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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
AS DIFICULDADES DOS ALUNOS EM ELABORAR
TRABALHOS CIENTÍFICOS MONOGRÁFICOS
Eliane Maciel Souza Belarmino Orientador: Vilson Sérgio de Carvalho
PORTO VELHO / RO ABRIL - 2007
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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
Eliane Maciel Souza Belarmino
AS DIFICULDADES DOS ALUNOS EM ELABORAR
TRABALHOS CIENTÍFICOS MONOGRÁFICOS
Trabalho Monográfico apresentado como requisito avaliativo para conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Docência do Ensino Superior pela Universidade Cândido Mendes, sob orientação do professor Vilson Sérgio de Carvalho.
PORTO VELHO / RO ABRIL - 2007
3
Dedico em especial ao meu esposo Valter Belarmino pelo apoio nas horas
difíceis desta caminhada; À minha mãe Julieta Gomes pelo amor
incondicional; À minha querida irmã Edilene da Silva
pelo carinho, sempre.
4
Agradeço em primeiro lugar, à Deus, por estar sempre presente na minha
vida; Em especial aos professores que me orientaram durante a realização desta
monografia.
5
RESUMO
O objetivo deste estudo é identificar as causas das dificuldades dos discentes de graduação na elaboração de monografias. Pretende-se analisar se o enfoque construtivista poderá minimizar as dificuldades inerentes ao pesquisador iniciante, a fim de torná-lo mais proficiente na elaboração de trabalhos monográficos. Esse estudo apresenta-se centrado na importância do aluno enriquecer suas pesquisas com um novo enfoque inovador que abrange a pesquisa, a fim permitir ao discente também trabalhar os aspectos subjetivos da pesquisa envolvendo aspectos que permitam uma maior amplidão do campo de pesquisa. Justifica-se a realização deste estudo envolvendo o tema sobre dificuldade de alunos na elaboração de monografias, considerando a hipóteses de que a teoria construtivista poderá ajudar a facilitar o processo de pesquisa e oferecer ao educando as bases de funcionamento da pesquisa científica na fase de iniciação para a elaboração de trabalhos monográficos. Assim, nessa linha de qualificação da pesquisa, ainda relacionada aos seus fins, considera-se as dificuldades que os acadêmicos têm ao se iniciarem nas pesquisas científicas, cuja identificação se fez com base na vivência do grupo e da reflexão dentro de um quadro a que o investigador, seja capaz de dialogando, descobrir e criar metodologias próprias de estudo e pesquisa, de forma a facilitar a elaboração de trabalhos científicos. Portanto, essa pesquisa é também uma pesquisa metodológica por que se voltam ao estudo de métodos ou de questões metodológicas.
PALAVRAS-CHAVE: metodologia, pesquisa, monografia, métodos, pesquisa
científica.
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METODOLOGIA
O objetivo deste estudo é identificar as causas das dificuldades dos
discentes de graduação na elaboração de monografias. Pretende-se analisar
se o enfoque construtivista poderá minimizar as dificuldades inerentes ao
pesquisador iniciante, a fim de torná-lo mais proficiente na elaboração de
trabalhos monográficos. Esse estudo apresenta-se centrado na importância do
aluno enriquecer suas pesquisas com um novo enfoque inovador que abrange
a pesquisa, a fim permitir ao discente também trabalhar os aspectos subjetivos
da pesquisa envolvendo aspectos que permitam uma maior amplidão do
campo de pesquisa.
Conforme Martins (2000): “trata-se, portanto, de um estudo para
conhecer as contribuições científicas sobre o tema, tendo como objetivo
recolher, selecionar, analisar e interpretar as contribuições teóricas existentes
sobre o fenômeno pesquisado”. (MARTINS, 2000, P. 28)
A metodologia do estudo realizou-se com pesquisa exploratória
bibliográfica e de campo com acadêmicos do curso de Pedagogia na
Faculdade de Porto Velho, instituição de Organização Acadêmica, com sede à
Rua Paulo Freire 4767.
A pesquisa tem caráter exploratório, segundo Martins (2000, p, 30) “se
constitui na busca de maiores informações sobre o assunto coma finalidade
formular problemas e hipóteses”.
A realização deste estudo considerou a hipóteses de que a teoria
construtivista poderá ajudar a facilitar o processo de pesquisa e oferecer ao
educando as bases de funcionamento da pesquisa científica na fase de
iniciação para a elaboração de trabalhos monográficos.
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SUMÁRIO LISTA DE GRÁFICOS .................................................................................... 08 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 09
1 O CONSTRUTIVISMO NA PRODUÇÃO ACADÊMICA .............................. 11
1.1 Uma análise sob o enfoque construtivista da dificuldade de produção
acadêmica monográfica .......................................................................... 11
1.2 As dificuldades dos discentes na elaboração da monografia ................... 15
1.3 Orientando e orientador: uma relação nem sempre compreendida e
muitas vezes conflitante .......................................................................... 18
1.4 O enfoque construtivista na produção do conhecimento e sua relação
com a prática de pesquisa para a produção monográfica ....................... 23
2 RESULTADOS DA PESQUISA ................................................................... 32
2.1 Caracterização da pesquisa ..................................................................... 32
2.2 Apresentação dos resultados ................................................................... 35
3 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ............................................................. 43
3.1 Análise dos resultados da pesquisa ......................................................... 43
CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................ 45
REFERÊNCIAS ............................................................................................... 48
APÊNDICE ...................................................................................................... 50
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LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 - Você considera que a disciplina Metodologia Científica no
contexto universitário tem um papel importante na aprendizagem dos métodos e técnicas de elaboração de monografias? .............. 35
Gráfico 2 – Você considera que a maioria dos alunos tem dificuldades na
escolha da metodologia mais adequada à elaboração e desenvolvimento de uma monografia? ...................................... 36
Gráfico 3 – Você tem dificuldades para elaborar um trabalho científico
monográfico? ................................................................................ 37 Gráfico 4 – A monografia exige um grau maior de aprofundamento em sua
parte teórica, um tratamento metodológico mais rigoroso e um enfoque original do problema, dando ao tema uma nova abordagem e interpretação. Qual a sua maior dificuldade? ......... 37
Gráfico 5 – Constando-se que não adianta ao discente, o conhecimento
dos componentes processuais e operacionais do trabalho científico, se não há por parte deste, a estratégia de processamento do texto, muitos alunos se queixam que não sabem colocar as idéias em um plano de desenvolvimento de trabalho. Você tem essa dificuldade? ...................................... 39
Gráfico 6 – Você considera que a relação entre orientador e orientando é
uma relação de mediação ou de conflitos? .................................. 40 Gráfico 7 – Você considera que a leitura é um fator fundamental para
o discente realizar suas produções científicas, mas envolve também um complexo sistema de processos cognitivos, recursos e estratégias mentais próprios do ato de compreender? ............. 41
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INTRODUÇÃO
A iniciação à pesquisa científica é um dos pré-requisitos para os
discentes começaram a desenvolver produções acadêmicas, essa fase envolve
a indicação de todas etapas do processo global das investigações científicas.
No entanto, esses componentes processuais e técnicos exigem a observância
de métodos científicos e operacionais de escrita.
A disciplina Metodologia Científica tem se apresentando nos cursos de
graduação de forma técnica e científica sem que seu contexto seja
correlacionado diretamente às necessidades dos educando na pesquisa e na
elaboração de trabalhos científicos.
Neste contexto, a literatura nacional tem abordado o tema de forma
superficial, a pesquisa educacional que demonstra a realidade na sala de aula
é ainda rara, especialmente quando se tratam de problemas didático-
pedagógicos no cotidiano universitário. As pesquisas sobre o contexto
educacional permitem avançar o nível de clareza das questões que envolvem
esse campo de investigação.
O discente/pesquisador terá que analisar a realidade e refletir sobre ela
dentro de um quadro a que o investigador seja capaz de, com ela dialogando,
utilizar metodologias para o direcionamento de seus estudos.
O objetivo deste estudo é identificar as causas das dificuldades dos
discentes de graduação na elaboração de monografias. Pretende-se analisar
se o enfoque construtivista poderá minimizar as dificuldades inerentes ao
pesquisador iniciante, a fim de torná-lo mais proficiente na elaboração de
trabalhos monográficos.
A relevância deste estudo apresenta-se centrado na importância do
aluno enriquecer suas pesquisas com um novo enfoque inovador que abrange
a pesquisa, a fim permitir ao discente também trabalhar os aspectos subjetivos
10
da pesquisa envolvendo aspectos que permitam uma maior amplidão do
campo de pesquisa.
Justifica-se a realização deste estudo envolvendo o tema sobre
dificuldade de alunos na elaboração de monografias, considerando a hipóteses
de que a teoria construtivista poderá ajudar a facilitar o processo de pesquisa e
oferecer ao educando as bases de funcionamento da pesquisa científica na
fase de iniciação para a elaboração de trabalhos monográficos.
Considerando-se que a disciplina Metodologia Científica no contexto
universitário representa um relevante marco na formação acadêmica,
permitindo um grau de significância e valorização da pesquisa, a partir da
aplicação de seus métodos e técnicas. Assim, o acadêmico ou o aluno em
formação tem contato com o texto científico de forma operacional, os meios e
recursos didáticos eficazes para a utilização correta dos procedimentos na
realização de produções científicas.
