Caio Henrique Costa Paim
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR DE
HABILITAÇÃO PROFISSIONAL
DIAMANTE DO NORTE – PR
AGOSTO 2010
DADOS DO ESTAGIÁRIO
NOME DO ALUNO: Caio Henrique Costa Paim
CURSO: Técnico em Agropecuária ANO EM CURSO: 2° Ano
ÁREA ESPECÍFICA DO ESTÁGIO: Agropecuária
Trabalho apresentado para avaliação de
estágio curricular, do curso Técnico em
agropecuária, do COLÉGIO AGRÍCOLA
ESTADUAL DO NOROESTE – EFMP.
Diamante do Norte - PR
Agosto 2010
DADOS DO ESTÁGIO
FORMA DE ESTÁGIO : Curricular PERÍODO DE REALIZAÇÃO : 23 / 07 a 20 / 08 / 2010 DURAÇÃO TOTAL DO PERÍODO EM HORAS : 120 Horas JORNADA : 8 Horas TOTAL DE DIAS : 15 Dias ÁREA DE CONHECIMENTO : Agropecuária ÁREA ESPECÍFICA : Mandioca
DADOS DA EMPRESA
NOME : Chácara Santa Cruz ENDEREÇO : Estrada Palmital – Cidade Gaúcha – Paraná – 87.820 – 000 TELEFONE (DDD) : (044) 99242767 FAX (DDD) : E – MAIL: [email protected]
DADOS DO SUPERVISOR TÉCNICO DO ESTÁGIO
NOME : José Jaime de Lima FORMAÇÃO PROFISSIONAL : Engenheiro Agrônomo REGISTRO PROFISSIONAL: CREA/PR - 24327-D E – MAIL:
DADOS DO ORIENTADOR TÉCNICO DO ESTÁGIO
NOME : Ana Paula Pauleto FORMAÇAO PROFISSIONAL : Tecnologia em Alimentos TELEFONE (DDD) : FAX (DDD): E – MAIL :
Índice
1. Introdução....................................................................................................................12. Revisão de Literatura..................................................................................................22.1 Renda..........................................................................................................................22.2 Transporte..................................................................................................................22.3 Custo de plantio por/há.............................................................................................23. Relato das Atividades desenvolvidas..........................................................................33.1 Preparo do Solo..........................................................................................................33.1.2 Conservação do Solo...............................................................................................33.1.3 Calagem...................................................................................................................43.1.4 Adubação.................................................................................................................53.1.5 Clima........................................................................................................................53.1.6 Solo.............. ............................................................................................................53.1.7 Seleção de Ramas....................................................................................................63.1.8 Conservação de Ramas..........................................................................................63.1.9 Cultivares................................................................................................................73.1.10 Plantio....................................................................................................................83.2 Tratos Culturais.........................................................................................................83.2.1 Poda..........................................................................................................................83.2.2 Controle Químico...................................................................................................93.3 Doenças.....................................................................................................................103.3.1 Bacteriose..............................................................................................................103.3.2 Superbrotamento..................................................................................................103.3.3 Cercóspora............................................................................................................103.4 Pragas.......................................................................................................................113.4.1 Mandarová............................................................................................................113.4.2 Brocas do Caule....................................................................................................113.5 Colheita…................................................................................................................123.6 Comercialização.......................................................................................................124. Carga Horária............................................................................................................135. Conclusão...................................................................................................................146. Bibliografia.................................................................................................................15
Diamante do Norte - PR
Agosto 2010
1. Introdução
A mandioca é uma planta de origem brasileira. Já era cultivada pelos índios
antes do descobrimento do Brasil.
A cultura adapta - se muito às diversas condições de clima e solo, por isso foi
levada para muitos lugares do mundo e serve de alimento para 500 milhões de pessoas.
A Nigéria, na África, é o maior produtor mundial de raiz de mandioca. O Brasil
esta em segundo lugar. A Tailândia, na Ásia, é o maior exportador de produtos
industrializados da mandioca e os países da Europa são os principais importadores.
No Brasil o estado do Pará é o maior produtor e o estado do Paraná passou a
ocupar o segundo lugar na produção de mandioca e o primeiro lugar na industrialização,
produzindo 70% do total de amido de mandioca do Brasil.
As principais regiões do Paraná em produção de mandioca são: Paranavaí
(28%), Umuarama (19%), Toledo (18%), Campo Mourão (12%), Cascavel (12%) e
Francisco Beltrão (9,5%).
