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COLÉGIO ESTADUAL QUATRO PONTES
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
QUATRO PONTES
2011
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DIREÇÃO:
Lori Bokorni
DIREÇÃO AUXILIAR:
Valmi M. P. Bender
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA:
PEDAGOGAS:
Rosemere Neiva Poersch
Vilma Dolores Karkow
QUATRO PONTES
2011
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SUMARIO
Conteúdo INTRODUÇÃO ............................................................................................6
CAPITULO I - MARCO CONCEITUAL .......................................................7
1.1 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ....................................7
1.1.1 – Proposta Pedagógica Curricular: Ensino Fundamental e
Médio ..........................................................................................................7
Objetivos e Finalidades do Curso .................................................7
Estrutura do Curso .......................................................................8
Currículos e Programas ................................................................8
Matriz Curricular ......................................................................... 10
Plano Curricular e Diretrizes Curriculares Nacionais para o
Ensino Fundamental ............................................................................. 12
Ensino Fundamental na Rede Pública de Ensino da Educação
Básica do Estado do Paraná ................................................................. 14
Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná ............. 17
Proposta Pedagógica Curricular: Ensino Médio ......................... 18
Objetivos e Finalidades do Curso ............................................... 18
Finalidades ................................................................................. 18
Estrutura do Curso (Currículos e Programas) ............................ 20
Matriz Curricular ......................................................................... 22
Plano Curricular e Diretrizes Curriculares Nacionais para o
Ensino Médio ........................................................................................ 24
Ensino Médio na Rede Pública de Ensino da Educação Básica
do Estado do Paraná ............................................................................ 26
Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná ............. 27
Concepção de avaliação prevista no PPP .................................. 28
Plano Curricular por Disciplina ................................................... 33
Arte ......................................................................................... 34
Biologia ................................................................................... 43
Ciências ..................................... Erro! Indicador não definido.
5
Matemática ............................................................................. 54
Educação Física ..................................................................... 63
Ensino Religioso ..................................................................... 84
LEM - Língua Estrangeira Moderna EPANHOL ...................... 90
Filosofia................................................................................. 100
Física .................................................................................... 108
Geografia .............................................................................. 116
História .................................................................................. 126
LEM - Língua Estrangeira Moderna – Inglês......................... 135
Língua Portuguesa – Ensino Fundamental ........................... 146
Língua Portuguesa – Ensino Médio ...................................... 161
Química................................................................................. 180
Sociologia .................................. Erro! Indicador não definido.
CELEM – Alemão ..................................................................... 195
CELEM- Espanhol .................................................................... 202
PROGRAMA VIVA A ESCOLA – 2010: Aprendendo a Arte da
Comunicação: Rádio-Escola e Jornal Estudantil e Comunitário (AACI)
............................................................................................................ 220
PROGRAMA VIVA ESCOLA: Aprendendo a Arte da
Comunicação – Rádio Escola e Jornal Estudantil e Comunitário - AACI
............................................................................................................ 240
ANEXO - MATRIZ CURRICULAR ....................................................... 242
6
INTRODUÇÃO
O presente documento é parte integrante do P.P.P – Projeto Político
Pedagógico no qual aponta a fundamentação legal e as orientações
pedagógicas para o Ensino Fundamental. Foi organizado em dois capítulos:
Plano Curricular do Ensino Fundamental (DOCUMENTO ANEXO 1) e Plano
Curricular do Ensino Médio (DOCUMENTO ANEXO 2) para facilitar o manuseio
dos documentos.
Ambos documentos apresentam detalhamento dos seguintes temas:
Objetivos do Curso, Estrutura do Curso, Currículos e Programas, Matriz
Curricular, Plano Curricular e Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino
Fundamental e Médio, Ensino Fundamental e Ensino Médio na Rede Pública de
Ensino da Educação Básica do Estado do Paraná, Plano Curricular por
Disciplina, sendo as do Ensino Fundamental: Ciências, Artes, Educação Física,
Ensino Religioso, Geografia, História, Língua Portuguesa, Matemática, Língua
Estrangeira Moderna – Inglês e as do Ensino Médio: Arte, Biologia, Educação
Física, Física, Geografia, História, Língua Portuguesa, Matemática, Química,
Filosofia, Sociologia e Língua Estrangeira Moderna – Inglês.
No item “Plano Curricular por Disciplina”, apresenta-se as seguintes
orientações e fundamentações de todas as disciplinas mencionadas acima:
concepção do Ensino, princípios (gerais e/ou específicos), Pressupostos e
Encaminhamento Teórico-Metodológico, Organização dos Conteúdos e
Temáticas, Conteúdos Estruturantes, Descrição dos conteúdos por bimestre e
por série, avaliação.
Para finalizar são apresentadas as referências e principais fontes de
busca e fundamentação teórico-metodológica apontada pelos docentes, bem
como no item “anexo” segue cópia da matriz curricular do curso de Ensino
Fundamental.
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CAPITULO I - MARCO CONCEITUAL
1.1 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
1.1.1 – Proposta Pedagógica Curricular: Ensino
Fundamental e Médio
Objetivos e Finalidades do Curso
A Educação Fundamental é tida como fator determinante e de suma
importância no processo das garantias plenas do cidadão, portanto, tal
modalidade de ensino deve envolver todas as dimensões do ser humano:
individual, civil e social.
O Ensino Fundamental possui duração mínima de oito anos, sendo de
caráter obrigatório e gratuito na escola pública a partir dos seis anos, tendo por
objetivo a formação básica do cidadão através do:
I - O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios
básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II - A compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da
tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III - O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista
a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;
IV - O fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade
humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
8
Estrutura do Curso
O estabelecimento mantém, de acordo com a especialidade, o
Ensino Fundamental, conforme a autorização de funcionamento 4198/83 de
23/12/83 e o Ensino Médio (Educação Geral) na modalidade de Ensino Regular
conforme autorização de funcionamento 2787/94 de 31/05/94, com autorização
do órgão competente da Secretaria de Estado da Educação, e o seu
funcionamento nos turnos: matutino, vespertino e noturno.
Currículos e Programas
O Estabelecimento de Ensino possui seus projetos de Implantação,
os quais explicitam a estrutura e funcionamento sob a resolução 390/85 de
14/02/85, do ensino mencionado no artigo 1º, aprovados por Ato próprio pelo
órgão competente da Secretaria de Estado da Educação de acordo com a oferta
educacional e Ensino Médio sob Res. Nº 45/98 de 12/01/98.
Os Planos Curriculares, inclusos no projeto de Implantação,
contemplam a filosofia e as diretrizes da Proposta Pedagógica definidas pela
Secretaria de Estado da Educação, a saber:
O Ensino Fundamental deve oportunizar aos alunos desenvolver
valores e atitudes como condição imprescindível para o exercício da cidadania, e
o prosseguimento de estudos.
Em relação aos conteúdos curriculares da Educação Básica, o Art. 27
sugere a observarão das seguintes diretrizes:
I - A difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e
deveres dos cidadãos, do respeito ao bem comum e à ordem democrática.
II – Consideração das condições de escolaridade dos alunos em cada
estabelecimento;
III – Orientação para o trabalho;
IV – Promoção do desporto educacional e apoio às práticas desportivas
não formais.
Em relação aos conteúdos curriculares do Ensino Médio, o Art. 36 sugere
a observarão das seguintes diretrizes:
9
I - Destacará a educação tecnológica básica, a compreensão do
significado da ciência, das letras e das artes: o processo histórico de
transformação da sociedade e da cultura: a língua portuguesa como instrumento
de comunicação, acesso ao conhecimento e exercício da cidadania;
II – Adotará metodologias de ensino e de avaliação que estimulem a
iniciativa dos estudantes;
III – Será incluída uma língua estrangeira moderna, como disciplina
obrigatória, escolhida pela comunidade escolar, e uma Segunda em caráter
optativo, dentro das disponibilidades da instituição.
§ 1.º - Os conteúdos, as metodologias e as formas de avaliação serão
organizados de tal forma que ao final do ensino médio o educando demonstre:
I - Domínio dos princípios científicos e tecnológicos que presidem a
produção moderna;
II – Conhecimento das formas contemporâneas de linguagem:
III – Domínio dos conhecimentos de Filosofia e de Sociologia necessários
ao exercício da cidadania.
Convém lembrar que pela Lei Nº 13381 - 18/12/2001, publicada no Diário
Oficial Nº 6134 de 18/12/2001, torna-se obrigatório, no Ensino Fundamental e
Médio da Rede Pública Estadual de Ensino, conteúdos da disciplina História do
Paraná, com o objetivo de favorecer a formação de cidadãos conscientes da
identidade, potencial e valorização do nosso Estado.
Sugere que a disciplina História do Paraná seja contemplada na parte
diversificada do currículo, em mais de uma série ou distribuídos os seus
conteúdos em outras matérias, baseada em bibliografia especializada.
A aprendizagem dos conteúdos curriculares deverá oferecer abordagens
e atividades, promovendo a incorporação dos elementos formadores da
cidadania paranaense, partindo do estudo das comunidades, municípios e
microrregiões do Estado.
A Bandeira, o Escudo e o Hino do Paraná também deverão ser incluídos
nos conteúdos da disciplina História do Paraná.
Sugere ainda que o hasteamento da Bandeira do Estado e o canto do
Hino do Paraná se constituam em atividade semanal regular e, também, nas
comemorações festivas nos estabelecimentos da Rede Pública Estadual.
10
Por sua vez a lei No 10.639, de 9 de Janeiro de 2003, altera a Lei no
9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da
educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a
obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-brasileira", e dá outras
providências.
Segundo a lei em seu artigo 26-A estabelece que todos os
estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares,
deverão obrigatoriamente ofertar o ensino sobre História e Cultura Afro-
brasileira, incluindo o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos
negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade
nacional, resgatando a contribuição do povo negro na área social, econômica e
políticas pertinentes à História do Brasil.
Estabelece também que os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-
brasileira serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial
nas áreas de Educação Artística e de Literatura e História Brasileira.
E ainda, o calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como ‘Dia
Nacional da Consciência Negra.
Matriz Curricular
A matriz curricular que integram a proposta pedagógica de acordo com o
Parecer N.º 1000/03 aprovado em 07/11/03, define:
Ensino Fundamental:
Deverá integrar e articular a Base Nacional Comum e a Parte diversificada
com a vida do cidadão e as diversas áreas do conhecimento
Entende-se por Base Nacional Comum a relação das áreas do
conhecimento: Língua Portuguesa, Língua Materna para as populações
indígenas e migrantes, Matemática, Ciências, Geografia, História, Língua
Estrangeira, Arte, Educação Física e Educação Religiosa para o Ensino
Fundamental em todo o território nacional.
A Parte Diversificada servirá para enriquecer e complementar a Base
Nacional Comum de modo a propiciar aos alunos conhecimentos necessários
para que estabeleçam relações entre a educação fundamental e a vida cidadã
11
através da articulação entre vários de seus aspectos como: a saúde, a
sexualidade, a vida familiar e social, o meio ambiente, o trabalho, a ciência e a
tecnologia, a cultura e as linguagens. Além disso, a lei define para a Parte
Diversificada a inserção de temáticas de interesse da comunidade no currículo
escolar.
Conforme Portaria do Conselho Estadual de Educação, nº 020 e 027/99,
caberá ao estabelecimento de ensino organizar sua matriz curricular quanto a
definição dos espaços curriculares, assim, a matriz do Colégio Estadual Quatro
Pontes, se encontra organizada POR DISCIPLINAS.
A atual matriz curricular atende orientação oficial da
Superintendente da Educação, que no uso de suas atribuições e considerando a
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9394/96; As Diretrizes
Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental, instituídas pela Resolução
CEB n.º 02/ 1998 da Câmara da Educação Básica; As Diretrizes Curriculares
Nacionais para o Ensino Médio, instituídas pela Resolução CEB n.º 15/98; O
Parecer n.º 1000 de 07/11/03 do Conselho Estadual de Educação, referente a
Consulta sobre a Deliberação CEE nº 14/99- Base Nacional Comum e Parte
Diversificada, apresenta Instrução Normativa n 04/2005 sobre a necessidade
imediata de readequação das Matrizes Curriculares, com vistas à implantação
das novas Orientações/Diretrizes Curriculares da Rede Pública Estadual de
Educação Básica do Estado do Paraná, a partir de 2006;
Segundo a instrução recebida necessitou-se implantar nova matriz
de forma simultânea a partir do ano letivo de 2006.
Sendo as seguintes orientações:
A) Ensino Fundamental:
1. A Matriz Curricular deverão contemplar na Base Nacional Comum os
seguintes componentes: Ciências, Arte, Educação Física, Ensino Religioso,
Geografia, História, Língua Portuguesa e Matemática.
2. As disciplinas da Base Nacional Comum terão carga horária mínima de
02(duas) horas-aula e máxima de 04 horas-aula semanais, com exceção do
Ensino Religioso.
12
3. As disciplinas da Base Nacional Comum (Ciências, Educação Artística,
Educação Física, Geografia, História, Língua Portuguesa e Matemática) são de
oferta obrigatória em todas as séries;
4. O Ensino Religioso será ofertado obrigatoriamente pelo
estabelecimento, com frequência facultativa para os alunos, com a carga horária
de 1 (uma) aula semanal na 5ª série e 1 (uma) aula semanal na 6ª série, em
todos os turnos, sendo computada na carga horária de 800 horas anuais;
5. A Matriz Curricular contará com 25 (vinte e cinco) horas-aula semanais
em todos os turnos de atuação, com exceção da 5ª e 6ª séries;
6. Na Parte Diversificada da Matriz Curricular deverá constar apenas uma
Língua Estrangeira, como componente curricular obrigatório, identificando-se o
idioma definido pelo estabelecimento de ensino, observando-se a disponibilidade
de professor habilitado e as características da comunidade atendida.
Plano Curricular e Diretrizes Curriculares Nacionais para
o Ensino Fundamental
De acordo com a Resolução CEB Nº 2, de 7 de Abril de 1998, são
instituídas as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental que
deverão ser observadas na organização curricular das Instituições Escolares.
Entende-se por Diretrizes Curriculares Nacionais o “conjunto de definições
doutrinárias sobre princípios, fundamentos e procedimento da educação básica,
expressas pela Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de
Educação, que orientarão as escolas brasileiras dos sistemas de ensino na
organização, articulação, desenvolvimento e avaliação de suas propostas
pedagógicas”.
De acordo com a Resolução são as seguintes as Diretrizes Curriculares
Nacionais para o Ensino Fundamental:
I - As escolas deverão estabelecer como norteadores de suas ações
pedagógicas:
a) os princípios éticos da autonomia, da responsabilidade, da
solidariedade e do respeito ao bem comum;
13
b) os princípios dos Direitos e Deveres da Cidadania, do exercício da
criticidade e do respeito à ordem democrática;
c) os princípios estéticos da sensibilidade, da criatividade e da diversidade
de manifestações artísticas e culturais.
II - Ao definir suas propostas pedagógicas, as escolas deverão explicitar o
reconhecimento da identidade pessoal de alunos, professores e outros
profissionais e a identidade de cada unidade escolar e de seus respectivos
sistemas de ensino.
III - As escolas deverão reconhecer que as aprendizagens são
constituídas pela interação dos processos de conhecimento com os de
linguagem e os afetivos, em consequência das relações entre as distintas
identidades dos vários participantes do contexto escolarizado; as diversas
experiências de vida de alunos, professores e demais participantes do ambiente
escolar, expressas através de múltiplas formas de diálogo, devem contribuir para
a constituição de identidades afirmativas, persistentes e capazes de protagonizar
ações autônomas e solidárias em relação a conhecimentos e valores
indispensáveis à vida cidadã.
IV - Em todas as escolas deverão ser garantidas a igualdade de acesso
para alunos a uma base nacional comum, de maneira a legitimar a unidade e a
qualidade da ação pedagógica na diversidade nacional. A base comum nacional
e sua parte diversificada deverão integrar-se em torno do paradigma curricular,
que vise a estabelecer a relação entre a educação fundamental e:
a) A vida cidadã através da articulação entre vários dos seus aspectos
como:
1. A saúde
2. A sexualidade
3. A vida familiar e social
4. O meio ambiente
5. O trabalho
6. A ciência e a tecnologia
7. A cultura
8. As linguagens.
b) As áreas de conhecimento:
14
1. Língua Portuguesa
2. Língua Materna, para populações indígenas e migrantes
3. Matemática
4. Ciências
5. Geografia
6. História
7. Língua Estrangeira
8. Arte
9. Educação Física
10. Educação Religiosa, na forma do art. 33 da Lei 9.394, de 20 de
dezembro de 1996.
V - As escolas deverão explicitar em suas propostas curriculares
processos de ensino voltados para as relações com sua comunidade local,
regional e planetária, visando à interação entre a educação fundamental e a vida
cidadã; os alunos, ao aprenderem os conhecimentos e valores da base nacional
comum e da parte diversificada, estarão também constituindo sua identidade
como cidadãos, capazes de serem protagonistas de ações responsáveis,
solidárias e autônomas em relação a si próprio, às suas famílias e às
comunidades.
VI - As escolas utilizarão a parte diversificada de suas propostas
curriculares para enriquecer e complementar a base nacional comum,
propiciando, de maneira específica, a introdução de projetos e atividades do
interesse de suas comunidades.
VII - As escolas devem trabalhar em clima de cooperação entre a direção
e as equipes docentes, para que haja condições favoráveis à adoção, execução,
avaliação e aperfeiçoamento das estratégias educacionais, em consequência do
uso adequado do espaço físico, do horário e calendário escolar, na forma dos
arts. 12 a 14 da Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996. * Publicada no D.O.U.
de 15/4/98 - Seção I – p. 31
Ensino Fundamental na Rede Pública de Ensino da
Educação Básica do Estado do Paraná
15
Mesmo havendo orientações para construção das Diretrizes para O
ensino Fundamental da Rede Publica de Ensino, as mesmas foram elaboradas a
partir das orientações legais decorrentes da Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional nº 9.394/96.
Esta lei estabelece que a educação básica é formada pela
educação infantil, ensino fundamental e médio, tendo por finalidades
“desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para
o exercício da cidadania e fornecer-lhes meios para progredir no trabalho e em
estudos posteriores” (Art. 21 LDBEN/96).
Assim, esta etapa da escolarização básica deve garantir a formação
básica do cidadão e o desenvolvimento integral do educando, mediante:
I - O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meio
básico o
pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II - Compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da
tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III - O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a
aquisição de conhecimento e habilidades e a formação de atitudes e valores;
documento orientador da oferta do Ensino Fundamental na rede pública
estadual, atendendo às especificidades desta etapa da escolarização básica.
IV - O fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade
humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
A construção de Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental se
constituiu num intenso movimento que viabilizou a participação de todos os
professores da rede pública estadual, bem como representantes da rede
municipal, favorecendo assim o processo de integração e articulação entre o
Ensino Fundamental dos anos iniciais ofertado pela rede municipal e os anos
finais pela rede pública estadual.
A elaboração de diretrizes curriculares, para as disciplinas que compõem
a Base Nacional Comum no Ensino Fundamental, buscou discutir as
especificidades desta etapa da escolarização básica na escola pública, tendo
como referência central o compromisso da escola com o conhecimento, com a
aprendizagem de todos os alunos e a valorização da experiência profissional dos
professores da rede pública estadual.
16
As Diretrizes têm o propósito de explicitar uma concepção de educação,
de currículo e de cada um de seus componentes curriculares.
As Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental da rede pública
estadual são as seguintes:
DIRETRIZ 1:
As escolas da rede pública estadual que ofertam o ensino fundamental
pautarão todas as suas ações visando à garantia de acesso, permanência e de
aprendizagem para todos os alunos em idade escolar e para aqueles que não
tiveram acesso ao ensino fundamental em idade própria.
DIRETRIZ 2:
O processo de escolarização fundamental contribuirá para o
enfrentamento das desigualdades sociais, visando a uma sociedade mais justa.
DIRETRIZ 3:
As escolas elaborarão as suas propostas curriculares, tendo como
referência as diretrizes curriculares para o ensino fundamental, objetivando o
zelo pela aprendizagem dos alunos.
DIRETRIZ 4:
No ensino fundamental da rede pública estadual a base nacional comum
e a parte diversificada serão tratadas em articulação aos temas da vida cidadã e
de interesse da comunidade.
DIRETRIZ 5:
O coletivo da escola definirá os conteúdos curriculares, com vistas à
valorização dos conhecimentos sistematizados e dos saberes escolares.
Quanto as Diretrizes Curriculares específicas de cada disciplina, bem
como, sua concepção, revisão histórica, fundamentação, conteúdos
programáticos, encaminhamentos metodológicos e critérios de avaliação, se
encontram definidos nos Planos de Ensino, estes arquivados nas dependências
escolares.
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Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná
As Diretrizes Curriculares para a educação pública do Estado do Paraná
é um documento que traça estratégias que visam nortear o trabalho do professor
e garantir a apropriação do conhecimento pelos estudantes da rede pública.
As diretrizes dão ênfase à escola como lugar de socialização do
conhecimento. Os conteúdos deverão ser contextualizados, com relações
interdisciplinares que contribuem para a crítica às contradições sociais, políticas,
econômicas e propiciem compreender a produção cientifica, a reflexão filosófica,
a criação artística nos contextos em que os conhecimentos se constituem.
As dimensões do conhecimento devem ser capazes de fornecer uma
formação necessária ao enfrentamento com vistas a transformação da realidade
social, econômica e política do seu tempo.
O principio implícito nas diretrizes está baseado na dimensão científica,
artística e filosófica do conhecimento, apontando assim uma direção para a
totalidade do conhecimento e sua relação com o cotidiano. Constituem parte
fundamental dos conteúdos nas disciplinas do currículo da educação Básica.
A dimensão cientifica busca descrever a natureza por meio de leis,
princípios, teorias, sempre na busca de uma verdade pelo método cientifico.
A dimensão filosófica do conhecimento e humana possibilita perguntar
sobre as implicações das produções cientificas.
A dimensão artística tem como características centrais a criação e o
trabalho criativo contribuindo significativamente para a humanização dos
sentidos, a superação da condição de alienação e repressão.
As diretrizes curriculares apresentam a concepção de currículo,
conhecimento e oferecem fundamentação teórica, metodológica e relação de
conteúdos estruturantes (básicos) que devem ser tomados como ponto de
partida para a organização da proposta pedagógica curricular das escolas.
Os planos curriculares que compõem este documento são fundamentados
pelas diretrizes curriculares apresentadas em cadernos pedagógicos próprios e
trabalhados amplamente nas capacitações docentes.
18
Proposta Pedagógica Curricular: Ensino Médio
Objetivos e Finalidades do Curso
O Ensino Médio, considerado etapa final da educação básica, possui
duração mínima de três anos, tendo como finalidades:
I - A consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos
adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;
II - A preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando,
para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade
a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posterior;
III - O aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo
a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento
crítico;
IV - A compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos
processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada
disciplina.
Os conteúdos, as metodologias e as formas de avaliação serão
organizados de tal forma que ao final do ensino médio o educando deverá
demonstrar:
I - Domínio dos princípios científicos e tecnológicos que presidem a
produção moderna;
II - Conhecimento das formas contemporâneas de linguagem;
III - Domínio dos conhecimentos de Filosofia e de Sociologia
necessários ao exercício da cidadania.
Finalidades
a) Possibilitar a aquisição de conhecimentos da ciência e da tecnologia,
desenvolvendo as habilidades para operá-los, revê-los, transformá-los e re-
dimencioná-los em sociedade e apresentar atitudes sociais de cooperação,
19
solidariedade e ética, e colocarem os avanços da civilização a serviço da
humanização da sociedade;
b) Formar o novo cidadão e o cidadão necessário com capacidade de
inserção social, crítica e transformadora na sociedade em que vive, preparando
o educando para elevar-se ao nível da civilização atual – da sua riqueza e dos
seus problemas – para aí atuarem;
c) Contribuir para o processo de humanização do aluno-cidadão
consciente de si no mundo;
d) Propiciar o desenvolvimento de capacidades de diferente natureza,
para que desse modo, possam construir suas identidades e seus projetos de
vida, levando em conta suas individualidades, características econômicas,
sociais e culturais, compartilhando saberes diferenciados, de professores e
alunos, colaborando com a escola para aproximar as expectativas, necessidades
e desejos, garantindo aos mesmos uma aprendizagem significativa;
e) Fazer da escola um espaço vivo, onde a cidadania possa ser exercida
a cada momento e, desse modo aprendida, fazendo com que o educando
reforce seus laços de identificação com a Escola e ampliando suas
possibilidades, reflexões e construção de valores que os orientem aos seus
projetos de vida;
f) Construir e socializar conhecimentos, valores, atitudes que auxiliem o
educando a fazer uma tradução crítica das vivencias que traz, mostrando-lhes
novas possibilidades de leitura de si e do mundo;
g) O desenvolvimento e aplicação de atividades interdisciplinares que
visem atender as necessidades da comunidade escolar;
h) O desenvolvimento da vida cidadã do educando, permitindo o
desenvolvimento das qualidades de aprender com autonomia, criatividade,
criticidade, compreensão do mundo, do conhecimento, da ciência e tecnologia,
das linguagens;
i) Estimular os educandos a se manifestarem das mais diferentes formas
de produzir e partilhar suas produções, fazendo com que se reconheçam como
produtores da cultura, como seres capazes de propor e criar;
Enfim, fazer da escola um espaço que acolhe as questões dos alunos e
contribuir para que encontrem respostas aos seus questionamentos, de forma a
ampliar o campo no qual constroem suas identidades e projetos, ou seja, educar
20
para a conquista da cidadania plena, para a busca da justiça social, do bem
comum e da realização pessoal do indivíduo, constitui-se no ideal de educação
dos que a concebem num sentido transformador.
Estrutura do Curso (Currículos e Programas)
O estabelecimento mantém, de acordo com a especialidade, o
Ensino Fundamental, conforme a autorização de funcionamento 4198/83 de
15/12/83 e o Ensino Médio (Educação Geral) na modalidade de Ensino Regular
conforme autorização de funcionamento 2787/94 de 31/05/94, com autorização
do órgão competente da Secretaria de Estado da Educação, e o seu
funcionamento nos turnos: matutino, vespertino e noturno.
O Ensino Médio deverá ser capaz de construir competências, habilidades
e disposições de condutas e não simplesmente informações.
Como determina a LDBEN em seus artigos 26, 27 e 36.
Em relação aos conteúdos curriculares da Educação Básica, o Art. 27
sugere a observarão das seguintes diretrizes:
I - A difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e
deveres dos cidadãos, do respeito ao bem comum e à ordem democrática.
II – Consideração das condições de escolaridade dos alunos em cada
estabelecimento;
III – Orientação para o trabalho;
IV – Promoção do desporto educacional e apoio às práticas desportivas
não formais.
Em relação aos conteúdos curriculares do Ensino Médio, o Art. 36 sugere
a observarão das seguintes diretrizes:
I - Destacará a educação tecnológica básica, a compreensão do
significado da ciência, das letras e das artes: o processo histórico de
transformação da sociedade e da cultura: a língua portuguesa como instrumento
de comunicação, acesso ao conhecimento e exercício da cidadania;
II – Adotará metodologias de ensino e de avaliação que estimulem a
iniciativa dos estudantes;
21
III – Será incluída uma língua estrangeira moderna, como disciplina
obrigatória, escolhida pela comunidade escolar, e uma Segunda em caráter
optativo, dentro das disponibilidades da instituição.
§ 1.º - Os conteúdos, as metodologias e as formas de avaliação serão
organizados de tal forma que ao final do ensino médio o educando demonstre:
I - Domínio dos princípios científicos e tecnológicos que presidem a
produção moderna;
II – Conhecimento das formas contemporâneas de linguagem:
III – Domínio dos conhecimentos de Filosofia e de Sociologia necessários
ao exercício da cidadania.
§ 2.º - O ensino médio, atende a formação geral do educando, podendo
prepará-lo para o exercício de profissões técnicas.
§ 3.º Os cursos do ensino médio terão equivalência legal e habilitarão ao
prosseguimento de estudos.
§ 4.º - A preparação geral para o trabalho e, facultativamente, a
habilitação profissional, poderão ser desenvolvidas nos Próprios
estabelecimentos de ensino médio ou em cooperação com instituições
especializadas em educação profissional.
Convém lembrar que pela Lei Nº 13381 - 18/12/2001, publicada no Diário
Oficial Nº 6134 de 18/12/2001, torna-se obrigatório, no Ensino Fundamental e
Médio da Rede Pública Estadual de Ensino, conteúdos da disciplina História do
Paraná, com o objetivo de favorecer a formação de cidadãos conscientes da
identidade, potencial e valorização do nosso Estado.
Sugere que a disciplina História do Paraná seja contemplada na parte
diversificada do currículo, em mais de uma série ou distribuídos os seus
conteúdos em outras matérias, baseada em bibliografia especializada.
A aprendizagem dos conteúdos curriculares deverá oferecer abordagens
e atividades, promovendo a incorporação dos elementos formadores da
cidadania paranaense, partindo do estudo das comunidades, municípios e
microrregiões do Estado.
A Bandeira, o Escudo e o Hino do Paraná também deverão ser incluídos
nos conteúdos da disciplina História do Paraná.
22
Sugere ainda que o hasteamento da Bandeira do Estado e o canto do
Hino do Paraná se constituam em atividade semanal regular e, também, nas
comemorações festivas nos estabelecimentos da Rede Pública Estadual.
Por sua vez a lei Nº 10.639, de 9 de Janeiro de 2003, altera a Lei no
9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da
educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a
obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-brasileira", e dá outras
providências.
Segundo a lei em seu artigo 26-A estabelece que todos os
estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares,
deverão obrigatoriamente ofertar o ensino sobre História e Cultura Afro-
brasileira, incluindo o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos
negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade
nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas: social, econômica
e política, pertinentes à História do Brasil.
Estabelece também que os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-
brasileira serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial
nas áreas de Educação Artística e de Literatura e História Brasileira.
E ainda, o calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como ‘Dia
Nacional da Consciência Negra.
Matriz Curricular
A atual matriz curricular atende orientação oficial da Superintendente da
Educação que, no uso de suas atribuições e considerando: a Lei Federal n.º
9394/96 que institui as Diretrizes e Bases da Educação Nacional; a Lei Federal
n.º 10793/03 que trata da obrigatoriedade da disciplina de Educação Física; a
Resolução n.º 04/06 do CNE/CEB que trata da obrigatoriedade das disciplinas
de Filosofia e de Sociologia no Ensino Médio; o Parecer n.º 15/98 do CNE/CEB
que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio; o Parecer
n.º 16/01 do CNE/CEB que dispõe sobre a obrigatoriedade da Educação Física
em todas as séries do Ensino Fundamental e Médio; a Deliberação n.º 06/06 do
CEE do Paraná que institui normas complementares às Diretrizes Curriculares
23
Nacionais para a inclusão obrigatória das disciplinas de Filosofia e Sociologia na
Matriz Curricular do Ensino Médio; e as Diretrizes Curriculares da Educação
Básica para a Rede Pública Estadual do Paraná, e ainda a Instrução nº
015/2006 – SUED/SEED (28/11/2006).
Baseado na INSTRUÇÃO Nº 015/2006 da SEED/SUED, expedida pela
Superintendente da Educação, o Colégio segue as seguintes normas:
1. Matriz Curricular para o Ensino Fundamental e Ensino Médio (regular), com
implantação a partir do ano letivo de 2007, de forma simultânea.;
2. A Matriz Curricular deverá:
a) contemplar “ao menos” 75% (setenta e cinco por cento) da carga
horária na Base Nacional Comum e “até” 25% (vinte e cinco por cento) da carga
horária na Parte Diversificada;
b) contar com vinte e cinco horas-aulas semanais, em cada turno
ofertado;
3. A distribuição do número de aulas, para cada disciplina da Matriz
Curricular, deverá obedecer o princípio da equidade, uma vez que não há
fundamento legal ou científico que sustente a prevalência de uma disciplina
sobre a outra.
4. As especificidades sociais, culturais e econômicas, nos âmbitos
regional e local, deverão ser desenvolvidas nos conteúdos curriculares de todas
as disciplinas da Matriz Curricular.
5. Os estabelecimentos de ensino deverão garantir aos alunos concluintes
acesso a todas as disciplinas relacionadas nesta instrução.
6. As disciplinas da Matriz Curricular terão carga horária mínima de duas
horas-aula e máxima de quatro horas-aula semanais.
7. As disciplinas da Matriz Curricular poderão ser ofertadas em uma,
duas, três ou quatro séries, com exceção de Educação Física que deve respeitar
o disposto na Lei Federal n.º 10793/03 e no Parecer n.º 16/01 do CNE/CEB.
8. A Base Nacional Comum da Matriz Curricular deverá ser composta
pelas seguintes disciplinas: Arte, Biologia, Educação Física, Filosofia, Física,
Geografia, História, Língua Portuguesa, Matemática, Química e Sociologia.
9. Na Parte Diversificada da Matriz Curricular, deverá ser ofertada a
disciplina Língua Estrangeira Moderna, que será definida pela comunidade
24
escolar de acordo com a LDBEN n.º 9394/96, sendo de caráter obrigatório. A
opção da comunidade é o inglês.
10. Caberá às Equipes de Ensino dos Núcleos Regionais de Educação:
orientar os estabelecimentos de ensino da Rede Pública Estadual na elaboração
das Matrizes Curriculares; analisar e aprovar as Matrizes Curriculares.
Plano Curricular e Diretrizes Curriculares Nacionais para o
Ensino Médio
A Resolução CEB nº 3 de 26 de junho de 1998, institui as Diretrizes
Curriculares Nacionais para o ensino Médio, onde apresenta princípios,
fundamentos e procedimentos a serem observados na organização pedagógica
desta modalidade de ensino, priorizando a educação com o mundo do trabalho e
a prática social, consolidando a preparação para o exercício da cidadania e
propiciando preparação básica para o trabalho.
Os valores nos quais deverá a organização pedagógica curricular
observar são:
I - Os fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos
cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática;
II - Os que fortaleçam os vínculos de família, os laços de solidariedade
humana e de tolerância recíproca.
E continua:
Art. 3º Para observância dos valores mencionados
no artigo anterior, a prática administrativa e pedagógica
dos sistemas de ensino e de suas escolas, as formas de
convivência no ambiente escolar, os mecanismos de
formulação e implementação de política educacional, os
critérios de alocação de recursos, a organização do
currículo e das situações de ensino aprendizagem e os
procedimentos de avaliação deverão ser coerentes com
princípios estéticos, políticos e éticos, abrangendo:
I - a Estética da Sensibilidade, que deverá substituir
a da repetição e padronização, estimulando a criatividade,
25
o espírito inventivo, a curiosidade pelo inusitado, e a
afetividade, bem como facilitar a constituição de
identidades capazes de suportar a inquietação, conviver
com o incerto e o imprevisível, acolher e conviver com a
diversidade, valorizar a qualidade, a delicadeza, a sutileza,
as formas lúdicas e alegóricas de conhecer o mundo e
fazer do lazer, da sexualidade e da imaginação um
exercício de liberdade responsável.
II - a Política da Igualdade, tendo como ponto de
partida o reconhecimento dos direitos humanos e dos
deveres e direitos da cidadania, visando à constituição de
identidades que busquem e pratiquem a igualdade no
acesso aos bens sociais e culturais, o respeito ao bem
comum, o protagonismo e a responsabilidade no âmbito
público e privado, o combate a todas as formas
discriminatórias e o respeito aos princípios do Estado de
Direito na forma do sistema federativo e do regime
democrático e republicano.
III - a Ética da Identidade, buscando superar
dicotomias entre o mundo da moral e o mundo da matéria,
o público e o privado, para constituir identidades sensíveis
e igualitárias no testemunho de valores de seu tempo,
praticando um humanismo contemporâneo, pelo
reconhecimento, respeito e acolhimento da identidade do
outro e pela incorporação da solidariedade, da
responsabilidade e da reciprocidade como orientadoras de
seus atos na vida profissional, social, civil e pessoal.
O documento define também as seguintes finalidades para a
Modalidade do Ensino Médio:
I - Desenvolvimento da capacidade de aprender e continuar aprendendo,
da autonomia intelectual e do pensamento crítico, de modo a ser capaz de
prosseguir os estudos e de adaptar-se com flexibilidade a novas condições de
ocupação ou aperfeiçoamento;
26
II - Constituição de significados socialmente construídos e reconhecidos
como verdadeiros sobre o mundo físico e natural, sobre a realidade social e
política;
III - Compreensão do significado das ciências, das letras e das artes e do
processo de transformação da sociedade e da cultura, em especial as do Brasil,
de modo a possuir as competências e habilidades necessárias ao exercício da
cidadania e do trabalho;
IV - Domínio dos princípios e fundamentos científico-tecnológicos que
presidem a produção moderna de bens, serviços e conhecimentos, tanto em
seus produtos como em seus processos, de modo a ser capaz de relacionar a
teoria com a prática e o desenvolvimento da flexibilidade para novas condições
de ocupação ou aperfeiçoamento posterior;
V - Competência no uso da língua portuguesa, das línguas estrangeiras e
outras linguagens contemporâneas como instrumentos de comunicação e como
processos de constituição de conhecimento e de exercício de cidadania.
Ensino Médio na Rede Pública de Ensino da Educação
Básica do Estado do Paraná
Desde o início da Gestão 2003-2006, houve um intenso trabalho de
discussão coletiva sobre concepções educacionais, programas, currículo e
avaliação educacional.
Um dos objetivos desta iniciativa foi de sensibilizar e conscientizar sobre a
necessidade desta produção social capaz de intervir na realidade vivida,
pensada e realizada nas e pelas escolas.
Desta forma, a proposta de reformulação curricular nas Escolas Públicas
Paranaenses contou com seis fases:
I - Discussão e levantamento da situação concreta das diretrizes
curriculares da Rede Estadual de Ensino do Paraná, a partir de seminários;
II - Discussão das propostas pedagógicas das áreas de ensino;
III – Processo Coletivo de reformulação curricular, a partir das reflexões e
encaminhamentos do professor da rede estadual;
27
IV – Sistematização das propostas curriculares por disciplina, níveis e
modalidades de ensino.
V - Preparo, elaboração, efetivação e avaliação do Projeto Político
Pedagógico das Escolas da Rede Pública de Ensino do Paraná.
VI - Permanente e contínua avaliação e acompanhamento das propostas
que estão sendo implementadas.
Historicamente, as elaborações de currículos chamados de oficiais
tiveram como característica uma metodologia verticalizada, na qual as fases da
elaboração foram monopolizadas por “instâncias administrativas” como órgãos
governamentais e Instituições de Ensino Superior, entre outras.
Dentro de uma outra ótica de gestão pública e de elaboração de
propostas
curriculares, as ações realizadas pelo Departamento de Ensino Médio
partiram da prática do professor para a fundamentação teórico-metodológica do
currículo nas políticas públicas.
Neste sentido, todas as ações desenvolvidas nos últimos anos, buscaram
dar voz ao professor, ouvi-lo falar de sua prática e de seus saberes.
Foi acreditando no currículo por autoria coletiva como única metodologia
capaz de fazer da escola e da educação ambientes de interpretação e
transformação da realidade que as ações do Departamento de Ensino Médio
foram organizadas.
As diretrizes têm como fim maior tornar possível a Humanização do
Ser Humano.
Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná
As Diretrizes Curriculares para a educação pública do Estado do Paraná
é um documento que traça estratégias que visam nortear o trabalho do professor
e garantir a apropriação do conhecimento pelos estudantes da rede pública.
As diretrizes dão ênfase à escola como lugar de socialização do
conhecimento. Os conteúdos deverão de contextualizados, com relações
interdisciplinares que contribuem para a crítica às contradições sociais, políticas,
28
econômicas e propiciem compreender a produção cientifica, a reflexão filosófica,
a criação artística nos contextos em que os conhecimentos se constituem.
As dimensões do conhecimento devem ser capazes de fornecer uma
formação necessária ao enfrentamento com vistas à transformação da realidade
social, econômica e política do seu tempo.
O principio implícito nas diretrizes está baseado nas dimensões
científicas, artística e filosófica do conhecimento, apontando assim uma direção
para a totalidade do conhecimento e sua relação com o cotidiano. Constituem
parte fundamental dos conteúdos nas disciplinas do currículo da educação
Básica.
A dimensão cientifica busca descrever a natureza por meio de leis,
princípios, teorias, sempre na busca de uma verdade pelo método cientifico.
A dimensão filosófica do conhecimento e humana possibilita perguntar
sobre as implicações das produções cientificas.
A dimensão artística tem como características centrais a criação e o
trabalho criativo contribuindo significativamente para a humanização dos
sentidos, a superação da condição de alienação e repressão.
As diretrizes curriculares apresentam a concepção de currículo,
conhecimento e oferecem fundamentação teórica, metodológica e relação de
conteúdos estruturante e básicos que devem ser tomados como ponto de partida
para a organização da proposta pedagógica curricular das escolas.
Os planos curriculares que compõem este documento são
fundamentados pelas diretrizes curriculares apresentadas em
cadernos pedagógicos próprios e trabalhados amplamente nas
capacitações docentes.
Concepção de avaliação prevista no PPP
De acordo com a LDB da Educação Nacional, a avaliação da
aprendizagem deverá ser considerada como um processo contínuo, que integra
a parte qualitativa à quantitativa, evidenciando, também, a formação de hábitos,
29
atitudes e habilidades, a assimilação cumulativa de conhecimentos sistemáticos
e a integração do aluno à comunidade, como agente de mudança.
Considerando a abordagem construtivo-interacionista e os conceitos
pedagógicos de cidadania, convém considerar a avaliação processual, onde o
aluno é avaliado no dia-a-dia, na sua participação, integração com o grupo, no
seu desempenho e em toda a sua construção, não sendo necessário eleger
datas para a culminância da avaliação.
Buscar-se-á selecionar instrumentos de avaliação a partir da filosofia da
escola, objetivos a serem atingidos, matriz de referência de como avaliar,
princípios e diretrizes para avaliação definidas a partir da base legal vigente
todos elementos apresentados no PPP do estabelecimento com maior
detalhamento.
Enfim, a avaliação será entendida como parte integrante do processo
ensino-aprendizagem, tendo como finalidade alimentar, sustentar e orientar a
ação pedagógica a partir da perspectiva da abordagem cognitiva sócio-
interacionsita e sócio cultural.
Dada a sua importância para a formação e objetivo essencial da
educação, o conhecimento (saber teórico), construído pelo individuo pela
interação e contexto sócio-cultural, o domínio do conteúdo será prioridade sendo
considerado como critério essencial para a avaliação do alcance dos objetivos,
enquanto as atitudes inerentes ao trabalho, as atitudes e competências sociais e
à formação cidadã, por sua vez, deverão ser trabalhadas de forma integrada por
todos os elementos da escola e situações ensino e aprendizagem,
acompanhadas no seu desenvolvimento, sem a preocupação de atribuir-lhes um
nota em separado, salvo no instrumento e/ou técnica (recurso didático) eleito no
bimestre, caso contrário nos demais instrumentos, serão acrescidas junto a
proposta ao conteúdo a ser trabalhado.
Segue gráfico demonstrativo, adotado pelo Estabelecimento quanto ao
tipo, quantidade de instrumentos e respectivos pesos a serem adotados pela
disciplina já que a média bimestral é transformada em números:
30
Instrumento 1
Ênfase Cognitiva
(saber teórico)
Instrumento 2
Ênfase Cognitiva
(saber teórico)
Instrumento 3
Ênfase Cognitiva-social
(saber teórico/relacional)
Peso 100 Peso 100 Peso 100
O fechamento da media bimestral se dará da seguinte forma:
SOMA DAS AVALIACOES OFERTADAS (no mínimo três) e
DIVISÃO POR TRES (ou número de instrumentos ofertados)
Exemplificando:
Instrumento 1
Ênfase Cognitiva
(saber teórico)
Instrumento 2
Ênfase Cognitiva
(saber teórico)
Instrumento 3
Ênfase Cognitiva-social
(saber teórico/relacional)
Avaliação Escrita
Pesquisa Individual
Atividade de grupo
(seminário,
dramatização, painel,
maquete...)
Além do saber cognitivo
(teórico) considerar:
Participação, pontualidade,
cooperação, responsabilidade
ou outra competência social /
cidadã.
Peso 100 Peso 100 Peso 100
O fechamento da media bimestral se dará da seguinte forma: SOMA DAS
AVALIACOES OFERTADAS (no mínimo três) e DIVISÃO POR TRES (ou número de
instrumentos ofertados)
31
A recuperação
Base Legal e pedagógica
Os princípios e orientações normativas estarão de acordo com a lei
vigente: Lei de diretrizes e Bases da Educação n º 9394/96, bem como
deliberações, pareceres da SEED, Secretaria de Estado da Educação, onde: “ É
dever do docente, estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de
menor rendimento (art 13 – IV) em caráter obrigatório, de preferência,
paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento
escolar. Deverão estar previstos e documentados junto ao regimento
da instituição”.
