Prof. Christiane Paes
Ao estudar Teorias da Comunicao vimos que para transmitir informaes
preciso a ao de 6 fatores:
comunicao recebida comunicao assumida
Numa conversa no se almeja apenas que o ouvinte escute o que voc estdizendo
Deseja-se que ele aceite e acredite no que voc est dizendo. Mais do queisso: espera-se que ele faa o que voc props
Comunicar fazer saber, fazer crer e fazer fazer
Mas vrios elementos influenciam no convencimento: emoes, valoresreligiosos, viso de mundo, convico poltica etc.
Argumento: sm (latim argumentum) 1 Tudo aquilo que faz brilhar, cintilar uma ideia.2 Procedimento lingustico que visa a persuadir, a fazer o receptor a aceitar o quelhe foi comunicado, a leva-lo a crer no que foi dito e a fazer o que foi proposto. 3Raciocnio que conduz induo ou deduo de algo
Argumentao bem feita d consistncia ao texto, produz a sensao derealidade ou impresso de verdade. Acreditamos no que est escrito
quando citamos autores renomados (autoridades no assunto) sobre o queestamos falando para reforar nossa tese, nosso ponto de vista# passa a imagem de conhecedor do assunto j que leu tanto respeito
# torna o autor citado garantia da verdade do que est afirmando
Cuidado: Argumento de autoridade de fato tem fora, mas uma citaodesencontrada, errada, mal entendida, sem relao com o tema ou feita pelametade causa o efeito contrrio tira todo o crdito da afirmao
aquele que usa um conhecimento/certeza que so aceitos comoverdadeiros h tanto tempo que nem precisa de demonstrao
Cuidado: Consenso no lugar-comum. preciso estar atento para noconfundir uma ideia que no mais precisa de demonstrao com discursopreconceituoso
# Ex: baiano preguioso; AIDS um castigo de Deus; s o amor constri etc.
aquele que defende uma opinio embasada em fatos reais, que podem serconfirmados e comprovados# os dados apresentados devem ser pertinentes, suficientes, adequados e legtimos
# as provas concretas podem ser dados estatsticos, documentos histricos, filmagens (reais e noeditadas) etc.
Argumentao por ilustrao: Afirma-se um fato geral e corrobora narrandoum evento especfico# Ex: No Brasil h polticos que compram votos para se eleger (e em seguida conta o caso real de
um fazendeiro alagoano que dava cestas bsicas para moradores locais em troca do voto
Argumentao por exemplo: Parte de um exemplo concreto para, da, chegara uma concluso geral# Ex: Expe o caso de uma pessoa que no deu entrega na papelada de falecimento da me para
continuar a receber sua aposentadoria para afirmar O sistema previdencirio brasileiro estsujeito fraudes e precisa ser reformulado
Cuidado: Argumentos generalistas, que afirmam tudo isso, todos aquilo, soderrubados com um nico caso em contrrio
# uma generalizao indevida tomar o que ocasional como regra
# ex: usar um erro mdico para dizer todo cirurgio charlato
aquele que usa a relao entre duas proposies para convencer. Depois decada afirmao cita a razo de pensar assim# baseia-se nas relaes de causa e consequncia
Embora fugir do tema um defeito do ponto de vista da lgica, pode ser usadonuma argumentao de modo bastante eficaz para persuadir o ouvinte# Ex: Aps ter matado 39 pessoas em Goinia, o advogado de Tiago Henrique Gomes da Rocha,
para comover o pblico, diz que ele foi abusado sexualmente na infncia e que sempre teve umaconduta irrepreensvel no trabalho
Cuidado: Tautologia (usa como causa do fato ele prprio, s que dito de outramaneira) no raciocnio lgico
# Ex: o cigarro faz mal sade porque prejudica o organismo
# Ex: essa criana mal-educada porque seus pais no lhe deram educao
Cuidado: Usar como causa, explicao ou razo de um fato algo que na verdadeno o mata o argumento. comum usar como explicao de umacontecimento algo que ocorreu antes, mas isso no necessariamente seuefeito
# Superstio so os casos mais comuns de falsa causalidade
# Ex: levar um tombo e quebrar o p depois de passar embaixo de uma escada culpa dela
quando voc usa um vocabulrio compatvel com a situao para darcredibilidade s informaes# Ex: um mdico que no usa o termo adequado para nomear doenas e exames deixa o paciente
desconfiado