E se for consigo?
Com um utente seu?
Com um familiar seu, ou
amigo, ou conhecido?
Preparado(a) para
quebrar o silncio?
J lhe aconteceu?
Pgina 3 BOLETIM INFORMATIVO USF GLOBAL
O estilo de vida da mulher mo-
derna tem vindo a sofrer modifi-
caes nos ltimos anos, implican-
do alterao de hbitos nem sem-
pre benficos para a sua sade e
bem-estar. Um exemplo o uso de
roupas sintticas justas que contri-
bu para prejudicar, ou at origi-
nar alguns problemas do foro mais
intimo.
A beleza importante, mas a
mulher tambm deve atribuir im-
portncia sua higiene genital,
conceito que no claro e levanta
muitas dvidas. A higiene ntima
feminina define-se como o conjunto
de prticas de asseio da regio
anogenital com o objetivo de a
manter livre de humidade e res-
duos (urina, fezes, ou fludos). Com-
preende o hbito de cuidados es-
pecficos, que devero contribuir
para a promoo da sade e bem-
estar, conforto e segurana, preve-
nindo e minimizando o risco de in-
fees. Sabe-se que a maioria das
mulheres ter pelo menos uma infe-
o vaginal durante a sua vida,
caracterizada por corrimento, pru-
rido ou odor.
Vrios fatores extrnsecos podem
interferir com o bem-estar genital
feminino: atividade sexual, tipo de
alimentao, vesturio, estado hor-
monal, emocional e hbitos de higi-
ene. A mulher deve conhecer o seu
corpo, ter noo das mudanas va-
ginais consideradas fisiolgicas,
relacionadas com o uso de contra-
cetivos, frequncia do coito, duche
vaginal, uso de pensos dirios, de-
sodorizantes vaginais, utilizao de
antibiticos.
A flora vaginal constituda em
95% por Lactobacilus acidophilus,
responsveis pelo pH cido da
vagina (3,8 a 4,5), na mulher em
idade frtil, que evita prolifera-
o de agentes patognese. O
equilbrio da flora pode ser afe-
tado por infees genitais, diabe-
tes, toma de medicamentos e gra-
videz. As infees mais comumente
identificadas quando h desequil-
brio da flora vaginal so as fngi-
cas (Candida albicans), as de pro-
tozorios (Tricomonas vaginalis) ou
as bacterianas (Gardnerella vagi-
nalis). Nestas situaes a mulher
geralmente queixa-se de um corri-
mento com odor intenso ou ftido,
associado ou no a prurido. As
queixas podem ser apenas referi-
das a desconforto durante as mic-
es. Alguns casos as queixas so
idnticas no parceiro sexual, sen-
do que a relao sexual agrava
as queixas.
A automedicao o erro
mais comum, sendo geralmente
utilizado sempre o mesmo medica-
mento, no adequado ao organis-
mo patognico. O uso errado e
frequente de produtos que alcali-
nizam a vagina e vulva pode faci-
litar o aparecimento de dermato-
ses.
pois importante e necessrio
esclarecer as mulheres sobre como
conseguir uma boa higienizao
intima. O produto ideal para higi-
ene intima deve ser compatvel
com as mucosas, no deve irritar
nem secar, deve manter o pH ci-
do, ter ao refrescante e Deso-
dorizante, viscosidade adequada
e detergncia suave.
Os produtos disponveis no mer-
cado dividem-se em: agentes de
limpeza, hidratao, proteo e
facilitao das relaes sexuais.
Os sabes comuns possuem boa
detergncia produzindo bastante
espuma mas o seu pH alcalino po-
de danificar a barreira superficial
da pele levando a secura excessi-
va. Os sabes transparentes
(exemplo glicerina) potenciam se-
cura excessiva e irritao cutnea.
Os sabes cremosos so enriqueci-
dos com agentes humidificantes
que protegem a pele e no inter-
ferem tanto com a camada lipdi-
ca. Os produtos em barra tambm
no so indicados porque geral-
mente so muito abrasivos e com-
partilhados por toda a famlia
facilitando a contaminao.
