PREFEITURA DA ESTÂNCIA TURÍSTICA DE IBIÚNA
ELABORAÇÃO DO PLANO LOCAL DE HABITAÇÃO DE
INTERESSE SOCIAL DE IBIÚNA
RELATÓRIO DA METODOLOGIA E DE ATIVIDADES
ETAPA I
VERSÃO PRELIMINAR
Junho de 2011
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PREFEITURA DA ESTÂNCIA TURÍSTICA DE IBIÚNA
SECRETARIA DE HABITAÇÃO
ELABORAÇÃO DO PLANO LOCAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL – PLHIS DE IBIÚNA
Contrato: 37/2011
Contrato entre a Prefeitura da Estância Turística de Ibiúna e o Ministério das Cidades: APF 0345331-90
/ 2010
PRODUTO 1
Relatório de Metodologia e Relatório de Execução das Atividades
Junho de 2011
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PREFEITURA MUNICIPAL DA ESTÂNCIA TURÍSTICA DE IBIÚNA
PREFEITO MUNICIPAL
Coiti Muramatsu
SECRETARIA DE HABITAÇÃO
Secretário: Valdir Barbosa
ELABORAÇÃO DA METODOLOGIA:
EQUIPE EXECUTIVA:
Coordenação Geral de Elaboração do Plano Local de Habitação de Interesse Social:
Valdir Oliveira - Sec. de Habitação
Núcleo Técnico da Prefeitura Municipal da Estância Turística de Ibiúna
Secretaria de Promoção e Assistência Social
Queila Ruivo – Assistente Social
Secretaria de Meio Ambiente
Fernando Salles Rosa - Diretor
Secretaria de Obras
Virgílio Neto - Secretário
Secretaria de Rendas Internas
Marcelo Mori - Secretário
Secretaria de Agricultura
Benedito Martins - Secretário
Núcleo Consultivo Integra Sociedade Cooperativa
Coordenação Geral: Adelcke Rossetto Netto – Arquiteto e Urbanista
Coordenação Técnica: Msc. Nara Leal Argiles – Arquiteta e Urbanista
Equipe Técnica de Elaboração deste documento:
Branca Perroco – Arquiteta e Urbanista;
Felipe Moreira – Arquiteto e Urbanista;
Leonardo Ceoldo – Arquiteto e Urbanista;
Msc. Mariana Pavlick – Arquiteta e Urbanista;
Ana Paula Bastos – Estagiária em Arquitetura;
Fernanda Vargas - Estagiária em Arquitetura;
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EQUIPE DE ACOMPANHAMENTO:
Membros representantes do Poder Executivo
Secretaria de Habitação
Valdir Oliveira - Secretário de Habitação
Secretaria de Promoção e Assistência Social
Queila Ruivo – Assistente Social
Secretaria de Meio Ambiente
Fernando Salles Rosa - Diretor
Secretaria de Obras
Virgílio Neto - Secretário
Coordenação da Defesa Civil
Mauro Issler- Coordenador
Membros Representantes da Sociedade Civil
Cooperativa Habitacional de Ibiúna – COOPHI
Aparecido Soares- Presidente da Cooperativa
Sociedade Amigos do Recreio Residencial de Ibiúna
Israel Garcia – Presidente da Associação
Junho de 2011
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SUMÁRIO
1. Contexto Nacional da Política Habitacional ............................................................................................ 11 2. Caracterização do Município .................................................................................................................. 15
2.1 Características demográficas e territoriais ...................................................................................... 15
2.2 Contexto Regional ........................................................................................................................... 17
2.1 Contexto Intraurbano ...................................................................................................................... 23
3. Contexto Habitacional no Município ...................................................................................................... 32 3.1 Promoção Habitacional Pública em Ibiúna ...................................................................................... 32
3.1.1 Produção Habitacional Pública Realizada no Município ................................................................. 32 3.1.2 Produção Habitacional Pública em Andamento no Município ....................................................... 33
3.1.3 Promoção Habitacional Privada em Ibiúna ..................................................................................... 34
3.1.4 Programas de Melhoria de Infraestrutura Urbana no Município .................................................... 35
3.1.5 Programas de Regularização Fundiária ........................................................................................... 36
3.1.6 Elaboração do Plano de Habitação de Interesse Social ................................................................... 37
3.2 Quadro Normativo e Institucional ................................................................................................... 38
3.2.1 Quadro Normativo ........................................................................................................................... 38
3.2.2 Quadro Institucional ....................................................................................................................... 53 3.2.3 Instrumento da Gestão Participativa ............................................................................................... 55
4.1 Metodologia desenvolvida pela Fundação João Pinheiro ............................................................... 58
4.2 Dados do Censo IBGE para Ibiúna ................................................................................................... 60
4.3 Necessidades Habitacionais segundo o Cadastro Único do Município ........................................... 62
4.4 Cadastro MCMV no Município de Ibiúna ........................................................................................ 70
5. Condições e Estimativas para o Encaminhamento da Demanda Habitacional no Município ...................... 89 5.1 Histórico de investimentos em habitação no período recente, 2002 – 2009 ................................. 89
5.2 Projeção da necessidade de novos domicílios com base no crescimento demográfico de Ibiúna, até o ano de 2025 ............................................................................................................... 90
5.3 Identificação das terras vazias ......................................................................................................... 92
5.4 Custos da Produção Habitacional .................................................................................................... 94
5.4.1 Cálculos da Necessidade de Terras e Valor de Aquisição ............................................................... 94 5.4.2 Custos de Construção ..................................................................................................................... 95
5.5 Custos da Regularização Fundiária .................................................................................................. 97
Considerações Finais ........................................................................................... Erro! Indicador não definido.
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Listas
Siglas
APA Área de Proteção Ambiental
APP Área de Proteção Permanente
BDI Benefícios e Despesas Indiretas
BIRD Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento
BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
BNH Banco Nacional da Habitação
CadÚnico Cadastro Único
CDHU Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo
CDRU Concessão de Direito Real de Uso
CEF Caixa Econômica Federal
CEH Conselho Estadual de Habitação
CEI Centro de Estatísticas e Informações
CETESB Companhias de Tecnologia de Saneamento Ambiental
CGFMHIS Conselho Gestor do Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social
CHIS Conjunto Habitacional de Interesse Social
CMH Conselho Municipal de Habitação
ConCidades Conselho das Cidades
COOPHI Cooperativa Habitacional de Ibiúna
CREA Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura
DHB Déficit Habitacional Básico
FGH Fundo Garantidor Habitacional
FGHab Fundo Garantidor da Habitação Popular
FJP Fundação João Pinheiro
FNHIS Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social
FPHIS Fundo Paulista de Habitação de Interesse Social
HIS Habitação de Interesse Social
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IDH Índice de Desenvolvimento Humano
IEX Índice de Exclusão e Inclusão Social
IMP Informações dos Municípios Paulistas
INOCOOP Instituto de Orientação às Cooperativas Habitacionais de São Paulo
IPVS Índice Paulista de Vulnerabilidade Social
ITESP Instituto de Terras do Estado de São Paulo
LC Lei Complementar
LOM Lei Orgânica do Município
LUOPS Lei de Uso e Ocupação e Parcelamento do Solo
MDU Macrozona de Destinação Urbana
MDI Macrozona de Destinação Industrial
MDR Macrozona de Destinação Rural
MIA Macrozona de Interesse Ambiental
MCidades Ministério das Cidades
NIAPU Núcleo Interdisciplinar de Analise de Projetos de Urbanização
OGU Orçamento Geral da União
ONU Organização das Nações Unidas
OP
PAC Programa de Aceleração do Crescimento
PDDI Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado de Ibiúna
PIB Produto Interno Bruto PLANHAB Plano Nacional de Habitação
PLHIS Plano Local de Habitação de Interesse Social
PMCMV Programa Minha Casa Minha Vida
PMI Prefeitura Municipal de Ibiúna
PNAD Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
PNDU Política Nacional de Desenvolvimento Urbano
PPA Plano Plurianual
RAS Região Administrativa de Sorocaba
RMSP Região Metropolitana de São Paulo
SERLA Divisão do Serviço Especial para Regularização de Loteamentos e Arruamentos
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SABESP Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo
SEADE Sistema Estadual de Análise de Dados
SIG Sistema de Informações Georreferenciadas
SINAP Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil
SNH Sistema Nacional de Habitação
SNHIS Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social
SNIS Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento
SNPU Secretarias Nacionais de Programas Urbanos
TGCA Taxa Geométrica de Crescimento Anual
UH Unidade Habitacional
UHIS Unidades Habitacionais de Interesse Social
Tabelas
2.1 Demografia do Município de Ibiúna
2.2 Dados relativos aos serviços de infraestrutura urbana por domicílios - 2000
2.3 Informações Socioeconômicas, segundo setor de atividade em Ibiúna
2.4 Comparativo do Produto Interno Bruto – PIB entre as regiões metropolitanas de São Paulo e Campinas, RAS e Ibiúna
2.5 Densidade Demográfica e Taxa de Urbanização: comparativo entre RMSP, Região Administrativa de Sorocaba e município de Ibiúna
2.6 Assentamentos irregulares na Região de Governo de Sorocaba - 1993
2.7 Famílias residentes em domicílios particulares, por classe de rendimento nominal mensal familiar - 2000
2.8 Domicílios particulares no município de Ibiúna – 2010
3.1 Histórico da Produção Pública de Habitação no Município
3.2 Produção Pública de Habitação em Andamento no Município
3.3 Empreendimentos em Andamento e Previstos do PMCMV
3.4 Produção Habitacional de Cooperativa no Município
3.5 Ações de Melhoria de Infraestrutura realizadas e em andamento no Município
3.6 Ações de Regularização Fundiária em andamento no Município
3.7 Ação de Apoio à Elaboração de Planos Habitacionais de Interesse Social
3.8 Instrumentos do Estatuto da Cidade Instituídos no Município
3.9 Loteamentos de Interesse Social no Município
4.1 Situação dos Domicílios em Ibiúna – 2010
4.2 Famílias residentes por faixa de renda em Ibiúna – 2000
4.3 Domicílios Particulares Permanentes com rendimento por adequação da moradia – 2000
4.4 Situação dos domicílios em relação aos Serviços Públicos – 2000
4.5 Situação da Moradia em Ibiúna – 2000
4.6 Classificação dos bairros por quantidade de famílias cadastradas no CadÚnico Municipal
4.7 Carência de infraestrutura por tipo de rede e serviços existentes nos domicílios dos cadastrados
4.8 Núcleos Urbanos Isolados no Município de Ibiúna
4.9 Loteamentos de Interesse Social no Município de Ibiúna
4.10 Ocupações do tipo favela do Município de Ibiúna
4.11 Síntese da Inadequação Habitacional no assentamentos precários em Ibiúna
4.12 Síntese do Déficit Quantitativo em Ibiúna - 2011
4.13 Regularização Fundiária em Ibiúna
5.1 Receita Orçamentária da Prefeitura de Ibiúna, 2002-2009
5.2 Receita Orçamentária e Porcentagem destinada à Habitação, 2002-2009
5.3 Projeção Populacional do Estado de São Paulo e Ibiúna, 2011 – 2025
5.4 Déficit Habitacional de Ibiúna para 2025 a partir do levantamento do CadÚnico 2011 e do crescimento populacional projetado
5.5 Vazios de Ibiúna
5.6 Combinações para Cálculo da Necessidade de Terras
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5.7 Cálculo de Necessidade de Aquisição de Terras – Combinação A
5.8 Cálculo de Necessidade de Aquisição de Terras – Combinação B
5.9 Custos de Construção Residencial
5.10 Cálculo de Construção - Combinação A
5.11 Cálculo de Construção - Combinação B
5.12 Custo Total por Combinação (Terra + Construção)
5.13 Custo de Regularização Fundiária em Ibiúna
Figuras
2.1 Inserção regional de Ibiúna
2.2 Região Administrativa de Sorocaba e perfil dos municípios segundo as atividades econômicas, 2003
2.3 Mapa de Divisa Regional de Ibiúna
2.4 Pessoas Residentes por setor censitário - 2000
2.5 Distribuição territorial pela faixa de renda dos responsáveis pela família no Município de Ibiúna (sem rendimento até 3 salários mínimos) – 2000
2.6 Distribuição territorial pela faixa de renda dos responsáveis pela família no Município de Ibiúna (acima de 3 a 5 salários mínimos) – 2000
2.7 Distribuição territorial pela faixa de renda dos responsáveis pela família no Município de Ibiúna (acima de 20 salários mínimos) – 2000
3.1 Mapa das Regiões do Município de Ibiúna
3.2 Macrozoneamento do Município de Ibiuna
3.3 Destinação Urbana do Município
3.4 Organograma da Secretaria de Habitação
4.1 Área de Localização dos Domicílios Cadastrados
4.2 Situação dos domicílios das famílias cadastradas
4.3 Espacialização dos domicílios Cadastrados no CadÚnico do Município
4.4 Tipo de construção dos domicílios das famílias cadastradas
4.5 Tipos de abastecimento de agua, nos domicílios dos cadastrados
4.6 Tipos de esgotamento sanitário, nos domicílios dos cadastrados.
4.7 Tipos de atendimento Rede Elétrica, nos domicílios dos cadastrados
4.8 Destinação do Lixo, nos domicílios dos cadastrados.
4.9 Tipo de Tratamento de Água nos domicílios dos cadastrados
4.10 Localização dos Núcleos Urbanos Isolados - 2011
4.11 Localização dos Loteamentos de Interesse Social e das Ocupações do tipo Favela - 2011
5.1 Terras Vazias em Ibiúna
Gráficos
2.1 Movimento Pendular: comparativo entre a Região Administrativa de Sorocaba e regiões metropolitanas do Estado de São Paulo, 2006
2.2 Demandas do Município por Região
2.3 Comparativo das demandas do município por região
2.4 População, segundo Grupos IPVS, Ibiúna e o Estado de São Paulo
2.5 Domicílios em Ibiúna, segundo a condição de ocupação – 2000
3.1 Histórico da Produção Pública de Habitação no Município
4.1 Situação da Infraestrutura dos domicílios cadastrados
5.1 Despesas com Habitação, 2002 - 2009
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Introdução
O Diagnóstico do Setor Habitacional foi desenvolvido durante a segunda etapa do
processo de elaboração do Plano Local de Habitação de Interesse Social de Ibiúna1, cuja
elaboração está sendo viabilizada através do convênio entre a Prefeitura Municipal da
Estância Turística de Ibiúna e o Ministério das Cidades, com o aporte de recursos do Fundo
Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS), no programa de Apoio à Elaboração de
Planos Habitacionais de Interesse Social.
O presente Diagnóstico pretende caracterizar o setor habitacional no município,
instrumentalizando as ações da Política Municipal de Habitação que serão posteriormente
propostas pela Estratégia de Ação. Durante esta segunda etapa do trabalho, foi feito o
reconhecimento do setor no município a partir de levantamentos de dados e análises de
informações oficiais.
A metodologia de desenvolvimento deste produto consta de levantamento de dados em
fontes secundárias, estudos em trabalhos acadêmicos, informações oficiais
disponibilizadas pelas diferentes esferas de governo; e da elaboração e sistematização de
informações, levantamentos e estimativas realizadas pela PMSRQ e Consultoria sobre os
assentamentos precários do município. A construção deste documento contou com a
participação de atores sociais, através de reuniões bilaterais realizadas com os diferentes
segmentos afins à questão habitacional no Município.
Este Diagnóstico é composto por cinco capítulos, que iniciam com uma contextualização
da construção da Política Habitacional Nacional, no Capítulo l. O Capítulo ll caracteriza o
Município a partir de aspectos territoriais, como sua inserção regional, aspectos
demográficos e socioeconômicos, bem como, a territorialização destes, relativizando,
ainda, Ibiúna aos demais municípios da Região Administrativa de Sorocaba.
No Capítulo lll, é feita uma tomada da atuação do poder público na produção habitacional
em Ibiúna, nas instâncias federal, estadual e municipal, entre convênios e programas já
realizados e em andamento no município. Neste mesmo capítulo, também foi analisada a
base normativa do município, a partir do levantamento e estudo da legislação pertinente
ao tema; o quadro institucional existente para atuação no setor habitacional; bem como,
os instrumentos de gestão participativa instituídos no município.
A caracterização das necessidades habitacionais do município é feita no Capítulo IV, onde
são apresentados os dados referentes ao déficit habitacional — a necessidade de novas
moradias e à inadequação habitacional — utilizando dados do IBGE, do Cadastro Único
Municipal, e levantamentos realizados em conjunto com Prefeitura Municipal de Ibiúna.
1 O Plano Local de Habitação de Interesse Social é composto por três etapas: Proposta Metodológica; Diagnóstico do Setor
Habitacional; e Estratégia de Ação.
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O capítulo final deste diagnóstico estabelece as primeiras direções para o
encaminhamento do atendimento da demanda habitacional no município, através de
cálculos que estimam custos de construção e aquisição de terra e da projeção da demanda
habitacional gerada por um crescimento populacional. Neste quinto capítulo, também é
feito uma identificação inicial de áreas vazias no município aptas a receber
empreendimentos habitacionais de interesse social.
Por fim, são apresentadas algumas considerações sobre as informações e dados
apresentados e análises feitas, de maneira a apontar questões a serem aprofundadas na
próxima etapa.
As atividades e reuniões com as Equipes Técnicas e de Acompanhamento, bem como, o
Seminário de Homologação que encerrou esta etapa propiciaram momentos de troca de
informações importantes que contribuíram para o desenvolvimento do produto. O
registro de tais atividades é apresentado detalhadamente no Relatório de Atividades que
acompanha este documento.
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1. Contexto Nacional da Política Habitacional
Apresentaremos a seguir um breve relato do contexto atual das ações e políticas
governamentais em habitação e desenvolvimento urbano no país, que, após um longo período de ações
descontínuas frente ao processo acelerado de urbanização brasileiro2, vem passando por um período de
reestruturação.
A partir da criação do Ministério das Cidades em 2003, instaurou-se um processo de definição
da Política Nacional de Desenvolvimento Urbano (PNDU) e das políticas setoriais, entre elas a Política
Nacional de Habitação (PNH) - aprovadas em 2004. A forma participativa de elaboração da PNDU,
especialmente da PNH, mobilizaram a realização de Conferências das Cidades — municipais, estaduais e
nacional —, convergindo à aprovação pelo Conselho das Cidades (ConCidades). A PNH tem como
objetivo a retomada do processo de planejamento do setor habitacional no país, propiciando condições
institucionais para garantir acesso à moradia digna, urbanizada e integrada à cidade.
Por sua vez, Sistema Nacional de Habitação, principal instrumento da PNH, inclui a criação de
dois subsistemas, definidos por estratégias diferenciadas: (i) Subsistema de Habitação de Interesse
Social que tem em vista o atendimento à demanda por habitação das camadas de menor renda,
especialmente na faixa de 0 (sem rendimentos) a 3 salários mínimos, que necessitam de investimentos
subsidiados; (ii) Subsistema de Habitação de Mercado que visa promover que o mercado privado
responda por parcela da demanda com alcance a oferta de mercado.
O Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social (SNHIS)3 e o Fundo Nacional de Habitação
de Interesse Social (FNHIS), criados pela Lei n° 11.124/2005, constituem o Subsistema de Habitação de
Interesse Social, também considerado como o Sistema Financeiro de Habitação (SFH).
2 O Brasil passou por um crescimento acelerado de urbanização a partir da década de 1950, até o Brasil tornar-se um país
majoritariamente urbano. Segundo o IBGE, Censo Demográfico 2000, mais de 80% da população brasileira mora em área urbana. 3 O SNHIS é integrado pelos seguintes órgãos e entidades: Ministério das Cidades (órgão gestor); Conselho Gestor do FNHIS; Caixa
Econômica Federal – CEF (agente operador do FNHIS); Conselho das Cidades; conselhos com atribuições específicas relativas às questões urbanas e habitacionais, órgãos e instituições integrantes da administração pública, direta ou indireta das diferentes esferas de governo, e instituições regionais ou metropolitanas que desempenhem funções complementares ou afins com a habitação; fundações, sociedades, sindicatos, associações comunitárias, cooperativas habitacionais e quaisquer outras entidades privadas que desempenhem atividades na área habitacional, afins ou complementares (na condição de agentes promotores das ações); e agentes financeiros autorizados pelo Conselho Monetário Nacional a atuar no Sistema Financeiro da Habitação – SFH.
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Figura 2.1: Estrutura Institucional da Política Nacional de Habitação
Fonte: Secretaria Nacional de Habitação, Departamento de Desenvolvimento Institucional e Cooperação Técnica
Desde a aprovação da Política Nacional de Habitação e a criação do SNHIS e do FNHIS, a
diversidade de recursos, onerosos e não onerosos, a serem acessados por agentes públicos e privados,
estaduais e municipais foi ampliada.
O Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social centraliza os programas e projetos
destinados à habitação de interesse social, bem como, os agentes relacionados às questões urbanas e
habitacionais. Conforme a legislação, os recursos destinados a este Sistema são oriundos do Fundo de
Amparo ao Trabalhador (FAT); do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS); do Fundo Nacional de
Habitação de Interesse Social (FNHIS); e de outros fundos ou programas que vierem a ser incorporados
ao SNHIS, e são aplicados de forma descentralizada.
O FNHIS é composto prioritariamente por recursos do Orçamento Geral da União, do Fundo de
Apoio ao Desenvolvimento Social (FAS), das entidades e organismos de cooperação nacionais ou
internacionais, receitas de operações realizadas com recursos do FNHIS, provenientes de empréstimos
externos e internos para programas de habitação, de outros fundos, programas e recursos que vierem a
incorporar o FNHIS, e receitas decorrentes da alienação dos imóveis da União que lhe vierem a ser
destinadas. Estes recursos destinam-se a investimentos em provisão de unidades habitacionais -
aquisição, construção, conclusão e melhorias -; produção de lotes urbanizados para fins habitacionais;
urbanização, produção de equipamentos comunitários, regularização fundiária e urbanística de áreas de
interesse social; implantação de saneamento básico, infraestrutura e equipamentos urbanos,
complementares aos programas de habitação de interesse social; aquisição de materiais para
construção, ampliação e reforma de moradias; recuperação ou produção de imóveis em áreas
encortiçadas ou deterioradas, centrais ou periféricas, para fins habitacionais de interesse social; e outros
Política Nacional de Habitação
Sistema Nacional de Habitação
Sistema Financeiro de Habitação - SFH
Sistema de Financiamento
Imobiliário - SFI
Sistema Nacional de Mercado Sistema Nacional de Habitação de
Interesse Social
Caderneta de Poupança
Mercado de Capitais
FNHIS
FGTS
Outros Fundos
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programas e intervenções na forma aprovada pelo Conselho Gestor do FNHIS. Será, também, admitida a
aquisição de terrenos vinculada à implantação de projetos habitacionais.
Com relação aos recursos disponíveis para a produção e aquisição de imóveis, um avanço
importante a ser destacado foi a Resolução n° 460/2005 do Conselho Curador do FGTS, tornando
possível uma significativa aplicação de recursos do fundo em subsídios habitacionais, e ainda a
aprovação da lei federal n° 10.391/2004, que permitiu a aplicação de recursos do setor privado em
habitação, e a resolução 3.259/2005 do Conselho Monetário Nacional, que obrigou os bancos a
financiarem empreendimentos habitacionais com os recursos do SBPE.
Dois importantes programas foram lançados pelo Governo Federal nos últimos anos em caráter
de ações emergenciais: o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Programa “Minha Casa,
Minha Vida” (PMCMV).
O Programa de Aceleração do Crescimento foi lançado em 2007, com período de duração de
quatro anos. O PAC não está diretamente vinculado ao SNHIS, porém é financiado em grande parte com
recursos do Orçamento Geral da União e abrange, entre as áreas estratégicas de desenvolvimento, o
saneamento e também a habitação. Em março de 2010, foi lançado o PAC 2 para o biênio 2010-2011,
selecionando propostas, entre outras, para projetos e obras de urbanização de assentamentos
precários, saneamento, pavimentação e prevenção de riscos.
Em 2009, através da Lei n° 11.977, o Governo Federal lançou o Programa “Minha Casa, Minha
Vida” 4. O PMCMV tem como objetivo o estímulo ao mercado privado de habitação popular, destinado a
famílias que recebem até dez salários mínimos, com subsídios de quase 100% para famílias com renda
de até três salários mínimos mensais. Segundo definições Lei n° 11.977, o PMCMV compreende o
Programa Nacional de Habitação Urbana (PNHU), e o Programa Nacional de Habitacional Rural (PNHR),
cujos recursos serão distribuídos entre as unidades da Federação, de acordo com a estimativa do déficit
habitacional, considerando os dados da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (PNAD), da
Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A mesma Lei também dispõe sobre a
regularização fundiária de assentamentos localizados em áreas urbanas.
Em 2008, o Governo Federal, através da Secretaria de Habitação do Ministério das Cidades,
elaborou o Plano Nacional de Habitação, o PLANHAB. O PLANHAB assume como pressuposto que o
problema da habitação deve ser enfrentado considerando a diversidade de situações que as
necessidades habitacionais demandam, seja em relação às características sociais e econômicas da
população, da capacidade institucional do poder público, dos diferentes processos de produção, das
fontes de financiamento e subsídio, da questão fundiária e urbana local ou da estruturação da cadeia
produtiva da construção civil. Particularmente em relação aos assentamentos precários, a estratégia
proposta pelo PLANHAB considera a necessidade de criar condições para que haja uma gradativa
urbanização e regularização dos existentes, bem como, a viabilização da produção de novas unidades
4 A Lei Federal n°11.977/2009 que teve alguns de seus artigos recentemente alterados pela Lei Federal n°12.424 aprovada em
junho deste ano.
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habitacionais para redução do déficit acumulado. Os pressupostos do PLANHAB e sua estrutura de
linhas programáticas serão considerados no desenvolver deste Plano.
O Governo do Estado de São Paulo firmou sua adesão ao SNHIS propiciando a implementação
de uma política estadual articulada ao Plano Nacional de Habitação (PLANHAB), com potencial de
descentralização da aplicação desses recursos a partir de um novo cenário proposto no plano estadual
de habitação que está em formulação. Atualmente, a política habitacional do Estado, está concentrada
na atuação da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU).
Em 2007, o Governo Estadual instituiu, no âmbito da Secretaria da Habitação, o Programa
Estadual de Regularização de Núcleos Habitacionais - Cidade Legal, juntamente com o Comitê de
Regularização do Programa Cidade Legal. Conforme definido pelo decreto n° 52.052/2007, o Programa
Cidade Legal destina-se a prover auxílio a Municípios mediante a orientação e apoio técnicos nas ações
municipais de regularização de parcelamentos do solo e de núcleos habitacionais, públicos ou privados,
para fins residenciais, localizadas em área urbana ou de expansão urbana, assim definidas por legislação
municipal. As ações previstas serão executadas pelo Comitê de Regularização5, que atuará a partir da
celebração prévia de convênio de cooperação técnica firmado entre a Secretaria da Habitação e
municípios interessados.
Através de Decreto, n° 53.823 de 2008, o Governo Estadual aprovou o Fundo Garantidor
Habitacional (FGH) - esse deverá articular-se ao Fundo Paulista de Habitação de Interesse Social, ambos
com Conselhos Gestores de caráter deliberativo. O FGH tem como objetivo estimular a participação de
empreendedores imobiliários e instituições financeiras a atuarem no mercado popular de imóveis,
funcionando como avalista para a aquisição habitacional, provendo recursos para garantir risco de
crédito e equalizar taxas de juros, no âmbito dos programas e ações da Política Estadual de Habitação de
Interesse Social.
Entende-se que se tem hoje um novo arranjo institucional da política urbana e habitacional, na
qual os governos locais assumem o papel de protagonista. Para tanto, os governos locais devem se
preparar, e isso repercute na formulação da Política Municipal de Habitação e do Plano Local de
Habitação de Interesse Social.
5 O Comitê de Regularização é composto por representantes dos seguintes órgãos e entidades da Administração Pública Estadual:
Secretarias da Habitação e do Meio Ambiente; Companhias de Tecnologia de Saneamento Ambiental (CETESB) e de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP); e Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE).
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2. Caracterização do Município6
Ibiúna está localizada na Região Administrativa de Sorocaba, entre a capital paulista (a cerca de
70 quilômetros) e o Município de Sorocaba (a cerca de 50 quilômetros). O município tem principal
acesso pela Rod. Bunjiro Nakao SP-250, que cruza outros municípios da região, chegando na Rodovia
Raposo Tavares SP- 270, eixo rodoviário que leva às cidades de Sorocaba e São Paulo.
Inicialmente, o Município de Ibiúna chamava-se Una, palavra do vocabulário tupi-guarani,
nome também atribuído ao rio que passa pela cidade ‘Rio de Una’. No início do século XVIII, aconteceu
em Una sua primeira ocupação, a partir do estabelecimento de uma fazenda na qual foi edificada a
capela Nossa Senhora das Dores de Una. No século seguinte, em torno dessa mesma capela foram
aparecendo algumas casas construídas em taipa de barro, que ofereciam serviços e estadia. Desta
forma, constituiu-se a Freguesia do Una, ponto de parada para os viajantes, mascates e tropeiros. Após
alguns anos, a capela Nossa Senhora das Dores de Una foi canonizada e recebeu seu primeiro padre, o
Pe. Antonio Maximiliano de Góes. No dia 11 de fevereiro de 1811, a freguesia foi elevada a Vilarejo do
Una.
O Vilarejo começou a receber muitos imigrantes, constituindo colônias como a Portuguesa,
Italiana, Árabe, Japonesa, o que promoveram para o crescimento do Vilarejo. Em 24 de Março de 1857,
o vilarejo foi elevado à Cidade, obtendo autonomia política e administrativa. A colônia dos imigrantes
árabes foi a maior colônia no município, e contribuiu muito para as atividades comerciais. Já os
imigrantes japoneses implantaram novas técnicas de plantio e variedade de cultivo, transformando o
município em um dos “maiores celeiros” do estado de São Paulo e do Brasil na produção de
hortifrutigranjeiros.
A denominação ‘Una’ não pôde ser mantida, por haver outro município com este mesmo nome.
Através do decreto-lei estadual n° 14334 de 30 de novembro de 1944, o município Paulista de Una
passou a chamar-se Ibiúna.
Com o passar do tempo, as atividades hortifrutigranjeira ganham força no município, e, por
estar próximo à Região Metropolitana de São Paulo, Ibiúna passou a ser responsável por boa parte do
abastecimento desta região. Nas últimas décadas, foram criados muitos sítios e chácaras de lazer,
contribuindo para o desenvolvimento turístico da região.
2.1 Características demográficas e territoriais
Ibiúna faz limite com nove outros municípios: ao norte com São Roque, Mairinque e Alumínio;
ao sul com Juquitiba, Miracatu e Tapiraí; a leste com Cotia e São Lourenço da Serra; ao oeste com
Piedade e Votorantim.
6 As informações apresentadas acima foram extraídas do Plano de Saneamento de Ibiúna – 2010, Caderno de Caracterização do
Plano Diretor – 2006 e do livro Y-Uma – Noiva Azul, disponível em www.guiaibiuna.com.br
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O município possui uma população de 71.217 habitantes distribuídas em uma área de 1.058
km², em densidade demográfica de 67,32 habitantes/Km² (IBGE, 2010). Em um período de 30 anos, a
população da cidade mais que dobrou em seu número de habitantes. Entre 1980 e 1991, houve um
incremento populacional equivalente a 54,5% (17.361 habitantes), no período seguinte, entre 1991 a
2000, pode ser observado um aumento de 30,89% (15.197 habitantes). Já no período de 2000 a 2010
houve o menor incremento desde 1980, apenas 10,61% (6.833 habitantes).
Na tabela 2.1, pode-se notar que o grande aumento populacional da cidade em um curto
período de tempo dificultou a urbanização da cidade, que não conseguiu acompanhar este crescimento.
Em 1980, a taxa de urbanização era de 59,78%, chegando em 2010 a 35,03% (Fundação Seade, 2011).
Tabela 2.1: Demografia do Município de Ibiúna
1980 1991 2000 2010
População Total 31.826 49.187 64.384 71.217
População Urbana 19.025 17.698 21.356 24.933
População Rural 12.801 31.489 43.028 46.284
Taxa de Urbanização * 59,78% 36,32% 33,17% 35,03%
Fonte: IBGE, 2011 e *Fundação Seade, 2011
Com relação à renda per capita no município, conforme o IBGE, em 2000, esta era de 1,53
salários mínimos, sendo 20,35% dos domicílios apresentavam uma renda per capita de até ½ salário
mínimo, e 8,91% de ¼ de salário mínimo.
Conforme os dados do ano 2000 disponibilizados pela Fundação SEADE relativos aos serviços de
infraestrutura urbana, o município registrava 86,72% para abastecimento de água, 42,01% para
tratamento de esgoto e 94,59% coleta de lixo. Quanto às condições de moradia, 76,59% dos domicílios
foram considerados com espaço suficiente, e 53,11% dos domicílios foram considerados com
infraestrutura interna urbana adequada.
Ressaltamos aqui que os dados referentes à infraestrutura dizem respeito apenas aos
domicílios considerados urbanos.
Tabela 2.2: Dados relativos aos serviços de infraestrutura urbana por domicílios – 2000
Abastecimento
de Água (%) Coleta de Esgoto (%)
Coleta de Lixo (%)
Espaço Suficiente (%)
Infraestrutura Adequada (%)
Ibiúna 86,72 42,01 94,59 76,59 53,11
Fonte: Seade - Informações dos Municípios Paulistas – IMP, 2008.
Ainda com relação ao atendimento da população pelos serviços urbanos e infraestrutura básica
(abastecimento de água e esgotamento sanitário), o Sistema Nacional de Informações sobre
Saneamento (SNIS), do Ministério das Cidades, conforme levantamento de 2008, informa que prestação
dos serviços de água e esgoto em Ibiúna, feita pela SABESP, possuía naquele ano rede de 144km e 29
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km, respectivamente7, o que corresponde a um índice em atendimento urbano por rede de água de
100%, e de um atendimento urbano por rede de esgoto com cerca de 56,66% no município8.
Destacamos que estas informações da SEADE E SABESP dizem respeito apenas aos domicílios
urbanos, considerados pelo SNIS como sendo apenas aqueles localizados na sede do Município. Por este
motivo, os percentuais de atendimento de infraestrutura se apresentam tão altos, por tratarem do
universo apenas dos domicílios urbanos.
2.2 Contexto Regional
Ibiúna está inserida em um importante conjunto de cidades que constituem o Complexo
Metropolitano Expandido, “também conhecido como Macrometrópole de São Paulo9”. Contudo, Ibiúna
não chega a apresentar características ou porte suficiente que a torne uma cidade pólo das atividades
econômicas tradicionais (comércio, indústria e serviços), como Sorocaba ou algumas cidades da Região
Metropolitana de São Paulo.
Ibiúna tem como principais atividades econômicas o setor de produção agrícola, sobre tudo, o
setor hortifrutigranjeiro, que abastece a grande São Paulo, como pode ser observado na tabela 2.9 - de
informações socioeconômicas referentes aos setores de atividades existentes em Ibiúna no período
2000-2010. Ao analisarmos as informações contidas na tabela, percebe-se que o setor agropecuário
manteve percentual expressivo com relação ao número de estabelecimentos e empresas formais (30,81
e 22%, respectivamente).
