7/25/2019 Commentary of 60 of Leibniz's Monadology
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Totalidade e finitude
60
O objectivo do texto que segue no comentar todas as noes que se
encontram no 60, mas somente uma a que corres!onde a noo formal de finitude,
segundo "eibni#, que que "eibni# entende !or $finitude$% &icar' !ara outras notas a
elucidao da nature#a mais es!ec(fica dessa finitude% )qui interessa a!enas ver que
estrutura formal ela !ossui%
) an'lise deste !roblema liga*se a muitas outras, o que im!lica necessariamente
re!etir, ainda que de outro !onto de vista, noes j' comentadas, !rinci!almente a de
$!ortas e janelas$% +as, como se tentar' indicar, no !odce deixar de se !roceder a esta
re!etio, tanto mais que as noes recebem sentidos diferentes consoante o $lugar
lgico$ que ocu!am%
O !rimeiro !onto a ter em condiderao que o !roblema da finitude no !arece
ser, !ara o -omem comum, um !roblema dif(cil -' coisas que con-ecemos e -' coisas
que no con-ecemos% .sto !arece ser um facto de tal modo bvio que no requer
demasiadas ex!licaes% Ocorre, todavia, que "eibni# c-ama a ateno !ara o facto de
esse facto bvio * -' coisas que con-ecemos e coisas que no con-ecemos * depender
totalmentedo que naturalmente !ensamos ser o $sujeito$ do con-ecimento, e do facto
de que o que !ensamos !orb $sujeito de con-ecimento$ estar normalmente
com!letamente !or esclarecer quanto ao seu sentido% / esse a !rinmeira tarefa que
"eibni# em!reende na +onadologia, !ois a isso que corres!onde, como se tentar'
indicar, o que "eibni# di# logo no !rimeiro !ar'grafo%
)ssim, na vida comum, entendemos -abitualmente !or $sujeito$ um ente entre
outros entes, dotado de caracter(sticas !articulares, entre as quais se contam as
!ossibilidades ou faculdades de re!resentar% or $sujeito$ entendemos, !ortanto, o$-omem$, um acontecimento natural !osto no seio das coisas que so, no mundo,
!ossuidor de ca!acidade 1que, ali's, no l-e so absolutamente exclusivas, mas que
com!artil-a, !elo menos em certo grau, com outros entes naturais2 de se dar conta de,
de se a!erceber do que se !assa 3 sua volta, e de agir e de ser afectado !or isso% 4este
!onto de vista, a representao considerada como uma forma !eculiar de acesso ao
mundo% or sua ve#, !or $mundo$ 1e sem querer entrar em consideraes mais !recisas2
com!reendemos normalmente a totalidade, o conjunto das coisas que -', de significadoe exist5ncia autnomos e anteriores ao $-omem$% O mundo a instncia na qual o
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-omem surge como mais um momento dele, determinado !or ele 1!elo mundo2, e com o
qual se !ode relacionar de diversos modos, um dos quais !recisamente o da
representao% ) relao !erce!tiva com o mundo acrescenta*se, assim, ao !r!rio
mundo 1a!esar de tal acrescento se dar no seu interior2, mundo que , !ois, a posio
original e primeira% O $-omem$ no , desta forma, um ente fec-ado e encerrado em si
mesmo, totalmente !reenc-ido !elas suas determinaes imanentes, mas est' dotado de
formas de abertura, vias de acesso ao que o rodeia, !ossibilidades de receber
notificao e an7ncio das coisas% 8uer di#er, o termosujeitode conhecimento recebido
j' na !r*com!reenso que -abitualmente arrastamos do termo $-omem$, cujo conte7do
o de um ente natural com $!ortas e janelas$, atravs das quais o mundo l-e
comunicado, recebido e ex!osto 1e tambm atravs das quais o sujeito age sobre o
mundo2% O facto de o sujeito !ossuir $!ortas e janelas$ no significa somente que ele se
encontra em condies de receber o an7ncio das coisas, de se dar conta delas% 9ignifica
tambm que tal an7ncio est' limitado e circunscrito !ela !r!ria forma das $janelas$, de
tal modo que a sua !eculiar dis!osio delimita o campodo que l-e !ode a!arecer% O
$-omem$ no !ossui, de facto, acesso 3 totalidade das coisas, nem mesmo acesso total
3s !oucas coisas que se l-e a!resentam, mas somente a uma $!arte$ do mundo, 3quela
que as dis!osies e as configuraes das suas faculdades de !erceber l-e !ossibilitam,
!ermanecendo $tudo o resto$ !ara alm do seu campo perceptivo -' mais coisas no
mundo : muitas mais e muito diferentes, !rovavelmente : do que aquelas que, em cada
caso, o $-omem$ !ode !erceber, tal como ocorre, de facto, com a viso delimitada !ela
configurao das janelas% O $resto$ do mundo esca!a*se, !orque est' $!ara l'$, !ara
alm do cam!o visual% )ssim, a forma !articular das vias de acesso ao mundo decide
