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LIZ (LAR IRMÃ ZARABATANA) APOSTILA CONCEITOS BÁSICOS CAPÍTULO I Espiritismo - Definições e Conceitos

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LIZ (LAR IRMÃ ZARABATANA)

APOSTILA CONCEITOS BÁSICOS

CAPÍTULO I

Espiritismo - Definições e Conceitos

Versão 1.3 – 02/09/2016

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LIZ - LAR IRMÃ ZARABATANAApostila dos conceitos básicos do espiritismo

ÍNDICE1. Espiritismo - Definições e Conceitos................................................................................3

1.1. Espírito, Espiritismo e sua importância......................................................................31.1.1. Espírito...........................................................................................................31.1.2. Espiritismo......................................................................................................3

1.2. Princípios que constituem o alicerce do Espiritismo – Fundamentos Espíritas.........61.2.1. Na crença em um Deus único / na existência de DEUS;...............................61.2.2. Na imortalidade da Alma;...............................................................................71.2.3. Na reencarnação;...........................................................................................71.2.4. Comunicabilidade dos espíritos......................................................................81.2.5. Livre arbítrio..................................................................................................111.2.6. Lei de causa e efeito....................................................................................111.2.7. Na pluralidade dos mundos habitados;........................................................12

1.3. Reforma íntima........................................................................................................131.4. Doutrinação e Evangelização..................................................................................151.5. A vida no plano espiritual.........................................................................................151.6. Ação dos espíritos sobre os fenômenos da natureza..............................................161.7. Influência dos espíritos em nossa vida....................................................................16

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1. Espiritismo - Definições e Conceitos1.1. Espírito, Espiritismo e sua importância.

1.1.1. Espírito

Os Espíritos são os seres que povoam o Universo, fora do mundo material, e constituem o mundo invisível.

Não são seres oriundos de urna criação especial, porém as almas dos que viveram na Terra, ou nas outras esferas, e que deixaram o invólucro cor.

Livro dos Espíritos – Capítulo II – da encarnação dos espíritos - A AlmaQuestão 134 - O que é a alma?

Um Espírito encarnado.

Questão 134 a) - O que era a alma, antes de unir-se ao corpo?

 Espírito.

Questão 134 b) - As almas e os Espíritos são, portanto, idênticos, a mesma coisa?

Sim, as almas não são mais que Espíritos. Antes de ligar-se ao corpo, a alma é um dos seres inteligentes que povoam o mundo invisível, e depois reveste temporariamente um invólucro carnal, para se purificar e esclarecer.

Fonte de consulta:

Livro dos espíritos

http://www.espirito.org.br/portal/artigos/celuz/textos/principios-basicos-da-doutrina-espirita.html

1.1.2. Espiritismo

O que éÉ o conjunto de princípios e leis, revelados pelos Espíritos Superiores, contidos nas obras de Allan Kardec que constituem a Codificação Espírita PENTATEUCO ESPÍRITA:

O Livro dos Espíritos (publicado em 18 de abril de 1857), O Livro dos Médiuns (publicado em janeiro de 1861), O Evangelho segundo o Espiritismo (publicado em abril de 1864), O Céu e o inferno (publicado em agosto de 1865), A Gênese (publicado em janeiro de 1868), OBRAS PÓSTUMAS (publicado em 1890) uma das obras que

complementam o Pentateuco.

“O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal.”

Allan Kardec (O que é o Espiritismo – Preâmbulo)

“O Espiritismo realiza o que Jesus disse do Consolador prometido:

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conhecimento das coisas, fazendo que o homem saiba donde vem, para onde vai e por que está na Terra; atrai para os verdadeiros princípios da lei de Deus e consola pela fé e pela esperança.”

Allan Kardec (O Evangelho segundo o Espiritismo – cap. VI – 4)

O que revelaRevela conceitos novos e mais aprofundados a respeito de Deus, do Universo, dos Homens, dos Espíritos e das Leis que regem a vida.

Revela, ainda, o que somos, de onde viemos, para onde vamos, qual o objetivo da nossa existência e qual a razão da dor e do sofrimento.

Sua abrangênciaTrazendo conceitos novos sobre o homem e tudo o que o cerca, o Espiritismo toca em todas as áreas do conhecimento, das atividades e do comportamento humanos, abrindo uma nova era para a regeneração da Humanidade.

Pode e deve ser estudado, analisado e praticado em todos os aspectos fundamentais da vida, tais como: científico, filosófico, religioso, ético, moral, educacional, social.

Seus ensinos fundamentaisDeus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas. É eterno, imutável, imaterial, único, onipotente, soberanamente justo e bom.