Entende-se por Recuperação de Estudos, a retomada de conteúdos
durante o processo de ensino e aprendizagem, permitindo que todos os alunos
tenham oportunidades de apropriar-se do conhecimento historicamente
acumulado, por meio de metodologias diversificadas e participativas.
A recuperação é feita sobre o conteúdo, processo de ensino e
aprendizagem que precisa ser revisto e não os instrumentos de avaliação.
A recuperação é concomitante e ocorre de duas formas:
1 - A retomada do conteúdo a partir do diagnóstico oferecido pelos
instrumentos de avaliação.
2 - A reavaliação do conteúdo já retomado em sala.
A recuperação terá como objetivo proporcionar aos alunos que
demonstrarem rendimento insuficiente oportunidade de melhoria de
aproveitamento.
Os estudos de recuperação terão caráter preventivo imediato no decorrer
do ano letivo, à medida que forem constatadas falhas na aprendizagem.
O aluno que não tiver 60%(Sessenta por cento) de aproveitamento dos
conteúdos ministrados terá recuperação de estudos, de preferência paralelos no
período letivo.
Cada disciplina contempla no seu plano curricular a recuperação de
estudos, critérios e encaminhamentos metodológicos.
32
A recuperação de estudos deve estar registrada no campo dos conteúdos
indicando que conteúdo foi retomado. A reavaliação, uma vez feita em sala,
deve estar também nesse campo indicando "recuperação de estudos/
recuperação concomitante/recuperação simultânea / reavaliação - conteúdo ..
“tal" e o valor.
Quando o aluno não realizar as avaliações previstas por motivo de
doenças (apresentar atestado), morte de familiares próximos, acidente e
similares, o responsável deverá requerer junto à Coordenação da Escola e/ou
Secretaria, no prazo máximo de 48 horas, a autorização para a realização
destas verificações em 2ª chamada, anexando ao requerimento os documentos
que justifiquem a ausência do aluno. Recebendo autorização para realização de
2ª chamada esta deverá ser apresentada junto ao professor para que seja
agendada data de realização da mesma.
A recuperação, assim sendo, não recupera os instrumentos e
sim os conteúdos, cujos instrumentos foram utilizados como via
para aprender e como diagnóstico para auto-regular o processo.
Outra observação importante no processo de recuperação é
a necessidade de desvincular a idéia de reavaliação, que integra o
processo de recuperação de estudos, através apenas das provas formais.
Não precisam ser provas necessariamente. Pode ser uma pesquisa,
seminário de apresentação para grupo de alunos diferentes, conforme a
dimensão do conteúdo que não foi apropriada, entre outros.
O peso e a proporcionalidade das avaliações devem ser registrados
no Regimento Escolar. É importante ter claro que, o peso das provas não
deve ser maior que o peso de outras atividades. Para tanto é preciso ter
definido os CRITÉRIOS AVALIAÇÃO.
O peso da recuperação de estudos deve ser proporcional
aos valores das avaliações (como um todo), ou seja, se o processo
vai de O a 100% de apreensão, diagnóstico e retomada dos conteúdos, a
recuperação não será um "adendo" a nota, terá peso de O a 100%.
Cada instrumento ou cada conteúdo precisa ter claro o que dentro
dele se deseja ensinar, desenvolver e, portanto avaliar. Critérios definem
os propósitos do que especialmente se avalia e em que dimensão.
33
Plano Curricular por Disciplina
Seguem nos próximos itens os planos curriculares por disciplina,
sendo a seguinte ordem das mesmas: arte, biologia, ciências, matemática,
educação física, ensino religioso, língua estrangeira moderna espanhol, filosofia,
física, geografia, historia, língua estrangeira moderna inglês, língua portuguesa,
química, sociologia , além dos planos de ensino do Centro de língua estrangeira
alemã e espanhol - CELEM, Projetos participantes do programa Viva a Escola.
Tendo apresentado os planos curriculares por disciplinas e programas
seguem anexo, matriz curricular.
34
Arte
JUSTIFICATIVA
O Ensino da Arte torna possível ao ser humano ter consciência da sua
existência individual e social, uma vez que a arte ensina a fazer desaparecer os
princípios das obviedades atribuídas aos objetos e às coisas, é desafiadora,
expõe contradições, emoções e os sentidos de suas construções. Além disso,
amplia o repertório cultural do aluno a partir do conhecimento estético, artístico e
contextualizado, aproximando-o do universo cultural da humanidade nas suas
diversas representações. Para isso, torna-se necessário no processo de ensino
e de aprendizagem, o desenvolvimento de uma práxis da contextualização da
Arte. Pretende-se, portanto, que os alunos possam criar formas singulares de
pensamento, apreender e expandir suas potencialidades criativas, uma vez que
a arte está presente desde os primórdios da humanidade, sendo uma atividade
fundamental do ser humano.
Em razão disso, as diferentes formas de pensar o ensino da Arte são
conseqüências do momento histórico no qual se desenvolveram, com suas
relações socioculturais, econômicas e políticas. Da mesma forma, o conceito de
arte implícito ao ensino é influenciado por essas relações, de modo que é
fundamental problematizá-lo neste plano de ensino.
A arte é um processo de humanização. Como criador, o ser humano
produz novas maneiras de ver e sentir, que são diferentes em cada momento
histórico e em cada cultura. Por isso, é fundamental considerar as
determinações econômicas e sociais que interferem nas relações entre os
homens, os objetos e outros homens, para compreender a relatividade do valor
estético e as diversas funções que a arte tem cumprido historicamente e que se
relacionam com o modo de organização da sociedade.
O contato com a Arte no ambiente escolar, visa levar o aluno a tomar
conhecimento dessa expressão, bem como apropriar-se das diversas formas
que a Arte oferece para desenvolver o potencial criativo, sendo fundamental
interferir nos sentidos, expandir a visão de mundo e o espírito crítico, para que
35
cada aluno possa situar-se como sujeito de uma determinada história, legitimada
culturalmente no tempo e no espaço.
Por outro lado, enquanto disciplina, a Arte deverá estar em consonância
com a proposta pedagógica da escola e servir como um elemento integrador do
conhecimento de outras áreas.
Portanto, apesar de seu caráter específico, a arte poderá estar voltada
para ajudar a despertar a expressão artística no aluno e, ao mesmo tempo,
complementar o conteúdo trabalhado em outras disciplinas.
Em razão do exposto, é plenamente justificada, e como objetivo, a
imersão do aluno em todo o contexto artístico possível de ser realizado no
espaço escolar, devendo aquele ser abrangente sem ser dispersivo, pois se
acredita que o desenvolvimento de um patrimônio artístico singular, propiciará
que o aluno, no curso da sua vida, terá melhores chances de se desenvolver
como ser integral.
Dessa forma, pretende-se que a disciplina de Arte leve o aluno a
apropriar-se do conhecimento em arte, por meio de um processo criador que
transforme o real e produza novas maneiras de ver e sentir o mundo. Sob essa
perspectiva, três dimensões fundamentais da arte serão consideradas:
- Arte e ideologia;
- Arte e o seu conhecimento;
- Arte e trabalho criador;
Essas abordagens nortearão e organizarão a metodologia, a seleção dos
conteúdos e a avaliação na prática escolar de Arte no Ensino Médio e
Fundamental.
A arte é uma das expressões mais antigas da humanidade e tem sido
uma das formas que o ser humano encontrou para expressar sua visão de
mundo, sua forma de viver, o que vê e sente em relação à sociedade em que
vive.
A disciplina de arte visa levar o aluno a tomar conhecimento dessa
expressão, bem como apropriar-se das diversas formas que a arte oferece para
desenvolver seu próprio potencial criativo;
Em razão do exposto, é plenamente justificada, e como objetivo, a
imersão do aluno em todo o contexto artístico possível de ser realizado no
espaço escolar, devendo aquele ser abrangente sem ser dispersivo, pois se
36
acredita que o desenvolvimento de um patrimônio artístico singular, propiciará
que o aluno, no curso da sua vida, terá melhores chances de se desenvolver
como ser integral.
Analisar a linguagem visual, através do desenvolvimento da própria
expressão visual do aluno;
Observar a realidade e organizar os sinais visuais nas imagens;
Analisar e reler obras de arte, conhecendo os elementos formais e de
composição que constituem as obras;
Exprimir-se e comunicar-se artisticamente;
Experimentar e explorar as possibilidades de cada linguagem artística;
Compreender e utilizar a arte como linguagem, mantendo uma atitude de
busca pessoal e/ou coletiva, articulando a percepção, a imaginação, a emoção,
a investigação a sensibilidade e reflexão ao realizar e fruir produções artísticas;
Experimentar e conhecer materiais, instrumentos e procedimentos
artísticos diversos em arte, de modo que os utilize nos trabalhos pessoais,
identifique-os e interprete-os na apreciação, e contextualize-os culturalmente;
Construir uma relação de autoconfiança com a produção artística pessoal
e conhecimento estético respeitando a própria produção dos colegas, sabendo
receber e elaborar críticas;
Identificar, relacionar e compreender a arte como fato histórico
contextualizando nas diversas culturas, conhecendo, respeitando e identificando
a existência de diferentes padrões artísticos e estáticos de diferentes grupos
culturais;
Observar as relações entre a arte e a realidade, refletindo, investigando,
indagando, com interesse e curiosidade, exercitando a discussão, a
sensibilidade, argumentando e apreciando arte de modo sensível;
Identificar, relacionar e compreender diferentes funções da arte, do
trabalho e da produção de artistas;
Conhecer, relacionar, apreciar objetos, concepções artísticas e estéticas
criadas por produtores de distintos grupos étnicos em diferentes tempos e
espaços, observando a conexão entre essas produções e a experiência artística
pessoal e cultural do aluno;
Construir, expressar e comunicar-se em artes visuais,teatro, música,
dança articulando a percepção, a imaginação, a memória, a sensibilidade e a
37
reflexão, observando o próprio percurso de criação e suas conexões com o de
outros;
Compreensão sobre o valor das artes visuais na vida dos indivíduos e
suas possíveis articulações com a ética que permeia as relações de trabalho na
sociedade.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Concebe-se que o currículo para a disciplina de Arte, no Ensino
Fundamental e Médio, deva ser organizado de forma a preservar o direito do
aluno de ter acesso ao conhecimento sistematizado em arte.
Portanto, para que o processo pedagógico se efetive, trabalhar-se-á com
os conhecimentos relativos às Artes Visuais, Teatro, Música ou Dança, que
façam relações com os saberes das outras áreas de arte, e que proporcione ao
aluno uma perspectiva de abrangência do conhecimento em arte produzido
historicamente pela humanidade.
Desse modo, optou-se pela proposta de organizar o currículo a partir do
conceito de conteúdos estruturantes, os quais constituem uma identidade para a
disciplina de Arte e uma prática pedagógica que inclui as quatro áreas de Arte.
Entende-se que conteúdos estruturantes são conhecimentos de maior
amplitude, são conceitos que se constituem em partes importantes e
fundamentais para a compreensão de cada uma das áreas de Arte, segundo as
Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná de 2008.
No Ensino Fundamental e Médio, os conteúdos estruturantes para a
disciplina de Arte, são:
Elementos básicos das linguagens artísticas;
Composição;
Movimentos e períodos;
CONTEÚDOS BÁSICOS
Arte Pré-histórica
Arte Egípcia
Arte Greco Romana
Arte Mesopotâmica
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Arte Oriental
Arte Bizântina
Arte Românica
Arte Renascentista
Barroco
Neoclassicismo
Romantismo
Realismo
Impressionismo
Expressionismo
Fauvismo
Cubismo
Futurismo
Abstracionismo
Dadaísmo
Grafismo
Surrealismo
Pop-art
Op-Art
Estilos Musicais: Pop,rap, minimalista,tecno,rock,hip-hop,...;
Semana da Arte Moderna
METODOLOGIA
Considerar-se-á para quem, como, por que e o que será trabalhado em
termos metodológicos. O trabalho em sala de aula deve se pautar pela relação
que o ser humano tem com a arte, ao trabalhar arte, desenvolver um trabalho
artístico e sentir e perceber as obras artísticas.
O objeto desse trabalho é o conhecimento. Dessa forma serão
contemplados, nesta metodologia de ensino da arte, três momentos de
organização pedagógica:
Sentir e perceber, que são as formas de apreciação e apropriação da
obra de arte;
39
. A educação em arte propicia o desenvolvimento do pensamento artístico
e da percepção estética, que caracterizam um modo próprio de ordenar e dar
sentido à experiência humana: o aluno desenvolve sua sensibilidade, percepção
e imaginação, tanto ao realizar formas artísticas quanto na ação de apreciar e
conhecer as formas produzidas por ele e pelos colegas, pela natureza e nas
diferentes culturas.
Os recursos tecnológicos serão utilizados para dar dinamismo as aulas,
auxiliando no processo de ensino-apredizagem. A TV pen-drive, o rádio DVD, o
aparelho de som, o retroprojetor e o multimídia atuarão como ora como
coadjuvantes, para ilustrar obras, por exemplo, ora como ator principal que
servirá de suporte para a criação de trabalhos dos educandos e para a
apresentação do mesmo.
A avaliação na disciplina de Arte, proposta nas Diretrizes Curriculares é
diagnóstica e processual; sendo diagnóstica por ser referência para o professor
planejar as aulas e avaliar os alunos; e é processual por pertencer a todos os
momentos da prática pedagógica. Para tanto, inclui a avaliação do professor, da
classe, sobre o desenvolvimento das aulas e a auto-avaliação do aluno. (Diretriz
Curricular, p 81). Ainda segundo a LDB o processo de avaliação deve privilegiar
a qualidade, não prevalecendo assim a quantidade.
Ocorrerá de forma contínua, levando em consideração a participação dos
alunos, durante as aulas, e atividades desenvolvidas, nos trabalhos individuais e
em grupos, participação, assiduidade, criatividade, escrita e oralidade,
encenações voltadas para o termo organizado.
A fundamentação da avaliação estará, nos conteúdos e objetivos
propostos, por isso, a avaliação pode ser realizada durante a própria situação da
aprendizagem, quando o professor identifica como o aluno interage com os
conteúdos e transforma seus conhecimentos, tendo como lastro a criatividade.
A cada término de um conjunto de atividades que compõem uma unidade
didática para analisar como a aprendizagem ocorreu também se dará a
avaliação.
Na disciplina de Arte a avaliação levará em conta o processo na
construção do conhecimento artístico utilizando diversos recursos para avaliar.
Esta será realizada com base nos conteúdos e objetivos propostos, e terá
alguns momentos para sua concretização:
40
Avaliação escrita - Instrumento 1 – Ênfase Cognitiva- que
representará o saber teórico apreendido pelos educandos.
Trabalho individual – Instrumento 2 – Ênfase Cognitiva –
representará a apreensão do saber teórico/prático por parte dos
educandos.
Trabalhos em grupo – Instrumento 3 – Ênfase Cognitiva e Social
– representará o saber teórico/relacional apreendido e a
capacidade de transformá-lo em objeto concreto, observando-se
a construção das competências sociais e cidadãs.
A concepção de avaliação adotada pela instituição de ensino que envolve
as dimensões humanizadora, reflexiva e construtiva, serão as premissas que
nortearão o processo ensino-aprendizagem da disciplina de Arte.
Trabalhar o artístico, que é a prática criativa de uma obra; é expressão
privilegiada, é o exercício da imaginação e criação.
Conhecimento em arte, que fundamenta e possibilita ao aluno sentir e
perceber a obra artística, bem como desenvolver um trabalho artístico para
formar conceitos artísticos.
AVALIAÇÃO
A avaliação na disciplina de Arte, proposta nas Diretrizes Curriculares é
diagnóstica e processual; sendo diagnóstica por ser referência para o professor
planejar as aulas e avaliar os alunos; e é processual por pertencer a todos os
momentos da prática pedagógica. Para tanto, inclui a avaliação do professor, da
classe, sobre o desenvolvimento das aulas e a auto-avaliação do aluno.(Diretriz
Curricular, p 81).
Ocorrerá de forma contínua, levando em consideração a participação dos
alunos, durante as aulas, e atividades desenvolvidas, nos trabalhos individuais e
em grupos, participação, assiduidade, criatividade, escrita e oralidade,
encenações voltadas para o termo organizado.
A avaliação estará fundamentada, nos conteúdos e objetivos propostos,
por isso, a avaliação pode ser realizada durante a própria situação da
41
aprendizagem, quando o professor identifica como o aluno interage com os
conteúdos e transforma seus conhecimentos, tendo como lastro a criatividade.
A avaliação também se dará ao término de um conjunto de atividades que
compõem uma unidade didática para analisar como a aprendizagem ocorreu.
A avaliação em arte levará em conta o processo na construção do
conhecimento artístico utilizando diversos recursos para avaliar.
Esta será realizada com base nos conteúdos e objetivos propostos, e terá
três momentos para sua concretização:
- Trabalhos individuais;
- Consistência no desenvolvimento dos trabalhos;
- Auto-avaliação do aluno, dentre outros.
RECUPERAÇÃO PARALELA
Será executada de forma paralela e continuada no decorrer do bimestre.
Nos casos em que o aluno apresentar dificuldades terá que refazer as atividades
propostas pelo professor, visando com isso que o aluno atinja rendimento
satisfatório.
Os estudos de recuperação terão caráter preventivo imediato no decorrer
do ano letivo, à medida que forem constatadas falhas na aprendizagem.
O aluno que não tiver 60%(Sessenta por cento) de aproveitamento dos
conteúdos ministrados terá recuperação de estudos, de preferência paralelos no
período letivo.
REFERÊNCIAS
PROENÇA, Graça. História da Arte. São Paulo. Ática, 1995.
FLEITAS, Ornaldo. Comunicação pela Arte: educação artística. São
Paulo, FTD, 1977.
CANTELE, Bruna Renata. LEONARDI, Angela Anita Catele. Arte – linguagem
visual. São Paulo, IBEP, 2003.
PCN – Planos Curriculares Nacionais – 2003
BOSI, Alfredo. História Concisa da Literatura Brasileira. 3ªed.São
Paulo. Cultrix, 1986
42
HARRISON, Hazel. Técnicas de Desenho e Pintura. Erechin – RS: EDELBRA,
2004
Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do
Estado do Paraná. Arte e Artes.Curitiba: SEED, 2008.
Arte/ vários autores. Curitiba: SEED-PR, 2006.
43
Biologia
JUSTIFICATIVA
A disciplina de biologia tem como objeto de estudo o fenômeno VIDA.
Esta levou o homem a diferentes concepções de vida, de mundo e de seu papel
enquanto parte deste. Pois esta ciência esteve e está presente em cada
momento histórico, sujeito as tendências inovadoras, transformações,
interferências, valores e ideologias do homem e da sociedade, associada à
contextos sociais, políticos, econômica e cultural.
Em meio a esses fatos, o ensino de biologia deve ser compreendido como
um processo contínuo de construção do desenvolvimento humano, atendendo
as necessidades naturais e materiais do homem. Pois os conhecimentos
apresentados de biologia no ensino médio não representam o resultado da
apreensão contemplativa da natureza em si. Entretanto, contempla os modelos
teóricos elaborados para entender, explicar, utilizar e manipular os recursos
naturais em benefício à vida, ou seja, o progresso tecnológico relacionado a esta
ciência e suas implicações positivas e negativas sobre a vida, as conseqüências
na saúde do homem e os impactos ambientais.
No contexto dessas reflexões, entende-se que a Biologia contribui para
formar sujeitos críticos e atuantes por meio de conteúdos que ampliem seu
entendimento acerca do sujeito de estudo – o fenômeno vida- em sua
complexidade de relação, ou seja:
- Na organização dos seres vivos;
- No funcionamento dos mecanismos biológicos;
- Na análise da manipulação genética;
- No estudo da biodiversidade em processos biológicos de variabilidade
genética, hereditariedade e relações ecológicas.
Sendo assim, o ensino de biologia está elaborado a partir dos conteúdos
estruturantes, que são:
* Mecanismos biológicos;
* Organização dos seres vivos;
* Biodiversidade;
44
(*Manipulação genética.)
A biologia propõe o método da prática social, que decorre das relações
dialéticas entre conteúdo de ensino e concepção de mundo; entre a
compreensão da realidade e a intervenção nesta realidade. Confronta, assim, os
saberes do aluno com os saber elaborado, na perspectiva de uma apropriação
da concepção de ciência como atividade humana. Busca também coerência por
meio da qual o aluno seja agente desta apropriação do conhecimento.
Valoriza-se a construção histórica dos conhecimentos biológicos,
articulados a cultura cientifica socialmente valorizada.
A abordagem pedagógica sobre a história e cultura afro-brasileira e
africana , bem como a cultura indígena, será desenvolvida por meio de análises
que envolvam a constituição genética da população brasileira. Os conteúdos
específicos a serem trabalhados devem estar relacionados tanto aos conteúdos
estruturantes quanto aos conteúdos básicos da disciplina de forma
contextualizada, favorecendo a compreensão da diversidade biológica e cultural.
Quanto ao trabalho envolvendo a educação ambiental, em concordância
com a Lei Nº 9795/99 que institui a Política Nacional de Educação Ambiental,
este deverá ser uma prática educativa integrada, contínua e permanente no
desenvolvimento dos conteúdos específicos. Portanto, os conteúdos específicos
sobre as questões ambientais não serão trabalhados isoladamente na disciplina
de Biologia.
METODOLOGIA
O ensino dos conteúdos estruturantes através da Prática Social percebe
as concepções alternativas do aluno a partir de uma visão de senso comum. A
respeito do conteúdo proposto após a Problematização apontam-se questões a
serem resolvidas, estabelecendo quais conhecimentos são necessários para
resolução destas questões.
Pela Instrumentalização, apresentam-se conteúdos sistematizados para
que os alunos os assimilem, transformando-os em instrumento de construção
pessoal e profissional. Isso aproxima o conhecimento adquirido pelo aluno com o
problema em questão, retornando à Prática Social do saber concreto.
45
Deve-se tomar cuidado com os recursos pedagógicos e didáticos
utilizados, pois os mesmos devem contribuir com as demais áreas do
conhecimento.
Destacar continuamente a importância do indivíduo, como ser vivo juntos,
professor e aluno adotar recursos didáticos e tecnológicos como vídeo, textos
científicos como pressuposto de argumentação e aprendizagem de fatos
biológicos, tecnologia, transparências, roteiros de atividades, aula dialogada,
práticas em laboratórios,jornais, revistas cientificas, documentários, TV
multimídia, dentre outros, integrando relação homem-ambiente.
O desenvolvimento dos conteúdos estruturantes deve ocorrer de forma
integrada que o educando compreenda o processo de construção do
pensamento biológico presente na História da Ciência como construção
humana.
É importante considerar a necessidade de conhecer e respeitar a
diversidade social, cultural e as idéias dos alunos através de debates em sala,
oportunizando a reflexão, a construção de conhecimento e de um sujeito
interessado com os problemas ambientais, com à saúde voltado para o bem
estar do homem.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- Organização dos seres vivos;
- Mecanismos Biológicos;
- Biodiversidade;
- Manipulação Genética;
CONTEÚDOS BÁSICOS
- Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos;
- Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia;
- Mecanismos de desenvolvimento embriológicos,
- Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos;
- Teorias evolutivas;
- Transmissão das características hereditárias;
46
- Dinâmica dos ecossistemas: relação entre os seres vivos e
interdependência com o ambiente;
- Organismos geneticamente modificado;
AVALIAÇÃO
A avaliação como instrumento reflexivo prevê um conjunto de ações
pedagógicas pensadas e realizadas pelo professor ao longo do ano letivo por
meio de um diagnóstico contínuo, auxiliando o processo de ensino-
aprendizagem, avaliando o aluno em diferentes oportunidades por meio de
debates, problematização, exposição interativo-dialogada, pesquisa,
experimentação, trabalho de grupo, resolução das questões para estudo e
exercícios, relatórios das aulas práticas, avaliação teórica, estudo do meio,
seminários, assiduidade, participação, dentre outras.
A escola pretende desenvolver uma educação integral, para a diversidade
cultural, com visão crítica que permita compreender a realidade para converter o
conhecimento em ação e transformação.
RECUPERAÇÃO PARALELA
Será realizada assim que constatada a necessidade e/ou deficiência por
parte do aluno, podendo ser por meio de revisão do assunto com uso de
estratégias diferenciadas e após a revisão, uma nova avaliação com os
seguintes instrumentos: prova escrita prova oral, relatórios, comentários,
exercícios de fixação, dentre outros instrumentos de acordo com a classe e
conteúdos.
REFERÊNCIAS
Parâmetros Curriculares Nacionais – Ensino Médio. Ministério da
Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica, Brasília, Ministério da
Educação,1999.- Biologia - Ensino Médio. Secretaria de Estado da Educação,
Curitiba, SEED-PR, 2006.
47
BARNES, R.D. Os invertebrados: uma nova síntese. São Paulo,
Atheneu, 1995.
CARRERA, M. Entomologia para você. EDUSP, São Paulo, 1963.
CARSON, R. Primavera silenciosa. São Paulo, Melhoramentos, 1985.
CURTIS, H. Biologia. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 1997.
DE ROBERTIS, E.D.P. & DE ROBERTIS JR., E.M.F. Bases da biologia
celular e molecular. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 1985.
FERRI, M.G. Botânica – morfologia interna e externa das plantas
(anatomia). Nobel, São Paulo, 1970.- FERRI,M.G. Ecologia: temas e
problemas brasileiros. Belo Horizonte, Itatiaia, 1984.
FRASER, F.C. & NORA, J.J. Genética Humana. 2. Ed. Rio de Janeiro,
Guanabara Koogan, 1986.
FREIRE-MAIA, N. Teoria da evolução: de Darwin à teoria sintética.
Belo Horizonte/São Paulo, Itatiaia/Edusp, 1988.
GUYTON, A. C. Tratado de fisiologia médica. 8. Ed. Rio de Janeiro,
Guanabara Koogan, 1992.
HAM, A.W. Histologia. 9. Ed. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 1987.
HERKOWITZ, I.H. Princípios básicos de genética molecular. São
Paulo, Nacional, 1972.
JOLY, A.B. Botânica: Introdução à taxonomia vegetal. São Paulo,
Nacional, 2002.
JUNQUEIRA, L. C. & CARNEIRO, J. Biologia celular e molecular. Rio
de Janeiro, Guanabara Koogan, 2001.
JUNQUEIRA, L. C. & CARNEIRO, J. Histologia básica. Rio de Janeiro,
Guanabara Koogan, 1990.
LERNER, B.R. Introdução ao Estudo de Fisiologia Humana. Edart
Livraria, Editora LTDA, São Paulo, 1978.
LEVINE, R.P. Genética. São Paulo, Pioneira, 1977.
MACHADO, S. Biologia: de olho no mundo do trabalho. São Paulo,
Scipione, 2003.
MARTHO, G.R. A evolução dos seres vivos. São Paulo, Scipione, 1988.
PESSOA, S.B. & MARTINS, A.V. Parasitologia médica. Rio de Janeiro,
Guanabara, 1988.
48
RAVEN, P.H. & JOHNSON, G.B. et alii. Biologia Vegetal. 5. Ed. Rio de
Janeiro,
Guanabara Koogan, 1996.
RAWITSCHER, F. Elementos básicos de botânica. São Paulo,
Nacional, 1979.
SEED/PR – Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes
Curriculares para a Educação Básica do Paraná. Biologia. Paraná, 2008
SINNOT, D.D. Princípios de genética. Edicioner Omega, Barcelona,
1975.
STORER, T.I. Zoologia geral. São Paulo, Nacional, 2003.
STRASBURGER, E. Tratado de botânica. Barcelona, Omega, 1088.
49
Ciências
JUSTIFICATIVA
A história de ciência se constrói a partir da evolução do pensamento do
ser humano. Portanto o ensinar e o aprender ciências requer uma visão clara da
evolução do pensamento humano, respeitando seus limites e possibilidades, de
acordo com o momento histórico, e em especial com as práticas sociais.
A Ciência constitui uma forma de conhecimento produzido pelo homem no
decorrer de sua história. Sendo que ela está sempre presente para produzir e
transformar a realidade que se vive.
A escola tem a função social de garantir o acesso aos saberes científicos,
permitindo-lhes o conhecimento da realidade, e que não apenas conheçam e
saibam interpretar o mundo em que vivem, mas que saibam nele atuar e
transformá-lo.
Enfim, a educação e o currículo de ciências seguem uma trajetória de
acordo com os interesses político, econômicos e sociais de cada período
histórico, e de acordo com a evolução e transformações que ocorrem muda-se o
foco do processo ensino aprendizagem.
Desenvolver conhecimentos que permitem ao aluno compreender o
homem como parte integrante da natureza e atuando nas suas mudanças como
cidadão utilizando conhecimentos científicos e tecnológicos para dar sentido
prático às teorias e conceitos, favorecendo a análise de problemas atuais.
Desenvolver conhecimentos que permitam ao aluno entender que o
homem como parte integrante da natureza, é também um agente transformador
em potencial e como tal responsável pelo equilíbrio ecológico indispensável pela
manutenção da vida.
E ainda:
Instigar a curiosidade, a criatividade e a observação dos alunos;
Considerar o desenvolvimento cognitivo e a diversidade cultural dos educandos;
Respeitar os saberes prévios dos alunos, como sua produção intelectual e
também como ponto de partida para o desenvolvimento de outros
50
conhecimentos; Contribuir com a formação de cidadãos ativos e críticos,
capazes de posicionar-se frente às situações de seu tempo; Desenvolver a
responsabilidade, a solidariedade, a autonomia e o respeito ao bem comum;
Possibilitar situações de aprendizagem nas quais os conteúdos sejam
abordados numa perspectiva de totalidade; Incentivar uma postura crítica e
participativa face às novas tecnologias.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Astronomia
Matéria
Energia
Sistemas biológicos
Biodiversidade
CONTEÚDOS BÁSICOS
Universo
Sistema Solar
Movimentos terrestres
Movimentos celestes
Astros
Origem e evolução do Universo
Gravitação Universal
Constituição da matéria
Propriedades da matéria
Formas de energia
Conversão de energia
Transmissão de energia
Origem da vida
Evolução dos seres vivos
51
Organização dos seres vivos
Sistemática
Morfologia e fisiologia dos seres vivos
Ecossistemas
Interações ecológicas
Mecanismos da herança genética
METODOLOGIA
As Diretrizes Curriculares para o ensino de Ciências propõem uma prática
pedagógica que leve à integração dos conceitos científicos e valorize o
pluralismo metodológico, portanto,ensino de Ciências possibilita ao sujeito a
capacidade de: Entender a realidade situar-se no mundo de forma ativa, ser
crítico, ler textos científicos, entender e avaliar questões sociais, políticas e
econômicas, proporcionando o desenvolvimento de uma postura crítica e
reflexiva frente às descobertas e os fatos científicos do mundo atual.
Para tanto é necessário que os conteúdos de Ciências sejam entendidos
em sua complexidade de relações conceituais, não dissociados em áreas de
conhecimento físico, químico e biológico, mas visando uma abordagem
integradora, podendo ser entendidos a partir da mediação didática estabelecida
pelo professor, que pode utilizar estratégias que procurem estabelecer relações
interdisciplinares e contextuais, envolvendo desta forma, conceitos de outras
disciplinas e questões tecnológicas, sociais, culturais, éticas e políticas.
Ao elaborar o plano de trabalho docente, o professor de Ciências deve
prever a abordagem da cultura e história afro-brasileira (Lei 10.639/03), história e
cultura dos povos indígenas (Lei 11.645/08) e educação ambiental (Lei
9.795/99).
O professor deve lançar mão de encaminhamentos metodológicos que
utilizem recursos diversos, planejados com antecedência, para assegurar a
interatividade no processo ensino-aprendizagem e a construção de conceitos de
Ciências de forma significativa pelos educandos.
É necessário que o professor de Ciências estabeleça relações entre os
diversos conteúdos, que devem ser tratados ao longo dos quatro anos do Ensino
52
Fundamental, considerando e respeitando o nível cognitivo dos alunos, a
realidade local, a diversidade cultural, as diferentes formas de apropriação dos
conteúdos específicos por parte dos alunos e também, que adote uma
linguagem coerente com a faixa etária de cada turma, aumentando
gradativamente o aprofundamento da abordagem desses conteúdos, e que os
conhecimentos físicos, químicos e biológicos estejam articulados de modo a
favorecer a compreensão dos fenômenos estudados, uma vez que esses
conhecimentos são contribuições das ciências de referência e precisam ser
tratados em todas as séries finais do Ensino Fundamental.
O processo de ensino / aprendizagem em Ciências, não deve se limitar a
uma única metodologia ou ficar restrito a sala de aula sendo importante lembrar
que as aulas e atividades práticas podem acontecer em diversos
ambientes,como no laboratório, em outros ambientes na escola ou mesmo fora
dela.
Através de atividades práticas os alunos passam a compreender a inter-
relação entre os conhecimentos físicos, químicos e biológicos envolvidos na
explicação dos fenômenos naturais, bem como os processos de extração e
industrialização da matéria-prima e os impactos ambientais.
O processo ensino-aprendizagem pode ser melhor articulado com o uso
da recursos pedagógicos e/ou tecnológicos que enriquecem a prática docente,
tais como: livro didático, textos de jornais, revistas científicas, figuras, revistas
em quadrinhos, música, quadro de giz, mapas (geográficos, sistemas biológicos,
entre outros), globo, modelo didático (torso, esqueleto, célula, olho,
desenvolvimento embrionário, entre outros), microscópio, lupa, jogo, telescópio,
tv multimídia, laboratório de informática, entre outros;
Avaliação
A avaliação em ciências se caracteriza como um processo que objetiva
explicitar o grau de compreensão da realidade que nos cerca e deverá verificar a
aprendizagem de forma contínua daquilo que é básico e essencial. Isto se dará
através do confronto de textos, confronto de idéias ou conceitos, discussão de
problemas, trabalhos em grupos, resolução de atividades, elaboração de
cartazes e desenhos, relatórios, experimentações, apresentação de trabalho,
53
participação, assiduidade, provas dissertativas e de múltipla escolha, com direito
à recuperação Paralela, caso seja necessário. Observações sistemáticas
durante as aulas sobre o interesse, as perguntas feitas pelos estudantes, as
respostas dadas às perguntas e indagações do professor, os registros de
debates, entrevistas, pesquisas, filmes e experimentos, e, sobretudo, o interesse
e o esforço, para ampliar e adquirir novos conhecimentos científicos ou não.
Com este critério pretende-se avaliar se os estudantes, individualmente ou em
grupo, são capazes de reconsiderar sua opinião inicial, inclusive com base na
história da ciência, avançando os conhecimentos sobre um tema em estudo.
Também deverão ser capazes de elaborar sínteses, na forma de texto
informativo, durante e nas conclusões de trabalhos, bem como levantar novas
questões ou problemas.
De acordo com a proposta interna do Estabelecimento a avaliação
acontece em dois níveis:
A apresentação de trabalhos de pesquisa.
Pelo envolvimento em aulas práticas e na realização de experiências.
Trabalho em equipe.
Avaliação – Prova escrita.
Instrumentos: Produção de textos, relatórios, questões subjetivas e
objetivas, teste oral, escrito...
Critérios: Coerência entre conceito/ conteúdo / tema.
Recuperação paralela
Ao longo do bimestre, após avaliação, será feita a recuperação de
conteúdos para alunos que não atingiram os objetivos, mediante avaliação
diferenciada.
A recuperação terá como objetivo proporcionar aos alunos que
demonstrarem rendimento insuficiente oportunidade de melhoria de
aproveitamento. Os estudos de recuperação terão caráter preventivo imediato no
decorrer do ano letivo, à medida que forem constatadas falhas na aprendizagem.
O aluno que não tiver 60%(Sessenta por cento) de aproveitamento dos
conteúdos ministrados terá recuperação de estudos, de preferência paralelos no
período letivo.
54
REFERÊNCIAS
GEWANDSZNAJDER, Fernando. Ciências: O planeta Terra. São Paulo.
Ática: 2009
GEWANDSZNAJDER, Fernando. Ciências: A vida na Terra. São Paulo.
Ática: 2009
GEWANDSZNAJDER, Fernando. Ciências: Nosso corpo. São Paulo.
Ática: 2009
GEWANDSZNAJDER, Fernando. Ciências: Matéria e energia. São
Paulo. Ática: 2009
PROJETO ARARIBÁ. Ciências, volumes 1, 2, 3 e 4, Ed. Moderna.
SEED/PR – Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes
Curriculares para a Educação Básica do Paraná. Ciências. Paraná, 2008
CEQP – Colégio Estadual Quatro Pontes. PPP: Projeto Político
Pedagógico. 2010.
CEQP – Colégio Estadual Quatro Pontes. Regimento interno. 2010.
SEED/PR – Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes
Curriculares para a Educação Básica do Paraná. Ciências. Paraná, 2008
CEQP – Colégio Estadual Quatro Pontes. PPP: Projeto Político
Pedagógico. 2010.
CEQP – Colégio Estadual Quatro Pontes. Regimento interno. 2010.
Matemática
55
JUSTIFICATIVA
O homem deve estar ligado ao conhecimento geral e não só naquilo que
trabalha, pois só assim pode produzir ou transformar a sua realidade, para isso
temos a educação que é uma forma prática social que serve para mudar o
mundo em que vivemos. Sendo um processo histórico, fato existencial, social,
intencional e libertadora, atingindo assim três objetivos para formação do ser
humano, que são: apropriação pelo cidadão e pela comunidade: para pensar a
sua prática individual e social, para adquirir conhecimento científico, político e
cultural e para servir de instrumento de avaliação crítica do conhecimento
acumulado. Sendo a educação um dos principais instrumentos de formação da
cidadania, aonde envolve os conhecimentos adquiridos no dia-a-dia, dando uma
visão mais crítica e intelectual, tornando um cidadão completo.
Sendo o homem um ser histórico, é necessário compreendê-lo em suas
relações inerentes a natureza humana para poder educá-lo de maneira coerente
e interessante, tornando sabedor dos seus direitos e deveres.
Precisamos de um ensino que facilite a aprendizagem, fazendo com que
a tecnologia seja um impacto significativo nas relações sociais e nos padrões
culturais vigentes.
A matemática surgiu da necessidade do homem primitivo de quantificar,
contar e realizar trocas, sendo um bem cultural da humanidade, desenvolvido
historicamente para resolução dos problemas e necessidades sociais, os quais
são considerados como ferramentas para a transformação da natureza, nas
relações de trabalho, políticas, econômicas, sociais e culturais e como base
científica, dando suporte para outras ciências, por exemplo, física.
Através do conhecimento matemático o homem quantifica, geometriza e
mede, organizando suas atividades e seus espaços. Assim sendo é impossível
não ressaltar o valor educativo desta ciência como ferramenta indispensável
para resolução de diversas situações do dia-a-dia, desde uma simples compra
de supermercado até o mais complexo projeto de desenvolvimento econômico.
A educação matemática deve ter como meta a incorporação do
conhecimento, fazendo com que o aluno seja capaz de superar o senso comum,
desenvolvendo a consciência crítica, provocando alterações de concepções e
atitudes, permitindo a interpretação do mundo e o entendimento das relações
sociais.
56
O homem faz o uso da matemática independente do conhecimento
escolar, sem ser sistematizado, pois o conhecimento sistematizado é o papel da
escola. Unindo com outras áreas do conhecimento, esta ciência ajuda a
humanidade a pensar sobre a própria existência, revendo a história para
compreender o presente e pensar no futuro.
O ensino da matemática possibilita a leitura do caminho percorrido pela
humanidade nas relações homem-homem e homem-natureza, sendo que este
conhecimento não está pronto e acabado, que deve estar presente nas futuras
gerações para que, se necessário, elas possam reconstruir o caminho.
A matemática é fundamental, também, na medida em que auxilia na
utilização das tecnologias, possibilitando o acesso a espaços profissionais.
Educar pela matemática significa pensar o que é importante para esse
homem e com qual finalidade, no mais a matemática faz parte da nossa vida e
está presente em tudo o que fazemos.
Dentro da proposta procuramos também abordar Desafios Modernos
Contemporâneos, Valorização da Cultura Brasileira e Valores Humanos na
Educação.
Sendo que os desafios modernos contemporâneos estão presentes nas
experiências, práticas, representações e identidades da comunidade escolar.
A matemática é a ciência que tem por objeto as grandezas, formas e as
relações numéricas entre entidades definidas abstratas logicamente, bem como
aprofundar os conhecimentos geométricos, contribuindo para a ampliação do
raciocínio matemático.
Deve desenvolver a criatividade, o raciocínio lógico, o senso estético, o
raciocínio visual por meio de construções geométricas e entender como um
instrumento de compreensão, investigação, inter-relação com o ambiente, e seu
papel de agente de modificação no indivíduo, de forma a construir um
conhecimento crítico, relacionando com a prática e o uso na vida do ser humano.
Reconhecimento dos diversos significados e interpretação dos conceitos
matemáticos;
Interpretação e utilização de diferentes linguagens matemáticas;
A estimação e comprovação de medidas;
O reconhecimento e valorização dos conhecimentos matemáticos para
representar, comunicar ou resolver diferentes situações do cotidiano;
57
Aplicação de métodos indutivos e dedutivos para determinar e comprovar
resultados significativos;
A formalização de conhecimentos por meio de evoluções dos códigos de
linguagem criados, ou construídos, como um processo final na aquisição, ou
construção de um conhecimento;
Diferenciação entre figuras planas e espaciais, descrevendo algumas de
suas características;
O reconhecimento entre o ponto, à reta e o plano como entes primitivos,
não definidos;
Identificação entre retas paralelas, concorrentes, semi-reta, segmento de
reta, polígonos convexos (classificando o número de lados);
Identificação da unidade de comprimento, o comprimento de uma
circunferência, medidas de superfície;
Cálculos do perímetro, da área, do volume de figuras geométricas;
O uso de transferidor, compasso, esquadro, para medir ângulos e
construir figuras geométricas;
O conhecimento de diferentes figuras, como: quadriláteros, triângulos e
circunferência;
Cálculos de médias aritméticas e ponderadas de um conjunto de
números, em situações do dia a dia.
Determinação do seno, co-seno e tangente e suas aplicações
A matemática é útil como instrumentadora para a vida, pois desenvolve a
capacidade de manejar situações reais, que se apresentam a cada momento, de
maneira distinta. Também consiste em criar estratégias que possibilite ao aluno
atribuir sentido e construir significados as idéias matemáticas de modo a tornar-
se capaz de estabelecer relações, justificar, analisar, discutir, desenvolvendo
assim uma consciência critica, provocando alterações de concepções e atitudes,
permitindo a interpretação do mundo e o entendimento das relações sociais.
Sendo uma ciência que tem por objeto de estudo as grandezas, formas e as
relações numéricas entre entidades definidas abstratas logicamente, bem como
aprofundar os conhecimentos geométricos, contribuindo para a ampliação do
raciocínio matemático. O qual pode ser abordado por diversas situações e
problemas enfrentados pela humanidade, que inclui as contribuições dos povos
de origem africana, possibilitando o contato com outras culturas. E finalmente, a
58
matemática é um componente importante na construção da cidadania, na
medida em que a sociedade se utiliza, cada vez mais, de conhecimentos
científicos e recursos tecnológicos, dos quais os cidadãos têm o direito de se
apropriar.
CONTEÚDOS ENSINO FUNDAMENTAL
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
Números e Álgebra
Geometrias
Grandezas e Medidas
Tratamento da Informação
Funções
CONTEÚDO BÁSICO
Sistema de Numeração
Números Naturais, Potenciação e Radiciação.
Múltiplos e Divisores
Números Fracionários
Números Decimais
Geometria Espacial
Medidas de comprimento
Medida de Área
Medida de Volume
Medidas de Massa
Medidas de tempo
Geometria Plana
Números Inteiros
Números Racionais
Regra de três simples
Porcentagem
Dados, Tabelas e Gráficos.