que coisas, e em que modo, !odem ser a!resentadas, mas no !ermite evidentemente o
acesso 3 totalidade;% /m resumo !ossuir $!ortas e janelas$ determina no a!enas a
!ossibilidade de comunicar com o $exterior$ : com aquilo que o -omem no e queexiste $fora$ e inde!endentemente dele :, mas tambm, e !ela mesma ra#o, o mbito e
a !rofundidade dessa mesma abertura a ns cabe*nos, em cada caso, uma $fatia$ da
; &acilmente se com!reende que estas brev(ssimas consideraes se a!licam, a!enas, aocam!o !erce!tivo em sentido estrito%
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totalidade, um $bocado das coisas$% 4eve ainda ter*se em conta 1ainda que tambm este
as!ecto mereceria um desenvolvimento mais adequado2 que o significado essencial das
$!ortas e janelas$ , de algum modo, !revalentemente negativo, !elo menos no modo
como -abitualmente nos entendemos comosujeitos que representam% )s vias de acesso
limitamo an7ncio do mundo, constrangem o sujeito a !ermanecer no interior de um
-ori#onte determinado e $curto$% = certo que essa limitao limitao de umpoder de
percebere, assim sendo, !arece ser a!enas o as!ecto negativo de uma determinao
!ositiva% Todavia, -abitualmente tendemos a considerar opoder de percebermais como
uma !ossibilidade capaz de ser impedidado que !ro!riamente uma actividade% 4ito de
modo breve *se levado a !ensar que $!erceber no custa$, isto , que as formas de
acesso ao mundo so como que momentos inertes de abertura!elos quais o mundo
entra se no -ouver im!edimentos% O que um modo de di#er que a !erce!o
considerada mais como afeco, ou !assividade, do que como actividade !rodutiva%
4i#er que os ol-os so as $janelas da alma$ im!lica, !arece, que o mundo !ode entrar
!or eles e que, de facto, entra, a no ser que -aja inter!osio de obst'culos, quer
subjectivos quer objectivos% )s janelas no so activas, no realizamo visto, nem as
!ortas introdu#em o que !or elas !assa% )ssim, a ca!acidade de receber o an7ncio do
mundo !erde o seu car'cter activo depoderde !erceber !elo 5nfase : muito mais forte
: !osto no momento da rece!o o mundo oferece*se*nos sem dificuldade>%
O que assim dado a ver de!ende, !ortanto, das $!r!rias coisas$, do desenrolar
objectivo e real dos entes do mundo, que vo !assando diante do sujeito e entrando nele%
O $-omem$ !oder' evidentemente colaborar activamente no !rocesso do surgimento
das coisas, o que far' de v'rias maneiras, !or exem!lo, direccionando ou modificando
artificialmente a configurao das suas vias de acesso ao mundo, quer di#er, !rodu#indo
alteraes, tambm elas objectivas e reais, nas dis!osies dos rgos%
/m resumo a com!reenso do sujeito que representacomo $-omem$ : queinclui a determinao da re!resentao atravs da met'fora das $!ortas e janelas$ :
> = certo que a an'lise fisiolgica dos !rocessos !erce!tivos !ode alterar teoricamenteacom!reenso da !erce!o como momento de afeco !assiva, na medida em quea!resenta !rocessos orgnicos activos como constituintes do momento da !erce!o%.nde!endentemente do que a seguir se dir' sobre a relao entre !erce!o e !rocessosorgnicos, basta aqui considerar que a !erce!o no vivida, de facto, !elo sujeitocomo momento activo de constituio do que nela se apresenta, !ara alm do facto deque, !elo menos em !arte, os !r!rios !rocessos orgnicos de!endem de uma
!assividade !rim'ria 1de uma afeco2 e corres!ondem a formas do !rocesso detransmissodo an7ncio das coisas%
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corres!onde 3 assuno da exist5ncia real de $dois$ momentos : a exist5ncia e o
desenrolar objectivo das coisas e, nele, a exist5ncia de um ente natural $-omem$ :,
sendo a !erce!o considerada, ento, como o encontrodesses dois momentos, encontro
que , !ortanto,posteriora cada um deles e, assim, totalmente derivado e no original
quanto ao seu sentido%
= bem sabido que "eibni# afirma que a +nada : quer di#er, a substncia
sim!les, quer di#er, o sujeito que re!resenta : no tem !ortas nem janelas% =
relativamente f'cil 1e tambm usual2 inter!retar tal afirmao como uma tese1e no,
!ortanto, como uma !ro!osio que corres!onde 3 descriode um estado de coisas2
quepostulaa inexist5ncia de acesso ao que est' $fora de ns$, ao $mundo exterior$, o
que deve querer significar que o sujeito estaria limitado aos seus estados interiores%
arece, no entanto, claro que este ti!o de inter!retao mantm intacta a com!reenso
