1
2
Introdução
O Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) foi
instituído pelo Decreto n° 6.022/2007, com alterações
pelo Decreto n° 7.979/2013, que o definiu da seguinte
maneira:
“O Sped é instrumento que unifica as atividades de
recepção, validação, armazenamento e autenticação
de livros e documentos que integram a escrituração
contábil e fiscal dos empresários e das pessoas
jurídicas, inclusive imunes ou isentas, mediante fluxo
único, computadorizado, de informações. (Redação
dada pelo Decreto n° 7.979/2013)”.
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Instruções Gerais
IN RFB n° 1.774/2017
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Art. 1º Esta Instrução Normativa dispõe sobre a
Escrituração Contábil Digital (ECD) a que são
obrigadas as pessoas jurídicas e equiparadas e sobre
a forma e o prazo de sua apresentação.
Art. 2º A ECD compreenderá a versão digital dos
seguintes livros:
I - livro Diário e seus auxiliares, se houver;
II - livro Razão e seus auxiliares, se houver; e
III - livro Balancetes Diários, Balanços e fichas de
lançamento comprobatórias dos assentamentos neles
transcritos.
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Parágrafo único. Os livros contábeis e documentos
mencionados no caput devem ser assinados
digitalmente, com certificado digital emitido por
entidade credenciada pela Infraestrutura de Chaves
Públicas Brasileira (ICP-Brasil), a fim de garantir a
autoria, a autenticidade, a integridade e a validade
jurídica do documento digital.
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Art. 3º Deverão apresentar a ECD as pessoas jurídicas
e equiparadas obrigadas a manter escrituração
contábil nos termos da legislação comercial, inclusive
entidades imunes e isentas.
§ 1º A obrigação a que se refere o caput não se aplica:
I - às pessoas jurídicas optantes pelo Regime Especial
Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições
devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno
Porte (Simples Nacional), instituído pela Lei
Complementar nº 123/2006;
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II - aos órgãos públicos, às autarquias e às fundações
públicas;
III - às pessoas jurídicas inativas, assim consideradas
aquelas que não tenham realizado, durante o ano-
calendário, atividade operacional, não operacional,
patrimonial ou financeira, inclusive aplicação no
mercado financeiro ou de capitais as quais devem
cumprir as obrigações acessórias previstas na
legislação específica;
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IV - às pessoas jurídicas imunes e isentas que
auferiram, no ano-calendário, receitas, doações,
incentivos, subvenções, contribuições, auxílios,
convênios e ingressos assemelhados cuja soma seja
inferior a R$ 1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil
reais) ou ao valor proporcional ao período a que se
refere a escrituração contábil; e
V - às pessoas jurídicas tributadas com base no lucro
presumido que cumprirem o disposto no parágrafo
único do art. 45 da Lei nº 8.981/1995.
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§ 2º As exceções a que se referem os incisos I e V do
§1º não se aplicam à microempresa ou empresa de
pequeno porte que tenha recebido aporte de capital na
forma prevista nos arts. 61-A a 61-D da Lei
Complementar nº 123/2006.
§ 2º-A A exceção a que se refere o inciso V do § 1º não
se aplica às pessoas jurídicas que distribuírem parcela
de lucros ou dividendos sem incidência do Imposto
sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF) em montante
superior ao valor da base de cálculo do imposto sobre
a renda apurado diminuída dos impostos e
contribuições a que estiver sujeita.
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§ 3º As pessoas jurídicas do segmento de construção
civil dispensadas de apresentar a Escrituração Fiscal
Digital do Imposto sobre Operações Relativas à
Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de
Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal
e de Comunicação (ICMS) e do Imposto sobre
Produtos Industrializados (IPI) - EFD ICMS/IPI - ficam
obrigadas a apresentar o livro Registro de Inventário
na ECD, como livro auxiliar.
§ 4º A Sociedade em Conta de Participação (SCP)
enquadrada nas hipóteses de obrigatoriedade de
apresentação da ECD deve apresentá-la como livros
próprios ou livros auxiliares do sócio ostensivo.
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§ 5º O empresário e a sociedade empresária que não
estejam obrigados, para fins tributários, a apresentar a
ECD, podem apresentá-la, de forma facultativa, a fim
de atender ao disposto no art. 1.179 da Lei nº
10.406/2002.
