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    UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARABA CURSO DE ESPECIALIZAO EM FUNDAMENTOS DA

    EDUCAO: PRTICAS PEDAGGICAS INTERDISCIPLINARES

    A IMPORTNCIA DA MERENDA ESCOLAR PARA OS ALUNOS DO TURNO DA NOITE NA ESCOLA

    ESTADUAL MONS. ODILON A. PEDROSA- SAP/PB: um estudo de caso

    CHRISTIANE ROSE DE CASTRO GUSMO Licenciada em Cincias Biolgicas UFPB

    ORIENTADOR: PROF. MS. WALLENE CAVALCANTE Professor do Departamento de Educao UEPB

    JOO PESSOA PB 2014

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    CHRISTIANE ROSE DE CASTRO GUSMO

    A IMPORTNCIA DA MERENDA ESCOLAR PARA OS ALUNOS DO TURNO DA NOITE NA ESCOLA ESTADUAL MONS. ODILON A. PEDROSA

    SAP/PB: um estudo de caso

    Monografia apresentada ao Curso de Especializao Fundamentos da Educao: Prticas Pedaggicas Interdisciplinares da Universidade Estadual da Paraba, em convnio com Escola de Servio Pblico do Estado da Paraba, em cumprimento exigncia para a obteno do grau de especialista.

    Orientador: Prof. Ms. Wallene Cavalcante

    JOO PESSOA PB 2014

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    A toda a minha famlia, a minha me pelo apoio, ao meu filho Nicolas e ao meu marido Luan.

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    AGRADECIMENTOS

    DEUS pai, por sempre est a frente de tudo e a Jesus Cristo, por sempre escutar

    minhas preces nas horas de aflio e est presente nas horas de iluminao.

    Universidade Estadual da Paraba, pela oportunidade de continuar a minha

    formao acadmica e pela maravilhosa e competente equipe de professores que

    contriburam, de forma presencial ou virtual, para o desenvolvimento deste trabalho.

    Ao meu orientador Wallene Cavalcante, que sempre foi um mestre nos momentos de

    pesquisa e orientao e um amigo nos momentos de dvidas e desnimo.

    Ao meu pai, in memorian.

    A minha amada me por tudo que ela representa em minha vida.

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    RESUMO

    Infelizmente, para uma parte das famlias brasileiras, um dos principais motivos para

    matricularem seus filhos em uma escola pblica a oferta de Merenda Escolar, para muitos

    desses alunos a primeira refeio do dia, e no caso dos adultos que estudam no turno da

    noite a primeira refeio da noite, a qual encerra uma exaustiva jornada de trabalho. O

    presente trabalho teve como objetivos estabelecer uma relao entre a oferta da merenda

    escolar e a satisfao dos alunos mediante a regularidade e qualidade da merenda escolar, bem

    como, identificar suas preferncias com relao aos alimentos oferecidos por uma escola

    estadual no municpio de Sap, Mons. Odilon Alves Pedrosa, durante o turno da noite.

    Buscou-se, tambm, conhecer as dificuldades de implementao do programa, horrio e

    sugestes que proporcionariam melhoria do servio. Foi realizada uma pesquisa com alunos,

    professores, gestora e merendeiras, para a coleta de dados, e aps anlise foi constatado que

    existem vrios conflitos em relao a oferta de merenda, como o horrio que mais se adequa

    aos alunos, o turno de trabalho que dificulta o dinamismo de funcionamento da cantina, a

    burocracia por traz do gerenciamento de recursos. Enfim algo que deveria ser simples, que

    seria a oferta de alimento de boa qualidade que suprisse a necessidade de todos os alunos

    acaba se tornando algo gerador de conflitos, por causa da burocracia e da sobreposio do

    interesse individual, do funcionalismo pblico.

    PALAVRAS-CHAVE: Merenda Escolar. Ensino pblico. Prtica docente. Ensino Noturno.

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    ABSTRACT

    Unfortunately, for a part of Brazilian families, one of the main reasons for enrolling their

    children in a public school is the provision of school meal, for many of these students is the

    first meal of the day, and for adults who study the night shift is the first meal of the night,

    which encloses a full work . The present study aimed to establish a relationship between the

    supply of school meals and student satisfaction through the regularity and quality of school

    meals, as well as identifying their preferences regarding food offered by a public school in the

    city of Sap, Mons. Odilon Alves Pedrosa, during the night shift. We sought to also know the

    difficulties of implementing the program, schedule and suggestions that would provide

    improved service. A survey of students, teachers, and school cafeteria manager for data

    collection was performed, and after examination it was found that there are several conflicts

    over the provision of meals, such as the time that suits students, the shift to hampers the

    dynamism of operation of the canteen, the bureaucracy behind the management of resources.

    Finally something that should be simple, it would be the supply of good quality food that met

    the needs of all students is becoming something of conflicts generator, because of

    bureaucracy and overlapping of individual interest, public servants.

    KEYWORDS: School Meals. Public education. Teaching practice. Night school.

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    LISTA DE TABELAS

    TABELA 1 - Repasse do PNAE de acordo com o valor/aluno (2008/2012). FNDE 19

    TABELA 2 - Respostas do questionrio aplicado com os alunos 31

    TABELA 3 - Respostas do questionrio aplicado com os professores 33

    TABELA 4 - Respostas do questionrio aplicado com as merendeiras 34

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    LISTA DE SIGLAS

    CAE Conselho de Alimentao Escolar

    CME Campanha de Merenda Escolar

    ECA Estatuto da Criana e do Adolescente

    EE Entidades Executoras

    EJA Educao para Jovens e Adultos

    FAE Fundao de Assistncia ao Estudante

    FNDE Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educao

    INAE Instituto Nacional de Assistncia ao Estudante

    INAN Instituto Nacional de Alimentao e Nutrio

    LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educao

    MEC Ministrio da Educao

    PNAE Programa Nacional de Alimentao Escolar

    PRONAN Programa Nacional de Alimentao e Nutrio

    SAPS Servio de Alimentao da Previdncia Social

    SBA Sociedade Brasileira de Alimentao

    SFCI Secretaria Federal de Controle Interno

    TCU Tribunal de Contas da Unio

    UNICEF Fundo das Naes Unidas para a Infncia

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    SUMRIO

    1 INTRODUO 11

    2 FUNDAMENTAO TERICA 14

    2.1 Como Funciona o Programa PNAE 16

    2.2 Histrico do PNAE 19

    2.3 A Fiscalizao dos recursos do Programa PNAE 23

    2.4 A Importncia da Alimentao 25

    3 METODOLOGIA 28

    3.1 Caraterizao da Pesquisa 28

    3.2 rea de atuao da Pesquisa 29

    3.3 O Pblico alvo 29

    4 RESULTADOS E DISCUSSO 31

    5 CONSIDERAES FINAIS 36

    6 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS 37

    ANEXO 39

    ANEXO A Cardpio sugerido 40

    APNDICES 41

    APNDICE A Questionrio aplicado com os alunos 42

    APNDICE B - Questionrio aplicado com os professores 43

    APNDICE C - Questionrio aplicado com as merendeiras 44

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    1 INTRODUO

    Alimentar-se uma necessidade bsica encontrada em todos os seres vivos, que tem

    como principal objetivo a obteno da energia necessria para a manuteno das funes

    vitais, esta tambm uma ao responsvel pelo desenvolvimento fsico e mental do ser

    humano. Ento para que o nosso corpo esteja em perfeito equilbrio, importante uma

    alimentao adequada. Por isso se faz necessrio uma assistncia para aqueles cidados que

    frequentam as escolas do Brasil, destacando-se principalmente aqueles que no apresentam

    condies de acesso a certos grupos de alimentos, sejam estes, crianas, jovens ou adultos,

    pois a alimentao de suma importncia para o desenvolvimento acadmico do educando.