A cultura da mandioca apresenta algumas vantagens:
boa rentabilidade;
menor risco de perdas;
possibilidade de colheita na época em que o produtor achar mais conveniente
Do ponto de vista social e cultural da mandioca é muito importante, pois gera
muito trabalho na lavoura e na indústria. Cada hectare de mandioca necessita de 45 dias
de trabalho de um homem por ano. Suas ramas e folhas são alimentos de boa qualidade
para animais. As raízes servem para alimentação humana ou animal e para fazer muitos
produtos.
2. Revisão de Literatura
2.1 Renda
A produtividade varia de acordo com as variedades utilizadas, espaçamento e os
tratos culturais empregados na cultura. A produtividade média varia de 15 a 20
toneladas por hectare. O rendimento industrial varia de 25 a 30%, ou seja uma tonelada
de raízes produz cerca de 300 quilos de farinha.
2.2 Transporte
Logos após a colheita o transporte é feito em caminhões de carroceria aberta ou
graneleiro protegidos por lonas ou tela para evitar perdas no trajeto entre a lavoura e a
indústria.
2.3 Custo de plantio por/ha.
A estimativa do custo de produção de mandioca industrial de um ciclo em área
de pastagem é de R$ 3.336,11 por hectare. As despesas com operações mecânicas
representam 31,73% do custo total e as operações manuais, 18,36%. Dentre os itens que
mais oneram o custo destacam-se: colheita (11,99%), transporte externo (8,99%),
destoca (8,41%) e remuneração da terra (8,39%).
3. Relato das Atividades Desenvolvidas
3.1. Preparo do Solo
O preparo do solo deve ser o mínimo possível, apenas o suficiente para a
instalação da cultura e para o bom desenvolvimento do sistema radicular, é sempre
executado em curvas de nível, orientação esta que também deve ser seguida no plantio.
A aração deve ser na profundidade de 15 a 20 cm e, 30 dias depois, executar-se duas
gradagens em sentido cruzado, a segunda em curva de nível, deixando-se o solo bem
destorroado para ser sulcado e plantado. Nos plantios em fileiras duplas pode-se
executar o preparo do solo apenas nas linhas duplas de plantio. No caso de pequenos
produtores, o preparo do solo manual restringe-se à limpeza da área, coveamento e
plantio. Alguns produtores usam arado com tração animal para o preparo e manejo do
solo.
3.1.2 Conservação do solo
Dois aspectos devem ser considerados na conservação do solo em mandioca:
1) ela protege pouco o solo contra a erosão, pois o crescimento inicial é muito lento e o
espaçamento é amplo, fazendo com que demore a cobrir o solo para protegê - lo da
degradação da sua estrutura pelas chuvas e enxurradas; e
2) ela é esgotante do solo, pois quase tudo que produz (raízes, folhas e manivas) é
exportado da área, para produção de farinha, na alimentação humana e animal e como
sementes para novos plantios, muito pouco retornando ao solo sob a forma de resíduos.
Primeiramente deve-se fazer a análise do solo, para aplicar o calcário e os
adubos de acordo com as recomendações para a cultura, o que permitirá melhor e mais
rápido desenvolvimento das plantas, cobrindo mais rapidamente o solo. O preparo do
solo e o plantio devem ser feitos em nível ("cortando" as águas). Se o solo necessitar
ficar algum tempo sem cultura nenhuma, aguardando as épocas de plantio mais
adequadas, por exemplo, deve-se tentar semear nesse período alguma leguminosa para
adubação verde, para incorporar matéria orgânica e nutrientes e melhorar a estrutura do
solo. Para evitar ou reduzir o esgotamento dos nutrientes do solo, deve-se proceder a
rotação da mandioca com outras culturas, principalmente com leguminosas, como
também, quando a mandioca for plantada no sistema de fileiras duplas, utilizar a prática
de consórcio com culturas adequadamente como feijão, milho, amendoim etc., pois
dessa forma ocorrerá uma melhor cobertura do solo.
3.1.3 Calagem
O índice de acidez da terra reflete condições de fertilidade que influenciam na
resistência das plantas, no seu desenvolvimento vegetativo e na sua produção.
A mandioca é uma planta que tolera bem a acidez do solo. Contudo, em condições
de pH abaixo de 5,0 as culturas normalmente são mais fracas, pouco desenvolvidas,
com incidência maior de bacteriose e menos produtivas. Para produtores que desejam se
profissionalizar na cultura da mandioca, essa situação não permite a obtenção de altas
produtividades.
A correção da acidez, mediante a incorporação do calcário, permite aumentar a
disponibilidade de nutrientes considerados essenciais às plantas, além de fornecer cálcio
e magnésio. As respostas da mandioca à calagem é bastante contraditória, podendo ou
não influenciar no aumento de produção de raízes. Por isso necessita da avaliação e
recomendação de um profissional, contudo, algumas observações devem ser feitas:
a calagem deve ser feita 60 dias antes do plantio;
a incorporação do calcário deve ser feita com arado, numa profundidade de 0
a 20 cm;
aplicar no máximo 2 toneladas de calcário por hectare; dosagens maiores
podem provocar deficiência de zinco, micro nutriente essencial à cultura;
uso excessivo de calcário favorece o aparecimento de podridão das raízes.
