^¦T-í,!'-^-.;^-í'I.jii,v..-^.j;"i">.'»'..,;_i..,...-. ;.
A-inip I RIO DE JANEIRO, 2 DE SETEMBRO DE 1898 N.-40>^ vStjp*3SWWpM8SflP^*Py^J^***Tr"^F!^
a — uij-^jnwflj| JBB^flfli^B Jfl.ft.%BBr %™""^fl' flfl ^—^iiflflfl—iflflfl—^f^^y B—BB* JÊÊm^^t^T^BÊ—¦»¦¦¦¦——¦iniiiflfliiiflHfl! ^^^^^^PmQ ^^^Br^B l^u^^E'!^ iflfliflr^B ^5 S^Íieh
@HÍ Mflflr-fl' liVIflfllIiai IBI ^ig B Is §¦ 1 ; KBI flBtfZBtV M^m\ ¦HBvflflfta"- B*mÍBBWK'.;°. m^Kmvx KIfl Brava ' '-m vB bVI •¦¦ V Bfflfl>l -'"** li iflflflflr^B^BaB "I" B^tbTb.% fl BTflBflBgjBKm:'.-''''. Jr ^TBTfl.flflBflflBgjrBygr* ... fl ¦¦VB^SwàWBTSW'^ ¦" jfl AwfljB^ag:- Bfifl
jfjASSIGNATURAS:"' ^ xTrimestre 12SOOO réis II . ^/C"* /^
fl Semestre 24SOOO réis 1É C.J / iI|| Numero avulso 200 reis ft xO / -\/||s Numero atrazado . . SOO reis ^V /^^S
ESTADOS E ESTRANGEIRO y^1f< / "^
§| Trimestre 13SOOO réis fl ^_ ^_ • _£ _ _ ^_ ___ __. .^_. __ /C»* 4Q\11 semestre 26SOOO reis OBAIIDBII.CET /& o °\
/4W BBW. Ntíg_^/
B^SbbV fl-- -
jtfflHSr? fl "-#_^BB^/flfl flfl KL^^—^-,«^^iflfliiMMÉM«wwil!il!liBB BBmBBBBBBBBBJí rr^TfiuB^^Hi^^^^^^^^^^^í^^^ilf; • i-s»ãr^3 Ifl '¦/Èfm^mm wBSs&Êí*'-'-''¦¦¦ aH Hbbt " fJBFHBffv--' "fl ^MW^^ M£ff.-ff-".'. . 'flfl - ¦• itfl^KrTBfl ^^^:;;-'--'.:;..:;;v;1.. ;'X bS BSr ^£ WSSÊm ¦'¦" .^Iflflflflfli rüXBB
ftXBB^fl ^^fl BJ& '"WÊÊSSm' BHflfl- .I "' '^BlSB IPS:' fl BM-lllilflL-*--'^fi - I
'"¦¦'•-¦•¦¦^m^S BL---' fl ¦^^•"^•'.ílSt^BiflBl I¦ ,(kBl B^fe-?'."" ¦ IBWI ^^¦•^¦^B BSttfluB@MiBl P*B1 BMffll
"tK';^^-;^^ BP^"'- ¦¦H.".-':--"^^^***—^"" E«^ fl iilllfl.'^^¦fl tt~ i in*r^^^BBr*B^B^^^T^^^ ^BTkB fl- .^^Bl BflB |Pi:' f^^^/fc^^* TB Ble^BsPIfiliíJ 3^~ ^rSjrm ¦üíí. •- >3lfB.-.-;.'flflflflW^B.^HBBHBBB^;---" ">::" \<r 1 rírr ^¦Pliv**.. ' • X O^ ^» Jfll V^HL ¦I -' ^^i^8b^b^bHi. )y/- yfy /,j '^jk-wê-
•ír:«s>íy\." *. ^^bBBBBBBBmC^^ \XJ^j » ;;' "'- -tt^^ / ^ /¦- :^MÊÈÊS8m¦ ^u
¦ ,• ^J^Ca*BBfBfBfP^^^:í^^^'^-ir^ vTH:; ¦"'¦ ¦" ; V-^r' ''#^?--;^i|- ;-.% "¦ ¦ ¦^ea--' ¦ -9j^' I \ I \S- I •>¦ ^^^.' .- /¦ :-Jrv-".':::^í ^fe . >"^: ¦ :%^^^ BB^siáJ'-'-"? ^í>^ r':••/ %/ JP^fi-.---.'=-^-.'.m'^Vfc. ¦:. ¦•¦'¦ m ^m >%^- '-:"^É1 BMBkL? ¦• :i-«^T W^fuil \ ^^^V-"*^^. —^BW"- ^i B-.L^^^BflÉfl BBBL.'- '¦^^¦¦^ B -jflB^jT'-"^ "/^fl^-^^fll ¦BV* ¦*¦¦'".-¦ »-"-" m-r:^Bff ^BBÉF-"- ¦ mm^^^T\rÉ^\¦'".¦¦ .-^^B^ HBB Ibt^ »/•• "¦ T^ík^lB^-'- ¦'' Vfll'!*^"''' "'/"" ^^ B^d B- / -faSSjp^^JyF5^'r-~ \'"': tf ^rs Jf L^^ - fl-. ví.-^5b1 Bl. !jr'' lr^ ^*^7 1 l mÉ-~.'m¥ '¦¦'¦'' Jw Ér^ '-t:*:%B
¦: '-ÍÜ Ibb l\ / / Jr // Ã^-^F^-'-'^'^.