§ 6º As pessoas jurídicas que não estejam obrigadas a
apresentar a ECD podem apresentá-la de forma
facultativa.
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Art. 4º A ECD deve ser gerada por meio do Programa
Gerador de Escrituração (PGE), desenvolvido pela RFB e
disponibilizado no Portal Sped.
Parágrafo único. O PGE dispõe das seguintes
funcionalidades, a serem utilizadas no processamento da
ECD:
I - criação e edição;
II - importação;
III - validação;
IV - assinatura;
V - visualização;
VI - transmissão para o Sped; e
VII - recuperação do recibo de transmissão.
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Art. 5º A ECD deve ser transmitida ao Sistema Público
de Escrituração Digital (Sped), instituído pelo Decreto
nº 6.022/2007, até o último dia útil do mês de maio do
ano seguinte ao ano-calendário a que se refere a
escrituração.
§ 1º O prazo para entrega da ECD será encerrado às
23h59min59s (vinte e três horas, cinquenta e nove
minutos e cinquenta e nove segundos), horário de
Brasília, do dia fixado para entrega da escrituração.
§ 2º A ECD transmitida no prazo previsto no caput será
considerada válida depois de confirmado seu
recebimento pelo Sped.
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§ 3º Nos casos de extinção da pessoa jurídica, cisão
parcial, cisão total, fusão ou incorporação, a ECD deve
ser entregue pela pessoa jurídica extinta, cindida,
fusionada, incorporada e incorporadora, observados os
seguintes prazos:
I - se a operação for realizada no período
compreendido entre janeiro a abril, a ECD deve ser
entregue até o último dia útil do mês de maio daquele
ano; e
II - se a operação for realizada no período
compreendido entre maio a dezembro, a ECD deve ser
entregue até o último dia útil do mês subsequente ao do
evento.
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§ 4º A obrigação prevista no § 3º não se aplica à
incorporadora nos casos em que esta e a incorporada
estavam sob o mesmo controle societário desde o ano-
calendário anterior ao do evento.
Art. 6º A autenticação dos livros e documentos que
integram a ECD das empresas mercantis e atividades
afins, subordinadas às normas gerais prescritas na Lei
nº 8.934/1994, será comprovada pelo recibo de
entrega da ECD emitido pelo Sped, dispensada
qualquer outra autenticação.
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Art. 6º-A A autenticação exigível para fins tributários de
livros contábeis das pessoas jurídicas não sujeitas ao
Registro do Comércio poderá ser feita pelo Sped por
meio de apresentação da ECD.
Parágrafo único. A autenticação dos livros contábeis
digitais de que trata o caput será comprovada pelo
recibo de entrega emitido pelo Sped, dispensada
qualquer outra forma de autenticação, nos termos do
Decreto nº 9.555/2018.
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Art. 7º A ECD autenticada somente pode ser
substituída caso contenha erros que não possam ser
corrigidos por meio de lançamento contábil
extemporâneo, conforme previsto nos itens 31 a 36 da
Interpretação Técnica Geral (ITG) 2000 (R1) -
Escrituração Contábil, do Conselho Federal de
Contabilidade, publicada em 12 de dezembro de 2014.
§ 1º Na hipótese de substituição da ECD, sua
autenticação será cancelada e deverá ser apresentada
ECD substituta, à qual deve ser anexado o Termo de
Verificação para Fins de Substituição que passará a
integrá-la, o qual conterá:
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I - a identificação da escrituração substituída;
II - a descrição pormenorizada dos erros;
III - a identificação clara e precisa dos registros com
erros, exceto quando estes decorrerem de erro já
descrito;
IV - autorização expressa para acesso às informações
pertinentes às modificações por parte do Conselho
Federal de Contabilidade; e
V - a descrição dos procedimentos pré-acordados
executados pelos auditores independentes quando
estes julgarem necessário.
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§ 2º O Termo de Verificação para Fins de Substituição
deve ser assinado pelo profissional da contabilidade
que assina os livros contábeis substitutos e, no caso de
demonstrações contábeis auditadas por auditor
independente, também por este.
