Análise dos resultados da implantação do Plano de Abordagem e Tratamento do Tabagismo (MS/INCA) em Unidade de
Saúde (SUS) de Curitiba- Pr
Luci Bendhack – pneumologista Maria de Fátima Nadolny - assistente social
Melissa Keikeis - psicóloga
INTRODUÇÃO
A implantação do Plano na rede pública é uma das ações para promoção da cessação do tabagismo, oferecendo à população os métodos eficazes de tratamento.
OBJETIVO
Analisar os resultados com a implantação do Plano na rede pública, seguindo-se rigorosamente o Protocolo Clínico e as Diretrizes Terapêuticas para Dependência à Nicotina - Portaria Ministerial 442 / 2004.
MÉTODOS
Levantamento de dados do questionário padronizado (MS/INCA/Comprev) preenchido na avaliação inicial dos fumantes atendidos no Plano durante 12 meses, na Unidade de Saúde Vila Hauer (SUS) Curitiba - Pr : perfil do grupo.
MÉTODOS
Análise dos resultados com a implantação do Plano : indicadores de resultados de abandono, de desfecho (parar de fumar), e de recaídas.
Perfil
FemininoMasculino
60,5%39,5%
200 fumantes tiveram acesso ao Plano:
Idade
Menos de 30 anos31 a 40 anosMais de 41 anos
71%7%
22%
Renda Familiar
Menos de 2 salários3 a 4 saláriosMais de 5 salários
51%
20%29%
Idade de iniciação do tabagismo
Menos de 15 anos16 a 20 anosMais de 21 anos
47,5%21%
31,5%
Número de cigarros/ dia
Menos de 10De 11 a 20Mais de 20
39%45,5%
15,5%
Grau de dependência nicotínica
Muito baixoBaixoMédioElevadoMuito Elevado
32,5%
28,5% 5,5% 15,5%
18%
Grau de motivação para cessação
Pré-contemplativaContemplativaPronto para ação
54%40%
6%
Comorbidades
05
101520253035404550
23,50% 9% 7%
Hipertensão
DoençacardiovascularDiabetes mellitus
47
1814
Comorbidades Psiquiátricas
0
10
20
30
40
50
60
70
31%27,50%12%22%
• 62 pacientes (31%) identificam-se como
portadores de depressão
• 55 (27,5%) identificaram-se como
portadores de ansiedade
• 24 (12%) tinham diagnóstico prévio de doença psiquiátrica
• 44 (22%) história de alcoolismo
Fumantes que abandonaram o Plano após avaliação inicial, sem participar da TCC
AbandonaramContinuaram
(115)
57,5%
(85)
42,5%
Número de fumantes atendidos: 200
Fumantes que abandonaram o Plano durante a TCC
AbandonaramContinuaram
(61)
53,1%
(54)
46,9%
Abandono do Plano em relação ao total de atendidos
69,50% 30,50%
Abandonaram
Participantes que pararam de fumar, em relação ao total de atendidos
27%
73%
(54)Pararam de
fumar
Do total de 200 atendidos, 54 (27%) pararam de fumar
Participantes que estavam sem fumar na 4ª sessão de TCC
47,50%52,50%
(29) Sem fumar
Dos 61 participantes da 4ª sessão da TCC, 29 (47,5%) estavam sem fumar
Participantes que deixaram de fumar após avaliação inicial, sem participar da TCC
11% 89%
(22)
11% Deixaram de fumar
Participantes que receberam apoio medicamentoso
52,10%
47,90%
(60)52,1%
Usaram medicamentos
Nãousaram
Participantes que usaram medicamentos e pararam de fumar
57,10%42,90%
(24)
57,1%
Pararam
Dos 60 participantes que usaram medicamentos,
24 (57,1%) pararam de fumar.
Participantes que estavam sem fumar na 4ªsessão sem uso de medicamentos
26,30%73,70%
(5)
26,3%
Dos 19 participantes da 4ª sessão de TCC que não usaram medicamentos, 5 pararam de fumar.
Participantes que estavam sem fumar na 4ªsessão com o uso de medicamentos
57,10%42,90%
(24)
57,1%
Dos 42 participantes da 4ª sessão de TCC que usaram medicamentos, 24 estavam sem fumar.
70,40%29,60%
Dos 54 participantes que pararam de fumar, 16 (29,6%) recaíram
Participantes que pararam de fumar e recaíram
(16)
29,6%
RESULTADOS• 27% do total de atendidos pararam de fumar. • 47,5% deixaram de fumar até o final da TCC.• 11% pararam de fumar após a avaliação
inicial.• O apoio medicamentoso elevou o percentual
de cessação de 26,3% para 57,1%.• Foram elevadas as taxas de abandono do
Plano (69,5%) e de recaídas (29,6%).
CONCLUSÕES
• A implantação do Plano de Abordagem e Tratamento do Tabagismo (MS/INCA) em Unidade de Saúde da rede pública (SUS) mostrou-se efetiva em seu objetivo de reduzir a prevalência do tabagismo.
• Avaliação inicial, TCC e apoio medicamentoso são métodos eficazes para a cessação do tabagismo, e se complementam.
• Altos índices de abandono e recaída sugerem a necessidade de planos especiais.