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Aula 4 - Tratados Internacionais
Texto extraído dos livros:
PORTELA, P. H. G. Direito Internacional público e privado
SKITNEVSKY, K. H. Direito internacional público e privado
TEIXEIRA, C. N. direito Internacional Público, privado e dos direitos humanos
Mudanças significativas ocorreram no século XX, como o surgimento
das organizações internacionais pós a 1ª Guerra Mundial e a Codificação do
Direito Internacional por meio dos tratados decorrentes da implementação
das regras costumeiras em convencionais, escritas e expressas.
1. Conceito
Os tratados podem ser considerados a princípio como fonte do direito
internacional público, definido pelo art. 2º, § 1º a, da Convenção de Viena
Os tratados são acordos escritos, firmados por Estados e organizações
dentro dos parâmetros estabelecidos pelo Direito Internacional Público, com
o objetivo de produzir efeitos jurídicos no tocante a temas de interesse
comum.
De acordo com a Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados, de
1969, o tratado “significa um acordo internacional concluído por escrito
entre Estados e regido pelo Direito internacional, quer conste de um
instrumento único, quer de dois ou mais instrumentos conexos, qualquer
que seja sua denominação específica”. (art. 2, § 1º, “a”).
A Convenção de Viena de 1969 não considerou expressamente a
possibilidade de as organizações internacionais celebrarem tratados. Por
isso, a definição de tratado deve levar em conta a Convenção de Viena
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sobre direito dos Tratados entre Estados e Organizações Internacionais ou
entre Organizações Internacionais, de 1986, que incorporou explicitamente
a ordem jurídica internacional a capacidade dos organismos internacionais
de concluir tratados.
Afirmar que os tratados são acordos implica reconhecer seu caráter de
instrumentos criados pela convergência de vontades dos atores
competente. Nesse sentido, o conteúdo dos tratados é estabelecido pelos
próprios Estados ou organizações internacionais, que devem consentir com
seu teor, e só será juridicamente vinculante, pelo menos em princípio, com
a anuência desses sujeitos.
Ainda que se aceite a personalidade internacional de entes como o
indivíduo, os tratados só podem ser celebrados pro Estados e organizações
internacionais.
O tratado pode constar de um ou mais instrumentos, o que significa
que, além de seu texto principal, pode haver outros documentos associados
ao acordo, a exemplo de anexos, protocolos adicionais, etc.
Os tratados podem adotar várias denominações, sem que isso afete
sua qualidade de fontes do direito internacional.
Atenção! o tratado é um gênero que incorpora várias espécies, como
convenção, acordo, pacto, protocolo, etc.
A finalidade do tratado é trazer segurança e estabilidade para as
relações internacionais garantindo assim um direito representativo e
autêntico.
Elementos dos tratados
Acordo de vontades
Forma escrita
Elaboração por Estados e
Regulamentação pelo direito
internacional público
Regulação de temas de interesse
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organizações internacionais comum
Obrigatoriedade
Fonte: PORTELA, P. H. G. direito Internacional público e privado. Pag. 91
2. Terminologia: espécies de tratados
A doutrina elenca uma série de espécies de tratados, cada uma com
uma denominação própria e adequada a uma situação diferente nas
relações internacionais, segundo o conteúdo do acordo ou interesse que
este pretenda atender.
O emprego das denominações dos tratados na prática internacional é
indiscriminado e não influencia o caráter jurídico do instrumento.
► ato internacional = é sinônimo de tratado. É adotada pelo Ministério
das Relações Exteriores, que estabeleceu a divisão de atos internacionais,
competente para a coordenação das providencias relativas à preparação dos
tratados no Brasil e para a guarda dos acordos celebrados pelo Estado
Brasileiro.
A seguir as modalidades de atos internacionais em ordem alfabética:
► acordo = foi concebida para atos internacionais com reduzido
número de participantes e menor importância política. Por outro lado, é
expressão de amplo uso na prática internacional e também muito
empregada como sinônimo de tratado.