§ 3º O profissional da contabilidade que não assina a
escrituração poderá manifestar-se no Termo de
Verificação para Fins de Substituição de que trata o §
1º, desde que essa manifestação se restrinja às
modificações nele relatadas.
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§ 4º A substituição da ECD prevista no caput só pode
ser feita até o fim do prazo de entrega relativo ao ano-
calendário subsequente.
§ 5º São nulas as alterações efetuadas em desacordo
com este artigo ou com o Termo de Verificação para
Fins de Substituição.
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Art. 8º A apresentação dos livros digitais de acordo com
o disposto nesta Instrução Normativa supre:
I - em relação às mesmas informações, a exigência
contida na Instrução Normativa SRF nº 86/2001, e na
Instrução Normativa MPS/SRP nº 12/2006;
II - a obrigação de escriturar o Livro Razão ou fichas
utilizados para resumir e totalizar, por conta ou subconta,
os lançamentos efetuados no Diário, prevista no art. 14
da Lei nº 8.218/1991; e
III - a obrigação de transcrever, no Livro Diário, o
Balancete ou Balanço de Suspensão ou Redução do
Imposto, de que trata o art. 35 da Lei nº 8.981/1995.
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Art. 9º Os usuários do Sped a que se referem os
incisos I, II e III do art. 3º do Decreto nº 6.022/2007,
terão acesso às informações relativas à ECD
disponíveis no ambiente nacional do Sped.
§ 1º O acesso a que se refere o caput será realizado
com observância das seguintes regras:
I - será restrito às informações pertinentes à
competência do usuário;
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II - o usuário deve guardar quanto às informações a
que tiver acesso os sigilos comercial, fiscal e bancário
de acordo com a legislação respectiva; e
III - será realizado na modalidade integral para cópia do
arquivo da escrituração, ou na modalidade parcial para
cópia e consulta à base de dados agregados, que
consiste na consolidação mensal de informações de
saldos contábeis e nas demonstrações contábeis.
§ 2º Para realizar o acesso na modalidade integral o
usuário do Sped deverá ter iniciado procedimento fiscal
dirigido à pessoa jurídica titular da ECD ou que tenha
por objeto fato a ela relacionado.
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Art. 10. O acesso ao ambiente nacional do Sped fica
condicionado a autenticação mediante certificado digital
credenciado pela ICP-Brasil, emitido em nome dos
usuários a que se referem os incisos I, II e III do art. 3º
do Decreto nº 6.022/2007.
§ 1º O acesso previsto no caput também será possível
à pessoa jurídica em relação às informações por ela
transmitida ao Sped.
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§ 2º Será mantido no ambiente nacional do Sped, pelo
prazo de 6 (seis) anos, registro dos eventos de acesso,
que conterá:
a) identificação do usuário;
b) identificação da autoridade certificadora emissora do
certificado digital;
c) o número de série do certificado digital;
d) a data e a hora da operação; e
e) a modalidade de acesso realizada, de acordo com o
art. 9º.
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§ 3º As informações sobre o acesso à ECD ficarão
disponíveis para o seu titular, às quais ele poderá ter
acesso mediante utilização de certificado digital.
Art. 11. Aplicam-se à pessoa jurídica que deixar de
apresentar a ECD nos prazos fixados no art. 5º ou que
apresentá-la com incorreções ou omissões as multas
previstas no art. 12 da Lei nº 8.218/1991, sem prejuízo
das sanções administrativas, cíveis e criminais
cabíveis, inclusive aos responsáveis legais.
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Parágrafo único. As multas a que se refere o caput não
se aplicam à pessoa jurídica não obrigada a apresentar
ECD nos termos do art. 3º, inclusive à que a apresenta
de forma facultativa ou esteja obrigada por força de
norma expedida por outro órgão ou entidade da
administração pública federal direta ou indireta que
tenha atribuição legal de regulação, normatização,
controle e fiscalização.
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30
Todos os livros da escrituração contábil podem ser
incluídos no Sped Contábil, em suas diversas formas.
São previstas as seguintes formas de escrituração:
G - Diário Geral;
R - Diário com Escrituração Resumida (vinculado a livro
auxiliar);
A - Diário Auxiliar;
Z - Razão Auxiliar; e
B - Livro de Balancetes Diários e Balanços.
