92
2.4. VIGILÂNCIA EM SAÚDE
Programa: 68 Projeto/Atividade: 4055 Manutenção da produção de exames laboratoriais e complementares pela rede própria
Os exames laboratoriais estão entre os procedimentos mais necessários e mais
realizados no apoio diagnóstico à prática clínica
Pretendemos desta forma, contribuir para a boa qualidade da assistência a saúde à
população através da fidedignidade de resultados de exames laboratoriais, com baixo custo e
bons padrões de qualidade, otimizando recursos humanos, materiais e equipamentos.
Temos o compromisso de manter a qualidade na prestação de serviços, atender os
pacientes da Rede Municipal de Saúde (REMUS) de forma satisfatória, superar as expectativas,
e buscar melhoria contínua dos processos.
O Laboratório Central Municipal conta com equipamentos automatizados e
interfaceados, que garantem resultados confiáveis e agilidade na entrega dos resultados.
Nossa Rede conta com 35 Unidades com postos de coleta, além do próprio Laboratório
Central Municipal e do IMPCG, conforme demonstrado no quadro a seguir:
Distrito Norte Distrito Sul Distrito Leste Distrito Oeste UBS São Francisco
UBS Nova Bahia
UBS Coronel Antonino
UBS Vila Nasser
CEDIP
UBS 26 de Agosto
UBS Guanandy
UBS Aero Rancho
UBS Jockey Club
UBSF Pq. do Sol
UBS Pioneira
UBSF Macaúbas
UBSF Mário Covas
UBSF COHAB
UBSF Alves Pereira
UBS Anhanduí
CTA/CEM
UBS Tiradentes
UBS Moreninha
UBS Universitário
UBSF MAPE
UBS Cidade
Morena
UBSF Itamaracá
UBS Albino Coimbra
UBS Coophavila
UBSF Zé Pereira
UBS Indubrasil
UBS Serradinho
UBS Silvia Regina
UBS Lar do Trabalhador
UBS Buriti
UBS Popular
UBSF Portal Caiobá
UBS Caiçara
UBSF Tarumã
93
As amostras de unidades básicas são encaminhadas ao Laboratório, por meio de
transporte terceirizado. Após triagem do material as mesmas são encaminhadas para os diversos
setores, a saber: Bioquímica, Hematologia, Imunologia, Urinálise, Parasitologia, Microbiologia,
Baciloscopia. As amostras encaminhadas pelas unidades de urgência, Hospital da Mulher,
CAPS III e CEDIP, são recolhidas por motociclistas disponibilizados pelo SETRAMS e entregues
no setor de emergência do Laboratório, que disponibiliza os resultados em até duas horas
(agilidade pelo interfaceamento).
Diretriz: Ampliação da oferta de exames
Meta
Nº Ação Unidade de Medida
Programada Realizada % de
execução
01 Realizar exames laboratoriais de diagnose Exame 900.000 1.105.784 123%
Dos 1.105.784 exames laboratoriais realizados foram 558.021 (50%) de bioquímica,
350.431 (32%) de hematologia, 110.943 (10%) de urinálise, 40.270 (4%) de imunologia, 22.651
(2%) de parasitologia, 18.875 (1,5%) de microbiologia e 4.593 (0,5%) de baciloscopia.
A superação da meta decorreu basicamente do aumento da demanda de exames
laboratoriais.
Diretriz: Manutenção do controle de qualidade
Meta
Nº Ação Unidade de Medida
Programada Realizada % de
execução
01
Realizar avaliações do Programa Nacional de Controle de Qualidade (interno e externo) da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas -SBAC
Avaliação 12 12 100%
94
Desde 1999, quando iniciamos a nossa participação no Programa Nacional de Controle
de Qualidade – Patrocinado pela Sociedade Brasileira de Análises Clínicas, temos sido avaliados
como EXCELENTE.
Diretriz: Suporte laboratorial para o desenvolvimento das ações de vigilância em saúde
Meta
Nº Ação Unidade de Medida
Programada Realizada % de
execução
01 Realizar exames para diagnóstico e controle das doenças de notificação compulsória
Exame Demanda 46.178 -
02 Realizar exames em amostras de água Exame Demanda 4.943 -
Dos 46.178 exames realizados para diagnóstico das Doenças de Notificação
Compulsória, 11.520 foram para Sífilis, 10.864 foram para HIV, 10.464 para Hepatites, 5.565
foram para Dengue, 4.136 para Tuberculose, 1.465 para Toxoplasmose, 995 para Dengue, 710
para Citomegalovírus, 682 para Rubéola, 536 para Hanseníase, 457 para Hanseníase e 315
para outras doenças.
Foram realizados exames físico-químicos e microbiológicos (pesquisa de microorganismos)
nas amostras de água encaminhadas para exame.
Temos como propostas para 2011:
� Ampliar a rede de postos de coleta;
� Implantar o sistema de entrega de resultados via interne;
� Ofertar exames de Espermograma e de Líquido Encéfalo Raquidiano.
O Programa Nacional de Controle de Qualidade consiste em avaliações mensais de todos os exames realizados no LABCEN, oferecendo um ensaio de proficiência que por suas normas, freqüência e agilização das avaliações, possui aceitação e credibilidade nacional e internacional.
A avaliação externa da qualidade propiciou um constante aprimoramento cientifico da equipe técnica, garantindo a exatidão dos laudos e valorizando a imagem profissional do Laboratório.
95
Programa 69
Projeto/Atividade: 4037 Manutenção das ações de controle das zoonoses
Diretriz: Execução de ações de vigilância às zoonoses
Meta
Nº Ação Unidade de Medida
Programada Realizada % de
execução
01 Vacinar cães contra a Raiva (casa a casa) em campanha
Cão 102.000 73.881 72%
02 Vacinar gatos contra a Raiva (casa a casa) em campanha
Gato 23.200 10.944 47%
03 Vacinar cães e gatos contra a Raiva na rotina do CCZ
Cão e Gato Demanda 2.630 -
04 Realizar recolhimento de cães e gatos Cão e Gato 27.500 26.484 96%
05 Enviar encéfalo de cães suspeitos de Raiva para pesquisa laboratorial
Encéfalo 280 285 102%
06 Realizar microchipagem de cães (RGA) Cão Demanda 111 -
07 Realizar castração de cães doados pelo CCZ
Cão Demanda 1.041 -
08 Realizar castração de gatos cujos filhotes são recebidos pelo CCZ
Gato Demanda 4.306 -
09 Realizar eutanásia em cães positivos para Leishmaniose
Cão 11.000 9.817 89%
10 Realizar eutanásia em cães suspeitos para Leishmaniose e/ou doenças terminais
Cão 13.000 6871 53%
11 Realizar eutanásia em gatos suspeitos de Raiva e/ou doenças terminais
Gato 8.000 5.193 65%
12 Realizar vistoria zoosanitária de posse responsável de animais
Vistoria 2.200 2.624 119%
13 Realizar apreensão de grandes animais soltos em vias públicas
Animal Demanda 114 -
14 Instalar armadilhas para captura de flebotomíneos
Armadilha 1.200 1.181 98%
15 Coletar e encaminhar sangue de caninos suspeitos de leishmaniose para exame laboratorial
Amostra 102.000 106.681 105%
16 Realizar borrifação residual em domicílios em áreas de risco no controle da Leishmaniose visceral
Domicílio 60.000 37.128 62%
96
Após ocorrência de reações adversas em animais vacinados em todo o Brasil, em 7/10
foi suspenso por determinação do Ministério da Saúde, o uso da vacina de cultivo do laboratório
Biovet, o que justifica o não cumprimento da meta programada para vacinar animais contra a
Raiva.
Embora tenham sido intensificadas as ações de coleta de sangue no inquérito canino,
insuficiência na logística, o não funcionamento adequado ou paralisação de equipamentos do
laboratório (centrífuga, leitura de placas e microscópio) necessários para a leitura do material,
além de indisponibilidade de veículos para recolhimento de animais e falta de anestésico usado
na eutanásia canina, prejudicou o alcance das metas 09 a 11 programadas.
Com a população mais informada, pela trabalho dos visitadores domiciliares e da
divulgação da Lei Complementar n° 79 que regulamenta a Posse Responsável de Cães e Gatos
no nosso município, houve um aumento no nº de denúncias recebidas para vistoriar locais de
criação de animais além das solicitações de atendimento para cães com suspeita de
leishmaniose e/ ou maus tratos e de animais soltos em vias públicas e de agressores, o que
justifica a superação da meta 12.
