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UNIVERSIDADE POTIGUAR – UnPCURSO TECNOLOGICO DE PETRÓLEO E GÁS
TURNO MATUTINO – 4MA
KAYO FLIPE NUNES MAIA DE QUEIROGA
CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMÁVEL
MOSSORÓ/RNDESEMBRO/2009
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KAYO FLIPE NUNES MAIA DE QUEIROGA
CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMÁVEL
Trabalho apresentado como exigência dadisciplina Noções de instrumentação, controle e
automação ministrada pelo professor Felipe LiraFormiga no período letivo de 2009.2
MOSSORÓ/RNDEZEMBRO/2009
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INTRODUÇÃO
Os Controladores Lógicos Programáveis ou CLPs são equipamentos eletrônicos
utilizados em sistemas de automação flexível. São ferramentas de trabalho muito úteis e
versáteis para aplicações em sistemas de acionamentos e controle, e por isso são utilizados
em grande escala no mercado industrial. Permitem desenvolver e alterar facilmente a lógica
para acionamento das saídas em função das entradas. Desta forma, podemos associar diversos
sinais de entrada para controlar diversos atuadores ligados nos pontos de saída.
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CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMÁVEL – CLP
A Automação Predial ou Residencial já é uma realidade nos dias de hoje. Com a sua
história advinda das indústrias, vem sendo utilizadas ao longo de todas as cadeias de
processos. A Automação Industrial não demorou muito a chegar em prédios até galgar as
residências.
O dispositivo mais utilizado e que tornou possível este tipo de sistema foi o CLP
(Controlador Lógico Programável). O CLP surgiu na década de 60. Ainda existem muitas
empresas do ramo da indústria de automação que possuem pouca experiência com eles. A
grande vantagem desse dispositivo esta na possibilidade de reprogramação sem necessidade
de realizar modificações de hardware. Mais o que impulsionou a saída da automação das
indústrias para os prédios e residências foi à popularização e o desenvolvimento doscomputadores pessoais. De fato, atualmente o que se busca é a conectividade entre os
diversos dispositivos que integram um sistema automatizado e os computadores pessoais.
O CLP começou a ser usado no ambiente industrial desde 1960 embora ainda existem
muitas empresas do ramo da indústria de automação que possuem pouca experiência com
eles. A grande vantagem dos controladores programáveis é a possibilidade de reprogramação,
motivo pelo qual substituíram os tradicionais painéis de controle a relês. Esses painéis
necessitavam de modificações na fiação cada vez que se mudava o projeto, o que muitasvezes era inviável, tornando-se mais barato simplesmente substituir todo painel por um novo.
Os CLPs permitiram transferir as modificações de hardware em modificações no software.
A General Motors, em meados de 1969, surgiu com os primeiros controladores
baseados numa especificação resumida a seguir:
• Facilidade de programação;
• Facilidade de manutenção com conceito plug-in;
• Alta confiabilidade;
• Dimensões menores que painéis de Relês, para redução de custos;
• Envio de dados para processamento centralizado;
• Preço competitivo;
• Expansão em módulos;
• Mínimo de 4000 palavras na memória.
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A partir da década de 70, com a inclusão de microprocessadores dentro dos
controladores, eles passaram a se chamar de Controladores Programáveis (CLPs), dez anos à
frente na década de 80, suas funções foram aperfeiçoadas e passaram a utilizar a rede de
comunicação de dados. (MORAIS e CASTRUCCI, 2001).
De acordo com (NATALE, 2004, p.11), o CLP “É um computador com as mesmas
características conhecidas do computador pessoal, porém, [é utilizado] em uma aplicação
dedicada [...]”. Segundo a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), o CLP é um
equipamento eletrônico digital com hardware e software compatíveis com aplicações
industriais.