59
Medidas de Ângulos
Monômios e Polinômios
Sistema de Equações do 1° Grau
Produtos Notáveis
Geometria Plana
Geometria Espacial
Números Reais e Propriedades dos Radicais
Equação do 2º Grau
CONTEÚDOS DO ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Números e Álgebra
Funções
Tratamento da Informação
Grandezas e Medidas
Geometria
CONTEÚDOS BÁSICOS
Conjuntos
Função
Função Polinomial
Função Exponencial
Função Logarítmica
Noções de Matemática Financeira
Progressão Aritmética
Progressão Geométrica
Trigonometria nos Triângulos
Trigonometria no Ciclo
Matrizes
Determinantes
Sistemas Lineares
Analise Combinatória
Probabilidade
60
Geometria Plana
Estatística
Números Complexos
Polinômios
Geometria Analítica: Pontos e Retas
Geometria Analítica: Circunferência
Geometria Analítica: Cônicas
METODOLOGIA
No desenvolvimento das aulas, prevê-se o envolvimento dos
alunos no processo de ensino-aprendizagem, através de aulas expositivas,
resolução de problemas, utilizando materiais manipulativos (jogos e desafios
matemáticos), conforme o conteúdo trabalhado e aproveitando situações
problema e também os conhecimentos adquiridos anteriormente pelo aluno.
Em relação a DCE os conteúdos propostos devem ser abordados
por meio de tendências metodológicas da Educação Matemática que
fundamenta a pratica docente, das quais destacamos:
Resolução de problemas;
Modelagem matemática
Mídias tecnológicas
Etnomatemática
Historia da matemática
Investigações matemáticas.
E no decorrer do processo também será abordado os Desafios
Modernos Contemporâneos, que aborda a Historia e Cultura Africana, Afro-
brasileira e Indígena, Valorização da Cultura Brasileira e Valores Humanos na
Educação, sendo que os povos de origem africana contribuíram de muitas
formas nas diversas áreas do conhecimento: tecnologia, arquitetura, engenharia,
esculturas, objetos utilitários. Já os povos de origem indígena contribuíram em
áreas como agricultura, artesanato, cestarias, farmacologia e medicina.
O estudo de simetria, geometria e os cálculos resultantes da
investigação de desenhos, símbolos existentes nas cestarias, arquitetura,
escultura de origem africana e indígena abrem inúmeras possibilidades de
61
trabalhos para a sala de aula, reforçando a importância da contribuição
intelectual desses povos na formação, na nossa cultura e nos nossos costumes.
Contudo, é preciso levar em consideração que o importante não é
apenas a “valorização” da cultura africana ou indígena, mas oferecer uma
educação que permita a todo e qualquer aluno o acesso ao conhecimento
matemático escolar e que este conhecimento contribua para a participação
efetiva no processo de cidadania.
E durante o processo de ensino aprendizagem serão utilizados os
seguintes materiais: livros didáticos, jornais, revistas, compassos, esquadros,
transferidores, blocos lógicos, material dourado, sólidos geométricos,
calculadores, computadores, TV e vídeos, jogos, e quebra-cabeças.
AVALIAÇÃO
A avaliação se dará de forma diagnostica formativa. Sendo o objetivo da
avaliação, a busca constante do sucesso do aluno na aprendizagem, onde não é
apenas quantificar e sim qualificar o produto final dessa aprendizagem, como o
aluno é um ser ativo e dinâmico, que participa da construção de seu próprio
conhecimento, na qual a avaliação não se deve reduzir à atribuição de notas,
mas sim para verificar em que medida os alunos alcançaram os objetivos
propostos no processo ensino-aprendizagem. Por este motivo, quando o aluno
não atingir a meta será feito retomada de conteúdos, dando uma nova
oportunidade, por meio de metodologias diversificadas e participativas, conforme
a LDB no Art. 13 – IV – estabelecer estratégias de recuperação para os alunos
de menor rendimento. Sendo que o aluno pode ser avaliado de várias formas:
trabalho em grupo, individual, a prova e pesquisas.
RECUPERAÇÃO PARALELA
Se por algum motivo o aluno não atingir o rendimento necessário, far-se-á
revisão dos conteúdos sempre que houver necessidade, dando-lhe uma nova
oportunidade de estar atingindo a meta proposta que será considerada
recuperação paralela. A qual será validada a partir do momento em que a media
62
da avaliação e da recuperação seja maior que a nota da avaliação. Caso a
média for menor do que a nota da avaliação, fica mantida a nota da mesma.
REFERENCIAS
BONJORNO, J. R; BONJORNO, R.A;OLIVARES, A. Matemática:
fazendo a diferença – São Paulo: FTD, 2006. v.1. (Coleção fazendo a
diferença)
BONJORNO, J. R; BONJORNO, R.A;OLIVARES, A. Matemática:
fazendo a diferença – São Paulo: FTD, 2006. v.2. (Coleção fazendo a
diferença)
BONJORNO, J. R; BONJORNO, R.A;OLIVARES, A. Matemática:
fazendo a diferença – São Paulo: FTD, 2006. v.3. (Coleção fazendo a
diferença)
BONJORNO, J. R; BONJORNO, R.A;OLIVARES, A. Matemática:
fazendo a diferença – São Paulo: FTD, 2006. v.4. (Coleção fazendo a
diferença)
LOPES, Antônio José, Matemática hoje é feita assim. São Paulo: FTD,
2002. v.1 – (Coleção matemática hoje é feita assim).
LOPES, Antônio José, Matemática hoje é feita assim. São Paulo: FTD,
2002. v.2 – (Coleção matemática hoje é feita assim).
LOPES, Antônio José, Matemática hoje é feita assim. São Paulo: FTD,
2002. v.3 – (Coleção matemática hoje é feita assim).
LOPES, Antônio José, Matemática hoje é feita assim. São Paulo: FTD,
2002. v.4 – (Coleção matemática hoje é feita assim).
GIOVANNI, J. R., CASTRUCCI, B., GIOVANNI JR. J. R. Matemática.
São Paulo: FTD, 2002. v.1 (Coleção conquista da matemática).
GIOVANNI, J. R., CASTRUCCI, B., GIOVANNI JR. J. R. Matemática.
São Paulo: FTD, 2002. v.2 (Coleção conquista da matemática).
GIOVANNI, J. R., CASTRUCCI, B., GIOVANNI JR. J. R. Matemática.
São Paulo: FTD, 2002. v.3 (Coleção conquista da matemática).
GIOVANNI, J. R., CASTRUCCI, B., GIOVANNI JR. J. R. Matemática.
São Paulo: FTD, 2002. v.4 (Coleção conquista da matemática).
63
LONGEN, Adilson,. Matemática em Movimento. Curitiba: Nova Didática,
2004 v. 1
LONGEN, Adilson,. Matemática em Movimento. Curitiba: Nova Didática,
2004 v. 2
LONGEN, Adilson,. Matemática em Movimento. Curitiba: Nova Didática,
2004 v. 3
LONGEN, Adilson,. Matemática em Movimento. Curitiba: Nova Didática,
2004 v. 4
SEED/PR – Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes
Curriculares para a Educação Básica do Paraná. Matemática. Paraná, 2008
Educação Física
64
JUSTIFICATIVA
A Educação Física como disciplina no Ensino Fundamental e Médio foi
buscar nos conteúdos estruturantes: Esporte, Jogos e brincadeiras, Ginástica,
Lutas e Dança, um projeto educativo que amplie a visão do aluno sobre a cultura
corporal, as noções de corporalidade e a humanização das relações sociais
substituindo o individualismo pela solidariedade, enfatizando a cooperação e a
liberdade de expressão dos movimentos, negando a dominação e submissão do
homem pelo homem.
A Educação Física tem-se inserido no plano de uma reflexão sobre
diferentes problemáticas sociais, algumas de há muito objeto de preocupação
dos educadores, outra que surgem conforme se transforma a própria
organização social. Entre esses elementos, ganham destaque: a violência, os
preconceitos étnicos, de cor, sexo, classe, entre outros, as formas corporais de
exclusão social, as potencialidades e os limites das práticas corporais como
possibilidade de formação, a ênfase sobre uma estética corporal que se orienta
por padrões estereotipados, resultados de uma exacerbação atual do corpo
como “lugar“ da felicidade, e o exercício da dominação manifesta na prostituição
infantil, no tráfico e no consumo de drogas na negação do acesso aos bens
culturais. Todos esses elementos, de forma direta ou indireta inscrevem-se na
corporabilidade, entendida como a expressão criativa e consciente do conjunto
das manifestações corporais historicamente produzidas, as quais pretendem
possibilitar a comunicação e a interação de diferentes indivíduos com eles
mesmos, com os outros com seu meio social e natural. O objetivo principal da
disciplina deve ser a humanização das relações sociais, bem como transcender
aquilo que se apresenta como senso comum. Alem disso deve estimular o
dialogo com outras disciplinas que possam colaborar para o entendimento das
manifestações corporais, tendo no horizonte as problemáticas culturais que se
evidenciam em torno da corporabilidade atual.
O corpo surge como uma das dimensões humanas que mais recebem
atenção no seio de nossa cultura, do ponto de vista estético, tecnológico,
científico, profilático etc. Isso, por sua vez, traz uma série de conseqüências para
aquilo que compõe nosso entendimento sobre o que é corpo ou o que significa
“ser corpo” no mundo atual. Portanto, faz-se necessário compreender os
65
diferentes saberes, valores, sentimentos e crenças que interferem sobre a
constituição de nosso corpo, tanto no plano individual como no social.
Muitas vezes, a cultura escolar restringe o entendimento da educação do
corpo à realização de movimentos mecânicos e repetitivos, reduzindo as aulas
de Educação Física à mera atividade complementar ou catártica. (compensar as
“durezas” das aulas em sala)
Ainda no âmbito específico da Educação Física, propõem a necessidade
de superar uma visão reducionista do homem que o compreende como um
conjunto de ossos, músculos e nervos, elegendo o movimento corporal como fim
único e último de ensino;
A Educação Física que se pretende e que se faz necessária é aquela que
tem em vista as diferentes culturas escolares (visto as diversas expectativas e
possibilidades que a mesma oferta e pela escola não ser um “deserto social” –
imune as influências externas), a corporalidade que permite igualmente ampliar
as possibilidades de intervenção educacional do professor de Educação Física,
superando a dimensão meramente motriz da sua aula sem, no entanto, negar o
movimento como possibilidade de expressão humana, ou seja, uma concepção
que procure contemplar a totalidade das manifestações corporais humanas e a
sua potencialidade formativa.
Assim, entende-se que pensar a Educação Física no interior da escola
sem pensar os seus determinantes culturais é, como a sua história bem tem
demonstrado, torná-la acéfala.
Podemos dizer então que partindo do pressuposto de que o nosso corpo
é ao mesmo tempo, modo e meio de integração do indivíduo na realidade do
mundo, ele é necessariamente carregado de significado. Sempre soubemos que
as posturas, as atitudes, os gestos, sobretudo o olhar, exprimem melhor do que
as palavras, as tendências e pulsões, bem como as emoções e os sentimentos
da pessoa que vive numa determinada situação, num determinado contexto.
Deste modo, é com o corpo, que somos capazes de ver, ouvir, falar, sentir
e perceber a coisas. O relacionamento com a vida e com outros corpos dá-se
pela comunicação e pela linguagem que o corpo possui. Então, nessa linha de
pensamento que se aprofunda nesse sentido uma atividade física atenta aos
problemas do presente não podendo deixar de eleger como uma de suas
orientações centrais, a da educação para a saúde, procurando conscientizar
66
nosso aluno, da importância da pratica periódica de atividade física, visando seu
bem estar físico, social e mental. (Linguagens, Códigos e suas Tecnologias).
A Educação Física enquanto ciência tem no corpo em movimento as suas
diferentes formas de manifestações. Entendemos que o movimento humano é a
expressão objetivada da consciência corporal, formada pelo conjunto das
relações que compõem uma determinada sociedade e dos saberes
sistematizados pela classe dominante sobre esta consciência corporal.
Portanto, é necessário como ponto de partida a concepção do corpo que
a sociedade tem produzido historicamente, levando os seus alunos a se situares
na contemporaneidade, dialogando com o passado e visando o conhecimento de
seu corpo (consciência corporal). Deverá ser considerado o tipo de sociedade
onde este saber produzido, proporcionando-lhes condições de análise e reflexão
para re-elaboração do seu saber e conseqüentemente re-elaboração da
consciência e cultura corporal.
Assim, “partindo de seu objeto de estudo e de ensino, Cultura Corporal, a
Educação Física se insere neste projeto mais amplo de educação no estado do
Paraná, ao garantir o acesso ao conhecimento e à reflexão crítica das inúmeras
manifestações ou práticas corporais historicamente produzidas pela
humanidade, na busca de contribuir com um ideal mais amplo de formação de
um ser humano crítico e reflexivo, reconhecendo-se como sujeito, que é produto,
mas também agente histórico, político, social e cultural”. (SEED, DCE´s/2008,
pg49)
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Ginástica; Esporte; Dança; Lutas e Jogos e Brincadeiras
Entende-se por Conteúdos Estruturantes os saberes (conhecimentos de
grande amplitude, conceitos ou práticas) que identificam e organizam os campos
de estudos de uma disciplina escolar, considerados basilares e fundamentais
para a compreensão de seu objeto de estudo, constituem-se historicamente e
são legitimados socialmente.
67
Deverão os conteúdos e conhecimentos básicos fundamentais serem
considerados imprescindíveis para a formação conceitual dos estudantes para
cada série, etapa e modalidade de ensino.
Os conteúdos estruturantes propostos para a Educação Física na
Educação Básica são: Esporte, Jogos e Brincadeiras, Ginástica, Lutas, Dança.
Esporte
As ações cotidianas relacionadas a este conteúdo deve ser a garantia, o
direito de acesso e de reflexão sobre as práticas esportivas e a adaptação das
mesmas à realidade escolar.
A ênfase deve estar voltada para a recriação desta prática corporal
diminuindo a influência da exclusividade às habilidades físicas, destrezas
motoras, técnicas, táticas de jogo, regras, competitividade e individualismo.
Esporte na escola com ênfase na competitividade, técnica e desempenho
prioriza comparações, exclusões (só os mais fortes e hábeis são beneficiados),
por este motivo deverá valorizar a ludicidade, formação da solidariedade,
respeito, cooperação, entendimento crítico das manifestações esportivas,
complexidade social, histórica, política e ainda seu significado cultural.
Valorizar o coletivo em detrimento do individual reforçando o compromisso
com a solidariedade e respeito humano, a compreensão de que jogo se faz a
dois, e de que é diferente jogar com o companheiro e jogar contra o adversário
Deve ampliar sua abordagem para aprendizados relacionados ao lazer,
aprimoramento da saúde e integração dos sujeitos em suas relações sociais
além de realizar uma leitura crítica das relações sociais que se constituem na
sociedade e se manifestam nas práticas esportivas.
Jogos e brincadeiras
Os jogos são importantes no desenvolvimento do ser humano, uma vez
que, ainda na infância, possibilitam a compreensão da realidade através do
imaginário e servem ao reconhecimento das relações que o cercam.
Nesta proposta são pensados como complemento para ampliação da
percepção e interpretação da realidade.
68
São trabalhados: respeito aos acordos, movimentação entre liberdade e
limite, ludicidade, flexibilização de regras, organização coletiva, participação de
todos os alunos, valorização cultural do ambiente escolar e da comunidade.
Já os brinquedos, também cheios de significados históricos e culturais
podem ser explorados valorizando a criatividade, curiosidade,, interesse,
reciclagem e experimentação de inúmeras vivências e práticas corporais.
Enfim, contemplar as mais variadas formas de jogo, onde as relações
sociais sejam evidenciadas sem que ocorra a subordinação de um sobre os
outros, a exemplo dos jogos cooperativos.
Ginástica
A prática da ginástica, na escola, depara-se com dificuldades
relacionadas, principalmente, à escassez de materiais e à concepção que a tem
fundamentado. Esta concepção é aquela divulgada amplamente pela mídia, que
faz a apologia do culto ao corpo, ditando padrões estéticos. É preciso dar novo
contexto a esta manifestação da cultura corporal.
A ginástica deve dar condições ao aluno de reconhecer as possibilidades
de seu corpo, afastando-se da ginástica meramente competitiva, com
movimentos obrigatórios, presos à perspectiva técnica dos exercícios repetitivos.
Pode também abordar: padrões estéticos, culto ao corpo e exercícios
físicos, modismos de ginástica, ginástica imitativa (animais), práticas circences,
ginástica geral, artística, rítmica, movimentação e exploração dos limites e
possibilidades corporais, interação, conhecimento, partilha de experiências,
ampliação das possibilidades de movimento.
Lutas
Trabalhar com as lutas no interior da escola deve se constituir num
momento onde os alunos possam explorar suas potencialidades, a partir das
mais variadas formas de conhecimento da cultura humana, historicamente
produzida e repletas de simbologias, ou seja, valorizar as lutas praticadas
conforme o tempo e lugar, identificando seus valores culturais, já que tanto as
lutas ocidentais como as orientais surgiram de necessidades sociais, em dado
contexto histórico.
69
Muito mais que contato físico, socos, quedas, disputa, atitudes agressivas
nas técnicas, explorar os valores e princípios essenciais para a formação do ser
humano, como: cooperação, solidariedade, autocontrole emocional, respeito a
integridade física, ludicidade, entendimento da filosofia que acompanha a
prática.
Possibilidades de trabalhar luta nas escolas: jogos de oposição (duplas,
trios, duplas), pesquisas, seminários, visitas à academias, esclarecimento dos
propósitos aos quais servem as lutas: finalidade inicial ligadas as técnicas de
ataque e defesa, com o intuito de auto-proteção e em combates militares e
ainda, as diferenças entre as artes marciais, lutas ocidentais, onde nas lutas
orientais, a grande ênfase dada é para a busca da felicidade interior, a
realização plena do espírito. (Cardoso et. all., 2005) Para as lutas ocidentais, o
principal objetivo está na dominação do adversário, a vitória em qualquer
competição. (ibidem, 2005).
Dança
Conteúdo que permite trabalhar o corpo e suas expressões artísticas,
estéticas, sensuais, criativas e técnicas, consciência crítica e reflexiva sobre
seus significados, superação de modelos pré-estabelecidos, ampliação da
sensibilidade, a libertação do ser e a possibilidade de expressão dos
sentimentos.
A dança pode refletir os diversos aspectos culturais dos povos e pode ser
abordada sob inúmeras possibilidades, seja como manifestação expressiva do
corpo através das danças típicas nacionais e regionais, ou aquelas voltadas à
composição técnica, ambas as abordagens considerando o ponto de vista
cultural, a contribuição para a saúde e a manifestação social.
Evitar: supervalorização da coreografia, prática pela prática sem qualquer
reflexão sobre as mesmas, erotização do corpo.
Priorizar: Ritmos e melodias variadas, diferentes manifestações culturais
(fandango, afro-brasileira, indígena, danças de culto à espiritualidade...),
desenvolvimento da criatividade, sensibilidade, expressão corporal, cooperação,
reflexão crítica.
Segue a seguir quadro de conteúdos estruturantes e básicos
sistematizados pelo DEB (Departamento de Educação Básica) a partir da
70
contribuição dos docentes de educação física da rede pública de ensino no
estado do Paraná (2007-2008) que serão considerados ponto de partida para a
organização da proposta pedagógica, enriquecendo o trabalho realizado por
cada professor.
No Plano de Trabalho Docente (PTD), os conteúdos específicos e básicos
terão abordagens diversas a partir dos conteúdos estruturantes, das abordagens
contextualizadas e atendendo as diversas realidades regionais, culturais e
econômicas no qual está inserida a escola.
Convém lembrar que estes conteúdos serão oportunizados sempre de
acordo com o aprofundamento necessário a ser observado para cada série,
etapa e modalidade de ensino.
A EDUCAÇÃO FÍSICA E A LEI Nº 10.639 / 2003
Serão abordados em complexidade crescente e articulados com aspectos
políticos, históricos, sociais, econômicos e culturais, incluindo a educação para a
diversidade e relações étnico-raciais, contemplando a legislação 10.639/2003,
promulgada pelo Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva em 9 de
fevereiro de 2003, de autoria da deputada Esther Grossi, sobre o conteúdo
programático das diversas disciplinas abordarem o estudo de História da África e
dos africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na
formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas
áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil, bem como,
cumprir com o parecer CNE/CP Nº 003/2004, DE 10/3/2004, homologado em 19
de maio de 2004, que estabelece as diretrizes curriculares nacionais para a
educação das relações étnico-raciais e traz orientações de como a lei
10.639/2003 deve ser implementada e ainda o cumprimento da Lei nº 11.645
História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena no Currículo.
Segundo Tolocka (2006), a escola como espaço democrático deve
oferecer a todos o acesso ao saber acumulado e a visão crítica para mudanças
que se fazem necessárias na sociedade. Para tal, deve promover a
ressignificação de valores já estabelecidos na sociedade, visando uma
transcendência no sentido da transformação e do aumento da solidariedade e
misericórdia entre povos.
71
Ao trabalharmos com corpos humanos estamos trabalhando com a cultura
impressa nesse corpo e expressa por ele; mexer no corpo é mexer na sociedade
na qual esse corpo faz parte. As práticas corporais devem ser contextualizadas e
ao serem desenvolvidas devem ser refletidas. Alguns questionamentos podem
facilitar esta reflexão, como: De que forma esta prática chegou ao país? Quando
foi inventada? A que interesses sociais ela responde? Qual a história de suas
técnicas? O profissional deve sempre explicitar estes questionamentos trazendo
à tona fatos que, por vezes, não aparecem claramente para o educando.
Kunz (2001) defende que a Educação Física numa perspectiva crítico-
emancipatória deve procurar desenvolver três níveis de competências nos
alunos: a técnica (prática / trabalho), a social (interação) e a lingüística. Para o
autor, a Educação Física não deve centrar-se apenas nas competências
técnicas e sociais, mas desenvolver a linguagem (não apenas corporal) baseada
na comunicação crítica e reflexiva sobre as questões sociais, políticas,
ideológicas, culturais... , que permeiam a prática das diversas manifestações
corporais.
A pluralidade cultural é um tema que vem sendo estudado atualmente por
várias áreas de conhecimento, visando a abordagem da diversidade e das várias
manifestações culturais presentes na sociedade.
Em nosso país, possuímos uma cultura afro-brasileira que faz parte da
nossa raiz histórica e que não pode ficar afastada do sistema educacional.
Resgatar esta cultura significa valorizar e enriquecer o patrimônio cultural
brasileiro trazendo à pauta aos nossos alunos toda construção coletiva
historicamente criada pela humanidade, de uma forma contextualizada e
centrada na criticidade.
Face à existência desta lei, faz-se necessário a proposição de atividades
ou estratégias de ação para viabilizar o incremento desta temática a partir de
vivências no âmbito da Educação Física escolar.
A educação das relações étnico-raciais tem por objetivo:
Divulgar e produzir conhecimentos, atitudes, posturas e valores que
preparem os cidadãos para uma vida de fraternidade e partilha entre todos, sem
as barreiras estabelecidas por séculos de preconceitos, estereótipos,
72
discriminações que permeiam a dominação de um grupo racial sobre o outro;
(Art 1º S 1º - Deliberação do Conselho Estadual de Educação. Deliberação nº
04/2006 – portaria nº 08/06)
Reconhecer e valorizar a identidde, história e cultura afro-brasileireia,
africana e indígena, bem como garantir o reconhecimento e a igualdade de
valorização das raízes africanas/indígenas na nação brasileira ao lado das
européias e asiáticas; (Art 1º S 2º)
Organizar conteúdos na perspectiva de proporcionar aos alunos uma
educação compatível com uma sociedade democrática, multicultural e
pluriétnica. (Art 2º);
Combater o racismo existente no contexto escolar e na sociedade,
divulgando a verdadeira história da África e dos africanos, história do Brasil e
dos índios e a importância de suas culturas, sempre com abordagens positivas
sobre a valorização da história, cultura e suas contribuições para o Brasil e para
a humanidade;
Conscientizar sobre o valor cultural e espiritual da arte, artesanato, da
tradição oral e escrita, da música, do canto, da religião, da dança;
Reconhecer e respeitar as diversidades étnicas e culturais do povo negro
e indígena através do conhecimento dessa cultura no cotidiano escolar;
Enfim, dentro de uma perspectiva inclusiva, uma proposta centrada na
diversidade cultural pode proporcionar a reflexão e vivências acerca do respeito
e tolerância às diferenças, o repúdio aos preconceitos e discriminações de
qualquer ordem, o saber analisar e atuar nestas situações e de injustiças sociais
e, enfim, uma formação pautada em valores morais, éticos e estéticos, através
da oferta de vivências corporais significativas.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ESPORTE
JOGOS E BRINCADEIRAS
DANÇA
GINÁSTICA
LUTAS
73
Conteúdos Básicos
Coletivos
Individuais
Jogos e brincadeiras populares
Brincadeiras e cantigas de roda
Jogos de tabuleiro
Jogos cooperativos
Danças folclóricas
Danças de rua
Danças criativas
Ginástica rítmica
Ginástica circense
Ginástica geral
Lutas de aproximação
Capoeira
Jogos e brincadeiras populares
Brincadeiras e cantigas de roda
Jogos de tabuleiro
Jogos cooperativos
Coletivos
Radicais
Jogos dramáticos
Jogos cooperativos
Ginástica geral
Lutas de aproximação
Lutas com distância
Lutas com instrumento
Ensino Médio
Coletivos
Individuais
74
Radicais
Jogos e brincadeiras populares
Brincadeiras e cantigas de roda
Jogos de tabuleiro
Jogos dramáticos
Jogos cooperativos
Danças folclóricas
Danças de salão
Danças de rua
Danças criativas
Danças circulares
Ginástica artística / G.O
Ginástica rítmica
Ginástica de
Condicionamento Físico
Ginástica circense
Ginástica geral
Lutas de aproximação
Lutas com distância
Lutas com instrumento
Capoeira
Sugestão de conteúdos específicos: Cultura afro-brasileira, africana
e indígena
Jogos e brincadeiras populares
Brincadeiras e cantigas de roda
Jogos de tabuleiro
Jogos dramáticos
Jogos cooperativos
Danças folclóricas, circulares, de rua, moderna
Ginástica afro-aeróbica
Ginástica afro baiana
Capoeira
75
METODOLOGIA
Sabendo que o objeto de estudo da Educação Física é a cultura corporal
e que a função social da disciplina é contribuir para o reconhecimento do corpo,
expressão corporal consciente e reflexão crítica sobre as práticas corporais, ou
seja, ampliação da visão de mundo por meio da cultura corporal, os
pressupostos teóricos, concepções, encaminhamento metodológico, avaliação
que fundamentam a disciplina neste estabelecimento de ensino estão pautados
na abordagem e na pedagogia critico-superadora (histórico-crítica/cultura
corporal) e crítico-emancipatória (fenomenologia/movimento humano
significativo), presente nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica do
Estado do Paraná, disciplina de Educação Física.
Essa metodologia entende a educação como possibilidade de se alcançar
transformações sociais, pois educação e sociedade relacionam-se
dialeticamente (SAVIANI, 1991).
O encaminhamento metodológico para as aulas de educação física deve:
a) Partir do conhecimento do aluno (prática social – leitura da
realidade). A PRÁTICA SOCIAL caracteriza-se como uma preparação, uma
mobilização do aluno para a construção do conhecimento escolar. É uma
primeira leitura da realidade, um contato inicial com o tema a ser estudado;
b) Propor um desafio (problematização). PROBLEMATIZAÇÃO É a
criação de uma necessidade para que o educando, por meio de sua ação,
busque o conhecimento. É o momento que a prática social é posta em questão,
analisada, interrogada, levando em consideração o conteúdo a ser trabalhado e
as exigências sociais de aplicação desse conhecimento. (GASPARIM, 2002, p.
35-36).
c) Apresentação do conteúdo sistematizado para assimilação e recriação
do mesmo (Instrumentalização). A INSTRUMENTALIZAÇÃO é o caminho por
meio do qual o conteúdo sistematizado é posto à disposição dos alunos para
que o assimilem e o recriem e, ao incorporá-lo, transformem-no em instrumento
de construção pessoal e profissional. (GASPARIM, 2002, p. 53).
Para Saviani (1999, p. 81) a instrumentalização consiste na apreensão
“dos instrumentos teóricos e práticos necessários ao equacionamento dos
76
problemas detectados na prática social”, e que foram considerados
fundamentais na fase da problematização.
Para Pedro Demo a pesquisa (um instrumento possível para a
instrumentalização), é forte instrumento para inovar, pois pesquisar significa
duvidar, querer, saber, buscar avançar no conhecimento, além de auxiliar na
formação de um sujeito crítico, criativo e pesquisador. Permite também a
construção do conhecimento e o avanço científico, além de permitir uma
atualização permanente, para estar em dia com a história por meio do
conhecimento sempre renovado e inovador. (Demo, 1995, p. 166)
d) Criação, recriação e vivência de variações (Catarse).
A CATARSE é a fase em que o educando sistematiza e manifesta o que
assimilou, isto é, que assemelhou a si mesmo, os conteúdos e os métodos de
trabalho usados na fase anterior. Agora traduz oralmente ou por escrito a
compreensão que teve de todo processo de trabalho. Expressa sua nova
maneira de ver o conteúdo e a prática social. É capaz de entendê-los em um
novo patamar, mais elevado, mais consistente e mais bem estruturado
(GASPARIM, 2002, p. 127-128).
e) Verificação do aprendizado. (retorno a prática social). O RETORNO À
PRATICA SOCIAL é o ponto de chegada do processo pedagógico na
perspectiva histórico crítica. Representa a transposição do teórico para o prático
dos objetivos da unidade de estudo, das dimensões do conteúdo e dos conceitos
adquiridos.
Estar-se-á privilegiando as seguintes situações didáticas:
Questionar os alunos sobre o que sabem, quais suas idéias, opiniões,
dúvidas, hipóteses sobre o tema em debate e valorizar seus conhecimentos;
Propor novos questionamentos, fornecer novas informações, estimular a
troca de informações, promover trabalhos interdisciplinares e contextualizados;
Desenvolver atividades com diferentes fontes de informação: livros,
revistas, jornais, filmes, fotografias, ícones, objetos, elementos da natureza,
internet, dentre outros.
Ensinar procedimentos de pesquisa e trabalhos de pesquisa de campo;
Debater questões do cotidiano e suas relações com contextos mais
amplos;
77
Propor aos alunos que organizem suas próprias situações e estratégias
de intervenção na realidade (organização de regras de convívio, atitudes e
comportamentos diante de questões individuais e/ou coletivas);
Solicitar a produção escrita, textual, desenvolvimento da oralidade,
dramatização, produção de imagens, painéis, cartazes, montagens, exposições
sempre estimulando a criatividade e a sensibilidade como expressão do
conhecimento;
Utilização dos materiais e equipamentos disponíveis como: TV multimídia,
vídeo, filmadora, equipamentos de informática, CD room, biblioteca, dentre
outros.
AVALIAÇÃO
Para elaborar uma proposta de avaliação, a primeira questão a ser
enfrentada é da concepção teórica que deverá orientar esta prática, ou seja,
clareza sobre as concepções teóricas que nos fundamentam para que não
corramos o risco de nos desviarmos dos objetivos propostos.
No ato de ensinar, deve ser considerado em primeiro lugar, o método que
define o que, como e porque vou ensinar algo. E, para elaborarmos um
instrumento de avaliação, temos que pensar numa metodologia que possibilite a
formação do homem em todas as suas dimensões.
A avaliação da aprendizagem em Educação Física exige reflexão, estudo
e aprofundamento para buscar novas formas de entendimento e compreensão
de seus significados.
No contexto escolar, deverá evitar unicamente:
Avaliação quantitativa (mensuração do rendimento, sejam gestos
técnicos, destrezas motoras, qualidades físicas, assiduidade ás aulas, ou seja,
verificação físico-motora do rendimento), rever conteúdos para recuperação de
nota (apenas).
No contexto escolar, deverá priorizar:
Coerência entre a concepção defendida com as práticas avaliativas que
integram o processo de ensino e aprendizagem, não exclusão, avaliação
vinculada ao Projeto Político Pedagógico, comprometimento e envolvimento dos
78
alunos no processo pedagógico, relacionada aos encaminhamentos
metodológicos, entender que recuperação de nota é uma coisa, recuperação de
aprendizagem é outra.
A partir destas considerações e as previstas na legislação, LDB 9394/96,
a avaliação deverá se caracterizar como um processo contínuo, permanente e
cumulativo, “em que o professor organizará e reorganizará o seu trabalho,
sustentado nas diversas práticas corporais, como a ginástica, o esporte, os jogos
e brincadeiras, a dança e a luta”, levando os alunos a refletirem e a se
posicionarem criticamente com o intuito de construir uma suposta relação com o
mundo. (DCE/2008, pg 77)
A partir da avaliação diagnóstica, tanto professor quanto os alunos
poderão revisitar o processo desenvolvido até então para identificar lacunas no
processo de ensino e aprendizagem, bem como planejar e propor outros
encaminhamentos que visem a superação das dificuldades constatadas.
O primeiro momento de avaliação (diagnóstica) permite ao professor
reconhecer as experiências corporais e o entendimento prévio por parte do aluno
sobre o conteúdo a ser desenvolvido. Esta avaliação diagnóstica pode ser
realizada através de diálogo em grupos, dinâmicas, jogos, entrevistas, dentre
outras ferramentas.
O segundo momento da avaliação é o momento da verificação da
apreensão do conhecimento, que podem ser evidenciada por registros de
observação e atitudes, desenvolvimento de estratégias que possibilitem aos
alunos se expressarem sobre aquilo que aprenderam, incluindo: auto-avaliação,
dinâmicas de grupo, seminários, debates, júri-simulado, organização e
realização de festivais (jogos, dança, esporte), provas (orais, escritas), trabalhos
de pesquisa, relatórios, dentre outras.
Pretende-se também avaliar se o aluno:
Realiza as atividades, agindo de maneira cooperativa, utilizando formas
de expressão que favoreçam a integração grupal, adotando atitudes de respeito
mútuo, dignidade e solidariedade;
Reconhece e respeita suas características físicas, desempenho motor,
bem como a de seus colegas;
Organiza e pratica atividades de cultura corporal de ,movimento,
demonstrando capacidade de adaptá-las, favorecendo a inclusão de todos;
79
Reconhece algumas das diferentes manifestações da cultura corporal de
movimento;
Reconhece nas atividades corporais e de lazer, uma necessidade do ser
humano e um direito do cidadão;
Percebe os limites e possibilidades do próprio corpo de forma a poder
controlar algumas de suas posturas e atividades corporais com autonomia e, a
valorizá-las como recurso para melhoria de sua aptidão física;
Nesta proposta deverá ser dada ênfase ao interesse a assiduidade do
aluno, na sua participação ativa e no seu envolvimento no processo educacional
dentro dos conteúdos propostos.
A autoavaliação visará a construção da autonomia do estudante numa
conscientização do seu envolvimento nas atividades desenvolvidas, bem como
reflexãode sua prática, uma vez que segundo Coletivo de Autores (1992)
atraves da auto-avaliação se favorece um dialogo formal com o aluno,
incentivando-o a manifestar sua visao sobre o trabalho desenvolvido,permitindo
um conhecimento sobre aquilo que aprendeu, ou está aprendendo nas aulas de
educação fisica.
O registro de dados poderá ser adotado com parecer descritivo para
acompanhamento e informações as quais poderão servir como fonte de
estímulo e desafio ao interesse do aluno, considerados para análise de seu
próprio desempenho para ampliação e aprofundamento do conhecimento,
habilidades e atitudes, bem como, verificação do que está sendo desenvolvido
em relação aos objetivos propostos.
Enfim, a avaliação será entendida como parte integrante do processo
ensino-aprendizagem, tendo como finalidade alimentar, sustentar e orientar a
ação pedagógica.
Buscar-se-á selecionar instrumentos de avaliação a partir da filosofia da
escola e objetivos a serem atingidos.
Segue gráfico demonstrativo adotado pelo Estabelecimento quanto ao
tipo, quantidade de instrumentos e respectivos pesos a serem adotados pela
disciplina de educação física:
80
Instrumento
Pesquisa
(instrumentalização)
Trabalho
Em grupo
Avaliação
“teórica”
(oral/escrita)
Avaliação
“prática”
Auto
Avaliação
(dirigida)
Valor 100 100 100 100 100
O fechamento da média se dará da seguinte forma: Soma das avaliações,
divisão por cinco (quantidade de instrumentos utilizados).
Critérios de Avaliação:
Instrumento: Pesquisa (instrumentalização)
Itens pré e pós textuais:introdução, conclusão,referências = 30
Pontualidade de entrega = 10
Desenvolvimento (conteúdo solicitado) = 60
Critérios de Avaliação:
Instrumento: Atividade em grupo
Cooperação, Organização, pontualidade = 20
Integração grupal (participação, respeito, liderança...) = 20
Desenvolvimento (conteúdo solicitado) = 60
Critérios de Avaliação:
Instrumento: Avaliação teórica individual
Domínio do conhecimento = 100
Critérios de Avaliação:
Instrumento: Atividade prática
Cooperação, Organização, pontualidade = 20
Integração grupal (participação, respeito) = 20
Desenvolvimento/desempenho (conteúdo solicitado) = 60
Critérios de Avaliação:
Instrumento: Auto-avaliação = 100
81
Pontualidade, assiduidade, comportamento (Cumprimento das regras e
acordos de funcionamento da aula), empenho, cumprimento do
regimento, material, organização do caderno, solidariedade e cooperação
individual, respeito, participação e cooperação em grupo,
paciência/tolerância , expressão e defesa das idéias/opiniões, autonomia,
participação (oral, escrita, prática), superação das dificuldades, domínio
do conteúdo, dentre outros conforme concepção de avaliação da escola.
Recuperação paralela
Importante ter em mente que é preciso construir uma cultura avaliativa
tendo como ponto de partida os seguintes questionamentos:
* Para que avaliar? Por que?
* Como avaliar os saberes?
* Para onde estamos indo? Como sabemos? Que ajuste faremos? Como
vamos intervir?
Caso o aluno não atinja a média 6,0 há de se fazer uso da recuperação
paralela, onde quando constatada a necessidade de recuperação esta se dará
na melhora da atividade/rendimento/conteúdo avaliado e no qual o aluno não
atingiu o rendimento satisfatório, tendo assim nova oportunidade de rever seu
aprendizado. Será anulada a nota anterior à recuperação.
REFERENCIAS
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Campinas: Autores Associados, 2004.
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São Paulo: Cortez, 1992.
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PETROSKI, Edio Luiz. Antropometria, técnicas e padronizações, 2ª
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SILVA, Elizabeth Nascimento. Plano de Aula 5ª e 6ª séries. Sprint. 3ª ed.
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Versão 2009. Rio de Janeiro: CEPESC. Brasília:SPM, 2009
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Revista da Educação Física / UEM, Maringá, v.12, n.2, p.43 - 50, fev. 2001.
www.diaadiaeducacao.pr.gov.br
Revista Jogos Cooperativos
84
Ensino Religioso
JUSTIFICATIVA
É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o
livre exercício dos cultos religiosos e garantido, na forma da lei, a proteção dos
locais de culto e suas liturgias. Art.5 inciso VI, Constituição Brasileira.
O Ensino Religioso é assegurado a todas as confissões religiosas, e como
disciplina na escola pública, desde a Constituição de 1934 até os nossos dias.
Na década de 1960 deixou de ter a função catequética e conquistou o
pluralismo religioso na sociedade e escola pública brasileira, embora que o
Ensino Religioso, vinculasse o interesse próprio de quem ministrava a aula, com
o objetivo de converter outros, para sua própria religião . A partir da criação da
ASSISNTEC (Associação Interconfissional de Curitiba) a qual coordena o Ensino
Religioso na Escola Pública do Paraná, com caráter ecumênico. A partir da
criação da ASSINTEC houve avanços democráticos e melhoria na qualidade do
Ensino Religioso. Destaca - se o Curso de Especialização de Pedagogia
Religiosa, parceria SEED, ASSINTEC e PUC/PR.
Com a LDB 93/96 o Ensino Religioso passou a ser compreendido como
disciplina de Educação do Paraná pela Deliberação 03/02 regulamenta o Ensino
Religioso nas Escolas Públicas do Sistema Estadual de Ensino do Paraná. A
Instrução Conjunta n 001/02 DEF/SEED – estabelece as normas para o Ensino
Religioso, na rede pública estadual. Com a oferta e organização Curricular da
disciplina, o conhecimento religioso insere – se como patrimônio da humanidade
e é reconhecida pela sociedade civil, conquistou espaço e busca construir seus
conteúdos para inserir as múltiplas manifestações e experiências da sociedade,
comunidade e clientela escolar.
O Ensino Religioso além de fomentar e valorizar a diversidade cultural
contribui significativamente para superar a desigualdade ética religiosa, e
garante o direito Constitucional de liberdade de crença e expressão. Também
propício aos educandos a oportunidade de identificação, de entendimento, de
conhecimento, reflexão, de respeito e aprendizagem dos mais diversos e
diferentes formas culturais.
85
Reconhecemos que chegou – se a aprimorar um ensino democrático
graças ao respeito e valorização das mais diversas manifestações e críticas,
chegou-se a uma construção sólida ouvindo e valorizando todas as experiências
e culturas construídas ao longo da caminhada espiritual, cultural e dos
encontros e desencontros das religiões integrantes e interessadas no êxito da
vida humana.
A disciplina de Ensino Religioso deve propiciar a compreensão,
comparação e análise das diferentes manifestações do Sagrado, com vistas à
interpretação dos seus múltiplos significados.
Religião e conhecimento religioso são patrimônios da humanidade, pois,
constituíram-se historicamente na inter-relação dos aspectos culturais, sociais,
econômicos e políticos. Em virtude disso, o Ensino Religioso na escola
fundamental deve orientar-se para a apropriação dos saberes sobre as
expressões e organização religiosas das diversas culturas na sua relação com
outros campos do conhecimento.
A disciplina de Ensino Religioso deverá oferecer subsídios para que os
estudantes entendam como os grupos sociais se constituem culturalmente e
como se relacionam com o Sagrado. Essa abordagem possibilitará estabelecer
relações entre as culturas e os espaços por elas produzidos, em suas marcas de
religiosidade.
Tratado nesta perspectiva, o Ensino Religioso contribuirá para superar
desigualdades étnico-religiosas, para garantir o direito Constitucional de
liberdade de crença e de expressão e, por consequência, o direito à liberdade
individual e política. Desta forma atenderá um dos objetivos da educação básica
que, segundo a LDB 9394/96, é o desenvolvimento da cidadania.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
O Ensino Religioso é uma disciplina que contribui para o desenvolvimento
humano, além de possibilitar o respeito e a compreensão de que a nossa
sociedade é formada por diversas manifestações culturais e religiosas.
Entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos de grande
amplitude que envolvem conceitos, teorias e práticas de uma disciplina escolar,
86
identificam e organizam seus campos de estudos e se vinculam ao seu objeto de
estudo.
Para a disciplina, três são os conteúdos estruturantes, a saber:
Paisagem religiosa, Universo Simbólico Religioso e Texto Sagrado.
O Sagrado é o objeto de estudo, deve ser organizado a partir da
manifestações religiosas menos conhecidas ou desconhecida, a fim de ampliar o
universo cultural dos educando.
CONTEÚDOS BÁSICOS
Organizações religiosas
Lugares Sagrados
Textos Sagrados
Símbolos Religiosos
Temporalidade Sagrada
Festas Religiosas
Ritos
Vida e Morte
No caso do colégio estadual Quatro Pontes, há a inserção da disciplina
apenas nas turmas da 5ª e 6ª séries.
METODOLOGIA
Para a análise do fenômeno religioso é prioritário tocar na essência da
experiência religiosa, ou seja, o Sagrado. Neste sentido, o restabelecimento do
Sagrado enquanto categoria de análise passa a ser uma premissa de base, uma
categoria de avaliação e classificação que nos permita reconhecer a objetividade
do fenômeno religioso.
Propõe-se nestas diretrizes um processo de ensino e de aprendizagem
que estimule a construção do conhecimento pelo debate, pela apresentação da
hipótese divergente, da dúvida –real e metódica- do confronto de ideias, de
informações discordantes e, ainda, da exposição competente de conteúdos
formalizados. Propõe-se uma aula baseada no diálogo, partindo da experiência
87
religiosa do aluno e de seus conhecimentos prévios para apresentar o conteúdo
que será trabalhado.
O professor, a partir do diagnóstico, deve posicionar-se de forma neutra,
objetiva e crítica quanto ao conhecimento sobre o Sagrado e seu papel sócio-
cultural. Assim, exercerá o papel de mediador entre os saberes que o aluno já
possui e os conteúdos a serem trabalhados em sala de aula.
Para o êxito do ensino-aprendizagem, faz-se necessário abordar cada
expressão do Sagrado do ponto de vista laico, não religioso. Assim, o professor
estabelecerá uma relação pedagógica frente ao universo das manifestações
religiosas, tomando-o como construção histórico-social e patrimônio cultural da
humanidade.
