Vitamina D na Prevenção e no
Tratamento de Doenças Crônicas
Consequências de uma Pandemia Mundial
Cícero Galli Coimbra, MD, PHD
Professor Livre-Docente
Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP
Câmara dos Deputados – Distrito Federal
Comissão de Seguridade Social e Família
Pauta:
“Debater o Papel da vitamina D na saúde pública do Brasil” 20 de agosto de 2013
lupus eritematoso sistêmico – 1
(systemic lupus erythematosus)
lupus eritematoso sistêmico – 2
(systemic lupus erythematosus)
lupus eritematoso sistêmico – 3
(systemic lupus erythematosus)
psoríase – 1
(psoriasis)
psoríase – 2
(psoriasis)
vitiligo
efeitos na esclerose múltipla – 1
(effects on multiple sclerosis)
efeitos na esclerose múltipla – 2
(effects on multiple sclerosis)
efeitos na esclerose múltipla – 3
(effects on multiple sclerosis) NRF, female, dob 03/21/1982
MRI (Flair Scan) March 14, 2011 MRI (Flair Scan) July 23, 2012
efeitos na esclerose múltipla – 4
(effects on multiple sclerosis) NRF, female, dob 03/21/1982
MRI (T1, contrast) March 14, 2011 MRI (T1, contrast) July 23, 2012
efeitos na esclerose múltipla – 4
(effects on multiple sclerosis) IMFF, female, dob 07/10/1952
MRI (flair) October, 2008 MRI (flair) January, 2013
efeitos na esclerose múltipla – 4
(effects on multiple sclerosis) IMFF, female, dob 07/10/1952
MRI (flair) October, 2008 MRI (flair) January, 2013
Potencial terapêutico da vitamina D
para o controle das doenças
autoimunitárias
28 de maio de 2012
Potencial terapêutico da vitamina D
para a prevenção e o tratamento do
câncer
28 de maio de 2012
Potencial terapêutico da vitamina D
para a prevenção e o tratamento da
hipertensão
28 de maio de 2012
Potencial terapêutico da vitamina D
para a prevenção e o tratamento da
doença cardiovascular
28 de maio de 2012
Potencial terapêutico da vitamina D
para a prevenção e o tratamento do
diabetes
28 de maio de 2012
Potencial terapêutico da vitamina D
para a prevenção e o tratamento das
doenças infecciosas
28 de maio de 2012
A “vitamina” D é de fato uma substância
de potência hormonal que modula a
atividade de 10% do genoma humano
Genome Res. 2010 20: 1352-1360 doi:10.1101/gr.107920.110
Prevalência de doenças auto-imunitárias
aumenta com a distância da linha do equador
+
+
Níveis circulantes de calcidiol diminuem com a
distância da linha do equador
Vida urbana moderna & vitamina D (200-600 UI versus 20.000 UI)
Efeito da migração do campo para a cidade
sobre a produção de vitamina D
A ativação da vitamina D3 não
ocorre apenas no rim, mas também
no sistema imunológico e no SNC
Colecalciferol (vitamina D3)
Calcidiol [25(OH)D3] (forma circulante)
Fígado 25-hidroxilase
Calcitriol [1,25(OH)2D3] (forma ativa)
Macrófago / Micróglia 1α-hidroxilase Secreção
autócrina e
parácrina
Além dos seus clássicos efeitos sobre o
metabolismo do cálcio, a vitamina D
possui efeitos sobre o sistema nervoso
Efeitos da vitamina D sobre o sistema nervoso
(neurotróficos, anti-inflamatórios e anti-oxidantes)
Deficiência de
Vitamina D
Depressão Confinamento
Baixa
Exposição
Solar
William of Ockham – Princípio da Parcimônia
“Navalha de Occam”
O princípio da parcimônia estabelece que,
para encontrar-se a explicação mais
provável para o fenômeno que se
encontra em investigação, deve-se tomar
o menor número possível de hipóteses.
Qual a explicação mais provável para os
dados epidemiológicos geográficos e
temporais referentes às doenças auto-
imunitárias?
A bio-disponibilidade da vitamina D explica: a regra da linha do equador e a sua inversão ao comparar-
se Oslo com o norte da Noruega;
as diferenças epidemiológicas entre as zonas montanhosas e aquelas situadas próximas ao nível do mar;
as diferenças epidemiológicas entre as zonas urbana e rural;
a redução da incidência das doenças auto-imunitárias associada à dieta rica em peixes de águas frias;
a relação inversa entre a severidade das doenças auto-imunitárias e os níveis circulantes de vitamina D;
a vulnerabilidade da população de raça negra às doenças auto-imunitárias no hemisfério norte, contrastando com sua resistência a essas doenças na África;
a crescente incidência e prevalência das doenças auto-imunitárias acompanhando a crescente urbanização da civilização;
Equivalências 1 μg = 40 IU
8 ng/mL = 20 nmol/L fator de conversão = 2,5
“Serum 25(OH)D can be expected to rise by about 1 ng/mL (2.5 nmol/L) for
every 100 IU (2,5 μg) of additional vitamin D each day.”
[Heaney, RP. Vitamin D in health and disease.
Clin J Am Soc Nephrol. 2008; 3(5):1535-41]
[Heaney RP, Davies KM, Chen TC, Holick MF, Barger-Lux MJ.