O NEMA (National Electrical Manufactures Association), considera um CLP um
aparelho eletrônico digital que utiliza uma memória programável para armazenar internamente instruções e para implementar funções específicas, tais como lógica,
seqüênciamento, temporização, contagem e aritmética, controlando, por meio de módulos de
entradas e saídas, vários tipos de máquinas ou processos.
De forma geral, os controladores lógicos programáveis (CLPs) são equipamentos
eletrônicos de última geração, utilizados em sistemas de automação flexível. Estes permitem
desenvolver e alterar facilmente a lógica para acionamento das saídas em função das
entradas. Desta forma, pode-se utilizar inúmeros pontos de entrada de sinal para controlar pontos de saída de sinal (cargas).
Funcionamento do CLP
O funcionamento de um CLP corresponde a três etapas distintas, as quais são:
entradas, processamento e saídas. Essas etapas são ilustradas na figura 1 (SILVA FILHO,
2000). Com essa finalidade o CLP possui uma arquitetura bastante conhecida baseada em
microcontroladores e microprocessadores.
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Figura 1. Estrutura básica de funcionamento de um CLP
O hardware de um CLP é formado por 3 unidades distintas, as quais são: fonte de
alimentação, CPU (Unidade Central de Processamento, e interfaces de entrada e saídas ou
I/O), e interfaces de I/O. Cada unidade que compõe um CLP é responsável pelo seu
funcionamento.
• Fonte de Alimentação: A alimentação de energia do CLP utiliza uma fonte
chaveada e uma única tensão de saída de 24 V. Esse valor já é utilizado com a
finalidade de alimentar os módulos de entrada e saída de dados e a CPU ao
mesmo tempo. Outra característica importante é que normalmente as máquinas
industriais, funcionam com essa tensão por ser bem menos suscetível a ruídos.
Outro ponto destacável, é que essa tensão já é compatível com o sistema decomunicação RS-232.
• CPU: Segundo MORAES E CASTRUCCI (p.31, 2001), é “responsável pela
execução do programa do usuário, atualização da memória de dados e memória-
imagem das entradas e saídas”. Inicialmente com a 2ª geração de CLP
(barramento de dados, endereço e controle), a CPU era constituída por um
microcontrolador. A opção por microcontroladores baseava-se pelo custo-
benefício, facilidade de manuseio, e também pela baixa complexidade dos
softwares. Com exceção dos CLPs de pequeno porte, geralmente, os CLPs
apresentam um microprocessador na forma de um CI (Circuito Integrado)
dedicado.
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• Interfaces de I/O: As entradas e saídas de um CLP podem ser divididas em duas
categorias: as analógicas e digitais. Na figura 2 são ilustrados estes dois modelos
de interfaces I/O (DAHER, 2003).
Figura 2. Interfaces de I/O digitais e analógicas.
Existem diversos tipos de módulos de entrada e saída que se adaptam as necessidades
do sistema a ser controlado. Os módulos de entrada e saídas são compostos de grupos de bits,
associados em conjuntos de 8 bits (1 byte) ou conjuntos de 16 bits, de acordo com o tipo de
CPU.
As entradas analógicas são referentes aos dispositivos que trabalham com grandezas
analógicas, como por exemplo, temperatura, umidade relativa, pressão, entre outras. Para quea CPU trabalhe com esses valores analógicos é necessário que essas entradas sejam
convertidas usando conversores A/D (analógico para digital).
Operacionalmente, a CPU lê os dados de entradas dos dispositivos de campo através
dos módulos de entrada, e então executa, ou realiza os controles de programa que tinham sido
armazenados na memória. Os programas normalmente são escritos na linguagem LADDER,
a qual assemelha-se muito a um esquema elétrico baseado em relês. Os programas são
colocados na memória da CPU em forma de operações lógicas, aritmáticas etc. Baseado
nesses programas o CLP escreve ou atualiza o estado das saídas atuando nos dispositivos de
campo (cargas). Este processo, conhecido como ciclo de operação, continua na mesma
seqüência sem interrupções. A figura 3 ilustra o ciclo de operação de um CLP (SILVA
FILHO, 2000).