No Brasil, a atuação de alguns segmentos sociais e culturais vem
consolidando o reconhecimento da diversidade religiosa e demandando da
escola o trabalho pedagógico com o conhecimento sobre essa diversidade,
frutos das raízes culturais e brasileiras. Neste sentido, um dos grandes desafios
da escola e da disciplina de Ensino Religioso é efetivar uma prática de ensino
voltada para a superação do preconceito religioso, como também, desprender-se
do seu histórico confessional catequético, para a construção e a consolidação do
respeito à diversidade cultural e religiosa.
Opõe-se, portanto, a um modelo educacional que centra o ensino tão-
somente na transmissão dos conteúdos pelo professor, o que reduz as
possibilidades de participação do aluno e não atende a diversidade cultural e
religiosa
É importante propor questionamentos, fornecer informações, promover
trabalhos interdisciplinares, desenvolver atividades com diferentes fontes de
informação: Livros e textos, Filmes, Músicas, Fotografias, Objetos, CD-ROM, TV
multimídia, Internet, Produção de Textos, Trabalhos Investigativos individuais e
coletivos, Solicitar resumos orais ou em forma de textos, imagens, ou desenhos
feitos pelos próprios alunos. Exposição de trabalhos através de murais
estimulando a criatividade expressiva.
88
AVALIAÇÃO
A avaliação é integrante do processo educativo na disciplina de Ensino
Religioso. A apropriação do conteúdo trabalhado por ser observada pelo
professor em diferentes situações de ensino e aprendizagem.
a- O aluno expressa uma relação respeitosa com os colegas de classe que
tem opções religiosas diferentes da sua?
b- O aluno aceita as diferenças de credo ou de expressão de fé?
c- O aluno reconhece que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de
identidade de cada grupo social?
d- O aluno emprega conceitos adequados para referir-se às diferentes
manifestações do Sagrado?
A avaliação estará pautada na busca pela cidadania e comportamento
adequado para ser cidadão. Não havendo notas ou conceitos, o professor deve
registrar o processo avaliativo por meio de instrumentos que permitam à escola,
ao aluno, aos seus pais ou responsáveis a identificação dos progressos obtidos
na disciplina.
Para a avaliação do conhecimento na disciplina de Ensino Religioso,
deve-se levar em conta as especificidades de oferta e freqüência dos alunos,
pois esta matéria esta em implementação nas escolas. A avaliação permite
analisar como o aluno reconstituiu sua concepção de realidade social, como
aplicou o seu conhecimento em torno do objeto de estudo do Ensino Religioso, o
Sagrado, sua complexidade, pluralidade, amplitude e profundidade.
REFERÊNCIAS
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JUNQUEIRA, S.; WAGNER, R. (Orgs.) O ensino religioso no Brasil. Curitiba:
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CRAWFORD, Robert. O que é religião? Vozes: Petrópolis, 2005. p. 247
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Curriculares para a Educação Básica do Paraná. Ensino Religioso. Paraná,
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ELIADE, M. O Sagrado e o profano. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
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Lisboa: Cosmos, 1977.
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Sagrado: Notas para uma teoria do fato religioso. Ra’e Ga O Espaço Geográfico
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WILGES. Irineu. Cultura religiosa: as religiões no mundo. 14ª ed.
Vozes: Petropolis, 2003. p. 208.
90
LEM - Língua Estrangeira Moderna EPANHOL
JUSTIFICATIVA
Aprender uma língua estrangeira é uma forma de fazer parte do mundo,e
para tanto, é ofertado nas três séries do Ensino Médio noturno a disciplina de
Espanhol. È uma forma de ser um cidadão global com direitos e deveres para
com essa sociedade plural e mundial, fazer com que o aluno reconheça e
compreenda a diversidade linguística e cultural, de modo que se envolva
discursivamente e perceba possibilidades de construções de significados em
relação ao mundo em que vive.
O aprendizado de língua espanhola, sem dúvida enquadra-se neste
processo, sendo de suma importância, uma vez, que o espanhol apresenta-se
como uma das mais importantes línguas mundiais da atualidade, sendo a
segunda língua mais falada no mundo e a segunda língua utilizada como meio
de comunicação internacional, especialmente na área do comércio, e ainda,
além de ser o idioma mais usado nas Américas. Sendo assim, aprender o
espanhol, é um diferencial para abrir as portas no mercado de trabalho, uma
vez, que as empresas estão cada vez mais exigentes a procura de profissionais
qualificados.
Contudo, dominar o espanhol possibilita ao aluno tanto enriquecimento
profissional como enriquecimento pessoal, possibilitando ainda, uma nova visão
do mundo através de um ângulo linguístico diferente daquele de sua língua
nativa, além de um universo novo em termos de literatura, folclore, música,
cinema, cultura popular, etc, proporcionando a aquisição de conhecimentos
sobre outras culturas, contato com novos costumes e valores de outros países,
ao mesmo tempo, contribuindo para o enriquecimento de sua própria cultura, ou
seja, a partir do confronto da cultura do outro, conforme Bahktin (1998) “é no
engajamento discursivo com o outro que damos a forma ao que dizemos e ao
que somos” o aluno torna-se capaz de delinear um contorno para sua própria
identidade.
Além disso, a proliferação da língua espanhola no território nacional é
decorrência dos acordos diplomáticos do Mercosul. As fronteiras com países que
falam o idioma somam mais de 15 mil quilômetros e incluem antigos parceiros
91
comerciais como Argentina, Paraguai, Venezuela, entre outros. As empresas
espanholas no Brasil - como Telefônica e Santander, só para citar duas das
maiores - também têm interesse em promover o idioma. Além, é claro, das
diversas possibilidades culturais que o domínio do espanhol proporcionaria aos
brasileiros, considerando que todos os países que fazem fronteira com o Brasil,
falam o idioma.
Embora a aprendizagem da língua estrangeira moderna contribua para
melhor desempenho no trabalho profissional e estudos posteriores, deve-se
levar em consideração o engajamento do aluno na área social, desenvolver a
compreensão de valores sociais, transformando-o em um aluno crítico e
transformador a partir das práticas da leitura, da escrita e da oralidade
incentivando-o a novas pesquisas e a reflexão sobre o tema.
No entanto, para alcançar êxito no processo de ensino/ aprendizagem em
relação aos elementos abordados, toma-se como base o estudo e o
desenvolvimento das competências em sala de aula, a partir dos seguintes
objetivos:
Usar a língua em situações de comunicação oral e escrita;
Vivenciar na aula de língua estrangeira, formas de participação que
possibilite estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;
Compreender que os significados são sociais e historicamente
construídos, e portanto, possíveis de transformação na prática social;
Ter maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;
Reconhecer e compreender a diversidade linguística e cultural, bem como
seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país.
2. CONTEÚDOS
Conforme a proposta apresentada nas diretrizes que, por sua vez,
concebe que o conteúdo estruturante é o discurso como a prática social, sendo
esse responsável pelos conteúdos básicos: os gêneros discursivos, as práticas
da oralidade, da leitura e da escrita.
92
Também será abordado as diferenças lexicais presentes na própria língua
espanhola, entre o espanhol de Espanha e o de Latino América, através de um
estudo sobre as variantes, que se realizará no decorrer do ano conforme os
conteúdos apresentados. Dessa forma, possibilita-se o conhecimento sobre a
origem regional de algumas palavras como, a dos colonizadores, suas relações
com as pessoas que já habitavam o lugar, a evolução até a cultura que se
encontra atualmente.
Além disso, torna-se imprescindível, o estudo sobre a história e cultura
afro-brasileira, africana – instigar um estudo de pesquisa sobre os países que
possuem o espanhol como língua oficial e segunda língua - e indígena – realizar
um estudo sobre os países hispano-americanos descendentes indígenas que
possuem o espanhol como língua oficial.
Caberá ao professor a seleção de gêneros, nas diferentes esferas sociais
de circulação, de acordo com a Proposta Pedagógica Curricular e com o Plano
de Trabalho Docente, adequando o nível de complexidade a cada série.
PRÁTICA DISCURSIVA: Oralidade
Vozes sociais presentes no texto;
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações lingüísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos;
Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais como
conectivos, gírias, expressões, repetições);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
Pronúncia;
PRÁTICA DISCURSIVA: Leitura
Tema do texto;
Conteúdo temático do gênero;
Elementos composicionais do gênero;
Propriedades estilísticas do gênero;
Aceitabilidade do texto;
93
Finalidade do texto;
Informatividade do texto;
Intencionalidade do texto;
Situacionalidade do texto;
Papel do locutor e interlocutor;
1. Conhecimento de mundo;
2. Temporalidade;
3. Referência textual.
Intertextualidade;
Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas, travessão,
negrito);
Partículas conectivas básicas do texto.
PRÁTICA DISCURSIVA: Escrita
Tema do texto;
Conteúdo temático do texto;
Elementos composicionais do gênero;
Propriedades estilísticas do gênero;
Aceitabilidade do texto;
Finalidade do texto;
Informatividade do texto;
Intencionalidade do texto;
Situacionalidade do texto;
Papel do locutor e interlocutor;
Conhecimento de mundo
Temporalidade;
Referência textual.
Intertextualidade;
Partículas conectivas básicas do texto;
Vozes do discurso: direto e indireto;
Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação, polissemia, formação
94
das palavras, figuras de linguagem;
Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e explicitas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (como aspas,
travessão, negrito);
Acentuação gráfica;
Ortografia;
Concordância verbal e nominal.
3. METODOLOGIA
A partir da abordagem dos vários gêneros textuais, tendo como base as práticas
do uso da língua: leitura, oralidade e escrita, deve-se realizar, através de atividades
diversificadas, uma análise da função do gênero estudado, sua composição, estrutura, e
por fim, o estudo da gramática em si.
É imprescindível estabelecer situações de vivência diária, das quais possibilite
que o aluno perceba, através de um processo ativo, e a construção de um sentido,
relacionado a nova informação com saberes já adquiridos, ou seja, através de
dramatizações de diálogos, em espanhol, serão realizados trabalhos coletivos, em que
os alunos deverão dramatizar determinadas situações de vivência diária.
Outro método a ser utilizado, serão os jogos didáticos, que possibilitará ao aluno
uma aprendizagem voltada para o lúdico, envolvendo-o de forma descontraída,
fazendo-o interagir com os colegas, os quais aplicam-se de acordo com o conteúdo,
conforme a necessidade, bem como, o uso de outros recursos didáticos como: músicas
diversas, internet (laboratório de informática), CDs, TV multimídia, dicionários, e ainda,
atividade de prática cultural que possibilitará ao aluno o conhecer e transformar modos
de entender o mundo e de construir significados, a partir de novas tradições culturais
como: cinema, dança, gastronomia e literatura.
Ao término do conteúdo programado para cada bimestre, será aplicado
uma avaliação escrita, individual, relacionada ao conteúdo trabalhado até então.
Se necessário, posteriormente será aplicado uma segunda avaliação
como forma de recuperação do conteúdo, caso o aluno não tenha atingido a
média prevista.
95
Em relação às práticas do uso da língua, adota-se os seguintes
critérios:
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
Oralidade
Organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos, levando em
consideração a aceitabilidade, informatividadade, situcionalidade e finalidade
do texto;
Orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral trabalhado;
Propor reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos
alunos;
Preparar apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da
oralidade em seu uso formal e informal;
Estimular a expressão oral (contação de histórias), comentários, opiniões
sobre os diferentes gêneros trabalhados, utilizando-se dos recursos
extralinguísticos, como: entonação, expressões facial, corporal e gestual,
pausas e outros;
Selecionar os discursos de outros para análise dos recursos da oralidade,
como: cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem
entre outros.
Leitura
Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros atrelados à esfera social de
circulação;
Considerar os conhecimentos prévios dos alunos;
Desenvolver atividades de leitura em três etapas:
- pré-leitura (ativar conhecimentos prévios, discutir questões referentes
a temática, construir hipóteses e antecipar elementos do texto, antes mesmo
da leitura);
- leitura (comprovar ou desconsiderar as hipóteses anteriormente
construídas);
- pós-leitura (explorar as habilidades de compreensão e expressão oral
96
e escrita objetivando a atribuição e construção de sentidos com o texto).
Formular questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;
Encaminhar as discussões sobre: tema, intenções, intertextualidade;
Contextualizar a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;
Utilizar de textos verbais diversos que dialoguem com textos não-verbais,
como: gráficos, fotos, imagens, mapas;
Relacionar o tema com o contexto atual;
Oportunizar a socialização de idéias dos alunos sobre o texto;
Instigar a identificação e reflexão das diferenças decorridas do uso de
palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de
expressões que denotam ironia e humor;
Estimular leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, próprio de
diferentes gêneros;
Incentivar a percepção dos recursos utilizados para determinar causa e
conseqüência entre as partes e elementos do texto;
Proporcionar análise para estabelecer a referencia textual;
Conduzir leituras para a compreensão das partículas conectivas;
Escrita
Planejar a produção textual a partir da delimitação do tema, do interlocutor, do
gênero, da finalidade;
Estimular a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;
Acompanhar a produção do texto;
Encaminhar e acompanhar a re-escrita textual: revisão dos argumentos
(idéias), dos elementos que compõem o gênero;
Analisar a produção textual quanto à coerência e coesão, continuidade
temática, à finalidade, adequação da linguagem ao contexto;
Conduzir à reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e
normativos.
Oportunizar o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a
referência textual;
Conduzir a utilização adequada das partículas conectivas básicas;
97
Estimular as produções nos diferentes gêneros trabalhados.
AVALIAÇÃO
A avaliação possibilita ao educador observar o desempenho de cada
aluno a partir das habilidades empregadas nos conteúdos. A participação nas
diversas atividades didáticas como: debates, discussões, trabalhos de
pesquisas, provas, entre outros.
O aluno será avaliado por meio de trabalhos individuais e coletivos. Os
trabalhos poderão ser escritos – produção textual, resolução de exercícios, ou
ainda, orais - dramatizações de diálogos, em grupo. Caso o aluno não consiga
atingir a média, fará atividades e avaliação de recuperação. Essa avaliação
permite que o aluno tire imediatamente suas dúvidas sobre os conteúdos
trabalhados, e consiga acompanhar o restante do conteúdo.
Estabelecer critérios avaliativos com o conhecimento e aprovação do
aprendiz, no exercício da prática democrática;
Oportunizar ao educando sua auto-avalição, levando-o a uma maior
responsabilidade;
Auto-avaliar o trabalho docente, para que haja retomada de atitudes,
sanando assim as falhas que ocorrerem no ensino aprendizagem;
Todas as atividades propostas de classe e extraclasse serão avaliadas
quanto a participação, envolvimento e assimilação dos conteúdos através de:
oralidade, leituras e interpretações, teste, pesquisas, trabalhos individuais e de
grupos, tarefas, jogos e atividades recreativas.
O aluno saberá, constantemente, de seu progresso na aprendizagem,
para que reflita a respeito de sua produção, levando-o à superação de suas
dúvidas e enriquecendo seu conhecimento, considerando que a escola pretende
desenvolver uma educação integral, para a diversidade cultural, com visão crítica
que permita compreender a realidade para converter o conhecimento em ação e
transformação.
Quanto à avaliação, consideram-se os seguintes critérios:
A partir da oralidade espera-se que o aluno:
Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal e/ou informal);
98
Apresente suas idéias com clareza, coerência;
Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos;
Organize a sequência de sua fala;
Respeite os turnos de fala;
Explore a oralidade, em adequação ao gênero proposto;
Exponha seus argumentos;
Compreenda os argumentos no discurso do outro;
Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões (quando necessário em
língua materna);
Utilize expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas
exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos que julgar necessário.
A partir da leitura espera-se que o aluno:
Realize leitura compreensiva do texto;
Identifique o conteúdo temático;
Identifique a idéia principal do texto;
Localize informações implícitas e explícitas no texto;
Posicione seus argumentos;
Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto;
Perceba o ambiente (suporte) no qual circula o gênero textual;
Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no
sentido conotativo e denotativo;
Analise as intenções do autor;
Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto;
Faça o reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a
referência textual;
Amplie seu léxico, bem como as estruturas da língua (aspectos gramaticais) e
elementos culturais.
A partir da escrita espera-se que o aluno:
Expresse as idéias com clareza;
99
Elabore e re-elabore textos de acordo com o encaminhamento do professor,
atendendo:
- às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade);
- à continuidade temática;
Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
Use recursos textuais como: coesão e coerência, Informatividade, etc;
Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do
artigo, pronome, numeral, substantivo, adjetivo, advérbio, etc.;
Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, em
conformidade com o gênero proposto;
Use apropriadamente elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos
atrelados aos gêneros trabalhados;
Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual.
A avaliação segundo o PPP do estabelecimento de ensino se dará conforme
quadro a seguir:
Quanto aos critérios avaliativos serão considerados 50 pontos para avaliação
escrita ou oral e 50 pontos para os demais trabalhos a serem realizados,
estabelecendo posteriormente, a média bimestral do aluno, a qual poderá somar
até 100 pontos
Recuperação Paralela
O aluno que não alcançar a média 6,0 fará imediatamente a recuperação
paralela, ou seja, será retomado o conteúdo trabalhado e uma nova avaliação
será feita pelo aluno.
Caso o aluno não consiga recuperar a nota com a nova avaliação, fará no
final do bimestre um trabalho sobre o conteúdo, tendo esse trabalho valor 100.
Essa atividade tem como objetivo ampliar o conhecimento do aluno, e fazer com
que ele seja capaz de acompanhar o conteúdo seguinte. È necessário que o
aluno tenha, para aprovação, média final 60 e 75% de freqüência como nas
demais disciplinas.
100
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da educação e do Deporto. Secretaria da educação Fundamental.
Parâmetros Curriculares Nacionais – Ensino Médio: Língua Estrangeira. Brasília: MEC/
SEP, 1999.
GIOVANNINNI, A. y otros. Profesor en acción. Tomo 1. Madrid: Edelsa, 2005.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO, Diretrizes Curriculares da Rede Pública
de Educação Básica do Paraná. 2008.
CELEM. Centro de Línguas Estrangeiras Modernas. Disponível em
http://www.diaadia.pr.gov.br/celem. Pesquisado em 20 de agosto de 2010.
Filosofia
JUSTIFICATIVA
O valor da Filosofia está na busca da superação das incertezas. Ela
possibilita ao sujeito conhecedor encontrar o conhecimento verdadeiro da
realidade, por meio de conceitos, verdades científicas ou ideias, preocupando-se
101
com os absolutismos e radicalismos. O amor a sabedoria gera convicções e
princípios indispensáveis para a vida social e a humanização. Neste sentido,
pretende-se conduzir o agente cognitivo a autonomia no uso da razão e
liberdade. Este uso será expresso pelas ações no exercício da cidadania, pelos
raciocínios lógicos e críticos diante de uma sociedade em constante
transformação dando sentido para a existência e a maturação da essência de
pessoa.
Como saber escolar, a disciplina tem sua importância pois a escola é o
espaço mais adequado de confronto de argumentações e de diálogo entre os
conhecimentos sistematizados e do cotidiano. Além dos saberes instituídos e
programados como basilares na aprendizagem, deve haver uma preocupação
com o devir do conhecimento, a formação do discente deve possibilitá-lo
instrumentos eficientes e eficazes para enfrentar o que ele encontrará fora dos
muros da instituição. Em vista disso, há necessidade intrínseca de levar o aluno
a exercer continuamente a habilidade de questionar, analisar, argumentar e criar
soluções possíveis para as aporias hodiernas.
A Filosofia pode ser apresentada como um conhecimento que possibilita o
desenvolvimento de um estilo próprio de pensamento. Pode ser considerado
como conteúdo produzido pelos filósofos ao longo do tempo, mas também como
o exercício do pensar que busca o entendimento das coisas das pessoas, e do
meio em que vivem. O modo filosófico de pensar: um pensar histórico crítico e
criativo. Cabe à filosofia garantir não só a visão de totalidade da história e do
processo do conhecimento sem negar a necessidade de especialização hoje
imposta, mas também desenvolvida a capacidade de buscar, através da leitura,
da observação, da percepção de transformações ocorridas a partir da sua
própria interferência em situações sociais, o melhor caminho historicamente
possível para a organização da vida em sociedade.
Desta forma, a disciplina de filosofia busca fornecer ao adolescente o
instrumental básico à elaboração de uma reflexão sobre o mundo e sobre si
mesmo no mundo, de forma a possibilitar a conquista de uma autonomia
crescente no seu pensar e agir. Os conhecimentos fisiológicos são reconhecidos
como necessários ao exercício da cidadania. Considera-se que a filosofia pode
viabilizar interfaces com as outras disciplinas para a compreensão do mundo da
linguagem, da literatura da história, das ciências e da arte. Não é possível
102
ensinar filosofia, mas sim ensinar a filosofar, uma vez que não é possível separar
filosofia do filosofar. Portanto, entende-se que o ensino de filosofia pode ser um
espaço de estudo da filosofia e do filosofar.
Dentre os princípios que norteiam ação docente, o uso da arte é
fundamental, pois, a escola é o espaço do conhecimento produzido pelo homem
e espaço de construção de novos conhecimentos.
Cabe à Filosofia garantir não só a visão de totalidade da história e do
processo do conhecimento, sem negar a necessidade de especialização hoje
imposta, mas também desenvolver a capacidade de buscar, através da leitura,
da observação, da percepção de transformações ocorridas a partir da sua
própria interferência em situações sociais, o melhor caminho historicamente
possível para a organização da vida em sociedade. Desta forma, a disciplina de
Filosofia busca fornecer ao adolescente o instrumental básico à elaboração de
uma reflexão sobre o mundo, e sobre si mesmo no mundo, de forma a
possibilitar-lhe a conquista de uma autonomia crescente no seu pensar e agir.
Os objetivos da disciplina são:
Uma das características essenciais da filosofia é a capacidade de dialogar
de forma crítica e provocativa com o presente. Sendo assim, seguem os
objetivos:
a) Formar espíritos livres e reflexivos, capazes de resistir às diversas formas
de propaganda e com a paz.
b) Formar indivíduos, na sua coletividade, capazes de compreender seus
próprios espaços de convivência e relacionar-se com ele de maneira
crítica e consciente.
c) Pensar e desenvolver sistematicamente o raciocínio, capacitando-o a
formular e propor, de um modo especificamente filosófico, soluções a
problemas.
d) Ler, compreender, interpretar, analisar e sintetizar textos da Filosofia e
das Ciências Humanas.
e) Fomentar no aluno a capacidade de aprender com as situações diversas
e nelas desenvolver sua criatividade.
f) Estimular o fortalecimento da personalidade, no sentido de compreender a
necessidade de ter uma postura ética, que determine ações concretas,
103
capazes de estimular a aprendizagem com consciência de que o seu
sucesso e dos demais dependem do seu comportamento em sala de aula.
g) Levar o aluno a autonomia do conhecimento, aprendendo a pensar por si
mesmo. Verificar-se-á assim, a validade de conteúdos e raciocínios dos
outros, discutindo livremente as idéias.
CONTEUDOS ESTRUTURANTES
Mito e filosofia
Teoria do conhecimento
Ética
Filosofia política
Filosofia da ciência
Estética
CONTEÚDOS BÁSICOS
Saber mítico;
Saber filosófico;
Relação Mito e Filosofia;
Atualidade do mito;
O que é Filosofia?
Possibilidade do conhecimento;
As formas de conhecimento;
O problema da verdade;
A questão do método;
Conhecimento e lógica.
Ética e moral;
Pluralidade ética;
Ética e violência;
Razão, desejo e vontade;
Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas.
Relações entre comunidade e poder;
Liberdade e igualdade política;
104
Política e Ideologia;
Esfera pública e privada;
Cidadania formal e/ou participativa.
Concepções de ciência;
A questão do método científico;
Contribuições e limites da ciência;
Ciência e ideologia;
Ciência e ética.
Natureza da arte;
Filosofia e arte;
Categorias estéticas – feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, gosto, etc.;
Estética e sociedade.
METODOLOGIA
A filosofia pretende provocar o despertar da consciência de ensinar a
pensar e exercer a crítica radical, do ponto de vista da totalidade, e o todo do
ponto de vista da parte.
O Trabalho com os conteúdos estruturantes da filosofia e seus conteúdos
específicos se dará em quatro momentos: a sensibilização e mobilização para o
conhecimento; a problematização; a investigação; a criação e elaboração de
conceitos.
A filosofia pode viabilizar a compreensão do mundo da linguagem, da
literatura, da história, das ciências e das artes. Ao deparar-se com os problemas
e por meio da leitura dos textos filosóficos, espera-se que o estudante possa
pensar, discutir, argumentar e crie e recrie nesse processo novos conceitos. Os
recursos utilizados para que se alcance os quatro momentos supracitados
poderão ser bem abrangentes nas seguintes didáticas: Levantamento de
questões novas informações, opiniões, dúvidas e ou hipóteses sobre o tema em
debate e valorizar seus conhecimentos. Propor novos questionamentos, fornecer
novas informações, promover trabalhos interdisciplinares, desenvolver atividades
com diferentes fontes de informação: Livros e textos filosóficos, Filmes, Músicas,
Fotografias, Objetos, CD-ROM, Internet, Produção de Textos, Trabalhos
Investigativos individuais e coletivos, Debates Participativos de Caráter Filosófico
105
e Crítico. Propor aos alunos que organizem suas próprias soluções e estratégias
de intervenção na realidade (organização de regras de convívio, atitudes e
comportamentos diante de questões sociais, atitudes políticas e coletivas).
Solicitar resumos orais ou em forma de textos, memórias, imagem, gráficos.
Exposição de trabalhos através de murais estimulando a criatividade expressiva.
AVALIAÇÃO
No processo de avaliação é importante considerar o conhecimento prévio,
as hipóteses e os domínios dos alunos e relacioná-los com as mudanças que
ocorreram no processo de ensino e aprendizagem, desse modo, chegar-se-á a
um diagnóstico do nível de maturidade intelectual dos discentes. O professor
deve identificar a apreensão de conteúdos, noções, conceitos, procedimentos e
atitudes como conquistas dos estudantes, comparando o antes, o durante e o
depois. A avaliação não deve mesurar simplesmente fatos ou conceitos
assimilados. Deve ter um caráter diagnóstico e possibilitar ao educador avaliar o
seu próprio desempenho como docente, refletindo sobre as intervenções
didáticas e outras possibilidades de como atuar no processo de aprendizagem
dos alunos.
Como critérios para a avaliação serão detectados pelo professor a
progressão do aluno na organização do seu pensar, questionando o discurso
que tinha antes e tem agora, mudado pelo conceito assimilado. Através da
capacidade de construir e tomar posições, de detectar os princípios e interesses
subjacentes aos temas e discursos, verificando o discurso após o conceito
trabalhado.
Instrumento 1
Ênfase Cognitiva
(saber teórico)
Instrumento 2
Ênfase Cognitiva
(saber teórico)
Instrumento 3
Ênfase Cognitiva-social
(saber teórico/relacional)
Peso 100 Peso 100 Peso 100
O fechamento da media bimestral se dará da seguinte forma:
SOMA DAS AVALIACOES OFERTADAS (no mínimo três) e
DIVISÃO POR TRES (ou número de instrumentos ofertados)
106
RECUPERAÇÃO PARALELA
Será ofertada Recuperação paralela quando o rendimento for insuficiente,
avaliação através de produção de textos sobre os temas trabalhados ou
avaliação oral com anotações das falas do aluno e assinatura do mesmo ao final
da prova discursiva.
REFERÊNCIAS
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Filosofia 2, Depto de Filosofia da UFPR, Curitiba, 1999.
ASPIS, R. O professor de Filosofia: o ensino da Filosofia no Ensino Médio
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ensino. São Paulo: Cortez; Campinas, CEDES, (2004).
BACHELARD, G. O ar e os sonhos. Ensaios sobre a imaginação do
movimento. Tradução Antônio de Pádua Danesi. São Paulo: Martins Fontes,
1990.
BORNHEIM, G. O sujeito e a norma. In. NOVAES, Adauto. Ética. São
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BRASIL. Associação Nacional de Pós-Graduação em Filosofia.
Orientações curriculares do ensino médio. [S.n.t.].
BRASÍLIA, Secretaria de Educação Básica. Orientações Curriculares do
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Retorno ao republicanismo. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2004.
CORBISIER, R. Introdução à Filosofia. vol. I. 2 ed. Rio de Janeiro:
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DELEUZE, G.; GUATTARI, F. O que é a Filosofia? Tradução de Bento
Prado Jr. e Alberto Alonso Muñoz. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1992. 288 p. (Coleção
Trans) - Título original: Qu’est-ce que la philosophie?
FERRATER MORA. Dicionário de Filosofia São Paulo: Loyola, 2001
107
GALLINA, S. O ensino de Filosofia e a criação de conceitos. In:
CADERNOS CEDES, n.º 64. A Filosofia e seu ensino. São Paulo: Cortez;
Campinas, CEDES, (2004)
GALLO, S.; KOHAN, W. O. (orgs). Filosofia no Ensino Médio.
Petrópolis: Vozes, 2000.
HORN, G.B. Por Uma Mediação Praxiológica do Saber Filosófico No
Ensino Médio: Análise e Proposição a Partir da Experiência Paranaense. Tese
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LANGON M. Filosofia do ensino de Filosofia. In: Gallo, S.; CORNELLI, G.;
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LEOPOLDO E SILVA, F. Por que a Filosofia no segundo grau. REVISTA
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KOHAN & WAKSMAN. Perspectivas atuais do ensino de Filosofia no
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MANIFESTO DOS PIONEIROS DA EDUCAÇÃO NOVA. 1932.
RANCIÈRE, J. A partilha do sensível. Estética e política. Tradução de
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REALE, G.; ANTISERI, D. História da Filosofia: Patrística e Escolástica.
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RIBEIRO, R.J. Último vôo da andorinha solitária. In: Estado de São
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RUSSELL, B. Os problemas da Filosofia. Tradução António Sérgio.
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SEED/PR – Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes
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SEVERINO. A J. In: GALLO; S., DANELON; M., CORNELLI, G., (Orgs.).
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WOLFF. F. A invenção da política, In: A crise do estado nação.
NOVAES. A (Org.) Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
108
Física
JUSTIFICATIVA
A física é uma das ciências mais antigas, sendo responsável por grande
parte do desenvolvimento científico alcançado pela humanidade. Ela tem
aplicações em praticamente todos os campos da atividade humana: na
medicina, nos transportes, nos esportes, nas comunicações, na indústria etc.
Com a ajuda da Física, podemos utilizar algumas formas de energia e fazê-las
trabalhar para nós, como a energia elétrica, a energia mecânica, a energia
sonora, a energia luminosa, a energia calorífica e a energia nuclear, no qual
com a devida compreensão sabemos o porque das coisas e a sua utilidade para
109
as nossas vidas, o porque do movimento, e de tudo que fazemos. A física
explica desde os Cosmos até uma pequena partícula no nosso planeta, portanto
é muito presente no nosso dia-a-dia e por isso é importante conhecer e estudar
os seus fenômenos.
Dentro da Física procuraremos também abordar a contribuição e
valorização dos afrodescendentes nas tecnologias e o mais importante, os
valores humanos na educação e na vida de todos nós.
O aluno deverá ser capaz de diferenciar os fenômenos físicos da
natureza, saber o porque da física, quais as propriedades da física.
Aprender a importância que a física tem sobre tudo que nos rodeia e a
sua utilidade no mundo.
Ter noções das divisões da física e o que cada parte dela estuda e se
aprofundar no assunto.
Possibilitar a formação crítica, valorizando desde a abordagem de
conteúdos específicos até suas implicações históricas.
Saber que a física é a ciência que estuda os fenômenos da natureza;
Ter noção das divisões da física e o que cada parte dela estuda;
Diferenciar ponto material de corpo extenso;
O que é um referencial, trajetória, movimento e repouso;
Velocidade média, M U e M U V, aceleração, queda livre;
Ter noção das divisões da física e o que cada parte dela estuda;
Ter noção grandezas vetoriais e escalares, movimento circular;
composição de Velocidades;
Identificar forças em várias situações reais, reconhecer a unidade de
medida da força, entender as Leis de Newton, identificar e calcular força de
atrito, plano inclinado;
Ter conhecimento sobre gravitação universal e tudo o que engloba este
assunto;
Verificar a existência de pressão e suas aplicações, princípio de
Arquimedes;
Entender as diferentes formas de energia, potência.
110
Caracterizar fluido, definir densidade, calcular densidades, caracterizar a
pressão nos sólidos, líquidos e gases, definir pressão, pressão atmosférica,
explicar o teorema de Pascal.
Conhecer o teorema de Arquimedes e forças de impulsão, calcular o
empuxo, caracterizar o equilíbrio estático, caracterizar peso real e peso
aparente.
Conceituar temperatura, identificar calor, estabelecer diferença entre calor
e temperatura, medir temperaturas, definir escala Celsius, converter valores de
temperatura, definir zero absoluto.
Definir coeficientes de dilatação linear, superficial e volumétrica, aplicar as
leis que regem as dilatações, concluir que coeficientes de dilatação diferentes,
definir caloria, definir calor específico e calor latente. Caracterizar a capacidade
térmica, relacionar troca de calor com variação de temperatura e mudança de
fase, citar os tipos de vaporização, definir calor latente de fusão e vaporização.
Diferenciar gases de sólidos e líquidos, conceituar temperatura, aplicar a
equação geral dos gases perfeitos, descrever a influência da pressão e da
temperatura nas mudanças do estado físico.
Caracterizar energia interna, reconhecer que na transformação de um gás
só há trabalho realizado quando há variação de volume, identificar diferentes
formas de energia.
Caracterizar luz como forma de energia, distinguir corpos luminosos de
corpos iluminados, caracterizar os princípios da Óptica Geométrica, velocidade
de propagação da luz.
Explicar a reflexão da luz, as leis, identificar os tipos de espelhos,
enumerar imagens, interpretar a cor de um objeto, relacionar as dimensões do
objeto.
Explicar a refração da luz e tudo que está relacionado a ele.
Definir movimento periódico e oscilatório, conceituar ondas, velocidade do
mesmo e tudo mais que está relacionado sobre ondas.
Caracterizar o som como uma forma de energia, situar sons audíveis,
freqüência, explicar o eco.
Reconhecer a importância dos fenômenos eletrostáticos no
desenvolvimento da eletricidade, reconhecer a existência de dois tipos de carga
elétrica, enunciar algumas propriedades, descrever os processos de eletrização,
111
identificar diferenças entre condutores e isolantes, distinguir corpos eletrizados
dos não eletrizados aplicar o princípio de conservação e quantização da carga e
descrever o funcionamento do eletroscópio.
Aplicar a lei de Coulomb, definir unidade de carga elétrica.
Descrever a influência de um corpo carregado eletricamente na região
vizinha, descrever como se detecta a existência do campo elétrico,aplicar o
conceito de campo elétrico, determinar o campo elétrico resultante, avaliar a
concentração de cargas sobre uma superfície condutora, caracterizar o campo
elétrico interno.
Calcular o trabalho elétrico, definir energia potencial elétrica, caracterizar
o potencial elétrico, caracterizar o campo elétrico uniforme.
Determinar o potencial de equilíbrio de dois ou mais condutores colocados
em contato, caracterizar energia potencial elétrica de um condutor.
Caracterizar capacitor e capacitância, determinar o condensador
equivalente de uma associação em série, em paralelo ou misto, caracterizar uma
associação em série ou em paralelo de condensadores.
Interpretar a corrente elétrica, definir intensidade de corrente, identificar o
ampère, identificar aplicações práticas, caracterizar o efeito Joule, identificar os
elementos de um circuito elétrico, classificar objetos como condutores e
isolantes, explicar o funcionamento de um fusível.
Definir resistência elétrica de um condutor, enunciar as leis de Ohm,
identificar resistores não-ohmicos, estabelecer a relação entre a diferença de
potencial entre dois pontos, relacionar a resistência de um condutor com a
natureza do material que o constitui, descrever a utilização prática dos reostatos,
determinar a potência dissipada, relacionar a potência de aparelhos
eletrodomésticos com a diferença de potencial nos seus terminais, conhecimento
para calcular consumo de eletricidade.
Distinguir os dois tipos de associação, determinar o valor do resistor
equivalente, comparar a luminosidade de lâmpadas, reconhecer o amperímetro,
voltímetro, determinar o valor de uma resistência usando uma ponte de fio.
Explicar o funcionamento de um gerador elétrico, caracterizar energia de
f.m.e, identificar os pólos de uma pilha, equação de um gerador, calcular o
rendimento, caracterizar corrente de curto-circuito, relacionar a d.d.p. total de
uma associação em série, explicar o funcionamento de um receptor elétrico.
112
Enunciar e aplicar a lei de Ohm generalizada. Caracterizar as leis de
Kirchhoff, construir circuitos elétricos.
Descrever as propriedades de uma ímã, identificar os pólons, conceituar
campo magnético, descrever a bússola, identificar a interação entre corrente
elétrica e bússola, definir vetor indução magnética, identificar as características
da força magnética sobre um condutor retilíneo imerso em um campo magnético
uniforme.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Movimento
Termodinâmica
Eletromagnetismo
CONTEÚDOS BÁSICOS
Introdução
Cinemática
Leis de Newton
Leis de Conservação
Temperatura- dilatação - gases
Calor
Ótica e Ondas
Campo e Potencial Elétrico
Circuitos Elétricos de Corrente Contínua
Eletromagnetismo
Observação: O conteúdo Básico, Variação da quantidade de movimento=
impulso, será trabalhado se houver tempo.
Observações:
O planejamento é flexível, conforme a necessidade ele será modificado.
Os valores humanos serão trabalhados, conforme a necessidade da turma.
Será feito trabalho sobre Cultura brasileira e Africana dentro de algum
conteúdo do ano, assim que tiver oportunidade.
113
A parte prática será feita na sala conforme conteúdo trabalhado e material
disponível
METODOLOGIA
A partir do conhecimento do aluno, terá início a aprendizagem do mesmo,
introduzindo conceitos básicos, uma pequena revisão e apresentar os conteúdos
de forma curiosa ao aluno, sendo através de textos científicos ou de forma oral.
Ao começar o assunto a ser estudado, é aproveitado o conhecimento que
o aluno possui, criando questões aonde eles vão respondendo de forma
espontânea, aonde o professor vai completando ou aprofundando conforme a
necessidade e em seguida esse conteúdo é aprofundado em forma de
atividades: cálculos e teoria. Quando possível montamos experiências na sala
de aula, aonde todos colaboram na montagem e na explicação. Tem conteúdos
que são cobrados em forma de pesquisa. Depois dessas atividades é feito uma
avaliação para saber se tudo foi absorvido ou não.
Far-se-á uso da exposição oral dialogada, pesquisa, utilização do quadro-
negro cartaz ou material de explicação, dando exemplos do dia-a-dia. Serão
dados exercícios, problemas para o aluno, pesquisas para adquirir maior
conhecimento e se possível será feito a parte prática na sala de aula, usando
material improvisado, tendo em vista que é muito caro comprar material pronto.
Será explanado o assunto através de forma oral, na forma escrita, utilizando o
quadro- negro, cartaz ou material de explicação, TV pendrive , dando exemplos
do dia-a-dia. Serão dados exercícios, problemas para o aluno, pesquisas para
adquirir maior conhecimento, utilizando o laboratório de informática e se possível
será feito a parte prática na sala de aula, usando material improvisado,
reciclável. Para o aluno ter uma visão mais abrangente do universo será
necessário informá-lo que as fórmulas matemáticas representam modelos, os
quais foram criados para entender determinado fenômeno ou evento físico.
Observação:
O planejamento é flexível, conforme a necessidade ele será modificado.
Os valores serão trabalhados por bimestre, de acordo com o valor
escolhido pela turma.
114
Será feito trabalho sobre Cultura brasileira e africana dentro de algum
conteúdo do ano, assim que tiver oportunidade.
Avaliação
Será feito de forma constante e diversificada, na forma de auxiliar o aluno
na aprendizagem, através de registros, da observação do professor quanto à
atividades na sala de aula, laboratório e atividades extra-classe.
Todos os textos trabalhados com o aluno serão analisados na forma
escrita por ele entregue. Serão cobradas pesquisas referentes aos conteúdos,
devido a poucas aulas semanais, que não conseguir trabalhar em aula.
Questionários, problemas, exercícios, deverão ser solucionados e
entregues para a avaliação.
Nas aulas práticas os alunos participarão integralmente no
desenvolvimento, ou seja, eles realizarão o experimento e concluirão com a
orientação do professor, sendo entregue no final relatório escrito.
A avaliação deverá ser diagnóstica, sendo usada como parâmetro para a
retomada dos conteúdos, a qual deverá ser realizada em todos os momentos
das atividades propostas.
A avaliação deverá propiciar, por parte dos alunos, a constatação e
compreensão dos objetivos, ou seja, a aprendizagem, obtendo-se assim dados
para orientar novas ações de ensino.
De acordo com as Diretrizes, avaliação tem um papel de mediação no
processo pedagógico; ou seja, ensino, aprendizagem e avaliação integram um
mesmo sistema, na qual a avaliação serve para ajudar o aluno a adquirir o
conhecimento na forma atuante, conforme exemplo a seguir:
Instrumento 1
Ênfase Cognitiva
(saber teórico)
Instrumento 2
Ênfase Cognitiva
(saber teórico)
Instrumento 3
Ênfase Cognitiva-social
(saber teórico/relacional)
Peso 100 Peso 100 Peso 100
O fechamento da media bimestral se dará da seguinte forma:
SOMA DAS AVALIACOES OFERTADAS (no mínimo três) e
DIVISÃO POR TRES (ou número de instrumentos ofertados)
115
Recuperação paralela
Se por algum motivo o aluno não atingir o rendimento necessário, far-se-á
revisão dos conteúdos sempre que houver necessidade, dando-lhe uma nova
oportunidade de estar atingindo a meta proposta que será considerada
recuperação paralela. A qual será validada a partir do momento em que a media
da avaliação e da recuperação seja maior que a nota da avaliação. Caso a
média for menor do que a nota da avaliação, fica mantida a nota da mesma.
REFERÊNCIAS
BONJORNO, José Roberto Física 1. São Paulo: FTD, 1993. v.1. –
(Coleção De Olho No Vestibular)
BONJORNO, José Roberto Física 2. São Paulo: FTD, 1993. v.2. –
(Coleção De Olho No Vestibular)
BONJORNO, José Roberto Física 3. São Paulo: FTD, 1993. v.3. –
(Coleção De Olho No Vestibular)
BONJORNO, Regina Azenha; BONJORNO, José Roberto; BONJORNO,
Valter; RAMOS, Clinton Marcico Física Completa. São Paulo: FTD, 2001.
volume único
CARRON, Wilson; GUIMARÃES,Osvaldo As Faces da Física. São Paulo:
Editora Moderna, 1997. volume único
FERRARO, Nicolau Gilberto; SOARES, Paulo Antonio de Toledo Física
Básica. São Paulo: Atual, 1998. volume único.
LEOPOLD, Frederico de Oliveira Básicas Química-Física-Matemática.
Curitiba: Expoente, 1997. v.1. – (Coleção Expoente)
LEOPOLD, Frederico de Oliveira Básicas Química-Física-Matemática.
Curitiba: Expoente, 1997. v.2. – (Coleção Expoente)
LEOPOLD, Frederico de Oliveira Básicas Química-Física-Matemática.
Curitiba: Expoente, 1997. v.3. – (Coleção Expoente)
LUZ, Antônio Máximo Ribeiro da; ÁLVARES, Beatriz Alvarenga. Física
(ensino médio). São Paulo: Scipione, 2009. volume 1.
116
LUZ, Antônio Máximo Ribeiro da; ÁLVARES, Beatriz Alvarenga. Física
(ensino médio). São Paulo: Scipione, 2009. volume 2.
LUZ, Antônio Máximo Ribeiro da; ÁLVARES, Beatriz Alvarenga. Física
(ensino médio). São Paulo: Scipione, 2009. volume 3.
SEED/PR – Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Livro Didático
Público. Física / vários autores. – Curitiba, 2006 – p. 216
SEED/PR – Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes
Curriculares para a Educação Básica do Paraná. Física. Paraná, 2008
Geografia
JUSTIFICATIVA
O Espaço Geográfico é entendido como o espaço produzido e apropriado
pela sociedade, composto por objetos naturais, culturais e técnicos e ações
sociais culturais, políticas e econômicas inter-relacionados. Os objetivos que
interessam à Geografia são também imóveis, tal uma cidade, uma barragem,
uma estrada de rodagem, um porto, uma floresta, uma plantação um lago, uma
montanha.
117
Esses objetos são do domínio, tanto do que se chama a Geografia Física
como do domínio do que se chama a Geografia Humana e através da historia
desses objetos, ambas, se encontram.
