A Teoria Funcionalista ou teoria funcional se insere dentro do campo das
Teorias de Integração e surge para explicar a integração ocorrida durante o processo de
formação da União Européia. O Funcionalismo entende que a superação de problemas a
nível nacional bem como o alcance da paz parte de um movimento de integração
regional entre Estados. A cooperação é um dos pilares desta teoria. O maior autor do
Funcionalismo é David Mitrany que lança a Teoria da Ramificação que vai dizer que o
processo de integração começa por problemas de cunho técnico e burocrático
compartilhados entre os Estados da região, o que leva a uma aproximação liderada por
elites técnicas, de forma a buscar uma integração por meio das instituições. Desta
forma, quando a cooperação com objetivo de solucionar problemas técnicos tem
resultados funcionais, ou positivos, a ideia da cooperação se prolifera para outros
setores, gerando necessidade de colaboração funcional em diferentes áreas.
Esta teoria pensa além do Estado, ou seja, leva em conta outros atores
internacionais.
Como atores do sistema, Mitrany identifica os próprios Estados - enquanto
estância intergovernamental; e as Instituições e Organizações Internacionais - como
estância supranacional. O sistema internacional seria apontado como um meio no qual
os atores, mediante suas preferências individuais, atuariam e se comportariam de forma
racional, ele seria aberto à interferência de todos os seus componentes e apresentaria
uma seria de relações de trocas entre seus subsistemas sociais (política, economia e
sociedade).
Neo Funcionalismo: Conceito de Integração REGIONAL
TEORIA VOLTADA PARA O SER, E NÃO PARA O DEVER SER
temos a valorização da atuação dos governos nacionais, partidos políticos, grupos de
interesses, elites e organizações sociais.
Proximidade Geografica
Spill-over (traduzido enquanto espalhar e transbordar), que produz um efeito de sempre
estar criando novas demandas nos mesmos setores e em novos, gerando reações e
respostas aos processos. O spillover atuaria de forma sistêmica, com reverberações
internas em todos os componentes setoriais da integração, que se aprofundaria até o
campo político. O processo de spill-over se daria tão intensamente que forçaria até
mesmo a criação de uma burocracia específica para gerenciar os processos
integracionistas.
través dos conflitos internacionais surgiu a idéia de organizar politicamente a sociedade internacional.Em 1814, com a queda de Napoleão, houve uma necessidade de reestruturar a Europa, fenômeno este que ocorreu através de congressos, convenções e tratados, mas estes não constituíram verdadeiras organizações internacionais. A primeira organização internacional destinada a tratar de assuntos técnicos foi a Comissão Européia do Danúbio, criada, em 1856, pelo Tratado de Paris.
Na segunda metade do século XIX, são criadas quatorze uniões administrativas encarregadas de cooperar em questões técnicas, como a União Telegráfica Internacional (1865), União Postal Universal (1874), o Secretariado Internacional de Pesos e Medidas (1875), a União para Proteção da Propriedade Intelectual (1883), a União das Ferrovias (1890), etc.
Após o choque da Primeira Guerra Mundial é criada pela Conferencia de Paz de Versalhes, em 28 de abril de 1919, a primeira organização com vocação universal, a Sociedade das Nações, cuja função política era manter a paz; a titulo técnico foi a primeira tentativa de federalismo administrativo. Estabelecida pela parte XII do Tratado de Versalhes a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Após 1945 surge uma consciência da necessidade da nação de uma cooperação internacional para impedir novos conflitos mundiais. Em 25 de junho de 1945, cinqüenta países reunidos em São Francisco aprovaram a Carta das Nações Unidas.
Com o rápido crescimento após 1945, inúmeras organizações internacionais surgiram seguindo uma variedade de modelos, formas, eficácia e propósitos.
Liga das Nações (1919) - proposta na Conferência de Paz em Paris, em 1919, no
Pós-Primeira Guerra. tinha como finalidade promover a cooperação, paz e segurança
internacional, condenando agressões externas contra a integridade territorial e a
independência política de seus membros
ONU (1945)