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Figura 3. Ciclo de processamento de um CLP.
Como foi visto, o CLP é formado por uma fonte de alimentação, uma CPU, e
interfaces de I/O, porém pode-se considerá-lo como uma pequena caixa contendo centenas ou
milhares de relês separados, tais como contadores, temporizadores e locais de
armazenamento de dados, ver figura 4 (SILVA FILHO, 2000). Na verdade o que ocorre é que
o CLP simula essas funcionalidades, utilizando os registradores internos da CPU,
Figura 4. Funcionalidades de um CLP.
Onde:
• Relês de entrada (contatos): Conectados com o mundo externo. Existem
fisicamente e recebem sinais de interruptores, sensores etc. Normalmente não são
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relês e sim transistores munidos de isolamento óptico. No caso do CLP TP-02 da
WEG Automação, o símbolo na linguagem LADDER que representa este tipo de relé
é a letra “X”;
• Relês de utilidade interna (contatos): Não recebem sinais do mundo externo e não
existem fisicamente. São relês simulados que permitem eliminar relês de entrada
externos (físicos). Também há alguns relês especiais que servem para executar só
uma tarefa, como relês de pulso, temporizadores etc. Outros são acionados somente
uma vez durante o tempo no qual o CLP permanece ligado e tipicamente são usados
para inicializar dados que foram armazenados. No caso do CLP TP-02 o símbolo na
linguagem LADDER que representa este tipo de relê é a letra “C”;
• Contadores: Estes não existem fisicamente. São contadores simulados e podem
ser programados para contar pulsos. Normalmente, estes contadores podem contar
para cima (incrementar), ou abaixo (decrementar), ou ambos. Considerando que são
simulados, os contadores estão limitados na velocidade de contagem. Alguns
fabricantes também incluem contadores de alta velocidade baseados em Hardware,
podendo ser considerados como fisicamente existentes.
• Temporizadores (Timers): Estes também não existem fisicamente. O mais comum
é o tipo com “Retardo no Ligamento”. Outros incluem “Retardo no desligamento” e
tipos retentivos e não-retentivos. Os incrementos variam de um mili-segundo até umsegundo;
• Relês de saída: Estes possuem conexão com o mundo externo e existem
fisicamente. Enviam sinais de ON/OFF a solenóides, luzes, etc., podem ser
transistores, Relês ou Triacs, dependendo do modelo de CLP. No caso do CLP TP-02,
o símbolo na linguagem LADDER que representa este tipo de relé é a letra “Y”;
• Armazenamento de dados: Normalmente há registros designados simplesmente
para armazenar dados. Eles são usados como armazenamento temporário para
manipulação matemática ou de dados. Podem ser usados quando houver ausência de
energia no CLP.
Programação
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A lógica desenvolvida pelo CLP com os sinais de entrada para acionar as suas saídas
é programável. É possível desenvolver lógicas combinatórias, lógicas seqüenciais e também
uma composição das duas, o qual ocorre na maioria das vezes.
Como já mencionado na introdução as indústrias utilizavam painéis para desempenhar
os mesmos papéis que realizam hoje as linguagens de programação, padronizadas pela norma
IEC 1131-3, fazem. Segundo IEC – 1131-3 (MORAES E CASTRUCCI, 2001), ela classifica
as linguagens de programação conforme a tabela 1:
Tabela 1– Norma IEC-1131-3.
Classes Linguagens
Tabulares Tabela Decisão
Textuais IL (Lista de Instruções)ST (Texto Estruturado)Gráficas LD (Diagrama de Relês)
FBD (Diagrama de Blocos de
Funções)
SFC (Carta de Fluxo Seqüencial)
Conforme NATALE (2000, p.29), “Automatizar um sistema significa fazer uso de
funções lógicas, representadas, por sua vez, por portas lógicas que podem ser implementadas,
[...] fazendo uso de componentes, independentemente do nível de sua tecnologia [...].”.