Higiene ntima da mulher .. Verdades, mitos
Vrios fatores extrnsecos podem interferir com o bem-estar genital feminino: atividade sexual, tipo de a l imentao , vesturio , estado hormonal, emocional
Continua na pgina seguinte
Adaptado de Medical News n 302,
17 maro de 2014
Pgina 4 BOLETIM INFORMATIVO USF GLOBAL
Os sabonetes ntimos (slidos) tm
como substancia ativa principal
uma base tensioativa de natureza
aninica e anftera, podendo in-
corporar agentes hidratantes e
reguladores de pH, anti-irritantes,
regeneradores e protetores da
zona vulvar, antipuriginosos e an-
tisstico. (Saforelle)
O gel que produz espuma com a
massagem so geralmente agra-
dveis e proporcionam uma sensa-
o de frescura. (Velastisa intim ,
Saugella )
Os toalhetes humedecidos so
uteis em algumas situaes como
higiene fora de casa, sanitrios
pblicos, mas o seu uso no deve
ser frequente pois pode remover o
biofi lme l ipdico da pele.
(Lactacyd , Saforelle , Sau-
gella )
Os sabonetes lquidos ntimos so
produtos a base de acido latico e
tm como objetivo manter o pH
mais prximo do ideal para o de-
senvolvimento e manuteno das
clulas da pele. So recomenda-
dos para uso externo e no para
lavagens vaginais, nem para tra-
tamento de infees ou inflama-
es. (Lactacyd , Saforelle ).
Alm da escolha do produto de
limpeza importante a tcnica: a
lavagem deve ser feita com gua
corrente para favorecer a remo-
o mecnica das secrees e com
movimentos que evitem o arrastar
de contedo perianal para a regi-
o vulvar. No devem ser utiliza-
dos sprays, perfumes, talcos ou
lenos humedecidos.
A higiene ntima deve ser realiza-
da de uma a trs vez por dia, no
devendo exceder os 3 minutos pa-
ra evitar secagem excessiva do
local. Aps a lavagem deve existir
cuidado de hidratao, com gel
(Saugella ) ou creme de base
aquosa (Velastisa V.V. ) com pH
compatvel com a mucosa vaginal.
O uso sistemtico de penso higi-
nico no recomendado. Mulheres
com excesso de transpirao ou
incontinncia urinria devem utili-
zar pensos higinicos respirveis
(sem plstico) ou, preferencialmen-
te, usar vesturio absorvente.
O estabelecimento de rotinas de
higiene diria crucial para estar
sempre cuidada.
Dr. Ins Rocha
Higiene ntima da mulher .. Verdades, mitos
Continua na pgina seguinte
Pgina 5 BOLETIM INFORMATIVO USF GLOBAL
Rastreio do cancro do
Colon e do Recto
A USF Global tem vindo a
implementar o rastreio do
cancro colorectal a todos os
seus utentes com idades
compreendidas entre os 50
os 74 anos, baseado no
exame na pesquisa de san-
gue oculto nas fezes (PSOF)
ou pela endoscopia digesti-
va baixa.
No ano de 2013, a uni-
dade cresceu de 15,34%
de utentes, entre os [50-75[
anos, com RCCR efectuado
e em Dezembro de 2013
obtivemos um resultado de
30,33% de utentes com ras-
treio, sendo que a meta
contratualizada era de
25%.
fundamental que todos
os profissionais de sade
veiculem uma politica de
auto-responsabilizao dos
utentes pela sua sade e
aproveitem as oportunida-
des oferecidas pela USF.
Enf. Aldina Santos
Rastreio do cancro do
colo do tero
O Programa de Rastreio de
Cancro do colo do tero dirigi-
do a mulheres com idades com-
preendidas entre os 25 e os 64
anos e deve ser realizado pelo
menos de 3 em 3 anos ou de
acordo com a indicao clnica.
Trata-se de um exame (citologia)
indolor e eficaz na deteo de
clulas anormais do colo uterino
que podem vir a resultar em
cancro se no tratadas.