As atividades de borrifação são programadas para os meses de setembro a dezembro,
período onde as chuvas são mais escassas, entretanto o atraso ocorrido para a conclusão do
inquérito canino, retardou o início destas ações para o mês de novembro, uma vez que a força de
trabalho para ambas atividades é a mesma, prejudicando o alcance do programado na meta 16.
Diretriz: Execução de ações para controle de endemias – Dengue
Meta
Nº Ação Unidade de Medida
Programada Realizada % de
execução
01 Examinar larvas Larva Demanda 12.974 -
02 Realizar ações de eliminação de foco e/ou criadouros de Aedes em imóveis
Imóvel 1.578.148 1.349.153 85%
03 Visitar quinzenalmente os pontos estratégicos para tratamento focale perifocal no controle do Aedes
Ponto estratégico 9.576 9.440 99%
04 Realizar borrifação espacial (UBV) para bloqueio de casos de dengue
Borrifação Demanda 23.941 -
05 Realizar mutirões de “limpeza de depósitos” Mutirão 148 108 73%
06 Coletar pneus inservíveis em borracharias Pneu Demanda 49280 -
97
Em relação à meta 02, vale referir que o indicador pactuado na Programação de Ações
de Vigilância à Saúde – PAVS prevê a realização de eliminação de focos em 80% dos
imóveis,uma vez que este percentual é capaz de reduzir a infestação do vetor, impedindo a
disseminação do vírus da dengue.
Com a extinção da equipe específica para realização das atividades referentes à
retirada de grandes depósitos, na modalidade de mutirão, que contava com servidores e
caminhão, a partir de setembro, prejudicou o alcance da meta 05. Vale referir que esta ação é
realizada em parceria com outras secretarias, destacando-se a SEINTRHA, que participa com
máquinas e equipamentos pesados e a SEMADUR, na fiscalização de imóveis.
Diretriz: Vigilância e controle de fatores ambientais
Meta
Nº Ação Unidade de Medida
Programada Realizada % de
execução
01 Recolher quirópteros invasores e/ou caídos em residências
Animal Demanda 194 -
Unidade domiciliar
2.518 1.417 56%
02 Realizar pesquisa de triatomineos com borrifação em unidades domiciliares da zona rural
Borrifação Demanda 105 -
03 Realizar vistorias zoosanitárias e ações ambientais relacionadas a animais sinantrópicos e peçonhentos
Vistoria 4.500 5.361 119%
04 Realizar ações de manejo ambiental e controle químico de animais sinantrópicos e peçonhentos
Ação 3.200 3.174 99%
A pesquisa de triatomíneos com borrifação em unidades domiciliares da zona rural,
é uma ação a ser desenvolvida a cada dois anos e tem como finalidade evitar a transmissão
vetorial da doença de chagas na zona rural. A não conclusão decorreu da indisponibilidade de
veículo específico para zona rural, com capacidade para transportar pessoal e máquinas de
borrifação além do inicio tardio da atividade (a partir de junho), em da utilização da força de
trabalho para o serviço de borrifação de bloqueio no combate a dengue. Sendo assim,
programamos a conclusão dos trabalhos em 2011.
98
A superação da meta de realização de vistorias zoosanitárias e ações ambientais
relacionadas a animais sinantrópicos e peçonhentos decorreu basicamente da ampla
divulgação das atividades realizadas por este serviço, pelos agentes de campo e da qualidade do
atendimento prestado pela equipe que está apta para desenvolver a vistoria e executar as ações
necessárias para a resolução dos problemas apontados nas denúncias ou solicitações da
população.
Diretriz: Execução de ações de vigilância epidemiológica
Meta
Nº Ação Unidade de Medida
Programada Realizada % de
execução
01 Notificar e investigar as doenças e agravos de notificação compulsória
Caso notificado Demanda 63.343 -
Caso novo 165 82 50%
Cura 90% 81% - 02 Acompanhar e monitorar as ações de controle da hanseníase
Comunicante 80% 61% -
Caso novo 330 183 55%
Cura 80% 71% -
Abandono 5% 12% - 03
Acompanhar e monitorar as ações de controle da tuberculose
Comunicante 75% 71% -
04 Realizar exames oculares em escolares para detecção de portadores de infecção tracomatosa em áreas endêmicas
Exame 847 851 101%
05 Realizar investigação epidemiológica em qualquer situação emergencial de relevância nacional
Investigação Demanda 46 -
06 Ampliar a rede de unidade sentinela para investigação dos agravos em saúde do trabalhador
Unidade sentinela
18 20 111%
07 Realizar coleta oportuna de amostra de fezes em casos de paralisia flácida aguda
Coleta 80% dos casos 6 (100%) -
08 Realizar diagnóstico laboratorial em casos de meningite bacteriana
Caso 50% dos casos 29 (72%) -
09 Detectar casos de sífilis congênita (em conformidade com a PAVS)
Caso 42 52 124%
10 Notificar casos de sífilis em gestantes Caso 174 101 58%
99
Cabe a Vigilância Epidemiológica notificar, investigar e analisar dados de doenças,
agravos e eventos em saúde pública de notificação compulsória, definidas na Portaria 2.472 de
01/09/2010. A notificação compulsória é obrigatória para todos os profissionais de saúde:
médicos, enfermeiros, odontólogos, médicos veterinários, biólogos, biomédicos, farmacêuticos
e outros no exercício da profissão, bem como os responsáveis por organizações e
estabelecimentos públicos e particulares de saúde e de ensino, em conformidade com os arts.
7º e 8º, da Lei nº 6.259, de 30 de outubro de 1975.
A Vigilância Epidemiológica em nosso município se apresenta descentralizada,
sendo que os distritos sanitários condensam e analisam os dados oriundos das unidades de
saúde e dos hospitais sob sua responsabilidade, assim como desencadeiam medidas de
controle das doenças notificadas.
A Unidade de Resposta Rápida, em funcionamento desde 2008, atende chamados,
sanando dúvidas de profissionais como também desencadeia ações para controle de doenças,
agravos e eventos de saúde pública.
Foram 63.343 as notificações registradas no SINAN, tendo sido a Dengue o agravo
mais notificado (42.191 casos suspeitos com 27.354 casos confirmados) seguido pela
conjuntivite (8.791) e a varicela (5.152).
100
CASOS CONFIRMADOS E INCIDÊNCIA DE DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA
CAMPO GRANDE/MS - 2010 AGRAVO Nº DE CASOS¹ INCIDÊNCIA²
Acidente por animais peçonhentos 225 29,80 Atendimento Antirrabico 2373 314,26 Condiloma Acuminado (Verrugas Anogenitais) 183 24,24 Conjuntivite não especificada 8632 1143,15 Coueluche 8 1,06 Criança exposta HIV 49 6,49 Dengue 27354 3622,55 Doença por Citomegalovírus 14 1,85 Esquistossomose 1 0,13 Febre Maculosa / Ricketisioses 2 0,26 Gestante HIV 40 5,30 Hanseníase 130 1,72 Hepatites Virais 258 34,17 Hepatite B 65 8,61 Hepatite C 127 16,82 Herpes Genital 18 2,38 Infecção Gonocócica 38 5,03 Leishmaniose Tegumentar Americana 22 2,91 Leishmaniose Visceral 185 24,50 Leptospirose 2 0,26 Malaria 19 2,52 Meningite-Doenças Meningocócicas 10 1,32 Meningite- Outras Meningites 130 17,22 Paracoccidiodomicose Pulmonar 32 4,24 Portador de infecção pelo vírus T-Linfotropico tipo I (HTLV-1) 12 1,59 Rotavírus 30 3,97 Sífilis Congênita 61 4,76 Sífilis em gestante 129 17,08 Sífilis não especificada 119 15,76 Sindrome da Imunodeficiência Adquirida 203 26,88 Síndrome do Corrimento Uretral em Homem 2 0,26 Tétano acidental 3 0,40 Toxoplasmose 104 13,77 Tuberculose 325 43,04 Varicela 5016 664,28 Violência doméstica, sexula e/ou outras violências 2035 269,50
Fonte: SINAN/SVE/CEPI/DVS/SESAU/ Campo Grande-MS 1 Confirmação clínica e/ou laboratório 2 Incidência por 100.000 habitantes a exceção de Sífilis Congênita (1.000 Nascidos Vivo) e Hanseníase por 10.000 habitantes
101
Para quantificar a meta de casos novos de hanseníase utilizamos normatização do
ministério da saúde, que orienta o acréscimo de 5% a partir dos casos detectados no ano
anterior. Com o resultado, alcançamos taxa de incidência de 11,79 casos novos por 10.000
habitantes.