Assim, nessa linha de qualificação da pesquisa, ainda relacionada aos
seus fins, considerando-se as dificuldades que os acadêmicos têm ao se
iniciarem nas pesquisas científicas, cuja identificação se fez com base na
vivência do grupo e da reflexão dentro de um quadro a que o investigador, seja
capaz de dialogando, descobrir e criar metodologias próprias de estudo e
pesquisa, de forma a facilitar a elaboração de trabalhos científicos. Portanto,
essa pesquisa é também uma pesquisa metodológica por que se voltam ao
estudo de métodos ou de questões metodológicas.
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1 O CONSTRUTIVISMO NA PRODUÇÃO ACADÊMICA
1.1 Uma análise sob o enfoque construtivista da dificuldade de produção acadêmica monográfica
O enfoque construtivista neste estudo é apresentado como uma
ferramenta de investigação que estabelece um método de pesquisa mais
subjetivo que poderá permitir ao pesquisador experiências empíricas e o gosto
pela pesquisa, retirando de certa forma a demasiada dependência do
orientando ante o orientador.
Portanto, a estruturação do desenvolvimento da pesquisa, através do
enfoque construtivista, poderá permitir uma maior autonomia do discente.
Fazenda (1989) realizou um estudo sobre as dificuldades dos alunos em
desenvolver produções científicas monográficas. A motivação para a realização
do estudo centrou-se nas dificuldades sentidas pelos alunos na escolha da
metodologia mais adequada à elaboração e desenvolvimento de uma
monografia.
A monografia é um trabalho acadêmico que tem por objetivo a reflexão
sobre um tema ou problema específico e que resulta de um processo de
investigação sistemática. Segundo Bastos et al (2000, p. 12):
As monografias tratam de temas circunscritos, com uma abordagem que implica análise, crítica, reflexão e aprofundamento por parte do autor. Embora a monografia possa ser o relato de uma pesquisa empírica, o mais comum é que resulte num texto, produto de uma revisão de literatura criticamente articulada, que constitua um todo orgânico. A revisão de literatura não tem, portanto, um caráter aditivo e sim de integração de estudos sobre o tema abordado.
Assim esse tipo de produção acadêmica é realizada ao final dos cursos
de graduação e pós-graduação, e difere das dissertações de mestrado e teses
de doutorado quanto ao nível da investigação. Das últimas, é exigido um grau
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maior de aprofundamento de sua parte teórica, um tratamento metodológico
mais rigoroso e um enfoque original do problema, dando ao tema uma nova
abordagem e interpretação.
Traldi e Dias (1998, p. 9) consideram que “os trabalhos monográficos
constituem-se de parte importante da formação técnico-científica dos
acadêmicos nos cursos de graduação e pós-graduação, por este motivo
necessitam de um rigor metodológico e na podem ser submetidos à pura
espontaneidade criativa de quem elabora”.
Portanto, o discente precisa conhecer plenamente os aspectos
metodológicos, ou instrumentos utilizados para dotá-los de tal modelagem que
ganham progressivamente mais relevância na medida em que o pesquisador
vai se familiarizando com as normas e se especializando no ato de pesquisar.
Tachizawa e Mendes (2000, p. 4):
A monografia de análise teórica evidencia uma simples organização coerente de idéias, originadas de bibliografia de autores consagrados que escreveram a respeito do tema específico de escolha do aluno. Por sua vez a monografia de análise teórico-empírica é uma simples análise interpretativa de dados primários em torno de um tema, com apoio bibliográfico, enquanto a monografia de estudo de caso é desenvolvida a partir da análise de uma determinada organização.
Assim, constata-se que o desenvolvimento da monografia exige
planejamento do pesquisador por se tratar de um trabalho de iniciação
científica com etapas logicamente encadeadas em uma proposta metodológica.
Ferreira (1999, p. 136) define a palavra monografia como “dissertação” o
estudo minucioso que se propõe esgotar determinado tema relativamente
restrito. Assim, etimologicamente a palavra monografia é de origem grega:
monos (único) graphein (descrever), que significa fazer a descrição de um
assunto único resultante de investigação científica.
Autores como Salvador (1970); Salomon (1996) e Asti Vera (1979, p. 2)
consideram que “a monografia se define como um trabalho científico, escrito
13
sobre um único tema específico e delimitado com escopo capaz de apresentar
uma contribuição relevante ou original”.
Neste aspecto, Fazenda (1989) considerou necessário identificar as
causas das dificuldades dos discentes na elaboração da monografia. E
analisou que a monografia é um desafio para os educandos pela falta de
familiaridade destes com o texto científico que exige três elementos: desafio,
exeqüibilidade e familiaridade. Além, do desconhecimento sobre a necessidade
de obedecer às normas e/ou padrões estabelecidos, como trabalho de cunho
científico que implica sua qualificação intelectual, domínio dos conhecimentos
técnicos necessários e cumprimento de normas que o rigor científico exige.
Neste sentido, Fazenda (1989) avaliou o fenômeno sob o enfoque
construtivista e sua relação no ato pedagógico da disciplina Metodologia
Científica na produção do conhecimento em sala de aula por parte dos
discentes, na compreensão dos textos científicos, nos usos de técnicas
metodológicas na prática das produções científicas em monografias.
Conforme Fazenda (1989, p. 23):
A Metodologia Científica é uma disciplina que favorece a elevação do nível de conhecimento técnico-científico do aluno, instrumentalizando-o para um melhor desempenho acadêmico e capaz de traduzir em produções científicas suas originais contribuições para a construção do conhecimento.
A disciplina Metodologia Científica é o pré-requisito para o discente
adentrar no mundo da pesquisa, a partir da observação das técnicas e métodos
aplicados pelo professor nas diversas etapas do processo global de ensino que
dará os subsídios para a realização da produção monográfica. Certamente, o
resultado deste processo deverá culminar com proficiência do discente para
produzir monografias.
A pesquisa científica é parte integrante e essencial da formação
acadêmica e lócus privilegiado de aprendizagem do saber-fazer, onde o aluno
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treina (por meios de ensaios) levar ao conhecimento de outras pessoas
(professores e acadêmicos) os estudos realizados.
A finalidade da pesquisa é ajudar aos futuros pesquisadores o
desvelamento dos problemas por eles enfrentados e as limitações, bem como
as formas encontradas para a superação dessas dificuldades e permitir ao
acadêmico/pesquisador novas e relevantes indagações sobre a necessidade
de buscar outros referenciais teóricos.
Todo objeto de pesquisa que pretende se fundamentar na subjetividade
é algo que precisa ser mais teoricamente aprofundado. A tradição de pesquisa
tem sido a da objetividade. Pesquisar a subjetividade supõe a audácia de
adentrar em outros campos tais como a psicanálise, por exemplo. A primeira
barreira que ele encontra refere-se a problemas e dificuldades da decodificação
simbólica que remete efetivamente à relação com a pesquisa.
O conhecimento de novos enfoques em pesquisa permite a imersão em
novos conhecimentos que possam subsidiar-lhe a produção do conhecimento,
na pesquisa, já que possibilita ao pesquisador múltiplas linguagens para a
apresentação dos resultados, bastando para isso, à escolha correta do
instrumento adequado e as técnicas utilizadas na coleta de dados. A escolha
da técnica está condicionada à competência do acadêmico/pesquisador em
explorar a técnica por ele utilizada, em suas múltiplas possibilidades.
Contudo, a análise sobre as aulas de Metodologia Científica precisa
contemplar um enfoque que enlace um processo único de ensino e
aprendizagem que se alicerce na relação didático-pedagógica mediada, a partir
de estudos, de análises, de sínteses, de acertos e de erros. Para que o
discente possa aprender com os erros e revivificar o seu aprendizado,
compartilhado com outros discentes, com o intuito de contribuir para o
crescimento de todos.
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1.2 As dificuldades dos discentes na elaboração da monografia
Na pesquisa realizada por Fazenda (1989) as dificuldades dos discentes
devem ser consideradas quanto à elaboração de monografias em vários níveis
metodológicos: a escolha da metodologia (abordagem/procedimento) e da
problemática, delimitação do tema, levantamento de hipóteses e
especificamente na fixação dos parâmetros que envolvem a identificação das
limitações da pesquisa, da tipologia do estudo, dificuldades no uso de
definições conceituais das variáveis do estudo, identificação dos níveis de
mensuração das variáveis e métodos.
Assim, Fazenda (1989) propôs os seguintes problemas com a turma de
discentes: Poderá o enfoque construtivista equacionar os problemas do ponto
de vista das tomadas de decisões pertinentes à pesquisa e à produção
científica? Como o enfoque construtivista poderia facilitar a elaboração de
produções monográficas? Portanto, a pesquisa teve o objetivo de identificar um
enfoque que possa facilitar a elaboração do trabalho monográfico, permitindo
ao discente se sentir seguro para desenvolvê-lo.
Assim, Fazenda (1989) aponta as dificuldades identificadas a partir de
um estudo de caso com 30 discentes que se dispuseram a participar da
pesquisa e indicar claramente suas próprias limitações na elaboração de
trabalhos monográficos.
Dentre as inúmeras dificuldades encontradas pelos discentes, pode-se
identificar através dos resultados do estudo de Fazenda (1989) que há
especialmente limitações nos discentes (4,5%) quanto à caracterização das
variáveis dentro do rigor científico da pesquisas. Assim, os discentes sentem
dificuldade para identificar as principais variáveis da situação-problema que
está sendo estudado. E neste contexto, também tem limitações (5%) para
analisar cada variável, o nível de especificação, o nível de mensuração e a
posição que ocupa em determinada relação no fenômeno estudado.
