8 de Novembro de 2016
7.º Seminário
Prevenção e Controlo da Infecção
Carla Dias Departamento de Saúde Pública
ARSLVT, I.P.
Taxa de prevalência de infeção nas UCCI
Conceitos: Risco, Perigo, Dano, Riscos Não Clínicos
Gestão do Risco Não Clínico
Documentos de Referência
ÍNDICE
Taxa de prevalência de infeção nas UCCI
Conceitos: Risco, Perigo, Dano, Riscos Não Clínicos
Gestão do Risco Não Clínico
Documentos de Referência
ÍNDICE
ANO
2012 2013
N.º de UCCI que participaram no estudo 232 143
Taxa de prevalência de infeção nas UCCI 8,1% 8,1%
Infeções
predominantes
Infeção da pele, tecidos moles e feridas 35,6% 29,8%
Infeção das vias respiratórias 25,1% 21,4%
Infeção das vias urinárias 24,2% 21,8%
Estudos de Prevalência de Infeção Associada aos Cuidados de Saúde em
Unidades de Cuidados Continuados Integrados
Fontes: DGS; ENPI; 2012 e DGS; HALT2; 2015.
EM TODOS OS LUGARES ONDE SE PRESTAM CUIDADOS DE SAÚDE EXISTE RISCO DE INFEÇÃO.
“AS INFEÇÕES ASSOCIADAS AO
CUIDADOS DE SAÚDE (IACS), NÃO
SENDO UM PROBLEMA NOVO,
ASSUMEM CADA VEZ MAIOR
IMPORTÂNCIA EM PORTUGAL E NO
MUNDO. À MEDIDA QUE A ESPERANÇA
DE VIDA AUMENTA E QUE DISPOMOS DE
TECNOLOGIAS MAIS INVASIVAS,
AUMENTA TAMBÉM O RISCO DE
DESENVOLVIMENTO DE UMA IAC ...”
Taxa de prevalência de infeção nas UCCI
Conceitos: Risco, Perigo, Dano, Riscos Não Clínicos
Gestão do Risco Não Clínico
Documentos de Referência
ÍNDICE
Fonte: DGS, Curso PBCI/PBVT: Precauções Básicas de Controlo de Infeção, 2015.
Traduzido de Hubbard D. The Failure of Risk Management: Why It’s Broken
and How to Fix It. John Wiley & Sons, 2009.
Fonte: Recomendação do Conselho da UE de 9 de junho de 2009
Dano – Implica a deterioração da estrutura ou de funções do organismo
e/ou quaisquer efeitos prejudiciais que daí advenham.
Risco – É definido como a probabilidade de um dano, a partir do perigo.
Perigo – É definido como algo com potencial de causar dano.
RISCO / PERIGO / DANO
RISCOS NÃO CLÍNICOS
OS RISCOS NÃO CLÍNICOS SÃO:
O risco em unidade de saúde aborda, para além da probabilidade de um
evento indesejado vir a ocorrer na sequência da prestação de cuidados de
saúde, também os aspetos não clínicos.
► “Acontecimentos” indesejados que podem surgir no ambiente das
unidades de saúde.
► Decorrem das atividades que servem de suporte à prestação de
cuidados de saúde.
Ambiente:
Arquitetura;
Instalações e equipamentos;
Superfícies;
Ar;
Água;
Alimentos;
Resíduos e substâncias
perigosas;
Roupa;
Dispositivos médicos;
Segurança e saúde no trabalho;
Segurança contra incêndio;
Segurança contra a intrusão.
Estão associados:
RISCOS NÃO CLÍNICOS
Taxa de prevalência de infeção nas UCCI
Conceitos: Risco, Perigo, Dano, Riscos Não Clínicos
Gestão do Risco Não Clínico
Documentos de Referência
ÍNDICE
A GESTÃO DO RISCO É A BASE
PARA A PREVENÇÃO E REDUÇÃO
DOS DANOS RESULTANTES DA
INFEÇÃO ASSOCIADA AOS
CUIDADOS DE SAÚDE.
É UM PROCESSO QUE TEM COMO
FINALIDADE A IDENTIFICAÇÃO DAS
FONTES, POTENCIAIS OU REAIS,
CAUSADORAS DE PERDAS OU
DANOS E A SUA VALORIZAÇÃO NA
PERSPETIVA DE AS ELIMINAR OU
REDUZIR A NÍVEIS “ACEITÁVEIS”.
O AMBIENTE DAS UCCI/ERPI/LARES É DINÂMICO/COMPLEXO.
