O Colapso da Competitividade Exportadora 1
Café da Manhãcom a Imprensa
O COLAPSO DACOMPETITIVIDADE
EXPORTADORA
10/5/2006
Café da Manhãcom a Imprensa
O Colapso daCompetitividade Exportadora
Julio Gomes de AlmeidaDiretor-Executivo do IEDI
10/5/2006
O Colapso da Competitividade Exportadora 2
Taxa de Câmbio Real
• A discussão sobre a taxa de câmbio da moeda brasileira não deve se limitar apenas ao acompanhamento de sua evolução em relação aos preços domésticos - a bastante conhecida “taxa de câmbio real”.
• Isto porque o desempenho das exportações do país em um determinado mercado no exterior depende não apenas do câmbio real em relação à moeda do respectivo país, mas também, e talvez principalmente, do câmbio em relação às moedas dos países que concorrem diretamente com o Brasil como fornecedores do país importador.
Índices de Competitividade
• O trabalho calcula o que podemos chamar de “índices de competitividade” nos dois principais mercados importadores do mundo: os Estados Unidos e a Zona do Euro.
• A metodologia baseia-se no cálculo da taxa de câmbio real da moeda brasileira em relação às moedas dos principais países que concorrem com o Brasil em cada um dos mercados de destino.
O Colapso da Competitividade Exportadora 3
I C - Setorial
• O índice de competitividade para cada setor exportador (bem como para o total das exportações) é obtido através da média ponderada das taxas reais calculadas em relação aos principais países concorrentes no respectivo setor em cada um dos mercados de destino (EUA e Zona do Euro). As ponderações referem-se à participação do país na pauta total de importações do respectivo setor em cada mercado .
• A fórmula de cálculo é a seguinte:
i
jj
ij
i
PPEIC *
j.. ∑= λ
IC - Setorial
Onde IC é o índice de competitividade relativo a cada setor i; λ é a ponderação de cada país j no setor i; E é a taxa de câmbio nominal do real em relação à moeda de cada país j; Pj* é o índice de preços de cada país j; e Pi é o índice de preços doméstico de cada setor i.
• O deflator utilizado foi o IPA doméstico referente ao setor e o inflator é o IPA total dos respectivos países .
• Foram considerados os países mais importantes na pauta de importação de cada setor em cada mercado de destino (3 a 7 países).
O Colapso da Competitividade Exportadora 4
Brasil, 11 Economias Desenvolvidas e 26 Principais Economias em Desenvolvimento - Taxa de Câmbio Real Efetiva* em 2005 (2000 = 100)
130
130
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125
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107
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106
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103
103
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79
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108
0
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Nov
a Ze
lând
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rasi
lA
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ália
Zona
do
Euro
Nor
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no U
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Suéc
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pão
Bra
sil
Equa
dor
Turq
uia
Áfr
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ulN
igér
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sia
Chi
leFi
lipin
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inga
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Peru
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Kon
g A
rábi
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Egito
Arg
entin
a
Fonte: ONU, World Economic Situation and Prospects 2006, New York, 2006. pág. 146.
*A taxa de câmbio real efetiva, que ajusta índices nominais levando em conta as mudanças no preço relativo, captura o efeito sobre a competitividade dos bens produzidos por um país – em termos de preço internacional – devido a mudanças cambiais e a diferenciais de inflação. Um aumento no índice implica uma queda na competitividade e vice-versa.
Taxa Real Efetiva de Câmbio - 2000 = 100
130,3
98,7103,1
106,2109,1
79,0
89,7
120,0
60,2
103,2
40
50
60
70
80
90
100
110
120
130
140
1998 112,3 98,8 88,9 112,3 102,1 97,8 86,4 97,9 81,8 96,3
1999 83,0 98,9 98,0 108,0 97,1 98,5 94,4 95,3 90,4 102,7
2001 90,3 106,2 89,6 101,0 105,0 102,5 90,8 94,5 105,7 105,0
2003 98,8 97,6 83,3 117,4 97,2 98,2 92,9 92,6 98,7 62,1
2005 130,3 89,7 79,0 120,0 98,7 103,1 106,2 109,1 103,2 60,2
Brasil EUA Japão Zona do Euro China Índia Coréia Chile México Argentina
A taxa de câmbio real efetiva, que ajusta índices nominais levando em conta as mudanças no preço relativo, captura o efeito sobre a competitividade dos bens produzidos por um país – em termos de preço internacional – devido a mudanças cambiais e a diferenciais de inflação.
