Bolm Inst. oceanogr., S Paulo, 32(2):143-152, 1983
CONTRIBUIÇÃO AO CONHECIMENTO DA FAUNA DE PEIXES DO LITORAL NORTE DO ESTADO DE SÃO PAULO*
Edmundo Ferraz NONATO I , A. Cecíl ia Z. AMARAL L & José Lima FIGUEIRED0 3
1 Instituto Oceanográfi co da Universidade de são Paulo 2 Departamento de Zoologia, Instituto d e Biologia - UNICAMP 3 Mu seu de Zoolo g ia da Universidad·e d e são Paul o
Synopsis
A two- year program of bioZogicaZ sampZing was carried out on the area comprised by the isZands of Anchieta" Vitória and Couves on the northern coast of são PauZo State" BraziZ . Most of the sampZes were coZZected by otter-trawZ" since the demersaZ fish were the main interest of the study . In spite of the smaZl size of the nets usedonZy 30 feet on the mouth - the resuZts obtained as to the number and diversity of the fis h found in the area seemed to be significant enough to justify the present communication. As many as 97 species of bony and cartiZaginous fish were obtained from 28 controlZed catches" aZong the years 1978-1979. The best representedfamiZy" as couZd be expected" were the Sciaenidae" but Rajidae" Bothidae and CynogZossidae were aZso abundante Lophi~ gahtnophy~~ and M~ucci~ hubb~~ occurred onZy in depths above 30 m" in agreement with their known distribution in the far southern coast of BraziZ . A systematic Zist of the species and their common names" when avaiZabZe" is given. 0-:5,CriD:O,5: Marin€: fishes, r. bundJ"C-:-, 'J-:;rr,acular r,ar;~s, Sci-:l'?fli:ae, Rajidêlt, Cyno91()c:,~,;dae, 8othio";j~, llttorar ler,e,
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Sr<::sil, ~,;;';o Paulü, Distribuição horizontal, Ilha s Arcr,i eta , Vitória, das C.abras .
Introdução
visando contribuir para o melhor conhecimento da fauna marinha do litoral norte do Estado de são Paulo, foi realizada, durante os anos de 1978 e 1979, uma amostragem sistematica da fauna de fundo o
Pa.ra a captura de peixes demersais, foram utilizadas redes tipo otteh-/~l.
O numero considerável de exemplares e especies coletados, em condições bem definidas, justifica a apresentação desta contribuição, onde juntou-se ã lista sistemática das especies, os seus nomes vulgares na região e dados sobre profundidades, numero de amostras e de exemplares examinados, bem como um mapa com a localização dos arrastos efetuados.
O numero de exemplares examinados de cada especie expressa a abundância relativa da especie, apenas quando corresponde a peixes que, na maioria das vezes, têm em sua dieta efetiva preponderância de organismos bentônicos. Uma atenção
(>'<) Trabalho realizado com auxíl io da. FAPESP - Fundação de Amparo ã Pesquisa do Estado de são Paulo.
Publ. ~ . 599 do I~~t. ocea~og~. da U~p.
particular foi dedicada às especies que, já nas primeiras coletas, evidenciaram ter nos poliquetos uma de suas principais fontes de alimento. " Essa c~rcunstância explica o grande numero de Sciaenidae analisados.
Ma terial e Illétodos
A area escolhida esta prox~ma ao laboratorio costeiro do Instituto Oceanografico da Universidade de são Paulo, no Município de Ubatuba, Estado de são Paulo, sendo compreendida entre a Enseada do Flamengo, ilha Vitoria e Enseada da Picinguaba (Fig. 1).
As coletas foram realiza.das, utilizando-se redes-de-arrasto-de-porta (o~~-thaWf) com malhagem de 30 mm (malha esticada) no corpo e na manga e 20 mm (malha esticada) no sacador, visando ã captura da macrofauna demersal e epibentônica, nas profundidades de 12 - 50 m. O comprimento do cabo foi controlado em função da natureza do fundo e das condições do mar, variando entre 3-4 vezes a profundidade do local de coleta, registrada pela ecossonda.
O tempo de arrasto foi de 60 minutos,
144
ã velocidade aproximada de 2 nos, mantendo-se sondagem contínua.
O trabalho de campo foi desenvolvido de março de 1978 a setembro de 1979, tendo abrangido toda a área, com um total de 28 arrastos dos quais o maior número foi efetuado ao largo das ilhas Anchieta e das Cabras.
