Download pdf - El Barril e te - CeDInCI

Transcript
Page 1: El Barril e te - CeDInCI

e t eEl B a r r i l

Noviembre, 1963

S A L I M O S A R E M O N T A R N O S

K B S 2B

4$ 10.-

La Política y otras yerbas

Al hom bre púb lico , m uy especia lm en te a l p o ­lítico, h a y q u e ex ig irle q u e p o se a la s v irtudes púb licas , to d as la s c u a le s se re su m en e n una: fidelidad a la propia m áscara. Un hom b re p ú ­b lico q u e q u e d a m al en p úb lico e s m ucho peo r q u e u n a m ujer p ú b lic a q u e no q u e d a b ie n en p rivado . B rom as a p a r te , re p a ra d e n q u e no h a y lío político q u e no se a u n tru eq u e , u n a confu ­sión d e m ásca ra s , u n m al en sa y o d e com edia, en q u e n a d ie s a b e su pape l.

P rocurad , sin e m b a rg o los q u e v a is p a r a p o ­líticos, q u e v u e s tra m á s c a ra sea , en lo posib le, o b ra vuestra ; h a c é o s la voso tros m ism os, p a r a ev ita r q u e os la p o n g a n —q u e os la im pon ­g a n — vuestro s enem ig o s o vu estro s co rrelig io ­narios; y no la h a g á is ta n ríg ida , ta n im porosa e im p erm eab le q u e o s so foque el rostro, p o rq u e m ás ta rd e o m á s tem prano , h ay q ue dar la cara.

Escrib ir p a ra el p u eb lo ¡q u é m ás q u is ie ra yo! D eseoso d e escrib ir p a r a e l pueb lo , a p re n d í d e él cu an to p u d e , m u ch o m enos, c la ro e s tá , d e lo q u e él sab e . Escrib ir p a r a el p u eb lo es escrib ir p a r a el hom b re d e n u e s tra raza , d e n u es tra tie rra , d e n u e s tra h a b la , tre s co sa s in ag o tab le s q u e no a c a b a m o s n u n c a d e conocer. Escrib ir p a r a el p u eb lo e s llam arse C erv an tes , en Es­p añ a ; S h ak esp eare , en Ing late rra ; Tolstoy, en Rusia. Es el m ilag ro d e los gen ios d e l a p a la ­b ra . Por eso yo no h e p a s a d o d e folklorista, ap rend iz , a m i m odo, d e sa b e r popu lar. S iem ­pre q u e ad v irtá is u n tono seg u ro en m is p a la ­b ras , p en sa d q u e os estoy en se ñ an d o a lg o q u e creo h a b e r a p re n d id o del pueblo .

Si a lg ú n d ía a lc a n z á is u n poco d e n o to ried ad se ré is in te rro g ad o s so b re lo h u m an o y lo d iv i­no: ¿"Q ué o p in a u sted , m aestro del p o rven ir del m undo? ¿P iensa u s ted q u e el p a s a d o p u ed e

ser to ta lm en te ab o lid o ?" . Etc. Y h a b ré is d e re s ­ponder, so p e n a d e p a s a r p o r d esco rteses o por u su rp a d o re s d e u n a re p u ta c ió n to talm en te in ­m erecida. Tendréis, so b re todo, q u e a c e p ta r e n ­trev is tas y d iá lo g o s con h áb ile s period istas, q u e os h a rá n d ec ir en le tra d e m olde, co n v u es ­tra s m ism as p a la b ra s , no p rec isam en te lo q u e vosotros h a b é is d icho, sino lo q u e ellos creen q u e d eb iste is d ec ir y q u e p u e d e se r lo co n ­trario . . .

H ay e n esto u n p ro b lem a difícil, q u e los v ie ­jos políticos resu e lv en , a su m odo, con c ie rtas b e rn a rd in a s y frases am orfas, h áb ilm en te com ­b in a d a s , la s cu a les , v u e lta s d e l revés, v ienen a d ec ir ap ro x im a d am en te lo m ism o q u e el d e ­recho. Y el m a y o r p e lig ro p a r a voso tros es q u e d é is en im itar a los viejos políticos.

