2 Marta Lemme /IE-UFRJ
Questionamentos ao modelo Hecksher-
Ohlin
NOVO CONJUNTO DE IDEIAS
em comum o abandono da hipótese de concorrência perfeita
Fatos não explicados: concentração
comércios entre PDs; comércio intra-
indústria e intra-firma
3 Marta Lemme /IE-UFRJ
Surgimento de uma Nova Teoria???
. “A nova teoria fornece resultados específicos para estes diferentes
mercados, explicando, por exemplo, os determinantes das trocas ou os
efeitos das políticas comerciais, mas não pode ser resumida em um
pequeno número de teoremas” (Rainelli, 1998, p. 10,11)
"there is no general theory of international trade in the sense that the
explanatory power of any given theory is limited to specific products,
industries, and countries“ (Gonçalves, 1990)
Linhas de Pesquisa: Papel desempenhado pela tecnologia; Diferenciação de produtos; Rendimentos Crescentes de Escala
4 Marta Lemme /IE-UFRJ
Surgimento: Década de 1970 Desenvolvimento: Década de 1980 Porém, ideias já se faziam presentes antes
a) Marsh (1942) b) Leontief (1953) c) Posner (1961) d) Linder (1961) e) Vernon (1966)
5 Marta Lemme /IE-UFRJ
• Leontief (1953)
– Do “Trabalho qualificado e não qualificado” ao “Fator Tecnológico”
=> As empresas e, consequentemente, as nações em que elas estão
localizadas se engajam em “corridas tecnológicas”:
=> Surgimento de novo produto em dada nação (resultado P&D ou por acaso)
=> Empresa inovadora se beneficia do monopólio de produção (forma particular de vantagem absoluta), inclusive com exportação do produto;
=> Empresas rivais lançam produto rival;
=> Exportação empresa inovadora se reduz e, no limite, desaparece.
6 Marta Lemme /IE-UFRJ
• Posner (1961)
– Teoria do “Lag de Imitação”
=> Pressupostos: tecnologia não disponível em todos os países e atraso na sua difusão O lag de imitação é o tempo que decorre entre a introdução de um produto num dado país e o aparecimento de versões produzidas em outro país. Inclui período de aprendizagem durante o qual as empresas no estrangeiro adquirem a tecnologia e o know-how para produzir o bem (sendo também necessário comprar inputs, instalar equipamento, processar os inputs, trazer o produto para o mercado, etc). O lag da procura é o período de tempo que decorre entre o aparecimento do produto no país que o desenvolve e a sua aceitação por consumidores em outros países. Surgem em função da lealdade aos produtores originais, inércia e atrasos nos fluxos de informação.
Vantagens Comparativas Dinâmicas
7 Marta Lemme /IE-UFRJ
• Vernon (1966)
– Teoria do Ciclo de Vida do Produto
=> Foco da Análise: Economia Norte-Americana - tecnologia não disponível em todos os países e atraso na sua difusão
=> Mudanças dos níveis das vantagens comparativas:
a) a demanda nacional e internacional pelos produtos industriais não é estática no tempo;
b) os produtos têm um ciclo de vida (nascimento, crescimento, maturidade e senilidade), e;
c) a estratégia de lucros das empresas transnacionais levam a que sua produção se translade para outros países.
8 Marta Lemme /IE-UFRJ
• Vernon (1966)
– Teoria do Ciclo de Vida do Produto Etapa 1: Bens de Luxo, produzidos em pequena escala , destinados exclusivamente ao mercado nacional. Etapa 2: Difusão do novo produto, leva à adoção de técnicas de produção em série, caracterizadas pela aparição de economias de escala. Mercados estrangeiros começam a ser explorados, inicialmente via exportações. Etapa 3: Aparição de concorrentes estrangeiros nos países onde estão os consumidores vai levar, em uma nova etapa, à produção do bem no exterior para resistir à ameaça destes novos concorrentes (IED é possível em função das vantagens decorrentes do avanço técnico das empresas americanas) Etapa 4: Fim da produção local no país no qual surgiu a inovação e este mercado passa a ser abastecido por importações, provenientes de empresas americanas implantadas no exterior.
