Lajeado, quarta-feira,6 de julho de 2016Ano 13 - Nº 1628
Avulso: R$ 2,00
Fechamento da edição: 21h
Fundado emjulho de 2002
ELEIÇÕES 2016
Alterações nas formas de fi-
nanciamento e redução no tem-
po de campanha motivam novas
estratégias para as eleições mu-
nicipais. Regras foram apresen-
tadas aos líderes partidários de
oito municípios.
Mudançasexigeminovações
Página 8
Conexão
SÍMBOLO OLÍMPICO: milhares de pessoas acompanharam, na manhã de ontem, a passagem histórica por Encantado e Lajeado. Jogos do Rio de Janeiro começam em 30 dias Páginas 4 a 6
Página 10
ANDERSON LOPES
Comunidade abraça quartel da Brigada MilitarA recorrência de crimes em Fazenda Vilanova gera reação dos morado-
res. Protesto cobrando mais segurança e a reabertura do posto policial na
cidade reuniu cerca de 150 pessoas. Manifestantes reivindicam mais atenção
do Estado e reforçam apoio às instituições de segurança.
Nublado com chance de chuva
Mínima: 9°C - Máxima: 20ºC
TEMPONO VALE
FONTE: CIH/UNIVATES
Passagem da tocha atrai multidão no Vale
SEGURANÇA PÚBLICA
A 2ª Vara Criminal de Lajeado recebeu na segunda-feira denúncia do Ministé-rio Público contra quatro empresários
e outros quatro funcionários da Mineração Campo Branco Ltda, responsável pela produ-
ção da água mineral Do Campo. Eles são acu-sados por suposta organização criminosa, além de depósito e venda de produto alimen-tício corrompido, cuja pena varia de quatro a oito anos de prisão. Páginas 12 e 13
MP denuncia oito por adulterar água
OPERAÇÃO GOTA D’ÁGUALEITE COMPEN$ADO
Operação inclui o Vale
Página 14
Cinco pessoas foram presas on-
tem por adicionar água, amido
de milho, água oxigenada e ácido
córbico no leite.
DIVULGAÇÃO
2 A HORA · QUARTA-FEIRA, 6 DE JULHO DE 2016
Editorial
A passagem da tocha olímpica ficará na memória de todos. Pessoas de diversos
municípios foram a Encanta-do e Lajeado para ver a festa do esporte. As cidades se pre-pararam, as ruas, lojas e casas estavam enfeitadas. Nenhum incidente foi registrado. Tudo ocorreu dentro da normalidade no momento em que os olhos do mundo se voltaram para a região.
Uma multidão acompa-nhou todos os movimentos da cerimônia. A emoção podia ser vista no rosto dos escolhidos no revezamento da chama. Carregado de significado, o símbolo dos jogos olímpicos tem o poder de unir a socieda-de. De fazer as pessoas esque-cerem as diferenças ideológicas e reconhecerem o momento único no qual o Vale teve opor-tunidade de presenciar.
O esporte tem esse poder. Transpõe barreiras e agrega conhecimentos. A visita de ontem ficará na história do estado. Espera-se que os jogos olímpicos sejam um marco para o país. Contribuam para o fim da polarização política e também para a unir as pesso-
as em prol de todos.Se utopia ou não, o país
precisa respirar com mais tranquilidade. A turbulência econômica e política tensiona as relações e aumenta a intole-rância. A Olimpíada vai além dos resultados. Das medalhas, das vitórias e das histórias de glória. É feita de sangue, suor e lágrimas. De superação. De acreditar no inacreditável.
Ver nos olhos de um senhor maratonista com mais de 70 anos a felicidade por fazer parte, ainda que por breves instantes, desse momento his-tórico, traduz o sentimento de muitos brasileiros. Talvez seja a única vez que os atletas do mundo inteiro estarão no país.
Se houve erros no plane-jamento, desvio de verba pública, se a bacia da Guana-bara não ficou limpa como se esperava, agora não tem como voltar atrás. O trabalho de todos, a missão das pessoas, é tornar o evento um sucesso. Assim como foi a Copa do Mun-do. Mesmo com o pessimismo de parcela da sociedade, a imagem exposta do Brasil foi aquela que nos identifica. Um povo hospitaleiro, bem humo-rado e feliz.
INDICADORES ECONÔMICOS
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Fundado em 1º de julho de 2002Vale do Taquari - Lajeado - RS
EXPEDIENTE
MOEDA COMPRA VENDA
Dólar Comercial 3,2992 3,2998
Dólar Turismo 3,2400 3,4300
Euro 3,6511 3,6518
Libra 4,2823 4,2848
Peso Argentino 0,2188 0,2189
Yen Jap. 0,0324 0,0324
ÍNDICE MÊSÍNDICE
MÊS (%)
ACUMU-LADO
ANO (%)
ICV Mes (DIEESE) 05/2016 0,67 4,25
IGP-DI (FGV) 05/2016 1,13 4,31
IGP-M (FGV) 05/2016 0,82 4,15
INPC (IBGE) 05/2016 0,98 4,60
INCC 05/2016 0,19 2,25
IPC-A (IBGE) 05/2016 0,78 4,05
BOLSAS DE VALORES
PONTOVARIAÇÃO
(%)FECHAMENTO
Ibovespa (BRA) 51842 -1,38
cotação do dia anterior até 17h45min
Dow Jones (EUA) 16.027 -1,10
S&P 500 (EUA) 1.853 -1,42
Nasdaq (EUA) 4.823 -0,82
DAX 30 (ALE) 9.533 -1,82
Merval (EUA) 11.400 0,00
Cotação do dia anterior até 17h45min, Valor econômico.
Ouro (dólar) – Onça Troy – USD 1336.7 cotação do dia 05/07/2016
Petróleo (dólar)/Brent Crude – barril – USD 50,1 em 05/07/2016
Salário Mínimo/2016 R$ 880,00
TAXAS E CERTIFICA-DOS (%)
MÊSÍNDICE
MÊS (%)ACUMULADO
ANO (%)
TJLP 7,5
Selic 14.25%(meta)
TR 05/16 0,2043 0,9361
CDI (Mensal) 05/16 1,1074 5,4955
Prime Rate 05/16 3.25 3,25 (Previsto)
Fed fund rate 05/16 0.50 0,25 (Previsto)
Diretor Geral Adair G. WeissDiretor de Conteúdo Fernando A. Weiss
Diretor de Operações Fabricio de Almeida
Tocha carregada de simbologia
Aloísio Classmann / Deputado EstadualArtigo
Terceira pista em todas as rodovias
O ideal era termos a gran-de maioria de nossas rodovias estaduais
duplicadas, bem sinalizadas e conservadas. Isto é pratica-mente um sonho, mas tenho esperanças de que, no futuro, conseguiremos alcançar este objetivo. Enquanto isso, venho defendendo a implementação da terceira pista em pontos críticos das estradas.
Apresentei, para este fim, o projeto de lei 209/2014, que cria o Programa de Implementação da Terceira Faixa em Rodovias Estaduais. Também protocolei a emenda 18 à Lei de Diretrizes Orçamentárias(LDO), que priori-za a conservação e a implemen-tação da 3ª pista nas estradas
gaúchas. A proposta foi acolhi-da pelos colegas parlamentares em Plenário.