O Universo é criação de Deus. Abrange todos os seres racionais e irracionais, animados e inanimados, materiais e imateriais.

Além do mundo corporal, habitação dos Espíritos encarnados, que são os homens, existe o mundo espiritual, habitação dos Espíritos desencarnados.

No Universo há outros mundos habitados, com seres de diferentes graus de evolução: iguais, mais evoluídos e menos evoluídos que os homens.

Todas as leis da Natureza são leis divinas, pois que Deus é o seu autor. Abrangem tanto as leis físicas como as leis morais.

O homem é um Espírito encarnado em um corpo material. O períspirito é o corpo semi material que une o Espírito ao corpo material.

Os Espíritos são os seres inteligentes da criação. Constituem o mundo dos Espíritos, que preexiste e sobrevive a tudo.

Os Espíritos são criados simples e ignorantes. Evoluem, intelectual e moralmente, passando de uma ordem inferior para outra mais elevada, até a perfeição, onde gozam de inalterável felicidade.

Os Espíritos preservam sua individualidade, antes, durante e depois de cada encarnação.

Os Espíritos reencarnam tantas vezes quantas forem necessárias ao seu próprio aprimoramento.

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Os Espíritos evoluem sempre. Em suas múltiplas existências corpóreas podem estacionar, mas nunca regridem. A rapidez do seu progresso intelectual e moral dependem dos esforços que façam para chegar à perfeição.

Os Espíritos pertencem a diferentes ordens, conforme o grau de perfeição que tenham alcançado: Espíritos Puros, que atingiram a perfeição máxima; Bons Espíritos, nos quais o desejo do bem é o que predomina; Espíritos Imperfeitos, caracterizados pela ignorância, pelo desejo do mal e pelas paixões inferiores.

As relações dos Espíritos com os homens são constantes e sempre existiram. Os bons Espíritos nos atraem para o bem, sustentam-nos nas provas da vida e nos ajudam a suportá-las com coragem e resignação. Os imperfeitos nos induzem ao erro.

Jesus é o guia e modelo para toda a Humanidade. E a Doutrina que ensinou e exemplificou é a expressão mais pura da Lei de Deus.

A moral do Cristo, contida no Evangelho, é o roteiro para a evolução segura de todos os homens, e a sua prática é a solução para todos os problemas humanos e o objetivo a ser atingido pela Humanidade.

O homem tem o livre-arbítrio para agir, mas responde pelas consequências de suas ações.

A vida futura reserva aos homens penas e gozos compatíveis com o procedimento de respeito ou não à Lei de Deus.

A prece é um ato de adoração a Deus. Está na lei natural e é o resultado de um sentimento inato no homem, assim como é inata à ideia da existência do Criador.

A prece torna melhor o homem. Aquele que ora com fervor e confiança se faz mais forte contra as tentações do mal e Deus lhe envia bons Espíritos para assisti-lo. É este um socorro que jamais se lhe recusa, quando pedido com sinceridade.

PRÁTICA ESPÍRITA Toda a prática espírita é gratuita, como orienta o princípio moral do Evangelho: “Dai de graça o que de graça recebestes”.

A prática espírita é realizada com simplicidade, sem nenhum culto exterior, dentro do princípio cristão de que Deus deve ser adorado em espírito e verdade.

O Espiritismo não impõe os seus princípios. Convida os interessados em conhecê-lo a submeterem os seus ensinos ao crivo da razão, antes de aceitá-los.

A mediunidade, que permite a comunicação dos Espíritos com os homens, é uma faculdade que muitas pessoas trazem consigo ao nascer, independentemente da religião ou da diretriz doutrinária de vida que adotem.

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O Espiritismo respeita todas as religiões e doutrinas, valoriza todos os esforços para a prática do bem e trabalha pela confraternização e pela paz entre todos os povos e entre todos os homens, independentemente de sua raça, cor, nacionalidade, crença, nível cultural ou social. Reconhece, ainda, que “o verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza”.

Espíritas! Amai-vos eis o primeiro. Ensinamento; instruí-vos, eis o segundo.

Fontes de consulta:

http://www.casadoshumildes.com/Espiritismo_defin.htm

Evolução dos espíritosA marcha dos Espíritos é progressiva e jamais retrógrada. Eles se elevam gradativamente na hierarquia e não descem do plano a que se alçaram.

O progresso é uma necessidade que o Espírito sentirá mais cedo ou mais tarde. Todos devem avançar. Observando a escala dos seres, vemos que formam urna cadeia sem solução de continuidade, desde a matéria bruta até o homem mais inteligente.