Livros abrangidos pela ECD
31
A escrituração G (Diário Geral) não pode conviver com
nenhuma outra escrituração principal no mesmo
período, ou seja, as escriturações principais (G, R ou
B) não podem coexistir.
A escrituração G não possui livros auxiliares A ou Z, e,
consequentemente, não pode conviver com esses
tipos de escrituração.
Regras de convivência entre os livros
abrangidos pela ECD
32
Regras de convivência entre os livros
abrangidos pela ECD
A escrituração resumida R pode conviver com os livros
auxiliares (A ou Z).
O livro de balancetes e balanços diários B pode
conviver com os livros auxiliares (A, Z).
33
Impressão dos livros
São formas alternativas de escrituração: em papel, em
fichas ou digital.
Assim, elas não podem coexistir em relação ao mesmo
período. Ou seja, não podem existir, ao mesmo tempo,
dois livros diários em relação ao mesmo período, sendo
um digital e outro impresso.
De acordo com o ITG 2000 (R1) – Escrituração Contábil –
em caso de escrituração contábil em forma digital, não há
necessidade de impressão e encadernação em forma de
livro, porém o arquivo magnético autenticado pelo registro
público competente deve ser mantido pela entidade.
34
Com a publicação do Decreto nº 8.683/2016, alterando
o Decreto nº 1.800/1996, a autenticação de livros
contábeis das empresas poderá ser feita por meio do
Sped, mediante a apresentação de escrituração
contábil digital, sendo comprovada pelo recibo de
entrega emitido pelo Sped.
Tal autenticação dispensa a que era realizada pela
Junta Comercial, sendo considerados autenticados os
livros contábeis transmitidos pelas empresas ao Sped
até 26.02.2016, ainda que não analisados pela Junta
Comercial.
Autenticação dos livros digitais das
sociedades empresárias
35
O Decreto n° 9.555/2018 dispõe sobre a autenticação
de livros contábeis de pessoas jurídicas não sujeitas
ao Registro de Comércio.
De acordo com o Decreto n° 9.555/2018 a
autenticação da ECD, para pessoas jurídicas não
sujeitas ao Registro do Comércio, será automática, no
momento da transmissão do arquivo ao Sped e essa
autenticação dispensa qualquer outra forma de
autenticação. O comprovante da autenticação é o
próprio recibo de transmissão.
Autenticação dos livros digitais das
sociedades empresárias
36
Autenticação dos livros digitais das
sociedades empresárias
37
Quantidade de livros por arquivo e
quantidade de arquivos por ano-calendário
O arquivo da ECD sempre corresponde a um livro, ou seja,
não é possível que um arquivo contenha mais de um livro.
Além disso, regra geral, a ECD será entregue em apenas
um arquivo correspondente a todo o ano-calendário.
Contudo, há algumas exceções, como por exemplo a
escrituração resumida com livros auxiliares. Nessa
situação, a escrituração poderá conter mais de um livro por
ano-calendário e, consequentemente, mais de um arquivo,
tendo em vista que haverá o livro principal (escrituração
resumida) e um ou mais livros auxiliares.
Há também o caso de o arquivo de um mês ultrapassar 1
GB (gigabyte), situação em que a escrituração pode ser
entregue em arquivos mensais (12 arquivos por ano).
38
Substituição do livro digital transmitido
Somente poderão ser substituídos os livros que
contenham erros que não possam ser corrigidos por
meio de lançamentos extemporâneos, nos termos das
Normas Brasileiras de Contabilidade.
A entidade deverá preencher o registro J801 – Termo
de Verificação Para Fins de Substituição da ECD –
detalhando os erros que deram motivo à substituição
com as seguintes informações:
39
Substituição do livro digital transmitido
I – identificação da escrituração substituída;
II – descrição pormenorizada dos erros;
III – identificação clara e precisa dos registros que
contenham os erros, exceto quando estes decorrerem de
outro erro já discriminado;
IV – autorização expressa para acesso do Conselho
Federal de Contabilidade a informações pertinentes às
modificações; e
V – descrição dos procedimentos pré-acordados
executados pelos auditores independentes, quando for o
caso, e quando estes julgarem necessário.