► acordo por troca de notas = é em regra empregado para assuntos
de natureza administrativa e para alterar ou interpretar cláusulas de
tratados já concluídos, embora seu escopo venha sendo ampliado. É
formado por uma nota diplomática do proponente e por uma nota de
resposta.
► ajuste complementar = visa a detalhar ou a executar outro tratado
de escopo mais amplo, geralmente do tipo acordo-quadro. Funciona de
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maneira semelhante ao decreto, a portaria e a outros instrumentos
infralegais de direito interno.
► ato = refere-se a uma forma de tratado que estabelece regras de
direito. No entanto, pode haver também atos que tem mera força política e
moral. O ato é mais conhecido em português como ata.
► carta = é o tipo de tratado que cria organizações internacionais,
estabelecendo seus objetivos, órgãos e modo de funcionamento, ex: Carta
das Nações Unidas.
► compromisso = é a modalidade de tratado que determina a
submissão de um litígio a um foro arbitral.
► concordata = é um dos poucos tipos de tratado de emprego
criterioso, aplicando-se apenas aos compromissos firmados pela Santa Fé
em assuntos de interesse religioso.
► convenção = é normalmente empregado para acordos multilaterais
que visam a estabelecer normas gerais de direito internacional em temas de
grande interesse mundial, como o caso dos tratados de direitos humanos.
► convênio = destina-se a regular a cooperação bilateral ou
multilateral de natureza econômica, comercial, cultural, jurídica, científica e
técnica, normalmente em capôs mais específicos.
► declaração = é usada para consagrar princípios ou afirmar a posição
comum de alguns Estados acerca de certos fatos.
► memorando de entendimento = é a modalidade de ato internacional
voltada a registrar princípios gerais que orientarão as relações entre os
signatários.
► modus vivendi = é uma forma de tratado destinada a instrumentos
de menor importância e de vigência temporária, normalmente servindo para
definir a situação das partes enquanto estas não avançam em outros
entendimentos.
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► pacto = refere-se a tratados que se revestem de importância
política, mas que sejam mais específicos no tratamento da matéria que
regulam.
► protocolo = é uma modalidade de ato internacional que,
normalmente é meramente complementar ou interpretativa de tratados
anterior. Pode ser também um compromisso menos formal.
3. Classificação dos Tratados
a) número de partes
Quanto a quantidade de signatários, os tratados são bilaterais, quando
são celebrados por duas partes, ou multilaterais quando concluídos pro três
ou mais partes.
Até o congresso de Viena de 1815, predominavam os tratados
bilaterais.
Os tratados bilaterais são denominados de particulares e os
multilaterais de coletivos, gerais ou plurilaterais.
b) Quanto aos procedimentos
No que se refere ao procedimento adotado para sua conclusão, os
tratados podem empregar a forma solene ou a forma simplificada.
São denominados solenes os tratados stricto sensu, pois decorrem de
um procedimento complexo composto por duas fases: a) negociação até a
assinatura e b) assinatura até a ratificação. Ainda há necessidade de
aprovação no parlamento e promulgação interna, sendo este o
procedimento mais comum.
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Os acordos executivos são os tratados de forma simplificada formados
por apenas uma única fase que consiste na assinatura do acordo pelo chefe
do Poder Executivo, porém não necessita de aprovação parlamentar.
c) Quanto a execução
No tocante à execução os tratados são transitórios (executados ou de
efeitos limitados) e permanentes (executórios ou de efeitos sucessivos).
Transitórios quando perduram no tempo, mas sua execução é feita de
forma instantânea como no caso de cessão de território e dos limites de
fronteiras.
Permanentes, pois a execução perdura no tempo, e não se consuma
num dado momento, a relação jurídica é dinâmica. Ex: cooperação de
comercia e a proteção dos direitos humanos.
d) Quanto a matéria = tratados normativos, tratados contratos e
tratados constituição
São denominados de tratados normativos ou tratados lei os tratados
que são celebrados por um grande número de Estados e tem por objetivo
fixar normas gerais, disciplinando direitos e deveres entre os sujeitos de
direito internacional público.