Ela busca dar fluidez ao tráfego e diminuir a letalida-de em acidentes nas rodovias gaúchas. A ideia é de estabe-lecer mais do que um instru-mento para escoar a produção, mas de melhora no fluxo de veículos e para proteger vidas tentando frear os altos índices de mortalidade por acidentes. Sabemos que as ultrapassagens originam um risco inerente às rodovias. O Estado não pode se ausentar da responsabilidade dos riscos de acidentes e nem dos elevados índices de aciden-tes. Caminhões, os chamados cargas pesadas, não conseguem
desenvolver uma velocidade compatível com o tráfego segui-do pelos veículos leves.
A construção de uma terceira faixa é uma saída nesses tre-chos considerados críticos. Ela é destinada aos veículos mais lentos. A potencialidade para evitar acidentes é evidente e urge que o poder público lance mão desse instrumento como mais uma política pública voltada à segurança do tráfego. Sugiro que a Secretaria Esta-dual dos Transportes realize o Programa de Implementação da Terceira Faixa começando pelos trechos das rodovias em que ocorre o maior número de acidentes, que possuam poucos pontos de ultrapassagem e
tenham aclives que reduzam drasticamente a velocidade.
Daqui para frente, qualquer rodovia a ser construída deverá ter no mínimo uma terceira faixa em seus pontos críticos. Estudo desenvolvido pela Universidade de São Paulo (USP), sobre critérios para a implantação de faixas adicio-nais sem rampas ascenden-tes das rodovias brasileiras, concluiu que 78% da variação na taxa de envolvimento de caminhões em acidentes podia ser explicada pelo tráfego em pista simples. O índice cairá apenas com a inserção de mais uma pista de rodagem. Esta é a contribuição que a terceira faixa poderá dar!
Só o treino, a disciplina e o
preparo montam os campeões. Nesse aspecto, mais uma vez, temos governos
ausentes.
O legado desses jogos perdu-rará por anos. Quem sabe a partir disso, tenha-se por parte dos governos políticas mais contundentes para formação de atletas. O esporte nacional não é mais só o futebol. Temos que formar mais desportistas. A prática interfere em diversos aspectos. Se formam cidadãos. Se forma o caráter. Aprende-se bases como o respeito, a humil-dade e o esforço.
É necessário pegar exemplos mundiais. Os Estados Unidos, Cuba, a Alemanha, o Japão. Países que acompanham o desenvolvimento das crianças desde os primeiros anos. Elas conhecem as diferentes moda-lidades e optam por aquelas que mais gostam. Para fortale-cer o quadro de esportistas, os governos instituem políticas para trabalhar as aptidões desses jovens. Esperar apenas pelo talento, acreditando que é o dom, na ideia de um toque divino para escolher os futuros medalistas, fica muito mais no campo do misticismo do que na realidade. Só o treino, a disciplina e o preparo montam os campeões. Nesse aspecto, mais uma vez, temos governos ausentes.
Opinião 3A HORA · QUARTA-FEIRA, 6 DE JULHO DE 2016
Fernando [email protected]
O motivo era a tocha olímpica. O alvo era outro. O símbolo dos Jogos Olímpicos passou pelo Vale do Taquari ontem. O fogo da to-cha percorreu as ruas de Lajeado e Encantado, reunindo milhares de pessoas.
O momento histórico e inédi-to para o esporte regional teve expressões sociais e populares das mais diversas. Entre gritos, bandeiras e placas, houve até quem pediu a cabeça do presiden-te interino Michel Temer.
Força do hábito
ANDERSON LOPES
O jornalista Flávio Tavares, em sua coluna semanal na Zero Hora de domingo, revelou, ao menos para este escrevi-nhador, uma curiosidade. Escreveu que Mauro Rockenbach, o promotor linha dura com o leite, o queijo e a água do Vale do Taquari, tem raízes familiares em Progresso. Seu pai, Ênio Rockenbach, morto há pouco tempo, era natural do município onde funcionava a empresa Água do Campo.
A lista aumentou: oito pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público, nessa segunda-feira, pela venda de água mineral contaminada. Além dos três presos durante a Operação Gota D'Água, outros cinco nomes são arrolados na denúncia, por integrarem organização criminosa. Matéria está nas páginas 12 e 13.
A Faculdade La Salle, de Estrela, lidera pesquisa e análise sobre a desigual-
dade social, com base no gênero, renda e etnia da população local. Um amplo e específico questio-nário vai às ruas nas próximas semanas para coletar a opinião dos estrelenses a respeito dos três temas.
Pelos números já coletados pela faculdade, os homens detêm superioridade massiva sobre as mulheres em relação à renda. Para se ter uma ideia, das 18 pes-soas que recebem entre 20 e 30 salários mínimos, só aparecem homem. As mulheres apenas são maioria quando a renda nomi-nal mensal varia de um até dois
salários mínimos.A pesquisa também apresentará dados sobre o protecionismo germânico, o espaço e a abertu-ra para expressões culturais a pessoas que não são de origem alemã. Para o irmão Marcos, diretor-geral da La Salle, a ideia da pesquisa é dar luz sobre fatos e mazelas escondidas.
Mesmo com todas as recomendações e
alertas da Justiça Eleitoral, vindas do pró-
prio juiz Johnson e do promotor Fioriolli,
tem gente “brincando com fogo”. Em
Lajeado, por exemplo, circula material
impresso, entregue de casa em casa, com
conteúdo explícito de campanha eleitoral.
Isso, numa interpretação mais sensata
sob o rigor da lei, pode custar uma candi-
datura ali na frente. Para piorar, o cheiro
da tinta do material impresso parece ser
o mesmo da tinta da impressora da câma-
ra de vereadores.
Desigualdade em Estrela
Brincando com fogo CURIOSIDADE
O estado das máquinas do
Daer, em Lajeado, traduz
em larga escala a razão
pela qual nossas estradas e
rodovias estão do jeito que
estão. Esperar o que numa
situação dessas?
Esperar o quê?
ANDERSON LOPES
4 A HORA · QUARTA-FEIRA, 6 DE JULHO DE 2016
Um dia para ficar na história da região
As ruas de Encantado e Lajeado ficaram lotadas. A passagem da chama que representa o espírito olímpico emocionou. Esse dia único ficará para sempre na memória de 26 condutores. Desses, seis são do Vale.
Vale do Taquari
A passagem da tocha
olímpica pelo Vale do
Taquari começou com
cerca de 40 minutos de
atraso. Chegou na rua Padre An-
chieta, ponto de partida do reve-
zamento em Encantado, por vol-
ta das 10h25min.
Quem aguardava o símbolo
olímpico com ansiedade era o pri-
meiro condutor, Sandro Ben Hur
Gonçalves do Nascimento. Natu-
ral de São Borja, ele é cientista
político e foi selecionado graças a
uma promoção da Nissan – patro-
cinadora do revezamento ao lado
da Coca-Cola e Bradesco.
Além de Nascimento, a tocha
foi acessa pelas estudantes do
Instituto Estadual Monsenhor
Scalabrini, Emily Nicole Gebing
Pinheiro, Júlia Martini Dalmoro
e Larissa Klunck Veronese. Elas
foram selecionadas por meio de
concurso de redação promovido
pelo MEC.
Na sequência, a chama olímpi-
ca percorreu 2,7 quilômetros nas
mãos de outros nove condutores.
Ela parou na Praça da Bandeira,
onde houve pronunciamento das
autoridades, apresentações cultu-
rais e esportistas.
Conforme os organizadores,
mais de duas mil pessoas acompa-
nharam o evento. A administração
municipal investiu R$ 25 mil na
aquisição dos materiais utilizados
durante o revezamento.