GESTÃO DO RISCO NÃO CLÍNICO
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EVITAR O RISCO
IDENTIFICAR O RISCO
ANALISAR O RISCO
AVALIAR O RISCO
CONTROLAR O RISCO
Fonte: NHMRC; “Clinical
Educators Guide for the prevention
and control of infection in
healthcare”, 2010.
GESTÃO DO RISCO NÃO CLÍNICO
CO
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EVITAR O RISCO
IDENTIFICAR O RISCO
ANALISAR O RISCO
AVALIAR O RISCO
CONTROLAR O RISCO
Fonte: NHMRC; “Clinical
Educators Guide for the prevention
and control of infection in
healthcare”, 2010.
GESTÃO DO RISCO NÃO CLÍNICO
EVITAR O RISCO
A tarefa/intervenção planeada é necessária?
Existem procedimentos alternativos que eliminem ou
minimizem a exposição potencial, do residente ou do
profissional de saúde e de terceiros, a agentes infeciosos?
Verificar se existe risco e se pode ser evitado.
Se não for possível eliminar o risco então tem que se implementar
um processo de gestão do risco com o objetivo de o reduzir.
GESTÃO DO RISCO NÃO CLÍNICO
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EVITAR O RISCO
IDENTIFICAR O RISCO
ANALISAR O RISCO
AVALIAR O RISCO
CONTROLAR O RISCO
Fonte: NHMRC; “Clinical
Educators Guide for the prevention
and control of infection in
healthcare”, 2010.
Identificar os potenciais riscos internos e externos associados à
prestação do serviço, organização, residentes e colaboradores.
Conhecer a cadeia de transmissão.
Qual o agente infecioso em causa e o seu reservatório?
Como é transmitido?
IDENTIFICAR O RISCO
GESTÃO DO RISCO NÃO CLÍNICO
Fonte: NHMRC; “Clinical Educators Guide for the prevention and
control of infection in healthcare”, 2010.
CADEIA DE TRANSMISSÃO
AGENTE
RESERVATÓRIO
PORTA
DE SAÍDA
PORTA
DE ENTRADA
VIA DE
TRANSMISSÃO
HOSPEDEIRO
SUSCETÍVEL
As doenças transmissíveis
ocorrem como resultado de
uma interação entre:
Agente infecioso;
Reservatório;
Via de transmissão;
Hospedeiro suscetível.
Fonte: DGS; Formação do PPCIRA sobre PBCI/PBVT; 2015.
CADEIA DE TRANSMISSÃO
RESERVATÓRIO
LOCAL ONDE O AGENTE SE MANTÉM, METABOLIZA E MULTIPLICA.
Origem
Inanimada
Humana
Ar, Água, Superfícies, Equipamentos, Roupa, Alimentos,
Resíduos, Dispositivos Médicos.
Doentes agudos e crónicos, convalescentes e portadores
crónicos, profissionais de saúde, visitas.
Açã
o
pri
ori
tár
ia Fonte: DGS; “Higiene, Controlo e Avaliação do ambiente de Cuidados de Saúde: Controlo
Ambiental; Abordagem Teórica”; 2015.
CADEIA DE TRANSMISSÃO
AGENTE / RESERVATÓRIO: SUPERFÍCIES
Microrganismos Reservatórios Tempo de
sobrevivência
Enterococcus spp
Chão, paredes, camas e roupa de cama,
maçanetas, monitores, arrastadeiras, sanitas.
5 dias – 4 meses
Clostridium difficile Assentos de sanitas, arrastadeiras, pias,
chão, roupas de cama.
5 meses – 1 ano?: esporos
15 min – 3 hrs: forma vegetativa
Acinetobacter spp
Colchões, almofadas, rodas de camas,
chão, mesas. 3 dias – 5 meses
Staphylococcus aureus
Colchões, almofadas, mesa, cadeira, rodas
da cama, grades da cama, berços,
campainha, luz de cabeceira, controle remoto
de tv, brinquedos, teclados de computador,
processos dos doentes.
7 dias – 7 meses
Açã
o
pri
ori
tár
ia
CADEIA DE TRANSMISSÃO
AGENTE / RESERVATÓRIO: ÁGUA
Microrganismos Reservatório
Bactérias
Gram
Negativas
Pseudomonas aeruginosa
Aeromonas hydrophila
Burkholderia cepacia
Stenotrophomonas maltophilia
Serratia marcencens
Flavobacterium menigosepticum
Acinetobacter calcoaceticus
Legionella pneumophila e outras
Micobactérias
Mycobacterium xenopi
Mycobacterium chelonae
Mycobacterium avium-intracellulare
Fonte: INSA; “Prevenção de infecções adquiridas no hospital – Um guia prático”.