A ação e o próprio homem. Só o homem tem ação, porque só ele tem
objetivos, finalidade. As ações humanas não se restringem aos indivíduos,
incluindo também as empresas, as instituições. As ações resultam de
necessidades naturais ou criadas, como: materiais, econômicas, sociais,
culturais, morais e afetivas. O espaço geográfico deve ser considerado com algo
que participa igualmente da condição do social e do físico. –A cartografia tem
sido utilizada, no ensino da geografia, como recurso didático para leitura e
interpretação do espaço geográfico.
Estudar geografia é uma forma de compreender o mundo em que
vivemos. Por meio desse estudo, podemos entender melhor tanto o local em que
moramos – seja uma cidade ou uma área rural – quanto o nosso país, assim
como os demais países da superfície terrestre. O campo de preocupações da
geografia é o espaço da sociedade humana, onde os homens e as mulheres
vivem e, ao mesmo tempo, produzem modificações que o (re) constroem
permanentemente. Indústrias, cidades, agriculturas, rios, solos, climas,
populações: todos esses elementos – além de outros – constituem o espaço
geográfico, isto é, o meio ou a realidade material onde a humanidade vive e do
qual ela própria e parte integrante.
Tudo nesse espaço depende do homem e da natureza. Esta última é a
fonte primeira de todo o mundo real: a água, a madeira, o petróleo, o ferro, o
cimento, o asfalto e todas as outras coisas que existem nada mais são do que
aspectos da natureza. Mas o homem reelabora esses elementos naturais ao
fabricar os plásticos a partir do petróleo, ao represar e construir usinas
hidrelétricas, ao aterrar pântanos e edificar cidades, ao inventar velozes aviões
para encurtar as distâncias. Assim, o espaço geográfico não é apenas o local de
morada da sociedade humana, mas principalmente uma realidade que é a cada
momento (re) construída pela atividade do homem.
As modificações que a sociedade humana produz em seu espaço são
hoje mais intensas do que no passado. Tudo o que nos rodeia se transforma
rapidamente. Com a interligação entre todas as partes do globo, com o
desenvolvimento dos transportes e das comunicações, passa a existir um mundo
118
cada vez mais unitário. Pode-se dizer que , em nível planetário, há uma única
sociedade humana, embora seja uma sociedade plena de desigualdade e
diversidades. Os “mundos” ou sociedades isoladas, que vivem sem manter
relações com o restante da humanidade, cedem lugar ao espaço global da
sociedade moderna. Na atualidade, não existe nenhum país que não dependa
dos demais, seja para suprimento de parte das suas necessidades materiais,
seja pela internacionalização da tecnologia, da arte, dos valores, da cultura
afinal. Um acontecimento importante – uma guerra civil, fortes geadas com
perdas agrícolas, a invenção de um novo tipo de computador, a descoberta de
enormes jazidas petrolíferas, etc. – que ocorra numa parte qualquer da
superfície terrestre provoca repercussão em todo o conjunto do globo. Muito do
que acontece em áreas distantes acaba nos afetando de uma forma ou de outra,
mesmo que não tenhamos consciência disso. Não vivemos mais em aldeias
relativamente independentes, como nossos antepassados longínquos, mas num
mundo interdependente e qual as transformações se sucedem numa velocidade
acelerada.
Para nos posicionarmos inteligentemente em relação a este mundo temos
de conhecê-lo bem. Para nele vivermos de forma consciente e critica, devemos
estudar os seus fundamentos, desvendar os seus mecanismos. Ser cidadão
pleno em nossa época significa antes de tudo estar integrado criticamente na
sociedade, participando ativamente de suas transformações. Para isso devemos
refletir sobre o nosso mundo, compreendendo-o do âmbito local ate os nacional
e planetário. E a geografia é um instrumento indispensável para empreendermos
essa reflexão. Reflexão que deve ser a base de nossa atuação no mundo.
Adquirir uma visão global e diferenciada da superfície terrestre.
Proporcionar ao aluno a compreensão da cidadania, como participação
social e política, bem como, o exercício de direitos e deveres políticos, civis e
sociais, adotando em seu cotidiano atitudes de solidariedade.
Entender a transformação do espaço pelo homem e suas relações com o
meio ambiente e cidadania, nos diferentes períodos históricos, adequando-os
aos modos de produção da época.
Entender a relação socioambiental, através das paisagens e os recursos
naturais da terra, com sua diversidade cultural e regional;
119
Reconhecer os fluxos financeiros que se originam das migrações
internacionais;
Relacionar informações que podem favorecer a capacidade de síntese
dos fenômenos da natureza e que são de grande importância para o estudo da
geografia;
Localizar-se no tempo e no espaço;
Conscientizar-se da gravidade do nosso lixo;
Identificar os problemas da população;
Entender a sociedade humana, sua vida, produção e as modificações no
espaço geográfico.
Compreender as transformações que ocorrem nas relações de trabalho,
em função da incorporação das novas tecnologias;
Apreciar, respeitar e preservar as diversas formas de representação da
natureza;
Situar o Brasil, nos demais países do mundo, identificando semelhanças e
diferenças;
Conhecer o real valor dos povos, suas lutas, desajustamentos e vitórias.
Despertar o interesse pela procura de soluções para os grandes
problemas mundiais.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Para o estudo de geografia serão apontados os conteúdos estruturantes
considerando o seu objeto de estudo – ensino e o espaço geográfico.
Entende-se os saberes e os conhecimentos a grande amplitude e
fundamentais para a compreensão da Geografia como ciência. Embora
ultrapassem o campo de pesquisa geográfica e perpassem outras áreas do
conhecimento, tais conteúdos são constitutivos da disciplina de Geografia,
porque demarcam o que é próprio do conhecimento geográfico escolar.
É preciso destacar que os conteúdos estruturantes estão em permanente
relação uns com os outros e que eles nunca se separam.
Nas diretrizes curriculares os CONTEÚDOS ESTRUTURANTES são:
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
120
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
CONTEÚDOS BÁSICOS
Ensino Fundamental
Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.
Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração
A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais
A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do
espaço geográfico.
As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista.
A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os
indicadores estatísticos.
A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da
diversidade cultural.
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território
brasileiro.
A Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção.
As diversas regionalizações do espaço brasileiro.
As manifestações socioespaciais da diversidade da cultural.
A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e
indicadores estatísticos.
Movimentos migratórios e suas motivações.
O espaço rural e a modernização da agricultura.
A formação, o crescimento das cidades, a dinâmicas dos espaços urbanos
e a urbanização.
A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do
espaço geográfico.
A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações.
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
121
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do
continente americano.
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
O comércio em suas implicações socioespaciais.
A circulação da Mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das
informações.
A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do
espaço geográfico.
As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
O espaço Rural e a modernização da agricultura .
A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os
indicadores estatísticos.
Os movimentos migratórios e suas motivações.
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
A revolução técnico-cientifico-informacional e os novos arranjos no espaço
da produção.
O comércio mundial e as implicações socioespaciais.
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.
A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os
indicadores estatísticos.
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.
A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a
(re) organização do espaço geográfico.
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção.
O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual
configuração territorial.
ENSINO MÉDIO
122
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
CONTEÚDOS BÁSICOS
A formação e transformação das paisagens.
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção.
A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do
espaço geográfico.
A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
A revolução técnico-cientifico-informacional e os novos arranjos no espaço
da produção.
O espaço rural e a modernização da agricultura.
O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual
configuração territorial.
A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das
informações.
Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.
As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos
e a urbanização recente.
A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os
indicadores estatísticos.
Os movimentos migratórios e suas motivações.
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
O comércio e as implicações socioespaciais.
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
As implicações socioespaciais do processo de mundializacão.
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
123
METODOLOGIA
Propõe-se que os conteúdos específicos sejam trabalhados de forma
crítica e dinâmica, de maneira que a teoria, a prática e a realidade estejam
interligadas em coerência com os fundamentos teóricos propostos.
O professor de Geografia deve estar atento à lei que torna obrigatório
abordar conteúdos que envolvam a temática de história e cultura afro-brasileira e
africana que podem ser vistas nas diferentes séries do Ensino Fundamental e
Médio e relacioná-las a qualquer conteúdo estruturante. O trabalho pedagógico
será feito por meio de mapas, maquetes, textos, imagens, fotos que tragam
conhecimentos sobre conteúdos específicos. Caberá ao professor adequar e
enriquecer o conteúdo de acordo com sua realidade.
Ao concluir o Ensino Fundamental, o aluno deverá ter noções geográficas
sobre os continentes, os países e os elementos físicos e humanos, objetos e
ações que se compõe.
Cabe a Geografia, abordar os conteúdos específicos de maneira a
articular aspectos naturais, econômicos, sociais, políticos e culturas, nas
diversas escalas geográficas e nas relações urbano-rurais.
Essa abordagem dará subsídios para compreender o processo histórico
da transição da ordem mundial precedente á atual.
Como recursos didáticos far-se-á uso de:
- Aulas expositivas
- Utilização do livro-texto, mapas, globo terrestre, vídeo
- Pesquisas bibliográficas, de campo e na internet (laboratório de
informática)
- Textos e leituras complementares
- Dinâmicas e trabalhos em grupo
- Debates, produção de texto, relatórios, trabalhos em equipes e
individuais.
- Elaboração de cartazes e maquetes – Dramatizações
- Apresentação oral e escrita de trabalhos pesquisados
AVALIAÇÃO
124
A avaliação é parte do processo pedagógico, e, por isso, deve tanto
acompanhar a aprendizagem dos alunos quanto nortear o trabalho do professor.
É fundamental que seja mais do que a definição de uma nota ou conceito. È
imprescindível que seja contínua e priorize a qualidade e o processo de
aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno ao longo do ano letivo. A
avaliação deve ser diagnóstica e continuada, respeitando os ritmos diferentes do
educando.
Por isso, em lugar de avaliar apenas por meio de provas, o professor deve
usar instrumento de avaliação que contemplem várias formas de expressão,
como: leitura e interpretação de textos; produção de textos; leitura e
interpretação de fatos; imagens, gráficos, tabelas e mapas; pesquisas
bibliográficas, relatórios de aula de campo; apresentação de seminários;
construção e análise de maquetes; dramatizações, interesse e compreensão do
conteúdo; desempenho em trabalhos individuais e coletivos, mini-aulas, varais,
cartazes, painéis, paródias, música.
A avaliação deve ser compreendida como um conjunto de ações
organizadas com a finalidade de obter informações sobre o que o aluno
aprendeu de forma em quais condições. Para tanto, é preciso elaborar um
conjunto de procedimentos investigativos que possibilitem ou ajustem e a
orientação da intervenção pedagógica para tornar possível o ensino e a
aprendizagem de uma melhor qualidade.
Deve funcionar por um lado, como instrumento que possibilite ao
professor analisar criticamente sua prática educativa, e por outro, como
instrumento que apresente ao aluno a possibilidade de saber sobre seus
avanços, dificuldades e possibilidades.
Na disciplina de Geografia os principais critérios são: a formação de
conceitos geográficos básicos e o entendimento das relações sócio-espaciais. O
professor deve observar se os alunos formam os conceitos geográficos e
assimilaram as relações de poder, de espaço-tempo e de sociedade-natureza
para compreender o espaço nas diversas escalas geográficas. O aluno estará
apto para avaliar melhor a realidade em que vive, sob a perspectiva de
transformá-la, onde quer que esteja.
Como instrumento de avaliação prioriza-se:
125
- Avaliação oral e escrita
- Interesse e participação contínua dos alunos em sala de aula.
- Apresentação de trabalhos orais e escritos. Individuais e coletivos.
- Exercícios realizados em sala de aula e tarefas diversas.
- O desempenho em trabalhos individuais e coletivos
- O bom relacionamento entre os colegas e professor-aluno.
- Interesse e compreensão do conteúdo
- Participação em seminários, relatórios, síntese e pesquisa
- Criatividade e participação em dramatizações – compreensão do
conteúdo.
RECUPERAÇÃO PARALELA
A recuperação paralela acontecerá, logo após alguma atividade, ou antes,
de terminar cada bimestre, onde será estabelecido um prazo de entrega de uma
semana, por isso, o aluno que por algum motivo justificado não realizou alguma
atividade na disciplina de Geografia, receberá uma nova oportunidade para a
realização e entrega da mesma.
REFERÊNCIAS
BIHR, A. Da grande noite a alternativa. 1.ed. São Paulo, Ed boitempo,
1998.
GARAVELLO, Vito Marcio e GARCIA, Hélio Carlos: São Paulo, Editora
Scipiane, 2002
GUERRA, A.J. T. ; CUNHA, S. B. Geomorfologia e Meio Ambiente. 5a
ed. Rio de Janeiro: Bertrand, Brasil. 2004. 372p
LUCCI, Elian Alabi: Geografia Homem e Espaço, São Paulo,
Saraiva,2004
MOREIRA, Igor: Construindo o Espaço, São Paulo, Editora Ática, 2004
QUAINI, M. Marxismo e Geografia. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.
MENDONÇA, F. Geografia e Meio Ambiente. 2.ed. São Paulo: Contexto,
1998.
126
MONTIBELLER, F.G. O Mito do Desenvolvimento Sustentável.
Florianópolis: EDUFSC, 2004.
MÜLLER, Geraldo. Complexo Agroindustrial e Modernização Agrária.
São Paulo: Hucitec, 1989.
SEED/PR – Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes
Curriculares para a Educação Básica do Paraná. Geografiaica. Paraná, 2008.
SIMIELLI, Maria Elena:Geoatlas, Editora Ática, São Paulo
VESENTINI, J. William; VLACH, Vânia. Geografia Crítica. São Paulo:
Editora Ática, 2002.
História
JUSTIFICATIVA
Conhecer a História é entender os diferentes processos e sujeitos
históricos em suas relações nos diferentes tempos e espaços.
127
O ensino da História já passou por diversas caracterizações no
transcorrer do tempo sempre com um novo olhar sobre as múltiplas
possibilidades da sociedade e dos processos de compreensão humanas. Pode-
se observar assim, a importância do ensino da História para a formação humana.
Para definir, conceituar História, é necessário ter em mente que a História
é contínua, que o ensino de História está em processo de mudanças.
O conhecimento histórico é elemento fundamental para a compreensão
social. Ele liberta o indivíduo para conhecer melhor a realidade e ver o mundo
com outros olhos, além de possibilitar outras ou novas leituras.
Propôs se um ensino voltado para a reflexão crítica, para a auto-
conscientização do ser que conquista o direito da cidadania, para estimular nele
o crescimento da autonomia do pensamento, com possibilidades de que o
humano possa pensar sem ser atingido por alguém, por conta própria,
questionar o mundo e reconstruir a si mesmo e as suas relações com os demais
seres compreendendo a própria função da vida, incluindo seus direitos e
deveres, assim seria um aprendizado sem ser mecânica nem escrava e sim com
possibilidades abertas para a livre iniciativa.
Estudar História é adquirir consciência da trajetória humana.E é por isso
que a História desempenha papel relativo na formação da cidadania
possibilitando uma visão reflexiva sobre a pessoa enquanto indivíduo e também
elemento de um grupo.
O estudo da História e Cultura afro-brasileira e Africana, vem, na
disciplina de História, discutir as diferenças étnico-culturais, religiosas e a
intolerância, buscando a tomada de consciência de que vivemos numa realidade
racista e excludente.
E, em conformidade com a Lei n° 10.369, de 9/1/2003, que altera a Lei no
9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da
educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a
obrigatoriedade da temática, "História e Cultura Afro-Brasileira",tornando essa
temática um estudo de suma necessidade e importância, diante da realidade em
que vivemos.
Serão incluídos conteúdos de História do Paraná, em cumprimento à Lei
13381/01, que torna obrigatório um novo tratamento, na Rede Pública Estadual
de Ensino, dos conteúdos da disciplina História do Paraná, no Ensino
128
Fundamental e Médio, objetivando a formação de cidadãos conscientes da
identidade, potencial e valorização do nosso Estado.
Objetiva-se que os alunos possam compreender o conjunto das práticas
sociais e históricas dos diversos e variados sujeitos, as formas e o conteúdo
social, econômico, político e cultural das organizações das sociedades
estudadas, suas mudanças e permanências. Compreendendo a dimensão da
realização histórica e do conhecimento histórico, o desenvolvimento da disciplina
possibilitará com que o aluno adquira capacidade de:
Identificar relações no seu próprio grupo de convívio, na localidade, na
região e no país, e outras manifestações estabelecidas em outros tempos e
espaços;
Reconhecer que o conhecimento histórico é parcial, está em construção e
tem caráter interdisciplinar;
Compreender que as histórias dos indivíduos e seu cotidiano fazem parte
das construções coletivas;
Conhecer e respeitar os modos de vida de diferentes grupos, em diversos
tempos e espaços, em suas manifestações culturais, econômicas, políticas e
sociais, reconhecendo semelhanças e diferenças entre eles, continuidades e
descontinuidades, conflitos e contradições sociais, práticas de conservação e
mudança da ordem social existente;
Questionar sua realidade, identificando problemas e construir possíveis
soluções;
Valorizar, preservar e recuperar o patrimônio sociocultural e respeitar a
diversidade cultural na construção histórica da humanidade;
Contribuir com a construção da cidadania, dos indivíduos e das
coletividades, das minorias, dos povos e das etnias, nas nações e nas relações
internacionais, contrapondo-se a todas as formas de desigualdades, práticas
discriminatórias e de violência contra a vida e de destruição do meio ambiente.
Compreender a dimensão e a relação que existe entre a prática histórica,
ou seja, a história enquanto processo real e seus sujeitos, e o conhecimento
histórico, isto é, o estudo e a interpretação elaborada pelos historiadores;
Reconhecer o direito à diversidade, a interação entre a particularidade e a
universalidade social e o respeito às diversas civilizações;
129
Compreender a dimensão das relações sociais que cada sociedade
produz no tempo e no espaço;
Refletir sobre as transformações tecnológicas e as modificações que elas
geram no modo de vida das populações e nas relações de trabalho;
Localizar acontecimentos e suas temporalidades e seus referenciais
teóricos;
Utilizar fontes históricas em seus estudos escolares;
Ter iniciativas e autonomia na realização de estudos escolares e em seu
meio social;
Utilizar conceitos para explicar relações sociais, econômicas e políticas de
referentes às realidades históricas, com destaque para a questão da cidadania.
Podem ser privilegiadas as seguintes situações didáticas:
Questionar os alunos sobre o que sabem, quais suas idéias, opiniões,
dúvidas e/ou hipóteses sobre o tema em debate e valorizar seus conhecimentos;
Propor novos questionamentos, fornecer novas informações, estimular a
troca de informações, promover trabalhos interdisciplinares;
Desenvolver atividades com diferentes fontes de informação (livros,
jornais, revistas, filmes, fotografias, objetos, etc.), e confrontar dados e
abordagens;
Trabalhar com documentos variados com sítios arqueológicos,
edificações, plantas urbanas, mapas, instrumentos de trabalho, objetos
cerimoniais e rituais, adornos, meios de comunicação, vestimentas, textos,
imagens e filmes;
Ensinar procedimentos de pesquisa, consultas em fontes bibliográficas,
organização de informações coletadas, como obter informações de documentos,
como proceder em visitas de estudos do meio e como organizar resumos;
Promover estudos e reflexões sobre a diversidade de modos de vida e de
costumes que convivem na mesma localidade;
Promover estudos e reflexões sobre a presença na atualidade de
elementos materiais e mentais de outros tempos e incentivar reflexões sobre as
relações entre presente e passado, entre espaços locais, regionais, nacionais e
mundiais;
Debater questões cotidianas e suas relações com contextos mais amplos;
130
Propor estudos das relações e reflexões que destaquem diferenças,
semelhanças, transformações, permanências, continuidades e descontinuidades
históricas;
Identificar diferentes propostas e posições defendidas por grupos e
instituições para a solução de problemas sociais e econômicos;
Os conteúdos estruturantes são representados como dimensões: Política,
econômica - Social
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ENSINO FUNDAMENTAL
Relações de trabalho
Relações de poder
Relações culturais
CONTEÚDOS BÁSICOS:
A experiência humana no tempo.
Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo.
As culturas locais e a cultura comum.
As relações de propriedade.
A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade.
As relações entre o campo e a cidade.
Conflitos e resistências e a produção cultural campo/cidade.
História das relações da humanidade com o trabalho.
O trabalho e a vida em sociedade.
O trabalho e as contradições da modernidade.
Os trabalhadores e as conquistas de direito.
A constituição das instituições sociais.
A formação do Estado.
Sujeitos, Guerras e revoluções.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES – ENSINO MÉDIO
Relações de trabalho
131
Relações de poder
Relações culturais
CONTEÚDOS BÁSICOS:
Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho Livre.
Urbanização e industrialização.
O Estado e as relações de poder.
Cultura e Religiosidade.
Os sujeitos, as revoltas e as Guerras.
Movimentos sociais,políticos e culturais e as guerras e revoluções.
METODOLOGIA
A História tem como objeto de estudos os processos históricos relativos
às ações e relações humanas, as formas de se relacionar social, cultural e
politicamente.
A produção do conhecimento histórico está em constante construção e
transformação, voltada para as experiências dos sujeitos.
As diretrizes curriculares de história têm como base a nova História
cultural, incluindo historiadores da nova História e a nova Esquerda Inglesa.
A Nova História cultural se utiliza das categorias de representações e
apropriação para a produção do conhecimento histórico. Se baseia na
correlação entre práticas sociais e representação, partindo de uma visão da
micro para a macro história .
Sua proposta é decifrar a realidade do passado por meio das suas
representações, ou seja, as formas discursivas e imagéticas pelas quais os
homens expressaram a si mesmo e o mundo.
.O aluno pode apreender a realidade na sua diversidade e nas múltiplas
dimensões temporais. Os compromissos e as atitudes de indivíduos, de grupos e
de povos na construção e reconstrução das sociedades, propondo estudos das
questões locais, regionais e mundiais, das diferenças e semelhanças entre as
culturas, das mudanças e permanências no modo de viver, de pensar, de fazer e
das heranças legadas por gerações.
132
Propor aos alunos que organizem suas próprias soluções e estratégias de
intervenção na realidade (organização de regras de convívio, atitudes e
comportamentos diante de questões sociais, atitudes políticas individuais e
coletivas, etc.);
Distinguir diferentes padrões de medidas de tempo, trabalhar com a idéia
de durações e ritmos temporais e construir periodizações para os temas
estudados;
Solicitar resumos orais ou em forma de textos, imagens, gráficos, linhas
de tempo, propor a criação de brochuras, murais, exposições e estimular a
criatividade expressiva.
Segundo a DCE, o professor deverá:
- Trabalhar com investigação histórica, partindo de um problema.
- O Aluno é sujeito ativo e não passivo.
- Uso de documentos na busca de evidências, para resolver o problema.
- Fundamentar com a Historiografia.
- Produzir narrativas históricas/Busca da Consciência Histórica.
- Historia a partir de temas.
Promover trabalhos interdisciplinares, desenvolver atividades com
diferentes fontes de informação: Livros e textos, Filmes, Músicas, Fotografias,
Objetos, CD-ROM, Internet, Produção de Textos, Trabalhos Investigativos
individuais e coletivos, Debates Participativo histórico e críticos. Solicitar
resumos orais ou em forma de textos, memórias, imagem, gráficos. Exposição
de trabalhos através de murais estimulando a criatividade expressiva.
AVALIAÇÃO
No processo de avaliação é importante considerar o conhecimento
prévio, as hipóteses e os domínios dos alunos e relacioná-los com as mudanças
que ocorreram no processo de ensino e aprendizagem. O professor deve
identificar a apreensão de conteúdos, noções, conceitos, procedimentos e
atitudes como conquistas dos estudantes, comparando o antes, o durante e o
depois. A avaliação não deve mensurar simplesmente fatos ou conceitos
assimilados. Deve ter um caráter diagnóstico e possibilitar ao educador avaliar o
133
seu próprio desempenho como docente, refletindo sobre as intervenções
didáticas e outras possibilidades de como atuar no processo de aprendizagem
dos alunos.
a. Avaliação teórica, chamada oral, pesquisa, apresentação de
trabalhos, organização de idéias, questionamentos, debates, provas individuais e
em duplas, etc.
b. Trabalhos em equipe, participação (intervenções argumentativas,
reflexivas e de questionamentos), saber ouvir, resolução de conflitos e
problemas, colaboração, auto-conhecimento, respeito mútuo, afetividade,
cidadania, etc.
c. Cartazes, maquetes, painéis, análise e síntese, seleção de
informações, resumos, acrósticos, utilização de diferentes tecnologias,
criatividade, seminários, etc.
d. Uso das normas de convivência e respeito às normas do
estabelecimento, iniciativa e busca, auto-disciplina, cultivo de valores universais
(permanentes) .
A atribuição de notas na avaliação se dará da seguinte forma:
Instrumento 1
Ênfase Cognitiva
(saber teórico)
Instrumento 2
Ênfase Cognitiva
(saber teórico)
Instrumento 3
Ênfase Cognitiva-social
(saber teórico/relacional)
Peso 100 Peso 100 Peso 100
O fechamento da media bimestral se dará da seguinte forma:
SOMA DAS AVALIACOES OFERTADAS (no mínimo três) e
DIVISÃO POR TRÊS (ou número de instrumentos ofertados)
RECUPERAÇÃO PAPARELA
Será realizada a revisão dos conteúdos sempre que houver necessidade
e se por algum motivo o aluno não atingir o rendimento necessário, dando-lhe
uma nova oportunidade de estar atingindo a meta proposta que será
considerada recuperação paralela. A qual será validada a partir do momento em
que a média da avaliação e da recuperação seja maior que a nota da avaliação.
134
Caso a média for menor do que a nota da avaliação, mantém-se a nota da
mesma.
REFERÊNCIAS
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mundo feudal. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1985.
ARRUDA, José Jobson de A. e PILETTI, Nelson. Toda História: História
Geral e História do Brasil. São Paulo: Ática, 1994.
BORGES, Vavy Pacheco. O que é História? 10. ed., São Paulo :
Brasiliense, 1986. (Primeiros Passos, 17)
CARMO, Sonia Irene do. História passado e presente: Antiga e
Medieval. São Paulo: Atual editora LTD, 1996.
CATANI, Afrânio Mendes. O que é capitalismo. São Paulo: Brasiliense,
1991.
FERREIRA, José Roberto Martins. História: 5º, 6º, 7º, 8º séries /. São
Paulo: FTD,1998.
HERMIDA, Borges. História do Brasil. São Paulo: Companhia Editora
Nacional, 1989.
LOPES, Luiz Roberto. História do Brasil Colonial. Porto Alegre: Clube
dos Editores, 1981.
MONTELLATO, Andrea Rodrigues Dias. História Temática: tempos e
culturas, 5ª Série.
MONTELLATO, Cabrini, Catelli. Coleção HistóriaTemática. São Paulo:
Scipione, 2000.
NADAI, Elza e NEVES, Joana. História do Brasil: da Colônia à
República. São Paulo: Saraiva, 1983.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo básico para a
escola pública do Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 1990.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Ensinar e aprender.
Curitiba: CENPEC, 1997. VOL. 1, 2, 3.
135
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. História 5ª a 8ª. Caderno
de ensino fundamental, 11. Curitiba, 1994.
PILETTI, Nelson. PILETTI, Claudino. História e Vida: Da pré-história à
Idade Média. São Paulo: Ática, 1995.
PINSKY, Jaime. 100 Textos de História Antiga. 2. ed., São Paulo:
Global, 1980.
POSITIVO. História. (apostila)
PREZIA, Benedito e HOORNAERT, Eduardo. Esta Terra Tinha Dono.
São Paulo: FTD, 1989.
RODRIGUE, Joelsa Ester. História em documentos: imagens e texto.
São Paulo: FTD, 2002.
SALGADO, Sebastião. Terra. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.
SEED/PR – Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes
Curriculares para a Educação Básica do Paraná. Física. Paraná, 2008
LEM - Língua Estrangeira Moderna – Inglês
JUSTIFICATIVA
136
Aprender uma nova língua no contexto escolar é uma experiência
educacional que se realiza para o aluno e pelo aluno, como reflexo de alguns
valores que consideramos fundamentais para a formação de cidadãos críticos e
atuantes. Valores esses que são transformados em interesses, de acordo com a
competência e a faixa etária deste ou daquele aprendiz. No caso da Língua
Inglesa, é notória sua participação neste processo, dada sua presença maciça e
influente em diversas culturas ao redor do mundo, atuando muitas vezes como
um “passaporte” para alcançar o sucesso profissional, uma carreira respeitosa
ou um lugar de destaque. Mas será que é somente para isso que estudamos
uma língua estrangeira? O próprio nome – estrangeira – muitas vezes já vem
carregado de certos estigmas, tanto por parte dos pais quanto dentro da própria
escola, pois é sempre tratado como algo “dos outros”, de estranhos, deixando de
lado reflexões que encaram esse aprendizado como uma possibilidade de
ampliação e conseqüente valorização da própria cultura, revelando traços de sua
identidade, tendo por base o processo de mundializacão no qual estamos
inseridos.
Sendo assim, além de trazermos para o ambiente de sala de aula
somente um “ensino de uma língua”, é necessário que tenhamos em mente que
a LEM (em nossa escolas Língua Inglesa) deve contribuir para o engajamento e
interação do aluno no mundo social (acadêmico, científico, tecnológico,
humano), bem como oportunizar o contato com outras culturas. Isso proporciona
ao educando acompanhar a evolução do conhecimento humano e desenvolve
uma visão mais abrangente em relação à cultura e à linguagem de outros povos
falantes da LEM, seja ela a primeira ou a segunda língua. Assim, o aluno adquire
uma nova percepção da natureza da linguagem, bem como uma consciência
maior do funcionamento de sua própria língua, valorizando-a.
A aprendizagem de língua estrangeira contribui para o processo
educacional como um todo, indo muito além da aquisição de um conjunto de
habilidades lingüísticas. Leva a uma nova percepção da natureza da linguagem,
aumenta a compreensão de como a linguagem funciona e desenvolve maior
consciência do funcionamento da própria língua materna. Ao mesmo tempo, ao
promover uma apreciação dos costumes e valores de outras culturas, contribui
para desenvolver a percepção da própria cultura por meio da compreensão da
cultura(s) estrangeira(s). O desenvolvimento da habilidade de dizer/entender o
137
que outras pessoas, em outros países, diriam em determinadas situações leva,
portanto, à compreensão tanto das culturas estrangeiras quanto da cultura
materna.
Essa compreensão intercultural promove, ainda, a aceitação das
diferenças nas maneiras de expressão e de comportamento. Assim, colabora-se
para a construção, e para o cultivo pelo aluno, de uma competência não só no
uso de línguas estrangeiras, mas também na compreensão de outras culturas.
A aprendizagem da língua estrangeira é também uma possibilidade de
aumentar a autopercepção do aluno como ser humano e como cidadão. Daí
centrar-se no engajamento discursivo do aluno, ou seja, em sua capacidade de
se engajar e engajar outros no discurso de modo a agir no mundo social. Dessa
maneira, o foco na leitura pode ser justificado pela função social das línguas
estrangeiras no país e também pelos objetivos realizáveis tendo em vista as
condições existentes, tornando-se função primordial na escola. Por exemplo,
em uma aula de leitura de 5ª série, a utilização de narrativas colabora para o
envolvimento do aluno com o discurso. Com o desenvolvimento da
aprendizagem, haverá constante exposição a outros tipos de texto, como o
descritivo, fruto indubitável de expansão de vocabulário, encerrando-se a 8ª
série com textos argumentativos, consolidando-se o ciclo de língua estrangeira
para o ensino fundamental. É importante ressaltar a escolha temática que
fundamenta a razão de ser do texto, pois só ocorrerá engajamento do aluno
para com o texto se este despertar interesse, inclusive pela sua função social.
Isso não quer dizer, contudo, que dependendo dessas condições, os objetivos
não possam incluir outras habilidades, tais como a compreensão oral e
produção oral e escrita. Fundamental é formular e implementar objetivos
justificáveis socialmente, realizáveis nas condições existentes na escola,
garantindo o engajamento discursivo por meio de uma língua estrangeira.
Entre as línguas estrangeiras contemporâneas, inglês é a hegemônica,
dando particular acesso à ciência e à tecnologia modernas, à comunicação
intercultural e ao mundo dos negócios, sendo certamente um diferenciador
sócio-cultural. Entretanto, a posição dominante do inglês nos campos de
negócios, na cultura popular e nas relações acadêmicas internacionais coloca-o
paradoxalmente como a língua do poder econômico e dos interesses sociais,
constituindo-se em possível ameaça para as demais línguas. Nesse sentido,
138
torna-se ainda mais necessária a sua aprendizagem, a fim de se criar condições
para a negociação, a troca e a integração, desde que haja consciência crítica
suficiente até para se formular contra-discursos culturais em relação às
desigualdades entre países e grupos sociais. Nesse sentido, os alunos passam
de meros consumidores passivos de cultura e de conhecimento a criadores
ativos, pois o uso de uma língua estrangeira é uma forma a mais de agir no
mundo para transformá-lo.
Ao ensinar uma língua estrangeira, é essencial uma compreensão teórica
do que é a linguagem, tanto do ponto de vista dos conhecimentos necessários
para usá-la quanto em relação ao uso que fazem desses conhecimentos para
construir significados no mundo social.
Por se acreditar que o processo de aprendizagem de uma língua se dá
por meio da construção e interação entre os participantes, o objetivo deste
processo de trabalho será o desenvolvimento das competências. Segundo
definição de Perrenoud competência é a “faculdade de mobilizar um conjunto de
recursos cognitivos (saberes, capacidades, informações, etc.) para solucionar
com pertinência e eficácia uma série de situações”. Para que este seja
alcançado seguiremos os seguintes objetivos:
Ser capaz de usar a língua em situações de comunicação
oral e escrita;
Vivenciar, na aula de língua estrangeira, formas de
participação que lhe possibilite estabelecer relações entre ações
individuais e coletivas;
Compreender que os significados são sociais e
historicamente construídos e, portanto, passiveis de transformação na
pratica social;
Ter maior consciência sobre o papel das línguas na
sociedade;
Reconhecer e compreender a diversidade lingüística e
cultural, bem como seus benefícios para o desenvolvimento cultural do
país.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTE
139
A proposta adotada nas Diretrizes baseia-se na corrente sociológica e nas
teorias do Círculo de Bakhtin, que concebem a língua como discurso enquanto
prática social.
CONTEÚDOS BÁSICOS
Os conteúdos básicos propostos em língua estrangeira têm por base o
uso dos gêneros discursivos, a leitura, a escrita e a oralidade.
Tema do texto
Interlocutor
Finalidade do texto
Aceitabilidade do texto
Informatividade
Situacionalidade
Intertextualidade
Temporalidade
Referência Textual
Partículas conectivas do texto
Discurso direto e indireto
Elementos composicionais do gênero
Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto
Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto
Polissemia
Marcas Linguisticas: coesão, coerência, funções das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem.
Léxico.
METODOLOGIA
Sob a perspectiva de que uma língua é muito mais que um conjunto de
regras gramaticais e uma lista de vocabulário a serem memorizados optamos
por realizar um trabalho norteado pelos pressupostos da Pedagogia Crítica
140
Freireana. Para que isso se concretize, utilizar-se-á de estratégias de leitura que
funcionem como um forte instrumento para alertar os alunos sobre as diferentes
ideologias que permeiam os discursos com os quais entram em contato de forma
que estes se sintam capazes de resistir ou aliar-se a estes discursos,
dependendo das circunstâncias em que os mesmos acontecem.
A metodologia norteadora deste processo ensino/aprendizagem pretende
que o estudante, ao ser colocado em contato com situações (tópicos)
relacionado à sua vivência e experiência, possa adquirir e/ou aprimorar o inglês
de uma forma mais significativa e efetiva, percebendo que essa língua
estrangeira faz parte do nosso cotidiano e que o domínio desta é de suma
importância - mesmo que num nível básico - para que aconteça uma
comunicação autêntica. Para isso, o estudante será exposto à língua inglesa,
seja ela oral ou escrita, a fim de que possa fazer uso de seu próprio
conhecimento e experiência para expressar-se nessa língua.
Com o objetivo de desenvolver cada uma das habilidades, utilizar-se-á
das seguintes práticas:
LEITURA
Propiciar práticas de leitura de textos de diferentes gêneros, ampliando
também o léxico;
Considerar os conhecimentos prévios dos alunos;
Formular questionamentos que possibilite inferências sobre o texto;
Encaminhar discussões sobre: tema, intenções, intertextualidade,
aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes
sociais e ideologia;
Contextualizar a produção: suporte/ fonte, interlocutores, finalidade,
época;
Utilizar textos não-verbais diversos que dialoguem com não-verbais,
como: gráficos, fotos, imagens, mapas e outros;
Relacionar o tema com o contexto atual;
Oportunizar a socialização de idéias dos alunos sobre o texto;
141
Instigar a identificação e reflexão das diferenças decorridas do uso de
palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como
de expressões que denotam ironia e humor;
Estimular leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, próprio de
diferentes gêneros;
Incentivar a percepção dos recursos utilizados para determinar causa e
conseqüência entre as partes e elementos do texto;
Proporcionar análise para estabelecer a referencia textual;
Conduzir leituras para a compreensão das partículas conectivas;
LISTENING
Exposição a exemplos de uso do inglês autêntico e natural;
Aplicação das habilidades de top-down (requer que o estudante faça uso
do conhecimento prévio, do contexto, da situação e do tópico para chegar
à compreensão através de palavras chaves e predição) e bottom-up
(requer do estudante a decodificação de palavras individuais na
mensagem para obter o significado da mesma. Tanto numa habilidade
quanto na outra há possibilidade da realização de atividades de listening
for detail, for gist, for specific information, for coherence, and inferring
meaning from context).
ORALIDADE
Organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em
consideração a aceitabilidade, informatividadade, situcionalidade e
finalidade do texto;
Orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
Preparar apresentações que explorem as marcas lingüísticas típicas da
oralidade em seu uso formal e informal.
Selecionar discursos de outros para análise dos recursos da oralidade
como: cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas,
reportagem, etc;
142
Propor reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos
alunos;
Estimular contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos
recursos extralingüísticos, como: entonação, expressões facial, corporal e
gestual, pausas e outros;
ESCRITA
Planejar a produção textual a partir: da delimitação do tema, do
interlocutor, do gênero, da finalidade, intertextualidade, aceitabilidade,
informatividade, situcionalidade,temporalidade e ideologia;
Estimular a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;
Acompanhar a produção do texto;
Encaminhar e acompanhar a reescrita textual: revisão dos argumentos
das idéias, dos elementos que compõe o gênero;
Analisar se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade
temática, se atende a finalidade, se a linguagem está adequada ao
contexto;
Conduzir a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e
normativos;
Estimular o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e
denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e humor;
Proporcionar o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer
a referencia textual;
Conduzir a utilização adequada das partículas conectivas;
Estimular produções em diferentes gêneros.
Atividades lúdicas (música, jogos, brincadeiras) serão aplicadas nas
diferentes habilidades para que promovam o desenvolvimento da autonomia e
da cooperação, as quais contribuem para o desenvolvimento social, emocional e
intelectual do educando.
A Internet também servirá como ferramenta de apoio para pesquisas ou
atividades interativas. Estas atividades complementares apresentam-se também
como forma de motivação para o aprendizado da língua, bem como uma
maneira de atingir diferentes níveis de conhecimento lingüístico na LE.
143
Aulas expositivas com foco nas quatro habilidades: listening,
speaking, reading and writing; estratégias de leitura: scanning and skinning...;
Atividades individuais, pares ou grupos; cartazes; folhas mimeografadas;
retroprojetor e transparências; vídeo; aparelho de som com fitas k7 e CDs;
laboratório de informática, CD Room, Internet, TV pendrive, pesquisas científicas
e lúdicas.
- Serão trabalhados diversos textos de vestibular de diferentes
Faculdades e Universidades, nos quais serão desenvolvidas as estratégias
globais de leitura (skimming e scanning), e então propiciar a leitura crítica (a
implicação do). Que é dito – quanto às suas intenções; refletir sobre a
organização do texto.
Sobre as relações entre organização do texto, suposto propósito do
autor, tipo de linguagem e referencial.
AVALIAÇÃO
A avaliação envolve observação e análise do conhecimento e de
habilidades específicas adquiridas pelo aluno e também aspectos formativos.
Observação de suas atitudes referentes à presença em aulas, participação nas
atividades pedagógicas e responsabilidade com que o aluno assume o
cumprimento de seu papel de cidadão em formação. Haverá diferentes
instrumentos de avaliação: seminários, debates, trabalhos, discussões, provas e
outros
A avaliação deve ser compreendida como um conjunto de ações
organizadas com a finalidade de obter informações sobre o que o aluno
aprendeu, de que forma e em quais condições. Deve funcionar, por um lado,
como um instrumento que possibilite ao professor analisar criticamente sua
prática educativa e, por outro lado, como instrumento que apresente ao aluno a
possibilidade de saber sobre seus avanços, dificuldades e possibilidades. Nesse
sentido, deve ocorrer durante todo o processo de ensino e aprendizagem e não
apenas em momentos específicos caracterizados como fechamento de grandes
etapas de trabalho. Durante esse processo estarão sendo avaliadas as quatro
habilidades (reading, listening, speaking and writing) por escrito e/ou oral,
individualmente, em pares ou em grupo, bem como o desempenho de cada
144
aluno em relação às atividades do dia a dia, realizadas dentro e fora de sala de
aula.
Com a leitura espera-se que o aluno:
- identifique o tema;
- realize leitura compreensiva do texto;
- localize informações explícitas e implícitas;
- amplie seu horizonte de expectativas;
- amplie seu léxico;
- identifique a idéia principal do texto;
- perceba o ambiente no qual circula o gênero;
- deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto;
- análise das intenções do autor;
- compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e /ou
expressões no sentido conotativo e denotativo;
- identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto;
- posicionamento argumentativo;
- reconhecimento de palavras e /ou expressões que estabelecem a
referência textual.
Com a escrita espera-se que o aluno:
- expresse as idéias com clareza;
- elabore/reelabore textos de acordo com o encaminhamento do
professor, atendendo: - ás situações de produção propostas (gênero,
interlocutor, ficalidade....); e a continuidade temática;
- diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
- use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade,
intertextualidade, etc;
- utilize adequadamente recursos lingüísticos como: pontuação, uso e
função do artigo, pronome, numeral, substantivo, adjetivo, advérbio, etc.
- empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo,
bem como de expressões que indicam ironia e humor, em conformidade com o
gênero proposto;
- pertinência do uso dos elementos discursivos, textuais, estruturais e
normativos;
145
- reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a
referência textual.
Com a oralidade espera-se que o aluno:
- utilize do recurso de acordo com a situação de produção (formal/
informal);
- apresente suas idéias com clareza, coerência, mesmo que na língua
materna;
- compreenda os argumentos no discurso do outro;
- organize a sequência de sua fala;
- respeite os turnos de fala;
- analise dos argumentos apresentados pelos colegas de classe em suas
apresentações e/ou gêneros orais trabalhados;
- participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões, quando
necessário em língua materna;
- explore a oralidade, em adequação ao gênero proposto;
- exponha seus argumentos;
- utilize conscientemente expressões faciais, corporais e gestuais, pausas
e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralingüísticos;
- analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas
infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, entre outro.
A avaliação se dará da seguinte forma:
Instrumento 1
Ênfase Cognitiva
(saber teórico)
Instrumento 2
Ênfase Cognitiva
(saber teórico)
Instrumento 3
Ênfase Cognitiva-social
(saber teórico/relacional)
Peso 100 Peso 100 Peso 100
O fechamento da media bimestral se dará da seguinte forma:
SOMA DAS AVALIACOES OFERTADAS (no mínimo três) e
DIVISÃO POR TRES (ou número de instrumentos ofertados)
RECUPERAÇÃO PARALELA
Far-se-á revisão dos conteúdos sempre que houver necessidade se por
algum motivo o aluno não atingir o rendimento necessário, dando-lhe uma nova
oportunidade de estar atingindo a meta proposta que será considerada
146
recuperação paralela. A qual será validada a partir do momento em que a média
da avaliação e da recuperação seja maior que a nota da avaliação. Caso a
média for menor do que a nota da avaliação, fica mantida a nota da mesma.
REFERÊNCIAS
BROWN, H. Douglas. Teaching by Principles: an Interative Approach
to Language Pedagogy. Prentice Hall, Inc. New Jersey, 1994.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Ed. Paz e Terra: Rio de
Janeiro, 1988.
HEBERLE, Viviane M. “Critical Reading: Integrating Principles of
Critical Discourse Analysis and Gender Studies”. In Ilha do Desterro: A
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KRASHEN, S. Principles and Pratice in Second Language Acquisition.
Oxford: Pergamon Press, 1982.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO, Diretrizes Curriculares da
Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. 2008.