Em LajeadoO ponto de partida do reveza-
mento foi na junção da BR-386
5A HORA · QUARTA-FEIRA, 6 DE JULHO DE 2016
Reportagem: Fábio Kuhn e Ezequiel Neitzke
Passava das 10h20min
quando a tocha chegou
a Encantado. Uma mul-
tidão aguardava para
ver o símbolo olímpico.
Em Lajeado, ápice da
cerimônia ocorreu
quando a chama foi
para o Parque Professor
Theobaldo Dick.
com a avenida Senador Alberto Pasqualini. Formado por cerca de cem alunos, o grupo da Escola Estadual Pedro Scherer foi um dos primeiros a chegar no local, perto das 10h.
“É um momento único que em-polga todo mundo,” ressalta a coordenadora pedagógica, Adiles de Azevedo. A emoção aumenta-va pelo fato de os alunos Caroline Fontana Troian e Alessandro Will-ms Segalin, ambos de 14 anos, terem sido selecionados para re-cepcionar a tocha no começo do revezamento.
Com 40 minutos de atraso, o comboio da tocha – formado por 20 carros e caminhões e guarneci-do por 66 agentes da Força Nacio-nal – adentrou a avenida.
Ela foi acesa pelo primeiro con-dutor Adilvo Battisti às 11h34min. Responsável por um projeto social no bairro São Cristóvão faz mais de duas décadas, Battisti chegou a sambar com a chama.
Um dos momentos altos do re-vezamento ocorreu quando o sím-bolo olímpico chegou às mãos do patinador Marcel Stürmer. De pa-tins, o campeão mundial e tetra-
Integrante do Blindados
do Vale
Venilto Valandro
Foi uma emoção muito grande, é
um fato único, sem explicação.”
Condutores do Vale
AnapaulaGotardiSelecionada pela
Coca-Cola devido aos trabalhos volun-tários pelo Rotaract, Anapaula Gotardi foi a quarta condutora em Encantado.
Ela classifica os cer-ca de dois minutos ao lado da tocha como um dos momentos que jamais esquece-rá. “Foi emocionante. É uma honra entrar para a história sendo uma das condutoras da tocha”.
Anapaula atuou por três anos como secretária da Juventude, Desporto e Turismo de Encanta-do. Para ela, o esporte “é uma das principais ferramentas para transformar a realidade local e ajudar na constru-ção de um país melhor”.
Venilto ValandroAtleta da equipe de basquete sobre
rodas Blindados do Vale faz sete anos, Venilto Valandro foi um dos condutores em Encantado.
Indicado pela administração municipal, relata que não esperava participar deste momento histórico para o país. “Foi uma emoção muito grande, é um fato único, sem expli-cação.”
Adilvo BattistiO professor de Educação Física lajeadense foi
o primeiro condutor em Lajeado. Nos últimos 20 anos, Battisti se dedica a um projeto social no bair-ro São Cristóvão, onde ministra aulas de voleibol e futsal.
Para ele, a passagem da tocha estimula o interes-se pelas modalidades esportivas. “Como seria legal ter um atleta da região nas Olimpíadas”.
Ao finalizar o revezamento de 200 metros, o pro-fessor foi surpreendido pelos irmãos. Eles juntaram R$ 1,9 mil para comprar o símbolo olímpico. “Se não tivesse ganhado a tocha, teria me arrependido. É um momento que precisa ser eternizado”.
EZEQUIEL NEITZKE JUREMIR VERSETTI
JUREMIR VERSETTI
FÁBIO KUHN
O cientista político de São Borja, Sandro Ben Hur Gonçalves do Nascimento, foi o primeiro condutor em Encantado
6 A HORA · QUARTA-FEIRA, 6 DE JULHO DE 2016
campeão pan-americano desfilou
por 200 metros entre a avenida
Alberto Pasqualini e a rua Júlio de
Castilhos.
Na rua Benjamin Constant, a
tocha chegou até a atleta Jaque-
line Weber. Acostumada a correr
contra o tempo nas provas de 800
e 1,5 mil metros, a teutoniense
teve de segurar o passo nos cerca
de 200 metros de revezamento.
Depois de contornar a Praça da
Matriz e passar em frente à Casa
de Cultura, o comboio se dirigiu
ao Parque Professor Theobaldo
Dick, Lá, milhares de pessoas se
aglomeraram, desde às 9h, para
prestigiar a chegada da tocha.
Quem teve a honra de carregá-
-la nos últimos 200 metros até a
concha acústica foi o professor e
incentivador do atletismo no Vale,
Daniel Sehn. “Esse é um símbolo
olímpico que representa a paz.
Isso que eu desejo para todos que
estão aqui: muita paz”, disse Sehn
após finalizar o percurso.
A programação seguiu com
apresentações artísticas de grupos
alemães, italianos, afros, tradicio-
nalistas e de indígenas. Eles repre-
sentaram as etnias presentes no mu-
nicípio de quase 80 mil habitantes.
Para as atividades, o Executivo
investiu cerca de R$ 10 mil em so-
norização e estrutura.
Cerimôniasurpreende público
A auxiliar de escritório, Dei-
se Hauschild, 20, acompanhou o
início do revezamento em Laje-
ado. Para ela, a entrada, na qual
os caminhões dos patrocinadores
desfilaram, divertindo o público,
chamou a atenção dos presentes.
“Estava tudo bem organizado e a
segurança estava sempre de pron-
tidão, foi muito bom participar,
superou as expectativas, acredito
que não só para mim, mas para
todas pessoas que estavam no lo-
cal.”
O lutador Felipe Mansa, 26, fi-
cou surpreso com a quantidade de
veículos que participaram da se-
gurança do evento, além das par-
ticipações do caminhão da Coca
Cola e do trio elétrico. “A hora que
a tocha passou foi bem legal por-
que é um momento único, nunca
mais conseguirei ver ela ao vivo.”
A professora Raquel Zambiasi,
20, relata que a escola onde lecio-
na se mobilizou e chegou no come-
ço da manhã ao centro de Lajeado.
“Vimos toda a organização até o
revezamento. Foi um momento
único. Ver meus alunos anima-
dos foi simplesmente incrível, até
por que acredito que não teremos
mais essa oportunidade.”
Próximos passosO revezamento segue, hoje, para
São Sepé, Caçapava do Sul,
Canguçu, Rio Grande e Pelotas.
Amanhã estará em Porto Alegre,
onde ficará por cerca de quatro
horas. Passará ainda por São Lou-
renço, Camaquã e Guaíba.
No dia 9, a tocha se despede
do RS, em Torres, depois de ficar
uma semana no estado. A chega-
da ao Rio de Janeiro, sede dos Jogos
Olímpicos, está programada para
o dia 5 de agosto.
Durante o revezamento, a cha-
ma percorrerá dez mil quilôme-
tros aéreos, 20 mil quilômetros
e passará pelas mãos de 12 mil
pessoas.
Daniel Sehn “A Olimpíada é o maior evento do planeta, e
nós aqui no Vale tivemos a oportunidade de ter a passagem da chama,” ressume o professor Daniel Sehn. Em Lajeado, ele foi a última pessoa a carregar a tocha.
Desde 2008, Sehn coordena projetos de atle-tismo em Fazenda Vilanova e na escola São José de Conventos, em Lajeado. “Não tem preço que pague isso.”
Sehn lamenta as críticas feitas à Olimpíada. Para ele, a população deve representar bem o Brasil e mostrar “o lado bom do país no exterior”.