Fontes de consulta:

O Livro dos Espíritos - A. Kardec - Capítulos: I - III – IV

http://www.espirito.org.br/portal/artigos/celuz/textos/principios-basicos-da-doutrina-espirita.html

1.2. Princípios que constituem o alicerce do Espiritismo – Fundamentos Espíritas

São estes princípios que constituem os alicerces da codificação espírita. Sobre estas bases se assentam o Espiritismo. Ele não impõe os seus princípios. Convida os interessados em conhecê-los e a submeter seus ensinamentos ao crivo da razão. Cada espírita é livre para concordar ou não com estes conceitos. Kardec, inclusive, nos adverte para que, caso a Ciência comprove que alguns pontos doutrinários estejam equivocados, fiquemos com a Ciência. Com certeza não podemos alterar a codificação kardequiana, mas, o Espiritismo, acima de tudo, é uma doutrina evolucionista e não pode ficar estagnada em dogmas.

Fonte de consulta:

http://www.rcespiritismo.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1239:fundamentos-do-espiritismo&Itemid=54

Artigo publicado na Revista Cristã de Espiritismo, edição 100.

1.2.1. Na crença em um Deus único / na existência de DEUS;

É o princípio e o “fim” de tudo. É o criador, causa primária de todas as coisas. Deus é a Suprema Perfeição, com todos os atributos que possamos imaginar e ainda muito mais.

Criador do Universo. Criou o Espírito e a Matéria, por meio das Leis Universais. Deus é a Inteligência Suprema e Causa Primeira de todas as

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coisas. É Eterno, Imutável, Imaterial e Único.

Fonte de consulta:

0 Livro dos Espíritos - A. Kardec - Parte 1 - Cap. I Parte 4 - Cap. II

A Gênese - A. Kardec - Caps. II e XIII

1.2.2. Na imortalidade da Alma;

Antes de sermos seres humanos, filhos de nossos pais, somos, na verdade, filhos de Deus. O espírito é o princípio inteligente, criado por Deus, simples e ignorante, para evoluir e realizar-se individualmente pelos seus próprios esforços. Como espíritos, já existíamos antes de nascer e continuaremos a existir depois da nossa morte física. A morte não existe e isto é demonstrado pelas manifestações mediúnicas, fenômenos de “quase-morte”, terapia de vidas passadas, lembranças de encarnações anteriores, manifestações extracorpóreas, etc.

1.2.3. Na reencarnação;

É o mecanismo natural de evolução dos espíritos.

O espírito é quem decide e cria seu próprio destino.

A Reencarnação é a volta do Espírito à vida corporal, mas em outro corpo novamente formado por ele.

É uma lei de justiça e amor. O Espírito passa por um número ilimitado de existências corporais. A cada nova existência, o espírito dá um passo para diante na senda do progresso.

Esse progresso espiritual depende, exclusivamente, da vontade, do conhecimento e da ação do Espírito.

O Espírito pode reencarnar na Terra ou em qualquer outro mundo habitável do Universo. Isso depende apenas do seu estado evolutivo.

Para isso, ele é dotado de livre-arbítrio, que é a capacidade de escolher; assim, ele tem a possibilidade de se desenvolver, evoluir, aperfeiçoar-se... tornar-se cada vez mais consciente de sua realidade transcendental. Isto requer um aprendizado que o espírito só consegue encarnando no mundo e reencarnando quantas vezes forem necessárias.

O progresso adquirido pelo espírito através das múltiplas experiências de vida, nas inúmeras existências, não é tão somente intelectual, mas também, o progresso moral, que vai aproximá-lo cada vez mais de Deus.

Os espíritas não creem na metempsicose, ou seja, a volta do espírito no corpo de animal.

Fonte de consulta

O Livro dos Espíritos - Cap. IV - Da Pluralidade das Existências

A Gênese - Cap. XI - 21

Obras Póstumas - Cap. "As Expiações Coletivas"

O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap. IX

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http://www.espirito.org.br/portal/artigos/celuz/textos/principios-basicos-da-doutrina-espirita.html

1.2.4. Comunicabilidade dos espíritos

A Comunicabilidade dos Espíritos com os encarnados não é um fato recente, mas antiquíssimo, com a única diferença que no passado era apanágio dos chamados iniciados e na atualidade, com o advento do Espiritismo, tornou-se fenômeno generalizado a todas as camadas sociais.

A possibilidade dos Espíritos se comunicarem é uma questão muito bem estabelecida, resultante de observações e experiências rigorosamente realizadas por eminentes pesquisadores.

