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PREFEITURA DA ESTÂNCIA TURÍSTICA DE IBIÚNA ELABORAÇÃO DO PLANO LOCAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL DE IBIÚNA RELATÓRIO DA METODOLOGIA E DE ATIVIDADES ETAPA I VERSÃO PRELIMINAR Junho de 2011

Diagnóstico Habitacional

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Diagnóstico Habitacional

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Page 1: Diagnóstico Habitacional

PREFEITURA DA ESTÂNCIA TURÍSTICA DE IBIÚNA

ELABORAÇÃO DO PLANO LOCAL DE HABITAÇÃO DE

INTERESSE SOCIAL DE IBIÚNA

RELATÓRIO DA METODOLOGIA E DE ATIVIDADES

ETAPA I

VERSÃO PRELIMINAR

Junho de 2011

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PREFEITURA DA ESTÂNCIA TURÍSTICA DE IBIÚNA

SECRETARIA DE HABITAÇÃO

ELABORAÇÃO DO PLANO LOCAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL – PLHIS DE IBIÚNA

Contrato: 37/2011

Contrato entre a Prefeitura da Estância Turística de Ibiúna e o Ministério das Cidades: APF 0345331-90

/ 2010

PRODUTO 1

Relatório de Metodologia e Relatório de Execução das Atividades

Junho de 2011

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PREFEITURA MUNICIPAL DA ESTÂNCIA TURÍSTICA DE IBIÚNA

PREFEITO MUNICIPAL

Coiti Muramatsu

SECRETARIA DE HABITAÇÃO

Secretário: Valdir Barbosa

ELABORAÇÃO DA METODOLOGIA:

EQUIPE EXECUTIVA:

Coordenação Geral de Elaboração do Plano Local de Habitação de Interesse Social:

Valdir Oliveira - Sec. de Habitação

Núcleo Técnico da Prefeitura Municipal da Estância Turística de Ibiúna

Secretaria de Promoção e Assistência Social

Queila Ruivo – Assistente Social

Secretaria de Meio Ambiente

Fernando Salles Rosa - Diretor

Secretaria de Obras

Virgílio Neto - Secretário

Secretaria de Rendas Internas

Marcelo Mori - Secretário

Secretaria de Agricultura

Benedito Martins - Secretário

Núcleo Consultivo Integra Sociedade Cooperativa

Coordenação Geral: Adelcke Rossetto Netto – Arquiteto e Urbanista

Coordenação Técnica: Msc. Nara Leal Argiles – Arquiteta e Urbanista

Equipe Técnica de Elaboração deste documento:

Branca Perroco – Arquiteta e Urbanista;

Felipe Moreira – Arquiteto e Urbanista;

Leonardo Ceoldo – Arquiteto e Urbanista;

Msc. Mariana Pavlick – Arquiteta e Urbanista;

Ana Paula Bastos – Estagiária em Arquitetura;

Fernanda Vargas - Estagiária em Arquitetura;

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EQUIPE DE ACOMPANHAMENTO:

Membros representantes do Poder Executivo

Secretaria de Habitação

Valdir Oliveira - Secretário de Habitação

Secretaria de Promoção e Assistência Social

Queila Ruivo – Assistente Social

Secretaria de Meio Ambiente

Fernando Salles Rosa - Diretor

Secretaria de Obras

Virgílio Neto - Secretário

Coordenação da Defesa Civil

Mauro Issler- Coordenador

Membros Representantes da Sociedade Civil

Cooperativa Habitacional de Ibiúna – COOPHI

Aparecido Soares- Presidente da Cooperativa

Sociedade Amigos do Recreio Residencial de Ibiúna

Israel Garcia – Presidente da Associação

Junho de 2011

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SUMÁRIO

1. Contexto Nacional da Política Habitacional ............................................................................................ 11 2. Caracterização do Município .................................................................................................................. 15

2.1 Características demográficas e territoriais ...................................................................................... 15

2.2 Contexto Regional ........................................................................................................................... 17

2.1 Contexto Intraurbano ...................................................................................................................... 23

3. Contexto Habitacional no Município ...................................................................................................... 32 3.1 Promoção Habitacional Pública em Ibiúna ...................................................................................... 32

3.1.1 Produção Habitacional Pública Realizada no Município ................................................................. 32 3.1.2 Produção Habitacional Pública em Andamento no Município ....................................................... 33

3.1.3 Promoção Habitacional Privada em Ibiúna ..................................................................................... 34

3.1.4 Programas de Melhoria de Infraestrutura Urbana no Município .................................................... 35

3.1.5 Programas de Regularização Fundiária ........................................................................................... 36

3.1.6 Elaboração do Plano de Habitação de Interesse Social ................................................................... 37

3.2 Quadro Normativo e Institucional ................................................................................................... 38

3.2.1 Quadro Normativo ........................................................................................................................... 38

3.2.2 Quadro Institucional ....................................................................................................................... 53 3.2.3 Instrumento da Gestão Participativa ............................................................................................... 55

4.1 Metodologia desenvolvida pela Fundação João Pinheiro ............................................................... 58

4.2 Dados do Censo IBGE para Ibiúna ................................................................................................... 60

4.3 Necessidades Habitacionais segundo o Cadastro Único do Município ........................................... 62

4.4 Cadastro MCMV no Município de Ibiúna ........................................................................................ 70

5. Condições e Estimativas para o Encaminhamento da Demanda Habitacional no Município ...................... 89 5.1 Histórico de investimentos em habitação no período recente, 2002 – 2009 ................................. 89

5.2 Projeção da necessidade de novos domicílios com base no crescimento demográfico de Ibiúna, até o ano de 2025 ............................................................................................................... 90

5.3 Identificação das terras vazias ......................................................................................................... 92

5.4 Custos da Produção Habitacional .................................................................................................... 94

5.4.1 Cálculos da Necessidade de Terras e Valor de Aquisição ............................................................... 94 5.4.2 Custos de Construção ..................................................................................................................... 95

5.5 Custos da Regularização Fundiária .................................................................................................. 97

Considerações Finais ........................................................................................... Erro! Indicador não definido.

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Listas

Siglas

APA Área de Proteção Ambiental

APP Área de Proteção Permanente

BDI Benefícios e Despesas Indiretas

BIRD Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento

BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social

BNH Banco Nacional da Habitação

CadÚnico Cadastro Único

CDHU Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo

CDRU Concessão de Direito Real de Uso

CEF Caixa Econômica Federal

CEH Conselho Estadual de Habitação

CEI Centro de Estatísticas e Informações

CETESB Companhias de Tecnologia de Saneamento Ambiental

CGFMHIS Conselho Gestor do Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social

CHIS Conjunto Habitacional de Interesse Social

CMH Conselho Municipal de Habitação

ConCidades Conselho das Cidades

COOPHI Cooperativa Habitacional de Ibiúna

CREA Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura

DHB Déficit Habitacional Básico

FGH Fundo Garantidor Habitacional

FGHab Fundo Garantidor da Habitação Popular

FJP Fundação João Pinheiro

FNHIS Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social

FPHIS Fundo Paulista de Habitação de Interesse Social

HIS Habitação de Interesse Social

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IDH Índice de Desenvolvimento Humano

IEX Índice de Exclusão e Inclusão Social

IMP Informações dos Municípios Paulistas

INOCOOP Instituto de Orientação às Cooperativas Habitacionais de São Paulo

IPVS Índice Paulista de Vulnerabilidade Social

ITESP Instituto de Terras do Estado de São Paulo

LC Lei Complementar

LOM Lei Orgânica do Município

LUOPS Lei de Uso e Ocupação e Parcelamento do Solo

MDU Macrozona de Destinação Urbana

MDI Macrozona de Destinação Industrial

MDR Macrozona de Destinação Rural

MIA Macrozona de Interesse Ambiental

MCidades Ministério das Cidades

NIAPU Núcleo Interdisciplinar de Analise de Projetos de Urbanização

OGU Orçamento Geral da União

ONU Organização das Nações Unidas

OP

PAC Programa de Aceleração do Crescimento

PDDI Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado de Ibiúna

PIB Produto Interno Bruto PLANHAB Plano Nacional de Habitação

PLHIS Plano Local de Habitação de Interesse Social

PMCMV Programa Minha Casa Minha Vida

PMI Prefeitura Municipal de Ibiúna

PNAD Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios

PNDU Política Nacional de Desenvolvimento Urbano

PPA Plano Plurianual

RAS Região Administrativa de Sorocaba

RMSP Região Metropolitana de São Paulo

SERLA Divisão do Serviço Especial para Regularização de Loteamentos e Arruamentos

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SABESP Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo

SEADE Sistema Estadual de Análise de Dados

SIG Sistema de Informações Georreferenciadas

SINAP Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil

SNH Sistema Nacional de Habitação

SNHIS Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social

SNIS Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento

SNPU Secretarias Nacionais de Programas Urbanos

TGCA Taxa Geométrica de Crescimento Anual

UH Unidade Habitacional

UHIS Unidades Habitacionais de Interesse Social

Tabelas

2.1 Demografia do Município de Ibiúna

2.2 Dados relativos aos serviços de infraestrutura urbana por domicílios - 2000

2.3 Informações Socioeconômicas, segundo setor de atividade em Ibiúna

2.4 Comparativo do Produto Interno Bruto – PIB entre as regiões metropolitanas de São Paulo e Campinas, RAS e Ibiúna

2.5 Densidade Demográfica e Taxa de Urbanização: comparativo entre RMSP, Região Administrativa de Sorocaba e município de Ibiúna

2.6 Assentamentos irregulares na Região de Governo de Sorocaba - 1993

2.7 Famílias residentes em domicílios particulares, por classe de rendimento nominal mensal familiar - 2000

2.8 Domicílios particulares no município de Ibiúna – 2010

3.1 Histórico da Produção Pública de Habitação no Município

3.2 Produção Pública de Habitação em Andamento no Município

3.3 Empreendimentos em Andamento e Previstos do PMCMV

3.4 Produção Habitacional de Cooperativa no Município

3.5 Ações de Melhoria de Infraestrutura realizadas e em andamento no Município

3.6 Ações de Regularização Fundiária em andamento no Município

3.7 Ação de Apoio à Elaboração de Planos Habitacionais de Interesse Social

3.8 Instrumentos do Estatuto da Cidade Instituídos no Município

3.9 Loteamentos de Interesse Social no Município

4.1 Situação dos Domicílios em Ibiúna – 2010

4.2 Famílias residentes por faixa de renda em Ibiúna – 2000

4.3 Domicílios Particulares Permanentes com rendimento por adequação da moradia – 2000

4.4 Situação dos domicílios em relação aos Serviços Públicos – 2000

4.5 Situação da Moradia em Ibiúna – 2000

4.6 Classificação dos bairros por quantidade de famílias cadastradas no CadÚnico Municipal

4.7 Carência de infraestrutura por tipo de rede e serviços existentes nos domicílios dos cadastrados

4.8 Núcleos Urbanos Isolados no Município de Ibiúna

4.9 Loteamentos de Interesse Social no Município de Ibiúna

4.10 Ocupações do tipo favela do Município de Ibiúna

4.11 Síntese da Inadequação Habitacional no assentamentos precários em Ibiúna

4.12 Síntese do Déficit Quantitativo em Ibiúna - 2011

4.13 Regularização Fundiária em Ibiúna

5.1 Receita Orçamentária da Prefeitura de Ibiúna, 2002-2009

5.2 Receita Orçamentária e Porcentagem destinada à Habitação, 2002-2009

5.3 Projeção Populacional do Estado de São Paulo e Ibiúna, 2011 – 2025

5.4 Déficit Habitacional de Ibiúna para 2025 a partir do levantamento do CadÚnico 2011 e do crescimento populacional projetado

5.5 Vazios de Ibiúna

5.6 Combinações para Cálculo da Necessidade de Terras

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5.7 Cálculo de Necessidade de Aquisição de Terras – Combinação A

5.8 Cálculo de Necessidade de Aquisição de Terras – Combinação B

5.9 Custos de Construção Residencial

5.10 Cálculo de Construção - Combinação A

5.11 Cálculo de Construção - Combinação B

5.12 Custo Total por Combinação (Terra + Construção)

5.13 Custo de Regularização Fundiária em Ibiúna

Figuras

2.1 Inserção regional de Ibiúna

2.2 Região Administrativa de Sorocaba e perfil dos municípios segundo as atividades econômicas, 2003

2.3 Mapa de Divisa Regional de Ibiúna

2.4 Pessoas Residentes por setor censitário - 2000

2.5 Distribuição territorial pela faixa de renda dos responsáveis pela família no Município de Ibiúna (sem rendimento até 3 salários mínimos) – 2000

2.6 Distribuição territorial pela faixa de renda dos responsáveis pela família no Município de Ibiúna (acima de 3 a 5 salários mínimos) – 2000

2.7 Distribuição territorial pela faixa de renda dos responsáveis pela família no Município de Ibiúna (acima de 20 salários mínimos) – 2000

3.1 Mapa das Regiões do Município de Ibiúna

3.2 Macrozoneamento do Município de Ibiuna

3.3 Destinação Urbana do Município

3.4 Organograma da Secretaria de Habitação

4.1 Área de Localização dos Domicílios Cadastrados

4.2 Situação dos domicílios das famílias cadastradas

4.3 Espacialização dos domicílios Cadastrados no CadÚnico do Município

4.4 Tipo de construção dos domicílios das famílias cadastradas

4.5 Tipos de abastecimento de agua, nos domicílios dos cadastrados

4.6 Tipos de esgotamento sanitário, nos domicílios dos cadastrados.

4.7 Tipos de atendimento Rede Elétrica, nos domicílios dos cadastrados

4.8 Destinação do Lixo, nos domicílios dos cadastrados.

4.9 Tipo de Tratamento de Água nos domicílios dos cadastrados

4.10 Localização dos Núcleos Urbanos Isolados - 2011

4.11 Localização dos Loteamentos de Interesse Social e das Ocupações do tipo Favela - 2011

5.1 Terras Vazias em Ibiúna

Gráficos

2.1 Movimento Pendular: comparativo entre a Região Administrativa de Sorocaba e regiões metropolitanas do Estado de São Paulo, 2006

2.2 Demandas do Município por Região

2.3 Comparativo das demandas do município por região

2.4 População, segundo Grupos IPVS, Ibiúna e o Estado de São Paulo

2.5 Domicílios em Ibiúna, segundo a condição de ocupação – 2000

3.1 Histórico da Produção Pública de Habitação no Município

4.1 Situação da Infraestrutura dos domicílios cadastrados

5.1 Despesas com Habitação, 2002 - 2009

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Introdução

O Diagnóstico do Setor Habitacional foi desenvolvido durante a segunda etapa do

processo de elaboração do Plano Local de Habitação de Interesse Social de Ibiúna1, cuja

elaboração está sendo viabilizada através do convênio entre a Prefeitura Municipal da

Estância Turística de Ibiúna e o Ministério das Cidades, com o aporte de recursos do Fundo

Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS), no programa de Apoio à Elaboração de

Planos Habitacionais de Interesse Social.

O presente Diagnóstico pretende caracterizar o setor habitacional no município,

instrumentalizando as ações da Política Municipal de Habitação que serão posteriormente

propostas pela Estratégia de Ação. Durante esta segunda etapa do trabalho, foi feito o

reconhecimento do setor no município a partir de levantamentos de dados e análises de

informações oficiais.

A metodologia de desenvolvimento deste produto consta de levantamento de dados em

fontes secundárias, estudos em trabalhos acadêmicos, informações oficiais

disponibilizadas pelas diferentes esferas de governo; e da elaboração e sistematização de

informações, levantamentos e estimativas realizadas pela PMSRQ e Consultoria sobre os

assentamentos precários do município. A construção deste documento contou com a

participação de atores sociais, através de reuniões bilaterais realizadas com os diferentes

segmentos afins à questão habitacional no Município.

Este Diagnóstico é composto por cinco capítulos, que iniciam com uma contextualização

da construção da Política Habitacional Nacional, no Capítulo l. O Capítulo ll caracteriza o

Município a partir de aspectos territoriais, como sua inserção regional, aspectos

demográficos e socioeconômicos, bem como, a territorialização destes, relativizando,

ainda, Ibiúna aos demais municípios da Região Administrativa de Sorocaba.

No Capítulo lll, é feita uma tomada da atuação do poder público na produção habitacional

em Ibiúna, nas instâncias federal, estadual e municipal, entre convênios e programas já

realizados e em andamento no município. Neste mesmo capítulo, também foi analisada a

base normativa do município, a partir do levantamento e estudo da legislação pertinente

ao tema; o quadro institucional existente para atuação no setor habitacional; bem como,

os instrumentos de gestão participativa instituídos no município.

A caracterização das necessidades habitacionais do município é feita no Capítulo IV, onde

são apresentados os dados referentes ao déficit habitacional — a necessidade de novas

moradias e à inadequação habitacional — utilizando dados do IBGE, do Cadastro Único

Municipal, e levantamentos realizados em conjunto com Prefeitura Municipal de Ibiúna.

1 O Plano Local de Habitação de Interesse Social é composto por três etapas: Proposta Metodológica; Diagnóstico do Setor

Habitacional; e Estratégia de Ação.

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O capítulo final deste diagnóstico estabelece as primeiras direções para o

encaminhamento do atendimento da demanda habitacional no município, através de

cálculos que estimam custos de construção e aquisição de terra e da projeção da demanda

habitacional gerada por um crescimento populacional. Neste quinto capítulo, também é

feito uma identificação inicial de áreas vazias no município aptas a receber

empreendimentos habitacionais de interesse social.

Por fim, são apresentadas algumas considerações sobre as informações e dados

apresentados e análises feitas, de maneira a apontar questões a serem aprofundadas na

próxima etapa.

As atividades e reuniões com as Equipes Técnicas e de Acompanhamento, bem como, o

Seminário de Homologação que encerrou esta etapa propiciaram momentos de troca de

informações importantes que contribuíram para o desenvolvimento do produto. O

registro de tais atividades é apresentado detalhadamente no Relatório de Atividades que

acompanha este documento.

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1. Contexto Nacional da Política Habitacional

Apresentaremos a seguir um breve relato do contexto atual das ações e políticas

governamentais em habitação e desenvolvimento urbano no país, que, após um longo período de ações

descontínuas frente ao processo acelerado de urbanização brasileiro2, vem passando por um período de

reestruturação.

A partir da criação do Ministério das Cidades em 2003, instaurou-se um processo de definição

da Política Nacional de Desenvolvimento Urbano (PNDU) e das políticas setoriais, entre elas a Política

Nacional de Habitação (PNH) - aprovadas em 2004. A forma participativa de elaboração da PNDU,

especialmente da PNH, mobilizaram a realização de Conferências das Cidades — municipais, estaduais e

nacional —, convergindo à aprovação pelo Conselho das Cidades (ConCidades). A PNH tem como

objetivo a retomada do processo de planejamento do setor habitacional no país, propiciando condições

institucionais para garantir acesso à moradia digna, urbanizada e integrada à cidade.

Por sua vez, Sistema Nacional de Habitação, principal instrumento da PNH, inclui a criação de

dois subsistemas, definidos por estratégias diferenciadas: (i) Subsistema de Habitação de Interesse

Social que tem em vista o atendimento à demanda por habitação das camadas de menor renda,

especialmente na faixa de 0 (sem rendimentos) a 3 salários mínimos, que necessitam de investimentos

subsidiados; (ii) Subsistema de Habitação de Mercado que visa promover que o mercado privado

responda por parcela da demanda com alcance a oferta de mercado.

O Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social (SNHIS)3 e o Fundo Nacional de Habitação

de Interesse Social (FNHIS), criados pela Lei n° 11.124/2005, constituem o Subsistema de Habitação de

Interesse Social, também considerado como o Sistema Financeiro de Habitação (SFH).

2 O Brasil passou por um crescimento acelerado de urbanização a partir da década de 1950, até o Brasil tornar-se um país

majoritariamente urbano. Segundo o IBGE, Censo Demográfico 2000, mais de 80% da população brasileira mora em área urbana. 3 O SNHIS é integrado pelos seguintes órgãos e entidades: Ministério das Cidades (órgão gestor); Conselho Gestor do FNHIS; Caixa

Econômica Federal – CEF (agente operador do FNHIS); Conselho das Cidades; conselhos com atribuições específicas relativas às questões urbanas e habitacionais, órgãos e instituições integrantes da administração pública, direta ou indireta das diferentes esferas de governo, e instituições regionais ou metropolitanas que desempenhem funções complementares ou afins com a habitação; fundações, sociedades, sindicatos, associações comunitárias, cooperativas habitacionais e quaisquer outras entidades privadas que desempenhem atividades na área habitacional, afins ou complementares (na condição de agentes promotores das ações); e agentes financeiros autorizados pelo Conselho Monetário Nacional a atuar no Sistema Financeiro da Habitação – SFH.

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Figura 2.1: Estrutura Institucional da Política Nacional de Habitação

Fonte: Secretaria Nacional de Habitação, Departamento de Desenvolvimento Institucional e Cooperação Técnica

Desde a aprovação da Política Nacional de Habitação e a criação do SNHIS e do FNHIS, a

diversidade de recursos, onerosos e não onerosos, a serem acessados por agentes públicos e privados,

estaduais e municipais foi ampliada.

O Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social centraliza os programas e projetos

destinados à habitação de interesse social, bem como, os agentes relacionados às questões urbanas e

habitacionais. Conforme a legislação, os recursos destinados a este Sistema são oriundos do Fundo de

Amparo ao Trabalhador (FAT); do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS); do Fundo Nacional de

Habitação de Interesse Social (FNHIS); e de outros fundos ou programas que vierem a ser incorporados

ao SNHIS, e são aplicados de forma descentralizada.

O FNHIS é composto prioritariamente por recursos do Orçamento Geral da União, do Fundo de

Apoio ao Desenvolvimento Social (FAS), das entidades e organismos de cooperação nacionais ou

internacionais, receitas de operações realizadas com recursos do FNHIS, provenientes de empréstimos

externos e internos para programas de habitação, de outros fundos, programas e recursos que vierem a

incorporar o FNHIS, e receitas decorrentes da alienação dos imóveis da União que lhe vierem a ser

destinadas. Estes recursos destinam-se a investimentos em provisão de unidades habitacionais -

aquisição, construção, conclusão e melhorias -; produção de lotes urbanizados para fins habitacionais;

urbanização, produção de equipamentos comunitários, regularização fundiária e urbanística de áreas de

interesse social; implantação de saneamento básico, infraestrutura e equipamentos urbanos,

complementares aos programas de habitação de interesse social; aquisição de materiais para

construção, ampliação e reforma de moradias; recuperação ou produção de imóveis em áreas

encortiçadas ou deterioradas, centrais ou periféricas, para fins habitacionais de interesse social; e outros

Política Nacional de Habitação

Sistema Nacional de Habitação

Sistema Financeiro de Habitação - SFH

Sistema de Financiamento

Imobiliário - SFI

Sistema Nacional de Mercado Sistema Nacional de Habitação de

Interesse Social

Caderneta de Poupança

Mercado de Capitais

FNHIS

FGTS

Outros Fundos

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programas e intervenções na forma aprovada pelo Conselho Gestor do FNHIS. Será, também, admitida a

aquisição de terrenos vinculada à implantação de projetos habitacionais.

Com relação aos recursos disponíveis para a produção e aquisição de imóveis, um avanço

importante a ser destacado foi a Resolução n° 460/2005 do Conselho Curador do FGTS, tornando

possível uma significativa aplicação de recursos do fundo em subsídios habitacionais, e ainda a

aprovação da lei federal n° 10.391/2004, que permitiu a aplicação de recursos do setor privado em

habitação, e a resolução 3.259/2005 do Conselho Monetário Nacional, que obrigou os bancos a

financiarem empreendimentos habitacionais com os recursos do SBPE.

Dois importantes programas foram lançados pelo Governo Federal nos últimos anos em caráter

de ações emergenciais: o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Programa “Minha Casa,

Minha Vida” (PMCMV).

O Programa de Aceleração do Crescimento foi lançado em 2007, com período de duração de

quatro anos. O PAC não está diretamente vinculado ao SNHIS, porém é financiado em grande parte com

recursos do Orçamento Geral da União e abrange, entre as áreas estratégicas de desenvolvimento, o

saneamento e também a habitação. Em março de 2010, foi lançado o PAC 2 para o biênio 2010-2011,

selecionando propostas, entre outras, para projetos e obras de urbanização de assentamentos

precários, saneamento, pavimentação e prevenção de riscos.

Em 2009, através da Lei n° 11.977, o Governo Federal lançou o Programa “Minha Casa, Minha

Vida” 4. O PMCMV tem como objetivo o estímulo ao mercado privado de habitação popular, destinado a

famílias que recebem até dez salários mínimos, com subsídios de quase 100% para famílias com renda

de até três salários mínimos mensais. Segundo definições Lei n° 11.977, o PMCMV compreende o

Programa Nacional de Habitação Urbana (PNHU), e o Programa Nacional de Habitacional Rural (PNHR),

cujos recursos serão distribuídos entre as unidades da Federação, de acordo com a estimativa do déficit

habitacional, considerando os dados da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (PNAD), da

Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A mesma Lei também dispõe sobre a

regularização fundiária de assentamentos localizados em áreas urbanas.

Em 2008, o Governo Federal, através da Secretaria de Habitação do Ministério das Cidades,

elaborou o Plano Nacional de Habitação, o PLANHAB. O PLANHAB assume como pressuposto que o

problema da habitação deve ser enfrentado considerando a diversidade de situações que as

necessidades habitacionais demandam, seja em relação às características sociais e econômicas da

população, da capacidade institucional do poder público, dos diferentes processos de produção, das

fontes de financiamento e subsídio, da questão fundiária e urbana local ou da estruturação da cadeia

produtiva da construção civil. Particularmente em relação aos assentamentos precários, a estratégia

proposta pelo PLANHAB considera a necessidade de criar condições para que haja uma gradativa

urbanização e regularização dos existentes, bem como, a viabilização da produção de novas unidades

4 A Lei Federal n°11.977/2009 que teve alguns de seus artigos recentemente alterados pela Lei Federal n°12.424 aprovada em

junho deste ano.

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habitacionais para redução do déficit acumulado. Os pressupostos do PLANHAB e sua estrutura de

linhas programáticas serão considerados no desenvolver deste Plano.

O Governo do Estado de São Paulo firmou sua adesão ao SNHIS propiciando a implementação

de uma política estadual articulada ao Plano Nacional de Habitação (PLANHAB), com potencial de

descentralização da aplicação desses recursos a partir de um novo cenário proposto no plano estadual

de habitação que está em formulação. Atualmente, a política habitacional do Estado, está concentrada

na atuação da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU).

Em 2007, o Governo Estadual instituiu, no âmbito da Secretaria da Habitação, o Programa

Estadual de Regularização de Núcleos Habitacionais - Cidade Legal, juntamente com o Comitê de

Regularização do Programa Cidade Legal. Conforme definido pelo decreto n° 52.052/2007, o Programa

Cidade Legal destina-se a prover auxílio a Municípios mediante a orientação e apoio técnicos nas ações

municipais de regularização de parcelamentos do solo e de núcleos habitacionais, públicos ou privados,

para fins residenciais, localizadas em área urbana ou de expansão urbana, assim definidas por legislação

municipal. As ações previstas serão executadas pelo Comitê de Regularização5, que atuará a partir da

celebração prévia de convênio de cooperação técnica firmado entre a Secretaria da Habitação e

municípios interessados.

Através de Decreto, n° 53.823 de 2008, o Governo Estadual aprovou o Fundo Garantidor

Habitacional (FGH) - esse deverá articular-se ao Fundo Paulista de Habitação de Interesse Social, ambos

com Conselhos Gestores de caráter deliberativo. O FGH tem como objetivo estimular a participação de

empreendedores imobiliários e instituições financeiras a atuarem no mercado popular de imóveis,

funcionando como avalista para a aquisição habitacional, provendo recursos para garantir risco de

crédito e equalizar taxas de juros, no âmbito dos programas e ações da Política Estadual de Habitação de

Interesse Social.

Entende-se que se tem hoje um novo arranjo institucional da política urbana e habitacional, na

qual os governos locais assumem o papel de protagonista. Para tanto, os governos locais devem se

preparar, e isso repercute na formulação da Política Municipal de Habitação e do Plano Local de

Habitação de Interesse Social.

5 O Comitê de Regularização é composto por representantes dos seguintes órgãos e entidades da Administração Pública Estadual:

Secretarias da Habitação e do Meio Ambiente; Companhias de Tecnologia de Saneamento Ambiental (CETESB) e de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP); e Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE).

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2. Caracterização do Município6

Ibiúna está localizada na Região Administrativa de Sorocaba, entre a capital paulista (a cerca de

70 quilômetros) e o Município de Sorocaba (a cerca de 50 quilômetros). O município tem principal

acesso pela Rod. Bunjiro Nakao SP-250, que cruza outros municípios da região, chegando na Rodovia

Raposo Tavares SP- 270, eixo rodoviário que leva às cidades de Sorocaba e São Paulo.

Inicialmente, o Município de Ibiúna chamava-se Una, palavra do vocabulário tupi-guarani,

nome também atribuído ao rio que passa pela cidade ‘Rio de Una’. No início do século XVIII, aconteceu

em Una sua primeira ocupação, a partir do estabelecimento de uma fazenda na qual foi edificada a

capela Nossa Senhora das Dores de Una. No século seguinte, em torno dessa mesma capela foram

aparecendo algumas casas construídas em taipa de barro, que ofereciam serviços e estadia. Desta

forma, constituiu-se a Freguesia do Una, ponto de parada para os viajantes, mascates e tropeiros. Após

alguns anos, a capela Nossa Senhora das Dores de Una foi canonizada e recebeu seu primeiro padre, o

Pe. Antonio Maximiliano de Góes. No dia 11 de fevereiro de 1811, a freguesia foi elevada a Vilarejo do

Una.

O Vilarejo começou a receber muitos imigrantes, constituindo colônias como a Portuguesa,

Italiana, Árabe, Japonesa, o que promoveram para o crescimento do Vilarejo. Em 24 de Março de 1857,

o vilarejo foi elevado à Cidade, obtendo autonomia política e administrativa. A colônia dos imigrantes

árabes foi a maior colônia no município, e contribuiu muito para as atividades comerciais. Já os

imigrantes japoneses implantaram novas técnicas de plantio e variedade de cultivo, transformando o

município em um dos “maiores celeiros” do estado de São Paulo e do Brasil na produção de

hortifrutigranjeiros.

A denominação ‘Una’ não pôde ser mantida, por haver outro município com este mesmo nome.

Através do decreto-lei estadual n° 14334 de 30 de novembro de 1944, o município Paulista de Una

passou a chamar-se Ibiúna.

Com o passar do tempo, as atividades hortifrutigranjeira ganham força no município, e, por

estar próximo à Região Metropolitana de São Paulo, Ibiúna passou a ser responsável por boa parte do

abastecimento desta região. Nas últimas décadas, foram criados muitos sítios e chácaras de lazer,

contribuindo para o desenvolvimento turístico da região.

2.1 Características demográficas e territoriais

Ibiúna faz limite com nove outros municípios: ao norte com São Roque, Mairinque e Alumínio;

ao sul com Juquitiba, Miracatu e Tapiraí; a leste com Cotia e São Lourenço da Serra; ao oeste com

Piedade e Votorantim.

6 As informações apresentadas acima foram extraídas do Plano de Saneamento de Ibiúna – 2010, Caderno de Caracterização do

Plano Diretor – 2006 e do livro Y-Uma – Noiva Azul, disponível em www.guiaibiuna.com.br

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O município possui uma população de 71.217 habitantes distribuídas em uma área de 1.058

km², em densidade demográfica de 67,32 habitantes/Km² (IBGE, 2010). Em um período de 30 anos, a

população da cidade mais que dobrou em seu número de habitantes. Entre 1980 e 1991, houve um

incremento populacional equivalente a 54,5% (17.361 habitantes), no período seguinte, entre 1991 a

2000, pode ser observado um aumento de 30,89% (15.197 habitantes). Já no período de 2000 a 2010

houve o menor incremento desde 1980, apenas 10,61% (6.833 habitantes).

Na tabela 2.1, pode-se notar que o grande aumento populacional da cidade em um curto

período de tempo dificultou a urbanização da cidade, que não conseguiu acompanhar este crescimento.

Em 1980, a taxa de urbanização era de 59,78%, chegando em 2010 a 35,03% (Fundação Seade, 2011).

Tabela 2.1: Demografia do Município de Ibiúna

1980 1991 2000 2010

População Total 31.826 49.187 64.384 71.217

População Urbana 19.025 17.698 21.356 24.933

População Rural 12.801 31.489 43.028 46.284

Taxa de Urbanização * 59,78% 36,32% 33,17% 35,03%

Fonte: IBGE, 2011 e *Fundação Seade, 2011

Com relação à renda per capita no município, conforme o IBGE, em 2000, esta era de 1,53

salários mínimos, sendo 20,35% dos domicílios apresentavam uma renda per capita de até ½ salário

mínimo, e 8,91% de ¼ de salário mínimo.

Conforme os dados do ano 2000 disponibilizados pela Fundação SEADE relativos aos serviços de

infraestrutura urbana, o município registrava 86,72% para abastecimento de água, 42,01% para

tratamento de esgoto e 94,59% coleta de lixo. Quanto às condições de moradia, 76,59% dos domicílios

foram considerados com espaço suficiente, e 53,11% dos domicílios foram considerados com

infraestrutura interna urbana adequada.

Ressaltamos aqui que os dados referentes à infraestrutura dizem respeito apenas aos

domicílios considerados urbanos.

Tabela 2.2: Dados relativos aos serviços de infraestrutura urbana por domicílios – 2000

Abastecimento

de Água (%) Coleta de Esgoto (%)

Coleta de Lixo (%)

Espaço Suficiente (%)

Infraestrutura Adequada (%)

Ibiúna 86,72 42,01 94,59 76,59 53,11

Fonte: Seade - Informações dos Municípios Paulistas – IMP, 2008.

Ainda com relação ao atendimento da população pelos serviços urbanos e infraestrutura básica

(abastecimento de água e esgotamento sanitário), o Sistema Nacional de Informações sobre

Saneamento (SNIS), do Ministério das Cidades, conforme levantamento de 2008, informa que prestação

dos serviços de água e esgoto em Ibiúna, feita pela SABESP, possuía naquele ano rede de 144km e 29

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km, respectivamente7, o que corresponde a um índice em atendimento urbano por rede de água de

100%, e de um atendimento urbano por rede de esgoto com cerca de 56,66% no município8.

Destacamos que estas informações da SEADE E SABESP dizem respeito apenas aos domicílios

urbanos, considerados pelo SNIS como sendo apenas aqueles localizados na sede do Município. Por este

motivo, os percentuais de atendimento de infraestrutura se apresentam tão altos, por tratarem do

universo apenas dos domicílios urbanos.

2.2 Contexto Regional

Ibiúna está inserida em um importante conjunto de cidades que constituem o Complexo

Metropolitano Expandido, “também conhecido como Macrometrópole de São Paulo9”. Contudo, Ibiúna

não chega a apresentar características ou porte suficiente que a torne uma cidade pólo das atividades

econômicas tradicionais (comércio, indústria e serviços), como Sorocaba ou algumas cidades da Região

Metropolitana de São Paulo.

Ibiúna tem como principais atividades econômicas o setor de produção agrícola, sobre tudo, o

setor hortifrutigranjeiro, que abastece a grande São Paulo, como pode ser observado na tabela 2.9 - de

informações socioeconômicas referentes aos setores de atividades existentes em Ibiúna no período

2000-2010. Ao analisarmos as informações contidas na tabela, percebe-se que o setor agropecuário

manteve percentual expressivo com relação ao número de estabelecimentos e empresas formais (30,81

e 22%, respectivamente).