    Sabendo disto no ano de 1939, surgiu em nosso pas, o primeiro conceito de merenda escolar.

    A merenda a pequena refeio, de digesto fcil e alto valor nutritivo, realizada no intervalo da atividade escolar. Ela constitui um dos muitos traos de unio entre a casa e a escola: preparada em casa, pelo cuidado solcito das pessoas disso encarregadas, vai ser utilizada na escola. Mais uma vez v-se que a escola e deve ser o prolongamento do lar. (COSTA, 1948, pg.05 in: RODRIGUES).

    A partir do ano de 1955 foi implantado no Brasil, o Programa Nacional de

    Alimentao Escolar, PNAE. Com este programa o governo, garante por meio da

    transferncia de recursos financeiros da unio, a alimentao escolar para os alunos da

    educao infantil, do ensino fundamental, do ensino mdio, do segmento EJA e inclusive das

    escolas indgenas e filantrpicas, enfatizando assim o acesso a alimentao saudvel e

    adequada durante a permanncia do educando na escola.

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    A alimentao escolar visa fornecer uma alimentao em quantidade e qualidade

    adequadas, de forma a suprir as necessidades fisiolgicas dos alunos, alm de promover a

    adoo de hbitos alimentares mais saudveis, os quais contribuem para um melhor

    crescimento, desenvolvimento, aprendizado e menor incidncia de doenas. Para alcanar tal

    objetivo, devem ser elaborados cardpios balanceados e variados, levando-se sempre em

    conta a aceitao dos alunos.

    O objetivo deste programa o de atender s necessidades nutricionais dos alunos

    durante sua permanncia em sala de aula, contribuindo para o crescimento, o

    desenvolvimento, a aprendizagem e o rendimento escolar dos estudantes, bem como a

    formao de hbitos alimentares saudveis (FNDE, 2004).

    Garantindo assim que todos os alunos matriculados na rede pblica de ensino e

    unidades conveniadas, tenham acesso uma alimentao escolar: com qualidade, em

    quantidade suficiente para suprir suas necessidades nutricionais no perodo em que

    permanecem na escola ou creche; todos os dias; com base em prticas alimentares saudveis,

    que contribuam para que formem um comportamento adequado e, assim, tenham uma vida

    digna e consigam desenvolver plenamente seu potencial.

    Atualmente cerca de 45,6 milhes de alunos so atendidos diariamente pelo PNAE

    que alterou padres de nutrio na escola. Ao longo das ltimas dcadas, a merenda, como

    prefere o Ministrio da Educao, Alimentao Escolar, tem passado por transformaes

    (TURRIANI; FORTUNATO, 2008), alteraes na lista de produtos, componentes bsicos

    visando assegurar uma alimentao de melhor qualidade e segura para os estudantes, como

    tambm contribuir com a aprendizagem, objetivando encontrar solues prticas e eficazes

    que venham minimizar o ndice de evaso nessa escola como tambm propiciar o estmulo a

    uma alimentao saudvel.

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    No caso dos alunos que frequentam as aulas no turno da noite esta situao no

    diferente, o perfil destes estudantes incluem donas de casas, trabalhadores rurais, operrios da

    construo civil entre outros, por isso ao irem para a escola, para tentarem concluir seus

    estudos, a alimentao escolar, tambm se torna uma forma de estimular este aluno a

    permanecer na escola, evitando o seu abandono, pois na maioria dos casos os alunos saem de

    sua jornada diria de trabalho indo diretamente para a escola. o que acontece na Escola

    Estadual de Ensino Fundamental Monsenhor Odilon Alves Pedrosa, na cidade de Sap-Pb.

    Diante desta situao, o presente trabalho se prope a realizar uma pesquisa com os

    alunos do turno da noite onde a alimentao adequada passa por algumas dificuldades, como

    por exemplo, a questo do horrio, em que a mesma servida, pois muitos dos educandos

    optam por no fazer uma refeio no chegarem atrasados na escola, mas que, tal atitude

    afeta o seu rendimento escolar do mesmo jeito, ou ento, que tipo de merenda servida, o

    cardpio da escola, elaborado por nutricionistas, mas e quanto a aceitabilidade de acordo

    com a realidade dos alunos? Ento diante de tantos questionamentos, qual a importncia da

    Merenda Escolar na vida desses alunos do turno da noite?

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    2 FUNDAMENTAO TERICA

    A alimentao escolar de qualidade um direito humano assegurado na constituio

    federal de 1988 e no pacto internacional de direitos econmicos, sociais e culturais, ratificado

    pelo Brasil em 1992. Sendo assim, de obrigao das polticas governamentais assegurar este

    direito. Todo corpo necessita de alimentos e nutrientes para continuar exercendo suas

    atividades vitais, sendo que alimento toda substncia que introduzida no organismo serve

    para o seu sustento, e nutrientes so as substncias contidas nos alimentos que constituem as

    fontes de energia para o bom funcionamento do organismo (AVENA, 2006, pg.12). A

    alimentao o princpio bsico da boa sade, uma vez que todos os seres humanos precisam

    se alimentar e se nutrir para se manterem saudveis. Segundo o Guia Alimentar para a

    Populao Brasileira (2005, pg. 126), a alimentao se d pelo consumo de alimentos e uma

    alimentao saudvel deve estar baseada em prticas alimentares que tenham significado

    social e cultural. Alm disso, devemos levar em considerao os ritmos de nosso corpo, pois,

    a nossa alimentao, no consiste apena em ingerir alimentos, vai alm:

    Foucault (2000, p. 17) afirma:

    Pensamos que o corpo tem apenas as leis de sua fisiologia, e que ele escapa histria. Novo erro: ele formado por uma srie de regimes que o constroem; ele destroado por ritmos de trabalho, repouso e festa; ele intoxicado por venenos, alimentos ou valores, hbitos alimentares e leis morais, simultaneamente; ele cria resistncias.

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    A nossa alimentao deve ser rica balanceada, no apenas com a funo de nos

    alimentarmos com o objetivo de saciar a fome, mas tambm com a funo de nutrirmos com

    alimentos saudveis, alm claro de estreitar laos sociais.

    No se pode entender a alimentao apenas no seu aspecto fisiolgico, mas perpassada tambm por elementos socioculturais. A alimentao est presente nas reunies de trabalho, familiares ou em comemoraes. A merenda escolar quase um ritual, onde seus participantes interagem de diversas formas possveis, durante a merenda misturam-se hbitos, paladares, alimentos e comportamentos diferenciados. Aparecem gostos, sentimentos, preocupaes e prazeres relacionados aos hbitos alimentares. (TEIXEIRA, 2008, pg. 1)

    A merenda escolar tem um carter pedaggico. De acordo com CECCIM (1995, p.