Língua Portuguesa – Ensino Fundamental
JUSTIFICATIVA
147
Toda língua é uma construção histórica e social em constante
transformação. Como princípio social e dinâmico, a língua não se limita a uma
visão sistêmica e estrutural do código linguístico: é heterogênea, ideológica e
opaca. Repleta de sentidos a ela conferidos por nossas culturas e sociedades, a
língua organiza e determina as possibilidades de percepção do mundo e
estabelece entendimentos possíveis.
Na linguagem, o homem se reconhece humano, interage e troca
experiências, compreende a realidade em que está inserido e percebe o seu
papel como participante da sociedade.
Por que ensinar a língua Portuguesa?
Para o ensino da língua há um entrecruzamento na escola de diversos e
diferentes motivos, sendo eles: os condicionantes sociais, culturais e políticos.
Para que ensiná-la?
Foram priorizados os seguintes motivos:
os fins da educação, isto é, a formação do aluno para cidadania e
participação social;
as representações do professor, ou seja, sua concepção de mundo, de
educação, de si mesmo, de aluno, de linguagem/língua e da ação social;
o processo de desenvolvimento da aprendizagem, as necessidades dos
educandos, a cultura/saber que trazem á escola, suas relações dentro e fora do
espaço escolar e as demandas do contexto histórico-social;
as razões das famílias, essas direta ou indiretamente refletem o valor
social e educativo tanto na disciplina de Língua Portuguesa quanto na escola.
O que ensinar?
A ação pedagógica que tem como prioridade o uso social da língua, o
letramento ( produto de participação em práticas sociais que usam a escrita
como sistema simbólico e tecnologia), só pode acontecer por meio de práticas
significativas permeadas pela oralidade, nas quais a língua e o texto sejam
tomados em toda a sua funcionalidade e expressividade: as práticas de leitura ,
de produção e de análise lingüística.
Tendo em vista que os conteúdos da Língua Portuguesa decorrem do uso
da língua oral e escrita e da reflexão sobre a língua e a linguagem, é preciso que
se considere a integração entre essas duas vertentes, ou seja, as situações
148
didáticas devem ser criadas em função da análise linguística das produções dos
alunos. É a partir das elaborações textuais que serão abordados os conceitos
gramaticais e ortográficos. Somente assim é que será possível identificar os
conhecimentos lingüísticos já dominados pelos alunos, bem como equacionar o
melhor caminho de aprendizagem a ser proposto.
No processo de ensino-aprendizagem das diferentes séries do Ensino
Fundamental, espera-se que o educando amplie o domínio ativo do discurso nas
diversas situações comunicativas, desenvolvendo as suas potencialidades,
sobretudo nas instâncias públicas de uso da linguagem, de modo a possibilitar
sua inserção efetiva no mundo da fala e da escrita, ampliando suas habilidades
de participação social no exercício da cidadania, bem como, o comprometimento
com o projeto de formação de um ser humano crítico e atuante, sujeito no
processo de ensino/aprendizagem.
Tendo em vista a concepção de língua como discurso que se efetiva nas
diferentes práticas sociais, os objetivos a seguir fundamentarão o processo de
ensino:
Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a
cada contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos
discursos do cotidiano e propiciar a possibilidade de um posicionamento
diante deles;
Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de
práticas sociais que consideram os interlocutores, seus objetivos, o
assunto tratado, os gêneros e suportes textuais, além do conceito de
produção/leitura;
Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, de modo a atualizar
o gênero e tipo de texto, assim como os elementos gramaticais
empregados na sua organização;
Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de
pensamento crítico e a sensibilidade estética, bem como propiciar pela
Literatura a constituição de um espaço dialógico que permita a expansão
lúdica da oralidade, da leitura e da escrita;
Reconhecer a importância da norma culta da língua, de maneira a
propiciar acesso aos recursos de expressão e compreensão de
149
processos discursivos, como condição para tornar o aluno capaz de
enfrentar as contradições sociais em que está inserido e para a
afirmação da sua cidadania, como sujeito singular e coletivo.
É importante ressaltar que tais objetivos e a práticas deles decorrentes
supõem um processo longitudinal de ensino e aprendizagem que se inicia na
alfabetização, consolidando-se no decurso da vida acadêmica e não se esgota
no período escolar, mas se estende por toda a sua vida
- Proporcionar ao aluno um ambiente propício à desinibição e à produção
de textos;
- Estimular destacando os aspectos positivos das atividades dos alunos;
- Revisar os conteúdos estudados, retomando sempre os pontos cruciais
que aparecem no decorrer das aulas, para facilitar a aprendizagem;
- Conduzir o aluno através da gramática a uma reflexão sobre o
funcionamento da Língua Portuguesa, ou seja, construir os conceitos
gramaticais e refletir sobre o seu uso nos textos;
- Analisar criticamente os diferentes discursos, inclusive o próprio,
desenvolvendo a capacidade de avaliação dos textos;
- Conhecer e valorizar as diferentes variedades do Português, procurando
combater o preconceito linguístico;
- Reconhecer e valorizar a linguagem de seu grupo social como
instrumento adequado e eficiente na comunicação cotidiana, na elaboração
artística e mesmo nas interações com pessoas de outros grupos sociais que se
expressem por meio de outras variedades;
- Usar os conhecimentos adquiridos por meio da prática de análise
lingüística para expandir sua capacidade de monitoração das possibilidades de
uso da linguagem ampliando a capacidade de análise crítica;
- Valorizar e usar e a leitura e escrita como fontes de informação,
aprendizagem, lazer e arte;
- Reconhecer a necessidade de dominar os saberes envolvidos nas
práticas sociais mediadas pela linguagem como ferramenta para a continuidade
de aprendizagem fora da escola;
- Reconhecer que o domínio dos usos sociais da linguagem oral e escrita
pode possibilitar a participação, conferindo-lhe melhor qualidade;
150
- Preocupar-se com a qualidade das produções escritas próprias, tanto no
que se refere aos aspectos formais (discursivos, textuais, gramaticais,
convencionais...) quanto à apresentação estética;
- Valorizar a linguagem escrita como instrumento que possibilita o
distanciamento do sujeito em relação a idéias e conhecimentos expresso,
permitindo formas de reflexão mais aprofundadas;
- Analisar os recursos expressivos da linguagem verbal e não-verbal,
relacionando texto e contexto, função, organização, estrutura, de acordo com a
intenção, época, local, interlocutores e idéias;
- Entender o impacto das tecnologias da comunicação, aplicando-as no
processo de produção, informação e outras situações relevantes para a sua
vida.
- Usufruir do patrimônio nacional e internacional, com as suas diferentes
visões de mundo e construir categorias de diferenciação, apreciação e criação;
- Interpretar e identificar a finalidade de diferentes gêneros;
- Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas
por elementos de coesão e coerência;
- Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados;
- Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma
determinada palavra ou expressão e da exploração de recursos ortográficos e/ou
morfossintáticos;
- Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o
interlocutor de um texto;
- Considerar o uso social da linguagem escrita, levando em conta o
processo e as condições de criação na produção de textos;
- Produzir os mais diversos gêneros e tipos de textos;
- Apresentar nas suas produções as características discursivas e textuais
dos gêneros abordados.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
No processo de ensino e aprendizagem da língua, assumem-se o texto
verbal – oral ou escrito – e também as outras linguagens, tendo em vista o
multiletramento, como unidade básica, que se manifesta em enunciações
151
concretas, cujas formas se estabelecem de modo dinâmico com experiências
reais de uso da língua.
O conteúdo estruturante em Língua Portuguesa/Literatura está sob o pilar
dos processos discursivos, numa dimensão histórica e social. Assumindo a
concepção de língua como prática que se efetiva nas diferentes instâncias
sociais, o objeto de estudo da disciplina é a Língua e o conteúdo
estruturante é o discurso como prática social. Entende-se ainda que a disciplina
de Língua Portuguesa/Literatura como um campo de ação, em que se
concretizam práticas de uso real da língua materna. No contexto das práticas
discursivas encontram-se presente os conceitos oriundos da Lingüística,
Sociolingüística, Semiótica, Pragmática, Estudos Literários, Semântica,
Morfologia, Sintaxe, Fonologia, Análise de Discurso. Gramáticas normativa,
descritiva de usos, entre outros, do modo a contribuir com o aprimoramento da
competência dos estudantes.
CONTEÚDOS BÁSICOS
ORALIDADE
Considerando-se a língua em sua perspectiva histórica e social, o trabalho
com a oralidade precisa pautar-se em situações reais de uso da fala,
valorizando-se a produção de discursos nos quais o aluno realmente se
constitua como sujeito do processo interativo.
No processo de ensino e aprendizagem da língua, toma-se como ponto
de partida os conhecimentos lingüísticos dos alunos, promovendo situações que
os incentivem a falar, fazendo uso da variedade de linguagem que eles
empregam em suas interações familiares, no cotidiano. Deve-se propiciar e
promover atividades que possibilitem ao aluno tornar-se um falante cada vez
mais ativo e competente, capaz de compreender os discursos dos outros e de
organizar os seus de forma clara, coesa, coerente.
Como afirma Magda Soares (1991), é função da escola e do professor
trabalhar com o bidialetalismo, preparando o aluno para o emprego da língua
padrão, mas sabendo que, em situações informais, ele continuará o dialeto que
lhe é peculiar.
152
Leitura
A leitura é entendida como um processo de produção de sentido que se
dá a partir de interações sociais ou relações dialógicas que acontecem entre
dois sujeitos – o autor e o leitor.
A leitura será experenciada numa dimensão dialógica, discursiva,
intertextual, como um ato social em que autor e leitor participam de um processo
interativo no qual o primeiro escreve para ser entendido pelo segundo.
A produção de significados, portanto, acontece de forma compartilhada
(autor/leitor – professor/aluno), configurando-se como uma prática ativa, crítica e
transformadora.
Ler é familiarizar-se com diferentes textos em diversas esferas sociais –
jornalística, artística, judiciária, científica, didático-pedagógica, cotidiana,
midiática, literária, publicitária bem como a leitura de linguagens não verbais. A
leitura de imagens como fotos, cartazes, propagandas, imagens digitais e
virtuais, charges, caricaturas, telas de pintura, símbolos, como possibilidades de
leitura em sala de aula. Nesses o leitor deverá estar muito mais atento aos
detalhes, oferecidos nos traços, cores, formas, desenhos, no caso de
infográficos, tabelas, esquemas, onde o aluno deve corresponder o verbal ao
não verbal.
Projeto Hora da Leitura – quinzenal com cronograma prévio - visa
incentivar, motivar e conscientizar à leitura.
Escrita
As condições para que a produção aconteça ( quem escreve, o que, para
quem, para que, por que, quando, onde e como se escreve) é que determinam o
texto. Além do mais, cada gênero textual tem suas normas: a composição, a
estrutura e o estilo. Isto deve ser mostrado ao aluno.
Segundo, Pazini (1998) o envolvimento do educando com a escrita
acontece em vários momentos, sempre mediados pelo professor: o da motivação
para a produção do texto; o da reflexão, que deve preceder e acompanhar todo
153
o processo de produção; e finalmente, o da revisão, reestruturação e reescrita
do texto.
Deve-se garantir a socialização da produção textual (mural, coletânea,
publicações...).
Análise linguística e as Práticas discursivas
Os alunos trazem à escola um conhecimento prático dos princípios
da linguagem. Ao refletirem sobre a língua os educandos realizam atividades
que Geraldi (1991) chama de epilinguísticas, pois a reflexão está voltada para o
uso da língua, no próprio interior da atividade lingüística em que se realiza.
Tais atividades incidem sobre aspectos discursivos, estruturais e
ortográficos, sendo principalmente prioridade nos anos iniciais do Ensino
Fundamental ( 5ª e 6ª séries), em uma prática de reestruturação textual, na qual
professor e aluno poderão refletir sobre o porquê desta ou daquela palavra no
texto, observar problemas e possíveis formas de melhorar construções frasais,
verificar outras possibilidades de se dizer a mesma coisa, reconhecer o
significado das palavras usadas, entre outras.
Percebe-se que na concepção de interação do sujeito com a sociedade, o
ato de produzir textos compreende tanto a elaboração como a organização de
sentidos para aquele que lê.
É por meio da construção do letramento que o indivíduo passa a envolver-
se de modo prático e objetivo com o seu contexto social, não apenas de maneira
funcional, mas também “transformacional”, pois ao utilizar-se do discurso e do
texto escrito com sentido este mesmo indivíduo atuará de maneira consciente na
sociedade em que vive.
A INTERDISCIPLINARIDADE
Buscar-se-á nos quadros conceituais de outras disciplinas, referenciais
teóricos que possibilitem uma abordagem mais abrangente no conteúdo em
estudo.
Estabelecer relações interdisciplinares com outras disciplinas, pois elas
não são herméticas; a partir de suas especialidades, chamam umas às outras e,
154
juntas ampliam a abordagem dos conteúdos, numa prática pedagógica que leve
em conta as dimensões científica, filosófica e artística do conhecimento.
Observação: A oralidade, a escrita, a leitura e a análise linguística
permeiam todo o trabalho em Língua Portuguesa durante o ano letivo, ou seja,
em todos os bimestres e em todas as séries.
METODOLOGIA
A proposição de encaminhamentos metodológicos, no ensino de Língua
Portuguesa e Literatura, seguem os princípios de interação, base da concepção
adotada para esta disciplina, ou seja, trabalhar a Língua Portuguesa atendendo
uma perspectiva sociointeracionista., que pretende uma prática diferenciada,
uma vez que considera que a língua só existe em situações de interação e
através das práticas discursivas, que assumem a língua em sua história e
funcionamento.
A Língua Portuguesa e Literatura têm o papel de aprimorar as
possibilidades do domínio discursivo na oralidade, na leitura e na escrita, para
que os alunos compreendam e interfiram nas relações de, poder, em relação ao
pensamento e às práticas de linguagem, imprescindíveis ao convívio social.
Trabalhar a Língua Materna com o educando significa estabelecer
parceria em sala de aula, dar-lhes voz, escutar o que têm a dizer, em
experiências de uso concreto da língua.
PRÁTICA DA ORALIDADE
Consideram-se, na prática da oralidade, as variantes lingüísticas como
legítimas formas de expressão. A prática da oralidade realiza-se por meio de
operações lingüísticas complexas, relacionadas a recursos expressivos.
As possibilidades de trabalho com a oralidade são ricas e apontam
diferentes caminhos:
apresentação de temas variados: histórias de família, da comunidade, um
filme , um livro etc.
depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo aluno ou
pessoas do seu convívio;
155
debates, seminários, júris-simulados e outras atividades que possibilitem o
desenvolvimento de argumentações;
transmissão de informações;
troca de opiniões;
contação de histórias;
declamação de poemas;
representação teatral;
relatos de experiência;
confronto e comparação entre a fala e a escrita, de modo a constata suas
similaridades e diferenças;
Além disso, pode-se analisar a linguagem em uso:
em programas televisivos, como jornais, novelas, propagandas;
no discurso do poder em suas diferentes instâncias;
no discurso público;
no discursos privado, enfim nas mais diversas realizações do discurso
oral;
textos literários como Arte, produzindo oportunidade de considerar seus
estatutos, dimensão estética e suas forças políticas particulares;
ensinar os alunos a se sentirem bem para expressarem suas idéias com
segurança e fluência, através de estratégias específicas da oralidade e
escrita;
praticar e aprender a convivência democrática, aproveitando os imensos
recursos expressivos da língua, tanto pelo livre direito à expressão quanto
pelo reconhecimento do mesmo direito do outro;
oferecer condições ao aluno de falar com fluência em situações formais,
adequando a linguagem conforme as circunstâncias( interlocutores,
assunto, intenções);
desenvolver a sensibilidade de saber ouvir, o que favorece, inclusive, a
convivência social;
analisar as diferenças entre a oralidade e a escrita, pois a fala é
espontânea (face a face) e complementada com recursos
extralingüísticas, enquanto a escrita é planejada, elaborada e
predominantemente de frases mais complexas e subordinadas.
156
PRÁTICA DA LEITURA
Na leitura o aluno terá contato com uma ampla variedade de textos,
desenvolvendo uma atitude crítica, que leva o educando a perceber o sujeito
presente nos textos, e a uma atitude responsiva diante deles.
Desenvolver a subjetividade do aluno com uma variedade de textos,
como: notícias, crônicas, piadas, poemas, artigos, propagandas, informações,
cartas de leitores, charges, romances, contos e outros, Assim, a construção dos
significados do texto é de responsabilidade do leitor.
Proporcionar ao educando as linguagens não-verbais, como: a leitura de
imagens, fotos, cartazes, propagandas, imagens digitais e virtuais, figuras que
povoam o universo cotidiano do multiletramento.
Possibilitar ao aluno, percepção e reconhecimento dos elementos de
linguagem que o texto manipula, porque este carrega em si ideologias que estão
presentes no meio social e cultural que o cerca.
A relação dinâmica entre autor/leitor e aluno/professor, é uma prática
ativa, crítica e transformadora que leva a diferentes tipos e gêneros textuais:
textos lúdicos, jornalísticos, informativos, didático-pedagógicos, publicitários,
científicos, históricos, literários e outros.
As linhas que tecem a leitura são: memória, intersubjetividade,
interpretação, fruição e intertextualidade que devem ser preenchidas pelo leitor.
Projeto Hora da Leitura – quinzenal com cronograma prévio - visa
incentivar, motivar e conscientizar à leitura.
PRÁTICA DA ESCRITA
O exercício da escrita leva em conta a relação entre o uso e o
aprendizado da língua, sendo o texto um elo de interação social e os gêneros
discursivos, construções coletivas. Assim a escrita é entendida como formadora
de subjetividades.
Compreender o funcionamento de um texto escrito, diferente do texto oral,
internalizando essas diferenças e amadurecendo a produção de texto com a
intenção de provocar uma ação no mundo.
157
Planejar, revisar. Reestruturar e reescrever o texto.
Conhecer, na produção escrita, quem será o leitor e o destinatário do
texto.
Os gêneros previstos para a prática da produção textual, dentre outros:
relatos (histórias de vida), bilhetes, cartas, cartazes, avisos (textos pragmáticos),
poemas, contos, crônicas (textos literários), notícias, editoriais, cartas do leitor e
entrevistas (textos de imprensa), relatórios, resumos de artigo e verbetes de
enciclopédias (textos de divulgação científica).
Ampliar o domínio de uso das linguagens verbais e não-verbais pelo
contato direto com textos de variados gêneros, orais ou escritos.
ANÁLISE LINGUÍSTICA
Propõe-se a formar usuários competentes da língua, de modo que, pela
fala, escrita e leitura, exercitem a linguagem de forma consistente e flexível,
adaptando-se a diferentes situações de uso.
Proporcionar ao aluno o mais variado contato com diferentes tipos de
textos e gêneros textuais que possibilitem assimilar as regularidades que
determinam o uso da norma padrão (organização, unidade, coerência, coesão,
clareza...).
Ampliar a capacidade discursiva em atividades de uso da língua, de
modo, a compreender outras exigências de adequação da linguagem
(argumentação, situacionalidade, intertextualidade, informatividade,
referenciação, concordância, regência, formalidade e informalidade).
Considerar a interlocução como ponto de partida para o trabalho com o
texto, estudando os conteúdos gramaticais a partir de seus aspectos funcionais
na constituição da unidade de sentido dos enunciados. Não considerar apenas a
gramática normativa, mas também outras (descritiva internalizada).
Planejar e desenvolver atividades que possibilitem aos alunos a reflexão
sobre o próprio texto (revisão, reestruturação, refacção do texto, análise coletiva
do texto selecionado.
Propiciar ao aluno a expressão da análise por meio de diferentes gêneros,
considerando sua criatividade. Interpretando e proliferando o pensamento e
abrindo a possibilidade de o aluno jogar, criar, atualizar os gêneros.
158
Definir a intenção para o trabalho com a Língua Portuguesa e Literatura
fazendo com que o aluno elabore perguntas, considere hipóteses, questione.
Propiciar que o aluno se capacite a construir metáforas, a transformar
conceitos, a ser afirmativo de seus valores e compreensivo dos valores do outro,
concordando ou não com tais diferenças, contudo, discernindo-as para que
possa fazer suas próprias escolhas.
LITERATURA
Incentivar o aluno à leitura fruição de diferentes obras literárias,
mostrando-lhe que funciona como um jogo em torno da linguagem.
Formar um leitor crítico, capaz de sentir e de expressar o que sentiu, com
condições de reconhecer nas aulas de literatura um envolvimento de
subjetividade que se expressam pela tríade obra/autor/leitor por meio da
interação no ato de ler.
Compartilhar a interação entre a obra e o leitor, como sujeito ativo de
refletir sobre o que leu, emitir juízos e ampliar seus conhecimentos em relação à
obra lida.
A “Estética da Recepção” visa resgatar o leitor de sua “passividade”,
desconsiderando o viés contextual. Toda obra, está sujeita ao horizonte de
expectativas de um público.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve possibilitar o trabalho com o novo, numa dimensão
criadora e criativa que envolva o ensino e aprendizagem, apontando novos
caminhos para superar problemas e fazer emergir novas práticas educativas.
A avaliação será contínua priorizando a qualidade e o processo de
aprendizagem, ou seja, o desempenho do educando ao longo do ano letivo,
dando destaque à chamada avaliação formativa, pois é o melhor caminho para
garantir a aprendizagem de todos os alunos, enfatizando o aprender.
Considerando que os alunos possuem ritmos e processos de aprendizagem
159
diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, aponta para as dificuldades,
possibilitando assim que a intervenção pedagógica aconteça a todo o tempo.
Informa os sujeitos do processo (professor e alunos), ajuda-os a refletir.
Nessa perspectiva, a oralidade será avaliada considerando-se a
participação do aluno nos diálogos, relatos e discussões, a clareza que ele
mostra ao expor suas idéias, a fluência da sua fala, o seu desembaraço, a
argumentação que ele apresenta ao defender seus pontos de vista e, de modo
especial, a sua capacidade de adequar o discurso/texto aos diferentes
interlocutores e situações.
Quanto à leitura; questões abertas, discussões, debates e outras
atividades que permitam avaliar as estratégias que os alunos empregaram no
decorrer da leitura, a compreensão do texto lido, o seu posicionamento diante do
tema; desvendando posicionamentos ideológicos no meio social e cultural;
estabelecendo relações dialógicas entre os textos lidos e/ou ouvidos;
identificando efeitos de ironia ou humor em textos variados; bem como valorizar
a reflexão que o educando faz a partir do texto, ampliando o horizonte de
expectativas.
Em relação à escrita, os textos devem ser vistos como uma fase do
processo de produção, nunca como um produto final. Além disso, o aluno
precisa estar em contextos reais de interação comunicativa. Como é no texto
que a língua se manifesta em todos os seus aspectos, discursivos, textuais,
ortográficos e gramaticais, os elementos lingüísticos utilizados nas produções
dos alunos precisam ser avaliados em uma prática reflexiva e contextualizada,
que possibilite a eles a compreensão desses elementos no interior do texto.
- Demonstrar compreensão de textos orais e escritos, por meio de
retomada dos tópicos do texto;
- Atribuir sentido a textos orais e escritos, posicionando-se criticamente
diante deles;
- Ler de maneira independente textos com os quais tenham familiaridade;
- Compreender textos a partir do estabelecimento de relação entre
diversos segmentos do próprio texto e entre o texto e os outros diretamente
implicados com ele;
160
- Selecionar procedimentos de leitura adequados a diferentes objetivos e
interesses (estudo, entretenimento, realização de tarefas...) e as características
do gênero e suporte;
-Coordenar estratégias de leitura não-lineares utilizando procedimentos
adequados para resolver dúvidas na compreensão e articulando informações
textuais com conhecimento prévio;
- Redigir textos na modalidade escrita, considerando as especificidades
das condições de produção;
- Escrever textos coerentes e coesos, observando as restrições impostas
pelo gênero;
- Redigir textos utilizando alguns recursos próprios do padrão escrito
relativos à paragrafação, pontuação e outros recursos gráficos, em função do
projeto textual;
- Escrever textos sabendo utilizar os padrões da escrita, observando
regularidades lingüísticas e ortográficas;
- Revisar os próprios textos com o objeto de aprimorá-los;
- Utilizar os conceitos e procedimentos constituídos na prática de análise
lingüística;
- Adoção de diversas avaliações durante o bimestre, com possibilidade de
rever os conceitos e conteúdos;
- A ação avaliativa abrange diversos instrumentos, levando em conta:
compreensão e interpretação, produção de textos, leitura, oralidade,
dramatizações, testes, provas, debates, seminários, declamação de poemas,
varal de poesias, coletâneas ( contos crônicas, poemas concretos)...
- O sistema de avaliação adotado no estabelecimento
OBS.: Em todas as séries, será dada ênfase à nova reforma ortografia,
bem como à cultura afro-brasileira.
RECUPERAÇÃO PARALELA
Se por algum motivo o aluno não atingir o rendimento necessário, far-se-á
revisão dos conteúdos sempre que houver necessidade, dando-lhe uma nova
oportunidade de estar atingindo a meta proposta que será considerada
161
recuperação paralela. A qual será validada a partir do momento em que a média
da avaliação e da recuperação seja maior que a nota da avaliação. Caso a
média for menor do que a nota da avaliação, fica mantida a nota da mesma.
Obs.: Os fundamentos teóricos que estão alicerçando a discussão, sobre
o ensino de Língua Portuguesa e Literatura, estão a demandar novos
posicionamentos em relação às práticas de ensino, pois ela - Língua Portuguesa
– é móvel, passa continuamente por transformações oriundas de seu papel nas
interações que ocorrem no seio da sociedade. Isto ocorre também com o
planejamento que é flexível, portanto poderá haver algumas mudanças no
decorrer do ano letivo.
Língua Portuguesa – Ensino Médio
JUSTIFICATIVA
A concepção de Língua Portuguesa é como um conjunto aberto e múltiplo
de práticas sociointeracionais, orais ou escritas, desenvolvidas por sujeitos
historicamente situados.
Pensar a linguagem desse modo é perceber que ela não existe em si,
mas só existe efetivamente no contexto das relações sociais: ela é elemento
constitutivo dessas múltiplas relações e nelas se constitui continuamente.
Por outro lado, os próprios falantes tomam forma como sujeitos históricos
e como realidades psíquicas em meio a essa intrincada rede de relações sócio-
verbais e pela interiorização da própria dinâmica da interação sócio-verbal.
Neste sentido, somos seres de linguagem, constituídos e vivendo num
complexo feixe de relações sócio-verbais.
Ensinar português é, fundamentalmente, oferecer aos estudantes a
oportunidade de amadurecer e ampliar o domínio que eles já têm das práticas de
linguagem.
O Ensino Médio deve garantir aos alunos, o domínio das práticas sócio-
verbais, que são indispensáveis para a vida cidadã e que transcendem os limites
das vivências cotidianas informais, bem como prepará-lo para o mundo do
trabalho.
162
Trata-se tanto do domínio amplo da leitura, da escrita e da fala em
situações formais, quanto do desenvolvimento de uma compreensão da própria
realidade da linguagem nas suas dimensões sociais, históricas e estruturais.
Concebendo a linguagem como um conjunto de práticas
sociointeracionais, garante-se um tratamento pedagógico não burocrático à
leitura, à escrita e à oralidade. Deve-se encará-las como atividades sociais
significativas entre sujeitos históricos, realizados sob condições concretas.
Em qualquer atividade de linguagem é, assim, fundamental reconhecer
sua realidade interacional; reconhecer a presença do outro, mesmo quando não
diretamente visível, quer daquele que nos convida à interlocução, autor que é
dos textos que lemos ou ouvimos; quer daquele a quem convidamos à
interlocução, destinatário que é dos nossos textos escritos ou orais.
Assumindo-se a concepção de língua como discurso que se efetiva nas
diferentes práticas sociais, os objetivos a seguir fundamentarão todo o processo
de ensino:
Empregar a língua oral em diferentes situações de uso sabendo
adequá-la a cada contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que estão
implícitas nos discursos do cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos;
Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas
realizadas por meio de práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os
seus objetivos, o assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de
produção/leitura;
Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o
gênero e tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na
sua organização;
Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de
pensamento crítico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando através da
Literatura, a constituição de um espaço dialógico que permeia a expansão lúdica
do trabalho com as práticas da oralidade, da leitura e da escrita.
Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes linguagens e
suas manifestações específicas;
Utilizar-se das linguagens como meio de expressão, informação e
comunicação, em situações intersubjetivas que exijam graus de distanciamento
163
e reflexão sobre os contextos e estatutos dos interlocutores e colocar-se como
protagonista do processo de produção/recepção.
Compreender e usar a Língua Portuguesa como língua materna, geradora
de significação e integradora da organização de mundo e da própria identidade.
A Língua Portuguesa é suporte para todas as outras disciplinas.
Aplicar as tecnologias da comunicação e da informação, na escola, no
trabalho, e em outros contextos relevantes para a sua vida com as suas
diferentes visões de mundo; e construir categorias de identificação, apreciação e
criação.
Entender o impacto das tecnologias de comunicação na sua vida, nos
processos de produção, no desenvolvimento do conhecimento e da vida social.
Considerar a Língua Portuguesa como veículo de expressão oral e escrita
que conduz à interação social;
Compreender que a linguagem está presente em todos os momentos de
sua vida, seja pela oralidade ou escrita;
Desenvolver o hábito da leitura e compreensão do texto, como meio de
aplicação de sua visão de mundo, priorizar a formação do leitor; fruição da
literatura;
Despertar a criticidade vencendo os medos de colocar seu ponto de vista;
Aprender a conviver com as diferenças, oportunizar processos
interlocutivos que modifiquem o aceitável em inaceitável ou vice-versa, para isso
são necessários recursos lingüísticos que legitimem diferenças;
Construir uma linguagem interacionista na qual se observa: O que dizer?
Por que dizer? Para quem dizer? ;
Estimular destacando os aspectos positivos das atividades dos
educandos;
Revisar os conteúdos estudados, retomando sempre os pontos cruciais
que aparecem no decorrer das aulas, para facilitar a aprendizagem;
Conduzir o educando através da gramática a uma reflexão sobre o
funcionamento da Língua Portuguesa, ou seja, a gramática como instrumento;
Oportunizar o acesso as diferentes manifestações literárias produzidas
para a humanidade, observando a postura de mundo, do autor para tentar
sensibilizar o educando e fazê-lo ver outras possibilidades de leitura.
164
CONTEÚDOS
Assumindo-se a concepção de língua como prática que se efetiva nas
diferentes instâncias sociais, acorda-se que o objeto de estudo da disciplina é a
Língua e o Conteúdo Estruturante de Língua Portuguesa e Literatura é o
discurso enquanto prática social (leitura, literatura, escrita, oralidade e análise
lingüística).
O campo da disciplina de Língua Portuguesa/Literatura, antes de tudo é
de ação, onde se concretizam práticas de uso real da língua materna. No caso
da Literatura insiste no caráter lúdico e prazeroso da fruição literária, além disso,
no contexto das práticas discursivas é que se farão presentes os conceitos
oriundos da Linguística, Sociolingüística, Semiótica, Pragmática, Estudos
Literários, Semântica, Morfologia, Sintaxe, Fonologia, Análise do Discurso,
Gramáticas normativa, descritiva, de usos, entre outros, de modo a contribuir
com o aprimoramento da competência lingüística dos estudantes.
CONTEÚDOS BÁSICOS
Para o trabalho das práticas de oralidade, leitura, escrita, literatura,
análise lingüística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros
discursivos conforme suas esferas sociais de circulação, em conformidade com
as características do colégio e com o nível de complexidade adequado a cada
uma das séries.
ORALIDADE
Considerando-se a língua em sua perspectiva histórica e social, o trabalho
com a oralidade precisa pautar-se em situações reais de uso da fala,
valorizando-se a produção de discursos nos quais o aluno realmente se
constitua como sujeito do processo interativo.
No processo de ensino e aprendizagem da língua, toma-se como ponto
de partida os conhecimentos linguísticos dos alunos, promovendo situações que
os incentivem a falar, fazendo uso da variedade de linguagem que eles
165
empregam em suas interações familiares, no cotidiano. Deve-se propiciar e
promover atividades que possibilitem ao aluno tornar-se um falante cada vez
mais ativo e competente, capaz de compreender os discursos dos outros e de
organizar os seus de forma clara, coesa, coerente.
Como afirma Magda Soares (1991), é função da escola e do professor
trabalhar com o bidialetalismo, preparando o aluno para o emprego da língua
padrão, mas sabendo que, em situações informais, ele continuará o dialeto que
lhe é peculiar.
Bem como a adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos
composicionais, marcas linguísticas; variedades linguísticas; intencionalidade do
texto; papel do locutor e do interlocutor: participação e cooperação, turnos de
fala; particularidades de pronúncia de algumas palavras, procedimentos e
marcas linguísticas típicas da conversação – entonação, repetições, pausas... -;
finalidade do texto oral; materialidade fônica dos textos poéticos.
Leitura
A leitura é um ato dialógico, interlocutivo, que envolve demandas sociais,
históricas, políticas, econômicas, pedagógicas e ideológicas de determinado
momento.
A leitura é entendida como um processo de produção de sentido que se
dá a partir de interações sociais ou relações dialógicas que acontecem entre
dois sujeitos – o autor e o leitor.
A leitura será experenciada numa dimensão dialógica, discursiva,
intertextual, como um ato social em que autor e leitor participam de um processo
interativo no qual o primeiro escreve para ser entendido pelo segundo.
Ler é familiarizar-se com diferentes textos em diversas esferas sociais –
jornalística, artística, judiciária, científica, didático-pedagógica, cotidiana,
midiática, literária, publicitária bem como a leitura de linguagens não verbais. A
leitura de imagens como fotos, cartazes, propagandas, imagens digitais e
virtuais, charges, caricaturas, telas de pintura, símbolos, como possibilidades de
leitura em sala de aula. Nesses o leitor deverá estar muito mais atento, aos
detalhes oferecidos, nos traços, cores, formas, desenhos, no caso de
infográficos, tabelas, esquemas, onde o aluno deve corresponder o verbal ao
não verbal
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A produção de significados, portanto, acontece de forma compartilhada
(autor/leitor – professor/aluno), configurando-se como uma prática ativa, crítica e
transformadora.
Percebe-se ainda a interpretação textual, observando: conteúdo temático,
interlocutores, fonte, intencionalidade, ideologia, informatividade,
situacionalidade, marcas linguísticas; identificação do argumento principal e dos
argumentos secundários; inferências; as particularidades – lexicais, sintáticas e
composicionais – do texto em registro formal e informal; as vozes sociais
presentes no texto; relações dialógicas entre os textos; textos verbais e não-
verbais, midiáticos...; estética do texto literário; contexto de produção da obra
literária; diálogo da literatura com outras áreas.
Projeto Hora da Leitura – quinzenal com cronograma prévio - visa
incentivar, motivar e conscientizar à leitura.
Escrita
As condições para que a produção aconteça (quem escreve, o que, para
quem, para que, por que, quando, onde e como se escreve) é que determinam o
texto. Além do mais, cada gênero textual tem suas normas: a composição, a
estrutura e o estilo. Isto deve ser mostrado ao aluno.
Segundo, Pazini (1998) o envolvimento do educando com a escrita
acontece em vários momentos, sempre mediados pelo professor: o da motivação
para a produção do texto; o da reflexão, que deve preceder e acompanhar todo
o processo de produção; e finalmente, o da revisão, reestruturação e reescrita
do texto.
Deve-se garantir a socialização da produção textual (mural, coletânea,
publicações...).
E, ainda: adequação ao gênero – conteúdo temático, elementos
composicionais, marcas linguísticas; argumentação; coesão e coerência textual;
finalidade do texto; paragrafação; paráfrase de textos; resumos; diálogos
textuais e refacção.
O aluno deve envolver-se com os textos que produz e assumir a autoria
do que escreve, visto que ele é um sujeito que tem o que dizer. Quando escreve,
ele diz de si, de sua leitura de mundo. Bakhtin (1992, p. 289) afirma que “todo
enunciado é um elo na cadeia da comunicação discursiva. É a posição do
167
falante nesse ou aquele campo do objeto de sentido.” A produção escrita
possibilita que o sujeito se posicione, tenha voz em seu texto, interagindo com
as práticas de linguagem da sociedade.
Literatura
Como o leitor é um sujeito ativo no processo da leitura, deverão ser
propostos momentos de debates, reflexões sobre a obra lida, possibilitando
assim a ampliação dos seus horizontes de expectativas.
De acordo com Bordim e Aguiar, as leituras devem ser compreensivas e
críticas, ser receptivo a novos textos e a leitura de outrem; questionar as leituras
efetuadas em relação ao seu próprio horizonte cultural, transformar os próprios
horizontes de expectativas, bem como os do professor, da escola, da
comunidade familiar e social. Alcançar esses objetivos é essencial porque a
literatura como produção humana está intrinsecamente ligada à vida social.
A literatura para Cândido (1972) “é arte que transforma, humaniza o
homem e a sociedade”. Suas funções são psicológica, formadora e social.
A função psicológica, permite a fuga da realidade, mergulhar no mundo da
fantasia, possibilitando momentos de reflexão , identificação e catarse.
A função formadora, Candido (1972) afirma que a literatura por si só faz
parte da formação do sujeito, atuando como instrumento de educação, ao
retratar realidades não reveladas pela ideologia dominante.
A função social, é a forma como a literatura retrata os diversos segmentos
da sociedade, é a representação social e humana.
A literatura deve ser trabalhada em sua dimensão estética.Trata-se da
relação entre leitor e a obra, e nela a representação de mundo do autor que se
confronta com a representação de mundo do leitor, no ato ao mesmo tempo
solitário e dialógico da leitura.
Análise linguística e as Práticas discursivas
Os alunos trazem à escola um conhecimento prático dos princípios da
linguagem. Ao refletirem sobre a língua os educandos realizam atividades que
Geraldi (1991) chama de epilinguístícas, pois a reflexão está voltada para o uso
da língua, no próprio interior da atividade linguística em que se realiza.
168
Percebe-se que na concepção de interação do sujeito com a sociedade, o
ato de produzir textos compreende tanto a elaboração como a organização de
sentidos para aquele que lê.
É por meio da construção do letramento que o indivíduo passa a envolver-
se de modo prático e objetivo com o seu contexto social, não apenas de maneira
funcional, mas também “transformacional”, pois ao utilizar-se do discurso e do
texto escrito com sentido este mesmo indivíduo atuará de maneira consciente na
sociedade em que vive.
Quando se assume a língua como interação, em sua dimensão
lingüístico-discursiva, o mais importante é criar oportunidades para o aluno
refletir, construir, considerar hipóteses a partir da leitura e da escrita de
diferentes textos, instância em que pode chegar à compreensão de como a
língua funciona e à decorrente competência textual.
A prática de análise lingüística constitui um trabalho de reflexão sobre a
organização do texto escrito e/ou falado, um trabalho no qual o aluno percebe o
texto como resultado de opções temáticas e estruturais feitas pelo autor, tendo
em vista o seu interlocutor. Sob essa ótica, o texto deixa de ser pretexto para se
estudar a nomenclatura gramatical e a sua construção passa a ser o objeto de
ensino.
Faz parte da análise linguística perpassando as práticas de leitura, escrita
e oralidade a denotação e conotação, figuras de pensamento e linguagem, vícios
de linguagem, operadores argumentativos e os efeitos de sentido, expressões
modalizadoras – que revelam a posição do falante em relação ao que diz, como
diz; semântica; discurso direto, indireto e indireto livre na manifestação das
vozes que falam no texto; expressividade dos substantivos e sua função
referencial no texto; função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras
categorias como elementos do texto; função das conjunções e preposições na
conexão das partes textuais; progressão referencial do texto; coordenação e
subordinação nas orações do texto; recursos gráficos: aspas, travessão, negrito,
hífen, itálico; acentuação gráfica; gírias, neologismos, estrangeirismos;
procedimentos de concordância verbal e nominal; particularidades de grafia de
algumas palavras.
A Interdisciplinaridade
169
Buscar-se-á nos quadros conceituais de outras disciplinas referenciais
teóricos que possibilitem uma abordagem mais abrangente no conteúdo em
estudo.
Estabelecer relações interdisciplinares com outras disciplinas, pois elas
não são herméticas; a partir de suas especialidades, chamam umas às outras e,
juntas ampliam a abordagem dos conteúdos, numa prática pedagógica que leve
em conta as dimensões científica, filosófica e artística do conhecimento.
METODOLOGIA
Fundamentar a metodologia do trabalho pedagógico com a Língua
Materna na natureza social do discurso e da própria língua significa
compreender que são os produtos das ações com a linguagem que constituem
os objetos de ensino.
Nessa perspectiva, é a partir das experiências dos estudantes que a
Língua se transforma em objeto de reflexão, tendo em vista o resultado de sua
produção oral ou escrita ou de sua leitura.. Sendo assim, os alunos serão
sujeitos da linguagem, os quais selecionam os recursos mais coerentes para
interpretar, no caso da leitura, e para significar, quando produzem seu texto oral
ou escrito.
O papel dos professores de Língua Portuguesa e Literatura é o de garantir
aos estudantes o aprimoramento do domínio discursivo no âmbito da oralidade,
da leitura e da escrita, de modo a permitir que compreendam e interfiram nas
relações de poder com seus próprios pontos de vista, fazendo deslizar o
‘signoverdadepoder’ em direção a outras significações que permitam, aos
mesmos, a sua emancipação e a autonomia em relação ao pensamento e às
práticas de linguagem imprescindíveis ao convívio social.
Leitura e Literatura
Ler pressupõe familiarizar-se com diferentes tipos de textos oriundos das
mais variadas práticas sociais.
170
Pressupõe também o desenvolvimento de uma atitude de leitor crítico,
perder a ingenuidade diante do texto dos outros, percebendo que atrás de cada
um há um sujeito, com uma certa experiência histórica, com um determinado
universo de valores, com uma intenção.
Ler presume também uma compreensão responsiva, o que implica reagir
ao texto, dar-lhe uma resposta, concordando ou discordando, rindo dele,
emocionando-se com ele, aplaudindo-o, assimilando-o.
É importante dizer que ler e texto não estão aqui sendo usados como
termos restritos à linguagem escrita. Entende-se ler em sentido mais amplo,
como a ação de recepção crítica e responsiva de textos escritos ou falados.
E mais: por extensão quer-se abranger também a recepção (leitura) de
manifestações (textos) em outras linguagens, combinadas ou não com a
linguagem verbal.
Essa extensão ajuda a compreender de forma integrada a linguagem
verbal e as outras linguagens (as artes visuais, a música, o cinema, a fotografia,
a televisão, a publicidade, as charges, os quadrinhos, a infografia, a semiologia
gráfica, o vídeo, a multimídia...) e suas especificidades (seus diferentes suportes
tecnológicos; seus diferentes modos de composição e de geração de
significados).
Obviamente, cabe à disciplina de Língua Portuguesa Literatura a
concentrar-se nas atividades de leitura dos textos em linguagem verbal.
Entretanto, não pode deixar de oferecer aos estudantes uma experiência de
leitura de outras linguagens; considerando, de um lado, que somos seres de
múltiplas linguagens, exigindo uma múltipla capacidade de leitura de seus
cidadãos (multiletramento).
Quanto à leitura dos textos em linguagem verbal, é importante dizer
também que, em Língua Portuguesa, jamais se pode descuidar da relação dos
alunos com o texto literário. Essa é, sem dúvida, uma das mais significativas
experiências de leitura que a escola pode e deve oferecer, abrindo os horizontes
dos educandos para a riqueza do mundo estético de representas o mundo e de
trabalhar a linguagem.
Os textos literários permitem um trabalho integrado com outras linguagens
(artes plásticas, música, cinema...), criando condições para a percepção do fazer
171
artístico em geral, seja de suas especificidades, seja de suas dimensões
histórico-culturais.
Aproveita-se a história literária para uma compreensão dinâmica da nossa
história cultural oferecendo aos alunos a possibilidade de apreender o presente
como resultado e parte de toda uma complexa história.
Operar o texto literário na perspectiva rizomática. Esta mobilidade leva à
libertação do pensamento em relação à linha do tempo, o que permite valorizar a
elaboração de mapas de leituras, bem como o professor instigará relações entre
eles e o contexto presente.
O professor não apenas seguirá a linha do tempo da historiografia, talvez
o mais antigo, mas com outros mais interessantes como: estudos filosóficos e
sociológicos que enriquecem a análise literária, a estética da recepção, a
lingüística textual, a análise do discurso, a psicanálise, entre outros.
Em Literatura, a interpretação de textos, não se reduz a uma questão de
verdade ou falsidade e sim a uma contínua construção de consistência
argumentativa, proliferação do pensamento. As aulas estarão abertas a
mudanças súbitas de rumo, atendendo às reações dos alunos de modo a
incorporar suas idéias e as relações textuais.