O setor comercial apresentou considerável crescimento tanto em relação à quantidade de

estabelecimentos e empregos formais, corresponde atualmente a 40,42% e 24,12%, respectivamente. O

setor de serviços também merece destaque por corresponder ao maior percentual de empregos formais

no município (31,17%)

Tabela 2.3: Informações Socioeconômicas, segundo setor de atividade em Ibiúna

Setores

Estabelecimentos Emprego Formal

2000 2010 2000 2010

Nº absolutos

Em % Nº absolutos

Em % Nº absolutos

Em % Nº absolutos

Em %

Comércio 281 38,70 475 40,42 1.188 20,65 2.430 24,12

7 Fonte: Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgotos – 2008, disponível em http://www.pmss.gov.br/snis (Acessado em

maio/2011). 8 Cálculos realizados a partir das informações de atendimento por habitantes destes serviços em relação ao total da população

urbana registrados no levantamento do SNIS. 9 A Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano S/A – EMPLASA, caracteriza a Macrometrópole de São Paulo como:

“complexo que abriga as atividades metropolitanas típicas do centro financeiro, centro administrativo, centro direcional de empresas e organizações econômicas em geral, polarizadas na Grande São Paulo; centros de pesquisa e investigação científico-tecnológica, distribuídos pelo núcleo metropolitano, Campinas e São José dos Campos; centros universitários e tecnológicos de formação de mão-de-obra qualificada ao lado da Grande São Paulo, Santos, Sorocaba, Campinas, São José dos Campos), refinarias de petróleo (Baixada Santista-Cubatão, Vale do Paraíba, regiões de Campinas-Paulínia, Grande São Paulo-Capuava); amplos setores da produção industrial distribuídos ao longo das regiões de influência direta dos pólos caracterizadamente metropolitanos e dos que se conotam como capitais regionais’. Emplasa, 1994, 120 apud SALES 1999:59.

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Construção Civil 5 0,69 17 1,45 19 0,33 60 0,60

Agropecuária 208 28,65 362 30,81 1.380 23,98 2.215 22

Serviços 165 22,73 261 22,21 1.730 30,06 3.140 31,17

Indústria 67 9,23 60 5,11 1.437 24,98 2.227 22,11

Total 726 100 1.175 100 5754 100 10.072 100

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego, 2010. Disponível em www.seade.gov.br, acessado em 15/09/2011.

Outra atividade significativa que vem se destacando no município é o “turismo ecológico”, com

a exploração do potencial turístico do patrimônio natural - áreas de Preservação Ambiental, cachoeiras,

represa - e grande número de sítios de recreio. O município recebe cerca de 35 mil pessoas durante os

finais de semana atraídas por estas atrações.

Além da Rodovia Municipal Bunjiro Nakao (SP 250) que fornece o principal acesso à Rodovia

Raposo Tavares, conectando-o também à Sorocaba e outras cidades importantes da região oeste do

Estado de São Paulo - como Assis e Presidente Prudente. A Figura 2.1 permite visualizar a localização do

município em relação a duas importantes regiões metropolitanas do Estado — Regiões Metropolitanas

de São Paulo e Campinas — e sua conexão com estas através da malha rodoviária principal.

Figura 2.1: Inserção Regional de Ibiúna

Fonte: Departamento de Estradas de Rodagem - Mapa Rodoviário do Estado de São Paulo, 2008; Instituto Geográfico e Cartográfico - Divisão Municipal do Estado de São Paulo, 2002. Imagem: Google Earth, 2010. Elaboração: Integra Sociedade Cooperativa, 2011.

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● Região Administrativa de Sorocaba – RAS

Como dito anteriormente, Ibiúna junto a outros 78 municípios integram a Região

Administrativa de Sorocaba10. A RAS ocupa uma área de 40.880 km², o que representa cerca de 16,5%

do território do Estado de São Paulo. Em 2010, sua população alcançou a marca de 2.807.090

habitantes, o que corresponde a 5,8% da população estadual, apresentando uma densidade de 69

habitantes por km². (SEADE, 2010)

A taxa geométrica de crescimento anual da população da RAS foi a mais elevada do Estado:

sendo de 1,30% ao ano no período de 2000 a 2010. Entretanto, o Município de Ibiúna apresentou uma

taxa de 1,03% ao ano, menor que a média do Estado de São Paulo que alcançou 1,1% ao ano nesse

mesmo período.

A figura a seguir localiza Ibiúna na Região Administrativa de Sorocaba e apresenta o perfil dos

municípios segundo as atividades econômicas predominantes em relação ao PIB, em 2003.

Figura 2.2: Região Administrativa de Sorocaba e perfil dos municípios segundo as atividades

econômicas, 2003

Fonte: Fundação Seade, 2010. Elaboração: Integra Sociedade Cooperativa, 2011.

10

Estes municípios estão distribuídos em cinco regiões de governo: Avaré, Botucatu, Itapetininga, Itapeva e Sorocaba. Fonte: (Governo do Estado de São Paulo – Secretaria de Economia e Planejamento. Perfil Regional - Região Administrativa de Sorocaba. São Paulo: 2009).

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Assim como Ibiúna, 44 dos 79 municípios destacam-se economicamente pela predominância

das atividades agropecuárias e agroterciárias. Já as atividades industriais existentes na RAS estão

concentradas, sobretudo, nos municípios localizados na sua porção nordeste, próximos à Sorocaba

(único município que abriga o setor de indústrias complexas).

Com relação ao Produto Interno Bruto (PIB), nota-se que em Ibiúna, em 2008, foram

produzidos um total de R$ 591,75 milhões, cerca de 0,05% do PIB do Estado de São Paulo, e 2,04% do

PIB da Região Administrativa de Sorocaba. A tabela 2.3 abaixo, mostra a participação da RMSP, RMC,

RAC e RAS e de Ibiúna no PIB do Estado.

Tabela 2.4: Comparativo do Produto Interno Bruto entre as Regiões Metropolitanas de São Paulo e

Campinas, RAS e Ibiúna

Ano PIB

(milhões de R$) PIB per Capita

(em R$) Participação no PIB do

Estado

Região Metropolitana de São Paulo – RMSP

2008 572.250,78 29.172,57 57,05%

Região Metropolitana de Campinas – RMC

2008 77.755,76 28.453,37 7,75%

Região Administrativa de Campinas

2008 153.002,01 24.923,04 15,25%

Região Administrativa de Sorocaba

2008 48.051,21 17.307,93 4,80%

Município de Ibiúna 2008 591,75 8.810,29 0,05%

Fonte: Fundação Seade - Informações dos Municípios Paulistas — IMP, 2008.

Devido ao fato de grande parte dos municípios da RAS conservarem as características rurais,

existe dentro da RAS um importante deslocamento da população para trabalho e acesso ao comércio,

serviços, educação e saúde. Todavia, este movimento, é moderado se comparado aos das regiões

metropolitanas de São Paulo, Campinas e Baixada Santista.

O Gráfico 2.1 a seguir demonstra a distribuição da população empregada, que mora e trabalha

no mesmo município e que mora e trabalha em municípios diferentes, conforme dados de 2006.

Observa-se que, nas regiões metropolitanas em questão, os deslocamentos diários são maiores que o

dobro dos deslocamentos verificados na Região Administrativa de Sorocaba, no entanto, em todas elas a

porcentagem de deslocamento para outro município não supera aquelas pessoas que moram e

trabalham na mesma cidade.

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Gráfico 2.1: Movimento Pendular: comparativo entre a Região Administrativa de Sorocaba e regiões

metropolitanas do Estado de São Paulo, 2006

Fonte: Casa Civil; Fundação Seade. Pesquisa de Condições de Vida – PCV, 2006. Elaboração: Integra Sociedade Cooperativa, 2011.

A respeito da taxa de urbanização, a Região Administrativa de Sorocaba apresenta uma das

mais baixas do Estado (86,26% em 2010), no entanto observou-se nas últimas décadas, tendências de

crescimento (tabela 2.5).

A tabela a seguir apresenta os dados relativos à densidade demográfica e taxa de urbanização,

comparada a Região Metropolitana de São Paulo, a Região Administrativa de Sorocaba e o Município de

Ibiúna. Cabe destacar que em relação à densidade demográfica o município de Ibiúna é equivalente à

densidade demográfica na RAS, já quanto às taxas de urbanização Ibiúna apresenta um índice bem mais

baixo que o índice apontado na RAS, o que reafirma suas características rurais de ocupação do

território.

Tabela 2.5: Densidade Demográfica e Taxa de Urbanização: comparativo entre RMSP, Região

Administrativa de Sorocaba e município de Ibiúna

Ano RMSP Região Administrativa

de Sorocaba Ibiúna

Densidade Demográfica (hab./km2)

1990 1.899,56 47,82 44,03

2000 2.247,36 60,27 60,6

2010 2.474,24 68,52 67,16

Taxa de Urbanização (%)

1990 97,74 79,13 38,18

2000 95,75 83,54 33,17

2010 98,77 86,26 35,03

Fonte: Informações dos Municípios Paulistas – IMP - Fundação Seade (Acessado em maio de 2011).

● Região de Governo de Sorocaba

A Região Administrativa de Sorocaba é formada por cinco Regiões de Governo11, sendo uma

delas a Região de Governo de Sorocaba, que, por sua vez, é formada pelos municípios de Araçoiaba da

11

As Regiões de Governos ou Microrregiões são previstas pela Constituição Federal de 1988, definidas como formadas por um agrupamento de municípios limítrofes, com finalidade de organização, planejamento e execução das funções públicas de interesse comum. O uso prático foi dado pelo IBGE que para fins estatísticos e com base em similaridades econômicas e sociais divide os diversos estados da federação em microrregiões. Essas são subdivisões das mesorregiões ou regiões administrativas.

Page 22: Diagnóstico Habitacional

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Serra, Ibiúna, Salto de Pirapora, São Roque, Itu, Tapiraí, Piedade, Tietê, Pilar do Sul, Porto Feliz, Iperó,

Mairinque, Sorocaba, Votorantim, Alumínio e Araçariguama.

Das 63 Regiões de Governo em que o Estado de São Paulo está dividido, a de Sorocaba é a quarta maior

região em termos populacionais, com 1.495.640 habitantes – estando atrás somente das Regiões de

Governo de São Paulo (20.141.759 habitantes), Campinas (3.017.435 habitantes), e Santos (1.709.686

habitantes) (Fundação SEADE, 2010).

A seguir na tabela 2.5 são apresentados os dados referentes ao número de favelas e

loteamentos clandestinos dos municípios que compõem a Região de Governo de Sorocaba. Estes dados

mostram que, à época, Ibiúna possuía apenas 2 favelas em seu território e 45 loteamentos

clandestinos12, o que representava 26,31% dos loteamentos clandestinos da RG de Sorocaba.

Tabela 2.6: Assentamentos irregulares na Região de Governo de Sorocaba - 1993

Município (1) Número de

Favelas Número de Unidades

habitacionais Número de Loteamentos

Clandestinos

Araçoiaba da Serra 1 60 8

Ibiúna 2 112 45

Iperó 1 32 1

Itu 2 15 14

Mairinque 0 0 22

Piedade 1 28 10

Pilar do Sul 0 0 1

Porto Feliz 0 0 0

Salto 12 1.190 0

Salto do Pirapora 2 30 5

São Roque 0 0 40

Sorocaba 41 2.414 3

Tapiraí 0 0 13

Tietê 0 0 0

Votorantim 5 220 9

Total da Região 67 4.091 171

Fonte: NEPO, Universidade de Campinas, 1993. Elaboração: Integra Sociedade Cooperativa, 2011.

Quanto aos dados relativos ao Déficit Habitacional Básico13, formulados pela Fundação João

Pinheiro a partir das informações do Censo 2000, a Região de Governo de Sorocaba apresentava

naquele ano um déficit de cerca de 25 mil domicílios, sendo 1.685 deles em Ibiúna. Este número

representa aproximadamente pouco mais de 6% do déficit encontrado na Região de Governo à qual o

Município faz parte naquele ano

12

Incluindo loteamentos de alta, média e baixa renda. neste Diagnóstico trataremos apenas dos assentamentos que configuram interesse social. 13

O DHB, conceito desenvolvido pela FJP, refere-se à somatória das informações do Censo Demográfico 2000 do IBGE, quanto às situações de coabitação familiar, domicílios improvisados e domicílios rústicos. Essa metodologia e conceitos serão apresentados neste Diagnóstico detalhadamente no Capítulo 4.

Page 23: Diagnóstico Habitacional

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2.3 Contexto Intraurbano

● Divisão Regional

Devido à grande extensão do território, (mais de mil km²), a municipalidade adotou uma divisão

territorial composta de 5 regiões: central, norte, sul, leste e oeste, que pode ser observada na figura 2.3

O município é composto por 93 bairros, além do Parque Estadual do Jurupará. O Jurupará possui uma

extensão de 234 km², equivalente a 22% da área total de Ibiúna.

Do total da extensão territorial, cerca de 62% (588,85 km²) é classificada como APA (Área de

Proteção Ambiental) Itupararanga, criada pela lei estadual n° 11.579 de 2 de dezembro de 2003. Esta

grande Área de Proteção Ambiental abrange também os municípios vizinhos, São Roque, Mairinque,

Vargem Grande Paulista, Cotia, Alumínio e Votorantim. Esta APA tem a intenção de proteger a bacia

hidrográfica que abastece o reservatório do Itupararanga, responsável pela geração de energia e

abastecimento de 63% da região.

A região central, sede do município, é composta por 20 bairros14, mantém e constitui-se no

principal perímetro urbano do município. No seu entorno, estão delimitadas duas áreas de expansão

urbana, e uma área com destinação industrial, de acordo com o Macrozoneamento do Município.

A região norte é formada por 13 bairros15, dentre os quais, três são condomínios. Pela

proximidade à represa Itupararanga, são comuns as chácaras de recreio, de médio e alto padrão. Tal

localização também confere à Ibiúna um grande potencial turístico.

A grande maioria dos bairros da região sul16, estão dentro do Parque Jurupará e são áreas

turísticas. Segunda a Prefeitura, há registros de ocupações irregulares nestas áreas.

A região leste com 24 bairros é a que contém mais bairros no município17, juntamente com a

região oeste composta por 16 bairros18, ambas são caracterizadas pela concentração de áreas de

produção hortifrutigranjeira.

14

Areia Vermelha, Bairro do Rio de Una, Campo Verde, Campim Azedo, CDHU (Santa Lúcia), Curral, Figueira, Gemima, Lageadinho, laval, Manoel Clemente, Olinto, Paes, Pintos, Puris, Residencial Europa, Residencial Ibiúna, Rosarial, São Judas Tadeu, Vista Linda 15

Antilhas, Cachoeira, Cocais, Colégio, Dois Córregos, Godinhos, Paiol Pequeno, Paruru, Piratuba, Porto, Ressaca, veleiros, Votorantim 16

Cachoeira da Fumaça, Campestre, Capela Azul, Capela Santa Catarina, Carmiranga, Cemitério dos Tuins, Colina, Colônia Perazei, Itaguapeva, Juquiá, Juquiá Grande, Lodo, Lúcio, Oito e Meio, Onze e Meio, Quarto e Meio, Rio Bonito, Usina 17

Alves, Boava, Cachoeira II, Carmo Messias, Coelhos, Cristiano Pedroso, Domingues, Gatos (Morro Grande), Grilos, Guarinos, Lageadinho, Laranjeiras, Paiol Grande, Pocinho, Recreio, Ribeiros, Rodrigues, Sara Sara, Sorocabuçu (Gabriel), Sorocamirim, Terra Boa (Paulos), Tibúrcio, Verava, Veravinha. 18

Bairro do Salto, Cláudio, Cupim, Dias, Feital, Lageado, Murundu, Piai, Piai de Baixo (Santa Maria), Piai de Cima, Recanto Primavera, Saltinho, São Sebastião, Tavares, Vargem do Salto, Vieirinha.

Page 24: Diagnóstico Habitacional

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Figura 2.3: Mapa de Divisa Regional de Ibiúna

Fonte: Prefeitura Municipal de Ibiúna, 2006 Elaboração: Integra Sociedade Cooperativa, 2011.

O Diagnóstico realizado para a elaboração do Plano Diretor do Município, em 2006, caracteriza

as cinco regiões no que diz respeito à infraestrutura básica, saúde, educação, equipamentos de esporte

e lazer, segurança, entre outros. Esta caracterização tomou como base o resultado de pesquisa aplicada

em 60 escolas do município. A partir de tal pesquisa, puderam ser constatadas as principais deficiências

do município de Ibiúna enfrenta, e como estas necessidades estão distribuídas dentro de cada região.

Page 25: Diagnóstico Habitacional

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Gráfico 2.2: Demandas do Município por Região Região Sul

46%

17%

6%

9%

10%

3%8%

1%

Infraestrutura

Saúde

Educação

Esporte/ Lazer

Segurança

Meio Ambiente

Social/ Cultural

Emprego e Renda

39%

23%

22%

3%

4%1%

8%

0%

Infraestrutura

Saúde

Educação

Esporte/ lazer

Segurança

Meio Ambiente

Social/ Cultural

Emprego e Renda

Região Leste Região Oeste

42%

11%

18%

8%

9%

2%8%

2%

Infraestrutura

Saúde

Educação

Esporte/ lazer

Segurança

Meio Ambiente

Social/ Cultural

Emprego e Renda

42%

14%

10%

9%

8%

4% 11%

2%

Infraestrutura

Saúde

Educação

Esporte/ lazer

Segurança

Meio Ambiente

Social/ Cultural

Emprego e Renda

Região Central Região Norte

44%

16%

12%

8%

9%

2%8%

1%

Infraestrutura

Saúde

Educação

Esporte/ lazer

Segurança

Meio Ambiente

Social/ Cultural

Emprego e Renda

46%

17%

6%

9%

10%

3%8%

1%

Infraestrutura

Saúde

Educação

Esporte/ Lazer

Segurança

Meio Ambiente

Social/ Cultural

Emprego e Renda

Fonte: Caderno de Caracterização - Plano Diretor de Ibiúna, 2006.

Os Gráficos apresentados acima apontam que o maior problema que o Município enfrenta é a

falta de infraestrutura - como esgoto, água encanada, energia elétrica, iluminação pública,

pavimentação - recorrente em todas as regiões, em um percentual em torno dos 40%. Pode-se ser

notado, através das informações cedidas pela prefeitura e da vistoria realizada, que esta deficiência

permanece predominante até os dias de hoje.

A carência de equipamentos de saúde é outra questão importante, aparecendo em segundo

lugar nas regiões norte, sul, oeste e central. Outro índice expressivo apontado pelos gráficos 2.2 que

pode ser notado em todas as regiões foi o da demanda por educação - através da pesquisa pode ser

constatado que esta demanda aponta para a necessidade de melhorias nas escolas existentes (como

ampliações, reformas, equipamentos, etc.), e não para a necessidade de novas unidades.

Page 26: Diagnóstico Habitacional

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A demanda social/cultural que se resume no programa escola da família, programa bolsa

escola, igreja, comércio, serviços e comunidade, demonstrou um nível médio de 8 a 9% da demanda, em

todas as regiões da cidade, bem como, a demanda por Esporte/ Lazer (áreas de lazer, centro esportivo,

etc...) e a demanda por segurança (policiamento e posto policial), que também apontam índices médios

de 8 a 9% em todas as regiões exceto na região sul.

As necessidades relacionadas ao meio ambiente e ao emprego e renda apresentaram os

menores índices em todo o Município, com uma média de 2% da demanda total. Abaixo gráfico com os

comparativos da demanda por região.

Gráfico 2.3: Comparativo das demandas do Município por região.

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

Norte

Sul

Leste

Oeste

Central

Fonte: Caderno de Caracterização - Plano Diretor de Ibiúna, 2006.

Embora realizada em 2006, consideramos que esta pesquisa ainda reflita a realidade do

município.

● Características de ocupação

Ibiúna possui o distrito de Paruru (criado pela Lei nº 401/1997), localizado à 17 km da sede. Seu

perímetro atual foi incorporado à área de expansão urbana delimitada pelo Plano Diretor em 2006.

Além dos loteamentos próximos à sede, existe no município aquilo que é classificado pelo PDDI

como “núcleos urbanos isolados”. São núcleos urbanos dispersos no território, que apesar de

apresentarem algumas características urbanas (concentração de imóveis, presença de comércio e

serviços públicos urbanos, por ex.), possuem um parcelamento com grandes lotes – característicos da

área rural, e, na sua maioria, não são dotados de infraestrutura básica completa. Além dos domicílios

permanentes de munícipes, encontram-se nestes núcleos algumas chácaras de recreio.

Outro forte traço da ocupação do município são os loteamentos irregulares e clandestinos que

são a maioria no município. A irregularidade fundiária no município não se restringe apenas aos

assentamentos de baixa renda. Também é considerável o montante de loteamentos clandestinos para a

média e alta renda, inclusive em terras griladas.

Page 27: Diagnóstico Habitacional

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● Espacialização da renda no município

A seguir, foi elaborada uma seqüência de mapas que possibilita analisar a tendência de

concentração espacial da população residente segundo seus rendimentos no território do município. A

figura 2.4 demonstra o número de pessoas residentes por setor censitário do município. Podemos

observar uma concentração ao sul da sede e no distrito de Paruru.

Os mapas seguintes apontam a porcentagem de chefes de famílias por faixa de renda (até 3

s.m., de 3 a 5 s.m. e acima de 20 s.m. respectivamente) distribuídos por setor censitário, possibilitando

uma análise da espacialização por faixa de renda, possibilitando a identificação das áreas mais

vulneráveis.

A figura 2.5 mostra a concentração (acima de 60%) dos chefes de família sem rendimentos e

com rendimento de até 3 salários mínimos no distrito do Paruru e em setores a leste e oeste da área

definida como urbana (da sede).

A figura 2.6 mostra a concentração de 26 a 30% dos chefes de família com rendimentos entre 3

e 5 salários mínimos bem a norte do município.

Os chefes de família rendimentos acima de 20 salários mínimos (5% deste universo) estão

concentrados na sede e áreas próximas a região central – figura 2.7.

Figura 2.4: Pessoas residentes por setor censitário – 2000

Fonte: IBGE – Resultados do Censo Demográfico 2000 – Estatcart. Elaboração: Integra Sociedade Cooperativa, 2011.

Page 28: Diagnóstico Habitacional

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Figura 2.5: Distribuição territorial pela faixa de renda dos responsáveis pela família no Município de Ibiúna (sem rendimento até 3 salários mínimos) – 2000

Fonte: IBGE – Resultados do Censo Demográfico 2000 – Estatcart. Elaboração: Integra Sociedade Cooperativa, 2011.

Figura 2.6: Distribuição territorial pela faixa de renda dos responsáveis pela família no Município de

Ibiúna (de 3 a 5 salários mínimos) – 2000

Fonte: IBGE – Resultados do Censo Demográfico 2000 — Estatcart. Elaboração: Integra Sociedade Cooperativa, 2011.

Page 29: Diagnóstico Habitacional

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Figura 2.7: Distribuição territorial pela faixa de renda dos responsáveis pela família no Município de Ibiúna (acima de 20 salários mínimos) – 2000

Fonte: IBGE – Resultados do Censo Demográfico 2000 — Estatcart. Elaboração: Integra Sociedade Cooperativa, 2011.

● Rendimento das famílias residentes

Quanto ao rendimento nominal mensal, dados do IBGE 2000 detectam 75% das famílias

residentes em domicílios particulares em Ibiúna possuem uma renda de até 3 salários mínimos. As

demais famílias dividem-se em 20% com renda de 3 a 10 salários mínimos, e apenas 5% acima de 10

salários mínimos, como pode ser observado na tabela 2.8.

Tabela 2.7: Famílias residentes em domicílios particulares, por classe de rendimento nominal mensal

familiar - 2000

Classes de rendimento nominal mensal da pessoa responsável pela família

Absoluto Percentual

Até 3 salários mínimos 22.897 75%

Mais de 3 a 10 salários mínimos 5.966 20%

Mais de 10 salários mínimos 1.585 5%

Total 30.448 100%

Fonte: IBGE – Censo Demográfico 2000. SIDRA, disponível no site: http://www.sidra.ibge.gov.br acessado em janeiro 2011 (Tabela 2456).

● Índice Paulista de Vulnerabilidade Social

Outra forma de mapear a questão socioeconômica no município de Ibiúna é através da

observação do Índice Paulista de Vulnerabilidade Social19 para o município. Segundo o IPVS, o grupo 1

representa nenhuma vulnerabilidade social variando até o grupo 6, de muito alta vulnerabilidade.

19

Índice Paulista de Vulnerabilidade Social, indicador que permite uma visão mais detalhada das condições de vida do município, com a identificação e a localização espacial das áreas que abrigam os segmentos populacionais mais vulneráveis à pobreza. Fonte: IBGE. Censo Demográfico 2000; Fundação SEADE – disponível em www.seade.gov.br.

Page 30: Diagnóstico Habitacional

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No gráfico 2.2, que segue, é possível visualizar a porcentagem dos diferentes grupos de

vulnerabilidade social em Ibiúna, e compará-los com os índices apresentados pelo Estado de São Paulo.

Um dado crítico é o fato de o Município de Ibiúna apresentava em 2000 uma parcela mínima da

população (0,4%) fora de qualquer risco de vulnerabilidade, muito abaixo do que era percebido para o

Estado de São Paulo (6,9%). No entanto, mais crítico é a diferença que se nota entre o índice estadual e

o municipal no grupo 5, de alta vulnerabilidade, o Estado possui 17,6% de sua população em tal situação

e Ibiúna, 66,1% - quase quatro vezes maior. O índice do grupo 6, que apresenta vulnerabilidade muito

alta, assim como o grupo 5, é maior que o do estado e também maior que os grupos 2 (muito baixa), 3

(baixa) e 4 (média), o que denota uma situação de vulnerabilidade predominante no município.

Somados os índices dos grupos 5 e 6, observa-se que 80,2% do município encontra-se em situação de

alta ou muito alta vulnerabilidade.

Gráfico 2.4: População, segundo Grupos IPVS, Ibiúna e o Estado de São Paulo

6,9

23,3 22,2 20,2 17,6

9,8

0,45,3 5,4

8,6

66,1

14,1

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

1- Nenhuma Vulnerabilidade

2- Muito Baixa 3- Baixa 4- Média 5- Alta 6- Muito Alta

Em %

Estado Ibiúna

Fonte: IBGE. Censo Demográfico 2000; Fundação SEADE — www.seade.gov.br

O Censo IBGE 2010 aponta no Município de Ibiúna, a existência de um 34.118 domicílios, entre

particulares e coletivos, sendo apenas 54 domicílios coletivos e o restante, 34.064 domicílios

particulares. Quanto à situação dos domicílios particulares permanentes, 14.789 são próprios, 2.459 são

alugados, 4.119 são cedidos e apenas 61 domicílios apresentam outras condições. O Gráfico 2.3

apresenta em percentual cada uma dessas categorias.

Gráfico 2.5: Domicílios em Ibiúna, segundo a condição de ocupação – IBGE, 2000

Próprio

69%

Alugado

12%

Cedido

19%

Outra

condição 0%

Fonte: IBGE Censo Demográfico, 2010. Elaboração: Integra Sociedade Cooperativa, 2011.

Page 31: Diagnóstico Habitacional

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A tipologia dominante entre os domicílios de Ibiúna são casas, sendo muito poucos os casos de

unidades verticalizadas. Isso em parte se deve às limitações urbanísticas que o município impõe,

impedindo e dificultando a construção de edifícios com gabarito superior a quatro pavimentos,

sobretudo às características ainda rurais de ocupação, predominando a baixa densidade.

● Imóveis vazios no município de Ibiúna

Do total de domicílios particulares (34.064), encontravam-se ocupados em 2010, 21.441

domicílios. O restante, cerca de 38%, encontravam-se desocupados e são classificados em três

categorias – fechados, de uso ocasional e vagos. Não foram encontrados domicílios classificados como

fechados. Os de uso ocasional apresentam o maior percentual, com 9.092 domicílios.

Tabela 2.8: Domicílios particulares no município de Ibiúna – 2010

Domicílios Particulares Permanentes20

Ocupados 21.441

Não ocupados fechados -

Não ocupados de uso ocasional 9.092

Não ocupados vagos 3.531

Total 34.064

Fonte: Censo IBGE 2010.

20

Domicílio Particular Permanente é aquele que foi construído para servir exclusivamente à habitação e, na data de referência, tinha a finalidade de servir de moradia a uma ou mais pessoas. São domicílios particulares permanentes: as casas, os apartamentos em edifícios, os apartamentos em apart-hotéis, casas de cômodos, cortiços e cabeças de porco. (Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e IBGE, Conhecimentos Técnicos a serem aplicados no Censo Experimental 2009).

Page 32: Diagnóstico Habitacional

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3. Contexto Habitacional no Município

A atuação pública frente à problemática habitacional no Município de Ibiúna será abordada

neste diagnóstico sob dois aspectos, quais sejam: (i) a promoção habitacional de interesse social, já

realizada e em andamento no município; e (ii) os convênios e ações realizadas e em andamento.

Neste sentido, será apresentado inicialmente um breve histórico da promoção habitacional

pública e privada relacionada à produção de empreendimentos habitacionais e de interesse (itens 3.1 e

3.2).

Na seqüência, será abordada a atuação do poder público no setor, através de ações,

programas e convênios firmados com os demais entes federativos; (itens 3.3, 3.4 e 3.5).

3.1 Promoção Habitacional Pública em Ibiúna

3.1.1 Produção Habitacional Pública Realizada no Município

A produção habitacional pública em Ibiúna registra, até então convênios apenas com o governo

estadual. A partir da década de 1980, o Programa SH do Governo do Estado21, voltado à produção

habitacional, começou a ser implementado, visando atuar frente ao déficit habitacional dos municípios

do estado. Em Ibiúna, a primeira atuação do programa se deu em 1992, quando foi produzido o

empreendimento “Ibiúna A”, com 41 unidades habitacionais. Nos dois anos seguintes, outros dois

empreendimentos foram implantados no mesmo local, na Praça Santa Lucia, denominados pela CDHU

como “Ibiúna A2” e “Ibiúna A3”, com 40 e 125 unidades habitacionais, respectivamente, concluídas em

1994. Juntos estes três empreendimentos compõem o Conjunto Santa Lucia, em uma somatória de 206

unidades habitacionais. Este período de produção foi bastante significativo, considerando os próximos

que se seguiriam.

Mais de uma década depois, em 2006, a produção habitacional foi retomada pela própria

CDHU, através do empreendimento “Ibiúna B”, com 100 unidades habitacionais construídas na

modalidade de autoconstrução. O “Ibíuna B” está localizado no bairro Residencial Europa, e foi

denominado como Conjunto Nossa Senhora de Fátima.

Tabela 3.1: Histórico da Produção Pública de Habitação no Município

Empreendimento Ano Localização Orgão/Convênio Nº U.H.

Ibiúna A 1992

Praça Santa Lucia CDHU

41

Ibiúna A2 1993 40

Ibiúna A3 1994 125

Ibiúna B 2006 Residencial Europa CDHU 100

Total 306

21

Na esfera de atuação do governo estadual, o setor de habitação é tratado no âmbito da Secretaria da Habitação à qual está vinculada a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU), responsável pela promoção de habitação, como agente executor e operador da política habitacional e de desenvolvimento urbano no Estado.

Page 33: Diagnóstico Habitacional

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Fonte: Secretaria de Habitação do Estado de São Paulo, disponível em www.habitacao.sp.gov.br, acesso em agosto de 2011.

3.1.2 Produção Habitacional Pública em Andamento no Município

Atualmente, quase de seis anos após o último empreendimento habitacional construído pela

CDHU, a companhia voltou a produzir habitações no município, através do empreendimento “Ibiúna C”,

que tem previsão de entrega das suas 189 unidades em 2012. Tais unidades estão sendo construídas

pela modalidade de autoconstrução.

O empreendimento “Ibiúna C” está sendo implantado no Bairro Gemima, na Rodovia Ibiúna –

São Roque, km 03 da entrada para Vargem Grande, e será ocupado pelas famílias que serão removidas

do Jardim Nova Ibiúna, além de atender as famílias residentes próximas ao lixão.

Tabela 3.2: Produção Pública de Habitação em andamento no Município

Empreendimento Ano Localização Orgão/Convênio Nº U.H.

Ibiúna C 2012 Bairro Gemima CDHU 189

Fonte: Secretaria de Habitação do Estado de São Paulo, disponível em www.habitacao.sp.gov.br, acesso em agosto de 2011.

A partir da análise das tabelas 3.1 e 3.2, é possível observar que a atuação do Governo

Estadual, representa 100% da produção pública habitacional já realizada no município. Neste sentido,

cabe à Política Habitacional Municipal promover o incremento dos convênios e parcerias com os demais

entes federados, bem como, passar a atuar também como agente promotor.

Gráfico 3.1: Histórico da Produção Pública de Habitação no Município

Fonte: Secretaria de Habitação do Estado de São Paulo, disponível em www.habitacao.sp.gov.br, acesso em agosto de 2011.

O gráfico demonstra que a atuação do Governo do Estado pela CDHU na produção habitacional

no município teve uma queda de cerca de 50% na década de 2000 em relação a década de 1990. Nesta

década que se inicia já se percebe uma retomada dessa situação com o início das obras do

empreendimento habitacional “Ibiúna C”.

Page 34: Diagnóstico Habitacional

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É interessante que haja no município uma ampliação das modalidades de atendimento, que

devem ser voltadas não só para a produção de novas unidades, mas também para a promoção de lotes

urbanizados e lotes com embrião, por exemplo, diversificando o atendimento habitacional.

3.1.3 Promoção Habitacional Privada em Ibiúna

● Programa Minha Casa Minha Vida – PMCMV

O Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV) do Governo Federal foi lançado em março de

2009 pela Lei 11.977/09 e foi alterado em junho de 2011 pela Lei 12.424/11, e tem como finalidade criar

mecanismos de incentivo a produção e à aquisição de novas unidades habitacionais pelas famílias com

renda limitada até dez salários mínimos. São agentes envolvidos: o poder público local (Prefeitura

Municipal Ibiúna), a Caixa Econômica Federal e Empreendedores Privados interessados.

O Município aderiu ao Programa do Governo Federal Minha Casa Minha Vida em 30 de junho

de 2009 e pouco depois iniciou sua implementação. Conforme informação no Jornal Imprensa Oficial, de

17 de julho de 2009, o cadastramento da demanda para o PMCMV foi iniciado em agosto do mesmo

ano, e, de acordo com a Prefeitura, foram registrados 3.656 cadastros.

De acordo com a PMI, existem dois convênios no âmbito do PMCMV. Um firmado e outro

previsto, deles já esta em andamento, e atenderá famílias de 0 a 3 salários mínimos, no qual serão

produzidas 472 unidades habitacionais do tipo casas sobrepostas no Bairro da Cachoeira. Este

empreendimento será construído sobre a ZEIS-D, criada mela LC n°89 de 25 de agosto de 2011. Até

setembro de 2009, o custo total do projeto era de mais de 21 milhões de reais.

O projeto do PMCMV previsto, trata-se de um empreendimento voltado para famílias com

renda de 3 a 6 salários mínimos, um total de 306 unidades construídas no Bairro Cachoeira. Para a

produção destas unidades foi estabelecido um acordo entre a iniciativa privada e a Prefeitura, onde

seriam reduzidos os valores das taxas a serem pagas pelo empreendedor para baratear a produção.

Tabela 3.3: Empreendimentos em Andamento e Previstos do PMCMV

Empreendimento Situação Rendimento

Das Famílias (SM) Localização Tipo Nº U.H.