La política, seño res, e s u n a ac tiv id ad im por­tan tísim a . . . Yo no o s a c o n se ja ré n u n c a el a p o ­liticismo, sino, en últim o térm ino, el d esd e ñ o d e la po lítica m a la q u e h a c e n trep a d o re s y cu c a - ñ istas, sin o tro p ropósito q u e el d e o b ten er g a ­n a n c ia s y co lo car p arien tes . V osotros d eb é is hacer política, a u n q u e o tra co sa os d ig a n los q u e p re te n d en h a c e r la sin vosotros, y natural­m ente, c o n tra vosotros. Sólo m e a trev o a a c o n ­se ja ro s q u e la h a g á is a c a ra d escu b ie rta ; en el peo r ca so con m á s c a ra política, sin d isfraz d e o tra cosa; p o r ejem plo: d e lite ra tu ra , d e filoso­fía, d e religión. P o rq u e d e o tro m odo co n trib u i­ré is a d e g ra d a r a c tiv id a d e s ta n excelen tes, po r lo m enos, com o la política, y a e n tu rb ia r la p o ­lítica d e tal su e rte q u é y a no p o d am o s n u n ca en tendernos.

Y a q u ien os ec h e en c a ra vuestro s pocos añ o s b ien p o d é is re sp o n d erle q u e la política no h a d e ser, n ecesa riam en te , co sa d e viejos. H ay m ovim ientos políticos q u e tienen su p un to d e a r ra n q u e en u n a ju stificada rebelión d e m e-

Page 2: El Barril e te - CeDInCI

LA POLITICA Y OTRAS YERBAS

ñores co n tra l a in ep c ia 'de los sed icen tes p a ­dres, d e la p a tria . E sta política, v ista , d e sd e el b a ru llo juvenil, p u e d e p a re c e r d em a sia d o re ­v o lucionaria , s iendo , e n el fondo, p erfec tam en te co n se rv ad o ra . H a sta la s m ad re s — ¿ h a y a lg o m ás co n se rv ad o r q u e u n a m adre?— p u d ie ra n a c o n se ja rla con e s ta o p a re c id a s p a la b ra s : ‘‘Tom a el vo lan te , n iño, p o rq u e es to y v ien d o q u e tu p a p á n o s v a a es tre lla r a tod o s — d e u n a vez— e n l a c u n e ta d e l cam ino".

L im piem os n u e s tra a lm a d e m alo s hum ores, a n te s d e e je rce r funciones críticas. A u n q u e esto d e lim p iar el a lm a d e m alo s hum o res tien e su peligro; p o rq u e h a y a lm a s q u e a p e n a s si p o ­see n o tra cosa , y, a l lim p ia rse d e ella , co rren el r ie sg o d e q u e d a rs e en b lanco . P u reza , b ien; p ero no d em asiad o , p o rq u e som os esen c ia lm en ­te im puros. La m elan co lía o b ilis n e g ra —atra- bilis— h a c o la b o ra d o m ás d e u n a vez con el

poeta , y en p á g in a s p e rd u rab les . No hem os d e re c u sa r a l crítico p o r m elanco lía . C on todo, un poco d e jab ó n , con su p o qu ito d e estropa jo , n u n c a v ien e m al a l a g re y lite raria .

La in seg u rid a d e s n u e s tra m adre ; n u e s tra m u sa e s la desconfianza . Si d am o s e n p o e ta s e s p o rq u e convencidos d e esto, p en sa m o s q u e h a y a lg o q u e v a con noso tros d ig n o d e c a n ta r ­se. O si os p lace , m ejor, p o rq u e sab em o s q u é m ales q u erem o s e s p a n ta r con nu estro s can tos.

El q u e no h a b la a u n hom bre, no h a b la a l hom bre; el q u e no h a b la a l hom bre no h a b la a nad ie .

Antonio M achadoF rag m en to s to m ad o s de: “Juan de Mairena"

HEM OS RECIBIDO:

El Buho. N9 4. Brasil 675, Bs. As. C ap ita l.

Señales. N 9 141. M aipú 738, Bs. As. C ap ita l.

Espacios, N? 2. C a s illa d e C orreo 141. La P la ta .

Ensayo Cultural, N9 27, S a lta 1292, 39 B, C ap ita l.

Boletín de Poesía, N9 12 y 13. E s te b a n B ononno 723.

Huiracocha, N ? 1 y 2. Fitz Roy 1744, 1er. p iso . C ap ita l.

Quipu, N 9 7. A vda. G dor. V e rg a ra 3121, H urlingham , FCGSM , Bs. As.

El escarabajo de oro, N 9 18-19 y 20. M aza 1511, 29 C. C ap ita l.