bW l\L0 ^\jm BmB] BV" -"Xk-^í- ,-¦' ~.^^jBcj%DB^#.--víij#!r? ¦•- ¦ ¦-. nf--.Ir ¦ "7 -^|^^"
¦¦ *¦ iflíí^sví-!- -•'!*-^.."..--.¦ s»^BWK5ilB3rCB2BBB^^3BB^w.?tw>;'"-5>- <;i'-v?-í
f|
:i^pP*1fÍxí%dB^ í* S.bI^^bbP^*^'*' vJB^'--*3TJ£^BB?á3WSBWflB*-*--*' -^^^"JBbbbb**1^^#*^^JBB&-*..- -il,íBvV£«^S^jE?BL^BBtfirt,BKJBBB>^.F'*r * . ,-v ^,^Bb^^.. — -1 - ^
m^BW^^Ig^^afli^BW^ -" > v>-i #-lbf^9SNȒ.5giS^B^^-.-g^BbL. i M&
É I^íY'^'- ¦'i^MlB^^^^^^-^flfe^'•' •' ¦¦-.¦'¦--.¦.¦JHPaFÍ »- ""^BB!PBjtBl-'*''"^BI"'^Bk—¦"¦'¦ ¦¦'¦ V *^^- ' ¦ ';'I• "¦ :" l-'l^fc^B^&Ni.'-^ "" ^"m-•¦
¦ '¦¦--¦.•¦-• .::^r.;.;.-^^HaBÉ*tóà^BlBB^B^*''-' tBéP%. I r ^^2b%i^k; ¦'"*^;iío¦¦Xví-.^^b^^^^•a^T:;^^' '^^--.I"* ' --^iflMRWBBfcigBB^BK^íBMffi^BJBaBjfcs:.» uv..•¦,¦:! - ¦ ^r: ; ^fl .^^^b^h^bb^^&^aíb^bTbbTbk' ' '^bibW''-'' '^^bbw*'I ¦'*• ^bTBSSh» 1 ' "y""' ¦£' *^'-v*V* >.-^fl|^!Ap^--. ••-*. B^flflEy-^^^SiT^-v^^-^'' i.--' ^B
I /^ A^f m.-' m."' '^t' ^B^^KaL" .-::* :^^fk^^- ^K^-*-?Slafl^ís/;':.--''.t1ISk!'.>-. ¦ • .b»^if- kf ir% ^ii^p^p^^p^|\::. .. I' :.f/.- ívafl|K?^^'t?T/^@^yp^-
^Hr z>»;' '1ü%- - V ;-\ \KIPw'• ' • :::S' '{"•'¦• Km* ri \^^^./S Ár v - •'tlflHiSBflBWHBB^HBB^ 1 áa/^ I^^^BBBBBBBBBIMBB BBBBBBBlBBBBBBBBBBlBBBBBBBfl
>».
Como conseguirá elle trazer a mulher n'esta ponta ?Mas elle esta muito bem, agora,— muito bem ! O anno passado arderam-lheduas casas e este anno negocia em fogos de artificio. E» um rapaz muito hábilque hade ir longe.
^¦-S ¦y:^r-.' ^j^^ggr^^^^r^j-^:.-^^^^ B.^.ffl»! ^'feíçáSE.