Apesar da divulgao e convo-
cao das utentes da USF Glo-
bal para realizao do rastreio,
constatamos uma certa renitncia
em aderirem ao programa, o
que nos deixa preocupados com
as possveis consequncias.
Em 2013 aquando do inicio da
actividade enquanto USF, apre-
sentvamos uma taxa de 37,8%
de mulheres com idades entre os
25 e os 60 anos com colpocitolo-
gia atualizada. Com uma meta
para 2013 de 45% de mulheres
a rastrear, em Dezembro de
2013 obtivemos uma taxa de
46,5% de mulheres rastreadas.
Rastreio do cancro da
mama
O Programa de Rastreio de
Cancro da Mama dirigido a
mulheres assintomticas (que no
apresentam sintomas) com ida-
des compreendidas entre os 45
e os 69 anos devendo ser reali-
zada mamografia a cada dois
anos.
Este ano, e bianualmente, as
utentes em idade de rastreio
receberam uma carta de convo-
catria para se dirigirem, ou
foram pela primeira vez, Uni-
dade Mvel de Rastreio de
Cancro, que esteve junto do
Centro de Sade da Nazar.
Tambm aconselhamos a reali-
zao mensal do auto-exame
da mama para despiste de alte-
raes. Durante este procedi-
mento a mulher poder detectar
alteraes de colorao, de ta-
manho, da forma das mamas,
podendo ainda despistar a exis-
tncia de feridas, ndulos e cor-
rimento mamilar. Qualquer alte-
rao detectada na mama, ma-
milo e axila ou se dvida acon-
selhamos melhor esclarecimento
com o mdico de famlia.
Rastreio Oncolgico
O cancro uma das doenas com maior incidncia em Portugal e responsvel por um elevado nmero
de mortos. O reconhecimento dos sinais de alerta e um rpido diagnstico numa fase inicial potenciam
exponencialmente as probabilidades de sucesso no tratamento. A consciencializao e participao do
utente na preveno e deteo precoce so fundamentais.
Pgina 6 BOLETIM INFORMATIVO USF GLOBAL
C om o aumento exponencial de trabalhos publicados, muito se tem escrito sobre como deve
ser feita a leitura de um artigo cientifico. Assim, fazendo uma reviso do que os especialista nesta rea indi-
cam como orientaes de leitura de trabalhos cientficos, pareceu-nos importante transmitir de forma sucinta
os pontos-chave encontrados.
Leitura crtica de publicaes cientficas
Q uando lemos um artigo, o principal objectivo perceber a
contribuio cientfica que o autor
pretende dar.
Ler um artigo deve ser um proces-
so crtico, no devendo por isso as-
sumir-se que os autores esto sem-
pre correctos. A leitura crtica impli-
ca colocar questes adequadas. Se
os autores tentam resolver um pro-
blema, devemos perceber se ser
um problema pertinente, se existem
solues simples que os autores no
consideraram e quais so as limita-
es das solues que apresentam
(mesmo as que os autores podero
no ter percebido ou admitido). De-
vemos perceber tambm se as con-
sideraes que os autores fazem
so adequadas, bem como se a or-
ganizao do artigo clara e justi-
ficada. Quando so apresentados
dados, devemos perceber se foram
reunidos os dados correctos, se fo-
ram interpretados de forma correc-
ta e se outros dados seriam mais
consistentes.
No devemos esquecer-nos que a
leitura crtica deve ser feita de for-
ma construtiva, o que muitas vezes
se torna ainda mais difcil. Assim,
devemos perceber quais so as bo-
as ideias a retirar do artigo, se es-
sas ideias tm outras aplicaes ou
extenses que os autores podem
no ter pensado, se podem ser ge-
neralizadas e se existem melhorias
que podiam ter sido feitas com sig-
nificado prtico importante.
De destacar que podemos pensar
tambm se poderamos comear a
fazer investigao a partir do arti-
go lido e nesse caso qual seria o
prximo passo.
