1. I NOVO CDIGO CIVIL COMENTADO (Lei n. 10.406, de 10-1-2002)
PARTE GERAL LIVRO I DAS PESSOAS TTULO I DAS PESSOAS NATURAISCAPTULO
I - Da personalidade e da capacidade arts. 1o a 10CAPTULO II Dos
direitos da personalidade arts. 11 a 21CAPTULO III Da ausncia
arts.. 22 a 39Seo 1 Da curadoria dos bens do ausente arts. 22 a
25Seo II Da sucesso provisria arts.. 26 a 36Seo III Da sucesso
definitiva arts.. 37 a 39TTULO IIDAS PESSOAS JURDICASCAPTULO 1
Disposies gerais. arts. 40 a 52CAPTULO II Das associaes arts. 53 a
61CAPTULO III Das fundaes arts. 62 a 69TTULO IIIDO DOMICLIOLIVRO
IIDOS BENSTITULO NICODAS DIFERENTES CLASSES DE BENSCAPITULO 1 Dos
bens considerados em si mesmos arts. 79 a 91..Seo 1 Dos bens imveis
arts. 79 a 81Seo II Dos bens mveis arts. 82 a 84Seo III Dos bens
fungveis e consumveis arts. 85 e 86Seo 1VDos bens divisveis arts.
87 e 88Seo V Dos bens singulares e coletivos arts. 89 a 91CAPTULO
II Dos bens reciprocamente considerados arts. 92 a 97CAPITULO III
Dos bens pblicos arts. 98 a 103
2. LIVRO IIIDOS FATOS JURDICOSTTULO 1DO NEGCIO JURDICOCAPTULO 1
Disposies gerais. arts. 104 a 114CAPTULO II Da representao arts.
115 a 120CAPTULO III Da condio, do termo e do encargo arts.. 121 a
137.CAPTULO IV Dos defeitos do negcio jurdico arts.. 138 a 165Seo 1
Do erro ou ignorncia arts.. 138 a 144Seo IIDo doloarts. 145a 150Seo
111Da coaoarts. 151 a 155Seo 1V Do estado de perigo arts. 156Seo V
Da leso arts 157Seo VI Da fraude contra credores arts.. 158 a
165CAPTULO V Da invalidade do negcio jurdico arts.. 166 a 184TITULO
IIDOS ATOS JURDICOS LCITOSArt. 185TTULO IIIDOS ATOS ILCITOSArts.
186 a 188TITULO IVDA PRESCRIO E DA DECADNCIACAPITULO I Da prescrio
arts. 189 a 206Seo 1 Disposies gerais. arts 189 a 196Seo 11 Das
causas que impedem ou suspendem a prescrioarts. 197 a201Seo III Das
causas que interrompem a prescrio arts. 202 a 204Seo IV Dos prazos
da prescrio arts. 205 e 206CAPITULO II Da decadncia arts. 207 a
211TITULO VDA PROVAArts. 212 a 232PARTE ESPECIALLIVRO I
3. DO DIREITO DAS OBRIGAESTITULO IDAS MODALIDADES DAS
OBRIGAESCAPTULO 1 Das obrigaes de dar arts. 233 a 246Seo 1 Das
obrigaes de dar coisa certa arts. 233 a 242Seo 11 Das obrigaes de
dar coisa incerta arts. 243 a 246CAPTULO II Das obrigaes de fazer
arts.. 247 a 249CAPTULO III Das obrigaes de no fazer~ arts. 250 e
251CAPITULO IV Das obrigaes alternativas arts. 252 a 256CAPITULO V
Das obrigaes divisveis e indivisveis arts. 257 263CAPTULO VI Das
obrigaes solidrias arts. 264 a 285 Seo 1 Disposies gerais. arts.
264 a 266 Seo 11 Da solidariedade ativa arts. 267 a 274 Seo III Da
solidariedade passiva arts. 275 a 285TITULO IIDA TRANSMISSO DAS
OBRIGAESCAPTULO 1 Da cesso de crdito arts. 286 a 298CAPITULO II Da
assuno de dvida arts. 299 a 303TITULO IIIDO ADIMPLEMENT0 E EXTINO
DAS OBRIGAESCAPTULO 1 Do pagamento arts.. 304 a 333Seo 1 De quem
deve pagar arts.. 304 a 307Seo II Daqueles a quem se deve pagar
arts.. 308 a 312.Seo III Do objeto do pagamento e sua prova arts..
313 a 326Seo IV Do lugar do pagamento arts. 327 a 330Seo V Do tempo
do pagamento arts. 331 a 333CAPTULO II Do pagamento em consignao
arts.. 334 a 345CAPTULO IIIDo pagamento com sub-rogao arts. 346 a
351CAPTULO IV Da imputao do pagamento arts.. 352 a 355CAPTULO V Da
dao em pagamento arts.. 356 a 359CAPTULO VI Da novao arts.. 360 a
367CAPTULO VII Da compensao arts. 368 a 380CAPTULO VIII Da confuso
arts.. 381 a 384CAPTULO IX Da remisso das dvidas arts.. 385 a
388TITULO IVDO INADIMPLEMENT0 DAS OBRIGAESCAPITULO I - Disposies
gerais arts.. 389 a 393CAPITULO II Da mora arts.. 394 a 401CAPITULO
III Das perdas e danos arts.. 402 a 405CAPITULO IV Dos juros
legais. arts.. 406 e 407CAPITULO V Da clusula penal arts.. 408 a
416CAPTULO VIDas arras ou sinal arts 417 420
4. TITULO VDOS CONTRATOS EM GERALCAPTULO 1 Disposies gerais
arts. 421 a 471Seo 1 Preliminares arts.. 421 a 426Seo II Da formao
dos contratos arts.. 427 a 435Seo III Da estipulao em favor de
terceiro arts.. 436 a 438Seo IV Da promessa de fato de terceiro
arts.. 439 e 440Seo V Dos vcios redibitrios arts.. 441 a 446Seo VI
Da evico arts.. 447 a 457Seo VII Dos contratos aleatrios arts.. 458
a 461Seo VIII Do contrato preliminar arts.. 462 a 466Seo IX Do
contrato com pessoa a declarar arts.. 467 a 471..CAPTULO II Da
extino do contrato arts.. 472 a 480Seo 1 Do distrato arts.. 472 e
473Seo II Da clusula resolutiva arts.. 474 e 475Seo III Da exceo de
contrato no cumprido arts.. 476 e 477Seo 1V Da resoluo por
onerosidade excessiva arts..478 a480TITULO VIDAS VRIAS ESPCIES DE
CONTRATOCAPTULO 1 Da compra e venda arts.. 481 a 532Seo 1 Disposies
gerais. arts.. 481 a 504Seo II Das clusulas especiais. compra e
venda arts..505 a 532 Subseo 1 Da retrovenda arts.. 505 a 508
Subseo II Da venda a contento e da sujeita a prova arts. 509 a 512
Subseo III Da preempo ou preferncia arts.. 513 a 520 Subseo IV Da
venda com reserva de domnio arts.. 521 a 528 Subseo V Da venda
sobre documentos arts.. 529 a 532.CAPTULO II Da troca ou permuta
art. 533CAPTULO 111 Do contrato estimatrio arts.. 534 a 537CAPTULO
IV Da doao arts.. 538 a 564Seo 1 Disposies gerais. arts.. 538 a
554Seo II Da revogao da doao arts.. 555 a 564CAPTULO V Da locao de
coisas arts.. 565 a 578CAPTULO VI Do emprstimo arts.. 579 a 592Seo
1 Do comodato arts.. 579 a 585Seo 11Do mtuo arts.. 586 a 592CAPTULO
VII Da prestao de servio arts.. 593 a 609CAPTULO VIII Da empreitada
arts.. 610 a 626CAPTULO IX Do depsito arts.. 627 a 652Seo 1 Do
depsito voluntrio arts.. 627 a 646Seo II Do depsito necessrio
arts.. 647 a 652CAPTULO X Do mandato arts.. 653 a 692Seo 1
Disposies gerais. arts.. 653 a 666Seo II Das obrigaes do mandatrio
arts.. 667 a 674..Seo III Das obrigaes do mandante arts.. 675 a
681Seo IV Da extino do mandato arts.. 682 a 691Seo V Do mandato
judicial art. 692CAPTULO XI Da comisso arts.. 693 a 709CAPTULO XII
Da agncia e distribuio arts.. 710 a 721CAPTULO XIII Da corretagem
arts.. 722 a 729CAPTULo XIV Do transporte arts.. 730 a 756
5. Seo 1 Disposies gerais. arts.. 730 a 733Seo II Do transporte
de pessoas arts.. 734 a 742Seo III Do transporte de coisas arts..
743 a 756CAPTULO XV Do seguro arts.. 757 a 802Seo 1 Disposies
gerais. arts.. 757 a 777Seo II Do seguro de dano arts.. 778 a
788Seo III Do seguro de pessoa arts.. 789 a 802CAPTULO XVI Da
constituio de renda arts.. 803 a 813CAPTULO XVII Do jogo e da
aposta arts.. 814 a 817CAPTULO XVIII Da fiana arts.. 818 a 839Seo 1
Disposies gerais. arts.. 818 a 826Seo II Dos efeitos da fiana
arts.. 827 a 836Seo III Da extino da fiana arts.. 837 a 839CAPTULO
XIX Da transao arts.. 840 a 850CAPITULO XX Do compromissoarts.. 851
a 853TITULOS VIIDOS ATOS UNILATERAISCAPTULO I Da promessa de
recompensa arts. 854 a 860CAPTULO II Da gesto de negcios arts.. 861
a 875CAPTULO III Do pagamento indevido arts.. 876 a 883CAPTULO IV
Do enriquecimento sem causa arts. 884 a 886...TTULO VIIIDOS TTULOS
DE CREDITOCAPTULO 1 Disposies gerais. arts.. 887 a 903CAPTULO II Do
ttulo ao portador arts.. 904 a 909CAPTULO III Do ttulo ordem arts..
910 a 920CAPTULO IV Do titulo nominativo arts.. 921 a 926TTULO IXDA
RESPONSABILIDADE CIVILCAPTULO 4 Da obrigao de indenizar arts.. 927
a 943CAPTULO LI Da indenizao arts.. 944 a 954TTULO XDAS PREFERNCIAS
E PRIVILGIOS CREDITRIOSLIVRO IIDO DIREITO DE EMPRESATTULO IDO
EMPRESRIO
6. CAPTULO 1 Da caracterizao e da inscrio arts.. 966 a
971..CAPTULO II Da capacidade arts.. 972 a 980TTULO IIDA
SOCIEDADECAPITULO NICO Disposies gerais arts. 981 a 985SUBTTULO 1DA
SOCIEDADE NO PERSONIFICADACAPITULO IDa sociedade em comum art.986 a
art 990CAPITULO II Da sociedade em conta de participao arts.. 991 a
996SUBTTULO IIDA SOCIEDADE PERSONIFICADACAPTULO 1 Da sociedade
simples arts.. 997 a 1.038Seo 1Do contrato social arts.. 997 a
1.000Seo 11Dos direitos e obrigaes dos scios arts.. 1.001 a
1.009Seo 111 Da administrao arts.. 1.010 a 1.021Seo 1VDas relaes
com terceiros arts.. 1.022 a 1.027.Seo V Da resoluo da sociedade em
relao a um scio arts.. 1.028 a 1.032Seo VIDa dissoluo arts.. 1.033
a 1.038CAPTULO II Da sociedade em nome coletivo arts.. 1.039 a
1.044CAPTULO III Da sociedade em comandita simples arts.. 1.045 a
1.051CAPTULO IV Da sociedade limitada arts.. 1.052 a 1.087Seo I
Disposies preliminares arts.. 1.052 a 1.054Seo II Das quotas arts..
1.055 a 1.059Seo 111 Da administrao arts.. 1.060 a 1.065Seo 1VDo
conselho fiscal arts.. 1.066 a 1.070Seo V Das deliberaes dos scios
arts.. 1.071 a 1.080.Seo VIDo aumento e da reduo do capital arts..