Marcel StürmerO recordista pan-americano também se emo-
cionou ao ser o terceiro condutor da tocha na cidade. “Foi um momento ímpar porque estava com meus familiares e todo mundo que é im-portante para mim. Pessoas que viram minha carreira acontecer na cidade.”
Considerado um dos maiores patinadores da história do país, Stürmer sonha em ver a patina-ção figurando entre um dos esportes olímpicos. “Acho que a minha participação no revezamento foi um esforço para que as pessoas prestem aten-ção na modalidade.”
Jaqueline WeberA atleta da Associação Medalha de Ouro
(AME) viveu o clima olímpico em maio, quan-do participou do Campeonato Ibero-America-no de Atletismo. Na oportunidade, ela ficou na quinta colocação na prova de 800 metros.
Natural de Teutônia, Jaqueline treina desde os 9 anos e sonha em participar de uma Olimpíada. Neste ano, ela estava a 5 segun-dos do índice olímpico. Ser uma das condu-toras da tocha fez o desejo aumentar ainda mais.
DIVULGAÇÃO
FÁBIO KUHN
FÁBIO KUHN
FÁBIO KUHN
Momento da passagem da tocha pela Igreja Matriz de Encantado. Conforme os organizadores, evento reuniu mais de duas mil pessoas na manhã de ontem
Política 7A HORA · QUARTA-FEIRA, 6 DE JULHO DE 2016
Estrela
Mesmo com três no-
mes lançados como
pré-candidatos ao
município, as inde-
finições seguem em Estrela. As
negociações no bloco situacionis-
ta estão avançadas para repetir
a coligação de 2012 em busca
da reeleição de Rafael Mallmann
(PMDB) e Valmor Griebeler (PV).
Com o ingresso do PP e do recém-
-criado PV, o grupo de situação
conta ainda com o apoio do PT,
PSDB, PTB e PSB.
Entre os opositores, duas chapas
se desenham. O nome de Aloísio
Mallmann (PSD) já tem apoio do
PDT. Agora, as legendas buscam
ampliar adesões.
De acordo com o presidente do
PSD, Everaldo dos Santos, o nome
e partido do vice já está definido,
porém, só será divulgado amanhã.
A cautela de Soares é resultado de
Legendas seguem negociações para ampliar apoio às candidaturas dos três Mallmann
Partidos costuram alianças para outubro
Pela situação, Rafael Mallmann (e) tenta a reeleição. Aloísio Mallmann é o nome mais cotado pelo PSD. Ex-vereador, Joel Mallmann deve ter Eduardo Wagner como vice
negociações ainda em aberto com
outros dois partidos, que a legenda
também não divulga.
A possibilidade de unificação
da oposição é descartada pelo pré-
-candidato do PR, Joel Mallmann.
De acordo com ele, o partido ainda
negocia o nome do vice, mas a ten-
dência é que o empresário Eduardo
Wagner, também do PR, componha
a chapa.
O partido garante ter negociações
bem encaminhadas com o DEM,
PRB e PPS, formando, assim, a outra
chapa de oposição. A aposta do blo-
co é que, apesar das três candidatu-
ras, a eleição fique polarizada entre
dois nomes.
Sobrenome Mallmann na
história da cidade
Os moradores têm certeza
quanto ao sobrenome do pró-
ximo prefeito.
Como os três pré-candidatos
assinam Mallman, isso garan-
te o quinto mandato de al-
guém dessa família.
O primeiro Mallmann a co-
mandar o município foi An-
dré, intendente entre os anos
de 1924 e 1928. Após, Gabriel
Mallman, pai do atual prefei-
to, governou em duas ocasi-
ões, entre 1973 e 1977, e de-
pois, de 1983 a 1988.
FOTOS ARQUIVO A HORA
Cidades8 A HORA · QUARTA-FEIRA, 6 DE JULHO DE 2016
ELEIÇÕES 2016
Como Era Como FicaFinanciamento
Propaganda
Tempo de campanha e inscrições de chapas
Prestação de contas
Votação
Empresas podiam doar livre-mente e não havia limite para
pessoas físicas
Empresas não podem mais doar e doações de pessoas
físicas estão limitadas
Programas de rádio e televisão duravam 45 dias. Candidatos podiam pintar muros e utilizar cartazes e bonecos nas ruas
Programas de rádio e televisão duram 35 dias. Candidatos
não podem mais pintar muros e utilizar cartazes e bonecos nas
ruas. Placas e pôsters podem ter no máximo meio metro quadrado
Partidos e coligações deviam registrar candidaturas até julho e campanha tinha duração de
90 dias
Partidos e coligações devem registrar candidaturas até agosto
e campanha terá duração de 45 dias
Os candidatos entregavam ape-nas a prestação final, dois meses
pós o término do pleito
Os candidatos devem entregar a primeira prévia da prestação até
o dia 15 de setembro
Candidatos podiam ser eleitos com poucos votos caso a coli-gação ou partido superasse o
coeficiente eleitoral
Candidatos não podem ser elei-tos sem atingir no mínimo 10%
do coeficiente eleitoral
Vale do Taquari
As novas regras para o
pleito de outubro obri-
gam a uma revisão
nas estratégias parti-
dárias. Ontem, o Judiciário de
Lajeado e a Promotoria de Jus-
tiça destacaram as principais
alterações. O encontro ocorreu
três dias após o início das restri-
ções de condutas para agentes
políticos. Nele, representantes
da Justiça Eleitoral e partidos
políticos puderam esclarecer
dúvidas sobre as mudanças.
Com recursos escassos, os
candidatos vão precisar de or-
ganização e estratégia para
angariar votos. Essa é a análi-
se do marqueteiro político Mar-
cos Martineli. Responsável por
diversas campanhas nos últi-
mos 27 anos, ele avalia de for-
ma positiva as mudanças no
financiamento. “Vai ser mais
fácil conhecer o candidato de
verdade . Em vez de pirotecnia,
vai se ver pessoas de verdade.”
As doações neste ano passam
a ser restritas a pessoas físicas
e recursos do Fundo Partidário.
O limite para pessoas físicas é
de 10% da renda bruta declara-
da para a campanha. No caso
dos isentos do Imposto de Ren-
da, pode ser cedido até 10% do
limite de isenção. Na avaliação
de Martineli, o novo cenário
deve acirrar as disputas no in-
terior do estado. “O candidato
vai ter que falar mais, eles não
vão se esconder em jingles e
imagem.”
As mudanças devem obrigar
os candidatos a investirem no
corpo a corpo com os eleitores.
“Vai ser chinelo de dedo ou pé
no chão, eles vão ter que cor-
rer bastante e o que vai valer
é saber o que dizer.” O mar-
Juiz e promotor eleitoral apresentam reformulação na lei para líderes partidários
Formato das eleições desafia Judiciário
queteiro acredita em pouca
influência da política nacional
nas eleições municipais. “Não
influencia, até porque tem um
descrédito muito grande dos
políticos.”
Apesar de reconhecer a per-
da financeira com o novo mo-
delo, o marqueteiro se mostra
favorável às mudanças. “Ela
prejudica quem trabalha com
comunicação, mas em termos de
cidadão ela (nova campanha) é
melhor.” Para ele, o novo modelo
de captação de recursos também
será positivo para os partidos
que devem se organizar “sem o
dinheiro fácil das doações.”
Menos renovaçãoPara o cientista político e co-
ordenador do Comitê em Defesa
da Democracia, Benedito Tadeu
César, as mudanças eleitorais
devem ter impacto na taxa de
renovação do quadro político.