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Assim, os resultados do estudo realizado por Fazenda (1989)
demonstraram as dificuldades de 3% dos discentes pesquisados de dinamizar
o estudo quanto ao nível de mensuração quantitativa para representar em
dados e nas discussões dos resultados da pesquisa.
As definições conceituais e operacionais destacam-se também como
fator de dificuldades de 3% dos discentes que declararam ter dificuldade no
correto entendimento da metodologia e dos resultados da pesquisa, quanto à
definição conceitual e operacional dos principais termos e variáveis que serão
utilizados ao longo do trabalho científico, considerando-se que apresentam
receio ou medo de deixar o trabalho vago e disperso, e temem também a
homogeneidade de interpretação e de medição no contexto metodológico do
trabalho científico para conferir ao estudo a precisão e fidedignidade.
Assim, os discentes apontaram as dificuldades quanto ao
aproveitamento, dos instrumentos de pesquisa que podem condicionar ou
restringir a dimensão que o pesquisador gostaria de abordar e os desafios de
identificar no estudo a área geográfica e física de atuação da pesquisa e o
dimensionamento da população a ser estudada também sempre se constitui
em um desafio ao discente/pesquisador iniciante.
A formulação das hipóteses de Fazenda (1989), a partir do estudo
demonstrou 4% dos discentes consideram que têm dificuldades no
procedimento da pesquisa, quando se tratam de fazer correlações entre duas
ou mais variáveis existentes ou da necessidade de criar suposições idealizadas
na tentativa de antecipar respostas do problema de pesquisa.
As pesquisas realizadas através de estudo dos elementos que compõem
uma amostra extraída da população são também consideradas difíceis, já que
a população se constitui em um conjunto de indivíduos ou objetos que
apresentam em comum determinadas características definidas para o estudo
sendo, portanto, complexo determinar uma amostragem.
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Nos resultados da pesquisa, 6% dos pesquisados demonstraram
dificuldades para realizar operações com método de amostragem probabilística
que exigem que cada elemento da população seja aplicada as técnicas
estatísticas de inferências ou induções sobre a população a partir do
conhecimento da amostra.
As principais dificuldades apontadas apontam os processos que
precisam de técnicas e métodos de Metodologia Científica. Mas, há também
outros problemas identificados em 10% dos discentes analisados sob o prisma
da proficiência na escrita e a organização das idéias. Constando-se que não
adianta ao discente, o conhecimento dos componentes processuais e
operacionais do trabalho científico, se não há por parte deste a estratégia de
processamento do texto. Muitos alunos se queixam que não sabem colocar as
idéias em um plano de desenvolvimento de trabalho.
Neste aspecto, Fazenda (1989) avaliou as queixas sobre as dificuldades
metodológicas ou da realização de interação entre síntese pessoal a leitura e a
escrita durante a elaboração da monografia.
Assim, constatou que a leitura é o processo que caracteriza a
oportunidade para compreender os textos escolhidos para a pesquisa e as
estratégias para a compreensão deverão conter. E conforme Kleiman (2000, p.
7) envolvem “múltiplos processos cognitivos em um conjunto de processos,
atividades, recursos e estratégias mentais próprios ato de compreender”. Ainda
Andrade (2003, p. 12) expõe:
O processo de transmissão/aquisição de cultura, apesar de todo o avanço tecnológico observado na área de comunicações, ainda é fundamentalmente realizado através da leitura (...). Há, contudo, os alunos que não gostam de leitura. O fato é que os estudantes não estão habituados a encarar a leitura como um processo mais abrangente, que envolva o leitor com o autor, não conseguindo prestar atenção, entender e analisar o que lêem.
Assim, a importância da leitura é fundamental para o discente que
pretende se tornar proficiente na elaboração de monografias. Portanto, cabe ao
discente também buscar uma técnica ou procedimento que possa facilitar a
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compreensão dos textos (significância, delimitação de suas dimensões, análise
da materialização lingüística, as intenções e objetivos do autor) para a
formulação de pressupostos sobre a temática que envolve a apreensão do
objeto em estudo.
Os resultados demonstraram que muitos discentes têm dificuldades na
análise dos resultados de monografias de caráter empírico ou de estudo de
campo, por que tem dificuldades de centralizarem-se na questão da pesquisa,
e muitos apontaram que se sentem despreparados para comprovar hipóteses e
fazer interpretações. Outro fator muito indicado como problemática se constitui
na escolha dos métodos e na interferência demasiada dos orientadores.
Portanto, avaliou-se nestes resultados que a relação orientador/orientando é
sempre conflituosa.
1.3 Orientando e orientador: uma relação nem sempre compreendida e muitas vezes conflitante
O sentido da iniciação científica como propiciadora de pesquisa, com
uma dinâmica operacional própria na qual o docente tem um papel muito
importante de orientador e de estimulador à criatividade deve ser concebida
como uma atividade interventiva e de interação que envolve e comporta várias
modalidades de conflito e tensão na relação entre quem orienta (o docente) e
quem é orientado (o discente).
Nesse contexto, discute-se a pesquisa, mas não se discute o papel de
quem orienta a pesquisa. O pesquisador iniciante se dá conta da sua
incompetência e dificilmente consegue apreender e superar os limites de sua
possibilidade diante das questões que envolvem a correlação entre método de
abordagem1 e métodos de procedimentos2 na escolha do tema da pesquisa.
1 Método de abordagem é o conjunto de procedimentos utilizados na investigação de fenômenos ou no caminho para chegar-se à verdade (CERVO & BERVIAN, 1983, p. 23). Outras características dos métodos de abordagens são constituírem-se de procedimentos gerais, baseados em princípios lógicos, permitindo sua utilização em várias ciências (ANDRADE, 1999, p. 113).
19
Na verdade, não há dialética para dimensionar a importância do método
na pesquisa, já que os professores da disciplina Metodologia Científica não
estabelecem a correlação entre tipos de pesquisa e métodos
(abordagem/procedimento).
A incompetência do aluno/orientando se manifesta não só nas formas de
perceber essa relação inquestionável e eficaz no momento da pesquisa, como
nas dificuldades de apreender o fenômeno estudado. Deve-se considerar
ainda, a impotência do orientador perante as limitações de formação do
orientando. Daí, a necessidade de um estudo específico sobre conhecimento
científico e abordagem da pesquisa.
Por vezes também, o aluno não consegue progredir por causa de
orientações inadequadas, pela rigidez e intolerância, a falta de abertura por
parte do orientador em acatar a postura do orientando, a limitação do tempo de
atendimento de orientação para cada aluno, dentre outras dificuldades.
Compreende-se que deverá haver uma reciprocidade na relação entre
orientador/orientando, sendo indiscutível que o orientador deverá apenas
dimensionar o papel dos métodos de abordagem (dialético, fenomenológico,
estruturalista, funcionalista e outros) e métodos de procedimentos (Estatístico,
comparativo, estudo de caso e outros), direcionando as características de cada
método com o tipo de pesquisa.
Sem dúvida, o reconhecimento deste processo por parte do aluno
facilitaria imensamente a pesquisa. No entanto, constata-se na disciplina
Metodologia Científica uma corrente tecnicista que se aflora no seio
universitário enfocando basicamente os processos na forma estética3 e não há
preocupação em demonstrar ao aluno, como se utilizam os métodos e como
chegar a resultados de forma mais abrangente e enriquecedora. 2 Os métodos de procedimentos têm um caráter mais específico, relacionando-se, não com o plano geral, mas com suas etapas (LAKATOS, 1985, p. 32). 3 Dimensionam-se nas universidades uma idéia de estética estritamente regulamentada nas normas da ABNT, assim, muitos orientadores se miram nesta questão e esquecem o mais importante: o conteúdo e a pesquisa.
20
Conforme critica severa de Fazenda (2004, p. 36), “infelizmente, há
orientadores que mantém ainda uma excessiva dominância quantitativista das
ações habituais, das ações do dia-a-dia e privilegiaram particularmente a
simetria”.
Assim constata-se, a crítica em relação aos orientadores quanto ao
problema “da identidade das estruturas normativas” que os fazem se perderem
em regras e mais regras. Mas, esse antigo paradigma se defronta com uma
viva oposição de diferentes tendências que confluem na crítica profunda a tais
posturas.
O cotidiano das pesquisas na universidade tem favorecido ao aluno o
interesse crescente pelas atividades do dia-a-dia, pelas questões mais
rotineiras que compõem os acontecimentos diários da vida e os significados
que se impõem no cotidiano do trabalho e da educação. Neste contexto, muitos
alunos preferem pesquisar situações do cotidiano que dizem respeito à suas
realidades subjacentes no trabalho, por exemplo, quando se trata de pesquisa
com enfoque administrativo. As repartições públicas e privadas são sempre
cotadas para estágios4 e pesquisas de campo.
O estudo das realidades que formam o cotidiano tem se realizado por
óticas diferentes. O conceito cotidiano não pode ser tomado univocamente
como se todos os trajetos de vida estivessem sujeitos às mesmas condições e
se traduzissem em realidades constantes, uniformes, independentes de
condições objetivas em que essas vidas acontecem. Conforme Fazenda (2004,
p. 37):
As pesquisas que visaram até esta época submeter os atos a uma análise mais experimental passaram a especificar o conceito de cotidiano operacionalizando-o, a partir de dados empíricos observados com uma estratégia experimental. O cotidiano passou a ser decomposto em parcelas definidas e cada parcela operacionalmente mensurável constitui-se uma unidade fundamental para se verificar a ação global.