40
Substituição do livro digital transmitido
O Termo de Verificação para Fins de Substituição deve
ser assinado (os dados dos assinantes serão
preenchidos no registro J935):
a) pelo próprio profissional da contabilidade que assina
os livros contábeis substitutos; e
b) quando as demonstrações contábeis tenham sido
auditadas por auditor independente, pelo próprio
profissional da contabilidade que assina os livros
contábeis substitutos e também pelo seu auditor
independente.
Só é admitida a substituição da ECD até o fim do prazo
de entrega relativo ao ano-calendário subsequente.
41
Substituição do livro digital transmitido
São nulas as alterações efetuadas em desacordo com
as regras supramencionadas ou com o Termo de
Verificação para Fins de Substituição.
42
Assinatura do livro digital
O registro J930 identifica os signatários da escrituração
e o registro J932 identifica os signatários do termo de
verificação.
Regras para a assinatura do livro digital:
1. Toda ECD deve ser assinada, independentemente
das outras assinaturas, por um contador/contabilista e
por um responsável pela assinatura da ECD.
2. O contador/contabilista deve utilizar um e-PF ou e-
CPF para a assinatura da ECD.
43
3. O responsável pela assinatura da ECD é indicado
pelo próprio declarante, utilizando campo específico.
Só pode haver a indicação de um responsável pela
assinatura da ECD.
4. O responsável pela assinatura da ECD pode ser:
- um e-PJ ou um e-CNPJ, que coincida ou não com o
CNPJ do declarante, caso não o CNPJ será validado
nos sistemas da RFB e deverá corresponder ao
procurador eletrônico do declarante perante a RFB; ou
- um e-PF ou e-CPF. Nesse caso o CPF será validado
nos sistemas da RFB e deverá corresponder ao
representante legal ou ao procurador eletrônico do
declarante perante a RFB.
Assinatura do livro digital
44
5. A assinatura do responsável pela assinatura da ECD
nas condições anteriores (notadamente por
representante legal ou procurador eletrônico perante a
RFB) não exime a assinatura da ECD por todos
aqueles obrigados à assinatura da contabilidade do
declarante por força do Contrato Social, seus aditivos e
demais atos pertinentes, sob pena de tornar a
contabilidade formalmente inválida e mesmo
inadequada para fins específicos, conforme as normas
próprias e o critério de autoridades ou partes
interessadas que demandam a contabilidade.
Assinatura do livro digital
Todos os certificados assinantes de uma ECD podem ser
A1 ou A3. Além da assinatura do responsável pela
assinatura da ECD (pessoas física ou jurídica) e do
certificado e-PF ou e-CPF do contador/contabilista, pode
haver qualquer número de assinaturas.
A assinatura do responsável pela assinatura da ECD pode
ter qualquer código de qualificação do assinante, com
exceção dos códigos dos profissionais contábeis 900, 910
e 920.
Assinatura do livro digital
45
46
Uma ECD ORIGINAL deve ter, pelo menos, duas
assinaturas:
(1) uma do e-PF ou e-CPF correspondente ao
profissional contábil (código de assinante 900); e
(2) outra que deve ser indicada como responsável pela
assinatura da ECD, podendo ser um e-PJ ou e-CNPJ
(com código de assinante igual a 001, exclusivo de PJ)
ou um e-PF ou e-CPF ligado a um outro código de
assinante qualquer (com exceção dos códigos dos
profissionais contábeis 900, 910 e 920).
Assinatura do livro digital
47
Caso o sistema não esteja reconhecendo o certificado
digital, siga o seguinte procedimento:
- delete os certificados expirados do computador, se houver
e tente assinar novamente.
Caso não funcione:
- exporte a chave pública do certificado utilizando a Internet
e envie para RFB via “Fale Conosco” do Sped Contábil.
- em caso de erro persistente, envie o print screen da tela
de leitura dos certificados para análise via “Fale Conosco”
do Sped Contábil (enquanto o PGE do Sped Contábil tenta
ler o certificado).
- espere, pelo menos 10 minutos, se o PGE do Sped
Contábil estiver demorando a ler um certificado.
Assinatura do livro digital
48
Plano de Contas Referencial
O mapeamento para os planos de contas referenciais é
facultativo. O PGE do Sped Contábil adota, a partir do
ano-calendário 2014, os mesmos planos de contas
referenciais constantes no Manual de Orientação do
Leiaute da Escrituração Contábil Fiscal (ECF), nos
registros L100, L300, P100, P150, U100 e U150.