Vigilia, N9 3. I ta lia 830, C a s te la r , B uenos A ires.

Bibliograma, N 9 22 y 23. P a ra g u a y 4867, C ap ita l.

Poesía-Ahora, N9 5. C. C. C e n tra l 1332, Bs. As. C ap ita l.

Jardinalia, ed ic io n es lite ra ria s . L ibertad 2010, S an tiag o d e l Estero, A rgen tina .

Teoría de la atemporalidad. P a b lo Szerzon (ed. del au to r).

Tiempo de amar y otros poemas, D ia n a R aznovich (ed. N uevo D ía).

Puntos d e partidkx, G reg o rio K ohon (ed . A g u a v iv a ).

Oficio del Alba, Ju an d e G reg o rio (ed. d e l au to r), M on­tev ideo , U ruguay .

Mujer en la calle D anie l B arros (ed . A ncú).

Canto sin destino, M áxim o F rese ro (ed . G o y a n a rte ) .

APARECIERON

"Con e l puño entre los dientes"

d e Martín Cam pos

Ilustración d e O sc a r C astelo

Ediciones "El Barrilete"

"Nacimiento en la tierra"

d e R oberto J. San to ro

Ilustración d e E d u a rd o A udivert

Ediciones C uadernos Australes

YA SALIO

Informe Sobre la EsperanzaDiez P oem as y u n g ra b a d o

d e E d u ard o A udivert

Page 3: El Barril e te - CeDInCI

FULL-TIME EL aO U S T A LA TIERRA

T ra b a jam o s d em asiad o , im perio sam en te n os a se d ia n cria tu ras , tiran b e so s con la p u n ta d e lo s dedos, cen izas o p a la b ra s q u e re v ie n tan com o

[g ran ad a s ,a veces n os co n d e n an im p áv id as com o n iños q u e m a sa c ra n gorriones en ta rd e s con d ich a ca lien te y av e n tu ra . T rab a jam o s d em asiad o ,a lg ú n d ía n os m a rc a rá n a fuego la s n a lg as: an im al g a s ta d o , a h tan to d ila ta rse , tra b a ja m o s d em asiad o , co sa s in n u m erab le s n o s ro d e a n con g an a s , fum am os con am ig o s y ta m b ién con el am or, se re su e lv e en h um o no e n te n d e r q u e es

[dem asiado .

Andrés A vellaneda

MAR

Si m i b a rc a e s e l tiem po el m a r en q u e n av e g o se llam a e te rn id ad .El m a r e s a g u a y el m a r es fundam ento .

Es m udo pez y a lg a le y e n d a y viento.

Me alim en to d e p ec es y d e a lg a s d e le y e n d a s y v ientos, a h o ra q u e no qu ie ro n i ta b la s es te la res n i b rú ju la s n i m a p a s d e tan to m ar ro d e a d a , en tan to m ar n a c ie n d o . . .

Cleres Kant

S o b re la c a rre te ra , com o u n sim u lacro de p á ja ro a g a c h a d o , p a só el ciclista. N ad ie d e p a ró en él. Todos co n tin u aro n l a in ce sa n te m ultitud h a c ia la s c iu d a d es le ja n a s y el h a m b re y la m u erte y la v ida.

C ie rta m a ñ a n a , o tra vez a p a re c ió el ciclista. Hizo u n a g ra n cu rv a con la v e lo c id ad y en tró e n el d ía m ás desasid o , te rm in an d o el m undoa lo lejos.

La m ultitud s e g u ía g ritan d o com o un p én d u lo oceán ico .

O tros d ía s se rep itió e s te suceso . P asan d o los añ o s , la o scu ra m ultitud se dejó co rta r p o r él v is itad o r increíb le. A u n q u e n a d ie v ie ra re a l­m en te su ex istenc ia to d o s le a g u a rd a b a n y le

SE QUE NUNCA CONOCERE PARIS

José Rodríguez Itoiz

FUGA

E sa m u c h a c h a en la e s tac ió n d e e sp e raten ía d os p a la b ra s en lo s ojosju n to a los tren es d e hom b res silencioso?p o r los a n d e n e s grisescon la m an o del sol en la s e sp a ld a sese p a ñ u e lo en la n u c a com o u n p á ja roe lla c e r ra b a la p u e r ta d e los signosm ira b a la s señ a le s d e su s p a so se in te rro g an d o nom b res ig n o rad o sh u ía con p a la b ra s en los ojose se p a ñ u e lo en la n u c a com o u n p á ja ro

h a c ía n u n lu g a r so b re la c a rre te ra s in u o sa y e sp lé n d id a q u e p a re c ía so b re p a sa r el p lan e ta .