UMA SORTE DE TRES CLOWNS
(I>o "Branco e IVegrro" )
1- ÉS.
s.
-.*- rui
1
.: -
'
." ?*-*:>;-.- i' -.¦ Si ¦ '•¦ #: S
.. ;,. I
1 \V° //nt\
3:
5
:'J.'-f~' m m bv aTbT / m ^^ébI - ^ l^i™5f---'lfl^"ibibh^o^bbm^^S '-'* * ' %. ¦ bT a^B f Tá ¦-j^J^H " j\ %—»^ W ' I ^bV^ ^^bBj fl ¦
'i,- -.->"^ ^^ B *^B¥BW B ¦ ¦'V " »! iírrJ - ^^Sl«^£SS9^^^BBl9Wrl^^^w^B *¦:-"-t 1# Bf 1/ wSE^^»í«^?'-;-.r*T->B^í^Bfl^l^-^Br' :" "..•"'/# BV II m » •# :^B^^^C^^VBDBB^*^iiP^^B» bTbW VBtM m^^aí^BBS yBtBlRr >.flLj"- _ ¦' ^*^3f^'^^^^B^BW^^ "' **3'^'-*'
¦ Bi BI s -HíJ tJVor ,-^» BHPDk .^^Bfm BV Bi i S "-^m-E1^ By BK^íE^^BBw
i;:- m bV ^bV H » '.'Hb->^;\' '^'W' 'SBr~j^r
\fl wBn ^^ \ ]p Y .-flv ¦ ™J• f Jf % Bfl BB^kffl bVaT BtTb---^--* '^Bk"' ^^m .^B^BB
II B ^^^^^™BTBTBTBTBr t^Ê^l-^^Z^''^. *•
:^^^^r ¦ -B^^^^^B. TBii BièT
.^V^^^Bb F ' V flfl BlBB - -» ^ a '~^P' Br ^B. fl BW.^^F^^rtBflW flflr .^r ^v .^flflflflflffll ¦ flflflflil - ¦¦¦) ^^ ' ^Bvi- j^k ^fll flflk.
.^Bb ^^^^^m Bi flfl BI ^*^^H ^r^fl B^^fl y^YyBk B
^| BflHÉafllBfflflBlH ^^ jJr'-- "•-' .^:-Bi-"''VBvflflB^flflflflflflflflirVI ^,^fl^^M>i^Be SQIga^ r . **"/^S^ft-S^ ",Ti~l~'"^?wjr**s
^BBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBJ^BBBBBBBBB ^^BH^^ B- -¦ J;J*»? ^ ^L*3íÍaaBji *-fc1<5Br fl Hl .^fli B\ ^PV9 ^^^?^ ^tí ^áP^^^ j^*l * -^-.
«.fl r I flr^^É li ^ J.t4^r
(Ella) — Nâo vás ! A policia de S. Paulo tem lume no olho...(O gatuno)— Impossível, minha querida ! As luminárias agora vão ser lá.—
(Depois de pausa e com um suspiro) — A vida não é um romance, filha !
"¦ ... ':¦'--"'' ' :"í ¦ ¦.- ¦'• :-'":-v.
.'. '
. -.¦..-•-•:':/, --"^l^'.""1:-.'^'^ ^ '.."-•¦ ¦.'."'
.¦'.?' ¦-"'. . -..'; ¦¦ ¦-.:>-- ' ¦'-^¦'-,;.'.." ;.'-'¦"¦ v-,1 -" ':- -¦ ¦••"•¦ .-"•"-'¦• • "; ¦ "- : '-'..:;-¦
^BH^^ \y.-fi '.-¦¦¦ ^fl^BB^B^B^BT^^^:fl B1B1 I m»í':-' ."ílfl ^^^^S^S> . . ^JBl Bttflfc-
1 l/l bV t^^5^ ^i li ^^ ^%BBBBBBBBjyfBBBB^BBBBk , ^"^ (f fl^>fl ' fl R^ /UM
ffBBflBTBYBYBf-4Wr> ':^P^O^)^'.\%Wijflflflflr# ^^^^^^^¦B/flW«m- W# ^*—v
^B_ y Vi^jüí''^ 1ãlÍHJflflflfl7# #^^ "'li í w j^^^^.it .y^ .<,•€. ^yT^*.