- Em aprovação 0 a 3 Bairro da Cachoeira Casas

Sobrepostas 472

Residencial Raízes da Terra

Previsto 3 a 6 Gemima Casas 306

Total 898

Fonte: Prefeitura de Ibiúna, 2011. Elaboração: Integra Sociedade Cooperativa, 2011.

Page 35: Diagnóstico Habitacional

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● Cooperativa Habitacional de Ibiúna (COOPHI)

A Cooperativa Habitacional de Ibiúna (COOPHI) surgiu em 1999, neste mesmo ano, iniciou um

cadastro onde aproximadamente 500 famílias declararam-se demanda por moradias em Ibiúna.

Das 500 famílias cadastradas, 170 delas se declararam-se dispostas a iniciar uma poupança

onde seria depositado R$75,00 todo mês. Em 2004, com o montante poupado até então, a Cooperativa

comprou um terreno no Jardim Gemima para construção de 120 unidades habitacionais que custaria

cerca de R$ 90.000,00 cada.

Após a compra do terreno, a Prefeitura declarou o mesmo de interesse social, para fins de

implantação de projeto popular habitacional por meio da lei 986/2004.

Tabela 3.4: Produção Habitacional de Cooperativa no Município

Empreendimento Ano

início Rendimento das famílias (S.M.)

Localização Orgão/Convênio Tipo Nº U.H.

Esperança 01 2004 3 a 10 Jd. Gemima Cooperativa Habitacional

- 120

Fonte: Prefeitura de Ibiúna, 2011.

3.1.4 Programas de Melhoria de Infraestrutura Urbana no Município

No âmbito de melhorias urbanas, alguns convênios foram firmados entre a Prefeitura e o

Governo Federal através do Ministério das Cidades − Programa de Infraestrutura Urbana22.

Entre a Prefeitura e o Governo Federal foram estabelecidos quatro convênios desde 2005, –

dentre eles: pavimentação asfáltica, drenagem e implantações e melhoria de infraestrutura. Estas ações

estiveram concentradas em duas áreas no município: O Bairro Vista Linda onde foi feita a pavimentação

asfáltica em 2006. Um ano depois teve inicio outra ação, esta para que fosse feita a drenagem urbana

da mesma área. Estas ações tiveram duração de 3 anos, de 2006 a 2009 e totalizaram cerca de 660 mil

de reais.

A outra área de concentração das ações é o Gemima, que recebeu melhorias de infraestrutura

por meio de ações do Governo Federal. Nesta área um único convênio tratou da pavimentação asfaltica

e da drenagem urbana, esta ação teve duração de 3 anos (de 2007 a 2010) e cerca de 140 mil reais

investidos.

Outros convênios vêm sendo firmados, estes, entre a Prefeitura de Ibiúna e o Governo do

Estado, via Secretaria da Habitação, convênios para a pavimentação e implantação de infraestrutura,

como, por exemplo, da Estrada Municipal de Ibiúna, Km 300. Esta ação prevê um gasto total de R$ 240

mil reais sendo 16% em contrapartida da Prefeitura (R$ 40.000,00). Outros dois convênios estabelecidos

entre a PMI e o Governo Estadual tratam-se da construção de pontes metálicas que auxiliarão na

travessia dos respectivos rios atendendo aos bairros de baixa renda.

22

O Programas de Infraestrutura Urbana, operado com recursos do Orçamento Geral da União (OGU) através da Caixa, tem como objetivo contribuir para a melhoria da qualidade de vida nas cidades, mediante a reestruturação de sua infraestrutura urbana.

Page 36: Diagnóstico Habitacional

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Atualmente, existe em andamento uma ação de iniciativa exclusiva da Prefeitura Municipal de

Ibiúna que tem como objetivo construir 100 fossas sépticas dentro do Conjunto Ibiúna B. As obras estão

atualmente em andamento, sendo executadas por uma empresa contratada da prefeitura. Cada

unidade teve o custo de R$ 995,65 totalizando R$ 99.565,49.

Tabela 3.5: Ações de Melhoria de Infraestrutura realizadas e em andamento no Município

Linha de Atuação Vigência Localização Órgão

/Convênio Valor total (R$)

Pavimentação Asfaltica e Drenagem Urbana

2007 a 2010 Gemima PMI e Gov.

Federal 138.514,20

Drenagem Urbana 2007 a 2009 Vista Linda PMI e Gov.

Federal 377.153,13

Pavimentação Asfaltica 2006 a 2008 Vista Linda PMI e Gov.

Federal 284.118,90

Implantação ou melhorias de obras de infra estrutura urbana

2005 a 2007 - PMI e Gov.

Federal 148.110,48

Pavimentação Asfaltica 2009 CDHU Santa Lúcia (Rua Pedro Bifano)

Gov. Estadual *

Recapeamento 2011 Rua Julio Del Fabro Gov. Estadual -

Construção de Ponte Metálica

- Vargem do Salto Gov. Estadual -

Construção de Ponte Metálica

- Piaí Gov. Estadual -

Pavimentação Asfaltica - Estrada Municipal de IBN - 300 PMI e Gov.

Estadual 240.000,00

Fossas Sépticas 2011 Residencial Europa

(Ibiúna B) PMI 99.565,49

Total

Fonte: Portal da Transparência do Governo Federal, 2011 e Sec de Convênios da Prefeitura de Ibiúna, 2011. Elaboração: Integra Sociedade Cooperativa, 2011. *O Recurso foi disponibilizado pelo Governo Federal, porém o prazo para sua utilização já expirou, e está sendo renegociado.

3.1.5 Programas de Regularização Fundiária

Em uma parceria com o Governo do Estado de São Paulo, a Prefeitura de Ibíuna firmou em

2009, convênio no Programa Minha Terra. Trata-se de um dos programas estaduais de regularização

fundiária, este operado pela Fundação ITESP (Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo).

Segundo o Instituto, o objetivo deste programa é promover a regularização fundiária de áreas urbanas e

rurais tanto públicas, quanto privadas.

Em Ibiúna, este convênio prevê a disponibilização de recursos humanos e materiais para que

seja feita a atualização cadastral de 800 imóveis inseridos na área urbana do município. O valor do

recurso estimado para este projeto é de 122 mil reais, sendo 56% deste valor em contrapartida da

Prefeitura (R$ 68.956,80). Cabe ao Município, a organização dos recursos humanos e físicos para a

viabilização das ações.

Page 37: Diagnóstico Habitacional

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Tal cadastramento iniciou em março de 2010 e tem previsão de duração de 15 meses, podendo

ser aumentado caso o número de imóveis seja maior do que o esperado. As áreas a serem cadastradas

foram indicadas pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano de Ibiúna, a saber: Vila Lima, Laval I e II e

Bairro do Coto.

Tabela 3.6: Ações de Regularização Fundiária em Andamento no Município

Ação Localização Ano Convênio Número de

Lotes Valor

Cadastramento de Imóveis para Regularização

Vila Lima

2010 a 2011 PMI e ITESP 800 122.135,14 Laval I

Laval II

Bairro do Coto

Total 800

Fonte: ITESP, 2011 e Prefeitura de Ibiúna, 2011. Elaboração: Integra Sociedade Cooperativa, 2011.

3.1.6 Elaboração do Plano de Habitação de Interesse Social

O Governo Federal também promove ações de apoio à elaboração do Plano Local de Habitação

de Interesse Social (PLHIS)23, através da viabilização de recursos financeiros do Fundo Nacional de

Habitação de Interesse Social (FNHIS), para a realização das ações e atividades necessárias à elaboração

do instrumento. O presente Plano Local de Habitação de Interesse Social (PLHIS) está em elaboração,

sendo p presente documento parte deste processo, e sua finalização está prevista para o final de 2011.

Tabela 3.7: Ação de Apoio à Elaboração de Planos Habitacionais de Interesse Social

Ação Data convênio Produto Órgão

/Convênio Valor total (R$)

Apoio à Elaboração de Planos Habitacionais de Interesse Social

Dez/2010 Plano Local de Habitação de

Interesse Social - PLHIS Ministério das

Cidades 85.239,13

Fonte: Portal da Transparência do Governo Federal, 2011 Elaboração: Integra Sociedade Cooperativa, 2011.

“Segundo a PMI, caso as 189 unidades não seja suficientes para o atendimento da totalidade de

famílias será criado um programa de auxilio moradia a esta população.

O local onde atualmente está a ocupação se trata de uma área institucional, nela a Prefeitura

prevê a recuperação ambiental e a criação de um parque.”

23

Instrumento previsto na Lei nº 11.124 e Resoluções nº. 2 e 7, do Conselho Gestor do FNHIS, como requisito para adesão ao SNHIS.

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3.2 Quadro Normativo e Institucional

Para a elaboração do Plano Local de Habitação de Interesse Social de Ibiúna, o conhecimento

das bases normativas e institucionais é fundamental uma vez que permite organizar e estruturar a

política do setor habitacional em consonância com a legislação vigente. A análise desta base permite o

apontamento da necessidade de revisões, complementações e adequações do quadro normativo e

institucional estabelecido no Município, para a plena aplicação da Política Municipal de Habitação.

Trataremos a seguir da análise das legislações urbanísticas municipais e afins, bem como, do

marco institucional do setor habitacional na administração municipal.

3.2.1 Quadro Normativo

Consideramos nesta análise a legislação urbanística municipal vigente, visando apreender quais

as normas, objetivos, diretrizes e instrumentos estão assegurados por lei no que trata da política urbana

municipal, em particular no que diz respeito à habitação de interesse social e à função social da terra e

da propriedade. Cabe também apontar as legislações federais e estaduais que dispõe sobre a questão

habitacional.

As principais políticas públicas urbanas para o Município estão expressas na sua Lei Orgânica e

no seu Plano Diretor, elaborados em 1990 e 2006, respectivamente. Além delas, a análise das leis que

estabelecem programas e políticas municipais de habitação, tais como as que demarcam as Zonas

Especiais de Interesse Social (ZEIS), configuram parte importante deste estudo.

A lei de Uso, Ocupação e Parcelamento do Solo do Município de Ibiúna encontra-se em fase de

elaboração e, durante este período, para fins de aprovação dos parcelamentos, o Município apóia-se na

lei federal nº 6.766/1979, na Lei Orgânica do Município de 1990, no Planejamento Físico do Município

elaborado em 1975 e na lei municipal de Parcelamento do Solo de 1998.

Desta forma, as leis municipais consideradas para a análise aqui desenvolvida são:

Lei Orgânica do Município de Ibiúna, 1990;

Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado, Lei nº 1236/2006;

Planejamento Físico do Município, Lei n° 89/1975;

Lei de Parcelamento do Solo, Lei n° 475/1998 e suas alterações;

Lei de Regularização de Parcelamento do Solo para Fins Urbanos, Lei n° 816/2003;

Lei de Regularização dos loteamentos, Lei n° 464/1998 e suas alterações;

Regularização de Loteamentos de excepcional interesse social, Decreto 753;

Demarcação de imóveis com interesse social, Lei n° 986/2004;

Código de Posturas do Município, Lei Municipal n°72/1966

Código de Obras e Urbanismo nº 08/1970.

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Destacaremos a seguir aspectos relevantes para este Diagnóstico, presentes na legislação

consultada.

● Lei Orgânica do Município (LOM):

A Lei Orgânica do Município de Ibiúna foi elaborada em 1990 e estabelece como competência

do Município “prover tudo quanto diga respeito ao seu peculiar interesse e ao bem estar de sua

população” cabendo-lhe, dentre outras, as atribuições de legislar sobre assunto de interesse local; de

elaborar o Plano Diretor; de dispor sobre a administração, utilização e alienação de bens públicos; e de

planejar o uso e ocupação do solo em seu território. (Art. 8º da LOM)

A LOM estabelece como objetivo da Política Urbana o pleno desenvolvimento das funções

sociais da cidade e garantir o bem estar de seus habitantes, estabelecendo que “a propriedade urbana

cumpre sua função social quando atende a exigência fundamental de ordenação da cidade, expressa no

Plano Diretor” (Art. 162).

A LOM de Ibiúna institui três importantes instrumentos da política urbana são eles: i)

parcelamento ou edificação compulsória; ii) imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana

progressivo no tempo; e iii) desapropriação com pagamento mediante título da dividia pública,

devendo cada instrumento ser regulamentado por lei específica (Art. 163 da LOM).

Com relação à Política de Habitação, a LOM estabelece que compete ao Município “elaborar a política

municipal de habitação, promovendo prioritariamente programas e construções de moradias

populares, garantindo-lhes as condições habitacionais e de infraestrutura urbana que

assegurem um nível compatível com a dignidade da pessoa humana”; “instituir linhas de

financiamento, bem como recursos a fundo perdido, para a habitação popular” e “promover a

captação de recursos, junto a fontes externas, privadas ou governamentais, e gerenciar e

fiscalizar a sua aplicação, no financiamento a habitações populares” (Art. 166 da LOM).

Neste mesmo sentido, o artigo 167 estabelece que o Município apóie soluções alternativas para

a construção de novas unidades habitacionais, tais como por autoconstrução junto às cooperativas

habitacionais ou pelos próprios moradores. Em parágrafo único, a LOM diz que o “Município apoiará o

desenvolvimento de pesquisas de materiais e sistemas construtivos e de padronização de componentes,

visando garantir a finalidade e o barateamento da construção.” (Art. 167 da LOM).

A Lei Orgânica de Ibiúna possui inconsistências quanto às desapropriações: no §3º do artigo

162, a LOM estabelece que as “desapropriações serão feitas com prévia e justa indenização em

dinheiro”, por outro lado, o § 1º do artigo 163, diz que as desapropriações deverão ser pagas mediante

título da dívida pública.

● Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado de Ibiúna (Lei nº 1.236/2006):

O Plano Diretor é instrumento básico e estratégico que reúne princípios e normas que orientam

a ação dos agentes que constituem o espaço urbano. Em Ibiúna o PDDI foi instituído em 2006 e

estabelece as exigências fundamentais de ordenamento da cidade, pautando-se no pleno

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desenvolvimento de suas funções sociais e na garantia do bem estar de seus habitantes, conforme

estabelece a Constituição Federal (Art. 3º - § 2º da Lei 1.236/2006).

Por se tratar de um instrumento relevante no processo de planejamento, os princípios,

diretrizes e prioridades fixadas no PDDI devem ser incorporadas ao Plano Plurianual, as Diretrizes

Orçamentárias e ao Orçamento anual do Município (Art. 3º - § 1º Lei 1.236/2006).

Dos princípios e objetivos

Os princípios do Plano Diretor foram estabelecidos no Artigo 2º e asseguram as funções sociais

do Município. Dentre eles, destacamos: a inclusão social manifestada através da garantia de acesso a

bens, serviços e políticas sociais a todos os munícipes; o direito a terra, a moradia, ao saneamento

ambiental, a infraestrutura urbana, ao transporte, aos serviços públicos e ao lazer; o fomento à

participação popular nos processos de gestão, planejamento e decisão; e a garantia do pleno

cumprimento das funções sociais da propriedade. (Art. 2º da Lei n° 1.236/2006)

Em decorrência dos princípios são estabelecidos treze objetivos gerais do PDDI, dos quais

destacamos: (i)“elevar a qualidade de vida da população, particularmente no que se refere (...) às

condições habitacionais, à infraestrutura, e aos serviços públicos, de forma a promover a inclusão

social”; (ii) “garantir a todos os habitantes do Município a circulação e habitação em áreas livres de

resíduos, de poluição e o uso de espaços abertos e áreas verdes”; (iii) “garantir a justa distribuição dos

benefícios e ônus decorrentes das obras e serviços de infraestrutura urbana”; “racionalizar o uso da

infraestrutura instalada”; (iv) “democratizar o acesso a terra e a habitação, estimulando os mercados

acessíveis às faixas de baixa renda”; e (v) “prevenir e coibir o uso especulativo da terra como reserva de

valor, procurando assegurar o cumprimento da função social da propriedade” (Art. 4º da Lei n°

1.236/2006).

Da função social da propriedade

Ao reconhecer a importância da função social da propriedade na gestão democrática do

Município, o PDDI de Ibiúna dedica um Título do seu texto a este tema onde contempla em um capítulo

a definição do que Município entende por “função social da propriedade” e, em outro, os instrumentos

da gestão urbana e ambiental que legitimam este conceito.

Segundo o Plano Diretor, as funções sociais da cidade são aquelas que asseguram o bem estar

de seus habitantes, o que inclui o acesso às infraestruturas urbanas e à habitação (Art. 6º da Lei n°

1.236/2006). Os Artigos 7º e 8º estabelecem que a propriedade também deva cumprir sua função social

e, para tanto, “deve atender aos critérios de ocupação e uso do solo, às diretrizes de desenvolvimento

do Município no plano territorial e social”.

Tendo em vista o planejamento, controle, gestão e promoção do desenvolvimento urbano, o

Artigo 9º institui uma série de instrumentos da política urbana que estão previstos na Lei Federal

n°10.257 /2001 – Estatuto da Cidade. A tabela 3.8 a seguir lista esses instrumentos e indica aqueles que

foram instituídos pelo PDDI e ainda necessitam ser regulamentadas por lei específica.

Page 41: Diagnóstico Habitacional

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O Plano Diretor instituiu uma série de instrumentos importantes para a política urbana no

Município, no entanto, sua real aplicabilidade, alguns instrumentos necessitam de leis específicas que os

regulamentem como, por exemplo, o Parcelamento, edificação ou utilização compulsória e o IPTU

progressivo.

Tabela 3.8: Instrumentos do Estatuto da Cidade Instituídos no Município

Realidade Municipal

Instrumento Instituído

pelo PDDI

Necessidade de regulamentação específica para

aplicabilidade Parâmetros necessários

Parcelamento, edificação ou utilização compulsório

Sim Sim Delimitação das áreas de incidência do instrumento

IPTU - Progressivo no Tempo Sim Sim Definição da majoração da alíquota

Desapropriação com pagamentos em títulos da dívida pública

Sim - -

Concessão de direito real de uso Sim - -

Concessão de uso especial para fins de moradia

Sim - -

Usucapião especial de imóvel urbano

Sim - -

Direito de superfície Sim - -

Direito de preempção Sim Sim Delimitação da área de incidência do instrumento e o prazo de vigência

Transferência do direito de construir

Sim Sim Delimitar área de incidência do instrumento e áreas onde este pode ser exercido

Outorga onerosa Sim Sim Delimitação da área de incidência do instrumento

Operação urbana consorciada Sim Sim Definição das áreas a passíveis, programa básico de ocupação

Consórcio Imobiliário Sim Sim Demarcação das áreas e estabelecimento de parâmetros

Estudo de impacto de vizinhança*

Sim Sim Definição dos empreendimentos, atividades e áreas

Zona Especial de Interesse Social

Sim Sim para a ZEIS 3,

Demarcação das áreas, estabelecimento de parâmetros de ocupação e elaboração de plano de urbanização das áreas

Fonte: Estatuto da Cidade, 2001; Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado de Ibiúna, 2006; PMI Elaboração: Integra Sociedade Cooperativa, 2011

Da regularização urbanística e fundiária

O PDDI define como objetivos da Regularização Fundiária no Município: (i) “coibir o surgimento

de assentamentos irregulares, implantando sistema eficaz de fiscalização e definir as condições e

parâmetros para regularizar os assentamentos consolidados, incorporando-os à estrutura urbana,

respeitado o interesse público e o meio ambiente”; (ii) rever a prática de construção e uso irregular das

edificações simplificando a legislação e implantando sistema eficaz de fiscalização (Art. 27 da Lei nº

1.236/2006).

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Como diretrizes para a Política de Regularização Fundiária, são estabelecidas: (i) “promover a

regularização fundiária e urbanística dos assentamentos habitacionais (Zonas Especiais de Interesse

Social 1 (ZEIS1 e ZEIS 2), garantindo acesso ao transporte coletivo, e aos demais serviços e

equipamentos públicos; (ii) criar espaços públicos em áreas de urbanização precária; (iii) revisar a

legislação de parcelamento, uso e ocupação do solo, considerando as condições ambientais, capacidade

da infra-estrutura, circulação e transporte coletivo, incorporando os instrumentos previstos na Lei

Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001 – Estatuto da Cidade, de modo a assegurar a função social da

propriedade urbana; (iv) criar e manter sistema de informações georreferenciados, com dados sobre

parcelamento, uso do solo e edificações para subsidiar a gestão do uso e ocupação do solo. (Art. 28 da

Lei nº 1.236/2006).

São definidas como ações da Política de Regularização Fundiária: (i) desenvolver e implementar

Planos de Urbanização em Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS); (ii) melhorar a qualidade e eficácia

dos elementos de identificação dos logradouros e a orientação para sua acessibilidade por veículos e

pedestres; (iii) promover a regularização dos loteamentos irregulares impondo contrapartidas como: a

instalação de infra-estrutura nas Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS), implantação de áreas

públicas em locais carentes de equipamentos e áreas de lazer ou compensações ambientais e

urbanísticas. (Art. 29 da Lei nº 1.236/2006).

Das zonas especiais de interesse social - ZEIS

O Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado de Ibiúna cria as Zonas Especiais de Interesse

Social (ZEIS) para a promoção da regularização fundiária do município, as quais são classificadas em três

tipos:

“(i) ZEIS tipo 1 - correspondem ao estoque de terra para implantar programas habitacionais

populares;

(ii) ZEIS tipo 2 – são aquelas ocupadas por assentamentos tipo favelas, as quais podem ser

urbanizadas ou devem ser removidas. Tem como objetivo garantir a urbanização de áreas

invadidas, garantindo a população residente a urbanização ou a moradia em outro local;

(iii) ZEIS do tipo 3 – são aquelas ocupadas por loteamentos clandestinos, as quais não possuem

infra-estrutura e que o loteador tem por obrigação de executar de acordo com Lei vigente.”

(Art. 31 da Lei nº 1.236/2006).

São definidas três ZEIS1 – Z1A, Z1B E Z1C -, demarcadas no Mapa 4 do Plano. ZEIS que, por

definição, tratam-se de áreas vazias para estoque de terras. No entanto, por ser bastante amplos estes

perímetros, contém também assentamentos no seu interior. São áreas demarcadas próximas à área

urbana, localizadas nas macrozonas de consolidação e expansão urbana. (Art. 32 da Lei nº 1.236/2006).

A Lei Complementar nº 89 de 2011, inclui como ZEIS 1 uma área no Bairro Cachoeira (Z1D) para

recebimento de Empreendimento de Habitação de Interesse Social, viabilizado a partir do Programa

Minha Casa Minha Vida.

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O PDDI define ainda áreas de ZEIS 3, indicando – ainda que sem demarcar no mapa ou definir

perímetros – as localidades conhecidas como: Goes, Jardim Gemima, Parque da Figueira, Rosarial, Vila

Pitico, Capim Azedo, Furnas I e Furnas II, de acordo com o Decreto Municipal nº. 753/2001. Este

Decreto será comentado no decorrer deste item, no entanto, note que tratam-se apenas de oito das

quatorze áreas definidas por este como de interesse social. (Art. 33 da Lei nº 1.236/2006).

Para as ações de regularização fundiária e implantação de melhorias nestas áreas o Plano

Diretor de Desenvolvimento Estratégico define que “cabe ao Executivo garantir assessoria técnica,

urbanística, jurídica e social à população, indivíduos, entidades, grupos comunitários e movimentos na

área de Habitação de Interesse Social, buscando promover inclusão social, jurídica, ambiental e

urbanística da população de baixa renda à Cidade, na garantia da moradia digna, particularmente nas

ações visando à regularização fundiária e qualificação dos assentamentos existentes” (Art. 34 da Lei nº

1.236/2006).

Da estrutura do ordenamento territorial

Para efeito de planejamento municipal, o Plano Diretor de Ibiúna divide o Município em cinco

regiões as quais, deverão elaborar de forma participativa seus respectivos Planos Regionais. A

elaboração destes planos visa um maior entendimento das necessidades específicas de cada região e

sua elaboração deverá contar com a orientação e apoio técnico das secretarias municipais (Art. 36 da Lei

n° 1.236/2006). É importante pontuar que a elaboração destes planos é fundamental para a que as

ações do poder público sejam condizentes com a realidade do Município e, quando realizados, suas

diretrizes e ações relevantes para a habitação, deverão ser pautadas pelo PLHIS.

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Figura 3.1: Mapa das regiões do Município de Ibiúna

Fonte: Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado de Ibiúna, 2006 Elaboração: Integra Sociedade Cooperativa, 2011

Para o ordenamento territorial, o PDDI divide o município em quatro Macrozonas: Macrozonas

de Destinação Urbana (MDU), Macrozona de Destinação Rural (MDR), Macrozona de Interesse

Ambiental (MIA) e Macrozona de Destinação Industrial (MDI) demarcadas no mapa a seguir:

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Figura 3.2: Macrozoneamento do Município de Ibiúna

Fonte: Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado de Ibiúna, 2006 Elaboração: Integra Sociedade Cooperativa, 2011

Para orientar o desenvolvimento urbano e a aplicação dos instrumentos urbanísticos e jurídicos

de maneira adequada ao grau de consolidação da Macrozona de Destinação Urbana, o PDDI a divide o

território municipal em duas zonas distintas, demarcadas no Mapa 2.3.

Ao demarcar estas zonas, o PDDI objetiva fomentar o melhor aproveitamento da infraestrutura

existente, estimular a produção de habitação de interesse social e das atividades de comércio e serviços.

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Para tanto, há a indicação de que se aplique prioritariamente nestas zonas os instrumentos urbanísticos

e jurídicos previstos no Estatuo da Cidade, dentre eles as Zonas Especiais de Interesse Social, ZEIS.

Figura 3.3: Destinação Urbana do Município

Fonte: Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado de Ibiúna, 2006 Elaboração: Integra Sociedade Cooperativa, 2011

Para o Uso e Ocupação do Solo, o Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado define o

coeficiente de aproveitamento básico (equivalente a dois), coeficiente de aproveitamento máximo

(equivalente a quatro) e a taxa de ocupação (equivalente a 70%). O Plano Diretor prevê que as demais

condições de uso e ocupação do solo serão definidas através de Lei de Uso, Ocupação e Parcelamento

do Solo que atualmente encontra-se em fase de elaboração. Até a aprovação desta lei, o Município

apóia-se nos parâmetros instituídos pela Lei Municipal n° 89/1975.

Para o Parcelamento do Solo, o PDDI não menciona a lei municipal n° 816/2003 que trata deste

tema. Para este fim, o Artigo 69 do PDDI diz que o Município aplicará os parâmetros estabelecidos na Lei

Federal 6.766/197924, tais como o lote mínimo e faixa não edificável, tanto nas margens dos leitos e

superfícies hídricas, quanto nas faixas de domínio público das rodovias e ferrovias.

O Artigo 74 diz que o Município deverá criar o Núcleo Interdisciplinar de Análise de Projetos de

Urbanização (NIAPU) que, quando criado, será responsável pela elaboração de uma série de diretrizes e

parâmetros que irão balizar a aprovação dos projetos de urbanização.

24

A Lei Federal 6.766 de 19 de dezembro de 1979 dispõe sobre o Parcelamento do Solo Urbano e dá outras Providências.

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Das Políticas Setoriais

Para as Políticas Setoriais do Município, o PDDI fixa uma série de objetivos, diretrizes e ações

dentre as quais, destacaremos aqui aquelas relevantes ao tema da Habitação.

Para a Política de Áreas Públicas, o Plano Diretor fixa alguns objetivos dentre os quais

destacamos o de “planejar a implantação dos equipamentos sociais de acordo com a demanda atual e

projetada e com a infraestrutura, o acesso, o transporte e demais critérios pertinentes;” e “otimizar o

uso das áreas públicas para cumprimento das funções sociais da cidade” (Art. 77 da Lei n° 1.236/2006).

Dentre as ações previstas para esse setor, destacamos a criação de um cadastro Geral das Áreas Públicas

vinculado ao Sistema de Informações Georreferenciadas do Município (Art. 79 da Lei n° 1.236/2006)

Para a Política de Urbanização, o Plano Diretor fixa os seguintes objetivos: “promover a

distribuição de usos na área já urbanizada, dotada de serviços, infraestrutura e equipamentos, (...)

otimizando os investimentos coletivos, reduzindo os custos do Município”; “urbanizar, requalificar e

regularizar favelas e loteamentos irregulares visando sua integração nos diferentes bairros” e “evitar a

expulsão de moradores de baixa renda das áreas consolidadas da cidade, providas de serviços e

infraestrutura urbana” (Art. 82 da Lei n° 1.236/2006). O PDDI também define como diretriz para a

Política de Urbanização a criação e a constante atualização de um Sistema de Informações

Georreferenciadas que contemple os dados sobre o parcelamento, uso do solo e das edificações.

Quando criado, o SIG irá subsidiar não só a gestão do uso e ocupação do solo, como também as demais

políticas setoriais do município (Art. 83 da Lei n° 1.236/2006).

Para a Política de Recursos Hídricos, o PDDI estabelece como ação a criação de um instrumento

legal específico para regularização de loteamentos clandestinos ou irregulares, localizados em áreas de

mananciais que preveja mecanismos que, quando criado, seria aplicado aos loteamentos que não

cumprirem as exigências estabelecidas para estas áreas (Art. 92 da Lei n° 1.236/2006).

Para a Política da Rede Hídrica do Município, o Plano Diretor institui através do Artigo 122, o

‘Programa de Recuperação Ambiental dos Cursos D’Água e Fundos de Vale’, sob a coordenação do

executivo e com a participação da sociedade civil. Dentre os objetivos fixados para este programa

destacamos a garantia de construções de habitações de interesse social para a população removida para

fins de preservação dos recursos hídricos; e a mobilização dos moradores envolvidos em cada projeto de

modo a obter sua participação e identificar suas necessidades e anseios quanto às características físicas

e estéticas do seu bairro de moradia (Art. 123 da Lei n° 1.236/2006).

Para a Política de Habitação, o Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado fixa como objetivo

único garantir o direito de moradia com instalações sanitárias adequadas, com condições de

habitabilidade e atendidas por serviços públicos essenciais, entre eles: água, esgoto, energia elétrica,

iluminação pública e coleta de lixo a todos os munícipes (Art. 102 da Lei n° 1.236/2006).

O PDDI ainda estabelece as diretrizes para a Política de Habitação, as quais serão endossadas

por este PLHIS, das quais destacamos:

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“II - Coibir novas ocupações por assentamentos habitacionais inadequados nas áreas de

preservação ambiental e de mananciais, nas de uso comum do povo e nas áreas de risco, oferecendo

alternativas habitacionais em locais apropriados e a destinação adequada a essas áreas;”

“III - Criar condições para a participação da iniciativa privada na produção de habitação para a

população de renda baixa e média;”

“IV - Garantir programas habitacionais com atividades conjuntas de proteção ao meio ambiente

e de educação ambiental, de modo a assegurar a preservação das áreas de mananciais e a não-

ocupação das áreas de risco e dos espaços destinados a bens de uso comum da população, através de

parcerias de órgãos de governo e organizações não governamentais;”

“V - Priorizar nos programas habitacionais coordenados ou financiados pelo Município o

atendimento à população de baixa renda residente em imóveis ou áreas insalubres e de risco;”

“VII - Estimular às alternativas de associação ou cooperação entre moradores para a efetivação

de programas habitacionais;

(Art. 103 da Lei n° 1.236/2006)

Orientado por tais diretrizes, o Plano Diretor também define algumas ações, dentre elas: i)

”buscar programas de construção de habitações para a população de baixa renda”; ii) “consolidar o

Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação”; iii) “prover a regularização física e

fundiárias de assentamentos já consolidados e das unidades construídas”; e iv) “prover serviços de

assessoria urbanística técnica e jurídica gratuita a indivíduos, entidades, grupos comunitários e

movimentos na área de habitação de interesse social” (Art. 104 da Lei n° 1.236/2006).

O Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado de Ibiúna também prevê a elaboração

participativa do Plano Municipal de Habitação e indica algumas considerações. Dentre elas destacamos:

o Diagnóstico das condições de moradia do Município; a definição das metas para o atendimento da

demanda; e a integração entre os três níveis de governo (Art. 104 da Lei n° 1.236/2006).

Dentre as ações específicas estabelecidas para o Programa de Pavimentação, dentre elas

estão: o Desenvolvimento de Programas de Pavimentação nas ZEIS; e a implementação de Programas de

Pavimentação que priorize as vias de transporte público, áreas de produção, os Projetos Especiais e os

Conjuntos Habitacionais (Art. 118 da Lei n° 1.236/2006).

Dentre as ações fixadas para a Política de Desenvolvimento Econômico, destacamos: o

investimento em infraestrutura, especialmente nos setores de habitação, do turismo e da indústria e

agricultura; e o incentivo à construção de moradias e demais melhoramentos no próprio local onde

reside o agricultor, em consonância com o que diz a LOM de Ibiúna (Art. 131 da Lei n° 1.236/2006).

O Artigo 152 do Plano Diretor de Ibiúna estabelece que as Secretarias envolvidas na

implementação das políticas sociais devem elaborar seus planos e metas setoriais com a participação

ativa da sociedade civil.

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Das ações para a Política de Promoção Social, destacamos o de “realizar o atendimento social à

população vitimada por situações de emergência ou de calamidade pública, em ação conjunta com a

defesa civil;” (Art. 161 da Lei n° 1.236/2006).

Embora o Plano Diretor vigente esteja em consonância com as políticas praticadas pelas demais

esferas de governo, e institua uma série de instrumentos que avançam e dão corpo à política urbana do

Município, sua plena aplicabilidade depende da regulamentação de um número significativo de

instrumentos e elaboração de leis já previstas em seu texto, dentre elas destacamos a redação e

instituição da Lei de Uso e Ocupação e Parcelamento do Solo e a regulamentação, por lei especifica, dos

instrumentos do Estatuto das Cidades indicados na tabela.

● Legislação sobre uso, ocupação e parcelamento do solo (LUOPS):

No Município de Ibiúna há quatro leis em vigência que dispõe sobre o parcelamento, uso e

ocupação do solo (Lei Municipal n°89/1975, Lei Municipal n° 464/1998 e Lei Municipal n°475/1998 e Lei

Municipal n° 816/2003) que em alguns momentos se sobrepõe, convergem e divergem nas suas

disposições, por vezes sim outras não considerando o estabelecido nas anteriores sem expressamente

revogá-las ou endossá-las. Para fins de planejamento e aprovação de empreendimentos, a PMI faz uso

destas quatro leis, bem como da Lei Federal n° 6.766/1979.

Destacaremos aqui algumas destas disposições que regulam o uso, parcelamento e a ocupação

do solo no Município.

A Lei n° 89 de 1975 é uma delas e dispõe sobre as “normas técnicas e jurídicas pra o

planejamento físico do Município e das suas possibilidades de uso e ocupação do solo. Nesta lei, o

Município é dividido em seis zonas, quais sejam: residencial, comercial, mista, industrial, rural e

exclusivamente paisagística recreativa. As zonas se diferenciam não só pelo uso do solo predominante,

mas também pelos índices de densidade demográfica, de ocupação do terreno e de recuos.

Com parâmetros diferenciados de ocupação, essa lei permite que habitações sejam construídas

nas zonas residencial, comercial, mista e rural. Dentre os parâmetros urbanísticos colocados à habitação

nas diferentes zonas, destacamos os índices de densidade e a taxa de ocupação do terreno permitida

em cada área. Na Zona Residencial, por exemplo, a densidade demográfica máxima para habitação é de

400 habitantes por hectare e a taxa de ocupação máxima do terreno é de 60%, enquanto na Zona Rural,

a densidade demográfica é de 50 habitantes por hectare e a taxa de ocupação máxima é de 20% (Arts.