De acordo com ele, a redução
dos prazos de campanha, res-
trições doações e de publicidade
física devem dificultar a popu-
larização de novos candidatos.
O panorama se mantém mes-
mo com a tendência do uso
maior das ferramentas eletrô-
nicas. Na avaliação dele, a prin-
cipal diferença entre as mídias
física e as virtuais para as cam-
panhas está no direcionamento
das ferramentas digitais.
Enquanto os materiais físi-
cos estavam inseridos no con-
texto urbano e o eleitor tinha
uma contato involuntário, os
digitais costumam ter uma efi-
ciência maior na mobilização
de grupos com interesses pró-
ximos. De acordo ele, as novas
regras eleitorais demonstram
interesse de evitar alterações
drásticas no quadro político.
“Estas mudanças devem levar
à manutenção do que está aí.
Tanto da classe política quanto
pela maneira que se faz políti-
ca no país.”
Outro fator que pode influen-
ciar na renovação de candida-
tos, na avaliação do estudioso,
é a proibição das “vaquinhas”
virtuais para campanha.
Para o juiz responsável pela
29ª Zona Eleitoral da Comar-
ca de Lajeado, Luís Antônio de
Abreu Johnson, a escolha das
eleições municipais para a im-
plantação das minireformas é
temerária. “Este ano teremos
um grande desafio, talvez o
maior da Justiça Eleitoral. Se-
remos um grande laboratório
para essas mudanças.”
Para ele, a redução de prazos,
em comparação com o último
pleito, e mudanças ligadas às
propagandas e quotas de gê-
nero exigem mais atenção de
candidatos e dirigentes parti-
dários. Na região, estima a exis-
tência de 400 nomes registrados
para a disputa deste ano.
O prazo para campanha re-
duziu de 90 dias para 45 dias,
com início da propaganda elei-
toral marcado para o dia 16 de
agosto e o uso de rádio e televi-
são sendo vinculado por 35 dias
a partir de 26 de agosto. Ainda
na publicidade, a adesivagem
em carros deve respeitar um
limite de 50 centímetros por 40
centímetros. O uso de micro-
perfurados é limitado ao tama-
nho do pára-brisa traseiro.
Pelo calendário, as conven-
ções partidárias iniciam no
dia 20 e podem se estender até
5 de agosto. Já a apresentação
dos candidatos deve ser feita
pelo partidos nos cartórios elei-
torais até as 19h do dia 15 de
agosto.
Outra ressalva é quanto ao
comportamento durante as
pré-campanhas. Os postulantes
ao pleito podem se apresentar
como pré-candidato e a exalta-
ção de características pessoais
com menções à candidatura
pode ser feita, mas o pedido di-
reto de votos é proibido.
Para o juiz Luís Antônio Johnson, usar a eleição municipal como teste para as alterações eleitorais é um desafio
MARCELO GOUVÊA
Experiência emuma eleição
Política 9A HORA · QUARTA-FEIRA, 6 DE JULHO DE 2016
Lajeado
Foi aprovado por unâni-midade o envio de R$ 8 mil mensais do orçamen-to da câmara para a con-
tratação de dois seguranças.Os profissionais atuarão na
vigilângia da casa onde são aco-lhidos os moradores de rua. O pe-dido foi apresentado pelos repre-sentantes do Fórum de Combate à Drogadição.
O dinheiro a ser utilizado é a sobra da verba usada na cons-trução da sede própria do Le-gislativo. O valor deve ser de-positado a partir de agosto, até dezembro.
O ofício apresentado pelos represetnantes do Fórum será enviado para a aprovação do Executivo. Esse procedimento é necessário porque os orçamentos dos dois poderes são vinculados.
Na apresentação da proposta, os integrantes do Fórum lembra-ram que o Executivo é responsá-vel por pagar o aluguel do imóvel.
Três projetos são votadosMesmo com sete propostas
aptos para votação, apenas três foram analisadas pelos parla-mentares e aprovados por unâ-nimidade. Das quatro não vota-das, duas receberam pedidos de
Profissionais serão pagos com verba da câmara
Vereadores aprovam contratação de vigias
vista, uma foi arquivada e outra segue em análise pela Comissão de Justiça e Redação.
Com duas emenadas apreseta-das, o projeto que determina o recolhimento de veículos aban-donados nas ruas do município segue em análise. O projeto será apreciado ao longo da semana e deve ser votado na próxima sessão.
A abertura de dois créditos to-talizando R$ 710 mil não foram votados em razão de pedido de vista dos parlamentares da opo-sição. Com isso, o governo conse-guiu aprovar apenas uma aber-tura de crédito, de pouco mais de R$ 1 mil.
Vinda da tocha olímpica gera polêmica
Ainda nos pronunciamentos
iniciais a vinda da tocha olímpi-ca para Lajeado foi criticada por vereadores da oposição. Os gas-tos com segurança dos governos federal e estadual foram os prin-cipais alvos dos parlamentares.
A bancada petista, apoiada por alguns peemdebistas, saiu em defesa do evento. De acordo com eles, o governo municipal teve custo baixo para a chega-da da tocha olímpica na cidade. Eles ainda ressaltaram a impor-tância do evento para dar visibi-lidade à cidade.
O cenário nacional foi o prin-cipal ponto de discórida entre os vereadores. Parlamentares de partidos contrários ao governo da presidente afastada, Dilma Rousseff, revezaram-se em crí-ticas à petista. Do outro lado, a bancada petista na câmara saiu em defesa do governo federal.
O pedido de instalação de um posto avançado do IGP para Lajeado será debatido hoje em reu-nião com representantes do governo do Estado. A
comitiva, composta por parlamentares e demais líderes da região, se reúne a partir das 10h com os representantes do governo Sartori.
Reunião com governo estadual deve definir próximos passos do IGP
Legislativo destinará R$ 8 mil mensais até dezembro para segurança do abrigo que acolhe moradores de rua
EDUARDO AMARAL
Estado
A votação na Assembleia Legislativa (AL) que decidiria sobre o processo de cassação do deputado Mário Jardel (PSD) na por decoro parlamentar foi suspensa por uma liminar con-cedida pelo Tribunal de Justiça (TJ). A decisão atende pedido do advogado do parlamentar, Rogério Bassotto, sob alegação de que o ex-jogador não teve oportunidade de defesa.
Após ser comunicada da decisão, a presidente do Par-lamento, deputada Silvana Covatti (PP), reuniu-se com os líderes de bancadas. Na volta ao plenário, informou a sus-pensão do pleito aos parla-mentaras.
Em nota, a Silvana afirma que a votação foi suspensa “por força de medida liminar” concedida pela desembargado-ra Catarina Rita Krieger Mar-tins e que a AL recorrerá da decisão.
O processo disciplinar con-tra Jardel iniciou em novem-bro do ano passado, a partir de uma operação deflagrada pelo Ministério Público. Fo-ram apontada irregularidades
como fraudes em diárias, no-tas fiscais forjadas e manuten-ção de funcionários fantasmas no gabinete.
A desembargadora também declarou nulo o processo insta-lado no Legislativo. Segundo a decisão, a intenção é viabilizar o interrogatório do deputado. Em todas as vezes que foi con-vocado para depor na comis-são de ética, Jardel apresentou atestado de licença-saúde.
A determinação da magis-trada é de suspender o proces-so disciplinar até que a licen-ça-saúde seja encerrada ou até que seja realizada uma perícia sobre o estado de saúde do de-putado pela equipe médica do Legislativo.