    63), a alimentao escolar acontece em um espao coletivo, de prazer, nutrio e

    aproximao de construo cultural e convivncia. Todavia, admitindo-se que a pedagogia

    possa ser instrumento que colabora para a autonomia dos sujeitos e incluso social, a possvel

    permanncia do carter assistencialista do programa de merenda escolar no permite que se

    atinjam esses objetivos. Sabe-se que na sua origem, este programa era assistencialista. Foi

    implantado no Brasil em 1954, com verbas da UNICEF (rgo da ONU) e era oferecido

    somente aos pobres e desnutridos. Entende-se que este programa foi inserido numa sociedade

    que, historicamente, criou contradies sociais e econmicas gritantes.

    Com base na Constituio de 1988, a Alimentao Escolar passou a ser direito

    constitucional e o PNAE se constituiu como instrumento para garanti-lo. Importante ressaltar

    que, a Lei de Diretrizes e Bases da Educao (LDB) de 1996, contempla a Merenda Escolar

    nas suas entrelinhas (Ttulo III, Art. 4., item VII): oferta de educao escolar regular para

    jovens e adultos, com caractersticas e modalidades adequadas as suas necessidades e

    disponibilidades, garantindo-se aos que forem trabalhadores as condies de acesso e

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    permanncia na escola. Este direito tambm reforado pelo Estatuto da Criana e do

    Adolescente ECA e pelo Plano Nacional de Educao PNE.

    2.1 Como funciona o programa PNAE

    O Programa Nacional de Alimentao Escolar (PNAE), implantado em 1955, garante,

    por meio da transferncia de recursos financeiros, a alimentao escolar dos alunos de toda a

    educao bsica (educao infantil, ensino fundamental, ensino mdio e educao de jovens e

    adultos) matriculados em escolas pblicas e filantrpicas; Seu objetivo atender as

    necessidades nutricionais dos alunos durante sua permanncia em sala de aula, contribuindo

    para o crescimento, o desenvolvimento, a aprendizagem e o rendimento escolar dos

    estudantes, bem como promover a formao de hbitos alimentares saudveis.

    O repasse feito diretamente aos estados e municpios, com base no censo escolar

    realizado no ano anterior ao do atendimento. O programa acompanhado e fiscalizado

    diretamente pela sociedade, por meio dos Conselhos de Alimentao Escolar (CAE), pelo

    FNDE, pelo Tribunal de Contas da Unio (TCU), pela Secretaria Federal de Controle Interno

    (SFCI) e pelo Ministrio Pblico.

    A transferncia feita ao todo, em dez parcelas mensais, a partir do ms de fevereiro,

    no qual se d o inicio do ano letivo para a cobertura de 200 dias de frequncia escolar. Cada

    parcela corresponde a vinte dias de aula. Do total, 70% dos recursos so destinados compra

    de produtos alimentcios bsicos, ou seja, semielaborados e tambm produtos in natura. O

    valor a ser repassado para a entidade executora calculado da seguinte forma: TR = Nmero

    de alunos x Nmero de dias x Valor per capita, onde TR o total de recursos a serem

    recebidos.

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    As instituies envolvidas para o desenvolvimento do programa da Merenda Escolar

    so vrias, dentre elas esto o FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educao), que

    responsvel pela assistncia financeira em carter complementar, normatizao,

    coordenao, acompanhamento, monitoramento e fiscalizao da execuo do programa,

    alm da avaliao da sua efetividade e eficcia. As Entidades executoras (EE), so as

    Secretarias de Educao de cada Estado e do Distrito Federal, as prefeituras municipais e as

    Escolas Federais, que so responsveis pelo recebimento, pela execuo e pela prestao de

    contas dos recursos financeiros transferidos pelo FNDE.

    J a fiscalizao desses recursos fica por conta dos Conselhos de Alimentao Escolar

    (CAE), que um colegiado deliberativo e autnomo composto por representantes do

    Executivo, do Legislativo e da sociedade, professores e pais de alunos, com mandato de

    quatro anos, podendo ser reconduzidos conforme indicao dos seus respectivos segmentos. O

    principal objetivo do CAE fiscalizar a aplicao dos recursos transferidos e zelar pela

    qualidade dos produtos, desde a compra at a distribuio nas escolas, prestando sempre

    ateno s boas prticas sanitrias e de higiene.

    O tribunal de Contas da Unio e Secretaria Federal de Controle Interno so rgos

    fiscalizadores. Alm do Ministrio Pblico da Unio, que responsvel pela apurao de

    denncias, em parceria com o FNDE. E finalmente o programa conta tambm com a

    participao Conselho Federal de Nutricionistas, que responsvel pela fiscalizao do

    exerccio da profisso, reforando a importncia da atuao do profissional na rea da

    alimentao escolar.

    O PNAE pode ser visto por algumas pessoas como um programa assistencialista, mas

    no se trata disso, ele pode ter sido criado para garantir uma refeio saudvel para os

    cidados de baixa renda. A Lei de Diretrizes e Bases da Educao (LDB) de 1996, diz que

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    (Ttulo III, Art. 4, item VII): "a oferta de educao escolar regular para jovens e adultos, com

    caractersticas e modalidades adequadas s suas necessidades e disponibilidades, garantindo-

    se aos que forem trabalhadores as condies de acesso e permanncia na escola." Ento trata-

    se de um direito adquirido, para que o aprendente tenha condies adequada que estimulem a

    sua permanncia na escola. Em BRASIL, 2008, So objetivos do PNAE:

    Propiciar a aprendizagem e aumentar o rendimento escolar;

    Formar hbitos alimentares saudveis;

    Promover o crescimento e o desenvolvimento das crianas;

    Oferecer refeio saudvel que cubra no mnimo 15% das necessidades nutricionais de

    acordo com a faixa etria durante o perodo de permanncia do aluno na escola.

    Ainda segundo o FNDE, so princpios e diretrizes do PNAE:

    Estimular o exerccio do controle social, atravs da participao popular;

    Gerar empregos e renda, respeitando os hbitos regionais e a vocao agrcola;

    Oferecer alimentao de boa qualidade a todos os escolares garantindo no mnimo

    15% das necessidades nutricionais.

    Atualmente, o valor repassado pela Unio a Estados e Municpios por dia letivo para

    cada aluno definido de acordo com a etapa de ensino:

    Creches: R$ 1,00

    Pr-escola: R$ 0,50

    Escolas indgenas e quilombolas: R$ 0,60

    Ensino fundamental, mdio e educao de jovens e adultos: R$ 0,30

    Ensino integral: R$ 1,00

    Alunos do Programa Mais Educao: R$ 0,90

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    Alunos do Atendimento Educacional Especializado no contra-turno: R$0,50

    O quadro abaixo mostra a evoluo do repasse dos ltimos anos:

    Modalidade de Ensino 2008 2009 2010 2011 2012

    Creche 0,22 0,44 0,60 0,60 1,00

    Pr-escola 0,22 0,22 0,30 0,30 0,50

    Ensino Fundamental 0,22 0,22 0,30 0,30 0,30

    Ensino Mdio 0,22 0,30 0,30 0,30

    EJA 0,22 0,30 0,30 0,30

    Indgena 0,44 0,44 0,60 0,60 0,60

    Quilombola 0,44 0,44 0,60 0,60 0,60

    Mais Educao 0,66 0,90 0,90 0,90

    Tabela 1 Repasses do PNAE de acordo com o valor/aluno (2008/2012). FNDE.