Fazer notas em caso necessrio
pode ser um ponto muito importan-
te. O nmero de artigos lidos no
permite faz-lo em todos, no entan-
to muitas vezes pode ser importante
escrever tpicos nas margens ou
sublinhar pontos-chave, como por
exemplo dados mais importantes ou
questes mais controversas, o que
ajuda sobretudo quando existe mais
tarde necessidade de o rever.
Quase todos os bons artigos de
investigao tentam proporcionar
uma resposta a uma questo espe-
cfica. Se depois de ler uma vez o
artigo, tentarmos sumariz-lo numa
ou duas frases e o conseguirmos
fazer, sinnimo de que percebe-
mos a questo inicial e a resposta
final. Uma vez que conseguimos
perceber a ideia chave, podemos
depois reler com mais detalhe e
perceber outros pormenores inclu-
dos.
Resumir o artigo uma forma de
tentar determinar a sua contribuio
cientfica. No entanto, para real-
mente aferir o seu mrito cientfico,
torna-se necessrio comparar o arti-
go a outros trabalhos na mesma
rea.
importante referir que as contri-
buies cientificas podem tomar v-
rias formas. Alguns artigos oferecem
ideias novas, outros implementam
ideias e/ou mostram a forma como
funcionam, outros ainda renem v-
rias ideias dispersas no mesmo tra-
balho.
Dr. Raquel Osrio
Boas LeiturasBoas LeiturasBoas Leituras
VOLUME 1, EDIO 1 Pgina 7
Q uando lemos um artigo, o principal objectivo perceber a
contribuio cientfica que o autor
pretende dar.
Ler um artigo deve ser um proces-
so crtico, no devendo por isso as-
sumir-se que os autores esto sem-
pre correctos. A leitura crtica impli-
ca colocar questes adequadas. Se
os autores tentam resolver um pro-
blema, devemos perceber se ser
um problema pertinente, se existem
solues simples que os autores no
consideraram e quais so as limita-
es das solues que apresentam
(mesmo as que os autores podero
no ter percebido ou admitido). De-
vemos perceber tambm se as con-
sideraes que os autores fazem
so adequadas, bem como se a or-
ganizao do artigo clara e justi-
ficada. Quando so apresentados
dados, devemos perceber se foram
reunidos os dados correctos, se fo-
ram interpretados de forma correc-
ta e se outros dados seriam mais
consistentes.
No devemos esquecer-nos que a
leitura crtica deve ser feita de for-
ma construtiva, o que muitas vezes
se torna ainda mais difcil. Assim,
devemos perceber quais so as bo-
as ideias a retirar do artigo, se es-
sas ideias tm outras aplicaes ou
extenses que os autores podem
no ter pensado, se podem ser ge-
neralizadas e se existem melhorias
que podiam ter sido feitas com sig-
nificado prtico importante.
De destacar que podemos pensar
tambm se poderamos comear a
fazer investigao a partir do arti-
go lido e nesse caso qual seria o
prximo passo.
Fazer notas em caso necessrio
pode ser um ponto muito importan-
te. O nmero de artigos lidos no
permite faz-lo em todos, no entan-
to muitas vezes pode ser importante
escrever tpicos nas margens ou
sublinhar pontos-chave, como por
exemplo dados mais importantes ou
questes mais controversas, o que
ajuda sobretudo quando existe mais
tarde necessidade de o rever.
Quase todos os bons artigos de
investigao tentam proporcionar
uma resposta a uma questo espe-
cfica. Se depois de ler uma vez o
artigo, tentarmos sumariz-lo numa
ou duas frases e o conseguirmos
fazer, sinnimo de que percebe-
mos a questo inicial e a resposta
final. Uma vez que conseguimos
perceber a ideia chave, podemos
depois reler com mais detalhe e
perceber outros pormenores inclu-
dos.
Resumir o artigo uma forma de
tentar determinar a sua contribuio
cientfica. No entanto, para real-
mente aferir o seu mrito cientfico,
torna-se necessrio comparar o arti-
go a outros trabalhos na mesma
rea.
importante referir que as contri-
buies cientificas podem tomar v-
rias formas. Alguns artigos oferecem
ideias novas, outros implementam
ideias e/ou mostram a forma como
funcionam, outros ainda renem v-
rias ideias dispersas no mesmo tra-
balho.