Os Espíritas não têm dúvidas a este respeito; porém, determinados companheiros que abraçam correntes religiosas diferentes da Doutrina Espírita, procuram criticá-la chamando a atenção, entre outras coisas, sobre a proibição mosaica de evocar os mortos.

Na lei mosaica está escrito:

“(...) Não vos virareis para os adivinhadores e encantadores, não os busqueis, contaminando-vos com eles: eu sou o Senhor vosso Deus. (...)” (07)

“(...) Quando, pois algum homem ou mulher em si tiver um espírito adivinho, ou for encantador, certamente morrerão; com pedras se apedrejarão; o seu sangue é sobre eles.” ( 08).

“(...) Não achará entre ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador de encantamentos, nem quem consulte um espírito adivinhante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor, e por estas abominações o Senhor teu Deus as lança fora de diante dele. (...)” (06.).

“Se a lei de Moisés deve ser tão rigorosamente observada neste ponto, força é que o seja igualmente em todos os outros. Por que seria ela boa no tocante às evocações e má em outras de suas partes? (...) Desde que se reconhece que a lei mosaica não está mais de acordo com a nossa época e costumes em dados casos, a mesma razão procede para a proibição de que tratamos”.

Demais, é preciso entender os motivos que justificavam essa proibição e que hoje se anularam completamente. O legislador hebreu queria que o seu povo abandonasse todos os costumes adquiridos no Egito, onde as evocações estavam em uso e facilitavam abusos (...).” (01)

A proibição de Moisés foi mais para conter um comércio grosseiro e prejudicial com os desencarnados. Os Israelitas necessitavam de uma ação mais disciplinadora porque, além do mais “(...) a evocação dos mortos não se originava nos sentimentos de respeito, afeição ou piedade para com eles, sendo antes um recurso para adivinhações, tal como nos augúrios e presságios explorados pelo charlatanismo e pela superstição. (...) ”

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Naquela época, aliada à prática pura e simples de evocar os mortos, havia um verdadeiro comércio com os adivinhadores “(...) associadas às praticas da magia e do sortilégio, acompanhadas até de sacrifícios humanos . (...)” (02) A proibição, tinha, pois, razão de ser.

Nos dias atuais, o ser humano adquiriu novas conquistas, o progresso se fez pelo predomínio da razão e, a prática de intercâmbio espiritual ou mediúnica, defendida pelo Espiritismo, tem outras finalidades: moralizadora, consoladora e religiosa.

“(...) A verdade é que o Espiritismo condena tudo que motivou a interdição de Moisés; (...)” (02).

Os espíritas não fazem sacrifícios humanos, não interrogam astros, adivinhos e magos para informarem-se de alguma coisa, não usam medalha, talismã, fórmulas sacramentais ou cabalísticas para atrair ou afastar Espíritos.

O Espírita sincero sabe que “(...) O futuro é vedado ao homem por princípio, e só em casos raríssimos e excepcionais é que Deus faculta a sua revelação. Se o homem conhecesse o futuro, por certo que negligenciaria o presente e não agiria com a mesma liberdade. (...)” (04).

A evocação dos Espíritos exercida na prática espírita tem o fito de receber conselhos dos Espíritos superiores, de moralizar aqueles voltados para o mal e continuar com as relações de amizades e amor entre entes queridos que partilharam, ou não, a vivência reencarnatória.

Pelas orientações instrutivas e altamente moralizadoras fornecidas pelos benfeitores espirituais, pelo valioso aprendizado oferecido pelos desencarnados sofredores, conclui-se que a prática mediúnica, é um fator de progresso humano pelos benefícios que acarreta.

“(...) Sem dúvida, poderoso instrumento pode converter-se em lamentável fator de perturbação, tendo em vista o nível espiritual e moral daquele que se encontra investido de tal recurso.

Não é uma faculdade portadora de requisitos morais. A moralização do Médium libera-o da influência dos Espíritos inferiores e perversos, que se sentem, então, impossibilitados de maior predomínio por faltarem os vínculos para a necessária sintonia.(...)” (09).

“Repelir as comunicações de além-túmulo é repudiar o meio mais poderoso de instruir-se, já pela iniciação nos conhecimentos da vida futura, já pelos exemplos que tais comunicações nos fornecem. A experiência nos ensina, além disso, o bem que podemos fazer, desviando do mal os Espíritos imperfeitos, ajudando os que sofrem a desprenderem-se da matéria e a se aperfeiçoarem. Interdizer as comunicações é, portanto, privar as almas sofredoras da assistência que lhes podemos e devemos dispensar. (...)” (03).

