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1
A expansão da capacidade de geração
hidrelétrica no Brasil e os conflitos
gerados com o uso dos recursos
hídricos
Prof. Carlos André B. Mendes
Balanço de Recursos Hídricos
Demanda
• Aumentando em todos os setores
• Uso ineficiente
Oferta • Quantidade (Escassez Natural,
Exploração sem controle de Águas
Subterrâneas)
• Degradação da Qualidade
• Custos
GIRH
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3
Geração Transmissão Distribuição
Sistema Hidrotérmico
Um sistema hidrotérmico é constituído de usinas
hidrelétricas, usinas térmicas e uma rede de
transmissão interligando as usinas com os centros
de consumo.
Um sistema hidrotérmico de grande porte pode ser
dividido em subsistemas menores para facilitar sua
operação, com critérios associados à posição
geográfica das principais linhas de transmissão e
das bacias hidrográficas.
Sistema em contínua expansão.
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5
João Pessoa
Jacui
Porto Alegre
Florianópolis
Curitiba
São Paulo
Rio de Janeiro
Paraíba do Sul
Uruguai
Vitória
Belo Horizonte
Itaipu
Grande
Paranaíba
Paraná/Tietê
Campo Grande
Iguaçu
Tocantins
Belém
São Francisco
Parnaíba
São Luís
Teresina
Fortaleza
Natal
Recife
Maceió
Aracajú
Salvador Cuiabá
Goiânia
Brasília
Paranapanema
Argentina
Cap. Instalada = 88 533 MW
• Hidroelétrica = 68 896 MW – 77.8 %
• Térmica = 17 630 MW – 19.9 %
• Nuclear = 2 007 MW – 2.3 %
Unid. consum. = 54.9 milhões
Produção = 398.3 TWh/ano
Demanda máx. = 60 918 MW
LT – Rede básica = 84 129 km
Geração 85% Setor público
15% Setor privado
Transmissão 26 conces. (15
privadas)
Distribuição 64 concessões
80% setor privado
SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL
Interconexões com cerca de
84 mil km de linhas de alta
tensão
Longas linhas de
transmissão
Expansão até 2012 de cerca
de 40 mil km de circuitos de
alta tensão
* Eletrobrás, PDE 2003-2012
Existing Future River BasinExisting Future River Basin
SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL
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POTENCIAL HIDRÁULICO
Sul Potencial: 42 030 MW Explorado: 47.8%
SE/CO Potencial: 78 716 MW Explorado: 41.0%
Norte Potencial: 111 396 MW Explorado: 8.9%
Nordeste Potencial : 26 268 MW Explorado: 40.4%
Brasil Potencial: 258 410 MW
Explorado: 28.2%
Legenda
Centros de carga
Bacias
Subsistema SE S NE N
Usinas Hidro 77 19 8 3
Reservatórios 25 6 3 2
Planejamento da Operação do SIN
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Características singulares do SIN
SISTEMA INTERLIGADOSUDESTE/C.OESTE
SISTEMA INTERLIGADONORTE
SISTEMA INTERLIGADONORDESTE
SISTEMA INTERLIGADOSUL
TUCURUÍ
V. CONDE
IMPERATRIZB. ESPERANÇA S. J. PIAUÍ
MARABÁ
MIRACEMA
GURUPI
P. DUTRA
P. AFONSOL. GONZAGAXINGÓ
SOBRADINHO
INTERLIGAÇÃONORTE-NORDESTE
INTERLIGAÇÃOSUL-SUDESTE
S. MESASAMAMBAIA
T. MARIAS
S. SIMÃO
I. SOLTEIRAJUPIÁ
S.LUIS
FORTALEZA
ITUMBIARA
A. VERMELHA
T. PRETO
ITAIPU
F. IGUAÇU
IVAIPORÃ
ITÁ
GRAVATAÍ
AREIA
CAMPOS NOVOS
S.SANTIAGO
ITABERÁ
IBIUNA
ELO CC
R. PARANAÍBA
R. TOCANTINS
R. S. FRANCISCO
R. GRANDE
R. PARANÁ
R. IGUAÇU
R. URUGUAI
ONS - 1999 - 0029n
MALHA - 345/440/500 kV
INTERLIGAÇÃONORTE-SUL
COLINAS
345 kV
440 kV
550 kV
750 kV
LEGENDA
Argentina1.000 MW
Sistema Norte
Eminentemente
exportador de energia e
ponta = pelo menos 9
meses do ano
Sistema Sul
Hoje : Sistema hidrotérmico com
grande variabilidade de
armazenamento
Sentido dos intercâmbios com
SE/CO altamente depen-dentes
de hidrologia do Sul
Futuro : No horizonte decenal,
novas usinas e intercâmbios
internacionais o tornam
potencialmente exportador
Sistema Nordeste
• Tendência de tornar-se
crescentemente
mercado de demanda
• Hoje : importador ou
exportador de energia
conforme condições
hidrológicas na região.