O CLP TP-02 utiliza a linguajem LADDER ou LD conforme a norma IEC – 1131-3
acima. Segundo MORAES E CASTRUCCI (2001), A Linguagem Ladder ou como o autor
cita “Linguagem de Diagrama de Contatos (LADDER Diagram)”, originou-se dos diagramas
elétricos em LADDER (Escada), cuja origem provem da Lógica de Relês, ver tabela 2.
Tabela 2 – Instruções para a Linguagem Ladder
Instruções Representação
Contato Normalmente Aberto -| |-Contato Normalmente
Fechado
-|/|-
Bobina -( )-Bobina Inversa (acionada
desenergizada)
-(|)-
Bobina Set -(S)-
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Bobina Reset -(R)-Bobina de Memorização
(mantém o estado)
-(M)-
Bobina de Set da Memória -(SM)-Bobina de Reset da Memória -(RM)-
Bobina de Detecção de Borda
de Subida
-(P)-
Bobina de Detecção de Borda
de Descida
-(N)-
Lógica Matemática e Binária
Segundo SILVA FILHO (2000a, p.9) “ [...] a lógica matemática visa facilitar as
ambigüidades da linguagem natural, devido a sua natureza subjetiva e, portanto é uma
ferramenta muito útil na lógica do raciocínio. Para evitar essas dificuldades, criou-se uma
linguagem lógica artificial”.
Como a lógica binária possui apenas dois valores: ‘0’ e ‘1’. Com a utilização destes
dois símbolos construímos a base numérica binária. Assim, foram criadas as portas lógicas,
que são circuitos utilizados para combinar níveis lógicos digitais de formas específicas. A
figura 5 ilustra a relação entre as portas lógicas básicas e a linguagem LADDER.
Figura 5. Representação das funções lógicas básicas.
A linguagem LADDER permite desenvolver lógicas combinacionais, seqüenciais ou
ambas. Utiliza como operadores para estas lógicas: entradas, saídas, estados auxiliares e
registros numéricos. A figura 6 ilustra os principais símbolos da programação.
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Figura 6. Principais símbolos de programação.
Para entendermos a estrutura da linguagem vamos adotar um exemplo bem simples: o
acionamento de uma lâmpada L a partir de um botão Liga/Desliga. Na figura 7 temos o
esquema elétrico tradicional, o programa e as ligações no CLP. Para entender o circuito com
o CLP, pode-se observar o programa desenvolvido para acender a lâmpada L quando for
acionado o botão B1.
Figura 7. Acionamento de uma lâmpada.
O botão B1, normalmente aberto, está ligado a entrada X1 e a lâmpada ligada à saída
Y1. Ao acionarmos B1, X1 é acionado e a saída Y1 é energizada. Caso for desejado que a
lâmpada apague quando for acionado B1, bastaria trocar o contato normalmente aberto por
um contato normalmente fechado na programação do CLP, o qual seria representado pela
função NOT.
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Micro – CLP
Outra tendência de mercado atual é o uso do CLP para tarefas simples. Isto é, em
aplicações nas quais é necessário automatizar um processo com poucos passos de
programação, bem como com poucas entradas e saídas. Diversos fabricantes entraram nesse
mercado através do lançamento de CLPs de pequeno porte, de programação simples e baixo
custo. A figura 8 ilustra o Micro-CLP Clic, da WEG, o qual constitui um exemplo clássico
desse equipamento.
Figura 8. Clic - Microcontrolador Programável.
Atualmente, existe uma forte tendência à utilização de pequenos controladores
programáveis para controlar processos locais, os quais se comunicam com outros
controladores e com Sistemas Supervisórios, formando uma rede de automação. Assim, é
possível descentralizar o controle industrial, evitando que algum problema interrompa o
funcionamento de toda a planta. Os sistemas supervisórios rodam em computadores tipo PC e
permitem monitorar o estado de um processo, visualizando na tela do PC o estado das
entradas, saídas, registradores, etc. Esemplos de programas supervisórios são o FIX (versões
SCADA e MMI), InTouch, Genesis, entre outros.