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UBATUBA E ENSEADAS ADJACENTES
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Bolm Insto oceanogr., S Paulo, 32(2), 1983
Tendo em conta que o objetivo principal da pesquisa era conhecer o regime alimentar dos organismos do fundo, precauções especiais, que incluíram o acondicionamento em gelo picado imediatamente após a triagem preliminar a bordo, foram tomadas, para assegurar a melhor conservação possível do conteúdo es toma-
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Fig. 1. Mapa da região assinalando os locais amostrados.
NONATO e..t a.L Sio Paulo : peixes~ ·fauna
cal. Tais precauções tornaram possível a identificação, ao nível de espécie, de muitos dos organismos ingeridos pelos peixes. Da mesma forma, foi registrada a hora em que foram executados os arrastos, os perfis batimétricos e informações sobre a natureza do fundo (Tab. 1).
De todas as espécies, foram conservados exemplares intactos, preservados em
... . formol, excetuando-se apenas os. espec~-mes de grande porte ou peso, cuja identificação foi assegurada ou confirmada por fotografias.
Informações detalhadas sobre o regime alimentar das diferentes espécies e a metodologia utilizada para seu estudo serão objeto de outra contribuição, a ser publicada em breve.
Resultados
Ainda que, por diversas circunstâncias, tenha sido impraticável a análise minuciosa da totalidade dos exemplares cap-
145
turados, aqui estimados em cerca de 10.000, procurou-se, com máximo empenho, identificar todas as espécies presentes.
Assim, foram examinados 3.136 exemplares, representando 97 espécies; obviamente, nem todas com a mesma ~mportância econômica.
Deve-se salientar, por outro lado, que desta relação constam, ao lado de espécies bentônicas ou demersais, outras tipicamente pelágicas ou de ampla distribuiçãona coluna de água. As espécies das duas ultimas categorias são normalmente capturadas quando do levantamento da rede e foram aqui incluídas visando proporcionar maior numero de informações pertinentes ã ictiofauna local.
Os resultados obtidos com relação a profundidade e numero de exemplares por espécie estão reunidos na Tabela 2.
A análise desses dados permite uma avaliação do numero, distribuição e freqüência das espécies que ocorreram na
Tabela 1. Relação dos 28 arrastos, discriminando os locais, hora e respectivas profundidades de coleta
ARRASTO DATA HORA LOCAL PROFUNDIDADE (m)
29-03-78 07: 15 ao largo da I lha Anchieta 15
II 29-03-78 08:20 ao largo do I I hot e do Sul 20
III 11-04-78 09: 15 ao largo da I lha das Cabras 17
IV 12-04-78 08:35 entre Ponta Grossa de Ubatuba e I lha das Cabras 12
V 30-04-78 10: 45 ao largo do I I hote das Couves (Oeste) 18
VI 30-05-78 13: 10 ao largo da I lha da Cabras 19
VI I 26-06-78 2 O : I 5 ao largo da I lha das Cabras 16
V II I 27-06-78 I I : 4 O I I hote das Couves rumo enseada Picinguaba 17
IX 27-06-78 14: 2 O ao largo da I lha da s Cabras 2 I
X 29-06-78 09:40 ao largo da I lha das Cabras 19
XI 16-08-78 10: 3 O ao largo do I I h o t e do Sul 26