MEDIUNIDADE E SERVIÇO AO PRÓXIMOAspiras ao desenvolvimento da mediunidade para mais fácil intercâmbio com o Plano Espiritual. Isso é perfeitamente possível; entretanto, é preciso

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lhe abraces as manifestações, compreendendo que ela te pede amor e dedicação aos semelhantes para que se transforme num apostolado de bênçãos.

Reconhecerás que não reténs com ela um distrito de entretenimento ou vantagens pessoais e sim um templo-oficina, através do qual os benfeitores desencarnados se aproximam dos homens, tão diretamente quanto lhes é possível, apontando-lhes rumo certo ou lenindo-lhes os sofrimentos, tanto quanto lhe utilizarás os recursos para socorrer desencarnados, que esperam ansiosamente quem lhes estenda uma luz ao coração desorientado.

Receberás com ela não apenas a missão consoladora de reerguer os tristes, mas também a tarefa espinhosa de suportar, corajosamente, a incompreensão daqueles que se comprazem sob a névoa do materialismo, muita vez interessados em estabelecer a dúvida e a negação para obterem, usando o nome da filosofia e da ciência, livre trânsito nas áreas de experiência física, em que a fé opõe uma barreira aos abusos de ordem moral.

Nunca lhe ostentarás a força com atitudes menos dignas, que te colocariam na dependência do mal, e, ainda mesmo quando ela te propicie meios com os quais te podes sobrepor aos perseguidores e adversários, tratá-los-ás com o amor que não foge à verdade e com a verdade que não desdenha o equilíbrio admitindo que não te assiste o direito de te antepores à justiça da vida.

Terás a mediunidade por flama de amor e serviço, abençoando e auxiliando onde estejas, em nome da Excelsa Providência, que te fez semelhante concessão por empréstimo. E nos dias em que esse ministério de luz te pese demasiado nos ombros, volta-te para o Cristo — o Divino Instrumento de Deus na Terra — e perceberás feliz, que o coração crucificado por devotamento ao bem de todos, conquanto pareça vencido, carrega em triunfo a consciência tranquila do vencedor.

Fontes de consultaXAVIER, Francisco Cândido. Examinando a Mediunidade. In: Encontro Marcado. Pelo Espírito Emmanuel. 7. ed. Rio de Janeiro - FEB, 1991 págs. 93-94.

01 - KARDEC, Allan. Da Proibição de Evocar os Mortos. In: - O Céu e o Inferno. Trad. De Manoel Justiniano Quintão, 30ª ed. Rio de Janeiro, FEB, 1992. item 3, pág 156.

02 - Item 4, págs. 157-159.

03 - Item 15. pág. 165.

04 - Intervenção dos Demônios nas Modernas Manifestações. In: . O Céu e o Inferno. Trad.de Manoel Justiniano Quintão. 30ª ed.. Rio de Janeiro, FEB, 1992. Item 10, pág. 143.

05 - O Livro dos Espíritos. Trad. de Guillon Ribeiro. 75. ed. Rio de Janeiro, FEB, 1983. Introdução, item 6, p.25.

06 - VELHO TESTAMENTO. In: A Bíblia Sagrada. Trad. Por João Ferreira de Almeida. 42 Ed. Rio de Janeiro: Sociedade Bíblica Brasileira, 1980. Deuteronômio,

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18:10 - 12 págs 205- 206.

07 - VELHO TESTAMENTO. In: A Bíblia Sagrada. Trad. Por João Ferreira de Almeida. 42 Ed. Rio de Janeiro: Sociedade Bíblica Brasileira, 1980.Levítico, 19:31, pág. 126.

08 - Levítico, 20:27. Pág. 127.

09 - FRANCO, Divaldo Pereira. Mediunidade. In: Estudos Espíritas . Pelo Espírito Joanna de Ângelis. 6ª ed. Rio de Janeiro, FEB, 1995. pág. 138.

ESDE - Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita

http://manancialdeluz.blogspot.com.br/2013/03/a-comunicabilidade-dos-espiritos.html

1.2.5. Livre arbítrio

O Espírito possui a liberdade para pensar e agir, segundo a sua vontade.

Essa liberdade de decidir, ou livre arbítrio, depende, igualmente, de seu grau evolutivo. Quando encamado ou no mundo espiritual, o Espírito faz uso de seu livre arbítrio.

No inicio da fase evolutiva, o livre arbítrio é muito pouco, quase nulo. À medida que evolui, o Espírito amplia o seu livre arbítrio, pela evolução de sua consciência.

Fonte consulta:

O Livro dos Espíritos - Questões: 843 a 872

http://www.espirito.org.br/portal/artigos/celuz/textos/principios-basicos-da-doutrina-espirita.html

1.2.6. Lei de causa e efeito

A vida no Universo todo é presidida segundo as leis sábias e justas de Deus.