naturale imediata da diviso $interior do homem/mundo exterior$% 4e facto, s !arece
!oss(vel tomar a negao da exist5ncia de $!ortas e janelas$ como a reduo das
!ossibilidades de acesso do sujeito apenas a um conjunto de acontecimentos 1os
$interiores$2, negando*as aos $exteriores$,sese aceitar !reviamente a exist5ncia de um
cam!o de coisas $interiores$ ede um cam!o de coisas $exteriores$ esese aceitar ainda
que o acesso 3s coisas $exteriores$ se fa# !recisamente mediante $!ortas e janelas$%
arece evidente se a +nada no tem acesso ao exterior !orque no tem !ortas e
janelas, ento d'*se !or assente e !rovado que s se acede ao exterior !or aquilo que a
+nada no tem% Ora esta !recisamente a interpretao naturalque temos sobre o
que o $-omem$, como se disse% "eibni# !oderia, ento, estar a di#er que o exterior nos
est' vedado, que no temos realmente not(cia dele, ainda que ficaria certamente !or
determinar como se !ode c-egar a tal concluso 1quer di#er, de onde decorre a noo de
exterior, visto que no ter(amos acesso a ele2 e que significado !oderia ter tal
!ro!osio, !ois no deve significar, !or exem!lo, que no vemos objectos no es!ao1ali ou aqui, l' ao fundo, etc%2, !orque de factovemos, nem que o $exterior$ , afinal,
$interior$, o que no significa nada, !ois os termos so correlativos o exterior no !ode
ser realmenteinterior, !elo menos no sentido em que com!reendemos esses termos, !ois
isso im!licaria que o interior no se o!oria ao exterior, isto , que no seria realmente
interior% 4ito de outra forma, a com!reenso da afirmao $a +nada no tem !ortas
nem janelas$ no modo acima indicado 1inexist5ncia de acesso ao exterior, ao mundo
$fora de ns$, no sentido usual do termo2 mantm 3 !artida a tese natural$-omem$%
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Ora !erfeitamente !oss(vel que "eibni# esteja, no a !roferir uma afirmao
que se inscreve ainda dentro dessa tese natural, mas sim a tentar denunciar essa mesma
tese, em toda a sua generalidade, isto , a !?r em causa a !r!ria noo de acesso ao
mundo em que -abitualmente vivemos%
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$meramente a!arente$ :, mas sim o facto de !ossu(rem estrutura constitutiva de
a!ario%
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qualquer coisa como !ossuindo estruturade re!resentao inde!endentemente do acto
em que re!resentada% 9er re!resentado efeito de uma sntese que re!ne numa
unidade uma multiplicidade de momentos% 9em s(ntese no -' re!resentao nem, !or
isso mesmo, representado% Aonsiderar a constituio re!resentada : ex!osta, vista : das
coisas inde!endentemente do actomediante o qual 1ou mel-or noqual2 elas assim se
constituem estar, de facto e como se disse, totalmente cego !ara o momento da !r!ria
re!resentao% Ba#o !ela qual "eibni# insiste em que no basta a mera co*!resena do
sujeito e do objecto 1isto , um encontro neutro2 !ara !rodu#ir re!resentao, mas que se
requer que o sujeito !ossua umprincpio representativo", isto , umpoderde sinteti#ar%
=, assim, !ela desconsiderao do !rinc(!io activo de re!resentar que a actividade
subjectiva do $-omem$ quando !ercebe tomada como $nada$, !ois se assim no fosse
seria necess'rio $du!licar$ a re!resentao, quer di#er, re!resentar seria !erceber um j
!ercebido, constituir as coisas numa forma em que jestavam antes de serem assim
constitu(das, o que no fa# sentido%
) com!reenso natural do sujeito como $-omem$ de!ende, !ois, e totalmente, da
desvalori#ao do acto de re!resentar, da desconsiderao da sua estrutura intr(nseca e
!r!ria, e assenta na crena, na tese, sem fundamento fenomenolgico claro, segundo a
qual o $-omem$ encontrao mundo, constitu(dos j' : tanto o -omem como o mundo :
inde!endentemente do que ocorre no encontro, motivo !elo qual este ser' tido como
fortuito e insignificante%
Ora, se se tomar como !rinc(!io a!enas aquilo que a!arece, *se constrangido a
afirmar que $les !-enomenes ne sont que des !enses$ C, quer di#er, re!resentaes, o
que altera significativamente a noo de sujeito e de finitude do sujeito que con-ece% O
sujeito no algum que encontra as coisas j' constitu(das em ex!osio, mas, !elo
contr'rio, o momento no qualas coisas se $fa#em$ dessa forma, o que im!lica que a
actividade do sujeito re!resentar, isso que ele faz, de tal forma que !or $sujeito quere!resenta$ no se deve entender um ente que se limita a dar conta do que ocorre, mas,