X I I 05-09-78 09: 3 ~ rumo I lha Vitôria ( 6M I I ho te do Sul ) 34
X I I I 05-09-78 I I : 00 e n t re I lha das Cabr·as-II ha das Palmas 32
XIV 27-09-78 13 : 3 O en t re I I hot e do Sul - Ponta Grossa do Flamengo 17
XV 17-10-78 12:40 ao largo da I lha Vitôria (Oeste) 46
XVI 18-) 0-78 09: 2 O e ntre I lha das Cabras-Il.ha das Palmas 18
XV I I 10-11-78 I I : O O ao largo da I lha das Couves (Oeste) 20
XV II I 10-11-78 13 : O O I lha da Rapada em direção I lha das Cabras 28
XIX 06-12-78 1 I : O O rumo I lha das Couves ( I 2 M-NE I. Vitôria) 40
XX 07-02-79 09:45 rumo I lha da Rapada ( 1 O M-NE I. Vitória) 37 Y-XI 22-04-79 I I : O O ao largo da I lha Vitôria (Oeste) 47 XX I I 25-04-79 I I : 25 ao largo da I lha Vitória (Oeste) 50 XX I I I 18-05-79 08:00 ao largo I lha das Couves (Leste) 27 XXIV 20-06-79 08:00 11 h a Vitória ru mo I lha das Couves 45 XXV 20-06-79 10: 15 rumo I lha das Co uves (? M-NE I. Vitôria) 42 XXVI 23-08-79 09:00 rumo I lha das Palmas ( 2 M I I ho te do Sul) 35 XXV I I 23-08-79 I I : O O I I hot e do Sul rumo Boqueirão (0,5 M a Les te) 18 XXV I I I 11-09-79 I I : O O I I hote do Sul "rumo Mar Virado 22
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área. Ainda que pequena, a amplitude de variação da profundidade (12-50 m) permite mostrar que esta ê fator limitante para a distribuição de certas especies. Lo phlU-6 gev.,;tno phlj-6U-6 eM e!l1.UC.UU-6 hubb-6ü, por exempiô, ocorreram apenas em profundidades iguais ou superiores a 30 m. Benvegnu-Lê (1978) refere a ocorrência dessas espé~ies entre Torres e Chuí, sempre em profundidades superiores a 50 m. Outras especies mostram ter ampla distribuição na área, como e o caso de alguns Sciaenidae - Me.VLtJ.LÚUthu-6 ameJÚc.al1U-6; M<.CJtopogol'Ú.lU ÓWtvúeJÚ e PaJLalol1c.hUJtw bJta-6~e.l1úÁ. Essas três especies fõr?m as mais abundantes, sendo que PaJtalOftC-n.WtU-6 bJta-6~el1-6Á.J.l foi a mais
Bolm Inst. oceanogr., S Paulo, 32 (2) ,1983 2 ""+ •
freqüente e abundante. Entre oS Chondrichthyes, foram mal.S
freqüentés ê abundantes ZapteJttjx bJteviJto-6~, Raja aga-6-6izü e NaJtc~l1e. bJta-6~e.lt6u •
Algumâs espécies, quer pelágicas, quer visitantes ocasionais do fundo, foram iguaÍmehte abundantes; porem, como não foi ên~ontrada evidência de hábitos demersais, Ó pequeno numero examinado o foi apenas para controle, não havendo relação com sua freqüencia em cada coleta. ~ esse, por exemplo, o caso de CYU1..omljc.teJtU-6 -6piI10-6u.6 e de PltiOl1o.:t.u.-6 pUI1~ que, de fato, alcançam freqüência da ordem de 20 a 30 exemplares por arras~o em determinadas áreas.
Lista sistemática das espécies
Classe CHONDRICHTHYES
Ordem LAMNIFORMES
Família CARCHARHINIDAE
Rhizopltionodon .ta.tand e i (Valenciennes, 1841)
Ordem SQUATINIFORMES
Famíl ia SQUATINIDAE
Squa.tina sp.
Ordem RHINOBATIFORMES
Famíl ia RHINOBATIDAE
Rhinoba.to-6 holtR.e..tii (Müller & Henle, 1841)
Zap.te.ltyx blte.vilto-6.tlti-6 (Müller & Henle, 1841)
Ordem RAJIFORMES
Família RAJIDAE
Raja aga-6-6izii (Müller & Henle,
Raja ca-6 ,te..t naui Ribeiro, 1907
Raja cycR-opholta Regan, 190 3
P-6ammoba.ti-6 sp.