Um aumento no índice implica uma queda na competitividade e vice-versa.
Fonte: ONU, World Economic Situation and Prospects 2006.
O Colapso da Competitividade Exportadora 5
Indicador de Competitividade das Exportações Brasileirasno Mercado dos EUA e da UE - 2002 = 100
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105
Mercado dos EUA - Total dasExportações
70,0 97,3 84,9 93,8 100,0 89,9 84,5 70,0
Mercado da UE - Total dasExportações
62,5 85,2 78,0 90,2 100,0 95,9 89,0 74,3
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Indicador de Competitividade dasExportações Brasileiras no Mercado dos EUA - 2002 = 100
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Mercado dos EUA - Total das Exportações Mercado dos EUA - Total das Exportações
O Colapso da Competitividade Exportadora 6
Indicador de Competitividade dasExportações Brasileiras no Mercado dos EUA - 2002 = 100
45
50
55
60
65
70
75
80
85
90
95
100
105
Extrativa mineral 77,1 94,1 82,7 94,7 100,0 93,9 80,1 66,2 Minerais não metálicos 62,9 93,2 81,1 91,0 100,0 96,7 94,2 81,5 Siderurgia 70,4 99,4 85,8 96,8 100,0 87,1 70,9 53,6 Metalurgia não ferrosos 63,5 77,8 74,7 89,5 100,0 98,6 85,6 72,2 Máquinas e tratores 63,2 89,6 80,2 89,7 100,0 95,4 85,8 66,9
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Indicador de Competitividade dasExportações Brasileiras no Mercado dos EUA - 2002 = 100
35404550556065707580859095
100105
Material elétrico 51,1 75,3 75,1 89,6 100,0 97,1 88,2 72,4 Equipamentos eletrônicos 52,5 79,0 79,8 90,0 100,0 97,6 87,5 73,0 Veículos automotores 49,8 76,9 73,2 86,5 100,0 94,2 86,8 69,6 Peças e outros veículos 56,1 84,0 78,5 88,8 100,0 96,7 89,4 68,9
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
O Colapso da Competitividade Exportadora 7
Indicador de Competitividade dasExportações Brasileiras no Mercado dos EUA - 2002 = 100
4550556065707580859095
100105110115120125
Madeira e mobiliário 53,9 76,5 72,8 87,1 100,0 96,0 89,2 71,5 Celulose, papel e gráfica 79,6 98,3 77,9 93,6 100,0 92,1 92,8 80,5 Elementos químicos 103,7 123,6 86,9 91,1 100,0 92,4 92,9 71,5
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Indicador de Competitividade dasExportações Brasileiras no Mercado dos EUA - 2002 = 100
253035404550556065707580859095
100105
Têxtil 50,4 72,1 71,1 87,7 100,0 91,1 79,8 70,1 Artigos de vestuário 39,2 63,3 63,8 82,4 100,0 98,5 92,0 77,1 Calçados 62,0 90,4 75,9 86,8 100,0 95,6 92,9 78,5
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
O Colapso da Competitividade Exportadora 8
Indicador de Competitividade dasExportações Brasileiras no Mercado dos EUA - 2002 = 100
404550556065707580859095
100105
Beneficiamento de produtosvegetais
44,5 68,3 70,4 89,7 100,0 101,0 93,2 80,3
Abate de animais 56,4 77,2 76,8 92,9 100,0 82,5 72,6 63,4 Outros produtos alimentares 70,8 96,3 84,6 99,1 100,0 90,0 86,5 77,1 Total das exportações 70,0 97,3 84,9 93,8 100,0 89,9 84,5 70,0
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Indicador de Competitividade dasExportações Brasileiras no Mercado dos EUA - Dez.2002 = 100
3035404550556065707580859095
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Extrativa mineral Minerais não metálicos Siderurgia Metalurgia não ferrosos Máquinas e tratores
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Indicador de Competitividade dasExportações Brasileiras no Mercado dos EUA - Dez.2002 = 100
3035404550556065707580859095
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Material elétrico Equipamentos eletrônicosVeículos automotores Peças e outros veículos
Indicador de Competitividade dasExportações Brasileiras no Mercado dos EUA - Dez.2002 = 100
3035404550556065707580859095
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Madeira e mobiliário Celulose, papel e gráfica Elementos químicos
O Colapso da Competitividade Exportadora 10
Indicador de Competitividade dasExportações Brasileiras no Mercado dos EUA - Dez.2002 = 100