!elo contr'rio, algum que fazo que ocorre nele, como "eibni# ex!ressamente indica
$De mEetonne, +onsieur, que vous !ersists 3 tourner mes sentimens tout autrement que
je ne mEex!lique% Fous vouls que selon moG Enous ne faison rien dEavantage, que de
H Afr%, !or exem!lo, #artas a #lar$e, I F.., HJ6*HJK, H6J, HKJ% ) noo de !rinc(!iore!resentativo extraordinariamente inm!ortante, mas no !oss(vel analis'*la aqui%
C #omentrio a uma carta de %rnst von &essen-'heinfels, ), .., .., ;;;%
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nous a!!ercevoir de ce qui se !asse c-e# nousE% De ne saG dEoL vous lEavs !ris% our
moG je tiens que nousfaisonstout ce qui se !asse en nous$J% arece ser esta a ra#o !ela
qual "eibni# no define a !erce!o como a $relao$ entre sujeito e objecto, como se a
relao fosse um tertium quid que se acrescentaria aos termos e como se estes
estivessem $face a face$, um diante do outro, mas, !elo contr'rio, como $multiplicidade
naunidade$6, o que totalmente diferente% O sujeito no algo $a quem$ o mundo se
oferece e que o !ode recon-ecer, mas o momento no qualas coisas surgem, a unidade
do surgimentoda multi!licidade% O sujeito , em si mesmo, a unidade do acto de
re!resentar, e no mais do que isso, e assim, no sentido rigoroso do termo, sujeito que
representa, ou seja, a unidade real, o acontecimento subsistente do acto de representar%
/sta com!reenso do sujeito arrasta, como evidente, a corres!ondente alterao da
com!reenso do mundo, disso que nele surge% Aonsiderado como sistema de
determinaes objectivas, ex!ostas, o mundo o correlato intencional da actividade
re!resentativa do sujeito, $isso$ que ele constitui activamente em si% Aonsiderado como
sistema total de re!resentaes na sua unidade, quer di#er, como a totalidade do que
a!resentado na sua singularidade, o mundo o !r!rio sujeito, !ois este , na verdade, a
unidade da re!resentao como $uma coisa s$ e a sua definio coincide com a de
mundo, dado que $mundo$ e $mundo re!resentado$ so a mesma coisa% 4e facto, o
sujeito no !ode ser considerado como um $x$ soba re!resentao, como se fosse mero
su!osto ou substracto f(sico de uma actividade, mas sim o momento no qual a
re!resentao se reali#a% 9er sujeito de re!resentao no , !ois, existir $aqum$ dos
fenmenos, mas ser o lugar onde os fenmenos gan-am consist5ncia : dado que eles
no so farra!os soltos que se agregam entre si anonimamente a posteriori:, momento
de radicao de todas as a!resentaes numa unidade, que o que justamente
entendemos !or $mundo$% O que "eibni# entende !or +nada , ento, a com!reenso
do sujeito como mundo e !recisamente !or esse motivo que o sujeito no tem !ortasnem janelas, !ois ele a totalidadedo que se ex!e a unidade de todo o visvelno
!ossui obviamente janelas@ !ara alm do mundo no -' mais nada !ara ver% 4esta
forma, a substncia*sujeito no uma es!cie at(!ica de 'tomo, a que se agregam ou
!odem agregar outros, mas sim a totalidade das coisas representadas considerada
J #arta a (aquelot, I F., J6K%
6 )s refer5ncias so in7meras% Feja*se, a modo de exem!lo,)onadologia, I F., J0M,*pecimen inventorum%%%, I F.., H;K%
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como singularidade, $le !remier presque-+eanten montant du rien aux c-oses 1%%%2
comme il est aussi le dernierpresque-tout, en descendant de la multitude des c-oses
vers le rien@ et le seul !ourtant qui merite dEestre a!!el Nun /stre, une substance a!res
4ieu$K%
= evidente que a com!reenso do sujeito como +nada*+undo c-oca, e c-oca
radicalmente, com aquela que imediatamente temos de ns !r!rios, quer di#er, com a
com!reenso que temos da nossa limitao e finitude%
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encontramos se transformasse !ermanentemente noutro, sem cortes definidos, sem
mudanas abru!tas 1na maior !arte dos casos2, mediante transies sem soluo de
continuidade% ) $nova$ a!resentao do mundo surge da anterior, a !artir dela, no
como algo que se l-e justa!e, mas como uma transformao, sem -iatos absolutos,
quer di#er, sem que -aja incomunicabilidade absoluta entre as a!resentaes% O que ,
afinal, um outro modo de di#er que todas as re!resentaes so originalmente $min-as$,
ou seja, que o seu ser $em mim$ no !roduto de uma $a!ro!riao$ a posterioride um
a!resentado annimo e solto% 4e facto, no $adquirimos$ !erce!es, !ois elas fa#em*se
e surgem em ns, umas a !artir das outras, num !rocesso cont(nuo% O que significa, em