O setor comercial apresentou considerável crescimento tanto em relação à quantidade de
estabelecimentos e empregos formais, corresponde atualmente a 40,42% e 24,12%, respectivamente. O
setor de serviços também merece destaque por corresponder ao maior percentual de empregos formais
no município (31,17%)
Tabela 2.3: Informações Socioeconômicas, segundo setor de atividade em Ibiúna
Setores
Estabelecimentos Emprego Formal
2000 2010 2000 2010
Nº absolutos
Em % Nº absolutos
Em % Nº absolutos
Em % Nº absolutos
Em %
Comércio 281 38,70 475 40,42 1.188 20,65 2.430 24,12
7 Fonte: Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgotos – 2008, disponível em http://www.pmss.gov.br/snis (Acessado em
maio/2011). 8 Cálculos realizados a partir das informações de atendimento por habitantes destes serviços em relação ao total da população
urbana registrados no levantamento do SNIS. 9 A Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano S/A – EMPLASA, caracteriza a Macrometrópole de São Paulo como:
“complexo que abriga as atividades metropolitanas típicas do centro financeiro, centro administrativo, centro direcional de empresas e organizações econômicas em geral, polarizadas na Grande São Paulo; centros de pesquisa e investigação científico-tecnológica, distribuídos pelo núcleo metropolitano, Campinas e São José dos Campos; centros universitários e tecnológicos de formação de mão-de-obra qualificada ao lado da Grande São Paulo, Santos, Sorocaba, Campinas, São José dos Campos), refinarias de petróleo (Baixada Santista-Cubatão, Vale do Paraíba, regiões de Campinas-Paulínia, Grande São Paulo-Capuava); amplos setores da produção industrial distribuídos ao longo das regiões de influência direta dos pólos caracterizadamente metropolitanos e dos que se conotam como capitais regionais’. Emplasa, 1994, 120 apud SALES 1999:59.
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Construção Civil 5 0,69 17 1,45 19 0,33 60 0,60
Agropecuária 208 28,65 362 30,81 1.380 23,98 2.215 22
Serviços 165 22,73 261 22,21 1.730 30,06 3.140 31,17
Indústria 67 9,23 60 5,11 1.437 24,98 2.227 22,11
Total 726 100 1.175 100 5754 100 10.072 100
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego, 2010. Disponível em www.seade.gov.br, acessado em 15/09/2011.
Outra atividade significativa que vem se destacando no município é o “turismo ecológico”, com
a exploração do potencial turístico do patrimônio natural - áreas de Preservação Ambiental, cachoeiras,
represa - e grande número de sítios de recreio. O município recebe cerca de 35 mil pessoas durante os
finais de semana atraídas por estas atrações.
Além da Rodovia Municipal Bunjiro Nakao (SP 250) que fornece o principal acesso à Rodovia
Raposo Tavares, conectando-o também à Sorocaba e outras cidades importantes da região oeste do
Estado de São Paulo - como Assis e Presidente Prudente. A Figura 2.1 permite visualizar a localização do
município em relação a duas importantes regiões metropolitanas do Estado — Regiões Metropolitanas
de São Paulo e Campinas — e sua conexão com estas através da malha rodoviária principal.
Figura 2.1: Inserção Regional de Ibiúna
Fonte: Departamento de Estradas de Rodagem - Mapa Rodoviário do Estado de São Paulo, 2008; Instituto Geográfico e Cartográfico - Divisão Municipal do Estado de São Paulo, 2002. Imagem: Google Earth, 2010. Elaboração: Integra Sociedade Cooperativa, 2011.
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● Região Administrativa de Sorocaba – RAS
Como dito anteriormente, Ibiúna junto a outros 78 municípios integram a Região
Administrativa de Sorocaba10. A RAS ocupa uma área de 40.880 km², o que representa cerca de 16,5%
do território do Estado de São Paulo. Em 2010, sua população alcançou a marca de 2.807.090
habitantes, o que corresponde a 5,8% da população estadual, apresentando uma densidade de 69
habitantes por km². (SEADE, 2010)
A taxa geométrica de crescimento anual da população da RAS foi a mais elevada do Estado:
sendo de 1,30% ao ano no período de 2000 a 2010. Entretanto, o Município de Ibiúna apresentou uma
taxa de 1,03% ao ano, menor que a média do Estado de São Paulo que alcançou 1,1% ao ano nesse
mesmo período.
A figura a seguir localiza Ibiúna na Região Administrativa de Sorocaba e apresenta o perfil dos
municípios segundo as atividades econômicas predominantes em relação ao PIB, em 2003.
Figura 2.2: Região Administrativa de Sorocaba e perfil dos municípios segundo as atividades
econômicas, 2003
Fonte: Fundação Seade, 2010. Elaboração: Integra Sociedade Cooperativa, 2011.
10
Estes municípios estão distribuídos em cinco regiões de governo: Avaré, Botucatu, Itapetininga, Itapeva e Sorocaba. Fonte: (Governo do Estado de São Paulo – Secretaria de Economia e Planejamento. Perfil Regional - Região Administrativa de Sorocaba. São Paulo: 2009).
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Assim como Ibiúna, 44 dos 79 municípios destacam-se economicamente pela predominância
das atividades agropecuárias e agroterciárias. Já as atividades industriais existentes na RAS estão
concentradas, sobretudo, nos municípios localizados na sua porção nordeste, próximos à Sorocaba
(único município que abriga o setor de indústrias complexas).
Com relação ao Produto Interno Bruto (PIB), nota-se que em Ibiúna, em 2008, foram
produzidos um total de R$ 591,75 milhões, cerca de 0,05% do PIB do Estado de São Paulo, e 2,04% do
PIB da Região Administrativa de Sorocaba. A tabela 2.3 abaixo, mostra a participação da RMSP, RMC,
RAC e RAS e de Ibiúna no PIB do Estado.
Tabela 2.4: Comparativo do Produto Interno Bruto entre as Regiões Metropolitanas de São Paulo e
Campinas, RAS e Ibiúna
Ano PIB
(milhões de R$) PIB per Capita
(em R$) Participação no PIB do
Estado
Região Metropolitana de São Paulo – RMSP
2008 572.250,78 29.172,57 57,05%
Região Metropolitana de Campinas – RMC
2008 77.755,76 28.453,37 7,75%
Região Administrativa de Campinas
2008 153.002,01 24.923,04 15,25%
Região Administrativa de Sorocaba
2008 48.051,21 17.307,93 4,80%
Município de Ibiúna 2008 591,75 8.810,29 0,05%
Fonte: Fundação Seade - Informações dos Municípios Paulistas — IMP, 2008.
Devido ao fato de grande parte dos municípios da RAS conservarem as características rurais,
existe dentro da RAS um importante deslocamento da população para trabalho e acesso ao comércio,
serviços, educação e saúde. Todavia, este movimento, é moderado se comparado aos das regiões
metropolitanas de São Paulo, Campinas e Baixada Santista.
O Gráfico 2.1 a seguir demonstra a distribuição da população empregada, que mora e trabalha
no mesmo município e que mora e trabalha em municípios diferentes, conforme dados de 2006.
Observa-se que, nas regiões metropolitanas em questão, os deslocamentos diários são maiores que o
dobro dos deslocamentos verificados na Região Administrativa de Sorocaba, no entanto, em todas elas a
porcentagem de deslocamento para outro município não supera aquelas pessoas que moram e
trabalham na mesma cidade.
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Gráfico 2.1: Movimento Pendular: comparativo entre a Região Administrativa de Sorocaba e regiões
metropolitanas do Estado de São Paulo, 2006
Fonte: Casa Civil; Fundação Seade. Pesquisa de Condições de Vida – PCV, 2006. Elaboração: Integra Sociedade Cooperativa, 2011.
A respeito da taxa de urbanização, a Região Administrativa de Sorocaba apresenta uma das
mais baixas do Estado (86,26% em 2010), no entanto observou-se nas últimas décadas, tendências de
crescimento (tabela 2.5).
A tabela a seguir apresenta os dados relativos à densidade demográfica e taxa de urbanização,
comparada a Região Metropolitana de São Paulo, a Região Administrativa de Sorocaba e o Município de
Ibiúna. Cabe destacar que em relação à densidade demográfica o município de Ibiúna é equivalente à
densidade demográfica na RAS, já quanto às taxas de urbanização Ibiúna apresenta um índice bem mais
baixo que o índice apontado na RAS, o que reafirma suas características rurais de ocupação do
território.
Tabela 2.5: Densidade Demográfica e Taxa de Urbanização: comparativo entre RMSP, Região
Administrativa de Sorocaba e município de Ibiúna
Ano RMSP Região Administrativa
de Sorocaba Ibiúna
Densidade Demográfica (hab./km2)
1990 1.899,56 47,82 44,03
2000 2.247,36 60,27 60,6
2010 2.474,24 68,52 67,16
Taxa de Urbanização (%)
1990 97,74 79,13 38,18
2000 95,75 83,54 33,17
2010 98,77 86,26 35,03
Fonte: Informações dos Municípios Paulistas – IMP - Fundação Seade (Acessado em maio de 2011).
● Região de Governo de Sorocaba
A Região Administrativa de Sorocaba é formada por cinco Regiões de Governo11, sendo uma
delas a Região de Governo de Sorocaba, que, por sua vez, é formada pelos municípios de Araçoiaba da
11
As Regiões de Governos ou Microrregiões são previstas pela Constituição Federal de 1988, definidas como formadas por um agrupamento de municípios limítrofes, com finalidade de organização, planejamento e execução das funções públicas de interesse comum. O uso prático foi dado pelo IBGE que para fins estatísticos e com base em similaridades econômicas e sociais divide os diversos estados da federação em microrregiões. Essas são subdivisões das mesorregiões ou regiões administrativas.
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Serra, Ibiúna, Salto de Pirapora, São Roque, Itu, Tapiraí, Piedade, Tietê, Pilar do Sul, Porto Feliz, Iperó,
Mairinque, Sorocaba, Votorantim, Alumínio e Araçariguama.
Das 63 Regiões de Governo em que o Estado de São Paulo está dividido, a de Sorocaba é a quarta maior
região em termos populacionais, com 1.495.640 habitantes – estando atrás somente das Regiões de
Governo de São Paulo (20.141.759 habitantes), Campinas (3.017.435 habitantes), e Santos (1.709.686
habitantes) (Fundação SEADE, 2010).
A seguir na tabela 2.5 são apresentados os dados referentes ao número de favelas e
loteamentos clandestinos dos municípios que compõem a Região de Governo de Sorocaba. Estes dados
mostram que, à época, Ibiúna possuía apenas 2 favelas em seu território e 45 loteamentos
clandestinos12, o que representava 26,31% dos loteamentos clandestinos da RG de Sorocaba.
Tabela 2.6: Assentamentos irregulares na Região de Governo de Sorocaba - 1993
Município (1) Número de
Favelas Número de Unidades
habitacionais Número de Loteamentos
Clandestinos
Araçoiaba da Serra 1 60 8
Ibiúna 2 112 45
Iperó 1 32 1
Itu 2 15 14
Mairinque 0 0 22
Piedade 1 28 10
Pilar do Sul 0 0 1
Porto Feliz 0 0 0
Salto 12 1.190 0
Salto do Pirapora 2 30 5
São Roque 0 0 40
Sorocaba 41 2.414 3
Tapiraí 0 0 13
Tietê 0 0 0
Votorantim 5 220 9
Total da Região 67 4.091 171
Fonte: NEPO, Universidade de Campinas, 1993. Elaboração: Integra Sociedade Cooperativa, 2011.
Quanto aos dados relativos ao Déficit Habitacional Básico13, formulados pela Fundação João
Pinheiro a partir das informações do Censo 2000, a Região de Governo de Sorocaba apresentava
naquele ano um déficit de cerca de 25 mil domicílios, sendo 1.685 deles em Ibiúna. Este número
representa aproximadamente pouco mais de 6% do déficit encontrado na Região de Governo à qual o
Município faz parte naquele ano
12
Incluindo loteamentos de alta, média e baixa renda. neste Diagnóstico trataremos apenas dos assentamentos que configuram interesse social. 13
O DHB, conceito desenvolvido pela FJP, refere-se à somatória das informações do Censo Demográfico 2000 do IBGE, quanto às situações de coabitação familiar, domicílios improvisados e domicílios rústicos. Essa metodologia e conceitos serão apresentados neste Diagnóstico detalhadamente no Capítulo 4.
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2.3 Contexto Intraurbano
● Divisão Regional
Devido à grande extensão do território, (mais de mil km²), a municipalidade adotou uma divisão
territorial composta de 5 regiões: central, norte, sul, leste e oeste, que pode ser observada na figura 2.3
O município é composto por 93 bairros, além do Parque Estadual do Jurupará. O Jurupará possui uma
extensão de 234 km², equivalente a 22% da área total de Ibiúna.
Do total da extensão territorial, cerca de 62% (588,85 km²) é classificada como APA (Área de
Proteção Ambiental) Itupararanga, criada pela lei estadual n° 11.579 de 2 de dezembro de 2003. Esta
grande Área de Proteção Ambiental abrange também os municípios vizinhos, São Roque, Mairinque,
Vargem Grande Paulista, Cotia, Alumínio e Votorantim. Esta APA tem a intenção de proteger a bacia
hidrográfica que abastece o reservatório do Itupararanga, responsável pela geração de energia e
abastecimento de 63% da região.
A região central, sede do município, é composta por 20 bairros14, mantém e constitui-se no
principal perímetro urbano do município. No seu entorno, estão delimitadas duas áreas de expansão
urbana, e uma área com destinação industrial, de acordo com o Macrozoneamento do Município.
A região norte é formada por 13 bairros15, dentre os quais, três são condomínios. Pela
proximidade à represa Itupararanga, são comuns as chácaras de recreio, de médio e alto padrão. Tal
localização também confere à Ibiúna um grande potencial turístico.
A grande maioria dos bairros da região sul16, estão dentro do Parque Jurupará e são áreas
turísticas. Segunda a Prefeitura, há registros de ocupações irregulares nestas áreas.
A região leste com 24 bairros é a que contém mais bairros no município17, juntamente com a
região oeste composta por 16 bairros18, ambas são caracterizadas pela concentração de áreas de
produção hortifrutigranjeira.
14
Areia Vermelha, Bairro do Rio de Una, Campo Verde, Campim Azedo, CDHU (Santa Lúcia), Curral, Figueira, Gemima, Lageadinho, laval, Manoel Clemente, Olinto, Paes, Pintos, Puris, Residencial Europa, Residencial Ibiúna, Rosarial, São Judas Tadeu, Vista Linda 15
Antilhas, Cachoeira, Cocais, Colégio, Dois Córregos, Godinhos, Paiol Pequeno, Paruru, Piratuba, Porto, Ressaca, veleiros, Votorantim 16
Cachoeira da Fumaça, Campestre, Capela Azul, Capela Santa Catarina, Carmiranga, Cemitério dos Tuins, Colina, Colônia Perazei, Itaguapeva, Juquiá, Juquiá Grande, Lodo, Lúcio, Oito e Meio, Onze e Meio, Quarto e Meio, Rio Bonito, Usina 17
Alves, Boava, Cachoeira II, Carmo Messias, Coelhos, Cristiano Pedroso, Domingues, Gatos (Morro Grande), Grilos, Guarinos, Lageadinho, Laranjeiras, Paiol Grande, Pocinho, Recreio, Ribeiros, Rodrigues, Sara Sara, Sorocabuçu (Gabriel), Sorocamirim, Terra Boa (Paulos), Tibúrcio, Verava, Veravinha. 18
Bairro do Salto, Cláudio, Cupim, Dias, Feital, Lageado, Murundu, Piai, Piai de Baixo (Santa Maria), Piai de Cima, Recanto Primavera, Saltinho, São Sebastião, Tavares, Vargem do Salto, Vieirinha.
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Figura 2.3: Mapa de Divisa Regional de Ibiúna
Fonte: Prefeitura Municipal de Ibiúna, 2006 Elaboração: Integra Sociedade Cooperativa, 2011.
O Diagnóstico realizado para a elaboração do Plano Diretor do Município, em 2006, caracteriza
as cinco regiões no que diz respeito à infraestrutura básica, saúde, educação, equipamentos de esporte
e lazer, segurança, entre outros. Esta caracterização tomou como base o resultado de pesquisa aplicada
em 60 escolas do município. A partir de tal pesquisa, puderam ser constatadas as principais deficiências
do município de Ibiúna enfrenta, e como estas necessidades estão distribuídas dentro de cada região.
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Gráfico 2.2: Demandas do Município por Região Região Sul
46%
17%
6%
9%
10%
3%8%
1%
Infraestrutura
Saúde
Educação
Esporte/ Lazer
Segurança
Meio Ambiente
Social/ Cultural
Emprego e Renda
39%
23%
22%
3%
4%1%
8%
0%
Infraestrutura
Saúde
Educação
Esporte/ lazer
Segurança
Meio Ambiente
Social/ Cultural
Emprego e Renda
Região Leste Região Oeste
42%
11%
18%
8%
9%
2%8%
2%
Infraestrutura
Saúde
Educação
Esporte/ lazer
Segurança
Meio Ambiente
Social/ Cultural
Emprego e Renda
42%
14%
10%
9%
8%
4% 11%
2%
Infraestrutura
Saúde
Educação
Esporte/ lazer
Segurança
Meio Ambiente
Social/ Cultural
Emprego e Renda
Região Central Região Norte
44%
16%
12%
8%
9%
2%8%
1%
Infraestrutura
Saúde
Educação
Esporte/ lazer
Segurança
Meio Ambiente
Social/ Cultural
Emprego e Renda
46%
17%
6%
9%
10%
3%8%
1%
Infraestrutura
Saúde
Educação
Esporte/ Lazer
Segurança
Meio Ambiente
Social/ Cultural
Emprego e Renda
Fonte: Caderno de Caracterização - Plano Diretor de Ibiúna, 2006.
Os Gráficos apresentados acima apontam que o maior problema que o Município enfrenta é a
falta de infraestrutura - como esgoto, água encanada, energia elétrica, iluminação pública,
pavimentação - recorrente em todas as regiões, em um percentual em torno dos 40%. Pode-se ser
notado, através das informações cedidas pela prefeitura e da vistoria realizada, que esta deficiência
permanece predominante até os dias de hoje.
A carência de equipamentos de saúde é outra questão importante, aparecendo em segundo
lugar nas regiões norte, sul, oeste e central. Outro índice expressivo apontado pelos gráficos 2.2 que
pode ser notado em todas as regiões foi o da demanda por educação - através da pesquisa pode ser
constatado que esta demanda aponta para a necessidade de melhorias nas escolas existentes (como
ampliações, reformas, equipamentos, etc.), e não para a necessidade de novas unidades.
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A demanda social/cultural que se resume no programa escola da família, programa bolsa
escola, igreja, comércio, serviços e comunidade, demonstrou um nível médio de 8 a 9% da demanda, em
todas as regiões da cidade, bem como, a demanda por Esporte/ Lazer (áreas de lazer, centro esportivo,
etc...) e a demanda por segurança (policiamento e posto policial), que também apontam índices médios
de 8 a 9% em todas as regiões exceto na região sul.
As necessidades relacionadas ao meio ambiente e ao emprego e renda apresentaram os
menores índices em todo o Município, com uma média de 2% da demanda total. Abaixo gráfico com os
comparativos da demanda por região.
Gráfico 2.3: Comparativo das demandas do Município por região.
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
Norte
Sul
Leste
Oeste
Central
Fonte: Caderno de Caracterização - Plano Diretor de Ibiúna, 2006.
Embora realizada em 2006, consideramos que esta pesquisa ainda reflita a realidade do
município.
● Características de ocupação
Ibiúna possui o distrito de Paruru (criado pela Lei nº 401/1997), localizado à 17 km da sede. Seu
perímetro atual foi incorporado à área de expansão urbana delimitada pelo Plano Diretor em 2006.
Além dos loteamentos próximos à sede, existe no município aquilo que é classificado pelo PDDI
como “núcleos urbanos isolados”. São núcleos urbanos dispersos no território, que apesar de
apresentarem algumas características urbanas (concentração de imóveis, presença de comércio e
serviços públicos urbanos, por ex.), possuem um parcelamento com grandes lotes – característicos da
área rural, e, na sua maioria, não são dotados de infraestrutura básica completa. Além dos domicílios
permanentes de munícipes, encontram-se nestes núcleos algumas chácaras de recreio.
Outro forte traço da ocupação do município são os loteamentos irregulares e clandestinos que
são a maioria no município. A irregularidade fundiária no município não se restringe apenas aos
assentamentos de baixa renda. Também é considerável o montante de loteamentos clandestinos para a
média e alta renda, inclusive em terras griladas.
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● Espacialização da renda no município
A seguir, foi elaborada uma seqüência de mapas que possibilita analisar a tendência de
concentração espacial da população residente segundo seus rendimentos no território do município. A
figura 2.4 demonstra o número de pessoas residentes por setor censitário do município. Podemos
observar uma concentração ao sul da sede e no distrito de Paruru.
Os mapas seguintes apontam a porcentagem de chefes de famílias por faixa de renda (até 3
s.m., de 3 a 5 s.m. e acima de 20 s.m. respectivamente) distribuídos por setor censitário, possibilitando
uma análise da espacialização por faixa de renda, possibilitando a identificação das áreas mais
vulneráveis.
A figura 2.5 mostra a concentração (acima de 60%) dos chefes de família sem rendimentos e
com rendimento de até 3 salários mínimos no distrito do Paruru e em setores a leste e oeste da área
definida como urbana (da sede).
A figura 2.6 mostra a concentração de 26 a 30% dos chefes de família com rendimentos entre 3
e 5 salários mínimos bem a norte do município.
Os chefes de família rendimentos acima de 20 salários mínimos (5% deste universo) estão
concentrados na sede e áreas próximas a região central – figura 2.7.
Figura 2.4: Pessoas residentes por setor censitário – 2000
Fonte: IBGE – Resultados do Censo Demográfico 2000 – Estatcart. Elaboração: Integra Sociedade Cooperativa, 2011.
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Figura 2.5: Distribuição territorial pela faixa de renda dos responsáveis pela família no Município de Ibiúna (sem rendimento até 3 salários mínimos) – 2000
Fonte: IBGE – Resultados do Censo Demográfico 2000 – Estatcart. Elaboração: Integra Sociedade Cooperativa, 2011.
Figura 2.6: Distribuição territorial pela faixa de renda dos responsáveis pela família no Município de
Ibiúna (de 3 a 5 salários mínimos) – 2000
Fonte: IBGE – Resultados do Censo Demográfico 2000 — Estatcart. Elaboração: Integra Sociedade Cooperativa, 2011.
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Figura 2.7: Distribuição territorial pela faixa de renda dos responsáveis pela família no Município de Ibiúna (acima de 20 salários mínimos) – 2000
Fonte: IBGE – Resultados do Censo Demográfico 2000 — Estatcart. Elaboração: Integra Sociedade Cooperativa, 2011.
● Rendimento das famílias residentes
Quanto ao rendimento nominal mensal, dados do IBGE 2000 detectam 75% das famílias
residentes em domicílios particulares em Ibiúna possuem uma renda de até 3 salários mínimos. As
demais famílias dividem-se em 20% com renda de 3 a 10 salários mínimos, e apenas 5% acima de 10
salários mínimos, como pode ser observado na tabela 2.8.
Tabela 2.7: Famílias residentes em domicílios particulares, por classe de rendimento nominal mensal
familiar - 2000
Classes de rendimento nominal mensal da pessoa responsável pela família
Absoluto Percentual
Até 3 salários mínimos 22.897 75%
Mais de 3 a 10 salários mínimos 5.966 20%
Mais de 10 salários mínimos 1.585 5%
Total 30.448 100%
Fonte: IBGE – Censo Demográfico 2000. SIDRA, disponível no site: http://www.sidra.ibge.gov.br acessado em janeiro 2011 (Tabela 2456).
● Índice Paulista de Vulnerabilidade Social
Outra forma de mapear a questão socioeconômica no município de Ibiúna é através da
observação do Índice Paulista de Vulnerabilidade Social19 para o município. Segundo o IPVS, o grupo 1
representa nenhuma vulnerabilidade social variando até o grupo 6, de muito alta vulnerabilidade.
19
Índice Paulista de Vulnerabilidade Social, indicador que permite uma visão mais detalhada das condições de vida do município, com a identificação e a localização espacial das áreas que abrigam os segmentos populacionais mais vulneráveis à pobreza. Fonte: IBGE. Censo Demográfico 2000; Fundação SEADE – disponível em www.seade.gov.br.
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No gráfico 2.2, que segue, é possível visualizar a porcentagem dos diferentes grupos de
vulnerabilidade social em Ibiúna, e compará-los com os índices apresentados pelo Estado de São Paulo.
Um dado crítico é o fato de o Município de Ibiúna apresentava em 2000 uma parcela mínima da
população (0,4%) fora de qualquer risco de vulnerabilidade, muito abaixo do que era percebido para o
Estado de São Paulo (6,9%). No entanto, mais crítico é a diferença que se nota entre o índice estadual e
o municipal no grupo 5, de alta vulnerabilidade, o Estado possui 17,6% de sua população em tal situação
e Ibiúna, 66,1% - quase quatro vezes maior. O índice do grupo 6, que apresenta vulnerabilidade muito
alta, assim como o grupo 5, é maior que o do estado e também maior que os grupos 2 (muito baixa), 3
(baixa) e 4 (média), o que denota uma situação de vulnerabilidade predominante no município.
Somados os índices dos grupos 5 e 6, observa-se que 80,2% do município encontra-se em situação de
alta ou muito alta vulnerabilidade.
Gráfico 2.4: População, segundo Grupos IPVS, Ibiúna e o Estado de São Paulo
6,9
23,3 22,2 20,2 17,6
9,8
0,45,3 5,4
8,6
66,1
14,1
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
1- Nenhuma Vulnerabilidade
2- Muito Baixa 3- Baixa 4- Média 5- Alta 6- Muito Alta
Em %
Estado Ibiúna
Fonte: IBGE. Censo Demográfico 2000; Fundação SEADE — www.seade.gov.br
O Censo IBGE 2010 aponta no Município de Ibiúna, a existência de um 34.118 domicílios, entre
particulares e coletivos, sendo apenas 54 domicílios coletivos e o restante, 34.064 domicílios
particulares. Quanto à situação dos domicílios particulares permanentes, 14.789 são próprios, 2.459 são
alugados, 4.119 são cedidos e apenas 61 domicílios apresentam outras condições. O Gráfico 2.3
apresenta em percentual cada uma dessas categorias.
Gráfico 2.5: Domicílios em Ibiúna, segundo a condição de ocupação – IBGE, 2000
Próprio
69%
Alugado
12%
Cedido
19%
Outra
condição 0%
Fonte: IBGE Censo Demográfico, 2010. Elaboração: Integra Sociedade Cooperativa, 2011.
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A tipologia dominante entre os domicílios de Ibiúna são casas, sendo muito poucos os casos de
unidades verticalizadas. Isso em parte se deve às limitações urbanísticas que o município impõe,
impedindo e dificultando a construção de edifícios com gabarito superior a quatro pavimentos,
sobretudo às características ainda rurais de ocupação, predominando a baixa densidade.
● Imóveis vazios no município de Ibiúna
Do total de domicílios particulares (34.064), encontravam-se ocupados em 2010, 21.441
domicílios. O restante, cerca de 38%, encontravam-se desocupados e são classificados em três
categorias – fechados, de uso ocasional e vagos. Não foram encontrados domicílios classificados como
fechados. Os de uso ocasional apresentam o maior percentual, com 9.092 domicílios.
Tabela 2.8: Domicílios particulares no município de Ibiúna – 2010
Domicílios Particulares Permanentes20
Ocupados 21.441
Não ocupados fechados -
Não ocupados de uso ocasional 9.092
Não ocupados vagos 3.531
Total 34.064
Fonte: Censo IBGE 2010.
20
Domicílio Particular Permanente é aquele que foi construído para servir exclusivamente à habitação e, na data de referência, tinha a finalidade de servir de moradia a uma ou mais pessoas. São domicílios particulares permanentes: as casas, os apartamentos em edifícios, os apartamentos em apart-hotéis, casas de cômodos, cortiços e cabeças de porco. (Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e IBGE, Conhecimentos Técnicos a serem aplicados no Censo Experimental 2009).
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3. Contexto Habitacional no Município
A atuação pública frente à problemática habitacional no Município de Ibiúna será abordada
neste diagnóstico sob dois aspectos, quais sejam: (i) a promoção habitacional de interesse social, já
realizada e em andamento no município; e (ii) os convênios e ações realizadas e em andamento.
Neste sentido, será apresentado inicialmente um breve histórico da promoção habitacional
pública e privada relacionada à produção de empreendimentos habitacionais e de interesse (itens 3.1 e
3.2).
Na seqüência, será abordada a atuação do poder público no setor, através de ações,
programas e convênios firmados com os demais entes federativos; (itens 3.3, 3.4 e 3.5).
3.1 Promoção Habitacional Pública em Ibiúna
3.1.1 Produção Habitacional Pública Realizada no Município
A produção habitacional pública em Ibiúna registra, até então convênios apenas com o governo
estadual. A partir da década de 1980, o Programa SH do Governo do Estado21, voltado à produção
habitacional, começou a ser implementado, visando atuar frente ao déficit habitacional dos municípios
do estado. Em Ibiúna, a primeira atuação do programa se deu em 1992, quando foi produzido o
empreendimento “Ibiúna A”, com 41 unidades habitacionais. Nos dois anos seguintes, outros dois
empreendimentos foram implantados no mesmo local, na Praça Santa Lucia, denominados pela CDHU
como “Ibiúna A2” e “Ibiúna A3”, com 40 e 125 unidades habitacionais, respectivamente, concluídas em
1994. Juntos estes três empreendimentos compõem o Conjunto Santa Lucia, em uma somatória de 206
unidades habitacionais. Este período de produção foi bastante significativo, considerando os próximos
que se seguiriam.
Mais de uma década depois, em 2006, a produção habitacional foi retomada pela própria
CDHU, através do empreendimento “Ibiúna B”, com 100 unidades habitacionais construídas na
modalidade de autoconstrução. O “Ibíuna B” está localizado no bairro Residencial Europa, e foi
denominado como Conjunto Nossa Senhora de Fátima.
Tabela 3.1: Histórico da Produção Pública de Habitação no Município
Empreendimento Ano Localização Orgão/Convênio Nº U.H.
Ibiúna A 1992
Praça Santa Lucia CDHU
41
Ibiúna A2 1993 40
Ibiúna A3 1994 125
Ibiúna B 2006 Residencial Europa CDHU 100
Total 306
21
Na esfera de atuação do governo estadual, o setor de habitação é tratado no âmbito da Secretaria da Habitação à qual está vinculada a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU), responsável pela promoção de habitação, como agente executor e operador da política habitacional e de desenvolvimento urbano no Estado.
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Fonte: Secretaria de Habitação do Estado de São Paulo, disponível em www.habitacao.sp.gov.br, acesso em agosto de 2011.
3.1.2 Produção Habitacional Pública em Andamento no Município
Atualmente, quase de seis anos após o último empreendimento habitacional construído pela
CDHU, a companhia voltou a produzir habitações no município, através do empreendimento “Ibiúna C”,
que tem previsão de entrega das suas 189 unidades em 2012. Tais unidades estão sendo construídas
pela modalidade de autoconstrução.
O empreendimento “Ibiúna C” está sendo implantado no Bairro Gemima, na Rodovia Ibiúna –
São Roque, km 03 da entrada para Vargem Grande, e será ocupado pelas famílias que serão removidas
do Jardim Nova Ibiúna, além de atender as famílias residentes próximas ao lixão.
Tabela 3.2: Produção Pública de Habitação em andamento no Município
Empreendimento Ano Localização Orgão/Convênio Nº U.H.
Ibiúna C 2012 Bairro Gemima CDHU 189
Fonte: Secretaria de Habitação do Estado de São Paulo, disponível em www.habitacao.sp.gov.br, acesso em agosto de 2011.
A partir da análise das tabelas 3.1 e 3.2, é possível observar que a atuação do Governo
Estadual, representa 100% da produção pública habitacional já realizada no município. Neste sentido,
cabe à Política Habitacional Municipal promover o incremento dos convênios e parcerias com os demais
entes federados, bem como, passar a atuar também como agente promotor.
Gráfico 3.1: Histórico da Produção Pública de Habitação no Município
Fonte: Secretaria de Habitação do Estado de São Paulo, disponível em www.habitacao.sp.gov.br, acesso em agosto de 2011.
O gráfico demonstra que a atuação do Governo do Estado pela CDHU na produção habitacional
no município teve uma queda de cerca de 50% na década de 2000 em relação a década de 1990. Nesta
década que se inicia já se percebe uma retomada dessa situação com o início das obras do
empreendimento habitacional “Ibiúna C”.
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É interessante que haja no município uma ampliação das modalidades de atendimento, que
devem ser voltadas não só para a produção de novas unidades, mas também para a promoção de lotes
urbanizados e lotes com embrião, por exemplo, diversificando o atendimento habitacional.
3.1.3 Promoção Habitacional Privada em Ibiúna
● Programa Minha Casa Minha Vida – PMCMV
O Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV) do Governo Federal foi lançado em março de
2009 pela Lei 11.977/09 e foi alterado em junho de 2011 pela Lei 12.424/11, e tem como finalidade criar
mecanismos de incentivo a produção e à aquisição de novas unidades habitacionais pelas famílias com
renda limitada até dez salários mínimos. São agentes envolvidos: o poder público local (Prefeitura
Municipal Ibiúna), a Caixa Econômica Federal e Empreendedores Privados interessados.
O Município aderiu ao Programa do Governo Federal Minha Casa Minha Vida em 30 de junho
de 2009 e pouco depois iniciou sua implementação. Conforme informação no Jornal Imprensa Oficial, de
17 de julho de 2009, o cadastramento da demanda para o PMCMV foi iniciado em agosto do mesmo
ano, e, de acordo com a Prefeitura, foram registrados 3.656 cadastros.
De acordo com a PMI, existem dois convênios no âmbito do PMCMV. Um firmado e outro
previsto, deles já esta em andamento, e atenderá famílias de 0 a 3 salários mínimos, no qual serão
produzidas 472 unidades habitacionais do tipo casas sobrepostas no Bairro da Cachoeira. Este
empreendimento será construído sobre a ZEIS-D, criada mela LC n°89 de 25 de agosto de 2011. Até
setembro de 2009, o custo total do projeto era de mais de 21 milhões de reais.
O projeto do PMCMV previsto, trata-se de um empreendimento voltado para famílias com
renda de 3 a 6 salários mínimos, um total de 306 unidades construídas no Bairro Cachoeira. Para a
produção destas unidades foi estabelecido um acordo entre a iniciativa privada e a Prefeitura, onde
seriam reduzidos os valores das taxas a serem pagas pelo empreendedor para baratear a produção.
Tabela 3.3: Empreendimentos em Andamento e Previstos do PMCMV
Empreendimento Situação Rendimento
Das Famílias (SM) Localização Tipo Nº U.H.
- Em aprovação 0 a 3 Bairro da Cachoeira Casas
Sobrepostas 472
Residencial Raízes da Terra
Previsto 3 a 6 Gemima Casas 306
Total 898
Fonte: Prefeitura de Ibiúna, 2011. Elaboração: Integra Sociedade Cooperativa, 2011.
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● Cooperativa Habitacional de Ibiúna (COOPHI)
A Cooperativa Habitacional de Ibiúna (COOPHI) surgiu em 1999, neste mesmo ano, iniciou um
cadastro onde aproximadamente 500 famílias declararam-se demanda por moradias em Ibiúna.
Das 500 famílias cadastradas, 170 delas se declararam-se dispostas a iniciar uma poupança
onde seria depositado R$75,00 todo mês. Em 2004, com o montante poupado até então, a Cooperativa
comprou um terreno no Jardim Gemima para construção de 120 unidades habitacionais que custaria
cerca de R$ 90.000,00 cada.
Após a compra do terreno, a Prefeitura declarou o mesmo de interesse social, para fins de
implantação de projeto popular habitacional por meio da lei 986/2004.
Tabela 3.4: Produção Habitacional de Cooperativa no Município
Empreendimento Ano
início Rendimento das famílias (S.M.)