1.081 a 1.084Seo VII Da resoluo da sociedade em relao a scios
minoritrios arts.. 1.085 e 1.086Seo VIII Da dissoluo art.
1.087CAPTULO V Da sociedade annima arts.. 1.088 e 1.089Seo nica Da
caracterizao arts.. 1.088 e 1.089CAPTULO VI Da sociedade em
comandita por aes arts.. 1.090 a 1.092CAPTULO VII Da sociedade
cooperativa arts.. 1.093 a 1.096CAPITULO VIII Das sociedades
coligadas arts.. 1.097 a 1.101..CAPITULO IXDa liquidao da
sociedade......arts. 1.lO2 a 1.112.CAPITULO X Da transformao da
incorporao, da fuso e da ciso das sociedades arts.1.113 a
1.122..CAPITULO XI Da sociedade dependente de autorizao arts 1.123
a 1.141Seo 1Disposies gerais. arts.. 1.123 a 1.125Seo 11Da
sociedade nacional arts.. 1.126 a 1.133Seo 111 Da sociedade
estrangeira arts.. 1.134 a 1.141TTULO IIIDO ESTABELECIMENTOCAPTULO
nico Disposies gerais. arts.. 1.142 a 1.149TTULO IVDOS INSTITUTOS
COMPLEMENTARESCAPTULO 1 Do registro arts.. 1.150 a 1.154
7. CAPTULO II Do nome empresarial arts.. 1.155 a 1.168 CAPTULO
III Dos prepostos arts.. 1.169 a 1.178 Seo 1Disposies gerais.
arts.. 1.169 a 1.171 Seo 11Do gerente arts.. 1.172 a 1.176 Seo 111
Do contabilista e outros auxiliares arts.. 1.177 e 1.178 CAPTULO IV
Da escriturao arts.. 1.179 a 1.195 LIVRO III DO DIREITO DAS COISAS
TTULO I DA POSSE CAPTULO I Da posse e sua classificao arts.. 1.196
a 1.203... CAPTULO II Da aquisio da posse arts.. 1.204 a 1.209
CAPTULO III Dos efeitos da posse arts.. 1.210 a 1.222 CAPTULO IV Da
perda da posse arts.. 1.223 e 1.224 TTULO II DOS DIREITOS REAIS
CAPITULO NICO - Disposies gerais arts. 1.225 a 1.227arts.. TTULO
III DA PROPRIEDADE CAPTULO 1 Da propriedade em geral arts.. 1.228 a
1.237 Seo 1 Disposies preliminares arts.. 1.228 a 1.232 Seo II Da
descoberta arts.. 1.233 a 1.237 CAPTULO II Da aquisio da
propriedade imvel arts.. 1.238 a 1.259 Seo I- Da usucapio arts..
1.238 a 1.244 Seo II Da aquisio pelo registro do ttulo arts.. 1.245
a 1.247 Seo III Da aquisio por acesso arts.. 1.248 a 1.259 Subseo 1
Das ilhas art. 1.249 Subseo II Da aluvio art. 1.250 Subseo III Da
avulso art. 1.251 Subseo IV Do lveo abandonado art. 1.252 Subseo V
Das construes e plantaes arts.. 1.253 a 1.259 CAPTULO III Da
aquisio da propriedade mvel arts.. 1.260 a 1.274 Seo 1Da usucapio
arts.. 1.260 a 1.262 Seo 11Da ocupaoart. 1.263 Seo 111 Do achado do
tesouro arts.. 1.264 a 1.266 Seo IV Da tradio arts.. 1.267 e 1.268
Seo V Da especificao arts.. 1.269 a 1.271 Seo VI Da confuso, da
comisso e da adjuno arts.. 1.272 a 1.274 CAPTULO IV Da perda da
propriedade arts.. 1.275 e 1.276 CAPTULO V Dos direitos de
vizinhana arts.. 1.277 a 1.313 Seo 1Do uso anormal da propriedade
arts.. 1.277 a 1.281. Seo II Das rvores limtrofes arts.. 1.282 a
1.284 Seo III Da passagem forada art. 1.285 Seo !V Da passagem de
cabos e tubulaes arts.. 1.286 e 1.287 Seo V Das guas arts.. 1.288 a
1.296
8. Seo VI Dos limites entre prdios e do direito de tapagem
arts.. 1.297 e 1.298 Seo VII Do direito de construir arts.. 1.299 a
1.313 CAPTULO VI Do condomnio geral arts.. 1.314 a 1.330 Seo 1Do
condomnio voluntrio arts.. 1.314 a 1.326 Subseo 1Dos direitos e
deveres dos condminos arts.. 1.314 a 1322 Subseo 111 Da administrao
do condomnio arts.. 1.323 a 1.326 Seo 11 Do condomnio necessrio
arts.. 1.327 a 1.330.. CAPTULO VIIDo condomnio edilcio arts.. 1.331
a 1.358 Seo I Disposies Gerais arts. 1.331 a 1.346. 1.331 a 1.3 Seo
II Da administrao do condomnio arts.. 1.347 a 1.356 Seo III Da
extino do condomnio arts.. 1.357 e 1.358 CAPTULO VIII Da
propriedade resolvel arts.. 1.359 e 1.360.. CAPTULO IX Da
propriedade fiduciria arts.. 1.361 a 1.368 TTULO IV DA SUPERFCIE
Arts. 1.369 a 1.377 TTULO V DAS SERVIDES CAPTULO 1 Da constituio
das servides arts.. 1.378 e 1.379 CAPTULO II Do exerccio das
servides arts.. 1.380 a 1.386 CAPTULO III Da extino das servides
arts.. 1.387 a 1.389 TTULO VI DO USUFRUTO CAPTULO 1 Disposies
gerais. arts.. 1.390 a 1.393 CAPTULO II Dos direitos do usufruturio
arts.. 1.394 a 1.399 CAPTULO III Dos deveres do usufruturio arts..
1.400 a 1.409.. CAPTULO IV Da extino do usufruto arts.. 1.410 e
1.411 TTULO VII DO USO Arts.. 1.412 e 1.413 TTULO VIII DA HABITAO
Arts. 1.414 a 1.416 TTULO IX DO DIREITO DO PROMITENTE COMPRADOR
Arts. 1.417e 1.418 TTULO X
9. DO PENHOR, DA HIPOTECA E DA ANTICRESEts.. 1.4 CAPITULO I
Disposies gerais arts. 1419 a 1.430 CAPTULO II Do penhor arts..
1.431 a 1.472 Seo 1 Da constituio do penhor arts.. 1.431 e 1.432
Seo II Dos direitos do credor pignoratcio arts.. 1.433 e 1.434 Seo
III Das obrigaes do credor pignoratcio art. 1.435.. Seo IV Da
extino do penhor arts.. 1.436 e 1.437 Seo V Do penhor rural arts..
1.438 a 1.446 Subseo IDisposies gerais. arts.. 1.438 a 1.441 Subseo
II Do penhor agrcola arts.. 1.442 e 1.443 Subseo III Do penhor
pecurio arts.. 1.444 a 1.446 Seo VI Do penhor industrial e
mercantil arts.. 1.447 a 1.450 Seo VII Do penhor de direitos e
ttulos de crdito arts. 1.451 a 1.460 Seo VIII Do penhor de veculos
arts.. 1.461 a 1.466 Seo IX Do penhor legal arts.. 1.467 a 1.472
CAPTULO III Da hipoteca arts.. 1.473 a 1.505 Seo 1 Disposies
gerais. arts.. 1.473 a 1.488 Seo II Da hipoteca legal arts.. 1.489
a 1.491 Seo 111 Do registro da hipoteca arts.. 1.492 a 1.498 Seo
1VDa extino da hipoteca arts.. 1.499 a 1.501 Seo V Da hipoteca de
vias frreas arts.. 1.502 a 1.505.. CAPTULO IV Da anticrese arts.
1.506 a 1.510 LIVRO IV DO DIREITO DE FAMLIA TITULO I DO DIREITO
PESSOAL SUBTTULO 1 DO CASAMENTO CAPTULO 1 Disposies gerais. arts..
1.511 a 1.516 CAPTULO IIDa capacidade para o casamento arts.. 1.517
a 1.520 CAPTULO III Dos impedimentos arts.. 1.521 e 1.522 CAPTULO
IV Das causas suspensivas arts.. 1.523 e 1.524 CAPTULO V Do
processo de habilitao para o casamento arts. 1.525 a 1.532 CAPTULO
VI Da celebrao do casamento arts.. 1.533 a 1.542.. CAPTULO VII Das
provas do casamento arts.. 1.543 a 1.547 CAPTULO VIII Da invalidade
do casamento arts.. 1.548 a 1.564.. CAPTULO IX Da eficcia do
casamento arts.. 1.565 a 1.570 CAPTULO X Da dissoluo da sociedade e
do vnculo conjugal arts.. 1.571 a 1.582 CAPTULO XI Da proteo da
pessoa dos filhos arts.. 1.583 a 1.590 SUBTTULO II DAS RELAES DE
PARENTESCO CAPTULO I Disposies gerais. arts.. 1.591 a 1.595 CAPTULO
IIDa filiao arts.. 1.596 a 1.606 CAPTULO III Do reconhecimento dos
filhos arts.. 1.607 a 1.617.. CAPTULO IV Da adoo arts.. 1.618 a
1.629 CAPTULO V Do poder familiar arts.. 1.630 a 1.638 Seo 1
Disposies gerais. arts.. 1.630 a 1.633 Seo II Do exerccio do poder
familiar art. 1.634
10. Seo III Da suspenso e extino do poder familiar arts.. 1.635
a 1.638TITULO IIDO DIREITO PATRIMONIALSUBTTULO 1DO REGIME DE BENS
ENTRE OS CNJUGESCAPITULO 1 Disposies gerais. arts.. 1.639 a
1.652CAPTULO IIDo pacto antenupcial arts.. 1.653 a 1.657CAPTULO
IIIDo regime de comunho parcial arts.. 1.658 a 1.666CAPTULO IV Do
regime de comunho universal arts.. 1.667 a 1.671CAPTULO V Do regime
de participao final nos aqestos arts.. 1.672 a 1.686CAPITULO VI Do
regime de separao de bens arts.. 1.687 e 1.688SUBTITULO IIDO
USUFRUTO E DA ADMINISTRAO DOS BENS DE FILHOS MENORESArts.. 1.689 a
1.693SUBTTULO IIIDOS ALIMENTOSArts.. 1.694 a 1.710SUBTTULO IVDO BEM
DE FAMLIAArts.. 1.711 a 1.722TTULO IIIDA UNIO ESTVELArts.. l.723 a
1.727TITULO IVDA TUTELA E DA CURATELACAPTULO 1 Da tutela arts..
1.728 a 1.766Seo 1Dos tutores arts.. 1.728 a 1.734Seo II Dos
incapazes de exercer a tutela art. 1.735Seo III Da escusa dos
tutores arts.. 1.736 a 1.739Seo 1VDo exerccio da tutela arts..
1.740 a 1.752Seo V Dos bens do tutelado arts.. 1.753 e 1.754Seo VI
Da prestao de contas arts.. 1.755 a 1.762Seo VII Da cessao da
tutela arts.. 1.763 a 1.766CAPTULO II Da curatela arts.. 1.767 a
1.783Seo 1 Dos interditos arts.. 1.767 a 1.778Seo II Da curatela do
nascituro e do enfermo ou portador de deficincia fsica arts.. 1.779
e1.780
11. Seo III Do exerccio da curatela arts.. 1.781 a 1.783LIVRO
VDO DIREITO DAS SUCESSESTTULO 1DA SUCESSO EM GERALCAPTULO 1
Disposies gerais. arts.. 1.784 a 1.790CAPTULO II Da herana e de sua
administrao arts.. 1.791 a 1.797CAPTULO III Da vocao hereditria
arts.. 1.798 a 1.803CAPTULO IV Da aceitao e renncia da herana
arts.. 1.804 a 1.813CAPTULO V Dos excludos da sucesso arts.. 1.814
a 1.818....CAPTULO VI Da herana jacente arts.. 1.819 a 1.823CAPTULO
VII Da petio de herana arts.. 1.824 a 1.828TTULO IIDA SUCESSO
LEGTIMACAPTULO 1 Da ordem da vocao hereditria arts.. 1.829 a
1.844CAPTULO II Dos herdeiros necessrios arts.. 1.845 a
1.850CAPTULO III Do direito de representao arts.. 1.851 a
1.856.TTULO IIIDA SUCESSO TESTAMENTRIACAPTULO 1 Do testamento em
geral arts.. 1.857 a 1.859CAPTULO II Da capacidade detestar arts..
