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CETOACIDOSE
DIABÉTICA
Maria Teresa da Costa Gonçalves Torquato
Eneida Gomes Heleno
Complicação aguda do diabetes mellitus que tem como
achados clínicos principais desidratação, acidose e
alterações sensoriais.
Se caracteriza do ponto de vista bioquímico por:
Hiperglicemia ( glicemia > 250 mg/dl )
Cetonemia ( cetona plasmática > 5 mmol/l )
Acidose ( pH < 7,3 e bicarbonato plasmático < 15 mEq/l )
-----É responsável por metade das mortes dos pacientes
DM1 com menos de 24 anos
CETOACIDOSE DIABÉTICACONCEITO
Proteólise Utilização de glicose Lipólise
AA
HIPERGLICEMIA AGL
Neoglicogênese Diurese osmótica Cetogênese
Perda de água e eletrólitos Cetonúria
Depleção de volume Acidose
CETOACIDOSE DIABÉTICAFISIOPATOLOGIA
DEFICIÊNCIA DE INSULINA E AUMENTO DE H. CONTRAREGULADORES
Suspensão do uso da insulina.
Dose inadequada de insulina.
Infeções agudas: viroses, infeções do trato urinário,
pneumonia, etc..
Infarto agudo do miocárdio.
Acidente vascular cerebral.
Cirurgias.
Presente aprox 25 % dos casos ao diagnóstico de DM1
Outros.
CETOACIDOSE DIABÉTICACAUSAS PRECIPITANTES
SINTOMAS
Polidipsia, poliúria, fraqueza, náusea, vômito e dor
abdominal.
SINAIS
Desidratação: taquicardia, hipotensão, choque.
Acidose : respiração de Kussmaul.
Cetose : hálito cetônico.
Alterações sensoriais: confusão mental , torpor, coma.
Outros : distensão e dor abdominal.
Possíveis sinais e sintomas de causas precipitantes.
CETOACIDOSE DIABÉTICAQUADRO CLÍNICO
OBSERVAÇÃO CLÍNICA
Sinais e sintomas característicos
Gravidade do quadro
Causas determinantes
EXAMES LABORATORIAIS
Glicemia, Na, K, uréia, creatinina, gasometria arterial,
hematológico, glicosúria e cetonúria.
Quando indicados: urina rotina, culturas, exames
radiológicos etc.
CETOACIDOSE DIABÉTICADIAGNÓSTICO
Leve Moderada Grave
Glicemia > 200 > 200 > 200
pH sérico < 7,3 < 7,2 < 7,1
HCO3- sérico < 15 < 10 < 5
Cetonemia > 3 > 3 > 3
Cetonúria Presente Presente Presente
Osmolalidade Variável Variável Variável
Ânion-gap > 10 > 12 > 12
Cetoacidose Diabética• Diagnóstico
Laboratorial
HIDRATAÇÃO
Soro Fisiológico 0,9%, E.V., na seguinte sequência:
1 L de S.F. em 1 hora,1 L de S.F. em 1 hora,1 L de S.F. em 2 horas,1 L de S.F. em 4 horas,1 L de S.F. em 4 horas,1 L de S.F. em 8 horas, ...
Se o paciente for idoso e/ou apresentar doença cardiovascularfazer controle de P.V.C..
Se o Na+ plasmático for > 155 mEq/l, usar S. F. 0,45%.
Quando glicemia for < 250 mg/dl, usar solução glicosada 5% ou
glico-fisiológica 5%, se o Na plasmático ainda estiver baixo.
CETOACIDOSE DIABÉTICATRATAMENTO
INSULINA
Administrar insulina regular.
Dose inicial: 10 a 20 U, por via intramuscular.
A seguir, 5 U I.M. a cada hora até glicemia < 250 mg/dl.
Quando glicemia < 250 mg/dl, 5 U I.M. a cada 2 horas.