Os denominados contratuais ou tratados contratos possuem partes
com vontade divergentes, portanto apenas se estipulam regras recíprocas
das respectivas prestações e contraprestações com fim comum,
disciplinando matérias específicas que interessam aos Estados e
organizações internacionais.
Os tratados constituição não apenas criam normas gerais como
possuem vontade própria e instituem órgãos e poderes próprios. Ex: ONU,
OIT.
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e) Quanto a possibilidade de adesão = abertos e fechados
Os tratados abertos podem ser limitados pois possuem limites de
adesão por diversas razões, como a região, ilimitados pois não dependem
da quantidade de adesão, como o Protocolo de Kyoto.
O Protocolo de Kyoto é um tratado internacional para redução da
emissão de gases causadores do efeito estufa e do conseqüente
aquecimento global.
Os denominados tratados fechados já iniciam-se com a sua
composição final completa.
f) Quanto a qualidade das partes = Estados ou organizações
internacionais
As partes que fazem parte de um tratado são os Estados, principal
sujeito de direito internacional ou as organizações internacionais mais
recentemente criadas após a 2ª Guerra Mundial.
g) Quanto a função = constitutivos de organizações internacionais ou
organismos sem personalidade jurídica
Dentre as funções de um tratado, podemos classificá-lo como aqueles
que tem como finalidade a criação ou constituição de uma Organização
Internacional ou aquele tratado cuja finalidade não é a de criar um órgão
que não terá personalidade jurídica.
h) Quanto a execução no espaço territorial = total ou parcial
Os tratados podem ser aplicados em um determinado espaço territorial
em parte ou totalmente. Nesse viés a convenção de Viena determina em
seu art. 29
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i) Quanto a possibilidade de descumprimento = mutáveis ou imutáveis
São considerados mutáveis os tratados multilaterais em que não
precisa que ocorra a participação de todos os seus membros para que
sejam executados.
Nos imutáveis, ocorre a violação ou seja, descumprimento por um de
seus membros atingindo os demais com as conseqüências.
4. Condições de validade
Para que possa efetivamente existir e vincular condutas na sociedade
internacional, o tratado requer a observância de certas condições, que
podem ser sintetizadas na exigência de capacidade das partes, da
habilitação de seus agentes, de um objeto lícito e possível e do
consentimento regular, nos termos dos arts. 46 a 53 da convenção de Viena
de 1969 e das condições gerais de validade dos negócios jurídicos, as quais
são objeto da Teoria Geral do Direito.
4.1 Capacidade das partes
Tradicionalmente podem concluir tratados apenas os Estados e as
organizações internacionais.
Entretanto também podem celebrar tratados outros sujeitos de direito
internacional, que são: Santa sé, os beligerantes e os blocos regionais.
a) Estados
É capaz de celebrar tratados o Estado soberano, ou seja, o ente
dotado de um território, de um povo e de um poder soberano e que é
sujeito de direito internacional.
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Entretanto, não basta a capacidade do Estado de criar tratados para
tornar válido um ato internacional, com efeito, para que o ente estatal se
obrigue internacionalmente de maneira válida, é necessário que o órgão
competente para tal conduza o processo de conclusão do ato internacional.
b) Organizações internacionais
Quando surgiram, as organizações internacionais não foram
imediatamente reconhecidas como sujeitos de direitos de direito
internacional.
Atualmente os organismos internacionais podem concluir tratados
independentemente de seus membros e até contra a vontade de alguns
Estados que dela façam parte. Podem ainda celebrar tratados com seus
próprios membros, com terceiros Estados ou com organizações
internacionais.
Cada organização internacional estabelece em seu tratado constitutivo,
os órgãos competentes para celebrar tratados em seu nome.
c) Santa Sé, beligerantes e blocos regionais
Estes celebram tratados por meio de órgãos aos quais atribuem
competência para tal.