CADEIA DE TRANSMISSÃO
AGENTE / RESERVATÓRIO: ALIMENTOS
Microrganismos Reservatório
Bactérias
espécies de Salmonella
Staphylococcus aureus
Clostridium perfringens
Clostridium botulinum
Bacillus cereus e outros
bacilos esporulados
aeróbios
Escherichia coli
Campylobacter jejuni
Yersinia enterocolitica
Vibrio parahaemolyticus
Vibrio cholerae
Aeromonas hidrophila
espécies de Streptococcus
Listeria monocytogenes
Vírus Rotavirus
Calicivirus
Parasitas Giardia lamblia
Entamoeba histolytica
Fonte: INSA; “Prevenção de infecções adquiridas no hospital – Um guia prático”.
CADEIA DE TRANSMISSÃO
VIA DE TRANSMISSÃO DIRETA
Fonte: WHO; ”Epidemiologia Básica - 2a edição”; 2006.
De acordo com a OMS é a transferência imediata do agente infecioso
de um reservatório para uma porta de entrada através da qual a
infeção poderá ocorrer.
Esta pode ser por contato direto através do toque, beijo, relação
sexual ou pela disseminação de gotículas ao tossir ou espirrar.
A transfusão de sangue e a infeção transplacentária da mãe para o
feto são outras importantes formas de transmissão direta.
CADEIA DE TRANSMISSÃO
VIA DE TRANSMISSÃO INDIRETA
De acordo com a OMS a transmissão indireta pode ser feita através de
veículos, vetores ou aérea.
A transmissão por veículos ocorre através de materiais contaminados
tais como alimentos, roupa pessoal e de cama e utensílios de cozinha.
A transmissão por vetores ocorre quando o agente é transportado por
um inseto ou animal (o vetor) para um hospedeiro suscetível. O agente
pode multiplicar-se ou não no vetor.
A transmissão aérea de longa distância ocorre quando há disseminação
de pequenas gotículas para uma porta de entrada, usualmente o trato
respiratório. As partículas de poeira também facilitam a transmissão
aérea, por exemplo, através de esporos de fungos.
Fonte: WHO; ”Epidemiologia Básica - 2a edição”; 2006.
GESTÃO DO RISCO NÃO CLÍNICO
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EVITAR O RISCO
IDENTIFICAR O RISCO
ANALISAR O RISCO
AVALIAR O RISCO
CONTROLAR O RISCO
Fonte: NHMRC; “Clinical
Educators Guide for the prevention
and control of infection in
healthcare”, 2010.
Desenvolver um processo sistemático de análise e caracterização
(método quantitativo e/ou qualitativo) do risco.
Quais são os aspetos que podem contribuir para a ocorrência de infeção?
Qual é a probabilidade de ocorrência?
Qual é a gravidade/severidade do risco?
ANALISAR O RISCO
GESTÃO DO RISCO NÃO CLÍNICO
Fonte: NHMRC; “Clinical Educators Guide for the prevention and
control of infection in healthcare”, 2010.
Fonte: DGS, Curso PBCI/PBVT: Precauções Básicas de Controlo de Infeção, 2015.
Traduzido de Storr J, Wigglesworth N & Kilpatrick C. Integrating human factors
with infecton Prevention and control. The Health Foundation, 2013
.
ERRO OU OMISSÃO DA PRÁTICA
CORRETA DE PREVENÇÃO DE INFEÇÃO
Falha ou ausência de defesas,
a diversos níveis
Organizacional
Técnica
Da equipa
Individual
A cultura organizacional não
apoia a prevenção de infeção
Falta de liderança e de equipas
que valorizem a prevenção de
infeção
Falta de liderança e de equipas que
valorizem a prevenção de infeção
Falta de motivação
PERIGO DE INFEÇÃO
Falhas nos circuitos e processos
de prevenção de infeção
Falhas ativas (pessoas) e
condições existentes (sistema)
ASPETOS QUE PODEM CONTRIBUIR PARA
A OCORRÊNCIA DE INFEÇÃO
Formação/treino insuficiente,
dirigido para as situações práticas
ASPETOS QUE PODEM CONTRIBUIR PARA
A OCORRÊNCIA DE INFEÇÃO
Fonte: Adaptado de
Legionnaires’ disease
Part 2: The control of
legionella bacteria in hot
and cold water systems,
Health and Safety
Executive, 2014.
A água, no interior do
reservatório de água
quente, era mantida a
uma temperatura de
40ºC.
A pessoa responsável
pela manutenção do
sistema foi substituída
por outra sem
formação adequada e
sem motivação.
Não existiam
procedimentos
de prevenção do
desenvolvimento
de Legionella.