Todos os planos de contas referenciais estão
disponíveis no Manual Orientação do Leiaute da ECF e
no próprio diretório do programa do Sped Contábil em
C:\Arquivos de Programas RFB\Programas
SPED\SpedContabil\recursos\tabelas.
49
A Lei nº 13.670/2018, veio dar nova redação aos
artigos 11 e 12 da Lei nº 8.218/1991, que dispõe sobre
a utilização de sistemas de processamento eletrônico
de dados para registrar negócios e atividades
econômicas ou financeiras, escriturar livros ou elaborar
documentos de natureza contábil ou fiscal, e a manter,
à disposição da Secretaria da Receita Federal, os
respectivos arquivos digitais e sistemas.
Multa por atraso na entrega da
escrituração digital
50
De acordo com a nova redação do art. 12 da Lei nº
8.218/1991, a inobservância do disposto no artigo
precedente acarretará a imposição das seguintes
penalidades:
I - multa equivalente a 0,5% (meio por cento) do valor
da receita bruta da pessoa jurídica no período a que se
refere a escrituração aos que não atenderem aos
requisitos para a apresentação dos registros e
respectivos arquivos;
Multa por atraso na entrega da
escrituração digital
51
II - multa equivalente a 5% (cinco por cento) sobre o
valor da operação correspondente, limitada a 1% (um
por cento) do valor da receita bruta da pessoa jurídica
no período a que se refere a escrituração, aos que
omitirem ou prestarem incorretamente as informações
referentes aos registros e respectivos arquivos; e
III - multa equivalente a 0,02% (dois centésimos por
cento) por dia de atraso, calculada sobre a receita
bruta da pessoa jurídica no período a que se refere a
escrituração, limitada a 1% (um por cento) desta, aos
que não cumprirem o prazo estabelecido para
apresentação dos registros e respectivos arquivos.
Multa por atraso na entrega da
escrituração digital
52
Parágrafo único. Para as pessoas jurídicas que
utilizarem o Sistema Público de Escrituração Digital, as
multas de que tratam o caput deste artigo serão
reduzidas:
I - à metade, quando a obrigação for cumprida após o
prazo, mas antes de qualquer procedimento de ofício;
e
II - a 75% (setenta e cinco por cento), se a obrigação
for cumprida no prazo fixado em intimação.
Multa por atraso na entrega da
escrituração digital
53
A multa por atraso na entrega da ECD não é gerada
automaticamente pelo programa no momento da
transmissão do arquivo em atraso. Pode ser utilizado o
programa Sicalcweb , disponível no site da Receita
Federal do Brasil, para cálculo da multa e geração do
DARF.
O código de receita da multa por atraso na entrega da
ECD é 1438.
Vencimento: 30 dias após a data de entrega em atraso
da ECD.
Multa por atraso na entrega da
escrituração digital
54
Dados técnicos para geração do
arquivo da ECD
A empresa deverá gerar o arquivo da ECD com
recursos próprios. O arquivo será obrigatoriamente
submetido ao PGE do Sped Contábil para validação de
conteúdo, assinatura digital, transmissão e
visualização.
55
Nos casos previstos na Instrução Normativa RFB nº
1.700/2017, haverá a necessidade de informação do
livro razão auxiliar referente a subcontas.
As pessoas jurídicas devem manter o livro “Z” no
formato definido abaixo e apresentá-lo assinado
digitalmente, caso sejam intimadas em uma eventual
auditoria da Receita Federal do Brasil. O livro Z deve
ser validado e assinado no PGE do Sped Contábil.
Razão auxiliar das subcontas
56
Ainda que tenham que apresentar o livro "Z"
posteriormente, caso as pessoas jurídicas não tenham
outros livros auxiliares, deverão transmitir o livro "G"
como livro principal. Deverá ser adotado o modelo
padronizado de razão auxiliar das subcontas (as
informações devem ser preenchidas nos registros I030 e
I500 a I555), conforme abaixo.