Localização Orgão/Convênio Tipo Nº U.H.
Esperança 01 2004 3 a 10 Jd. Gemima Cooperativa Habitacional
- 120
Fonte: Prefeitura de Ibiúna, 2011.
3.1.4 Programas de Melhoria de Infraestrutura Urbana no Município
No âmbito de melhorias urbanas, alguns convênios foram firmados entre a Prefeitura e o
Governo Federal através do Ministério das Cidades − Programa de Infraestrutura Urbana22.
Entre a Prefeitura e o Governo Federal foram estabelecidos quatro convênios desde 2005, –
dentre eles: pavimentação asfáltica, drenagem e implantações e melhoria de infraestrutura. Estas ações
estiveram concentradas em duas áreas no município: O Bairro Vista Linda onde foi feita a pavimentação
asfáltica em 2006. Um ano depois teve inicio outra ação, esta para que fosse feita a drenagem urbana
da mesma área. Estas ações tiveram duração de 3 anos, de 2006 a 2009 e totalizaram cerca de 660 mil
de reais.
A outra área de concentração das ações é o Gemima, que recebeu melhorias de infraestrutura
por meio de ações do Governo Federal. Nesta área um único convênio tratou da pavimentação asfaltica
e da drenagem urbana, esta ação teve duração de 3 anos (de 2007 a 2010) e cerca de 140 mil reais
investidos.
Outros convênios vêm sendo firmados, estes, entre a Prefeitura de Ibiúna e o Governo do
Estado, via Secretaria da Habitação, convênios para a pavimentação e implantação de infraestrutura,
como, por exemplo, da Estrada Municipal de Ibiúna, Km 300. Esta ação prevê um gasto total de R$ 240
mil reais sendo 16% em contrapartida da Prefeitura (R$ 40.000,00). Outros dois convênios estabelecidos
entre a PMI e o Governo Estadual tratam-se da construção de pontes metálicas que auxiliarão na
travessia dos respectivos rios atendendo aos bairros de baixa renda.
22
O Programas de Infraestrutura Urbana, operado com recursos do Orçamento Geral da União (OGU) através da Caixa, tem como objetivo contribuir para a melhoria da qualidade de vida nas cidades, mediante a reestruturação de sua infraestrutura urbana.
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Atualmente, existe em andamento uma ação de iniciativa exclusiva da Prefeitura Municipal de
Ibiúna que tem como objetivo construir 100 fossas sépticas dentro do Conjunto Ibiúna B. As obras estão
atualmente em andamento, sendo executadas por uma empresa contratada da prefeitura. Cada
unidade teve o custo de R$ 995,65 totalizando R$ 99.565,49.
Tabela 3.5: Ações de Melhoria de Infraestrutura realizadas e em andamento no Município
Linha de Atuação Vigência Localização Órgão
/Convênio Valor total (R$)
Pavimentação Asfaltica e Drenagem Urbana
2007 a 2010 Gemima PMI e Gov.
Federal 138.514,20
Drenagem Urbana 2007 a 2009 Vista Linda PMI e Gov.
Federal 377.153,13
Pavimentação Asfaltica 2006 a 2008 Vista Linda PMI e Gov.
Federal 284.118,90
Implantação ou melhorias de obras de infra estrutura urbana
2005 a 2007 - PMI e Gov.
Federal 148.110,48
Pavimentação Asfaltica 2009 CDHU Santa Lúcia (Rua Pedro Bifano)
Gov. Estadual *
Recapeamento 2011 Rua Julio Del Fabro Gov. Estadual -
Construção de Ponte Metálica
- Vargem do Salto Gov. Estadual -
Construção de Ponte Metálica
- Piaí Gov. Estadual -
Pavimentação Asfaltica - Estrada Municipal de IBN - 300 PMI e Gov.
Estadual 240.000,00
Fossas Sépticas 2011 Residencial Europa
(Ibiúna B) PMI 99.565,49
Total
Fonte: Portal da Transparência do Governo Federal, 2011 e Sec de Convênios da Prefeitura de Ibiúna, 2011. Elaboração: Integra Sociedade Cooperativa, 2011. *O Recurso foi disponibilizado pelo Governo Federal, porém o prazo para sua utilização já expirou, e está sendo renegociado.
3.1.5 Programas de Regularização Fundiária
Em uma parceria com o Governo do Estado de São Paulo, a Prefeitura de Ibíuna firmou em
2009, convênio no Programa Minha Terra. Trata-se de um dos programas estaduais de regularização
fundiária, este operado pela Fundação ITESP (Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo).
Segundo o Instituto, o objetivo deste programa é promover a regularização fundiária de áreas urbanas e
rurais tanto públicas, quanto privadas.
Em Ibiúna, este convênio prevê a disponibilização de recursos humanos e materiais para que
seja feita a atualização cadastral de 800 imóveis inseridos na área urbana do município. O valor do
recurso estimado para este projeto é de 122 mil reais, sendo 56% deste valor em contrapartida da
Prefeitura (R$ 68.956,80). Cabe ao Município, a organização dos recursos humanos e físicos para a
viabilização das ações.
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Tal cadastramento iniciou em março de 2010 e tem previsão de duração de 15 meses, podendo
ser aumentado caso o número de imóveis seja maior do que o esperado. As áreas a serem cadastradas
foram indicadas pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano de Ibiúna, a saber: Vila Lima, Laval I e II e
Bairro do Coto.
Tabela 3.6: Ações de Regularização Fundiária em Andamento no Município
Ação Localização Ano Convênio Número de
Lotes Valor
Cadastramento de Imóveis para Regularização
Vila Lima
2010 a 2011 PMI e ITESP 800 122.135,14 Laval I
Laval II
Bairro do Coto
Total 800
Fonte: ITESP, 2011 e Prefeitura de Ibiúna, 2011. Elaboração: Integra Sociedade Cooperativa, 2011.
3.1.6 Elaboração do Plano de Habitação de Interesse Social
O Governo Federal também promove ações de apoio à elaboração do Plano Local de Habitação
de Interesse Social (PLHIS)23, através da viabilização de recursos financeiros do Fundo Nacional de
Habitação de Interesse Social (FNHIS), para a realização das ações e atividades necessárias à elaboração
do instrumento. O presente Plano Local de Habitação de Interesse Social (PLHIS) está em elaboração,
sendo p presente documento parte deste processo, e sua finalização está prevista para o final de 2011.
Tabela 3.7: Ação de Apoio à Elaboração de Planos Habitacionais de Interesse Social
Ação Data convênio Produto Órgão
/Convênio Valor total (R$)
Apoio à Elaboração de Planos Habitacionais de Interesse Social
Dez/2010 Plano Local de Habitação de
Interesse Social - PLHIS Ministério das
Cidades 85.239,13
Fonte: Portal da Transparência do Governo Federal, 2011 Elaboração: Integra Sociedade Cooperativa, 2011.
“Segundo a PMI, caso as 189 unidades não seja suficientes para o atendimento da totalidade de
famílias será criado um programa de auxilio moradia a esta população.
O local onde atualmente está a ocupação se trata de uma área institucional, nela a Prefeitura
prevê a recuperação ambiental e a criação de um parque.”
23
Instrumento previsto na Lei nº 11.124 e Resoluções nº. 2 e 7, do Conselho Gestor do FNHIS, como requisito para adesão ao SNHIS.
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3.2 Quadro Normativo e Institucional
Para a elaboração do Plano Local de Habitação de Interesse Social de Ibiúna, o conhecimento
das bases normativas e institucionais é fundamental uma vez que permite organizar e estruturar a
política do setor habitacional em consonância com a legislação vigente. A análise desta base permite o
apontamento da necessidade de revisões, complementações e adequações do quadro normativo e
institucional estabelecido no Município, para a plena aplicação da Política Municipal de Habitação.
Trataremos a seguir da análise das legislações urbanísticas municipais e afins, bem como, do
marco institucional do setor habitacional na administração municipal.
3.2.1 Quadro Normativo
Consideramos nesta análise a legislação urbanística municipal vigente, visando apreender quais
as normas, objetivos, diretrizes e instrumentos estão assegurados por lei no que trata da política urbana
municipal, em particular no que diz respeito à habitação de interesse social e à função social da terra e
da propriedade. Cabe também apontar as legislações federais e estaduais que dispõe sobre a questão
habitacional.
As principais políticas públicas urbanas para o Município estão expressas na sua Lei Orgânica e
no seu Plano Diretor, elaborados em 1990 e 2006, respectivamente. Além delas, a análise das leis que
estabelecem programas e políticas municipais de habitação, tais como as que demarcam as Zonas
Especiais de Interesse Social (ZEIS), configuram parte importante deste estudo.
A lei de Uso, Ocupação e Parcelamento do Solo do Município de Ibiúna encontra-se em fase de
elaboração e, durante este período, para fins de aprovação dos parcelamentos, o Município apóia-se na
lei federal nº 6.766/1979, na Lei Orgânica do Município de 1990, no Planejamento Físico do Município
elaborado em 1975 e na lei municipal de Parcelamento do Solo de 1998.
Desta forma, as leis municipais consideradas para a análise aqui desenvolvida são:
Lei Orgânica do Município de Ibiúna, 1990;
Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado, Lei nº 1236/2006;
Planejamento Físico do Município, Lei n° 89/1975;
Lei de Parcelamento do Solo, Lei n° 475/1998 e suas alterações;
Lei de Regularização de Parcelamento do Solo para Fins Urbanos, Lei n° 816/2003;
Lei de Regularização dos loteamentos, Lei n° 464/1998 e suas alterações;
Regularização de Loteamentos de excepcional interesse social, Decreto 753;
Demarcação de imóveis com interesse social, Lei n° 986/2004;
Código de Posturas do Município, Lei Municipal n°72/1966
Código de Obras e Urbanismo nº 08/1970.
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Destacaremos a seguir aspectos relevantes para este Diagnóstico, presentes na legislação
consultada.
● Lei Orgânica do Município (LOM):
A Lei Orgânica do Município de Ibiúna foi elaborada em 1990 e estabelece como competência
do Município “prover tudo quanto diga respeito ao seu peculiar interesse e ao bem estar de sua
população” cabendo-lhe, dentre outras, as atribuições de legislar sobre assunto de interesse local; de
elaborar o Plano Diretor; de dispor sobre a administração, utilização e alienação de bens públicos; e de
planejar o uso e ocupação do solo em seu território. (Art. 8º da LOM)
A LOM estabelece como objetivo da Política Urbana o pleno desenvolvimento das funções
sociais da cidade e garantir o bem estar de seus habitantes, estabelecendo que “a propriedade urbana
cumpre sua função social quando atende a exigência fundamental de ordenação da cidade, expressa no
Plano Diretor” (Art. 162).
A LOM de Ibiúna institui três importantes instrumentos da política urbana são eles: i)
parcelamento ou edificação compulsória; ii) imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana
progressivo no tempo; e iii) desapropriação com pagamento mediante título da dividia pública,
devendo cada instrumento ser regulamentado por lei específica (Art. 163 da LOM).
Com relação à Política de Habitação, a LOM estabelece que compete ao Município “elaborar a política
municipal de habitação, promovendo prioritariamente programas e construções de moradias
populares, garantindo-lhes as condições habitacionais e de infraestrutura urbana que
assegurem um nível compatível com a dignidade da pessoa humana”; “instituir linhas de
financiamento, bem como recursos a fundo perdido, para a habitação popular” e “promover a
captação de recursos, junto a fontes externas, privadas ou governamentais, e gerenciar e
fiscalizar a sua aplicação, no financiamento a habitações populares” (Art. 166 da LOM).
Neste mesmo sentido, o artigo 167 estabelece que o Município apóie soluções alternativas para
a construção de novas unidades habitacionais, tais como por autoconstrução junto às cooperativas
habitacionais ou pelos próprios moradores. Em parágrafo único, a LOM diz que o “Município apoiará o
desenvolvimento de pesquisas de materiais e sistemas construtivos e de padronização de componentes,
visando garantir a finalidade e o barateamento da construção.” (Art. 167 da LOM).
A Lei Orgânica de Ibiúna possui inconsistências quanto às desapropriações: no §3º do artigo
162, a LOM estabelece que as “desapropriações serão feitas com prévia e justa indenização em
dinheiro”, por outro lado, o § 1º do artigo 163, diz que as desapropriações deverão ser pagas mediante
título da dívida pública.
● Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado de Ibiúna (Lei nº 1.236/2006):
O Plano Diretor é instrumento básico e estratégico que reúne princípios e normas que orientam
a ação dos agentes que constituem o espaço urbano. Em Ibiúna o PDDI foi instituído em 2006 e
estabelece as exigências fundamentais de ordenamento da cidade, pautando-se no pleno
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desenvolvimento de suas funções sociais e na garantia do bem estar de seus habitantes, conforme
estabelece a Constituição Federal (Art. 3º - § 2º da Lei 1.236/2006).
Por se tratar de um instrumento relevante no processo de planejamento, os princípios,
diretrizes e prioridades fixadas no PDDI devem ser incorporadas ao Plano Plurianual, as Diretrizes
Orçamentárias e ao Orçamento anual do Município (Art. 3º - § 1º Lei 1.236/2006).
Dos princípios e objetivos
Os princípios do Plano Diretor foram estabelecidos no Artigo 2º e asseguram as funções sociais
do Município. Dentre eles, destacamos: a inclusão social manifestada através da garantia de acesso a
bens, serviços e políticas sociais a todos os munícipes; o direito a terra, a moradia, ao saneamento
ambiental, a infraestrutura urbana, ao transporte, aos serviços públicos e ao lazer; o fomento à
participação popular nos processos de gestão, planejamento e decisão; e a garantia do pleno
cumprimento das funções sociais da propriedade. (Art. 2º da Lei n° 1.236/2006)
Em decorrência dos princípios são estabelecidos treze objetivos gerais do PDDI, dos quais
destacamos: (i)“elevar a qualidade de vida da população, particularmente no que se refere (...) às
condições habitacionais, à infraestrutura, e aos serviços públicos, de forma a promover a inclusão
social”; (ii) “garantir a todos os habitantes do Município a circulação e habitação em áreas livres de
resíduos, de poluição e o uso de espaços abertos e áreas verdes”; (iii) “garantir a justa distribuição dos
benefícios e ônus decorrentes das obras e serviços de infraestrutura urbana”; “racionalizar o uso da
infraestrutura instalada”; (iv) “democratizar o acesso a terra e a habitação, estimulando os mercados
acessíveis às faixas de baixa renda”; e (v) “prevenir e coibir o uso especulativo da terra como reserva de
valor, procurando assegurar o cumprimento da função social da propriedade” (Art. 4º da Lei n°
1.236/2006).
Da função social da propriedade
Ao reconhecer a importância da função social da propriedade na gestão democrática do
Município, o PDDI de Ibiúna dedica um Título do seu texto a este tema onde contempla em um capítulo
a definição do que Município entende por “função social da propriedade” e, em outro, os instrumentos
da gestão urbana e ambiental que legitimam este conceito.
Segundo o Plano Diretor, as funções sociais da cidade são aquelas que asseguram o bem estar
de seus habitantes, o que inclui o acesso às infraestruturas urbanas e à habitação (Art. 6º da Lei n°
1.236/2006). Os Artigos 7º e 8º estabelecem que a propriedade também deva cumprir sua função social
e, para tanto, “deve atender aos critérios de ocupação e uso do solo, às diretrizes de desenvolvimento
do Município no plano territorial e social”.
Tendo em vista o planejamento, controle, gestão e promoção do desenvolvimento urbano, o
Artigo 9º institui uma série de instrumentos da política urbana que estão previstos na Lei Federal
n°10.257 /2001 – Estatuto da Cidade. A tabela 3.8 a seguir lista esses instrumentos e indica aqueles que
foram instituídos pelo PDDI e ainda necessitam ser regulamentadas por lei específica.
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O Plano Diretor instituiu uma série de instrumentos importantes para a política urbana no
Município, no entanto, sua real aplicabilidade, alguns instrumentos necessitam de leis específicas que os
regulamentem como, por exemplo, o Parcelamento, edificação ou utilização compulsória e o IPTU
progressivo.
Tabela 3.8: Instrumentos do Estatuto da Cidade Instituídos no Município
Realidade Municipal
Instrumento Instituído
pelo PDDI
Necessidade de regulamentação específica para
aplicabilidade Parâmetros necessários
Parcelamento, edificação ou utilização compulsório
Sim Sim Delimitação das áreas de incidência do instrumento
IPTU - Progressivo no Tempo Sim Sim Definição da majoração da alíquota
Desapropriação com pagamentos em títulos da dívida pública
Sim - -
Concessão de direito real de uso Sim - -
Concessão de uso especial para fins de moradia
Sim - -
Usucapião especial de imóvel urbano
Sim - -
Direito de superfície Sim - -
Direito de preempção Sim Sim Delimitação da área de incidência do instrumento e o prazo de vigência
Transferência do direito de construir
Sim Sim Delimitar área de incidência do instrumento e áreas onde este pode ser exercido
Outorga onerosa Sim Sim Delimitação da área de incidência do instrumento
Operação urbana consorciada Sim Sim Definição das áreas a passíveis, programa básico de ocupação
Consórcio Imobiliário Sim Sim Demarcação das áreas e estabelecimento de parâmetros
Estudo de impacto de vizinhança*
Sim Sim Definição dos empreendimentos, atividades e áreas
Zona Especial de Interesse Social
Sim Sim para a ZEIS 3,
Demarcação das áreas, estabelecimento de parâmetros de ocupação e elaboração de plano de urbanização das áreas
Fonte: Estatuto da Cidade, 2001; Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado de Ibiúna, 2006; PMI Elaboração: Integra Sociedade Cooperativa, 2011
Da regularização urbanística e fundiária
O PDDI define como objetivos da Regularização Fundiária no Município: (i) “coibir o surgimento
de assentamentos irregulares, implantando sistema eficaz de fiscalização e definir as condições e
parâmetros para regularizar os assentamentos consolidados, incorporando-os à estrutura urbana,
respeitado o interesse público e o meio ambiente”; (ii) rever a prática de construção e uso irregular das
edificações simplificando a legislação e implantando sistema eficaz de fiscalização (Art. 27 da Lei nº
1.236/2006).
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Como diretrizes para a Política de Regularização Fundiária, são estabelecidas: (i) “promover a
regularização fundiária e urbanística dos assentamentos habitacionais (Zonas Especiais de Interesse
Social 1 (ZEIS1 e ZEIS 2), garantindo acesso ao transporte coletivo, e aos demais serviços e
equipamentos públicos; (ii) criar espaços públicos em áreas de urbanização precária; (iii) revisar a
legislação de parcelamento, uso e ocupação do solo, considerando as condições ambientais, capacidade
da infra-estrutura, circulação e transporte coletivo, incorporando os instrumentos previstos na Lei
Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001 – Estatuto da Cidade, de modo a assegurar a função social da
propriedade urbana; (iv) criar e manter sistema de informações georreferenciados, com dados sobre
parcelamento, uso do solo e edificações para subsidiar a gestão do uso e ocupação do solo. (Art. 28 da
Lei nº 1.236/2006).
São definidas como ações da Política de Regularização Fundiária: (i) desenvolver e implementar
Planos de Urbanização em Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS); (ii) melhorar a qualidade e eficácia
dos elementos de identificação dos logradouros e a orientação para sua acessibilidade por veículos e
pedestres; (iii) promover a regularização dos loteamentos irregulares impondo contrapartidas como: a
instalação de infra-estrutura nas Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS), implantação de áreas
públicas em locais carentes de equipamentos e áreas de lazer ou compensações ambientais e
urbanísticas. (Art. 29 da Lei nº 1.236/2006).
Das zonas especiais de interesse social - ZEIS
O Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado de Ibiúna cria as Zonas Especiais de Interesse
Social (ZEIS) para a promoção da regularização fundiária do município, as quais são classificadas em três
tipos:
“(i) ZEIS tipo 1 - correspondem ao estoque de terra para implantar programas habitacionais
populares;
(ii) ZEIS tipo 2 – são aquelas ocupadas por assentamentos tipo favelas, as quais podem ser
urbanizadas ou devem ser removidas. Tem como objetivo garantir a urbanização de áreas
invadidas, garantindo a população residente a urbanização ou a moradia em outro local;
(iii) ZEIS do tipo 3 – são aquelas ocupadas por loteamentos clandestinos, as quais não possuem
infra-estrutura e que o loteador tem por obrigação de executar de acordo com Lei vigente.”
(Art. 31 da Lei nº 1.236/2006).
São definidas três ZEIS1 – Z1A, Z1B E Z1C -, demarcadas no Mapa 4 do Plano. ZEIS que, por
definição, tratam-se de áreas vazias para estoque de terras. No entanto, por ser bastante amplos estes
perímetros, contém também assentamentos no seu interior. São áreas demarcadas próximas à área
urbana, localizadas nas macrozonas de consolidação e expansão urbana. (Art. 32 da Lei nº 1.236/2006).
A Lei Complementar nº 89 de 2011, inclui como ZEIS 1 uma área no Bairro Cachoeira (Z1D) para
recebimento de Empreendimento de Habitação de Interesse Social, viabilizado a partir do Programa
Minha Casa Minha Vida.
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O PDDI define ainda áreas de ZEIS 3, indicando – ainda que sem demarcar no mapa ou definir
perímetros – as localidades conhecidas como: Goes, Jardim Gemima, Parque da Figueira, Rosarial, Vila
Pitico, Capim Azedo, Furnas I e Furnas II, de acordo com o Decreto Municipal nº. 753/2001. Este
Decreto será comentado no decorrer deste item, no entanto, note que tratam-se apenas de oito das
quatorze áreas definidas por este como de interesse social. (Art. 33 da Lei nº 1.236/2006).
Para as ações de regularização fundiária e implantação de melhorias nestas áreas o Plano
Diretor de Desenvolvimento Estratégico define que “cabe ao Executivo garantir assessoria técnica,
urbanística, jurídica e social à população, indivíduos, entidades, grupos comunitários e movimentos na
área de Habitação de Interesse Social, buscando promover inclusão social, jurídica, ambiental e
urbanística da população de baixa renda à Cidade, na garantia da moradia digna, particularmente nas
ações visando à regularização fundiária e qualificação dos assentamentos existentes” (Art. 34 da Lei nº
1.236/2006).
Da estrutura do ordenamento territorial
Para efeito de planejamento municipal, o Plano Diretor de Ibiúna divide o Município em cinco
regiões as quais, deverão elaborar de forma participativa seus respectivos Planos Regionais. A
elaboração destes planos visa um maior entendimento das necessidades específicas de cada região e
sua elaboração deverá contar com a orientação e apoio técnico das secretarias municipais (Art. 36 da Lei
n° 1.236/2006). É importante pontuar que a elaboração destes planos é fundamental para a que as
ações do poder público sejam condizentes com a realidade do Município e, quando realizados, suas
diretrizes e ações relevantes para a habitação, deverão ser pautadas pelo PLHIS.
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Figura 3.1: Mapa das regiões do Município de Ibiúna
Fonte: Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado de Ibiúna, 2006 Elaboração: Integra Sociedade Cooperativa, 2011
Para o ordenamento territorial, o PDDI divide o município em quatro Macrozonas: Macrozonas
de Destinação Urbana (MDU), Macrozona de Destinação Rural (MDR), Macrozona de Interesse
Ambiental (MIA) e Macrozona de Destinação Industrial (MDI) demarcadas no mapa a seguir:
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Figura 3.2: Macrozoneamento do Município de Ibiúna
Fonte: Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado de Ibiúna, 2006 Elaboração: Integra Sociedade Cooperativa, 2011
Para orientar o desenvolvimento urbano e a aplicação dos instrumentos urbanísticos e jurídicos
de maneira adequada ao grau de consolidação da Macrozona de Destinação Urbana, o PDDI a divide o
território municipal em duas zonas distintas, demarcadas no Mapa 2.3.
Ao demarcar estas zonas, o PDDI objetiva fomentar o melhor aproveitamento da infraestrutura
existente, estimular a produção de habitação de interesse social e das atividades de comércio e serviços.
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Para tanto, há a indicação de que se aplique prioritariamente nestas zonas os instrumentos urbanísticos
e jurídicos previstos no Estatuo da Cidade, dentre eles as Zonas Especiais de Interesse Social, ZEIS.
Figura 3.3: Destinação Urbana do Município
Fonte: Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado de Ibiúna, 2006 Elaboração: Integra Sociedade Cooperativa, 2011
Para o Uso e Ocupação do Solo, o Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado define o
coeficiente de aproveitamento básico (equivalente a dois), coeficiente de aproveitamento máximo
(equivalente a quatro) e a taxa de ocupação (equivalente a 70%). O Plano Diretor prevê que as demais
condições de uso e ocupação do solo serão definidas através de Lei de Uso, Ocupação e Parcelamento
do Solo que atualmente encontra-se em fase de elaboração. Até a aprovação desta lei, o Município
apóia-se nos parâmetros instituídos pela Lei Municipal n° 89/1975.
Para o Parcelamento do Solo, o PDDI não menciona a lei municipal n° 816/2003 que trata deste
tema. Para este fim, o Artigo 69 do PDDI diz que o Município aplicará os parâmetros estabelecidos na Lei
Federal 6.766/197924, tais como o lote mínimo e faixa não edificável, tanto nas margens dos leitos e
superfícies hídricas, quanto nas faixas de domínio público das rodovias e ferrovias.
O Artigo 74 diz que o Município deverá criar o Núcleo Interdisciplinar de Análise de Projetos de
Urbanização (NIAPU) que, quando criado, será responsável pela elaboração de uma série de diretrizes e
parâmetros que irão balizar a aprovação dos projetos de urbanização.
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A Lei Federal 6.766 de 19 de dezembro de 1979 dispõe sobre o Parcelamento do Solo Urbano e dá outras Providências.
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Das Políticas Setoriais
Para as Políticas Setoriais do Município, o PDDI fixa uma série de objetivos, diretrizes e ações
dentre as quais, destacaremos aqui aquelas relevantes ao tema da Habitação.
Para a Política de Áreas Públicas, o Plano Diretor fixa alguns objetivos dentre os quais
destacamos o de “planejar a implantação dos equipamentos sociais de acordo com a demanda atual e
projetada e com a infraestrutura, o acesso, o transporte e demais critérios pertinentes;” e “otimizar o
uso das áreas públicas para cumprimento das funções sociais da cidade” (Art. 77 da Lei n° 1.236/2006).
Dentre as ações previstas para esse setor, destacamos a criação de um cadastro Geral das Áreas Públicas
vinculado ao Sistema de Informações Georreferenciadas do Município (Art. 79 da Lei n° 1.236/2006)
Para a Política de Urbanização, o Plano Diretor fixa os seguintes objetivos: “promover a
distribuição de usos na área já urbanizada, dotada de serviços, infraestrutura e equipamentos, (...)
otimizando os investimentos coletivos, reduzindo os custos do Município”; “urbanizar, requalificar e
regularizar favelas e loteamentos irregulares visando sua integração nos diferentes bairros” e “evitar a
expulsão de moradores de baixa renda das áreas consolidadas da cidade, providas de serviços e
infraestrutura urbana” (Art. 82 da Lei n° 1.236/2006). O PDDI também define como diretriz para a
Política de Urbanização a criação e a constante atualização de um Sistema de Informações
Georreferenciadas que contemple os dados sobre o parcelamento, uso do solo e das edificações.
Quando criado, o SIG irá subsidiar não só a gestão do uso e ocupação do solo, como também as demais
políticas setoriais do município (Art. 83 da Lei n° 1.236/2006).
Para a Política de Recursos Hídricos, o PDDI estabelece como ação a criação de um instrumento
legal específico para regularização de loteamentos clandestinos ou irregulares, localizados em áreas de
mananciais que preveja mecanismos que, quando criado, seria aplicado aos loteamentos que não
cumprirem as exigências estabelecidas para estas áreas (Art. 92 da Lei n° 1.236/2006).
Para a Política da Rede Hídrica do Município, o Plano Diretor institui através do Artigo 122, o
‘Programa de Recuperação Ambiental dos Cursos D’Água e Fundos de Vale’, sob a coordenação do
executivo e com a participação da sociedade civil. Dentre os objetivos fixados para este programa
destacamos a garantia de construções de habitações de interesse social para a população removida para
fins de preservação dos recursos hídricos; e a mobilização dos moradores envolvidos em cada projeto de
modo a obter sua participação e identificar suas necessidades e anseios quanto às características físicas
e estéticas do seu bairro de moradia (Art. 123 da Lei n° 1.236/2006).
Para a Política de Habitação, o Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado fixa como objetivo
único garantir o direito de moradia com instalações sanitárias adequadas, com condições de
habitabilidade e atendidas por serviços públicos essenciais, entre eles: água, esgoto, energia elétrica,
iluminação pública e coleta de lixo a todos os munícipes (Art. 102 da Lei n° 1.236/2006).
O PDDI ainda estabelece as diretrizes para a Política de Habitação, as quais serão endossadas
por este PLHIS, das quais destacamos:
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“II - Coibir novas ocupações por assentamentos habitacionais inadequados nas áreas de
preservação ambiental e de mananciais, nas de uso comum do povo e nas áreas de risco, oferecendo
alternativas habitacionais em locais apropriados e a destinação adequada a essas áreas;”
“III - Criar condições para a participação da iniciativa privada na produção de habitação para a
população de renda baixa e média;”
“IV - Garantir programas habitacionais com atividades conjuntas de proteção ao meio ambiente
e de educação ambiental, de modo a assegurar a preservação das áreas de mananciais e a não-
ocupação das áreas de risco e dos espaços destinados a bens de uso comum da população, através de
parcerias de órgãos de governo e organizações não governamentais;”
“V - Priorizar nos programas habitacionais coordenados ou financiados pelo Município o
atendimento à população de baixa renda residente em imóveis ou áreas insalubres e de risco;”
“VII - Estimular às alternativas de associação ou cooperação entre moradores para a efetivação
de programas habitacionais;
(Art. 103 da Lei n° 1.236/2006)
Orientado por tais diretrizes, o Plano Diretor também define algumas ações, dentre elas: i)
”buscar programas de construção de habitações para a população de baixa renda”; ii) “consolidar o
Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação”; iii) “prover a regularização física e
fundiárias de assentamentos já consolidados e das unidades construídas”; e iv) “prover serviços de
assessoria urbanística técnica e jurídica gratuita a indivíduos, entidades, grupos comunitários e
movimentos na área de habitação de interesse social” (Art. 104 da Lei n° 1.236/2006).
O Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado de Ibiúna também prevê a elaboração
participativa do Plano Municipal de Habitação e indica algumas considerações. Dentre elas destacamos:
o Diagnóstico das condições de moradia do Município; a definição das metas para o atendimento da
demanda; e a integração entre os três níveis de governo (Art. 104 da Lei n° 1.236/2006).
Dentre as ações específicas estabelecidas para o Programa de Pavimentação, dentre elas
estão: o Desenvolvimento de Programas de Pavimentação nas ZEIS; e a implementação de Programas de
Pavimentação que priorize as vias de transporte público, áreas de produção, os Projetos Especiais e os
Conjuntos Habitacionais (Art. 118 da Lei n° 1.236/2006).
Dentre as ações fixadas para a Política de Desenvolvimento Econômico, destacamos: o
investimento em infraestrutura, especialmente nos setores de habitação, do turismo e da indústria e
agricultura; e o incentivo à construção de moradias e demais melhoramentos no próprio local onde
reside o agricultor, em consonância com o que diz a LOM de Ibiúna (Art. 131 da Lei n° 1.236/2006).
O Artigo 152 do Plano Diretor de Ibiúna estabelece que as Secretarias envolvidas na
implementação das políticas sociais devem elaborar seus planos e metas setoriais com a participação
ativa da sociedade civil.
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Das ações para a Política de Promoção Social, destacamos o de “realizar o atendimento social à
população vitimada por situações de emergência ou de calamidade pública, em ação conjunta com a
defesa civil;” (Art. 161 da Lei n° 1.236/2006).
Embora o Plano Diretor vigente esteja em consonância com as políticas praticadas pelas demais
esferas de governo, e institua uma série de instrumentos que avançam e dão corpo à política urbana do
Município, sua plena aplicabilidade depende da regulamentação de um número significativo de
instrumentos e elaboração de leis já previstas em seu texto, dentre elas destacamos a redação e
instituição da Lei de Uso e Ocupação e Parcelamento do Solo e a regulamentação, por lei especifica, dos
instrumentos do Estatuto das Cidades indicados na tabela.
● Legislação sobre uso, ocupação e parcelamento do solo (LUOPS):
No Município de Ibiúna há quatro leis em vigência que dispõe sobre o parcelamento, uso e
ocupação do solo (Lei Municipal n°89/1975, Lei Municipal n° 464/1998 e Lei Municipal n°475/1998 e Lei
Municipal n° 816/2003) que em alguns momentos se sobrepõe, convergem e divergem nas suas
disposições, por vezes sim outras não considerando o estabelecido nas anteriores sem expressamente
revogá-las ou endossá-las. Para fins de planejamento e aprovação de empreendimentos, a PMI faz uso
destas quatro leis, bem como da Lei Federal n° 6.766/1979.
Destacaremos aqui algumas destas disposições que regulam o uso, parcelamento e a ocupação
do solo no Município.
A Lei n° 89 de 1975 é uma delas e dispõe sobre as “normas técnicas e jurídicas pra o
planejamento físico do Município e das suas possibilidades de uso e ocupação do solo. Nesta lei, o
Município é dividido em seis zonas, quais sejam: residencial, comercial, mista, industrial, rural e
exclusivamente paisagística recreativa. As zonas se diferenciam não só pelo uso do solo predominante,
mas também pelos índices de densidade demográfica, de ocupação do terreno e de recuos.
Com parâmetros diferenciados de ocupação, essa lei permite que habitações sejam construídas
nas zonas residencial, comercial, mista e rural. Dentre os parâmetros urbanísticos colocados à habitação
nas diferentes zonas, destacamos os índices de densidade e a taxa de ocupação do terreno permitida
em cada área. Na Zona Residencial, por exemplo, a densidade demográfica máxima para habitação é de
400 habitantes por hectare e a taxa de ocupação máxima do terreno é de 60%, enquanto na Zona Rural,
a densidade demográfica é de 50 habitantes por hectare e a taxa de ocupação máxima é de 20% (Arts.
16, 17, 19 e 21, da Lei n° 89 de 1975)
Esta mesma lei define conjuntos residenciais como sendo um “agrupamento formado por duas
ou mais unidades habitacionais em um mesmo lote ou em lotes reunidos conformando um terreno
contínuo”. Para estes conjuntos, esta lei define parâmetros para a construção em que destacamos que a
construção de conjuntos com mais de três unidades habitacionais só será permitida em zonas
predominantemente residenciais ou em áreas rurais (Art. 60 n° 89 de 1975).
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A lei também define parâmetros para a construção de casas geminadas (Art. 62) e superpostas
(Art. 63), tais como testada mínima e recuos. Cabe notar que a lei de 1975 não traz nenhuma
consideração especifica com relação aos loteamentos ou conjuntos residenciais de interesse social.
A Lei Municipal n° 475/1998 por sua vez divide Município de Ibiúna em três Zonas (Art. 2º) –
Zona Urbana, Zona de Expansão Urbana e Zona Rural – e fixa que os parcelamentos para fins urbanos
serão permitidos apenas nas Zonas Urbana e de Expansão Urbana (Art. 2º e 4º da Lei n° 475/1998).
Esta lei também define os parâmetros que inviabilizam o parcelamento do solo nas zonas
permitidas como, por exemplo, em terrenos cuja declividade seja superior a 30%; ou em áreas de
preservação ecológica. (Art. 4º parágrafo único).