    O repasse das verbas do PNAE, tambm foi aumentando com o passar dos anos,

    englobando mais modalidades de Ensino, ampliando assim a extenso do programa, que foi

    agregando muito mais educandos e estendendo mais ainda as suas aes, permitindo que mais

    estudantes tivessem acesso a este benefcio de direito.

    2.2 Histrico do PNAE

    Dentre os programas sociais do Governo Federal, o PNAE o mais antigo que atende

    na rea da educao crianas e adolescentes, de todos os anos letivos. No incio da dcada de

    30, os educandos, durante o tempo do intervalo, se alimentavam de uma "sopa escolar" que

    era preparada nas residncias das famlias e transportada at as escolas, ela foi considerada a

    primeira forma de suplementao alimentar na poca. Na dcada de 40 foi criado o Servio de

    Alimentao da Previdncia Social (SAPS), que era uma entidade estatal do Governo Getlio

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    Vargas, tendo como o principal objetivo fornecer alimentao aos trabalhadores segurados

    pelos Institutos de Aposentadoria e Penso.

    O SAPS tornou obrigatrio, a instalao de um refeitrio nas empresas com mais de

    quinhentos funcionrios, tambm criou restaurantes populares e conferiu fundamental

    importncia para a educao alimentar. O SAPS foi o maior exemplo da aplicao da cincia

    da nutrio e constituiu-se um legtimo representante da poltica da alimentao.

    Paralelamente, no mesmo ano, foi fundada a Sociedade Brasileira de Alimentao

    (SBA), primeira entidade civil constituda pelos profissionais de nutrio, com a finalidade de

    colaborar com as autoridades pblicas no estudo e soluo dos problemas de alimentao.

    Tambm em 1954 surge a Campanha de Merenda Escolar (CME), sendo um rgo

    subordinado ao Ministrio da Educao e Cultura e surge tambm neste ano a primeira edio

    da Cartilha da Merenda Escolar que enfoca a merenda escolar como elemento fundamental

    na luta contra a fome e a desnutrio, permitindo estender a todo o pas este programa,

    fornecendo orientao tcnica e econmica, proporcionando que alm de suplementao

    alimentar a merenda escolar tambm serviria para o desenvolvimento de atividades

    educacionais.

    So atribuies da CME, incentivar atravs de meios tcnicos e financeiros os

    empreendimentos tanto pblicos como particulares destinados alimentao do aluno, estudar

    e adotar providncias para a melhoria do valor nutritivo da merenda, barateamento dos

    produtos e proporcionar medidas para aquisio dos produtos.

    Em 1972, foi fundado o Instituto Nacional de Alimentao e Nutrio (INAN) com o

    propsito de estabelecer caminhos para as polticas Nacionais de Alimentao e Nutrio, que

    foram consolidadas no I Programa Nacional de Alimentao e Nutrio I PRONAN. Em

    1975 o II PRONAN englobou o PNAE, e em 1979, a Campanha Nacional de Alimentao

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    Escolar passou a denominar-se Programa Nacional de Alimentao Escolar, que em 1981

    transformou-se no Instituto Nacional de Assistncia ao Estudante (INAE).

    Em 1983, com o surgimento da Fundao de Assistncia ao Estudante (FAE),

    consolida-se o papel das Secretarias Estaduais de Educao como executoras o Programa de

    Merenda Escolar.

    A descentralizao da alimentao escolar foi concretizada a partir do dia 12 de julho

    de 1994, atravs da Lei Federal de nmero 8.913 e confirma-se em seu artigo 4 a elaborao

    dos cardpios da alimentao escolar, sob a responsabilidade dos estados e dos municpios,

    atravs de nutricionista em acordo com o Conselho de Alimentao Escolar e respeitando os

    hbitos alimentares de cada regio, a vocao agrcola e preferencialmente de produtos in

    natura.

    Em 14 de dezembro de 1998 foi publicada a Medida Provisria n 1.784 que dispe

    sobre o repasse dos recursos financeiros do Programa Nacional de Alimentao Escolar

    diretamente para todos os municpios e secretarias de educao, sem a necessidade de

    firmarem convnios ou qualquer outro procedimento similar, garantindo assim maior

    agilidade em todo o processo. A Medida Provisria n 2178-36 de 24 de agosto de 2001,

    passou a estabelecer critrios para o repasse dos recursos financeiros destinados execuo

    do PNAE entre eles a obrigatoriedade de que 70% dos recursos sejam aplicados na compra de

    produtos bsicos, respeitando os hbitos e a agricultura regional e com a Resoluo n 35 de

    1 de outubro de 2003 os repasses dos recursos so mantidos, mas passam a serem includos

    os alunos das creches e fica estabelecido um valor de R$ 0,18 por dia para cada aluno.

    A Resoluo de n 38 (23/08/2004) estabelece os critrios para a elaborao do

    cardpio da alimentao escolar que dever ser elaborado por um nutricionista habilitado o

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    qual assumir a responsabilidade tcnica do programa, com o acompanhamento do Conselho

    de Alimentao Escolar (CAE). Fica tambm estabelecido que este cardpio dever suprir no

    mnimo quinze por cento das necessidades nutricionais dirias dos educandos matriculados

    nas creches, pr-escolas e no ensino fundamental, e no mnimo trinta por cento das

    necessidades nutricionais dirias dos alunos de escolas indgenas, durante suas permanncias

    na sala de aula.

    No Artigo 18 desta resoluo ficou estabelecido que o no atendimento ao total dos

    dias letivos implicar na restituio, aos cofres do FNDE, dos valores correspondentes aos

    dias no atendidos com a merenda escolar. Com esta resoluo, em todos os dias letivos a

    alimentao escolar ser servida, estando de acordo com a LDB e principalmente vindo de

    encontro com o direito dos educandos como cidados. A LDB 9394/96 em seu Art. 4 diz que

    "O dever do Estado com a educao escolar pblica ser efetivado mediante a garantia de

    atendimento ao educando, no ensino fundamental pblico, por meio de programas

    suplementares de material didtico-escolar, transporte, alimentao e assistncia sade."

    Desta forma o Programa de Alimentao Escolar no pode ser considerado um ato

    assistencialista, para fornecimento de alimentos para os mais carentes e desfavorecidos

    socialmente, mas deve ser assumido como um programa vinculado aos direitos da cidadania

    de todo escolar que est em sala de aula.

    A alimentao escolar deve ser compreendida como um programa voltado para a

    cidadania, regida pelos direitos dos cidados e que ela no tem como finalidade resolver os

    graves problemas de desnutrio nem os de fracasso e evaso escolar enfrentados nos sistema

    de ensino. Na verdade a alimentao escolar existe porque em um perodo maior de quatro

    horas, natural e fisiolgico que os educandos sintam fome, e por esta razo que a

  • 24

    alimentao escolar necessita ser compreendida como uma refeio para manter o educando

    alimentado, independente de suas condies sociais e econmicas.