16, 17, 19 e 21, da Lei n° 89 de 1975)

Esta mesma lei define conjuntos residenciais como sendo um “agrupamento formado por duas

ou mais unidades habitacionais em um mesmo lote ou em lotes reunidos conformando um terreno

contínuo”. Para estes conjuntos, esta lei define parâmetros para a construção em que destacamos que a

construção de conjuntos com mais de três unidades habitacionais só será permitida em zonas

predominantemente residenciais ou em áreas rurais (Art. 60 n° 89 de 1975).

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A lei também define parâmetros para a construção de casas geminadas (Art. 62) e superpostas

(Art. 63), tais como testada mínima e recuos. Cabe notar que a lei de 1975 não traz nenhuma

consideração especifica com relação aos loteamentos ou conjuntos residenciais de interesse social.

A Lei Municipal n° 475/1998 por sua vez divide Município de Ibiúna em três Zonas (Art. 2º) –

Zona Urbana, Zona de Expansão Urbana e Zona Rural – e fixa que os parcelamentos para fins urbanos

serão permitidos apenas nas Zonas Urbana e de Expansão Urbana (Art. 2º e 4º da Lei n° 475/1998).

Esta lei também define os parâmetros que inviabilizam o parcelamento do solo nas zonas

permitidas como, por exemplo, em terrenos cuja declividade seja superior a 30%; ou em áreas de

preservação ecológica. (Art. 4º parágrafo único).

No que se refere aos lotes urbanos, esta lei traz considerações importantes quanto ao seu

dimensionamento mínimo - área mínima de 250 m² e frente mínima de 10m - e aos critérios de

ocupação - recuos mínimos frontais, laterais e de fundos (Art. 52 da Lei n° 518/1998 que a altera). Para a

Zona Rural do Município, a lei permite lotes com área mínima de 1.000 m² e com testada mínima de

20m (Art. 56 da Lei n° 475/1998).

Dentre as alterações conferidas para a Lei Municipal n° 475/1998, destacamos aquela que, fixa

parâmetros específicos para parcelamentos de interesse social. Segundo a Lei n° 914/2004, os lotes

implantados em zona urbana declarada por lei específica como de interesse social, poderão ter área

mínima de 125m² e frente mínima de 5 m².

Regularização de Parcelamentos

A Lei Municipal n°464/1998 dispões sobre a regularização dos loteamentos irregulares no

Município e recebeu algumas alterações pelas leis municipais nº 472/1998, 491/1999 e 660/2001 e suas

determinações tomam como base a Lei Federal nº 6.766/1979 e a lei Municipal nº475/1998.

Estabelece que somente os loteamentos irregulares localizados nas zonas urbanas, de

expressão urbana do Município e nas zonas de urbanização específica poderão ser regularizados (Art. 2º

da Lei n° 491/1999).

Ainda para os loteamentos de interesse social, a lei fixa alguns parâmetros para a sua

regularização tais como a porcentagem exigida para o sistema viário, áreas públicas, verdes e

institucionais nos loteamentos (que, com exceção das áreas inferiores a 20.000 m², devem atender ao

mínimo exigido pelas demais leis municipais sem, no entanto, exceder 35% do loteamento); e largura

dos mínima dos viários para circulação local ( 14 m) e de circulação de pedestres (4m). (Art. 5º da Lei n°

491/1999).

A Lei Municipal n° 816/2003 e suas posteriores alterações fixam critérios para a aprovação de

parcelamentos urbanos irregulares ou clandestinos implantados no Município de Ibiúna, desde que

estes estejam localizados nas zonas urbanas, de expansão urbana ou de urbanização específica do

Município; que, segundo a Lei Federal 6.766/1979, sejam aptas à urbanização (Art. 1º e 3º da Lei n°

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816/2003); e que seja comprovada, por laudo técnico, a irreversibilidade total ou parcial do loteamento

implantado (Art. 5º, da Lei n° 475/1998). Este laudo deverá contemplar um diagnóstico do parcelamento

e uma proposta técnica e urbanística para a sua regularização acordadas à Norma Técnica Especial25

conforme consta no Artigo 13 desta Lei.

Dentre as condições técnicas para aprovação dos parcelamentos urbanos presentes na Lei nº

816/2003, está a definição do percentual mínimo de 35% da área do loteamento a ser destinada à

somatória do sistema viário, das áreas verdes e institucionais; as áreas “non aedificandi”; e, por fim, a

largura mínima do viário para veículos de 6m e de 4m para pedestres (Art.21 da Lei n° 816/2003).

Quanto aos parâmetros técnicos e urbanísticos para a regularização específica de interesse

social, a Lei n° 816/2003 pauta-se nos termos da Lei Federal n° 6.766/1979 e suas alterações (Art. 20 da

Lei n° 816/2003).

Outras Normativas e leis de interesse

Demarcação de imóveis com interesse social - Decreto Municipal 753/2001

O Decreto Municipal 753/2001 trata da regularização de loteamentos com excepcional

interesse social, definindo para tal parâmetro para a ocupação dos mesmos. Assim, o Município poderá

realizar as obras e os procedimentos necessários para a regularização desses loteamentos e cobrar do

loteador as despesas despendidas para este fim (Art. 1° da Lei n° 753/2001)

O Decreto entende que a urbanização desses loteamentos assume caráter de urbanização

específica que serão orientadas tanto pelos critérios e percentuais estabelecidos tanto pelo Decreto

Municipal 753/2001, quanto pela Lei Municipal 475/1998 e pela Lei Federal 6.766/1979. A tabela 3.9

localiza esses loteamentos no Município.

Tabela 3.9 Loteamentos de Interesse Social no Município

ID Loteamento Bairro Área (m²) Loteador

1 Recanto das Orquídeas

Capim Azedo 7.200,00 Fauze Tufik Mereb

2 Recanto das Hortências

Capim Azedo 43.095,00 Midor Fujikawa

3 Capim Azedo Capim Azedo 72.000,00 Henri Matarazo/ Mário Bolgioni/ Joaquim Belquior

4 Vila Pitico Vila Pitico 6.000,00 Fauze Tufik Mereb

5 Residencial ibiúna Curral 92.765,00 Ronaldo Fazzio

6 Do Coto Vila Lima 40.000,00 Espólio de Lázaro Gabriel de Lima e Domingas Maria de Jesus

7 Rosarial Machado 64.467,55 Gilson P. Cordeiro

8 Teshirogi centro 12.000,00 Fausto Toyomi Teshirogi

9 Parque da Figueira Figueira 70.000,00 José Rolim de Freitas

10 Jardim Gemima Curral 72.000,00 Clélia Milani Codori

25

A Norma Técnica Especial foi aprovada pelo Decreto Estadual n° 13.069/1978.

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11 Goés Rio de Una/

Rosarial 86.433,36 Espólio de Miguel Fabiano de Góes

12 Laval Vila Pitico 12.000,00 Laval Coelho Ramalho/ Antônio Coelho Ramalho

13 Jardim Vista Alegre Lava Pés 48.000,00 Agostinho Rodrigues Marinho/ Izildo Ribeiro da Silva

14 Rada Rod. Bunjiro Nakao,

km 55 1.324.680,00

Rada construções e Empreendimentos Imobiliários, Ltda

Fonte: Decreto n° 753/2001 Elaboração: Integra Sociedade Cooperativa, 2011

Demarcação de imóvel como interesse social - Lei Municipal n° 986/2004

A Lei Municipal n°986/2004 declara os imóvel de propriedade da Cooperativa Habitacional de

Ibiúna (COOPHI) localizados no Bairro do Curral como de interesse social. Por conta desta atribuição, os

imóveis passam a ser regidos pelos parâmetros da Lei Municipal n° 914/2004 que acrescentou

dispositivos legais que tratam especificamente dos imóveis de interesse social na Lei Municipal

n°475/1998.

Código de Posturas - Lei Municipal n°72/66

A Lei Municipal n°72/1966 dispõe sobre o código de posturas do Município e contempla

medidas administrativas em matéria de higiene, ordem pública e o funcionamento dos

estabelecimentos comerciais, industriais estabelecendo as relações entre o poder público local e os

munícipes.

Nesta lei, as disposições para o setor habitacional tratam apenas das questões de higiene e

saneamento das habitações tais como a destinação dos resíduos sólidos e o dimensionamento das

instalações sanitárias proporcional ao número de moradores. Não há nenhuma menção especifica para

as habitações de interesse social.

Código de Obras do Município – Lei Municipal n°08/1970

A Lei Municipal n°08/1970 dispõe sobre o Código de Obras do Município e aplica-se sobre o

zoneamento, a fiscalização dos projetos e execução de todas as obras, sejam elas públicas ou

particulares, bem como, a terrenos vagos situados no município. As propriedades agrícolas que não

forem loteadas estão excluídas desta lei (Art. 1° da Lei n° 08/1970).

As normas impostas por esta lei visam, dentre outras finalidades, regulamentar a densidade das

edificações de modo a permitir o planejamento das ações de melhoria coordenadas pelo poder público

(Art. 2° da Lei n° 08/1970).).

A lei dedica algumas considerações aos edifícios de apartamentos ou de habitação coletiva,

principalmente no que se refere aos materiais construtivos e ao dimensionamento das áreas de serviço

tais como os vestíbulos e armazenamento dos resíduos sólidos (Art. 126). O Código de Obras do

município não tece considerações específicas sobre a habitação de interesse social.

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3.2.2 Quadro Institucional

A estrutura institucional de Ibiúna é disciplinada pela Lei Complementar Municipal n° 10/2005 e

suas alterações e tem como objetivo principal “aprimorar os serviços públicos do município” (Art. 2° da

Lei n° 10/2005). Para alcançar este objetivo, a lei define algumas metas que são adotadas pelo poder

público municipal tais como “facilitar e simplificar o acesso dos munícipes aos serviços e equipamentos

municipais” e “promover a integração dos munícipes na vida político-administrativa do município (...)

direcionando de maneira precisa a atuação do poder público” (Art. 3° da Lei n° 10/2005).

Dentre as atividades previstas para a Administração Municipal, destaca-se, o planejamento e

coordenação das ações públicas (Art. 4° da Lei n° 10/2005). Esta lei entende que a atividade de

planejamento é uma ação integrada e que visa promover o “desenvolvimento sócio-econômico do

Município, compreendendo a seleção dos objetivos, diretrizes, programas e os procedimentos para

atingi-los” pautando-se pela realidade local (Art. 5° da Lei n° 10/2005).

A estrutura administrativa da Prefeitura de Ibiúna é composta por três órgãos: Órgão de

assessoria, órgão de deliberação consultiva e órgão de execução. O órgão de assessoria é formado pelo

gabinete do prefeito, pela assessoria do gabinete e pela Consultoria Jurídica. Já o órgão de deliberação

consultiva é formado pelos diversos conselhos municipais dentre os quais destacamos o Conselho de

Habitação; o Conselho de Planejamento e Desenvolvimento Urbano; o Conselho de Promoção e

Assistência Social; e o Conselho do Meio Ambiente. Por fim, o órgão de execução é formado por

diversas Secretarias dentre as quais destacamos a Secretaria de Habitação, a Secretaria de

Desenvolvimento Urbano, Secretaria de Promoção e Assistência Social e Secretaria do Meio Ambiente

(Art. 13 da Lei n° 10/2005).

Todos os órgãos de execução da prefeitura obedecem à seguinte estrutura de subordinação:

em primeiro nível está a Secretaria, seguida da Divisão, do Departamento e, por fim, o Setor (Art. 14 da

Lei n° 10/2005). Dentre os órgãos instituídos, analisaremos as competências das seguintes Secretarias

Municipais: Desenvolvimento Urbano, de Promoção e Assistência Social e a de Habitação.

Para a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, a lei define, entre outras, as

competências de fiscalização dos serviços de iluminação pública, coleta de resíduos sólidos e aterro

sanitário; e promoção da regularização de loteamentos e condomínios implantados no município. Para

esta ultima função, a lei cria a Divisão do Serviço Especial para Regularização de Loteamentos e

Arruamentos (SERLA) de Ibiúna.

Para a Secretaria de Promoção e Assistência Social, a LC n°10/2005 define, dentre outras, as

competências de desenvolver planos e programas destinados à execução de atividades de promoção

humana, e incentivar a ação e participação comunitária e a assistência social. Tendo em vista essas

competências, a lei organiza a secretaria da seguinte forma:

A Lei Complementar n°36/2006 alterou a Lei Complementar n°10/2005, criando a Secretaria

Municipal de Habitação de Ibiúna e atribui a esta pasta as competências de fomentar a aquisição da

casa própria; angariar recursos junto às demais esferas de governo a fim de construir e financiar o

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acesso às moradias; fiscalizar os recursos direcionados à habitação no Município; elaborar e gerenciar o

Plano Municipal de Habitação, o Plano de Capacitação e Desenvolvimento Institucional; e, por fim,

quando criado, integrar-se ao Sistema de Monitoramento Integrado do Município para monitoramento

e avaliação do setor habitacional.

Para estas competências, a Secretaria assume a seguinte estrutura:

Figura 3.4 Organograma da Secretaria de Habitação

Elaboração: Integra Sociedade Cooperativa, 2011

A política de Habitação no Município foi estabelecida pela Lei Municipal n° 1425/ 2008 que,

além de fixar objetivos e atribuições à Secretaria, institui o Fundo Municipal de Habitação e o Conselho

Municipal de Habitação.

Dentre os objetivos estabelecidos para a política habitacional, destacamos o de priorizar os

programas e projetos que garantam o acesso à moradia e à melhoria da qualidade de vida da população

de baixa renda, fomentando também a geração de renda; a integração dos projetos habitacionais com

os investimentos direcionados aos serviços urbanos, tais como em saneamento e melhorias do meio

ambiente; e viabilizar um banco de terras para habitação de interesse social (Art. 2° da Lei n° 1425/

2008).

Dentre as atribuições da Secretaria de Habitação, destacamos: elaborar programas e projetos

que estejam acordados à legislação municipal e aos recursos disponíveis no Fundo Municipal de

Habitação; operar conjuntamente ao Conselho Municipal de Habitação, bem como, à Comissão Gestora

do Fundo, no que se refere à alocação dos recursos em programas e projetos habitacionais; e elaborar e

implantar programas em parceria com as entidades comunitárias já existentes, antes, durante e após o

atendimento por programa habitacional (Art. 5º da Lei n° 1425/ 2008).

Uma portaria emitida em setembro de 2011 (portaria nº7867) nomeia representantes de

diferentes secretarias para composição do Grupo de Análise de Empreendimentos, para a análise de

empreendimentos de Interesse Social.

SECRETARIA DE HABITAÇÃO

DIVISÃO DE HABITAÇÃO

DEPARTAMENTO DE HABITAÇÃO

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Compõe este grupo representantes do executivo dos setores da habitação, Assistência Social,

Educação, Saúde, Planejamento e Transportes.26

3.2.3 Instrumento da Gestão Participativa

A gestão democrática do Município, por meio do incentivo à participação popular no processo

de decisão, gestão e planejamento, é um dos princípios fundamentais expressos no Plano Diretor da

Estância Turística de Ibiúna (Art. 2° da Lei n° 1.236/2006). Neste cenário, entre os instrumentos

instituídos no Município, destacamos os diversos Conselhos Municipais que garantem e legitimam a

participação efetiva dos diversos atores sociais na elaboração e gestão das políticas públicas.

Dos conselhos, fundos e conferências no Município

O Conselho Municipal de Habitação, conforme dito anteriormente, foi instituído pela Lei

Municipal n° 1425/2008 e define quais são suas competências. Dentre elas, destacamos a de

estabelecer diretrizes e programas para alocação dos recursos destinados ao Fundo Municipal de

Habitação; avaliar os resultados dos programas e projetos aprovados; e definir normas, procedimentos

e condições operacionais para o Fundo Municipal de Habitação (Art. 31 da Lei n° 1.425/2008).

Este Conselho será composto por técnicos e representantes da sociedade civil, nomeados por

decreto municipal e cujo mandato terá validade de dois anos, e terá a seguinte formação:

I – Secretário de Habitação que o presidirá;

II – um representante da Secretaria de Desenvolvimento Urbano;

III – um representante da Secretaria de Rendas Internas;

IV – um representante da Secretaria de Promoção e Assistência Social;

V – um representante da Secretaria de Negócios Jurídicos;

VI – um representante da Secretaria de Obras;

VII – um representante do CREA do Município de Ibiúna;

VIII – dois representantes de Associações Comunitárias e representantes de Bairro;

IX – dois representantes das associações que atuam na área de habitação popular, que estejam

devidamente regulamentadas no Município de Ibiúna;

X – um representante do sindicato de trabalhadores de Ibiúna;

Embora instituído, o Conselho Municipal de Habitação de Ibiúna encontra-se inativo desde sua

criação. A atuação deste Conselho é fundamental para o desenvolvimento pleno da gestão participativa

e democrática da política de habitação no município e vê na elaboração do Plano Local de Habitação de

Interesse Social um momento bastante oportuno para o início de sua efetiva atuação.

26

Tal portaria atende ao previsto na Portaria n°325 de 07 de julho de 2011 do Ministério das Cidades.

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Esta mesma lei estabelece o Fundo Municipal de Habitação, com o intuito oferecer suporte

financeiro à Política de Habitação de Ibiúna (Art. 24) e será administrado por uma Comissão Gestora. Os

membros da comissão serão nomeados pelo prefeito pautando-se pela seguinte estruturação:

I – um representante da Secretaria de Habitação;

II – um representante da Secretaria de Rendas Internas;

III – um técnico em contabilidade;

IV – um servidor municipal.

(Art. 25 da Lei n° 1.425/2008)

Quanto à finalidade do Fundo Municipal de Habitação, destacamos o investimento em projetos

e programas habitacionais destinados à população de baixa renda, custeio de desapropriações ou

aquisição de áreas para fins de habitação popular e financiamento de materiais de construção,

ferramentas e insumos necessários para a execução de tais habitações (Art. 27 da Lei n° 1.425/2008).

Por fim, os recursos do fundo serão compostos por, dentre outras fontes, valores consignados

ou dotação orçamentária específica para o fundo; rendas provenientes de aplicação financeira e da

receita advinda das mensalidades pagas pelos inscritos já contemplados, ou em vias de, pelos

programas habitacionais do Município (Art. 28 da Lei n° 1.425/2008). Cabe ressaltar que “todos os

recursos do fundo deverão ser depositados e movimentados em conta especial de poupança aberta em

estabelecimento oficial” (Art. 29 ° 1.425/2008).

A Conferência das Cidades foi criada pelo Ministério das Cidades tendo em vista a consolidação

do modelo participativo e colaborativo entre as diversas instâncias de governo e a sociedade civil na

construção da política urbana. O objetivo principal da Conferência das Cidades é identificar os

problemas específicos de cada município e definir estratégias e propostas que visem a diminuição das

desigualdades sociais nos mesmos.

Atualmente, a Conferência das Cidades é regulamentada pelo Ministério das Cidades, através

da Resolução nº. 04/2006, para a elaboração de diretrizes sobre políticas de desenvolvimento e gestão

urbana nas áreas de habitação, saneamento básico, mobilidade, ocupação e uso do solo e meio

ambiente. É parte integrante da Política Nacional de Desenvolvimento Urbano (PNDU), conforme

determina o Estatuto das Cidades, e possui periodicidade bianual. As Conferências Municipais são uma

etapa preparatória onde os temas e proposições debatidos são levados às Conferências Estadual e

Nacional das Cidades para a construção da Política Nacional de Desenvolvimento Urbano (PNDU), da

qual participam governos e sociedade civil.

A primeira Conferência das Cidades aconteceu em 2003 e, desde então, foram realizadas outras

três conferências nos anos de 2005, 2007 e 2009. Embora configure uma instância importante para a

construção da política urbana, a Prefeitura de Ibiúna ainda não realizou nenhuma Conferência das

Cidades no município.

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O Orçamento Participativo (OP) é um mecanismo de gestão pública em que a elaboração do

orçamento público se submete ao crivo da população diretamente envolvida que, por sua vez, elege

suas principais necessidades. Este mecanismo garante maior aproximação dos cidadãos no

acompanhamento das políticas públicas e atribui uma melhor distribuição dos recursos frente à real

necessidade da população.

O Orçamento Participativo tem como principal objetivo ser um instrumento de democratização

das políticas públicas, assegurando a participação direta da população na definição das prioridades para

os investimentos públicos.

Embora seja um instrumento importante na gestão participativa da política municipal, o

Orçamento Participativo ainda não é realizado no Município.

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4. Caracterização das Necessidades Habitacionais no Município

As “necessidades habitacionais” são definidas pela série de situações de déficit habitacional,

que demandam incremento e reposição do estoque de moradias, e o conjunto de domicílios em

situações inadequadas de moradia, que demandam ações de melhorias do ponto de vista urbanístico e

da regularização fundiária, sem carecer da produção de novas unidades27. Serão tratados, no decorrer

deste capítulo, de cada um desses conceitos particularmente.

Consideraremos na caracterização das necessidades habitacionais do Município de Ibiúna,

parte essencial deste diagnóstico, três fontes primárias de dados, estabelecendo relações entre suas

variáveis e apontando possíveis limitações de análise.

As fontes de referência são: (i) Censo Demográfico do IBGE 2000; (ii) Cadastro para o PMCMV;

(iii) Cadastro Único do Município, e (iv) levantamentos e dados das áreas de interesse social fornecidos

pela PMI e sistematizados pela consultoria. O cálculo das necessidades habitacionais e os conceitos

adotados serão considerados com base na metodologia desenvolvida pela Fundação João Pinheiro.

Estas fontes serão apresentadas no seu limite de caracterização do déficit. De modo que apartir

dessa análise inicial das fontes, considerando seu nível de informações e expressão da realidade

habitacional no município, serão utilizados prioritariamente os dados do Cadastro Único Municipal para

a quantificação da necessidade de novas moradias, e o levantamento realizado pela PMI e Consultoria,

que reúne informações mais atuais no que diz respeito às áreas precárias do município para a

quantificação da inadequação habitacional no município.

4.1 Metodologia desenvolvida pela Fundação João Pinheiro

Em 1995, A Fundação João Pinheiro (FJP), desenvolveu metodologia para medir o déficit

habitacional brasileiro28, utilizando-se das informações do Censo IBGE 2000 relativas à habitação para

estabelecer parâmetros de habitabilidade. Essa metodologia representou um marco de referência

nacional sobre o assunto por permitir desagregar os dados sobre a carência de moradia no Brasil.

A utilização dos dados do Censo permitiu à FJP, por um lado, sistematizar informações

habitacionais em escala nacional e, por outro, agregar dados nos níveis municipais, estaduais, e federal.

A FJP diferencia as necessidades habitacionais em dois tipos: (i) Déficit Quantitativo,

constituído por famílias que necessitam de novas habitações; (ii) Inadequação Habitacional, constituído

por domicílios que necessitam de melhorias na habitação e no ambiente e regularização fundiária. Essa

27

Definição adotada pelo Plano Nacional de Habitação – PLANHAB. Ministério das Cidades, PLANHAB - Produto 2, 2008. In: http://www.cidades.gov.br/secretarias-nacionais/secretaria-de-habitacao/planhab/produtos/ produto-2/Capitulo%203.pdf 28

Apresentado no documento ‘Déficit Habitacional no Brasil’ (Belo Horizonte, 1995). Em 2004, a metodologia que vinha sendo aplicado pela Fundação João Pinheiro foi consolidada pela publicação ‘Déficit Habitacional no Brasil – Municípios Selecionados e Microrregiões Geográficas’ (2005); fundamentada no levantamento do Censo Demográfico, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2000.

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diferenciação tornou-se fundamental em definições de encaminhamentos das soluções nas políticas

públicas e é atualmente adotada pelo Ministério das Cidades.

Conforme a FJP/CEI29, estes dois tipos são definidos pelos seguintes componentes:

● Déficit Quantitativo

a. Famílias Conviventes: são constituídas por, no mínimo, duas pessoas ligadas por laço de

parentesco, dependência doméstica ou normas de convivência, e que residem no mesmo

domicílio com outra família denominada principal;

b. Cômodos: domicílios particulares compostos por um ou mais aposentos localizados em casa de

cômodo, cortiço, “cabeça-de-porco”, etc.;

c. Domicílios Improvisados: locais construídos sem fins residenciais e que servem como moradia;

d. Ônus Excessivo com Aluguel: famílias urbanas, com renda familiar de até três salários mínimos e

que despendem mais de 30% de sua renda com aluguel;

e. Domicílios Rústicos: não apresentam paredes de alvenaria ou madeira aparelhada, o que

resulta em desconforto para seus moradores e risco de contaminação por doenças.

● Inadequação Habitacional

a. Adensamento Excessivo: domicílio apresenta um número médio de moradores superior a três

por dormitório;

b. Domicílios sem Banheiro;

c. Inadequação Fundiária Urbana: refere-se aos casos em que pelo menos um dos moradores do

domicílio declara a propriedade da moradia, mas afirma não possuir, total ou parcialmente, o

terreno ou a fração ideal de terreno (no caso de apartamento) em que ela se localiza;

d. Carência de Infraestrutura: domicílios que não dispõem de ao menos um dos seguintes serviços

básicos: iluminação elétrica, rede geral de abastecimento de água com canalização interna,

rede geral de esgotamento sanitário ou fossa séptica e coleta de lixo.

Todavia, a FJP não sistematiza os dados do IBGE para todos os municípios brasileiros, embora

seja grande a sua cobertura. Infelizmente, a Fundação não sistematizou dados habitacionais relativos ao

Município de Ibiúna. Desta forma, este Diagnóstico não apresentará tais dados, no entanto, terá a

metodologia da Fundação – definição e componentes de déficit habitacional - como base para análise

das demais fontes e identificação do déficit no Município.

29

Fundação João Pinheiro Centro de Estatística e Informações, 2005.

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4.2 Dados do Censo IBGE para Ibiúna

Para caracterização do déficit habitacional de Ibiúna, iniciamos com a apresentação dos dados

levantados pelo IBGE nos Censos de 2000 e 2010, que caracterizam os domicílios e a população no

Município.

Em 2010, o Censo do IBGE contabilizou uma população residente no município de Ibiúna de

71.217 habitantes. No mesmo ano, foi levantada a existência de 21.441 domicílios particulares

ocupados, de modo que, podemos considerar uma média de 3,32 habitantes por domicílio.

A tabela 4.1 a baixo sistematiza os dados referentes à situação dos domicílios em Ibiúna. Ao

todo, existem 34.118 domicílios – dentre os permanentes e de uso ocasional30 (casas de final de semana

ou veraneio). Quase 25% deste universo (9.011) está localizado na área considerada urbana pelo IBGE, e

75% na área rural (25.107 domicílios). Com relação aos domicílios particulares ocupados31 (nos quais

residem os munícipes), 35% (7.488) está localizado na área urbana e 65% (13.953 domicílios), na área

rural. Com relação aos demais domicílios, aqueles classificados como de uso ocasional (de pessoas não

residentes), a grande maioria (93%) está na área rural, o que reforça o tipo de ocupação de sítios e

chácaras de final de semana. O município apresenta poucos domicílios coletivos32: 54 no total. No

período de recenseamento, 3.351 domicílios encontravam-se vagos33.

Tabela 4.1: Situação dos domicílios em Ibiúna – 2010

Tipo de Domicílio Número

Domicílios Urbanos 9.011

Domicílios Rurais 25.107

Total 34.118

Domicílios Particulares Ocupados Urbanos 7.488

Domicílios Particulares Ocupados Rurais 13.953

Total 21.441

Domicílios Particulares Não Ocupados de Uso Ocasional Urbanos 563

Domicílios Particulares Não Ocupados de Uso Ocasional Rurais 8.529

Domicílios Particulares Não Ocupados Vagos Urbanos 948

Domicílios Particulares Não Ocupados Vagos Rurais 2.583

Total 12.623

Domicílios Coletivos 54

Fonte: Fundação SEADE, 2011 a partir dos dados do Censo IBGE 2010.

30

Domicílio de uso ocasional – “É o domicílio particular permanente que na data de referência servia ocasionalmente de moradia. Ou seja, são aqueles usados para descanso de fins de semana, férias ou outro fim, mesmo que, na data de referência, seus ocupantes ocasionais estivessem presentes.” (IBGE, 2011) 31

Domicílio particular permanente – “É o domicílio construído para servir exclusivamente à habitação e que, na data de referência, tinha a finalidade de servir de moradia a uma ou mais pessoas.” (IBGE, 2011) 32

Domicílio coletivo – “É o domicílio em que a relação entre as pessoas que nele habitam é restrita a normas de subordinação administrativa, como hotéis, pensões, presídios, penitenciárias, quartéis, postos militares, asilos, orfanatos, conventos, hospitais e clínicas (com internação), alojamento de trabalhadores, motéis, campings etc..” (IBGE, 2011) 33

Domicílio vago – “É o domicílio particular permanente que não tinha morador na data de referência, mesmo que, posteriormente, durante o período da coleta, tivesse sido ocupado.” (IBGE, 2011)

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Para a caracterização do município segundo a renda familiar dos habitantes e situação dos

domicílios, utilizaremos dados ainda do Censo 2000, uma vez que os dados completos do Censo 2010

ainda não estão disponíveis.

Analisando a renda familiar dos munícipes - tabela 4.2 -, os dados levantados apontam para

quase 88% das famílias de Ibiúna possuindo renda média na faixa entre 0 e 3 salários mínimos,

enquanto 5,7% se encontravam na faixa de mais de 3 a 5 salários mínimos. Juntas, essas duas faixas de

renda, consideradas críticas, às quais se direcionam os programas sociais, representam 93,68% das

famílias do Município.

As faixas de 5 a 10 salários mínimos e de mais de 10 salários mínimos representam

respectivamente 4,2% e 1,72%, ou seja, juntas representam 5,92% das famílias de Ibiúna. Esses dados

demonstram a grande diferença da distribuição de renda familiar que existe no município, e o quão

numerosa são as famílias de renda inferior a 5 salários mínimos, faixa que costuma apresentar maior

concentração de déficit habitacional.

Tabela 4.2: Famílias residentes por faixa de renda em Ibiúna – 2000

Faixa de renda Nº de famílias Percentual do total de

famílias

0 a 3 salários mínimos 15.776 87,98%

Mais de 3 a 5 salários mínimos 1.015 5,70%

Mais de 5 a 10 salários mínimos 748 4,20%

Mais de 10 salários mínimos 272 1,72%

Fonte: Censo IBGE, 2000.

O IBGE (dados de 2000) também apresenta uma discriminação entre os domicílios conforme a

adequação dos imóveis relacionada ao atendimento por serviços urbanos e infraestrutura, como se

pode observar na tabela 4.3. Segundo o Instituto, 75% daqueles domicílios estão semi-adequados, ou

seja, “domicílios particulares permanentes com pelo menos um serviço inadequado”34 .

Mais especificamente, o IBGE levantou 33,80% dos domicílios sendo atendidos por rede de

água e 14,89% por rede de esgoto ou Pluvial. No entanto, é importante reforçar que os percentuais da

tabela 4.4 referem-se ao universo apenas dos domicílios urbanos.

Tabela 4.3: Domicílios Particulares Permanentes com rendimento por adequação da moradia – 2000

Situação N° de Domicílios

Adequado 1.965

Semi-Adequado 11.831

34

O IBGE considera como “adequado” os “domicílios particulares permanentes com rede geral de abastecimento de água, com rede geral de esgoto ou fossa séptica, coleta de lixo por serviço de limpeza e até 2 moradores por dormitório”; e “inadequado”os “domicílios particulares permanentes com abastecimento de água proveniente de poço ou nascente ou outra forma, sem banheiro e sanitário ou com escoadouro ligado à fossa rudimentar, vala, rio, lago, mar ou outra forma e lixo queimado, enterrado ou jogado em terreno baldio ou logradouro, em rio, lago ou mar ou outro destino e mais de 2 moradores por dormitório.” (IBGE, 2000)

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Inadequado 1.980

Fonte: Censo IBGE, 2000.

Tabela 4.4: Situação dos domicílios em relação aos Serviços Públicos

Serviços N° de Domicílios Porcentagem

Rede Geral de Abastecimento de Água 5.623 33,80%

Rede Geral de Esgoto ou Pluvial 2.477 14,89%

Fossa Séptica 3.546 21,31%

Sem Banheiro 315 1,89%

Coleta de Lixo 9.464 56,88%

Iluminação Elétrica 15.979 96,05%

Fonte: Censo IBGE, 2000.

Com relação à situação da moradia, o Censo do IBGE de 2000 aponta para quase 70% dos

domicílios do município, como sendo próprios, e 25% cedidos.

Tabela 4. 5: Situação da Moradia em Ibiúna – 2000

Condição do Imóvel Domicílios Moradores

Absoluto Percentual Absoluto Percentual

Próprio 11.334 68,13% 43.423 68,99%

Próprio já quitado 10.873 65,35% 41.563 66,04%

Próprio em aquisição 461 2,77% 1.860 2,95%

Alugado 1.075 6,46% 4.084 6,49%

Cedido 4.110 24,70% 15.021 23,87%

Outra Condição 118 0,71% 410 0,65%

Total 16.637 100% 62.938 100%

Fonte: Censo IBGE, 2000.

A análise do Cadastro Único do Município no item 4.4 trará dados mais recentes com relação a

estas situações.

4.3 Necessidades Habitacionais segundo o Cadastro Único do Município

O Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), regulamentado em nível nacional pelo

Decreto n° 6.135, de 26 de junho de 2007, é instrumento de identificação e caracterização

socioeconômica das famílias brasileiras de baixa renda. É utilizado, obrigatoriamente, para seleção de

beneficiários e para integração de programas sociais do Governo Federal. (Art. 2° do Decreto

6.135/2007).

O CadÚnico é constituído por sua base de dados, instrumentos, procedimentos e sistemas

eletrônicos, e sua base de informações pode ser usada pelos governos municipais, estaduais e federal

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para obter o diagnóstico socioeconômico das famílias cadastradas, auxiliando o poder público na

formulação e gestão de políticas voltadas a esta população.

Podem ser cadastradas as famílias com renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa

(per capita) (Art. 4° do Decreto 6.135/2007). Famílias com renda superior a esse critério poderão ser

incluídas no CadÚnico, desde que sua inclusão esteja vinculada à seleção ou ao acompanhamento de

programas sociais implementados pela União, estados ou municípios (Art. 6° do Decreto 6.135/2007).

O CadÚnico é atualizado diariamente com inclusões de cadastrados e as informações

constantes têm validade de dois anos contados a partir da data da última atualização, sendo necessária,

após este período, a sua atualização ou revalidação na forma disciplinada pelo Ministério do

Desenvolvimento Social e Combate à Fome (Art. 7° do Decreto 6.135/2007). De modo que, para que

haja consistência nas informações apresentadas em relação ao CadÚnico do Município de Ibiúna, são

utilizados os dados gerados na data de 22/08/2011 e passados à consultoria.

Naquela data, estavam cadastradas no CadÚnico do Município de Ibiúna 5.935 famílias. Dentre

estas, 21 famílias possuem renda maior que 3 salários mínimos. Ou seja, 99,64% dos cadastrados estão

na faixa de renda que demanda atendimento habitacional prioritário por parte do Município – 0 a 3

salários mínimos. Como os dados do CadÚnico referentes à situação dos domicílios, disponibilizados

pela Prefeitura incluem o universo de todos os cadastrados, e levando em conta que apenas 0,35% dos

cadastrados estão acima da faixa de renda de atendimento prioritário, consideraremos aqui os números

totais, para realização das análises referente à situação dos domicílios, tipos de construção e

atendimento por infraestrutura.