O b stin ad am en te , d e la m a ñ a n a co losal com o d e u n g ra n tram polín , c a ía e l ciclista. Un d ía y a no lo v ieron. A g u a rd a ro n e h icieron el b la n ­co esp ac io so b re la ru ta . Todo a q u e l tiem po a g u a rd a ro n y otros d ila ta d o s d ía s m ás. Y y a no se se p a ra ro n m á s d e l cam ino.

A h o ra la s c iu d a d es e s tá n v ac ías . El cielo y la s b e s tia s los h a n in v ad id o y los á rb o le s furio­sos p re p a ra n su le n ta dem olición.

M iguel A ngel Viola

EL BARRILETE

Yo lo vi. P a re c ía custod iar e l ponien te .Q u é p lac idez d e m úsica d á b a le a lo celeste.Su esq u e le to d e c a ñ a s —a ú n m ojado d e cé sp ed — so sten d ría en el a ire su ilusión d e p a p e le s com o a q u e l q u e e n a rb o la con a ltivez su suerte .M ás q u e ju eg o d e infancia: a la d e á n g e l terrestre.Y su c a u d a d e trap o s u n en cen d id o afluen te .Yo lo vi en tre l a so m b ra d e los d ía s p re sen tes y lev a n té los b razo s diciéndole:— S erafín d e los cielos, v en h a c ia mí, desc ien d e, a h o ra q u e a z a h a re s m e re fre scan la s s ienes y a p re n d e n la s p a lo m as el color d e m i frente; re g re sa a e s te red u c to d e inocencia , sé e l h u ésp e d d e l q u e h a visto u n a n u b e con tigo florecerse.

Sé q u e n u n c a conoceré París, n i la tu m b a d e Poe en Baltimore.¿He n ac id o p a r a e s ta v id a gris q u e a v eces to ca el a lm a d e l am or? M uerdo m i c u e rd a , mi d o g a l som brío, —a n d a r y a n d a r por sucio an d a riv e l— ¿Yo siem pre, siem pre, co p ia ré ese río q u e llev a al lom o u n b a rc o d e pape l?

C rec id a e s tá la tierra. A m ap o las d e risa la n a v e g a n .

Loca d e sol e s tá la tierra, h e c h a p a r a l a p iel y la s b a n d e ra s .

E b ria d e m a r e s tá l a tierra,e b r ia d e grito y m ar, com o u n poem a.

L e v a n ta d a d e am o r e s tá la tierra, le h a n d a d o un horizonte

co n estrellas.

Diana Roznovich

ALCOHOL H

En el fondo d e m i co p a

In terrogando .C ristales, a s p a s d e m olino,ojos llenos d e im presiones d ig ita les.

D escolgados.Letreros "no se p a sa " .Letreros "p a se y p id a" .

En el fondo d e mi copa.

A m arrados.S eñores con el a lm a re m a ta d a en u n a fe ria d e en g ran a je s .

Tiritando.Un Dios, p eq u eñ o , fugitivo, a b ra z a d o a u n a so m b ra en el espacio .

En el fondo d e m i copa: se is trom petas, c u a tro gritos y u n en ig m a c lau su rad o .

S a n tiag o del Estero Jorge Q uirogc Antonio Requenl Carlos Canrique

Page 4: El Barril e te - CeDInCI

El Barrilete de Buenos Aires

C arrie - HAS VUELTOC on e l seu d ó n im o E l B arre te ro p ub licó E varisto go e s ta s d é c im a s e n la rev is ta p o lic ia l L. C.

C o m p ad re : s i no le h e escrito p e r d o n e . . . |E s to y reven tao !A ndo co n u n en tripao , q u e d e c o n tin u a r palp ito q u e h e d e s e g u ir derech ito cam in o d e T riunvirato; p u e s y a te n g o p a r a ra to con e s ta su e r te cochina:H oy s e m e e sp ia n tó la m ina i y si v ie ra con q u é gato!

Sí, h e rm an o , com o le digo: i v ie ra q u é g a to ranero! m ishio, roñoso, fulero m a l la n cero y p e o r am igo, i S i s e m e e n co g e e l om bligo d e p e n sa r e l tr in q u e tazo q u e m e h a n dao! El b a c a n a z o n o v a le n i u n a e sc u p id a y lo q u e e s d e e lla , e n la v id a m e so ñ é e s te ch ivatazo .