“O que não pode é a auto-ridade administrativa ou ju-diciária negar ao imputado a possibilidade de produção de provas e, ainda assim, emitir decreto condenatório”, afirma a desembargadora em nota publicada no site do TJRS.
Aprovado nas comissões de Ética e de Constituição e Justi-ça, o parecer pela cassação do deputado precisa passar pelo plenário para que o mandato de Jardel seja encerrado.
Liminar do TJ suspende cassaçãodo mandato de Jardel
Estrela
O governo municipal efe-tua, nesta sexta-feira, 8, o pagamento da primeira par-cela do 13º salário aos servi-dores.
Ao todo, será quitado 40% do benefício, em operação que contempla funcionários ativos e inativos.
O montante, que já está re-servado no caixa da adminis-tração municipal, é de mais de R$ 719,2 mil. A segunda parcela, com os outros 60% do benefício serão disponibi-lizados em dezembro.
Executivo paga 1ª parcela do 13º salário
Cidades10 A HORA · QUARTA-FEIRA, 6 DE JULHO DE 2016
Fazenda Vilanova
A movimentação em di-
reção à sede da Brigada
Militar (BM) começou
por volta das 9h de on-
tem. Cerca de 150 pessoas se con-
centraram em frente à Brigada
Militar, munidas de cartazes, api-
tos e narizes de palhaço.
Os manifestantes bloquearam
a rua paralela da BR-386. O pri-
meiro a falar foi o proprietário de
um atelier de calçados que em-
prega cerca de 70 pessoas. Irrita-
do, contou como roubaram o Fiat
Strada que usava para transpor-
tar mercadorias.
Tão logo foi roubado, afirma
ter tentado comunicar para a
BM, mas não havia ninguém. De-
pois de ligar para o 190, diz que
a polícia só chegou duas horas
depois. Durante esse tempo, os
bandidos depenaram o veículo
e colocaram fogo. “Não podemos
ir trabalhar tranquilos, pois en-
quanto estamos lutando por nos-
so sustento, um vagabundo pode
vir e destruir tudo o que levamos
anos para construir.”
A sensação de insegurança mo-
tivou comerciantes, donas de casa
e proprietários de pequenas fábri-
cas a liberar os funcionários para
fazer parte do protesto. Um dos
motivos citados para o aumento
dos crimes é a proximidade da
BR-386 somada às várias estradas
alternativas pelo interior.
A dona de casa Andreia Gra-
ziela Horst, 30, conta que na
sexta-feira, no assalto ocorrido
na rodoviária, o bandido des-
ceu da moto com um revólver
na mão e encostou na cabeça
Comunidade bloqueia rua paralela à BR-386, exigindo mais policiamento ostensivo
População clama por mais segurança
da filha, de 2 anos ameaçando
atirar. “Ele engatilhou a arma
encostada na minha filha. Disse
que a deixasse e levasse o que
quisesse. Ela não dorme mais di-
reito, só fala nisso agora.”
O assaltante levou sua bolsa,
contendo cerca de R$ 30. No mes-
mo local, furtou ainda carteiras e
telefones celulares de outras pes-
soas que esperavam ônibus, entre
elas, um casal de mudos.
Um dos manifestantes conta
que enquanto estava trabalhan-
do a serra de cortar ferro Makita
foi roubada. “Foi em menos de
um minuto. Fui atrás e não achei
mais. Há muitas formas de esca-
par da cidade.”
Na opinião de outro morador,
falta investigação por parte da
de Abreu Fernandes, o movimen-
to foi pacífico e positivo para o
alerta. Depois do fechamento do
posto, no dia 11 de abril, diz que
as rondas pela cidade ainda são
feitas. Mesmo assim, admite que
o número de crimes subiu. “Em
quatro anos, tivemos quatro as-
saltos. E nos últimos três meses,
foram seis.”
Depois dos gritos de ordem e
dos desabafos, os manifestantes
aplaudiram e deram um abraço
simbólico à sede da BM, em sinal
de apoio à corporação. O protesto
durou cerca de 20 minutos.
Segundo o comerciário Vamor
Alves de Borba, é preciso apoiar
as polícias e chamar atenção dos
políticos. Afirma que haverá mais
protestos, cogitando fechar a BR-
386.
40 dias ando armado. Não vou
esperar para ser morto. Vou rea-
gir”, ameaça.
Ressalta que o sentimento de in-
segurança é coletivo e que as pes-
soas vão trabalhar com medo de
deixar as residências. “Eles sobem
na elevada e observam as casas
de cima. Sabem quando o mora-
dor sai para trabalhar.”
Abraço à sede da BMDepois das primeiras manifes-
tações, o delegado da Polícia Civil,
Daniel Gerhardt, incentivou todos
a cantar o hino nacional. Segun-
do ele, a maioria dos assaltos está
ligada às drogas, principalmente
o crack. “Algumas intervenções
devem iniciar na família.”
De acordo com o major Marcelo
Polícia Civil. Para ele, não é mais
possível esperar justiça e segu-
rança do Estado. “Nunca tive
arma, sempre fui contra, mas há A sequência de assal-tos na sexta-feira, 1º, foi o estopim para o mani-festo. A matéria publica-da nessa terça-feira no A Hora mostrou que, no mesmo dia, uma farmácia localizada em frente ao prédio da pre-feitura, e um restauran-te, junto à rodoviária, foram alvos do mesmo criminoso. Em 40 dias, a farmácia foi assaltada duas vezes, enquanto a rodoviária foi alvo de roubos à mão armada por três.
RELEMBRE
O CASO
Morador que não
quis se identi#car
Nunca tive arma,
sempre fui contra,
mas há 40 dias ando
armado. Não vou
esperar para ser
morto. Vou reagir.”
Manifestantes gritaram por mais segurança. Cerca de 150 pessoas deram um abraço simbólico na sede da BM
ANDERSON LOPES
CidadesA HORA · QUARTA-FEIRA, 6 DE JULHO DE 2016 11
12 A HORA · QUARTA-FEIRA, 6 DE JULHO DE 2016
MP denuncia oito por organização criminosa
ÁGUA CONTAMINADA
O Ministério Público Estadual (MPE) encaminha denúncia à Vara
Criminal de Lajeado contra quatro empresários e outros quatro
funcionários da Mineração Campo Branco Ltda.
Vale do Taquari
A Justiça recebeu nessa segunda-feira a denún-cia contra oito pessoas ligadas à empresa com
sede em Progresso. Elas são acu-sadas pela Procuradoria Criminal Especializada do MPE por supos-ta organização criminosa. Três foram presas no dia 23 de junho, data em que foi deflagrada a Ope-ração Gota D’Água.
Os presos foram Paulo Moacir Vivian, Ademar Paulo Ferri e Mar-celo Colling. Os dois primeiros são
sócios da Mineração Campo Bran-co Ltda, e o terceiro atuava como químico industrial da empresa, além de ser professor na Univates.
A denúncia do MP cita ainda ou-tros dois sócios: Ermínio Vivian, irmão de Paulo Moacir, e Norberto Ferri, irmão de Ademar. Por fim, também foram denunciados os funcionários da empresa, Natan Reckziegel, Diego Pellenz e Cerilda Fátima de Oliveira.
Além de organização crimino-sa, os quatro sócios podem res-ponder pelos crimes previstos no artigo 272 do Código Penal. Eles
foram enquadrados pelo depósi-to e venda de produto alimentí-cio corrompido, cuja pena varia de quatro a oito anos de prisão.