Quanto à localização dos domicílios, dos 5.897 cadastros recebidos da Prefeitura de Ibiúna

4.788 deles estão em área rural e os demais 1.109 em área urbana, em uma proporção de 81% para

19%.

Figura 4.1.: Área de Localização dos Domicílios Cadastrados

Tipo de Localidade n° de domicílios

Urbana 1.109

Rural 4.788

Total 5.897

Fonte: Prefeitura de Ibiúna, Secretaria de Promoção e Assistência Social, CadÚnico, acessado em 22/08/2011.

● Necessidades de Novas Moradias

Tomando como base a metodologia desenvolvida pela FJP, analisaremos a situação dos

domicílios cadastrados no CadÚnico com relação à posse dos mesmos. O CadÚnico os caracteriza entre

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próprios, financiados, alugados, improvisados, cedidos e outros. A partir da figura 4.2 que sintetiza estes

dados, observa-se que das 2.773 famílias cadastradas, quase 50%, possuem domicílio próprio ou em

financiamento; a outra parcela de maior porcentagem, 2.476 famílias (42%) residem em imóveis

cedidos.

Figura 4.2.: Situação dos domicílios das famílias cadastradas.

Situação do domicílio n° de domicílios

Próprio/ Financiado 2.773

Cedido 2.476

Alugado 642

Improvisado 35

Invadido 9

Total 5.935

Fonte: Prefeitura de Ibiúna, Secretaria de Promoção e Assistência Social, CadÚnico, acessado em 22/08/2011.

Do total de famílias cadastradas, considerando que se encontram na faixa de atendimento

habitacional de poder do poder público , somente os domicílios próprios e financiados não são

considerados Déficit Quantitativo. Os financiados não são considerados porque após análise do

CadÚnico feita pela consultoria pode-se constatar que, a maioria dos cadastrados com “financiamento”

se tratam de famílias residentes em imóveis do CDHU o que se entende que o valor mensal esteja

dentro das possibilidades de pagamento do cadastrado.

Nesta análise, por tratarem-se de famílias com rendimento de até 3 s.m., na sua maioria, serão

considerados déficit por novas moradias as situações de domicílios cedidos, e improvisados, invadidos e

alugados.

Baseado na metodologia da FJP que define famílias em situação de ônus excessivo com aluguel

como sendo aquelas que, estando dentro da faixa de renda mensal de até 3 s.m. comprometem mais de

30% dos seus rendimentos com o pagamento do aluguel. De modo que, todas as famílias que pagam

aluguel dentro da faixa de rendimento de até 3 s.m. serão consideradas como em situação de ônus

excessivo com aluguel, ou seja as 642 cadastrados.

Portanto, a partir da análise do CadÚnico, 3.162 famílias demandariam novas moradias no

município de Ibiúna –

● Concentração dos Cadastros

Foi feita uma análise quanto à localização de todas as famílias cadastradas no CadÚnico e

destacou-se os 15 bairros com maior número de cadastrados (ver tabela 4.6). Analisada essa localização,

percebeu-se que o bairro do Capim Azedo, com 374 cadastros, é o que apresenta a maior concentração

de famílias, porém, deve ser levado em conta que nele está localizado o Residencial Europa,

empreendimento da CDHU com 100 domicílios o que possivelmente aumenta o número de cadastrados

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na região e confirma a presença de famílias de baixa renda. Em 2° lugar, está o Bairro do Rio de Una

onde existe o CDHU Santa Lucia, empreendimento com 206 unidades habitacionais e muitos

loteamentos identificados como de interesse social pela Prefeitura. Na 3ª posição, está o bairro do

Centro com 288 cadastrados. Com essa análise pode-se notar que os 15 bairros com maior incidência de

cadastros constituem quase 60% dos cadastrados no CadÚnico.

Tabela 4.6.: Classificação dos bairros por quantidade de famílias cadastradas no CadÚnico Municipal

Bairro Cadastrados Bairro Cadastrados

01 Capim Azedo 374 09 Votorantim 199

02 Rio de Una 346 10 Lageadinho 194

03 Centro 288 11 Paruru 188

04 Sorocamirim 280 12 Paiol Pequeno 184

05 Morro Grande 242 13 Verava 170

06 Cupim 235 14 Vargem do Salto 162

07 Piai 220 15 Sorocabuçu 157

08 Ressaca 217

Fonte: Prefeitura de Ibiúna, Secretaria de Promoção e Assistência Social, CadÚnico, acessado em 22/08/2011.

Ao mapearmos estes bairros, é notável que a população de baixa renda está distribuída de

forma relativamente uniforme na parte norte, leste e oeste do território.

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Figura 4.3: Espacialização dos domicílios das famílias cadastradas no CadÚnico do Município

Fonte: Prefeitura de Ibiúna, Secretaria de Promoção e Assistência Social, CadÚnico, acessado em 22/08/2011. Elaboração: Integra Sociedade Cooperativa, 2011.

● Inadequação Habitacional

Os números do CadÚnico municipal, além de fornecer informações para caracterização do

Déficit Habitacional Quantitativo, também fornecem informações referentes à Inadequação

Habitacional no município, com informações referente ao tipo de construção, à infraestrutura disponível

e serviços como a coleta de lixo dos domicílios nos cadastrados.

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A grande maioria, cerca de 94%, dos domicílios são construídos em tijolo/alvenaria - o que não

necessariamente lhes conferem condições mínimas de habitabilidade35. Os outros 6% estão divididos

entre domicílios construídos em madeira ou taipa – situação de maior precariedade – e outras, como

pode ser observado na Figura 4.4 abaixo.

Figura 4.4.: Tipo de construção dos domicílios das famílias cadastradas.

Tipo de construção dos domicílios

n° de domicílios

Tijolo/Alvenaria 5.600

Outros 173

Madeira 118

Taipa Revestida 44

Total 5.935

Fonte: Prefeitura de Ibiúna, Secretaria de Promoção e Assistência Social, CadÚnico, acessado em 22/08/2011.

Para a caracterização da carência de infraestrutura existente do município, foram utilizados

dados extraídos do CadÚnico considerando o atendimento existente nos domicílios cadastrados. A

seguir, apresentaremos um detalhamento destas informações quanto ao abastecimento de água,

esgotamento sanitário, rede elétrica, destinação do lixo e tratamento de água para o conjunto dos

cadastros.

Com respeito ao abastecimento de água, são considerados como carentes aqueles domicílios

que utilizam cisterna, poço e outros, não estando ligados à rede de água. Na figura 4.5 podemos notar

que a maior parte dos domicílios do município utilizam poço para a obtenção de água, (cerca de 57%),

ao passo que 37% dos domicílios possuem este abastecimento por rede pública. Outros tipos de

abastecimento somam um total de 6%.

Figura 4.5.: Tipos de Abastecimento de Água, nos domicílios dos cadastrados.

Tipo de abastecimento de água

n° de domicílios

Poço 3.374

Rede Pública 2.212

Outros 349

Cisterna 0

Total 5.935

Fonte: Prefeitura de Ibiúna, Secretaria de Promoção e Assistência Social, CadÚnico, acessado em 22/08/2011.

35

Como observado nas vistorias realizadas dos assentamentos precários, embora de alvenaria, esta não é rebocada, o que prejudica muito o conforto térmico e a proteção contra umidade dentro da casa.

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Quanto ao esgotamento sanitário, os domicílios que apresentam fossa (rudimentar ou séptica)

e outros são considerados como domicílios com carência desta infraestrutura de esgotamento.

Analisando a Figura 4.6 pode-se notar, somente 15% dos domicílios dos cadastrados estão conectados à

rede pública de esgoto sanitário.

Figura 4.6: Tipos de esgotamento sanitário, nos domicílios dos cadastrados.

Tipo de esgotamento sanitário

n° de domicílios

Fossa Rudimentar 4.507

Rede Pública 868

Fossa séptica 504

Outros 56

Total 5.935

Fonte: Prefeitura de Ibiúna, Secretaria de Promoção e Assistência Social, CadÚnico, acessado em 22/08/2011.

Já nos casos de atendimento da rede elétrica, nota-se que todos os cadastrados são atendidos,

e apesar de existirem formas de medição diferentes nenhuma delas se caracteriza como carência. (ver

Figura 4.7)

Figura 4.7: Tipos de atendimento Rede Elétrica, nos domicílios dos cadastrados.

Tipo de atendimento Rede elétrica

n° de domicílios

Relógio Próprio 4.110

Relógio Comunitário 1.637

Sem Relógio 113

Outros 75

Total 5.935

Fonte: Prefeitura de Ibiúna, Secretaria de Promoção e Assistência Social, CadÚnico, acessado em 22/08/2011.

Com relação à destinação do lixo, são considerados como carentes deste serviço os domicílios

que tem seu lixo queimado, enterrado ou deixado á céu aberto, o que no caso de Ibiúna representam

33% dos domicílios cadastrados. Os demais têm seu lixo coletado.

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Figura 4.8.: Destinação do Lixo, nos domicílios dos cadastrados.

Destinação do lixo n° de domicílios

Coletado 3.947

Queimado 1.530

Outros 320

Enterrado 84

Céu Aberto 54

Total 5.935

Fonte: Prefeitura de Ibiúna, Secretaria de Promoção e Assistência Social, CadÚnico, acessado em 22/08/2011.

O cadastro único também fornece informações sobre o tratamento dado às águas servidas dos

domicílios dos cadastrados. Percebe-se que ao menos 30% deste esgoto não recebe qualquer tipo de

tratamento; 31% é submetido à processo de coloração e 18% de filtração.

Figura 4.9.: Tipo de Tratamento de Água nos domicílios dos cadastrados.

Tipo de tratamento de água n° de domicílios

Cloração 1.821

Sem Tratamento 1.808

Outros 1.236

Filtração 1.070

Total 5.935

Fonte: Prefeitura de Ibiúna, Secretaria de Promoção e Assistência Social, CadÚnico, acessado em 22/08/2011.

São considerados casos de carência de infraestrutura: com respeito ao abastecimento de água,

aqueles domicílios que utilizam cisterna, poço e outros; quanto ao esgotamento sanitário, os domicílios

que apresentam fossa (rudimentar ou séptica) e outros; quanto à destinação do lixo, os domicílios que

tem seu lixo queimado, enterrado ou deixados à céu aberto; no que se refere ao tratamento de água, os

domicílios sem tratamento e outros; já nos casos de atendimento da rede elétrica, nota-se que todos os

cadastrados são atendidos, e apesar de existirem formas de medição diferentes nenhuma delas se

caracteriza como carência

A tabela abaixo sistetiza a carência de infraestrutura nos domicílios dos cadatrados. a

sistematização destas informações.

Tabela 4.7.: Carência de infraestrutura por tipo de rede e serviços existentes nos domicílios dos

cadastrados.

Abastecimento de água

Esgotamento sanitário

Energia Destinação

do lixo Tratamento da água

3.723 5.067 0 1.988 3.044

Fonte: Prefeitura de Ibiúna, Secretaria de Promoção e Assistência Social, CadÚnico, acessado em 22/08/2011.

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Gráfico 4.1.: Situação da Infraestrutura dos domicílios cadastrados

Fonte: Prefeitura de Ibiúna, Secretaria de Promoção e Assistência Social, CadÚnico, acessado em 22/08/2011.

4.4 Cadastro MCMV no Município de Ibiúna

Em 2009, a Prefeitura de Ibiúna realizou cadastro para identificação das famílias interessadas

na aquisição de imóveis produzidos ou financiados a partir do Programa do Governo Federal Minha Casa

Minha Vida (PMCMV). Neste cadastro, poderiam se inscrever famílias com renda mensal entre 1 e 3

salários mínimos. No total, foram cadastros naquela ocasião, 3.656 famílias interessadas na aquisição de

imóveis disponibilizados pelo PMCMV.

Este cadastro foi feito por técnicos da Prefeitura Municipal de Ibiúna. Os interessados deveriam

comparecer pessoalmente à prefeitura (local onde foi realizado o cadastramento) portando alguns

documentos para que o cadastro fosse efetivado - RG, CPF, comprovante de residência e carteira de

trabalho – e para que fosse comprovado o rendimento mensal e posteriormente calculado o valor a ser

pago pela família (não superior a 10% da renda familiar). Para a seleção das famílias, a PMI usaria

informações mais detalhadas já constantes no CadÚnico do Município.

Comparadas ao total de 5.935 famílias cadastradas no CadÚnico, podemos considerar que

cerca de 60% delas teriam condições e estariam interessadas na aquisição de imóveis construídos e/ou

financiados pelo PMCMV.

O cadastro do PMCMV é apresentado neste Diagnóstico a título de informação, no entanto, por

não ser trazer por informações detalhadas, não será considerado como fonte para cálculo do déficit

habitacional no município.

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Abastecimento de Água

Esgotamento Sanitário

Energia

Destinação do Lixo

Tratamento de Água

cadastrados

Existente

Faltante

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4.5 Assentamentos de Interesse Social levantados pela PMSRQ Metodologia para

o levantamento dos núcleos e loteamentos de Interesse Social

O levantamento e a análise dos assentamentos precários do Município de Ibiúna foram feitos

com base nas reuniões realizadas com o núcleo técnico da Prefeitura e vistorias das áreas realizadas em

conjunto – consultoria e PMI.

As reuniões realizadas com o Núcleo Técnico da Prefeitura para identificação dos

assentamentos precários do município contaram com a presença de técnicos das Secretarias da

Habitação, do Meio Ambiente, de Obras, da Assistência Social, da Defesa Civil e do SERLA. Foram

utilizados mapas base do município e fotos aéreas, para a identificação dos assentamentos precários do

município para posterior vistoria por parte da Consultoria e detalhado levantamento.

A análise a seguir apresenta os assentamentos precários demandantes por regularização

fundiária a serem indicados para programas de melhorias para adequação habitacional.

Ocupação do tipo favela

As ocupações incluídas nesta análise são aquelas ocorridas “espontaneamente”, em área

pública ou particular, majoritariamente por população de baixa renda, irregulares e precárias - tanto no

que diz respeito às habitações, quanto à disponibilidade de infraestrutura -, por tanto, considerados de

interesse social.

Loteamentos de Interesse Social

Foram identificados no Município os loteamentos – dentre regulares e irregulares -

considerados pela PMI como sendo de interesse social por se tratarem, majoritariamente, de população

de baixa renda e por possuírem inadequações fundiárias relacionadas à irregularidade jurídica e/ou

carência de infraestrutura.

Núcleos Urbanos Isolados de Interesse Social

O corpo técnico da PMI apontou alguns núcleos de interesse social dispersos no território do

município. Estes núcleos apresentam certas características urbanas - um aglomerado considerável de

residências e algum comércio local – no entanto, estão localizados em regiões afastadas da sede do

Município, em área rural, apresentam irregularidades jurídicas e carência de infraestrutura básica

adequada.

4.3.1 Composição da análise

As informações levantadas sobre cada área, com base em cadastros e conhecimentos dos

técnicos da PMI, foram sistematizados em tabelas, com o conteúdo necessário para a realização da

estimativa do déficit por Inadequação Habitacional no Município. Foram incluídas informações a

respeito da situação de regularidade jurídica; infraestrutura existente; restrição de ocupação; tipo de

intervenção demandante; estimativa do número de domicílios, bem como das remoções necessárias.

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Estas informações foram levantadas em esforço conjunto entre as secretarias anteriormente

citadas, que disponibilizaram à consultoria as informações necessárias a respeito dos núcleos urbanos

isolados, das ocupações do tipo favela e dos loteamentos de interesse social – número de domicílios,

existência de infraestrutura, regularidade jurídica, presença de risco, etc. A consultoria visitou os

núcleos urbanos isolados, bem como as ocupações do tipo favela, a fim de registrar a precariedade de

cada um.

A partir da análise dos assentamentos, foram indicadas as intervenções necessárias em cada

um, com respeito à necessidade de regularidade jurídica e implantação de infraestrutura ou instalações

sanitárias.

Para os assentamentos precários localizados na ZUEMC (Zona Urbana em Consolidação) e ZUC

(Zona Urbana Consolidada), com carência de infraestrutura ou situações de risco, são indicadas

intervenções de urbanização simples ou complexa. Abaixo descrição dos conceitos:

A urbanização viabiliza a consolidação do assentamento com a manutenção total ou parcial da

população no local. Compreende abertura, readequação ou consolidação de sistema viário, implantação

de infraestrutura completa, re-parcelamento do solo (quando couber), regularização fundiária e quando

necessário, a execução de obras de consolidação geotécnica, a construção de equipamentos sociais e a

promoção de melhorias habitacionais.

a) ‘urbanização simples’: Compreende a intervenção em assentamentos que possuem

baixa ou média densidade, traçado regular, não apresentam necessidade de realização de obras

complexas de infraestrutura urbana, consolidação geotécnica e drenagem e apresentam índice baixo de

remoções (até 5%).

b) ‘urbanização complexa’: Compreende a intervenção em assentamentos com alto grau

de densidade, em geral do tipo aglomerado, com alto índice de remoções, que não apresentam traçado

regular e/ou possuem a necessidade de realização de complexas obras geotécnicas ou de drenagem

urbana, como canalização de córregos, contenção de encostas36.

No caso dos assentamentos precários em área com características predominantemente rurais -

localizados na MDR (Macrozona de Destinação Rural), MIA (Macrozona de Interesse Ambiental) e MDU

(Macrozona de Destinação Urbana) - quando presente a carência de infraestrutura, será indicado o

‘Saneamento Rural’37: construção de fossa séptica e sumidouro, ou melhoria dos mesmos quando já

existentes38.

O Plano de Saneamento que esta sendo desenvolvido no município pela PMI, em conjunto com

a SABESP, preverá a instalação de sistemas isolados para a captação de água e tratamento do esgoto

atendendo a alguns núcleos urbanos isolados. Assim que concluído o Plano, estas informações deverão

36

No caso de Ibiúna todos os assentamentos na Zona Urbana em Consolidação ZUC, terão indicação da necessidade de urbanização complexa, por dentre as infraestruturas faltantes incluir-se a drenagem urbana. 37

Nos casos levantados no município de assentamentos de interesse social com características predominantemente rurais o abastecimento por água se dá por rede em alguns casos e na maioria por poços caipiras, por tanto, foi dado encaminhamento apenas a questão do esgotamento sanitário – mais crítica naqueles casos.

Page 73: Diagnóstico Habitacional

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ser incorporadas ao PLHIS, de modo que, por hora em termos de encaminhamento e estimativa de

custos, será indicada a destinação individual.

Os casos de remoção foram estimados com base nas informações fornecidas pelo

Departamento de Defesa Civil da PMI.

4.3.2 Necessidades Habitacionais em assentamentos precários, segundo dados da

Prefeitura Municipal de Ibiúna

A seguir, seguem análises dos assentamentos precários de Ibiúna ─, organizadas entre

‘Ocupações do tipo Favela’, ‘Núcleos Urbanos Isolados’, e ‘Loteamentos’. Todas as informações serão

apresentadas de forma sintética em tabelas. Para os núcleos urbanos isolados, serão apresentadas

breves descrições.

Núcleos Urbanos Isolados

Areia Vermelha

Localizado na Macrozona de Destinação Rural, o

Núcleo Urbano Isolado Areia Vermelha abriga cerca de

150 domicílios, um posto de saúde e uma escola de

ensino fundamental.

De modo geral, as habitações são construídas de

blocos de concreto, têm acesso à rede de energia

elétrica e serviço de coleta de lixo.

A inadequação fundiária se dá pela combinação de

sistemas individuais e precários de captação de água

(poço) e da destinação do esgoto sanitário a fossas

caipiras.

Fonte: Google Earth, 2002

Cachoeira

Fonte: Google Earth, 2007

O Núcleo Urbano Isolado Cachoeira encontra-se

na Estrada da Cachoeira, próximo à represa Ituparanga,

na Zona de Urbanização em Consolidação do município.

São aproximadamente 150 casas dentre as quais

aproximadamente 100 são domicílios permanentes e as

demais habitações são chácaras de recreio.

Este núcleo conta com uma escola de ensino

fundamental, um campo de futebol e uma associação de

bairro.

As habitações apresentam boa qualidade

construtiva e ligação à energia elétrica. O Cachoeira

possui abastecimento de água por poço e escoamento

sanitário em fossa caipira.

Page 74: Diagnóstico Habitacional

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Carmo Messias

Fonte: Google Earth, 2009

O núcleo urbano isolado Carmo Messias encontra-

se na Macrozona de Destinação Rural, possui

aproximadamente 150 domicílios. O núcleo apresenta

uma área com ocupação mais concentrada e urbanizada

que abriga o comércio local e os equipamentos de

educação e saúde. Possui também pavimentação e

iluminação nas ruas principais, além de acesso à rede de

água.

A partir deste núcleo mais concentrado, as casas

vão se espraiando e ganhando uma dimensão mais rural

com ruas de terra, sem iluminação pública e com água

captada individualmente por poço.

Tanto na área mais urbanizada quanto na zona

mais rural do núcleo, o esgoto é destinado ás fossas

caipiras.

Cupim

O núcleo urbano isolado do Cupim fica na

Macrozona de Destinação Rural e possui

aproximadamente 150 casas, escola e posto de saúde. A

estrada que estrutura o assentamento é o único viário

pavimentado, as demais ruas são de terras e parte delas

com iluminação pública.

No geral, as habitações, construídas em bloco de

concreto, apresentam boas condições. Todo o núcleo é

abastecido por água de poços individuais e direciona seu

esgoto para fossas caipiras.

Fonte: Google Earth, 2002

Gabriel

O Núcleo urbano isolado Gabriel encontra-se na

Macrozona de Destinação Rural e possui

aproximadamente 200 domicílios construídos no geral

em bloco de concreto, servidas de energia elétrica,

escolas e posto de saúde e, parcialmente atendido pelo

serviço de iluminação pública.

A água é captada por meio d e poço e o esgoto

sanitário é destinado às fossas caipiras.

Quanto à pavimentação, apenas está presente na

rua central.

Fonte: Google Earth, 2002

Page 75: Diagnóstico Habitacional

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Góes

O Núcleo Urbano Isolado Góes localiza-se na

Macrozona de Destinação Rural e possui

aproximadamente 50 domicílios em uma ocupação

predominantemente rural. Neste núcleo, não há

atividade comercial, há apenas uma escola de ensino

fundamental e um posto de saúde. As ruas não são

pavimentadas, mas possuem iluminação pública.

Todas as casas captam água de poço, destinam o

esgoto às fossas caipiras e são servidas de energia

elétrica.

Fonte: Google Earth, 2003

Grilos

Fonte: Google Earth, 2009

O Núcleo Urbano Isolado Grilos localiza-se na

Macrozona de Destinação Rural e apresenta uma área

com ocupação mais concentrada onde se localiza uma

pequena igreja local antiga, um pequeno comércio e

algumas moradias.

No entanto, a maior parte das aproximadamente

200 casas encontra-se dispersas na região em lotes

características rurais.

As ruas são de terra e parte delas tem iluminação

pública. A captação de água é feita por poço e o esgoto

sanitário é destinado às fossas caipiras. Todo o núcleo

possui energia elétrica e toda a área está sujeita à

inundação.

Lageado

O Núcleo Urbano Isolado Lageado encontra-se na

Macrozona de Destinação Rural e assumindo

características bastante rurais. Todas as ruas são de

terra, parte delas com iluminação publica. Este núcleo

possui aproximadamente 60 casas, uma igreja e uma

escola de ensino fundamental.

No que se refere às instalações para

abastecimento e esgotamento, todas as casas possuem

poço e fossa caipira. Devido à proximidade com o

córrego a área está sob risco de inundação.

Fonte: Google Earth, 2003

Page 76: Diagnóstico Habitacional

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Murundú

Fonte: Google Earth, 2003

O Núcleo Urbano Isolado Murundú encontra-se na

Macrozona de Destinação Rural e abriga dois tipos

distintos de ocupação que somam aproximadamente 80

domicílios e uma escola de ensino fundamental. As duas

ocupações são essencialmente rurais sendo a primeira,

mais ao norte, com famílias de rendimento maior e a

segunda com casas mais simples.

Em ambas ocupações, apenas a rodovia é

pavimentada e possui iluminação pública, todas as casas

tem energia elétrica, são abastecidas de água por meio

de poços e destinam o esgotamento sanitário em fossas

negras.

Paiol Grande

O núcleo Paiol Grande encontra-se na Macrozona

de Destinação Rural. É composto por 70 casas dispostas

de forma mais dispersa. O núcleo não possui

equipamentos de educação e saúde, as ruas não são

pavimentadas e a grande maioria delas não tem

iluminação pública. O acesso à água se dá por meio de

poço e o esgoto sanitário é destinado às fossas caipiras.

A maioria das casas são construídas com blocos de

concreto. Parte da área está sujeita à inundação.

Fonte: Google Earth, 2002

Paiol Pequeno

O Núcleo Urbano Isolado Paiol Pequeno encontra-

se na Zona de Urbanização em Consolidação e possui

aproximadamente 200 casas. Todas as ruas são

pavimentadas e têm iluminação pública. Todas as casas

têm acesso à energia elétrica; utilizam poço individual

para captar água, e fossa caipira para destinação do

esgoto sanitário. O núcleo possui uma escola de ensino

fundamental e um posto de saúde.

Fonte: Google Earth, 2002

Page 77: Diagnóstico Habitacional

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Paruru

O distrito Parurú encontra-se na Zona de

Urbanização em Consolidação – 2 é composto de

aproximadamente 700 domicílios. O distrito dispõe de

escolas, posto de saúde, campo de futebol, rede de água

- que atende a todas as unidades habitacionais - e boa

parte das ruas são pavimentadas. As residências

destinam seu esgoto às fossas caipiras e parte em fossas

negras.

Há algumas residências que ocupam área de APP

em trecho próximo ao córrego o que, as coloca em risco

de inundação

Fonte: Google Earth, 2001

Piaí

O Núcleo Urbano Isolado Piaí encontra-se na

Macrozona de Destinação Rural e possui características

bastante agrárias. O núcleo possui escolas de ensino

fundamental e aproximadamente 200 domicílios

construídos em alvenaria ou em bloco de concreto.

No que se refere às instalações, as residências

possuem energia elétrica, captam água de poços

individuais e destinam o esgoto sanitário a fossas

caipiras.

Fonte: Google Earth, 2008

Puris

O Núcleo Urbano Isolado Puris encontra-se na

Macrozona de Destinação Rural e possui

aproximadamente 80 domicílios, abastecidos por

energia elétrica e rede de água, no entanto, destinam

seu esgoto a fossas caipiras. As ruas são parcialmente

pavimentadas e algumas delas têm iluminação pública.

O bairro possui equipamento de educação, mas não

possui de saúde.

Fonte: Google Earth, 2002

Page 78: Diagnóstico Habitacional

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Ressaca

O Núcleo Urbano Isolado da Ressaca encontra-se

na Zona de Expansão Urbana e na Macrozona de

Interesse Ambiental e possui aproximadamente 200

casas, equipamentos de educação e saúde, além de um

campo de futebol para lazer.

As casas são abastecidas por rede de água e

energia elétrica e destinam seu esgoto a fossas caipiras.

Parte das ruas possui iluminação pública e

pavimentação.

Fonte: Google Earth, 2007

Ribeiros

Fonte: Google Earth, 2009

O Núcleo Urbano Isolado Ribeiros encontra-se na

Macrozona de Destinação Rural e possui

aproximadamente 100 casas dispostas de maneira

dispersa no território.

O núcleo não possui equipamentos de educação e

saúde, nem rede de água e esgoto.

A captação de água se dá por meio de poço e o

esgoto sanitário destinado a fossa caipira.

As ruas são parcialmente pavimentadas e

iluminadas e o lixo é recolhido por meio de caçambas.

Rio de Una

Fonte: Google Earth, 2007

O Núcleo Urbano Isolado Rio de Una encontra-se

na Zona de Expansão Urbana e na Macrozona de

Interesse Ambiental e possui uma ocupação ora

organizada de maneira concentrada no território, ora de

maneira dispersa em um total de 150 domicílios.

No setor mais concentrado, o núcleo dispõe de

equipamentos de educação, comércio e de algumas

residências. Nessa área as ruas são pavimentadas e com

iluminação pública.

Nos demais setores, as unidades encontram-se

mais dispersas, em ruas de terra e sem iluminação

pública.

Em ambos os casos, a captação de água e dá por

meio de poço e o esgoto sanitário é destinado às fossas

caipiras.

Este núcleo está sob risco de inundação.

Page 79: Diagnóstico Habitacional

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Vargem do Salto

Fonte: Google Earth, 2003

O Núcleo Urbano Isolado da Vargem do Salto

encontra-se na Macrozona de Destinação Rural e abriga

cerca de 180 casas. O núcleo apresenta uma área mais

concentrada que abriga o comércio local, equipamento

de educação e saúde além de uma pequena igreja e um

campo de futebol.

A rua principal é a única pavimentada e com

iluminação pública todas as outras são de terra e não

são iluminadas.

Devido à proximidade ao rio e às precárias

instalações das fossas, adoção de fossa negra por todas

as unidades habitacionais, o lençol freático do núcleo

está contaminado e a população é abastecida de água

por meio de um caminhão pipa.

Além deste fator, a proximidade com o rio expõe o

núcleo à risco de inundação.

De modo geral, os núcleos urbanos isolados analisados possuem grande precariedade com

relação ao esgotamento sanitário: todos os domicílios dos núcleos contam apenas com fossa caipira,

segundo técnicos da PMI, com deficiência nas instalações39. Estas áreas não contam com nenhum tipo

de drenagem, mesmo tratando-se de estradas rurais, é necessário algum sistema para encaminhamento

das águas, já que o município possui uma rede hídrica densa, que conseqüentemente ocasiona

inundações e áreas alagadiças.

Quanto ao abastecimento de água, apenas 3 das 18 áreas possuem rede de abastecimento, no

restante dos núcleos os domicílios são abastecidos por poço, onde nem todos os poços possuem

instalações adequadas.

Em relação às demais infraestruturas e serviços - rede de energia elétrica, iluminação pública e

coleta de lixo - todos os núcleos são atendidos, seja parcial ou integralmente.

Estes núcleos em áreas rurais receberão um direcionamento das intervenções diferente dos

núcleos que estão em áreas urbanas.

No entanto por tratarem-se de assentamentos em área rural, são indicadas instalações rurais

para o abastecimento de água e esgotamento sanitário, bem como dispensada a necessidade de

pavimentação das vias.

As informações de identificação dos núcleos, infraestrutura existente e tipo de intervenção

nestas áreas estão sistematizadas na tabela 4.8, e na figura 4.10 a seguir 40.

39

Deverá ser realizada avaliação das instalações, quando existentes, por técnicos da PMI, do momento da intervenção no assentamento, sobre as quais poderão ser apenas indicadas melhorias. 40

Nesses núcleos, não foi possível quantificar o número de remoções. A PMI não possuía, até então, levantamentos desta natureza.

Page 80: Diagnóstico Habitacional

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Figura 4.10: Localização dos Núcleos Urbanos Isolados – 2011.

Fonte: Prefeitura Municipal de Ibiúna, 2011; Elaboração: Integra Sociedade Cooperativa, 2011

Page 81: Diagnóstico Habitacional

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*Para classificar o Zoneamento dos Núcleos foi utilizado o mapa 3 – Zona de Destinação Urbana. **Até o momento não foram levantados pela PMI o n° oficial de remoções necessárias diante das restrições de ocupação em alguns Núcleos Urbanos Isolados.

Tabela 4.8: Núcleos Urbanos Isolados no município de Ibiúna

Identificação Das Áreas Infraestrutura Existente* Situação Jurídica

Tipo De Intervenção

Id Núcleo Nº de

Domicílios Restrição De

Ocupação *Zoneam. Água Esgoto

Iluminação Pública

Energia Elétrica

Coleta de Lixo

Pavimentação Drenagem Regulariz. Jurídica*

Tipo De Intervenção **N° De

Remoções

1 Areia Vermelha 150 não MDR poço fossa caipira parcial sim sim parcial não irregular sim Saneamento Rural -

2 Cachoeira 100 não ZUEMC poço fossa caipira parcial sim caçamba parcial não irregular sim Urbanização Complexa -

3 Carmo Messias 150 não MDR parcial fossa caipira parcial sim sim parcial não irregular sim Saneamento Rural -

4 Cupim 150 não MDR poço fossa caipira parcial sim caçamba parcial não irregular sim Saneamento Rural -

5 Gabriel 200 não MDR poço fossa caipira parcial sim caçamba parcial não irregular sim Saneamento Rural -

6 Goes 50 não MDR poço fossa caipira parcial sim caçamba parcial não irregular sim Saneamento Rural -

7 Grilos 250 inundação MDR poço fossa caipira parcial sim caçamba não não irregular sim Saneamento Rural -

8 Lageado 60 inundação MDR poço fossa caipira sim sim caçamba não não irregular sim Saneamento Rural -

9 Murundú 80 não MDR poço fossa caipira parcial sim sim parcial não irregular sim Saneamento Rural -

10 Paiol Grande 70 inundação MDR poço fossa caipira parcial sim caçamba não não irregular sim Saneamento Rural -

11 Paiol Pequeno 200 não ZUEMC poço fossa caipira sim sim sim sim não irregular sim Urbanização Complexa -

12 Paruru - Distrito 700 inundação ZUEMC 2 rede fossa caipira parcial sim sim parcial não irregular sim Urbanização Complexa -

13 Piaí 200 não MDR poço fossa caipira parcial sim sim parcial não irregular sim Saneamento Rural -

14 Puris 80 não MDR rede fossa caipira sim sim sim parcial não irregular sim Saneamento Rural -

15 Ressaca 200 não ZEU MPA rede fossa caipira parcial sim sim parcial não irregular sim Saneamento Rural -

16 Ribeiros 100 não MDR poço fossa caipira parcial sim caçamba parcial não irregular sim Saneamento Rural -

17 Rio de Una 150 inundação ZEU MPA poço fossa caipira parcial sim sim parcial não irregular sim Saneamento Rural -

18 Vargem do Salto 180 inundação MDR caminhão

pipa fossa negra parcial sim sim parcial não irregular sim Saneamento Rural -

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Loteamentos

Foi identificado um total de 26 loteamentos de interesse social no município, entre regulares e

irregulares. Os loteamentos Recanto das Orquídeas41, Recanto das Cachoeiras e Parque do Paiol,

conforme informações da PMI, não possuem irregularidade jurídica, porém necessitam de intervenção

pública no que diz respeito à questão urbanística, ou seja, falta pelo menos um tipo de infraestrutura.

Para todos os outros loteamentos que estão irregulares está sendo encaminhada a necessidades de

regularização jurídica de cada propriedade.

A falta de drenagem, assim como nos núcleos urbanos isolados, é detectada em quase todos os

loteamentos, exceto no Matadouro localizado na região central e no Loteamento do Coto, na ZUEMC.

Fica claro que no geral, esta é a maior deficiência do município, o que representa maiores custos para a

PMI.

A falta de esgotamento sanitário também é evidente, 20 dos 26 loteamentos não possuem rede

pública de esgotamento sanitário. Dez deles estão localizados na ZUEMC (Zona Urbana em

Consolidação) e necessitaram da implantação de rede pública, os no PD por estar em regiões mais

distantes receberão encaminhamento de saneamento rural.

Os loteamentos Chácara Recanto das Águas e Recanto dos Godinho, são os únicos sem

nenhuma infraestrutura integralmente, nem mesmo energia elétrica. Todos os demais loteamentos de

interesse social possuem rede de energia elétrica. Já Iluminação pública e serviço de coleta de lixo, não

estão presentes em outros quatro loteamentos, além dos loteamentos Chácara recanto das Águas e o

Recanto dos Godinho. – são loteamentos localizados principalmente em áreas rurais.