Dr. Raquel Osrio
negcios de famlia... O sujeito chega no consultrio do psiquiatra e desabafa: - Doutor, preciso da sua ajuda! Acho que tou a ficar maluco! J l vo trs noites que no consigo dormir de tanta preocupao! - E qual o motivo de sua preocupao? - Dinheiro, doutor! - Ah! Mas muito fcil. s o senhor parar de pensar no assunto. Outro dia esteve aqui um camarada que tambm no conseguia dormir por causa das dvidas que tinha contrado com o tio. Disse-lhe que o tio que deveria ficar preocupado, j que tinha dinheiro pra receber. Da em diante, ele passou a dormir tranquilo! - Pois , doutor, era o meu sobrinho!
No hospital... O dono do hospital, ansioso, pergunta ao me dico que acabou de internar uma nova paciente: - E enta o, que tal a paciente do 208? - humm...bem gerida a coisa, pode render uns 5 mil euros por me s...
maluquinho...
O sujeito vai ao psiquiatra e queixa-se:
- Doutor! A minha mulher diz que sou maluco s porque eu gosto de mortadela!
O doutor responde:
- Mas isso no faz o menor sentido! Eu tambm adoro "MORTADELA"!!
E o paciente:
- Pois , pois !!! Ento vamos l pra casa ver a minha coleo! Eu j tenho mais
de "TRE-ZEN-TAS!!
(psico)terapias... O psiquiatra incentiva o paciente: - Pode me contar desde o princ pio... - Muito bem, doutor! No princ pio... eu criei o ce u e a terra...
votao... Um homem vai ao me dico e diz: - Doutor, quero fazer uma vasectomia. O me dico adverte: - Essa e uma decisa o muito se ria. O senhor ja con-sultou a sua mulher e seus filhos? - Claro que sim, doutor. Os que sa o favora veis venceram por 19 a 2!
Como dar ms notcias esposa Uma senhora chega ao hospital e pergunta: Doutor, sou a mulher do Ze , que sofreu um acidente. Como ele es-ta ? Bem, da cintura para baixo, ele na o teve nem um arranha o. Poxa, que alegria! E da cintura para cima? Na o sei. Ainda na o trouxeram essa parte.
Consultrio..ou domiclio... Alta madrugada e o telefone toca na casa do me dico. O me dico, so-nolento, atende o telefone. - Alo ... - Doutor, quanto e que o senhor cobra por uma consulta na casa do paciente? - Duzentos euros. - E por uma consulta no seu con-sulto rio? - Cem euros. - Ta bem, ata o encontramo-nos daqui a meia hora la no seu con-sulto rio.
Dieta milagrosa... - Doutor, como eu fao para emagrecer? - Basta a senhora mover a cabea da esquerda para a direita e da direita para a esquerda. - Quantas vezes, doutor? - Todas as vezes que te oferecerem comida.
remdios... O me dico da uma bronca no paciente: Na o estou a perceber qual e a sua... Voce passa a vida a pedir reme dios pra dormir, mas na o sai daquela boate perto da sua casa! O senhor na o entendeu mesmo... Os reme dios sa o pra minha mulher!
HumorsticasHumorsticasHumorsticas
Pgina 8
EVENTOS CIENTFICOS 2014
Evento Area Datas
19. Conferncia WONCA Europa Medicina Geral/
Cuidados Primrios De 02 a 05 Julho
Open Day Wonca International Classification Committee MGF/CSP De 6 a 11 de Setembro
Wonca International Classification Committee, FCM-UNL MGF/CSP 6 de Setembro
4 Congresso Nacional de Sade Pblica Outra De 02 a 03 Outubro
13Encontro Nacional de Internos e Jovens Mdicos de Fam-lia
Medicina Geral De 24 a 25 Outubro
6 Congresso Portugus do Cancro do Pulmo Oncologia De 09 a 11 Outubro
15. Congresso Nacional de Pediatria Pediatria De 15 a 18 Outubro
X Congresso Nacional de Psiquiatria Psiquiatria De 13 a 14 Novembro
Reunio Anual da Sociedade Portuguesa de Hematologia 2014
Outra De 20 a 22 Novembro
Escola de Outono da APMGF-2014 MGF De 20 a 22 Novembro
Medicina informtica vs Medicina centrada no utente
E sta rubrica aborda e abordar nas prxi-
mas edies os desafios
impostos pela inovao
tecnolgica na prtica
clnica diria.