O Espírito vive, também, segundo essas leis.

Vimos, anteriormente, que o Espírito goza do livre arbítrio, que tem a liberdade de ação.

Toda ação produz uma reação. Ação e reação obedecem à lei de Causa e Efeito.

Os efeitos, resultantes das causas, podem ser imediatos ou futuros. Não havendo o castigo imposto, tudo quanto o Espírito passa, tanto na vida corporal quanto na vida espiritual, é resultado de suas ações.

O pensamento é ação mental, e, portanto, resulta em efeito para quem o emite. Bons pensamentos produzem bons efeitos. A mesma coisa se dá com as nossas ações práticas, materiais.

Os efeitos de uma ação podem vir na mesma encarnação ou em futuras encarnações. Isso depende de circunstâncias variadas.

A lei de causa e efeito tem por objetivo o bem da criatura. Ela não tem, como muitos pensam, um caráter punitivo, mas sim uma ação educadora, no sentido de fazer o ser reconhecer o seu erro, e indicar-lhe o caminho

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mais curto do acerto.

A lei da causa e efeito é o mecanismo de retribuição ética universal a todos os espíritos, segundo a qual, nossa condição atual é resultado de nossos atos passados.

A escolha nos pertence, logo, as consequências boas ou más são resultados de nossas próprias decisões.

Se agora estamos sofrendo, podemos concluir que a causa do sofrimento advém das nossas atitudes, desta ou de outra encarnação. Nós construímos a nossa evolução e escolhemos o caminho a percorrer.

Fonte de consulta:

http://espiritismoeevangelho.blogspot.com.br/2010/02/livre-arbitrio-e-lei-de-causa-e-efeito.html

http://www.espirito.org.br/portal/artigos/celuz/textos/principios-basicos-da-doutrina-espirita.html

O Livro dos Espíritos - Questões: 192-a, 921, 999, 1.002, 1.009

1.2.7. Na pluralidade dos mundos habitados;

A Terra não é o único planeta com vida inteligente no universo.

A matéria existe em variados graus, desde a mais até a menos densa e isso indica a possibilidade de mundos em variados graus de densidade, e que neles podem existir seres inteligentes com corpos mais ou menos sutis.

A doutrina espírita ainda classifica os mundos segundo seu grau de evolução, como por exemplo, mundos primitivos, mundo de expiação e provas, mundos de regeneração, etc.

A Terra ocupa o segundo grau na evolução, como mundo de expiação e provas, destinado a espíritos ainda iniciantes no uso da razão e do sentimento.

Existem outros mundos que são habitados, como o nosso planeta, pois a vida organizada encontra-se em todo o Universo.

As formas para a manifestação da vida é que são variadas, segundo o estágio evolutivo de cada planeta.

Segundo os ensinos dos Espíritos, os mundos se acham em graus de adiantamento muito diferentes entre si.

Alguns estão no mesmo ponto que o nosso e outros mais atrasados.

Existem também os que são mais adiantados moral, intelectual e fisicamente. Nestes últimos as artes e as ciências já atingiram um grau de perfeição que não podemos ainda apreciar.

A organização física, mesmo material, não está sujeita aos sofrimentos, moléstias e enfermidades; os homens vivem em paz sem buscar o prejuízo uns dos outros. Há finalmente, mundos nos quais o invólucro corporal é quase fluídico.

Fonte de consulta:

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http://www.espirito.org.br/portal/artigos/celuz/textos/principios-basicos-da-doutrina-espirita.html

O Livro dos Espíritos - Cap. III

O Que é O Espiritismo - Cap. III

O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap. III

1.3. Reforma íntima

O que é?

A Reforma Intima é um processo contínuo de autoconhecimento, de conhecimento da nossa intimidade espiritual, modelando-nos progressivamente na vivência evangélica, em todos os sentidos da nossa existência.

A transformação do homem velho, carregado de tendências e erros seculares, no homem novo, atuante na implantação dos ensinamentos do Divino Mestre, dentro e fora de si.

Por que a Reforma íntima?

Porque é o meio de nos libertarmos das imperfeições e de fazermos objetivamente o trabalho de “burilamento” dentro de nós, conduzindo-nos compativelmente com as aspirações que nos levam ao aprimoramento do nosso espírito.

Para que a Reforma íntima?

Para transformar o homem e a partir dele, toda a humanidade, ainda tão distante das vivências evangélicas. Urge enfileirarmo-nos ao lado dos batalhadores das últimas horas, pelos nossos testemunhos, respondendo aos apelos do Plano Espiritual e integrando-nos na preparação cíclica do Terceiro Milênio.