Ciclo com Três Fases
FIM DÉCADA DE 70: Alerta de VERNON = mudanças das condições: EMNs + EUA no cenário internacional + rapidez processo de difusão da inovação
=> CAUTELA COM O MODELO!!
9 Marta Lemme /IE-UFRJ
• Vernon (1966)
– Teoria do Ciclo de Vida do Produto: Um Exemplo
Indústria de vídeo cassetes. Meados da década de 70 – início produção Japão (Sony e JVC, p.ex) => Mercado interno e, possivelmente, o externo (porém, com marcas distintas – RCA (EUA) e Zenith (Europa); Exportações fluxo crescente (CRESCIMENTO) => interesse empresas sul - coreanas (Goldstar e Samsung) Início Produção fora do Japão (vantagens de custo Coreia) => Meado da década de 1980 => MATURIDADE – demanda estável e países de menor renda ganham da produção japonesa Início dos anos 90 => Barateamento significativo do produto e Japão sai do mercado.
10 Marta Lemme /IE-UFRJ
• Linder (1961)
– Overlapping Demand
Comércio mais intenso entre países com renda per capita semelhante
Rendimento Gosto e Procura
Resposta Empresas
11 Marta Lemme /IE-UFRJ
• Linder (1961)
– Overlapping Demand
Modelo não define padrão de comércio (quem exporta o que) , apenas os produtos a serem transacionados – possibilidade de diferenciação do produto
Resultados do modelo compatível com padrão de comércio pós II GG
12 Marta Lemme /IE-UFRJ Krugman & Obstfeld (Cap. 6)
• Krugman e as Economias de Escala;
• Modelos Gravitacionais
• Modelos de Especialização Vertical
• Porter – “Competitividade das Nações”
13 Marta Lemme /IE-UFRJ Krugman & Obstfeld (Cap. 6)
Modelos Gravitacionais:
• Ampliação do processo de integração comercial
• Fluxos bilaterais de comércio – variam positivamente com a renda e negativamente com a distância
• Equação gravitacional – preferências comerciais x renda (renda per capita) e, mais recentemente, proximidade geográfica (distância relativa)
• Mais recentemente => inclusão variável “distância relativa”
14 Marta Lemme /IE-UFRJ Krugman & Obstfeld (Cap. 6)
• Modelos Gravitacionais: Aplicação p/ 44 países (73% comércio)
15 Marta Lemme /IE-UFRJ Krugman & Obstfeld (Cap. 6)
• Modelos Gravitacionais: Aplicação p/ 44 países (73% comércio)
16 Marta Lemme /IE-UFRJ Krugman & Obstfeld (Cap. 6)
• Modelos Gravitacionais: Aplicação p/ 44 países (73% comércio)
19 Marta Lemme /IE-UFRJ Krugman & Obstfeld (Cap. 6)
Competitividade das Nações – Porter Por que uma nação se torna a base para competidores bem-sucedidos de uma indústria?
Três Ambientes de Competitividade
Empresarial: gestão da firma (tecnológicos, financeiros, etc.) Estrutural: relação da firma com fornecedores, consumidores, distribuidores e concorrentes Sistêmico: políticas macroeconômicas, sociais, de infra-estrutura e educacionais
20 Marta Lemme /IE-UFRJ Krugman & Obstfeld (Cap. 6)
Competitividade das Nações – Porter “Diamante Nacional” – construção das vantagens comparativas das nações em um ambiente estratégico sistêmico
http://uca.migueldearriba.net/2009/11/22/el-diamante-de-porter/
Elementos coadjuvantes: Papel do Estado; Papel do acaso