Não era feita a
desincrustação,
limpeza e desinfeção
dos prelatores das
torneiras e das
cabeças dos
chuveiros.
A rede era extensa.
Não era feita a medição
para verificação da
concentração de
residual de desinfetante
nos pontos extremos da
rede.
PROBABILIDADE - GRAVIDADE/SEVERIDADE
Probabilidade Gravidade/Severidade
Irrelevante Baixo Moderado Elevado Extremo
Raro Baixo Baixo Baixo Moderado Elevado
Não provável Baixo Moderado Moderado Elevado Muito
Elevado
Possível Baixo Moderado Elevado Muito
Elevado Muito
Elevado
Provável Moderado Elevado Muito
Elevado Muito
Elevado Extremo
Quase certo Moderado Muito
Elevado Muito
Elevado Extremo Extremo
Matriz do Risco de Infeção
Fonte: NHMRC; “ A2 Overview of Risk Management in Infection Prevention and
Control”, Published on National Health and Medical Research Council, 2016.
GESTÃO DO RISCO NÃO CLÍNICO
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EVITAR O RISCO
IDENTIFICAR O RISCO
ANALISAR O RISCO
AVALIAR O RISCO
CONTROLAR O RISCO
Fonte: NHMRC; “Clinical
Educators Guide for the prevention
and control of infection in
healthcare”, 2010.
AVALIAR O RISCO
GESTÃO DO RISCO NÃO CLÍNICO
Comparar o nível de risco (probabilidade e severidade)
definido na fase de análise com critérios de
aceitabilidade previamente estabelecidos.
Definir prioridades de ação.
O risco é tão baixo que pode ser aceitável?
Podem ser realizadas ações para minimizar ou eliminar o risco?
Como devem ser priorizadas estas ações?
Fonte: NHMRC; “Clinical Educators Guide for the prevention and
control of infection in healthcare”, 2010.
PRIORIZAR AS AÇÕES
Pri
ori
dad
e p
ara
a A
ção
Severidade: Elevada; Extrema.
Probabilidade: Quase certa.
Alta
Severidade: Moderada.
Probabilidade: Possível.
.
Severidade: Baixa.
Probabilidade: Rara.
Intermédia
Baixa
Fonte: Adaptado de DGS; “Precauções Básicas de Controlo de Infeção:
Avaliação do Risco Individual do Doente para a Infeção”; 2015.
GESTÃO DO RISCO NÃO CLÍNICO
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EVITAR O RISCO
IDENTIFICAR O RISCO
ANALISAR O RISCO
AVALIAR O RISCO
CONTROLAR O RISCO
Fonte: NHMRC; “Clinical
Educators Guide for the prevention
and control of infection in
healthcare”, 2010.
CONTROLAR O RISCO
GESTÃO DO RISCO NÃO CLÍNICO
Os resultados das fases de análise e avaliação do risco vão
permitir que sejam definidas as ações necessárias para
controlar o risco.
Devem ser preparados planos de ação para o controlo e
minimização dos riscos identificados.
O que vai ser feito para lidar com o risco?
Determinar quem vai assumir a responsabilidade.
Fonte: NHMRC; “Clinical Educators Guide for the prevention and
control of infection in healthcare”, 2010.
ELABORAR PLANOS DE AÇÃO
Pensar em soluções possíveis!
Evitar Minimizar Transferir Aceitar
Optar por
procedimentos
alternativos, de
menor risco.
Reduzir a
probabilidade
através da
adoção de
medidas
preventivas e de
monitorização.
Transferir a
responsabilidade
para equipas
com maior
conhecimento e
preparação para
lidar com o risco.
Utilizar
estratégias que
incluam o uso de
Equipamento de
Proteção
Individual.
Fonte: NHMRC; “Clinical Educators Guide for the prevention and
control of infection in healthcare”, 2010.
Implementar planos de formação do cumprimento das Precauções Básicas.
EXEMPLOS DE AÇÕES PARA CONTROLO DO RISCO AMBIENTAL
Fonte: INSA; “Recomendações para Controlo do Ambiente – Princípios Básicos”.
Incentivar e promover o ambiente seguro nas unidades de saúde e as boas
práticas de higienização.
Aplicar um método seguro de higienização de louças e equipamentos usados
nas áreas de copas e refeitórios dos doentes bem como de higienização das
superfícies destas áreas.
Garantir o cumprimento da política de triagem, acondicionamento, transporte e
tratamento dos resíduos, de acordo com a legislação em vigor.
EXEMPLOS DE AÇÕES PARA CONTROLO DO RISCO AMBIENTAL
Implementar planos de formação do cumprimento das Precauções Dependentes
das Vias de Transmissão, conforme patologias dos doentes e estado imunitário.