4 O estágio supervisionado é um componente obrigatório da organização curricular das licenciaturas, sendo uma atividade intrinsecamente articulada com a prática de ensino e com as atividades de trabalho acadêmico.
21
O comportamento e o cotidiano, em suma, são considerados como uma
síntese cristalizada e inconsciente de estruturas normativas que já foram
inculcadas e que regem as condutas ou as motivações dos atores sociais e
explicam à reprodução e a estabilidade da ordem social.
Os orientadores geralmente são muito convencionais e tem o hábito de
optarem pela natureza da pesquisa do orientando, acreditando estar exercendo
o seu papel intelectual. Contudo, a liberdade de optar é fundamental para
prover de motivação o pesquisador, especialmente ele próprio, estabelece um
método para sua pesquisa menos convencional, ou que entra em desacordo
com a abordagem metodológica do orientador.
Conforme Luna (apud Fazenda, 2004), existem muitos descaminhos
entre orientando e orientador. Explica-se basicamente pela visão que o
orientador tem da realidade subjacente, ou seja, a visão própria de quem
estabelece como intelectual uma forma de visualizar a realidade. Portanto, se o
orientador considera possível apreender toda a realidade, e tem a experiência
como retrato do real, é bem mais fácil para o aluno lidar com a pesquisa e
encará-la com mais naturalidade. Assim, cabe ao professor-orientador
desmistificar a pesquisa para o aluno, conforme diz Fazenda (2004, p. 21):
O pesquisador inicial se dá conta da sua incompetência e dificilmente consegue apreender e superar os limites de sua possibilidade. A incompetência se manifesta não só nas formas de perceber o fenômeno, como também nos caminhos possíveis de desvendá-lo, ou, ainda, nas teorizações possíveis de serem realizadas e nas que, necessariamente, precisam ser recuperadas.
Contudo, dificilmente os orientadores possuem essa atitude educativa
com o orientando, aspecto falho e profundamente desmotivador para o aluno
se considerar incapaz de realizar uma pesquisa a contento.
Percebe-se neste contexto que este tipo de postura demonstra que o
orientador não possui uma visão global e não admite a interdisciplinaridade dos
22
campos de conhecimento que se interligam para enriquecer o trabalho. Esse
processo é devastador, por que expressa o caráter compartimentado do saber
na universidade. Ainda conforme Fazenda (2004, p. 23):
Por isso as análises quantitativas permanentes sempre exteriores aos sujeitos que produzem os fatos e, portanto, são plenamente prescindíveis, desnecessárias numa pesquisa. Esse grupo de pesquisadores vai centrar seu interesse no contexto dos sujeitos, abandona todas as medidas, todas as quantificações para tomar o dia-a-dia, aquilo que ocorre, as manifestações que são expressas pelas pessoas.
Por esta razão os conflitos entre orientador e orientando, quando este
último sempre se considera incompreendido e sendo, portanto, obrigado a
fazer o que o orientador determina. Neste contexto, Fazenda (2004, p. 21)
expressa:
O orientador precisaria caminhar em novas teorizações, mas, sente-se tolhido ao fazer o outro compreender as teorizações, até, já superadas. Entretanto, ele persiste na luta, na perseguição de uma utopia, no desejo de que, em rompendo as primeiras amarras, a liberdade intelectual do orientando possa ser, enfim, alcançada.
Compreende-se que as teorizações geralmente se apresentam ao
educando de forma tecnicista, cujos métodos de ensino não priorizam a
experiência (empirismo). Mesmo se tratando da pesquisa como processo que
está inserido no cotidiano universitário, o ensino de Metodologia Científica se
apresenta em um contexto puramente teórico-científico e tende a não se
associar com a prática do educando.
Por outro lado, deve-se constatar também o problema apontado por
Fazenda (2004, p. 31) revela que:
O primeiro fato que me chama a atenção, que me impressiona durante essa trajetória é a ocorrência de casos de excessiva dependência do orientando ante o orientador. O orientando, este candidato a pesquisador que está fazendo a sua pós-graduação, espera demais do orientador do que ele pode efetivamente dar. Sua expectativa com relação à contribuição do orientador parece ir muito além do que ele eventualmente poderia oferecer.
23
A dependência se estabelece de forma negativa, por que os alunos na
delimitação da proposta de trabalho, na sua estruturação, no desenvolvimento
da própria pesquisa, na redação final do texto, e a orientação, a participação do
professor orientador, que deveria ser um contraponto, apenas uma baliza, um
elemento de comparação, acaba se transformando numa tarefa, às vezes, de
reelaboração do trabalho, de uma prática muito mecânica de fazer junto aquilo
que deveria, na realidade, ser obra eminentemente pessoal do orientando.
É fundamental ao docente buscar construir no aluno uma autonomia
básica no processo de análise dos fenômenos descobertos e na proposição ao
lidar com os métodos e técnicas interpretativas. Considerando-se que na
iniciação científica muitas vezes o orientando tem insegurança excessiva sobre
suas competências para desenvolver um bom trabalho monográfico. E o
orientando acaba, algumas vezes, arrastando o orientador à postura um tanto
quanto inadequada. E, de seu lado, além de tender a cair numa certa
ansiedade e angústia, fica inibido, fica petrificado, sem ímpeto para suprir suas
lacunas que são reais, mas, podem ser eventualmente superadas.
O processo de orientação que fundamentalmente deveria ser um
processo de discussão, de debate, um processo de leitura conjunta, de leitura
em parceria, fica muito sacrificado, uma vez que se passa a maior parte do
tempo de trabalho comum procurando resolver problemas do tipo "o que fazer",
"como fazer", tratando dessa operacionalidade do processo como se houvesse
uma operacionalidade, uma técnica em si que pudesse suprir a criatividade
científica, a capacidade de produção do conhecimento que supõe,
necessariamente, um ímpeto criador.
1.4 O enfoque construtivista na produção do conhecimento e sua relação com a prática de pesquisa para a produção monográfica
A pesquisa é definida como uma forma de estudo de um objeto. Este
estudo deve se realizar de forma sistemática com a finalidade de incorporar os
24
estudos obtidos em expressões comunicáveis que permitam um significado de
realidade.
Como o construtivismo se insere na prática da disciplina metodologia
Científica para auxiliar o discente na elaboração de trabalho monográfico?
Como o enfoque construtivista poderá facilitar a construção deste olhar sobre
as técnicas e métodos para a produção do conhecimento científico?
Neste estudo, aponta-se o construtivismo como enfoque para resgatar a
busca do conhecimento e as formas de construção de um novo conhecimento.
Buscou-se analisar nesta problemática como o discente poderá se beneficiar
desta interação pedagógica no cotidiano das práticas de pesquisa.
Na visão de Polimeno e Freire (1999, p. 10):
A leitura, dentro de uma visão construtivista, relaciona-se com a pesquisa no sentido amplo de levar o aluno a interpretar o mundo, pois não basta decodificar as representações indicadas, mas é essencial produzir os meios para conhecer o objeto, transformando-o e transformando-se.
A correlação entre a teoria construtivista e a prática da pesquisa para a
produção de trabalhos científicos, enquanto processo de aprendizagem permite
uma prática pedagógica rica no sentido de formar o discente para a realização
da pesquisa científica.
O construtivismo favorece ao discente trabalhar as habilidades técnico-
operativas que constituem a raiz base da prática de construção do
conhecimento como pressuposto do construtivismo. O sujeito é levado a buscar
a compreensão do objeto ao mesmo tempo em que tem a oportunidade de
articular teoria e prática em conexão com as disciplinas de Prática de Pesquisa
e Metodologia Científica em uma ação interdisciplinar, nos processos
pedagógicos e nas relações sociais mais amplas para a construção das
recontextualizações para a realidade pesquisada.
25
Os trabalhos psicológicos de Piaget (1977) e Vygotsky (apud Menezes,
1984)5 deram incremento ao construtivismo que emergiu como uma teoria
influente no currículo e no ensino. Nas análises teóricas de Polimeno e Freire
(1999, p. 37), “a implementação do construtivismo para a formação de uma
prática social na pesquisa, em contato com outras disciplinas, e somente na
totalidade das relações que ocorrem nas interações com outros meios
culturais”.
O termo construtivismo surge porque o sujeito constrói seu
conhecimento em duas dimensões complementares, como conteúdo e como
forma ou estrutura, como conteúdo ou como condição prévia de assimilação de
qualquer conteúdo. A consciência é, segundo Piaget (1984), construída pelo
próprio sujeito na medida em que ele se apropria dos mecanismos íntimos de
suas ações.
Assim, a teoria da Aprendizagem com base no construtivismo parte do
pressuposto de que o pesquisador deverá na pesquisa resgatar a própria
concepção do mundo, a partir da reflexão sobre as próprias experiências.
Conforme Moretto (2003) a reflexão sobre a experiência consiste em
colocar em prática a aprendizagem. Que parte de duas premissas: 1- A
aprendizagem é uma constante procura do significado das coisas. A
Aprendizagem deve pois, começar pelos acontecimentos em que os alunos
estão envolvidos e cujo significado procuram construir; 2- A construção do
significado requer não só a compreensão da "globalidade" como das "partes"
que a constituem. As partes devem ser compreendidas como integradas no
contexto das globalidades.
O processo de aprendizagem deve, portanto, centrar-se nos "conceitos
primários" e não nos fatos isolados; Para se poder ensinar bem é necessário
conhecer os modelos mentais que os alunos utilizam na compreensão do
5 Ambas as obras de Piaget e Vygotsky são amplamente discutidas no livro de Psicologia Cognitiva de Regina Carvalho Menezes. Paz e Terra, 1984.