¦Br/ m:':':':^^^^^^^^^' jjTi ' ^*^ Káá«SP^^/ livá^VBl # '-- :~t&gm?/ /ti IV ^^*J^^ / ^'anSt
IbVbt Br ''" ''''"' ''A-'1" fl I 1. -^¦^¦^h. .^^^^ s*^^ È ^ÔbSbw^V^
BIB
41 il$$~y- ~'^SxWSSxW\ _. jm)r , \r pk^f^ i /^^"^^^ ./V^^WvB^Bfc^ ^k^. ^^
II ffl BV ^S^^V $AUT)*CAO ^° X L^y \.,.,W f0|II II ^^ 1/ í C/// ili////J/4LUÁtíÊÊÊT jK* li li-xr ^^^W/
I - - bWL«i^^ í ^yL.^-W\
u '™'»'»"j(iiw{|ftT J[iBB>jmiwttflÀÜl Ife^ i JVF^JI Jr**U"S ^«fccnCo /^T^AT^
Px^ V^-/ / /^nflflimiki^i^-nv^- ^bi^^ n\
,"V í^r/.í--. ¦¦--¦ ¦¦'¦.-.¦ -¦¦¦¦'¦"¦
—-E' uma commissão de engommadeiras que roga a V. Ex. a fineza de obterpor intermédio dos Srs. Rottschilds o segredo das engommadeiras de Lontlrescom relação ao brilho dos peitilhos.
"í ;" u -
^^^^^-
aaaaamaam
M0B&èiiy''.' ¦í'.'1^-;".-'
¦flflflO M11 e liwnwro—
¦„¦¦¦¦¦.'-',".' ¦¦ "¦*' -¦ '"¦ -- ¦
¦-.»¦ .'¦ :.-.'¦ ?>'...'. ' ¦
.¦¦-.: ;¦.¦¦:
¦ ¦
-.
'¦
$
rfWi..'- ' .*
¦
-' , ^ •; ' j' "^ -..---'
O M RCURIOPROPRIE»ADE »E
aASTÕlNÍ & ALVESREDACÇÃO:
46, Rua da Assembléa, 46
PUBLICAÇÃO DIÁRIA DO MAQAZINE "WIE.RCURIO"
Rio de Janeiro, Sexta-feira 2- de Setembro.de 1S98.v
Numero- avulso........ 200 rs.
Numero atrazado • 500 rs. Hj 4Q_\
EXPEDIENTE
Para attender aos constantes pedidos quenos tem sido dirigidos, abrimos assignaturas de
trimestre e semestre, a contar do i° numero,
cuio preço o leitor verificará no cabeçalho da
nossa folha.
Fica vedada aos annunciantes a reproduc-
cão dos desenhos impressos nas paginas do wO
Mercúrio", sem que para isso haja, accordo
prévio.
Não nos responsabilisaremos por assigna-
turas angariadas por agentes, cujos nomes não
sejam previamente annunciados n'esta secçâo.
Está encarregado de, no Estado de S. Paulo,
angariar assignaturas e receber suas respecti-
vas importâncias, o nosso companheiro Mario
Mendes.
Toda a correspondência deve ser dirigida á
Redacção do "O Mercúrio", rua d'Assembléa 46,Capital Federal.
SILHOUETAS
Carioca os que partiam, tinham a mesma in->
dagação. Tive medo —parei offegando... Bus-
quei um refugio seguro... O «Khop» ? Não,
hadé ter muita gente... O ¦"« Pariz»? Nunca,
nunca. . . Ah ! O « Mercúrio » e abalei suando
pela rua da Assembléa.. . Conhecia .os. com-
panheiros, não tratariam de bailes. Demais
áquella hora estariam atarefados. Embara-
fustei pela redacção, tremulo, medroso. Ufa !-. Pois, lá mesmo, n'aquelle cenaculo de' Simples, n'aquelle meio de trabalho, o Du-
que, o grande delicado, meu amigo, meu in-
timo, mal entrei,, bradou, braços abertos,
expansivamente:— Já sei... Vaes representar o Mer-
curió... Vaes ao baile logo.. .
Cebo ! Nem aqui. . . e abalei tonto.•Mauro .
«O Mercúrio» — como diz o seu
titulo — é um diário destinado ao
annuncio-réclame, que é o melhor
dos annuncios.