O fato de recebermos notificações em atraso, principalmente encaminhadas pelas
instituições hospitalares, pode resultar na alteração do nº de casos novos.
A avaliação dos comunicantes dos casos detectados, grupo de maior risco de adoecer,
e a avaliação do grau de incapacidade física no diagnóstico, se aproximaram das metas
programadas, demonstrando melhoria do envolvimento dos profissionais na atenção básica, em
ações de acompanhamento e monitoramento da hanseníase. O mesmo não ocorreu na
avaliação da incapacidade física na cura o que, é relevante pois a partir desta avaliação pode ser
necessário dar continuidade no tratamento de fisioterapia.
Nas ações pertinentes ao Programa da Tuberculose, também não alcançamos o
programado. A taxa de incidência de casos novos (de todas as formas de tuberculose) foi de
32,71 casos por 100.000 habitantes e a de casos novos BK+ foi de 13,38 casos por 100.000
habitantes. Assim como para a hanseníase, o fato de recebermos notificações em atraso, o
quantitativo de casos novos também poderá sofrer alterações. Ressalta-se também que a
efetividade na busca e exame de comunicantes, grupo de maior risco de contrair a doença,
colabora na detecção de casos novos.
O percentual de cura está diretamente relacionado ao abandono do tratamento, ambos
não alcançados.
Vale referir o alcance do pactuado para encerramento dos casos novos no SINAN (97%)
e da realização de cultura para os casos de retratamento (63%) na Programação de Ações da
Vigilância em Saúde.
Salientamos que o tratamento supervisionado é ferramenta fundamental e necessita ser
implementada pela enfermagem e pelos agentes comunitários de saúde, para a efetividade do
tratamento.
Por ser tuberculose e hanseníase, doenças transmissíveis de controle de longo período
de tratamento, a rotatividade de profissionais entre as Unidades de Atenção Básica, acaba
comprometendo a efetividade das ações, com redução significativa na detecção e controle dos
casos, de forma que as nossas referências (CEM, CEDIP, Hospital Universitário e São Julião),
detém um maior número de casos detectados e em controle de tratamento.
102
A qualificação do Serviço, para a busca ativa para seleção de casos para o inquérito,
levou a superação do programado quanto a realização de exames oculares em escolares para
detecção de portadores de infecção tracomatosa em áreas endêmicas.
As notificações de Acidente de Trabalho apesar de não serem difíceis de serem
detectadas ainda tem baixa notificação, provavelmente decorrente de alguns fatores, dentre eles:
mito da confirmação do diagnóstico para a notificação, pouca sensibilidade dos profissionais de
saúde na identificação de agravos relacionados ao trabalho e resistência dos profissionais
médicos em compreender que a notificação tem fim epidemiológico e não judicial, principalmente
quando relacionadas às doenças (Dermatoses Ocupacionais, Pneumoconioses, Perda Auditiva
Induzida por Ruídos-PAIR, Transtorno Mental, Câncer Relacionado ao Trabalho e LER/DORT).
A rede de unidades sentinela para a notificação de agravos e doenças relacionadas ao
trabalho foi ampliada para 20 unidades, a saber: Santa Casa, Hospital Universitário, Hospital
Regional, Hospital do Câncer, Centro Especializado Municipal – CEM, FUNCRAF, 09 Unidades
de Urgência (7 CRS e 02 UPA), CEDIP, 04 CAPS.
Foram 06 os casos notificados de Paralisia Flácida Aguda (PFA), tendo sido realizada
coleta oportuna de amostras de fezes em 100% destes casos.
Foram diagnosticados laboratorialmente 29 dos 40 casos notificados de meningite
bacteriana, o que equivaleu a 72%.
Em relação às doenças sexualmente transmissíveis, as doenças de notificação exclusiva
em gestantes, como citomegalovírus, HTLV, HIV e sífilis em gestante, representaram
aproximadamente 20% dos casos de DST notificados em 2010, tendo sido a sífilis em gestante a
de maior incidência. A incidência da sífilis em gestante e problemas decorrentes do tratamento
inadequado, já referido no bloco da atenção básica, contribuiu para que tivéssemos alcançado 3
casos de sífilis congênita para cada 1.000 nascidos vivos, quando a recomendação do Ministério
da Saúde é de 1/1000.
103
Diretriz: Realização de ações de imunização
Meta
Nº Ação Unidade de Medida
Programada Realizada % de
execução
01 Vacinar com antipoliomielite crianças < 1 ano
Criança vacinada com a 3ª dose
12.715 11.718 92%
02 Vacinar com tetravalente crianças < 1 ano
Criança vacinada com a 3ª dose
12.175 11.979 98%
03 Vacinar com Hepatite B crianças < 1 ano Criança vacinada com a 3ª dose
12.175 11.446 94%
04 Vacinar com BCG-ID crianças < 1 ano
Criança vacinada com 01 dose
12.816 14.172 110%
05 Vacinar com tríplice viral crianças de 1 ano Criança vacinada
com 01 dose 12.175 12.132 99%
06 Vacinar com gripe influenza pessoas com 60 anos e mais
Idoso vacinado 70.606 51.591 73%
Criança vacinada na 1ª etapa
50.802 83%
07 Vacinar com antipoliomielite crianças de 0 a 4 anos em campanhas de Pólio
Criança vacinada na 2ª etapa
61.031
51.965 85%
A superação da meta programada para a vacina BCG decorreu do fato desta vacina ser
aplicada nas maternidades, juntamente com a 1ª dose da Hepatite B, antes da alta hospitalar e
como um nº expressivo de partos realizados na capital são de gestantes provenientes de outros
municípios, alcançamos índices elevados. Vale referir que o distrito sanitário sul condensa dados
vacinais de dois Hospitais que realizam vacinação em Recém Nascidos (AAMI e Hospital
Regional), o leste, dos Hospitais Universitário e da Mulher que também realizam vacinação antes
da alta hospitalar. Nos distritos norte e oeste, a vacinação BCG registrada é aquela realizada em
crianças que têm alta hospitalar em finais de semana e feriados, onde os hospitais, à excessão
do Hospital da Mulher, não vacinam.
As demais vacinas apresentaram coberturas aquém das metas pactuadas. Até o 2º
trimestre, as coberturas vinham se mantendo altas homogeneamente entre os distritos, até o mês
de março, quando iniciamos a Estratégia de Vacinação contra a Influenza A H1N1 por segmentos
da população definidos pelo Ministério da Saúde. Com isso houve significativo aumento da
104
demanda nas unidades para o H1N1 prejudicando o andamento da rotina da sala de vacinação
(pais não aguardando para a vacinação de rotina de seus filhos).
O número de campanhas realizadas desde o início do ano, prejudicaram também a rotina
na busca de faltosos. O monitoramento mensal realizado pelos ACS por microárea, também ficou
prejudicado, com microáreas descobertas.
Vale referir a inclusão de 02 novas vacinas, a saber: a Pneumo 10 valente (Março) e a Anti
Meningocócica C (Outubro) para crianças menores de 02 anos.
A vacina de Febre Amarela teve a pior cobertura dos últimos 05 anos, fato que pode ser
atribuído à inclusão da vacina Pneumo 10 cuja recomendação é não ser aplicada no mesmo dia
da Febre Amarela assim como respeitar o intervalo mínimo de 30 dias entre elas.
O programa de imunização visa, em primeira instância, a ampla extensão da cobertura
vacinal, para alcançar adequado grau de proteção imunitária da população contra as doenças
transmissíveis por ele abrangidas. Entretanto, observa-se, com freqüência, a ocorrência de
contra-indicações desnecessárias, baseadas em conjecturas teóricas ou em conceitos
desatualizados, com perda da oportunidade do encontro do indivíduo com o serviço de saúde e
conseqüente comprometimento da cobertura vacinal.
A vacinação contra Influenza A H1N1, para alguns segmentos da população, foi definida
a partir de estudos epidemiológicos do comportamento do vírus durante pandemia de 2009.