Exportador na ponta
Sistema SE/CO
• Grande mercado de
demanda no país,
importador de outras
regiões e países
vizinhos, na maior parte
do ano
Caracterização da Operação Histórica do SIN
Composição da Carga por Fonte Geradora
Geração - MWmédio
0
5000
10000
15000
20000
25000
30000
35000
40000
45000
50000
55000
jan-
96
jan-
97
jan-
98
jan-
99
jan-
00
jan-
01
jan-
02
jan-
03
jan-
04
jan-
05
jan-
06
jan-
07
jan-
08
SEnuclear SEtermo Stermo NEtermo Simport SEhidro
SEitaipu Shidro NEhidro Nhidro Gpqu
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Demandas: Abastecimento doméstico/municipal
• Inclui: – Uso doméstico;
– Uso comercial ou industrial a partir da rede urbana;
– Usos públicos;
• Características: – Exigência de um elevada confiabilidade/garantia (~95%);
• Fatores que afetam este uso: – Clima;
– Tipologia da habitação;
– Classe social / Hábitos de higiene;
– Preocupações ambientais;
– Importância das unidades comerciais ou industriais.
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Demandas: Abastecimento doméstico/municipal
• Captação: Consumo diário médio anual por habitante (l/hab/dia)
• Valores típicos de capitação (Linsley) – Uso doméstico: 250 l/hab/dia (150-300 l/hab/dia)
• Lavatórios: 20 l/hab/dia
• Cozinha: 30 l/hab/dia
• Ducha: 45 l/hab/dia
• Lavagem de roupa (à máquina): 35 l/hab/dia
– Uso comercial e industrial: 150 l/hab/dia (30-300 l/hab/dia)
– Uso publico: 75 l/hab/dia (60-100 l/hab/dia)
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Demandas: Abastecimento doméstico/municipal
Uso eficiente da água , possíveis medidas: – Abastecimento urbano (redes):
• Redução de pressão;
• Sistema tarifário adequado;
• Utilização de águas residuarias para irrigação e “usos menos nobres”;
• Redução de perdas;
– Abastecimento urbano (edifícios):
• Redução de pressão;
• Utilização de águas residuarias;
• Redução de perdas;
• Máquinas de lavar louça e roupa mais eficientes;
Demandas: Abastecimento industrial
• Necessidades dependem de: – Tipo de industria;
– Processo de fabricação;
– Existência de esquemas de armazenamento/ recirculação;
• Possiveis medidas de incremento de eficiência no uso: – Melhoria do processo de fabricação;
– Recirculação de água / reutilização de água.
• Muito difícil de estimar e de estabelecer regras genéricas;
• Necessidades dependem de: – Tipo de industria;
– Processo de fabricação;
– Existência de esquemas de recirculação;
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Demandas: Dessendentação animal
Nec.Liquida = Capta x Pop. x #dias
Nec.Brutas = Nec.liquidas / (1-p)
Demandas: Irrigação
• Características: – Grandes volumes;
– Admite-se níveis de garantia de abastecimento mais baixo;
• Medidas pra incremento de eficiência de uso: • Redução de perdas;
• Reconversão de métodos de rega;
• gotejamento;
• aspersão com cortinas de vento;
• Rega em horário noturno.