Considerações de projeto
Para adequar um Controlador Lógico Programável (CLP) a um sistema ou a uma
máquina é necessário verificar o número de pontos de entrada, o número de pontos de saída,
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a velocidade de processamento e os tipos de entradas e saídas (sensores e atuadores)
necessários à aplicação.
De fato, os Controladores Lógicos Programáveis, como todas as ferramentas de
automação, estão em constante desenvolvimento, no sentido da redução de custos, da
dimensão física, do aumento da velocidade, da facilidade de comunicação, e também no
aperfeiçoamento interfaces mais amigáveis.
A flexibilidade dos CLPs indica que, as alterações lógicas podem ocorrer com grande
facilidade, sem que sejam necessárias alterações do Hardware ou inclusão de componentes
eletrônicos ou elétricos. Esta é a principal característica dos sistemas de automação flexíveis
e o que faz dos CLPs ferramentas de grande aplicação nas estruturas de automação.
Além da linguagem de contatos, existem outras formas de programação
características de cada fabricante. Pode-se concluir então que os projetos de automação econtrole envolvendo CLPs reduzem o trabalho de desenvolvimento de Hardware dos
circuitos lógicos do acionamento, bem como os dispositivos e potência para acionamento de
cargas e dos atuadores, uma vez que é possível escolher módulos de saída já prontos,
adequados ao tipo de carga que se deseja acionar.
A utilização do CLP contempla, por conseguinte, alguns passos genéricos:
• Definição da função lógica a ser programada;
•
Transformação desta função em programa assimilável pelo CLP;• Implementação física do controlador e de suas interfaces com o processo.
REDES INDUSTRIAIS
Cabe destacar que nas aplicações industriais ou prediais o que se busca é a
conectividade entre os dispositivos do sistema. Isto pode ser constatado através de diversas
topologias existentes. De fato a conexão entre os CLPs pode ser do tipo barramento, onde
todos os equipamentos estão ligados à mesma linha física, ou tipo anel, onde a conexão entre
os equipamentos é feita um a um. No caso de anel, o mesmo pode ser fechado (o último
dispositivo liga no primeiro) ou aberto. Existem ainda outras topologias, não abordadas neste
documento. A figura 9 ilustra a conexão entre o CLP e diversos dispositivos usando o
barramento conhecido como Mestre-Escravo.
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Figura 9. Barramento Mestre-Escravo usando o CLP TP02 (WEG).
Nas redes Mestre-Escravo, a comunicação é feita com consulta do Mestre para o
Escravo e resposta do Escravo para o Mestre. O Mestre percorre todo o barramento em um
ciclo consultando seus escravos (ZEILMANN, 2002).
A conexão entre CLPs usualmente usa os padrões de tensão RS232, RS422 e RS485.
O padrão RS232 permite a comunicação com o PC, porém não é adequado na comunicação
multiponto entre vários CLPs, contudo existem novos padrões advindos do RS232, chamado
E3C no qual é possível conectar até 256 estações. Os padrões RS422 e RS485 são os mais
utilizados, alem de possibilitar maior taxa de comunicação e alcance. Por isso esses padrões
trazem oportunidades onde a conectividade e sinergia entre os CLPs e os PCs seja real,
trazendo inúmeras inovações e idéias para sistemas de gerenciamento de dispositivos
remotos, por exemplo. A figura 10 ilustra a conexão entre o PC e diversos CLPS usando o
barramento Mestre-Escravo. O PC desenvolve a função de Mestre.
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Figura 10. Barramento Mestre-Escravo comandado pelo PC.