A literatura potencializa uma prática diferenciada com a oralidade, a
leitura e a escrita. Aprimora o pensamento trazendo sabor ao saber.
Projeto Hora da Leitura – quinzenal com cronograma prévio - visa
incentivar, motivar e conscientizar à leitura.
Escrita
Quanto à escrita, cabe reiterar que o ato de escrever deve ser visto
também, como uma atividade sociointeracional, ou seja, escreve-se para alguém
ler. Isso implica reconhecer que o interlocutor é um dos condicionantes do texto.
Em conseqüência, a escrita cobra uma ação de contínua adequação do dizer às
circunstâncias de sua produção.
Nesse processo os estudantes deverão perceber, aos poucos, quanto à
prática significativa da escrita é desafiadora e cativante: envolve, entre outras
ações, adequar-se ao gênero, planejar o texto, organiza sua seqüência, articular
suas partes, selecionar a variedade lingüística, dialogar com os discursos que
172
circulam socialmente. Bem como construir o seu estilo como parte do próprio
processo de desenvolvimento da identidade.
Proceder à discussão sobre o tema a ser produzido; selecionar o gênero,
finalidade, interlocutores; orientar sobre o contexto social de uso do gênero
trabalhado.
Entende-se que os alunos, ao fim do Ensino Médio, precisam dominar
apenas aquelas práticas de escrita que são indispensáveis para a vida cidadã; a
escrita argumentativa, informativa, de apoio cognitivo (resumos e esquemas),
sem deixar de vivenciar, evidentemente, a escrita literária (narrativa ou poética).
Oralidade
A escola não pode descuidar da oralidade, seja pelo efeito positivo que
seu desenvolvimento tem sobre o conjunto das práticas de linguagem, seja pela
relevância que o falar em situações formais tem para a vida cidadã.
Não se necessita ensinar aquelas práticas que se aprende
espontaneamente em nosso cotidiano (a conversa informal e corriqueira). No
entanto, a escola precisa oferecer aos educandos a oportunidade de
amadurecer e falar com segurança e fluência em situações formais (no espaço
público, diante de um conjunto plural de interlocutores) seja em atividades de
transmissão de informações, seja em debates.
As práticas com a oralidade, em especial aquelas que envolvem debate,
são uma oportunidade especial para o amadurecimento do convívio
democrático, pelo exercício do direito à livre expressão, e, sobretudo, pela
polêmica civilizada, a qual presume, entre outros fatores, uma escuta respeitos,
uma enunciação clara e sustentada de opiniões e a abertura para novos
argumentos e pontos de vista.
Bem como: Dramatização dos textos; narração de fatos reais ou fictícios;
seleção de discurso de outros, como: filme, entrevista, debate, mesa redonda,
reportagem...; análise dos recursos próprios da oralidade; orientação sobre o
contexto social de uso do gênero trabalhado; apresentação de textos produzidos
pelos alunos.
Análise Linguística
173
Na compreensão da realidade da linguagem nas suas dimensões sociais,
históricas e estruturais é importante ressaltar, que nela estão contidas todas as
atividades de reflexão sobre a linguagem.
Entende-se que não cabe, ao ensino de português, concentrar-se
exclusivamente numa dimensão prática, isto é, oferecer aos alunos o domínio
das atividades sociointeracionais de fala, de leitura, de escrita. Junto com esse
importante trabalho, é necessário realizar sempre uma ação reflexiva sobre a
própria linguagem, integrando as práticas socioverbais e o pensar sobre elas.
Isto envolve tanto compreensão da realidade estrutural da linguagem (sua
organização gramatical) quanto, e especialmente, a compreensão de sua
realidade social e histórica (variação lingüística).
Num país onde ainda demoniza a variação lingüística, refletir sobre ela na
escola tem uma relevância toda especial: os alunos precisam aprender a
perceber, sem preconceito, a linguagem como um conjunto múltiplo e
entrecruzado de variedades geográficas, sociais e estilísticas; e a entender essa
variabilidade como correlacionada com a vida e a história dos diferentes grupos
sociais de falantes.
Só assim desenvolverão uma necessária atitude crítica diante dos
pesados preconceitos lingüísticos que embaraçam seriamente nossas relações
sociais. Com isso, a escola estará estimulando práticas positivas frente às
diferenças e contribuindo para a reconstrução do imaginário nacional sobre a
realidade lingüística brasileira.
Em relação à língua padrão, entende-se que ela não é objeto abstrato e
com vida própria, que deva ser estudada em si. Precisa ser compreendida, antes
de mais nada, no contexto amplo da cultura escrita: é constituinte dessa
dimensão cultural e nasceu, como valor sócio-histórico de seu desenvolvimento.
Em conseqüência, seu aprendizado é um efeito de um convívio amplo com
material lingüístico em língua padrão.
Além disso, a língua padrão precisa ser compreendida não como a única
manifestação da língua, mas como uma dentre as suas muitas variedades, tendo
funções socioverbais específicas: ela é esperada em situações formais de fala e,
principalmente, na maior parte das práticas de escrita. Deve estar subordinada
ao processo pedagógico geral de amadurecimento do domínio das práticas orais
e escritas de que é ingrediente.
174
Quanto ao aspecto da realidade estrutural da linguagem, algumas
considerações são necessárias. O ensino de português centrou-se
historicamente no estudo gramatical. Embora, concorda-se com todas as críticas
que, nos últimos cinqüenta anos, apontaram o equívoco dessa centralidade,
acredita-se que os conteúdos gramaticais não devem desaparecer de todo da
programação escolar. A escola não pode deixar de oferecer aos estudantes a
oportunidade de refletir sobre a organização estrutural da linguagem verbal, por
isso busca-se delinear algumas possibilidades. Uma delas é abordar os temas
gramaticais por meio de diferentes trajetos, combinando percursos mais
intuitivos (que estimulam a capacidade de observação dos fenômenos da língua)
e percursos mais expositivos (que estimulam a construção de um saber mais
sistematizado daqueles mesmos fenômenos).
Quando se trabalha com o estudo do texto, propõe-se uma abordagem de
temas que privilegia uma reflexão puramente intuitiva sobre eles, partindo da
observação dos fenômenos lingüísticos que ocorrem “ao vivo”, nos textos (1º
anos). Já no 2º ano, apresenta-se uma exposição mais sistematizada de temas
gramaticais, uma exposição mais próxima de racionalidade técnica. Partindo de
exemplos, oferece-se, então a nomenclatura e conceitos fundamentais. Nessa
exposição, privilegia-se uma análise do léxico, a classificação das palavras e
aspectos de sintaxe (sentenças simples e compostas)
É interessante que os dois trajetos sejam trabalhados de forma
complementar: depois de realizada a etapa intuitiva, passa-se à etapa
expositiva.
O importante em toda essa dimensão do ensino de português é que os
tópicos sejam desenvolvidos sempre subordinados ao domínio das atividades de
fala e escrita, isto é, sejam sempre pensados por um critério de efetiva
relevância funcional.
Um terceiro trajeto possível para a abordagem funcional de conteúdos
gramaticais é oportunizar aos alunos apreciarem seus próprios textos, surgindo
assim várias situações que possam favorecer uma combinação entre uma
reflexão intuitiva e uma análise mais sistemática dos fenômenos da língua.
Em último posicionamento, acredita-se que só se amadurece a condição
de autor em meio a um conjunto de experiências com a linguagem e a cultura
escrita. Esse amadurecimento requer leitura diversificada, crítica e responsiva,
175
pressupõe uma significativa ampliação de repertório (leitura ampla do mundo);
está aliado ao desenvolvimento de uma oralidade mais sofisticada; exige uma
reflexão básica sobre o funcionamento estrutural e social da linguagem e uma
compreensão do nosso lugar neste funcionamento.
Em outras palavras, só se obtém, esse amadurecimento a longo prazo e
explorando múltiplos caminhos.
Privilegiar o texto em sua diversidade enfocando sua especificidade,
função, marcas lingüísticas, sua organização, levando-se em consideração a
presença do interlocutor, o uso efetivo da língua;
Deixar claro para os alunos as finalidades das atividades propostas;
Distribuir as atividades de ensino num tempo que possibilite a
aprendizagem;
Elaborar atividades sobre aspectos discursivos e lingüísticos do gênero
priorizado em suas respectivas séries, em função das necessidades
apresentadas pelos educandos;
Planejar atividades em grupos, para permitir Que a troca entre os alunos
facilite a apropriação dos conteúdos (dinâmicas em grupo);
Interagir com os alunos para ajudá-los a superar dificuldades;
Oferecer ao aluno, em sua respectiva série, diversos tipos de textos que
abordam o mesmo tema (intertextualidade), possibilitando desta forma,
confrontar informações para se posicionar criticamente.
Explorar aspectos lingüísticos que dêem sentido à sintaxe de
concordância, também revelando elementos coesivos que ajudem a costurar um
texto coerente;
Registrar em diferentes estilos (formal, informal, literário, informativo...)
utilizando um vocabulário adequado às situações;
Trabalhar com o objetivo de dominar a linguagem na dimensão oral,
leitura e produção, para isso usando o texto como pretexto e assim
fundamentando o ensino da linguagem;
Priorizar o texto (diversidade, função, organização, interlocutor);
Privilegiar leitura e produção de diferentes gêneros;
Língua como instrumento de construção e reconstrução da identidade;
respeito às variações lingüísticas;
Fruição da literatura escrita e oral (formação do leitor);
176
Texto Literário - especificidade: polifonia, polissemia, estranhamento,
capacidade transformadora;
Avaliar as transformações produzidas;
Debates sobre assuntos lidos e ouvidos;
Dinâmicas em grupo;
Pesquisas bibliográficas;
Mini aulas;
Fitas de vídeo; DVD (Literaturas).
Sala de Informática;
TV Pendrive.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve possibilitar o trabalho com o novo, numa dimensão
criadora e criativa que envolva o ensino e a aprendizagem, apontando novos
caminhos para superar problemas e fazer emergir novas práticas educativas.
A avaliação será formativa, isto é, considera ritmos e processos de
aprendizagens diferentes nos estudantes e, na sua condição contínua e
diagnóstica, aponta as dificuldades, possibilitando que a intervenção pedagógica
aconteça a tempo, informando os sujeitos do processo (professor e alunos),
ajudando-os a refletirem e tomarem decisões.
Nessa perspectiva a oralidade será avaliada, em função da adequação do
discurso/texto aos diferentes interlocutores e situações. A avaliação da leitura
deve considerar as estratégias que os alunos empregam no decorrer da leitura,
a compreensão do texto lido, o sentido construído para o texto, sua reflexão e
sua resposta ao texto, é preciso lembrar que se deve também considerar as
diferenças de leituras de mundo e repertório de experiências dos estudantes. Em
relação à escrita, o que determina a adequação do texto escrito são as
circunstâncias de sua produção e o resultado dessa ação. É a partir daí, que o
texto escrito será avaliado nos seus aspectos textuais e gramaticais.
Será contínua, observando o desempenho do educando, para avaliar e
retomar os conteúdos se necessário;
Levar em conta as potencialidades dos alunos:
177
Leitura (saber identificar o tema e a finalidade do texto, informações
implícitas e explícitas nos textos, bem como informações com alta complexidade
lingüística; estabelecer relações dialógicas entre diferentes textos; reconhecer
diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam
do mesmo tema, considerando as condições de produção e recepção; interpretar
textos com auxílio de material gráfico diverso – propaganda, gráficos, mapas,
infográficos, fotos...); efetue leitura compreensiva, global, crítica e analítica de
textos verbais e não-verbais; produza inferências a partir de pistas textuais;
posicione-se argumentativamente; amplie seu léxico; perceba o ambiente no
qual circula o gênero; analise as intenções do autor; referente à obra literária
amplie seu horizonte de expectativas, perceba os diferentes estilos e estabeleça
relações entre obras de diferentes épocas com o contexto histórico atual; deduza
os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto; compreenda as
diferentes épocas com o contexto histórico atual; deduza os sentidos de palavras
e/ou expressões a partir do contexto; compreenda as diferenças decorridas do
uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo; reconheça palavras e/ou
expressões que estabelecem a progressão referencial; entenda o estilo, que é
próprio de cada gênero.
Oralidade (saber utilizar seu discurso de acordo com a situação de
produção – formal informal; reconhecer a intenção do discurso do outro; elaborar
argumentos convincentes para defender suas idéias; identificar as marcas
lingüísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto oral); obtenha
fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto; organize a
seqüência da fala de modo que as informações não se percam; respeite os
turnos de fala; analise, contraponha, discuta os argumentos apresentados pelos
colegas em suas apresentações e/ou gêneros orais trabalhados; contra-
argumente idéias formuladas pelos colegas em discussões, debates, mesas
redondas, diálogos, discussões...; utilize de forma intencional e consciente
expressões faciais, corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições
orais, entre outros elementos extralingüísticos.
Escrita (saber produzir textos atendendo as circunstâncias de produção
proposta – gênero, interlocutor, finalidade... -; adequar à linguagem de acordo
com o contexto exigido: formal ou informal; elaborar argumentos consistentes;
produzir textos respeitando o tema; estabelecer relações entre partes dos textos,
178
identificando repetições ou substituições, bem como entre a tese e os
argumentos elaborados para sustentá-la); expresse idéias com clareza; use
recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, intertextualidade...;
utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do
artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição, conjunção...;
empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo; perceba a
pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos;
entenda o estilo, que é próprio de cada gênero; reconheça palavras e/ou
expressões que estabeleçam a progressão referencial.
Análise linguística (saber distinguir o sentido metafórico do literal nos
textos orais e escritos; utilizar adequadamente recursos linguísticos; identificar
marcas de coloquialidade em textos que usam a variação linguística como
recurso estilístico; estabelecer relações semânticas entre as partes do texto;
reconhecer a relação lógico-discursiva estabelecida pela coesão argumentativa;
ampliar o horizonte de expectativas)
E, ainda:
Capacidade de expandir idéias;
Uso adequado de recursos coesivos;
Debates orais, exposição clara de idéias, fluência, participação
organizada;
Capacidade de síntese (oral e escrita);
Pesquisas, trabalhos extraclasses;
Expressão oral;
Testes orais e escritos;
Dramatizações;
Produções de vídeos;
O sistema de avaliação adotado
OBS.: Em todas as séries será dado ênfase à nova reforma ortográfica,
bem como à cultura afro-brasileira.
Recuperação Paralela
179
Se por algum motivo o aluno não atingir o rendimento necessário, far-se-á
revisão dos conteúdos sempre que houver necessidade, dando-lhe uma nova
oportunidade de estar atingindo a meta proposta que será considerada
recuperação paralela. A qual será validada a partir do momento em que a média
da avaliação e da recuperação seja maior que a nota da avaliação. Caso a
média for menor do que a nota da avaliação, fica mantida a nota da mesma.
REFERÊNCIAS
CEREJA, William Roberto. MAGALHÃES, Tereza Cochar. Português:
Linguagens: volume 1: ensino médio - 5.ed. – São Paulo: Atual, 2005.
CEREJA, William Roberto. MAGALHÃES, Tereza Cochar. Português:
Linguagens: volume 2: ensino médio – 5.ed. – São Paulo:Atual, 2005.
CEREJA, William Roberto. MAGALHÃES, Tereza Cochar. Português:
Linguagens: volume 3: ensino médio – 5.ed. – São Paulo:Atual, 2005.
SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica - Língua Portuguesa,
2008.
AMARAL, Emília et al. Novas Palavras, 2. ed. São Paulo:FTD, 2003.
CEREJA, William Roberto.MAGALHÃES,Thereza Cochar. Português:
Linguagens: Literatura, Produção de Textos e Gramática, volumes I, II, III – 3.
Ed. Ver. E ampl. – São Paulo: Atual, 1999.
GRANATIC, Branca. Técnicas Básicas de Redação - São Paulo:
Scipione, 1995.
PASCHOALIN, Maria Aparecida. Gramática: teoria e Exercícios /
Paschoali & Spadotto – São Paulo: FTD, 1989.
PEREIRA, Helena Bonito. Literatura: Toda a Literatura Portuguesa e
Brasileira – Volume Único – São Paulo: FTD, 2000.
PEREIRA, Helena Bonito, PELACHIN,Márcia Maisa. Português, na
trama do texto. São Paulo: FTD, 2004.
RODRIGUES, Paulo Sérgio. 2000 Testes de Vestibular - 32ª ed. Rio de
Janeiro:Academia Mun. De Letras do Brasil.
SACCONI, Luiz Antonio. Nossa Gramática: Teoria e Prática – 25ª ed. –
São Paulo: Atual, 1999.
180
SARGENTIM, Hermínio. Curso Básico de Redação – Volume 2 e 3 –
São Paulo: IBEP.
CEREJA, William Roberto; MAGALHAES, Tereza Cochar Português:
linguagens, 5ª a 8ª séries, 4. ed., São Paulo: Atual, 2006.
SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica - Língua Portuguesa,
2008.
PASCHOALIN, Maria Aparecida. SPADOTO. Gramática: teoria e
exercícios, São Paulo: FTD,1989.
TERRA, Ernani. Gramática/Literatura / Ernani Terra, José De Nicola – São
Paulo: Scipione, 2000
Química
CONCEPÇÃO DA DISCIPLINA
A Química é a ciência que estuda a os materiais, suas propriedades e
transformações das substancias.
Nos laboratórios e indústrias químicas são obtidas substâncias que
possibilitam, entre outras coisas: maiores e melhores safras agrícolas (adubos,
pesticidas), melhores tecidos (náilon, raiom, tergal), o tratamento e a cura de
doenças (remédios, anestésicos, vitaminas), a fabricação de produtos de higiene
(detergentes, desinfetantes), a melhoria dos transportes (ligas metálicas,
181
combustíveis, condutores elétricos), a fabricação de componentes eletrônicos
para satélites, computadores, televisores, dentre outras.
Para a Química no Ensino Médio, o estudo da história da disciplina e sua
identidade fundamentam o professor e sua prática, contribuindo na abordagem e
metodologia do ensino da Química, onde os saberes serão abordados partindo
de três Conteúdos Estruturantes: Matéria e sua Natureza; Biogeoquímica; e
Química Sintética, desenvolvendo uma abordagem voltada para a
contextualização, para a inter-relação de conteúdos, para que contribuam na
formação de valores pessoais, sociais e científicos.
Compreender e utilizar conceitos químicos dentro de uma visão
macroscópica (lógica empírica).
Utilizar adequadamente (qualitativamente e quantitativamente) as
tecnologias e seus insumos em suas atividades profissionais e cotidianas.
Descrever as transformações químicas em linguagem discursiva. Traduzir
a linguagem discursiva em linguagem simbólica usada em química: gráficos,
tabelas e relações matemáticas.
Compreender os códigos e símbolos próprios da Química atual,
aplicando-os a problemas relacionados à Química e selecionando
procedimentos experimentais pertinentes.
Buscar fontes e formas de informação relevantes para o conhecimento da
Química (livro, computador, jornais, manuais...).
Oportunizar ao estudante o desenvolvimento do conhecimento cientifico,
a apropriação dos conceitos da Química e sensibiliza-lo para um
comprometimento com a vida pessoal e do planeta;
Traduzir a linguagem da Química a partir de: gráficos, tabelas, relações
matemáticas e equações para um linguagem discursiva que permita estabelecer
uma relação com o cotidiano, proporcionando uma visão mais abrangente de
universo;
Compreender os códigos e os símbolos próprios da Química atual;
Reconhecer limites éticos e morais que podem estar envolvidos com a
Química e a tecnologia;
Reconhecer as relações entre conhecimento cientifico e tecnológico da
Química e os aspectos sócio-políticos e culturais;
182
Formar um aluno que se aproprie dos conhecimentos Químicos e também
seja capaz de refletir criticamente sobre o período histórico atual.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
MATÉRIA E SUA NATUREZA
BIOGEOQUÍMICA
QUÍMICA SINTÉTICA
CONTEÚDOS BÁSICOS
Matéria
-Constituição da matéria
-Estados de agregação
-Natureza elétrica da matéria
-Modelos atômicos(Rutherford, Thomson, Dalton, Bohr...)
-Estudo dos metais
-Tabela periódica
Solução
-Substância: simples e composta
-Misturas
-Métodos de separação
-Solubilidade
-Concentração
-Forças intermoleculares
-Temperatura e pressão
-Densidade
-Dispersão e suspensão
-Tabela periódica
Velocidade das reações
-Reações químicas
-Lei das reações químicas
183
-Representação das reações químicas
-Condições fundamentais para ocorrência das reações químicas(natureza
dos reagentes, contato entre os reagentes, teoria de colisão)
-Fatores que interferem na velocidade das reações(superfície de contato,
temperatura, catalisador, concentração dos reagentes, inibidores)
-Lei da velocidade das reações químicas
-Tabela periódica
Equilíbrio químico
-Reações químicas reversíveis
-Concentração
-Relações matemáticas e o equilíbrio químico(constante de equilíbrio)
-Deslocamento de equilíbrio(princípio de Le chatelier): concentração,
pressão, temperatura e efeito dos catalisadores
-Equilíbrio químico em meio aquoso( ph, constante de ionização, Ks)
-Tabela periódica
Ligação química
-Tabela periódica
-Propriedade dos materiais
-Tipos de ligações químicas em relação as propriedades dos materiais
-Solubilidade e as ligações químicas
-Interações intermoleculares e as propriedades das substâncias
moleculares
-Ligações de hidrogênio
-Ligação metálica(elétrons semi livres)
-Ligações sigma e PI
-Ligações polares e apolares
-Alotropia
Reações químicas
-Reações de oxi-redução
-Reações exotérmicas e endotérmicas
-Diagramas das reações exotérmicas e endotérmicas
184
-Variação de entalpia
-Calorias
-Equações termoquímicas
-Princípios da termodinâmica
-Lei de Hess
-Entropia e energia livre
-Calorimetria
-Tabela periódica
Radioatividade
-Modelos atômicos(Rutherford)
-Elementos químicos(radioativos)
-Tabela periódica
-Reações químicas
-Velocidade das reações
-Emissões radioativas
-Leis da radioatividade
-Cinética das reações químicas
-Fenômenos radioativos(fusão e fissão nuclear)
Gases
-Estados físicos da matéria
-Tabela periódica
-Propriedades dos gases(densidade∕difusão e efusão, pressão x
temperatura, pressão x volume e temperatura x volume)
-Modelo de partículas para os materiais gasosos
-Misturas gasosas
-Diferença entre gás e vapor
-Lei dos gases
Funções químicas
-Funções orgânicas
-Funções inorgânicas
-Tabela periódica
185
O principal objetivo da lei 10639/03 é a inserção e a divulgação da
produção do conhecimento, bem como atitudes, posturas e valores que
eduquem cidadãos quando a pluralidade etnica-racial..
Portanto dentro da disciplina de química os conteúdos serão trabalhados
conforme o andamento das aulas relacionado a contribuição que os povos
afrodescendentes tiveram na química dentro da industria de remédios, na
medicina, e em todos as outras áreas relacionadas a química.
METODOLOGIA
A abordagem do ensino de Química devera estar voltada a
“construção/reconstrução de significados dos conceitos científicos”, ou seja: na
compreensão do conhecimento cientifico e tecnológico para alem do domínio
estrito dos conceitos da Química.
Este processo deve ser planejado, organizados e dirigido pelo professor,
numa relação dialógica, onde a aprendizagem dos conceitos químicos se realize
nos sentidos da organização do conhecimento cientifico.
Proporcionar a experimentação, de modo a favorecer a apropriação
efetiva do conceito e “o importante é a reflexão das situação nas quais o
professor integra o trabalho pratico na sua argumentação”.
Tendo a clareza da importância da abordagem experimental na
caracterização do seu papel investigativo e de sua função pedagógica em
auxiliar o aluno na explicitação, problematização, discussão, enfim, da
significação dos conceitos químicos.
A Química será tratada com os alunos de modo a possibilitar o
entendimento do mundo e a sua interação com ele, não se concedendo as
operações matemáticas a extrema importância e sim priorizar o conteúdo
químico.
Cabe ao professor criar situações de aprendizagem de modo que o aluno
pense mais criticamente sobre o mundo, reflita sobre as razões dos problemas,
alem de “criar condições favoráveis e agradáveis para o ensino e aprendizagem
da disciplina, aproveitando no primeiro momento, à vivência dos alunos, os fatos
do cotidiano, a tradição cultural fé a mídia, buscando com isso reconstruir os
186
conhecimentos químicos para que o mesmo possa refazer a leitura do seu
mundo”.
Cabe aos educadores estabelecer uma abordagem que discuta aspectos
sócio-científicos, ou seja, questões ambientais (desafios modernos
contemporâneos), políticas, econômicas, éticas sociais e culturais relativas a
ciência e tecnologia.
O grande desafio é provocar a curiosidade do aluno em relação aos
conceitos químicos, cuidando com o uso de analogias que possam levar a
interpretações equivocadas, imprecisas sobre os conceitos fundamentais da
Química.
Finalizando, cabe ao professo oportunizar o desenvolvimento do
conhecimento científico, a apropriação dos conceitos da Química e sensibilizá-lo
para um comprometimento com a vida no planeta, bem como, fazer uso das
novas tecnologias educacionais. Mais do que ferramentas e aparatos que podem
“animar” e∕ou ilustrar a apresentação de conteúdos, o uso das mídias web,
televisiva e impressa mobiliza e oportuniza novas formas de ver, ler e escrever o
mundo.
AVALIAÇÃO
No entendimento de avaliação do processo educativo da disciplina, deve
ser concebida de forma processual e formativa, sob as condicionantes dos
diagnóstico e da continuidade. Esse processo ocorre por meio de interações
recíprocas, no dia a dia, no transcorrer da própria aula e não apenas de modo
pontual, portando sujeita a alterações no seu desenvolvimento.
Sendo assim, o principal critério de avaliação em Química, é a formação,
a construção e reconstrução dos conceitos científicos.
Desta forma, em lugar de avaliar apenas por meio de prova, o professor
deve usar instrumentos de avaliação que contemplem várias formas de
expressão dos alunos, como: leitura, interpretação de textos, produção de
textos, leitura e interpretação da tabela periódica, pesquisas bibliográficas,
relatórios de aulas em laboratório, apresentação de seminário, entre outros.
187
Então, tal prática avaliativa requer que o professor não separe teoria de
prática, deixe claro os critérios e formas de avaliação e, em primeiro lugar,
compreenda a concepção de ensino de química na perspectiva critica.
Instrumento 1
Ênfase Cognitiva
(saber teórico)
Instrumento 2
Ênfase Cognitiva
(saber teórico)
Instrumento 3
Ênfase Cognitiva-social
(saber teórico/relacional)
Peso 100 Peso 100 Peso 100
O fechamento da media bimestral se dará da seguinte forma:
SOMA DAS AVALIACOES OFERTADAS (no mínimo três) e
DIVISÃO POR TRES (ou número de instrumentos ofertados)
RECUPERAÇÃO PARALELA
A recuperação se dará da seguinte forma: Se por algum motivo o aluno
não atingir o rendimento necessário, far-se-á revisão dos conteúdos sempre que
houver necessidade, dando-lhe uma nova oportunidade de estar atingindo a
meta proposta que será considerada recuperação paralela. A qual será validada
a partir do momento em que a média da avaliação e da recuperação seja maior
que a nota da avaliação. Caso a média for menor do que a nota da avaliação,
fica mantida a nota da mesma.
REFERÊNCIAS
MORTIMER, E. F. e MACHADO, A.H. Química para o ensino
médios:volume único, 1 ed. São Paulo: SCIPIONE, 2002.
NANNI, R. Revista Eletrônica de Ciências. V. 26, Mai/2004.
PARANA/SEED/DESG. Reestruturação do Encino de 2º grau –
Química. Curitiba: SEED/DESG, 1993.
SANTOS, W. L. P. e MÓL, G. S. Química e Sociedade: cálculos,
soluções e estérica. São Paulo: Nova Geração, 2004.
188
SOCIOLOGIA
JUSTIFICATIVA
A Sociologia, ciência que tenta explicar a vida, nasceu de uma mudança
radical da sociedade, resultando no surgimento do capitalismo.
O século XVIII foi marcado por transformações, fazendo com que o
homem analisa-se a sociedade como um novo "objeto" de estudo. Essa situação
foi gerada pelas revoluções industrial e francesa, que mudaram completamente
o curso que a sociedade estava tomando na época. Sendo que essas
inquietações que mobilizaram os primeiros sociólogos, após a Revolução
Industrial, em muitos aspectos se aproximaram das preocupações
contemporâneos. Entretanto há de se compreender as modificações verificadas
nas relações sociais, decorrentes das mudanças estruturais impostas pela
formação de um novo modo de produção econômica, pois em tempos de
mudanças, em que a cultura e a estrutura da sociedade estão atravessando
transformações dramáticas, a Sociologia torna-se especialmente importante,
principalmente como a velha maneira de se fazer as coisas se transformam, as
vidas pessoais são interrompidas e como conseqüência as pessoas buscam
respostas para o fato de as rotinas e fórmulas do passado não funcionarem
mais. E são nessas mudanças que era o estudo da Sociologia, pois quando a
estrutura básica da sociedade e da cultura muda, as pessoas buscam o
conhecimento sociológico.
Vários pensadores tiveram, e tem, em comum a busca de soluções para
os graves problemas sociais gerados pelo modo de produção capitalista, sendo,
a miséria, o desemprego e as conseqüentes greves e rebeliões operárias, o
aumento de conflitos étnicos, o aumento da fome nas superpopulações, enfim
uma gama de mudanças, que vem sendo analisados por esses pensadores
189
como desvios e anomalias da sociedade.
O conhecimento sociológico certamente beneficiará nosso educando na
medida em que lhe permitirá uma analise mais acurada da realidade que o cerca
e na qual está inserido. Mais que isto, a Sociologia constitui contribuição
decisiva para a formação da pessoa humana, já que nega o individualismo e
demonstra claramente nossa dependência em relação ao todo, isto é, a
sociedade na qual estamos inseridos.
A Sociologia contemporânea está, atualmente, muito empenhada em
oferecer, tanto ao estudioso, quanto ao estudante, a melhor compreensão
possível das estruturas sociais, do papel do indivíduo na sociedade e da
dinâmica social, isto é, das possibilidades reais de transformação social, na
procura de uma sociedade mais justa e solidária.
Situar o surgimento da Sociologia na história;
Aplicar as teorias da Sociologia na compreensão do presente;
Conhecer o importante papel das instituições na socialização dos
indivíduos.
Conhecer as diferenças entre as mais diversas culturas - convívio com a
diversidade;
Reconhecer os mecanismos de massificação dos indivíduos e da cultura;
Entender os mecanismos de divisão de classes sociais e as alterações
históricas dos modos de produção;
Conhecer as relações de poder nas sociedades e a utilização de
ideologias que atuam no cotidiano, sobretudo na esfera política.
Compreender o papel do cidadão, seus direitos e o poder de
transformação da realidade social através dos movimentos sociais.
Para os que consideram a verdade um valor, conhecer o eu,os outros e a
sociedade humana é instigante e desafiador.
Pode ser aplicada à vida da pessoa, porque ajuda a entender as ações
dos outros, a própria identidade, pensamento e ação. É caminho também para
entender as organizações.
Por ser libertadora, oferece instrumentos para controle sobre a própria
vida, pelo entendimento do contexto cultural e social.
Isto permite mais tolerância para as diferenças e incentiva o compromisso
de melhoria da condição humana. Permite que se compreenda que:
190
Ser diferente não é ser errado;
Embora sendo prisioneiro da organização, o homem pode fazer escolhas,
buscando uma existência livre;
As coisas não são o que parecem ser; os homens são seres culturais,
suas visões de mundo são resultado da socialização;
A construção da cidadania é um processo de análise das relações sociais,
voltado a uma ação transformadora.
E, para entender as diversas perspectivas e teorias é preciso perguntar de
quem são os olhos que as definem, com quem estão comprometidas e em nome
de quem subjugam e alienam. Para isso é fundamental uma postura crítica.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Propõe-se metodologicamente que o ensino da Sociologia seja
fundamentado em conteúdos que não se resumem a uma listagem de temas e
conceitos encadeados de forma rígida. Os conteúdos estruturantes são
representativos dos grandes campos de saber, da cultura e do conhecimento
universal e deve ser compreendidos a partir da práxis pedagógica como
construção histórica.
O ensino da Sociologia requer que seja tratado em partes, a fim de
torná-Io acessível e compreensível a um maior número de pessoas.
Ressaltando que os conteúdos estruturantes e os conteúdos específicos
serão trabalhados de modo inter-relacionados, conforme a seqüência que o
professor considerar mais adequada, podendo ser rearticulados e revistos
sempre que uma nova questão a eles relacionada se apresente.
Os conteúdos estruturantes da disciplina de Sociologia propostos são: -
O processo de socialização e as Instituições Sociais;
- A Cultura e a Indústria Cultural;
- Trabalho, Produção e Classes Socais;
- Poder, Política e ideologia; e
- Cidadania e Movimentos Sociais.
CONTEÚDOS BÁSICOS
191
Surgimento da sociologia
Contexto histórico
Iluminismo
Revolução industrial
Caos social
O surgimento do capitalismo
Principais teorias sociológicas
Augurt Conte
Emile Durkheim
Max Weber
Karl Marx
Gilberto Freire
Caio Prado Junior
Florestan Fernandes
Instituições Sociais
Processo de sociabilização
A família, a escola, a igreja
Cultura e Indústria Cultural:
Conceito de cultura
Etnocentrismo
Diversidade cultural Brasileira
Indústria Cultural
Grupos sociais
Questões de gênero
Consumismo ; Alienação
A cultura Afro-brasileira
Poder, Política e Ideologia:
Conceito de Poder
Distribuição do poder na sociedade
A formação do Estado moderno
192
Política
Político de Vocação e Político de Profissão (Max Weber)
Partidos Políticos
Ideologia e dominação
Direito, Cidadania Movimentos Sociais:
Movimentos Sociais
Movimentos agrários
Brasil
Movimentos Estudantil
METODOLOGIA
A disciplina Sociologia,será iniciada com uma breve contextualização da
construção histórica da Sociologia e das teorias sociológicas fundamentais, as
quais devem ser constantemente retomadas, numa perspectiva crítica, para
fundamentar teoricamente as várias possibilidades de explicações sociológica.
O aluno do ensino Médio deve ser considerado em sua especificidade e
em sua diversidade cultural, isto é; além de importantes aspectos como a
linguagem, interesses pessoais e profissionais e necessidades materiais, deve-
se ter em vista as peculiaridades da região em que a escola está inserida e a
origem social do aluno, para que os conteúdos trabalhados e a metodologia
escolhida respondam às demandas desse grupo social.
Farão parte ainda dos encaminhamentos metodológicos: Análise dos
contextos históricos, resgate dos fatos que desencadearam a necessidade de
uma ciência social; Leitura dos Clássicos e adaptação/confronto à realidade
cotidiana atual; através da pesquisa, conhecer as diferentes instituições sociais,
suas regras e mecanismos que socializam os indivíduos, Através de leitura dos
clássicos da antropologia e sociologia que tratam do tema, debates e análises de
documentários, realizar a construção do respeito ao "diferente", Através da
análise histórica sociológica, verificar as transformações que o homem realiza na
natureza em sua ação para a sobrevivência, estabelecendo novas relações entre
os de mais seres; Através da análise histórica sociológica, verificar como
acontece a distribuição do poder na sociedade e a influência disto nos
193
indivíduos; Através de documentários, conhecer diversos movimentos sociais e
suas formas de atuação na busca pelos direitos estabelecidos.
Durante o processo haverá uma relação dialógica, buscando a
construção do conhecimento através de uma leitura profunda histórica-crítica,
levando os assuntos em direção ao cotidiano do aluno. Com atividades que
permitam ao aluno ser um agente construtor do conhecimento, ou seja, ser um
protagonista do processo, via pesquisas, conversação, leituras, análises, em
atividades individuais, outras compartilhadas em pequenos grupos, e
principalmente, na coletividade da classe.
E, as atividades pesquisadas e ou produzidas serão apresentadas com
uso dos mais diferentes recursos/suportes para apresentação de resultados:
seminários, exposições, apresentações orais, músicas, produção de text0.
Os recursos didáticos utilizados serão: Recortes bibliográficos históricos,
temas problemas sociais atuais, jornais e revistas, aulas expositivas, recursos
audiovisuais (vídeos), seminários, trabalhos em grupos e extra classes, debates
em sala, procurando fazer com que o aluno relacione a teoria com o vivido,
fazendo com ele aprenda a pensar sobre a sociedade em que vivemos e,
conseqüentemente, a agir nas diversas instâncias sociais.
É importante ressaltar que o Livro Didático Público de Sociologia é
importante porque dá suporte teórico e metodológico às aulas dessa disciplina.
AVALIAÇÃO
As formas de avaliação em Sociologia acompanham as próprias práticas
de ensino aprendizagem da disciplina, seja a reflexão crítica nos debates, que
acompanham os textos ou filmes, seja a participação de campo, apresentações
de trabalhos, enfim várias podem ser as formas, desde que se tenha como
perspectiva ao selecioná-Ias a clareza dos objetivos que se pretende atingir.
O processo de avaliação em Sociologia será contínuo, permanente e
cumulativo, tendo como critério avaliar a compreensão dos temas abordados e
desenvolvimento da análise critica do educando, e tendo como instrumentos
análise de textos, debates, trabalhos, pesquisas de campo ou bibliográficas e
avaliações escritas, podendo ser individuais ou em grupos.
194
Critérios: compreensão dos temas abordados e desenvolvimento da
análise crítica do educando;
Instrumentos: análise de textos, debates, trabalhos, pesquisas de campo
ou bibliográficas e avaliações escritas individuais e/ou em grupos.
Instrumento 1
Ênfase Cognitiva
(saber teórico)
Instrumento 2
Ênfase Cognitiva
(saber teórico)
Instrumento 3
Ênfase Cognitiva-social
(saber teórico/relacional)
Peso 100 Peso 100 Peso 100
O fechamento da media bimestral se dará da seguinte forma:
SOMA DAS AVALIACÕES OFERTADAS (no mínimo três) e
DIVISÃO POR TRÊS
(ou número de instrumentos ofertados)
RECUPERAÇÃO PARALELA
O aluno ou a aluna que realizar as atividades avaliativas propostas e que
não obtiver a média durante o bimestre, terá a oportunidade de realizar
recuperação paralela, que poderá ser através de uma prova ou refazer as
atividades propostas durante o período. Ficará sendo válida a nota mais alta.
REFERÊNCIAS
ALVES, R. Filosofia da Ciência. São Paulo: Ars Poética, 1996.
AZEVEDO, F. Princípios de sociologia: pequena introdução ao estudo da
sociologia geral. 11 a ed. São Paulo: Duas Cidades, 1973.
BOBBIO, N. A teoria das formas de governo. 4. ed. Brasília: UnB, 1985.
CASTRO, A. M. D. e FERNANDES, E. Contexto histórico do aparecimento da
sociologia. In: Introdução ao pensamento sociológico. São Paulo: Centauro,
2001 .
195
COMTE, A. Sociologia. São Paulo: Ática, 1978.
DURKHEIM, E. Sociologia. São Paulo: Ática, 1978.
FERNANDES, F. A Integração do negro na sociedade de classes. São
Paulo: Áoca 1978, V. 1 e 2.
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 8 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980.
GERNABO, J. W. Estado militar e educação no Brasil (1964-1985). São
Paulo: Cortez. 2000.
HOBSBAWM, E. A era do capital: 1848-1875.3 ed. Rio de Janeiro: Paz e
Terra, 1982.
QUINTANEIRO, Tania. Um Toque de clássicos: Durkheim, Marx e Weber.
Tania Quintaneiro, Maria Ligia de Oliveira Barbosa, Márcia Gardênia de Oliveira.
Belo Horizonte:
Editora UFMG, 1995.
SEED/PR – Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes
Curriculares para a Educação Básica do Paraná. Sociologia. Paraná, 2008
SOCIOLOGIA, vários autores - Curitiba: SEED-PR, 2006. - 280 p.
CELEM – Alemão
Justificativa
Entende-se que o ensino da língua Alemã possibilita ao aluno uma visão
de mundo mais ampla, criando novas maneiras de construir sentidos do e no
mundo, levando em conta as relações entre Língua Estrangeira e a inclusão
196
social; o desenvolvimento da consciência do papel das línguas na sociedade, o
reconhecimento da diversidade cultural e o processo de construção das
identidades transformadoras.
É por meio das linguagens que interagimos com outras pessoas, próximas
ou distantes, informando aos outros ou informando-nos, esclarecendo ou
defendendo nosso ponto de vista, alterando a opinião de nossos interlocutores
ou sendo modificado pela opinião deles.
Deve-se levar em conta o fator social em que os alunos estão inseridos,
ou seja, na comunidade de Quatro Pontes em sua grande maioria, são
descendentes de alemães. Os alunos ouvem em casa os avós e pais falando a
língua alemã, portanto ser falante da língua alemã significa manter viva a cultura
e costumes de um povo.
A disciplina pretende levar o aluno a perceber diferentes formas de
realização das práticas verbais de diferentes gêneros, além de compreender o
funcionamento e o melhor uso possível de língua alemã, em suas múltiplas
variedades, regionais e sociais, e nas diferentes situações de interação social,
seus interlocutores o lugar e o tempo em que vivem, o contexto e o estudo
lingüístico para possibilitar a reflexão e o senso crítico, e situações desafiadoras
através das quais os alunos desenvolvem seus conhecimentos, recebam
informações para que entendam os mecanismos da arte literária.
O estudo de Língua Alemã justifica-se, pelo fato de ser o segundo idioma
na ciência e estar em terceiro lugar entre os países que contribuem para a
ciência e pesquisa mundial, além de custear cientistas estrangeiros. Saber
alemão significa conhecer um pouco da sociedade multicultural, costumes e
sonhos de diferentes povos de língua germânica.
O ensino de Língua Alemã visa a aprendizagem e desenvolvimento do
idioma, podendo o aluno usufruir melhor desse aprendizado na busca por uma
oportunidade de intercâmbio, na pesquisa e na busca de informação nos meios
de comunicação de outros países, assim como, podendo ser de grande
importância aos alunos que trabalharem no comércio local.
Objetiva-se com o estudo da Língua Alemã: ampliar a visão de mundo
dos alunos, tornando-os mais críticos e reflexivos; ensiná-los a ler em Língua
Alemã e valorizar a leitura como fonte de informação e prazer, utilizando-a como
meio de acesso ao mundo do trabalho e dos estudos avançados; torná-los mais
197
críticos e capaz de comparar sua própria língua com a língua estrangeira que
está sendo estudada.
Objetiva-se também, desenvolver no aluno a habilidade de leitura e
interpretação de textos; possibilitar ao aluno o desenvolvimento da consciência
do papel das línguas na sociedade, o reconhecimento da diversidade cultural e o
processo de construção das identidades transformadoras; fazer com que os
alunos saibam utilizar a língua estrangeira em situações de comunicação-
produção e compreensão de textos verbais e não-verbais, inserindo-os na
sociedade como participantes ativos, capazes de se relacionar com outras
comunidades e outros conhecimentos.
Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes linguagens e
suas manifestações especiais.
Utilizar da Língua Alemã como meio de expressão, informação e
comunicação, em situações intersubjetivas que exijam graus de distanciamento
e reflexão sobre os contextos dos interlocutores e colocar-se como processo de
produção/recepção.
Considerar a língua como veículo de expressão oral e escrita que conduz
a interação social.
Construir uma linguagem interacionista na qual se observa: o que dizer,
por que dizer, para quem dizer.
Ler e interpretar diferentes textos, compreendendo-os de forma crítica e
raciocínio lógico.
Fazer relatos, debates e defender pontos de vista com objetividade,
clareza e vocabulário adequado. Compreender e usar a Língua Alemã como
língua geradora de significação e integradora da organização de mundo e da
própria identidade.
Conteúdos estruturantes e básicos do 1º ano
1º bimestre
- O alfabeto alemão (escrita e pronúncia);
- Formas de cumprimento;
- Localização (saber dizer onde mora e perguntar onde mora o
colega);
198
- Partes do corpo;
- Verbos wohnen, sprechen,e kommen;
- Númenos até 100 (escrita e pronúncia).