No que se refere aos lotes urbanos, esta lei traz considerações importantes quanto ao seu
dimensionamento mínimo - área mínima de 250 m² e frente mínima de 10m - e aos critérios de
ocupação - recuos mínimos frontais, laterais e de fundos (Art. 52 da Lei n° 518/1998 que a altera). Para a
Zona Rural do Município, a lei permite lotes com área mínima de 1.000 m² e com testada mínima de
20m (Art. 56 da Lei n° 475/1998).
Dentre as alterações conferidas para a Lei Municipal n° 475/1998, destacamos aquela que, fixa
parâmetros específicos para parcelamentos de interesse social. Segundo a Lei n° 914/2004, os lotes
implantados em zona urbana declarada por lei específica como de interesse social, poderão ter área
mínima de 125m² e frente mínima de 5 m².
Regularização de Parcelamentos
A Lei Municipal n°464/1998 dispões sobre a regularização dos loteamentos irregulares no
Município e recebeu algumas alterações pelas leis municipais nº 472/1998, 491/1999 e 660/2001 e suas
determinações tomam como base a Lei Federal nº 6.766/1979 e a lei Municipal nº475/1998.
Estabelece que somente os loteamentos irregulares localizados nas zonas urbanas, de
expressão urbana do Município e nas zonas de urbanização específica poderão ser regularizados (Art. 2º
da Lei n° 491/1999).
Ainda para os loteamentos de interesse social, a lei fixa alguns parâmetros para a sua
regularização tais como a porcentagem exigida para o sistema viário, áreas públicas, verdes e
institucionais nos loteamentos (que, com exceção das áreas inferiores a 20.000 m², devem atender ao
mínimo exigido pelas demais leis municipais sem, no entanto, exceder 35% do loteamento); e largura
dos mínima dos viários para circulação local ( 14 m) e de circulação de pedestres (4m). (Art. 5º da Lei n°
491/1999).
A Lei Municipal n° 816/2003 e suas posteriores alterações fixam critérios para a aprovação de
parcelamentos urbanos irregulares ou clandestinos implantados no Município de Ibiúna, desde que
estes estejam localizados nas zonas urbanas, de expansão urbana ou de urbanização específica do
Município; que, segundo a Lei Federal 6.766/1979, sejam aptas à urbanização (Art. 1º e 3º da Lei n°
DD ii aaggnnóó ss tt ii cc oo ddoo SSee tt oo rr HHaabb ii tt aa cc ii oonnaa ll -- PP LLHH IISS ddee II bb ii úúnnaa 51
816/2003); e que seja comprovada, por laudo técnico, a irreversibilidade total ou parcial do loteamento
implantado (Art. 5º, da Lei n° 475/1998). Este laudo deverá contemplar um diagnóstico do parcelamento
e uma proposta técnica e urbanística para a sua regularização acordadas à Norma Técnica Especial25
conforme consta no Artigo 13 desta Lei.
Dentre as condições técnicas para aprovação dos parcelamentos urbanos presentes na Lei nº
816/2003, está a definição do percentual mínimo de 35% da área do loteamento a ser destinada à
somatória do sistema viário, das áreas verdes e institucionais; as áreas “non aedificandi”; e, por fim, a
largura mínima do viário para veículos de 6m e de 4m para pedestres (Art.21 da Lei n° 816/2003).
Quanto aos parâmetros técnicos e urbanísticos para a regularização específica de interesse
social, a Lei n° 816/2003 pauta-se nos termos da Lei Federal n° 6.766/1979 e suas alterações (Art. 20 da
Lei n° 816/2003).
Outras Normativas e leis de interesse
Demarcação de imóveis com interesse social - Decreto Municipal 753/2001
O Decreto Municipal 753/2001 trata da regularização de loteamentos com excepcional
interesse social, definindo para tal parâmetro para a ocupação dos mesmos. Assim, o Município poderá
realizar as obras e os procedimentos necessários para a regularização desses loteamentos e cobrar do
loteador as despesas despendidas para este fim (Art. 1° da Lei n° 753/2001)
O Decreto entende que a urbanização desses loteamentos assume caráter de urbanização
específica que serão orientadas tanto pelos critérios e percentuais estabelecidos tanto pelo Decreto
Municipal 753/2001, quanto pela Lei Municipal 475/1998 e pela Lei Federal 6.766/1979. A tabela 3.9
localiza esses loteamentos no Município.
Tabela 3.9 Loteamentos de Interesse Social no Município
ID Loteamento Bairro Área (m²) Loteador
1 Recanto das Orquídeas
Capim Azedo 7.200,00 Fauze Tufik Mereb
2 Recanto das Hortências
Capim Azedo 43.095,00 Midor Fujikawa
3 Capim Azedo Capim Azedo 72.000,00 Henri Matarazo/ Mário Bolgioni/ Joaquim Belquior
4 Vila Pitico Vila Pitico 6.000,00 Fauze Tufik Mereb
5 Residencial ibiúna Curral 92.765,00 Ronaldo Fazzio
6 Do Coto Vila Lima 40.000,00 Espólio de Lázaro Gabriel de Lima e Domingas Maria de Jesus
7 Rosarial Machado 64.467,55 Gilson P. Cordeiro
8 Teshirogi centro 12.000,00 Fausto Toyomi Teshirogi
9 Parque da Figueira Figueira 70.000,00 José Rolim de Freitas
10 Jardim Gemima Curral 72.000,00 Clélia Milani Codori
25
A Norma Técnica Especial foi aprovada pelo Decreto Estadual n° 13.069/1978.
DD ii aaggnnóó ss tt ii cc oo ddoo SSee tt oo rr HHaabb ii tt aa cc ii oonnaa ll -- PP LLHH IISS ddee II bb ii úúnnaa 52
11 Goés Rio de Una/
Rosarial 86.433,36 Espólio de Miguel Fabiano de Góes
12 Laval Vila Pitico 12.000,00 Laval Coelho Ramalho/ Antônio Coelho Ramalho
13 Jardim Vista Alegre Lava Pés 48.000,00 Agostinho Rodrigues Marinho/ Izildo Ribeiro da Silva
14 Rada Rod. Bunjiro Nakao,
km 55 1.324.680,00
Rada construções e Empreendimentos Imobiliários, Ltda
Fonte: Decreto n° 753/2001 Elaboração: Integra Sociedade Cooperativa, 2011
Demarcação de imóvel como interesse social - Lei Municipal n° 986/2004
A Lei Municipal n°986/2004 declara os imóvel de propriedade da Cooperativa Habitacional de
Ibiúna (COOPHI) localizados no Bairro do Curral como de interesse social. Por conta desta atribuição, os
imóveis passam a ser regidos pelos parâmetros da Lei Municipal n° 914/2004 que acrescentou
dispositivos legais que tratam especificamente dos imóveis de interesse social na Lei Municipal
n°475/1998.
Código de Posturas - Lei Municipal n°72/66
A Lei Municipal n°72/1966 dispõe sobre o código de posturas do Município e contempla
medidas administrativas em matéria de higiene, ordem pública e o funcionamento dos
estabelecimentos comerciais, industriais estabelecendo as relações entre o poder público local e os
munícipes.
Nesta lei, as disposições para o setor habitacional tratam apenas das questões de higiene e
saneamento das habitações tais como a destinação dos resíduos sólidos e o dimensionamento das
instalações sanitárias proporcional ao número de moradores. Não há nenhuma menção especifica para
as habitações de interesse social.
Código de Obras do Município – Lei Municipal n°08/1970
A Lei Municipal n°08/1970 dispõe sobre o Código de Obras do Município e aplica-se sobre o
zoneamento, a fiscalização dos projetos e execução de todas as obras, sejam elas públicas ou
particulares, bem como, a terrenos vagos situados no município. As propriedades agrícolas que não
forem loteadas estão excluídas desta lei (Art. 1° da Lei n° 08/1970).
As normas impostas por esta lei visam, dentre outras finalidades, regulamentar a densidade das
edificações de modo a permitir o planejamento das ações de melhoria coordenadas pelo poder público
(Art. 2° da Lei n° 08/1970).).
A lei dedica algumas considerações aos edifícios de apartamentos ou de habitação coletiva,
principalmente no que se refere aos materiais construtivos e ao dimensionamento das áreas de serviço
tais como os vestíbulos e armazenamento dos resíduos sólidos (Art. 126). O Código de Obras do
município não tece considerações específicas sobre a habitação de interesse social.
DD ii aaggnnóó ss tt ii cc oo ddoo SSee tt oo rr HHaabb ii tt aa cc ii oonnaa ll -- PP LLHH IISS ddee II bb ii úúnnaa 53
3.2.2 Quadro Institucional
A estrutura institucional de Ibiúna é disciplinada pela Lei Complementar Municipal n° 10/2005 e
suas alterações e tem como objetivo principal “aprimorar os serviços públicos do município” (Art. 2° da
Lei n° 10/2005). Para alcançar este objetivo, a lei define algumas metas que são adotadas pelo poder
público municipal tais como “facilitar e simplificar o acesso dos munícipes aos serviços e equipamentos
municipais” e “promover a integração dos munícipes na vida político-administrativa do município (...)
direcionando de maneira precisa a atuação do poder público” (Art. 3° da Lei n° 10/2005).
Dentre as atividades previstas para a Administração Municipal, destaca-se, o planejamento e
coordenação das ações públicas (Art. 4° da Lei n° 10/2005). Esta lei entende que a atividade de
planejamento é uma ação integrada e que visa promover o “desenvolvimento sócio-econômico do
Município, compreendendo a seleção dos objetivos, diretrizes, programas e os procedimentos para
atingi-los” pautando-se pela realidade local (Art. 5° da Lei n° 10/2005).
A estrutura administrativa da Prefeitura de Ibiúna é composta por três órgãos: Órgão de
assessoria, órgão de deliberação consultiva e órgão de execução. O órgão de assessoria é formado pelo
gabinete do prefeito, pela assessoria do gabinete e pela Consultoria Jurídica. Já o órgão de deliberação
consultiva é formado pelos diversos conselhos municipais dentre os quais destacamos o Conselho de
Habitação; o Conselho de Planejamento e Desenvolvimento Urbano; o Conselho de Promoção e
Assistência Social; e o Conselho do Meio Ambiente. Por fim, o órgão de execução é formado por
diversas Secretarias dentre as quais destacamos a Secretaria de Habitação, a Secretaria de
Desenvolvimento Urbano, Secretaria de Promoção e Assistência Social e Secretaria do Meio Ambiente
(Art. 13 da Lei n° 10/2005).
Todos os órgãos de execução da prefeitura obedecem à seguinte estrutura de subordinação:
em primeiro nível está a Secretaria, seguida da Divisão, do Departamento e, por fim, o Setor (Art. 14 da
Lei n° 10/2005). Dentre os órgãos instituídos, analisaremos as competências das seguintes Secretarias
Municipais: Desenvolvimento Urbano, de Promoção e Assistência Social e a de Habitação.
Para a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, a lei define, entre outras, as
competências de fiscalização dos serviços de iluminação pública, coleta de resíduos sólidos e aterro
sanitário; e promoção da regularização de loteamentos e condomínios implantados no município. Para
esta ultima função, a lei cria a Divisão do Serviço Especial para Regularização de Loteamentos e
Arruamentos (SERLA) de Ibiúna.
Para a Secretaria de Promoção e Assistência Social, a LC n°10/2005 define, dentre outras, as
competências de desenvolver planos e programas destinados à execução de atividades de promoção
humana, e incentivar a ação e participação comunitária e a assistência social. Tendo em vista essas
competências, a lei organiza a secretaria da seguinte forma:
A Lei Complementar n°36/2006 alterou a Lei Complementar n°10/2005, criando a Secretaria
Municipal de Habitação de Ibiúna e atribui a esta pasta as competências de fomentar a aquisição da
casa própria; angariar recursos junto às demais esferas de governo a fim de construir e financiar o
DD ii aaggnnóó ss tt ii cc oo ddoo SSee tt oo rr HHaabb ii tt aa cc ii oonnaa ll -- PP LLHH IISS ddee II bb ii úúnnaa 54
acesso às moradias; fiscalizar os recursos direcionados à habitação no Município; elaborar e gerenciar o
Plano Municipal de Habitação, o Plano de Capacitação e Desenvolvimento Institucional; e, por fim,
quando criado, integrar-se ao Sistema de Monitoramento Integrado do Município para monitoramento
e avaliação do setor habitacional.
Para estas competências, a Secretaria assume a seguinte estrutura:
Figura 3.4 Organograma da Secretaria de Habitação
Elaboração: Integra Sociedade Cooperativa, 2011
A política de Habitação no Município foi estabelecida pela Lei Municipal n° 1425/ 2008 que,
além de fixar objetivos e atribuições à Secretaria, institui o Fundo Municipal de Habitação e o Conselho
Municipal de Habitação.
Dentre os objetivos estabelecidos para a política habitacional, destacamos o de priorizar os
programas e projetos que garantam o acesso à moradia e à melhoria da qualidade de vida da população
de baixa renda, fomentando também a geração de renda; a integração dos projetos habitacionais com
os investimentos direcionados aos serviços urbanos, tais como em saneamento e melhorias do meio
ambiente; e viabilizar um banco de terras para habitação de interesse social (Art. 2° da Lei n° 1425/
2008).
Dentre as atribuições da Secretaria de Habitação, destacamos: elaborar programas e projetos
que estejam acordados à legislação municipal e aos recursos disponíveis no Fundo Municipal de
Habitação; operar conjuntamente ao Conselho Municipal de Habitação, bem como, à Comissão Gestora
do Fundo, no que se refere à alocação dos recursos em programas e projetos habitacionais; e elaborar e
implantar programas em parceria com as entidades comunitárias já existentes, antes, durante e após o
atendimento por programa habitacional (Art. 5º da Lei n° 1425/ 2008).
Uma portaria emitida em setembro de 2011 (portaria nº7867) nomeia representantes de
diferentes secretarias para composição do Grupo de Análise de Empreendimentos, para a análise de
empreendimentos de Interesse Social.
SECRETARIA DE HABITAÇÃO
DIVISÃO DE HABITAÇÃO
DEPARTAMENTO DE HABITAÇÃO
DD ii aaggnnóó ss tt ii cc oo ddoo SSee tt oo rr HHaabb ii tt aa cc ii oonnaa ll -- PP LLHH IISS ddee II bb ii úúnnaa 55
Compõe este grupo representantes do executivo dos setores da habitação, Assistência Social,
Educação, Saúde, Planejamento e Transportes.26
3.2.3 Instrumento da Gestão Participativa
A gestão democrática do Município, por meio do incentivo à participação popular no processo
de decisão, gestão e planejamento, é um dos princípios fundamentais expressos no Plano Diretor da
Estância Turística de Ibiúna (Art. 2° da Lei n° 1.236/2006). Neste cenário, entre os instrumentos
instituídos no Município, destacamos os diversos Conselhos Municipais que garantem e legitimam a
participação efetiva dos diversos atores sociais na elaboração e gestão das políticas públicas.
Dos conselhos, fundos e conferências no Município
O Conselho Municipal de Habitação, conforme dito anteriormente, foi instituído pela Lei
Municipal n° 1425/2008 e define quais são suas competências. Dentre elas, destacamos a de
estabelecer diretrizes e programas para alocação dos recursos destinados ao Fundo Municipal de
Habitação; avaliar os resultados dos programas e projetos aprovados; e definir normas, procedimentos
e condições operacionais para o Fundo Municipal de Habitação (Art. 31 da Lei n° 1.425/2008).
Este Conselho será composto por técnicos e representantes da sociedade civil, nomeados por
decreto municipal e cujo mandato terá validade de dois anos, e terá a seguinte formação:
I – Secretário de Habitação que o presidirá;
II – um representante da Secretaria de Desenvolvimento Urbano;
III – um representante da Secretaria de Rendas Internas;
IV – um representante da Secretaria de Promoção e Assistência Social;
V – um representante da Secretaria de Negócios Jurídicos;
VI – um representante da Secretaria de Obras;
VII – um representante do CREA do Município de Ibiúna;
VIII – dois representantes de Associações Comunitárias e representantes de Bairro;
IX – dois representantes das associações que atuam na área de habitação popular, que estejam
devidamente regulamentadas no Município de Ibiúna;
X – um representante do sindicato de trabalhadores de Ibiúna;
Embora instituído, o Conselho Municipal de Habitação de Ibiúna encontra-se inativo desde sua
criação. A atuação deste Conselho é fundamental para o desenvolvimento pleno da gestão participativa
e democrática da política de habitação no município e vê na elaboração do Plano Local de Habitação de
Interesse Social um momento bastante oportuno para o início de sua efetiva atuação.
26
Tal portaria atende ao previsto na Portaria n°325 de 07 de julho de 2011 do Ministério das Cidades.
DD ii aaggnnóó ss tt ii cc oo ddoo SSee tt oo rr HHaabb ii tt aa cc ii oonnaa ll -- PP LLHH IISS ddee II bb ii úúnnaa 56
Esta mesma lei estabelece o Fundo Municipal de Habitação, com o intuito oferecer suporte
financeiro à Política de Habitação de Ibiúna (Art. 24) e será administrado por uma Comissão Gestora. Os
membros da comissão serão nomeados pelo prefeito pautando-se pela seguinte estruturação:
I – um representante da Secretaria de Habitação;
II – um representante da Secretaria de Rendas Internas;
III – um técnico em contabilidade;
IV – um servidor municipal.
(Art. 25 da Lei n° 1.425/2008)
Quanto à finalidade do Fundo Municipal de Habitação, destacamos o investimento em projetos
e programas habitacionais destinados à população de baixa renda, custeio de desapropriações ou
aquisição de áreas para fins de habitação popular e financiamento de materiais de construção,
ferramentas e insumos necessários para a execução de tais habitações (Art. 27 da Lei n° 1.425/2008).
Por fim, os recursos do fundo serão compostos por, dentre outras fontes, valores consignados
ou dotação orçamentária específica para o fundo; rendas provenientes de aplicação financeira e da
receita advinda das mensalidades pagas pelos inscritos já contemplados, ou em vias de, pelos
programas habitacionais do Município (Art. 28 da Lei n° 1.425/2008). Cabe ressaltar que “todos os
recursos do fundo deverão ser depositados e movimentados em conta especial de poupança aberta em
estabelecimento oficial” (Art. 29 ° 1.425/2008).
A Conferência das Cidades foi criada pelo Ministério das Cidades tendo em vista a consolidação
do modelo participativo e colaborativo entre as diversas instâncias de governo e a sociedade civil na
construção da política urbana. O objetivo principal da Conferência das Cidades é identificar os
problemas específicos de cada município e definir estratégias e propostas que visem a diminuição das
desigualdades sociais nos mesmos.
Atualmente, a Conferência das Cidades é regulamentada pelo Ministério das Cidades, através
da Resolução nº. 04/2006, para a elaboração de diretrizes sobre políticas de desenvolvimento e gestão
urbana nas áreas de habitação, saneamento básico, mobilidade, ocupação e uso do solo e meio
ambiente. É parte integrante da Política Nacional de Desenvolvimento Urbano (PNDU), conforme
determina o Estatuto das Cidades, e possui periodicidade bianual. As Conferências Municipais são uma
etapa preparatória onde os temas e proposições debatidos são levados às Conferências Estadual e
Nacional das Cidades para a construção da Política Nacional de Desenvolvimento Urbano (PNDU), da
qual participam governos e sociedade civil.
A primeira Conferência das Cidades aconteceu em 2003 e, desde então, foram realizadas outras
três conferências nos anos de 2005, 2007 e 2009. Embora configure uma instância importante para a
construção da política urbana, a Prefeitura de Ibiúna ainda não realizou nenhuma Conferência das
Cidades no município.
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O Orçamento Participativo (OP) é um mecanismo de gestão pública em que a elaboração do
orçamento público se submete ao crivo da população diretamente envolvida que, por sua vez, elege
suas principais necessidades. Este mecanismo garante maior aproximação dos cidadãos no
acompanhamento das políticas públicas e atribui uma melhor distribuição dos recursos frente à real
necessidade da população.
O Orçamento Participativo tem como principal objetivo ser um instrumento de democratização
das políticas públicas, assegurando a participação direta da população na definição das prioridades para
os investimentos públicos.
Embora seja um instrumento importante na gestão participativa da política municipal, o
Orçamento Participativo ainda não é realizado no Município.
DD ii aaggnnóó ss tt ii cc oo ddoo SSee tt oo rr HHaabb ii tt aa cc ii oonnaa ll -- PP LLHH IISS ddee II bb ii úúnnaa 58
4. Caracterização das Necessidades Habitacionais no Município
As “necessidades habitacionais” são definidas pela série de situações de déficit habitacional,
que demandam incremento e reposição do estoque de moradias, e o conjunto de domicílios em
situações inadequadas de moradia, que demandam ações de melhorias do ponto de vista urbanístico e
da regularização fundiária, sem carecer da produção de novas unidades27. Serão tratados, no decorrer
deste capítulo, de cada um desses conceitos particularmente.
Consideraremos na caracterização das necessidades habitacionais do Município de Ibiúna,
parte essencial deste diagnóstico, três fontes primárias de dados, estabelecendo relações entre suas
variáveis e apontando possíveis limitações de análise.
As fontes de referência são: (i) Censo Demográfico do IBGE 2000; (ii) Cadastro para o PMCMV;
(iii) Cadastro Único do Município, e (iv) levantamentos e dados das áreas de interesse social fornecidos
pela PMI e sistematizados pela consultoria. O cálculo das necessidades habitacionais e os conceitos
adotados serão considerados com base na metodologia desenvolvida pela Fundação João Pinheiro.
Estas fontes serão apresentadas no seu limite de caracterização do déficit. De modo que apartir
dessa análise inicial das fontes, considerando seu nível de informações e expressão da realidade
habitacional no município, serão utilizados prioritariamente os dados do Cadastro Único Municipal para
a quantificação da necessidade de novas moradias, e o levantamento realizado pela PMI e Consultoria,
que reúne informações mais atuais no que diz respeito às áreas precárias do município para a
quantificação da inadequação habitacional no município.
4.1 Metodologia desenvolvida pela Fundação João Pinheiro
Em 1995, A Fundação João Pinheiro (FJP), desenvolveu metodologia para medir o déficit
habitacional brasileiro28, utilizando-se das informações do Censo IBGE 2000 relativas à habitação para
estabelecer parâmetros de habitabilidade. Essa metodologia representou um marco de referência
nacional sobre o assunto por permitir desagregar os dados sobre a carência de moradia no Brasil.
A utilização dos dados do Censo permitiu à FJP, por um lado, sistematizar informações
habitacionais em escala nacional e, por outro, agregar dados nos níveis municipais, estaduais, e federal.
A FJP diferencia as necessidades habitacionais em dois tipos: (i) Déficit Quantitativo,
constituído por famílias que necessitam de novas habitações; (ii) Inadequação Habitacional, constituído
por domicílios que necessitam de melhorias na habitação e no ambiente e regularização fundiária. Essa
27
Definição adotada pelo Plano Nacional de Habitação – PLANHAB. Ministério das Cidades, PLANHAB - Produto 2, 2008. In: http://www.cidades.gov.br/secretarias-nacionais/secretaria-de-habitacao/planhab/produtos/ produto-2/Capitulo%203.pdf 28
Apresentado no documento ‘Déficit Habitacional no Brasil’ (Belo Horizonte, 1995). Em 2004, a metodologia que vinha sendo aplicado pela Fundação João Pinheiro foi consolidada pela publicação ‘Déficit Habitacional no Brasil – Municípios Selecionados e Microrregiões Geográficas’ (2005); fundamentada no levantamento do Censo Demográfico, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2000.
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diferenciação tornou-se fundamental em definições de encaminhamentos das soluções nas políticas
públicas e é atualmente adotada pelo Ministério das Cidades.
Conforme a FJP/CEI29, estes dois tipos são definidos pelos seguintes componentes:
● Déficit Quantitativo
a. Famílias Conviventes: são constituídas por, no mínimo, duas pessoas ligadas por laço de
parentesco, dependência doméstica ou normas de convivência, e que residem no mesmo
domicílio com outra família denominada principal;
b. Cômodos: domicílios particulares compostos por um ou mais aposentos localizados em casa de
cômodo, cortiço, “cabeça-de-porco”, etc.;
c. Domicílios Improvisados: locais construídos sem fins residenciais e que servem como moradia;
d. Ônus Excessivo com Aluguel: famílias urbanas, com renda familiar de até três salários mínimos e
que despendem mais de 30% de sua renda com aluguel;
e. Domicílios Rústicos: não apresentam paredes de alvenaria ou madeira aparelhada, o que
resulta em desconforto para seus moradores e risco de contaminação por doenças.
● Inadequação Habitacional
a. Adensamento Excessivo: domicílio apresenta um número médio de moradores superior a três
por dormitório;
b. Domicílios sem Banheiro;
c. Inadequação Fundiária Urbana: refere-se aos casos em que pelo menos um dos moradores do
domicílio declara a propriedade da moradia, mas afirma não possuir, total ou parcialmente, o
terreno ou a fração ideal de terreno (no caso de apartamento) em que ela se localiza;
d. Carência de Infraestrutura: domicílios que não dispõem de ao menos um dos seguintes serviços
básicos: iluminação elétrica, rede geral de abastecimento de água com canalização interna,
rede geral de esgotamento sanitário ou fossa séptica e coleta de lixo.
Todavia, a FJP não sistematiza os dados do IBGE para todos os municípios brasileiros, embora
seja grande a sua cobertura. Infelizmente, a Fundação não sistematizou dados habitacionais relativos ao
Município de Ibiúna. Desta forma, este Diagnóstico não apresentará tais dados, no entanto, terá a
metodologia da Fundação – definição e componentes de déficit habitacional - como base para análise
das demais fontes e identificação do déficit no Município.
29
Fundação João Pinheiro Centro de Estatística e Informações, 2005.
DD ii aaggnnóó ss tt ii cc oo ddoo SSee tt oo rr HHaabb ii tt aa cc ii oonnaa ll -- PP LLHH IISS ddee II bb ii úúnnaa 60
4.2 Dados do Censo IBGE para Ibiúna
Para caracterização do déficit habitacional de Ibiúna, iniciamos com a apresentação dos dados
levantados pelo IBGE nos Censos de 2000 e 2010, que caracterizam os domicílios e a população no
Município.
Em 2010, o Censo do IBGE contabilizou uma população residente no município de Ibiúna de
71.217 habitantes. No mesmo ano, foi levantada a existência de 21.441 domicílios particulares
ocupados, de modo que, podemos considerar uma média de 3,32 habitantes por domicílio.
A tabela 4.1 a baixo sistematiza os dados referentes à situação dos domicílios em Ibiúna. Ao
todo, existem 34.118 domicílios – dentre os permanentes e de uso ocasional30 (casas de final de semana
ou veraneio). Quase 25% deste universo (9.011) está localizado na área considerada urbana pelo IBGE, e
75% na área rural (25.107 domicílios). Com relação aos domicílios particulares ocupados31 (nos quais
residem os munícipes), 35% (7.488) está localizado na área urbana e 65% (13.953 domicílios), na área
rural. Com relação aos demais domicílios, aqueles classificados como de uso ocasional (de pessoas não
residentes), a grande maioria (93%) está na área rural, o que reforça o tipo de ocupação de sítios e
chácaras de final de semana. O município apresenta poucos domicílios coletivos32: 54 no total. No
período de recenseamento, 3.351 domicílios encontravam-se vagos33.
Tabela 4.1: Situação dos domicílios em Ibiúna – 2010
Tipo de Domicílio Número
Domicílios Urbanos 9.011
Domicílios Rurais 25.107
Total 34.118
Domicílios Particulares Ocupados Urbanos 7.488
Domicílios Particulares Ocupados Rurais 13.953
Total 21.441
Domicílios Particulares Não Ocupados de Uso Ocasional Urbanos 563
Domicílios Particulares Não Ocupados de Uso Ocasional Rurais 8.529
Domicílios Particulares Não Ocupados Vagos Urbanos 948
Domicílios Particulares Não Ocupados Vagos Rurais 2.583
Total 12.623
Domicílios Coletivos 54
Fonte: Fundação SEADE, 2011 a partir dos dados do Censo IBGE 2010.
30
Domicílio de uso ocasional – “É o domicílio particular permanente que na data de referência servia ocasionalmente de moradia. Ou seja, são aqueles usados para descanso de fins de semana, férias ou outro fim, mesmo que, na data de referência, seus ocupantes ocasionais estivessem presentes.” (IBGE, 2011) 31
Domicílio particular permanente – “É o domicílio construído para servir exclusivamente à habitação e que, na data de referência, tinha a finalidade de servir de moradia a uma ou mais pessoas.” (IBGE, 2011) 32
Domicílio coletivo – “É o domicílio em que a relação entre as pessoas que nele habitam é restrita a normas de subordinação administrativa, como hotéis, pensões, presídios, penitenciárias, quartéis, postos militares, asilos, orfanatos, conventos, hospitais e clínicas (com internação), alojamento de trabalhadores, motéis, campings etc..” (IBGE, 2011) 33
Domicílio vago – “É o domicílio particular permanente que não tinha morador na data de referência, mesmo que, posteriormente, durante o período da coleta, tivesse sido ocupado.” (IBGE, 2011)
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Para a caracterização do município segundo a renda familiar dos habitantes e situação dos
domicílios, utilizaremos dados ainda do Censo 2000, uma vez que os dados completos do Censo 2010
ainda não estão disponíveis.
Analisando a renda familiar dos munícipes - tabela 4.2 -, os dados levantados apontam para
quase 88% das famílias de Ibiúna possuindo renda média na faixa entre 0 e 3 salários mínimos,
enquanto 5,7% se encontravam na faixa de mais de 3 a 5 salários mínimos. Juntas, essas duas faixas de
renda, consideradas críticas, às quais se direcionam os programas sociais, representam 93,68% das
famílias do Município.
As faixas de 5 a 10 salários mínimos e de mais de 10 salários mínimos representam
respectivamente 4,2% e 1,72%, ou seja, juntas representam 5,92% das famílias de Ibiúna. Esses dados
demonstram a grande diferença da distribuição de renda familiar que existe no município, e o quão
numerosa são as famílias de renda inferior a 5 salários mínimos, faixa que costuma apresentar maior
concentração de déficit habitacional.
Tabela 4.2: Famílias residentes por faixa de renda em Ibiúna – 2000
Faixa de renda Nº de famílias Percentual do total de
famílias
0 a 3 salários mínimos 15.776 87,98%
Mais de 3 a 5 salários mínimos 1.015 5,70%
Mais de 5 a 10 salários mínimos 748 4,20%
Mais de 10 salários mínimos 272 1,72%
Fonte: Censo IBGE, 2000.
O IBGE (dados de 2000) também apresenta uma discriminação entre os domicílios conforme a
adequação dos imóveis relacionada ao atendimento por serviços urbanos e infraestrutura, como se
pode observar na tabela 4.3. Segundo o Instituto, 75% daqueles domicílios estão semi-adequados, ou
seja, “domicílios particulares permanentes com pelo menos um serviço inadequado”34 .
Mais especificamente, o IBGE levantou 33,80% dos domicílios sendo atendidos por rede de
água e 14,89% por rede de esgoto ou Pluvial. No entanto, é importante reforçar que os percentuais da
tabela 4.4 referem-se ao universo apenas dos domicílios urbanos.
Tabela 4.3: Domicílios Particulares Permanentes com rendimento por adequação da moradia – 2000
Situação N° de Domicílios
Adequado 1.965
Semi-Adequado 11.831
34
O IBGE considera como “adequado” os “domicílios particulares permanentes com rede geral de abastecimento de água, com rede geral de esgoto ou fossa séptica, coleta de lixo por serviço de limpeza e até 2 moradores por dormitório”; e “inadequado”os “domicílios particulares permanentes com abastecimento de água proveniente de poço ou nascente ou outra forma, sem banheiro e sanitário ou com escoadouro ligado à fossa rudimentar, vala, rio, lago, mar ou outra forma e lixo queimado, enterrado ou jogado em terreno baldio ou logradouro, em rio, lago ou mar ou outro destino e mais de 2 moradores por dormitório.” (IBGE, 2000)
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Inadequado 1.980
Fonte: Censo IBGE, 2000.
Tabela 4.4: Situação dos domicílios em relação aos Serviços Públicos
Serviços N° de Domicílios Porcentagem
Rede Geral de Abastecimento de Água 5.623 33,80%
Rede Geral de Esgoto ou Pluvial 2.477 14,89%
Fossa Séptica 3.546 21,31%
Sem Banheiro 315 1,89%
Coleta de Lixo 9.464 56,88%
Iluminação Elétrica 15.979 96,05%
Fonte: Censo IBGE, 2000.
Com relação à situação da moradia, o Censo do IBGE de 2000 aponta para quase 70% dos
domicílios do município, como sendo próprios, e 25% cedidos.
Tabela 4. 5: Situação da Moradia em Ibiúna – 2000
Condição do Imóvel Domicílios Moradores
Absoluto Percentual Absoluto Percentual
Próprio 11.334 68,13% 43.423 68,99%
Próprio já quitado 10.873 65,35% 41.563 66,04%
Próprio em aquisição 461 2,77% 1.860 2,95%
Alugado 1.075 6,46% 4.084 6,49%
Cedido 4.110 24,70% 15.021 23,87%
Outra Condição 118 0,71% 410 0,65%
Total 16.637 100% 62.938 100%
Fonte: Censo IBGE, 2000.
A análise do Cadastro Único do Município no item 4.4 trará dados mais recentes com relação a
estas situações.
4.3 Necessidades Habitacionais segundo o Cadastro Único do Município
O Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), regulamentado em nível nacional pelo
Decreto n° 6.135, de 26 de junho de 2007, é instrumento de identificação e caracterização
socioeconômica das famílias brasileiras de baixa renda. É utilizado, obrigatoriamente, para seleção de
beneficiários e para integração de programas sociais do Governo Federal. (Art. 2° do Decreto
6.135/2007).
O CadÚnico é constituído por sua base de dados, instrumentos, procedimentos e sistemas
eletrônicos, e sua base de informações pode ser usada pelos governos municipais, estaduais e federal
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para obter o diagnóstico socioeconômico das famílias cadastradas, auxiliando o poder público na
formulação e gestão de políticas voltadas a esta população.
Podem ser cadastradas as famílias com renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa
(per capita) (Art. 4° do Decreto 6.135/2007). Famílias com renda superior a esse critério poderão ser
incluídas no CadÚnico, desde que sua inclusão esteja vinculada à seleção ou ao acompanhamento de
programas sociais implementados pela União, estados ou municípios (Art. 6° do Decreto 6.135/2007).
O CadÚnico é atualizado diariamente com inclusões de cadastrados e as informações
constantes têm validade de dois anos contados a partir da data da última atualização, sendo necessária,
após este período, a sua atualização ou revalidação na forma disciplinada pelo Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome (Art. 7° do Decreto 6.135/2007). De modo que, para que
haja consistência nas informações apresentadas em relação ao CadÚnico do Município de Ibiúna, são
utilizados os dados gerados na data de 22/08/2011 e passados à consultoria.
Naquela data, estavam cadastradas no CadÚnico do Município de Ibiúna 5.935 famílias. Dentre
estas, 21 famílias possuem renda maior que 3 salários mínimos. Ou seja, 99,64% dos cadastrados estão
na faixa de renda que demanda atendimento habitacional prioritário por parte do Município – 0 a 3
salários mínimos. Como os dados do CadÚnico referentes à situação dos domicílios, disponibilizados
pela Prefeitura incluem o universo de todos os cadastrados, e levando em conta que apenas 0,35% dos
cadastrados estão acima da faixa de renda de atendimento prioritário, consideraremos aqui os números
totais, para realização das análises referente à situação dos domicílios, tipos de construção e
atendimento por infraestrutura.
Quanto à localização dos domicílios, dos 5.897 cadastros recebidos da Prefeitura de Ibiúna
4.788 deles estão em área rural e os demais 1.109 em área urbana, em uma proporção de 81% para
19%.