    2.3 A Fiscalizao dos recursos do Programa PNAE

    O PNAE um dos mais importantes programas do MEC, este programa dispe de

    cerca de R$ 1.265.000.000,00 para compra de alimentos; o seu objetivo oferecer merenda

    nas escolas, para ajudar a garantir a presena dos alunos e favorecer o aprendizado. Esta por

    sua vez a merenda deve ser oferecida aos alunos: educao infantil (creches e pr-escolas),

    ensino fundamental (escolas pblicas ou mantidas por entidades beneficentes de assistncia

    social), ensino mdio e o EJA (Educao para Jovens e Adultos).

    As verbas para o desenvolvimento do Programa tm por origem do Governo Federal

    (FNDE) que repassa regularmente a verba da merenda em 10 parcelas mensais; a fiscalizao

    desses recursos e da qualidade da merenda se d atravs do CAE (Conselho de Alimentao

    Escolar). Este conselho por sua vez verifica a aplicao dos recursos; acompanha o

    fornecimento de merenda aos alunos; analisa a prestao de contas da Prefeitura; informa no

    parecer as irregularidades encontradas e avalia a execuo do Programa.

    O CAE, composto por sete representantes de setores da sociedade envolvidos no

    Programa, so eles: 2 representantes de professores, 2 representantes de pais de alunos, 1

    representante do Poder Executivo, 1 representante do Poder Legislativo, e 1 representante da

    sociedade civil, eles so escolhidos e indicados pelo grupo que representam; depois de

    escolhidos, eles so nomeados pelo Prefeito; todavia o Prefeito no pode rejeitar as indicaes

  • 25

    do grupo; o Prefeito indica tambm indica o representante do Poder Executivo, mas o

    indicado no pode ser o responsvel pela execuo do Programa.

    O Conselho deve ter um presidente e um vice-presidente, eleitos entre os membros

    titulares, entretanto Presidente e o Vice-Presidente no devem ser os representantes dos

    Poderes Executivo e Legislativo e a prefeitura por sua vez deve dar apoio para os

    Conselheiros acompanharem o Programa.

    A funo dos conselheiros do CAE fiscalizar o dinheiro que foi aplicado para a

    aquisio de alimentos para a merenda. Para isso eles devem saber quanto o municpio

    recebeu do FNDE durante o perodo, atravs de uma solicitao junto prefeitura, para ter

    acesso aos extratos da conta bancria do Programa, notas fiscais e recibos relativos s

    despesas, e outros documentos necessrios, dinheiro deve ficar em conta bancria nica e

    especfica do Programa. Os preos pagos devem estar de acordo com os preos de mercado,

    preos de mercado so os preos pagos para os mesmos produtos, na mesma poca e nas

    mesmas quantidades compradas.

    importante que existam documentos, na prefeitura e nas escolas, comprovando a

    entrega dos produtos. O CAE deve verificar nas visitas s escolas a regularidade do

    fornecimento da merenda; a qualidade dos alimentos servidos; a validade dos produtos;

    controle de estoque da escola, se a merenda contm os produtos adquiridos pelo Programa; a

    prefeitura tem obrigao de garantir ao CAE condies para sua atuao, e isso inclui

    transporte dos conselheiros para os locais necessrios ao desenvolvimento do seu trabalho.

    O parecer do CAE para o FNDE se d at 15 de janeiro de cada ano: a prefeitura deve

    encaminhar ao CAE a prestao de contas do dinheiro recebido no ano anterior; at o dia 28

    de fevereiro, o Conselho deve analisar a prestao de contas e dar um parecer concluindo se a

    aplicao do dinheiro foi regular ou no regular.

  • 26

    Como um programa que recebe um grande volume monetrio, sua fiscalizao de

    suma importncia, pois preciso garantir que os recursos sejam utilizados de uma forma

    adequada e o que chega na refeio dos educando, seja alimentos de qualidade.

    2.4 A importncia da alimentao

    Est alimentado no a mesma coisa de estar nutrido, o comportamento alimentar de

    reflete nos processos de crescimento e desenvolvimento em todos os aspectos. Com a devida

    ateno e cuidados pode-se promover uma maior expectativa de vida. importante lembrar

    que ningum no deve ficar muito tempo sem se alimentar, porque uma pessoa depende do

    alimento para a manuteno das suas funes vitais, assim deve-se estar precavido para uma

    alimentao balanceada.

    Precisamos de alimentos porque neles encontramos tudo aquilo de que o nosso corpo necessita para a obteno de energia, de nutrientes e de materiais de construo de novas clulas de reparo de componentes celulares para a regulao de funes e preveno contra vrias doenas. (GOWDAK, 2006, p.64).

    Deste modo, nas refeies deve-se incluir alimentos variados, como carnes, verduras e

    legumes e cereais. Um exemplo a pirmide alimentar serve de orientao no que devemos

    usar com maior e menor quantidade (BARROS, 2012, p.75). Portanto, a nutrio sem

    dvida o fator mais importante para o equilbrio energtico e vital do nosso organismo,

    juntamente com o aspecto cognitivo. Os fatores dietticos regulam o crescimento em todos os

    estgios do desenvolvimento, e seus efeitos so exercidos de modos numerosos e complexos.

  • 27

    Dizem os pesquisadores que o nosso corpo tem cerca de 60 trilhes de clulas. E todas essas clulas so vidas de alimento para manterem suas funes. Elas dependem daquilo que ingerimos. Pois nosso sangue, nervos, msculos, ossos, pele, crebro, funcionam movidos pela energia dos alimentos que comemos. (GOWDAK, 2006, p.67).

    Os alimentos so classificados em um grupo bsico, na qual necessitamos, para suprir

    as nossas necessidades dirias, so eles:

    PROTENAS so alimentos construtores ou reparadores. Eles renovam nossas clulas gastas e constroem novos tecidos [...]. CARBOIDRATOS so energticos, sendo a principal fonte de combustvel do corpo. Fornecem as calorias que gastamos diariamente em nossas atividades. GORDURAS OU CIDOS GRAXOS - tambm so energticos e veiculadores de certas vitaminas. So tambm essenciais ao corpo. VITAMINAS ou reguladores do funcionamento do corpo. Eles no fornecem energia, sua funo manter a mquina do organismo funcionando corretamente. MINERAIS - assim como as vitaminas, so reguladores. Exercem importante papel na manuteno da mquina viva. Esto presentes em toda parte do corpo interferindo no equilbrio das funes vitais do sistema nervoso. (BARROS, 2012, pg.73)

    Alm disso, o ato de se alimentar tambm realiza uma funo social, onde aproxima as

    pessoas em volta de uma mesa, e esta pode estar localizada numa casa, reunindo a famlia, em

    um clube ou restaurante, para reunir os amigos, numa empresa para reunir colegas de

    trabalhos ou numa escola, reunindo alunos, funcionrios e professores. O refeitrio da escola

    deve ser um local de simplicidade, um ambiente acolhedor onde ocorre o dilogo,

    demonstrao de tranquilidade e afetividade enquanto educandos, educadores e funcionrios

    se alimentam. (TEIXEIRA, 2008, p.57)

    Durante o intervalo na escola, o que acontece na maioria das vezes, e em muitas

    escolas pelo Brasil a fora, uma diviso de castas. Os professores se isolam em suas salas, os

    alunos se alimentam no refeitrio e inspetores, secretrios e outros funcionrios esperam o

  • 28

    trmino do intervalo, para poderem se alimentar. De acordo com TEIXEIRA, 2008, p.61

    "Muitos professores no compartilham as refeies sentando-se mesa juntamente com os

    alunos e ningum melhor de que o professor para ser um modelo, um estmulo aceitao dos

    alimentos no espao escolar, elogiando o tempero, opinando sobre o cardpio do dia". Sendo

    assim esta uma oportunidade perfeita para trabalhar a aproximao entre alunos e

    professores, o oposto do isolamento dos mesmos na hora desta refeio.