- Gênero textual: diálogo
2º bimestre
- Frases com woher (de onde) e a preposição aus;
- Frases com wann (quando);
- As horas (Offiziel e umgangensprache);
- Artigos: der, das e die no akusativo;
- Os verbos essen, trinken e nehmen (comer, beber e desejar);
- Frases com: mein, kein, keinen;
- Posição correta do verbo na frase;
- Genero textual: música;
3º Bimestre
- Cardápio (saber pedir e pagar no restaurante);
- O nome das vestimentas;
- Dizer o que gostam e o que não gostam de comer;
- O verbo no imperativo;
- Números ordinais;
- Verbos no imperativo com trennbaren Verben;
- Die Krankheiten (as doenças);
- Gênero textual: receita;
4º Bimestre
- Conjugação dos verbos: gehen, fahren, austehen (ir, andar e
levantar);
- O nome dos utensílios domésticos;
- Verbos modais: müssen, dürfen e wollen (precisar, dever e
querer);
- As partes da casa;
- Plavras com sch, sp e st;
- Gênero textual: o conto de mistério;
199
Conteúdos estruturantes e básicos do 2º ano
1º Bimestre
- Verbo haben (ter) no texto diálogo;
- Estrutura dos verbos no texto;
- Escrever email com os verbos no pretérito;
- O nome dos utensílios do banheiro;
- conjugação do verbo sein (ser, estar);
- gênero textual música (rap)
2º bimestre
- Zeitangaben zuerst, dann, danach, zum schluss ( primeiro, então,
depois, por fim);
- Frases afirmativas e interrogativas;
- Verbos no perfeito com haben e sein;
- O Nome dos objetos na escola;
- As preposições no dativo (unter, auf, über, neben, vor, hinter, zwichen);
- Gênero textual: biografia;
3º Bimestre
- Frases interrogativas;
- As profissões;
- O nome dos objetos da sala;
- Gênero textual descrição;
- Verbos stehen, liegen und hängen (estar parado, deitado e pendurado);
- Pronomes pessoais oblíquos no acusativo;
- Pronomes reflexivos;
4º Bimestre
- Frases com weil (porque);
- Froh und traurig (alegre e triste);
- Verbos no pretérito imperfeito;
- Gênero textual: contos dos Irmãos Grimm;
200
- Verbos no pretérito imperfeito;
- Pronomes pessoais no caso dativo;
METODOLOGIA
O processo de globalização que estamos vivendo exige que se
instrumentalize o aluno para que o mesmo se torne não só um cidadão
brasileiro, mas também um cidadão no mundo. Neste contexto, a metodologia
buscará o engajamento, de forma bastante envolvente, entre o sujeito e suas
perspectivas, com bastante reflexão e com o objetivo de ser adaptado de acordo
com o perfil de cada grupo.
O enfoque principal será o da comunicação através de diversos recursos
desde atividades como diferentes textos, recursos áudios-visuais, objetivando
também a interação das destrezas, valorizando o processo aprendizagem. Para
tanto, combina-se Compreensão auditiva, Expressão oral, Expressão escrita e
leitura.
Todas as formas de expressões serão desenvolvidas dentro da
abordagem comunicativa funcional. A gramática e o vocabulário participam
como instrumentos e não como fins.
Com a utilização do material didático do aluno, fazer com que os mesmos
ampliem o domínio das atividades verbais e aprendam as diferentes formas
textuais, envolvendo a leitura, produção e análise de textos, levando-os a
perceber que a Língua Alemã faz parte do seu dia-a-dia.
O trabalho com a Língua Estrangeira Alemã em sala de aula será feito a
partir de textos de diferentes gêneros discursivos, e enfocará assuntos presentes
na mídia, abordando o uso da Língua Alemã como espaço da construção de
significados dos propósitos de interlocutores e os recursos lingüísticos de que
dispõe.
As formas de leitura, escrita e oralidade interagem quando, ao ler um
texto, apresentam-se imagem ou ilustrações, palavras escritas e fazendo
perguntas aos alunos, fazendo com que os mesmos se familiarizem com os sons
específicos da língua, incentivando-os a expressarem suas idéias em Língua
Alemã.
201
Quanto a escrita, a mesma deve ser vista como atividade sociocultural,
significativa, pois, em situações de uso sempre escreve-se para alguém. As
atividades serão propostas aos alunos a partir de textos, e envolverão práticas e
conhecimentos, de modo a proporcionar ao aluno condições para assumirem
uma atividade crítica e transformadora com relação aos discursos que lhe são
apresentados.
Os conhecimentos lingüísticos, tais como o artigo, verbos, pronomes e
outros, estarão presentes no processo pedagógico e serão trabalhados em grau
de profundidade de acordo com o conhecimento da turma.
Para complementar as aulas serão utilizados recursos como livros,
revistas, músicas, internet, jogos, TV e outros.
AVALIAÇÃO
A avaliação será compreendida como um conjunto de ações com
finalidade de obter informações sobre o que o aluno aprendeu, de que forma e
em que condições. Deve funcionar como instrumento que possibilite ao
professor analisar criticamente sua prática educativa, bem como, saber como
anda o desempenho do aluno na disciplina.
Os alunos farão avaliações escritas e orais, na qual será observado seu
desempenho em relação às atividades realizadas dentro e fora de sala de aula,
Caso o aluno não consiga atingir a média, fará atividades e avaliação de
recuperação. Essa avaliação permite que o aluno tire imediatamente suas
dúvidas sobre os conteúdos trabalhados, e consiga acompanhar os conteúdos
subsequentes.
RECUPERAÇÃO PARALELA
O aluno a que não alcançar a média 60, fará uma imediatamente a
recuperação paralela, ou seja, será retomado o conteúdo trabalhado e uma nova
avaliação será feita pelo aluno.
O aluno que não conseguir recuperar a nota com a nova avaliação, fará no final
do bimestre um trabalho sobre o conteúdo, tendo esse trabalho valor 100. Essa
202
atividade tem como objetivo ampliar o conhecimento do aluno, e fazer com que
ele seja capaz de acompanhar o conteúdo seguinte.
BIBLIOGRAFIA
NEUER, GERD, PETER, KRÜGER. Deutsch Konkret. Berlin, 1993.
FUNK, HERMANN, KOENING, GERD. Sowieso. München, 1994.
KAISER, KARL. Wer? Wie? Was?. Köln, 1989.
FRANZ, BEATRICE. Wie geth’s. Berlin, 2007.
NEUER, GERD, PETER, KRÜGER. Deutsch Konkret. Berlin, 1993.
SEED/PR – Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes
Curriculares para a Educação Básica do Paraná. Sociologia. Paraná,
2008
CELEM- Espanhol
JUSTIFICATIVA
Aprender uma língua estrangeira é uma forma de fazer parte do mundo.
De ser um cidadão global com direitos e deveres para com essa sociedade plural
e mundial, fazer com que o aluno reconheça e compreenda a diversidade
linguística e cultural, de modo que se envolva discursivamente e perceba
possibilidades de construções de significados em relação ao mundo em que
vive.
O aprendizado de língua espanhola, sem dúvida enquadra-se neste
processo, sendo de suma importância, uma vez, que o espanhol apresenta-se
como uma das mais importantes línguas mundiais da atualidade, sendo a
segunda língua mais falada no mundo e a segunda língua utilizada como meio
de comunicação internacional, especialmente na área do comércio, e ainda,
além de ser o idioma mais usado nas Américas. Sendo assim, aprender o
espanhol, é um diferencial para abrir as portas no mercado de trabalho, uma
vez, que as empresas estão cada vez mais exigentes a procura de profissionais
qualificados.
203
Contudo, dominar o espanhol possibilita ao aluno tanto enriquecimento
profissional como enriquecimento pessoal, possibilitando ainda, uma nova visão
do mundo através de um ângulo linguístico diferente daquele de sua língua
nativa, além de um universo novo em termos de literatura, folclore, música,
cinema, cultura popular, etc, proporcionando a aquisição de conhecimentos
sobre outras culturas, contato com novos costumes e valores de outros países,
ao mesmo tempo, contribuindo para o enriquecimento de sua própria cultura, ou
seja, a partir do confronto da cultura do outro, conforme Bahktin (1998) “é no
engajamento discursivo com o outro que damos a forma ao que dizemos e ao
que somos” o aluno torna-se capaz de delinear um contorno para sua própria
identidade.
Além disso, a proliferação da língua espanhola no território nacional é
decorrência dos acordos diplomáticos do Mercosul. As fronteiras com países que
falam o idioma somam mais de 15 mil quilômetros e incluem antigos parceiros
comerciais como Argentina, Paraguai, Venezuela, entre outros. As empresas
espanholas no Brasil - como Telefônica e Santander, só para citar duas das
maiores - também têm interesse em promover o idioma. Além, é claro, das
diversas possibilidades culturais que o domínio do espanhol proporcionaria aos
brasileiros, considerando que todos os países que fazem fronteira com o Brasil,
falam o idioma.
Embora a aprendizagem da língua estrangeira moderna contribua para
melhor desempenho no trabalho profissional e estudos posteriores, deve-se
levar em consideração o engajamento do aluno na área social, desenvolver a
compreensão de valores sociais, transformando-o em um aluno crítico e
transformador a partir das práticas da leitura, da escrita e da oralidade
incentivando-o a novas pesquisas e a reflexão sobre o tema.
Considerando os fatos supracitados, pode-se constatar ainda, a
importância na aprendizagem da língua espanhola para os alunos do município
de Quatro Pontes, uma vez, que os alunos tem a oportunidade de desenvolver a
aprendizagem, não somente para aprender uma segunda língua e novas
culturas, como, ao mesmo tempo, enriquecer ainda mais o estudo sobre sua
própria cultura, bem como aprimorar sua língua nativa.
No entanto, para alcançar êxito no processo de ensino/ aprendizagem em
relação aos elementos abordados, toma-se como base o estudo e o
204
desenvolvimento das competências em sala de aula, a partir dos seguintes
objetivos:
Usar a língua em situações de comunicação oral e escrita;
Vivenciar na aula de língua estrangeira, formas de participação que
possibilite estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;
Compreender que os significados são sociais e historicamente
construídos, e portanto, possíveis de transformação na prática social;
Ter maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;
Reconhecer e compreender a diversidade linguística e cultural, bem como
seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país.
CONTEÚDOS
Conforme a proposta apresentada nas diretrizes que, por sua vez,
concebe que o conteúdo estruturante é o discurso como a prática social, sendo
esse responsável pelos conteúdos básicos: os gêneros discursivos, as práticas
da oralidade, da leitura e da escrita.
Também será abordado as diferenças lexicais presentes na própria língua
espanhola, entre o espanhol de Espanha e o de Latino América, através de um
estudo sobre as variantes, que se realizará no decorrer do ano conforme os
conteúdos apresentados. Dessa forma, possibilita-se o conhecimento sobre a
origem regional de algumas palavras como, a dos colonizadores, suas relações
com as pessoas que já habitavam o lugar, a evolução até a cultura que se
encontra atualmente.
Além disso, torna-se imprescindível, o estudo sobre a história e cultura
afro-brasileira, africana – instigar um estudo de pesquisa sobre os países que
possuem o espanhol como língua oficial e segunda língua - e indígena – realizar
um estudo sobre os países hispano-americanos descendentes indígenas que
possuem o espanhol como língua oficial.
Conforme cronograma do curso, cuja duração é de dois anos, os
conteúdos básicos dividem-se da seguinte forma:
205
CONTEÚDOS BÁSICOS – P1
ESFERA SOCIAL DE CIRCULAÇÃO E SEUS GÊNEROS TEXTUAIS
Esfera cotidiana
de circulação:
Esfera publicitária
de circulação:
Esfera produção
de circulação:
Esfera jornalística
de circulação:
Bilhete
Carta pessoal
Cartão felicitações
Cartão postal
Convite
Letra de música
Receita culinária
Anúncio**
Comercial para
radio*
Fôlder
Paródia
Placa
Publicidade
Comercial
Slogan
Bula
Embalagem
Placa
Regra de jogo
Rótulo
Anúncio
classificados
Cartum
Charge
Entrevista**
Horóscopo
Reportagem**
Sinopse de filme
Esfera artística
de circulação:
Autobiografia
Biografia
Esfera escolar de
circulação:
Cartaz
Diálogo**
Exposição oral*
Mapa
Resumo
Esfera literária de
circulação:
Conto
Crônica
Fábula
História em
quadrinhos
Poema
Esfera midiática de
circulação:
Correio eletrônico
(e-email)
Mensagem de texto
(SMS)
Telejornal*
Telenovela*
Videoclipe*
PRÁTICA DISCURSIVA: Oralidade
Fatores de textualidade centradas no leitor:
Tema do texto;
Aceitabilidade do texto;
Finalidade do texto;
Informatividade do texto;
Intencionalidade do texto;
206
Situacionalidade do texto;
Papel do locutor e interlocutor;
Conhecimento de mundo;
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas.
Fatores de textualidade centradas no texto:
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos
semânticos;
Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais
como conectivos, gírias, expressões, repetições);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
PRÁTICA DISCURSIVA: Leitura
Fatores de textualidade centradas no leitor:
Tema do texto;
Conteúdo temático do gênero;
Elementos composicionais do gênero;
Propriedades estilísticas do gênero;
Aceitabilidade do texto;
Finalidade do texto;
Informatividade do texto;
Intencionalidade do texto;
Situacionalidade do texto;
Papel do locutor e interlocutor;
4. Conhecimento de mundo;
5. Temporalidade;
6. Referência textual.
207
Fatores de textualidade centradas no texto:
Intertextualidade;
Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas, travessão,
negrito);
Partículas conectivas básicas do texto.
PRÁTICA DISCURSIVA: Escrita
Fatores de textualidade centradas no leitor:
Tema do texto;
Conteúdo temático do texto;
Elementos composicionais do gênero;
Propriedades estilísticas do gênero;
Aceitabilidade do texto;
Finalidade do texto;
Informatividade do texto;
Intencionalidade do texto;
Situacionalidade do texto;
Papel do locutor e interlocutor;
Conhecimento de mundo
Temporalidade;
Referência textual.
Fatores de textualidade centradas no texto:
Intertextualidade;
Partículas conectivas básicas do texto;
Vozes do discurso: direto e indireto;
Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação, polissemia, formação
208
das palavras, figuras de linguagem;
Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e explicitas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (como aspas,
travessão, negrito);
Acentuação gráfica;
Ortografia;
Concordância verbal e nominal.
CONTEÚDOS BÁSICOS - P2
ESFERA SOCIAL DE CIRCULAÇÃO E SEUS GÊNEROS TEXTUAIS
Esfera cotidiana de
circulação:
Esfera publicitária
de circulação:
Esfera produção
de circulação:
Esfera jornalística de
circulação:
Comunicado
Curriculum Vitae
Exposição oral*
Ficha de inscrição
Lista de compras
Piada**
Telefonema*
Anúncio**
Comercial para
televisão*
Fôlder
Inscrições em muro
Propaganda**
Publicidade
Institucional
Slogan
Instrução de
montagem
Instrução de uso
Manual técnico
Regulamento
Artigo de opinião
Boletim do tempo**
Carta do leitor
Entrevista**
Notícia**
Obituário
Reportagem**
Esfera jurídica de
circulação:
Boletim de
ocorrência
Contrato
Lei
Ofício
Procuração
Requerimento
Esfera escolar de
circulação:
Aula em vídeo*
Ata de reunião
Exposição oral
Palestra*
Resenha
Texto de opinião
Esfera literária de
circulação:
Contação de
história*
Conto
Peça de teatro*
Romance
Sarau de poema*
Esfera midiática de
circulação:
Aula virtual
Conversação chat
Correio eletrônico (e-
email)
Mensagem de texto
(SMS)
Videoclipe*
209
PRÁTICA DISCURSIVA: Oralidade
Fatores de textualidade centradas no leitor:
Tema do texto;
Aceitabilidade do texto;
Finalidade do texto;
Informatividade do texto;
Intencionalidade do texto;
Situacionalidade do texto;
Papel do locutor e interlocutor;
Conhecimento de mundo;
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas.
Fatores de textualidade centradas no texto:
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos;
Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais como
conectivos, gírias, expressões, repetições);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
PRÁTICA DISCURSIVA: Leitura
Fatores de textualidade centradas no leitor:
Tema do texto;
Conteúdo temático do texto;
Elementos composicionais do gênero;
Propriedades estilísticas do gênero;
Aceitabilidade do texto;
Finalidade do texto;
210
Informatividade do texto;
Intencionalidade do texto;
Situacionalidade do texto;
Papel do locutor e interlocutor;
Conhecimento de mundo;
Temporalidade;
Referência textual.
Fatores de textualidade centradas no texto:
Intertextualidade;
Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);
Partículas conectivas básicas do texto;
Elementos textuais: levantamento lexical de palavras italicizadas, negritadas,
sublinhadas, números, substantivos próprios;
Interpretação da rede de relações semânticas existentes entre itens lexicais
recorrentes no título, subtítulo, legendas e textos.
PRÁTICA DISCURSIVA: Escrita
211
Fatores de textualidade centradas no leitor:
Tema do texto;
Conteúdo temático do texto;
Elementos composicionais do gênero;
Propriedades estilísticas do gênero;
Aceitabilidade do texto;
Finalidade do texto;
Informatividade do texto;
Intencionalidade do texto;
Situacionalidade do texto;
Papel do locutor e interlocutor;
Conhecimento de mundo;
Temporalidade;
Referência textual.
Fatores de textualidade centradas no texto:
Intertextualidade;
Partículas conectivas básicas do texto;
Vozes do discurso: direto e indireto;
Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação, polissemia, formação das
palavras, figuras de linguagem;
Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e explicitas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (como aspas, travessão,
negrito);
Acentuação gráfica;
Ortografia;
Concordância verbal e nominal.
7. METODOLOGIA
212
A partir da abordagem dos vários gêneros textuais, tendo como base as práticas
do uso da língua: leitura, oralidade e escrita, deve-se realizar, através de atividades
diversificadas, uma análise da função do gênero estudado, sua composição, estrutura, e
por fim, o estudo da gramática em si.
É imprescindível estabelecer situações de vivência diária, das quais possibilite
que o aluno perceba, através de um processo ativo, e a construção de um sentido,
relacionado a nova informação com saberes já adquiridos, ou seja, através de
dramatizações de diálogos, em espanhol, serão realizados trabalhos coletivos, em que
os alunos deverão dramatizar determinadas situações de vivência diária.
Outro método a ser utilizado, serão os jogos didáticos, que possibilitará ao aluno
uma aprendizagem voltada para o lúdico, envolvendo-o de forma descontraída,
fazendo-o interagir com os colegas, os quais aplicam-se de acordo com o conteúdo,
conforme a necessidade, bem como, o uso de outros recursos didáticos como: músicas
diversas, internet (laboratório de informática), CDs, TV multimídia, dicionários, e ainda,
atividade de prática cultural que possibilitará ao aluno o conhecer e transformar modos
de entender o mundo e de construir significados, a partir de novas tradições culturais
como: cinema, dança, gastronomia e literatura.
Ao término do conteúdo programado para cada bimestre, será aplicado
uma avaliação escrita, individual, relacionada ao conteúdo trabalhado até então.
Se necessário, posteriormente será aplicado uma segunda avaliação
como forma de recuperação do conteúdo, caso o aluno não tenha atingido a
média prevista.
Em relação às práticas do uso da língua, adota-se os seguintes critérios:
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
ORALIDADE
Organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos;
Orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral trabalhado;
Propor reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos
alunos;
Preparar apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da
213
oralidade em seu uso formal e informal;
Estimular a expressão oral (contação de histórias), comentários, opiniões
sobre os diferentes gêneros trabalhados, utilizando-se dos recursos
extralinguísticos, como: entonação, expressões facial, corporal e gestual,
pausas e outros;
Selecionar os discursos de outros para análise dos recursos da oralidade,
como: cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem
entre outros.
LEITURA
Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros atrelados à esfera social de
circulação;
Considerar os conhecimentos prévios dos alunos;
Desenvolver atividades de leitura em três etapas:
pré-leitura (ativar conhecimentos prévios, discutir questões referentes a
temática, construir hipóteses e antecipar elementos do texto, antes mesmo da
leitura);
leitura (comprovar ou desconsiderar as hipóteses anteriormente construídas);
pós-leitura (explorar as habilidades de compreensão e expressão oral e
escrita objetivando a atribuição e construção de sentidos com o texto).
Formular questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;
Encaminhar as discussões sobre: tema, intenções, intertextualidade;
Contextualizar a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;
Utilizar de textos verbais diversos que dialoguem com textos não-verbais,
como: gráficos, fotos, imagens, mapas;
Socializar as idéias dos alunos sobre o texto;
Estimular leituras que suscitem no reconhecimento das propriedades próprias
de diferentes gêneros:
temáticas (o que é dito nesses gêneros);
estilísticas (o registro das marcas enunciativas do produtor e os recursos
linguísticos);
composicionais (a organização, as características e a sequência tipológica).
214
ESCRITA
Planejar a produção textual a partir da delimitação do tema, do interlocutor, do
gênero, da finalidade;
Estimular a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;
Acompanhar a produção do texto;
Encaminhar e acompanhar a re-escrita textual: revisão dos argumentos
(idéias), dos elementos que compõem o gênero;
Analisar a produção textual quanto à coerência e coesão, continuidade
temática, à finalidade, adequação da linguagem ao contexto;
Conduzir à reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e
normativos.
Oportunizar o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a
referência textual;
Conduzir a utilização adequada das partículas conectivas básicas;
Estimular as produções nos diferentes gêneros trabalhados.
8. AVALIAÇÃO
A avaliação possibilita ao educador observar o desempenho de cada
aluno a partir das habilidades empregadas nos conteúdos. A participação nas
diversas atividades didáticas como: debates, discussões, trabalhos de
pesquisas, provas, entre outros.
O aluno será avaliado por meio de trabalhos individuais e coletivos. Os
trabalhos poderão ser escritos – produção textual, resolução de exercícios, ou
ainda, orais - dramatizações de diálogos, em grupo. Caso o aluno não consiga
atingir a média, fará atividades e avaliação de recuperação. Essa avaliação
permite que o aluno tire imediatamente suas dúvidas sobre os conteúdos
trabalhados, e consiga acompanhar o restante do conteúdo.
Estabelecer critérios avaliativos com o conhecimento e aprovação do
aprendiz, no exercício da prática democrática;
215
Oportunizar ao educando sua auto-avalição, levando-o a uma maior
responsabilidade;
Auto-avaliar o trabalho docente, para que haja retomada de atitudes,
sanando assim as falhas que ocorrerem no ensino aprendizagem;
Todas as atividades propostas de classe e extraclasse serão avaliadas
quanto a participação, envolvimento e assimilação dos conteúdos através de:
oralidade, leituras e interpretações, teste, pesquisas, trabalhos individuais e de
grupos, tarefas, jogos e atividades recreativas.
O aluno saberá, constantemente, de seu progresso na aprendizagem,
para que reflita a respeito de sua produção, levando-o à superação de suas
dúvidas e enriquecendo seu conhecimento, considerando que a escola pretende
desenvolver uma educação integral, para a diversidade cultural, com visão crítica
que permita compreender a realidade para converter o conhecimento em ação e
transformação.
Na avaliação para o primeiro ano, consideram-se os seguintes critérios:
AVALIAÇÃO – P1
A partir da oralidade espera-se que o aluno:
Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal e/ou
informal);
Apresente suas idéias com clareza, coerência;
Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos;
Organize a sequência de sua fala;
Respeite os turnos de fala;
Explore a oralidade, em adequação ao gênero proposto;
Exponha seus argumentos;
Compreenda os argumentos no discurso do outro;
Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões (quando necessário em
língua materna);
Utilize expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas
exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos que julgar
necessário.
216
A partir da leitura espera-se que o aluno:
Realize leitura compreensiva do texto;
Identifique o conteúdo temático;
Identifique a idéia principal do texto;
Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto;
Perceba o ambiente (suporte) no qual circula o gênero textual;
Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no
sentido conotativo e denotativo;
Analise as intenções do autor;
Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto;
Faça o reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a
referência textual;
Amplie seu léxico, bem como as estruturas da língua (aspectos gramaticais) e
elementos culturais.
A partir da escrita espera-se que o aluno:
Expresse as idéias com clareza;
Elabore e re-elabore textos de acordo com o encaminhamento do professor,
atendendo:
às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade);
à continuidade temática;
Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, etc;
Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função
do artigo, pronome, numeral, substantivo, adjetivo, advérbio, etc.;
Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, em
conformidade com o gênero proposto;
Use apropriadamente elementos discursivos, textuais, estruturais e
normativos atrelados aos gêneros trabalhados;
Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual.
Realize a leitura compreensiva do texto;
Localize informações explícitas e implícitas no texto;
Posicione seus argumentos;
217
Amplie seu horizonte de expectativas;
Amplie seu léxico;
Perceba o ambiente no qual circula o gênero;
Identifique a idéia principal do texto;
Analise as intenções do autor;
Identifique o tema;
Deduza o sentido de palavras e/ou expressões a partir do contexto;
Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou
expressões no sentido conotativo e denotativo;
Reconheça as palavras e/ou expressões que estabelecem a referência
textual;
Quanto aos critérios avaliativos serão considerados 50 pontos para avaliação
escrita ou oral e 50 pontos para os demais trabalhos a serem realizados,
estabelecendo posteriormente, a média bimestral do aluno, a qual poderá somar
até 100 pontos
Na avaliação para o segundo ano, consideram-se os seguintes critérios:
AVALIAÇÃO – P2
A partir da oralidade espera-se que o aluno:
Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal e/ou
informal);
Apresente suas idéias com clareza, coerência;
Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos;
Organize a sequência de sua fala;
Respeite os turnos de fala;
Explore a oralidade, em adequação ao gênero proposto;
Exponha seus argumentos;
Compreenda os argumentos no discurso do outro;
Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões (quando necessário em
língua materna);
Utilize expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas
exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos que julgar
218
necessário.
A partir da leitura espera-se que o aluno:
Realize leitura compreensiva do texto com vista a prever o conteúdo temático,
bem como a idéia principal do texto através da observação das propriedades
estilísticas do gênero (recursos como elementos gráficos, mapas, fotos,
tabelas);
Localize informações explícitas e implícitas no texto;
Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto;
Perceba o ambiente (suporte) no qual circula o gênero textual;
Reconheça diversos participantes de um texto (quem escreve, a quem se
destina, outros participantes);
Estabeleça o correspondente em língua materna de palavras ou expressões a
partir do texto;
Analise as intenções do autor;
Infira relações intertextuais;
Faça o reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a
referência textual;
Amplie seu léxico, bem como as estruturas da língua (aspectos gramaticais) e
elementos culturais.
A partir da escrita espera-se que o aluno:
Expresse as idéias com clareza;
Elabore e re-elabore textos de acordo com o encaminhamento do professor,
atendendo:
às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade);
à continuidade temática;
Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, etc;
Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função
do artigo, pronome, numeral, substantivo, adjetivo, advérbio, etc.;
Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, em
conformidade com o gênero proposto;
219
Use apropriadamente elementos discursivos, textuais, estruturais e
normativos atrelados aos gêneros trabalhados;
Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual;
Defina fatores de contextualização para o texto (elementos gráficos,
temporais).
Quanto aos critérios avaliativos serão considerados 50 pontos para avaliação
escrita ou oral e 50 pontos para os demais trabalhos a serem realizados,
estabelecendo posteriormente, a média bimestral do aluno, a qual poderá
somar até 100 pontos.
Recuperação Paralela
O aluno que não alcançar a média 6,0 fará imediatamente a recuperação
paralela, ou seja, será retomado o conteúdo trabalhado e uma nova avaliação
será feita pelo aluno.
Caso o aluno não consiga recuperar a nota com a nova avaliação, fará no
final do bimestre um trabalho sobre o conteúdo, tendo esse trabalho valor 100.
Essa atividade tem como objetivo ampliar o conhecimento do aluno, e fazer com
que ele seja capaz de acompanhar o conteúdo seguinte.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da educação e do Deporto. Secretaria da educação
Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais – Ensino Médio: Língua
Estrangeira. Brasília: MEC/ SEP, 1999.
GIOVANNINNI, A. y otros. Profesor en acción. Tomo 1. Madrid: Edelsa, 2005.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO, Diretrizes Curriculares da Rede
Pública de Educação Básica do Paraná. 2008.
CELEM. Centro de Línguas Estrangeiras Modernas. Disponível em
http://www.diaadia.pr.gov.br/celem. Pesquisado em 20 de agosto de 2010.
220
PROGRAMA VIVA A ESCOLA – 2010: Aprendendo a Arte da
Comunicação: Rádio-Escola e Jornal Estudantil e Comunitário (AACI)
NUCLEO DE CONHECIMENTO: Cientifico Cultural
ATIVIDADE: Mídias
TURNO QUE A ATIVIDADE É DESENVOLVIDA: Vespertino
DISCIPLINA PRINCIPAL A QUAL A PROPOSTA SE VINCULA: Língua
Portuguesa
NUMERO DE ALUNOS ATENDIDOS: 20 alunos
PROFESSOR RESPONSAVEL: Valmi Bender
JUSTIFICATIVA
Esta proposta é continuidade do Programa Viva a Escola: Aprendendo a
Arte da Comunicação Impressa: Conhecendo e Produzindo um Jornal Estudantil
e Comunitário do ano de 2009, porém com um foco diferente – Radiojornalismo
(Rádio Escola) e continuidade da produção, diagramação e impressão do jornal
AACI, 2ª e 3ª edições. “A educação tem que surpreender cativar, conquistar os
estudantes a todo o momento. A educação precisa encantar entusiasmar,
seduzir, apontar possibilidades e realizar novos conhecimentos e práticas. O
conhecimento se constrói a partir de constantes desafios, de atividades
significativas, que excitem a curiosidade, a imaginação e a criatividade”. É dessa
forma que MORAN começa o seu artigo “A educação que queremos”. Pretende-
se, portanto, encantar os alunos para que o conhecimento seja apropriado, seja
desejado por eles, fazendo com que os mesmos queiram aprender, conhecer,
saber e produzir. A proposta da Rádio-Escola e a continuidade do jornal AACI,
têm essa característica como fundamento. A educação, tradicionalmente, é
caracterizada pela transmissão de conhecimentos do professor para o aluno,
porém atualmente, há outros aliados. Não precisa mais se deter apenas no uso
do quadro negro e do giz. Existem outras mídias que a educação necessita
apropriar-se e usar com clareza pedagógica. Um fato é inegável: cada dia mais
os meios de comunicação se incorporam, indistintamente, ao cotidiano de todas
as camadas sociais da população, pois a informação está em todos os lugares, a
internet acelerou todo o processo de envio e recepção de informações. A
221
tecnologia avança assustadoramente, não dá para voltar e nem parar. Precisa-
se acompanhar esse desenvolvimento. Quando se pensa na mídia, na sua
utilização na escola, pelos professores e alunos, necessita-se pensá-la e utilizá-
la de modo que tenha significado, promovendo um ensino vivo, que possibilite a
formação de alunos esclarecidos e atuantes. Pode-se arriscar em dizer que é
praticamente impossível formar para a cidadania sem educar para a
comunicação, para a compreensão dos eficazes mecanismos de funcionamento
das mídias. A própria LDB, declara que uma escola competente é aquela que
promove o conhecimento das várias linguagens que norteiam a era da
comunicação. Portanto, a escola é o ambiente perfeito para que se desenvolva,
no aluno, habilidades e valores que contribuem à formação de um cidadão capaz
de buscar uma sociedade melhor. Assim, o uso das Mídias precisa ser bem
planejado, oferecendo aos alunos, adolescentes, jovens e adultos, a
oportunidade de construir conhecimento, ampliar horizontes, comunicar-se e
expressar-se. Nessa perspectiva, a Rádio-Escola e a continuidade do jornal
AACI, justificam-se ainda, pela necessidade de se desenvolver nos estudantes
as habilidades da leitura, escrita e pesquisa, a comunicação, o despertar da
consciência crítica para o trato com as informações da mídia e, também, como o
primeiro instrumental profissionalizante na produção de programas de rádio, bem
como de textos jornalísticos.
CONTEÚDOS
A LÍNGUA PORTUGUESA na perspectiva do materialismo histórico-
dialético tem como seu objeto de ensino/estudo, a linguagem, desenvolvida por
sujeitos historicamente situados. É pela linguagem que o homem se reconhece
humano, interage e troca experiências, compreende a realidade em que está
inserido e percebe seu papel como participante da sociedade. Sabendo que
somos seres de linguagem, constituídos e vivendo num complexo feixe de
relações sócio-verbais, onde o papel da Língua Portuguesa busca garantir aos
estudantes o domínio das práticas sócio-verbais, que são indispensáveis para a
vida cidadã e que transcendem os limites das vivências cotidianas informais.
Tendo em vista que os conteúdos da Língua Portuguesa decorrem do uso da
língua oral e escrita e da reflexão sobre a língua e a linguagem, é preciso que se
222
considere a integração entre essas duas vertentes, o que será possível nesta
proposta aqui apresentada. Enquanto conteúdo estruturante tem-se o discurso
como prática social e os conteúdos básicos: a Leitura, Oralidade, Escrita,
Pesquisa. Uma das tarefas árduas e que requer muita paciência é o
desenvolvimento do gosto e prazer pela leitura e escrita. A proposta da Rádio-
Escola e continuidade do jornal escolar (AACI) se mostram importantes
ferramentas pedagógicas para tal meta, incentivando os alunos a entenderem a
importância desses veículos de comunicação, que auxiliam não somente na
reflexão e análise, mas a percepção e compreensão do que se passa ao seu
redor, valorizando e potencializando a linguagem, a palavra. A rádio e o jornal
impresso são importantes veículos de comunicação, podem trazer subsídios e
enriquecer o aprendizado em sala de aula. Ler e ouvir tais veículos com olhos
críticos, saber analisá-los e mesmo produzir seus próprios programas (rádio) e
seu próprio jornal escolar são experiências das mais recompensadoras, seja
para alunos seja para professores. A produção dos programas de rádio e do
jornal escolar são espaços privilegiados de reflexão e aprendizado, assim como
sua construção e elaboração.
OBJETIVOS
A proposta de desenvolver o programa utilizando as mídias, em especial
a rádio escola e a continuidade do jornal estudantil e comunitário no âmbito
escolar, visa construir uma prática educativa que objetiva despertar e
potencializar a capacidade expressiva, dando voz e direito àqueles que até
então não têm uma representação na mídia atualmente veiculada. Ainda, propõe
uma reflexão quanto à apropriação de códigos e linguagens de alunos e
professores. Propicia a construção do conhecimento, onde o professor torna-se
mediador do processo ensino-aprendizagem e o aluno, o protagonista do
processo, para que ambos tornem-se mais críticos na utilização das mídias
(rádio e jornal enquanto veículos de recepção e também de produção).
Os alunos, ao assumirem o protagonismo, desenvolvem maior
capacidade de fazer uma leitura das diferentes mídias, visto que ao produzirem
programas de rádio, vídeos, jornais, etc., obviamente passam a ouvir, assistir ou
ler a mídia de forma mais atenta e analítica. Criando possibilidades de
223
comunicação, possibilitando aos envolvidos ampliarem sua visão de mundo,
posicionar-se sobre diferentes assuntos e saber trabalhar com as críticas
recebidas, princípios para o exercício da cidadania. Discutir, também, o uso do
jornal e da rádio como canais para a construção do conhecimento
ressignificando o processo de ensinar-aprender e criar um espaço onde os
alunos e a comunidade possam discutir idéias, mostrar a sua cultura e expressar
suas opiniões.
METODOLOGIA
Para facilitar a compreensão e a organização do presente programa, será
desenvolvido da seguinte forma:
1º SEMESTRE
PLANEJAMENTO – Elaboração do programa; Definição dos objetivos e
resultados esperados; Planejamento e seleção das ferramentas pedagógicas e
estratégias; Elaboração do cronograma da ação (versão preliminar);
Apresentação da proposta à direção do colégio, conselho escolar; Aprovação
(Colégio – NRE – SEED).
PREPARAÇÃO – Divulgação do programa nas salas de aula, direção,
comunidade escolar; Seleção de material bibliográfico e de apoio; Planejamento
dos encontros e práticas; Contato com colaboradores; Inscrições e definições
dos dias da semana, quantidade de encontros semanais, horários para futuros
encontros.
DESENVOLVIMENTO E APLICAÇÃO - Explanação oral e conceituação:
O que é Radiojornalismo?; Frases – PowerPoint – O Rádio é...; Radialistas em
destaque nacional; Formação de grupos para pesquisa (teórica e prática) e/ou
estudo sobre temas e curiosidades sobre Rádio: História da Rádio; A Era do
Rádio; Datas importantes (Rádio); Rádio no Brasil; Breve história da Rádio AM;
Breve história da Rádio FM; Cronologia do Rádio; Rádios (local, regionais,
brasileiras); O Rádio como meio de comunicação; O Rádio na era da informação;
O Rádio na atualidade, O Rádio na/e educação; O Rádio e a Internet; O Rádio
224
em sala de aula; Rádio Escola; Rádios AM e FM (Brasil); Rádios comunitárias
(Oeste do Paraná); Rádios Online (Paraná) (Estilos de programação (ideologias);
Radioamadorismo; Rádio Digital, Repórter Esso; Profissão: Radialista;
Curiosidades e Pérolas do Radiojornalismo; Jargões e Glossário do
Radiojornalismo dentre outros (elaboração de coletânea impressa e virtual);
Plenária (apresentação dos estudos, pesquisas e entrevistas).
PRODUÇÃO - Seguimento dos passos para a produção do jornal AACI
(continuidade): a) Formação do editorial; b) Continuação do título AACI, projeto
gráfico, material, tiragem; c) Definição da pauta; d) Pesquisa, reportagens,
entrevistas; e) Redação e correção dos textos; f) Definição de fotos e/ou
ilustrações. Etapas para a produção da programação da Rádio Escola:
Construção da pauta: planejamento; Pesquisa e edição do conteúdo colhido;
Divisão de tarefas; Produção: roteiro, produção de vinheta, dos textos, dos
intervalos e de sons de fundo, ensaio e gravação; Apresentação do programa
(10 minutos – recreio) em parceria com a Tropical FM no período matutino às
10h e no período vespertino às 16h, programação direto do colégio para a
comunidade quatropontense; Avaliação dos programas focados no processo e
na autoavaliação.
2º SEMESTRE
DESENVOLVIMENTO E APLICAÇÃO
Vivências (rádio e jornal): Prática de produção de textos em gênero
jornalístico (notícias, editoriais, artigos de opinião, entretenimento, resenhas...);
Palestra; Etapas da produção/edição do jornal estudantil e comunitário
(continuidade) e dos programas da rádio escola (termos técnicos, perfil dos
profissionais envolvidos, dicas práticas, curiosidades diversas); Pré-teste
referente à produção de um programa de rádio; Ampliar o repertório dos alunos
sobre os programas; Ouvir programas, já existentes (locais, regionais,
internet...); Criação de uma grade de programação rica em diversidade e
adequada aos ouvintes (as equipes optam pelos gêneros de programa:
jornalísticos, musical, humorístico, de variedades, de entrevista,
musical/informativo, radio novela... e organizam a programação envolvendo os
alunos, os professores dos três períodos do colégio.); Parceria entre a Rádio
Escola do colégio e a Rádio Comunitária da cidade – Tropical FM – 106.3, no
225
período matutino às 10h e no período vespertino às 16h, programação direto do
colégio para a comunidade quatropontense. Visitas técnicas (Jornais e Rádios),
o blog e a wikispaces da rádio escola e do jornal AACI.
PRODUÇÃO - Seguimento dos passos para a produção do jornal l AACI
(continuidade):* Obs.: Continuação do 1º semestre- etapa final do jornal g)
Digitação, diagramação e paginação; h) Revisão final do documento a ser
impresso; i) Impressão; j) Distribuição; l) Avaliação e reunião de pauta.*Obs.:
Continuidade das Etapas para a produção da programação da Rádio Escola:
Construção da pauta: planejamento; Pesquisa e edição do conteúdo colhido;
Divisão de tarefas; Produção: roteiro, produção de vinheta, dos textos, dos
intervalos e de sons de fundo, ensaio e gravação; Apresentação do programa
(10 minutos – recreio) em parceria com a Tropical FM; Avaliação dos programas
focados no processo e na auto-avaliação, bem como a realimentação do blog e
da wikispaces.
ENCERRAMENTO - Encerramento do Programa com apresentação à
comunidade através de exposição de todas as etapas (painel de fotos de todos
os passos do programa, coletânea impressa das pesquisas, livro diagramado e
virtual, vídeo das visitas técnicas, a produção do jornal; Apresentação dos
programas da rádio, gravados ou ao vivo, diariamente, durante o recreio com
parceria da Tropical FM; Doação dos materiais publicados e documentados à
biblioteca, bem como publicados no site da escola, blog e wikispaces.
AVALIAÇÃO
Considerando que a avaliação é um processo contínuo,
permanente e cumulativo, inicialmente far-se-á uma avaliação diagnóstica
reconhecendo as experiências individuais e coletivas dos alunos participantes.
Durante a aplicação do projeto, realizar-se-á constantes avaliações através da
observação e comentários orais, a fim de verificar se realmente os objetivos
estão sendo atingidos. Far-se-á uso também de registros, técnicas de
observação, reflexão crítica, dinâmicas de grupo, pesquisas, tarefas, escrita,
relatório, auto-avaliação e auto-análise, Ao término da proposta, solicitar-se-á a
elaboração de um depoimento escrito e/ou oral, relatando os benefícios e
aprendizagens ocorridas a partir das práticas vivenciadas na proposta. O critério
final de avaliação será a confecção e edição de um Jornal Estudantil, do blog, da
226
wikispaces, bem como a programação diária da Rádio Escola (recreio). Outras
estratégias poderão ser acrescentadas durante o processo.
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CEREJA, William Roberto. MAGALHÃES, Tereza Cochar. Português:
Linguagens: volume 2: ensino médio – 5.ed. – São Paulo:Atual, 2005.
CEREJA, William Roberto. MAGALHÃES, Tereza Cochar. Português:
Linguagens: volume 3: ensino médio – 5.ed. – São Paulo:Atual, 2005.
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243
MATRIZ CURRICULAR
MATRIZ CURRICULAR – ENSINO MÉDIO REGULAR DE 1ª A 3ª SÉRIE
NRE: TOLEDO MUNICÍPIO: QUATRO PONTES
ESTABELECIMENTO: Colégio Estadual Quatro Pontes – Ens. Fundamental e
Médio
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
CURSO: – ENSINO MÉDIO. 1/3 SER TURNO: MATUTINO
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2007 – SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS
BASE
NACIONAL
COMUM
PARTE
DIVERSIFICADA
1ª
série
2ª
série
3
ª série
Arte 2 - -
Biologia 3 2 2
Educação Física 2 2 2
Filosofia - - 2
Física 2 3 2
Geografia 2 2 2
História 2 3 2
Língua
Portuguesa
4 4 4
Matemática 4 4 3
Química 2 3 2
Sociologia - - 2
SUB-TOTAL 23 23 23
LEM: Inglês 2 2 2
SUB-TOTAL 2 2 2
TOTAL GERAL 25 25 25
244
MATRIZ CURRICULAR
MATRIZ CURRICULAR – ENSINO MÉDIO REGULAR DE 1ª A 3ª SÉRIE
NRE: TOLEDO MUNICÍPIO: QUATRO PONTES
ESTABELECIMENTO: Colégio Estadual Quatro Pontes – Ens. Fundamental e
Médio
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
CURSO: – ENSINO MÉDIO. 1/3 SER TURNO: VESPERTINO
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2007 – SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS
BASE
NACIONAL
COMUM
PARTE
DIVERSIFICADA
1ª
série
2ª
série
3
ª série
Arte 2 - -
Biologia 3 2 2
Educação Física 2 2 2
Filosofia - - 2
Física 2 3 2
Geografia 2 2 2
História 2 3 2
Língua
Portuguesa
4 4 4
Matemática 4 4 3
Química 2 3 2
Sociologia - - 2
SUB-TOTAL 23 23 23
LEM: Inglês 2 2 2
SUB-TOTAL 2 2 2
TOTAL GERAL 25 25 25
245
MATRIZ CURRICULAR
MATRIZ CURRICULAR – ENSINO MÉDIO REGULAR DE 1ª A 3ª SÉRIE
NRE: TOLEDO MUNICÍPIO: QUATRO PONTES
ESTABELECIMENTO: Colégio Estadual Quatro Pontes – Ens. Fundamental e
Médio
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
CURSO: – ENSINO MÉDIO. 1/3 SER TURNO: NOTURNO
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2007 – SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS
BASE
NACIONAL
COMUM
PARTE
DIVERSIFICADA
1ª
série
2ª
série
3
ª série
Arte 2 - -
Biologia 3 2 2
Educação Física 2 2 2
Filosofia - - 2
Física 2 3 2
Geografia 2 2 2
História 2 3 2
Língua
Portuguesa
4 4 4
Matemática 4 4 3
Química 2 3 2
Sociologia - - 2
SUB-TOTAL 23 23 23
LEM: Inglês 2 2 2
SUB-TOTAL 2 2 2
TOTAL GERAL 25 25 25
Obs: Serão Ministradas 03 aulas de 50 minutos e 02 aulas de 45
minutos