26
mundo que os rodeia e os pressupostos que suportam esses modelos;
Aprender é construir o seu próprio significado e não o encontrar as respostas
certas dadas por alguém.
A proposta construtivista não pretende instalar um regime de ausência
de regras, nem de esvaziar os objetos que se colocam frente ao conhecimento,
pelo contrário, de alguma forma, o discente busca a ação que dá significado ao
objeto de estudo. Mas apresenta os seguintes postulados:
Tabela 01 – Os postulados de base construtivista
Fonte: (MORETTO, 2003, p. 43)
A concepção construtivista dá a significação que o objeto de estudo
representa na ação sensorial, afetiva e cognitiva do discente, por que permite
que este insira a sua práxis vivencial ou experiência empírica. A teoria
construtivista na educação poderá ser a forma teórica ampla que reúne as
várias tendências atuais do pensamento educacional na construção de uma re-
significação do caminho didático-pedagógico.
O construtivismo, segundo Becker (2001, p. 56):
É uma forma de conceber o conhecimento: sua gênese e seu desenvolvimento e, por conseqüência, um novo modo de ver o universo, a vida e o mundo das relações sociais, permitindo ao pesquisador, levar em conta as construções das estruturas sociais, políticas, culturais e ideológicas que interferem no campo social da pesquisa. A construção do conhecimento se faz por meio da interação com o objeto pela linguagem, a qual é considerada como característica fundamental do homem vista como ser social.
POSTULADOS DO CONSTRUTIVISMO
1- O pesquisador não deverá supor a existência de um mundo exterior independente do observador, para levar em conta a atividade daquele que observa; 2- O pesquisador deverá entender que a realidade é construída (inventada) pelo sujeito cognoscente; ela não é um dado pronto para ser descoberto; 3- O pesquisador deverá compreender que os conhecimentos não são uma descrição da realidade dada, mas uma representação que dela construímos, construção esta cuja função é adaptativa, isto é, permite ao indivíduo prever as regularidades e assim viver num mundo de limitações, representado pelo mundo das coisas.
27
O discente em sua pesquisa na prática poderá estabelecer várias
técnicas metodológicas para atingir a “realidade objetiva social”. De acordo
com Becker (2001, p. 144):
A realidade objetivada poderá determinar as características sociais dos momentos dialéticos da realidade social na pesquisa: a sociedade é produção humana; a sociedade é realidade objetiva; o homem é produção social, já que a sociedade tem uma gênese e uma história. Assim, a realidade construída socialmente é constituída de uma consciência que dá sentido às experiências intersubjetivas da realidade.
Assim, entende-se que o enfoque construtivista se adequa perfeitamente
à realidade construída socialmente e a realidade subjetiva têm um caráter
dinâmico, quando, a partir da pesquisa os conhecimentos são construídos.
A busca de novos enfoques na pesquisa (neste estudo, apresentado
como o construtivismo) permite a constituição de novos campos de
conhecimento que demandam, as opções sociais que necessariamente
envolvem os produtores do conhecimento científico. Nesse sentido, o caminho
percorrido pelas disciplinas mais antigas se renova e, como no caso daquelas,
essa renovação permanece até que um dado corpo de conhecimentos seja
considerado necessário e desejável, do ponto de vista da escolarização de
novas gerações. Até que isso aconteça, a articulação entre os diferentes
campos implicados se dá por meio das conexões interdisciplinares.
O método de pesquisa tradicional de pesquisa não aceita novas formas
de coleta e análises dos fenômenos, por que direciona a pesquisa para a busca
da objetividade científica. Na pesquisa educacional, o aluno deve escolher a
opção mais adequada para pesquisar, a partir de um método que lhe permita
alcançar o sucesso na pesquisa.
As abordagens metodológicas são vistas como o caminho do
conhecimento para a pesquisa científica, no entanto, investigar se constitui em
tarefa complexa. As investigações epistemológicas ou metodológicas sobre o
28
conhecimento científico é uma forma de procedimento que busca a melhor
forma de construção do conhecimento. A metodologia é um instrumento prático
que investiga fundamentalmente os métodos de conhecimento, ou seja, os
procedimentos que são articulados a partir do uso de teorias.
O século XIX foi muito importante para a formação de teorias que tinham
como influência, certas correntes filosóficas e epistemológicas que foram
utilizadas em diversas investigações científicas.
Nesse quadro de formulação de teorias na busca de métodos de
conhecimento, duas correntes filosóficas diferentes se constituíram como
elemento de discussão sobre soluções para problemas de ordem científica e
social. São elas o racionalismo e o empirismo como correntes teóricas
possuem suas limitações, por se mostram anacrônicas para a realidade do
estudo dos objetos, como conhecimento.
O racionalismo e sua lógica objetiva não expressam as condições para o
pesquisador em pesquisas que envolvem Ciências Humanas encontrar todas
as variáveis do conhecimento. Enquanto o empirismo é uma corrente filosófica
que está mais próxima da Teoria Construtivista, devendo o pesquisador apenas
alinhar os processos de interpretação dos dados com outros aspectos das
Ciências afins.
De acordo com Bhaskar (1978; 1979) a pesquisa científica de uma
maneira geral é considerada como uma atividade social crítica e dinâmica cujo
objetivo é a produção de conhecimento sobre os diferentes aspectos da
natureza do conhecimento e dos fenômenos.
A pesquisa como atividade social possui objetivos diversos, tais como: a
descrição, o controle, a predição e a explicação dos aspectos naturais e sociais
formadores de fundamentações e concepções sobre a natureza do objeto de
estudo. Embora cada um deles tenha a sua importância, a explicação é
considerada o objetivo maior da atividade científica.
29
Os métodos e técnicas permitem a penetração para além da superfície
dos fenômenos, buscando compreender as relações mais fundamentais e
determinantes dos fenômenos e suas regularidades empíricas bem
estabelecidas e desvendar as necessárias interconexões entre os fenômenos
pela explicação da sua estrutura subjacente e de seus mecanismos de ação.
O conhecimento (descobertas) das coisas que nos cercam precisa fazer
sentido, mas também corresponder aos fatos e fenômenos que observamos. A
pesquisa científica é produto de uma decisão de observar a realidade com
regras claras e rígidas. Estas regras são estabelecidas e aceitas por parte
considerável da comunidade científica.
Como se apresenta a produção desse saber no construtivismo para
estabelecer o saber científico, a produção de trabalhos monográficos e a
apropriação dos conhecimentos pelos discentes?
Uma das concepções do construtivismo está colocada como postulado
de base coerente com a nova física e os estudos Piagetianos: a construção do
saber e a subjetividade do conhecimento. Sob este aspecto, pode-se afirmar a
visão de conhecimento no enfoque construtivista não se apóia nos sonhos da
razão pela existência de uma "realidade segura”. Na pesquisa o discente
deverá buscar a realidade independente da observação que ele busca
apreender.
Assim, o papel do discente será descobrir a realidade, saber como
funciona e os mecanismos que interferem em suas diretrizes (políticos,
culturais, religiosos, ideológicos e sociais). Assim, o pesquisador deverá
constatar as leis que impõem essa realidade. Para que com estes dados possa
conhecer a realidade que se coloca. Em contraposição, o Construtivismo se
apresenta como uma corrente epistemológica que renuncia à objetividade tal
qual é proposta nas epistemologias empirista, realista e racionalista. Segundo
Moretto (2003, p. 42):
30
O construtivismo busca construir uma teoria de conhecimentos coerente e que leve em conta as questões levantadas pelos cépticos. Para chegar a esse intuito, os construtivistas tentam desenvolver "uma epistemologia que coloca tudo ao contrário", como observa Lynn Segal. Em vez de partir, como a maioria das epistemologias tradicionais, da existência de um mundo organizado que envia ao observador as informações que lhe permitirão conhecer a realidade, o Construtivismo parte do observador que constrói ou inventa a realidade com a qual ele estabelece uma correlação dialética por intermédio da experiência.
Assim, constata-se que o conhecimento se dá a partir da descoberta e
da concepção de mundo do observador que constrói ou inventar a realidade.
Os postulados de base do Construtivismo estão propostos neste nível de
compreensão:
Segundo Moretto (2003), o construtivismo é uma teoria do conhecimento
e não uma teoria do ser, portanto, não nega a existência de um mundo exterior
ao sujeito cognoscente, mas considera que este faz experiências que lhe
permitem conviver com as limitações que o mundo das coisas impõe.
Quando o discente realizar uma experiência, depois outra e outra, etc.
Ele as compara umas com as outras. Depois de uma série de experiências
bem sucedidas, o sujeito deverá tentar estabelecer uma regularidade no
conjunto delas. Essa regularidade lhe permitirá fazer previsões para as novas
experiências possíveis. Já as experiências sem sucesso permitirão ao sujeito
representar o mundo das coisas como uma limitação. Os fracassos não são
repetidos, pelo contrário, são experimentos evitados, uma vez ocorridos.
De acordo com Moretto (2003) as experiências bem sucedidas
possibilitam construir uma representação das condições viáveis deste mundo.
Este fato mostra o conhecimento como função adaptativa, isto é, o sujeito
cognoscente constrói seus conhecimentos para viver (sobreviver) num mundo
de limitações.
