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CARNEIRO TREINAMENTOS E CONCURSO LTDA.
Parceria: Instituto de Ensino Superior Franciscano
SUPERVISÃO EDUCACIONAL: realidade ou utopia?
EDUCATIONAL SUPERVISION: reality or utopia?
Eudna Almeida Bezerra OliveiraJosé Arnaldo da Silva
Maria Antonia Lopes GonzagaRosilda de Farias Meireles Pires
RESUMO: Este artigo aborda a prática da Supervisão em Educação, apresentada como um instrumento essencial de controle da qualidade do processo ensino/aprendizagem, que deve ser vista com o ver construtivo, crítico, vitalizador das ações educacionais postas a serviço das comunidades escolar e local, uma vez que o objetivo primordial da Supervisão é contribuir para a melhoria do processo educacional.
ABSTRACT: This article approaches the practice of the Supervision in Education, presented as an essential instrument of control of the quality of the process teaching and learning, that it should be seen with seeing constructive, critical, feeder of the educational actions pieces to the communities scholar's service and local, once the primordial objective of the Supervision is to contribute for the improvement of the educational process.
Sobre o fazer da Supervisão, toda e qualquer reflexão começa arduamente de seu
conceito e da consideração de seus afazeres, ou seja, a razão de ou para que supervisionar. E
essa análise de fazê-la só dependerá do pensamento.
A Supervisão em Educação, mais do que em qualquer outra área do trabalho humano, se
mostra como uma peça fundamental controladora da melhoria do processo
ensino/aprendizagem. Mas para Ferreira (2003) é necessário ressignificar a Supervisão e isto
tem dois sentidos: dar a ela outro conceito e revalorizar a sua formação e ação reconhecendo
suas características gerais, básicas e sua especificidade. Deve-se entendê-la como o ver
construtivo, crítico, alimentador das ações da educação postas a serviço da comunidade
escolar e local. Não perdendo de vista sua mudança e desenvolvimento resultados mais
significativos.
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No entanto isso é muito pouco. Na verdade, a Supervisão se faz cada vez mais
necessária porque professores e alunos não se bastam. O Supervisor eficiente centraliza as
conquistas do grupo de professores e assegura que as boas idéias tenham continuidade
(AGUSTO, 2006)
Desse modo, a tarefa maior de acompanhar, planejar, avaliar e aperfeiçoar
oportunamente o curso dessas ações cabe a Supervisão, de assegurar a eficiência do fazer
educacional e o rendimento satisfatório de seus resultados.
Também é relevante lembrar que todos os que fazem a educação acontecer, comunidade
escolar ou local, devem-se envolver por completo em estado de “sobreaviso”, sem o que o
resultado final terá uma qualidade ineficiente, mas a Supervisão Educacional tem a ver,
sobretudo, é com a riqueza de contribuição, o nível de produção e o desempenho do
professores. E que seu sucesso depende, em boa parte, do relacionamento estabelecido entre
supervisores e supervisionados.
Então, O papel do Supervisor passa a ser redefinido baseado em seu objeto de trabalho
e o resultado da relação que ocorre entre o professor que ensina e o aluno que aprende
(LÜCK, 2000).
Portanto, o trabalho de Supervisão exige, do supervisor, uma permanente avaliação
crítica de seu próprio esforço e um desempenho contínuo de aperfeiçoamento como técnico,
mas, precisamente como pessoa, cultivando um nível mais elevado de efeito interativo,
condição de mobilizar as energias do corpo docente na busca dos objetivos educacionais que
se quer alcançar.
Desse modo, refletir a prática da supervisão é, sobretudo, observá-la nas grandes
funções em que se desdobra. É examiná-la desde o planejamento do currículo, precedido de
adequada diagnose, ao de o acompanhamento de sua execução, com tudo que mostra de
orientação e controle, à sua avaliação em termos de merecimento crítico, e ao seu
aperfeiçoamento, considerados os recursos humanos, materiais e técnicos envolvidos.
Atualmente, em que a transformação seja, talvez, a única constante, a Supervisão se
apresenta flexível, aberta, receptiva às mudanças e às inovações no âmbito social, tecnológico
e científico. Contudo, devem estar presentes nos planos e na prática educativa a abertura, a
flexibilidade, o sentido da atualização e da renovação, pois é a Supervisão que viabiliza a
orientação dos professores no momento previsto, nos reajustamentos adequados, precavendo
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o prolongamento de estado indesejado de coisas com visão às vezes de longo alcance e a
longo prazo.
Ressalta-se, ainda, que os mecanismos que implementam a articulação entre os diversos
componentes das equipes técnica administrativa e docente responsáveis pelo processo
educacional são, por excelência, a coordenação e o acompanhamento da execução, que zelam
pela instituição e continuidade, relevantes à criação de um clima educativo.
Dessa forma, a riqueza imensa, em termos de melhoria das ações educativas e do
aperfeiçoamento dos recursos humanos, vinda das atividades de coordenação e orientação no
desenvolvimento do processo, não se esvaziaria com facilidade num refletir que deve ainda
incidir sobre uma nova função da Supervisão e Avaliação, função igualmente relevante no
controle da educação, porém ainda distante do cotidiano educativo.
Portanto, a função Avaliação é merecedora de uma atenção especial, tanto por parte dos
professores quanto da Supervisão, uma vez que o objetivo derradeiro da supervisão é
contribuir para a melhoria do processo educacional, no âmbito do sistema de ensino ou nas
instituições escolares organizando o produto da reflexão dos professores, do planejamento,
dos planos de ensino e da avaliação da prática; arranjar as rotinas pedagógicas de acordo com
os desejos e as necessidades de todos; ligar e interligar pessoas, ampliando os ambientes de
aprendizagem.
Esse é o sentido da Supervisão, não de uma instituição, mas de processos de
aprendizagem e de desenvolvimento tão complexos como os que se tem nas escolas.
REFERÊNCIAS
AUGUSTO, Silvana. Desafios do coordenador pedagógico. Nova Escola. São Paulo, nº 192, p. 66, mai. 2006.
FERREIRA, Naura Sylria Carapeto. Supervisão Educacional para uma escola de qualidade: da formação a ação. 4 ed. São Paulo: Cortez, 2003. In: Prática em Supervisão Educacional. São Luís: IESF, 2007.
LÜCK, Heloísa. Ação integrada: Administração, Supervisão Educacional e Orientação. 16 ed. Petrópolis: Vozes, 2000. In: Prática em Supervisão Educacional. São Luís: IESF, 2007.