7ltima an'lise, que apossibilidade de variaoreside na re!resentao actualdada, isto
, que cada a!resentao do mundo nos dada como contendo em si mesma a
!ossibilidade de se mudar noutra, e nunca como um absoluto que se esgotasse
com!letamente no que ex!licitamente ex!e% .sso im!lica tambm que, de alguma
maneira, tanto o significado como oconte!do perceptivoda $nova$ !erce!o a surgir
esto, tambm eles, dados em cada !erce!o actual% /ste as!ecto exigiria uma an'lise
mais !ormenori#ada que, no entanto, no !ode ser levada a cabo neste es!ao%
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conte7do !erce!tivo autnomo e no decorre ou deriva do anteriorM% Ora neste caso, a
estran-e#a entre conte7dos a!resentados !rodu#, de facto, alguma descontinuidade
quanto quilo que percebido, isto , o sujeito no conduzido3 nova !erce!opela
anterior, mas aquela surge como que $do nada$, como se fosse um volunt'rio
es!ontneo% Ou seja, no exem!lo em causa a transio !ara a nova a!resentao no
tida como variao, mas como acrescento insus!eitado, e o significado da transio
nulo% Ora se o mesmo se !assasse com as !erce!es, a sequ5ncia das re!resentaes
seria vivida como um caos, !ois no -averia quaisquer indicaes quanto ao que -'*de
vir% +as, de facto, a !erce!o que temos do mundo, quanto ao seu desenrolar e 3
novidade que sem!re a!resenta, no !ossui esta forma% R', !elo contr'rio, uma
continuidade sem saltos absolutos ou es!aos va#ios entre !erce!es% O que significa
que, a!esar de toda a novidade e da vasta !ossibilidade de sur!resa que a ex!osio do
mundo !ode !rovocar na sua variao, cada nova a!resentao sem!re tomada como
variao e modificao da anterior, nascida dela, disso mesmo que nela se oferece
!erce!tivamente% O que, !or outro lado, significa que a !ossibilidade da nova !erce!o
reside na anterior quanto ao seu !r!rio conte7do, quanto a isso mesmo que se
a!resenta, o que no quer di#er, evidentemente, que estejamos em condi,esde dedu#ir
as novas !erce!es das anteriores, !ois no estamos, mas sim que estamos em
condies de recon-ecer a no indiferenaentre elas%
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nos seus v'rios graus% =, assim, !recisamente !orque a nova !erce!o considerada
como preenchimento de expectativa que o seu conte7do est', de alguma maneira,
anunciado j' na anterior% / tambm apresena da possibilidadeda nova !erce!o na
anterior que !ermite a continuidadeda vida !erce!tiva, da ex!osio do mundo% 9e cada
a!resentao contivesse em si mesma apenas o seu conte7do ex!licitamente
recon-ecido, e de modo absoluto, isto sem tenderintrinsecamente!ara outra a !artir
do seuprprio ser representativo, a a!resentao seguinte estaria se!arada da anterior
mediante um -iato, um nada de representao% Ora tal -iato no constituiria duas
a!resentaes do mundo, !ois a desconexo seria total, no -averia s(ntese que as
unificasse numa 7nica -istria, seriam momentos isolados dois mundos e no um
mundo que a!areceria de modo diferente, que o que de facto acontece Q% O que ,
afinal, o mesmo que di#er que todas as variaes da re!resentao so $internas$, isto ,
que variam em si mesmas e a !artir de si mesmas, o que, na considerao da totalidade
da variao das a!resentaes, !rodu# um mundo em variao contnua% R' ummundo
e no um conjunto de !eas, cada uma com o seu !r!rio sentido aut'rquico e fec-ado,
sem qualquer relao entre si% ) com!reenso natural do mundo tende a considerar cada
$coisa$ como uma !ea de umpuzzlecuja reunio constitui a totalidade% Todavia, neste
caso o sentido imanentede cada !ea esgota*se nela, de tal forma que nen-uma di# nada
sobre qualquer outra e nen-uma anuncia a totalidade o sentido da totalidade transcende
realmente o de cada !ea reside no observador, que est' $fora$ s no ol-ar do
observador, que exterior 3s !eas, cada uma delas se relaciona com as outras e s nele
o todo !ossui sentido% Ora a !artir do momento em que se modificou a noo de
observador : quer di#er, a !artir do momento em que o mundo no tomado como um
conjunto de $coisas$, mas como o desenrolar das re!resentaes numa unidade : a
met'fora dopuzzledeixa de ser v'lida% O mundo !ossui realmenteuma unidade : a que
c-amamos sujeito : e a sua unidade , !ortanto, uma vida perceptiva% Aadaa!resentao dada , original e intrinsecamente, um momentodesta vida !erce!tiva e
!ode !or isso di#er*se que aquilo queexiste o mundoe no um conjunto de coisas% )