• Melhoria das estimativas das necessidades de água pelas plantas;
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Demandas: Irrigação • Nec.Liq. = ETPc – Pe
• ETPc = Kc x ETPo
• Precipitação efetiva, Pe: – A precipitação só é efetiva se se mantiver no solo sendo
disponível para as plantas;
– Pe = f(solo, teor de humidade)
• Kc = f(Cultura, estado de desenvolvimento)
http://www.fao.org/nr/water/infores_databases_cropwat.html
Demandas: Irrigação http://www.fao.org/nr/water/infores_databases_cropwat.html
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Demandas: Energia Elétrica
Demandas: Proteção de cheias
• Remoção das pessoas e bens em risco;
• Construção de diques para proteção das áreas afetadas;
• Redução dos picos de máximo de cheia por amortecimento do hidrograma;
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Demandas: Proteção de cheias
Demandas: Outros Usos
– É necessário assegurar um regime de vazões que garantam um
bom estado ecológico do curso de água e zonas ripárias (banhados,
p. ex.);
– Não se trata apenas de garantir uma vazão mínima; É necessário
garantir um regime de vazões próxima do regime natural (forma do
hidrograma;
– É necessário assegurar um regime de vazões que permitam a
diluição de descargas no meio hídrico;
– É necessário garantir uma altura de água e um regime de
velocidades de escoamento que permitam a navegação e atividades
de recreio nos cursos e espelhos de água;
– condicionantes econômicos,
– condicionantes legais.
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OFERTAS
Origens de água • Origens superficiais
– Cursos de água
– Reservatórios
• Origens subterrâneas – Cacimbas / Poços
– Drenos
– Nascentes
• Reutilização
• Desalinização
• Coleta-armazenamento Chuva
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Escalas de Tempo • Anual
– Estimativas grosseiras de disponibilidades hídricas
• Mensal
– Análise do desempenho de sistemas de recursos hídricos;
– Balanço necessidades disponibilidades à escala da bacia.
• Dia
– Análise do desempenho de redes de distribuição e drenagem urbana;
– Balanço necessidades disponibilidades à escala de um rede urbana.
• 1 hora / 6 horas
– Análise do desempenho de redes de distribuição e drenagem urbana;
– Balanço necessidades disponibilidades à escala de um rede urbana.
– Estudos de cheias
• 15 -30 minutos – Estudos de cheias em bacias pequenas
GIRH
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O que fazer quando as ofertas
da bacia não são suficientes?
OFERTA
DEMANDA
O que fazer quando as ofertas
da bacia não são suficientes?
• Água em:
– Local ruim, quantidade ruim, tempo errado
• O que fazer?
• Manipular o ciclo hidrológico
– Contrução de obras hidráulicas ?
• Reservatórios
• Canais
• Outras infraestruturas
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Rendimento do Sistema
• Rendimento – quantidade de água que pode ser fornecida durante um intervalo de tempo
• Rendimento firme- quantidade de água que pode ser fornecida durante um período crítico – Sem armazenamento – rendimento firme é a vazão
mais baixa observada ,
– Com armazenamento– rendimento firme pode ser aproximado pela vazão média anual
Regulação e Armazenamento
• Período Crítico - período com a vazão mais baixa – “tendo observado um evento no passado , é possível
que se repita novamente no futuro” (Cuidados !!!! - CC)
• Armazenamento precisa ser criado para fornecimento de água em períodos críticos
• Definido um rendimento de um reservatório, a capacidade demandada depende do risco do rendimento não ser atendido, isto é, a confiabilidade do sistema
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Dados de vazão
• Medições
• Fontes de dados – Dados (hidroweb)
– Modelos
– Transferencias de dados
• condições de vazão – Condições naturais
– Condições atuais
– Condições sem regulagem
– Sem-projeto
– Com-projeto
• Perdas do reservatório
• Preenchimento de falhas • Modelos chuva-vazão
• Modelos estocásticos
• Consistência e preenchimento de falhas de séries históricas
Análise de frequência
• Curva de permanência
– Percentagem do tempo na qual uma vazão
específica é igualada ou excedida em uma
determinada posição
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Série de vazão e sua média
Revisão
• X é uma variável aleatória
• Valores observados
maiorxmenorx
xxx
n
n
)()1(
)()2()1( ...