Naturezas do livro a serem informadas no campo 4 do
registro I030:
RAZAO_AUXILIAR_DAS_SUBCONTAS
RAZAO_AUXILIAR_DAS_SUBCONTAS_MF (no caso de
ECD baseada em moeda funcional)
Razão auxiliar das subcontas
57
Moeda funcional
As pessoas jurídicas obrigadas a transmitir, via Sped, a
escrituração em moeda funcional diferente da moeda
nacional e que, nos termos do art. 287 da Instrução
Normativa RFB nº 1.700/2017, são obrigadas a
transmitir, para fins tributários, escrituração com base
na moeda nacional, deverão preencher o campo
identificação de moeda funcional do registro 0000
(IDENT_MF) com “S” (Sim).
58
Quando o campo de identificação de moeda funcional
– “IDENT_MF” (campo 19) – do registro 0000 for igual
a “S” (Sim), os campos já existentes nos registros I155,
I157, I200, I250, I310 e I355 deverão ser preenchidos
com os valores baseados em moeda nacional,
atendendo ao disposto nos artigos 286 e 287 da
Instrução Normativa RFB nº 1.700/2017, ou seja, são
os campos que serão utilizados para a recuperação
dos dados da ECD no programa da Escrituração
Contábil Fiscal (ECF).
Moeda funcional
59
A escrituração em moeda funcional deverá compor
todos os livros contábeis, sejam principais ou
auxiliares.
Além disso, a pessoa jurídica deverá criar campos
adicionais no arquivo da ECD, por meio do
preenchimento do registro I020, conforme abaixo, para
informar os valores da contabilidade em moeda
funcional, convertida para reais conforme regras
previstas na legislação societária.
Moeda funcional
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Livro auxiliar da investida no exterior
Conforme regulamentado no art. 13 da Instrução
Normativa RFB no 1.520/2014, caso as pessoas
jurídicas investidas estejam situadas em país com o
qual o Brasil não mantenha tratado ou ato com
cláusula específica para troca de informações para fins
tributários, conforme inciso I do § 1º do art. 11, a
consolidação será admitida se a controladora no Brasil
disponibilizar a escrituração contábil em meio digital e
a documentação de suporte e desde que não incorram
nas condições previstas nos incisos II a V do art. 11.
61
§ 1º A escrituração contábil de que trata o caput deve:
I - estar em idioma português;
II - abranger todas as operações da controlada;
III - ser elaborada em arquivo digital padrão; e
IV - ser transmitida ao Sistema Público de Escrituração
Digital (Sped), instituído pelo Decreto nº 6.022/2007,
até a data estabelecida no art. 4º da IN RFB nº
1.774/2017.
Livro auxiliar da investida no exterior
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De acordo com § 4° do art. 13 da IN RFB n°
1.520/2014, alterado pela IN RFB n° 1.772/2017:
§ 4º Para os anos-calendário 2014 a 2018, o arquivo
previsto no inciso III do § 1º deverá ser transmitido
utilizando-se de processo eletrônico da RFB, e cujo
número do processo deverá ser informado na
escrituração e prazo estabelecidos no art. 3º da
Instrução Normativa RFB nº 1.422/2013.
Livro auxiliar da investida no exterior
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Leiautes do arquivo da ECD
O leiaute 7, válido para a partir do ano-calendário
2018, assim que for publicada a versão do programa
gerador de escrituração (PGE) da ECD/2019.
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Blocos do arquivo
Entre o registro inicial e o registro final, o arquivo digital
é constituído de blocos, referindo-se cada um deles a
um agrupamento de informações.
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Portanto, o arquivo digital é composto por blocos de
informação e cada bloco terá um registro de abertura,
registros de dados e um registro de encerramento.
Após o bloco inicial (Bloco 0), a ordem de
apresentação dos demais blocos é a sequência
constante na tabela de blocos acima.
Salvo quando houver especificação em contrário, todos
os blocos são obrigatórios e o respectivo registro de
abertura indicará a presença ou a ausência de dados
informados.
Blocos do arquivo
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Bloco K: Conglomerados Econômicos
Deverão preencher este bloco as empresas
controladoras obrigadas a apresentar demonstrações
consolidadas de acordo com a legislação societária.
Em atenção ao Pronunciamento CPC 36 e
Pronunciamento CPC PME que abordam o processo
de Consolidação das Demonstrações Contábeis, a
RFB incluiu no SPED Contábil um novo bloco de
informações que tem por finalidade registrar,
legalmente e fiscalmente, as informações relativas ao
processo de consolidação contábil.