unidade da vida !erce!tiva no , no entanto e como se disse j', !uramente formal, mas
redunda tambm no !r!rio conte7do re!resentado, o que significa que !oss(vel
Q "eibni# analisa a im!ossibilidade de -iatos absolutos entre as !erce!es, isto , aim!ossibilidade de uma descontinuidade na vida !erce!tiva, em v'rios momentos e
normalmente em o!osio a "ocSe cfr%, !or exem!lo, #arta a 5urnett, I ..., H0K@ textosem t(tulo, I F.., HH0@)onadologia, I F., 6;0, etc%
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alcanar qualquer re!resentao a !artir da variao interna de qualquer outra
a!resentao% /m linguagem vulgar, isto significa que !oss(vel ir de qualquer $s(tio$
!ara qualquer outro, tanto no es!ao como no tem!o, quer di#er, que o mundo no tem
$es!aos de nada$, como se -ouvesse incomunicabilidade entre as suas muitas #onas%
)ssim, de alguma maneira todo o mundo est' !ressu!osto em qualquer momento seu,
sendo ali's !or isso mesmo que cada momento tido como $do mundo$% $Rabitar$ o
mundo no estar absolutamenteconfinado a uma #ona, !ois a #ona que se -abita
sem!re vivida como $!arte$ ou $canto$ do mundo, !onto a !artir do qual se acede 3
totalidade, ainda que esse acesso sofra variaes no seu !rocesso de alargamento estar
num quarto , !elo !r!rio sentido $quarto$, estar numa #ona da casa, e uma $#ona$ da
casa algo que se com!reende a !artir de um mbito mais vasto 1a casa2 e assim
sucessivamente% /ste !rocesso tem as suas regras, como sabido quanto mais vasto for
o que se !ressu!e em cada $!onto$, mais vaga ser' a determinao re!resentada
imaginariamente 1casa, rua, cidade, regio, !a(s, continente, etc%2, at recair em meros
nomes e terminar !or se esfumar num $etc%$ informe e esbatido% O que im!orta, neste
momento, indicar que o !rocesso de alargamento no se constitui a posteriori, mas
sim a priori, isto , o sujeito no vai de facto alargandoprogressivamenteo cam!o que
ocu!a, mas, !elo contr'rio, o momento que agora ocu!a que est' originalmente
determinado!elo $resto$ que se di# estar ausente% 4e facto, o sujeito no c-ega ao
con-ecimento de que est' numa $#ona da casa$ !orque, !or acaso, se deu conta da
exist5ncia de outras, saindo, !or exem!lo, !ara o $exterior$% elo contr'rio o sujeito sai
!ara outras #onas !orque estava nessa !ossibilidade, ou seja, o local que ele ocu!a est'
dado logo como momento de um mbito mais vasto s !or isso se !ode sair do quarto,
!ois um quarto um es!ao de onde se !ode sair, isto , que com!reende em si mesmo
o sentido de tudo o que no com!reende% 4este !onto de vista, !ode de facto di#er*se
que todo o mundo est'jdado em cada momento seu, ainda que, !elos vistos, no !ossaser dado seno nalgum momento e nunca $todo totalmente$% / a !ressu!osio da
totalidade no se refere a!enas ao acontecimento do es!ao, mas sim a todo e qualquer
acontecimento%
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recon-ecer que no !oss(vel com!reender uma coisa s sem incluir na sua
determinao intr(nseca a totalidade do que se di# ser $o resto$, o que significa que cada
coisa , quanto 3 sua determinao !r!ria, uma concreo !articular da totalidade,
totalidade que , !ortanto, anterior3 !articularidade% 4ito de outro modo a totalidade
necess'ria !ara determinar qualquer momento !articular que fa# !arte dela a isto
corres!onde !recisamente a nature#a sistem'tica do mundo, ao facto da totalidade ser
anterior e ser a determinao de qualquer momento !articular% ode ser 7til, a!enas !ara
ilustrar o que se tenta aqui indicar sobre o car'cter sistem'tico do mundo, sobre a
!ressu!osio da totalidade !ara dar conta de cada ente !articular, reler o que se di#
nesta !assagem da 'iqueza das +a,es $Observe t-e accomodation of t-e most
common artificer or daG*labourer 1%%%2, and Gou ill !erceive t-at t-e number of !eo!le
of -ose industrG a !art, t-oug- but a small !art, -as been em!loGed in !rocuring -im
t-is accomodation, exceeds all computation% T-e oollen coat, for exam!le, -ic-
covers t-e daG*labourer, as coarse and roug- as it maG a!!ear, is t-e !roduce of t-e joint
labour of a great multitude of orSmen% T-e s-e!-erd, t-e sorter of t-e ool, t-e ool*
comber or carder, t-e dGer, t-e scribbler, t-e s!inner, t-e eaver, t-e fuller, t-e dresser,
it- manG ot-ers, must all join t-eir different arts in order to com!lete even t-is -omelG
!roduction% Ro manG merc-ants and carriers, besides, must -ave been em!loGed in