Figura 4.1.: Área de Localização dos Domicílios Cadastrados
Tipo de Localidade n° de domicílios
Urbana 1.109
Rural 4.788
Total 5.897
Fonte: Prefeitura de Ibiúna, Secretaria de Promoção e Assistência Social, CadÚnico, acessado em 22/08/2011.
● Necessidades de Novas Moradias
Tomando como base a metodologia desenvolvida pela FJP, analisaremos a situação dos
domicílios cadastrados no CadÚnico com relação à posse dos mesmos. O CadÚnico os caracteriza entre
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próprios, financiados, alugados, improvisados, cedidos e outros. A partir da figura 4.2 que sintetiza estes
dados, observa-se que das 2.773 famílias cadastradas, quase 50%, possuem domicílio próprio ou em
financiamento; a outra parcela de maior porcentagem, 2.476 famílias (42%) residem em imóveis
cedidos.
Figura 4.2.: Situação dos domicílios das famílias cadastradas.
Situação do domicílio n° de domicílios
Próprio/ Financiado 2.773
Cedido 2.476
Alugado 642
Improvisado 35
Invadido 9
Total 5.935
Fonte: Prefeitura de Ibiúna, Secretaria de Promoção e Assistência Social, CadÚnico, acessado em 22/08/2011.
Do total de famílias cadastradas, considerando que se encontram na faixa de atendimento
habitacional de poder do poder público , somente os domicílios próprios e financiados não são
considerados Déficit Quantitativo. Os financiados não são considerados porque após análise do
CadÚnico feita pela consultoria pode-se constatar que, a maioria dos cadastrados com “financiamento”
se tratam de famílias residentes em imóveis do CDHU o que se entende que o valor mensal esteja
dentro das possibilidades de pagamento do cadastrado.
Nesta análise, por tratarem-se de famílias com rendimento de até 3 s.m., na sua maioria, serão
considerados déficit por novas moradias as situações de domicílios cedidos, e improvisados, invadidos e
alugados.
Baseado na metodologia da FJP que define famílias em situação de ônus excessivo com aluguel
como sendo aquelas que, estando dentro da faixa de renda mensal de até 3 s.m. comprometem mais de
30% dos seus rendimentos com o pagamento do aluguel. De modo que, todas as famílias que pagam
aluguel dentro da faixa de rendimento de até 3 s.m. serão consideradas como em situação de ônus
excessivo com aluguel, ou seja as 642 cadastrados.
Portanto, a partir da análise do CadÚnico, 3.162 famílias demandariam novas moradias no
município de Ibiúna –
● Concentração dos Cadastros
Foi feita uma análise quanto à localização de todas as famílias cadastradas no CadÚnico e
destacou-se os 15 bairros com maior número de cadastrados (ver tabela 4.6). Analisada essa localização,
percebeu-se que o bairro do Capim Azedo, com 374 cadastros, é o que apresenta a maior concentração
de famílias, porém, deve ser levado em conta que nele está localizado o Residencial Europa,
empreendimento da CDHU com 100 domicílios o que possivelmente aumenta o número de cadastrados
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na região e confirma a presença de famílias de baixa renda. Em 2° lugar, está o Bairro do Rio de Una
onde existe o CDHU Santa Lucia, empreendimento com 206 unidades habitacionais e muitos
loteamentos identificados como de interesse social pela Prefeitura. Na 3ª posição, está o bairro do
Centro com 288 cadastrados. Com essa análise pode-se notar que os 15 bairros com maior incidência de
cadastros constituem quase 60% dos cadastrados no CadÚnico.
Tabela 4.6.: Classificação dos bairros por quantidade de famílias cadastradas no CadÚnico Municipal
Bairro Cadastrados Bairro Cadastrados
01 Capim Azedo 374 09 Votorantim 199
02 Rio de Una 346 10 Lageadinho 194
03 Centro 288 11 Paruru 188
04 Sorocamirim 280 12 Paiol Pequeno 184
05 Morro Grande 242 13 Verava 170
06 Cupim 235 14 Vargem do Salto 162
07 Piai 220 15 Sorocabuçu 157
08 Ressaca 217
Fonte: Prefeitura de Ibiúna, Secretaria de Promoção e Assistência Social, CadÚnico, acessado em 22/08/2011.
Ao mapearmos estes bairros, é notável que a população de baixa renda está distribuída de
forma relativamente uniforme na parte norte, leste e oeste do território.
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Figura 4.3: Espacialização dos domicílios das famílias cadastradas no CadÚnico do Município
Fonte: Prefeitura de Ibiúna, Secretaria de Promoção e Assistência Social, CadÚnico, acessado em 22/08/2011. Elaboração: Integra Sociedade Cooperativa, 2011.
● Inadequação Habitacional
Os números do CadÚnico municipal, além de fornecer informações para caracterização do
Déficit Habitacional Quantitativo, também fornecem informações referentes à Inadequação
Habitacional no município, com informações referente ao tipo de construção, à infraestrutura disponível
e serviços como a coleta de lixo dos domicílios nos cadastrados.
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A grande maioria, cerca de 94%, dos domicílios são construídos em tijolo/alvenaria - o que não
necessariamente lhes conferem condições mínimas de habitabilidade35. Os outros 6% estão divididos
entre domicílios construídos em madeira ou taipa – situação de maior precariedade – e outras, como
pode ser observado na Figura 4.4 abaixo.
Figura 4.4.: Tipo de construção dos domicílios das famílias cadastradas.
Tipo de construção dos domicílios
n° de domicílios
Tijolo/Alvenaria 5.600
Outros 173
Madeira 118
Taipa Revestida 44
Total 5.935
Fonte: Prefeitura de Ibiúna, Secretaria de Promoção e Assistência Social, CadÚnico, acessado em 22/08/2011.
Para a caracterização da carência de infraestrutura existente do município, foram utilizados
dados extraídos do CadÚnico considerando o atendimento existente nos domicílios cadastrados. A
seguir, apresentaremos um detalhamento destas informações quanto ao abastecimento de água,
esgotamento sanitário, rede elétrica, destinação do lixo e tratamento de água para o conjunto dos
cadastros.
Com respeito ao abastecimento de água, são considerados como carentes aqueles domicílios
que utilizam cisterna, poço e outros, não estando ligados à rede de água. Na figura 4.5 podemos notar
que a maior parte dos domicílios do município utilizam poço para a obtenção de água, (cerca de 57%),
ao passo que 37% dos domicílios possuem este abastecimento por rede pública. Outros tipos de
abastecimento somam um total de 6%.
Figura 4.5.: Tipos de Abastecimento de Água, nos domicílios dos cadastrados.
Tipo de abastecimento de água
n° de domicílios
Poço 3.374
Rede Pública 2.212
Outros 349
Cisterna 0
Total 5.935
Fonte: Prefeitura de Ibiúna, Secretaria de Promoção e Assistência Social, CadÚnico, acessado em 22/08/2011.
35
Como observado nas vistorias realizadas dos assentamentos precários, embora de alvenaria, esta não é rebocada, o que prejudica muito o conforto térmico e a proteção contra umidade dentro da casa.
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Quanto ao esgotamento sanitário, os domicílios que apresentam fossa (rudimentar ou séptica)
e outros são considerados como domicílios com carência desta infraestrutura de esgotamento.
Analisando a Figura 4.6 pode-se notar, somente 15% dos domicílios dos cadastrados estão conectados à
rede pública de esgoto sanitário.
Figura 4.6: Tipos de esgotamento sanitário, nos domicílios dos cadastrados.
Tipo de esgotamento sanitário
n° de domicílios
Fossa Rudimentar 4.507
Rede Pública 868
Fossa séptica 504
Outros 56
Total 5.935
Fonte: Prefeitura de Ibiúna, Secretaria de Promoção e Assistência Social, CadÚnico, acessado em 22/08/2011.
Já nos casos de atendimento da rede elétrica, nota-se que todos os cadastrados são atendidos,
e apesar de existirem formas de medição diferentes nenhuma delas se caracteriza como carência. (ver
Figura 4.7)
Figura 4.7: Tipos de atendimento Rede Elétrica, nos domicílios dos cadastrados.
Tipo de atendimento Rede elétrica
n° de domicílios
Relógio Próprio 4.110
Relógio Comunitário 1.637
Sem Relógio 113
Outros 75
Total 5.935
Fonte: Prefeitura de Ibiúna, Secretaria de Promoção e Assistência Social, CadÚnico, acessado em 22/08/2011.
Com relação à destinação do lixo, são considerados como carentes deste serviço os domicílios
que tem seu lixo queimado, enterrado ou deixado á céu aberto, o que no caso de Ibiúna representam
33% dos domicílios cadastrados. Os demais têm seu lixo coletado.
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Figura 4.8.: Destinação do Lixo, nos domicílios dos cadastrados.
Destinação do lixo n° de domicílios
Coletado 3.947
Queimado 1.530
Outros 320
Enterrado 84
Céu Aberto 54
Total 5.935
Fonte: Prefeitura de Ibiúna, Secretaria de Promoção e Assistência Social, CadÚnico, acessado em 22/08/2011.
O cadastro único também fornece informações sobre o tratamento dado às águas servidas dos
domicílios dos cadastrados. Percebe-se que ao menos 30% deste esgoto não recebe qualquer tipo de
tratamento; 31% é submetido à processo de coloração e 18% de filtração.
Figura 4.9.: Tipo de Tratamento de Água nos domicílios dos cadastrados.
Tipo de tratamento de água n° de domicílios
Cloração 1.821
Sem Tratamento 1.808
Outros 1.236
Filtração 1.070
Total 5.935
Fonte: Prefeitura de Ibiúna, Secretaria de Promoção e Assistência Social, CadÚnico, acessado em 22/08/2011.
São considerados casos de carência de infraestrutura: com respeito ao abastecimento de água,
aqueles domicílios que utilizam cisterna, poço e outros; quanto ao esgotamento sanitário, os domicílios
que apresentam fossa (rudimentar ou séptica) e outros; quanto à destinação do lixo, os domicílios que
tem seu lixo queimado, enterrado ou deixados à céu aberto; no que se refere ao tratamento de água, os
domicílios sem tratamento e outros; já nos casos de atendimento da rede elétrica, nota-se que todos os
cadastrados são atendidos, e apesar de existirem formas de medição diferentes nenhuma delas se
caracteriza como carência
A tabela abaixo sistetiza a carência de infraestrutura nos domicílios dos cadatrados. a
sistematização destas informações.
Tabela 4.7.: Carência de infraestrutura por tipo de rede e serviços existentes nos domicílios dos
cadastrados.
Abastecimento de água
Esgotamento sanitário
Energia Destinação
do lixo Tratamento da água
3.723 5.067 0 1.988 3.044
Fonte: Prefeitura de Ibiúna, Secretaria de Promoção e Assistência Social, CadÚnico, acessado em 22/08/2011.
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Gráfico 4.1.: Situação da Infraestrutura dos domicílios cadastrados
Fonte: Prefeitura de Ibiúna, Secretaria de Promoção e Assistência Social, CadÚnico, acessado em 22/08/2011.
4.4 Cadastro MCMV no Município de Ibiúna
Em 2009, a Prefeitura de Ibiúna realizou cadastro para identificação das famílias interessadas
na aquisição de imóveis produzidos ou financiados a partir do Programa do Governo Federal Minha Casa
Minha Vida (PMCMV). Neste cadastro, poderiam se inscrever famílias com renda mensal entre 1 e 3
salários mínimos. No total, foram cadastros naquela ocasião, 3.656 famílias interessadas na aquisição de
imóveis disponibilizados pelo PMCMV.
Este cadastro foi feito por técnicos da Prefeitura Municipal de Ibiúna. Os interessados deveriam
comparecer pessoalmente à prefeitura (local onde foi realizado o cadastramento) portando alguns
documentos para que o cadastro fosse efetivado - RG, CPF, comprovante de residência e carteira de
trabalho – e para que fosse comprovado o rendimento mensal e posteriormente calculado o valor a ser
pago pela família (não superior a 10% da renda familiar). Para a seleção das famílias, a PMI usaria
informações mais detalhadas já constantes no CadÚnico do Município.
Comparadas ao total de 5.935 famílias cadastradas no CadÚnico, podemos considerar que
cerca de 60% delas teriam condições e estariam interessadas na aquisição de imóveis construídos e/ou
financiados pelo PMCMV.
O cadastro do PMCMV é apresentado neste Diagnóstico a título de informação, no entanto, por
não ser trazer por informações detalhadas, não será considerado como fonte para cálculo do déficit
habitacional no município.
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Abastecimento de Água
Esgotamento Sanitário
Energia
Destinação do Lixo
Tratamento de Água
cadastrados
Existente
Faltante
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4.5 Assentamentos de Interesse Social levantados pela PMSRQ Metodologia para
o levantamento dos núcleos e loteamentos de Interesse Social
O levantamento e a análise dos assentamentos precários do Município de Ibiúna foram feitos
com base nas reuniões realizadas com o núcleo técnico da Prefeitura e vistorias das áreas realizadas em
conjunto – consultoria e PMI.
As reuniões realizadas com o Núcleo Técnico da Prefeitura para identificação dos
assentamentos precários do município contaram com a presença de técnicos das Secretarias da
Habitação, do Meio Ambiente, de Obras, da Assistência Social, da Defesa Civil e do SERLA. Foram
utilizados mapas base do município e fotos aéreas, para a identificação dos assentamentos precários do
município para posterior vistoria por parte da Consultoria e detalhado levantamento.
A análise a seguir apresenta os assentamentos precários demandantes por regularização
fundiária a serem indicados para programas de melhorias para adequação habitacional.
Ocupação do tipo favela
As ocupações incluídas nesta análise são aquelas ocorridas “espontaneamente”, em área
pública ou particular, majoritariamente por população de baixa renda, irregulares e precárias - tanto no
que diz respeito às habitações, quanto à disponibilidade de infraestrutura -, por tanto, considerados de
interesse social.
Loteamentos de Interesse Social
Foram identificados no Município os loteamentos – dentre regulares e irregulares -
considerados pela PMI como sendo de interesse social por se tratarem, majoritariamente, de população
de baixa renda e por possuírem inadequações fundiárias relacionadas à irregularidade jurídica e/ou
carência de infraestrutura.
Núcleos Urbanos Isolados de Interesse Social
O corpo técnico da PMI apontou alguns núcleos de interesse social dispersos no território do
município. Estes núcleos apresentam certas características urbanas - um aglomerado considerável de
residências e algum comércio local – no entanto, estão localizados em regiões afastadas da sede do
Município, em área rural, apresentam irregularidades jurídicas e carência de infraestrutura básica
adequada.
4.3.1 Composição da análise
As informações levantadas sobre cada área, com base em cadastros e conhecimentos dos
técnicos da PMI, foram sistematizados em tabelas, com o conteúdo necessário para a realização da
estimativa do déficit por Inadequação Habitacional no Município. Foram incluídas informações a
respeito da situação de regularidade jurídica; infraestrutura existente; restrição de ocupação; tipo de
intervenção demandante; estimativa do número de domicílios, bem como das remoções necessárias.
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Estas informações foram levantadas em esforço conjunto entre as secretarias anteriormente
citadas, que disponibilizaram à consultoria as informações necessárias a respeito dos núcleos urbanos
isolados, das ocupações do tipo favela e dos loteamentos de interesse social – número de domicílios,
existência de infraestrutura, regularidade jurídica, presença de risco, etc. A consultoria visitou os
núcleos urbanos isolados, bem como as ocupações do tipo favela, a fim de registrar a precariedade de
cada um.
A partir da análise dos assentamentos, foram indicadas as intervenções necessárias em cada
um, com respeito à necessidade de regularidade jurídica e implantação de infraestrutura ou instalações
sanitárias.
Para os assentamentos precários localizados na ZUEMC (Zona Urbana em Consolidação) e ZUC
(Zona Urbana Consolidada), com carência de infraestrutura ou situações de risco, são indicadas
intervenções de urbanização simples ou complexa. Abaixo descrição dos conceitos:
A urbanização viabiliza a consolidação do assentamento com a manutenção total ou parcial da
população no local. Compreende abertura, readequação ou consolidação de sistema viário, implantação
de infraestrutura completa, re-parcelamento do solo (quando couber), regularização fundiária e quando
necessário, a execução de obras de consolidação geotécnica, a construção de equipamentos sociais e a
promoção de melhorias habitacionais.
a) ‘urbanização simples’: Compreende a intervenção em assentamentos que possuem
baixa ou média densidade, traçado regular, não apresentam necessidade de realização de obras
complexas de infraestrutura urbana, consolidação geotécnica e drenagem e apresentam índice baixo de
remoções (até 5%).
b) ‘urbanização complexa’: Compreende a intervenção em assentamentos com alto grau
de densidade, em geral do tipo aglomerado, com alto índice de remoções, que não apresentam traçado
regular e/ou possuem a necessidade de realização de complexas obras geotécnicas ou de drenagem
urbana, como canalização de córregos, contenção de encostas36.
No caso dos assentamentos precários em área com características predominantemente rurais -
localizados na MDR (Macrozona de Destinação Rural), MIA (Macrozona de Interesse Ambiental) e MDU
(Macrozona de Destinação Urbana) - quando presente a carência de infraestrutura, será indicado o
‘Saneamento Rural’37: construção de fossa séptica e sumidouro, ou melhoria dos mesmos quando já
existentes38.
O Plano de Saneamento que esta sendo desenvolvido no município pela PMI, em conjunto com
a SABESP, preverá a instalação de sistemas isolados para a captação de água e tratamento do esgoto
atendendo a alguns núcleos urbanos isolados. Assim que concluído o Plano, estas informações deverão
36
No caso de Ibiúna todos os assentamentos na Zona Urbana em Consolidação ZUC, terão indicação da necessidade de urbanização complexa, por dentre as infraestruturas faltantes incluir-se a drenagem urbana. 37
Nos casos levantados no município de assentamentos de interesse social com características predominantemente rurais o abastecimento por água se dá por rede em alguns casos e na maioria por poços caipiras, por tanto, foi dado encaminhamento apenas a questão do esgotamento sanitário – mais crítica naqueles casos.
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ser incorporadas ao PLHIS, de modo que, por hora em termos de encaminhamento e estimativa de
custos, será indicada a destinação individual.
Os casos de remoção foram estimados com base nas informações fornecidas pelo
Departamento de Defesa Civil da PMI.
4.3.2 Necessidades Habitacionais em assentamentos precários, segundo dados da
Prefeitura Municipal de Ibiúna
A seguir, seguem análises dos assentamentos precários de Ibiúna ─, organizadas entre
‘Ocupações do tipo Favela’, ‘Núcleos Urbanos Isolados’, e ‘Loteamentos’. Todas as informações serão
apresentadas de forma sintética em tabelas. Para os núcleos urbanos isolados, serão apresentadas
breves descrições.
Núcleos Urbanos Isolados
Areia Vermelha
Localizado na Macrozona de Destinação Rural, o
Núcleo Urbano Isolado Areia Vermelha abriga cerca de
150 domicílios, um posto de saúde e uma escola de
ensino fundamental.
De modo geral, as habitações são construídas de
blocos de concreto, têm acesso à rede de energia
elétrica e serviço de coleta de lixo.
A inadequação fundiária se dá pela combinação de
sistemas individuais e precários de captação de água
(poço) e da destinação do esgoto sanitário a fossas
caipiras.
Fonte: Google Earth, 2002
Cachoeira
Fonte: Google Earth, 2007
O Núcleo Urbano Isolado Cachoeira encontra-se
na Estrada da Cachoeira, próximo à represa Ituparanga,
na Zona de Urbanização em Consolidação do município.
São aproximadamente 150 casas dentre as quais
aproximadamente 100 são domicílios permanentes e as
demais habitações são chácaras de recreio.
Este núcleo conta com uma escola de ensino
fundamental, um campo de futebol e uma associação de
bairro.
As habitações apresentam boa qualidade
construtiva e ligação à energia elétrica. O Cachoeira
possui abastecimento de água por poço e escoamento
sanitário em fossa caipira.
DD ii aaggnnóó ss tt ii cc oo ddoo SSee tt oo rr HHaabb ii tt aa cc ii oonnaa ll -- PP LLHH IISS ddee II bb ii úúnnaa 74
Carmo Messias
Fonte: Google Earth, 2009
O núcleo urbano isolado Carmo Messias encontra-
se na Macrozona de Destinação Rural, possui
aproximadamente 150 domicílios. O núcleo apresenta
uma área com ocupação mais concentrada e urbanizada
que abriga o comércio local e os equipamentos de
educação e saúde. Possui também pavimentação e
iluminação nas ruas principais, além de acesso à rede de
água.
A partir deste núcleo mais concentrado, as casas
vão se espraiando e ganhando uma dimensão mais rural
com ruas de terra, sem iluminação pública e com água
captada individualmente por poço.
Tanto na área mais urbanizada quanto na zona
mais rural do núcleo, o esgoto é destinado ás fossas
caipiras.
Cupim
O núcleo urbano isolado do Cupim fica na
Macrozona de Destinação Rural e possui
aproximadamente 150 casas, escola e posto de saúde. A
estrada que estrutura o assentamento é o único viário
pavimentado, as demais ruas são de terras e parte delas
com iluminação pública.
No geral, as habitações, construídas em bloco de
concreto, apresentam boas condições. Todo o núcleo é
abastecido por água de poços individuais e direciona seu
esgoto para fossas caipiras.
Fonte: Google Earth, 2002
Gabriel
O Núcleo urbano isolado Gabriel encontra-se na
Macrozona de Destinação Rural e possui
aproximadamente 200 domicílios construídos no geral
em bloco de concreto, servidas de energia elétrica,
escolas e posto de saúde e, parcialmente atendido pelo
serviço de iluminação pública.
A água é captada por meio d e poço e o esgoto
sanitário é destinado às fossas caipiras.
Quanto à pavimentação, apenas está presente na
rua central.
Fonte: Google Earth, 2002
DD ii aaggnnóó ss tt ii cc oo ddoo SSee tt oo rr HHaabb ii tt aa cc ii oonnaa ll -- PP LLHH IISS ddee II bb ii úúnnaa 75
Góes
O Núcleo Urbano Isolado Góes localiza-se na
Macrozona de Destinação Rural e possui
aproximadamente 50 domicílios em uma ocupação
predominantemente rural. Neste núcleo, não há
atividade comercial, há apenas uma escola de ensino
fundamental e um posto de saúde. As ruas não são
pavimentadas, mas possuem iluminação pública.
Todas as casas captam água de poço, destinam o
esgoto às fossas caipiras e são servidas de energia
elétrica.
Fonte: Google Earth, 2003
Grilos
Fonte: Google Earth, 2009
O Núcleo Urbano Isolado Grilos localiza-se na
Macrozona de Destinação Rural e apresenta uma área
com ocupação mais concentrada onde se localiza uma
pequena igreja local antiga, um pequeno comércio e
algumas moradias.
No entanto, a maior parte das aproximadamente
200 casas encontra-se dispersas na região em lotes
características rurais.
As ruas são de terra e parte delas tem iluminação
pública. A captação de água é feita por poço e o esgoto
sanitário é destinado às fossas caipiras. Todo o núcleo
possui energia elétrica e toda a área está sujeita à
inundação.
Lageado
O Núcleo Urbano Isolado Lageado encontra-se na
Macrozona de Destinação Rural e assumindo
características bastante rurais. Todas as ruas são de
terra, parte delas com iluminação publica. Este núcleo
possui aproximadamente 60 casas, uma igreja e uma
escola de ensino fundamental.
No que se refere às instalações para
abastecimento e esgotamento, todas as casas possuem
poço e fossa caipira. Devido à proximidade com o
córrego a área está sob risco de inundação.
Fonte: Google Earth, 2003
DD ii aaggnnóó ss tt ii cc oo ddoo SSee tt oo rr HHaabb ii tt aa cc ii oonnaa ll -- PP LLHH IISS ddee II bb ii úúnnaa 76
Murundú
Fonte: Google Earth, 2003
O Núcleo Urbano Isolado Murundú encontra-se na
Macrozona de Destinação Rural e abriga dois tipos
distintos de ocupação que somam aproximadamente 80
domicílios e uma escola de ensino fundamental. As duas
ocupações são essencialmente rurais sendo a primeira,
mais ao norte, com famílias de rendimento maior e a
segunda com casas mais simples.
Em ambas ocupações, apenas a rodovia é
pavimentada e possui iluminação pública, todas as casas
tem energia elétrica, são abastecidas de água por meio
de poços e destinam o esgotamento sanitário em fossas
negras.
Paiol Grande
O núcleo Paiol Grande encontra-se na Macrozona
de Destinação Rural. É composto por 70 casas dispostas
de forma mais dispersa. O núcleo não possui
equipamentos de educação e saúde, as ruas não são
pavimentadas e a grande maioria delas não tem
iluminação pública. O acesso à água se dá por meio de
poço e o esgoto sanitário é destinado às fossas caipiras.
A maioria das casas são construídas com blocos de
concreto. Parte da área está sujeita à inundação.
Fonte: Google Earth, 2002
Paiol Pequeno
O Núcleo Urbano Isolado Paiol Pequeno encontra-
se na Zona de Urbanização em Consolidação e possui
aproximadamente 200 casas. Todas as ruas são
pavimentadas e têm iluminação pública. Todas as casas
têm acesso à energia elétrica; utilizam poço individual
para captar água, e fossa caipira para destinação do
esgoto sanitário. O núcleo possui uma escola de ensino
fundamental e um posto de saúde.
Fonte: Google Earth, 2002
DD ii aaggnnóó ss tt ii cc oo ddoo SSee tt oo rr HHaabb ii tt aa cc ii oonnaa ll -- PP LLHH IISS ddee II bb ii úúnnaa 77
Paruru
O distrito Parurú encontra-se na Zona de
Urbanização em Consolidação – 2 é composto de
aproximadamente 700 domicílios. O distrito dispõe de
escolas, posto de saúde, campo de futebol, rede de água
- que atende a todas as unidades habitacionais - e boa
parte das ruas são pavimentadas. As residências
destinam seu esgoto às fossas caipiras e parte em fossas
negras.
Há algumas residências que ocupam área de APP
em trecho próximo ao córrego o que, as coloca em risco
de inundação
Fonte: Google Earth, 2001
Piaí
O Núcleo Urbano Isolado Piaí encontra-se na
Macrozona de Destinação Rural e possui características
bastante agrárias. O núcleo possui escolas de ensino
fundamental e aproximadamente 200 domicílios
construídos em alvenaria ou em bloco de concreto.
No que se refere às instalações, as residências
possuem energia elétrica, captam água de poços
individuais e destinam o esgoto sanitário a fossas
caipiras.
Fonte: Google Earth, 2008
Puris
O Núcleo Urbano Isolado Puris encontra-se na
Macrozona de Destinação Rural e possui
aproximadamente 80 domicílios, abastecidos por
energia elétrica e rede de água, no entanto, destinam
seu esgoto a fossas caipiras. As ruas são parcialmente
pavimentadas e algumas delas têm iluminação pública.
O bairro possui equipamento de educação, mas não
possui de saúde.
Fonte: Google Earth, 2002
DD ii aaggnnóó ss tt ii cc oo ddoo SSee tt oo rr HHaabb ii tt aa cc ii oonnaa ll -- PP LLHH IISS ddee II bb ii úúnnaa 78
Ressaca
O Núcleo Urbano Isolado da Ressaca encontra-se
na Zona de Expansão Urbana e na Macrozona de
Interesse Ambiental e possui aproximadamente 200
casas, equipamentos de educação e saúde, além de um
campo de futebol para lazer.
As casas são abastecidas por rede de água e
energia elétrica e destinam seu esgoto a fossas caipiras.
Parte das ruas possui iluminação pública e
pavimentação.
Fonte: Google Earth, 2007
Ribeiros
Fonte: Google Earth, 2009
O Núcleo Urbano Isolado Ribeiros encontra-se na
Macrozona de Destinação Rural e possui
aproximadamente 100 casas dispostas de maneira
dispersa no território.
O núcleo não possui equipamentos de educação e
saúde, nem rede de água e esgoto.
A captação de água se dá por meio de poço e o
esgoto sanitário destinado a fossa caipira.
As ruas são parcialmente pavimentadas e
iluminadas e o lixo é recolhido por meio de caçambas.
Rio de Una
Fonte: Google Earth, 2007
O Núcleo Urbano Isolado Rio de Una encontra-se
na Zona de Expansão Urbana e na Macrozona de
Interesse Ambiental e possui uma ocupação ora
organizada de maneira concentrada no território, ora de
maneira dispersa em um total de 150 domicílios.
No setor mais concentrado, o núcleo dispõe de
equipamentos de educação, comércio e de algumas
residências. Nessa área as ruas são pavimentadas e com
iluminação pública.
Nos demais setores, as unidades encontram-se
mais dispersas, em ruas de terra e sem iluminação
pública.
Em ambos os casos, a captação de água e dá por
meio de poço e o esgoto sanitário é destinado às fossas
caipiras.
Este núcleo está sob risco de inundação.
DD ii aaggnnóó ss tt ii cc oo ddoo SSee tt oo rr HHaabb ii tt aa cc ii oonnaa ll -- PP LLHH IISS ddee II bb ii úúnnaa 79
Vargem do Salto
Fonte: Google Earth, 2003
O Núcleo Urbano Isolado da Vargem do Salto
encontra-se na Macrozona de Destinação Rural e abriga
cerca de 180 casas. O núcleo apresenta uma área mais
concentrada que abriga o comércio local, equipamento
de educação e saúde além de uma pequena igreja e um
campo de futebol.
A rua principal é a única pavimentada e com
iluminação pública todas as outras são de terra e não
são iluminadas.
Devido à proximidade ao rio e às precárias
instalações das fossas, adoção de fossa negra por todas
as unidades habitacionais, o lençol freático do núcleo
está contaminado e a população é abastecida de água
por meio de um caminhão pipa.
Além deste fator, a proximidade com o rio expõe o
núcleo à risco de inundação.
De modo geral, os núcleos urbanos isolados analisados possuem grande precariedade com
relação ao esgotamento sanitário: todos os domicílios dos núcleos contam apenas com fossa caipira,
segundo técnicos da PMI, com deficiência nas instalações39. Estas áreas não contam com nenhum tipo
de drenagem, mesmo tratando-se de estradas rurais, é necessário algum sistema para encaminhamento
das águas, já que o município possui uma rede hídrica densa, que conseqüentemente ocasiona
inundações e áreas alagadiças.
Quanto ao abastecimento de água, apenas 3 das 18 áreas possuem rede de abastecimento, no
restante dos núcleos os domicílios são abastecidos por poço, onde nem todos os poços possuem
instalações adequadas.
Em relação às demais infraestruturas e serviços - rede de energia elétrica, iluminação pública e
coleta de lixo - todos os núcleos são atendidos, seja parcial ou integralmente.
Estes núcleos em áreas rurais receberão um direcionamento das intervenções diferente dos
núcleos que estão em áreas urbanas.
No entanto por tratarem-se de assentamentos em área rural, são indicadas instalações rurais
para o abastecimento de água e esgotamento sanitário, bem como dispensada a necessidade de
pavimentação das vias.
As informações de identificação dos núcleos, infraestrutura existente e tipo de intervenção
nestas áreas estão sistematizadas na tabela 4.8, e na figura 4.10 a seguir 40.
39
Deverá ser realizada avaliação das instalações, quando existentes, por técnicos da PMI, do momento da intervenção no assentamento, sobre as quais poderão ser apenas indicadas melhorias. 40
Nesses núcleos, não foi possível quantificar o número de remoções. A PMI não possuía, até então, levantamentos desta natureza.
DD ii aaggnnóó ss tt ii cc oo ddoo SSee tt oo rr HHaabb ii tt aa cc ii oonnaa ll -- PP LLHH IISS ddee II bb ii úúnnaa 80
Figura 4.10: Localização dos Núcleos Urbanos Isolados – 2011.
Fonte: Prefeitura Municipal de Ibiúna, 2011; Elaboração: Integra Sociedade Cooperativa, 2011
DD ii aaggnnóó ss tt ii cc oo ddoo SSee tt oo rr HHaabb ii tt aa cc ii oonnaa ll -- PP LLHH IISS ddee II bb ii úúnnaa 81
*Para classificar o Zoneamento dos Núcleos foi utilizado o mapa 3 – Zona de Destinação Urbana. **Até o momento não foram levantados pela PMI o n° oficial de remoções necessárias diante das restrições de ocupação em alguns Núcleos Urbanos Isolados.
Tabela 4.8: Núcleos Urbanos Isolados no município de Ibiúna
Identificação Das Áreas Infraestrutura Existente* Situação Jurídica
Tipo De Intervenção
Id Núcleo Nº de
Domicílios Restrição De
Ocupação *Zoneam. Água Esgoto
Iluminação Pública
Energia Elétrica
Coleta de Lixo
Pavimentação Drenagem Regulariz. Jurídica*
Tipo De Intervenção **N° De
Remoções
1 Areia Vermelha 150 não MDR poço fossa caipira parcial sim sim parcial não irregular sim Saneamento Rural -
2 Cachoeira 100 não ZUEMC poço fossa caipira parcial sim caçamba parcial não irregular sim Urbanização Complexa -
3 Carmo Messias 150 não MDR parcial fossa caipira parcial sim sim parcial não irregular sim Saneamento Rural -
4 Cupim 150 não MDR poço fossa caipira parcial sim caçamba parcial não irregular sim Saneamento Rural -
5 Gabriel 200 não MDR poço fossa caipira parcial sim caçamba parcial não irregular sim Saneamento Rural -
6 Goes 50 não MDR poço fossa caipira parcial sim caçamba parcial não irregular sim Saneamento Rural -
7 Grilos 250 inundação MDR poço fossa caipira parcial sim caçamba não não irregular sim Saneamento Rural -
8 Lageado 60 inundação MDR poço fossa caipira sim sim caçamba não não irregular sim Saneamento Rural -
9 Murundú 80 não MDR poço fossa caipira parcial sim sim parcial não irregular sim Saneamento Rural -
10 Paiol Grande 70 inundação MDR poço fossa caipira parcial sim caçamba não não irregular sim Saneamento Rural -
11 Paiol Pequeno 200 não ZUEMC poço fossa caipira sim sim sim sim não irregular sim Urbanização Complexa -
12 Paruru - Distrito 700 inundação ZUEMC 2 rede fossa caipira parcial sim sim parcial não irregular sim Urbanização Complexa -
13 Piaí 200 não MDR poço fossa caipira parcial sim sim parcial não irregular sim Saneamento Rural -
14 Puris 80 não MDR rede fossa caipira sim sim sim parcial não irregular sim Saneamento Rural -
15 Ressaca 200 não ZEU MPA rede fossa caipira parcial sim sim parcial não irregular sim Saneamento Rural -
16 Ribeiros 100 não MDR poço fossa caipira parcial sim caçamba parcial não irregular sim Saneamento Rural -
17 Rio de Una 150 inundação ZEU MPA poço fossa caipira parcial sim sim parcial não irregular sim Saneamento Rural -
18 Vargem do Salto 180 inundação MDR caminhão
pipa fossa negra parcial sim sim parcial não irregular sim Saneamento Rural -
DD ii aaggnnóó ss tt ii cc oo ddoo SSee tt oo rr HHaabb ii tt aa cc ii oonnaa ll -- PP LLHH IISS ddee II bb ii úúnnaa 82
Loteamentos
Foi identificado um total de 26 loteamentos de interesse social no município, entre regulares e
irregulares. Os loteamentos Recanto das Orquídeas41, Recanto das Cachoeiras e Parque do Paiol,
conforme informações da PMI, não possuem irregularidade jurídica, porém necessitam de intervenção
pública no que diz respeito à questão urbanística, ou seja, falta pelo menos um tipo de infraestrutura.