1.860 e 1.861CAPTULO III Das formas ordinrias do testamento arts..
1.862 a 1.880Seo 1 Disposies gerais. arts.. 1.862 e 1.863Seo II Do
testamento pblico arts.. 1.864 a 1.867Seo III Do testamento cerrado
arts.: 1.868 a 1.875Seo 1V Do testamento particular arts.. 1.876 a
1.880CAPTULO IV Dos codicilos arts.. 1.881 a 1.885CAPTULO V Dos
testamentos especiais. arts.. 1.886 a 1.896Seo I Disposies gerais.
arts.. 1.886 e 1.887Seo 11 Do testamento martimo e do testamento
aeronutico arts.. 1.888 a 1.892Seo 111 Do testamento militar arts.
1.893 a 1.896CAPTULO VI Das disposies testamentrias arts.. 1.897 a
1.911CAPTULO VII Dos legados arts.. 1.912 a 1.940Seo 1Disposies
gerais. arts.. 1.912 a 1.922Seo 11 Dos efeitos do legado e do seu
pagamento arts..1.923 a 1.938Seo 111 Da caducidade dos legados
arts.. 1.939 e 1.940CAPTULO VIII Do direito de acrescer entre
herdeiros e legatrios arts.. 1.941 a 1.946CAPTULO IX Das
substituies arts.. 1.947 a 1.960Seo I Da substituio vulgar e da
recproca arts.. 1.947 a 1.950Seo 11 Da substituio fideicomissria
arts.. 1.951 a 1.960CAPTULO X Da deserdao arts.. 1.961 a
1.965CAPTULO XI Da reduo das disposies testamentrias arts..1.966 a
1.968CAPTULO XII Da revogao do testamento arts.. 1.969 a
1.972CAPTULO XIII Do rompimento do testamento arts.. 1.973 a
1.975CAPTULO XIV Do testamenteiro arts.. 1.976 a 1.990TTULO IVDO
INVENTRIO E DA PARTILHACAPITULO I Do Inventrio art. 1.991CAPTULO II
Dos sonegados arts.. 1.992 a 1.996
12. CAPTULO III Do pagamento das dvidas arts.. 1.997 a
2.001CAPTULO IV Da colao arts.. 2.002 a 2.012CAPTULO V Da partilha
arts.. 2.013 a 2.022CAPTULO VI Da garantia dos quinhes hereditrios
arts.. 2.023 a 2.026CAPTULO VII Da anulao da partilha art.
2.027LIVRO COMPLEMENTARDAS DISPOSIES FINAIS E TRANSITRIASArts.
2.028 a 2.046
13. LEI N. 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002* Institui o Cdigo
CivilPARTE GERALLIVRO 1DAS PESSOASTTULO 1DAS PESSOAS
NATURAISCAPTULO IDA PERSONALIDADE E DA CAPACIDADEArt. 1o Toda
pessoa capaz de direitos e deveres na ordem civil.HistricoO texto
original do projeto tal como aprovado em primeira votao pela Cmara
dos Deputadosrepetia a redao do Cdigo de 1916, dispondo que todo
homem capaz de direitos e obrigaesna ordem civil. Submetido
posteriormente ao Senado Federal, foi alterado pela Emenda n.
367(renumerada posteriormente para 01), da lavra do ento Senador
Josaphat Marinho, passando aadotar a seguinte redao: Art. 1o Todo
ser humano capaz de direitos e obrigaes na ordemcivil. Ao
fundamentar a sua emenda, justificou o Senador Josaphat Marinho que
o vocbulohomem, constante do projeto, j vo era claramente
indicativo da espcie humana, vale dizer,tambm da mulher. Com a
qualificao marcante dos dois seres, e dada a evoluo, inclusive
nodireito, da situao da mulher, elevada a independente, evita-se o
uso da palavra homem abrangenteda pessoa de um e de outro sexo.
Hoje, a referncia comum a direitos humanos, embora asDeclaraes de
1789 e de 1948 aludam a direitos do homem. De modo geral, os
instrumentosinternacionais posteriores a 1948 empregam a expresso
direitos humanos, ou recomendamtratamento igual mulher em relao ao
homem, e por isso do preferncia ao substantivo pessoa,tambm de
alcance superior. Assim a Conveno sobre a Proteo dos Direitos
Humanos e dasLiberdades Fundamentais, do Conselho da Europa, de
1950, e o Protocolo n. 4, de 1963, que aintegra, bem como a
Declarao sobre a Eliminao de Todas as Formas de Discriminao
Racial,da Assemblia-Geral das Naes Unidas, de 1963, e o Pacto
Internacional dos Direitos Civis ePolticos, de 1966, de igual
origem. A Declarao sobre a Eliminao da Discriminao contra aMulher,
da Assemblia-Geral das Naes Unidas, de 1967, proclama, em seu
prembulo, que necessrio garantir o reconhecimento universal, de
fato e de direito, do princpio de igualdade dohomem e da mulher. E
estipula, na letra b do art. 22, que o princpio da igualdade de
direitosfigurar nas constituies ou ser garantido de outro modo por
lei. Complementando essaDeclarao, a Conveno sobre a Eliminao de
Todas as Formas de Discriminao contra a Mulherestabelece, entre
outros preceitos, que seus signatrios se comprometem a adotar,
nesse sentido,todas as medidas adequadas, inclusive de carter
legislativo, e compreendendo a modificao deusos e costumes (art.
2~, J). Conquanto os pactos internacionais no sejam exemplos de
rigor tc-nico, exprimem diretrizes de poltica normativa,
importantes para o legislador No deve eleempregar linguagem
contrastante com as tendncias culturais do povo. No domnio
cientfico,Enneccerus observa que o direito se baseia na vontade
coletiva, e no em simples convico jur-dica (Trat. de Der Civ. de
Enneccerus, Kipp e Wolff, T. jQ, Parte Gen., Trart. de Prez Gonzlez
eJos Alguer, Bosch, Barcelona, 1943, p. 121). J em 1904, escrevendo
sobre a tcnica legislativa naCodificao civil moderna, Gny
assinalava a necessidade de linguagem conforme o esprito dapoca e
do meio (La technique legislative dans la codification civile
modcrne, in Le Cade Civil
14. 1804-1904 Livre du Centenaire, t. II, Paris, Rousseau
Editeur, 1904, p. 1037). Com razo maior se h de proceder assim hoje
por ser mais ampla e viva a participao da coletividade no trabalho
legislativo. Logo, de prudente e bom estilo legislativo substituir,
no art. 1o , o vocbulo homem pela forma ser humano. Evita-se
confuso e segue-se tendncia dominante na ordem jurdica e social. A
opo prefervel, mesmo, da palavra pessoa, por ser mais diretamente
indicativa do gnero humano. Retomando o projeto a nova apreciao da
Cmara dos Deputados, tendo em vista as emendas apresentadas pelo
Senado, recebeu o artigo parecer do Deputado Bonifcio de Andrada,
designado relator parcial para a parte geral e que opinou pela
rejeio da emenda por entender que a redao original da Cmara elegia
expresso consagrada no ordenamento jurdico, ao referir-se ao gnero
homem. Na elaborao de seu relatrio geral o Deputado Ricardo Fiuza
registrou, inicialmente, que os argumentos do relator parcial eram
ponderveis, ao procurar manter no texto forma aceita na grande
maioria dos sistemas normativos e que, de nenhuma maneira, assumia
qualquer tipo de conotao machista, nem se contrapunha
constitucionalmente assegurada paridade de direitos entre o homem e
a mulher como sujeitos jurdicos. A matria foi objeto de intenso
debate na fase final de tramitao do projeto. Em audincia pblica
perante a Comisso Especial, o Prof. Miguel Reale sugeriu como
melhor opo a referncia pessoa, em vez de ser humano. Segundo o
Deputado Fiuza, a substituio sugerida por Miguel Reale foi de boa
tcnica jurdica e social, diante da prpria nominao dada ao Livro 1
Das Pessoas, razo pela qual restou acolhida no seu relatrio e
posteriormente aprovada pela Cmara. Outra alterao redacional
procedida pelo Deputado Fiuza e que tambm restou aprovada, a fim de
dar maior clareza ao dispositivo, foi a substituio do vocbulo
obrigaes por deveres, uma vez que, segundo o relator, existem
outras modalidades de deveres jurdicos, diferentes da obrigao, a
exemplo da sujeio, do dever genrico de absteno, dos
poderes-deveres, dos nus, alm dos deveres de famlia que no se
enquadram em nenhuma das categorias jurdicas acima. O dever
correlato ao direito de personalidade o dever genrico de absteno, o
que Santoro Passarelli denomina de de- ver de respeitar ou dever de
no desrespeitar. Por igual, os direitos absolutos, como o de
propriedade, tm como deveres correlatos, ora a absteno, ora a
sujeio, nos casos de direitos de vizinhana, por exemplo (caso da
passagem forada). Por sua vez, os deveres de famlia no se
constituem, no sentido tcnico da palavra, em obrigao, e sim em
deveres. Doutrina Personalidade e capacidade jurdica: Liga-se
pessoa a idia de personalidade, que exprime a aptido genrica para
adquirir direitos e contrair obrigaes. Sendo a pessoa natural o
sujeito das relaes jurdicas e a personalidade, a possibilidade de
ser sujeito, toda pessoa dotada de personalidade. Esta tem sua
medida na capacidade, que reconhecida, num sentido de
universalidade, no art. 12 do Cdigo Civil, que, ao prescrever toda
pessoa capaz de direitos e deveres, emprega o termo pessoa na acepo
de todo ser humano, sem qualquer distino de sexo, idade, credo ou
raa. Capacidade de direito e capacidade de exerccio: aptido oriunda
da personalidade para adquirir direitos e contrair obrigaes na vida
civil d-se o nome de capacidade de gozo ou de direito. Quando o
Cdigo enuncia, no seu art. 1o, que toda pessoa capaz de direitos e
deveres na ordem civil, no d a entender que possua
concomitantemente o gozo e o exerccio desses direitos, pois nas
disposies subseqentes faz referncia queles que tendo o gozo dos
direitos civis no podem exerc-los, por si, ante o fato de, em razo
de menoridade ou de insuficincia somtica, no terem a capacidade de
fato ou de exerccio. Bibliografiae Clvis Bevilqua, Teoria geral do
direito civil, 4. ed. (p. 67); Larenz, Derecho civil, parte general
(p. 104); M. Helena Diniz, Curso de direito civil brasileiro, So
Paulo, Saraiva, 19, v. 1 (p. 82); Haroldo Vallado, Capacidade de
direito, in Enciclopdia Saraiva do Direito, v. 13 (p. 34); Virgilio
de S Pereira, Direito de famlia, Rio de Janeiro, Freitas Bastos,
1959; Orlando Gomes, Introduo ao direito civil, cit. (p. 149);
Espnola, Direito civil brasileiro, v. 1 (p. 239); Filomusi Guelfi,
Enciclopedia juridica (p. 178); Caio M. S. Pereira, Instituies ,
cit., v. 1 (p. 198); Luiz Roldo de Freitas Gomes, Noo de pessoa no
direito brasileiro, Revista de Direito Civil Imobilirio,
Agrrio
15. e Empresarial, 61/15-34. Art. 2o A personalidade civil da
pessoa comea do nascimento com vida; mas a lei pe a salvo, desde a
concepo, os direitos do nascituro. Histrico O texto original do
Projeto n. 634, tal como redigido pelo Ministro Moreira Alves,
consignava que a personalidade civil do homem comea do nascimento
com vida; mas a lei pe a salvo os direitos do nascituro. O texto
proposto pelo Senado por meio da Emenda n. 368, tambm de autoria do
Senador Josaphat Marinho, passou a adotar a seguinte redao: A
personalidade civil do ser humano comea do nascimento com vida; mas
a lei pe a salvo, desde a concepo, os direitos do nascituro. Ou
seja, ressalvou os direitos do nascituro desde a concepo, alm de
substituir a expresso ser humano por homem. Afirmou na ocasio o
nobre Senador Josaphat Marinho que a emenda restaura, basicamente,
o texto do art. 42 do atual Cdigo Civil (leia-se Cdigo anterior).