PROTOCOLOS
- TP02 (proprietário)
- MOdbus
SOFTWARE SUPERVISÓRIO
Com o surgimento do PC, segundo SEIXAS FILHO (2000,p.1) “ [...] sumiram as
mesas de controle e o PC passou a reinar como a plataforma preferida de supervisão e
operação [...]. Os softwares SCADA apareceram em diversos tamanhos, [...] com diversos
repertórios de funcionalidades.
Os softwares SCADA são chamados de sistemas supervisórios. Tem por objetivo
ilustrar o comportamento de um processo através de figuras e gráficos, tornando-se assim,uma interface objetiva entre um operador e o processo.
Segundo OGATA (1997), o software supervisório deve ser visto como o conjunto de
programas gerados e configurados no software básico de supervisão, implementando as
estratégias de controle e supervisão com telas gráficas de interface homem-máquina (IHM)
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que facilitam a visualização do contexto atual, a aquisição e tratamento de dados do processo
e a gerência de relatórios e alarmes.
A padronização dos canais de comunicação entre os CLPs e outros equipamentos
inteligentes de automação tem adquirido grande importância, em vista da tendência de
integração total dos níveis hierárquicos de automação, verificada após a introdução da
filosofia CIM (Computer Integrated Manufacturing). Para propiciar esta interatividade
surgiram vários protocolos de comunicação, tais como: BITBUS, PROFIBUS, ETHERNET,
etc. Muitos fabricantes oferecem redes proprietárias para esta finalidade, porém, a tendência
dominante á a de utilizar os diversos sistemas propostos para a padronização de redes para
chão de fábrica.
Elipse SCADA
Neste projeto será utilizado o software ELIPSE/SCADA para monitorar o
funcionamento dos CLPs e o estado das cargas. O objetivo será o de projetar na tela de
supervisão uma interface de fácil compreensão e que seja amigável ao usuário, facilitando a
monitoração do sistema e a mudança dos parâmetros (tempo de desligamento, por exemplo).
Comunicação
Existem várias maneiras de se trocar informações com qualquer equipamento de
aquisição de dados, tais como PLC's (Controladores Lógicos Programáveis), DAC's (Cartões
de Aquisição de Dados), RTU's (Unidades Remotas), servidores OPC, controladores e outros
tipos de equipamentos.
A forma mais comum e eficiente de se obter comunicação com equipamentos são as
DLL’s ( Dynamic Link Libraries). As DLLs ão os chamados drivers de comunicação, que são
módulos com processamento independente (threads), responsáveis pela comunicação com
um equipamento em específico.
No Elipse SCADA não há limitações lógicas de números de equipamentos ou drivers
de comunicação, sendo que uma mesma aplicação pode conter vários tipos de conexões,
através de portas seriais ou redes específicas.
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Além disso, os drivers desenvolvidos pela Elipse Software provém comunicação via
linha discada ou rádio-modem com qualquer PLC de mercado que possua interface serial
RS232/RS485, com tratamento automático da conexão, o que o torna ideal para aplicações de
telemetria e acesso remoto, ver figura 11. Caso o equipamento remoto possua capacidade de
discagem, nossos drivers também estão prontos a receber ligações, a fim de ser informado
sobre eventos específicos como uma ocorrência de alarme.
Figura 11. Rede de comunicação.
OPC
O Elipse SCADA suporta conexões com quaisquer servidores OPC (Ole for Process
Control ), possibilitando a conectividade com diversos equipamentos que suportam este
serviço. A tecnologia OPC implementa um mecanismo que provém dados de algum
dispositivo para uma base de dados configurada em um servidor OPC, permitindo que
qualquer aplicação cliente tenha acesso a mesma base de dados.
Interface Gráfica
A criação de interface para o usuário é feita de maneira simples e rápida. Estão
disponíveis recursos como animações, displays, gráficos de tendência de vários tipos (linhas,
área, barras, XY), botões, etc, que são ligados diretamente com as variáveis de campo (Tags).