Symp.tellygia acu.ta Garman, 1877
Ordem TORPEDINIFORMES
Família NARCINIDAE
1841)
Naltcine. blta-6i.tie.n-6ú (Olfers, 1831)
Ordem MYLIOBATIFORMES
Família DASYATIDAE
Val.>lja.til.> amelticana Hi ldebrand & Schroeder, 1928
Família GYMNURIDAE
Gymnulta aR-.taveR-a (Linnaeus, 1758)
Família RHINOPTERIDAE
Rlúnop.telta bonal.>U-6 (Mitchill, 1815)
Nome popular
Cação-frango
Cação-anJo
Raia-viola
Raia-santa
Raia-chita
Raia-santa
Raia
Raia-emplastro
Treme-treme
Raia
Raia-borboleta
Ticonha
(Cont. )
NONATO e.t M. são Paulo: peixes: fauna
(Cont. )
Classe OSTEICHTHYES
Ordem ANGUILLIFORMES
Fa mí li a MURAENI DAE
Gylllvlctho!tax occLi'atufl Agassiz, 1 83 1
Ordem CLUPEIFORMES
Fam íli a CLUPEI DAE
Ha~cngufa cfupcoia (Cuvie r , 1829)
Pcficl/a hanolc('!ti (Fowler, 19171
Fa míl ia ENGRAULIDAE
AI/choa ~pill ,i~e~a (Valenciennes, 1848)
Ordem SILUR IF OR ME S
F am íli a ARIIDAE
B:upc bag"L1! (L inna eus, 1766)
GCI/úlClt6 qClliden6 (Va l enc i ennes, 1839)
Nctuma ba"Lba (Lacépede, 1803)
Ordem MYCTrlPHIFORMES
Família SYNODONTIDAE
Sljnodu~ '1(1CtCII~ (Linnaeus, 1766)
T !t a cll { 1/ o C C P 11(( C I{ ~ m y c' lê S (F o r s t e r, 1 8 O 1 )
Ordem GADIFORMES
Família GADI DAE
U1uphyci~ b'La~itic, l/si-6 (Kaup, 1 858)
Família MERLUCCIIDAE
,1,1 r 'L i' u c c i [( ~ IIl! b b s ii M a r i n i , 1 93 3
Família OPHIO II DAE
O p 11 i di (' 11 I1 c' f b 'U' (' h i (p u t r, a rn , 1 874 )
R (( 1/ r y a '1 f [( 1/1 i 1/ r 11 s i s (R i b c i r o, 1 9 O 3 )
Ordem BATRACHOID I FORMES
F am í lia [1!>TRACHOIDIDl\[
T','I(Ic!I-tILI Is 1.l('~,'S;flS"lli'16 (Valencicnnes, 1837)
Ordem LOPHI IFORMES
Fa mí lia LOPHIIDAE
Lophiufl ga-6tlLophyflufl R ibeiro, 1915
Fa mília ANTENNARIIDAE
PhlLyvtetox ~scabelL (Cuvier, 1817)
Fa mília OGCOCEPHALIDAE
OgcoccphaCufl vCflpntiU,o (Linnaeus, 1758)
Ordem SYNGNATHIFORMES
Fa míli a FISTULARIIDAE
Fistu iaüa pcUlllba Lacépede , 1 803
Ordem SCORPAENIFORMES
Família TRIGLIDAE
PU: OHO tlL-6 plutC ta tlL-6 (B 1 och, 179])
149
Moréia-pintada
Sard i nha-ca scuda
Sa rdinha-prata
Sardinh a-boca -de-cobra
Bag re-bande ira
Bagre-urutu
Bagre-branco
Peixe-laqarto
Peixe-laqarto
Abrótea
Merluza
Manqanq<Í-l iSfl
Peixe-diabo
Peixe-sapo
Peixe-morcego
Trombeta
Cabrinha
(Cont . )
150 Bolm Inst oceanogr., S Paulo, 32(2), 1983
(Cont,)
Ordem DACTYLOPTERIFORMES
F a m í I i a DA C T YL O P TE R I D A E
Vactlj ,fc.ptC!1l1,5 voUtCl.f!,5 (Linnaeus, 1758)
Ordem PERCIFORMES
Família SERt<ANIDAE
V i. p { (!, c t 'w 1/1 '10" YI1 06 lWI (L i n n il e u s. 1 766 )
V i p (I C c t~ ((1)1 ,'UI d <- (( r c ( o, LA o Y & G a i 111 a r d , 1 82 4 )
Vlifl!-6 {(U~<9(( Cuvi",r, 1829