Ressalvar os direi- tos do nascituro, desde a concepo, como hoje
assegurando, permuta ampla, que deve ser preservada acima de
divergncias doutrinArias . Num fim de sculo em que se reala a
amplitude dos direitos humanos, bem como a necessidade de
defend-los com energia, suprimir a clusula desde a concepo
suscitaria estranheza. E o projeto, mesmo, confirmando essa
tendncia, alude a filho concebido, como nos arts. 1.602 e 1.606.
Lembre-se, ainda, com a lio de Orlando Gomes, que o direito de
suceder do nascituro depende de j estar concebido no momento da
abertura da sucesso (Sucesses, 6. ed., Forense, 1990, p. 30).
Aquiesceu, de imediato, na alterao o eminente Professor e Ministro
Moreira Alves, autor da Parte Geral do Anteprojeto, na Comisso
designada pelo Poder Executivo. Retomando o texto do projeto a nova
apreciao da Cmara dos Deputados, promoveu o Relator Fiuza apenas a
substituio da expresso ser humano pelo vocbulo pessoa,
correntemente com o que havia feito no art. 1o . Doutrina Comeo da
personalidade natural: Pelo Cdigo Civil, para que um ente seja
pessoa e adquira personalidade jurdica, ser suficiente que tenha
vivido por um segundo. Direitos do nascituro: Conquanto comece do
nascimento com vida a personalidade civil do homem, a lei pe a
salvo, desde a concepo, os direitos do nascituro (CC, ais. 22,
1.609, 1.779 e pargrafo nico e 1.798), como o direito vida (CF,
art. 52, CP, ais. 124 a 128, 1 e II), filiao (CC, ais. 1.596 e
1.597), integridade fsica, a alimentos (RT 650/220; RJTJSP
150/906), a uma adequada assistncia pr-natal, a um curador que zele
pelos seus interesses em caso de incapacidade de seus genitores, de
receber herana (CC, ais. 1.798 e 1.800, 3~), de ser contemplado por
doao (CC, art. 542), de ser reconhecido como filho etc. Poder-se-ia
at mesmo afirmar que, na vida intra- uterina, tem o nascituro, e na
vida extra-uterina, tem o embrio, personalidade jurdica formal, no
que atina aos direitos personalissimos, ou melhor, aos da
personalidade, visto ter a pessoa carga gentica diferenciada desde
a concepo, seja ela in vivo ou in vitro (Recomendao n. 1.046/89, n.
7 do Conselho da Europa), passando a ter a personalidade jurdico
material, alcanando os direitos patrimoniais, que permaneciam em
estado potencial, somente com o nascimento com vida (CC, art.
1.800, 3o ). Se nascer com vida, adquire personalidade jurdica
material, mas, se tal no ocorrer, nenhum direito patrimonial ter.
Momento da considerao jurdica do nascituro: Ante as novas tcnicas
de fertilizao in vitro e do congelamento de embries humanos, houve
quem levantasse o problema relativo ao momento em que se deve
considerar juridicamente o nascitum, entendendo-se que a vida tem
incio, naturalmente, com a concepo no ventre materno. Assim sendo,
na fecundao na proveta, embora seja a fecundao do vulo, pelo
espermatozide, que inicia a vida, a nidao do zigoto ou ovo que a
garantir; logo, para alguns autores, o nascituro s ser pessoa
quando o ovo fecundado for implantado no tero materno, sob a condio
do nascimento com vida. O embrio humano congelado no poderia ser
tido como nascituro, apesar de dever ter proteo jurdica como pessoa
virtual, com uma carga gentica prpria. Embora a vida se inicie com
a fecundao,-e a vida vivel com a gravidez, que se d com a nidao,
entendemos que na verdade o incio legal da considerao jurdica da
personalidade o momento da penetrao do espermatozide no vulo, mesmo
fora do corpo da mulher. Por isso, a Lei n. 8.974/95, nos arts. 8~,
II, III e IV, e 13, veio a reforar, em boa hora, essa idia no s ao
vedar:
16. a) manipulao gentica de clulas germinais humanas; b)
interveno em material genticohumano in vivo, salvo para o
tratamento de defeitos genticos; c) produo, armazenamento
oumanipulao de embries humanos destinados a servir como material
biolgico disponvel, comotambm ao considerar tais atos como crimes,
punindo-os severamente. Com isso, parece-nos que arazo est com a
teoria concepcionista, uma vez que o Cdigo Civil resguarda desde a
concepoos direitos do nascituro e alm disso, no art. 1.597,1V,
presume concebido na constncia docasamento o filho havido, a
qualquer tempo, quando se tratar de embrio excedente, decorrente
deconcepo artificial heterloga.Sugesto legislativa: Pelas razes
antes expostas, oferecemos ao Deputado Fiuza a seguintesugesto
legislativa: Art. 2o A personalidade civil da pessoa comea do
nascimento com vida; mas a lei pe a salvo,desde a concepo, os
direitos do embrio e os do nascituro.BibliografiaDarcy Arruda
Miranda, Anotaes ao Cdigo Civil brasileiro, So Paulo, Saraiva,
1981, v. 1 (p. 7);Baudry-Lacantinerie e Houques-Fourcade, Delle
persone, v. 1 (p. 272); Aubry e Rau, Droit civil, v.1 (p.
179);Antnio Chaves, Tratado de direito civil, SI. flui., Revista
dos flbunais, 1982, v. 1, t. 1(p. 316); M. Helena Diniz, Reflexes
sobre a problemtica das novas tcnicas cientficas dereproduo humana
assistida e a questo da responsabilidade civil por dano ao embrio e
aonascituro, Livm de Estudos Jurdicos, 8/94; A ectognese e seus
problemas jurdicos, Direito Revista do Programa de Ps-Graduo em
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cit., v. 1 (p. 100 e101); O estado atual do biodireito, So Paulo,
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13/200-37, 1992; Traverso, La tutela costituzionale della persona
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no nosso direito constituendo, inO direito de famlia e a Constituio
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1996 (p. 16); Eduardo de Oliveira Leite, Procria esartificiais e o
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1991;Armando Dias de Azevedo, A inseminao artificial em face da
moral e do direito, RF, 149/497 e5.; Douglas C. Cusine, New
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continua fora da lei, Zero Hora, 12 set.1990 (p. 40); Paula M. da
Silva, A procriao artificial: aspectos jurdicos, Lisboa, 1986;
CarlosAlberto Bittar, Teoria geral do direito civil, cit. (p.
117-8); Santosuosso. La fecondazione artiflcialeuntaria, Milano,
Giuffr, 1984; Zannoni, lnseminacinartifl cial yfecundncin
extrauterina. Art. 3o So absolutamente incapazes de exercer
pessoalmente os atos da vida civil: I os menores de dezesseis anos;
II os que, por enfermidade ou deficincia mental, no tiverem o
necessrio discernimentopara a prtica desses atos; III os que, mesmo
por causa transitria, no puderem exprimir sua vontade.
17. Histrico A redao atual do dispositivo praticamente a mesma
da concebida pela comisso que elaborou o anteprojeto, salvo em
relao ao antigo inciso IV que elegia os ndios como absolutamente
incapazes e que foi suprimido pela Cmara dos Deputados ainda
durante a primeira fase de tramitao do projeto. Durante a passagem
do projeto pelo Senado houve apenas uma pequena modificao na redao
do inciso 111. E que o texto original do projeto dispunha
literalmente o seguinte: III os que, ainda por causa transitria, no
puderem exprimir sua vontade. O Senado Federal preferiu emendar o
dispositivo, dando-lhe a seguinte redao: III os que, ainda por
motivo transitrio, no puderem exprimir sua vontade. O argumento era
o de que a expresso por motivo teria o mesmo alcance da forma por
causa, e evitaria a dissonncia que nesta se apura. A redao atual
tem origem em emenda de autoria do Deputado Fiuza para substituio
do ainda por mesmo, em favor da redao vigente no Cdigo anterior.
Entendeu o Relator Ricardo Fiuza que o vocbulo motivo tinha
caractersticas essencialmente subjetivas, enquanto a palavra causa
era integralmente objetiva. O conceito de causa mais amplo do que a
noo de motivo. Pode-se, exemplificativamente, falar de causas
naturais, no sentido de causas da natureza, mas nunca de motivos da
natureza ou motivos naturais. Props, ento, o Relator Fiuza, nova
redao ao inciso. Segundo consignou em seu relatrio, o ainda por
causa transitria, alm de configurar certo arcasmo de linguagem
(modernamente, dir-se-ia ainda que por causa transitria), pertencia
do vcio da ambigidade, podendo ser tomado tambm no sentido do
advrbio temporal, de persistncia da causa transitria, que ainda se
fatia sentir. Doutrina Menoridade de dezesseis anos: Os menores de
dezesseis anos so tidas como absolutamente incapazes para exercer
atos na vida civil, porque devido idade no atingiram o
discernimento para distinguir o que podem ou no .fazer que lhes,
conveniente ou prejudicial Por isso para a validade dos seus atos,
ser preciso que estejam representados por seu pai, por sua me, ou
por tutor. Impossibilidade transitria para exprimir a vontade:
Aquele que por doena que acarrete deficincia fsica (surdo-mudez, p.
ex.) ou perda de memria, no puderem, ainda que temporariamente.
manisfestar seja vontade para praticar atos da vida civil devero
estar representado por um curador (CC. arts. 1.767,11, e 1.780).
Art. 4o So incapazes, relativamente a certos atos, ou maneira de os
exercer: I os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; II os
brios habituais, os viciados em txicos, e os que, por deficincia
mental, tenham o discernimento reduzido; III os excepcionais, sem
desenvolvimento mental completo; IV os prdigos. Pargrafo nico. A
capacidade dos ndios ser regulada por legislao especial.Histrico
Este dispositivo sofreu duas alteraes durante o perodo de tramitao
entre Cmara e Senado. A primeira consistiu na reduo da maioridade
civil de 21 para 18 anos, de que trata o inciso 1, e cujos
fundamentos encontram-se delineados no histrico do artigo seguinte.
A segunda alterao teve origem em emenda de redao apresentada pelo
Deputado Ricardo Fiuza, substituindo terminologia em desuso
utilizada no texto do projeto (silvcolas) pela denominao usada na
Constituio Federal (ndios).Doutrina Incapacidade relativa: A
incapacidade relativa diz respeito queles que podem praticar por si
os atos da vida civil desde que assistidos por quem o direito
encarrega desse ofcio, em razo de parentesco, de relao de ordem
civil ou de designao judicial, sob pena de anulabilidade
daquele
18. ato (CC, art. 171, 1), dependente da iniciativa do lesado,
havendo at hipteses em que tal ato poder ser confirmado ou
ratificado. H atos que o relativamente incapaz pode praticar,
livremente, sem autorizao. Maiores de dezesseis e menores de
dezoito anos: Os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos s
podero praticar atos vlidos se assistidos pelo seu representante.