Também podem ser utilizados desenhos de qualquer editor gráfico. Além disso, o Elipse
SCADA conta com uma biblioteca gráfica de desenhos mais utilizados, de modo a facilitar a
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criação de sinóticos. O usuário pode escolher entre utilizar o mouse, teclado ou touchscreen
para acessar as telas de supervisão.
Lógicas (Scripts)
A fim de adicionar flexibilidade e poder realizar tarefas mais complexas, o usuário
pode lançar mão de uma linguagem de programação interativa, que utiliza a maioria dos
recursos de linguagens de alto nível como o Visual Basic ou Visual C++. A linguagem
utilizada, chamada Elipse Basic, permite definir lógicas ou criar sequências de atitudes
através de funções específicas.
Os Scripts são orientados a eventos, sendo que serão executados mediante a
especificação de um acontecimento, como o pressionar de uma tecla, a mudança de umavariável ou ainda a cada intervalo regular de tempo, dentre outros eventos.
Históricos - Registro de dados
São estruturas responsáveis pelo registro dos dados de processo, para posterior
análise. Os Históricos podem ser processos contínuos ou bateladas, guardando dados a
intervalos de tempo fixos ou por eventos, definidos pelo usuário. A ferramenta de análisehistórica pode ser utilizada para uma visualização mais sofisticada dos dados, permitindo
zoom e filtro de dados, ver figura 12.
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Figura 12.Ferramenta de análise histórica.
Conexão em rede (Cliente-Servidor)
O Elipse SCADA fornece soluções para conexão com outras aplicações via qualquer
meio físico, seja uma Intranet (via protocolos TCP/IP ou IPX/SPX), Internet, ou ainda Linha
Discada (Dial-Up Networking) e Linha Privada, além de satélites e links de rádio. O método
utilizado baseia-se no conceito de Aplicações Remotas, onde os dados de uma aplicação
qualquer (Servidor) são acessados por um Cliente, que poderá realizar a leitura e escrita de
qualquer parâmetro. A estrutura de sockets permite que pelo mesmo canal trafeguem dados
on-line e também transferências de arquivos de dados e imagens.
Banco de Dados
A integração do Elipse com qualquer base de dados é muito simples através de
recursos ODBC (Open DataBase Connectivity). Wizards o auxiliarão no processo de conexão
ou criação de uma base de dados qualquer, dentre elas SQL Server, Access, Oracle e DBase.
A partir daí o Elipse SCADA oferece uma série de funções para a manipulação da base de
dados, tais como adicionar, deletar e modificar registros, fazer consultas etc.
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Ferramentas do Elipse
Elipse Watcher: Software para monitoração de sistemas de vídeo com recursos de
captura, registro e transmissão digital de imagens em tempo real. Suporta diversos padrões,
inclusive MPEG, possibilitando a visualização em janelas com tamanho e qualidade definidas
pelo usuário. Permite a criação de um banco de dados de imagens com busca por período ou
evento e transmissão de imagens em tempo real para estações remotas via TCP/IP ou linha
discada.
Elipse Web: Sistema para supervisão de processos através da Intranet e Internet.
Utilizando um browser comercial (Internet Explorer, por exemplo) é possível conectar-se a
uma estação de supervisão remota, recebendo dados em tempo real (através de JAVAApplets). Com este recurso é possível acessar o processo de qualquer lugar do mundo.
Telas do supervisório
A modo de exemplo, a figura 13 ilustra a tela criada com um software SCADA
simulando o controle de nível de um tanque.
Figura 13. Controle do nível de um tanque executado pelo ELIPSE SCADA.
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CONCLUSÃO
O CLP foi idealizado pela necessidade de poder se alterar uma linha de montagem
sem que tenha de fazer grandes modificações mecânicas e elétricas.
O CLP nasceu praticamente dentro da indústria automobilística, especificamente na
Hydronic Division da General Motors, em 1968 , sob o comando do engenheiro Richard
Morley e seguindo uma especificação que refletia as necessidades de muitas indústrias
manufatureiras.