EP<-II CP{zC('I16 fl-<VC,CltU-6 (Valenci(,lnnes, 1828)
Fa míli a PRIACANTHIDAE
P'!i CLCOIIti!U -6 a![(!,llatU-6 Cuvler, 1829
Fa mília POMATOMIDM
PCI/I {[tL'HlU -I H(Ct((tO,'L (Linn<l\l\J5, 1,66)
Fa mília rARANGIDAE
C{z C('1C,H,C'lIlb 'w ,-I c!I ,'LIIH('tu5 (~iflni>euS , 1766)
(1 [ < 0 (' I-' C i t n 6 a C { (' IL 6 (B I o ç h, 1 7 ~ 3 )
S('I:,'II\' Htapillll-<-,5 (Mitchil!, 1815)
S (' t l' IL (' \' (' lil C ,1 (L i n n a e u 5, 1 75 8 ) T'1CL C{z<-IIU(U'> ClHc,e -iVlU6 (Liflfli>eLjê, 1766)
T1ac!l((1U6 fatllam,<, Nlehols, 1920
Fa m í I i a LUT JAN I DAE
LUtjCUtLO -Iljlla9 '1i5 (LinnaeLj~, 175 8)
Fa míl ia GERREIQAE
E L( c { 11 (I 5 t Otll U -6 a'L 9 c, 1/ t c, U 6 8 a i r q & G i r a r d, I 8 5 5
E L( C i li (, -I t (' 111 LI -6 (] LI C a (e lj v i e r, I 8 J O )
EU9c1 ,1t'-S sp,
Fa míli a POMA DASY IDAE
C (' 11 c' ri L' fi 11 (> b i C i -I (L i n n a e u 5 , I 7 5 8 )
H((('HlUlOIL st't-<atLltJ1 (Linna\lLjs, 1758)
01tl/('P1<-It<-5 'lubc", (Cuyier, 1830)
PC'II1CLdaslj-l CO'LVtll{(c)(lftIllL-6 (Steindachner, 1868)
Fa míli a SPARIDAE
Pa0'cU-l PC(9~U6 (Linnaeus, 1758)
Família SCIAENIDAt::
C't('IIC'-IC{cU'ltCt 9,aC{t'ici'l"IILU, (Metzelaar, 1919)
CIjIlC'-Ici"1I JaIiICL{Cl'116i-l (Vi'li Ilant & Bocourt, 1883)
C''jl l(',-Iciell ~t~ ,(at((~ (Cuvier, 1829)
C Ij 11 C' S c i " 1/ \' i '[(' se " 1/ S (C U \I i fl r, I 83 O )
7 H' P ( -I t IIU 6 IH! ~ c' i p { 1/1/ i -I (e lj v i e r, I 830)
L (( ~ ( '/I U <, {1 ~ l' V ( Cc' P -I ( C u v i e r, I 83 O )
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!cJl' b " (-I '11 i c '1,' I,' 5 ( C u v i e r, I 83 O )
(1 :.l! I { l' -I C i (' li 1-'[(1: C t (( t i <, <, { iH (I ~ M e e k & H i I d e b r il n d, I 9 2 5
P,nct,'L'<t C:,U1U-l u1LniC;"ltsi-l (Steindachner, 1875)
Cabra-bode
Michole·da-areia
Michole·da-areia
Mariquita
Ch e r n e
Olho-de-cão
Enchova
Palombeta
Guaivira
Peixe-galo
Peixe-galo
Pampo-amarelo
Xixarro
Vermelho
Carapicu
Carapicu
Cariltinqa
Roncador
Corcoroca
Corcoroca
Corcoroca
Pargo
Ci'lngauã
Goete
Maria-mole
Pe s c a d a - c a m b u c u
Tortinha
Oveva
Pescada-f og uete
8etara
Corvina
P,cs cad,]- b ana na
Cangauã
Maria-Iuiza
(Cont,)
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NONATO e.t al. São Paulo: peixes: fauna
(Cont.) Std:i'-z~c~ b '[((~(I'( CH ~i-6 (Schultz, 1945)
Sfr2(-i(ct mic~rp~ (Steindachner, 1864)
Ulllb'liH(( C({Jll'~(l( Berg. 1895
U 'li b t i 11 a c (' ~ c ( d c ~ (C LI V i e r, I 8 3 O )
Família MULLIDAE
MueCU-6 af[genf,{IWC Hubbs & Marini, 1933
Upeneu-6 paft\'u-6 (Poey, 1853)
Família EPHIPPIDAE
Chac tod-<-ptef[ll~ ~abc.ft
Família SPHYRAENIDAE
S P 111; 'I a l' 11 (( S P .