trans!orting t-e materials from some of t-ose orSmen to ot-ers -o often live in a
verG distant !art of t-e countrGU Ro manG s-i!*builders, sailors, sail*maSers, ro!e*
maSers, must -ave been em!loGed in order to bring toget-er t-e different drugs made
use of bG t-e dGer, -ic- often come from t-e remotest corners of t-e orldU V-at a
varietG of labour, too, is necessarG in order to !roduce t-e tools of t-e meanest of t-ose
orSmenU To saG not-ing of suc- com!licated mac-ines as t-e s-i! of t-e sailor, t-e
mill of t-e fuller, or even t-e loom of t-e eaver, let us consider onlG -at a varietG of
labour is requisiter in order to form t-at verG sim!le mac-ine, t-e s-ears it- -ic- t-es-e!-erd cli!s t-e ool% T-e miner, t-e builder of t-e furnace for smelting t-e ore, t-e
seller of t-e timber, t-e burner of t-e c-arcoal to be made use of in t-e smelting*-ouse,
t-e bricS*maSer, t-e bricS*laGer, t-e orSmen to attend t-e furnace, t-e mill*rig-t, t-e
forger, t-e smit-, must all of t-em join t-eir different arts in order to !roduce t-em 1%%%2%
.f e examine 1%%%2 all t-ese t-ings, and consider -at a varietG of labour is em!loGed
about eac- of t-em, e s-all be sensible t-at, it-out t-e assistance and co*o!eration of
manG t-ousands, t-e verG meanest !erson in a civili#ed countrG could not be !rovided,even according to -at e verG falselG imagine t-e easG and sim!le manner in -ic- -e
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is commonlG accommodated$;0% / deve ter*se em conta que se trata de um exem!lo
muito restrito, !ois evidente que de cada objecto ou sujeito ou actividade se !ode di#er
a mesma coisa que )% 9mit- aqui di# sobre o casaco de l% ense*se, !or exem!lo, que
quando abstractamente se fala do $ferreiro$, seria necess'rio, !ara determinar com
!reciso de que que se fala, incluir a sua -istria 1e a an'lise recomearia em cada
momento da -istria2, o local onde -abita e -abitou 1e a an'lise recomearia em cada
ente !articular que ocu!a esse local2, as coisas que o rodeiam, etc%, etc% O !rocesso
claramente infinito e im!oss(vel de levar a cabo% O que im!orta aqui reter que cada
coisa produto de um concurso de determina,esque com!reendem a totalidade, ainda
que a alcancem sem!re !or caminhos diferentes% )ssim, todoo mundo est' dado logo
em cada coisa, ainda que num modo que nos esca!a, mas est' realmente dado !orque
a sua condio de !ossibilidade%
) totalidade do que no dado ex!licitamente estar' !resente a modo depressuposio
e no como se estivesse escondida em $!onto !equeno$ no a!resentado ex!licitamente%
+as estar' realmente !resente quanto ao seu conte7do, !ois de outra forma o
surgimento da nova !erce!o teria origem no nada e no na !r!ria !erce!o anterior,
que contm intrinsecamente a !ossibilidade de variao !ara novas !erce!es% /sta
!ossibilidade , !ortanto, actual e significativa, !ossui um conte7do, !or mais
!ressu!osto que !ossa ser, ainda que esse conte7do seja inex!l(cito e acom!an-ado !or
ns de modo muito deficiente%
)ssim, a!esar da alterao de sentido que a noo de sujeito*+nada !rovoca na
com!reenso natural que !ossu(mos de ns mesmos e do mundo, !arece, no entanto,
mais ou menos claro que tambm dessa forma que !ercebemos o mundo%
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nos a!ercebemos% 4esta forma, o dado: aquilo que se est' a ver : contm actualmente
um mundo pressupostoe no visto seno confusamente e de modo informe% O mundo
no , !ois, um !lano sem fundo, mas em cada caso um !alco cujo sentido de!ende
totalmente dos bastidores, um teatro de marionetes onde tudo o que significativo !ara
dar conta do que se observa se !assa $atr's$, ainda que seja !or esse $atr's$, que no se
acom!an-a ex!ressamente, que se !ode terisso que se di# acom!an-ar% +otivo !elo
qual o alargamento do cam!o ex!ositivo do mundo no se !rodu# !or $soma$, mas !or
variao, cujo sentido o da !assagem !ara momentos ex!licitamente ex!ostos daquilo
que estava !resente j' de modo inex!l(cito : e esse !recisamente o sentido $variao$
e o sentido de toda a finitude do nosso !onto de vista% ) variao da !erce!o
com!reende*se agora a !artir da noo de profundidade do campo perceptivo e
corres!onde no 3 !assagem !ara $outra coisa diferente$, mas 3s modificaes da
relao entre !rximo*ex!l(cito e distante*inex!l(cito, que variam no interior do mesmo
a!resentado o !ressu!osto acede 3 !resena, !assando o anteriormente !resente a