CHRONICA DA ELEGÂNCIA
Irra! Qu'estopada. . . Sinto pelo corpo
lassidões de caminhadas longas por soalheiras
de meio-dia em areias e em plangencias, pelo
espirito, a recordação dolorosa d'aquelle —
Vaes ao baile—Vaes ao baile —., que levei a
ouvir por todo aquelle dia d azar.
Mal desperto inda, pela manhãsinha, com
mollezas de somno, perguntaste-me, carinho-
mente : Vaes ao Baile ?
Não, filha, eleve lá haver muita gente,
muito discurso.
Depois, caminho ao escriptorio, amigos
que encontrava, conhecidos que íTie saúda-
vam, tinham, para mim, em delicadezas de
expressão, a mesma pergunta—Tens convite?
Já sei, vaes ao baile logo...
De bom humor, vibrando á claridade sa-
dia d:aquélla manhã, tive delicadezas de res-
postas—Não! Nao danço! não sou de bai-
les. . . Affazeres me impedem. . . E seguia.
Companheiros d'escriptorio, indagavam-
me também se ia ao baile. -~~ - - -w
Comecei a espantar-me... Diabo! que
tem toda essa gente commigò? Que lhe im-
porta que eu vá ao baile? E seismei.
Pelo dia afora essa pergunta, essa mesma
pergunta, interessada, impertinente, esfuziava
por todos os lados, sabia de todas as boceas,
expressava-se em todos os olhares.
— Vaes ao baile ? — Irra! não vou. .;.;._,;
Pela tarde, com cansaços de trabalho, pe-
zado de pó, sentia pezar-me a mesma e im-
pertinente pergunta. Amigos que sahiam
das lojas em compras, conhecidos que se iam
ao jantar e por toda a rua do Ouvidor—Vaes
ao baile? Vaes ao baile? Apressei o passo,
baixei a cabeça e lá me fui, dando ao diabo o
baile e a curiosidade.. . índa assim, na dis-
tracção de um olhar, na saudação de uma de-
licadeza, eu lia essa perseguidora pergunta.
Voei pela rua do Gonçalves Dias, com
pavores de assombramento. No largo da
CAMBALHOTAS
Está aberta a sessão.
O Sr. Prefeito apresentou o seu relatório
que, realmente, è uma boa obra, apesar do
que a pilhéria andou a espalhar por estas co-
lumnas ; os Srs. intendentes tomaram os seus
logares e agora vae entrar a Inana, perdão,
quero dizer, vae começar a segunda sessão or-
dinaria do corrente anno.
D'antemão sabemos,que os melhores e os
mais honestos intuitos animam os illustres
intendentes; que ha na cabeça delles um
mundo de projectos utilissimos e os mais ruti-
lantes discursos, posto que a actual edilidade
se annunciasse contraria á velha rhetonca
municipal. Mas, os dignos intendentes, en-
tenderam que na terra das modinhas, nada é
possível sem discurso e quando mesmo a lin-
gua não ajude é sempre lucrativo ir dando á
lingua para que se não pense que a gente é,
comlidença, burro da Carris Urbanos, que é o
burro mais burro que Deus pòz entre os bur-
ros do mundo.
Agora por ("aliar em burro.. . recordo-me
que na minha preciosa chronica passada eu
lhes contei que estava apaixonado.
Pois, senhores, isto é uma verdade.
Estou de queixo n'agua pila tal moreni-
nha do baile do Exm. Sr. Dr. Campos Salles.
E ponho todos esses F F e R R porque elle
está prestes a subir.
Apaixonado como estou, bem se vè que
mal posso dar conta do meu recado. Diz o
provérbio — Quem ama não tem socego.
Por isso faço ponto aqui. Ora, deixem-
se ficar que eu lhes hei de ainda contar esta
paixão ! Pelo que já vou sentindo, tenho
panno para mangas.
Diabo Vesgo.
Os penteados
Escrevo-lhes hoje, gentis leitoras, sobre
os penteados modernos. Em geral, as senho-
ras penteam-se actualmente entre nós.em ban-
dós da edade-mèdia, em frisados á Maria
Amélia, á maneira grega, á Restauração, de
mil fôrmas emfim, que muitas vezes não se
adaptam ás suas physionomias.Os penteados que
descrevo são a ultima
expressão da moda e
estão de accordo com
todos os semblantes.