Os loteamentos Parque da Figueira e Jardim Gemima, possuem risco de escorregamento e

desmoronamento, e estão previstas remoções de 60 domicílios nestas áreas. No caso do Jardim

Gemima, segunda a PMI, ainda será analisada a possibilidade da realização de obras de contenção

reduzindo o número de remoções.

As informações de identificação, infraestrutura existente e tipo de intervenção nestas áreas

estão sistematizadas na tabela 4.9 e no figura 4.11.

Ocupações do tipo Favela

Foram identificadas no município apenas duas áreas com este tipo de ocupação. Áreas no

Jardim Nova Ibiúna e Curral.

A ocupação Jardim Nova Ibiúna esta localizada na região central do município, em área pública.

Através de contagem por foto aérea, foram identificados 85 domicílios. Estes domicílios possuem toda

infraestrutura, exceto drenagem, porém, em sua maioria foram construídos de maneira precária e

encontram-se em péssimas condições. Toda a ocupação está sob APP (área de Proteção Ambiental),

portanto, não poderá ser consolidada. A intenção da Prefeitura é erradicar esta ocupação, removendo

41

O loteamento Recanto das Orquídeas foi regularizado através do programa Cidade Legal em outubro de 2010.

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as famílias, dando encaminhamento habitacional, e para que esta área não volte a ser ocupada

transformá-la em parque.

A ocupação no Curral teve pelo poder público em anos anteriores, 8 casas para o alojamento

temporário de famílias desabrigadas. Com o passar do tempo, esta ocupação cresceu, e hoje já são 14

casas. Esta área esta localizada próxima ao lixão, apresentando risco epidemológico, de modo que,

todas as famílias serão removidas.

Já esta em construção o empreendimento Ibiúna C no bairro Gemima, pelo CDHU, que

pretende atender todas as famílias de ambas as ocupações, de modo que não serão contabilizadas no

cálculo do Déficit para novas moradias.

As informações referente às ocupações descritas acima encontram-se sintetizadas na tabela

4.10 e na figura 4.11.

Page 84: Diagnóstico Habitacional

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Figura 4.11: Localização dos Loteamentos de Interesse Social e das Ocupações do tipo Favela – 2011.

Fonte: Prefeitura Municipal de Ibiúna, 2011; Elaboração: Integra Sociedade Cooperativa, 2011.

Page 85: Diagnóstico Habitacional

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Tabela 4.9: Loteamentos de Interesse Social no município de Ibiúna

Identificação das Áreas Infraestrutura Existente Situação Jurídica

Tipo de Intervenção

ID Loteamento Bairro Nº de

Domicílios

Propriedade (público /

privado)

Restrição de Ocupação

*Zoneam

Água Esgoto Iluminação

Pública Energia Elétrica

Coleta de Lixo

Pavimentação

Drenagem

Regulariz. Jurídica

Tipo de Intervenção n° de Remoções

1 Recanto das Orquídeas

Cupim 235 privado não ZEIS 3 sim sim sim sim sim sim não regular não Urbanização

Complexa 0

2 Recanto das Hortênsias

Cupim 220 privado não ZEIS 3 sim sim sim sim sim sim não irregular sim Urbanização

Complexa 0

3 Capim Azedo Capim Azedo

100 privado APP/

Alagamento ZEIS 3 sim não sim sim sim parcial não irregular sim

Urbanização Complexa

0

4 Vila Pitico

(Sítio Santa Izabel)

Rio de Una

40 privado APP ZEIS 3 sim não sim sim sim sim não irregular sim Urbanização

Complexa 0

5 Residencial

Ibiúna Curral 400 privado

Ambiental e epidemológic

o ZEIS 3 sim não sim sim sim sim parcial irregular sim

Urbanização Complexa

0

6 Akirakura Rio de

Una 27 privado não ZEIS 3 sim não sim sim

caçamba

não não irregular sim Urbanização

Complexa 0

7 Teshirogi Centro 35 privado não ZEIS 3 sim sim sim sim sim sim parcial irregular sim Urbanização

Complexa 0

8 Parque da Figueira

Figueira 100 privado Escorregam. ZEIS 3 sim não parcial sim parcial não não irregular sim Urbanização

Complexa/ remoção 30

9 Goes Rio de

Una 300 privado APP ZEIS 3 sim não parcial sim parcial não não irregular sim

Urbanização Complexa

0

10 Laval Rio de

Una 400 privado não ZEIS 3 sim não sim sim sim sim não irregular sim

Urbanização Complexa

0

11 Lava Pés Vista

Alegre 50 privado - ZEIS 3 sim sim sim sim sim sim não irregular sim

Urbanização Complexa/ remoção

7

12 Jardim

Gemima

Curral/ Paiol

Pequeno

100 privado APP/

desmoronam.

ZEIS 3 sim não sim sim sim parcial não irregular sim Urbanização

Complexa/ remoção 30

13 Loteamento

do Coto Vila Lima

70 privado não ZEIS 3 sim sim sim sim sim sim sim irregular sim Urbanização

Complexa 0

14 Furnas I Sará Sará

70 privado não ZEIS 3 não não sim sim caçamb

a não não irregular sim Saneamento Rural 0

15 Furnas II Sará Sará

50 privado não ZEIS 3 não não sim sim caçamb

a não não irregular sim

Saneamento Rural / remoção

0

16 Aldeia Nova Paruru 40 privado não não não não parcial sim não não não irregular sim

Urbanização Complexa

-

Page 86: Diagnóstico Habitacional

DD ii aaggnnóó ss tt ii cc oo ddoo SSee tt oo rr HHaabb ii tt aa cc ii oonnaa ll -- PP LLHH IISS ddee II bb ii úúnnaa 86

continua

17

Chácara Recanto das

Águas Cupim 15 privado não ZEU poço não parcial não não não não irregular sim Saneamento Rural -

18 Vista Verde Feital 6 privado não MDR não não não sim não não não irregular sim Saneamento Rural -

19 Recanto das Cachoeiras

Sorocabuçu

40 privado não ZEU não não não sim sim não não regular não Saneamento Rural -

20 -

Morro Grande

300 privado Alagamento MDR não não não sim não não não - sim Saneamento Rural -

21 Vale dos Colibris

Lageado

12 privado não MDR não não não sim não não não irregular sim Saneamento Rural -

22

Parque do Paiol

Paiol Pequen

o 100 privado não ZUEMC não não não não sim não não regular não

Urbanização Complexa

-

23 Matadouro Centro 100 privado não ZUC sim sim sim sim sim sim sim - sim nenhum -

24 Recanto dos

Godinho Rio de

Una 15 privado não ZEU não não não não não não não irregular sim Saneamento Rural -

25 Condomínio

São José Sorocamirim

50 privado não MDR poço não parcial sim caçamb

a não não irregular sim Saneamento Rural -

26 Morada dos Pintassilgos

Salto 25 privado não MDR poço não parcial sim caçamb

a não não irregular sim Saneamento Rural -

Fonte: Prefeitura Municipal de Ibiúna, 2011. *Para classificar o Zoneamento dos Núcleos foi utilizado o mapa 3 – Zona de Destinação Urbana.

Tabela 4.10: Ocupações do tipo favela no município de Ibiúna

Identificação Das Áreas Infraestrutura Existente

Situação Jurídica

Tipo De Intervenção

ID

Ocupação Bairro Nº de

Domicílios

Propriedade (público / privado)

Restrição de Ocupação

Água Esgoto Iluminação

Pública Energia Elétrica

Coleta de Lixo

Pavimentação

Drenagem

Regulariz. Jurídica

Tipo de Intervenção n° de Remoções

27

Ocupação no Jd. Nova Ibiúna

jardim Nova Ibiúna

*108 público escorregamento parcial sim sim sim sim parcial não irregular sim remoção 108

28

Ocupação no Curral (Lixão)

Curral 14 privado Ambiental e

Epidemológico sim sim sim sim sim sim sim regular sim remoção 14

Fonte: Prefeitura Municipal de Ibiúna, 2011. *Estimativa de domicílios realizada por contagem em foto aérea, 2002.

Page 87: Diagnóstico Habitacional

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Síntese dos assentamentos analisados

Os Núcleos Urbanos Isolados, os Loteamentos de Interesse Social e as Ocupações do tipo Favela acima

descritos estão localizados no território do município nos mapas constante no Anexo 1 e no Anexo 2 deste

documento. No Anexo 3 constam as fichas de caracterização dos Núcleos Urbanos Isolados utilizadas para

levantamento na ocasião das vistorias.

Tabela 4.11: Síntese da Inadequação Habitacional nos assentamentos precários, em Ibiúna,

Tipo de Assentamento

TIPO DE INTERVENÇÃO

Regularização Jurídica

Urbanização Simples

Urbanização Complexa

Saneamento Rural

Remoção

Núcleos 3.070 0 1.000 2.070 -

Loteamentos 2.425 0 2.217 583 67

Ocupações 0 0 0 0 122

Total 5.495 0 3.217 2.653 189

Fonte: Prefeitura Municipal de Ibiúna, 2011.

4.6 Síntese das Necessidades Habitacionais em Ibiúna

A partir da análise realizada nos itens anteriores, consideraremos neste Diagnóstico, para fins de

cálculo do déficit quantitativo e qualitativo os números levantados pelo CadÚnico no que di respeito à

necessidade de novas moradias e pela PMI no que diz respeito à inadequação habitacional.

4.6.1. Necessidades de Novas Unidades

Para esta estimativa serão adotados os número por considerar-se que este constitui fonte mais

aproximada das reais necessidades do município. (além de serem mais atualizados que o IBGE).

Ao déficit detectado na análise do CadÚnico, serão somadas as novas moradias demandadas pelas

remoções necessárias nos assentamentos precários.

A tabela a seguir, sintetiza o déficit total quantitativo estimado para o município.

Tabela 4.12: Síntese do Déficit Quantitativo em Ibiúna – 2011

Condição Habitacional n° de domicílios

Improvisado 35

Cedido 2.476

Invadido 09

Ônus Excessivo 642

Remoções 189

Total 3351

Fonte: Prefeitura Municipal de Ibiúna, Dep. Social, CadÚnico, 22/08/2011.

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* Já está em andamento as obras do Ibiúna C, empreendimento do CDHU de 189 novas unidades. Para efeitos de cálculos de custos de produção, a serem realizados no próximo capitulo, serão descontadas estas unidades

4.6.2. Inadequação Habitacional

Para a estimativa da Inadequação Habitacional no município, serão consideradas as informações

levantadas pela PMI sobre núcleos urbanos isolados e loteamentos, por serem consideradas as informações

mais precisas para tal.

Tabela 4.13: Regularização Fundiária em Ibiúna

Intervenção Unidades

Regularização Jurídica 5.495

Regularização Urbanística Simples 0

Complexa 3.217

Saneamento Rural 2.653

Fonte: Prefeitura Municipal de Ibiúna, 2011.

Page 89: Diagnóstico Habitacional

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5. Condições e Estimativas para o Encaminhamento da Demanda Habitacional

no Município

5.1 Histórico de investimentos em habitação no período recente, 2002 – 2009

Para que se possa avaliar a capacidade de aporte de novos recursos pela Prefeitura Municipal de

Ibiúna foi levantado seu histórico orçamentário e de investimentos em habitação no período de 2002 a 2009.

Conforme a Secretaria do Tesouro Nacional, Ibiúna no ano de 2002 partiu de uma receita orçamentária de

R$36,5 milhões, para, em 2009, atingir uma receita de R$81,3 milhões, ou seja, sua receita anual mais que

dobrou em um período de sete anos. Como pode ser visto na tabela 5.1, seu orçamento passa a ter um

crescimento real (maior que a inflação), a partir de 2005, com um novo aumento considerável em 2006,

atingindo seu pico em 2008, onde sua receita teve crescimento real de 19,21%. Porém pode ser observado que

no ano de 2009, houve uma redução real de 6,75% em seu orçamento.

Tabela 5.1: Receita Orçamentária do Município de Ibiúna, 2002-2009

Ano Receita

Orçamentária Incremento

Variação Orçamento/ Ano

IPCA no período (%)

Crescimento Real (%)

2002 36.566.092,91 - - 12,53% -

2003 40.688.502,92 4.122.410,01 11,27% 9,30% 1,97%

2004 44.801.052,42 4.112.549,50 10,11% 7,60% 2,51%

2005 52.544.635,87 7.743.583,45 17,28% 5,69% 11,59%

2006 63.347.789,96 10.803.154,09 20,56% 3,14% 17,42%

2007 66.628.857,18 3.281.067,22 5,18% 4,46% 0,72%

2008 83.359.744,93 16.730.887,75 25,11% 5,90% 19,21%

2009 81.323.084,08 -2.036.660,85 -2,44% 4,31% -6,75%

Fonte: Secretaria do Tesouro Nacional, 2011.

Referente às despesas com habitação neste mesmo período, nota-se que o Município de Ibiúna pouco

investiu quando comparamos estes investimentos ao volume de sua receita (ver tabela 5.2). Nos ano de 2002 e

no biênio de 2006-2007, por exemplo, segundo a Secretaria do Tesouro Nacional, não houve despesas

efetuadas pelo Município vinculado ao setor habitacional. E mesmo nos anos em que se registrou algum

investimento, estes se mostraram muito baixos, onde seu ápice não ultrapassa 0,65% do orçamento de Ibiúna,

no ano de 2003 com um investimento de apenas R$263 mil reais, na época.

Tabela 5.2: Receita Orçamentária e Porcentagem destinada à Habitação, 2002-2009

Ano Receita Orçamentária Despesas com Habitação % Investimento em Habitação

2002 36.566.092,91 0,00 0%

2003 40.688.502,92 263.842,61 0,65%

2004 44.801.052,42 7.867,80 0,02%

2005 52.544.635,87 100.000,00 0,19%

2006 63.347.789,96 0,00 0%

2007 66.628.857,18 0,00 0%

2008 83.359.744,93 119.018,43 0,14%

Page 90: Diagnóstico Habitacional

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2009 81.323.084,08 73.617,12 0,09%

Fonte: Secretaria do Tesouro Nacional, 2011.

Outro ponto relevante na dinâmica dos investimentos relativos à habitação que pode ser observado no

período estudado (2002 – 2009) é o fato de que Ibiúna não apresenta uma regularidade de crescimento ou

mesmo de estabilidade na aplicação de recursos neste setor (gráfico 5.1). Em 2004, por exemplo, os

investimentos em habitação não chegaram sequer a R$8 mil, quando no ano anterior o investimento foi de

R$264 mil, e no ano seguinte de R$100 mil - uma notável diferença que demonstra a não linearidade dos

investimentos do Município no setor. Após dois anos sem nenhum investimento no setor (2006 e 2007), em

2008 volta-se a investir em habitação quase R$120 mil, sofrendo novamente uma redução 2009 com

investimentos da ordem dos R$70 mil.

Gráfico 5.1: Despesas com Habitação, 2002-2009

0

263.842

7.868

100.000

0 0

119.018

73.617

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Despesas com Habitação (R$)

Fonte: Secretaria do Tesouro Nacional, 2011.

Este breve histórico demonstra a importância e a necessidade que o Município de Ibiúna tem de

elaborar um Plano Local de Habitação de Interesse Social que visa estabelecer um maior comprometimento da

Municipalidade com a questão habitacional. De forma que, o plano leva em consideração a capacidade

financeira e de gestão do Município para que este tenha condições de dimensionar e enfrentar a questão

habitacional da maneira mais efetiva possível.

5.2 Projeção da necessidade de novos domicílios com base no crescimento demográfico

de Ibiúna, até o ano de 2025

Para que se possa melhor visualizar o cenário futuro da demanda habitacional do Município, serão a

seguir apresentados alguns estudos com estimativas do crescimento populacional de Ibiúna. Estes estudos

darão algumas pistas da dimensão de sua futura demanda por habitação no período de vigência do PLHIS (2011

– 2025).

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A projeção populacional aqui demonstrada se utilizou de índices presentes no estudo “Projeção da

População do Brasil por Sexo e Idade 1980-2050 – revisão 2008”, do IBGE. Naquele estudo, foi utilizado o

chamado Método das Componentes, o qual incorpora as informações sobre as tendências observadas da

mortalidade, da fecundidade e da migração em nível nacional42.

A tabela a seguir aplica os índices de crescimento verificados por tal estudo para o Estado de São Paulo

na população do Município de Ibiúna, no ano de 2010, projetando-a até 2025.

Tabela 5.3: Projeção Populacional do Estado de São Paulo e Ibiúna, 2011 – 2025

Dinâmica Populacional

Ano Taxa de Crescimento Estado de São Paulo* Ibiúna**

2011 0,73% 41.789.226 71.735

2012 0,69% 42.078.872 72.231

2013 0,66% 42.355.769 72.705

2014 0,62% 42.620.456 73.158

2015 0,59% 42.873.471 73.591

2016 0,56% 43.115.352 74.005

2017 0,54% 43.346.638 74.401

2018 0,51% 43.567.868 74.780

2019 0,48% 43.779.580 75.142

2020 0,46% 43.982.312 75.490

2021 0,44% 44.176.605 75.823

2022 0,42% 44.362.995 76.142

2023 0,40% 44.542.022 76.449

2024 0,39% 44.714.224 76.744

2025 0,37% 44.880.140 77.028 Fonte: IBGE (2010) Projeção da População do Brasil por Sexo e Idade – 1980-2050 – Revisão 2008. (Conteúdo do diretório ftp://ftp.ibge.gov.br/Estimativas_Projecoes_Populacao/Revisao_2008_Projecoes_1980-2050/)

Notas: * Dados referentes aos meses de dezembro de cada ano (projeções do dia 15 de cada mês) ** Projeções a partir do dado do Censo 2010 com base na taxa de crescimento do Estado de São Paulo.

Baseado nas projeções populacionais do IBGE, aplicadas às taxas de crescimento do Estado de São

Paulo sobre os dados apresentados pelo Censo 2010, a população de Ibiúna tenderia a chegar a

aproximadamente 77 mil habitantes em 2025.

A taxa acumulada de 2011 a 2025, segundo as projeções do IBGE é de 7,86%, menor do que no

período de 2000 a 2010, que foi de cerca de 10% em um período mais curto. Há uma expectativa, então, de

redução no ritmo do crescimento populacional, e logo, uma conseqüente possível diminuição do déficit

habitacional.

A projeção da necessidade de novos domicílios em Ibiúna será realizada com base no déficit

habitacional quantitativo apresentado pelo item 4.4 de síntese das necessidades habitacionais no Município,

que utilizou como base os números do Cadastro Único Municipal. A partir destes números foi realizada a

42 IBGE (2008). Projeção da População do Brasil por Sexo e Idade 1980-2050 – Revisão 2008. Estudos e Pesquisas:

Informação Demográfica e Socioeconômica. Número 24, p.31. IBGE, Rio de Janeiro, 2008. As projeções populacionais

são apresentadas de forma agregada para todo o País até 2050 e para as Unidades da Federação até 2030.

Page 92: Diagnóstico Habitacional

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projeção para o período até 2025 da necessidade de novas moradias urbanas e rurais, utilizando-se das

mesmas taxas de crescimento da projeção da população. O número de remoções, no entanto, não foi

considerado como uma demanda crescente, considerando que o Município adotará políticas e ações que

evitarão novas ocupações irregulares em áreas de preservação permanente e risco (ver tabela 5.4).

Tabela 5.4: Déficit Habitacional de Ibiúna para 2025 a partir do levantamento do CadÚnico 2011 e do

crescimento populacional projetado

Condição Habitacional

Déficit Habitacional 2011 - U.H. Déficit Projetado 2025 - U.H.

Déficit Quantitativo 3.162 3.395

Remoções 189¹ 0

Total 3.351 3.395

1 – Estas remoções poderão ser atendidas pelo empreendimento Ibiúna C do CDHU, atualmente em construção, e não serão contabilizadas enquanto déficit atual para o cálculo de custos de produção habitacional nem como base para o déficit projetado. Fonte: Prefeitura Municipal da Estância Turística de Ibiúna – CadÚnico (2011); IBGE (2010) Projeção da População do Brasil por Sexo e Idade – 1980-2050 – Revisão 2008.

Assim, temos que em 2025 a demanda por novas moradias em Ibiúna seja por volta de 3.395

unidades, o que representa um crescimento de aproximadamente 1,3% da demanda no período de 2011 a

2025.

5.3 Identificação das terras vazias

Associada à necessidade de novas habitações há também a necessidade de áreas para a construção das

mesmas, o que demanda a busca por terrenos vazios para implantação destas construções. Desta maneira, foi

procurado identificar áreas vazias no Município com alguma viabilidade de receber empreendimentos

habitacionais de interesse social.

Para marcar os vazios deste estudo foram identificadas por meio de fotografias aéreas de 2002 e 2007,

disponibilizadas pelo software Google Earth, as áreas vazias dentro dos perímetros de ZEIS 1, dentro da área de

consolidação urbana, e próxima a loteamentos para dar continuidade à malha existente. O mapa a seguir

localiza os vazios identificados no Município de Ibiúna.

Page 93: Diagnóstico Habitacional

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Figura 5.1: Terras Vazias em Ibiúna.

Fonte: Prefeitura Municipal da Estância Turística de Ibiúna, 2011. Elaboração: Integra Sociedade Cooperativa, 2011.

A tabela a seguir traz informações a respeito da área bruta dos vazios identificados no mapa acima.

Tabela 5.5: Vazios de Ibiúna

Identificação Área (m²)

Identificação Área (m²)

1 86.982 12 14.185

2 105.386 13 9.471

3 32.187 14 219.580

4 165.195 15 279.455

5 114.064 16 51.082

6 46.662 17 25.354

7 201.564 18 49.417

8 116.962 19 45.724

9 131.569 20 118.775

10 96.049 21 203.878

11 37.781 22 36.493

ÁREA TOTAL: 2.187.815 m²

Fonte: Prefeitura Municipal da Estância Turística de Ibiúna, 2011.

Page 94: Diagnóstico Habitacional

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Foram identificadas um total de 22 áreas vazias distribuídas dentro da Zona em Consolidação Urbana do

Município, sendo que 12 delas se encontram total ou parcialmente dentro de ZEIS tipo 1. Juntas somam uma

área bruta total de 2.187.815 m².

Ressaltamos que este trata-se de um primeiro estudo de áreas vazias do Município, que deve ser em

momento oportuno aprofundado pela Prefeitura para a demarcação de outras ZEIS de vazio. Para este

diagnóstico, este estudo tem o propósito de verificar a disponibilidade de terras vazias para o direcionamento

da política municipal de habitação.

5.4 Custos da Produção Habitacional

5.4.1 Cálculos da Necessidade de Terras e Valor de Aquisição

Para que seja possível estimar o aproveitamento das áreas analisadas, estudaremos algumas

possibilidades de combinações de modalidades de tipologias, sendo elas: casas isoladas, sobrados geminados e

apartamentos em prédios de quatro pavimentos sob pilotis. As tabelas a seguir mostram essas possíveis

combinações. A combinação “A” privilegia a tipologia horizontal, gerando ocupação de mais baixa densidade; A

combinação “B” considera igualmente as 3 tipologias.

Tabela 5.6 Combinações para Cálculo da Necessidade de Terras

Modalidade Combinação A Combinação B

Absoluto Em % Absoluto Em %

Casas Isoladas 2.037 60 1.132 33,33

Sobrados Geminados 1.019 30 1.132 33,33

Apartamentos 340 10 1.132 33,33

Total 3.395 - 3.395 -

Fonte: Prefeitura Municipal da Estância Turística de Ibiúna, 2011.

Para efeito de cálculo serão adotados valores de quota de terreno de 125 m² para casas isoladas e

sobrados geminados43, e 65 m² para apartamentos44. A partir desses valores, serão desenvolvidos os estudos

para compreender qual a melhor estratégia a ser adotada pela administração municipal.

Às quotas e frações ideais citadas acima serão acrescidas as terras a serem destinadas ao viário, áreas

verdes e institucionais, que, para ambos os casos representam 35% da área total.

O custo médio do m² de terra em Ibiúna foi estimado a partir de uma listagem fornecida pela Prefeitura

Municipal com a relação dos loteamentos existentes no Município e seus respectivos valores de compra. Foram

então selecionados aqueles loteamentos que se encontravam dentro de ZEIS 1 e verificado o valor

predominante existente, o qual foi de aproximadamente R$10,00 o m², valor que será adotado nos cálculos

seguintes para aquisição de terras no Município.

Nas tabelas que seguem é calculada a necessidade de terras e custo de cada uma das combinações.

43

Foram utilizados os parâmetros de parcelamento do solo definidos pela Lei n°914/2004, Parágrafo 3°, que altera a Lei n° 475/1998 e define as medidas mínimas para lotes habitacionais dentro de projetos com fins de interesse social. 44

Foi adotada a fração ideal de 65m² por se tratar de fração usual em empreendimentos desta natureza.

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Tabela 5.7 Cálculo de Necessidade de Aquisição de Terras – Combinação A

Modalidade Demanda Habitac.

(em U.H.)

Quota Terreno

(m²)

Necessidade de Área por U.Hs. (m²)

Viário, Área Instit.

e Verde (+35%) (m²)

Total de Área

Necessária (m²)

Custo Médio do

m² (R$)

Custo de Aquisição de Terras (R$)

Casas Isoladas 2.037 125 254.625 89.119 343.744 10 3.437.437,50

Sobrados Geminados 1.019 125 127.313 44.559 171.872 10 1.718.718,75

Apartamentos 340 65 22.068 7.724 29.791 10 297.911,25

TOTAL 3.395 - 404.005 141.402 545.407 - 5.454.067,50

Fonte: Prefeitura Municipal da Estância Turística de Ibiúna, 2011.

Tabela 5.8 Cálculo de Necessidade de Aquisição de Terras – Combinação B

Modalidade Demanda Habitac.

(em U.H.)

Quota Terreno

(m²)

Necessidade de Área por U.Hs. (m²)

Viário, Área Instit.

e Verde (+35%) (m²)

Total de Área

Necessária (m²)

Custo Médio do

m² (R$)

Custo de Aquisição de Terras (R$)

Casas Isoladas 1.132 125 141.444 49.505 190.950 10 1.909.496,53

Sobrados Geminados 1.132 125 141.444 49.505 190.950 10 1.909.496,53

Apartamentos 1.132 65 73.551 25.743 99.294 10 992.938,20

TOTAL 3.395 - 356.439 124.754 481.193 - 4.811.931,26

Fonte: Prefeitura Municipal da Estância Turística de Ibiúna, 2011.

A partir dos cálculos realizados e apresentados nas tabelas acima, temos para a Combinação A uma

demanda por área de 545.407 m² a um custo total de R$5,45 milhões. Sendo esta uma combinação de

predomínio horizontal, e portanto, demandante de mais terras.

Já para a Combinação B, há uma demanda por área de 481.193 m², o que representa um custo de

R$4,81 milhões. Um custo mais baixo em relação à combinação anterior, visto que esta configuração conta com

um terço de habitações verticalizadas.

O estudo de vazios apresentado anteriormente demonstra plenas condições de absorver a produção

habitacional de qualquer uma das duas combinações apresentadas.

5.4.2 Custos de Construção

Os valores do custo de aquisição de terras serão acrescidos aos de construção de cada tipologia

habitacional, com base nos valores do SINAPI (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção

Civil) referentes ao mês de maio de 201145.

Foram selecionadas três tipologias para às quais o SINAPI fornece informações de custos:

Casa Isolada: casa térrea, fundação baldrame, composta de sala, 2 quartos, circulação, banheiro e

cozinha. Área útil por unidade de 34,32m², com padrão baixo de acabamento.

Sobrado Geminado: casa geminada com 2 pavimentos, fundação baldrame. No primeiro pavimento:

sala, 1 quarto e cozinha. Segundo pavimento: 2 quartos, circulação e banheiro. Área útil: 41,35m².

45

Valores disponibilizados pelo SINAPI através do site https://webp.caixa.gov.br/casa/sinapi/interno.asp (acessado em junho de 2011).

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Apartamentos: edifício residencial multifamiliar com pilotis, sem elevador. Unidades Tipo: sala, 2

quartos, circulação, banheiro, cozinha e área de serviço. Área útil: 51,08m².

Os valores de produção serão compostos pelo valor da sua construção acrescidos dos custos com

infraestrutura e BDI (Benefícios e Despesas Indiretas46) sendo este 22,5% do valor da construção47. Os custos

com infraestrutura (15% do valor de construção da unidade), no caso dos apartamentos e custos com

saneamento rural nas tipologias de casa isolada e sobrado geminado48. Esta distribuição foi feita para oferecer

as características de ocupação do Município considerando se a tipologia dos edifícios é a mais adequada para

áreas já capacitadas e servidas de redes de infraestrutura e a tipologia de casas e sobrados mais adequadas às

áreas de menor densidade desprovidas de redes de infraestrutura. Dessa forma, os valores de referência para

cálculo seguem na tabela seguinte:

Tabela 5.9 Custos de Construção Residencial

Tipologia Valor do m² construção

(R$)

Valor de construção da

U.H. (R$) Infraestrutura* (R$)

Saneamento Rural**

(R$)

BDI*** (R$)

Valor Total da UH (R$)

Casa Isolada 40,65 m²

781,06 31.750,09 - 2.006,29** 7.595,19 41.351,56

Sobrado Geminado 56,50 m²

769,63 43.484,10 - 2.006,29** 10.235,34

55.725,72

Apartamento em Prédio de 4 pavimentos com pilotis 51,08 m²

654,74 33.444,12 5.016,62* - 8.653,67 47.114,40

* 15% do valor da UH construída. ** Está sendo considerado apenas o valor da fossa séptica (SINAPI/maio 2011). *** 22,5% sobre a soma do valor da UH construída com o custo de infraestrutura ou saneamento básico. Fonte: SINAPI, 2011.

Para calcular o custo de construção das 3.395 novas moradias, foram novamente consideradas as duas

possíveis combinações (A e B). Assim temos:

Tabela 5.10 Cálculo de Construção - Combinação A

Modalidade Demanda Habitacional

(em U.H.) Custo por Unidade

Habitacional Custo de Atendimento

da Demanda

Casas Isoladas 2.037 41.351,56 84.233.136,43

Sobrados Geminados 1.019 55.725,72 56.756.647,48

Apartamentos 340 47.114,40 15.995.339,79

TOTAL 3.395 - 156.985.123,70

Fonte: SINAPI, 2011.

46

São considerados despesas indiretas os itens relacionadas a administração local como pessoal, transporte, materiais de consumo, ferramentas e outras; administração central com despesas de administração e despesas fiscais (ISS, PIS, CONFINS, IR, CPMF); e benefícios. PLANHAB, 2008. 47

Segundo o PLANHAB, a partir de dados coletados junto a Caixa Econômica Federal, órgãos estaduais e municipais, 22,5% é o valor médio do BDI para obras realizadas por empreiteiras. 48

Para fins destes cálculos está sendo considerado por unidade habitacional no saneamento apenas o valor de construção de fossa séptica e sumidouro.

Page 97: Diagnóstico Habitacional

DD ii aaggnnóó ss tt ii cc oo dd oo SSee tt oo rr HHaabb ii tt aa cc ii oonnaa ll -- PP LLHH IISS ddee II bb ii úúnnaa 97

Tabela 5.11 Cálculo de Construção - Combinação B

Modalidade Demanda Habitacional

(em U.H.) Custo por Unidade

Habitacional Custo de Atendimento

da Demanda

Casas Isoladas 1.132 41.351,56 46.791.507,29

Sobrados Geminados 1.132 55.725,72 63.056.635,34

Apartamentos 1.132 47.114,40 53.312.467,53

Total 3.395 - 163.160.610,16

Fonte: SINAPI, 2011.

Observando os custos apresentados, é possível notar que, a combinação B é aproximadamente 4% mais

cara que a combinação A, em termos construtivos, devido ao fato de apresentar um maior número de sobrados

geminados e apartamentos, que apresentam um preço mais elevado que as casas isoladas.

A seguir, são apresentados os valores totais referentes à aquisição de terras e à construção das unidades

habitacionais somados:

Tabela 5.12 Custo Total por Combinação (Terra + Construção)

Custo de Aquisição de

Terras (em R$)

Participação no Custo Total (%)

Custo de Construção das

U.H (em R$)

Participação no Custo Total (%)

Custo Total (em R$)

Combinação A 5.454.067,50 3,36% 156.985.123,70 96,64% 162.439.191,20

Combinação B 4.811.931,26 2,86% 163.160.610,16 97,14% 167.972.541,42

Fonte: Prefeitura Municipal da Estância Turística de Ibiúna, 2011 e SINAPI, 2011.

Como é possível notar, a maior parte dos custos está relacionada à construção das unidades

habitacionais e não à aquisição de terras. A diferença entre as duas combinações de produção é de pouco mais

de R$5 milhões, sendo a combinação “A” a que apresenta como mais interessante, justamente por ser a mais

barata. No entanto, o poder público deverá levar em consideração diversos fatores, além dos custos

apresentados, para a definição das tipologias a serem utilizadas na produção habitacional pública para o

enfrentamento do déficit. Fatores como facilidade na aquisição das terras, viabilidade de implantação (visto

que Ibiúna possui diversas áreas com relevo muito acidentado, onde determinadas tipologias construtivas

demandam custos adicionais para contenção de encostas), além também de identificar quais se adéquam

melhor às necessidades da demanda. Estes são fatores que serão discutidos de forma participativa na próxima

etapa de elaboração do PLHIS.

5.5 Custos da Regularização Fundiária

Neste diagnóstico também são estimados os custos da regularização fundiária – urbanística e jurídica.

São custos relativos à melhoria do ambiente habitado, ou seja, ao déficit qualitativo acumulado. A partir da

análise dos assentamentos, em Ibiúna foi encontrado apenas um tipo de intervenção urbanística: a complexa; e

intervenção de saneamento básico, em áreas de características rurais (caracterizadas no item 4.5).

Page 98: Diagnóstico Habitacional

DD ii aaggnnóó ss tt ii cc oo dd oo SSee tt oo rr HHaabb ii tt aa cc ii oonnaa ll -- PP LLHH IISS ddee II bb ii úúnnaa 98

Para fins de estimativa de custos, foram adotados valores de referência fornecidos pelo PlanHab 2008,

atualizados para 2011 de: R$ 13.299,49 para urbanização complexa e R$ 310,30 para regularização jurídica.

Para o saneamento rural foi considerado o preço de construção da fossa séptica e sumidouro, de acordo com

os custos apresentados pelo SINAPI no mês de maio de 2011, que é de R$2.006,29 por unidade.

Tabela 5.13 Custo de Regularização Fundiária em Ibiúna

Intervenção Custo por Unidade

(em R$) Unidades

Custo por Modalidade (em R$)

Regularização Jurídica 310,30 5.495 1.705.098,50

Regularização Urbanística

Complexa 13.299,49 3.217 42.784.459,33

Saneamento Rural 2.006,29 2.653 5.322.687,37

Total 49.812.245,20

Fonte: Prefeitura Municipal da Estância Turística de Ibiúna, 2011 e PLANHAB, 2008. Elaboração: Integra Sociedade Cooperativa, 2011.

Assim, chegamos a um custo total para regularização fundiária que representam quase R$50 milhões.

Estes custos somados aos custos de produção habitacional atingem um total de R$212,2 milhões na

combinação A e R$217,7 milhões na combinação B para o atendimento do déficit quantitativo e qualitativo do

Município de Ibiúna.

Estes custos bem como a forma de atendimento do déficit habitacional no Município serão mais

desenvolvidos nas Estratégias de Ação do PLHIS, a serem elaboradas na próxima etapa.