1ª etapa: Trabalhadores de saúde, gestantes e indígenas,
2ª etapa: Portadores de Doenças Crônica menores de 60 anos,
3ª etapa: Portadores de Doenças Crônica acima de 60 anos,
4ª etapa: Crianças menores de 02 anos e Adultos saudáveis de 20 a 29 anos e
5ª etapa: Adultos de 30 a 39 anos.
A estratégia por segmentos da população acabou causando tumulto em todas as
unidades de saúde, porque as vacinas foram sendo liberadas parceladamente para cada etapa.
Assustados com a gravidade da doença, todas as pessoas se julgavam com direitos em receber
a vacina, não entendo as prioridades definidas. A partir de junho, com estoque significativo, a
vacina foi liberada para aplicação nos interessados, independente da faixa etária.
105
Anexamos a seguir, planilha com as coberturas alcançadas na vacinação contra
Influenza A H1N1 em cada segmento.
Clientela População Vacinados Cobertura
(%)
Trabalhadores de Saúde 9.037 8.438 93,37
Gestantes 2.804 1.043 37,20
Indígenas 11.416 8.549 74,89
Portadores de Doenças Crônicas menores de 60 anos
68.077 50.284 73,86
Portadores de Doenças Crônicas acima de 60 anos
14.121 34.445 243,93
Crianças menores de 02 anos 19.224 21.059 109,55
Adultos de 20 a29 anos 142.051 101.689 71,59
Adultos de 30 a 39anos 120.811 74.728 61,86
TOTAL 387.541 300.235 77,47
Desde a introdução da campanha de vacinação contra influenza para idosos, temos
alcançado a meta pactuada, porém neste ano, com o atraso ocorrido no calendário previsto para
a campanha, em decorrência de problemas com a produção e entrega do imunobiológico, assim
como pela vacinação contra a Influenza A H1N1 de idosos portadores de doenças crônicas,
tivemos dificuldades e prejuízos na divulgação e operacionalização dos postos de vacinação
Adotamos a mesma estratégia de anos anteriores, no entanto alcançamos coberturas
inferiores, sendo que a população da faixa etária de 60 a 64 anos ainda é resistente na
aceitação da vacina. Como estratégia no dia da campanha, realizamos vacinação nos postos
volantes montados em vários supermercados, shopping center e centros regionais de saúde.
Como Praça Ari Coelho, também foi utilizada como local de vacinação contra a Influenza A H1
N1, teve demanda aumentada em todas as faixas etárias porém os idosos não compareceram
como em anos anteriores.
106
Campanha Nacional de Vacinação contra Gripe em Idosos, abril/2010
População Metas Vacinados Cobertura
23.467 18.773 16.701 71,17
47.139 37.711 34.890 74,02
70.606 56.484 51.591 73,07
Nas duas etapas da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite
adotamos como estratégia, além da vacinação nas unidades de saúde, postos volantes em
supermercados, na praça Ari Coelho, em escolas, nos CEINFs, em Centros Comunitários,
terminais de ônibus entre outros, totalizando 125 postos de vacinação em vários pontos da
cidade. Um dos postos volantes de vacinação com resultado positivo foi o Shopping Grande, até
as 22 horas, propiciando oportunizar a vacinação em espaço de lazer.
Conforme demonstrado na tabela a seguir, não atingimos a meta de 95% de
cobertura em nenhuma das duas etapas. Este fato pode ser atribuído pelo descompromisso dos
pais em levar seu filho ao posto de vacinação, pois não há mais casos da doença no país além
da não indicação da vacinação pelos pediatras, apesar de termos enviado informe técnico a
sociedade de pediatria solicitando divulgação entre os profissionais.
CAMPANHA NACIONAL DE VACINAÇÃO CONTRA POLIOMIELITE
CAMPÓ GRANDE/MS - 2008 - 1ª ETAPA
Faixa etária População Meta Vacinados Cobertura
< 1ano 12.440 11.818 11.991 96,39%
1- 4 anos 50.609 48.079 44.409 87,75%
TOTAL 63.049 59.896 56.400 89,45%
FONTE: SI-API/SEIM/CGVS/SESAU-CG/MS
107
Outras ações e serviços não programados realizados
Realização de capacitações em Profilaxia da Raiva Humana, Sala de Vacina e
BCG, para enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem;
Curso Período Nº de
participantes
Aplicação de BCG-ID 01 a 18 de Outubro 13
Profilaxia da Raiva Humana 16 a 19 de Novembro 32
Capacitação em Sala de
Vacina 20 a 24 de Setembro 28
Temos como propostas para 2011, implantar o SI-PNI em todas as unidades de saúde
e maternidades de forma a excluir mapas de registro manual de doses aplicadas; adquirir
equipamentos para as salas de vacina (refrigerador, condicionador de ar, caixa térmica,
termômetros, e etc...) e garantir manutenção preventiva dos equipamentos; realizar supervisões
nas salas de vacina; superar o problema da falta de registro pelos vacinadores das doses
aplicadas no Sistema Hygia, o que dificulta a emissão de segundas vias de carteira de vacinação
em caso de extravio; implementar a busca de faltosos (deve ser realizado mensalmente) e a
busca ativa na sala de espera das Unidades de Saúde e integrar os vacinadores com os demais
membros da equipe de saúde.
Diretriz: Fortalecimento de ações intersetoriais para a promoção da saúde
Meta
Nº Ação Unidade de Medida
Programada Realizada % de
execução
01 Participar de campanhas a favor da cultura da paz e da promoção à saúde em parceria com outras instituições
Campanha 04 04 100%
02 Realizar eventos visando à promoção da saúde
Evento 08 09 112%
03 Expandir o Programa Viver Legal Unidade de
Saúde 10 27 270%
04 Implementar ações do Programa Viver Legal
Unidade de Saúde
24 22 92%
05 Implantar academias para a terceira idade – ATI
ATI 10 08 80%
108
A redução da carga das doenças e agravos não transmissíveis – DANT é um dos
objetivos prioritários para vários países em desenvolvimento. O crescimento do impacto das
DANT deve-se, em grande parte, às mudanças na pirâmide demográfica, ao aumento da
longevidade, a maior intensidade e diversidade de exposição a diferentes fatores de risco e às
modificações no padrão de consumo e expectativas de acesso a bens materiais, observados em
diversas regiões do planeta.
Em relação à meta 01, participamos de 04 campanhas a favor da cultura da paz e da
promoção da Saúde, em parceria com outras instituições, a saber: “Dia Nacional de Promoção da
Qualidade de Vida” ; “Feira do Bem-Estar”; Campanha ”Sou Esperto no Trânsito Faço o Certo” e
“Campanha Respire Fundo – Pare de Fumar.
A Organização Mundial de Saúde e o Ministério da Saúde adotaram como estratégia de
Campanha do Dia Nacional de Promoção da Qualidade de Vida, cadastrar 1.000 cidades e 1.000
vidas, no quadro mundial de eventos para o período de 07 a 11 de abril. Este período coincidiu
com o Dia Mundial da Saúde (06/04) e o Dia Mundial da Atividade Física (05/04)
Inserimos como anexo III o Projeto de Vida no Trânsito, um plano de ação municipal.
Dia Nacional de Promoção da Qualidade de Vida (10/04), na Praça Ari Coelho no período das 07 às 12 horas, com a participação
de aproximadamente 2.000 pessoas. Dentre as atividades destacamos: Caminhada (da Praça do Rádio Clube à Praça Ary Coelho);
Apresentação de práticas corporais (Tai Chi Chuan e Liang Gong); Avaliação Física (Acadêmicos da UNIDERP); Aferição da
Pressão Arterial (alunos do colégio CEGRAN); Ações de imunização por servidores da SESAU; Atividades educativas com
distribuição de folder (hanseníase, tuberculose, dengue, alimentação saudável, atividade física, violência contra a mulher ); ações do
Fique Sabendo – HIV/DST; Orientação do preparo de sucos naturais e saudáveis, com distribuição de kit frutas – SESC.
Objetivo – sensibilizar a população da importância da pratica de Atividades Físicas, alimentação saudável, participantes 2000 mil
pessoas.
109
Em relação à meta 02, realizamos 09 eventos visando à promoção da saúde, conforme
discriminados na tabela a seguir:
Em parceria com a Fundação Municipal de Cultura – FUNDAC,
em 14/08, na Praça do Rádio Clube, participamos da Feira de
Bem Estar. Dentre as ações desenvolvidas destacamos:
apresentação de grupo da terceira idade do Coophasul, atividade
Treinamento Perfumado, apresentação Tai Chi Chuan,
Acupuntura e exposições de trabalhos relativos ao Programa,
com aproximadamente 2.000 participantes.