Assim, o primeirodos desenhados faz-se
levantando completa-
mente o cabello em rolo
ao alto da cabeça, con-
servando apenas duas
pequenas mèchas cur-
tas e ligeiramente on-deadas de cada lado da
testa. Sobre este
penteado colloca-
se um postiçomuito frisado.
O segundo,
organisa-se levan-
tanclo todo o ca-
bello em arco so-
bra a testa. O
laço que coroa a
cabeça é feito com
um postiço de se-
tenta centime-
tros, torcido e em
fôrma de alça.
Um commerciante que nâo an-
nuncia só pode obter lucros mes-
quinhos.
SPORTRovving
TJMÍfW ^® w
WI9m
Para o terceiro, que é do gênero 1S30,
colloca-se na testa uma pequena Jrisettc le-
vantando-se o cabello atraz muito alto em fei-
tio de alça.Os pentes de tartaruga gênero — Império
— já bastante conhecidos, completam deli-
ciosamente estes penteados e a não ser isso
somente se colloca no cabello pedras precio-sas, como rubis e brilhantes. As senhorasidosas podem empregar plumas ou aigret-
tes.Berthe Laurent.
O forte vendaval que cahio inesperada-
mente sobre a nossa bahia pelo correr do pas-
sado domingo, colheu em passeio algumas
embarcações de vários clubs_.de regatas. Fe-
lizmente a não ser a contrariedade d'alguns
tripulantes que foram forçados a transitar
pela cidade com os;redingotes do uniforme
completamente molhados, nenhum sinistro
temos a lamentar. '_¦
Logo apôs os primeiros golpes do tufão,
alguns direetores do Club de Regatas de Ica-
rahy dirigiram-se á garage do mesmo club
onde acabava de chegar a Medéa que com o
Meteoro sahira pelas primeiras horas da
manhã.Preoccupados com a ausência da guarni-
ção d'este escaler e receiosos de que, corajosos
como são, os rapazes affrontassem a tempes-
tade, fizeram aquelles direetores seguir para
Nitherohy portadores com ordem de fazel-os
encalhar o barco e regressar para terra. A
guarnição deste escaler achava-se em visita ao
caça-torpedeiro Gustavo Sampaio na oceasião
em que cahio o temporal. Não obstante, po-
rém, as instâncias reiteradas da gentrlissima
officialidade d'aquelle vaso da nossa armada,
para que alli permanecessem, os valentes ra-
pazes resolveram affrontar o furacão e de pás
ao vento fizeram a arriscada travessia, apor-
tando a Nitherohy, onde grande numero de
pessoas applaudiram enthusiasticamente a va-
lentia dos jovens marinos. Momentos depois,
atiravão-se elles a nova lueta levando a em-
barcação para Gragoatá, onde encalharam-na
e guardando a pqlámenta respectiva no cércle
do heróico club de regatas que alli tem sua
sede.. Foi ao mesmo tempo uma imprudência
de rapazes e uma prova da coragem dos ama-
dores de Icarahy.
A' garage do Club de Icarahy forão re-
colhidos além d'um sócio do mesmo Club, re-
sidente nesta capital, d'onde sahira em pe-
quena embarcação de sua propriedade e que
não só pelo vento como também por enfermi-
dade de que fora accommetido em viagem,
arribará á praia de Jurujuba e fora d'alli
transportado para Icarahy por quatro carido-
sos pescadores d'aquella praia, os tripulantes
das baleeiras Dulce e Elsa do Club do Bo-
queirão do Passeio, que regressaram mais
tarde por barca a esta cidade, deixando as
embarcações e a palamenla aos cuidados dos
zelosos direetores de Icarahy.
Aqui registramos prazerosamente a abne-
gação dos pescadores de Jurujuba que con-
duziram o sócio do Club de Icarahy. Até
certo ponto levaram-no difficilmente os bons
homens na canoa que è o seu viver e o seu
pensar e depois como a .moléstia impossibili-
tasse-o de caminhar improvisaram uma rede
em que o transportaram á sede do club, onde
recebeu o conveniente tratamento, recolhen-
do-se mais tarde á sua residência. O Club
de Icarahy não esqueceu também esses huma-
nitarios serviços e os cuidados solicitamente
dispensados ao doente pela Exma. esposa
do Sr. Coronel Dario Cunha seu presidente,
tanto assim que resolveu nomear uma com-
missão para apresentar não só á esta distineta
senhora como aos dedicados pescadores o tes-
temúnho da sua gratidão e officiar no mesmo
sentido ao Club de Gragoatá que incum-
bio-seda guarda àa. palamenta do Meteoro e á
officialidade em serviço aotorpedeiro Gustavo
Sampaio pela fidalguia com que acolheu a
guarnição do escaler da sua esquadrilha.