Onde fazer a Reforma íntima?

Primeiramente dentro de nós mesmos, cujas transformações se refletirão depois em todos os campos de nossa existência, no nosso relacionamento com familiares, colegas de trabalho, amigos e inimigos e, ainda, nos meios em que colaborarmos desinteressadamente com serviços ao próximo.

Quando devemos fazer a Reforma íntima?

O momento é agora e já; não há mais o que esperar. O tempo passa e todos os minutos são preciosos para as conquistas que precisamos fazer no nosso intimo.

Como fazer a Reforma íntima?

Ao decidirmos iniciar o trabalho de melhorar a nós mesmos, um dos meios mais efetivos é o ingresso numa Escola de Aprendizes do Evangelho, cujo objetivo central é exatamente esse.

Com a orientação dos dirigentes, num regime disciplinar, apoiados pelo próprio grupo e pela cobertura do Plano Espiritual, conseguimos vencer as naturais dificuldades de tão nobre empreendimento, e transpomos as nossas barreiras.

Da em diante o trabalho continua de modo progressivo, porém com mais

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entusiasmo e maior disposição. Mas, também, até sozinhos podemos fazer nossa Reforma íntima, desde que nos empenhemos com afinco e denodo, vivendo coerentemente com os ensinamentos de Jesus.

Allan Kardec em "O Evangelho Segundo o Espiritismo”, capítulo XVII, item 4, nos diz :

"Reconhece-se o verdadeiro espírita por sua transformação moral e pelos esforços que faz para dominar suas más tendências".

Em "Obras Póstumas” encontramos a seguinte referência:

A questão social não tem, portanto, o seu ponto de partida na forma de tal ou tal instituição; está inteiramente no aperfeiçoamento moral dos indivíduos e das massas. Aí está o princípio, a verdadeira chave da felicidade da Humanidade, porque então os homens não pensarão mais em se prejudicarem uns aos outros. Não basta colocar um verniz sobre a corrupção, é a corrupção que é preciso extinguir.

O princípio do aperfeiçoamento está na natureza das crenças, porque as crenças são o móvel das ações e modificam os sentimentos; está também nas ideias inculcadas desde a infância e identificadas com o Espírito , e nas ideias que o desenvolvimento ulterior da inteligência e da razão podem fortificar, e não destruir. Será pela educação, mais ainda do que pela instrução, que se transformará a Humanidade.

O homem que trabalha seriamente pelo seu próprio aperfeiçoamento assegura a sua felicidade desde esta vida; além da satisfação de sua consciência, isentam-se das misérias, materiais e morais, que são a consequência inevitável de suas imperfeições. Terá a calma porque as vicissitudes não farão senão de leve roçá-lo; terá a saúde porque não usará o seu corpo para os excessos; será rico, porque se é sempre rico quando se sabe contentar-se com o necessário; terá a paz da alma, porque não terá necessidades fictícias, não será mais atormentado pela sede das honras e do supérfluo, pela febre da ambição, da inveja e do ciúme; indulgente para com as imperfeições de outrem, delas sofrerá menos; excitarão a sua piedade e não a sua cólera; evitando tudo o que pode prejudicar o seu próximo, em palavras e em ações, procurando, ao contrário , tudo o que pode ser útil e agradável aos outros, ninguém sofrerá com o seu contato.

Assegura a sua felicidade na vida futura, porque, quanto mais estiver depurado, mais se elevará na hierarquia dos seres inteligentes, e logo deixará esta Terra de provas por mundos superiores; porque o mal que tiver reparado nesta vida não terá mais que reparar em outras existências; porque, na erraticidade, não encontrará senão seres amigos e simpáticos, e não será atormentado pela visão incessante daqueles que teriam do que se lamentar dele". Allan Kardec in Obras Póstumas, Credo Espírita Preâmbulo (FEB).

Fontes de consultahttp://www.ceallankardec.org.br/reforma.htm

Texto do livro MANUAL PRÁTICO DO ESPÍRITA de Ney Prieto Peres, editora Pensamento.

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1.4. Doutrinação e Evangelização

A Doutrinação, segundo Herculano Pires, “é a técnica espírita de afastar os espíritos obsessores através do esclarecimento doutrinário”. E continua: “Foi criada e desenvolvida por Allan Kardec para substituir as práticas bárbaras do Exorcismo largamente usadas na Antiguidade”.

O “conceito do doente mental como possessão demoníaca gerou a ideia de espancar o doente para retirar o Demônio do seu corpo”.