p
xp X
FX(x)
pxXxF ppX }Pr{)(
},...,,{ 21 nxxx
• Valores ordenados 1
n
ip
pxX p 1}Pr{
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Análise de frequência
• Curva de permanência
– Percentagem do tempo na qual uma vazão
específica é igualada ou excedida em uma
determinada posição
Curva de permanência
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
14000
16000
18000
20000
22000
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
% time equal or exceeded
Flo
w (
mln
m3
)
Firm yield = 6500 mln m3
Secondary yield = 8700 mln m3
P(X>x)= Vazão
Ano Vazão Ordem 1-i/(N+1)= Ordenada
x i 1-p x(i)
1911 10817 1 0.99 6525
1912 11126 2 0.98 7478
1913 11503 3 0.97 8014
1914 11428 4 0.96 8161
1915 10233 5 0.95 8378
…
1997 10343 87 0.06 15062
1998 14511 88 0.05 15242
1999 14557 89 0.04 16504
2000 12614 90 0.03 16675
2001 12615 91 0.02 18754
2002 16675 92 0.01 20725
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27
Considerações
Legais da
GIRH
GIRH
Biodiversidade
Pesca
Substâncias Químicas
Ar
Resíduos Sólidos
Gestão Integrada
das Águas e do
Meio Ambiente
(por bacia hidrográfica)
31/10/2017
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Dimensões da GIRH
Gestão Integrada de Recursos Hídricos
Abastecimento
de água &
saneamento
Irrigação &
drenagem Energia
- Serviços
Ambientais
Infra-estrutura para gestão
de cheias e estiagens,
reservação para
aproveitamentos múltiplos,
qualidade de águas e
proteção de mananciais
Estrutura Política /
Institucional
Instrumentos de
gestão
Economia Política
de gestão de águas
Outros usos
inclusive
indústria e
navegação
Usos da Água
Núcleo de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos IPH /UFRGS
O Processo de GIRH
Governança
Saúde
Qualidade d
e Á
guas
Abaste
cim
ento
Cheia
s/S
ecas
Energ
ia
Agri
cultura
Indústr
ia
Com
bate
a P
olu
ição
Gestã
o C
oste
ira
Gestã
o d
e E
cossis
t.
Setores de
Atividades (usos
de água)
Desenvolvimento
Social
Desenvolvimento
Econômico
Proteção
Ambiental Objetivos
Estrutura
Política /
Institucional
Instituições
Gerenciais
Retro-
alimentação
Prosperidade
Análise de políticas correlatas à GIRH
Obtenção de recursos, gestão, monitoramento, e avaliação de GIRH
GIRH disponibilidade de recurso / Análise de uso e alocação
31/10/2017
29
SISTEMA DE INFORMAÇÕES
PLANO DE RECURSOS HÍDRICOS DA BACIA
ENQUADRAMENTO DOS CORPOS D’ÁGUA
OUTORGA DE DIREITO DE USO
COBRANÇA PELO USO
POLÍTICA NACIONAL DE
RECURSOS HÍDRICOS
SISTEMA DE INFORMAÇÕES
PLANO DE RECURSOS
HÍDRICOS
ENQUADRAMENTO DOS
CORPOS D’ÁGUA
OUTORGA DE DIREITO DE USO
COBRANÇA PELO USO
POLÍTICA DE
RECURSOS
HÍDRICOS
Instrumentos RH (9.433/97)
SISTEMA DE INFORMAÇÕES
ZONEAMENTO AMBIENTAL
AVALIAÇAO DE IMPACTO
AMBIENTAL
LICENCIAMENTO AMBIENTAL
ESTABELECIMENTO DE
PADRÕES DE QUALIDADE
POLÍTICA DE
MEIO AMBIENTE
Instrumentos MA (6.938/81)
31/10/2017
30
Limite legal. Por ex.:
Enquadramento e/ou a
outorga RH.
PASSIVO AMBIENTAL
CONTEXTO AMBIENTAL
OBS: TUDO PODE SER = - OU +
TAC’s e/ou o
Licenciamento Ambiental
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31
Teoria dos Jogos: • Quando a racionalidade falha?
– Informações equivocadas
– Buscar informações que apenas confirmem nossas expectativas de sucesso (wishful thinking). Ex. Apaixonados que só buscam apenas a virtude dos seus parceiros.