Assim, constata-se que o postulado do construtivismo é a construção do
conhecimento pelo discente, na sua visão da realidade, já que ao comparar os
31
experimentos do momento (visual, tátil, ou outro), poderá constatar o
comportamento das coisas e seus limites. Neste processo, o comportamento é
objetivado, criando assim o objeto de conhecimento para elaboração de um
conceito e, portanto as relações repetíveis constituem-se em um método
racional de construção científica.
Na concepção de Moretto (2003, p. 46):
Para o sujeito cognoscente, este mundo é a realidade constitutiva de um conjunto de limitações às quais ele deve se adaptar. Neste mundo, o sujeito fará experimentos e construirá uma nova realidade que passará a constituir o mundo de suas experiências. Essas experiências são a única realidade à qual ele tem acesso pelo conhecimento.
Assim, conhecimento é uma função adaptativa e depende também do
ambiente físico e social.
Portanto, as qualidades desejáveis na iniciação científica através dos
depoimentos de discentes e professores orientadores em um momento em que
muitos alunos desconhecem ou conhecem parcialmente o que era iniciação
científica e os benefícios diretos e indiretos para seus estudos de graduação,
poderão a partir do construtivismo, iniciar a pesquisa científica como forma de
socialização.
32
2 RESULTADOS DA PESQUISA
2.1 Caracterização da pesquisa
A pesquisa constituiu-se em um estudo descritivo-interpretativo, numa
abordagem qualitativa, objetivando uma análise detalhada dos procedimentos
que orientaram a elaboração do presente estudo.
Vergara (1998, p. 58) defende que “método é um caminho, uma forma,
uma lógica de pensamento”. O método de pesquisa utilizado neste estudo
orientou-se pelo indutivo que permite desenvolver a investigação do particular
para o geral, buscando identificar os processos em as teorias podem ser
generalizadas.
A pesquisa tem cunho quantitativo (probabilidades estatísticas) e
qualitativo, portanto, ambos foram utilizados de forma combinada neste estudo.
A caracterização da pesquisa conforme a taxonomia proposta por
Vergara (1998), pode se classificar em relação a dois aspectos: quanto aos
objetivos e quanto aos procedimentos adotados para investigação constituiu-se
de pesquisa de campo com o objetivo de identificar as dificuldades dos
acadêmicos do Curso de Pedagogia da Faculdade de Porto Velho – FIP.
Quanto aos objetivos, a pesquisa foi exploratória, descritiva e
explicativa. Exploratória por que envolveu um estudo bibliográfico
sistematizado sobre a dificuldade de produção de monografias científicas pelos
acadêmicos, com a finalidade de identificar as causa das dificuldades
existentes.
O estudo delimitou-se a uma Instituição de Educação Superior de Porto
Velho, Rondônia, em que foram realizadas a pesquisa de campo com 40
acadêmicos das turmas de 7º e 8º períodos do curso de Pedagogia, em uma
33
amostra de 20 alunos de cada sala de aula, com o uso de instrumento de
pesquisa como o questionário.
A pesquisa foi também descritiva, à medida que buscou compreender e
descrever as características de uma determinada situação ou fenômeno.
Segundo Rudio apud Oliveira (1998), o propósito desse tipo de pesquisa é
descobrir e observar fenômenos, procurando descrevê-los, classificá-los e
interpretá-los. Neste caso, foram descritas as percepções dos acadêmicos que
estudam nesta instituição educativa de Ensino Superior.
Quanto aos procedimentos utilizados, esta pesquisa foi bibliográfica e
um estudo de caso na Faculdade de Porto Velho - FIP. A pesquisa é
bibliográfica por que compreendeu uma revisão da literatura disponível sobre o
tema, ou seja, um levantamento sistematizado de livros, artigos, dissertações e
outras publicações sobre o assunto, visando fundamentar teoricamente o
trabalho e subsidiar a análise dos dados coletados.
Finalmente, quanto à natureza das variáveis estudadas, esta pesquisa
pode ser classificada como quantitativa, pois buscou descobrir, compreender e
classificar a relação entre um conjunto de variáveis relacionadas às
dificuldades de realização de monografias científicas por parte dos
acadêmicos.
Na concepção de Lakatos e Marconi (2004), o método quantitativo
representa a intenção de garantir a precisão dos resultados, evitar distorções
de análise e interpretação, possibilitando, conseqüentemente, uma margem de
segurança quanto às inferências. Para as autoras, nesse tipo de estudo, a
coleta de dados pode ser feita através de questionários, entrevistas e
observações. Neste estudo foi utilizado o questionário aberto.
Este estudo pode ser considerado, também, correlacional, uma vez que
estabelece correlações entre as diversas variáveis sobre estudo e suas
correlações com as concepções dos alunos. Neste sentido, o delineamento da
34
pesquisa permite estabelecer relações de causalidade, gerando indicadores de
associações entre as diversas variáveis pesquisadas.
A primeira fase da pesquisa, que é denominada de exploratória, iniciou-
se a partir dos conhecimentos bibliográficos que favoreceu a realização da
fundamentação teórica sobre os procedimentos científicos e metodológicos que
envolvem a realização de um trabalho monográfico.
A segunda fase se concretizou com a pesquisa de campo realizada em
uma Instituição de Ensino Superior de Porto Velho, através de coleta de dados
com (40) quarenta acadêmicos sendo uma amostragem de vinte (20)
acadêmicos de cada turma de 7º e 8º períodos.
A realização desta investigação favoreceu a observação direta sobre as
queixas de dificuldades dos acadêmicos em realizar trabalho científico
(monografia) Essa fase caracterizou-se pela necessidade de definição dos
instrumentos a serem utilizados no estudo de caso (questionário, forma de
aplicação, forma de consolidação dos resultados e definição da população a
ser pesquisada).
A aplicação do questionário fechado foi parte fundamental no processo
de identificação da percepção dos entrevistados em relação às dificuldades de
realizar monografias. Como as perguntas fechadas dificultam a realização de
estatísticas, aptou-se por utilizar gráficos que demonstram os resultados da
pesquisa como foi realizada. A escolha da população pesquisada foi decidida
de forma intencional, considerando-se a facilidade de aplicação dos
questionários para a coleta de dados.
35
34 (85%)
6 (15%)
Sim
Não
2.2 Apresentação dos resultados
Gráfico 1 – Você considera que a disciplina Metodologia Científica no
contexto universitário tem um papel importante na aprendizagem dos métodos e técnicas de elaboração de monografias?
De acordo com o gráfico 1, dos acadêmicos pesquisados, 85%
consideram que a disciplina Metodologia Científica no contexto universitário
tem um papel importante na aprendizagem dos métodos e técnicas de
elaboração de monografias e 15% consideram que não tem relevância no
quadro de aprendizagem.
Assim, constatou-se que a disciplina Metodologia Científica ministrada
nos cursos de graduação tem a função de dar as orientações sobre a iniciação
científica e requisitos e métodos necessário para a produção científica em
monografias.
No entanto, o estudo bibliográfico demonstrou que essa disciplina ainda
está sendo ensinada de uma forma técnica e formal que pouco tem ajudado os
discentes em seus problemas efetivos quanto à produção científica
monográfica. Pelo contrário a disciplina, muitas vezes é apenas confundida
com um arsenal de técnicas e normas da ABNT que em nada ajudam à
proficiência do discente na elaboração da pesquisa e elaboração da
monografia.
Avaliou-se neste sentido que a disciplina Metodologia Científica permite
ao acadêmico conhecer as noras técnicas e diretrizes científicas par a
36
512,50%
2767,50%
820%
Sim
Não
Somente algunstêm dificuldadesexpressivas
compreensão de como realizar uma pesquisa e ter as noções básicas do
conhecimento científico, de como fazer uma investigação científica de acordo
com os métodos e fundamentos da lógica.
Gráfico 2 – Você considera que a maioria dos alunos tem dificuldades na escolha da metodologia mais adequada à elaboração e desenvolvimento de uma monografia?
Observa-se no gráfico 2, que 67,50% dos pesquisados consideram que
a maioria dos alunos tem dificuldades na escolha da metodologia mais
adequada à elaboração e desenvolvimento de uma monografia; 20%
consideram que não tem dificuldades e 12,50% consideram que somente
alguns têm dificuldades expressivas.
Averiguou-se que existem muitas dificuldades por parte dos acadêmicos
na elaboração de um trabalho científico como a monografia, a escolha da
metodologia ou a abordagem metodológica é um desafio para os acadêmicos
que geralmente não conhecem o conjunto de métodos ou caminhos percorridos
para a pesquisa.
Constata-se conforme Fazenda (2000) que falta aos educadores
tornarem a disciplina Metodologia Científica em prática que favoreça o
entendimento das formas de utilização das técnicas e abordagens. Portanto,
tornar o ensino da pesquisa mais próximo da realidade dos acadêmicos,
buscando amenizar os tecnicismos que marcam o ensino da busca do
conhecimento.
37
3382,50%
717,50%
Sim
Não
512,50%
1127,50%
1025%
1435%
definições e identificar osníveis das variáveis/ ométodos
identificar principais variáveisda situação-problema/ o nívelde especificação/ o nível demensuração/ posição queocupa em relação aofenômeno dos instrumentos depesquisa/ identificar a áreageográfica e física dapesquisa/ dimensionamentoda população a ser estudada
realizar operações commétodo de amostragem/ astécnicas estatísticas deinferências ou induções
Gráfico 3 – Você tem dificuldades para elaborar um trabalho científico monográfico?