Campanha Respire Vida. Pare de Fumar , em 30/08,
com ações educativas em empresas abordando temas
como o processo para deixar o cigarro e a importância
do exercício físico no controle do tabagismo.
Em 16/08 em parceria com a AGETRAN/CIPTRAN foi lançada a Campanha ”Sou Esperto no Trânsito Faço o Certo/ Parceria com AGETRAN/CIPTRAN com a finalidade de sensibilizar diversos segmentos da Sociedade para a prevenção dos acidentes de trânsito
110
Evento Objetivo Público alvo Local Período Participantes
Capacitação sobre pesquisa no trânsito
Elaborar programas específicos de intervenção focados nos grupos de maior vulnerabilidade para os acidentes de trânsito
Profissionais da SESAU,
AGETRAN, CPITRAN,
PLANURB, PRF, entre outros.
EGOV Setembro 35
Capacitação sobre prevenção das violências contra crianças e adolescentes e promoção da cultura de Paz – SESAU / SEMED
Sensibilizar e capacitar os profissionais da Rede municipal de Educação para promoção da Cultura da Paz no âmbito escolar, familiar e comunitário.
Profissionais de 58 escolas da
SEMED EGOV
Abril, Junho e Setembro
176
Capacitação sobre violência de gênero – uma questão de saúde Pública - Parceria Coordenadoria Municipal de Políticas para as Mulheres.
Fornecer subsídios teórico práticos para os ACS sobre a Rede Integral a Saúde das mulheres vítimas de violência visando melhorar as orientações e os encaminhamentos para os serviços de saúde e a rede intersetorial de atendimento.
Agentes Comunitários de
Saúde EGOV
Julho a Outubro
720
Oficina sobre as linhas de cuidado da criança e adolescente em situação ou risco de violência.- Parcerias – Ministério da Saúde/SES.
Sensibilizar e capacitar os profissionais de saúde e da Rede Intersetorial de Cuidado para implantação da Linha de Cuidado para Atenção Integral a Saúde da criança, adolescente e suas familias em situação de violência
Profissionais das UBS, UBSF, CAPS, CRS, SAS, SEMED
Hotel chácara do
lago Setembro 90
Oficinas SPE/PSF em parceria com DST/AIDS
Sensibilizar e capacitar os profissionais de saúde e adolescentes para prevenção da Violência e Promoção da Cultura da Paz
Enfermeiros, Assistente Social , Agente Comunitário
de saúde, Psicólogo
CRAS da Moreninha,
Vila Nasser e Estrela Dalva
Maio, Setembro e Outubro
80
III Seminário de Ações para o desenvolvimento do Programa de Incentivo as Atividades Físicas em parceria com a SES
Discutir temas relacionados a avaliação física e funcional no idoso, relevância da atividade física na cessação do hábito de fumar, hidroginástica e qualidade de vida, suplementos e atividades físicas e vigilância das doenças e agravos não transmissíveis
Técnicos de Desporto e
gerentes técnicos de Programas da
SESAU e representantes de outros municípios
Chácara do Lago
05 a 07/07 176
Participação na semana municipal de prevenção de violência sexual contra criança e adolescente – Parceria com CMDCA/UBSF/CAPS/SAS
Sensibilizar usuários para adoção de medidas de Prevenção à Violência e Divulgar a rede intersetorial de prevenção à Violência Sexual.
População
CAPS Pós Trauma CAPS Infantil
13 à 14/10 120
Sensibilização/Capacitação de profissionais das escolas do programa SPE/parceria com DST/AIDS
Sensibilizar e capacitar os profissionais de saúde e adolescentes para prevenção da Violência e Promoção da Cultura da Paz
Adolescentes
E. M. Hercules Maymone
E. M. Maestro João
Correia
Agosto a Outubro
123
Encontro sobre a importância da prevenção de mortes e lesões no trânsito
Promover o fortalecimento de ações intersetoriais e divulgar a Estratégia de Proatividade e Parceria.
Enfermeiros, Médicos, Fiscais de Trânsitos, Técnicos
diversos entre outros
Auditório da Santa Casa
15/03 80
111
Acredita-se que a participação da população em programas de exercícios físicos
regulares, influência na qualidade e expectativa de vida, melhora as funções orgânicas, garantem
maior independência pessoal e traz um efeito benéfico no controle, na promoção, prevenção e
agravos de doenças não transmissíveis.
Neste contexto, é que o Programa Viver Legal desenvolve suas ações em parceria
com outras instituições e outros setores da SESAU, na perspectiva de fomentar mudanças de
hábitos nas pessoas e adoção de um estilo de vida ativo e saudável.
Dentre as atividades desenvolvidas estão: Avaliação Física, orientações nas ATIs,
Caminhada orientada, Hidroginástica, Dança Regional, Dança Circular, Tênis de Mesa, Capoeira,
Liang Gong, Tai Chi Chuan, Ginástica Localizada, Recreação, Oficina de artesanato, Futebol,
Vôlei Futsal, Atividades Lúdicas, Atividades Psicoterapicas ( CAPS), Atividades Educativas e
Ginástica Laboral para servidores, nos espaços das próprias Unidades, das instituições parceiras
e da comunidade, como parques, praças, vias públicas (pista de caminhada), quadras
poliesportivas, centros de múltiplo uso, para os hipertensos, diabéticos, idosos, adolescentes e
servidores.
Oficinas sobre prevenção de violências e promoção da cultura da paz ( PSE e SPE)
O Programa Viver Legal tem como objetivo fortalecer
ações de atenção, vigilância, prevenção e promoção da saúde
da população, contemplando os princípios e diretrizes da Política
Nacional de Promoção da Saúde, com ênfase nas práticas
esportivas e de lazer, para promoção da qualidade de vida e
redução das Doenças e Agravos Não Transmissíveis.
Capacitação para profissionais de Escolas municipais em “prevenção de violências
112
Com a inserção de 16 Técnicos de Desporto no quadro de servidores da SESAU além de
05 educadores físicos, contratados através do termo de cooperação mútua assinado entre a
SESAU e a SEMED, foi possível expandir o Programa Legal para mais 27 Unidades de Saúde,
totalizando 55 as unidades contempladas, conforme descrito na planilha a seguir.
113
PROGRAMA VIVER LEGAL – áreas de abrangência
DISTRITO Unidade DISTRITO Unidade
UBSF São Benedito UBSF Alves Pereira
UBSF Nova Lima UBSF Iracy Coelho
UBSF Jardim Noroeste UBSF Coohab
UBSF Nossa Sra. das
Graças UBSF Parque do Sol
UBSF José Abrão UBSF Paulo Coelho
Machado
UPA Coronel Antonino UBSF Macaúbas
CRS Nova Bahia UBSF Mario Covas
Centro de Referência do
Homem UBSF Nova Esperança
UBS Vila Nasser UBSF Los Angeles
UBS Estrela do Sul UBS Jockey Club
UBSF Marabá UBS Dona Neta
UBSF Estrela Dalva UBS Pioneira
UBS Mata do Jacinto UBS 26 de Agosto
UBS São Francisco CEM
UBS Coronel Antonino CAPS Vila Planalto
UBS Nova Bahia CAPPT
CEI
SUL
CAPS III
CAPS II Vila Margarida
UBS Estrela do Sul UBSF Tarumã
NORTE
CRS Nova Bahia UBSF Zé Pereira
UBS Lar do Trabalhador
UBSF MAPE UBS Silvia Regina
UBSF Itamaracá UBSF Jardim AeroItália
UBS Universitário UBSF Serradinho
UBS Tiradentes UBS Caiçara LESTE
UBS Carlota UBS Bonança
UBS Albino Coimbra
UBS Coophavilla II
CRS Coophavilla II
OESTE
UPA Vila Almeida
114
Foram também implementadas ações em 22 Unidades das Unidades onde já havia sido
implantado o Programa Viver Legal, à exceção das UBSF São Benedito e Jardim Noroeste de tal
forma que o Programa alcançou uma cobertura de 65% das nossas Unidades.