Caso contrrio sero anulveis. brios habituais, viciados em txicos e
deficientes mentais com discernimento reduzido: Alcolatras,
dipsmanos ,toxicmanos, portadores de deficincia mental, que sofram
reduo na sua capacidade de entendimento, no podero praticar atos na
vida civil sem assistncia de curador (CC, art. 1.767, III). desde
que interditos. Excepcionais, sem desenvolvimento mental completo:
Abrangidos esto, aqui: os fracos de mente, surdos-mudos e e
portadores de anomalia psquica que apresentem sinais de
desenvolvimento mental incompleto, comprovado e declarado em
sentena de interdio, que os tornam incapazes de praticar atos na
vida civil, sem a assistncia de um curador (CC, art. 1.767. IV).
Prdigos: So considerados relativamente incapazes os prdigos, ou
seja, aqueles que, comprovada, habitual e desordenadamente,
dilapidam seu patrimnio, fazendo gastos excessivos. Com a interdio
do prdigo, privado estar ele dos atos que possam comprometer seus
bens, no podendo, sem a assistncia de seu curador (CC, art. 1.767,
V), alienar, emprestar, dar quitao, transigir, hipotecar, agir em
juzo e praticar, em geral, atos que no sejam de mera administrao
(CC, art. 1.782). Indgenas e sua submisso a regime tutelar Os
ndios, devido a sua educao ser lenta e difcil, so colocados pelo
novo Cdigo Civil sob a proteo de lei especial, que reger a questo
de sua capacidade. O Cdigo Civil sujeita-os ao regime tutelar,
estabelecido em leis e regulamentos especiais (Lei n. 6.001/73;
CF/88, arts. 22, XIV, 49, XVI, 129, V, 210, 22, 232. 109, XI, 231,
176. P, e art. 67 das Disposies Transitrias; Dec. n. 88.118/83;
Constituio do Estado de So Paulo de 1989, arts. 282, ~ P a 39, e
283; Lei n. 6.0l5 7l3, arts. 50, 2o , e 246. com a redao da Lei n.
10.267/2001; Dec. n. 1.775/96). Obs.: O art. 42 revoga a Lei n.
4.294/21 e o Decreto-lei n. 891/38; Lei n. 6.368/76.Bibliografia
Caio M. 5. Pereira, Instituies cit., v. 1 (p. 240-2); Antnio
Chaves, Capacidade civil, cit., in Enciclopdia Saraiva do Direito,
v. 13 (p. 9); M. Helena Diniz, Curso, cit., v. 1 (p. 93-7); Silvio
Rodrigues, Dos defeitos dos atos jurdicos. So Paulo, 1959 (n. 100 e
s. e n. 131); e Direito civil, cit., v. 1 (p. 82); W. Barros
Monteiro, Curso, cit., v. 1 (p. 66-7); Jos de Farias lavares, O
Cdigo Civil e a nova Constituio, Rio de Janeiro, Forenst, 1991 (p.
17-8); Hugo Nigro Mazzilli, Regime Jurdico do Ministrio Pblico, So
Paulo, Saraiva, 1995 (p. 226); Marcelo Dolzany da Costa, Anotaes
sobre direitos indgenas, in 1 Encontm de Juizes Federais da Regio
Amaznica, 1995 (p. 133); A. Gursen de Miranda, O direito e o ndio.
Belm, Cejup, 1994. Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos
completos, quando a pessoa fica habilitada prtica de todos os atos
da vida civil. Pargrafo nico. Cessar, para os menores, a
incapacidade: 1 pela concesso dos pais, ou de um deles na falta do
outro, mediante instrumento pblico, independentemente de homologao
judicial, ou por sentena do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver
dezesseis anos completos; II pelo casamento; III pelo exerccio de
emprego pblico efetivo; IV pela colao de grau em curso de ensino
superior; V pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela
existncia de relao de emprego, desde que, em funo deles, o menor
com dezesseis anos completos tenha economia prpria.Histrico A
principal alterao verificada neste dispositivo em relao ao texto
original do Projeto n. 634,
19. procedida ainda pelo Senado Federal, consistiu na reduo da
maioridade civil de 21 para 18 anos. A questo da reduo da
maioridade civil h muito j no suscitava mais qualquer controvrsia
tanto no seio da comunidade jurdica como na sociedade de uma
maneira geral. As justificativas apresentadas perante o Senado
traduzem bem essa posio, in verbis: Substancialmente, as modificaes
propostas pela emenda decorrem da fixao da maioridade civil em
dezoito anos. E no particular procede. A tendncia prevalecente no
sentido de fixar a maioridade civil em dezoito anos. Assim a
estabelecem o Cdigo Civil italiano, de 1942 (art. 2~), o portugus
(de 1966), com as alteraes de 1977 (art. 130), o francs, com as
inovaes da Lei de 1974 (art. 488). Esta a consagrao, tambm, da
Constituio espanhola de 1978 (art. 12). Acresce que nossa
Constituio prestigia essa tendncia. Restringe a inimputabilidade
penal aos menores de dezoito anos, sujei- tando-os a legislao
especial (art. 228). Considera o alistamento eleitoral e o voto
obrigatrios para os maiores dessa idade e facultativos para os
maiores de dezesseis anos (art. 14, l~, 1 e II, c). E estipula a
idade de vinte e um anos como condio de elegibilidade para deputado
federal, deputado estadual ou distrital, vice-prefeito e juiz de
paz, bem assim a de 18 para vereador (art. 14, 32, VI, c e d), o
que corrobora a fixao da maioridade aos dezoito anos. Essa inclinao
legislativa repousa, tambm na certeza de que os meios de comunicao
transmitem, permanente e crescentemente , conhecimentos e informaes
que ampliam o poder de observao das pessoas e de discernimento dos
fatos. H de presumir-se, mesmo, que assim se teria orientado o
projeto, se sua elaborao houvesse sido posterior Carta de 1988.
Retomando o projeto Camara dos Deputados, foi apresentada emenda de
redao pelo Relator Ricardo Fiuza, substituindo a conjuno aditiva e
pela conjuno alternativa ou, a fim de evitar a ambigidade. O
emprego da conjuno ~ segundo o relator, fazia parecer que, alm do
instrumento pblico, estar-se-ia a exigir sentena judicial para
validade da emancipao feita por concesso dos pais, quando o artigo
versa sobre duas formas estanques de emancipao: uma por concesso
dos pais e que independe de processo judicial; e a outra por deciso
judicial, nos casos de menor sujeito tutela.Doutrina Maioridade: Em
relao menoridade, a incapacidade cessar quando o menor completar
dezoito anos, segundo nossa legislao civil. Ao atingir dezoito anos
a pessoa tornar-se- maior, adquirindo a capacidade de fato ,
podendo, ento, exercer pessoalmente os atos da vida civil.
Emancipao expressa ou voluntria: Antes da maioridade legal, tendo o
menor atingido dezesseis anos, poder haver a outorga de capacidade
civil por concesso dos pais, no exerccio do poder familiar,
mediante escritura pblica inscrita no Registro Civil competente
(Lei n. 6.015/73, arts. 89 e 90; CC, art. 92, II),
independentemente de homologao judicial. Alm dessa emancipao por
concesso dos pais, ter-se- a emancipao por sentena judicial, se o
menor com dezesseis anos estiver sob tutela (CPC, arts. 1.103 a
1.112,1; Lei n. 8.069/90, arts. 148, VII, pargrafo nico, e), ouvido
o tutor Emancipao tcita ou legal: A emancipao legal decorre dos
seguintes casos: a) casamento, pois no plausvel que fique sob a
autoridade de outrem quem tem condies de casar e constituir famlia;
assim, mesmo que haja anulao do matrimnio, viuvez, separao judicial
ou divrcio, o emancipado por esta forma no retoma incapacidade; b)
exercicio de emprego pblico efetivo, por funcionrio nomeado em
carter efetivo (no abrangendo a funo pblica extranumeraria ou em
comisso), com exceo de funcionrio de autarquia ou entidade
paraestatal, que no alcanado pela emancipao. Diarista e contratado
no sero emancipados por fora de lei (RT 98/523; Smula 14 do STF Lei
n. 1.71152, art 22 II: Lei 8.11290, art 5o , V. Bibliografia Caio
M. 5. Pereira, Instituies, cit., v. 1 (p. 250); Levenhagen, Cdigo
Civil, cit., v. 1 (p. 37 e 38); Darcy Arruda Miranda, Anotaes.
cit., v. 1 (p. 13); W. Barros Monteiro, Curso, cit., v. 1 (p. 71 e
72); Silvio Rodrigues, Direito civil, cit., v. 1 (p. 89); M. Helena
Diniz, Curso, cit., v. 1 (p. 98-100); Jos de Farias Tavares, O
Cdigo Civil e a nova Constituio, cit.(p. 19e 20).
20. Art. 6o A existncia da pessoa natural termina com a morte;
presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei
autoriza a abertura de sucesso definitiva.Histrico Este artigo no
havia sido alterado durante a tramitao no Senado Federal e mantinha
a mesma redao do anteprojeto, a saber: Art. 62 A existncia da
pessoa fsica termina com a morte; presume-se esta, quanto aos
ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucesso
definitiva. Retomando o projeto Cmara, o Relator Fiuza props a
substituio da expresso pessoa fsica por pessoa natural,
restabelecendo a redao vigente no Cdigo de 1916. A proposta de
restaurar a denominao pessoa natural j vinha desde o primeiro
perodo de tramitao do projeto perante a Cmara dos Deputados. Emenda
do Deputado Brigido Tinoco, posteriomente rejeitada pelo Relatrio
Emani Satyro. j consignava, citando Clvis Bevilqua. que o homem
simboliza a pessoa natural juridicamente, porque no visto, apenas,
sob o aspecto da individualidade, mas tambm como agente primrio e
comum do direito.Doutrina Morte real: Com a morte real, cessa a
personalidade jurdica da pessoa natural, que deixa de ser sujeito
de direitos e deveres, acarretando : a) dissoluo do vnculo conjugal
e do regime matrimonial l (Lei n.. 651 5177 e CC, art. 1.571, 1);
b) extino do poder familiar (CC, art. 1.635,1); dos contratos
personalssimos, com prestao de servio.(C, art. 607). e mandato (CC.
art. 682,11; STF, Smula 25); c) cessao da obrigao , alimentos com o
falecimento do credor (RJTJSP, 82138; RI, 574/68; CC, art. 1.700);
do pacto de preempo (CC, art. 520); da obrigao oriunda de ingratido
de donatrio (CC, art. 560); ) extino de usufrutos (CC, art. 1.410.
I CPC. art. 1.112, VI); da doao na forma de subveno peridica (CC,
art. 545); do encargo da testamentaria (CC, art 1.985). Morte
presumida : A morte presumida pela lei se d ausncia de uma pessoa
nos casos dos arts 22 a 39 do Cdigo Civil e dos arts. 1.161 a 1.168
do Cdigo de Processo Civil, Se uma pessoa desaparecer , sem deixar
notcias, qualquer interessado na sua sucesso ou o Ministrio Pblico
(CPC. art. 1.163) poder requerer ao juza declarao de sua ausncia e
a nomeao de curador. Se aps um ano da arrecadao dos bens do
ausente, ou, se deixou algum representante. em se passando trs
anos, sem que d sinal de vida, poder ser requerida sua sucesso
provisria (CC, art.. 26) e o incio do processo de inventrio e
partilha de seus bens, ocasio em que a ausncia do desaparecido
passa a ser considerada presumida. Feita a partilha, seus herdeiros
devero administrar os bens, prestando cauo real, garantindo a
restituio no caso de o ausente aparecer. Aps dez anos do trnsito em
julgado da sentena da abertura da sucesso provisria (CC, art. 37;
CPC, art. 1.167,11), sem que o ausente aparea, ou cinco anos depois
das ltimas notcias do desaparecido que conta com oitenta anos de
idade (CC, art. 38), ser declarada a sua morte presumida a
requerimento de qualquer interessado, convertendo-se a sucesso
provisria em definitiva. Se o ausente retornar em at dez anos aps a
abertura da sucesso definitiva, ter os bens no estado em que se
encontrarem e direito ao preo que os herdeiros houverem recebido
com sua venda. Porm, se regressar aps esses dez anos, no ter
direito a nada (CPC, art. 1.168).Bibliografia Caio M. 8. Pereira,
Instituies, cit., v. 1 (p. 210); M. Helena Diniz, Curso, cit., v. 1
(p. 110-1); Iassil Dower, Curso moderno de direito civil, So Paulo,
Ed. Nelpa, 1976, v. 1 (p. 65-6); W. Barros Monteiro, Curso, cit..
v. 1 (p. 74); Savigny, Trait de droit romain, v. 2 (p. 165);
Bedaque, A curadoria de incapazes, Justitia, 148/17-24; Hugo Nigro
Mazzilli, CurarLona de ausentes e incapazes, So Paulo, 1988.