Yo los te n g o ju n ao s. | V iera lo q u e u n o s a b e d e viejo!No h a y com o co rrer p a re jo p a ra e s ta r b ie n e n ca rre ra .Lo e n g ru p e n con la m a n q u e ra co n q u e ta l v ez n i s e rá n d e l p e lo tó n y se v a n e n lija , d e c u a lq u ie r modo. C u a n d o u no se a b re en e l codo y a no h a y caso : |s e la d an !

|P e ro tan lu e g o a m i e d á q u e m e s u c e d a e s ta cosa!Si e s p 'a b r irs e la p io josa de ¡a b ro n c a q u e m e da.P orque e s triste, a la v e rd á —el dec irlo e s n ecesa rio — q u e con e l lindo p ro n tu ario q u e co n ta n to sacrificio he lo g rad o e n e l servicio, m e h a y a n a g a r ra o d e otario .

5 Bueno: ¿q u e é s ta e s q u e ju m b ro n ay e sc r ita com o sin g a n a ?E ch e le la c u lp a a l ra n a q u e m e e sp ia n tó la carto n a . i T igrero d e la m ad o n a , verem os cóm o s e h am aca , s i es q u e e l cu e rp o no m e sa c a c u a n d o m e to q u e la mía.

H a s ta luego .— T odav ía

te n g o q u e a f i la r la faca!

H as vuelto , o rgan illo . En la a c e ra h a y risas . H as v u e lto llo rón y c a n sa d o com o an te s .

El c ieg o te e sp e ra la s m ás d e la s n o ch es se n ta d o a la p u e rta . C a lla y e scu ch a . B orrosas m em orias d e co sa s le ja n a s ev o ca en silencio , d e co sas d e c u a n d o su s o jos te n ía n m a ñ a n a s , d e cu an d o e ra jo v e n . . . la n o v ia . . . |q u ié n sab e! A leg rías, p e n a s ,v iv id as e n h o ra s d is tan te s , i Q u é su a v e s e le p o n e el ro stro c a d a vez q u e su e n a s a lg ú n a ire an tig u o ! |R e c u e rd a y susp ira!H as vuelto , o rgan illo . L a g e n tem o d e sta te m irap a sa r , m e lan có licam en te .P ian ito q u e c ru zas la c a lle c a n sa d om oliendo el e te rn ofam ilia r m otivo q u e e l a ñ o p a sa d og e m ía a la lu n a d e invierno:con tu voz g a n g o s a d irá s e n la e sq u in ala can ció n in g e n u a , l a d e siem p re , a c a soe s a p re fe r id a d e n u e s tra v e c in ala co stu re rita q u e d io a q u e l m a l paso .Y lu e g o d e u n v a lse te irá s com o u n a tris teza q u e c ru z a la ca lle d e s ie rta , y h a b rá q u ie n s e q u e d e m iran d o la lu n a d e s d e a lg u n a p u erta .

I A diós, a lm a n u e s tra ! p a re c eq u e d icen la s g e n te s e n cu an to te a le jas .I P ian ito d e l d u lc e m otivo q u e m ece m em orias q u e r id a s y v ie jas!A noche, d e sp u é s q u e te fuiste, c u a n d o todo el b a rr io v o lv ía a l sosiego —q u é triste—llo ra b a n los o jos d e l ciego.

E varisto C arrieg o

E varisto C arrieg o n ac ió e n P a ra n á e l 7 de m ayo d e 1883. Hizo su s p rim ero s e n sa y o s en La P ro testa . C o la ­boró e n C a ra s y C a re ta s , e n P a p e l y T in ta , e n Id e a s y F ig u ra s , d e A lberto G h ira ld o y com o y a m en cio n am o s e n L adrón C onocido, p u b licac ió n policia l.Publicó: M isas h e re je s (1908); dejó e n 1912 los p o em as d e "L a can c ió n d e l b a rr io " ; u n b o sq u e jo te a tra l: ”E! a lm a d e los títe re s" y u n a se rie d e cu en to s y n o ta s b re v e s d e s p a r ra m a d a s e n la s c ita d a s p u b licac io n es. F a llec ió el 13 d e o c tu b re d e 1912. E l B arrile te d e B ue­nos A ires q u ie re re n d irle e s te hum ilde hom enaje .