Posteriormente 5 U S.C. a cada 4 horas.
Ou em esquema fixo de insulina S.C. antes das refeições
quando o paciente voltar a se alimentar.
CETOACIDOSE DIABÉTICATRATAMENTO
POTÁSSIO
Administrar 13 mEq/hora desde a primeira injeção de insulina.
Diluir 4 ampolas de 10 ml de KCl 20% em 500 ml de S.F 0,9%.
1 ml (20 gts) / min. = 60 ml / hora = 13 mEq / hora
Usar conexão em Y com equipo do soro para hidratação.
Com as dosagens laboratoriais, obtidas de hora em hora,proceder da seguinte forma:
K+ < 4 mEq / l , passar para 26 mEq / hora
4 < K+ < 5 mEq / l , manter em 13 mEq / hora
5 < K+ < 6 mEq / l , passar para 6,5 mEq / hora
K+ > 6 mEq / l , suspender a infusão.
CETOACIDOSE DIABÉTICATRATAMENTO
BICARBONATO DE SÓDIO
Administrar NaHCO3 E.V., se:
pH arterial < 7,0 : na dose de 100 mEq em 45 min.
7,0 < pH arterial < 7,1 : na dose de 50 mEq em 30 min.
pH arterial > 7,1 : não administrar NaHCO3.
Medir pH arterial 30 min. após a administração de
bicarbonato. Se o pH continuar abaixo de 7,1 repetir a
infusão.
A solução de NaHCO3 10% tem 1,2 mEq/ml.
CETOACIDOSE DIABÉTICATRATAMENTO
CUIDADOS GERAIS
Sondagem nasogástrica com aspiração se o paciente estiver
com alteração significativa da consciência.
Sondagem vesical se o paciente estiver inconsciente ou não
urinar após 6 horas de tratamento.
Oxigenação se PO2 < 80 mmHg respirando ar atmosférico.
Antibioticoterapia assim que se evidencie sinais de infeção.
Se P.A. sistólica se mantiver abaixo de 80 mmHg após 1 hora
de hidratação, avaliar a possibilidade de administrar plasma
ou Haemaccel.
CETOACIDOSE DIABÉTICATRATAMENTO
CONTROLE
Repetir glicosúria e cetonúria a cada 1 hora até glicosúria
+ e cetonúria negativa, quando as dosagens poderão ser
feitas a cada 2 horas.
Repetir glicemia, Na e K a cada 2 horas.
PA e P a cada 30 minutos.
Temperatura a cada 2 horas.
Diurese horária.
CETOACIDOSE DIABÉTICATRATAMENTO
Condições de risco
Diabetes tipo 2 com doença intercorrente (infecção grave, infarto miocárdio ou cerebral, estresse intenso, etc) ou uso de drogas hiperglicemiantes
Sinais e sintomas
Poliúria, polidpsia, desidratação intensa, dor abdominal, hipertermia, sonolência, obnubilação, coma
Achados Laboratorias
Glicosúria intensa, hiperglicemia extrema (geralmente > 700 mg/dl), azotemia
Coma hiperosmolar
Condições de risco: Excesso de alimentação, inatividade física ou redução da atividade física habitual, quantidade insuficiente de insulina (esquecimento, dose inadequada, insulina vencida ou que congelou), estresse físico ou emocional, doenças febris ou traumáticas
A enfermagem deverá verificar glicemia capilar, se > 250 mg/dl, realizar orientações de enfermagem e referir para atendimento médico
Considerar o diagnóstico na presença de condições de risco e sinais/sintomas, confirmar com medida de glicemia e enviar ao hospital (letalidade alta).
Iniciar hidratação endovenosa com sorofisiológico 0,9% (1 litro em 1 hora) e 10 unidades insulina humana regular intramuscular, enquanto aguarda ambulância.
CETOACIDOSE e COMA HIPEROSMOLARRASTREAMETO E CONDUTA INICIAL