Am J Clin Nutr 2003; 77: 204–210.]
cholecalciferol 25(OH)D (nmol/L) 25(OH)D (ng/mL)
1,000 IU/day 12.0 ± 16.2 4.8 ± 6.8
5,000 IU/day 91.9 ± 37.6 36.76 ± 15.4
10,000 IU/day 159.4 ± 62.4 63.76 ± 24.96
Como ajustar a dose? Não é necessário o uso da forma ativa da vitamina D ou do
uso de seus análogos sintéticos: apenas o colecalciferol é suficiente!
A dose não é uniforme para todos os pacientes: varia de 20.000 UI por dia até 100.000 UI por dia e deve ser ajustada de acordo com os resultados laboratoriais relativos ao metabolismo do cálcio – resultados esses que refletem a resistência à vitamina D secundária a polimorfismos genéticos;
São necessárias dosagens de cálcio sérico (total e ionizado), paratormônio (PTH), uréia e creatinina e calciúria de 24 horas a cada 2 meses;
Dosagens adicionais de calciúria de 24 horas podem ser solicitadas sempre que houver a queixa de sede (não “boca seca”).
Portadores de doenças auto-imunitárias têm
polimorfismos da 1α-hidroxilase da vitamina D: polimorfismos resistência aos efeitos biológicos
Polimorfismos genéticos causam resistência
aos efeitos (imuno-moduladores) da vitamina D
Karolinska Institutet, Stockholm:
“…our results lend further support to the role of vitamin D in MS pathology.”
European Journal of Human Genetics (2010) 18, 1349–1352
A produção de calcitriol obedece à cinética da reação
enzimática (curva de saturação de Michaelis-Menten)
0.00
0.10
0.05
0.35
0.15
0.30
0.25
0.20
Velo
cid
ade d
a r
eação
Concentração do substrato 4000 3000 2000 1000 0
Km
½ Vmax
Vmax
Como ajustar a dose?
PTH
Vit. D
Vit. D
PTH
Potencial terapêutico da vitamina D
para a esclerose múltipla
“A group of young patients having multiple sclerosis
was treated with dietary supplements containing
calcium, magnesium and vitamin D for a period of
one to two years. The experimental design
employed self-pairing: the response of each patient
was compared with his/her own case history as
control. The number of exacerbations observed
during the program was less than one half the
number expected from case histories.”
Vitamina D & atividade da doença:
esclerose múltipla
Vitamina D & atividade da doença:
esclerose múltipla
Runia, TF et al Neurology, 79, p.261-266, July 17, 2012
“With each doubling of the serum 25-OH-D
concentration the exacerbation rate
decreased by 27%”
Potencial terapêutico da vitamina D
para a esclerose múltipla
“Methods: 1 year, double blind, placebo controlled,
randomised study in 66 MS patients.”
“once weekly dose of 20,000 IU” “or 0.5 mg of vitamin D3”
“Patients in the vitamin D group showed fewer new T2 lesions
(p=0.286) and a significantly lower number of T1 enhancing
lesions (p=0.004), as well as a tendency to reduced disability
accumulation (p=0.071) and to improved timed tandem walk
(p=0.076).”
J Neurol Neurosurg Psychiatry, 83 (5), p.565-571, May 2012
Potencial terapêutico da vitamina D
para a esclerose múltipla Methods: 1 year, double blind, placebo controlled, randomized study in 30
patients with optic neuritis.” “50,000 IU of vitamin D3 weekly”
Results: “Risk reduction was 68.4 % for the primary outcome in the
treatment group (relative risk = 0.316, p = 0.007). After 12 months, patients
in the treatment group had a significantly lower incidence rate of cortical,
juxtacortical, corpus callosal, new T2, new gadolinium enhancing lesions
and black holes.”
Conclusion: “The immunomodulatory effects of vitamin D3 can delay or
prevent future relapses in CIS (acute onset clinically isolated syndrome)
patients, even after the first demyelinative attack, thus reducing the risk of
MS development.”
Acta Neurol Belg, 2012 Dec 19. [Epub ahead of print]
Relatives and patients: do they belong to
different classes of human beings?
Multiple Sclerosis Journal 2013;19(2):143-144. DOI: 10.1177/1352458513475916
http://msj.sagepub.com/content/19/2/143
Simpósio /Jornada sobre o uso
preventivo e terapêutico da
Vitamina D
(participação do Prof. Michael Holick – Boston, EUA)
São Paulo – 24 de Agosto de 2013 Contato:
Rita ([email protected])
BMJ 2008;336:1402-3. http://www.bmj.com/content/336/7658/1402
Key opinion leaders
Key opinion leaders
“Promising young faculty are invited to one on one meetings by
pharmaceutical company executives, who interview them about
their work and opinions over an expensive meal with excellent
wine. Each potential recruit is flattered and well fed. However,
only those whose opinions align with marketing messages are
taken under a company’s wing, to be financially supported,
pampered, and admired while being flown around to speak at
academic medical centres and medical conferences.
BMJ 2008;337:128-30.
http://www.bmj.com/content/337/bmj.a789?ijkey=DFBfIoV5hld2bN5&keytype=ref
Who stands to gain from the epidemic
of vitamin D deficiency?
http://www.naturalnews.com/032202_vitamin_D_deficiency_disease.html
Divulgação
www.vitamindcouncil.org www.institutodeautoimunidade.org.b
r