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Demonstrações consolidadas são as demonstrações
contábeis de grupo econômico, em que os ativos,
passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e
fluxos de caixa da controladora e de suas controladas
são apresentados como se fossem uma única entidade
econômica.
Controle de investida: um investidor controla a
investida quando está exposto a, ou tem direitos sobre,
retornos variáveis decorrentes de seu envolvimento
com a investida e tem a capacidade de afetar esses
retornos por meio de seu poder sobre a investida.
Bloco K: Conglomerados Econômicos
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Segundo o item 4 do CPC 36 a entidade que seja
controladora deve apresentar demonstrações
consolidadas e se aplica a todas essas entidades,
salvo nos casos da controladora satisfizer todas as
condições a seguir, além do permitido legalmente:
- a controladora é ela própria uma controlada (integral
ou parcial) de outra entidade, a qual, em conjunto com
os demais proprietários, incluindo aqueles sem direito
a voto, foram consultados e não fizeram objeção
quanto à não apresentação das demonstrações
consolidadas pela controladora;
Bloco K: Conglomerados Econômicos
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- seus instrumentos de dívida ou patrimoniais não são
negociados publicamente (bolsa de valores nacional ou
estrangeira ou mercado de balcão, incluindo mercados
locais e regionais);
- ela não tiver arquivado nem estiver em processo de
arquivamento de suas demonstrações contábeis junto
a uma Comissão de Valores Mobiliários ou outro
CPC_36(R3) órgão regulador, visando à distribuição
pública de qualquer tipo ou classe de instrumento no
mercado de capitais;
Bloco K: Conglomerados Econômicos
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- a controladora final, ou qualquer controladora
intermediária da controladora, disponibiliza ao público
suas demonstrações consolidadas em conformidade
com os Pronunciamentos do CPC;
- a controladora final, ou qualquer controladora
intermediária da controladora, disponibiliza ao público
suas demonstrações em conformidade com os
Pronunciamentos do CPC, em que as controladas são
consolidadas ou são mensuradas ao valor justo por
meio do resultado de acordo com este
pronunciamento. (Alterada pela Revisão CPC 08).
Bloco K: Conglomerados Econômicos
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Registro K001: Abertura do Bloco K;
Registro K030: Período da Escrituração Contábil
Consolidada;
Registro K100: Relação das Empresas Consolidadas;
Registro K110: Relação dos Eventos Societários;
Registro K115: Empresas Participantes do Evento
Societário;
Conforme Minuta do Manual da ECD, o SPED Contábil
contará com os seguintes novos registros:
Bloco K: Conglomerados Econômicos
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Registro K200: Plano de Contas Consolidado;
Registro K210: Mapeamento para Planos de Contas
das Empresas Consolidadas;
Registro K300: Saldos das Contas Consolidadas;
Registro K310: Empresas Detentoras das Parcelas do
Valor Eliminado Total;
Registro K315: Empresas Contrapartes das Parcelas
do Valor Eliminado Total; e
Registro K990: Encerramento do Bloco K.
Bloco K: Conglomerados Econômicos
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Ou seja, para as empresas que adotam o procedimento
de Consolidação atualmente, no Sped Contábil estarão
detalhadas, como exemplos, as seguintes informações:
a) Demonstrações Consolidadas (Balanço Patrimonial e
DRE): valores aglutinados, valores eliminados e valores
Consolidados;
b) Relação as Empresas: relação completa das
empresas participantes, Data Base Individual e
percentuais de Participação e de consolidação;
Bloco K: Conglomerados Econômicos
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c) Eventos societários: alterações na Composição do
Grupo, Alienações e Aquisições, Transformações
Empresariais e Partes Envolvidas;
d) Transações entre Partes: Valores objeto de
eliminação no processo de consolidação e
detalhamento dos valores por partes envolvidas na
operação.
Assim, as empresas que apresentam Demonstrações
Contábeis Consolidadas devem priorizar a análise da
Minuta do Manual, além de avaliar impactos em
sistemas e processos de trabalho.
Bloco K: Conglomerados Econômicos
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1.774/2017