Para todos os outros loteamentos que estão irregulares está sendo encaminhada a necessidades de
regularização jurídica de cada propriedade.
A falta de drenagem, assim como nos núcleos urbanos isolados, é detectada em quase todos os
loteamentos, exceto no Matadouro localizado na região central e no Loteamento do Coto, na ZUEMC.
Fica claro que no geral, esta é a maior deficiência do município, o que representa maiores custos para a
PMI.
A falta de esgotamento sanitário também é evidente, 20 dos 26 loteamentos não possuem rede
pública de esgotamento sanitário. Dez deles estão localizados na ZUEMC (Zona Urbana em
Consolidação) e necessitaram da implantação de rede pública, os no PD por estar em regiões mais
distantes receberão encaminhamento de saneamento rural.
Os loteamentos Chácara Recanto das Águas e Recanto dos Godinho, são os únicos sem
nenhuma infraestrutura integralmente, nem mesmo energia elétrica. Todos os demais loteamentos de
interesse social possuem rede de energia elétrica. Já Iluminação pública e serviço de coleta de lixo, não
estão presentes em outros quatro loteamentos, além dos loteamentos Chácara recanto das Águas e o
Recanto dos Godinho. – são loteamentos localizados principalmente em áreas rurais.
Os loteamentos Parque da Figueira e Jardim Gemima, possuem risco de escorregamento e
desmoronamento, e estão previstas remoções de 60 domicílios nestas áreas. No caso do Jardim
Gemima, segunda a PMI, ainda será analisada a possibilidade da realização de obras de contenção
reduzindo o número de remoções.
As informações de identificação, infraestrutura existente e tipo de intervenção nestas áreas
estão sistematizadas na tabela 4.9 e no figura 4.11.
Ocupações do tipo Favela
Foram identificadas no município apenas duas áreas com este tipo de ocupação. Áreas no
Jardim Nova Ibiúna e Curral.
A ocupação Jardim Nova Ibiúna esta localizada na região central do município, em área pública.
Através de contagem por foto aérea, foram identificados 85 domicílios. Estes domicílios possuem toda
infraestrutura, exceto drenagem, porém, em sua maioria foram construídos de maneira precária e
encontram-se em péssimas condições. Toda a ocupação está sob APP (área de Proteção Ambiental),
portanto, não poderá ser consolidada. A intenção da Prefeitura é erradicar esta ocupação, removendo
41
O loteamento Recanto das Orquídeas foi regularizado através do programa Cidade Legal em outubro de 2010.
DD ii aaggnnóó ss tt ii cc oo ddoo SSee tt oo rr HHaabb ii tt aa cc ii oonnaa ll -- PP LLHH IISS ddee II bb ii úúnnaa 83
as famílias, dando encaminhamento habitacional, e para que esta área não volte a ser ocupada
transformá-la em parque.
A ocupação no Curral teve pelo poder público em anos anteriores, 8 casas para o alojamento
temporário de famílias desabrigadas. Com o passar do tempo, esta ocupação cresceu, e hoje já são 14
casas. Esta área esta localizada próxima ao lixão, apresentando risco epidemológico, de modo que,
todas as famílias serão removidas.
Já esta em construção o empreendimento Ibiúna C no bairro Gemima, pelo CDHU, que
pretende atender todas as famílias de ambas as ocupações, de modo que não serão contabilizadas no
cálculo do Déficit para novas moradias.
As informações referente às ocupações descritas acima encontram-se sintetizadas na tabela
4.10 e na figura 4.11.
DD ii aaggnnóó ss tt ii cc oo ddoo SSee tt oo rr HHaabb ii tt aa cc ii oonnaa ll -- PP LLHH IISS ddee II bb ii úúnnaa 84
Figura 4.11: Localização dos Loteamentos de Interesse Social e das Ocupações do tipo Favela – 2011.
Fonte: Prefeitura Municipal de Ibiúna, 2011; Elaboração: Integra Sociedade Cooperativa, 2011.
DD ii aaggnnóó ss tt ii cc oo ddoo SSee tt oo rr HHaabb ii tt aa cc ii oonnaa ll -- PP LLHH IISS ddee II bb ii úúnnaa 85
Tabela 4.9: Loteamentos de Interesse Social no município de Ibiúna
Identificação das Áreas Infraestrutura Existente Situação Jurídica
Tipo de Intervenção
ID Loteamento Bairro Nº de
Domicílios
Propriedade (público /
privado)
Restrição de Ocupação
*Zoneam
Água Esgoto Iluminação
Pública Energia Elétrica
Coleta de Lixo
Pavimentação
Drenagem
Regulariz. Jurídica
Tipo de Intervenção n° de Remoções
1 Recanto das Orquídeas
Cupim 235 privado não ZEIS 3 sim sim sim sim sim sim não regular não Urbanização
Complexa 0
2 Recanto das Hortênsias
Cupim 220 privado não ZEIS 3 sim sim sim sim sim sim não irregular sim Urbanização
Complexa 0
3 Capim Azedo Capim Azedo
100 privado APP/
Alagamento ZEIS 3 sim não sim sim sim parcial não irregular sim
Urbanização Complexa
0
4 Vila Pitico
(Sítio Santa Izabel)
Rio de Una
40 privado APP ZEIS 3 sim não sim sim sim sim não irregular sim Urbanização
Complexa 0
5 Residencial
Ibiúna Curral 400 privado
Ambiental e epidemológic
o ZEIS 3 sim não sim sim sim sim parcial irregular sim
Urbanização Complexa
0
6 Akirakura Rio de
Una 27 privado não ZEIS 3 sim não sim sim
caçamba
não não irregular sim Urbanização
Complexa 0
7 Teshirogi Centro 35 privado não ZEIS 3 sim sim sim sim sim sim parcial irregular sim Urbanização
Complexa 0
8 Parque da Figueira
Figueira 100 privado Escorregam. ZEIS 3 sim não parcial sim parcial não não irregular sim Urbanização
Complexa/ remoção 30
9 Goes Rio de
Una 300 privado APP ZEIS 3 sim não parcial sim parcial não não irregular sim
Urbanização Complexa
0
10 Laval Rio de
Una 400 privado não ZEIS 3 sim não sim sim sim sim não irregular sim
Urbanização Complexa
0
11 Lava Pés Vista
Alegre 50 privado - ZEIS 3 sim sim sim sim sim sim não irregular sim
Urbanização Complexa/ remoção
7
12 Jardim
Gemima
Curral/ Paiol
Pequeno
100 privado APP/
desmoronam.
ZEIS 3 sim não sim sim sim parcial não irregular sim Urbanização
Complexa/ remoção 30
13 Loteamento
do Coto Vila Lima
70 privado não ZEIS 3 sim sim sim sim sim sim sim irregular sim Urbanização
Complexa 0
14 Furnas I Sará Sará
70 privado não ZEIS 3 não não sim sim caçamb
a não não irregular sim Saneamento Rural 0
15 Furnas II Sará Sará
50 privado não ZEIS 3 não não sim sim caçamb
a não não irregular sim
Saneamento Rural / remoção
0
16 Aldeia Nova Paruru 40 privado não não não não parcial sim não não não irregular sim
Urbanização Complexa
-
DD ii aaggnnóó ss tt ii cc oo ddoo SSee tt oo rr HHaabb ii tt aa cc ii oonnaa ll -- PP LLHH IISS ddee II bb ii úúnnaa 86
continua
17
Chácara Recanto das
Águas Cupim 15 privado não ZEU poço não parcial não não não não irregular sim Saneamento Rural -
18 Vista Verde Feital 6 privado não MDR não não não sim não não não irregular sim Saneamento Rural -
19 Recanto das Cachoeiras
Sorocabuçu
40 privado não ZEU não não não sim sim não não regular não Saneamento Rural -
20 -
Morro Grande
300 privado Alagamento MDR não não não sim não não não - sim Saneamento Rural -
21 Vale dos Colibris
Lageado
12 privado não MDR não não não sim não não não irregular sim Saneamento Rural -
22
Parque do Paiol
Paiol Pequen
o 100 privado não ZUEMC não não não não sim não não regular não
Urbanização Complexa
-
23 Matadouro Centro 100 privado não ZUC sim sim sim sim sim sim sim - sim nenhum -
24 Recanto dos
Godinho Rio de
Una 15 privado não ZEU não não não não não não não irregular sim Saneamento Rural -
25 Condomínio
São José Sorocamirim
50 privado não MDR poço não parcial sim caçamb
a não não irregular sim Saneamento Rural -
26 Morada dos Pintassilgos
Salto 25 privado não MDR poço não parcial sim caçamb
a não não irregular sim Saneamento Rural -
Fonte: Prefeitura Municipal de Ibiúna, 2011. *Para classificar o Zoneamento dos Núcleos foi utilizado o mapa 3 – Zona de Destinação Urbana.
Tabela 4.10: Ocupações do tipo favela no município de Ibiúna
Identificação Das Áreas Infraestrutura Existente
Situação Jurídica
Tipo De Intervenção
ID
Ocupação Bairro Nº de
Domicílios
Propriedade (público / privado)
Restrição de Ocupação
Água Esgoto Iluminação
Pública Energia Elétrica
Coleta de Lixo
Pavimentação
Drenagem
Regulariz. Jurídica
Tipo de Intervenção n° de Remoções
27
Ocupação no Jd. Nova Ibiúna
jardim Nova Ibiúna
*108 público escorregamento parcial sim sim sim sim parcial não irregular sim remoção 108
28
Ocupação no Curral (Lixão)
Curral 14 privado Ambiental e
Epidemológico sim sim sim sim sim sim sim regular sim remoção 14
Fonte: Prefeitura Municipal de Ibiúna, 2011. *Estimativa de domicílios realizada por contagem em foto aérea, 2002.
DD ii aaggnnóó ss tt ii cc oo dd oo SSee tt oo rr HHaabb ii tt aa cc ii oonnaa ll -- PP LLHH IISS ddee II bb ii úúnnaa 87
Síntese dos assentamentos analisados
Os Núcleos Urbanos Isolados, os Loteamentos de Interesse Social e as Ocupações do tipo Favela acima
descritos estão localizados no território do município nos mapas constante no Anexo 1 e no Anexo 2 deste
documento. No Anexo 3 constam as fichas de caracterização dos Núcleos Urbanos Isolados utilizadas para
levantamento na ocasião das vistorias.
Tabela 4.11: Síntese da Inadequação Habitacional nos assentamentos precários, em Ibiúna,
Tipo de Assentamento
TIPO DE INTERVENÇÃO
Regularização Jurídica
Urbanização Simples
Urbanização Complexa
Saneamento Rural
Remoção
Núcleos 3.070 0 1.000 2.070 -
Loteamentos 2.425 0 2.217 583 67
Ocupações 0 0 0 0 122
Total 5.495 0 3.217 2.653 189
Fonte: Prefeitura Municipal de Ibiúna, 2011.
4.6 Síntese das Necessidades Habitacionais em Ibiúna
A partir da análise realizada nos itens anteriores, consideraremos neste Diagnóstico, para fins de
cálculo do déficit quantitativo e qualitativo os números levantados pelo CadÚnico no que di respeito à
necessidade de novas moradias e pela PMI no que diz respeito à inadequação habitacional.
4.6.1. Necessidades de Novas Unidades
Para esta estimativa serão adotados os número por considerar-se que este constitui fonte mais
aproximada das reais necessidades do município. (além de serem mais atualizados que o IBGE).
Ao déficit detectado na análise do CadÚnico, serão somadas as novas moradias demandadas pelas
remoções necessárias nos assentamentos precários.
A tabela a seguir, sintetiza o déficit total quantitativo estimado para o município.
Tabela 4.12: Síntese do Déficit Quantitativo em Ibiúna – 2011
Condição Habitacional n° de domicílios
Improvisado 35
Cedido 2.476
Invadido 09
Ônus Excessivo 642
Remoções 189
Total 3351
Fonte: Prefeitura Municipal de Ibiúna, Dep. Social, CadÚnico, 22/08/2011.
DD ii aaggnnóó ss tt ii cc oo dd oo SSee tt oo rr HHaabb ii tt aa cc ii oonnaa ll -- PP LLHH IISS ddee II bb ii úúnnaa 88
* Já está em andamento as obras do Ibiúna C, empreendimento do CDHU de 189 novas unidades. Para efeitos de cálculos de custos de produção, a serem realizados no próximo capitulo, serão descontadas estas unidades
4.6.2. Inadequação Habitacional
Para a estimativa da Inadequação Habitacional no município, serão consideradas as informações
levantadas pela PMI sobre núcleos urbanos isolados e loteamentos, por serem consideradas as informações
mais precisas para tal.
Tabela 4.13: Regularização Fundiária em Ibiúna
Intervenção Unidades
Regularização Jurídica 5.495
Regularização Urbanística Simples 0
Complexa 3.217
Saneamento Rural 2.653
Fonte: Prefeitura Municipal de Ibiúna, 2011.
DD ii aaggnnóó ss tt ii cc oo dd oo SSee tt oo rr HHaabb ii tt aa cc ii oonnaa ll -- PP LLHH IISS ddee II bb ii úúnnaa 89
5. Condições e Estimativas para o Encaminhamento da Demanda Habitacional
no Município
5.1 Histórico de investimentos em habitação no período recente, 2002 – 2009
Para que se possa avaliar a capacidade de aporte de novos recursos pela Prefeitura Municipal de
Ibiúna foi levantado seu histórico orçamentário e de investimentos em habitação no período de 2002 a 2009.
Conforme a Secretaria do Tesouro Nacional, Ibiúna no ano de 2002 partiu de uma receita orçamentária de
R$36,5 milhões, para, em 2009, atingir uma receita de R$81,3 milhões, ou seja, sua receita anual mais que
dobrou em um período de sete anos. Como pode ser visto na tabela 5.1, seu orçamento passa a ter um
crescimento real (maior que a inflação), a partir de 2005, com um novo aumento considerável em 2006,
atingindo seu pico em 2008, onde sua receita teve crescimento real de 19,21%. Porém pode ser observado que
no ano de 2009, houve uma redução real de 6,75% em seu orçamento.
Tabela 5.1: Receita Orçamentária do Município de Ibiúna, 2002-2009
Ano Receita
Orçamentária Incremento
Variação Orçamento/ Ano
IPCA no período (%)
Crescimento Real (%)
2002 36.566.092,91 - - 12,53% -
2003 40.688.502,92 4.122.410,01 11,27% 9,30% 1,97%
2004 44.801.052,42 4.112.549,50 10,11% 7,60% 2,51%
2005 52.544.635,87 7.743.583,45 17,28% 5,69% 11,59%
2006 63.347.789,96 10.803.154,09 20,56% 3,14% 17,42%
2007 66.628.857,18 3.281.067,22 5,18% 4,46% 0,72%
2008 83.359.744,93 16.730.887,75 25,11% 5,90% 19,21%
2009 81.323.084,08 -2.036.660,85 -2,44% 4,31% -6,75%
Fonte: Secretaria do Tesouro Nacional, 2011.
Referente às despesas com habitação neste mesmo período, nota-se que o Município de Ibiúna pouco
investiu quando comparamos estes investimentos ao volume de sua receita (ver tabela 5.2). Nos ano de 2002 e
no biênio de 2006-2007, por exemplo, segundo a Secretaria do Tesouro Nacional, não houve despesas
efetuadas pelo Município vinculado ao setor habitacional. E mesmo nos anos em que se registrou algum
investimento, estes se mostraram muito baixos, onde seu ápice não ultrapassa 0,65% do orçamento de Ibiúna,
no ano de 2003 com um investimento de apenas R$263 mil reais, na época.
Tabela 5.2: Receita Orçamentária e Porcentagem destinada à Habitação, 2002-2009
Ano Receita Orçamentária Despesas com Habitação % Investimento em Habitação
2002 36.566.092,91 0,00 0%
2003 40.688.502,92 263.842,61 0,65%
2004 44.801.052,42 7.867,80 0,02%
2005 52.544.635,87 100.000,00 0,19%
2006 63.347.789,96 0,00 0%
2007 66.628.857,18 0,00 0%
2008 83.359.744,93 119.018,43 0,14%
DD ii aaggnnóó ss tt ii cc oo dd oo SSee tt oo rr HHaabb ii tt aa cc ii oonnaa ll -- PP LLHH IISS ddee II bb ii úúnnaa 90
2009 81.323.084,08 73.617,12 0,09%
Fonte: Secretaria do Tesouro Nacional, 2011.
Outro ponto relevante na dinâmica dos investimentos relativos à habitação que pode ser observado no
período estudado (2002 – 2009) é o fato de que Ibiúna não apresenta uma regularidade de crescimento ou
mesmo de estabilidade na aplicação de recursos neste setor (gráfico 5.1). Em 2004, por exemplo, os
investimentos em habitação não chegaram sequer a R$8 mil, quando no ano anterior o investimento foi de
R$264 mil, e no ano seguinte de R$100 mil - uma notável diferença que demonstra a não linearidade dos
investimentos do Município no setor. Após dois anos sem nenhum investimento no setor (2006 e 2007), em
2008 volta-se a investir em habitação quase R$120 mil, sofrendo novamente uma redução 2009 com
investimentos da ordem dos R$70 mil.
Gráfico 5.1: Despesas com Habitação, 2002-2009
0
263.842
7.868
100.000
0 0
119.018
73.617
0
50.000
100.000
150.000
200.000
250.000
300.000
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Despesas com Habitação (R$)
Fonte: Secretaria do Tesouro Nacional, 2011.
Este breve histórico demonstra a importância e a necessidade que o Município de Ibiúna tem de
elaborar um Plano Local de Habitação de Interesse Social que visa estabelecer um maior comprometimento da
Municipalidade com a questão habitacional. De forma que, o plano leva em consideração a capacidade
financeira e de gestão do Município para que este tenha condições de dimensionar e enfrentar a questão
habitacional da maneira mais efetiva possível.
5.2 Projeção da necessidade de novos domicílios com base no crescimento demográfico
de Ibiúna, até o ano de 2025
Para que se possa melhor visualizar o cenário futuro da demanda habitacional do Município, serão a
seguir apresentados alguns estudos com estimativas do crescimento populacional de Ibiúna. Estes estudos
darão algumas pistas da dimensão de sua futura demanda por habitação no período de vigência do PLHIS (2011
– 2025).
DD ii aaggnnóó ss tt ii cc oo dd oo SSee tt oo rr HHaabb ii tt aa cc ii oonnaa ll -- PP LLHH IISS ddee II bb ii úúnnaa 91
A projeção populacional aqui demonstrada se utilizou de índices presentes no estudo “Projeção da
População do Brasil por Sexo e Idade 1980-2050 – revisão 2008”, do IBGE. Naquele estudo, foi utilizado o
chamado Método das Componentes, o qual incorpora as informações sobre as tendências observadas da
mortalidade, da fecundidade e da migração em nível nacional42.
A tabela a seguir aplica os índices de crescimento verificados por tal estudo para o Estado de São Paulo
na população do Município de Ibiúna, no ano de 2010, projetando-a até 2025.
Tabela 5.3: Projeção Populacional do Estado de São Paulo e Ibiúna, 2011 – 2025
Dinâmica Populacional
Ano Taxa de Crescimento Estado de São Paulo* Ibiúna**
2011 0,73% 41.789.226 71.735
2012 0,69% 42.078.872 72.231
2013 0,66% 42.355.769 72.705
2014 0,62% 42.620.456 73.158
2015 0,59% 42.873.471 73.591
2016 0,56% 43.115.352 74.005
2017 0,54% 43.346.638 74.401
2018 0,51% 43.567.868 74.780
2019 0,48% 43.779.580 75.142
2020 0,46% 43.982.312 75.490
2021 0,44% 44.176.605 75.823
2022 0,42% 44.362.995 76.142
2023 0,40% 44.542.022 76.449
2024 0,39% 44.714.224 76.744
2025 0,37% 44.880.140 77.028 Fonte: IBGE (2010) Projeção da População do Brasil por Sexo e Idade – 1980-2050 – Revisão 2008. (Conteúdo do diretório ftp://ftp.ibge.gov.br/Estimativas_Projecoes_Populacao/Revisao_2008_Projecoes_1980-2050/)
Notas: * Dados referentes aos meses de dezembro de cada ano (projeções do dia 15 de cada mês) ** Projeções a partir do dado do Censo 2010 com base na taxa de crescimento do Estado de São Paulo.
Baseado nas projeções populacionais do IBGE, aplicadas às taxas de crescimento do Estado de São
Paulo sobre os dados apresentados pelo Censo 2010, a população de Ibiúna tenderia a chegar a
aproximadamente 77 mil habitantes em 2025.
A taxa acumulada de 2011 a 2025, segundo as projeções do IBGE é de 7,86%, menor do que no
período de 2000 a 2010, que foi de cerca de 10% em um período mais curto. Há uma expectativa, então, de
redução no ritmo do crescimento populacional, e logo, uma conseqüente possível diminuição do déficit
habitacional.
A projeção da necessidade de novos domicílios em Ibiúna será realizada com base no déficit
habitacional quantitativo apresentado pelo item 4.4 de síntese das necessidades habitacionais no Município,
que utilizou como base os números do Cadastro Único Municipal. A partir destes números foi realizada a
42 IBGE (2008). Projeção da População do Brasil por Sexo e Idade 1980-2050 – Revisão 2008. Estudos e Pesquisas:
Informação Demográfica e Socioeconômica. Número 24, p.31. IBGE, Rio de Janeiro, 2008. As projeções populacionais
são apresentadas de forma agregada para todo o País até 2050 e para as Unidades da Federação até 2030.
DD ii aaggnnóó ss tt ii cc oo dd oo SSee tt oo rr HHaabb ii tt aa cc ii oonnaa ll -- PP LLHH IISS ddee II bb ii úúnnaa 92
projeção para o período até 2025 da necessidade de novas moradias urbanas e rurais, utilizando-se das
mesmas taxas de crescimento da projeção da população. O número de remoções, no entanto, não foi
considerado como uma demanda crescente, considerando que o Município adotará políticas e ações que
evitarão novas ocupações irregulares em áreas de preservação permanente e risco (ver tabela 5.4).
Tabela 5.4: Déficit Habitacional de Ibiúna para 2025 a partir do levantamento do CadÚnico 2011 e do
crescimento populacional projetado
Condição Habitacional
Déficit Habitacional 2011 - U.H. Déficit Projetado 2025 - U.H.
Déficit Quantitativo 3.162 3.395
Remoções 189¹ 0
Total 3.351 3.395
1 – Estas remoções poderão ser atendidas pelo empreendimento Ibiúna C do CDHU, atualmente em construção, e não serão contabilizadas enquanto déficit atual para o cálculo de custos de produção habitacional nem como base para o déficit projetado. Fonte: Prefeitura Municipal da Estância Turística de Ibiúna – CadÚnico (2011); IBGE (2010) Projeção da População do Brasil por Sexo e Idade – 1980-2050 – Revisão 2008.
Assim, temos que em 2025 a demanda por novas moradias em Ibiúna seja por volta de 3.395
unidades, o que representa um crescimento de aproximadamente 1,3% da demanda no período de 2011 a
2025.
5.3 Identificação das terras vazias
Associada à necessidade de novas habitações há também a necessidade de áreas para a construção das
mesmas, o que demanda a busca por terrenos vazios para implantação destas construções. Desta maneira, foi
procurado identificar áreas vazias no Município com alguma viabilidade de receber empreendimentos
habitacionais de interesse social.
Para marcar os vazios deste estudo foram identificadas por meio de fotografias aéreas de 2002 e 2007,
disponibilizadas pelo software Google Earth, as áreas vazias dentro dos perímetros de ZEIS 1, dentro da área de
consolidação urbana, e próxima a loteamentos para dar continuidade à malha existente. O mapa a seguir
localiza os vazios identificados no Município de Ibiúna.
DD ii aaggnnóó ss tt ii cc oo dd oo SSee tt oo rr HHaabb ii tt aa cc ii oonnaa ll -- PP LLHH IISS ddee II bb ii úúnnaa 93
Figura 5.1: Terras Vazias em Ibiúna.
Fonte: Prefeitura Municipal da Estância Turística de Ibiúna, 2011. Elaboração: Integra Sociedade Cooperativa, 2011.
A tabela a seguir traz informações a respeito da área bruta dos vazios identificados no mapa acima.
Tabela 5.5: Vazios de Ibiúna
Identificação Área (m²)
Identificação Área (m²)
1 86.982 12 14.185
2 105.386 13 9.471
3 32.187 14 219.580
4 165.195 15 279.455
5 114.064 16 51.082
6 46.662 17 25.354
7 201.564 18 49.417
8 116.962 19 45.724
9 131.569 20 118.775
10 96.049 21 203.878
11 37.781 22 36.493
ÁREA TOTAL: 2.187.815 m²
Fonte: Prefeitura Municipal da Estância Turística de Ibiúna, 2011.
DD ii aaggnnóó ss tt ii cc oo dd oo SSee tt oo rr HHaabb ii tt aa cc ii oonnaa ll -- PP LLHH IISS ddee II bb ii úúnnaa 94
Foram identificadas um total de 22 áreas vazias distribuídas dentro da Zona em Consolidação Urbana do
Município, sendo que 12 delas se encontram total ou parcialmente dentro de ZEIS tipo 1. Juntas somam uma
área bruta total de 2.187.815 m².
Ressaltamos que este trata-se de um primeiro estudo de áreas vazias do Município, que deve ser em
momento oportuno aprofundado pela Prefeitura para a demarcação de outras ZEIS de vazio. Para este
diagnóstico, este estudo tem o propósito de verificar a disponibilidade de terras vazias para o direcionamento
da política municipal de habitação.
5.4 Custos da Produção Habitacional
5.4.1 Cálculos da Necessidade de Terras e Valor de Aquisição
Para que seja possível estimar o aproveitamento das áreas analisadas, estudaremos algumas
possibilidades de combinações de modalidades de tipologias, sendo elas: casas isoladas, sobrados geminados e
apartamentos em prédios de quatro pavimentos sob pilotis. As tabelas a seguir mostram essas possíveis
combinações. A combinação “A” privilegia a tipologia horizontal, gerando ocupação de mais baixa densidade; A
combinação “B” considera igualmente as 3 tipologias.
Tabela 5.6 Combinações para Cálculo da Necessidade de Terras
Modalidade Combinação A Combinação B
Absoluto Em % Absoluto Em %
Casas Isoladas 2.037 60 1.132 33,33
Sobrados Geminados 1.019 30 1.132 33,33
Apartamentos 340 10 1.132 33,33
Total 3.395 - 3.395 -
Fonte: Prefeitura Municipal da Estância Turística de Ibiúna, 2011.
Para efeito de cálculo serão adotados valores de quota de terreno de 125 m² para casas isoladas e
sobrados geminados43, e 65 m² para apartamentos44. A partir desses valores, serão desenvolvidos os estudos
para compreender qual a melhor estratégia a ser adotada pela administração municipal.
Às quotas e frações ideais citadas acima serão acrescidas as terras a serem destinadas ao viário, áreas
verdes e institucionais, que, para ambos os casos representam 35% da área total.
O custo médio do m² de terra em Ibiúna foi estimado a partir de uma listagem fornecida pela Prefeitura
Municipal com a relação dos loteamentos existentes no Município e seus respectivos valores de compra. Foram
então selecionados aqueles loteamentos que se encontravam dentro de ZEIS 1 e verificado o valor
predominante existente, o qual foi de aproximadamente R$10,00 o m², valor que será adotado nos cálculos
seguintes para aquisição de terras no Município.
Nas tabelas que seguem é calculada a necessidade de terras e custo de cada uma das combinações.
43
Foram utilizados os parâmetros de parcelamento do solo definidos pela Lei n°914/2004, Parágrafo 3°, que altera a Lei n° 475/1998 e define as medidas mínimas para lotes habitacionais dentro de projetos com fins de interesse social. 44
Foi adotada a fração ideal de 65m² por se tratar de fração usual em empreendimentos desta natureza.
DD ii aaggnnóó ss tt ii cc oo dd oo SSee tt oo rr HHaabb ii tt aa cc ii oonnaa ll -- PP LLHH IISS ddee II bb ii úúnnaa 95
Tabela 5.7 Cálculo de Necessidade de Aquisição de Terras – Combinação A
Modalidade Demanda Habitac.
(em U.H.)
Quota Terreno
(m²)
Necessidade de Área por U.Hs. (m²)
Viário, Área Instit.
e Verde (+35%) (m²)
Total de Área
Necessária (m²)
Custo Médio do
m² (R$)
Custo de Aquisição de Terras (R$)
Casas Isoladas 2.037 125 254.625 89.119 343.744 10 3.437.437,50
Sobrados Geminados 1.019 125 127.313 44.559 171.872 10 1.718.718,75
Apartamentos 340 65 22.068 7.724 29.791 10 297.911,25
TOTAL 3.395 - 404.005 141.402 545.407 - 5.454.067,50
Fonte: Prefeitura Municipal da Estância Turística de Ibiúna, 2011.
Tabela 5.8 Cálculo de Necessidade de Aquisição de Terras – Combinação B
Modalidade Demanda Habitac.
(em U.H.)
Quota Terreno
(m²)
Necessidade de Área por U.Hs. (m²)
Viário, Área Instit.
e Verde (+35%) (m²)
Total de Área
Necessária (m²)
Custo Médio do
m² (R$)
Custo de Aquisição de Terras (R$)
Casas Isoladas 1.132 125 141.444 49.505 190.950 10 1.909.496,53
Sobrados Geminados 1.132 125 141.444 49.505 190.950 10 1.909.496,53
Apartamentos 1.132 65 73.551 25.743 99.294 10 992.938,20
TOTAL 3.395 - 356.439 124.754 481.193 - 4.811.931,26
Fonte: Prefeitura Municipal da Estância Turística de Ibiúna, 2011.
A partir dos cálculos realizados e apresentados nas tabelas acima, temos para a Combinação A uma
demanda por área de 545.407 m² a um custo total de R$5,45 milhões. Sendo esta uma combinação de
predomínio horizontal, e portanto, demandante de mais terras.
Já para a Combinação B, há uma demanda por área de 481.193 m², o que representa um custo de
R$4,81 milhões. Um custo mais baixo em relação à combinação anterior, visto que esta configuração conta com
um terço de habitações verticalizadas.
O estudo de vazios apresentado anteriormente demonstra plenas condições de absorver a produção
habitacional de qualquer uma das duas combinações apresentadas.
5.4.2 Custos de Construção
Os valores do custo de aquisição de terras serão acrescidos aos de construção de cada tipologia
habitacional, com base nos valores do SINAPI (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção
Civil) referentes ao mês de maio de 201145.
Foram selecionadas três tipologias para às quais o SINAPI fornece informações de custos:
Casa Isolada: casa térrea, fundação baldrame, composta de sala, 2 quartos, circulação, banheiro e
cozinha. Área útil por unidade de 34,32m², com padrão baixo de acabamento.
Sobrado Geminado: casa geminada com 2 pavimentos, fundação baldrame. No primeiro pavimento:
sala, 1 quarto e cozinha. Segundo pavimento: 2 quartos, circulação e banheiro. Área útil: 41,35m².
45
Valores disponibilizados pelo SINAPI através do site https://webp.caixa.gov.br/casa/sinapi/interno.asp (acessado em junho de 2011).
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Apartamentos: edifício residencial multifamiliar com pilotis, sem elevador. Unidades Tipo: sala, 2
quartos, circulação, banheiro, cozinha e área de serviço. Área útil: 51,08m².
Os valores de produção serão compostos pelo valor da sua construção acrescidos dos custos com
infraestrutura e BDI (Benefícios e Despesas Indiretas46) sendo este 22,5% do valor da construção47. Os custos
com infraestrutura (15% do valor de construção da unidade), no caso dos apartamentos e custos com
saneamento rural nas tipologias de casa isolada e sobrado geminado48. Esta distribuição foi feita para oferecer
as características de ocupação do Município considerando se a tipologia dos edifícios é a mais adequada para
áreas já capacitadas e servidas de redes de infraestrutura e a tipologia de casas e sobrados mais adequadas às
áreas de menor densidade desprovidas de redes de infraestrutura. Dessa forma, os valores de referência para
cálculo seguem na tabela seguinte:
Tabela 5.9 Custos de Construção Residencial
Tipologia Valor do m² construção
(R$)
Valor de construção da
U.H. (R$) Infraestrutura* (R$)
Saneamento Rural**
(R$)
BDI*** (R$)
Valor Total da UH (R$)
Casa Isolada 40,65 m²
781,06 31.750,09 - 2.006,29** 7.595,19 41.351,56
Sobrado Geminado 56,50 m²
769,63 43.484,10 - 2.006,29** 10.235,34
55.725,72
Apartamento em Prédio de 4 pavimentos com pilotis 51,08 m²
654,74 33.444,12 5.016,62* - 8.653,67 47.114,40
* 15% do valor da UH construída. ** Está sendo considerado apenas o valor da fossa séptica (SINAPI/maio 2011). *** 22,5% sobre a soma do valor da UH construída com o custo de infraestrutura ou saneamento básico. Fonte: SINAPI, 2011.
Para calcular o custo de construção das 3.395 novas moradias, foram novamente consideradas as duas
possíveis combinações (A e B). Assim temos:
Tabela 5.10 Cálculo de Construção - Combinação A
Modalidade Demanda Habitacional
(em U.H.) Custo por Unidade
Habitacional Custo de Atendimento
da Demanda
Casas Isoladas 2.037 41.351,56 84.233.136,43
Sobrados Geminados 1.019 55.725,72 56.756.647,48
Apartamentos 340 47.114,40 15.995.339,79
TOTAL 3.395 - 156.985.123,70
Fonte: SINAPI, 2011.
46
São considerados despesas indiretas os itens relacionadas a administração local como pessoal, transporte, materiais de consumo, ferramentas e outras; administração central com despesas de administração e despesas fiscais (ISS, PIS, CONFINS, IR, CPMF); e benefícios. PLANHAB, 2008. 47
Segundo o PLANHAB, a partir de dados coletados junto a Caixa Econômica Federal, órgãos estaduais e municipais, 22,5% é o valor médio do BDI para obras realizadas por empreiteiras. 48
Para fins destes cálculos está sendo considerado por unidade habitacional no saneamento apenas o valor de construção de fossa séptica e sumidouro.
DD ii aaggnnóó ss tt ii cc oo dd oo SSee tt oo rr HHaabb ii tt aa cc ii oonnaa ll -- PP LLHH IISS ddee II bb ii úúnnaa 97
Tabela 5.11 Cálculo de Construção - Combinação B
Modalidade Demanda Habitacional
(em U.H.) Custo por Unidade
Habitacional Custo de Atendimento
da Demanda
Casas Isoladas 1.132 41.351,56 46.791.507,29
Sobrados Geminados 1.132 55.725,72 63.056.635,34
Apartamentos 1.132 47.114,40 53.312.467,53
Total 3.395 - 163.160.610,16
Fonte: SINAPI, 2011.
Observando os custos apresentados, é possível notar que, a combinação B é aproximadamente 4% mais
cara que a combinação A, em termos construtivos, devido ao fato de apresentar um maior número de sobrados
geminados e apartamentos, que apresentam um preço mais elevado que as casas isoladas.
A seguir, são apresentados os valores totais referentes à aquisição de terras e à construção das unidades
habitacionais somados:
Tabela 5.12 Custo Total por Combinação (Terra + Construção)
Custo de Aquisição de
Terras (em R$)
Participação no Custo Total (%)
Custo de Construção das
U.H (em R$)
Participação no Custo Total (%)
Custo Total (em R$)
Combinação A 5.454.067,50 3,36% 156.985.123,70 96,64% 162.439.191,20
Combinação B 4.811.931,26 2,86% 163.160.610,16 97,14% 167.972.541,42
Fonte: Prefeitura Municipal da Estância Turística de Ibiúna, 2011 e SINAPI, 2011.