Para os promotores responsá-veis pela investigação, Mauro Rockenbach, da area criminal, e Alcindo Luz Bastos Silva Fi-lho, da defesa do consumidor, os denunciados permitiram, de forma intencional, que a água fosse envasada e comerciali-zada mesmo sabendo da con-taminação bacteriológica por laudos solicitados pela própria empresa.
Sonegação de R$ 3,2 milhões
O delegado-adjunto da Receita Estadual de Lajeado, Fábio Ri-cardo Koefender, participou da Operação Gota D’Água em junho. Segundo ele, a empresa sonegou R$ 3,2 milhões em tributos esta-duais.
Em um dos áudios intercep-tados entre os irmãos Ferri pelo MPE, Norberto fala sobre vender “sem nota” e mandar uma “carga fria”. Com a vistoria realizada na sede da empresa durante a opera-
Investigação verificou diversas irregularidades. Desde o uso de
embalagens sujas até funcionários trabalhando com
roupas inadequadas
Operação Gota D’Água lacrou empresa de Progresso. Resultado do inquérito foi entregue à Justi-
ça. Oito pessoas foram denun-ciadas. Além dos proprietários,
o químico industrial e outros quatro funcionários tiveram os nomes adicionados ao processo.
RODRIGO MARTINI / ARQUIVO
A HORA · QUARTA-FEIRA, 6 DE JULHO DE 2016
Entrevista
13
Reportagem: Rodrigo Martini Colaboração: Thiago Maurique
ção, a Receita acredita que mais subfaturamentos e não inclusão de notas fiscais nos lançamentos possam ser verificados.
Processo contra KokinhoConforme antecipado pelo jor-
nal A Hora, o MPE solicitou a extinção de punibilidade do in-vestigado, Vitor Hugo Gerhardt, ex-chefe da 16a Coordenadoria Regional de Saúde (CRS). Segundo os promotores, a decisão é justifi-cada pela morte dele, no dia 26 de junho.
Conhecido na região como Koki-nho, o ex-coordenador fora afasta-do após a Operação Gota D’Água. Sobre ele, recaiam suspeitas de prevaricação. Para o MP, ele dei-xou de punir com rigor a empresa, após ter sofrido pressão por parte dos empresários, que também são ligados ao PMDB, partido que indi-cou Gerhardt ao cargo.
Eram duas provas apresenta-das pelo MP contra Kokinho. A pri-meira referente a uma multa de R$ 20 mil recebida pela empresa, e que posteriormente foi reduzida para R$ 2 mil. Os promotores cul-pam o ex-coordenador. Mas a CRS informa que tal multa fora apli-cada, de fato, pela Administração Municipal de Progresso.
A segunda prova era sobre um pedido de interdição apresenta-do em janeiro de 2016 por uma fiscal da CRS. Conforme as inves-tigações, Gerhardt só advertiu os empresários. Para o MP, ele agiu assim graças à ligação partidária. Já, para amigos e colegas, Koki-nho agiu amparado pela legisla-ção e por laudos atestando a boa qualidade do produto.
Detalhes da operaçãoA investigação iniciou após de-
núncia anônima no início do ano. Por meio de escutas telefônicas e interceptação de e-mails, os pro-motores acreditam ter desmante-lado uma organização criminosa responsável pela produção e ven-da de água contaminada.
Laudos da própria empresa já comprovaram a presença acima do permitido da bactéria pseu-domonas aeruginosa, coliformes totais, limo e mofo, além de par-tículas de sujeira. Mesmo assim, o promotor de Justiça decidiu aguardar a remessa dos docu-mentos oficiais solicitada pelo Judiciário aos laboratórios corres-pondentes.
Durante a operação, foram en-
contradas bombonas que seriam descartadas, misturadas a em-balagens para envasar, também a manipulação das tampas de bombonas sem cuidados higiêni-cos, recipientes vencidos e sujos. A água era envasada em locais sem dispositivos à prova de roe-dores e que impeçam a entrada de pragas e de impurezas, funcio-nários trabalhando com roupas impróprias, usando chinelos, sem aventais e em condições precárias de higiene. Nas prateleiras, havia ferrugem e eram revestidas de pa-pelão, em contato com rótulos e utensílios de limpeza.
Além disso, não havia sabão e toalhas descartáveis para os funcionários. Também foram ve-rificados canos abertos, buracos, trincas, área externa da indús-tria não pavimentada, com foco de poeira, terra, água estagnada, sem delimitação para o trânsito de veículos, entre outras coisas. Ainda, a Licença Sanitária, docu-mento expedido pelo Executivo de Progresso, está vencida, assim como a Licença de Operação da
Fepam, expirada em 2013.A Organização Mundial de Saú-
de estabelece que a água engarra-fada para consumo humano deve ser totalmente livre de coliformes
Áudio da conversa entre os irmãos Ferri no dia 10/6
Pingo – Alô
Norberto – O Pingo
Pingo – Ah?
Norberto – Tu tem que equacionar lá com o Diego al-
gum desconto [de duplicata] para pagar Enio, vai perder
[a casa] do Enio, cara. Tá?
Pingo – (fala sobreposta)
Norberto – (ininteligível) Porto Alegre tem que pagar
o que nós temo vendendo aqui com duplicata lá [pela
distribuidora]. [Ir] lá naquele Banco do Brasil, fazer um
desconto lá, sei lá o quê.
Pingo – Ou vou mandar vim uma carga e o Enio vende
aqui embaixo (riso), lá em cima não tem... Não entra
mais dinheiro. [Ah]
Norberto – Só um pouquinho. Tem como vender por
aqui sem nota para mandar uma carga fria para cá (inin-
teligível)? (Fala com terceiros ao fundo). - Só um pouqui-
nho. Tá [vamo ver... vamo ver isso aí]. Tá?
Pingo – Ah?
Norberto – Tá bom, vou conversar com [o Enio]. Tá
bom
Pingo – Tá.
José Boschi Schmidt
Advogado de defesa dos denunciados
Não são raros os recalls de gêneros
alimentícios provocados por
problemas variados
e pseudomonas aeruginosa, devi-do à vulnerabilidade de crianças e idosos a esses micro-organismos. A bactéria causa infecções respi-ratórias, urinárias e sanguíneas. Já a ingestão de coliformes provo-ca distúrbios gastrointestinais.
Defesa alega exageroA firma de advocacia Boschi &
Boschi, de Porto Alegre, é respon-sável pela defesa dos denuncia-dos. De acordo com o advogado José Antônio Paganella Boschi, a
prioridade foi restabelecer a liber-dade dos citados no caso. “Agora que estão todos em casa, vamos analisar os termos da denúncia.”
Ele diz que a defesa não aceita qualquer tipo de comparação com a Operação Leite Compen$ado por parte do Ministério Público. “Na-quele caso, os responsáveis teriam adicionado produtos para aumen-tar o volume ou maquiar a quali-dade do leite. Ninguém adicionou nada à água.”
Conforme o advogado, o apon-tamento do MP mostra alterações “quase imperceptíveis” em alguns itens obrigatórios para a qualida-de da água. “Isso apareceu em um ou dois laudos das dezenas de tes-tes realizados.”
Para Boschi, é preciso verificar por que ocorreram essas altera-ções. “Não significa que é o pa-drão do poço. A maioria dos testes aponta que a água é saudável.”
Ele considera a atuação do MP exagerada e afirma que a forma como a operação foi conduzida criou sérios prejuízos para a em-presas, a marca e as pessoas en-volvidas. “A fábrica está com as bombas lacradas e 30 funcioná-rios perderão o emprego.”