E prossegue Herculano Pires: “Nas Religiões, recorria-se a métodos de expulsão por meio de preces, objetos sagrados, como crucifixos, relíquias, rosários, terços, medalhas, água benta, ameaças, xingos, queima de incensos e outros ingredientes, pancadas e torturas”.

As pesquisas espíritas levaram Kardec a instituir e praticar intensivamente a Doutrinação como forma persuasiva de esclarecimento do obsessor e do obsedado através das Sessões de Desobsessão.

Ambos necessitam de esclarecimento evangélico para superar os conflitos do passado.

“Afastada a ideia terrorista do Diabo” — esclarece ainda Herculano Pires — “obsessor e obsedado são tratados com amor e compreensão como criaturas humanas e não como algoz satânico e vítima inocente. Apegados à matéria e à vida terrena, os obsessores necessitam sentir-se seguros no meio mediúnico, envolvidos nos fluidos e emanações ectoplásmicas da sessão, para poderem conversar de maneira proveitosa com os espíritos esclarecedores”

Isso é o que Herculano Pires fala sobre a Doutrinação, que se dá, imprescindivelmente, com a participação dos espíritos protetores. “Orgulhoso e inútil, e até mesmo prejudicial, será o doutrinador que se julgar capaz de doutrinar por si mesmo” — fala, agora, Herculano Pires sobre o doutrinador, acrescentando: “Sua eficiência depende sempre de sua humildade, que lhe permite compreender a necessidade de ser auxiliado pelos espíritos bons”.

O doutrinador que não compreende esse princípio precisa de doutrinação e esclarecimento, para alijar de seu espírito a vaidade e a pretensão. “ Só pode realmente doutrinar espíritos quem tiver amor e humildade”. E destaca nas suas conclusões sobre o papel do doutrinador: “É o próprio doutrinador que se doutrina a si mesmo doutrinando os outros”.

Fonte de consulta:

Texto resumido do livro Obsessão, o Passe, a Doutrinação PIRES, J Herculano.– São Paulo –SP, Editora Paidéia 5ª Ed. 1992.

1.5. A vida no plano espiritual

Os Espíritos, quando não se encontram encarnados, em qualquer dos mundos, acham-se no mundo espiritual, em estado de erraticidade, aguardando a vida corporal.

Erraticidade é o mesmo que erratibilidade: propriedade daquilo que é errático ou errante: significa "que muda de lugar; intermitente; periódico".

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No plano espiritual, os Espíritos agem de acordo com seu grau evolutivo. Os que pertencem à família da Terra, quase sempre encontram-se à nossa volta, convivendo e ligados conosco, pelos pensamentos.

O pensamento é a força que atrai e une os Espíritos e que proporciona a formação de grupos. E a chamada lei de sintonia vibratória.

Os Espíritos podem agir sobre os fluidos produzindo criações fluídicas. Muitos pensam que ainda se encontram encarnados e por isso vivem ligados intimamente às pessoas e às coisas do mundo material.

Fonte de consulta:

O Livro dos Espíritos - Cap. VI - Da Vida Espírita

O Livro dos Médiuns - Cap. XXV - item 283 - perg. 36

1.6. Ação dos espíritos sobre os fenômenos da natureza

Os Espíritos podem agir sobre a matéria, conforme estudamos. Isso depende da necessidade, da vontade e do interesse.

Entre esses Espíritos, há os que cumprem ou executam determinações superiores. Assim, conclui-se que os Espíritos podem ter influência sobre os elementos da natureza para os agitar, acalmar ou dirigir.

Tudo visando ao equilíbrio e à harmonia das forças físicas da natureza.

Fonte de consulta

O Livro dos Espíritos - Questão 536-b

1.7. Influência dos espíritos em nossa vida

Os Espíritos ligam-se conosco através do pensamento. Criamos, com eles e com os encarnados, uma verdadeira rede.

Vivendo à nossa volta, eles participam ativamente de nossa vida. Influem em nossos pensamentos, em nossas ações. Mais do que isso: interferem poderosamente em tudo quanto pensamos ou fazemos.

Ficam ligados e retidos às pessoas e nos locais onde estiveram e com quem conviveram, e podem influir para o bem ou para o mal.

A influência dos Espíritos em nossa vida é tão forte que podemos afirmar que, em geral, são eles que nos dirigem. Pela intensidade dessa influência, muitos alteram constantemente os seus pensamentos, suas palavras e atitudes, e nem sabem que são levados a isso pelos Espíritos.

Fonte de consulta

O Livro dos Espíritos - Cap. IX

http://www.espirito.org.br/portal/artigos/celuz/textos/principios-basicos-da-doutrina-espirita.html

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