4.2 Habilitação dos agentes
Para a conclusão de um tratado, não basta que a parte seja capaz,
mas também que o agente encarregado de representá-la detenha o poder
de celebrar tratados.
Os Estados, as organizações internacionais e outros entes com
capacidade para celebrar tratados são competentes para definir quais os
indivíduos habilitados para conduzir negociações internacionais e firmar
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compromissos em seu nome, interessando ao direito internacional apenas
que as partes em uma negociação saibam claramente quem são esses.
A Convenção de Viena de 1969 (art. 7) fixa o rol dos agentes estatais
capazes de celebrar tratados independente de comprovação de reunirem
poderes para tal.
⇔ chefe de Estado, chefe de governo e ministro das Relações
exteriores, para todos os atos relativos a conclusão de um tratado.
⇔ chefes de missão diplomática, para a adição do texto de um tratado
entre o Estado acreditante e o Estado junto ao qual estão os acreditados.
Ex: o embaixador do Brasil na argentina, seria competente para assinar
tratado com a Argentina, mas não com a Bolívia.
⇔ chefes de missões permanentes junto a organismos internacionais,
para a adoção do texto de um tratado entre o Estado que representa e essa
organização.
⇔ os representantes acreditados pelos Estados perante uma
conferencia ou organização internacional ou um de seus órgãos, para a
adoção do texto de um tratado em tal conferencia ou órgão.
Agentes habilitados:
- chefe do Estado;
- chefe de governo;
- ministro das relações exteriores;
- embaixadores
- representantes acreditados pelo Estado
- qualquer outro indivíduo que tenha carta de plenos poderes.
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4.3 Objeto lícito e possível
O objeto do tratado deve ser lícito e possível.
4.4 Consentimento regular
Um dos fundamentos do direito internacional é a expressão da
vontade, os tratados não serão válidos sem o consentimento dos
signatários. Entretanto, a vontade só deve permitir a conclusão do
compromisso internacional quando for livre e não estiver influenciada pro
vícios ou distorções que possam levar a que o tratado não expresse os
legítimos anseios das partes envolvidas.
Os vícios de consentimento que podem fulminar a validade dos
tratados são o erro, dolo, a coação e a corrupção do representante do
Estado.
5. Processo de Elaboração dos Tratados
O tratado é elaborado por meio de um processo cuja observância
condiciona sua validade. Em outras palavras: o acordo não será válido se
não forem regularmente cumpridas as etapas necessárias para a sua
preparação e só gerará efeitos para o Estado ou para a organização
internacional que participar de todas essas fases.
► Negociação
A negociação é a fase inicial do processo de elaboração dos tratados,
dentro a qual as partes discutem e estabelecem os termos do ato
internacional.
A negociação é um processo que pode ter longa duração, de acordo
com a complexidade da matéria e com a maior dificuldade de promover a
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convergência entre os interesses das partes, podendo levar vários ano,
como as negociações da ALCA, que se iniciaram em 1994.
A competência para a condução das negociações é das autoridades
competentes para concluir os tratados.
► Assinatura
A assinatura é o ato pelo qual os negociadores, ao chegar a um acordo
sobre os termos do tratado, encerram as negociações, expressam sua
concordância com o teor do ato internacional, adotam e autenticam seu
texto, e por fim, encaminham o acordo para etapas posteriores da formação
doa to internacional.
A regra é a de que a exigibilidade dos tratados dependa de atos
posteriores.
Há tratados que obrigam as partes apenas com a assinatura, como os
acordos executivos (tratados de forma simplificada) e atos internacionais
que não implicam em novos compromissos externos, bem como tratados
que sejam objeto de deliberação dos signatários nesse sentido.
A assinatura impede que o texto do acordo seja alterado
unilateralmente.
► Ratificação
A ratificação é o ato pelo qual o Estado, após reexaminar um tratado
assinado, confirma seu interesse em concluí-lo e estabelece, no âmbito
internacional, o seu consentimento em obrigar-se por suas normas. É a
aceitação definitiva do acordo.