Com objetivo de estimular a prática da atividade física, prevenir e controlar doenças
crônica não transmissíveis, principalmente entre a população idosa, implantamos as academias
para a terceira idade – ATI. As ATI contam com equipamentos de estrutura metálica, instaladas
ao ar livre, para prática de exercícios físicos. São utilizadas para alongar, fortalecer e
desenvolver a musculatura, além de trabalhar a capacidade aeróbica.
Oito academias foram implantadas no mês de fevereiro, sendo cinco no pátio interno de
Unidades de Saúde e três em praças públicas em áreas de abrangência de Unidades.
Como estratégias para divulgação das ATI utilizamos o acolhimento realizado na sala
de espera da Unidade pelo educador físico, a divulgação realizada pelo professor nas reuniões
com as equipes de saúde, conselhos gestores locais e grupos da comunidade, durante a visita
do ACS, fixação de cartazes e utilização de carro de som.
115
Distribuição das ATI, por Distrito Sanitário e local
Local Distrito Sanitário Unidade de
Saúde Praça
NORTE
Perímetro interno da Praça do Conjunto Habitacional Coophasul
Referência: UBSF Nossa Sra. das Graças
UBSF Mario Covas
Praça do Jockey Club (Rua do Hipódromo esquina com Av. Paulista)
UBS Jockey Club SUL
UBSF Iracy Coelho UBS Albino Coimbra UBSF Tarumã
OESTE
UBS Coophavilla
LESTE Perímetro da Lagoa Itatiaia – Bairro Tiradentes
UBS Tiradentes
Além destas, foram implantadas pela FUNESP, mais cinco ATI, a saber: no Centro de
Convivência de Idosos Vovó Ziza, no Parque Jacques da Luz (Bairro das Moreninhas, no Parque
Olímpico Ayrton Senna (Bairro Aero Rancho), nas Praças Belmar Fidalgo e Horto Florestal.
Com a implantação e posterior monitoramento das folhas de freqüência, foi possível, a
partir de maio, mensurar o nº de pessoas atendidas pelo Programa Viver Legal (entre usuários e
servidores). Obtivemos uma média mensal de 1.723 usuários e 414 servidores, participantes das
atividades, no período de maio a dezembro. Pelo fato das atividades serem desenvolvidas ao ar
livre, observamos uma queda na participação no mês de julho.
Considerando que cada usuário participa no mínimo de duas atividades semanais, o que
corresponde a 8 atividades/mês, no período de maio a dezembro, o Programa totalizou 110.272
mil intervenções individuas, representando um número significativo para a Saúde Pública.
853
16
749
849
283
465
722
1077
458
246
6311
0
200
400
600
800
1000
1200
1
Atividades físicas realizadas por Programa
GRUPO GESTANTE MULHER HIPERTENSO DIABETICO ADOLESCENTE
IDOSO TRABALHADOR MENTAL HOMEM CRIANÇA TABAGISMO
116
Outras ações e serviços não programados realizados
� Reorganização do Programa Viver Legal a partir da lotação de novos técnicos de desporto;
� Integração dos técnicos do Programa Viver Legal com as áreas técnicas da SESAU;
� Viabilização de campo de estágio para acadêmicos de Educação Física;
� Criação de sub-códigos no Sistema Hygia para registro das atividades realizadas e
subseqüente elaboração de instrumentos para monitoramento do Programa Viver Legal;
� Realização de Oficinas para os professores de Ginástica Laboral, Práticas Corporais da
Medicina Tradicional Chinesa, Dança, Avaliação Física entre outros;
� Produção de artigos com temas relacionados à saúde.
Atividades Programa Viver Legal
117
Programa 70
Projeto/Atividade: 4038 Fortalecimento das ações de vigilância sanitária e saúde do
trabalhador
Diretriz: Fiscalização dos serviços de alimentação e estabelecimentos que produzem e comercializam alimentos
Meta
Nº Ação Unidade de Medida
Programada Realizada % de
execução
Estabelecimento 3.656 3.656 100%
01 Fiscalizar estabelecimentos que comercializam alimentos
Reinspeção Demanda 1.592 -
02 Encaminhar amostras de marcas de leite comercializadas para análise bromatológica segundo necessidades
Amostra Demanda 30 -
03
Coletar amostras de produtos alimentícios (em atendimento a determinações de outras instâncias ligadas a vigilância sanitária) para análise laboratorial
Amostra Demanda 299 -
04 Investigar casos notificados de toxiinfecções alimentares
Caso Demanda 15 -
Em referência à meta 01, vale referir que foram priorizados para fiscalização os
estabelecimentos que manipulam alimentos, tais como: restaurantes, açougues, supermercados
e fábricas de alimentos, entre outros e que as reinspeções ocorreram a partir do atendimento de
demandas judiciais e para apuração de reclamações/denúncias da população assim como para o
cumprimento pela instituição de solicitações de adequações em inspeção anterior.
Nestas fiscalizações (estabelecimentos da área de alimentos), foram apreendidos 10.064
Kg de produtos alimentícios, por estarem impróprios para o consumo humano (principalmente
fora do prazo de validade) ou por ausência de autorização de fabricação ou conservados fora de
temperatura adequada além de 18 interdições, sendo 08 totais e 10 parciais.
118
Em cumprimento ao artigo 55 da lei complementar 166 (09/11/2010) à Lei 2.909 de
28/07/82, com a seguinte redação “O alimento congelado exposto à venda deve estar
armazenado em expositor com tampa de vidro ou similar”, iniciamos em dezembro a notificação
dos estabelecimentos para que num prazo de 4 meses (com possibilidade de prorrogação para 6
meses) providenciassem as adequações necessárias.
São 09 as marcas de leite comercializadas na capital, sendo que foram realizados uma
média de 3 encaminhamentos de amostras de leite por marca, para análise bromatológica, a fim
de garantir a qualidade do produto.
Outras ações e serviços realizados não programados
Realização em parceria com o SENAC capacitação
de 22 profissionais para atuarem como ministrantes
do Curso de Higiene na Manipulação de Alimentos,
em cumprimento ao Decreto nº 11.292, de
119
Diretriz: Qualificação de recursos humanos do setor regulado da área de alimentos
Meta
Nº Ação Unidade de Medida
Programada Realizada % de
execução
01 Realizar treinamentos em higiene e manipulação de alimento para o setor regulado
Treinamento 30 40 133%
Foram 40 treinamentos em higiene e manipulação de alimentos para o setor regulado,
realizados na Escola de Governo – EGOV, onde foram capacitados aproximadamente 1.000
manipuladores de alimentos. Ofertamos uma média de 03 treinamentos mensais e contamos
como ministrantes, fiscais sanitários e agentes fiscais da Vigilância Sanitária Municipal.
Diretriz: Fiscalização de estabelecimentos e prestadores de serviço de saúde
Meta
Nº Ação Unidade de Medida
Programada Realizada % de
execução
Estabelecimento/ Prestador fiscalizado
3.401 3.316 97%
01 Fiscalizar estabelecimentos e prestadores de serviços de saúde
Reinspeção Demanda 756 -
Estabelecimento fiscalizado
14 14 100%
02 Fiscalizar instituições de Longa Permanência de Idosos
Reinspeção Demanda 33 -
Estabelecimento fiscalizado
149 151 101%
03 Fiscalizar creches/educação infantil
Reinspeção Demanda 44 -
Estabelecimento fiscalizado
39 38 97%
04 Fiscalizar laboratórios de diagnóstico de câncer de útero
Reinspeção Demanda 22 -
Inserimos como anexo IV a lista de estabelecimentos e prestadores de serviços
de saúde, por atividade, que são fiscalizados.
120
Dos 14 estabelecimentos de Longa Permanência de Idosos – ILPI inspecionados, 11
estavam com processo de solicitação de licença sanitária com prazo, 05 com licença sanitária
atualizada e 02 foram interditados (falta de licenciamento, falta de de projeto arquitetônico
aprovado na VISA e excesso de idosos). As reinspeções ocorreram tanto em atendimento às
reclamações recebidas da população em geral como em atendimento a solicitações do Ministério
Público e do Conselho Municipal assim como em atenção à vulnerabilidade da população idosa,
a doenças e agravos (especialmente respiratórias) e riscos de quedas.