– Agir sem pensar (emocionalmente)
– Agir sem buscar melhores alternativas (tradição)
– Agir baseado em valores (imperativo ético, religioso ou político)
– Instituições mal desenhadas que induzem ao erro (ausência de mecanismos de incentivo ao desempenho)
Os Atores no Processo Regulatório
e suas Inter-relações
Agência
Reguladora
31/10/2017
32
Firmas e
Investi-
dores
Agência
Reguladora
Firmas e
Investi-
dores
Agência
Reguladora
Consumi
-dores
31/10/2017
33
Firmas e
Investi-
dores
Agência
Reguladora
Consumi-
dores
Executivo
Congresso
e
Comissões
Firmas e
Investi-
dores
Agência
Reguladora
Consumi
-dores
Executivo
Congresso e
Comissões
31/10/2017
34
Firmas e
Investi-
dores
Agência
Reguladora
Consumi-
dores
Executivo
Congresso
e
Comissões
Eleitores
Firmas e
Investi-
dores
Agência
Reguladora
Consumi-
dores
Executivo
Congresso e
Comissões
Eleitores
Burocracia e
outras
Agências
31/10/2017
35
Firmas e
Investi-
dores
Agência
Reguladora
Consumi-
dores
Executivo
Congresso e
Comissões
Eleitores
Burocracia
e outras
Agências
Cortes
Firmas e
Investi-
dores
Agência
Reguladora
Consumi-
dores
Executivo
Congresso
e
Comissões
Eleitore
s
Burocracia e
outras
Agências
Cortes Suprema
Corte
31/10/2017
36
Agência
Reguladora
Suprema
Corte
Executivo
Cortes
Burocracia
e outras
Agências
Firmas e
Investi-
dores
Consumi-
dores
Outros
Grupos de
Interesse
Congresso
e
Comissões
Eleitores
Considerações
economicas da
GIRH
31/10/2017
37
Fonte: Tolley, G.S. and Hastings, V.S. (1960) Optimal Water Allocation: The North Plate River. The
Quarterly Journal of Economics. 74(2): 279-295. (Aula_05-QJE60.pdf)
UTILIDADE: O consumidor pode escolher alternativas de forma a ganhar
utilidade (satisfação). É assumido que o consumidor entende as
alternativas disponíveis.
y = -3x2 + 12x + 4E-15
-20.00
-15.00
-10.00
-5.00
0.00
5.00
10.00
15.00
0.00 1.00 2.00 3.00 4.00 5.00 6.00
Q (Acre-ft)
Ben
efi
cio
(U
S$) Qsat
UTILIDADE MARGINAL : Variação da utilidade total,
resultante da variação de uma unidade no consumo do
bem em questão
y = -3x2 + 12x + 4E-15
-20.00
-15.00
-10.00
-5.00
0.00
5.00
10.00
15.00
0.00 1.00 2.00 3.00 4.00 5.00 6.00
Q (Acre-ft)
Ben
efi
cio
(U
S$)
y = -5.1818x + 9.9545
-20
-15
-10
-5
0
5
10
15
0.00 1.00 2.00 3.00 4.00 5.00 6.00
Q (Acre-ft)
UM
(U
S$/A
cre
-ft)
Max UT ==>
UM é decrescente em todos os
níveis de consumo
0
Q
UTUM
20612
Q
UT
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38
EXEMPLO: Considerar que a UT de um estabelecimento agrícola
depende da terra, água , trabalho, clima e estações do ano , etc…
nxxxfU ...,,, 21
Onde xi são os diferentes bens consumidos. A função de utilidade é
contínua e diferenciável (1a e 2a derivadas).
X1 X2
2
2
2
1216 xxxxU
nível particular de utilidade
de muitas diferentes
combinações de x1 e x2
curva de indiferença
ctexxfU 21
0 ,
níveis diferentes de utilidade
expresso através de um
conjunto de curvas de
indiferenças
Mapa de Indiferenças
Cestas de consumo consiste
no conjunto dos bens (X1 e X2)
que estão disponíveis aos
consumidores.
31/10/2017
39
dx1
dx2
Taxa de substituição de mercadorias (ou taxa marginal de
substituição)
dx1’
dx2’
A variação total da utilidade (comparada com uma situação
inicial), provocada por variações em x1 e x2 é dado pelo
diferencial total da utilidade:
Onde e são as utilidades marginais.
Movendo-se ao longo da curva de indiferença, substituindo
uma quantidade x1 por outra x2, dU = 0, resultando:
ou
Taxa marginal de substituição é a declividade (dx2/dx1) de
uma curva de indiferença que defina a taxa com o
consumidor substitui X1 por X2 por unidade de X1 para manter
um nível específico de utilidade.