Sem dvida, de positivo
destacam-se: os registos
legveis, a maior facili-
dade de consulta dos
registos, maior facilida-
de em prescrever (com
simples clicks em vez da
escrita manual), os da-
dos administrativos do
utente disponveis.
E o que nos exigido:
a mdicos e enfermeiros?
Quantas plataformas in-
formticas diferentes esto
a ser usadas? E que variam
de unidade para unidade;
e na mesma unidade, au-
sncia de transmisso de
dados e registos efectua-
dos pelos profissionais de
s e c t o r e s d i f e r e n -
tes...resultado...duplicao
de trabalho.
E que mais implica? Muita
ateno e dedicao m-
quina dos registos: o com-
putador. E o utente? Espe-
ra, a sua vez, de poder
entrar na relao que em
15 minutos predomina ser en-
tre o Md./Enf e o computa-
dor.
E que mais nos exigem? Indi-
cadores...olhem os BI. se no
clicar aqui...ali e ali, por me-
lhor cuidado que tenha na
realidade prestado ao utente,
no clicou, no est bem vi-
giado...no atingiu indicador
Susana Santos
BOLETIM INFORMATIVO USF GLOBAL
javascript:__doPostBack('gvEventos','Sort$EVENT_NAME')javascript:__doPostBack('gvEventos','Sort$EVENT_AOI')javascript:__doPostBack('gvEventos','Sort$EVENT_START_DATE')http://local.univadis.pt/pt/Eventos/Detalhes.aspx?id=6280http://local.univadis.pt/pt/Eventos/Lista.aspx?esp=8http://local.univadis.pt/pt/Eventos/Lista.aspx?esp=8http://local.univadis.pt/pt/Eventos/Detalhes.aspx?id=6201http://local.univadis.pt/pt/Eventos/Lista.aspx?esp=51http://local.univadis.pt/pt/Eventos/Detalhes.aspx?id=6056http://local.univadis.pt/pt/Eventos/Lista.aspx?esp=11http://local.univadis.pt/pt/Eventos/Detalhes.aspx?id=6271http://local.univadis.pt/pt/Eventos/Lista.aspx?esp=15http://local.univadis.pt/pt/Eventos/Detalhes.aspx?id=6274http://local.univadis.pt/pt/Eventos/Lista.aspx?esp=20http://local.univadis.pt/pt/Eventos/Detalhes.aspx?id=6275http://local.univadis.pt/pt/Eventos/Detalhes.aspx?id=6275http://local.univadis.pt/pt/Eventos/Lista.aspx?esp=51
Comece por fazer que necessrio, depois o que possvel, e de repente estar a fazer o impossvel
So Francisco de Assis
(1182-1226)
PALAVRAS DE MESTRE
Colaboradores nesta Edio: Licnio Fialho, Ldia
Carepa, Ins Rocha, Helena Isabel Fernandes,
Aldina Santos, Lus Amaro, Raquel Osrio, Susana
Santos
FICHA TE CNICA
Publicao trimestral
VOLUME 1, EDIO 1 O DICIONA RIO DOS UTENTES
Dr. Ldia Esgaio Carepa
Dtora, eu n durmo ...afoga-se-me
a garganta, depois o corao pra de bater
...e as dores...parece um co a quemer-me per dentre qu iste Dtora?
Aah Dtora, t xeia da dres na coluna vertical !!!
Aah Dtora, o cardiologista diz qu tanho uma ratimia cardcula...
Dtora, venho buscar uma cardencial pro especialista do autoringo
Caixins
2450-125 Nazar
Telefone: 262 569 120
Fax: 262 561 938
USF Global
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