Executar o plano de manutenção dos sistemas de ventilação e renovação de ar
existentes.
MONITORIZAR E REVER
GESTÃO DO RISCO NÃO CLÍNICO
Periodicamente deve(m) ser:
• Reavaliado o risco;
• Revistos os planos de ação .
• Identificar novos riscos;
• Fazer a análise do risco com dados atualizados;
• Verificar como está a ser feita a implementação
das ações/medidas de controlo do risco.
Deste
modo é
possível:
Fonte: NHMRC; “Clinical Educators Guide for the prevention and
control of infection in healthcare”, 2010.
INSTRUMENTOS PARA REAVALIAÇÃO DO RISCO
Instrumentos de avaliação das práticas nos circuitos hoteleiros:
• Lavandaria;
• Alimentação;
• Resíduos.
Fonte: INSA; “Recomendações para Controlo do Ambiente – Princípios Básicos”.
Avaliação dos Serviços de Limpeza. Proposta de instrumento de
Auditoria às Práticas de Higienização do Ambiente.
Fonte: INSA; “Higienização dos Ambiente nas Unidades de Saúde –
Recomedações de Boa Prática”.
COMUNICAR
GESTÃO DO RISCO NÃO CLÍNICO
A comunicação do risco implica informação sobre a sua
natureza, severidade, aceitabilidade e gestão.
A gestão de risco tem que incluir obrigatoriamente a
comunicação do risco e deve apoiar-se numa adequada
caracterização de forma a tornar acessível e
compreensível a informação a todos os trabalhadores.
O sistema de comunicação é essencial como alavanca
num processo de mudança comportamental das
organizações e dos indivíduos que as integram.
GESTÃO DO RISCO NÃO CLÍNICO
Identificação do Risco
Agente Reservatório Via de Transmissão
Legionella pneumophila Água Aérea
Pensar em soluções possíveis!
Plano de Ação
Análise do Risco Avaliação
do Risco Controlo
Monitorização e Revisão
Falhas Probabilidade Severidade
A água, no interior do reservatório de água
quente, era mantida a uma temperatura de
40ºC.
Provável Moderada Ação
prioritária
Garantir que nos reservatórios de
água quente sanitária a
temperatura da água é igual ou superior a 60ºC.
Verificar e registar as temperaturas da água no interior do
reservatório de água quente.
Não era feita a verificação da
concentração de residual de
desinfetante nos pontos extremos da
rede.
Provável
Moderada
Ação prioritária
Assegurar que nos pontos extremos da rede o residual de
desinfetante garante a existência
de barreira sanitária.
Medir e registar concentração de
residual de desinfetante e a temperatura nos pontos extremos
da rede.
GESTÃO DO RISCO NÃO CLÍNICO
C
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As unidades de saúde devem estabelecer prioridades e metas para
prevenir o desenvolvimento de IACS nas suas instalações.
Quaisquer medidas instituídas têm que ter em conta a especificidade
dos serviços, dos procedimentos e dos residentes/doentes em causa.
A gestão do risco é um processo constituído por etapas bem definidas
que, quando realizadas em sequência, suportam a decisão mais
correta/melhor, contribuindo para uma maior perceção dos riscos, dos
seus impactos e para a sua minimização ou eliminação.
Relativamente aos riscos não clínicos devemos ser proativos.
A adoção de técnicas de gestão do risco eficazes permite melhorar a
segurança, a qualidade e o desempenho dos trabalhadores.
Taxa de prevalência de infeção nas UCCI
Conceitos: Risco, Perigo, Dano, Riscos Não Clínicos
Gestão do Risco Não Clínico
Documentos de Referência
ÍNDICE
DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA
INSA, “Higienização do Ambiente nas Unidades de Saúde –
Recomendações de Boa Prática”.
GCRPPCIRA; “Descontaminação de Dispositivos Médicos e
Equipamentos”; 2013.
ACSS; “Guia para Avaliação do Risco na Manutenção Hospitalar _ G
05/2014”; 2014.
ARSLVT; “Circular Normativa n.º 11/2014 relativa aos Procedimentos para
uma Adequada Gestão dos Resíduos Hospitalares”; 2014.
ARSLVT; “Gestão de Sistemas de Distribuição Predial de Água em
Hospitais – Orientações Técnicas”; 2015.
CDC / HICPAC; “Guidelines for Environmental Infection Control in Health-
Care Facilities”; 2003.
ARSLVT; “Gestão do Risco Profissional em Estabelecimentos de Saúde –
Orientações Técnicas”; 2010.