2
2
1
1
.. dxx
fdx
x
fdU
1xf
2xf
0.. 2
2
1
1
dx
x
fdx
x
f
2
1
1
2
xf
xf
dx
dx
Restrição Orçamentária: Ao decidir o quanto vai consumir de
cada produto o consumidor tem de levar em consideração os
preços dos produtos e quantidade de recursos à sua
disposição. Suponha que x1 custe p1, x2 custe p2 e o total de
recursos a disposição do consumidor seja m, a restrição
orçamentária será descrita como: p1x1 + p2x2 ≤ m
x1
x2
m/p1
m/p2
Conjunto
orçamentári
o
Reta
orçamentária
O conjunto orçamentário é o conjunto das cestas que o
consumidor pode adquirir. Define-se como {(x1, x2) | p1x1 + p2x2 ≤
m}
A reta orçamentária é definida pelo conjunto de
cestas que custam exatamente m, ou seja,
{(x1, x2) | p1x1 + p2x2 = m }.
m’/p1
m’/p2
m/p1’
É de se esperar que, quando
ocorrem variações nos preços ou
na renda, mude o conjunto de
cestas que o consumidor pode
comprar. A mudança neste
conjunto ocorre por meio de
alterações da reta orçamentária.
31/10/2017
40
Maximização da utilidade com restrição orçamentária: O
consumidor racional deseja compra uma combinação de x1 e x2
que maximize o seu nível de satisfação. Entretanto a sua renda é
limitada e ele não é capaz de comprar quantidades ilimitadas de
mercadorias. Tem-se um problema de maximização com
restrições.
X1
X2
o Lagrangeano associado a
este problema terá a forma:
para obtermos as condições de
primeira ordem (C.P.O.)
devemos derivar o lagrangeano
em relação a cada uma de
suas variáveis e igualar a zero.
mxpxpas
xxfxx
2211
21
,
....
,max21
22112121 ..,,, xpxpmxxfxx
Influência do Imposto de Renda IR no Brasil: 15% sobre lucro tributável
+ 10% sobre lucro que excede a R$ 240.000 /ano
Contribuição Social: 9 % sobre Lucro tributável
Exemplo Lucro = 1.000.000
IR = 15% de 1.000.000 = 150.000
10% de 760.000 = 76.000
IR Total = 226.000
Contri. Social = 9% de 1.000.000 = 90.000
IR + CS = 316.000 ou 31,6 % do lucro tributável
31/10/2017
41
Outros pontos para alunos curiosos:
1. Depreciação e Imposto de Renda (lucro real, presumido ou arbitrado)
2. Financiamento
3. Análise sob condições de inflação
4. Incertezas
Balanço de Recursos Hídricos
Demanda
• Aumentando em todos os setores
• Uso ineficiente
Oferta • Quantidade (Escassez Natural,
Exploração sem controle de Águas
Subterrâneas)
• Degradação da Qualidade
• Custos
GIRH
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Aspectos de interesse prático
1. Uso dos recursos hídricos
2. Proteção contra os recursos
hídricos
3. Proteção dos recursos hídricos
Oceanos
Cidades
Rio
s
Pre
cip
ita;\
ao
so
bre
ocean
os:
283
Evap
ora
ção
do
s o
cean
os:
319
Evap
otr
an
sp
iração
:
59
Escoamento superficial e de
base: 36
Lagos
Continentes
Pre
cip
itação
:
95
Vapor de água na
atmosfera: 13
Movimento de massas de
vapor de água: 36
Água nos oceanos:
1.380.000
Água nos aquíferos sub-superficiais:
210.000
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Fonte principal de
agua para as
atividades humanas
From: Shiklomanov
[www.unep.org/vitalwater/03-water-cycle.htm]
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Usos, Necessidades e consumos Uso/utilização:
– Qualquer atividade que necessita de água
Uso consuntivos
– Abastecimento
doméstico/municipal;
– Abastecimento industrial;
– Irrigação;
Usos não consuntivo
– Produção de energia;
– Garantia ou promoção da qualidade da
água e dos ecossistemas;
– Recreio;
– Navegação;
Necessidade:
– Volume de água pretendido para
um dado uso;
Consumo:
– Volume de água efetivamente
utilizado para um dado uso;
Usos, Necessidades e consumos Necessidades líquidas:
– Volume de água efetivamente necessário para um dado uso
Volume captado (Necessidades brutas):
– Necessidades líquidas acrescidas das perdas (p%) da rede entre a
captação e o ponto de consumo.