Outras ações e serviços realizados não programados
� Em ação conjunta com a Delegacia de Defesa do Consumidor, realizamos em 14.05,
fiscalizações em estabelecimentos comerciais no Distrito Oeste, que supostamente
estariam comercializando cigarros sem registro e falsificados, tendo sido 11 os
estabelecimentos com produtos apreendidos. Alem da apreensão, os estabelecimentos
ainda poderão ser penalizados com multa que varia entre R$ 100,00 a R$ 15.000,00
(definidos conforme a avaliação da gravidade do fato e possíveis antecedentes ou
irregularidades sanitárias). Um dos estabelecimentos inspecionados (que comercializava
alimentos) recebeu auto de infração uma vez que comercializava também medicamentos
(venda de medicamentos é privativo de farmácias e drogarias);
- “A fiscalização análisou a infraestrutura e os recursos humanos disponíveis no atendimento dos idosos.
Itens como acessibilidade – instalação de corrimão nos corredores, largura de portas, uso de rampas no
lugar de escadas, piso antiderrapante e luz de vigília nos locais de circulação – e capacitação de recursos
humanos foram considerados. Um asilo ou casa de repouso deve ter um responsável técnico, podendo ser
um médico ou enfermeiro, e um profissional com nível superior para atuar na parte de lazer, como
fisioterapeuta ou educador físico. Pela RDC 283 da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), os
idosos são classificados de acordo com suas capacidades motoras. Idosos no grau 1 têm certa
independência para suas atividades, como tomar banho e se alimentar e neste grau cada grupo de 20 idosos
precisa de um responsável. No grau 2, o idoso tem autonomia para até 3 atividades, devendo ter responsável
em cada grupo de 10 pessoas. E os idosos classificados em grau 3 precisam de acompanhamento em tudo
que fizerem, havendo necessidade de orientação sobre grupo de 6 idosos”.
Reportagem veiculada no Campo Grande News
121
Produtos apreendidos
PRODUTO QUANTIDADE ORIGEM
Cigarro 1.438 carteiras Contrabando
Erva mate Kurupi 24 cx/500 g Contrabando
Medicamento: DIPIMED 11 frascos/10 ml Estabelecimento não autorizado a
comercializar medicamentos
Aguardente: FORTIN 114 frascos/200 ml Contrabando
Aguardente: FORTIN 17 frascos/930 ml Contrabando
Aguardente: CANINHA DA BOA 16 frascos/335 ml Sem registro no Ministério da
Agricultura
� Nos dias 28 a 30/09, fiscalizamos estabelecimentos comerciais que supostamente
estariam funcionando sem autorização de funcionamento e comercializando
medicamentos sem registro, numa ação conjunta com a Agência Nacional de Vigilância
Sanitária – ANVISA, tendo sido 08 estabelecimentos que apresentaram irregularidades,
dentre outras sem autorização para funcionamento, fracionando e/ou comercializando
medicamentos de uso hospitalar, comercializando medicamentos controlados sem
lançamento no Sistema Nacional de Produtos Controlados – SNGPC, medicamentos
controlados com embalagens violadas (fracionamento);
� Realização de atividades educativas (palestras e capacitações específicas) para o setor
regulado e servidores da vigilância sanitária;
Data/
período Tema Público Alvo (setor regulado)
16/04 Farmacêutico Responsável e proprietários de
drogarias do Distrito Sul
22/04
Aplicabilidade da RDC nº 44 de 17/08/2009 (Boas
Práticas Farmacêuticas para controle sanitário,
dispensação e comercialização de produtos e da
prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e
drogarias
Agentes Fiscais e fiscais sanitários
� Realização de inspeção em 18 funerárias, tendo sido interditado um estabelecimento por
descumprimento de legislação específica;
122
Diretriz: Realização de ações de saneamento na comunidade
Meta
Nº Ação Unidade de Medida
Programada Realizada % de
execução
01 Implantar melhorias sanitárias em domicílios com risco sanitário da população de baixa renda
Melhoria sanitária 850 791 93%
Implantar melhorias sanitárias domiciliares consiste em viabilizar módulos sanitários
(banheiros), pias, tanques, fossas, instalação de cavalete em um ponto do domicílio,
assegurando que a água chegue com qualidade (sem amarração de canos que podem acarretar
em contaminação), vasos sanitários, caixa de gordura, entre outros. Estas melhorias são
direcionadas a população de baixa renda, sendo que o morador participa com a sua mão-de-
obra.
O não alcance do programado decorreu basicamente da indisponibilidade de recursos
financeiros e das demandas recebidas das áreas cobertas pelas estratégias de Agentes
Comunitários de Saúde e da Saúde da Família, assim como daquelas advindas dos fiscais
sanitários quando do exercício das suas funções.
Diretriz: Realização e implementação de ações de vigilância em saúde do trabalhador
Meta
Nº Ação Unidade de Medida
Programada Realizada % de
execução
01 Investigar os acidentes de trabalho fatais Acidente Demanda 4 -
02 Capacitar profissional das unidades sentinela por protocolo de notificação dos agravos relacionados ao trabalho
Profissional 50 66 132%
03 Implantar unidades notificadoras em agravos relacionados ao trabalho em hospitais privados
Unidade 05 10 100%
04 Inspecionar marmorarias Estabelecimento
fiscalizado 30 23 77%
05 Atender as reclamações/denúncias relacionadas à saúde do trabalhador
Denúncia Demanda 65 -
06 Sensibilizar equipes de saúde da família no tema saúde do trabalhador
Equipe 20 - 0%
123
Para a realização de vigilância em saúde do trabalhador, além do atendimento da
demanda espontânea com solicitação de licença sanitária e do atendimento a denúncias, foram
também definidas pelo setor responsável, a realização de inspeções em empresas nas quais
foram notificadas (SINAN) e registradas doenças e acidentes relacionados ao trabalho.
Realizamos inspeção em 10 das 59 empresas nesta situação. Considerando este resultado, foi
realizada uma avaliação em conjunto com técnicos da vigilância sanitária, identificando avanços
e fragilidades assim como reafirmados compromissos para o fortalecimento da vigilância em
saúde do trabalhador na vigilância sanitária.
O conhecimento de um acidente de trabalho fatal dá-se por meio de fontes oficiais:
Unidades Sentinelas (Hospitais) e Cerest e de não oficiais: alguns canais da mídia (televisão,
internet, entre outros). Todavia essas informações dizem respeito apenas a óbitos ocorridos no
local ou no atendimento de urgência e, não de óbitos pós-acidente, assim, alguns óbitos
relacionados ao trabalho não são notificados no SINAN e, portanto ficam desconhecidos para a
investigação. Tem-se articulado junto ao Serviço de Vigilância de Óbito (SVO) e ao Instituto
Nacional de Seguridade Social (INSS) para termos acesso as informações de óbito por acidente
de trabalho.
Com a recomposição da equipe do Serviço de Saúde do Trabalhador foram realizadas
visitas às Unidades Sentinelas para apresentação da nova equipe, discussão sobre as dúvidas
quanto à notificação, apresentação e posterior discussão dos resultados (nº de notificações
realizadas em cada unidade desde 2006). Em julho, 16 profissionais (2 assistentes sociais
lotados em CRS e 14 enfermeiros da Rede) participaram da formação de multiplicadores para os
Protocolos de Intoxicação Exógena e Acidente de Trabalho Grave oferecida pelo Cerest e, 50
profissionais da enfermagem foram capacitados em notificação de agravos relacionados ao
trabalho no Curso Básico de Vigilância Epidemiológica (CBVE), ocorridos em maio e setembro.
Para melhorar a notificação de agravos relacionados ao trabalho foram entregues
carimbos com a escrita “ACIDENTE DE TRABALHO” nos Hospitais Santa Casa, HRMS e HU a
serem usados pela recepção, quando da identificação de acidente de trabalho. Nos CRS e UPAS
foram distribuídos além destes carimbos, o Protocolo de Rotina de Atendimento e Notificação de
agravos relacionados à Saúde do Trabalhador, para ser fixado na sala de triagem, na pré-
consulta.
124
Realizamos reuniões com hospitais privados (conveniados e não conveniados) e outras
instituições de saúde (prestadores e não prestadores do SUS), nas quais foram apresentados os
agravos relacionados ao trabalho e seus protocolos, com objetivo de sensibilizar para novas
adesões como Unidades Notificadoras. Sendo assim, conseguimos incluir 10 novas unidades,
denominadas na tabela a seguir.