EXAMEN

M á s P o e s í a

MONDO CAÑE

A q u é co n d u c irá e s te a je treod e in q u ie tu d es d iv e rsa s q u e a q u í co inciden e n u n a h o ra fijad a p o r c ircu n stan c ias im previstas.

Trece som osen to m o a u n a m e saq u e n u n c a co n g reg ó com ensalesy c a d a cu a l con su m u n d o a cu esta sse d ispone a d e ja r testim oniod e a p u r a d a s lec tu ras,d e in te lec tu a les v ig ilia sq u e la s á v id a s p á g in a sv a n ap ris io n an d o .

¿T endrá im portancia , ju n to al v a iv én ru idoso d e la calle, e s te p a rén te s is d e e n tre g a tan ap rem ian te a h o ra , e s te a islam ien to de te n sa s v o lu n tad es q u e a c a so n u n ca e repetirá?

no m e to q u e el am o r p o rq u e m e duele sí te n g a m an o ta llad o r p o rq u e p ico tazo a q u í p ico tazo a l lá n os estam o s q u e d a n d o sin ro sa s v ivim os e n u n b o sq u e d e p a la b ra s q u e no d e sc a n sa n com o nosotros siem p re en p o s del á rb o l p ropio del p á ja ro d e uno, p o r eso , no use ta llad o r, el látigose lo tend rem os q u e saca r, no p o n g aplom itos so b re la s p a lo m asno h u n d a los ojos d e los niñosno d e sc u b ra fenóm enos d e m uerteno n os to q u e el am o r p o rq u e n o s du e leox ide el pico, c ié rrese la s m anos, p o rq u e sinotend rem os q u e dec id ir los g u a n te slos b o za les el cielo lim pioy en tonces sí d ec irle a l a te rn u raq u e se s a lg a tra n q u ila q u e p a se eq u e e lija a los q u e qu iera .

E steban Peicovich

OLGA

Los re su ltad o sse rán considerab les ,p e ro no d u ra rá n ilim itadam ente.P a la b ra s su e ltasq u e la m em oria o lv idará ,núm eros p in tad o s d e rojoq u e d e te rm in a rán u n cóm puto,todo a c a b a r á p o r consum irsey m ien tras tan to , e l cielo,e s ta v e n ta n a ab ie rta ,q u iz á estén o freciéndonosel a s id ero m ág icoq u e con fa tigoso ah incobuscam os.

Amor; to d a d e ro sa , d e fra g a n c ia d e flores, to d a m ad re ten d id a ju n to a l hijo espe rado . El hijo nuestro ; p re sen tid o ay e r, lleg ad o en el otoño q u e v a p isan d o flores.

L a n e b u lo sa g ira en to rno a los am an tes , los a m a n te s d e sp la z a n la c iu d a d con su s besos.

El n iño e s tá e n su cu n a ,la s m arip o sas c recen con el sol,con el sol ilum inan.

N élida Salvador Héctor Y¿mover

Page 5: El Barril e te - CeDInCI

La C o la del Barrilete

Aflójale que Colea

D e " C A R T A S A U N J O V E N P O E T A "

N a d a es ta n in e f ic a z c o m o a b o rd a r u n a o b ra d e a r te c o n

la s p a la b ra s d e la c r í t ic a : d e e l lo s ie m p re re s u lta n e q u í­

voco s m á s o m e n o s fe lic e s . L a s cosa s n o son ta n c o m ­

p re n s ib le s y d e s c r ip t ib le s c o m o g e n e ra lm e n te se nos q u ie re h a c e r c re e r. L a m a y o r p a r te d e los a c o n te c im ie n to s son

in d e c ib le s ; se c o n s u m a n e n u n á m b ito e n e l q u e ja m á s

h a p e n e tra d o p a la b ra a lg u n a , y m á s in d e c ib le s q u e to d o

son las o b ra s d e a r te , e x is te n c ia s m is te r io s a s c u y a v id a p e rd u ra , a l c o n t r a r io d e la n u e s tra , q u e pasa .

N a d ie le p u e d e a c o n s e ja r n i a y u d a r ; n a d ie . S o la m e n te h a y u n m e d io : v u e lv a s o b re sí. In v e s t ig u e la c a u s a q u e le

im p e le a e s c r ib ir ; e x a m in e s i e l la e x t ie n d e sus ra íc e s e n lo m á s p ro fu n d o d e su c o ra z ó n .