  • 29

    3 METODOLOGIA DA PESQUISA

    3.1. Caracterizao

    A abordagem partiu de um estudo de caso, as informaes que subsidiaram a anlise

    foram colhidas junto aos alunos, gestores, professores, e merendeiras, alm, evidentemente,

    da pesquisa documental e bibliogrfica. A abordagem metodolgica de natureza qualitativa e

    quantitativa foi feita pela anlise de dados colhidos atravs de questionrios especficos

    elaborados de acordo com os objetivos propostos, como tambm entrevistas informais. Foram

    consultados dois gestores e seis merendeiras, dez professores e 30 alunos que foram

    escolhidos aleatoriamente, amostragem probabilstica, das turmas de ensino mdio do turno

    da noite da referida escola.

    O tipo de estudo descritivo e quantitativo, caracterizado pelo emprego da quantificao tanto na modalidade de coleta quanto no tratamento dos dados. As pesquisas descritivas tm como objetivo primordial a descrio das caractersticas de determinada populao ou fenmeno. (PEREIRA, 2012).

    Sendo assim, os dados foram coletados para a elaborao de tabelas, comparando as

    opinies dos segmentos com a merenda escolar, a gesto que administra as verbas, as

    funcionrias que preparam esta merenda, os alunos que consomem a merenda e so os

    maiores beneficiados e os professores que acompanham o desempenho pedaggico de seus

    educandos.

  • 30

    3.2 rea de atuao da pesquisa

    A escola onde ser realizado a pesquisa, ser a Escola Estadual de Ensino e Mdio

    Monsenhor Odilon Alves Pedrosa, que funciona nos trs turnos: manh, tarde e noite, a

    mesma comporta quase que 50% de todo o alunado da cidade de Sap e tambm de alguns

    distritos circunvizinhos, pois a maior escola de Ensino Mdio da regio.

    A escola apresenta em seu corpo, um mil e trezentos e noventa e quatro alunos

    (1.394), sendo distribudos, da seguinte forma (633-manh; 457-tarde e 304-noite) com

    sessenta e dois professores, sendo do quadro efetivo e prestadores de servios do governo do

    estado da Paraba, ainda conta com vinte e cinco funcionrios de apoio, uma gestora a prof.

    Joslia dos Santos Andr e mais duas adjuntas a prof. Ilma Ornlio de Moraes e a prof.

    Kedma Mendona .

    A escola foi fundada no dia trinta e um de junho de 1965, criado pelo Governador do

    Estado: Pedro Gondim, tendo como nome Ginsio Estadual de Sap e posteriormente recebeu

    o nome de Escola Estadual Monsenhor Odilon Alves Pedrosa, em homenagem ao padre da

    cidade no ano de 1990, durante a gesto do Professor Josas Batista de Azevedo Filho (in

    memorian), que tambm criou a sigla EEMOAP representao do nome da escola, e como ela

    conhecida na cidade de Sap.

    3.3 O pblico-alvo

    A pesquisa foi realizada com um total de trinta alunos do turno da noite da referida

    escola. So alunos do ensino mdio e sua maioria estuda nesta escola, h pelo menos cinco

    anos, pois trata-se da modalidade regular, os mesmos foram escolhidos aleatoriamente 10

  • 31

    alunos das turmas do 1 Ano N, 2 Ano M e 3 Ano J, respectivamente. A maioria dos alunos

    entrevistados, trabalham durante o dia, so maiores de 18 anos. Sendo alguns j responsveis

    por suas prprias famlias. Durante a noite buscam concluir seus estudos para conseguirem

    um meio de condio de vida mais favorvel.

  • 32

    4 RESULTADOS E DISCUSSO

    Na Tabela 2, esto apresentados os resultados referentes ao questionrio aplicado com

    os alunos, nela consta as respostas que foram trabalhadas na forma de valores percentuais.

    QUESTES SIM % NO %

    1. Voc consome a merenda de sua escola? 90 10

    2. A merenda de boa qualidade? 53,33 46,66

    3. O Horrio adequado? 30 70

    4. A falta de merenda atrapalha o seu rendimento? 83,33 16,66

    5. Voc trabalha? 76,66 43,33

    6. Voc janta antes de ir para? 56,66 43,33

    Tabela 2- Respostas do questionrio aplicado com os alunos.

    Na primeira questo foi perguntado sobre o consumo da merenda e noventa por cento (90%)

    responderam que sim, demonstrando a realidade, onde a maioria consome a merenda

    oferecida na escola, quando foi questionado a alguns alunos sobre o no consumo da

    merenda, as respostas foram variadas, uns disseram que tem vergonha, outros que a fila

    demorada, outros preferem o lanche que comercializado na frente da escola e outros tambm

    no consome por haver jantado em casa.

    Sobre a segunda questo, cinquenta e trs, trinta e trs por cento (53,33%) aprovam a

    qualidade da merenda, pois a mesma agrada o "apetite", e aqueles que no aprovam reclamam

    que uma comida sem sal e quando lhe servido tubrculos (como batata, inhame ou

    macaxeira), os mesmos no so cozidos adequadamente, o contrrio eles reclamaram,

    acontece com os legumes cozidos na sopa, que passam do ponto e ficam muito moles.

  • 33

    Em relao ao horrio no qual a merenda servida, setenta por cento (70%), no

    concordam com o mesmo, pois para aqueles alunos que saem do trabalho e vo direto para a

    escola, a fome atrapalha a sua concentrao, prejudicando o seu desempenho escolar. Alguns

    alunos reclamam que a merenda escolar servida muito tarde e que a direo da escola

    deveria tomar uma atitude para que esta merenda fosse servida mais cedo. Atualmente a

    merenda servida depois do terceiro tempo de aula, que s 21:00 horas, os alunos sugeriram

    que a mesma poderia ser antecipada para o trmino do segundo tempo de aula que seria s

    20:20, e no caso das 21:00 o tempo do intervalo de 15 minutos.

    De acordo com a quarta questo, oitenta e trs, trinta e trs por cento (83,33%)

    acreditam que a falta de merenda prejudicam o seu rendimento escolar. Alguns alunos

    relataram que chegam a ficar com dor de cabea, alguns se ausentam da sala de aula antes do

    horrio do intervalo para comprar algum alimento. Setenta e seis, sessenta e seis por cento

    (76,66%) trabalham, na sua maioria no comrcio da cidade, alm de serventes de pedreiros,

    donas de casa e trabalhadores rurais.

    E quando foi questionado sobre a oportunidade de jantar antes de ir para a escola,

    cinquenta e seis, sessenta e seis por cento (56,66%) no conseguem realiz-lo. Os motivos

    relatados so vrios e na maioria relacionados com a falta de tempo, eles vo desde uma dona

    de casa que tem que deixar os filhos pequenos na casa de sua me, o horrio que sai do

    trabalho que coincide com os inicios das aulas na escola, ou os alunos da zona rural, que no

    podem se atrasar ou perderia o transporte escolar.