1) Hospital Unimed 6) Base Aérea de Campo Grande-Esquadrão de Saúde
2) Hospital Sírio Libanês 7) Associação de Auxílio e Recuperação dos
Hansenianos (Hospital São Julião)
3) Hospital Geral El Kadri Ltda 8) Centro Espírita Discípulo de Jesus (Hospital Nosso Lar)
4) Proncor Unidade Cardio Respiratória S/F 9) Hospital Militar de Área de Campo Grande
5) Assistência Social e Cultural Evangélica (Hospital
Evangélico)
10) Instituição Adventista Central Brasileira de Educação
e Assistência Social (Hospital Adventista do Pênfigo)
Profissionais dessas novas unidades sentinelas e servidores da SESAU serão capacitados
em 2011 para utilização dos Protocolos de Notificação Compulsória de Agravos Relacionados ao
Trabalho.
A inspeção em marmorarias está relacionada ao cumprimento do Anexo 12 da NR 15
que altera o processo de trabalho de lixamento a seco de pedras ornamentais para o lixamento a
úmido. O não cumprimento do programado está relacionado ao fato das ações de saúde do
trabalhador ainda não estarem incorporadas nas rotinas de trabalho das equipes distritais da
vigilância sanitária. Diante disto, temos como proposta para 2011, inspecionar os 7
Reunião com representantes de hospitais e de outras instituições de saúde, para inclusão na rede notificadora de agravos relacionados ao trabalho.
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estabelecimentos de marmoraria que não foram inspecionados neste ano, concluindo o trabalho
de inspeção nos 30 estabelecimentos cadastrados, além de efetuar a reinspeção e o
monitoramento destes, utilizando-se da Planilha Mensal de Ações Executadas em Saúde do
Trabalhador.
Foram 65 os atendimentos de reclamações e denúncias em saúde do trabalhador, o
que foi considerado um número baixo tendo em vista o número de acidentes graves notificados
no SINAN. Para reverter este quadro, tem-se como estratégia, confeccionar material informativo
para ampla divulgação do Serviço.
A atipicidade epidemiológica do período, com a ocorrência da dengue e da Gripe - H1N1,
em que todos os profissionais de saúde, inclusive os da Estratégia Saúde da Família (ESF)
direcionaram grande parte do seu tempo a ações relacionadas a estes agravos. Acrescido a isso,
a análise realizada pelo setor responsável (SESTRAB), de que precisamos investir na
qualificação e capacitação dos profissionais e não apenas na sensibilização, uma vez que já
foram realizadas palestras de sensibilização em 2009, levou a reprogramação da ação com nova
redação. Sendo assim, temos como proposta para 2011, capacitar as equipes da ESF no tema
saúde do trabalhador.
Inspeção em estabelecimentos para ambientes livres do tabaco é uma ação prevista na
Programação das Ações de Vigilância em Saúde - PAVS e para aplicação da Lei Municipal
Antifumo (Lei n. 150 de 30/12/2009 e Decreto n. 11.246 de 23/06/2010), devendo ser incluída na
rotina das inspeções realizadas em estabelecimentos que comercializam alimentos assim como
os de interesse à saúde. Sendo assim, será incluída esta ação de inspeção para ambientes
livres do tabaco na Programação 2011.
Outras ações e serviços realizados não programados
� Inspeção nos serviços de radiologia dos CRS e UPA com posterior elaboração de relatórios
de inspeção e reunião com a gerência de cada unidade e as Coordenadorias de
Especialidades e de Urgência, para definição dos encaminhamentos para o atendimento
destes Relatórios;
� Realização de reuniões com associações, sindicatos, órgãos e entidades sujeitos à lei
Antifumo, para divulgação e esclarecimento de dúvidas quanto a interpretação de seus
artigos e inspeção em 983 estabelecimentos para ambientes livres do tabaco, representando
12% do total estimado;
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� Reunião com coordenadores de cursos da UCDB para articular pesquisas acadêmicas e de
intervenção em saúde do trabalhador;
� Inserção do tema saúde do trabalhador na Capacitação de Instrutores do Curso de Higiene e
Manipulação de Alimentos;
� Articulação com as profissionais de terapia ocupacional da REMUS para a notificação de
agravos relacionados ao trabalho;
� Participação nas reuniões do Fórum Estadual de Saúde, Segurança e Higiene do Trabalho
(FSSHT);
� Articulações com o Ministério Público do Trabalho com objetivo de firmar Termo de
Cooperação Técnica para atuação em vigilância em saúde do trabalhador e com a
Superintendência Regional do Trabalho/TEM (SRT) para atuação em postos de revenda de
combustíveis;
� Com vistas à integração das ações em saúde do trabalhador na rotina da vigilância sanitária
foram executadas as seguintes ações/atividades: elaboração das atribuições do Serviço de
Saúde do Trabalhador e de material contendo normatizações; elaboração com implantação
de protocolo e definição de equipe para a investigação de acidente de trabalho fatal;
elaboração com implantação de roteiro de inspeção em marmoraria; elaboração com
implantação de check-list dos Programas de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e de
Controle Médico e de Saúde Ocupacional (PCMSO) para qualificar a análise dos Programas
apresentados pelas empresas; padronização do Relatório de Inspeção de forma a
contemplar dados de interesse para área; elaboração com implantação de Formulário de
Anamneses Ocupacionais para Dermatose e Problema Respiratório a serem aplicados pelo
médico trabalhado nas ações da equipe; implantação do Cadastro das Empresas em Saúde
do Trabalhador (material já existente que não era utilizado) e a elaboração com implantação
de Planilha Mensal das Ações Executadas em Saúde do Trabalhador que é preenchida pelo
supervisor de vigilância sanitária, a qual permite um monitoramento e avaliação mensal do
andamento das ações.
Para o fortalecimento das ações em saúde do trabalhador no Estado, através da
implantação e implementação de serviços na área e de descentralizar ações do CEREST, .foi
instituído repasse financeiro anual estadual no valor de R$ 280.000,00 (Resolução/SES/MS n.
34 de 12/04/2010), que será efetivado a partir da comprovação de equipe mínima para o
desenvolvimento de ações em saúde do trabalhador e do cumprimento de cinco metas a serem
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contempladas em Plano de Ação. Vale referir que nosso Plano foi aprovado na Comissão
Intersetorial de Saúde do Trabalhador (CIST Municipal) e deverá ser executado em 2011.
Programa 71
Projeto/Atividade: 4071 Implantação das ações de vigilância ambiental
Diretriz: Implementação de ações de vigilância em saúde ambiental
Meta
Nº Ação Unidade de Medida
Programada Realizada % de
execução
01 Cadastrar áreas expostas ao VIGIPEQ (vigisolo, vigiar e vigiquim)
Área cadastrada 15 40 266%
02 Coletar amostras para a qualidade da água para consumo humano
Amostra 500 639 128%
03 Realizar ações de vigilância em acidentes com produtos perigosos
Ação Demanda 01 -
A vigilância em saúde de populações expostas a contaminantes químicos (VIGIPEQ) vem
ao encontro da preocupação mundial crescente relativa aos riscos à saúde pública decorrentes da
presença de contaminantes químicos nas águas subterrâneas e superficiais, no solo, no ar e na
biota. Tem como objetivo o desenvolvimento de ações de vigilância em saúde visando a adoção de
medidas de promoção da saúde, prevenção e atenção integral das populações expostas. Dentre
suas ações está a identificação de populações expostas aos fatores de risco, conhecimento e
detalhamento das exposições. (Ministério da Saúde). O percentual de execução da meta 01
decorreu basicamente do levantamento e da identificação de áreas expostas a contaminantes.
Aumento da demanda acarretou na superação da meta de coleta de amostras de água.
Foram realizadas ações de vigilância (identificação e cadastramento) em 02 acidentes
com produtos perigosos, descritos a seguir:
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Acidente com carreta carregada com etanol que
vazou no solo em uma área na saída para
Aquidauana em 16/12
Derramamento de resíduos asfaltícos em uma área na Vila
Progresso, em 23/10
Outras ações desenvolvidas:
� Treinamento de fiscais para a coleta de amostras de água visando o monitoramento da
qualidade da água para consumo humano;
� Participação de 06 fiscais na 1ª capacitação integrada VIGISOLO e VIGIAR, no período de
29/06 a 02/07, ofertada pela SES;
� Participação na 1ª Oficina sobre indicadores de agravos à saúde de doenças respiratórias e
cardiovasculares, em Porto Velho, de 06 a 07/10, ofertada pelo Ministério da Saúde.