Page 99: Diagnóstico Habitacional

FICHAS DE CARACTERIZAÇÃO DOS ASSENTAMENTOS

Identificação: 18___________________________________________________________________________________________

Nome: Vargem do Salto_ ____________________________________________________________________________________

Bairro: Vargem do Salto______________________________________________________________________________________

Referência de Localização: ___________________________________________________________________________________

Foto Aérea:

Fonte: Google Earth, 2003

Dados Gerais

Número de Domicílios: __________________________________

Número de Famílias:180_________________________________

Área da Ocupação: -____________________________________

Propriedade: Privada___________________________________

Zoneamento: Macrozoneamento de destinação rural____________

Principal Acesso Viário: _________________________________

População:

Origem das Famílias: □ outros bairros □outras cidades □outros estados

Renda mensal familiar média: ■ menos de 1 s.m. ■ 1 s.m. □ 2 s.m. □ 3 s.m. □ mais de 3 s.m.

Habitações:

Quantidade média de cômodos por domicílio: □ 1 cômodo □ 2 cômodos □ 3 cômodos ■mais de 3 cômodos

Quantidade média de famílias por domicílio: 01_________________________________________________________________

Quantidade média de pessoas por domicílio: 02 a 05__________________________________________________________ __

Tipo predominante de construção: □ madeira ■ alvenaria □ outro

Gabarito predominante: □ térreo ■ 1 pavto. □ 2 pavtos. □ 3 ou mais pavtos.

Recuo Predominante: ■ Frontal ■ Lateral

Page 100: Diagnóstico Habitacional

Infra Estrutura:

Coleta de Esgoto na Residência: □ rede pública □ céu aberto □ fossa séptica ■ fossa negra

Destino Final do Esgoto: □ rede oficial □ córrego □ galeria pluvial

Abastecimento de Água: □rede pública □ hidrômetro coletivo □ hidrômetro individual □ ligação clandestina □ poço ■ caminhão pipa

Iluminação das Vias: □ sim □ não ■ parcial

Coleta de lixo: □ interior do núcleo ■ nas ruas externas ao núcleo □ seletiva

Pavimentação das Vias: ■ asfalto □ concreto □ terra □ paralelepípedo □ parcial

Acessibilidade das Casas: □ escadarias □ vielas ■ ruas

Transporte Público: ■ponto no bairro □ ponto no entorno

Drenagem: □ sim ■ não

Equipamentos no bairro:

Educação: □ Infantil ■ Fundamental □ Médio

Saúde: □ Hospital ■ Posto de Saúde

Lazer e Cultura: □ Praça □ Parque □ Outros. Quais: campo de futebol________________________________________________________________________

Outros:

Aspectos Físicos Naturais:

Ambiente Morfológico: □ Fundo de Vale ■ Encosta □ Topo de Morro □ Outros

Declividade do Terreno: □ Alta □ Média ■ Baixa

Risco Geológico-geotécnico: □ Inexistente □ Escorregamento ■ Inundação □ Outros

Existência de elementos geradores de restrições legais à ocupação: □ Curso D´agua □ Nascente □ Linha de Transmissão □ Adutora □ Oleoduto □ Gasoduto

□ Rodovia □ Ferrovia □ Metrovia □ Outros

Parcelamento e Uso do Solo:

Tamanho médio dos lotes: __ m² | Traçado: ■ Regular □ Irregular

Função principal das vias: ■ Veiculares □ De pedestres | Traçado: ■ Regular □ Irregular

Taxa de Ocupação do Solo: □ Alta □ Média ■ Baixa

Densidade Construtiva: □ Alta □ Média ■ Baixa

Quantidade de domicílios por lote: _1__________________________________________________________________________

Tipologia de Ocupação Residencial Predominante: ■ Unifamiliar □ Multifamiliar Horizontal □ Multifamiliar Vertical

Usos não residências existentes: □ Comércio e Serviços □ Indústra □ Outros

Page 101: Diagnóstico Habitacional

Fotos Vistoria:

Fotos: Tiradas em levantamento feito pela equipe da Integra Sociedade Cooperativa em setembro de 2011.

Page 102: Diagnóstico Habitacional

FICHAS DE CARACTERIZAÇÃO DOS ASSENTAMENTOS

Identificação: 02__________________________________________________________________________________________

Nome: Cachoeira________________________________________________________________________________________

Bairro: Cachoeira________________________________________________________________________________________

Referência de Localização: __________________________________________________________________________________

Foto Aérea:

Fonte: Google Earth, 2007

Dados Gerais

Número de Domicílios: _________________________________

Número de Famílias: 100/ 150___________________________

Área da Ocupação: -___________________________________

Propriedade: Privada___________________________________

Zoneamento: zona de urbanização em consolidação 1__________

Principal Acesso Viário: _________________________________

População:

Origem das Famílias: □ outros bairros □outras cidades □outros estados

Renda mensal familiar média: □ menos de 1 s.m. ■ 1 s.m. ■ 2 s.m. □ 3 s.m. □ mais de 3 s.m.

Habitações:

Quantidade média de cômodos por domicílio: □ 1 cômodo □ 2 cômodos □ 3 cômodos ■mais de 3 cômodos

Quantidade média de famílias por domicílio: 01_________________________________________________________________

Quantidade média de pessoas por domicílio: 02 a 05__________________________________________________________ __

Tipo predominante de construção: □ madeira ■ alvenaria □ outro

Gabarito predominante: □ térreo ■ 1 pavto. □ 2 pavtos. □ 3 ou mais pavtos.

Recuo Predominante: ■ Frontal ■ Lateral

Page 103: Diagnóstico Habitacional

Infra Estrutura:

Coleta de Esgoto na Residência: □ rede pública □ céu aberto □ fossa séptica ■ fossa negra

Destino Final do Esgoto: □ rede oficial □ córrego □ galeria pluvial

Abastecimento de Água: □ rede pública □ hidrômetro coletivo □ hidrômetro individual □ ligação clandestina ■ poço □ caminhão pipa

Iluminação das Vias: □ sim □ não ■ parcial

Coleta de lixo: ■ interior do núcleo □ nas ruas externas ao núcleo □ seletiva

Pavimentação das Vias: □ asfalto □ concreto □ terra □ paralelepípedo ■ parcial

Acessibilidade das Casas: □ escadarias □ vielas ■ ruas

Transporte Público: ■ponto no bairro □ ponto no entorno

Drenagem: □ sim ■ não

Equipamentos no bairro:

Educação: □ Infantil ■ Fundamental □ Médio

Saúde: □ Hospital □Posto de Saúde

Lazer e Cultura: □ Praça □ Parque □ Outros. Quais: Campo de Futebol_________________________________________________________

Outros:

Aspectos Físicos Naturais:

Ambiente Morfológico: □ Fundo de Vale ■ Encosta □ Topo de Morro □ Outros

Declividade do Terreno: □ Alta ■ Média □ Baixa

Risco Geológico-geotécnico: ■ Inexistente □ Escorregamento □ Inundação □ Outros

Existência de elementos geradores de restrições legais à ocupação: □ Curso D´agua □ Nascente □ Linha de Transmissão □ Adutora □ Oleoduto □ Gasoduto

□ Rodovia □ Ferrovia □ Metrovia □ Outros

Parcelamento e Uso do Solo:

Tamanho médio dos lotes: __ m² | Traçado: ■ Regular □ Irregular

Função principal das vias: ■ Veiculares □ De pedestres | Traçado: □ Regular □ Irregular

Taxa de Ocupação do Solo: □ Alta □ Média ■ Baixa

Densidade Construtiva: □ Alta □ Média ■ Baixa

Quantidade de domicílios por lote: _1__________________________________________________________________________

Tipologia de Ocupação Residencial Predominante: ■ Unifamiliar □ Multifamiliar Horizontal □ Multifamiliar Vertical

Usos não residências existentes: ■ Comércio e Serviços □ Indústra □ Outros

Page 104: Diagnóstico Habitacional

Fotos Vistoria:

Fotos: Tiradas em levantamento feito pela equipe da Integra Sociedade Cooperativa em setembro de 2011.

Page 105: Diagnóstico Habitacional

FICHAS DE CARACTERIZAÇÃO DOS ASSENTAMENTOS

Identificação: 03___________________________________________________________________________________________

Nome: Carmo Messias______________________________________________________________________________________

Bairro: Carmo Messias______________________________________________________________________________________

Referência de Localização: ___________________________________________________________________________________

Foto Aérea:

Fonte: Google Earth, 2009

Dados Gerais

Número de Domicílios: _________________________________

Número de Famílias: 150/ 1500___________________________

Área da Ocupação: -___________________________________

Propriedade: Privada___________________________________

Zoneamento: Macrozona de destinação rural_______________

Principal Acesso Viário: _________________________________

População:

Origem das Famílias: □ outros bairros □outras cidades □outros estados

Renda mensal familiar média: ■ menos de 1 s.m. ■ 1 s.m. □ 2 s.m. □ 3 s.m. □ mais de 3 s.m.

Habitações:

Quantidade média de cômodos por domicílio: □ 1 cômodo □ 2 cômodos □ 3 cômodos ■mais de 3 cômodos

Quantidade média de famílias por domicílio: 01_________________________________________________________________

Quantidade média de pessoas por domicílio: 02 a 05__________________________________________________________ __

Tipo predominante de construção: □ madeira ■ alvenaria □ outro

Gabarito predominante: □ térreo ■ 1 pavto. □ 2 pavtos. □ 3 ou mais pavtos.

Recuo Predominante: ■ Frontal ■ Lateral

Page 106: Diagnóstico Habitacional

Infra Estrutura:

Coleta de Esgoto na Residência: □ rede pública □ céu aberto □ fossa séptica ■ fossa negra

Destino Final do Esgoto: □ rede oficial □ córrego □ galeria pluvial

Abastecimento de Água: ■ rede pública □ hidrômetro coletivo □ hidrômetro individual □ ligação clandestina ■ poço □ caminhão pipa

Iluminação das Vias: □ sim □ não ■ parcial

Coleta de lixo: ■ interior do núcleo □ nas ruas externas ao núcleo □ seletiva

Pavimentação das Vias: □ asfalto □ concreto □ terra □ paralelepípedo ■ parcial

Acessibilidade das Casas: □ escadarias □ vielas ■ ruas

Transporte Público: ■ponto no bairro □ ponto no entorno

Drenagem: □ sim ■ não

Equipamentos no bairro:

Educação: ■ Infantil ■ Fundamental □ Médio

Saúde: □ Hospital ■ Posto de Saúde

Lazer e Cultura: □ Praça □ Parque □ Outros. Quais: Quadra de Esporte________________________________________________________________________

Outros:

Aspectos Físicos Naturais:

Ambiente Morfológico: □ Fundo de Vale □ Encosta □ Topo de Morro □ Outros

Declividade do Terreno: □ Alta □ Média ■ Baixa

Risco Geológico-geotécnico: ■ Inexistente □ Escorregamento □ Inundação □ Outros

Existência de elementos geradores de restrições legais à ocupação: □ Curso D´agua □ Nascente ■ Linha de Transmissão □ Adutora □ Oleoduto □ Gasoduto

□ Rodovia □ Ferrovia □ Metrovia □ Outros

Parcelamento e Uso do Solo:

Tamanho médio dos lotes: __ m² | Traçado: ■ Regular □ Irregular

Função principal das vias: ■ Veiculares □ De pedestres | Traçado: □ Regular □ Irregular

Taxa de Ocupação do Solo: □ Alta □ Média ■ Baixa

Densidade Construtiva: □ Alta □ Média ■ Baixa

Quantidade de domicílios por lote: _1__________________________________________________________________________

Tipologia de Ocupação Residencial Predominante: ■ Unifamiliar □ Multifamiliar Horizontal □ Multifamiliar Vertical

Usos não residências existentes: ■ Comércio e Serviços □ Indústra □ Outros

Page 107: Diagnóstico Habitacional

Fotos Vistoria:

Fotos: Tiradas em levantamento feito pela equipe da Integra Sociedade Cooperativa em setembro de 2011.

Page 108: Diagnóstico Habitacional

FICHAS DE CARACTERIZAÇÃO DOS ASSENTAMENTOS

Identificação: 04___________________________________________________________________________________________

Nome: Cupim_____________________________________________________________________________________________

Bairro: Cupim_____________________________________________________________________________________________

Referência de Localização: ___________________________________________________________________________________

Foto Aérea:

Fonte: Google Earth, 2002

Dados Gerais

Número de Domicílios: _________________________________

Número de Famílias: 150/ 300___________________________

Área da Ocupação: -___________________________________

Propriedade: Privada___________________________________

Zoneamento: Macrozona de destinação rural_________________

Principal Acesso Viário: _________________________________

População:

Origem das Famílias: □ outros bairros □outras cidades □outros estados

Renda mensal familiar média: ■ menos de 1 s.m. ■ 1 s.m. □ 2 s.m. □ 3 s.m. □ mais de 3 s.m.

Habitações:

Quantidade média de cômodos por domicílio: □ 1 cômodo □ 2 cômodos □ 3 cômodos ■mais de 3 cômodos

Quantidade média de famílias por domicílio: 01_________________________________________________________________

Quantidade média de pessoas por domicílio: 02 a 05__________________________________________________________ __

Tipo predominante de construção: □ madeira ■ alvenaria □ outro

Gabarito predominante: □ térreo ■ 1 pavto. □ 2 pavtos. □ 3 ou mais pavtos.

Recuo Predominante: ■ Frontal ■ Lateral

Page 109: Diagnóstico Habitacional

Infra Estrutura:

Coleta de Esgoto na Residência: □ rede pública □ céu aberto □ fossa séptica ■ fossa negra

Destino Final do Esgoto: □ rede oficial □ córrego □ galeria pluvial

Abastecimento de Água: □ rede pública □ hidrômetro coletivo □ hidrômetro individual □ ligação clandestina ■ poço □ caminhão pipa

Iluminação das Vias: □ sim □ não ■ parcial

Coleta de lixo: ■ interior do núcleo □ nas ruas externas ao núcleo □ seletiva

Pavimentação das Vias: □ asfalto □ concreto □ terra □ paralelepípedo ■ parcial

Acessibilidade das Casas: □ escadarias □ vielas ■ ruas

Transporte Público: ■ponto no bairro □ ponto no entorno

Drenagem: □ sim ■ não

Equipamentos no bairro:

Educação: □ Infantil ■ Fundamental □ Médio

Saúde: □ Hospital ■ Posto de Saúde

Lazer e Cultura: □ Praça □ Parque □ Outros. Quais: Quadra de Esporte________________________________________________________________________

Outros:

Aspectos Físicos Naturais:

Ambiente Morfológico: □ Fundo de Vale □ Encosta □ Topo de Morro □ Outros

Declividade do Terreno: □ Alta □ Média ■ Baixa

Risco Geológico-geotécnico: ■ Inexistente □ Escorregamento □ Inundação □ Outros

Existência de elementos geradores de restrições legais à ocupação: □ Curso D´agua □ Nascente □ Linha de Transmissão □ Adutora □ Oleoduto □ Gasoduto

□ Rodovia □ Ferrovia □ Metrovia □ Outros

Parcelamento e Uso do Solo:

Tamanho médio dos lotes: __ m² | Traçado: ■ Regular □ Irregular

Função principal das vias: ■ Veiculares □ De pedestres | Traçado: □ Regular □ Irregular

Taxa de Ocupação do Solo: □ Alta □ Média ■ Baixa

Densidade Construtiva: □ Alta □ Média ■ Baixa

Quantidade de domicílios por lote: _1__________________________________________________________________________

Tipologia de Ocupação Residencial Predominante: ■ Unifamiliar □ Multifamiliar Horizontal □ Multifamiliar Vertical

Usos não residências existentes: ■ Comércio e Serviços □ Indústra □ Outros

Page 110: Diagnóstico Habitacional

Fotos Vistoria:

Fotos: Tiradas em levantamento feito pela equipe da Integra Sociedade Cooperativa em setembro de 2011.

Page 111: Diagnóstico Habitacional

FICHAS DE CARACTERIZAÇÃO DOS ASSENTAMENTOS

Identificação: 05___________________________________________________________________________________________

Nome: Gabriel_____________________________________________________________________________________________

Bairro: Gabriel_____________________________________________________________________________________________

Referência de Localização: ___________________________________________________________________________________

Foto Aérea:

Fonte: Google Earth, 2002

Dados Gerais

Número de Domicílios: _________________________________

Número de Famílias: 50_________________________________

Área da Ocupação: -___________________________________

Propriedade: Privada___________________________________

Zoneamento: Macrozona de destinação rural_______________

Principal Acesso Viário: _________________________________

População:

Origem das Famílias: □ outros bairros □outras cidades □outros estados

Renda mensal familiar média: ■ menos de 1 s.m. ■ 1 s.m. □ 2 s.m. □ 3 s.m. □ mais de 3 s.m.

Habitações:

Quantidade média de cômodos por domicílio: □ 1 cômodo □ 2 cômodos □ 3 cômodos ■mais de 3 cômodos

Quantidade média de famílias por domicílio: 01_________________________________________________________________

Quantidade média de pessoas por domicílio: 02 a 05__________________________________________________________ __

Tipo predominante de construção: □ madeira ■ alvenaria □ outro

Gabarito predominante: □ térreo ■ 1 pavto. □ 2 pavtos. □ 3 ou mais pavtos.

Recuo Predominante: ■ Frontal ■ Lateral

Page 112: Diagnóstico Habitacional

Infra Estrutura:

Coleta de Esgoto na Residência: □ rede pública □ céu aberto □ fossa séptica ■ fossa negra

Destino Final do Esgoto: □ rede oficial □ córrego □ galeria pluvial

Abastecimento de Água: □ rede pública □ hidrômetro coletivo □ hidrômetro individual □ ligação clandestina ■ poço □ caminhão pipa

Iluminação das Vias: □ sim □ não ■ parcial

Coleta de lixo: ■ interior do núcleo □ nas ruas externas ao núcleo □ seletiva

Pavimentação das Vias: □ asfalto □ concreto □ terra □ paralelepípedo ■ parcial

Acessibilidade das Casas: □ escadarias □ vielas ■ ruas

Transporte Público: ■ponto no bairro □ ponto no entorno

Drenagem: □ sim ■ não

Equipamentos no bairro:

Educação: □ Infantil ■ Fundamental □ Médio

Saúde: □ Hospital ■ Posto de Saúde

Lazer e Cultura: □ Praça □ Parque □ Outros. Quais: Quadra de Esporte________________________________________________________________________

Outros:

Aspectos Físicos Naturais:

Ambiente Morfológico: □ Fundo de Vale □ Encosta □ Topo de Morro □ Outros

Declividade do Terreno: □ Alta □ Média ■ Baixa

Risco Geológico-geotécnico: ■ Inexistente □ Escorregamento □ Inundação □ Outros

Existência de elementos geradores de restrições legais à ocupação: □ Curso D´agua □ Nascente □ Linha de Transmissão □ Adutora □ Oleoduto □ Gasoduto

□ Rodovia □ Ferrovia □ Metrovia □ Outros

Parcelamento e Uso do Solo:

Tamanho médio dos lotes: __ m² | Traçado: ■ Regular □ Irregular

Função principal das vias: ■ Veiculares □ De pedestres | Traçado: □ Regular □ Irregular

Taxa de Ocupação do Solo: □ Alta □ Média ■ Baixa

Densidade Construtiva: □ Alta □ Média ■ Baixa

Quantidade de domicílios por lote: _1__________________________________________________________________________

Tipologia de Ocupação Residencial Predominante: ■ Unifamiliar □ Multifamiliar Horizontal □ Multifamiliar Vertical

Usos não residências existentes: □ Comércio e Serviços □ Indústra □ Outros

Page 113: Diagnóstico Habitacional

Fotos Vistoria:

Fotos: Tiradas em levantamento feito pela equipe da Integra Sociedade Cooperativa em setembro de 2011.

Page 114: Diagnóstico Habitacional
Page 115: Diagnóstico Habitacional

FICHAS DE CARACTERIZAÇÃO DOS ASSENTAMENTOS

Identificação: 06___________________________________________________________________________________________

Nome: Goes_____________________________________________________________________________________________

Bairro: Goes_____________________________________________________________________________________________

Referência de Localização: ___________________________________________________________________________________

Foto Aérea:

Fonte: Google Earth, 2003

Dados Gerais

Número de Domicílios: _________________________________

Número de Famílias: 50_________________________________

Área da Ocupação: -___________________________________

Propriedade: Privada___________________________________

Zoneamento: Macrozona de destinação rural_______________

Principal Acesso Viário: _________________________________

População:

Origem das Famílias: □ outros bairros □outras cidades □outros estados

Renda mensal familiar média: ■ menos de 1 s.m. ■ 1 s.m. □ 2 s.m. □ 3 s.m. □ mais de 3 s.m.

Habitações:

Quantidade média de cômodos por domicílio: □ 1 cômodo □ 2 cômodos □ 3 cômodos ■mais de 3 cômodos

Quantidade média de famílias por domicílio: 01_________________________________________________________________

Quantidade média de pessoas por domicílio: 02 a 05__________________________________________________________ __

Tipo predominante de construção: □ madeira ■ alvenaria □ outro

Gabarito predominante: □ térreo ■ 1 pavto. □ 2 pavtos. □ 3 ou mais pavtos.

Recuo Predominante: ■ Frontal ■ Lateral

Page 116: Diagnóstico Habitacional

Infra Estrutura:

Coleta de Esgoto na Residência: □ rede pública □ céu aberto □ fossa séptica ■ fossa negra

Destino Final do Esgoto: □ rede oficial □ córrego □ galeria pluvial

Abastecimento de Água: □ rede pública □ hidrômetro coletivo □ hidrômetro individual □ ligação clandestina ■ poço □ caminhão pipa

Iluminação das Vias: □ sim □ não ■ parcial

Coleta de lixo: ■ interior do núcleo □ nas ruas externas ao núcleo □ seletiva

Pavimentação das Vias: □ asfalto □ concreto □ terra □ paralelepípedo ■ parcial

Acessibilidade das Casas: □ escadarias □ vielas ■ ruas

Transporte Público: ■ponto no bairro □ ponto no entorno

Drenagem: □ sim ■ não

Equipamentos no bairro:

Educação: □ Infantil ■ Fundamental □ Médio

Saúde: □ Hospital ■ Posto de Saúde

Lazer e Cultura: □ Praça □ Parque □ Outros. Quais: _______________________________________________________________________________________

Outros:

Aspectos Físicos Naturais:

Ambiente Morfológico: □ Fundo de Vale □ Encosta □ Topo de Morro □ Outros

Declividade do Terreno: □ Alta □ Média ■ Baixa

Risco Geológico-geotécnico: ■ Inexistente □ Escorregamento □ Inundação □ Outros

Existência de elementos geradores de restrições legais à ocupação: □ Curso D´agua □ Nascente □ Linha de Transmissão □ Adutora □ Oleoduto □ Gasoduto

□ Rodovia □ Ferrovia □ Metrovia □ Outros

Parcelamento e Uso do Solo:

Tamanho médio dos lotes: __ m² | Traçado: ■ Regular □ Irregular

Função principal das vias: ■ Veiculares □ De pedestres | Traçado: □ Regular □ Irregular

Taxa de Ocupação do Solo: □ Alta □ Média ■ Baixa

Densidade Construtiva: □ Alta □ Média ■ Baixa

Quantidade de domicílios por lote: _1__________________________________________________________________________

Tipologia de Ocupação Residencial Predominante: ■ Unifamiliar □ Multifamiliar Horizontal □ Multifamiliar Vertical

Usos não residências existentes: □ Comércio e Serviços □ Indústra □ Outros

Page 117: Diagnóstico Habitacional

Fotos Vistoria:

Fotos: Tiradas em levantamento feito pela equipe da Integra Sociedade Cooperativa em setembro de 2011.

Page 118: Diagnóstico Habitacional
Page 119: Diagnóstico Habitacional

FICHAS DE CARACTERIZAÇÃO DOS ASSENTAMENTOS

Identificação: 07___________________________________________________________________________________________

Nome: Grilos_____________________________________________________________________________________________

Bairro: Grilos_____________________________________________________________________________________________

Referência de Localização: ___________________________________________________________________________________

Foto Aérea:

Fonte: Google Earth, 2009

Dados Gerais

Número de Domicílios: _________________________________

Número de Famílias: 250_________________________________

Área da Ocupação: -___________________________________

Propriedade: Privada___________________________________

Zoneamento: Macrozona de destinação rural_______________

Principal Acesso Viário: _________________________________

População:

Origem das Famílias: □ outros bairros □outras cidades □outros estados

Renda mensal familiar média: ■ menos de 1 s.m. ■ 1 s.m. □ 2 s.m. □ 3 s.m. □ mais de 3 s.m.

Habitações:

Quantidade média de cômodos por domicílio: □ 1 cômodo □ 2 cômodos □ 3 cômodos ■mais de 3 cômodos

Quantidade média de famílias por domicílio: 01_________________________________________________________________

Quantidade média de pessoas por domicílio: 02 a 05__________________________________________________________ __

Tipo predominante de construção: □ madeira ■ alvenaria □ outro

Gabarito predominante: □ térreo ■ 1 pavto. □ 2 pavtos. □ 3 ou mais pavtos.

Recuo Predominante: ■ Frontal ■ Lateral

Page 120: Diagnóstico Habitacional

Infra Estrutura:

Coleta de Esgoto na Residência: □ rede pública □ céu aberto □ fossa séptica ■ fossa negra

Destino Final do Esgoto: □ rede oficial □ córrego □ galeria pluvial

Abastecimento de Água: □ rede pública □ hidrômetro coletivo □ hidrômetro individual □ ligação clandestina ■ poço □ caminhão pipa

Iluminação das Vias: □ sim □ não ■ parcial

Coleta de lixo: ■ interior do núcleo □ nas ruas externas ao núcleo □ seletiva

Pavimentação das Vias: □ asfalto □ concreto □ terra □ paralelepípedo ■ parcial

Acessibilidade das Casas: □ escadarias □ vielas ■ ruas

Transporte Público: ■ponto no bairro □ ponto no entorno

Drenagem: □ sim ■ não

Equipamentos no bairro:

Educação: □ Infantil ■ Fundamental □ Médio

Saúde: □ Hospital □ Posto de Saúde

Lazer e Cultura: ■ Praça □ Parque □ Outros. Quais: ______________________________________________________________________________________

Outros:

Aspectos Físicos Naturais:

Ambiente Morfológico: □ Fundo de Vale □ Encosta □ Topo de Morro □ Outros

Declividade do Terreno: □ Alta □ Média ■ Baixa

Risco Geológico-geotécnico: □ Inexistente □ Escorregamento ■ Inundação □ Outros

Existência de elementos geradores de restrições legais à ocupação: □ Curso D´agua □ Nascente □ Linha de Transmissão □ Adutora □ Oleoduto □ Gasoduto

□ Rodovia □ Ferrovia □ Metrovia □ Outros

Parcelamento e Uso do Solo:

Tamanho médio dos lotes: __ m² | Traçado: ■ Regular □ Irregular

Função principal das vias: ■ Veiculares □ De pedestres | Traçado: □ Regular □ Irregular

Taxa de Ocupação do Solo: □ Alta □ Média ■ Baixa

Densidade Construtiva: □ Alta □ Média ■ Baixa

Quantidade de domicílios por lote: _1__________________________________________________________________________

Tipologia de Ocupação Residencial Predominante: ■ Unifamiliar □ Multifamiliar Horizontal □ Multifamiliar Vertical

Usos não residências existentes: □ Comércio e Serviços □ Indústra □ Outros

Page 121: Diagnóstico Habitacional

Fotos Vistoria:

Fotos: Tiradas em levantamento feito pela equipe da Integra Sociedade Cooperativa em setembro de 2011.

Page 122: Diagnóstico Habitacional
Page 123: Diagnóstico Habitacional

FICHAS DE CARACTERIZAÇÃO DOS ASSENTAMENTOS

Identificação: 8___________________________________________________________________________________________

Nome: Lageado____________________________________________________________________________________________

Bairro: Lageado____________________________________________________________________________________________

Referência de Localização: ___________________________________________________________________________________

Foto Aérea:

Fonte: Google Earth, 2003

Dados Gerais

Número de Domicílios: _________________________________

Número de Famílias: 60/200_________________________________

Área da Ocupação: -___________________________________

Propriedade: Privada___________________________________

Zoneamento: Macrozona de destinação rural_______________

Principal Acesso Viário: _________________________________

População:

Origem das Famílias: □ outros bairros □outras cidades □outros estados

Renda mensal familiar média: ■ menos de 1 s.m. ■ 1 s.m. □ 2 s.m. □ 3 s.m. □ mais de 3 s.m.

Habitações:

Quantidade média de cômodos por domicílio: □ 1 cômodo □ 2 cômodos □ 3 cômodos ■mais de 3 cômodos

Quantidade média de famílias por domicílio: 01_________________________________________________________________

Quantidade média de pessoas por domicílio: 02 a 05__________________________________________________________ __

Tipo predominante de construção: □ madeira ■ alvenaria □ outro

Gabarito predominante: □ térreo ■ 1 pavto. □ 2 pavtos. □ 3 ou mais pavtos.

Recuo Predominante: ■ Frontal ■ Lateral

Page 124: Diagnóstico Habitacional

Infra Estrutura:

Coleta de Esgoto na Residência: □ rede pública □ céu aberto □ fossa séptica ■ fossa negra

Destino Final do Esgoto: □ rede oficial □ córrego □ galeria pluvial

Abastecimento de Água: □ rede pública □ hidrômetro coletivo □ hidrômetro individual □ ligação clandestina ■ poço □ caminhão pipa

Iluminação das Vias: □ sim □ não ■ parcial

Coleta de lixo: ■ interior do núcleo □ nas ruas externas ao núcleo □ seletiva

Pavimentação das Vias: □ asfalto □ concreto □ terra □ paralelepípedo ■ parcial

Acessibilidade das Casas: □ escadarias □ vielas ■ ruas

Transporte Público: ■ponto no bairro □ ponto no entorno

Drenagem: □ sim ■ não

Equipamentos no bairro:

Educação: □ Infantil ■ Fundamental □ Médio

Saúde: □ Hospital □ Posto de Saúde

Lazer e Cultura: □ Praça □ Parque □ Outros. Quais: _______________________________________________________________________________________

Outros:

Aspectos Físicos Naturais:

Ambiente Morfológico: □ Fundo de Vale □ Encosta □ Topo de Morro □ Outros

Declividade do Terreno: □ Alta □ Média ■ Baixa

Risco Geológico-geotécnico: □ Inexistente □ Escorregamento ■ Inundação □ Outros

Existência de elementos geradores de restrições legais à ocupação: □ Curso D´agua □ Nascente □ Linha de Transmissão □ Adutora □ Oleoduto □ Gasoduto

□ Rodovia □ Ferrovia □ Metrovia □ Outros

Parcelamento e Uso do Solo:

Tamanho médio dos lotes: __ m² | Traçado: ■ Regular □ Irregular

Função principal das vias: ■ Veiculares □ De pedestres | Traçado: □ Regular □ Irregular

Taxa de Ocupação do Solo: □ Alta □ Média ■ Baixa

Densidade Construtiva: □ Alta □ Média ■ Baixa

Quantidade de domicílios por lote: _1__________________________________________________________________________

Tipologia de Ocupação Residencial Predominante: ■ Unifamiliar □ Multifamiliar Horizontal □ Multifamiliar Vertical

Usos não residências existentes: □ Comércio e Serviços □ Indústra □ Outros

Page 125: Diagnóstico Habitacional

Fotos Vistoria:

Fotos: Tiradas em levantamento feito pela equipe da Integra Sociedade Cooperativa em setembro de 2011.

Page 126: Diagnóstico Habitacional
Page 127: Diagnóstico Habitacional

FICHAS DE CARACTERIZAÇÃO DOS ASSENTAMENTOS

Identificação: 09____________________________________________________________________________________________

Nome: Murundú____________________________________________________________________________________________

Bairro: Murundú____________________________________________________________________________________________

Referência de Localização: ___________________________________________________________________________________

Foto Aérea:

Fonte: Google Earth, 2003

Dados Gerais

Número de Domicílios: __________________________________

Número de Famílias: 80/250______________________________

Área da Ocupação: -____________________________________

Propriedade: Privada___________________________________

Zoneamento: Macrozona de destinação rural_________________

Principal Acesso Viário: _________________________________

População:

Origem das Famílias: □ outros bairros □outras cidades □outros estados

Renda mensal familiar média: ■ menos de 1 s.m. ■ 1 s.m. □ 2 s.m. □ 3 s.m. □ mais de 3 s.m.

Habitações:

Quantidade média de cômodos por domicílio: □ 1 cômodo □ 2 cômodos □ 3 cômodos ■mais de 3 cômodos

Quantidade média de famílias por domicílio: 01_________________________________________________________________

Quantidade média de pessoas por domicílio: 02 a 05__________________________________________________________ __

Tipo predominante de construção: □ madeira ■ alvenaria □ outro

Gabarito predominante: □ térreo ■ 1 pavto. □ 2 pavtos. □ 3 ou mais pavtos.

Recuo Predominante: ■ Frontal ■ Lateral

Page 128: Diagnóstico Habitacional

Infra Estrutura:

Coleta de Esgoto na Residência: □ rede pública □ céu aberto □ fossa séptica ■ fossa negra

Destino Final do Esgoto: □ rede oficial □ córrego □ galeria pluvial

Abastecimento de Água: □ rede pública □ hidrômetro coletivo □ hidrômetro individual □ ligação clandestina ■ poço □ caminhão pipa

Iluminação das Vias: □ sim □ não ■ parcial

Coleta de lixo: ■ interior do núcleo □ nas ruas externas ao núcleo □ seletiva

Pavimentação das Vias: □ asfalto □ concreto □ terra □ paralelepípedo ■ parcial

Acessibilidade das Casas: □ escadarias □ vielas ■ ruas

Transporte Público: ■ponto no bairro □ ponto no entorno

Drenagem: □ sim ■ não

Equipamentos no bairro:

Educação: □ Infantil ■ Fundamental □ Médio

Saúde: □ Hospital □ Posto de Saúde

Lazer e Cultura: □ Praça □ Parque □ Outros. Quais: _______________________________________________________________________________________

Outros:

Aspectos Físicos Naturais:

Ambiente Morfológico: □ Fundo de Vale □ Encosta □ Topo de Morro □ Outros

Declividade do Terreno: □ Alta □ Média ■ Baixa

Risco Geológico-geotécnico: ■ Inexistente □ Escorregamento □ Inundação □ Outros

Existência de elementos geradores de restrições legais à ocupação: □ Curso D´agua □ Nascente □ Linha de Transmissão □ Adutora □ Oleoduto □ Gasoduto

□ Rodovia □ Ferrovia □ Metrovia □ Outros

Parcelamento e Uso do Solo:

Tamanho médio dos lotes: __ m² | Traçado: ■ Regular □ Irregular

Função principal das vias: ■ Veiculares □ De pedestres | Traçado: □ Regular □ Irregular

Taxa de Ocupação do Solo: □ Alta □ Média ■ Baixa

Densidade Construtiva: □ Alta □ Média ■ Baixa

Quantidade de domicílios por lote: _1__________________________________________________________________________

Tipologia de Ocupação Residencial Predominante: ■ Unifamiliar □ Multifamiliar Horizontal □ Multifamiliar Vertical

Usos não residências existentes: □ Comércio e Serviços □ Indústra □ Outros

Page 129: Diagnóstico Habitacional

Fotos Vistoria:

Fotos: Tiradas em levantamento feito pela equipe da Integra Sociedade Cooperativa em setembro de 2011.