    Ainda foi questionados para estes alunos (esta ltima questo, no compe a tabela), o

    que poderia ser melhorado em relao a merenda escolar, e as respostas foram as seguintes :

    (63,33 %) optaram por mudar o horrio, no caso a merenda teria que ser antecipada; (40 %)

    mudar o cardpio, esta sugesto em relao ao alimento servido, os cardpios das escolas

  • 34

    sejam da rede pblica municipal, estadual, federal ou ainda filantrpica so elaborados por

    nutricionistas, tendo este que suprir 15 % das necessidades nutricionais dirias, como est

    citada nas diretrizes do PNAE, por isso alguns dias durante o ms so servidas frutas, o que

    no agrada a maioria dos alunos que trabalham realizando algum tipo de esforo fsico, os

    mesmo preferem consumir alimentos mais calricos. Outros (23,33 %) sugeriram que a

    qualidade deveria ser melhorada e finalmente (16,66 %) acreditam que no precisa mudar

    nada.

    Alguns dos comentrios foram destacados durante as entrevistas: Na minha opinio, a

    merenda deveria ser algo que servisse como um jantar. Muitas pessoas saem de casa sem

    jantar, e quando vai lanchar a merenda bolacha com suco ou somente frutas." / Queria

    mudar o horrio, uma hora antes do normal por que as vezes ns alunos samos de casa sem

    fazer a refeio do perodo da noite." / O nibus passa muito cedo, no d tempo jantar." /

    Tem que ser boa para todo mundo, no s para os professores."

    QUESTES SIM % NO %

    1. A merenda de boa qualidade? 90 10

    2. O Horrio adequado? 60 40

    3. A falta de merenda atrapalha o seu rendimento? 100 -

    4. O cardpio adequado para a realidade do aluno? 40 60

    Tabela 3- Respostas do questionrio aplicado com os professores.

    Na primeira questo a maioria dos professores, concordaram com a qualidade da

    merenda oferecida aos alunos, ou seja, noventa por cento (90 %) dos entrevistados. Sobre a

    questo do horrio, sessenta por cento (60%) acredita que est adequado. Durante as

    entrevista e tambm em uma das reunies de planejamento de incio do ano letivo, foi

  • 35

    levantado o questionamento sobre a antecipao do horrio da merenda, e a maioria dos

    professores no concordaram com tal mudana, pois os mesmos acreditam que aps a

    merenda muitos educandos se ausentariam da escola, indo embora antes do trmino das aulas.

    Por outro lado, todos concordam que a falta de merenda prejudica o rendimento escolar

    (100%).

    Alguns dos comentrios foram destacados durante as entrevistas: Como muitos

    alunos, no jantam antes de vir para a escola, o cardpio deveria ser diferenciado." / Frutas e

    biscoitos deveriam ser servidos como complementos e no como prato principal." / " Acredito

    que depois da merenda, muitos alunos vo embora, muitos trabalham logo cedo e a merenda

    uma coisa que segura eles pelo menos at nove hora".

    QUESTES SIM % NO %

    1. A merenda de boa qualidade? 83,33 16,66

    2. O Horrio adequado? 66,66 33,33

    3. Voc concordaria com a antecipao do horrio da merenda? 33,33 66,66

    Tabela 4- Respostas do questionrio aplicado com as merendeiras.

    Na primeira questo, a maioria das funcionrias concorda com a qualidade da merenda

    (83,33%). A respeito ao horrio se este adequado existem alguns conflitos, (66,66%)

    acredita que o mesmo adequado, pois caso contrrio merenda no ficaria pronta a tempo,

    pois as funcionrias que so responsveis pela merenda tambm so responsveis pela

    limpeza de salas de aula e banheiro da escola e s depois elas se dirigem a cantina para a

    preparao da merenda. Na questo de nmero trs a antecipao do horrio no do agrado

    da maioria pelo mesmo motivo da questo anterior (66,66%).

  • 36

    No caso das funcionrias que optaram em sua opinio pela antecipao da merenda, o

    principal motivo seria a possibilidade de ir mais cedo para casa. Esta opinio, tambm foi

    citada em um outro questionamento feito elas, sobre que tipo de alimento as mesmas

    preferem preparar para serem oferecidos na merenda do turno da noite, e elas responderam

    que: (66,66 %) das respostas, disseram que preferem oferecer frutas; (50%) das respostas seria

    leite com biscoito; (33,33%) macaxeira com frango e (33,33%) seria sopa. As merendeiras

    responderam que quanto mais simples a merenda, mais cedo terminam seus afazeres

    encerrando assim o expediente mais cedo.

    Alguns comentrios se destacaram nas entrevistas: No daria tempo preparar se a

    merenda fosse mais cedo."/ Como horrio atual fica tarde para a pessoa ir para casa." /

    "Alguns alunos ficam estressados na fila da merenda por que esto com fome". Na entrevista

    com a gestora Prof. Joslia Santos, muitos problemas relacionados com a administrao de

    recursos dos PNAE, sejam recursos financeiros ou humanos, a burocracia sempre

    compromete o andamento do programa. Frutas esto presentes no cardpio, e as mesmas so

    adquiridas dos produtores da agricultura familiar, que no caso da regio da cidade de Sap a

    oferta de melo e de melancia, que so oferecidas periodicamente na merenda, o que no

    agrada os alunos que respondem que a melancia o mesmo que gua, no sacia a fome. Por

    outro lado as funcionrias do turno da noite no concordam com um cardpio diferenciado, o

    que servido em um turno deve ser repetido nos outros dois turnos. Alm disso, muitos

    professores tambm no concordam com a antecipao do horrio, como j foi relatado acima

    e finalmente tambm a falta de funcionrios, onde uma nica equipe responsvel pela

    limpeza de salas de aula, ptio e banheiros, como tambm a preparao da merenda.

  • 37

    5 CONSIDERAES FINAIS

    O trabalho mostrou que na Escola Estadual Monsenhor Alves Pedrosa quando se trata

    de merenda escolar existem vrios conflitos de interesse, que interfere nos procedimentos em

    torno da merenda escolar. O programa inicialmente surgiu como sendo assistencialista,

    favorecendo os membros mais abastados da sociedade a terem direito a uma refeio digna e

    balanceada, em pelo menos um perodo do dia. Mas o histrico do programa demonstrou que

    o PNAE mais do que isso, ele se tornou com o passar do tempo, um instrumento

    pedaggico, apresentando aos educandos uma alimentao saudvel e nutritiva. Alm disso,

    na hora em que servida a merenda ocorre um estreitamento das relaes sociais, onde

    hbitos e dilogos so postos mesa.

    Na escola em questo, o trabalho observou que o Programa no esta realizando o seu

    papel de forma satisfatria, no pela falte de recursos ou da qualidade dos alimentos e sim

    pela questo do fator humano e outra barreira muito comum no nosso pas, chamada de

    burocracia. Falta pessoal especializado para o preparo, o cardpio o mesmo para os trs

    turnos, no levando em considerao a faixa etria e nem a atividade desenvolvida pelos

    educandos, a questo do horrio que estabelecido pela organizao da escola e no o que

    mais adequado para os alunos.