21. Art . 7o Pode ser declarada a morte presumida, sem decretao
de ausncia: 1 se for extremamente provvel a morte de quem estava em
perigo de vida; II se algum, desaparecido em campanha ou feito
prisioneiro, no for encontrado at dois anos aps o trmino da guerra.
Pargrafo nico. A declarao da morte presumida, nesses casos, somente
poder ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguaes,
devendo a sentena fixar a data provvel do falecimento. O presente
dispositivo no sofreu alterao quer por pede do Senado Federal quer
por parte da Cmara dos Deputados. A redao atual a mesma do projeto
original, cuja parte geral, como se sabe, ficou a cargo do eminente
Ministro Jos Carlos Moreira Alves. No tem correspondente no Cdigo
Civil de 1916. Doutrina Monte presumida sem decretao de ausncia :
Admite-se declarao judicial de morte presumida sem decretao de
ausncia em casos excepcionais, apenas depois de esgotadas todas as
buscas e averiguaes, devendo a sentena fixar a data provvel do
bito, e tais casos so: a) probabilidade da ocorrncia da morte de
quem se encontrava em perigo de vida e b) desaparecimento em
campanha ou priso de pessoa, no sendo ela encontrada at dois anos
aps o trmino da guerra. Art. 8o Se dois ou mais indivduos falecerem
ria mesma ocasio, no se podendo averiguar se algum dos comorientes
precedeu aos outros, presumir-se-o simultaneamente mortos. Histrico
O presente dispositivo no foi atingido por qualquer alterao quer
por parte do Senado Federal quer por parte da Cmara dos Deputados.
A redao atual a mesma do projeto original, cuja parte geral, como
se sabe, ficou a cargo do eminente Ministro Jos Carlos Moreira
Alves. Corresponde ao art. 11 do Cdigo Civil de 1916. Doutrina
Comorincia ou morte simultnea: A comorincia a morte de duas ou mais
pessoas na mesma ocasio e em razo do mesmo acontecimento. Embora o
problema da comorincia, em regra, alcance casos de morte conjunta,
ocorrida no mesmo acontecimento, ela coloca-se, com igual
relevncia, no que concerne a efeitos dependentes de sobrevivncia,
na hiptese de pessoas falecidas em locais e acontecimentos
distintos, mas em datas e horas simultaneas ou muito prximas.
Efeito da morte simultnea no direito sucessriO: A comorincia ter
grande repercusso na transmisso de direitos sucessrios, pois, se os
comorientes so herdeiros uns dos outros, no h transferncia de
direitos; um no suceder ao outro, sendo chamados sucesso os seus
herdeiros ante a presuno juris tantum de que faleceram ao mesmo
tempo. Se dvida houver no sentido de se saber quem faleceu
primeiro, o magistrado aplicar o art. 8o do Cdigo Civil, caso em
que, ento, no haver transmisso de direitos entre as pessoas que
morreram na mesma ocasio.Bibliografia Caio M. 5. Pereira,
Instituies, cit., v. 1 (p. 211 e 213); Bassil Dower, Curso, cit.,
v. 1 (p. 66-7); M. Helena Diniz, Curso, cit., v. 1 (p. 111-2); Lei
de Introduo ao Cdigo Civil brasileim interpretada, So Paulo,
Saraiva, 2001 (p. 275-6); Rubens Limongi Frana, Fim da
personalidade natural. Comorincia e vocao hereditria, Revista
Brasileira de Direito Comparado, 13/96-107, 1992; Clvis Bevilqua,
Cdigo Civil comentado, 1944, v. 1 (p. 217 e s.); Raoul de la
Grasserie, Code
22. Civil alemand, Paris, 1897 (p. 5); Diego Espn Cnovas,
Derecho civil espanol, Madrid, 1951, v. 1 (p. 125); Rotondi,
Istituzioni di diritto pnivato, Milano, 1965 (p. 175-7). Art. 9o
Sero registrados em registro pblico: 1 os nascimentos, casamentos e
bitos; II a emancipao por outorga dos pais ou por sentena do juiz;
III a interdio por incapacidade absoluta ou relativa; IV a sentena
declaratria de ausncia e de morte presumida.Histrico O presente
dispositivo no serviu de palco a qualquer alterao relevante seja
por parte do Senado Federal seja por parte da Cmara dos Deputados,
salvo no tocante substituio da forma verbal inscritos por
registrados, operada por emenda de redao apresentada no perodo
final de tramitao do projeto.Doutrina publicidade do estado das
pessoas: Com o escopo de assegurar direitos de terceiros, o
legislador, a fim de obter a publicidade do estado das pessoas,
exige inscrio em registro pblico de determinados atos e a certido
extrada dos livros cartorrios far prova plena e. segura do estado
das pessoas fsicas. Registro de nascimento: Todo nascimento deve
ser registrado (Lei n. 6.015/ 73, arts. 50 alterado pela Lei n.
9.053/95 e 53; CC, art. 9~, 1; CF/88, art. 9, LXXVI, a), mesmo que
a criana tenha nascido morta ou morrido durante o parto. Registro
de casamento: Para completar as formalidades do casamento, que se
iniciam com a habilitao e prosseguem com a cerimnia solene,
dever-se- lavrar no livro de registro para perpetuar o ato e servir
de prova o assento do matrimnio, assinado pelo presidente do ato,
cnju- ges, testemunhas e oficial, contendo os requisitos exigidos
pelo art. 70 da Lei n. 6.01573 (CC, arts. 1.512, pargrafo nico,
1.516, ~ 10a 32, 1.545 e 1.546). Registro de bito: Ser
imprescindvel o registro de bito, pois se prova a morte pela
certido extrada do assento de bito (Lei n. 6.01573, arts. 77 a 88 e
107). Registro de emancipao expressa ou voluntria: Imprescindvel
ser o registro de emancipao de menor de dezoito anos completos que
se d em razo de outorga paterna ou materna ou por sentena judicial
(Lei n. 6.01573, arts. 89 a 91 e 107, 19. Registro de interdio por
incapacidade absoluta ou relativa: O decreto judicial de interdio
dever ser inscrito (Lei n. 6.015/73. art. 92) no Registro das
Pessoas Naturais e publicado pela imprensa local e pelo rgo oficial
trs vezes, com intervalo de dez dias, constando do edital os nomes
do interdito e do curador que o representar nos atos da vida civil.
a causa da interdio e os limites da curatela (CPC, art. 1.184). A
inscrio no Registro de Pessoas Naturais e a publicao editalcia so
indispensveis para assegurar eficcia erga omnes sentena. Registro
de sentena declaratria de ausncia e de morte presumida:Ser preciso
que se faa o assento da sentena declaratria de ausncia que nomear
curador no cartrio do domiclio anterior do ausente (Lei n.
6.015/73, art. 94). A sentena da abertura da sucesso provisria ser
averbada, no assento de ausncia, aps o trnsito em julgado (Lei n.
6.015/ 73, ais. 104, pargrafo nico, e 107, 19. E a declarao
judicial da morte presumida dever, convertendo-se a sucesso
provisria em definitiva, tambm ser levada a assento. Bibliografia
Orlando Gomes, Direito de famlia, Rio de Janeiro, Forense, 1978
(p.120); Cndido de Oliveira, Manual do Cdigo Civil brasileiro, de
Paulo Lacerda, Rio de Janeiro, 1918. v. 5, 68 (p. 143); Caio M. 5.
Pereira, Instituies, cit., v. 5 (p. 84); W. Barros Monteiro, Curso,
cit., v. 2 (p. 57); M. Helena Diniz, Curso, cit., v. 5 (p. 80-1);
Pontes de Miranda, Comentrios ao Cdigo de Processo Civil, v.
23. 16 (p. 391-3). Art. 10. Far-se- averbao em registro pblico:
1 das sentenas que decretarem a nulidade ou anulao do casamento, o
divrcio, a separao judicial e o restabelecimento da sociedade
conjugal; II dos atos judiciais ou extrajudiciais que declararem ou
reconhecerem a filiao; III dos atos judiciais ou extrajudiciais de
adoo.Histrico A redao original dos incisos do art. 10 era a
seguinte: 1 das sentenas que decretarem a nulidade ou a anulao do
casamento, a separao judicial e o restabelecimento da sociedade
conjugal; II das sentenas que julgarem ilegtimos os filhos
concebidos na constncia do casamento, e as que declararem a filiao
legtima; 111 dos atos judiciais ou extrajudiciais que declararem ou
reconhecerem a filiao ilegtima ; IV dos atos judiciais ou
extrajudiciais de adoo, e dos que a dissolverem. Por meio de emenda
apresentada perante o Senado Federal pelo ento Senador Fernando
Henrique Cardoso o dispositivo ganhou a redao atual, suprimindo-se
o inciso que versava sobre filiao ilegtima e acrescentando-se no
inciso 1 a sentena do divrcio entre os atos passveis de averbao no
registro pblico. No tem correspondente no Cdigo Civil de
1916.Doutrina Importncia da averbao: Surge, ao lado do registro, um
ato especfico a averbao ante a necessidade de fazer exarar todos os
fatos que venham atingir o estado da pessoa e, conseqentemente, o
seu registro civil, alterando-o, por modificarem ou extinguirem os
dados dele constantes. A averbao ser feita pelo oficial do cartrio
em que constar o assento vista da carta de sentena, de mandado ou
de petio acompanhada de certido ou documento legal e autntico, com
audincia do Ministrio Pblico (Lei n. 6.015/73, art. 97). Averbao da
sentena de nulidade ou anulao do casamento, de separao judicial e
do divrcio: Transitada em julgado a sentena declaratria de nulidade
absoluta ou relativa do casamento, a deciso homologatria da separao
judicial consensual ou a que conceder a separao judicial litigiosa
dever ser averbada no livro de casamento do Registro Civil
competente (Lei n. 6.015/73, art. 100), e se a partilha abranger
bens imveis dever ser tambm transcrita no Registro Imobilirio (Lei
n. 6.015/ 73, ais. 29, 19, a, 100, ~ 19 a 52, e 167,11, 14; CPC,
art. 1.124). Antes da averbao aquelas sentenas no produziro efeitos
contra terceiros (Lei n. 6.015/73, art. 100, 19. E a sentena de
divrcio s produzir seus efeitos depois de averbada no Registro
Pblico competente, ou seja, onde foi lavrado o assento do casamento
(art. 32 da Lei n. 6.515). Averbao do restabelecimento da sociedade
conjugal: Havendo ato de restabelecimento da sociedade conjugal
mediante reconciliao, se separados, ou novo casamento, se
divorciados (Lei n. 6.515/77, art. 46), dever ele ser averbado (Lei
n. 6.015/73, art. 101) no livro de casamento e, havendo bens imveis
no patrimnio conjugal, a averbao do fato dever ser feita em relao a
cada um dos imveis pertencentes ao casal, exista ou no pacto
antenupcial (Lei n. 6.015/73, art. 167, 11, n. 10), no Registro
Imobilirio da situao dos imveis. Averbao de atos judiciais ou
extrajudiciais que declarem ou reconheam a filiao: No livro de
nascimento devero ser averbados tanto atos judiciais que declarem
ou reconheam a filiao (Lei n. 6.015/73, art. 102), como os
extrajudiciais, porque o reconhecimento de filho voluntrio (CC,
art. 1.609, Ia LV; Lei n. 8.069/90, art. 26; Lei n. 8.560/92, art.