!ressu!osto 1em forma de !assado, !or exem!lo2, e assim sucessivamente, num
!rocesso em que, !or assim, di#er, as !erdas corres!ondem exactamente aos gan-os,
visto que a cada nova a!resentao ex!l(cita corres!onder' : devido 3 nature#a finita do
sujeito : a constituio da anterior em forma inex!l(cita, num !rocesso cont(nuo sem
alteraes radicais% ) variao da !erce!o com!reende*se agora como alterao de
formade presenae no, !ortanto, como substituio de $coisas$;;%
4eve ter*se em conta ainda que a variaono cam!o !erce!tivo no um facto que se
acrescenta 3s !r!rias !erce!es, como se a !assagem de umas !ara outras fosse efeito
de um fora extr(nseca, que retira umas a!resentaes do mundo e coloca outras no
temos qualquer ind(cio de uma fora desta nature#a% elo contr'rio, so as !r!rias
!erce!es que, a !artir de si mesmas, se mudam noutras, quer di#er, aa!resentao
que contm em si o !oder de variar, !ois no !ensamos o desenrolar do mundo comouma es!cie de ta!ete rolante res!ons'vel !ela substituio das coisas% O que significa
que a tenso, anteriormente referida, !ara novas a!resentaes constitutiva das
;; = sabido que a an'lise do !roblema de saber de que modoo que est'inex!licitamente !ressu!osto est' actualmente presenteem cada a!resentao ex!l(citado mundo ocu!ou longamente "eibni# e corres!onde 3s suas teses sobre as $!equenas
!erce!es$,
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!r!rias !erce!es, !ois so elas que se transformam !or si mesmas noutras% = a este
!oder de se transformar noutro 1que o $mesmo$, !orque a alterao se d' no interior
de cam!o !erce!tivo2, que "eibni# c-ama apetio ou $tend5ncia !ara novas
!erce!es$% ) a!etio, o desejo de !erce!o, no !ortanto, uma fora cega que
reside sob as !erce!es, mas um momento que corres!onde, !or um lado, ao facto de
-aver, em cada !erce!o, mais do que nela se recon-ece ex!licitamente e, !or outro, ao
recon-ecimento do factode que a constituio em forma ex!l(cita do j' !resente de
modo inex!l(cito deriva da prpria percepo dada e no de um qualquer !oder
estran-o e acrescentado de fora;>%
+antm*se, desta forma, a limitao e restrio do cam!o !erce!tivo : como a
com!reenso natural exige 1e como no !ode deixar de acontecer, !orque um facto2 :,
mas modifica*se totalmente o seu sentido% /m cada caso o sujeito acede 3 totalidade a
!artir de um $!onto$ ou canto do mundo, isto , a !artir da a!resentao ex!l(cita que de
facto !ossui, de tal modo que a limitao da ca!acidade !erce!tiva do sujeito refere*se
no ao $conjunto de coisas a que acede$, mas ao modorestritocomo a totalidade est'
constitu(da nele, que !recisamente o que se di# no texto e aquilo que se !retendia
somente comentar $ce nEest !as dans lEobjet, mais dans la modification de la
connoisance de lEobjet, que les +onades sont bornes% /lles vont toutes confusement 3
lEinfini, au tout, mais elles sont limites et distingues !ar les degrs de !erce!tions
distinctes$%
/sta tese , ali's, re!etida !or "eibni# continuamente, e desde a juventude% = a
isso que corres!onde a noo de cidade em !onto de vista ou de endroit% "eibni# sem!re
disse que cada substncia re!resenta uma viso da totalidade, que com!reende a
totalidade a !artir dessa viso% ) diferena consiste, assim, num $sim!le ra!!ort, 3 !eu
!res comme la situation dEune ville considere dEun certain !oint de veue diffre de son
!lan geometral@ car elles ex!riment toutes tout lEunivers, comme c-aque situation
;> ) noo de apetiofica aqui a!resentada de modo muito formal% "eibni# tentar' darconta do fenmeno no como um sim!les !oder de tender !ara outras !erce!es, mas,
!or motivos que no !oss(vel ex!or agora, como um ti!o de desejo de constituio emforma explcita e distinta% 8uer di#er, -' em cada a!resentao das coisas uma tenso!ara atingir aforma adequada de exposio, que a distino da !erce!o, o serrecon-ecida ex!licitamente como fenmeno, como se o mundo $quisesse$ aparecereno !ermanecer de forma meramente !ressu!osta% 4ito de outra forma, na noo dea!etio inclui*se, !ara alm do facto de ser um momento intr(nseco a cada !erce!o,
tambm a tesede que o estado devido das coisas o da aparioe no o dapossibilidade de apario%
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ex!rime la ville$;H, ou $le resultat de c-aque veue de lEunivers, comme regard dEun
certain endroit, est une substance qui ex!rime lEunivers, conformement 3 cette veue$;C%