2. Efeitos jurídicos
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Os tratados internacionais podem produzir efeitos jurídicos como o
animus contrahendi (intenção de contratar), pois todos produzem efeitos de
direito.
São formados ainda por uma dupla de qualidades: a) norma que é
produzida por um ato solene; b) ato jurídico que decorre de um acordo
formal entre os sujeitos de direito internacional público, gerando, dessa
forma obrigações e prerrogativas.
Os tratados internacionais são formalizados por intermédio de um ou
mais documentos: convenções, protocolos, anexos.
Os tratados são compostos por fls. 34 – concurso
5. Formação dos Tratados
De Acordo com a Convenção de Viena de 1969, são requisitos ou
condições de validade para entrada em vigor de um tratado:
- acordo de vontade entre as partes;
- capacidade das partes, as partes devem ser sujeitos de direito
internacional (Estados e Organismos internacionais);
- signatários legalmente habilitados (carta com plenos poderes,
assinada pelo chefe do Executivo e referendada pelo Ministro das Relações
exteriores), deve ter o agente signatário competência negocial
(procuração);
- mútuo consentimento (livre direito de opção do Estado, manifestada
de forma solene), não podendo ter vícios de consentimento, como erro, dolo
ou coação, deve ser aprovada por 2/3 dos Estados em conferencia
internacional e ainda devem as partes se manifestar por meio de
assinatura, troca de cartas ou com a própria ratificação;
- objeto lícito e possível: não pode o objeto do tratado ferir norma
imperativa de direito internacional, deve ter validade material, ou seja
competência para regular determinada matéria.
O tratado deve estar estrutura da seguinte forma:
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• Preâmbulo – contém o histórico e os motivos para a constituição do
tratado;
• Parte dispositiva – contém a matéria do tratado, estando ordenada
em artigos;
• Anexos – complementos do tratado, opcionais pra sua formação.
O processo de formação do tratado no direito brasileiro ocorre por
meio da denominada ratificação, processo pelo qual o Presidente afirma sua
validade e a produção de seus efeitos no âmbito do direito interno com a
confirmação do CN.
No Brasil, são regidos pela CF, possuindo tratamento de lei ordinária
art. 102, III, b e art. 105, III, a, art. 49, I.
A internalização dos tratados internacionais é um ato composto,
conciliando a atuação de 2 poderes distintos, o Executivo e o Legislativo.
5.1 Fases de formação do tratado
São fases de formação do tratado:
- negociação e discussão – FAE em que os sujeitos pactuantes
estabelecem e elaboram os termos do tratado;
- assinatura – é o ato que ocorre ao fim das negociações, formalizando
a autenticidade das clausulas e o consentimento mútuo das partes
envolvidas, pode ter tido apenas um aceite precário e provisório do tratado,
não acarretando efeitos jurídicos para as partes;
- aprovação pelo Poder Legislativo – art. 49, I;
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- ratificação – é o ato jurídico unilateral e solene no qual o sujeito
partícipe do tratado internacional expressa definitivamente sua vontade,
art. 14 da convenção de Viena de 1969;
- adesão – ocorre quando há a inclusão de um determinado sujeito que
não participou, mas quer posteriormente fazer parte deste;
- reserva – por meio dela a parte se exime de obrigações.
- emendas – depende da vontade das partes podendo ser para apenas
alguns Estados. As emendas podem constar de outro tratado.
Art. 39 e 40 da Convenção de Viena de 1969.
5.2 Extinção dos tratados
A doutrina classifica em:
- vontade comum das partes – que não necessariamente serão as
pares que o constituíram, em decorrência de adesões ou denúncias;
- vontade unilateral – decorre da denuncia;
- fim do prazo – a eficácia do tratado desaparece quando chega ao fim
o prazo estipulado entre as partes;
- execução integral – com a ocorrência da finalidade do tratado;
- impossibilidade de execução por uma das partes –
- guerra entre os sujeitos;
- caducidade
- ruptura das relações diplomáticas.