Conforme o gráfico acima, 82,50% dos pesquisados consideram que
têm dificuldades para elaborar um trabalho científico monográfico e 17,50%
consideram que não apresentam dificuldades para elaborarem trabalhos
científicos como as monografias.
Gráfico 4 – A monografia exige um grau maior de aprofundamento em sua parte teórica, um tratamento metodológico mais rigoroso e um enfoque original do problema, dando ao tema uma nova abordagem e interpretação. Qual a sua maior dificuldade?
Constata-se no gráfico 4 que dos acadêmicos pesquisados, 14%
consideram que sua maior dificuldades é definir e identificar os níveis das
38
variáveis e o método; 15% consideram que suas dificuldades está em
identificar principais variáveis da situação-problema, o nível de especificação e
de mensuração, e a posição que este ocupam em relação ao fenômeno;
27,50% consideram difícil definir os instrumentos da pesquisa, identificar a
área geográfica e física da pesquisa e dimensionar a população a ser estudada
e 12,50% consideram que suas dificuldades residem em realizar operações
com métodos de amostragem, as técnicas e estatísticas de inferências ou
induções.
Dentre as inúmeras dificuldades encontradas pelos discentes, podem-se
identificar as limitações quanto à caracterização das variáveis dentro do rigor
científico da pesquisas. A dificuldade para identificar as principais variáveis da
situação-problema que está sendo estudada. E neste contexto, também tem
limitações para analisar cada variável, o nível de especificação, o nível de
mensuração e a posição que ocupa em determinada relação no fenômeno
estudado. Esses fatores contribuem para que o discente não consiga
determinar ao certo o grau de delimitação e conjuntura contextual da pesquisa.
Assim, como existem as dificuldades para dinamizar a pesquisa quanto
ao nível de mensuração quantitativa para representar em dados e nas
discussões dos resultados da pesquisa, encontrar definições conceituais e
operacionais, realizar o correto entendimento da metodologia e dos resultados
da pesquisa, quanto à definição conceitual e operacional dos principais termos
e variáveis necessários aos esclarecimentos do tema. Apontam-se as
dificuldades de identificar o melhor método para o desenvolvimento da
pesquisa.
39
25%
3895%
Sim
Não
Gráfico 5 – Constando-se que não adianta ao discente, o conhecimento dos componentes processuais e operacionais do trabalho científico, se não há por parte deste, a estratégia de processamento do texto, muitos alunos se queixam que não sabem colocar as idéias em um plano de desenvolvimento de trabalho. Você tem essa dificuldade?
Verifica-se no gráfico 5 que a grande maioria dos pesquisados (95%)
consideram que tem dificuldade em colocar as idéias em um plano de
desenvolvimento de trabalho, e 5% consideram que não tem dificuldades de
expressar as idéias.
Averiguou-se que 95% dos acadêmicos afirmaram ter dificuldades na
construção dos textos e na organização das idéias para realizar um trabalho
científico como uma monografia. A carência de textos que auxiliem a elaborar
monografias, devido à carência por textos que os orientem quanto aos passos
a serem dados na elaboração de trabalhos científicos são os principais motivo
das dificuldades enfrentadas pelos alunos na hora de elaborar o trabalho.
Constatou-se que muitos acadêmicos enfrentam problemas para
desenvolver uma monografia. As dúvidas são muitas e a insegurança devido à
falta de familiaridade com leituras científicas.
40
2357%
718%
1025%
Considero que existeuma grande mediação
Considero que hámuitos conflitos
Existem váriasdimensões demediação e deconflitos
Gráfico 6 – Você considera que a relação entre orientador e orientando é uma relação de mediação ou de conflitos?
Demonstra-se no gráfico 6 que 57% dos pesquisados consideram que
existe uma grande mediação na relação entre orientador e orientando; 18%
consideram que há muitos conflitos nessa relação e 25% consideram que
existem várias dimensões de mediação e de conflitos na relação entre
orientador e orientando.
Identificou-se na pesquisa que pode haver na relação entre orientando e
orientador posturas de mediação e de conflitos que se mesclam na conjuntura
de um trabalho de pesquisa.
Fazenda (2000) aponta que os conflitos se referem à ação diretiva do
orientador no processo que muitas vezes limita ou retira totalmente a liberdade
de escolha do pesquisador. Outros aspectos relevantes citados pela autora são
a falta de mediação no diálogo, considerando que muitos professores utilizam
uma linguagem técnica que não se direciona a prática.
41
3485%
615%
Sim
Não
Gráfico 7 – Você considera que a leitura é um fator fundamental para o discente realizar suas produções científicas, mas envolve também um complexo sistema de processos cognitivos, recursos e estratégias mentais próprios do ato de compreender?
O gráfico 7 demonstra que 85% dos pesquisados consideram que a
leitura é um fator fundamental para o discente realizar sua produções
científicas, mas envolve também um complexo sistema de processos
cognitivos, recursos e estratégias mentais próprios do ato de compreender e
15% consideram que não envolvem processos cognitivos complexos.
Kleiman (2000) considera que a leitura impõe a necessidade de técnicas
de interpretação com modelos teóricos subjacentes para o desenvolvimento do
processamento cognitivo da informação contida no texto.
Para a autora o leitor precisa analisar fatores intervenientes na
compreensão pela leitura e utilizar estratégias de leitura no processo de
apropriação da informação com base em estudos cognitivos, voltados para
questões de compreensão de leitura, busca-se analisar formas de apropriação
de informação, entendida como fundamental nas práticas sociais, mormente na
produção de conhecimento acadêmico.
A leitura é considerada um ato cognitivo na medida em que envolvem
processos cognitivos múltiplos, como percepção e reflexão sobre um conjunto
complexo de componentes. Entende-se que a falta de conhecimentos de
técnicas de leituras e as bases metodológicas para o acadêmico atingir esse
42
ato de interpretação, a elaboração de trabalhos científicos torna-se muito
complexa.
Nesta perspectiva, sem bases para retirar do texto as sua dimensões, é
visto pelo acadêmico como um objeto complexo, relacionado a um contexto
que o torna coerente, indistinto, com tantas e variadas dimensões que não se
sabe por onde iniciar a sua apreensão.
Na compreensão de um texto, segundo Kleiman (2000), estão
envolvidos: o engajamento do conhecimento prévio, o conhecimento textual e a
ativação do conhecimento do mundo para que não fique perdido no fundo da
memória. Sem essas condições prévias os acadêmicos enfrentam muitas
dificuldades.
43
3 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
3.1 Análise dos resultados da pesquisa
O estudo realizado favoreceu a compreensão das dificuldades dos
discentes na produção de trabalhos monográficos. Assim identificou-se no
percurso do estudo, a partir da análise de um estudo de caso realizado na
Faculdade de Porto Velho - FIP com discentes de curso de Pedagogia. Esse
estudo de caso favoreceu a compreensão de que uma das dificuldades
encontrada pelos discentes é a elaboração da etapa que exige planejamento
como a monografia.
Assim, constatou-se que existem muitas dificuldades por parte dos
acadêmicos na elaboração de monografias e alguns fatores são apontados
como qualificação intelectual, domínio dos conhecimentos técnicos necessários
e cumprimento de normas que o rigor científico exige; compreensão dos textos
científicos, o conhecimento de novos enfoques em pesquisa permite a imersão
em novos conhecimentos que possam subsidiar-lhe a produção do
conhecimento, dificuldades na escolha da metodologia
(abordagem/procedimento), na caracterização da problemática, delimitação do
tema, levantamento de hipóteses e especificamente na fixação dos parâmetros
que envolvem a identificação das limitações da pesquisa, da tipologia do
estudo, dificuldades no uso de definições conceituais das variáveis do estudo,
identificação dos níveis de mensuração das variáveis e métodos.
O estudo apontou a teria construtivista como forma de facilitar a
iniciação científica dos discentes nas tomadas de decisões pertinentes à
pesquisa e à produção científica, considerando-se que a partir deste enfoque
será possível facilitar a elaboração de produções monográficas, permitindo ao
discente se sentir seguro para desenvolvê-lo.
A leitura foi apontada na pesquisa bibliográfica como fator fundamental
para o discente realizar sua produções científicas, mas envolve também um
44
complexo sistema de processos cognitivos, recursos e estratégias mentais
próprios ato de compreender.
Verificando-se que cabe ao discente buscar vender essas dificuldades
através do uso de técnica ou procedimento que possa facilitar a compreensão
dos textos (significância, delimitação de suas dimensões, análise da
materialização lingüística, as intenções e objetivos do autor) para a melhor
compreensão do texto.
Identificou-se no estudo que existem muitos conflitos entre
orientador/orientando que muitas vezes desmotivam o discente a realizar a
pesquisa, ou o tornam alheio ao processo. Ao mesmo tempo permitiu analisar a
impotência do orientador perante as limitações de formação do orientando.
Daí, a necessidade de um estudo específico sobre conhecimento
científico e abordagem da pesquisa com base numa discussão que envolve
respeito pelo desejo de pesquisa do discente.
A proposta de uso de um enfoque construtivista vem exatamente de
encontra a uma maior democratização da pesquisa em relação ao orientador,
ou seja, o discente poderá através desta teoria engajar-se em um
conhecimento produzido e descritivo sem medo de ser taxado de subjetivo ou
anti-científico.
45
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A pesquisa realizada com os acadêmicos do curso de Pedagogia da
Faculdade de Porto Velho - FIP permitiu identificar que as dificuldades que
enfrentadas na elaboração de trabalhos científicos como às monografias.