Como é possível notar, a maior parte dos custos está relacionada à construção das unidades
habitacionais e não à aquisição de terras. A diferença entre as duas combinações de produção é de pouco mais
de R$5 milhões, sendo a combinação “A” a que apresenta como mais interessante, justamente por ser a mais
barata. No entanto, o poder público deverá levar em consideração diversos fatores, além dos custos
apresentados, para a definição das tipologias a serem utilizadas na produção habitacional pública para o
enfrentamento do déficit. Fatores como facilidade na aquisição das terras, viabilidade de implantação (visto
que Ibiúna possui diversas áreas com relevo muito acidentado, onde determinadas tipologias construtivas
demandam custos adicionais para contenção de encostas), além também de identificar quais se adéquam
melhor às necessidades da demanda. Estes são fatores que serão discutidos de forma participativa na próxima
etapa de elaboração do PLHIS.
5.5 Custos da Regularização Fundiária
Neste diagnóstico também são estimados os custos da regularização fundiária – urbanística e jurídica.
São custos relativos à melhoria do ambiente habitado, ou seja, ao déficit qualitativo acumulado. A partir da
análise dos assentamentos, em Ibiúna foi encontrado apenas um tipo de intervenção urbanística: a complexa; e
intervenção de saneamento básico, em áreas de características rurais (caracterizadas no item 4.5).
DD ii aaggnnóó ss tt ii cc oo dd oo SSee tt oo rr HHaabb ii tt aa cc ii oonnaa ll -- PP LLHH IISS ddee II bb ii úúnnaa 98
Para fins de estimativa de custos, foram adotados valores de referência fornecidos pelo PlanHab 2008,
atualizados para 2011 de: R$ 13.299,49 para urbanização complexa e R$ 310,30 para regularização jurídica.
Para o saneamento rural foi considerado o preço de construção da fossa séptica e sumidouro, de acordo com
os custos apresentados pelo SINAPI no mês de maio de 2011, que é de R$2.006,29 por unidade.
Tabela 5.13 Custo de Regularização Fundiária em Ibiúna
Intervenção Custo por Unidade
(em R$) Unidades
Custo por Modalidade (em R$)
Regularização Jurídica 310,30 5.495 1.705.098,50
Regularização Urbanística
Complexa 13.299,49 3.217 42.784.459,33
Saneamento Rural 2.006,29 2.653 5.322.687,37
Total 49.812.245,20
Fonte: Prefeitura Municipal da Estância Turística de Ibiúna, 2011 e PLANHAB, 2008. Elaboração: Integra Sociedade Cooperativa, 2011.
Assim, chegamos a um custo total para regularização fundiária que representam quase R$50 milhões.
Estes custos somados aos custos de produção habitacional atingem um total de R$212,2 milhões na
combinação A e R$217,7 milhões na combinação B para o atendimento do déficit quantitativo e qualitativo do
Município de Ibiúna.
Estes custos bem como a forma de atendimento do déficit habitacional no Município serão mais
desenvolvidos nas Estratégias de Ação do PLHIS, a serem elaboradas na próxima etapa.
FICHAS DE CARACTERIZAÇÃO DOS ASSENTAMENTOS
Identificação: 18___________________________________________________________________________________________
Nome: Vargem do Salto_ ____________________________________________________________________________________
Bairro: Vargem do Salto______________________________________________________________________________________
Referência de Localização: ___________________________________________________________________________________
Foto Aérea:
Fonte: Google Earth, 2003
Dados Gerais
Número de Domicílios: __________________________________
Número de Famílias:180_________________________________
Área da Ocupação: -____________________________________
Propriedade: Privada___________________________________
Zoneamento: Macrozoneamento de destinação rural____________
Principal Acesso Viário: _________________________________
População:
Origem das Famílias: □ outros bairros □outras cidades □outros estados
Renda mensal familiar média: ■ menos de 1 s.m. ■ 1 s.m. □ 2 s.m. □ 3 s.m. □ mais de 3 s.m.
Habitações:
Quantidade média de cômodos por domicílio: □ 1 cômodo □ 2 cômodos □ 3 cômodos ■mais de 3 cômodos
Quantidade média de famílias por domicílio: 01_________________________________________________________________
Quantidade média de pessoas por domicílio: 02 a 05__________________________________________________________ __
Tipo predominante de construção: □ madeira ■ alvenaria □ outro
Gabarito predominante: □ térreo ■ 1 pavto. □ 2 pavtos. □ 3 ou mais pavtos.
Recuo Predominante: ■ Frontal ■ Lateral
Infra Estrutura:
Coleta de Esgoto na Residência: □ rede pública □ céu aberto □ fossa séptica ■ fossa negra
Destino Final do Esgoto: □ rede oficial □ córrego □ galeria pluvial
Abastecimento de Água: □rede pública □ hidrômetro coletivo □ hidrômetro individual □ ligação clandestina □ poço ■ caminhão pipa
Iluminação das Vias: □ sim □ não ■ parcial
Coleta de lixo: □ interior do núcleo ■ nas ruas externas ao núcleo □ seletiva
Pavimentação das Vias: ■ asfalto □ concreto □ terra □ paralelepípedo □ parcial
Acessibilidade das Casas: □ escadarias □ vielas ■ ruas
Transporte Público: ■ponto no bairro □ ponto no entorno
Drenagem: □ sim ■ não
Equipamentos no bairro:
Educação: □ Infantil ■ Fundamental □ Médio
Saúde: □ Hospital ■ Posto de Saúde
Lazer e Cultura: □ Praça □ Parque □ Outros. Quais: campo de futebol________________________________________________________________________
Outros:
Aspectos Físicos Naturais:
Ambiente Morfológico: □ Fundo de Vale ■ Encosta □ Topo de Morro □ Outros
Declividade do Terreno: □ Alta □ Média ■ Baixa
Risco Geológico-geotécnico: □ Inexistente □ Escorregamento ■ Inundação □ Outros
Existência de elementos geradores de restrições legais à ocupação: □ Curso D´agua □ Nascente □ Linha de Transmissão □ Adutora □ Oleoduto □ Gasoduto
□ Rodovia □ Ferrovia □ Metrovia □ Outros
Parcelamento e Uso do Solo:
Tamanho médio dos lotes: __ m² | Traçado: ■ Regular □ Irregular
Função principal das vias: ■ Veiculares □ De pedestres | Traçado: ■ Regular □ Irregular
Taxa de Ocupação do Solo: □ Alta □ Média ■ Baixa
Densidade Construtiva: □ Alta □ Média ■ Baixa
Quantidade de domicílios por lote: _1__________________________________________________________________________
Tipologia de Ocupação Residencial Predominante: ■ Unifamiliar □ Multifamiliar Horizontal □ Multifamiliar Vertical
Usos não residências existentes: □ Comércio e Serviços □ Indústra □ Outros
Fotos Vistoria:
Fotos: Tiradas em levantamento feito pela equipe da Integra Sociedade Cooperativa em setembro de 2011.
FICHAS DE CARACTERIZAÇÃO DOS ASSENTAMENTOS
Identificação: 02__________________________________________________________________________________________
Nome: Cachoeira________________________________________________________________________________________
Bairro: Cachoeira________________________________________________________________________________________
Referência de Localização: __________________________________________________________________________________
Foto Aérea:
Fonte: Google Earth, 2007
Dados Gerais
Número de Domicílios: _________________________________
Número de Famílias: 100/ 150___________________________
Área da Ocupação: -___________________________________
Propriedade: Privada___________________________________
Zoneamento: zona de urbanização em consolidação 1__________
Principal Acesso Viário: _________________________________
População:
Origem das Famílias: □ outros bairros □outras cidades □outros estados
Renda mensal familiar média: □ menos de 1 s.m. ■ 1 s.m. ■ 2 s.m. □ 3 s.m. □ mais de 3 s.m.
Habitações:
Quantidade média de cômodos por domicílio: □ 1 cômodo □ 2 cômodos □ 3 cômodos ■mais de 3 cômodos
Quantidade média de famílias por domicílio: 01_________________________________________________________________
Quantidade média de pessoas por domicílio: 02 a 05__________________________________________________________ __
Tipo predominante de construção: □ madeira ■ alvenaria □ outro
Gabarito predominante: □ térreo ■ 1 pavto. □ 2 pavtos. □ 3 ou mais pavtos.
Recuo Predominante: ■ Frontal ■ Lateral
Infra Estrutura:
Coleta de Esgoto na Residência: □ rede pública □ céu aberto □ fossa séptica ■ fossa negra
Destino Final do Esgoto: □ rede oficial □ córrego □ galeria pluvial
Abastecimento de Água: □ rede pública □ hidrômetro coletivo □ hidrômetro individual □ ligação clandestina ■ poço □ caminhão pipa
Iluminação das Vias: □ sim □ não ■ parcial
Coleta de lixo: ■ interior do núcleo □ nas ruas externas ao núcleo □ seletiva
Pavimentação das Vias: □ asfalto □ concreto □ terra □ paralelepípedo ■ parcial
Acessibilidade das Casas: □ escadarias □ vielas ■ ruas
Transporte Público: ■ponto no bairro □ ponto no entorno
Drenagem: □ sim ■ não
Equipamentos no bairro:
Educação: □ Infantil ■ Fundamental □ Médio
Saúde: □ Hospital □Posto de Saúde
Lazer e Cultura: □ Praça □ Parque □ Outros. Quais: Campo de Futebol_________________________________________________________
Outros:
Aspectos Físicos Naturais:
Ambiente Morfológico: □ Fundo de Vale ■ Encosta □ Topo de Morro □ Outros
Declividade do Terreno: □ Alta ■ Média □ Baixa
Risco Geológico-geotécnico: ■ Inexistente □ Escorregamento □ Inundação □ Outros
Existência de elementos geradores de restrições legais à ocupação: □ Curso D´agua □ Nascente □ Linha de Transmissão □ Adutora □ Oleoduto □ Gasoduto
□ Rodovia □ Ferrovia □ Metrovia □ Outros
Parcelamento e Uso do Solo:
Tamanho médio dos lotes: __ m² | Traçado: ■ Regular □ Irregular
Função principal das vias: ■ Veiculares □ De pedestres | Traçado: □ Regular □ Irregular
Taxa de Ocupação do Solo: □ Alta □ Média ■ Baixa
Densidade Construtiva: □ Alta □ Média ■ Baixa
Quantidade de domicílios por lote: _1__________________________________________________________________________
Tipologia de Ocupação Residencial Predominante: ■ Unifamiliar □ Multifamiliar Horizontal □ Multifamiliar Vertical
Usos não residências existentes: ■ Comércio e Serviços □ Indústra □ Outros
Fotos Vistoria:
Fotos: Tiradas em levantamento feito pela equipe da Integra Sociedade Cooperativa em setembro de 2011.
FICHAS DE CARACTERIZAÇÃO DOS ASSENTAMENTOS
Identificação: 03___________________________________________________________________________________________
Nome: Carmo Messias______________________________________________________________________________________
Bairro: Carmo Messias______________________________________________________________________________________
Referência de Localização: ___________________________________________________________________________________
Foto Aérea:
Fonte: Google Earth, 2009
Dados Gerais
Número de Domicílios: _________________________________
Número de Famílias: 150/ 1500___________________________
Área da Ocupação: -___________________________________
Propriedade: Privada___________________________________
Zoneamento: Macrozona de destinação rural_______________
Principal Acesso Viário: _________________________________
População:
Origem das Famílias: □ outros bairros □outras cidades □outros estados
Renda mensal familiar média: ■ menos de 1 s.m. ■ 1 s.m. □ 2 s.m. □ 3 s.m. □ mais de 3 s.m.
Habitações:
Quantidade média de cômodos por domicílio: □ 1 cômodo □ 2 cômodos □ 3 cômodos ■mais de 3 cômodos
Quantidade média de famílias por domicílio: 01_________________________________________________________________
Quantidade média de pessoas por domicílio: 02 a 05__________________________________________________________ __
Tipo predominante de construção: □ madeira ■ alvenaria □ outro
Gabarito predominante: □ térreo ■ 1 pavto. □ 2 pavtos. □ 3 ou mais pavtos.
Recuo Predominante: ■ Frontal ■ Lateral
Infra Estrutura:
Coleta de Esgoto na Residência: □ rede pública □ céu aberto □ fossa séptica ■ fossa negra
Destino Final do Esgoto: □ rede oficial □ córrego □ galeria pluvial
Abastecimento de Água: ■ rede pública □ hidrômetro coletivo □ hidrômetro individual □ ligação clandestina ■ poço □ caminhão pipa
Iluminação das Vias: □ sim □ não ■ parcial
Coleta de lixo: ■ interior do núcleo □ nas ruas externas ao núcleo □ seletiva
Pavimentação das Vias: □ asfalto □ concreto □ terra □ paralelepípedo ■ parcial
Acessibilidade das Casas: □ escadarias □ vielas ■ ruas
Transporte Público: ■ponto no bairro □ ponto no entorno
Drenagem: □ sim ■ não
Equipamentos no bairro:
Educação: ■ Infantil ■ Fundamental □ Médio
Saúde: □ Hospital ■ Posto de Saúde
Lazer e Cultura: □ Praça □ Parque □ Outros. Quais: Quadra de Esporte________________________________________________________________________
Outros:
Aspectos Físicos Naturais:
Ambiente Morfológico: □ Fundo de Vale □ Encosta □ Topo de Morro □ Outros
Declividade do Terreno: □ Alta □ Média ■ Baixa
Risco Geológico-geotécnico: ■ Inexistente □ Escorregamento □ Inundação □ Outros
Existência de elementos geradores de restrições legais à ocupação: □ Curso D´agua □ Nascente ■ Linha de Transmissão □ Adutora □ Oleoduto □ Gasoduto
□ Rodovia □ Ferrovia □ Metrovia □ Outros
Parcelamento e Uso do Solo:
Tamanho médio dos lotes: __ m² | Traçado: ■ Regular □ Irregular
Função principal das vias: ■ Veiculares □ De pedestres | Traçado: □ Regular □ Irregular
Taxa de Ocupação do Solo: □ Alta □ Média ■ Baixa
Densidade Construtiva: □ Alta □ Média ■ Baixa
Quantidade de domicílios por lote: _1__________________________________________________________________________
Tipologia de Ocupação Residencial Predominante: ■ Unifamiliar □ Multifamiliar Horizontal □ Multifamiliar Vertical
Usos não residências existentes: ■ Comércio e Serviços □ Indústra □ Outros
Fotos Vistoria:
Fotos: Tiradas em levantamento feito pela equipe da Integra Sociedade Cooperativa em setembro de 2011.
FICHAS DE CARACTERIZAÇÃO DOS ASSENTAMENTOS
Identificação: 04___________________________________________________________________________________________
Nome: Cupim_____________________________________________________________________________________________
Bairro: Cupim_____________________________________________________________________________________________
Referência de Localização: ___________________________________________________________________________________
Foto Aérea:
Fonte: Google Earth, 2002
Dados Gerais
Número de Domicílios: _________________________________
Número de Famílias: 150/ 300___________________________
Área da Ocupação: -___________________________________
Propriedade: Privada___________________________________
Zoneamento: Macrozona de destinação rural_________________
Principal Acesso Viário: _________________________________
População:
Origem das Famílias: □ outros bairros □outras cidades □outros estados
Renda mensal familiar média: ■ menos de 1 s.m. ■ 1 s.m. □ 2 s.m. □ 3 s.m. □ mais de 3 s.m.
Habitações:
Quantidade média de cômodos por domicílio: □ 1 cômodo □ 2 cômodos □ 3 cômodos ■mais de 3 cômodos
Quantidade média de famílias por domicílio: 01_________________________________________________________________
Quantidade média de pessoas por domicílio: 02 a 05__________________________________________________________ __
Tipo predominante de construção: □ madeira ■ alvenaria □ outro
Gabarito predominante: □ térreo ■ 1 pavto. □ 2 pavtos. □ 3 ou mais pavtos.
Recuo Predominante: ■ Frontal ■ Lateral
Infra Estrutura:
Coleta de Esgoto na Residência: □ rede pública □ céu aberto □ fossa séptica ■ fossa negra
Destino Final do Esgoto: □ rede oficial □ córrego □ galeria pluvial
Abastecimento de Água: □ rede pública □ hidrômetro coletivo □ hidrômetro individual □ ligação clandestina ■ poço □ caminhão pipa
Iluminação das Vias: □ sim □ não ■ parcial
Coleta de lixo: ■ interior do núcleo □ nas ruas externas ao núcleo □ seletiva
Pavimentação das Vias: □ asfalto □ concreto □ terra □ paralelepípedo ■ parcial
Acessibilidade das Casas: □ escadarias □ vielas ■ ruas
Transporte Público: ■ponto no bairro □ ponto no entorno
Drenagem: □ sim ■ não
Equipamentos no bairro:
Educação: □ Infantil ■ Fundamental □ Médio
Saúde: □ Hospital ■ Posto de Saúde
Lazer e Cultura: □ Praça □ Parque □ Outros. Quais: Quadra de Esporte________________________________________________________________________
Outros:
Aspectos Físicos Naturais:
Ambiente Morfológico: □ Fundo de Vale □ Encosta □ Topo de Morro □ Outros
Declividade do Terreno: □ Alta □ Média ■ Baixa
Risco Geológico-geotécnico: ■ Inexistente □ Escorregamento □ Inundação □ Outros
Existência de elementos geradores de restrições legais à ocupação: □ Curso D´agua □ Nascente □ Linha de Transmissão □ Adutora □ Oleoduto □ Gasoduto
□ Rodovia □ Ferrovia □ Metrovia □ Outros
Parcelamento e Uso do Solo:
Tamanho médio dos lotes: __ m² | Traçado: ■ Regular □ Irregular
Função principal das vias: ■ Veiculares □ De pedestres | Traçado: □ Regular □ Irregular
Taxa de Ocupação do Solo: □ Alta □ Média ■ Baixa
Densidade Construtiva: □ Alta □ Média ■ Baixa
Quantidade de domicílios por lote: _1__________________________________________________________________________
Tipologia de Ocupação Residencial Predominante: ■ Unifamiliar □ Multifamiliar Horizontal □ Multifamiliar Vertical
Usos não residências existentes: ■ Comércio e Serviços □ Indústra □ Outros
Fotos Vistoria:
Fotos: Tiradas em levantamento feito pela equipe da Integra Sociedade Cooperativa em setembro de 2011.
FICHAS DE CARACTERIZAÇÃO DOS ASSENTAMENTOS
Identificação: 05___________________________________________________________________________________________
Nome: Gabriel_____________________________________________________________________________________________
Bairro: Gabriel_____________________________________________________________________________________________
Referência de Localização: ___________________________________________________________________________________
Foto Aérea:
Fonte: Google Earth, 2002
Dados Gerais
Número de Domicílios: _________________________________
Número de Famílias: 50_________________________________
Área da Ocupação: -___________________________________
Propriedade: Privada___________________________________
Zoneamento: Macrozona de destinação rural_______________
Principal Acesso Viário: _________________________________
População:
Origem das Famílias: □ outros bairros □outras cidades □outros estados
Renda mensal familiar média: ■ menos de 1 s.m. ■ 1 s.m. □ 2 s.m. □ 3 s.m. □ mais de 3 s.m.
Habitações:
Quantidade média de cômodos por domicílio: □ 1 cômodo □ 2 cômodos □ 3 cômodos ■mais de 3 cômodos
Quantidade média de famílias por domicílio: 01_________________________________________________________________
Quantidade média de pessoas por domicílio: 02 a 05__________________________________________________________ __
Tipo predominante de construção: □ madeira ■ alvenaria □ outro
Gabarito predominante: □ térreo ■ 1 pavto. □ 2 pavtos. □ 3 ou mais pavtos.
Recuo Predominante: ■ Frontal ■ Lateral
Infra Estrutura:
Coleta de Esgoto na Residência: □ rede pública □ céu aberto □ fossa séptica ■ fossa negra
Destino Final do Esgoto: □ rede oficial □ córrego □ galeria pluvial
Abastecimento de Água: □ rede pública □ hidrômetro coletivo □ hidrômetro individual □ ligação clandestina ■ poço □ caminhão pipa
Iluminação das Vias: □ sim □ não ■ parcial
Coleta de lixo: ■ interior do núcleo □ nas ruas externas ao núcleo □ seletiva
Pavimentação das Vias: □ asfalto □ concreto □ terra □ paralelepípedo ■ parcial
Acessibilidade das Casas: □ escadarias □ vielas ■ ruas
Transporte Público: ■ponto no bairro □ ponto no entorno
Drenagem: □ sim ■ não
Equipamentos no bairro:
Educação: □ Infantil ■ Fundamental □ Médio
Saúde: □ Hospital ■ Posto de Saúde
Lazer e Cultura: □ Praça □ Parque □ Outros. Quais: Quadra de Esporte________________________________________________________________________
Outros:
Aspectos Físicos Naturais:
Ambiente Morfológico: □ Fundo de Vale □ Encosta □ Topo de Morro □ Outros
Declividade do Terreno: □ Alta □ Média ■ Baixa
Risco Geológico-geotécnico: ■ Inexistente □ Escorregamento □ Inundação □ Outros
Existência de elementos geradores de restrições legais à ocupação: □ Curso D´agua □ Nascente □ Linha de Transmissão □ Adutora □ Oleoduto □ Gasoduto
□ Rodovia □ Ferrovia □ Metrovia □ Outros
Parcelamento e Uso do Solo:
Tamanho médio dos lotes: __ m² | Traçado: ■ Regular □ Irregular
Função principal das vias: ■ Veiculares □ De pedestres | Traçado: □ Regular □ Irregular
Taxa de Ocupação do Solo: □ Alta □ Média ■ Baixa
Densidade Construtiva: □ Alta □ Média ■ Baixa
Quantidade de domicílios por lote: _1__________________________________________________________________________
Tipologia de Ocupação Residencial Predominante: ■ Unifamiliar □ Multifamiliar Horizontal □ Multifamiliar Vertical
Usos não residências existentes: □ Comércio e Serviços □ Indústra □ Outros
Fotos Vistoria:
Fotos: Tiradas em levantamento feito pela equipe da Integra Sociedade Cooperativa em setembro de 2011.
FICHAS DE CARACTERIZAÇÃO DOS ASSENTAMENTOS
Identificação: 06___________________________________________________________________________________________
Nome: Goes_____________________________________________________________________________________________
Bairro: Goes_____________________________________________________________________________________________
Referência de Localização: ___________________________________________________________________________________
Foto Aérea:
Fonte: Google Earth, 2003
Dados Gerais
Número de Domicílios: _________________________________
Número de Famílias: 50_________________________________
Área da Ocupação: -___________________________________
Propriedade: Privada___________________________________
Zoneamento: Macrozona de destinação rural_______________
Principal Acesso Viário: _________________________________
População:
Origem das Famílias: □ outros bairros □outras cidades □outros estados
Renda mensal familiar média: ■ menos de 1 s.m. ■ 1 s.m. □ 2 s.m. □ 3 s.m. □ mais de 3 s.m.
Habitações:
Quantidade média de cômodos por domicílio: □ 1 cômodo □ 2 cômodos □ 3 cômodos ■mais de 3 cômodos
Quantidade média de famílias por domicílio: 01_________________________________________________________________
Quantidade média de pessoas por domicílio: 02 a 05__________________________________________________________ __
Tipo predominante de construção: □ madeira ■ alvenaria □ outro
Gabarito predominante: □ térreo ■ 1 pavto. □ 2 pavtos. □ 3 ou mais pavtos.
Recuo Predominante: ■ Frontal ■ Lateral
Infra Estrutura:
Coleta de Esgoto na Residência: □ rede pública □ céu aberto □ fossa séptica ■ fossa negra
Destino Final do Esgoto: □ rede oficial □ córrego □ galeria pluvial
Abastecimento de Água: □ rede pública □ hidrômetro coletivo □ hidrômetro individual □ ligação clandestina ■ poço □ caminhão pipa
Iluminação das Vias: □ sim □ não ■ parcial
Coleta de lixo: ■ interior do núcleo □ nas ruas externas ao núcleo □ seletiva
Pavimentação das Vias: □ asfalto □ concreto □ terra □ paralelepípedo ■ parcial
Acessibilidade das Casas: □ escadarias □ vielas ■ ruas
Transporte Público: ■ponto no bairro □ ponto no entorno
Drenagem: □ sim ■ não
Equipamentos no bairro:
Educação: □ Infantil ■ Fundamental □ Médio
Saúde: □ Hospital ■ Posto de Saúde
Lazer e Cultura: □ Praça □ Parque □ Outros. Quais: _______________________________________________________________________________________
Outros:
Aspectos Físicos Naturais:
Ambiente Morfológico: □ Fundo de Vale □ Encosta □ Topo de Morro □ Outros
Declividade do Terreno: □ Alta □ Média ■ Baixa
Risco Geológico-geotécnico: ■ Inexistente □ Escorregamento □ Inundação □ Outros
Existência de elementos geradores de restrições legais à ocupação: □ Curso D´agua □ Nascente □ Linha de Transmissão □ Adutora □ Oleoduto □ Gasoduto
□ Rodovia □ Ferrovia □ Metrovia □ Outros
Parcelamento e Uso do Solo:
Tamanho médio dos lotes: __ m² | Traçado: ■ Regular □ Irregular
Função principal das vias: ■ Veiculares □ De pedestres | Traçado: □ Regular □ Irregular
Taxa de Ocupação do Solo: □ Alta □ Média ■ Baixa
Densidade Construtiva: □ Alta □ Média ■ Baixa
Quantidade de domicílios por lote: _1__________________________________________________________________________
Tipologia de Ocupação Residencial Predominante: ■ Unifamiliar □ Multifamiliar Horizontal □ Multifamiliar Vertical
Usos não residências existentes: □ Comércio e Serviços □ Indústra □ Outros
Fotos Vistoria:
Fotos: Tiradas em levantamento feito pela equipe da Integra Sociedade Cooperativa em setembro de 2011.
FICHAS DE CARACTERIZAÇÃO DOS ASSENTAMENTOS
Identificação: 07___________________________________________________________________________________________
Nome: Grilos_____________________________________________________________________________________________
Bairro: Grilos_____________________________________________________________________________________________
Referência de Localização: ___________________________________________________________________________________
Foto Aérea:
Fonte: Google Earth, 2009
Dados Gerais
Número de Domicílios: _________________________________
Número de Famílias: 250_________________________________
Área da Ocupação: -___________________________________
Propriedade: Privada___________________________________
Zoneamento: Macrozona de destinação rural_______________
Principal Acesso Viário: _________________________________
População:
Origem das Famílias: □ outros bairros □outras cidades □outros estados
Renda mensal familiar média: ■ menos de 1 s.m. ■ 1 s.m. □ 2 s.m. □ 3 s.m. □ mais de 3 s.m.
Habitações:
Quantidade média de cômodos por domicílio: □ 1 cômodo □ 2 cômodos □ 3 cômodos ■mais de 3 cômodos
Quantidade média de famílias por domicílio: 01_________________________________________________________________
Quantidade média de pessoas por domicílio: 02 a 05__________________________________________________________ __
Tipo predominante de construção: □ madeira ■ alvenaria □ outro
Gabarito predominante: □ térreo ■ 1 pavto. □ 2 pavtos. □ 3 ou mais pavtos.
Recuo Predominante: ■ Frontal ■ Lateral
Infra Estrutura:
Coleta de Esgoto na Residência: □ rede pública □ céu aberto □ fossa séptica ■ fossa negra
Destino Final do Esgoto: □ rede oficial □ córrego □ galeria pluvial
Abastecimento de Água: □ rede pública □ hidrômetro coletivo □ hidrômetro individual □ ligação clandestina ■ poço □ caminhão pipa
Iluminação das Vias: □ sim □ não ■ parcial
Coleta de lixo: ■ interior do núcleo □ nas ruas externas ao núcleo □ seletiva
Pavimentação das Vias: □ asfalto □ concreto □ terra □ paralelepípedo ■ parcial
Acessibilidade das Casas: □ escadarias □ vielas ■ ruas
Transporte Público: ■ponto no bairro □ ponto no entorno
Drenagem: □ sim ■ não
Equipamentos no bairro:
Educação: □ Infantil ■ Fundamental □ Médio
Saúde: □ Hospital □ Posto de Saúde
Lazer e Cultura: ■ Praça □ Parque □ Outros. Quais: ______________________________________________________________________________________
Outros:
Aspectos Físicos Naturais:
Ambiente Morfológico: □ Fundo de Vale □ Encosta □ Topo de Morro □ Outros
Declividade do Terreno: □ Alta □ Média ■ Baixa
Risco Geológico-geotécnico: □ Inexistente □ Escorregamento ■ Inundação □ Outros
Existência de elementos geradores de restrições legais à ocupação: □ Curso D´agua □ Nascente □ Linha de Transmissão □ Adutora □ Oleoduto □ Gasoduto
□ Rodovia □ Ferrovia □ Metrovia □ Outros
Parcelamento e Uso do Solo:
Tamanho médio dos lotes: __ m² | Traçado: ■ Regular □ Irregular
Função principal das vias: ■ Veiculares □ De pedestres | Traçado: □ Regular □ Irregular
Taxa de Ocupação do Solo: □ Alta □ Média ■ Baixa
Densidade Construtiva: □ Alta □ Média ■ Baixa
Quantidade de domicílios por lote: _1__________________________________________________________________________
Tipologia de Ocupação Residencial Predominante: ■ Unifamiliar □ Multifamiliar Horizontal □ Multifamiliar Vertical
Usos não residências existentes: □ Comércio e Serviços □ Indústra □ Outros
Fotos Vistoria:
Fotos: Tiradas em levantamento feito pela equipe da Integra Sociedade Cooperativa em setembro de 2011.
FICHAS DE CARACTERIZAÇÃO DOS ASSENTAMENTOS
Identificação: 8___________________________________________________________________________________________
Nome: Lageado____________________________________________________________________________________________
Bairro: Lageado____________________________________________________________________________________________
Referência de Localização: ___________________________________________________________________________________
Foto Aérea:
Fonte: Google Earth, 2003
Dados Gerais
Número de Domicílios: _________________________________
Número de Famílias: 60/200_________________________________
Área da Ocupação: -___________________________________
Propriedade: Privada___________________________________
Zoneamento: Macrozona de destinação rural_______________
Principal Acesso Viário: _________________________________
População:
Origem das Famílias: □ outros bairros □outras cidades □outros estados
Renda mensal familiar média: ■ menos de 1 s.m. ■ 1 s.m. □ 2 s.m. □ 3 s.m. □ mais de 3 s.m.
Habitações:
Quantidade média de cômodos por domicílio: □ 1 cômodo □ 2 cômodos □ 3 cômodos ■mais de 3 cômodos
Quantidade média de famílias por domicílio: 01_________________________________________________________________
Quantidade média de pessoas por domicílio: 02 a 05__________________________________________________________ __
Tipo predominante de construção: □ madeira ■ alvenaria □ outro
Gabarito predominante: □ térreo ■ 1 pavto. □ 2 pavtos. □ 3 ou mais pavtos.
Recuo Predominante: ■ Frontal ■ Lateral
Infra Estrutura:
Coleta de Esgoto na Residência: □ rede pública □ céu aberto □ fossa séptica ■ fossa negra
Destino Final do Esgoto: □ rede oficial □ córrego □ galeria pluvial
Abastecimento de Água: □ rede pública □ hidrômetro coletivo □ hidrômetro individual □ ligação clandestina ■ poço □ caminhão pipa
Iluminação das Vias: □ sim □ não ■ parcial
Coleta de lixo: ■ interior do núcleo □ nas ruas externas ao núcleo □ seletiva
Pavimentação das Vias: □ asfalto □ concreto □ terra □ paralelepípedo ■ parcial
Acessibilidade das Casas: □ escadarias □ vielas ■ ruas
Transporte Público: ■ponto no bairro □ ponto no entorno
Drenagem: □ sim ■ não
Equipamentos no bairro:
Educação: □ Infantil ■ Fundamental □ Médio
Saúde: □ Hospital □ Posto de Saúde
Lazer e Cultura: □ Praça □ Parque □ Outros. Quais: _______________________________________________________________________________________
Outros:
Aspectos Físicos Naturais:
Ambiente Morfológico: □ Fundo de Vale □ Encosta □ Topo de Morro □ Outros
Declividade do Terreno: □ Alta □ Média ■ Baixa
Risco Geológico-geotécnico: □ Inexistente □ Escorregamento ■ Inundação □ Outros
Existência de elementos geradores de restrições legais à ocupação: □ Curso D´agua □ Nascente □ Linha de Transmissão □ Adutora □ Oleoduto □ Gasoduto
□ Rodovia □ Ferrovia □ Metrovia □ Outros
Parcelamento e Uso do Solo:
Tamanho médio dos lotes: __ m² | Traçado: ■ Regular □ Irregular
Função principal das vias: ■ Veiculares □ De pedestres | Traçado: □ Regular □ Irregular
Taxa de Ocupação do Solo: □ Alta □ Média ■ Baixa
Densidade Construtiva: □ Alta □ Média ■ Baixa
Quantidade de domicílios por lote: _1__________________________________________________________________________
Tipologia de Ocupação Residencial Predominante: ■ Unifamiliar □ Multifamiliar Horizontal □ Multifamiliar Vertical
Usos não residências existentes: □ Comércio e Serviços □ Indústra □ Outros
Fotos Vistoria:
Fotos: Tiradas em levantamento feito pela equipe da Integra Sociedade Cooperativa em setembro de 2011.
FICHAS DE CARACTERIZAÇÃO DOS ASSENTAMENTOS
Identificação: 09____________________________________________________________________________________________
Nome: Murundú____________________________________________________________________________________________
Bairro: Murundú____________________________________________________________________________________________
Referência de Localização: ___________________________________________________________________________________
Foto Aérea:
Fonte: Google Earth, 2003
Dados Gerais
Número de Domicílios: __________________________________
Número de Famílias: 80/250______________________________
Área da Ocupação: -____________________________________
Propriedade: Privada___________________________________
Zoneamento: Macrozona de destinação rural_________________
Principal Acesso Viário: _________________________________
População:
Origem das Famílias: □ outros bairros □outras cidades □outros estados
Renda mensal familiar média: ■ menos de 1 s.m. ■ 1 s.m. □ 2 s.m. □ 3 s.m. □ mais de 3 s.m.
Habitações:
Quantidade média de cômodos por domicílio: □ 1 cômodo □ 2 cômodos □ 3 cômodos ■mais de 3 cômodos
Quantidade média de famílias por domicílio: 01_________________________________________________________________
Quantidade média de pessoas por domicílio: 02 a 05__________________________________________________________ __
Tipo predominante de construção: □ madeira ■ alvenaria □ outro
Gabarito predominante: □ térreo ■ 1 pavto. □ 2 pavtos. □ 3 ou mais pavtos.