Page 130: Diagnóstico Habitacional
Page 131: Diagnóstico Habitacional

FICHAS DE CARACTERIZAÇÃO DOS ASSENTAMENTOS

Identificação: 10___________________________________________________________________________________________

Nome:Paiol Grande__________________________________________________________________________________________

Bairro:Paiol Grande__________________________________________________________________________________________

Referência de Localização: ___________________________________________________________________________________

Foto Aérea:

Fonte: Google Earth, 2002

Dados Gerais

Número de Domicílios: __________________________________

Número de Famílias:70/100______________________________

Área da Ocupação: -____________________________________

Propriedade: Privada___________________________________

Zoneamento: Macrozona de destinação rural_________________

Principal Acesso Viário: _________________________________

População:

Origem das Famílias: □ outros bairros □outras cidades □outros estados

Renda mensal familiar média: □ menos de 1 s.m. ■ 1 s.m. □ 2 s.m. □ 3 s.m. □ mais de 3 s.m.

Habitações:

Quantidade média de cômodos por domicílio: □ 1 cômodo □ 2 cômodos □ 3 cômodos ■mais de 3 cômodos

Quantidade média de famílias por domicílio: 01_________________________________________________________________

Quantidade média de pessoas por domicílio: 02 a 05__________________________________________________________ __

Tipo predominante de construção: □ madeira ■ alvenaria □ outro

Gabarito predominante: □ térreo ■ 1 pavto. □ 2 pavtos. □ 3 ou mais pavtos.

Recuo Predominante: ■ Frontal ■ Lateral

Page 132: Diagnóstico Habitacional

Infra Estrutura:

Coleta de Esgoto na Residência: □ rede pública □ céu aberto □ fossa séptica ■ fossa negra

Destino Final do Esgoto: □ rede oficial □ córrego □ galeria pluvial

Abastecimento de Água: □ rede pública □ hidrômetro coletivo □ hidrômetro individual □ ligação clandestina ■ poço □ caminhão pipa

Iluminação das Vias: □ sim □ não ■ parcial

Coleta de lixo: ■ interior do núcleo □ nas ruas externas ao núcleo □ seletiva

Pavimentação das Vias: □ asfalto □ concreto □ terra □ paralelepípedo ■ parcial

Acessibilidade das Casas: □ escadarias □ vielas ■ ruas

Transporte Público: ■ponto no bairro □ ponto no entorno

Drenagem: □ sim ■ não

Equipamentos no bairro:

Educação: □ Infantil □ Fundamental □ Médio

Saúde: □ Hospital □ Posto de Saúde

Lazer e Cultura: □ Praça □ Parque □ Outros. Quais: _______________________________________________________________________________________

Outros:

Aspectos Físicos Naturais:

Ambiente Morfológico: □ Fundo de Vale □ Encosta □ Topo de Morro □ Outros

Declividade do Terreno: □ Alta □ Média ■ Baixa

Risco Geológico-geotécnico: □ Inexistente □ Escorregamento ■ Inundação □ Outros

Existência de elementos geradores de restrições legais à ocupação: □ Curso D´agua □ Nascente □ Linha de Transmissão □ Adutora □ Oleoduto □ Gasoduto

□ Rodovia □ Ferrovia □ Metrovia □ Outros

Parcelamento e Uso do Solo:

Tamanho médio dos lotes: __ m² | Traçado: ■ Regular □ Irregular

Função principal das vias: ■ Veiculares □ De pedestres | Traçado: □ Regular □ Irregular

Taxa de Ocupação do Solo: □ Alta □ Média ■ Baixa

Densidade Construtiva: □ Alta □ Média ■ Baixa

Quantidade de domicílios por lote: _1__________________________________________________________________________

Tipologia de Ocupação Residencial Predominante: ■ Unifamiliar □ Multifamiliar Horizontal □ Multifamiliar Vertical

Usos não residências existentes: □ Comércio e Serviços □ Indústra □ Outros

Page 133: Diagnóstico Habitacional

Fotos Vistoria:

Fotos: Tiradas em levantamento feito pela equipe da Integra Sociedade Cooperativa em setembro de 2011.

Page 134: Diagnóstico Habitacional
Page 135: Diagnóstico Habitacional

FICHAS DE CARACTERIZAÇÃO DOS ASSENTAMENTOS

Identificação: 11___________________________________________________________________________________________

Nome:Paiol Pequeno________________________________________________________________________________________

Bairro:Paiol Pequeno________________________________________________________________________________________

Referência de Localização: ___________________________________________________________________________________

Foto Aérea:

Fonte: Google Earth, 2002

Dados Gerais

Número de Domicílios: __________________________________

Número de Famílias:200/800______________________________

Área da Ocupação: -____________________________________

Propriedade: Privada___________________________________

Zoneamento:zona de urbanização em consolidação 1___________

Principal Acesso Viário: _________________________________

População:

Origem das Famílias: □ outros bairros □outras cidades □outros estados

Renda mensal familiar média: □ menos de 1 s.m. □ 1 s.m. ■ 2 s.m. □ 3 s.m. □ mais de 3 s.m.

Habitações:

Quantidade média de cômodos por domicílio: □ 1 cômodo □ 2 cômodos □ 3 cômodos ■mais de 3 cômodos

Quantidade média de famílias por domicílio: 01_________________________________________________________________

Quantidade média de pessoas por domicílio: 02 a 05__________________________________________________________ __

Tipo predominante de construção: □ madeira ■ alvenaria □ outro

Gabarito predominante: □ térreo ■ 1 pavto. □ 2 pavtos. □ 3 ou mais pavtos.

Recuo Predominante: ■ Frontal ■ Lateral

Page 136: Diagnóstico Habitacional

Infra Estrutura:

Coleta de Esgoto na Residência: □ rede pública □ céu aberto □ fossa séptica ■ fossa negra

Destino Final do Esgoto: □ rede oficial □ córrego □ galeria pluvial

Abastecimento de Água: □ rede pública □ hidrômetro coletivo □ hidrômetro individual □ ligação clandestina ■ poço □ caminhão pipa

Iluminação das Vias: □ sim □ não ■ parcial

Coleta de lixo: ■ interior do núcleo □ nas ruas externas ao núcleo □ seletiva

Pavimentação das Vias: ■ asfalto □ concreto □ terra □ paralelepípedo □ parcial

Acessibilidade das Casas: □ escadarias □ vielas ■ ruas

Transporte Público: ■ponto no bairro □ ponto no entorno

Drenagem: □ sim ■ não

Equipamentos no bairro:

Educação: □ Infantil ■ Fundamental □ Médio

Saúde: □ Hospital ■ Posto de Saúde

Lazer e Cultura: □ Praça □ Parque □ Outros. Quais: _______________________________________________________________________________________

Outros:

Aspectos Físicos Naturais:

Ambiente Morfológico: □ Fundo de Vale □ Encosta □ Topo de Morro □ Outros

Declividade do Terreno: □ Alta □ Média ■ Baixa

Risco Geológico-geotécnico: ■ Inexistente □ Escorregamento □ Inundação □ Outros

Existência de elementos geradores de restrições legais à ocupação: □ Curso D´agua □ Nascente □ Linha de Transmissão □ Adutora □ Oleoduto □ Gasoduto

□ Rodovia □ Ferrovia □ Metrovia □ Outros

Parcelamento e Uso do Solo:

Tamanho médio dos lotes: __ m² | Traçado: ■ Regular □ Irregular

Função principal das vias: ■ Veiculares □ De pedestres | Traçado: □ Regular □ Irregular

Taxa de Ocupação do Solo: □ Alta □ Média ■ Baixa

Densidade Construtiva: □ Alta □ Média ■ Baixa

Quantidade de domicílios por lote: _1__________________________________________________________________________

Tipologia de Ocupação Residencial Predominante: ■ Unifamiliar □ Multifamiliar Horizontal □ Multifamiliar Vertical

Usos não residências existentes: □ Comércio e Serviços □ Indústra □ Outros

Page 137: Diagnóstico Habitacional

Fotos Vistoria:

Fotos: Tiradas em levantamento feito pela equipe da Integra Sociedade Cooperativa em setembro de 2011.

Page 138: Diagnóstico Habitacional
Page 139: Diagnóstico Habitacional

FICHAS DE CARACTERIZAÇÃO DOS ASSENTAMENTOS

Identificação: 12___________________________________________________________________________________________

Nome: Paruru___ ____________________________________________________________________________________________

Bairro:Paruru________________________________________________________________________________________________

Referência de Localização: ___________________________________________________________________________________

Foto Aérea:

Fonte: Google Earth, 2001

Dados Gerais

Número de Domicílios: __________________________________

Número de Famílias:700/1500____________________________

Área da Ocupação: -____________________________________

Propriedade: Privada___________________________________

Zoneamento: zona de urbanização em consolidação 2____________

Principal Acesso Viário: _________________________________

População:

Origem das Famílias: □ outros bairros □outras cidades □outros estados

Renda mensal familiar média: □ menos de 1 s.m. □ 1 s.m. ■ 2 s.m. □ 3 s.m. □ mais de 3 s.m.

Habitações:

Quantidade média de cômodos por domicílio: □ 1 cômodo □ 2 cômodos □ 3 cômodos ■mais de 3 cômodos

Quantidade média de famílias por domicílio: 01_________________________________________________________________

Quantidade média de pessoas por domicílio: 02 a 05__________________________________________________________ __

Tipo predominante de construção: □ madeira ■ alvenaria □ outro

Gabarito predominante: □ térreo ■ 1 pavto. □ 2 pavtos. □ 3 ou mais pavtos.

Recuo Predominante: ■ Frontal ■ Lateral

Page 140: Diagnóstico Habitacional

Infra Estrutura:

Coleta de Esgoto na Residência: □ rede pública □ céu aberto □ fossa séptica ■ fossa negra

Destino Final do Esgoto: □ rede oficial □ córrego □ galeria pluvial

Abastecimento de Água: ■ rede pública □ hidrômetro coletivo □ hidrômetro individual □ ligação clandestina □ poço □ caminhão pipa

Iluminação das Vias: □ sim □ não ■ parcial

Coleta de lixo: ■ interior do núcleo □ nas ruas externas ao núcleo □ seletiva

Pavimentação das Vias: ■ asfalto □ concreto □ terra □ paralelepípedo □ parcial

Acessibilidade das Casas: □ escadarias □ vielas ■ ruas

Transporte Público: ■ponto no bairro □ ponto no entorno

Drenagem: □ sim ■ não

Equipamentos no bairro:

Educação: □ Infantil ■ Fundamental ■ Médio

Saúde: □ Hospital ■ Posto de Saúde

Lazer e Cultura: □ Praça □ Parque □ Outros. Quais: Campo de Futebol ________________________________________________________________________

Outros:

Aspectos Físicos Naturais:

Ambiente Morfológico: ■ Fundo de Vale □ Encosta □ Topo de Morro □ Outros

Declividade do Terreno: □ Alta □ Média ■ Baixa

Risco Geológico-geotécnico: □ Inexistente □ Escorregamento ■ Inundação □ Outros

Existência de elementos geradores de restrições legais à ocupação: □ Curso D´agua □ Nascente □ Linha de Transmissão □ Adutora □ Oleoduto □ Gasoduto

□ Rodovia □ Ferrovia □ Metrovia □ Outros

Parcelamento e Uso do Solo:

Tamanho médio dos lotes: __ m² | Traçado: ■ Regular □ Irregular

Função principal das vias: ■ Veiculares □ De pedestres | Traçado: □ Regular □ Irregular

Taxa de Ocupação do Solo: □ Alta □ Média ■ Baixa

Densidade Construtiva: □ Alta □ Média ■ Baixa

Quantidade de domicílios por lote: _1__________________________________________________________________________

Tipologia de Ocupação Residencial Predominante: ■ Unifamiliar □ Multifamiliar Horizontal □ Multifamiliar Vertical

Usos não residências existentes: □ Comércio e Serviços □ Indústra □ Outros

Page 141: Diagnóstico Habitacional

Fotos Vistoria:

Fotos: Tiradas em levantamento feito pela equipe da Integra Sociedade Cooperativa em setembro de 2011.

Page 142: Diagnóstico Habitacional
Page 143: Diagnóstico Habitacional

FICHAS DE CARACTERIZAÇÃO DOS ASSENTAMENTOS

Identificação: 13___________________________________________________________________________________________

Nome: Piaí___ ____________________________________________________________________________________________

Bairro:Piaí________________________________________________________________________________________________

Referência de Localização: ___________________________________________________________________________________

Foto Aérea:

Fonte: Google Earth, 2002

Dados Gerais

Número de Domicílios: __________________________________

Número de Famílias:200/ 2000____________________________

Área da Ocupação: -____________________________________

Propriedade: Privada___________________________________

Zoneamento: Macrozoneamento de destinação rural_____________

Principal Acesso Viário: _________________________________

População:

Origem das Famílias: □ outros bairros □outras cidades □outros estados

Renda mensal familiar média: □ menos de 1 s.m. □ 1 s.m. ■ 2 s.m. □ 3 s.m. □ mais de 3 s.m.

Habitações:

Quantidade média de cômodos por domicílio: □ 1 cômodo □ 2 cômodos □ 3 cômodos ■mais de 3 cômodos

Quantidade média de famílias por domicílio: 01_________________________________________________________________

Quantidade média de pessoas por domicílio: 02 a 05__________________________________________________________ __

Tipo predominante de construção: □ madeira ■ alvenaria □ outro

Gabarito predominante: □ térreo ■ 1 pavto. □ 2 pavtos. □ 3 ou mais pavtos.

Recuo Predominante: ■ Frontal ■ Lateral

Page 144: Diagnóstico Habitacional

Infra Estrutura:

Coleta de Esgoto na Residência: □ rede pública □ céu aberto □ fossa séptica ■ fossa negra

Destino Final do Esgoto: □ rede oficial □ córrego □ galeria pluvial

Abastecimento de Água: □ rede pública □ hidrômetro coletivo □ hidrômetro individual □ ligação clandestina ■ poço □ caminhão pipa

Iluminação das Vias: □ sim □ não ■ parcial

Coleta de lixo: ■ interior do núcleo □ nas ruas externas ao núcleo □ seletiva

Pavimentação das Vias: ■ asfalto □ concreto □ terra □ paralelepípedo □ parcial

Acessibilidade das Casas: □ escadarias □ vielas ■ ruas

Transporte Público: ■ponto no bairro □ ponto no entorno

Drenagem: □ sim ■ não

Equipamentos no bairro:

Educação: □ Infantil ■ Fundamental □ Médio

Saúde: □ Hospital □ Posto de Saúde

Lazer e Cultura: □ Praça □ Parque □ Outros. Quais: ______________ ________________________________________________________________________

Outros:

Aspectos Físicos Naturais:

Ambiente Morfológico: □ Fundo de Vale □ Encosta □ Topo de Morro □ Outros

Declividade do Terreno: □ Alta □ Média ■ Baixa

Risco Geológico-geotécnico: □ Inexistente □ Escorregamento □ Inundação □ Outros

Existência de elementos geradores de restrições legais à ocupação: □ Curso D´agua □ Nascente □ Linha de Transmissão □ Adutora □ Oleoduto □ Gasoduto

□ Rodovia □ Ferrovia □ Metrovia □ Outros

Parcelamento e Uso do Solo:

Tamanho médio dos lotes: __ m² | Traçado: ■ Regular □ Irregular

Função principal das vias: ■ Veiculares □ De pedestres | Traçado: ■ Regular □ Irregular

Taxa de Ocupação do Solo: □ Alta □ Média ■ Baixa

Densidade Construtiva: □ Alta □ Média ■ Baixa

Quantidade de domicílios por lote: _1__________________________________________________________________________

Tipologia de Ocupação Residencial Predominante: ■ Unifamiliar □ Multifamiliar Horizontal □ Multifamiliar Vertical

Usos não residências existentes: □ Comércio e Serviços □ Indústra □ Outros

Page 145: Diagnóstico Habitacional

Fotos Vistoria:

Fotos: Tiradas em levantamento feito pela equipe da Integra Sociedade Cooperativa em setembro de 2011.

Page 146: Diagnóstico Habitacional
Page 147: Diagnóstico Habitacional

FICHAS DE CARACTERIZAÇÃO DOS ASSENTAMENTOS

Identificação: 14___________________________________________________________________________________________

Nome: Puris___ ____________________________________________________________________________________________

Bairro:Puris________________________________________________________________________________________________

Referência de Localização: ___________________________________________________________________________________

Foto Aérea:

Fonte: Google Earth, 2002

Dados Gerais

Número de Domicílios: __________________________________

Número de Famílias:80/250______________________________

Área da Ocupação: -____________________________________

Propriedade: Privada___________________________________

Zoneamento: Macrozoneamento de destinação rural_____________

Principal Acesso Viário: _________________________________

População:

Origem das Famílias: □ outros bairros □outras cidades □outros estados

Renda mensal familiar média: □ menos de 1 s.m. □ 1 s.m. ■ 2 s.m. □ 3 s.m. □ mais de 3 s.m.

Habitações:

Quantidade média de cômodos por domicílio: □ 1 cômodo □ 2 cômodos □ 3 cômodos ■mais de 3 cômodos

Quantidade média de famílias por domicílio: 01_________________________________________________________________

Quantidade média de pessoas por domicílio: 02 a 05__________________________________________________________ __

Tipo predominante de construção: □ madeira ■ alvenaria □ outro

Gabarito predominante: □ térreo ■ 1 pavto. □ 2 pavtos. □ 3 ou mais pavtos.

Recuo Predominante: ■ Frontal ■ Lateral

Page 148: Diagnóstico Habitacional

Infra Estrutura:

Coleta de Esgoto na Residência: □ rede pública □ céu aberto □ fossa séptica ■ fossa negra

Destino Final do Esgoto: □ rede oficial □ córrego □ galeria pluvial

Abastecimento de Água: ■ rede pública □ hidrômetro coletivo □ hidrômetro individual □ ligação clandestina □ poço □ caminhão pipa

Iluminação das Vias: □ sim □ não ■ parcial

Coleta de lixo: ■ interior do núcleo □ nas ruas externas ao núcleo □ seletiva

Pavimentação das Vias: ■ asfalto □ concreto □ terra □ paralelepípedo □ parcial

Acessibilidade das Casas: □ escadarias □ vielas ■ ruas

Transporte Público: ■ponto no bairro □ ponto no entorno

Drenagem: □ sim ■ não

Equipamentos no bairro:

Educação: □ Infantil ■ Fundamental □ Médio

Saúde: □ Hospital □ Posto de Saúde

Lazer e Cultura: □ Praça □ Parque □ Outros. Quais: ______________ ________________________________________________________________________

Outros:

Aspectos Físicos Naturais:

Ambiente Morfológico: □ Fundo de Vale □ Encosta □ Topo de Morro □ Outros

Declividade do Terreno: □ Alta □ Média ■ Baixa

Risco Geológico-geotécnico: □ Inexistente □ Escorregamento □ Inundação □ Outros

Existência de elementos geradores de restrições legais à ocupação: □ Curso D´agua □ Nascente □ Linha de Transmissão □ Adutora □ Oleoduto □ Gasoduto

□ Rodovia □ Ferrovia □ Metrovia □ Outros

Parcelamento e Uso do Solo:

Tamanho médio dos lotes: __ m² | Traçado: ■ Regular □ Irregular

Função principal das vias: ■ Veiculares □ De pedestres | Traçado: ■ Regular □ Irregular

Taxa de Ocupação do Solo: □ Alta □ Média ■ Baixa

Densidade Construtiva: □ Alta □ Média ■ Baixa

Quantidade de domicílios por lote: _1__________________________________________________________________________

Tipologia de Ocupação Residencial Predominante: ■ Unifamiliar □ Multifamiliar Horizontal □ Multifamiliar Vertical

Usos não residências existentes: □ Comércio e Serviços □ Indústra □ Outros

Page 149: Diagnóstico Habitacional

Fotos Vistoria:

Fotos: Tiradas em levantamento feito pela equipe da Integra Sociedade Cooperativa em setembro de 2011.

Page 150: Diagnóstico Habitacional
Page 151: Diagnóstico Habitacional

FICHAS DE CARACTERIZAÇÃO DOS ASSENTAMENTOS

Identificação: 15___________________________________________________________________________________________

Nome: Ressaca___ _________________________________________________________________________________________

Bairro:Ressaca_____________________________________________________________________________________________

Referência de Localização: ___________________________________________________________________________________

Foto Aérea:

Fonte: Google Earth, 2007

Dados Gerais

Número de Domicílios: __________________________________

Número de Famílias:200/3000_____________________________

Área da Ocupação: -____________________________________

Propriedade: Privada___________________________________

Zoneamento: zona de urbanização em consolidação 2______________

Principal Acesso Viário: _________________________________

População:

Origem das Famílias: □ outros bairros □outras cidades □outros estados

Renda mensal familiar média: ■ menos de 1 s.m. ■ 1 s.m. ■ 2 s.m. □ 3 s.m. □ mais de 3 s.m.

Habitações:

Quantidade média de cômodos por domicílio: □ 1 cômodo □ 2 cômodos □ 3 cômodos ■mais de 3 cômodos

Quantidade média de famílias por domicílio: 01_________________________________________________________________

Quantidade média de pessoas por domicílio: 02 a 05__________________________________________________________ __

Tipo predominante de construção: □ madeira ■ alvenaria □ outro

Gabarito predominante: □ térreo ■ 1 pavto. □ 2 pavtos. □ 3 ou mais pavtos.

Recuo Predominante: ■ Frontal ■ Lateral

Page 152: Diagnóstico Habitacional

Infra Estrutura:

Coleta de Esgoto na Residência: □ rede pública □ céu aberto □ fossa séptica ■ fossa negra

Destino Final do Esgoto: □ rede oficial □ córrego □ galeria pluvial

Abastecimento de Água: ■ rede pública □ hidrômetro coletivo □ hidrômetro individual □ ligação clandestina □ poço □ caminhão pipa

Iluminação das Vias: □ sim □ não ■ parcial

Coleta de lixo: □ interior do núcleo ■ nas ruas externas ao núcleo □ seletiva

Pavimentação das Vias: ■ asfalto □ concreto □ terra □ paralelepípedo □ parcial

Acessibilidade das Casas: □ escadarias □ vielas ■ ruas

Transporte Público: ■ponto no bairro □ ponto no entorno

Drenagem: □ sim ■ não

Equipamentos no bairro:

Educação: ■ Infantil ■ Fundamental □ Médio

Saúde: □ Hospital ■ Posto de Saúde

Lazer e Cultura: □ Praça □ Parque □ Outros. Quais: Campo de Futebol ________________________________________________________________________

Outros:

Aspectos Físicos Naturais:

Ambiente Morfológico: □ Fundo de Vale ■ Encosta □ Topo de Morro □ Outros

Declividade do Terreno: □ Alta ■ Média □ Baixa

Risco Geológico-geotécnico: □ Inexistente □ Escorregamento □ Inundação □ Outros

Existência de elementos geradores de restrições legais à ocupação: □ Curso D´agua □ Nascente □ Linha de Transmissão □ Adutora □ Oleoduto □ Gasoduto

□ Rodovia □ Ferrovia □ Metrovia □ Outros

Parcelamento e Uso do Solo:

Tamanho médio dos lotes: __ m² | Traçado: ■ Regular □ Irregular

Função principal das vias: ■ Veiculares □ De pedestres | Traçado: ■ Regular □ Irregular

Taxa de Ocupação do Solo: □ Alta □ Média ■ Baixa

Densidade Construtiva: □ Alta □ Média ■ Baixa

Quantidade de domicílios por lote: _1__________________________________________________________________________

Tipologia de Ocupação Residencial Predominante: ■ Unifamiliar □ Multifamiliar Horizontal □ Multifamiliar Vertical

Usos não residências existentes: □ Comércio e Serviços □ Indústra □ Outros

Page 153: Diagnóstico Habitacional

Fotos Vistoria:

Fotos: Tiradas em levantamento feito pela equipe da Integra Sociedade Cooperativa em setembro de 2011.

Page 154: Diagnóstico Habitacional

FICHAS DE CARACTERIZAÇÃO DOS ASSENTAMENTOS

Identificação: 16___________________________________________________________________________________________

Nome: Ribeiros___ _________________________________________________________________________________________

Bairro:Ribeiros_____________________________________________________________________________________________

Referência de Localização: ___________________________________________________________________________________

Foto Aérea:

Fonte: Google Earth, 2009

Dados Gerais

Número de Domicílios: __________________________________

Número de Famílias:100/400_____________________________

Área da Ocupação: -____________________________________

Propriedade: Privada___________________________________

Zoneamento: Macrozoneamento de destinação rural_____________

Principal Acesso Viário: _________________________________

População:

Origem das Famílias: □ outros bairros □outras cidades □outros estados

Renda mensal familiar média: ■ menos de 1 s.m. ■ 1 s.m. ■ 2 s.m. □ 3 s.m. □ mais de 3 s.m.

Habitações:

Quantidade média de cômodos por domicílio: □ 1 cômodo □ 2 cômodos □ 3 cômodos ■mais de 3 cômodos

Quantidade média de famílias por domicílio: 01_________________________________________________________________

Quantidade média de pessoas por domicílio: 02 a 05__________________________________________________________ __

Tipo predominante de construção: □ madeira ■ alvenaria □ outro

Gabarito predominante: □ térreo ■ 1 pavto. □ 2 pavtos. □ 3 ou mais pavtos.

Recuo Predominante: ■ Frontal ■ Lateral

Page 155: Diagnóstico Habitacional

Infra Estrutura:

Coleta de Esgoto na Residência: □ rede pública □ céu aberto □ fossa séptica ■ fossa negra

Destino Final do Esgoto: □ rede oficial □ córrego □ galeria pluvial

Abastecimento de Água: □rede pública □ hidrômetro coletivo □ hidrômetro individual □ ligação clandestina ■ poço □ caminhão pipa

Iluminação das Vias: □ sim □ não ■ parcial

Coleta de lixo: □ interior do núcleo ■ nas ruas externas ao núcleo □ seletiva

Pavimentação das Vias: ■ asfalto □ concreto □ terra □ paralelepípedo □ parcial

Acessibilidade das Casas: □ escadarias □ vielas ■ ruas

Transporte Público: ■ponto no bairro □ ponto no entorno

Drenagem: □ sim ■ não

Equipamentos no bairro:

Educação: □ Infantil □ Fundamental □ Médio

Saúde: □ Hospital □ Posto de Saúde

Lazer e Cultura: □ Praça □ Parque □ Outros. Quais: _______________________________________________________________________________________

Outros:

Aspectos Físicos Naturais:

Ambiente Morfológico: □ Fundo de Vale ■ Encosta □ Topo de Morro □ Outros

Declividade do Terreno: □ Alta ■ Média □ Baixa

Risco Geológico-geotécnico: □ Inexistente □ Escorregamento □ Inundação □ Outros

Existência de elementos geradores de restrições legais à ocupação: □ Curso D´agua □ Nascente □ Linha de Transmissão □ Adutora □ Oleoduto □ Gasoduto

□ Rodovia □ Ferrovia □ Metrovia □ Outros

Parcelamento e Uso do Solo:

Tamanho médio dos lotes: __ m² | Traçado: ■ Regular □ Irregular

Função principal das vias: ■ Veiculares □ De pedestres | Traçado: ■ Regular □ Irregular

Taxa de Ocupação do Solo: □ Alta □ Média ■ Baixa

Densidade Construtiva: □ Alta □ Média ■ Baixa

Quantidade de domicílios por lote: _1__________________________________________________________________________

Tipologia de Ocupação Residencial Predominante: ■ Unifamiliar □ Multifamiliar Horizontal □ Multifamiliar Vertical

Usos não residências existentes: □ Comércio e Serviços □ Indústra □ Outros

Page 156: Diagnóstico Habitacional

Fotos Vistoria:

Fotos: Tiradas em levantamento feito pela equipe da Integra Sociedade Cooperativa em setembro de 2011.

Page 157: Diagnóstico Habitacional

FICHAS DE CARACTERIZAÇÃO DOS ASSENTAMENTOS

Identificação: 17___________________________________________________________________________________________

Nome: Rio de Una_ _________________________________________________________________________________________

Bairro: Rio de Una___________________________________________________________________________________________

Referência de Localização: ___________________________________________________________________________________

Foto Aérea:

Fonte: Google Earth, 2007

Dados Gerais

Número de Domicílios: __________________________________

Número de Famílias:150/200_____________________________

Área da Ocupação: -____________________________________

Propriedade: Privada___________________________________

Zoneamento: zona de urbanização em consolidação 1_____________

Principal Acesso Viário: _________________________________

População:

Origem das Famílias: □ outros bairros □outras cidades □outros estados

Renda mensal familiar média: ■ menos de 1 s.m. ■ 1 s.m. □ 2 s.m. □ 3 s.m. □ mais de 3 s.m.

Habitações:

Quantidade média de cômodos por domicílio: □ 1 cômodo □ 2 cômodos □ 3 cômodos ■mais de 3 cômodos

Quantidade média de famílias por domicílio: 01_________________________________________________________________

Quantidade média de pessoas por domicílio: 02 a 05__________________________________________________________ __

Tipo predominante de construção: □ madeira ■ alvenaria □ outro

Gabarito predominante: □ térreo ■ 1 pavto. □ 2 pavtos. □ 3 ou mais pavtos.

Recuo Predominante: ■ Frontal ■ Lateral

Page 158: Diagnóstico Habitacional

Infra Estrutura:

Coleta de Esgoto na Residência: □ rede pública □ céu aberto □ fossa séptica ■ fossa negra

Destino Final do Esgoto: □ rede oficial □ córrego □ galeria pluvial

Abastecimento de Água: □rede pública □ hidrômetro coletivo □ hidrômetro individual □ ligação clandestina ■ poço □ caminhão pipa

Iluminação das Vias: □ sim □ não ■ parcial

Coleta de lixo: □ interior do núcleo ■ nas ruas externas ao núcleo □ seletiva

Pavimentação das Vias: ■ asfalto □ concreto □ terra □ paralelepípedo □ parcial

Acessibilidade das Casas: □ escadarias □ vielas ■ ruas

Transporte Público: ■ponto no bairro □ ponto no entorno

Drenagem: □ sim ■ não

Equipamentos no bairro:

Educação: □ Infantil ■ Fundamental □ Médio

Saúde: □ Hospital □ Posto de Saúde

Lazer e Cultura: □ Praça □ Parque □ Outros. Quais: _______________________________________________________________________________________

Outros:

Aspectos Físicos Naturais:

Ambiente Morfológico: □ Fundo de Vale ■ Encosta □ Topo de Morro □ Outros

Declividade do Terreno: □ Alta □ Média ■ Baixa

Risco Geológico-geotécnico: □ Inexistente □ Escorregamento ■ Inundação □ Outros

Existência de elementos geradores de restrições legais à ocupação: □ Curso D´agua □ Nascente □ Linha de Transmissão □ Adutora □ Oleoduto □ Gasoduto

□ Rodovia □ Ferrovia □ Metrovia □ Outros

Parcelamento e Uso do Solo:

Tamanho médio dos lotes: __ m² | Traçado: ■ Regular □ Irregular

Função principal das vias: ■ Veiculares □ De pedestres | Traçado: ■ Regular □ Irregular

Taxa de Ocupação do Solo: □ Alta □ Média ■ Baixa

Densidade Construtiva: □ Alta □ Média ■ Baixa

Quantidade de domicílios por lote: _1__________________________________________________________________________

Tipologia de Ocupação Residencial Predominante: ■ Unifamiliar □ Multifamiliar Horizontal □ Multifamiliar Vertical

Usos não residências existentes: □ Comércio e Serviços □ Indústra □ Outros

Page 159: Diagnóstico Habitacional

Fotos Vistoria:

Fotos: Tiradas em levantamento feito pela equipe da Integra Sociedade Cooperativa em setembro de 2011.

Page 160: Diagnóstico Habitacional

FICHAS DE CARACTERIZAÇÃO DOS ASSENTAMENTOS

Identificação: 01__________________________________________________________________________________________

Nome: Areia Vermelha_____________________________________________________________________________________

Bairro: Areia Vermelha_____________________________________________________________________________________

Referência de Localização: __________________________________________________________________________________

Foto Aérea:

Fonte: Google Earth, 2002

Dados Gerais

Número de Domicílios: _________________________________

Número de Famílias: 150/ 200___________________________

Área da Ocupação: -___________________________________

Propriedade: Privada___________________________________

Zoneamento: Macrozona de destinação rural_________________

Principal Acesso Viário: _________________________________

População:

Origem das Famílias: □ outros bairros □outras cidades □outros estados

Renda mensal familiar média: □ menos de 1 s.m. ■ 1 s.m. ■ 2 s.m. □ 3 s.m. □ mais de 3 s.m.

Habitações:

Quantidade média de cômodos por domicílio: □ 1 cômodo □ 2 cômodos □ 3 cômodos ■mais de 3 cômodos

Quantidade média de famílias por domicílio: 01_________________________________________________________________

Quantidade média de pessoas por domicílio: 02 a 05__________________________________________________________ __

Tipo predominante de construção: □ madeira ■ alvenaria □ outro

Gabarito predominante: □ térreo ■ 1 pavto. □ 2 pavtos. □ 3 ou mais pavtos.

Recuo Predominante: ■ Frontal ■ Lateral

Page 161: Diagnóstico Habitacional

Infra Estrutura:

Coleta de Esgoto na Residência: □ rede pública □ céu aberto □ fossa séptica ■ fossa negra

Destino Final do Esgoto: □ rede oficial □ córrego □ galeria pluvial

Abastecimento de Água: □ rede pública □ hidrômetro coletivo □ hidrômetro individual □ ligação clandestina ■ poço □ caminhão pipa

Iluminação das Vias: □ sim □ não ■ parcial

Coleta de lixo: ■ interior do núcleo □ nas ruas externas ao núcleo □ seletiva

Pavimentação das Vias: □ asfalto □ concreto □ terra □ paralelepípedo ■ parcial

Acessibilidade das Casas: □ escadarias □ vielas ■ ruas

Transporte Público: ■ponto no bairro □ ponto no entorno

Drenagem: □ sim ■ não

Equipamentos no bairro:

Educação: □ Infantil ■ Fundamental □ Médio

Saúde: □ Hospital ■Posto de Saúde

Lazer e Cultura: □ Praça □ Parque □ Outros. Quais____________________________________________________________

Outros:

Aspectos Físicos Naturais:

Ambiente Morfológico: □ Fundo de Vale ■ Encosta □ Topo de Morro □ Outros

Declividade do Terreno: □ Alta ■ Média □ Baixa

Risco Geológico-geotécnico: ■ Inexistente □ Escorregamento □ Inundação □ Outros

Existência de elementos geradores de restrições legais à ocupação: □ Curso D´agua □ Nascente □ Linha de Transmissão □ Adutora □ Oleoduto □

Gasoduto □ Rodovia □ Ferrovia □ Metrovia □ Outros

Parcelamento e Uso do Solo:

Tamanho médio dos lotes: __ m² | Traçado: ■ Regular □ Irregular

Função principal das vias: ■ Veiculares □ De pedestres | Traçado: □ Regular □ Irregular

Taxa de Ocupação do Solo: □ Alta □ Média ■ Baixa

Densidade Construtiva: □ Alta □ Média ■ Baixa

Quantidade de domicílios por lote: _1__________________________________________________________________________

Tipologia de Ocupação Residencial Predominante: ■ Unifamiliar □ Multifamiliar Horizontal □ Multifamiliar Vertical

Usos não residências existentes: ■ Comércio e Serviços □ Indústra □ Outros

Page 162: Diagnóstico Habitacional

Fotos Vistoria:

Fotos: Tiradas em levantamento feito pela equipe da Integra Sociedade Cooperativa em setembro de 2011.

Page 163: Diagnóstico Habitacional
Page 164: Diagnóstico Habitacional