Jogo dos palitos
Diversões de Serão
Charadas antigas
j — 2—O appellido é ave nos pés.
\ !—No gallo o alimento é de madeira.
1—1—2—O deus pára a fera no homem.
(Dr. H. Rocha).¦*
* w
j —2 — Depois.de jantar come-se á sobre-
mesa.
•2 — 2 — Abafei no leito a cabeça cora a.
coberta.
mm bbsN'este jogo que ahi vai,
E' certa a decifração ;
Onze pausinhos tirae,
Que bella ave acharão.
(Fragolina).' -s" * *
•Deciírações ....
Do n. .39 — Charadas melamorphose :
Bote --boto, fagote — magote, cabaz—capaz.
Charadas novíssimas : Almadia, Medicamen-
to. Charada a completar: O Mercúrio.
Correspondência
Castellãr ãè Carvalho—A sua solução
do problema arithmetico dá o resultado dese-
jado, mas a que o autor nos mandou é a se-
guinte:1—=~"| 1 I
11 24 7 20 3
12 25 16
17 13 21 9
10 18 14 22
23 19 15
Manoel Bobeche.
O AZAR
(Sapho).
liogogripho
Correio da FortunaV
Para amanhã; £__ *'
f E' opinião do Chico das Gaitas que dará
o tiro o
rACROSTICOJ
mmMas, o Manduca e á bahiana do senador
Mendonça estão de fallatorio por causa d'esses
E quando a bahiana atira é negocio certo.
Visconde da Batota.
Ousado, talvez, de mais, 5, 8, 7, 10, 11: -
Marinho, rapaz obscuro, 1,2, 3, 6, 9, 4, ü-
Estimando o jornalsinho,Rico de graça e primor :
Com respeitoso carinho,
Um acrostico sem cor
Requer venia p'ra fazer
Instando p'ra n'elle ver,
Os votos p'r'o seu futuro.(Marinho).
*
Palavras em triângulos
.... RECEITAS DO "O MERCÚRIO"
- ^Maneira de limpar as jóias
" Toma-se de uma bacia cheia d'agua mor-
na, uma escova de unhas e uni páo de sabo-
„ D1 . c*„~A* F-rUtP nete de amêndoas. Mettam-se na bacia asHonsontaes : Planta—bâgrada—üxiste
•«ri 1-. Tvf„ „~^;„ jóias e vá se esfregando uma a uma, cuida-— Vogai—150—Decreto—JNa poesia. D
,?-,-. „ \jU„a^ Nu- dosamente. Depois arrume-se jóia por jóiaVerticaes: Consoante—h-studei — lNu- ,
„ TI , tvt rj-ui- r>„;m n'uma bandeja e deixe-se ficar tudo na soleiramero — 3\o Hamleto — Ma láiblia—.rcuim ',7 dà porta durante a noite. No dia seguinteVogai.
(Tantalo). estão limpas.
MATHEMATIQUICES
A Dicção Sub Tracção Multiplicação Extracção de raiz
' ¦
¦
¦
¦
Elevação á potência Regra de juros
¦•' . ¦•¦.¦ ' ¦' ¦¦ ¦...;_'-. .¦ "..'...¦.¦ ,.\""; -v ...rv, * nTfimBrfiaraWfl ¦'- '¦•---¦ -¦*•¦¦>*¦¦-¦¦ ¦•¦¦¦ ¦ .-,-.--;\í;v:-:*,-:t/-^:'^^^ ¦ "'¦¦¦ >:-'^ ¦: - •;"--".
- - '. '•'-¦¦'-.::-,-
y~:- ¦¦¦¦
\- .,v-:,---,'.'¦¦' - ¦ •"'¦-.:¦¦¦ ".. ¦*.„•'¦ . ¦¦¦'; •'..•¦¦ '¦>•-•¦
_-"-¦-¦...¦-¦ --.vr ;.¦.¦-¦¦ ;y-"y-':. -¦. "• -¦-.:¦¦-
¦',¦¦' iC':;.
™&s&&*ss3fi&
¦ ¦ !¦;
¦ ¦ __
l -' ¦ ¦