Família MUGILOIDIDAE
(6rous$onet, 1782)
p{lIgu-Zpl.'6 b'[a~d'ia;IU,~ ClJvler
Família PERCOPHIDIDAE
P(''iC(I)J11{~ b'[«~-<-e{(,II)(~ Quoy & Gairnard. 1824
Farnil ia GEMPYLIDAE
Thyf[~i trp~ ec.)J-<-dopo-<-dc~ (Cuvler, 1832)
Família SCOMBRIDAE
s C em b ê 'l L' /li(' '[LL 6 b '[ a.~ i C -<- C II ~ ,( 6 C o 1 1 e t te, R u s s o &
Zavala~Carnin, 1978
Família TRICHIURIDAE
T'[ i C I1 ( u '[ U) e c p t [( 'LU 6 L i n n a eu s, 1 758
Família STROMATEIDAE
Pep'liCu~ pa,'tU (Linnaeus, 17 58)
Ordem PLEURONECTIF ORMES
Família BOTHIDAE
C' -<- til(( '[ i c /L til Y ~ C C 'uw tu ti (G ü n t h e r, 1 880 )
CycC('pHtta cltittcf1dcll{ (flean, 1895)
Et'lopll!' C'l('B(,tu~ Jordan & Gilbert! 1882
Pa'[aeichtlly~ patagol1-<-cu6 Jordan & Goss, 1889
Syacium mic'[u'[um Ranzani, 1840
Syacium y)((p-iCCo!,llm (Linnaeus, 1758)
VCf[ccUlldum 'ta-ó-iCe Jordan, 1891
Farnília SOLEIDAE
GI/mll{(c!I,iHI6 I'ud((!' Kaup, 1858
Família CYNOGLOSSIDAE '
Symphul1u6 diomrdiallLd (Goode
Symphuftu)., i"-1I1j1l6-<- Evermann &
& Bean, 1885)
K~ndqll,
Symp/lllftU6 pragu ,!'-<-a (Bloch & Schneider ,
SymphU'lu .5 tft"-WaVlUac Chabanaud, 1948
Ordem TETRAODONT I FORMES
Farnília BALISTIDAE
19 O 7
180 1 )
BaC ,ütC6 Capft-i6cu~ Gmelin, 1788
Stephal1oecp.~6 hi-ópid(IÓ (L i nnaeus, 1758)
Famíl ia TETRAOPONTIDAE
L,'lgoccpharl16 Caev-zgatu-ó (Linnaeus, 1766)
SpllOC.fto -idc9 pach-iga-6.teft (Müller & Troschel, 1848)
Família OIOOONTIDAE
Ch-iC ('l1Iucte'lu~ ~pin('~U6 (Linaeus, 1758)
Cangauã
Cangauã
Chora-chora
Corv ina -riscada
T r ilha
T r ilha
Enxada
Bicuda
Mixole-coati
Tira-vira
Lanceta
Sororoca
Espada
Gordinho
Linguado
Linguado
Linguado
Linguado
Linguado
Linguado
Linguado
Solha
L í ngua-de - mu I a to
Língua-de-mulato
Língua-de-mulato
Língua-de-mulato
Peixe-porco
Peixe-porco da pedra
Baiacu-arara
Baiacu-papa-isca
Baiacu-de-espinho
151
152
A bibliografia utilizada na identificação das espécies inclui essencialmente Cervigôn (1966), Fischer (1978), Figueiredo (1977), Figueiredo & Menezes (1978), Menezes & Figueiredo (1980) e Menezes & Benvegnú (1976).
Sempre que conhecido (ou existente) o nome vulgar como adotado na região, é referido; erttretanto, é assaz freqüente que um mesmo nome vulgar seja atribuído a muitas espécies que dif erem consideravelmente entre si, como, por exemplo, o caso dos "linguados".
Resumo
Na execução de um programa de levantamento das faunas demersal e epibent3nica da plataforma do litoral norte do Estado de são Paulo, foram tomadas , em um período de dois anos, 28 amostras da fauna de fundo, utilizando-se redes tipo ott~~,ÚLC<w-t , abrangendo a área compreendida entre as ilhas Anchieta, Vitôria e das Couves.
A despeito do pequeno tamanho das redes - 30 pés na tralha de bóia -, os resultados, quanto a número e diversidade dos peixes encontrados na área, pareceram ser muito significativos e justificar a comunicação atual.
Um total de 97 especies de peixes, tanto ósseos quanto cartilaginosos, foi obtido em 28 capturas controladas, durante os anos de 1978 e 1979. A família melhor representada fo i , como previsto , a dos Sc iaenidae; porém, representantes de Rajidae , Bothidae e Cynoglossidae f oram também abundantes. Lo phi~ gctóvwphlj,ótLó e MmucutLó hubbÚA- ocorreram apenas em profundidades acima de 30 m, o que concorda com sua dis t ribuiçã~ conhecida na costa do extremo sul do pa~s.
Uma lis ta sistemática das espec ~es e seus nomes populares, quando disponí veis, é dada.
Agradecimentos
à Funda~ão de Amparo ~ Pesquisa do Estado de Sao Paulo, pelo apoio dado através de auxílio (Proc. 75/1060) e Concessão de bolsa a um dos autores (Proc. 77/1257).
Referências hihliográficas
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