1~, 1 a IV) ato solene. Deve, p. ex., a escritura pblica ou
particular ser arquivada em cartrio, onde se reconhea filiao, e ser
averbada no livro de nascimento. Averbao dos atos judiciais ou
extrajudiciais de adoo: A sentena constitutiva de adoo, que confere
pessoa a qualidade de filho adotivo, desligando-o do vnculo com os
parentes consangneos, estabelecendo a relao de parentesco civil,
aps o trnsito em julgado dever ser averbada no livro de nascimento.
Deveras, a adoo s se consuma com o assento daquela deciso, que se
perfaz com sua averbao margem do registro de nascimento do adotado,
efetuada vista de petio acompanhada da deciso judicial.
24. Sugesto legislativa: Em face dos argumentos acima aludidos,
encaminhamos ao Deputado Ricardo Fiuza proposta de alterao do
dispositivo, que passaria a contar com a seguinte redao: Art. 10.
Far-se- averbao em registro pblico: 1 das sentenas que decretarem a
nulidade ou anulao do casamento, o divrcio, a separao judicial e o
restabelecimento da,sociedade conjugal; II dos atos judiciais ou
extrajudiciais que declararem ou reconhecerem a filiao; III dos
atos judiciais de adoo. CAPTULO II DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE
Art. 11. Com exceo dos casos previstos em lei, os direitos da
personalidade so intransmissveis e irrenunciveis, no podendo o seu
exerccio sofrer limitao voluntria. Sugesto legislativa: Pelos
fundamentos expostos, oferecemos ao Deputado Ricardo Fiuza a
seguinte sugesto de redao: Art. 11. O direito vida, integridade
fisico-psquica, identidade, honra, imagem, liberdade, privacidade e
outros reconhecidos pessoa so inatos, absolutos, intransmissveis,
indisponveis, irrenunciveis, ilimitados, imprescritveis,
impenhorveis e inexpropriveis. Pargrafo nico. Com exceo dos casos
previstos em lei, no pode o exerccio dos direitos da personalidade
sofrer limitao. voluntria. Art. 12. Pode-se exigir que cesse a
ameaa, ou a leso, a direito da personalidade, e reclamar perdas e
danos, sem prejuzo de outras sanes previstas em lei. Pargrafo nico.
Em se tratando de morto, ter legitimao para requerer a medida
prevista neste artigo o cnjuge sobrevivente, ou qualquer parente em
linha reta, ou colateral at o quarto grau.Histrico O presente
dispositivo no sofreu alterao quer por pane do Senado Federal quer
por parte da Cmara dos Deputados no perodo final de tramitao do
projeto. A redao atual a mesma do anteprojeto, cuja parte geral,
como se sabe, ficou a cargo do eminente Ministro Jos Carlos Moreira
Alves.Doutrina Sanes suscitadas pelo ofendido em razo de ameaa ou
leso a direito da personalidade: Os direitos da personalidade
destinam-se a resguardar a dignidade humana, mediante sanes, que
devem ser suscitadas pelo ofendido (lesado direto). Essa sano deve
ser feita por meio de medidas cautelares que suspendam os atos que
ameacem ou desrespeitem a integridade fsico-psquica, intelectual e
moral, movendo-se, em seguida, uma ao que ir declarar ou negar a
existncia da leso, que poder ser cumulada com ao ordinria de perdas
e danos a fim de ressarcir danos morais e patrimoniais. Lesado
indireto: Se se tratar de leso a interesses econmicos, o lesado
indireto ser aquele que sofre um prejuzo em interesse patrimonial
prprio, resultante de dano causado a um bem jurdico alheio,
25. podendo a vtima estar falecida ou declarada ausente. A
indenizao por morte de outrem reclamada jure proprio. pois ainda
que o dano, que recai sobre a mulher e os filhos menores do finado,
seja resultante de homicdio ou acidente, quando eles agem contra o
responsvel, procedem em nome prprio, reclamando contra prejuzo que
sofreram e no contra o -que foi irrogado ao marido e pai. P. ex.: a
viva e os filhos menores da pessoa assassinada so lesados
indiretos, pois obtinham da vtima do homicdio o necessrio para sua
subsistncia. A privao de alimentos uma conse- qncia do dano. No
caso do dano moral, pontifica Zannoni, os lesados indiretos seriam
aquelas pessoas que poderiam alegar um interesse vinculado a bens
jurdicos extrapatrimoniais prprios, que se satisfaziam mediante a
incolumidade do bem jurdico moral da vtima direta do fato lesivo.
1. ex.: o marido ou os pais poderiam pleitear indenizao por injrias
feitas mulher ou aos filhos, visto que estas afetariam tambm
pessoalmente o esposo ou os pais, em razo da posio que eles ocupam
dentro da unidade familiar. Haveria um dano prprio pela violao da
honra da esposa ou dos filhos. Ter-se- sempre uma presuno juris
tantum de dano moral, em favor dos ascendentes, descendentes,
cnjuges, irmos, tios, sobrinhos e primos, em caso de ofensa a
pessoas da famlia mortas ou ausentes. Essas pessoas no precisariam
provar o dano extrapatrimonial, ressalvando-se a terceiros o
direito de elidir aquela presuno. O convivente, ou concubino,
noivo, amigos, poderiam pleitear indenizao por dano moral, mas tero
maior nus de prova, uma vez que devero provar, convincentemente. o
prejuzo e demonstrar que se ligavam vtima por vnculos estreitos de
amizade ou de insuspeita afeio. Sugesto legislativa: Em face dos
argumentos acima aludidos, encaminhamos ao Deputado Ricardo Fiuza a
seguinte sugesto legislativa: Art. 12. O ofendido pode exigir que
cesse a ameaa, ou a leso, a direito da personalidade, e reclamar
indenizao em ressarcimento de dano patrimonial e moral sem prejuzo
& outras sanes previstas em lei. Pargrafo nico . Em se tratando
de morto ou ausente, ter legitimao para requerer as medidas
previstas neste artigo o cnjuge ou companheiro sobrevivente, ou,
ainda, qualquer parente em linha reta ou colateral at o quarto
grau. Bibliografia Zannoni, El daiio en la responsabilidad civil,
Buenos Aires, Astrea, 1982 (p. 360-73); Wilson Meio da Silva, O
dano moral e sua reparao, Rio de Janeiro, Forense, 1966; M. Helena
Diniz, Curso, cit., v. 7 (p. 142-4). Art. 13. Salvo por exigncia
mdica, defeso o ato de disposio do prprio corpo, quando importar
diminuio permanente da integridade fisica, ou contrariar os bons
costumes. Pargrafo nico. O ato previsto neste artigo ser admitido
para fins de transplante, na forma estabelecida em lei especial.
Histrico A redao primitiva do artigo, nos termos em que fora
originariamente aprovada pela Cmara dos Deputados, era a seguinte:
Salvo exigncia mdica, os atos de disposio do prprio corpo so
defesos quando importarem diminuio permanente da integridade fsica,
ou contrariarem os bons costumes. Pargrafo nico. Admitir-se-o,
porm, tais atos para fins de transplante, na forma estabelecida em
lei especial. Posteriormente, por meio de emenda da lavra do
Senador Josaphat Marinho, o dispositivo ganhou a redao atual. A
finalidade da alterao promovida pelo Senado Federal foi imprimir
redao mais clara e de melhor tcnica legislativa. Tratou-se de mero
aperfeioamento redacional. Doutrina
26. Disposio de partes separadas do prprio como, em vida, para
fins teraputicos: E possvel doao voluntria, feita por escrito e na
presena de testemunhas, por pessoa capaz, de tecidos, rgos e partes
do prprio corpo vivo para efetivao de transplante ou tratamento ,
comprovada a necessidade teraputica do receptor, desde que uSo
contrarie os bons costumes, nem traga risco para a integridade
fsica do doador, nem comprometa suas aptides vitais, nem lhe
provoque deformao ou mutilao, pois no se pode exigir que algum se
sacrifique em benefcio de terceiro (Lei n. 9.434/97, art. 9o , 3o a
7o ). Art. 14. vlida, com objetivo cientfico, ou altrustico, a
disposio o gratuita do prprio corpo, no todo ou da parte, para
depois da morte. Pargrafo nico. O ato de disposio pode ser
livremente revogado a qualquer tempo. Histrico O presente
dispositivo no serviu de palco a qualquer alterao seja por parte do
Senado Federal seja por parte da Cmara dos Deputados no perodo
final de tramitao do projeto. Doutrina Disposio gratuita do prprio
como, no todo ou em parte, para depois da morte: Admitido est o ato
de disposio gratuita de rgos, tecidos e partes do corpo humano post
mortem para fins cientficos ou de transplante em paciente com doena
progressiva ou incapacitante, irreversvel por outras tcnicas
teraputicas (Lei n. 9.434/97, art. 12; e Dec. n. 2.268/ 97, art.
23). Princpio do consenso afirmativo : Consagra o princpio do
consenso afirmativo, pelo qual a pessoa capaz deve manifestar sua
vontade de dispor gratuitamente do prprio corpo, no todo ou em
pane, para depois de sua morte, com objetivo cientfico (p. ex.,
estudo de anatomia humana em universidade) ou teraputico (p. ex.,
transplante de rgos e tecidos) Revogao sine die: Quem vier a dispor
para depois de sua morte do prprio corpo, no todo ou em parte, tem
o direito de, a qualquer tempo, revogar livremente essa doao post
mortem. Art. 15. Ningum pode ser constrangido a submeter-Se, com
risco de vida, a tratamento mdico ou a interveno cirrgica. Histrico
O presente dispositivo no sofreu alterao, quer por parte do Senado
Federal quer por parte da Cmara dos Deputados no perodo final de
tramitao do projeto. Doutrina Princpio da autonomia: O profissional
da sade deve respeitar a vontade do paciente, ou de seu
representante, se incapaz. Da a exigncia do consentimento livre e
informado. Imprescindvel ser a informao detalhada sobre seu estado
de sade e o tratamento a ser seguido, para que tome deciso sobre a
terapia a ser empregada. Princpio da beneficncia: A prtica mdica
deve buscar o bem-estar do paciente, evitando, na medida do
possvel, quaisquer danos e risco de vida. S se pode usar tratamento
ou cirurgia para o bem do enfermo. Princpio da no.maleficncia: H
obrigao de no acarretar dano ao paciente. Direito de recusa de
algum tratamento arriscado: E direito bsico do paciente o de no ser
constrangido a submeter-se, com risco de vida, a terapia ou
cirurgia e, ainda, o de no aceitar a continuidade teraputica.
Bibliografia .1. Padre!. La condition civile du mnalade, Paris,
LGDJ, 1963 ,Alfredo Kraut, Los derechos de los
27. pacientes; Genival Veloso de Frana, Direito mdiw, So Paulo,
1996 (p. 26-37); M. Helena Diniz, O estado atual, cit. (p. 558-61).
Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o
prenome e o sobrenome Histrico Na redao originalmente aprovada pela
Cmara, o artigo em comento tinha a seguinte redao: Art. 16. Toda
pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o nome
patronmico . A redao atual resultou de emenda apresentada pelo
Deputado Ricardo Fiuza, substituindo as palavras nome e patronmico
por sobrenome, que a mais correta. Segundo o relator o nome da
pessoa composto de prenome e sobrenome. Patronmico significa nome
derivado do nome do pai, a exemplo de RodrigUes (filho de Rodrigo)
e Fernandes (filho de Fernando). O emprego dessa erronia
generalizou-se , mas apenas se justificava na tradio do
patriarcalismo. Doutrina Nome civil da pessoa natural: O nome
integra a personalidade por ser o sinal exterior pelo qual se
designa, se individualiza e se reconhece a pessoa no seio da famlia
e da sociedade. Elementos constitutivos do nome: Dois, em regra, so
os elementos constitutivos do nome: o prenome~ prpriO da pessoa,
que pode ser livremente escolhido, desde que no exponha o portador
ao ridculo; e o sobrenome, que o sinal que identifica a procedncia
da pessoa, indicando sua filiao ou estirpe, podendo advir do
apelido de famlia paterno, materno ou de ambos. A aquisio do
sobrenome pode decorrer no s do nascimento, por ocasio de sua
transcrio no Registro competente~ reconhecendo sua filiao, ruas
tambm da adoo, do casamento, da unio estvel, ou ato de interessado,
mediante requerimento ao magistrado. Bibliografia R. Limongi Frana,
Do nome civil das pessoas naturais, So Paulo, Revista dos
Tribunais, j975; W. Barros Monteiro, Curso de direito civil, cit.,
v. 1 (p. 92); M. Helena Diniz, Curso, cit., v. 1 (p. 124- 7). Art.
17. 0 nome da pessoa no pode ser empregado por outrem em publicaes
ou representaes que a exponham ao desprezo pblico, ainda quando no
haja inteno difamatria. Doutrina Direito honra objetiva como
direito conexo ao direito ao nome: A pessoa tem autorizao de usar
seu nome e de defend-lo de abuso cometido por terceiro, que, em
publicao ou representao, venha a exp-la ao desprezo pblico mesmo
que no haja inteno de difamar por atingir sua boa reputao, moral e
profissional, no seio da coletividade (honra objetiva). Em regra, a
reparao por essa ofensa pecuniria, mas h casos em que possvel a
restaurao in natura, publicando-se desagravo. Art. 18. Sem
autorizao, no se pode usar o nome alheio em propaganda comercial.
Histrico O presente dispositivo no sofreu alterao quer por parte do
Senado Federal quer por parte da Cmara dos Deputados no perodo
final de tramitao do projeto.
28. Doutrina Uso de nome alheio em propaganda comercial: vedada
a utilizao de nome alheio em propaganda comercial, por ser o
direito ao nome indisponvel, admitindo-se sua relativa
disponibilidade mediante consentimento de seu titular, em prol de
algum interesse social ou de promoo de venda de algum produto,
mediante pagamento de remunerao convencionada. Art. 19. O pseudmino
adotado para atividades lcitas goza da proteo que se d ao nome.
Doutrina Proteo ao pseudnimo ? Protege-se juridicamente o pseudnimo
adotado, comumente, para atividades ilcitas por literatos e
artistas, dada a importncia de que goza, por identific-los no mundo
das letras e das artes, mesmo que no tenham alcanado a notoriedade.
Art. 20 Salvo se autorizadas, ou se necessrias administrao da
justia ou manuteno da ordem publica, a divulgao de escritos, a
transmisso da palavra, ou a publicao, a exposio ou utilizao da
imagem de uma pessoa podero ser proibidas, a seu requerimento e sem
prejuzo da indenizao que couber, se lhe atingirem a honra , a boa
fama ou a responsabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais.
Pargrafo nico Em se tratando de morto ou de ausente, so partes
legtimas para requerer essa proteo o cnjuge , os ascendentes ou
descendentes. Doutrina Tutela do direito imagem e dos direitos a
ela conexos : A imagem-retrato a representao fsica da pessoa como
um todo ou em partes separadas do corpo, desde que identificveis,
implicando o reconhecimento de seu titular por meio de fotografia,
escultura , desenho, pintura. Intepretao dramtica ,
cinematrografica, televiso, sites etc., que requer autorizao do
retratado ( CF de 1988, art. 5o , X ) . E a imagem-atributo o
conjunto de caracteres ou qualidades cultivadas pela pessoa
reconhecidos socialmente ( CF de 1988, art 5o , V ) Abrange o
direito : prpria imagem ou a difuso da imagem, a imagem das coisas
prprias e imagem em coisas, palavras ou escritos ou em publicaes;
de obter imagem ou de consentir em sua captao por qualquer meio
tecnolgico. O direito imagem autnomo, no precisando estar em
conjunto com a intimidade, a identidade, a honra etc. Embora possam
estar, em certos casos, tais bens a ele conexos, isso no faz com
que sejam partes integrantes um do outro. Direito de interpretao,
direito imagem e direito auto ral: O direito de interpretao, ou
seja, o do ator numa representao de certo personagem, pode estar
conexo como direito voz, imagem e com o direito autoral. O autor de
obra intelectual pode divulg-la por apresentao pblica, quando a
obra representada dramaticamente, executada, exibida, projetada em
fita cinematogrfica, transmitida por radiodifuso etc., e neste
terreno que se situa o contrato de representao e execu- o, de
contedo complexo por se referir no s ao desempenho pessoal, mas
tambm atuao por meios mecnicos e eletrnicos dos diferentes gneros
de produo intelectual, suscetveis de comunicao audiovisual e
regulados pelos arts. 29, VIII, a e b, 46, VI, e 68 a 76 da Lei n.
9.610/98. Na representao pblica h imagens transmitidas para
difundir obra literria, musical ou artstica que devero ser
tuteladas juridicamente, juntamente com os direitos do autor. Os
direitos dos ar- tistas, intrpretes e executantes so conexos aos
dos escritores, pintores, compositores, escultores etc. (Lei n.
9.610/98, art. 89). Logo, podem eles impedir a utilizao indevida de
suas interpretaes, bem como de sua imagem. Proteo da imagem como
direito autoral: A imagem protegida pelo art. 52, XXVIII, a, da CF,
como direito autoral, desde que ligada criao intelectual de obra
fotogrfica, cinematogrfica, publicitria etc. Limitaes ao direito
imagem: Todavia, h certas limitaes do direito imagem, com
dispensa
29. da anuncia para sua divulgao, quando: a) se tratar de
pessoa notria, pois isso no constitui permisso para devassar sua
privacidade, pois sua vida ntima deve ser preservada. A pessoa que
se toma de interesse pblico, pela fama ou significao intelectual,
moral, artstica ou poltica no poder alegar ofensa ao seu direito
imagem se sua divulgao estiver ligada cincia, s letras, moral, arte
e apoltica . Isto assim porque a difuso de sua imagem sem seu
consenso deve estar relacionada com sua atividade ou com o direito
informao; b) se referir a exerccio de cargo pblico, pois quem tiver
funo pblica de destaque no poder impedir que no exerccio de sua
atividade, seja filmada ou fotografada, salvo na intimidade; e) se
procurar atender administrao ou servio da justia ou de polcia,
desde que a pessoa no sofra dano sua privacidade; ) se tiver de
garantir a segurana pblica nacional, em que prevalecer o interesse
social sobre o particular, requerendo a divulgao da imagem, p. ex.,
de um procurado pela policia ou a manipulao de arquivos fotogrficos
de departamentos policiais para identificao de delinqente. Urge no
olvidar que o civilmente iden- tificado no possa ser submetido a
identificao criminal, salva nos casos autorizados legalmente (CF,
art. 52, LVIfl); e) se buscar atender ao interesse pblico, aos fins
culturais, cientficos e didticos; f) se houver necessidade de
resguardar a sade pblica. Assim, portador de molstia grave e
contagiosa no pode evitar que se noticie o fato; g) se obtiver
imagem, em que a figura seja to-somente parte do cenrio (congresso,
enchente, praia, tumulto, show, desfile, festa carnavalesca,
restaurante etc.), sem que se a destaque, pois se pretende divulgar
o acontecimento e no a pessoa que integra a cena; h) se tratar de
identificao compulsria ou imprescindvel a algum ato de direito
pblico ou privado. Reparao do dano imagem: O lesado pode pleitear a
reparao pelo dano moral e patrimonial (Smula 37 do STJ) provocado
por violao sua imagem-retrato ou imagem-atributo e pela divulgao no
autorizada de escritos ou de declaraes feitas. Se a vtima vier a
falecer ou for declarada ausente, sero partes legtimas para
requerer a tutela ao direito imagem, na qualidade de lesados
indiretos, seu cnjuge, ascendentes ou descendentes e tambm, no
nosso entender, o convivente, visto ter interesse prprio, vinculado
a dano patrimonial ou moral causado a bem jurdico alheio. Este
pargrafo nico do art. 20 seria suprfluo ante o disposto no art. 12,
pargrafo nico. Sugesto legislativa: Pelas razes acima expostas
sugerimos ao Deputado Ricardo Fiuza a retirada do pargrafo
nico.Bibliografia Luiz Alberto David Arajo, A proteo constitucional
da prpria imagem, Belo Horizonte, Dei Rey, 1996; Carls Alberto
Bittar, Os direitos da personalidade. cit. (p. 87 e s.); Hermano
Durvai, Direito imagem, So Paulo, Saraiva, 1988; Ravanas, La
protection dar personnes contre la ralisation et la publication de
leur image. Paris, LODJ. 1978; Art 21. A vida privada da pessoa
natural inviolvel, e o juiz, a requerimento do interessado, adotar
as providencias necessrias para impedir ou fazer cessar ato
contrario a esta norma.Histrico Esse dispositivo no constava do
texto original do anteprojeto, tendo sido acrescentado pela Cmara
dos Deputados, durante a 1a fase, por emenda substitutiva do
Deputado Ernani Styro. ento relator-geral. O Senado Federal no
procedeu a qualquer alterao no dispositivo. Retomando o projeto
Cmara, procedeu-Se apenas uma alterao para substituir pessoa fsica
por pessoa natural (vide Histrico ao art. 6o ).
30. Doutrina Inviolabilidade da vida privada: O direito
privacidade da pessoa contm interesses jurdicos, por isso seu
titular pode impedir ou fazer cessar invaso em sua esfera ntima,
usando para sua defesa: mandado de injuno, habeas data, habeas
corpus, mandado de segurana, cautelares inominadas e ao de
responsabilidade civil por dano moral e patrimonial. Bibliografia
Ren Anel Dotti, Proteo da vida privada e liberdade de informatio,
So Paulo, Revista dos Tribunais, 1980; Pierre Kayser, La
protectiofl de la vie prive, Paris, Dalloz, 1974; Gilberto Haddad
Sabor, Liberdade de pensamento e direito vida privada, So Paulo.
Revista dos Tribunais, 2000. CAPTULO III DA AUSNCIA Seo 1 Da
curadoria dos bens do ausente Art. 22. Desaparecendo uma pessoa do
seu domicilio sem dela haver noticia, se no houver deixado
representante ou procurador a quem caiba administar-lhe os bens, o
juiz, a requerimento de qualquer interessado ou do Ministrio
Pblico, declarar a ausncia, e nomear-lhe- curador. Doutrina
Curatela do ausente: Verificado o desaparecimento de uma pessoa do
seu domiclio, sem dar qualquer notcia de seu paradeiro e sem deixar
procurador, ou representante, para administrar seus bens, o juiz. a
requerimento de qualquer interessado, seja ou no parente, bastando
que tenha interesse pecunirio~ ou do Ministrio Pblico, nomear um
curador para administrar seu patrimnio~ resguardando-O. No havendo
bens, no se ter nomeao de curador. Em caso de ausncia, a curadoria
dos bens do ausente e no da pessoa do ausente. H quem ache,
acertadamente, no se tratar de ausncia o desaparecimento de algum
num acidente areo, rodovirio, ferrovirio etc. em que, pelos
indcios, a sua morte parece bvia, apesar de no ter sido encontrado
seu cadver j que no h incerteza de seu paradeiro.Bibliografia W.
Barros Monteiro, Curso, cii., v. 2 (p. 334); M. Helena Diniz,
Curso, cit., v. 5 (p. 505); Levenhagefl, Cdigo Civil, cit., v. 2
(p. 310); Paulo de Lacerda, Manual, cit., v. 6 (p. 543-4);
Coviello, Manuale. c