Para o advogado, o impacto não seria tão grande se o fato fosse tratado com a mesma naturalida-de com a qual outros produtos são retirados do mercado. “Não são raros os recalls de gêneros alimen-tícios provocados por problemas variados”, aponta.
MARCELO GOUVÊA / ARQUIVO
Argumento da defesa tenta mostrar que a água está sujeita a alterações. Para o advogado, ação do MP foi muito drástica
Cidades14 A HORA · QUARTA-FEIRA, 6 DE JULHO DE 2016
Estado
A 11ª etapa da Operação
Leite Compen$ado e a
4ª etapa da Operação
Queijo Compen$ado re-
sultou em cinco pessoas presas e
oito mandatos de busca e apreen-
são. As medidas foram cumpridas
em São Pedro da Serra (quatro),
Estrela (uma), Caxias do Sul
(duas) e Novo Hamburgo (uma).
As ações investigam as ativida-
des das empresas Laticínios Roesler
e Campestre (ambas em São Pedro
da Serra), bem como da Calábria
Casa de Queijos (Caxias do Sul) e Nei
Casa do Queijo – Produtos Coloniais
(Novo Hamburgo), vendedoras de
produtos dos dois laticínios.
As operações investigam práticas
nocivas à saúde, já que os produtos
fabricados pelas duas indústrias,
das marcas Granja Roesler e Cam-
pestre, foram submetidos à análise
laboratorial e tiveram resultados
positivos para coliformes fecais e
staphyloccocus.
Foi apurada ainda a adição de
água e amido de milho no leite para
aumentar o volume, bem como o
acréscimo de água oxigenada e áci-
do sórbico (bactericida e fungicida)
para aumentar a validade dos pro-
dutos (leite de cabra e queijo).
As adulterações foram descober-
tas pelo Lanagro (laboratório do
Mapa) em análises de quatro cole-
tas de leite pasteurizado tipo C da
marca Granja Roesler com data de
fabricação em 9 de março deste ano
e vencimento em 16 do mesmo mês.
Todas tiveram o índice de crios-
copia (ponto de congelamento) fora
dos padrões, o que indica adição de
água. Análises feitas na nata da
mesma marca tiveram resultado
positivo para a presença de amido
de milho.
Venda indevida As duas empresas tinham apenas
autorização para vender produtos
na cidade onde estão instaladas,
no entanto, eram eles levados para
casas de queijo em Caxias do Sul e
Novo Hamburgo. A Fundação Es-
tadual de Proteção Ambiental (Fe-
pam) interditou o Laticínio Roesler
por falta de licenças. A Receita Esta-
dual constatou subfaturamento de
quantidades e preços de produtos,
além da comercialização sem nota
fiscal.
O MP começou a investigar as
duas empresas após receber denún-
cia sobre a utilização indevida do
selo Cispoa.
Segundo o promotor Mauro Ro-
ckenbach, o fiscal permitia que as
indústrias funcionassem e colo-
cassem produtos no mercado sem
realizar as mínimas análises neces-
sárias. “Ele tinha conhecimento de
que os laticínios recebiam, manti-
nham em depósito, processavam e
expunham à venda produtos frau-
dados e contendo bactérias.” O fis-
cal teve as funções suspensas.
“Não cometemos irregularidades”
Entre os presos, está Clóvis Mar-
celo Roesler, secretário do Instituto
Gaúcho do Leite (IGL) e integrante
do Conselho Administrativo da
Associação das Pequenas Indús-
trias de Laticínios do RS (Apil). Ele
diz que a empresa é idônea e que
“não se cometeu fraude em pro-
dutos de jeito nenhum.”
O proprietário da Nei Casa do
Queijo – Produtos Coloniais dis-
se que a operação não encontrou
nada de irregular na sede da em-
presa. “Nada foi encontrado no
nosso estabelecimento, nenhuma
irregularidade”, disse Nei Belle
Anziliero.
Também foram presos preven-
tivamente César Moacir Roesler,
Anete Maria Roesler, Antônio
Germano Royer e Selvino Dietri-
ch. O presidente da Apil, Wlade-
mir Pedro Dall’Bosco, diz que a
entidade tem total preocupação
com questões de inspeção e ino-
cuidade dos produtos dos seus
associados, inclusive, oferecendo
orientação e assessoria técnica.
Etapa cumpriu oito mandados. Um em Estrela
Operação prende cinco por vender leite impróprio
Conforme a investigação, o leite recebia adição de ácido e amido de milho para aumentar volume e tempo de validade
DIVULGAÇÃO
PREMIADOS
Licrufa entrega prêmios aos melhoresCanarinho, campeão de duas categorias, recebeu a maioria dos troféus
Amador de Cruzeiro do Sul
A HORA · QUARTA-FEIRA,
6 DE JULHO DE 2016
PATROCÍNIO:
A Liga Cruzeirense de
Futebol Amador (Li-
crufa) realizou, na
sexta-feira, a festa de
encerramento do municipal –
Copa Prefeito José Manoel Rus-
chel. O evento ocorreu na casa
da equipe campeã das catego-
rias titular e aspirante, o Cana-
rinho, em São Bento. Anfitrião
da festa, o Canarinho ficou com
14 prêmios dos 31 disponíveis.
VeteranoCampeão: XV de Novembro Vice-campeão: Canarinho Treinadores destaques: Alexandre Presler (XV de Novem-bro) e Milton Weiler (Canarinho) Massagista destaque: Fábio Farias (XV de Novembro) Mesária destaque: Alana Gregory (XV de Novembro) Presidente destaque: Altair Johner (XV de Novembro) Goleador: Joaquim Weiler, o Tsuquinha, (Canarinho), com oito gols Goleiro menos vazado: Ademir José Zarth (Canarinho), com sete gols sofridos Disciplina: Bom fim
AspiranteCampeão: Canarinho Vice-campeão: XV de Novembro Treinadores destaques: Ademir Persch (Canarinho) e An-gelo Luís Lord (XV de Novembro) Massagista destaque, categoria sub-20: Fábio Farias, o Fafa (XV de Novembro) Mesária destaque, categoria sub-20: Caroline Leichtweis (Canarinho) Presidente destaque, categoria sub-20: Milton Weiler (Canarinho) Goleadores: Lucas Alberto Heuser (Independente) e Pedro Caina Chaves Silva (XV de Novembro), com sete gols cada Goleiro menos vazado: Leandro Henrique Lottermann (Canarinho), com dez gols sofridos Disciplina, categoria sub-20: Bom fim
TitulareCampeão: Canarinho Vice-campeão: Bom Fim Treinadores destaque: Felipe Wendt (Canarinho) e Michel Kich (Bom Fim) Massagista destaque: João Dessoy (Canarinho) Mesária destaque: Simoni Gerhardt (Bom Fim) Presidente destaque: Milton Weiler (Canarinho) Goleador: Edilson dos Santos (Independente), com sete gols Goleiro menos vazado: Demétrios Lorenzini (Bom Fim), com oito gols sofridos Disciplina, categoria força livre: Canarinho
FOTOS EZEQUIEL NEITZKE
Canarinho, de São Bento, ficou com 14 prêmios dos 31 disponíveis
No aspirante, o Canarinho comemorou o título ao vencer o XV de Novembro
XV de Novembro ficou com a taça na categoria veterano
Lajeado,quarta-feira, 6 de julhode 2016
Jornalismo / redação: [email protected] Publicidade: [email protected]: [email protected]