Nec. Liquidas = (1-p%) x Volume captado
Volume captado = Nec.liquidas / (1-p%)
Eficiência = Nec. Liquidas / Volume captado
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Oceano
Evapo transpiração (ET)
Escoamento
Precipitação
Aqüífero
Infiltração
Evaporação
Precipitação
Evapotranspiração
Água Superficial
Água Subterrânea
Oceano
Evapo
transpiração (ET)
Escoamento
ETA
ETE
Intrusão Salina Aqüífero
Infiltração
Evaporação
Extração
Precipitação
Umidade no solo
Umidade
no solo
Irrigação
Precipitação
Evapotranspiração
Água Superficial
Água Subterrânea
UHE
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Interdependência dos RH
• A base de GIRH está na existência de uma variedade de usos dos recursos hídricos que são interdependentes.
Necessidade de considerar os diferentes usos de água conjuntamente
Uso de Água na bacia
Piscicultura
Urbano
Turismo e Lazer
Geração de
Energia Elétrica
Navegação
Pesca
Agricultura e Pecuária
Irrigação
Comunidades Rurais
Industrial
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Bacia
P ET
I Ac
Transfere Oferta de
água
Energia
Políticas Instrumentos
Administração Economia
Demanda
de água
Agricultura
Políticas Instrumentos
Administração Economia
Demanda
de água
Turismo e Lazer Demanda
Navegação Demanda
Industria (mineração,
reflorestamento, etc.) Demanda
Manutenção de
ecossistemas aquáticos. Demanda
Única
Fonte
Várias demandas =
CONFLITO DE USO
Políticas de Conservação
Bacia
P ET
I Ac
Transfere Oferta de
água
Energia
Políticas Instrumentos
Administração Economia
Demanda
de água
Agricultura
Políticas Instrumentos
Administração Economia
Demanda
de água
Turismo e Lazer Demanda
Navegação Demanda
Industria (mineração,
reflorestamento, etc.) Demanda
Manutenção de
ecossistemas aquáticos. Demanda
Única
Fonte
Várias demandas =
CONFLITO DE USO
Políticas de Conservação
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O que é GIRH?
• Um processo sistemático para desenvolvimento sustentável, alocação e monitoramento de uso dos recursos hídricos no contexto de metas e objetivos sociais, econômicos e ambientais.
“Dono” da água • A CF/88 no artigo 225 estabelece que todos tem direito e ao Poder
Público e à coletividade incumbe a defesa do meio ambiente. – A água, ou os recursos hídricos integram o meio ambiente como
elemento vital. – O domínio dos recursos hídricos pela União e pelos Estados não tem a
conotação de propriedade inscritível no registro imobiliário, mas decorre da CF/88 e significa a responsabilidade pela preservação do bem, guarda e gerenciamento, objetivando a sua perenidade e uso múltiplo, bem como do poder de editar as regras aplicáveis.
• A CF/88 o artigo 20, inciso III arrola como bens da União “ os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais”;
• Já no artigo 26, I da CF/88 está prevista a dominialidade estadual das “- as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União”;
• Em síntese, A ÁGUA É UM BEM DE DOMÍNIO PÚBLICO
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“Tragédia dos Comuns" (1968) - Garrett Hardin
No regime de propriedade comum
há degradação dos recursos
naturais, pois cada usuário tende
a utilizá-los excessivamente.
Common Ground
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The tragedy of the Commons
• Princípio do mau uso dos bens comuns = Pastagens inglesas
• Individualização dos lucros, porém os prejuízos são divididos com a sociedade.
• “O indivíduo se beneficia como um indivíduo a partir de sua habilidade de negar a verdade, embora a sociedade como um todo, da qual ele faz parte, sofra”.
• “Quanto mais donos, menor o cuidado”.(Arístoteles)
• O patrimônio de uso comum “recompensa” comportamentos que levam a uma degradação do mesmo e “pune” os indivíduos que são mais responsáveis e cuidadosos.
O Problema do Custo Social Sistema de Preços com Responsabilidade de Danos
Ressarcimento
pelos danos
Sistema de Preços sem Responsabilidade de Danos
O agricultor paga
para evitar o dano A medida que o ganho
marginal diminui
devido aos custos de
ressarcimento o
criador evita
aumentar o rebanho
O criador paga para
aumentar o rebanho Existe independência
no caso do causador
ser responsável ou não
pelo problema