U n a o b ra d e a r te es b u e n a c u a n d o h a s id o c re a d a n e ­

c e s a r ia m e n te .

En e l fo n d o , y ju s ta m e n te e n las cosas m á s p ro fu n d a s y

m á s im p o r ta n te s , e s ta m o s in d e c ib le m e n te so los , y p a ra q u e u n o p u e d a a c o n s e ja r a o t r o , o , lo q u e es m á s , a y u ­

d a r lo , y p a ra q u e s iq u ie ra u n a v e z se o b te n g a b u e n

é x ito , m u c h o d e b e s u ce d e r, m u c h o d e b e se r lo g ra d o , to d a u n a c o n s te la c ió n d e cosas d e b e c u m p lirs e .

Lea lo m e n o s p o s ib le cosas d e c r í t ic a e s té t ic a ; o son o p i­n io n e s d e e s c u e la , p e t r i f ic a d a s y e s c u rr id a s d e s e n t id o

p o r u n e n d u re c im ie n to y a s in v id a , o h á b ile s ju e g o s de

p a la b ro s e n los q u e h o y p re v a le c e e s ta o p in ió n y m a ñ a n a la o p u e s ta . L a s o b ra s d e a r te son d e u n a in f in i t a so­

le d a d , y p o r n a d a ta n p o c o a b o rd a b le s c o m o p o r la

c r í t ic a . S o la m e n te e l a m o r p u e d e c o m p re n d e r la s y t r a ­ta r la s y se r ju s to c o n e lla s .

Ser a r t is ta es: n o c a lc u la r y n o c o n ta r ; m a d u ra r c o m o

e l á rb o l, q u e n o a p u ra sus s a v ia s y q u e e s tá , c o n f ia d o ,

e n tre las to rm e n ta s d e p r im a v e ra , s in la a n g u s t ia d e q u e n o p u e d a l le g a r u n v e ra n o m á s . L le g a , s in e m b a rg o .

P ero s o la m e n te l le g a p a ra los q u e t ie n e n p a c ie n c ia y

v iv e n d e s p re o c u p a d o s y t r a n q u ilo s c o m o si a n te e llo s se e x te n d ie ra la e te rn id a d .

N o se d e je e n g a ñ a r p o r las s u p e r f ic ie s ; en las p r o fu n d i ­

d a d e s to d o se v u e lv e le y . Y los q u e v iv e n e l m is te r io fa ls a y m a la m e n te (y fo r m a n le g ió n ), n o lo p ie rd e n s in o

p a ra sí m is m o s , p u e s lo t ra n s m ite n s in c o n o c e r lo , c o m o u n a c a r ta s e lla d a .

L o q u e h a c e f a l t a es só lo es to : s o le d a d , g r a n so le d a d

in te r io r . I r -h a c ia -s í .

Poco sa b e m o s ; p e ro q u e d e b e m o s m a n te n e rn o s e n lo

d i f í c i l es u n a c e r te z a q u e n o nos a b a n d o n a rá . E s ta r so lo

es b u e n o , p o rq u e la s o le d a d es d i f í c i l . Q u e a lg o sea d i f í c i l , d e b e s e rn o s u n m o t iv o m á s p a ra h a c e r lo .

T a m b ié n es b u e n o a m a r , p o rq u e e l a m o r es d i f í c i l .

T e n e r a m o r u n se r h u m a n o p o r o tro : e s to es q u iz á lo m á s d i f í c i l q u e nos h a s id o e n c o m e n d a d o ; es lo su ­p re m o , la ú l t im a p ru e b a y e x a m e n , e l t r a b a jo a n te e l

c u a l to d o s los o tro s t ra b a jo s n o son m á s q u e p re p a ra c ió n .

N o se o b s e rv e d e m a s ia d o . N o e x tra ig a c o n c lu s io n e s p re ­c ip ita d a s d e lo q u e le o c u r ra ; d é je lo o c u r r ir , s im p le m e n te .

C ré a m e : la v id a t ie n e ra z ó n e n to d o s los casos.

R a in e r M a r ía R ilk e

EL BARRILETE

R esponsable: R oberto J. San to ro

Secretaría: E m ilia D. d e San to ro

S olic itam os can je - P lease ex c h an g e

A dressez-nous v os pub lica tions

Dirección: F ra g a 568 - 2? "F"

B uenos A ires, C ap ita l (27)

REPUBLICA ARGENTINA


Recommended