    Enfim como se trata da prestao de um servio pblico os funcionrios envolvidos,

    desde o gestor que administra at o funcionrio que prepara, parece no se importar com

    quem favorecido com tal servio, que no caso so os alunos os mais os mais prejudicados.

  • 38

    6 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    AVENA, A. L. W. Subnutrio. In: Desafios Naturais do Sculo XXI, Salvador, 2006.

    BARROS, C.; PAULINO, W. R. A importncia dos Alimentos. In: O Corpo Humano. So Paulo-SP. Editora tica, 2000.

    BRASIL. Ministrio da Educao. Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educao. Alimentao Escolar. Disponvel em: http://www.fnde.gov.br/programas/alimentacao-escolar/pnae-perguntas-frequentes. Acessado em: 20 fev.2014 CECCIM, R.B., A Merenda Escolar na Virada do Sculo - agenciamento pedaggico da cidadania. Braslia: Peridico Aberto, n.67, ano 15, p. 63-70, jul./set., 1995. COSTA, D. Alimentao do escolar. Rio de Janeiro: Servio de Documentao do Ministrio da Educao e Sade; Imprensa Nacional, 1948. In: RODRIGUES, J. Alimentao popular em So Paulo (1920 a 1950) polticas pblicas, discursos tcnicos e praticas profissional. Disponvel em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sciarttext&pid=5010147142007000200019&lng=em&nm=isso. Acessado em: 27 fev. 2014. FOUCALT, L.T. A Microfsica do Poder. 15 ed. Rio de Janeiro. Editora Graal. 2000.

    GOWDAK, D.; MARTINS, E. Os Alimentos. In: Cincias: Novo Pensar. 2 ed. So Paulo. Editora FTD. 2006. Lei de Diretrizes e Bases, 1996. Disponvel em: http://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/108164/lei-de-diretrizes-e-base-de-1961-lei-4024-61 . Acessado em 20 fev.2014. MINISTRIO DA SADE. Referencial Terico. In: Guia Alimentar da Populao Brasileira. Braslia-DF. 2005 PEREIRA, J.M. Manual de Metodologia da Pesquisa Cientfica. 3 ed. So Paulo. Atlas. 2012.

  • 39

    TEIXEIRA, E.O.L. A Merenda Escolar e seus aspectos polticos, sociais e nutricionais. 2008. 68 f. Monografia (Especializao) Centro Federal de Educao Tecnolgica de So Paulo. So Paulo. Disponvel em: http://www.cefetsp.br/edu/eja/merenda_escolar.pdf. Acessado em 23 fev.2014 TURRIANI, C.; FORTUNATO, P. Merenda, no. Refeio. Recid - Rede de Educao Cidad. Disponvel em: http://www.recid.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=50&Itemid=2 Acesso em: 02 mar. 2014.

  • 40

    ANEXO

  • 41

    ANEXO A - cardpio sugerido

    EEEFM Monsenhor Odilon Alves Pedrosa Sap Paraba Brasil

    CARDPIO SUGERIDO PNAE/2014

    SEMANA DO

    MS

    DIAS

    1

    2

    3

    4

    2 feira Macarronada

    Biscoito doce com suco de

    frutas

    Macarronada

    Biscoito doce com suco de

    frutas

    3 feira Cuscuz com carne cozida

    Frutas

    Macaxeira com frango

    Batata doce com frango

    4 feira

    Macaxeira com carne de

    charque

    Sopa de carne com legumes

    Baio de dois com suco de

    frutas

    Munguz

    5 feira

    Frutas

    Macaxeira com frango

    Macarronada

    Biscoito salgado com achocolatado

    6 feira

    Cachorro- quente com

    suco de frutas

    Sopa de feijo

    Frutas

    Munguz

  • 42

    APNDICES

  • 43

    APNDICE A Questionrio aplicado com os alunos

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAIBA

    ESPECIALIZAO EM PRTICAS PEDAGGICAS INTERDISCIPLINARES

    A IMPORTNCIA DA MERENDA ESCOLAR: um estudo de caso

    Questionrio - ALUNO

    1- Voc consome a merenda que oferecida na Escola EMOAP? Em caso negativo

    justifique:

    ( ) SIM ( ) NO

    Por qu?_____________________________________________________________

    _____________________________________________________________________

    2- A merenda de boa qualidade?

    ( ) SIM ( ) NO

    3- O horrio em que servida adequado para voc?

    ( ) SIM ( ) NO

    4- A falta de merenda atrapalha o seu rendimento escolar?

    ( ) SIM ( ) NO

    5- Voc trabalha?

    ( ) SIM ( ) NO

    Profisso:_______________________________

    6- Voc janta antes de ir para a escola? Em caso negativo justifique:

    ( ) SIM ( ) NO

    Por qu? _____________________________________________________________

    _____________________________________________________________________

    7- D sua opinio para melhorar a merenda escolar na EEMOAP:

    ( ) mudar o horrio para as 20:15 (aps o segundo horrio)

    ( ) mudar o cardpio

    ( ) est bom

    ( ) melhorar a qualidade

    ( ) Outro _________________________________

    COMENTE: ________________________________________________________________

  • 44

    APNDICE B Questionrio aplicado com os professores

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAIBA ESPECIALIZAO EM PRTICAS PEDAGGICAS INTERDISCIPLINARES

    A IMPORTNCIA DA MERENDA ESCOLAR: um estudo de caso

    Questionrio - PROFESSOR

    1- Na sua opinio, a merenda que servida na escola de boa qualidade?

    ( ) SIM ( ) NO

    2- Voc concorda com o horrio que a merenda servida (21:00 horas)?

    ( ) SIM ( ) NO

    JUSTIFIQUE SUA RESPOSTA:______________________________________________

    _____________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________

    3- Voc acha que a falta de merenda escolar atrapalha o rendimento escolar?

    ( ) SIM ( ) NO

    JUSTIFIQUE SUA RESPOSTA:______________________________________________

    _____________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________

    4- Na sua opinio, o cardpio do turno da noite adequado para a realidade do aluno?

    ( ) SIM ( ) NO

    JUSTIFIQUE SUA RESPOSTA:______________________________________________

    _____________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________

  • 45

    APNDICE C Questionrio aplicado com as merendeiras

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAIBA ESPECIALIZAO EM PRTICAS PEDAGGICAS INTERDISCIPLINARES

    A IMPORTNCIA DA MERENDA ESCOLAR: um estudo de caso

    Questionrio - MERENDEIRA

    1- Em sua opinio, a merenda que servida na escola de boa qualidade?

    ( ) SIM ( ) NO

    2- Voc concorda com o horrio que a merenda servida 21:00 (9:00 horas da noite)?

    ( ) SIM ( ) NO

    JUSTIFIQUE SUA RESPOSTA:_______________________________ ______________

    _____________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________

    ____________________________________________________________________

    3- Que tipo de merenda voc prefere preparar?

    ( ) frutas ( ) macaxeira com frango

    ( ) leite com biscoito ( ) macarronada

    ( ) sopa ( ) cuscuz com carne

    ( ) outro ____________________________

    4- Em sua opinio, voc concordaria se o horrio da merenda mudasse para 20:20

    (08:20 da noite)?

    ( ) SIM ( ) NO

    JUSTIFIQUE SUA RESPOSTA:_____________________________________________

    _____________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________

    ____________________________________________________________________


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