Os resultados demonstraram claramente as dificuldades em colocar as
idéias em um plano de desenvolvimento de trabalho ou tem dificuldades de
expressar as idéias. Esse processo se caracteriza pela falta de uma orientação
para o planejamento do trabalho. As aulas de Metodologia Científica são
importantes para fornecer ao aluno as técnicas e métodos, mas precisam ser
inter-relacionadas à realidade da pesquisa.
Neste processo, as dificuldades de leitura e apropriação de suas
técnicas pode ser uma das principais causas dessa problemática reconhecida e
pouco avaliada como fenômeno de estudo.
O estudo demonstrou que o construtivismo, como teoria se constitui em
um enfoque que poderá facilitar o trabalho de pesquisa dos acadêmicos
iniciantes na pesquisa, considerando-se que seus postulados permitem a
construção do conhecimento e a ruptura com o modelo tradicional de pesquisa,
embasada em fontes e métodos que não permitem apreender o objeto de
estudo.
A Metodologia Científica favorece a elevação do nível de conhecimento
técnico-científico do aluno, instrumentalizando-o para um melhor desempenho
acadêmico e capaz de traduzir em produções científicas suas originais
contribuições para a construção do conhecimento.
O trabalho de pesquisa pode representar um inestimável instrumento
pedagógico no sentido de capacitar os discentes para que percebam que o
46
conhecimento científico ultrapasse os limites do senso comum, na medida em
que resultar de um esforço constante de formular e reformular explicações,
respostas, alternativas de solução ou interpretações sobre os fenômenos da
realidade natural, social e cultural na qual seus objetos de interesse que se
encontram inseridos.
Embora haja diferentes níveis de complexidade envolvidos no processo
de investigação, tendo em vista os objetivos a serem definidos e a maturidade
técnica, conceptual, teórica e metodológica necessária ao investigador, a
participação do discente nas várias fases do processo investigatório sempre
permite o estabelecimento de uma relação ativa entre ele e o corpo de saberes
envolvidos neste processo. Esta prática termina contribuindo de forma singular
para a aprendizagem.
O enfoque construtivista se apresenta como teoria que possui
postulados e aspectos práticos que envolvem o processo de estudo, produção
de texto, pesquisa e apresentação de trabalhos de natureza técnico-científico,
especialmente dedicado a discentes do ensino superior na superação das suas
dificuldades de aprendizagem, herdadas dos anos anteriores de escolaridade.
Os acadêmicos apresentam dificuldades no processo de pesquisa,
desde a produção do conhecimento em face da congruência necessária entre
método e instrumentos de pesquisa, e também no momento de produzir
trabalhos monográficos em face da falta de habilidade com textos científicos.
Constataram-se as dificuldades observando-se as próprias experiências
e perspectivas em um estudo de caso realizado com discentes do curso de
graduação em Pedagogia que participaram de uma pesquisa participativa,
avaliando suas dificuldades na elaboração de monografias.
Desta forma, os discentes demonstraram suas dificuldades e suscitou-se
a questão de que há a necessidade deste conhecer várias teorias no momento
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de definir as bases e fundamentos da pesquisa, utilizando a aplicação das
normas da Metodologia Científica para conduzir a realização da pesquisa e a
elaboração do trabalho monográfico. Levando-se em consideração que o aluno
se depara, inadvertidamente, com inúmeras dificuldades comuns no processo
de iniciação científica.
A principal delas, talvez, seja o fato de se ver diante de um discurso
filosófico por excelência e de textos com uma linguagem especificamente
científica; e, conseqüentemente, a necessidade de entendimento desses
textos, tendo em vista a elaboração, redação e apresentação formal de
monografias e artigos científicos sobre temas específicos.
Apresentam-se neste estudo algumas sugestões para o discente
minimizar as dificuldades na elaboração de trabalhos científicos, a saber:
• Buscar a leitura assídua de textos filosóficos, tendo em vista
familiarizar-se com o discurso próprio desta categoria de textos.
• Realizar fichamento destes textos objetivando-se uma apreensão mais
eficaz de seus conteúdos, tendo em vista conservar vestígios escritos do
trabalho e evitar o aborrecimento de se esquecer os pontos principais de
determinado texto.
• Dominar as técnicas de apresentação de seus escritos, através do
conhecimento das normas técnicas especificadas.
• Criar subsídios para a condução do processo de iniciação à pesquisa
científica e de produção intelectual. Neste contexto, a Metodologia Científica é
a chave de iniciação ao meio acadêmico por possibilitar o encaminhamento da
produção científica nos cursos de Extensão, Graduação e Pós-graduação.
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REFERÊNCIAS ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho científico: elaboração de trabalhos de graduação. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2003. ASTI VERA, Armando. Metodologia da pesquisa científica. Porto Alegre: Globo, 1976. BASTOS, Lília da Rocha; PAIXÃO, Lyra; FERNANDES, Lúcia Monteiro; DELUIZ, Neise. Manual para a elaboração de projetos e relatórios de pesquisa, teses, dissertações e monografias. 5 ed. São Paulo: ABPDEA, 2000. BECKER, Fernando. Educação e Construção do Conhecimento. Porto Alegre: Artmed, 2001. CERVO, A. L. BERVIAN, P. A. A metodologia Científica. 3 ed. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1983. FAZENDA, Ivani. Novos enfoques da pesquisa educacional. 5 ed. São Paulo: Cortez, 1989. ______. Metodologia da pesquisa educacional. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2000. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Aurélio XXI: o dicionário da língua portuguesa. Rio de janeiro: Nova Fronteira, 1999. KLEIMAN, Ângela. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. 7. ed. São Paulo, Campinas: Pontes, 1989. LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica. São Paulo: Atlas, 1985. LAKATOS, Eva Maria. O Falseamento e a Metodologia dos Programas de Pesquisa Científica. Belo Horizonte: Autêntica, 2004. MENEZES, Regina Carvalho de. Psicologia Cognitiva. Paz e Terra, 1984. MORETTO, Vasco Pedro. Construtivismo: a produção do conhecimento em aula. 3. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2003. PIAGET, Jean. A Linguagem e o Pensamento da Criança. São Paulo: Martins Fontes, 1977.
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______. Para onde vai à educação? Rio de Janeiro: UNESCO. 1984. POLIMENO, Maria do Carmo A. M.; FREIRE, Nádia M. B. Seminário sobre construtivismo. Mestrado em Educação. UNICAMP. 1999. SALOMON, Délcio Vieira. Como fazer uma monografia: elementos de metodologia do trabalho científico. 2 ed. Belo Horizonte: Inter Livros, 1996. SALVADOR, Ângelo Domingos. Métodos e técnicas de pesquisas bibliográficas. 2 ed. Porto Alegre: Sulina, 1970. TACHIZAWA, Takeshy e MENDES, Gildásio. Como fazer monografia na prática. 5 ed. São Paulo: Fundação Getúlio Vargas, 2000. TRALDI, Maria Cristina e DIAS, Reinaldo. Monografia passo a passo. Campinas, São Paulo: Alínea, 1998.
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APÊNDICE
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QUESTIONÁRIO APLICADO AOS ACADÊMICOS DO CURSO DE
PEDAGOGIA
1) Você considera que a disciplina Metodologia Científica no contexto universitário tem um papel importante na aprendizagem dos métodos e técnicas de elaboração de monografias?
( ) Sim ( ) Não
2) Você considera que a maioria dos alunos tem dificuldades na escolha
da metodologia mais adequada à elaboração e desenvolvimento de uma monografia?
( ) Sim
( ) Não
( ) somente alguns têm dificuldades expressivas.
3) Você tem dificuldades para elaborar um trabalho científico
monográfico?
( ) Sim
( ) Não
4) A monografia exige um grau maior de aprofundamento em sua parte
teórica, um tratamento metodológico mais rigoroso e um enfoque original do problema, dando ao tema uma nova abordagem e interpretação. Qual a sua maior dificuldade?
( ) Dificuldades no uso de definições conceituais das variáveis do estudo, identificação dos níveis de mensuração das variáveis e métodos;
( ) Dificuldade para identificar as principais variáveis da situação-problema que está sendo estudado, o nível de especificação, o nível de mensuração e a posição que ocupa em determinada relação no fenômeno estudado.
( ) Dificuldades quanto ao aproveitamento, dos instrumentos de pesquisa que podem condicionar ou restringir a dimensão que o pesquisador gostaria de abordar, os desafios de identificar no estudo a área geográfica e física de atuação da pesquisa e o dimensionamento da população a ser estudada.
( ) Dificuldades para realizar operações com método de amostragem probabilística que exigem que cada elemento da população seja aplicado as técnicas estatísticas de inferências ou induções sobre a população a partir do conhecimento da amostra.
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5) Constando-se que não adianta ao discente, o conhecimento dos componentes processuais e operacionais do trabalho científico, se não há por parte deste, a estratégia de processamento do texto, muitos alunos se queixam que não sabem colocar as idéias em um plano de desenvolvimento de trabalho. Você tem essa dificuldade?
( ) Sim
( ) Não
6) Você considera que a relação entre orientador e orientando é uma
relação de mediação ou de conflitos?
( ) Considero que existe uma grande mediação
( ) Considero que há muitos conflitos
( ) Existem várias dimensões de mediação e de conflitos
7) Você considera que a leitura é um fator fundamental para o discente
realizar sua produções científicas, mas envolve também um complexo sistema de processos cognitivos, recursos e estratégias mentais próprios do ato de compreender?
( ) Sim
( ) Não
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