Recuo Predominante: ■ Frontal ■ Lateral
Infra Estrutura:
Coleta de Esgoto na Residência: □ rede pública □ céu aberto □ fossa séptica ■ fossa negra
Destino Final do Esgoto: □ rede oficial □ córrego □ galeria pluvial
Abastecimento de Água: □ rede pública □ hidrômetro coletivo □ hidrômetro individual □ ligação clandestina ■ poço □ caminhão pipa
Iluminação das Vias: □ sim □ não ■ parcial
Coleta de lixo: ■ interior do núcleo □ nas ruas externas ao núcleo □ seletiva
Pavimentação das Vias: □ asfalto □ concreto □ terra □ paralelepípedo ■ parcial
Acessibilidade das Casas: □ escadarias □ vielas ■ ruas
Transporte Público: ■ponto no bairro □ ponto no entorno
Drenagem: □ sim ■ não
Equipamentos no bairro:
Educação: □ Infantil ■ Fundamental □ Médio
Saúde: □ Hospital □ Posto de Saúde
Lazer e Cultura: □ Praça □ Parque □ Outros. Quais: _______________________________________________________________________________________
Outros:
Aspectos Físicos Naturais:
Ambiente Morfológico: □ Fundo de Vale □ Encosta □ Topo de Morro □ Outros
Declividade do Terreno: □ Alta □ Média ■ Baixa
Risco Geológico-geotécnico: ■ Inexistente □ Escorregamento □ Inundação □ Outros
Existência de elementos geradores de restrições legais à ocupação: □ Curso D´agua □ Nascente □ Linha de Transmissão □ Adutora □ Oleoduto □ Gasoduto
□ Rodovia □ Ferrovia □ Metrovia □ Outros
Parcelamento e Uso do Solo:
Tamanho médio dos lotes: __ m² | Traçado: ■ Regular □ Irregular
Função principal das vias: ■ Veiculares □ De pedestres | Traçado: □ Regular □ Irregular
Taxa de Ocupação do Solo: □ Alta □ Média ■ Baixa
Densidade Construtiva: □ Alta □ Média ■ Baixa
Quantidade de domicílios por lote: _1__________________________________________________________________________
Tipologia de Ocupação Residencial Predominante: ■ Unifamiliar □ Multifamiliar Horizontal □ Multifamiliar Vertical
Usos não residências existentes: □ Comércio e Serviços □ Indústra □ Outros
Fotos Vistoria:
Fotos: Tiradas em levantamento feito pela equipe da Integra Sociedade Cooperativa em setembro de 2011.
FICHAS DE CARACTERIZAÇÃO DOS ASSENTAMENTOS
Identificação: 10___________________________________________________________________________________________
Nome:Paiol Grande__________________________________________________________________________________________
Bairro:Paiol Grande__________________________________________________________________________________________
Referência de Localização: ___________________________________________________________________________________
Foto Aérea:
Fonte: Google Earth, 2002
Dados Gerais
Número de Domicílios: __________________________________
Número de Famílias:70/100______________________________
Área da Ocupação: -____________________________________
Propriedade: Privada___________________________________
Zoneamento: Macrozona de destinação rural_________________
Principal Acesso Viário: _________________________________
População:
Origem das Famílias: □ outros bairros □outras cidades □outros estados
Renda mensal familiar média: □ menos de 1 s.m. ■ 1 s.m. □ 2 s.m. □ 3 s.m. □ mais de 3 s.m.
Habitações:
Quantidade média de cômodos por domicílio: □ 1 cômodo □ 2 cômodos □ 3 cômodos ■mais de 3 cômodos
Quantidade média de famílias por domicílio: 01_________________________________________________________________
Quantidade média de pessoas por domicílio: 02 a 05__________________________________________________________ __
Tipo predominante de construção: □ madeira ■ alvenaria □ outro
Gabarito predominante: □ térreo ■ 1 pavto. □ 2 pavtos. □ 3 ou mais pavtos.
Recuo Predominante: ■ Frontal ■ Lateral
Infra Estrutura:
Coleta de Esgoto na Residência: □ rede pública □ céu aberto □ fossa séptica ■ fossa negra
Destino Final do Esgoto: □ rede oficial □ córrego □ galeria pluvial
Abastecimento de Água: □ rede pública □ hidrômetro coletivo □ hidrômetro individual □ ligação clandestina ■ poço □ caminhão pipa
Iluminação das Vias: □ sim □ não ■ parcial
Coleta de lixo: ■ interior do núcleo □ nas ruas externas ao núcleo □ seletiva
Pavimentação das Vias: □ asfalto □ concreto □ terra □ paralelepípedo ■ parcial
Acessibilidade das Casas: □ escadarias □ vielas ■ ruas
Transporte Público: ■ponto no bairro □ ponto no entorno
Drenagem: □ sim ■ não
Equipamentos no bairro:
Educação: □ Infantil □ Fundamental □ Médio
Saúde: □ Hospital □ Posto de Saúde
Lazer e Cultura: □ Praça □ Parque □ Outros. Quais: _______________________________________________________________________________________
Outros:
Aspectos Físicos Naturais:
Ambiente Morfológico: □ Fundo de Vale □ Encosta □ Topo de Morro □ Outros
Declividade do Terreno: □ Alta □ Média ■ Baixa
Risco Geológico-geotécnico: □ Inexistente □ Escorregamento ■ Inundação □ Outros
Existência de elementos geradores de restrições legais à ocupação: □ Curso D´agua □ Nascente □ Linha de Transmissão □ Adutora □ Oleoduto □ Gasoduto
□ Rodovia □ Ferrovia □ Metrovia □ Outros
Parcelamento e Uso do Solo:
Tamanho médio dos lotes: __ m² | Traçado: ■ Regular □ Irregular
Função principal das vias: ■ Veiculares □ De pedestres | Traçado: □ Regular □ Irregular
Taxa de Ocupação do Solo: □ Alta □ Média ■ Baixa
Densidade Construtiva: □ Alta □ Média ■ Baixa
Quantidade de domicílios por lote: _1__________________________________________________________________________
Tipologia de Ocupação Residencial Predominante: ■ Unifamiliar □ Multifamiliar Horizontal □ Multifamiliar Vertical
Usos não residências existentes: □ Comércio e Serviços □ Indústra □ Outros
Fotos Vistoria:
Fotos: Tiradas em levantamento feito pela equipe da Integra Sociedade Cooperativa em setembro de 2011.
FICHAS DE CARACTERIZAÇÃO DOS ASSENTAMENTOS
Identificação: 11___________________________________________________________________________________________
Nome:Paiol Pequeno________________________________________________________________________________________
Bairro:Paiol Pequeno________________________________________________________________________________________
Referência de Localização: ___________________________________________________________________________________
Foto Aérea:
Fonte: Google Earth, 2002
Dados Gerais
Número de Domicílios: __________________________________
Número de Famílias:200/800______________________________
Área da Ocupação: -____________________________________
Propriedade: Privada___________________________________
Zoneamento:zona de urbanização em consolidação 1___________
Principal Acesso Viário: _________________________________
População:
Origem das Famílias: □ outros bairros □outras cidades □outros estados
Renda mensal familiar média: □ menos de 1 s.m. □ 1 s.m. ■ 2 s.m. □ 3 s.m. □ mais de 3 s.m.
Habitações:
Quantidade média de cômodos por domicílio: □ 1 cômodo □ 2 cômodos □ 3 cômodos ■mais de 3 cômodos
Quantidade média de famílias por domicílio: 01_________________________________________________________________
Quantidade média de pessoas por domicílio: 02 a 05__________________________________________________________ __
Tipo predominante de construção: □ madeira ■ alvenaria □ outro
Gabarito predominante: □ térreo ■ 1 pavto. □ 2 pavtos. □ 3 ou mais pavtos.
Recuo Predominante: ■ Frontal ■ Lateral
Infra Estrutura:
Coleta de Esgoto na Residência: □ rede pública □ céu aberto □ fossa séptica ■ fossa negra
Destino Final do Esgoto: □ rede oficial □ córrego □ galeria pluvial
Abastecimento de Água: □ rede pública □ hidrômetro coletivo □ hidrômetro individual □ ligação clandestina ■ poço □ caminhão pipa
Iluminação das Vias: □ sim □ não ■ parcial
Coleta de lixo: ■ interior do núcleo □ nas ruas externas ao núcleo □ seletiva
Pavimentação das Vias: ■ asfalto □ concreto □ terra □ paralelepípedo □ parcial
Acessibilidade das Casas: □ escadarias □ vielas ■ ruas
Transporte Público: ■ponto no bairro □ ponto no entorno
Drenagem: □ sim ■ não
Equipamentos no bairro:
Educação: □ Infantil ■ Fundamental □ Médio
Saúde: □ Hospital ■ Posto de Saúde
Lazer e Cultura: □ Praça □ Parque □ Outros. Quais: _______________________________________________________________________________________
Outros:
Aspectos Físicos Naturais:
Ambiente Morfológico: □ Fundo de Vale □ Encosta □ Topo de Morro □ Outros
Declividade do Terreno: □ Alta □ Média ■ Baixa
Risco Geológico-geotécnico: ■ Inexistente □ Escorregamento □ Inundação □ Outros
Existência de elementos geradores de restrições legais à ocupação: □ Curso D´agua □ Nascente □ Linha de Transmissão □ Adutora □ Oleoduto □ Gasoduto
□ Rodovia □ Ferrovia □ Metrovia □ Outros
Parcelamento e Uso do Solo:
Tamanho médio dos lotes: __ m² | Traçado: ■ Regular □ Irregular
Função principal das vias: ■ Veiculares □ De pedestres | Traçado: □ Regular □ Irregular
Taxa de Ocupação do Solo: □ Alta □ Média ■ Baixa
Densidade Construtiva: □ Alta □ Média ■ Baixa
Quantidade de domicílios por lote: _1__________________________________________________________________________
Tipologia de Ocupação Residencial Predominante: ■ Unifamiliar □ Multifamiliar Horizontal □ Multifamiliar Vertical
Usos não residências existentes: □ Comércio e Serviços □ Indústra □ Outros
Fotos Vistoria:
Fotos: Tiradas em levantamento feito pela equipe da Integra Sociedade Cooperativa em setembro de 2011.
FICHAS DE CARACTERIZAÇÃO DOS ASSENTAMENTOS
Identificação: 12___________________________________________________________________________________________
Nome: Paruru___ ____________________________________________________________________________________________
Bairro:Paruru________________________________________________________________________________________________
Referência de Localização: ___________________________________________________________________________________
Foto Aérea:
Fonte: Google Earth, 2001
Dados Gerais
Número de Domicílios: __________________________________
Número de Famílias:700/1500____________________________
Área da Ocupação: -____________________________________
Propriedade: Privada___________________________________
Zoneamento: zona de urbanização em consolidação 2____________
Principal Acesso Viário: _________________________________
População:
Origem das Famílias: □ outros bairros □outras cidades □outros estados
Renda mensal familiar média: □ menos de 1 s.m. □ 1 s.m. ■ 2 s.m. □ 3 s.m. □ mais de 3 s.m.
Habitações:
Quantidade média de cômodos por domicílio: □ 1 cômodo □ 2 cômodos □ 3 cômodos ■mais de 3 cômodos
Quantidade média de famílias por domicílio: 01_________________________________________________________________
Quantidade média de pessoas por domicílio: 02 a 05__________________________________________________________ __
Tipo predominante de construção: □ madeira ■ alvenaria □ outro
Gabarito predominante: □ térreo ■ 1 pavto. □ 2 pavtos. □ 3 ou mais pavtos.
Recuo Predominante: ■ Frontal ■ Lateral
Infra Estrutura:
Coleta de Esgoto na Residência: □ rede pública □ céu aberto □ fossa séptica ■ fossa negra
Destino Final do Esgoto: □ rede oficial □ córrego □ galeria pluvial
Abastecimento de Água: ■ rede pública □ hidrômetro coletivo □ hidrômetro individual □ ligação clandestina □ poço □ caminhão pipa
Iluminação das Vias: □ sim □ não ■ parcial
Coleta de lixo: ■ interior do núcleo □ nas ruas externas ao núcleo □ seletiva
Pavimentação das Vias: ■ asfalto □ concreto □ terra □ paralelepípedo □ parcial
Acessibilidade das Casas: □ escadarias □ vielas ■ ruas
Transporte Público: ■ponto no bairro □ ponto no entorno
Drenagem: □ sim ■ não
Equipamentos no bairro:
Educação: □ Infantil ■ Fundamental ■ Médio
Saúde: □ Hospital ■ Posto de Saúde
Lazer e Cultura: □ Praça □ Parque □ Outros. Quais: Campo de Futebol ________________________________________________________________________
Outros:
Aspectos Físicos Naturais:
Ambiente Morfológico: ■ Fundo de Vale □ Encosta □ Topo de Morro □ Outros
Declividade do Terreno: □ Alta □ Média ■ Baixa
Risco Geológico-geotécnico: □ Inexistente □ Escorregamento ■ Inundação □ Outros
Existência de elementos geradores de restrições legais à ocupação: □ Curso D´agua □ Nascente □ Linha de Transmissão □ Adutora □ Oleoduto □ Gasoduto
□ Rodovia □ Ferrovia □ Metrovia □ Outros
Parcelamento e Uso do Solo:
Tamanho médio dos lotes: __ m² | Traçado: ■ Regular □ Irregular
Função principal das vias: ■ Veiculares □ De pedestres | Traçado: □ Regular □ Irregular
Taxa de Ocupação do Solo: □ Alta □ Média ■ Baixa
Densidade Construtiva: □ Alta □ Média ■ Baixa
Quantidade de domicílios por lote: _1__________________________________________________________________________
Tipologia de Ocupação Residencial Predominante: ■ Unifamiliar □ Multifamiliar Horizontal □ Multifamiliar Vertical
Usos não residências existentes: □ Comércio e Serviços □ Indústra □ Outros
Fotos Vistoria:
Fotos: Tiradas em levantamento feito pela equipe da Integra Sociedade Cooperativa em setembro de 2011.
FICHAS DE CARACTERIZAÇÃO DOS ASSENTAMENTOS
Identificação: 13___________________________________________________________________________________________
Nome: Piaí___ ____________________________________________________________________________________________
Bairro:Piaí________________________________________________________________________________________________
Referência de Localização: ___________________________________________________________________________________
Foto Aérea:
Fonte: Google Earth, 2002
Dados Gerais
Número de Domicílios: __________________________________
Número de Famílias:200/ 2000____________________________
Área da Ocupação: -____________________________________
Propriedade: Privada___________________________________
Zoneamento: Macrozoneamento de destinação rural_____________
Principal Acesso Viário: _________________________________
População:
Origem das Famílias: □ outros bairros □outras cidades □outros estados
Renda mensal familiar média: □ menos de 1 s.m. □ 1 s.m. ■ 2 s.m. □ 3 s.m. □ mais de 3 s.m.
Habitações:
Quantidade média de cômodos por domicílio: □ 1 cômodo □ 2 cômodos □ 3 cômodos ■mais de 3 cômodos
Quantidade média de famílias por domicílio: 01_________________________________________________________________
Quantidade média de pessoas por domicílio: 02 a 05__________________________________________________________ __
Tipo predominante de construção: □ madeira ■ alvenaria □ outro
Gabarito predominante: □ térreo ■ 1 pavto. □ 2 pavtos. □ 3 ou mais pavtos.
Recuo Predominante: ■ Frontal ■ Lateral
Infra Estrutura:
Coleta de Esgoto na Residência: □ rede pública □ céu aberto □ fossa séptica ■ fossa negra
Destino Final do Esgoto: □ rede oficial □ córrego □ galeria pluvial
Abastecimento de Água: □ rede pública □ hidrômetro coletivo □ hidrômetro individual □ ligação clandestina ■ poço □ caminhão pipa
Iluminação das Vias: □ sim □ não ■ parcial
Coleta de lixo: ■ interior do núcleo □ nas ruas externas ao núcleo □ seletiva
Pavimentação das Vias: ■ asfalto □ concreto □ terra □ paralelepípedo □ parcial
Acessibilidade das Casas: □ escadarias □ vielas ■ ruas
Transporte Público: ■ponto no bairro □ ponto no entorno
Drenagem: □ sim ■ não
Equipamentos no bairro:
Educação: □ Infantil ■ Fundamental □ Médio
Saúde: □ Hospital □ Posto de Saúde
Lazer e Cultura: □ Praça □ Parque □ Outros. Quais: ______________ ________________________________________________________________________
Outros:
Aspectos Físicos Naturais:
Ambiente Morfológico: □ Fundo de Vale □ Encosta □ Topo de Morro □ Outros
Declividade do Terreno: □ Alta □ Média ■ Baixa
Risco Geológico-geotécnico: □ Inexistente □ Escorregamento □ Inundação □ Outros
Existência de elementos geradores de restrições legais à ocupação: □ Curso D´agua □ Nascente □ Linha de Transmissão □ Adutora □ Oleoduto □ Gasoduto
□ Rodovia □ Ferrovia □ Metrovia □ Outros
Parcelamento e Uso do Solo:
Tamanho médio dos lotes: __ m² | Traçado: ■ Regular □ Irregular
Função principal das vias: ■ Veiculares □ De pedestres | Traçado: ■ Regular □ Irregular
Taxa de Ocupação do Solo: □ Alta □ Média ■ Baixa
Densidade Construtiva: □ Alta □ Média ■ Baixa
Quantidade de domicílios por lote: _1__________________________________________________________________________
Tipologia de Ocupação Residencial Predominante: ■ Unifamiliar □ Multifamiliar Horizontal □ Multifamiliar Vertical
Usos não residências existentes: □ Comércio e Serviços □ Indústra □ Outros
Fotos Vistoria:
Fotos: Tiradas em levantamento feito pela equipe da Integra Sociedade Cooperativa em setembro de 2011.
FICHAS DE CARACTERIZAÇÃO DOS ASSENTAMENTOS
Identificação: 14___________________________________________________________________________________________
Nome: Puris___ ____________________________________________________________________________________________
Bairro:Puris________________________________________________________________________________________________
Referência de Localização: ___________________________________________________________________________________
Foto Aérea:
Fonte: Google Earth, 2002
Dados Gerais
Número de Domicílios: __________________________________
Número de Famílias:80/250______________________________
Área da Ocupação: -____________________________________
Propriedade: Privada___________________________________
Zoneamento: Macrozoneamento de destinação rural_____________
Principal Acesso Viário: _________________________________
População:
Origem das Famílias: □ outros bairros □outras cidades □outros estados
Renda mensal familiar média: □ menos de 1 s.m. □ 1 s.m. ■ 2 s.m. □ 3 s.m. □ mais de 3 s.m.
Habitações:
Quantidade média de cômodos por domicílio: □ 1 cômodo □ 2 cômodos □ 3 cômodos ■mais de 3 cômodos
Quantidade média de famílias por domicílio: 01_________________________________________________________________
Quantidade média de pessoas por domicílio: 02 a 05__________________________________________________________ __
Tipo predominante de construção: □ madeira ■ alvenaria □ outro
Gabarito predominante: □ térreo ■ 1 pavto. □ 2 pavtos. □ 3 ou mais pavtos.
Recuo Predominante: ■ Frontal ■ Lateral
Infra Estrutura:
Coleta de Esgoto na Residência: □ rede pública □ céu aberto □ fossa séptica ■ fossa negra
Destino Final do Esgoto: □ rede oficial □ córrego □ galeria pluvial
Abastecimento de Água: ■ rede pública □ hidrômetro coletivo □ hidrômetro individual □ ligação clandestina □ poço □ caminhão pipa
Iluminação das Vias: □ sim □ não ■ parcial
Coleta de lixo: ■ interior do núcleo □ nas ruas externas ao núcleo □ seletiva
Pavimentação das Vias: ■ asfalto □ concreto □ terra □ paralelepípedo □ parcial
Acessibilidade das Casas: □ escadarias □ vielas ■ ruas
Transporte Público: ■ponto no bairro □ ponto no entorno
Drenagem: □ sim ■ não
Equipamentos no bairro:
Educação: □ Infantil ■ Fundamental □ Médio
Saúde: □ Hospital □ Posto de Saúde
Lazer e Cultura: □ Praça □ Parque □ Outros. Quais: ______________ ________________________________________________________________________
Outros:
Aspectos Físicos Naturais:
Ambiente Morfológico: □ Fundo de Vale □ Encosta □ Topo de Morro □ Outros
Declividade do Terreno: □ Alta □ Média ■ Baixa
Risco Geológico-geotécnico: □ Inexistente □ Escorregamento □ Inundação □ Outros
Existência de elementos geradores de restrições legais à ocupação: □ Curso D´agua □ Nascente □ Linha de Transmissão □ Adutora □ Oleoduto □ Gasoduto
□ Rodovia □ Ferrovia □ Metrovia □ Outros
Parcelamento e Uso do Solo:
Tamanho médio dos lotes: __ m² | Traçado: ■ Regular □ Irregular
Função principal das vias: ■ Veiculares □ De pedestres | Traçado: ■ Regular □ Irregular
Taxa de Ocupação do Solo: □ Alta □ Média ■ Baixa
Densidade Construtiva: □ Alta □ Média ■ Baixa
Quantidade de domicílios por lote: _1__________________________________________________________________________
Tipologia de Ocupação Residencial Predominante: ■ Unifamiliar □ Multifamiliar Horizontal □ Multifamiliar Vertical
Usos não residências existentes: □ Comércio e Serviços □ Indústra □ Outros
Fotos Vistoria:
Fotos: Tiradas em levantamento feito pela equipe da Integra Sociedade Cooperativa em setembro de 2011.
FICHAS DE CARACTERIZAÇÃO DOS ASSENTAMENTOS
Identificação: 15___________________________________________________________________________________________
Nome: Ressaca___ _________________________________________________________________________________________
Bairro:Ressaca_____________________________________________________________________________________________
Referência de Localização: ___________________________________________________________________________________
Foto Aérea:
Fonte: Google Earth, 2007
Dados Gerais
Número de Domicílios: __________________________________
Número de Famílias:200/3000_____________________________
Área da Ocupação: -____________________________________
Propriedade: Privada___________________________________
Zoneamento: zona de urbanização em consolidação 2______________
Principal Acesso Viário: _________________________________
População:
Origem das Famílias: □ outros bairros □outras cidades □outros estados
Renda mensal familiar média: ■ menos de 1 s.m. ■ 1 s.m. ■ 2 s.m. □ 3 s.m. □ mais de 3 s.m.
Habitações:
Quantidade média de cômodos por domicílio: □ 1 cômodo □ 2 cômodos □ 3 cômodos ■mais de 3 cômodos
Quantidade média de famílias por domicílio: 01_________________________________________________________________
Quantidade média de pessoas por domicílio: 02 a 05__________________________________________________________ __
Tipo predominante de construção: □ madeira ■ alvenaria □ outro
Gabarito predominante: □ térreo ■ 1 pavto. □ 2 pavtos. □ 3 ou mais pavtos.
Recuo Predominante: ■ Frontal ■ Lateral
Infra Estrutura:
Coleta de Esgoto na Residência: □ rede pública □ céu aberto □ fossa séptica ■ fossa negra
Destino Final do Esgoto: □ rede oficial □ córrego □ galeria pluvial
Abastecimento de Água: ■ rede pública □ hidrômetro coletivo □ hidrômetro individual □ ligação clandestina □ poço □ caminhão pipa
Iluminação das Vias: □ sim □ não ■ parcial
Coleta de lixo: □ interior do núcleo ■ nas ruas externas ao núcleo □ seletiva
Pavimentação das Vias: ■ asfalto □ concreto □ terra □ paralelepípedo □ parcial
Acessibilidade das Casas: □ escadarias □ vielas ■ ruas
Transporte Público: ■ponto no bairro □ ponto no entorno
Drenagem: □ sim ■ não
Equipamentos no bairro:
Educação: ■ Infantil ■ Fundamental □ Médio
Saúde: □ Hospital ■ Posto de Saúde
Lazer e Cultura: □ Praça □ Parque □ Outros. Quais: Campo de Futebol ________________________________________________________________________
Outros:
Aspectos Físicos Naturais:
Ambiente Morfológico: □ Fundo de Vale ■ Encosta □ Topo de Morro □ Outros
Declividade do Terreno: □ Alta ■ Média □ Baixa
Risco Geológico-geotécnico: □ Inexistente □ Escorregamento □ Inundação □ Outros
Existência de elementos geradores de restrições legais à ocupação: □ Curso D´agua □ Nascente □ Linha de Transmissão □ Adutora □ Oleoduto □ Gasoduto
□ Rodovia □ Ferrovia □ Metrovia □ Outros
Parcelamento e Uso do Solo:
Tamanho médio dos lotes: __ m² | Traçado: ■ Regular □ Irregular
Função principal das vias: ■ Veiculares □ De pedestres | Traçado: ■ Regular □ Irregular
Taxa de Ocupação do Solo: □ Alta □ Média ■ Baixa
Densidade Construtiva: □ Alta □ Média ■ Baixa
Quantidade de domicílios por lote: _1__________________________________________________________________________
Tipologia de Ocupação Residencial Predominante: ■ Unifamiliar □ Multifamiliar Horizontal □ Multifamiliar Vertical
Usos não residências existentes: □ Comércio e Serviços □ Indústra □ Outros
Fotos Vistoria:
Fotos: Tiradas em levantamento feito pela equipe da Integra Sociedade Cooperativa em setembro de 2011.
FICHAS DE CARACTERIZAÇÃO DOS ASSENTAMENTOS
Identificação: 16___________________________________________________________________________________________
Nome: Ribeiros___ _________________________________________________________________________________________
Bairro:Ribeiros_____________________________________________________________________________________________
Referência de Localização: ___________________________________________________________________________________
Foto Aérea:
Fonte: Google Earth, 2009
Dados Gerais
Número de Domicílios: __________________________________
Número de Famílias:100/400_____________________________
Área da Ocupação: -____________________________________
Propriedade: Privada___________________________________
Zoneamento: Macrozoneamento de destinação rural_____________
Principal Acesso Viário: _________________________________
População:
Origem das Famílias: □ outros bairros □outras cidades □outros estados
Renda mensal familiar média: ■ menos de 1 s.m. ■ 1 s.m. ■ 2 s.m. □ 3 s.m. □ mais de 3 s.m.
Habitações:
Quantidade média de cômodos por domicílio: □ 1 cômodo □ 2 cômodos □ 3 cômodos ■mais de 3 cômodos
Quantidade média de famílias por domicílio: 01_________________________________________________________________
Quantidade média de pessoas por domicílio: 02 a 05__________________________________________________________ __
Tipo predominante de construção: □ madeira ■ alvenaria □ outro
Gabarito predominante: □ térreo ■ 1 pavto. □ 2 pavtos. □ 3 ou mais pavtos.
Recuo Predominante: ■ Frontal ■ Lateral
Infra Estrutura:
Coleta de Esgoto na Residência: □ rede pública □ céu aberto □ fossa séptica ■ fossa negra
Destino Final do Esgoto: □ rede oficial □ córrego □ galeria pluvial
Abastecimento de Água: □rede pública □ hidrômetro coletivo □ hidrômetro individual □ ligação clandestina ■ poço □ caminhão pipa
Iluminação das Vias: □ sim □ não ■ parcial
Coleta de lixo: □ interior do núcleo ■ nas ruas externas ao núcleo □ seletiva
Pavimentação das Vias: ■ asfalto □ concreto □ terra □ paralelepípedo □ parcial
Acessibilidade das Casas: □ escadarias □ vielas ■ ruas
Transporte Público: ■ponto no bairro □ ponto no entorno
Drenagem: □ sim ■ não
Equipamentos no bairro:
Educação: □ Infantil □ Fundamental □ Médio
Saúde: □ Hospital □ Posto de Saúde
Lazer e Cultura: □ Praça □ Parque □ Outros. Quais: _______________________________________________________________________________________
Outros:
Aspectos Físicos Naturais:
Ambiente Morfológico: □ Fundo de Vale ■ Encosta □ Topo de Morro □ Outros
Declividade do Terreno: □ Alta ■ Média □ Baixa
Risco Geológico-geotécnico: □ Inexistente □ Escorregamento □ Inundação □ Outros
Existência de elementos geradores de restrições legais à ocupação: □ Curso D´agua □ Nascente □ Linha de Transmissão □ Adutora □ Oleoduto □ Gasoduto
□ Rodovia □ Ferrovia □ Metrovia □ Outros
Parcelamento e Uso do Solo:
Tamanho médio dos lotes: __ m² | Traçado: ■ Regular □ Irregular
Função principal das vias: ■ Veiculares □ De pedestres | Traçado: ■ Regular □ Irregular
Taxa de Ocupação do Solo: □ Alta □ Média ■ Baixa
Densidade Construtiva: □ Alta □ Média ■ Baixa
Quantidade de domicílios por lote: _1__________________________________________________________________________
Tipologia de Ocupação Residencial Predominante: ■ Unifamiliar □ Multifamiliar Horizontal □ Multifamiliar Vertical
Usos não residências existentes: □ Comércio e Serviços □ Indústra □ Outros
Fotos Vistoria:
Fotos: Tiradas em levantamento feito pela equipe da Integra Sociedade Cooperativa em setembro de 2011.
FICHAS DE CARACTERIZAÇÃO DOS ASSENTAMENTOS
Identificação: 17___________________________________________________________________________________________
Nome: Rio de Una_ _________________________________________________________________________________________
Bairro: Rio de Una___________________________________________________________________________________________
Referência de Localização: ___________________________________________________________________________________
Foto Aérea:
Fonte: Google Earth, 2007
Dados Gerais
Número de Domicílios: __________________________________
Número de Famílias:150/200_____________________________
Área da Ocupação: -____________________________________
Propriedade: Privada___________________________________
Zoneamento: zona de urbanização em consolidação 1_____________
Principal Acesso Viário: _________________________________
População:
Origem das Famílias: □ outros bairros □outras cidades □outros estados
Renda mensal familiar média: ■ menos de 1 s.m. ■ 1 s.m. □ 2 s.m. □ 3 s.m. □ mais de 3 s.m.
Habitações:
Quantidade média de cômodos por domicílio: □ 1 cômodo □ 2 cômodos □ 3 cômodos ■mais de 3 cômodos
Quantidade média de famílias por domicílio: 01_________________________________________________________________
Quantidade média de pessoas por domicílio: 02 a 05__________________________________________________________ __
Tipo predominante de construção: □ madeira ■ alvenaria □ outro
Gabarito predominante: □ térreo ■ 1 pavto. □ 2 pavtos. □ 3 ou mais pavtos.
Recuo Predominante: ■ Frontal ■ Lateral
Infra Estrutura:
Coleta de Esgoto na Residência: □ rede pública □ céu aberto □ fossa séptica ■ fossa negra
Destino Final do Esgoto: □ rede oficial □ córrego □ galeria pluvial
Abastecimento de Água: □rede pública □ hidrômetro coletivo □ hidrômetro individual □ ligação clandestina ■ poço □ caminhão pipa
Iluminação das Vias: □ sim □ não ■ parcial
Coleta de lixo: □ interior do núcleo ■ nas ruas externas ao núcleo □ seletiva
Pavimentação das Vias: ■ asfalto □ concreto □ terra □ paralelepípedo □ parcial
Acessibilidade das Casas: □ escadarias □ vielas ■ ruas
Transporte Público: ■ponto no bairro □ ponto no entorno
Drenagem: □ sim ■ não
Equipamentos no bairro:
Educação: □ Infantil ■ Fundamental □ Médio
Saúde: □ Hospital □ Posto de Saúde
Lazer e Cultura: □ Praça □ Parque □ Outros. Quais: _______________________________________________________________________________________
Outros:
Aspectos Físicos Naturais:
Ambiente Morfológico: □ Fundo de Vale ■ Encosta □ Topo de Morro □ Outros
Declividade do Terreno: □ Alta □ Média ■ Baixa
Risco Geológico-geotécnico: □ Inexistente □ Escorregamento ■ Inundação □ Outros
Existência de elementos geradores de restrições legais à ocupação: □ Curso D´agua □ Nascente □ Linha de Transmissão □ Adutora □ Oleoduto □ Gasoduto
□ Rodovia □ Ferrovia □ Metrovia □ Outros
Parcelamento e Uso do Solo:
Tamanho médio dos lotes: __ m² | Traçado: ■ Regular □ Irregular
Função principal das vias: ■ Veiculares □ De pedestres | Traçado: ■ Regular □ Irregular
Taxa de Ocupação do Solo: □ Alta □ Média ■ Baixa
Densidade Construtiva: □ Alta □ Média ■ Baixa
Quantidade de domicílios por lote: _1__________________________________________________________________________
Tipologia de Ocupação Residencial Predominante: ■ Unifamiliar □ Multifamiliar Horizontal □ Multifamiliar Vertical
Usos não residências existentes: □ Comércio e Serviços □ Indústra □ Outros
Fotos Vistoria:
Fotos: Tiradas em levantamento feito pela equipe da Integra Sociedade Cooperativa em setembro de 2011.
FICHAS DE CARACTERIZAÇÃO DOS ASSENTAMENTOS
Identificação: 01__________________________________________________________________________________________
Nome: Areia Vermelha_____________________________________________________________________________________
Bairro: Areia Vermelha_____________________________________________________________________________________
Referência de Localização: __________________________________________________________________________________
Foto Aérea:
Fonte: Google Earth, 2002
Dados Gerais
Número de Domicílios: _________________________________
Número de Famílias: 150/ 200___________________________
Área da Ocupação: -___________________________________
Propriedade: Privada___________________________________
Zoneamento: Macrozona de destinação rural_________________
Principal Acesso Viário: _________________________________
População:
Origem das Famílias: □ outros bairros □outras cidades □outros estados
Renda mensal familiar média: □ menos de 1 s.m. ■ 1 s.m. ■ 2 s.m. □ 3 s.m. □ mais de 3 s.m.
Habitações:
Quantidade média de cômodos por domicílio: □ 1 cômodo □ 2 cômodos □ 3 cômodos ■mais de 3 cômodos
Quantidade média de famílias por domicílio: 01_________________________________________________________________
Quantidade média de pessoas por domicílio: 02 a 05__________________________________________________________ __
Tipo predominante de construção: □ madeira ■ alvenaria □ outro
Gabarito predominante: □ térreo ■ 1 pavto. □ 2 pavtos. □ 3 ou mais pavtos.
Recuo Predominante: ■ Frontal ■ Lateral
Infra Estrutura:
Coleta de Esgoto na Residência: □ rede pública □ céu aberto □ fossa séptica ■ fossa negra
Destino Final do Esgoto: □ rede oficial □ córrego □ galeria pluvial
Abastecimento de Água: □ rede pública □ hidrômetro coletivo □ hidrômetro individual □ ligação clandestina ■ poço □ caminhão pipa
Iluminação das Vias: □ sim □ não ■ parcial
Coleta de lixo: ■ interior do núcleo □ nas ruas externas ao núcleo □ seletiva
Pavimentação das Vias: □ asfalto □ concreto □ terra □ paralelepípedo ■ parcial
Acessibilidade das Casas: □ escadarias □ vielas ■ ruas
Transporte Público: ■ponto no bairro □ ponto no entorno
Drenagem: □ sim ■ não
Equipamentos no bairro:
Educação: □ Infantil ■ Fundamental □ Médio
Saúde: □ Hospital ■Posto de Saúde
Lazer e Cultura: □ Praça □ Parque □ Outros. Quais____________________________________________________________
Outros:
Aspectos Físicos Naturais:
Ambiente Morfológico: □ Fundo de Vale ■ Encosta □ Topo de Morro □ Outros
Declividade do Terreno: □ Alta ■ Média □ Baixa
Risco Geológico-geotécnico: ■ Inexistente □ Escorregamento □ Inundação □ Outros
Existência de elementos geradores de restrições legais à ocupação: □ Curso D´agua □ Nascente □ Linha de Transmissão □ Adutora □ Oleoduto □
Gasoduto □ Rodovia □ Ferrovia □ Metrovia □ Outros
Parcelamento e Uso do Solo:
Tamanho médio dos lotes: __ m² | Traçado: ■ Regular □ Irregular
Função principal das vias: ■ Veiculares □ De pedestres | Traçado: □ Regular □ Irregular
Taxa de Ocupação do Solo: □ Alta □ Média ■ Baixa
Densidade Construtiva: □ Alta □ Média ■ Baixa
Quantidade de domicílios por lote: _1__________________________________________________________________________
Tipologia de Ocupação Residencial Predominante: ■ Unifamiliar □ Multifamiliar Horizontal □ Multifamiliar Vertical
Usos não residências existentes: ■ Comércio e Serviços □ Indústra □ Outros
Fotos Vistoria:
Fotos: Tiradas em levantamento feito pela equipe da Integra Sociedade Cooperativa em setembro de 2011.