20253035404550556065707580859095
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Têxtil Artigos de vestuário Calçados
Indicador de Competitividade dasExportações Brasileiras no Mercado dos EUA - Dez.2002 = 100
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Beneficiamento de produtos vegetais Abate de animaisOutros produtos alimentares Total das exportações
O Colapso da Competitividade Exportadora 11
Indicador de Competitividade dasExportações Brasileiras no Mercado da UE - 2002 = 100
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Extrativa mineral 72,5 89,6 80,1 93,3 100,0 88,1 73,8 59,9 Minerais não metálicos 68,7 91,9 81,2 91,4 100,0 91,9 83,5 69,8 Siderurgia 71,9 93,0 80,7 91,9 100,0 90,9 80,7 65,2 Metalurgia não ferrosos 70,1 87,4 77,7 90,3 100,0 93,5 82,8 67,5 Máquinas e tratores 69,1 87,8 78,0 90,0 100,0 93,6 82,9 66,9
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Indicador de Competitividade dasExportações Brasileiras no Mercado da UE - 2002 = 100
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60
65
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75
80
85
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105
Material elétrico 66,4 86,1 77,6 89,7 100,0 94,9 84,8 68,3 Equipamentos eletrônicos 64,9 85,3 77,8 89,6 100,0 95,9 86,0 69,5 Veículos automotores 63,3 84,8 77,4 89,1 100,0 95,7 86,2 69,4 Peças e outros veículos 62,7 84,7 77,4 89,1 100,0 95,5 86,1 69,0
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
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Indicador de Competitividade dasExportações Brasileiras no Mercado da UE - 2002 = 100
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Madeira e mobiliário 61,8 83,8 76,7 88,6 100,0 95,6 86,4 69,3 Celulose, papel e gráfica 63,3 85,0 76,7 88,7 100,0 95,4 86,9 69,9 Elementos químicos 64,9 86,6 77,2 88,9 100,0 94,9 86,7 69,6
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Indicador de Competitividade dasExportações Brasileiras no Mercado da UE - 2002 = 100
45
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Têxtil 64,0 85,6 76,7 88,3 100,0 95,2 86,8 70,3 Artigos de vestuário 61,8 83,2 75,2 87,4 100,0 96,2 88,4 72,3 Calçados 61,7 83,4 75,1 87,3 100,0 96,2 88,9 73,0
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
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Indicador de Competitividade dasExportações Brasileiras no Mercado da UE - 2002 = 100
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105
Beneficiamento de produtosvegetais
60,5 82,3 74,6 87,1 100,0 96,4 89,1 73,4
Abate de animais 60,8 82,5 74,8 87,3 100,0 96,2 89,0 73,4 Óleos vegetais 61,7 84,3 77,6 89,9 100,0 96,3 89,1 74,4 Outros produtos alimentares 62,1 84,7 77,8 90,1 100,0 96,1 89,1 74,5 Total das exportações 62,5 85,2 78,0 90,2 100,0 95,9 89,0 74,3
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Indicador de Competitividade dasExportações Brasileiras no Mercado da UE - Dez.2002 = 100
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Extrativa mineral Minerais não metálicos Siderurgia Metalurgia não ferrosos Máquinas e tratores
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Indicador de Competitividade dasExportações Brasileiras no Mercado da UE - Dez.2002 = 100
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Material elétrico Equipamentos eletrônicosVeículos automotores Peças e outros veículos
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Madeira e mobiliário Celulose, papel e gráfica Elementos químicos
O Colapso da Competitividade Exportadora 15
Indicador de Competitividade dasExportações Brasileiras no Mercado da UE - Dez.2002 = 100
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Têxtil Artigos de vestuário Calçados
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Beneficiamento de produtos vegetais Abate de animaisÓleos vegetais Outros produtos alimentaresTotal das exportações