3.1.4 Adubação
A mandioca absorve grandes quantidades de nutrientes e praticamente exporta
tudo o que foi absorvido, quase nada retornando ao solo sob a forma de resíduos
culturais: as raízes tuberosas são destinadas à produção de farinha, fécula e outros
produtos, bem como para a alimentação humana e animal; a parte aérea (manivas e
folhas), para novos plantios, alimentação humana e animal. Em média, para uma
produção de 25 toneladas de raízes mais parte aérea de mandioca por hectare são
extraídos 123 kg de N, 27 kg de P, 146 kg de K, 46 kg de Ca e 20 kg de Mg; assim, a
ordem decrescente de absorção de nutrientes é a seguinte.
3.1.5 Clima
A faixa ideal de temperatura situa-se entre 20 a 27oC (média anual). As
temperaturas baixas, em torno de 15oC, retardam a brotação e diminuem ou mesmo
paralisam sua atividade vegetativa, entrando em fase de repouso, o que ocorre muito no
Sul do Brasil. A faixa mais adequada de chuva é entre 1.000 a 1.500 mm/ano, bem
distribuídos. Em regiões tropicais, a mandioca produz em locais com índices de até
4.000 mm/ano, sem estação seca em nenhum período do ano; nesse caso, é importante
que os solos sejam bem drenados, pois o encharcamento favorece a podridão de raízes.
3.1.6 Solo
Como o principal produto da mandioca são as raízes, ela necessita de solos
profundos e friáveis (soltos), sendo ideais os solos arenosos ou de textura média, por
possibilitarem um fácil crescimento das raízes, pela boa drenagem e pela facilidade de
colheita. Os solos argilosos devem ser evitados, pois são mais compactos, dificultando o
crescimento das raízes, apresentam maior risco de encharcamento e de apodrecimento
das raízes e dificultam a colheita, principalmente se ela coincide com a época seca.
3.1.7 Seleção de Ramas
A rama é um dos fatores mais importantes na lavoura, pois uma seleção bem
feita garante uma boa produtividade. Na seleção deve se fazer a escolha de ramas sem
doenças, sem ferimentos, e que não há indícios de doenças na lavoura anterior. A rama
deve ser cortada de 15 a 20 cm da altura do solo. Para o plantio deve - se observar se a
rama esta madura para isso usa – se algum objeto cortante batendo - o levemente sobre a
rama, se sair um pouco de leite significa que a rama esta madura. Outra sugestão para
ver se esta está madura pode ser verificada pelo aspecto cristalino da medula que é a
porção central da rama e da relação dos diâmetros da medula com o diâmetro da rama,
que deve ser de um para rama e meio para a medula. O melhor segmento é tirado do
terço médio da rama (parte inferior). A maturação da rama varia também entre as
diferentes variedades e da época em que a lavoura foi plantada.
3.1.8 Conservação de ramas
Quando as ramas não vão ser utilizadas para novos plantios imediatamente após
a colheita, elas devem ser conservadas por algum tempo para não reduzir ou perder a
viabilidade. Recomenda-se que a conservação ocorra o mais próximo possível da área a
ser plantada, em local fresco, com umidade moderada, sombreado, portanto protegidas
dos raios solares diretos e de ventos frios e quentes. O período de conservação deve ser
o menor possível, podendo as ramas, serem dispostas vertical ou horizontalmente. Na
posição vertical, as ramas são preparadas cortando-se as ramificações e a maniva-mãe,
tendo a suas bases enterradas, cerca de 5 cm, em solo previamente afofado e molhado
durante o período do armazenamento. Quando armazenadas na posição horizontal, as
ramas devem conservar a cepa ou maniva-mãe e serem empilhadas e cobertas com
capim seco ou outro material. O armazenamento também pode ser feito em silos tipo
trincheira ou em leirões, em regiões onde ocorrem geadas, para proteger as manivas das
baixas temperaturas.
3.1.9 Cultivares
As cultivares são recomendadas de acordo com a finalidade de exploração. As
principais cultivares recomendadas para o noroeste do Paraná são: fécula branca,
fitinha, fibra, olho junto.
FÉCULA BRANCA: As folhas são mais finas e menos espessas e folíolos mais
distantes, o pecíolo é mais vermelho bem forte, e a raiz possui cor bem clara. A partir do
mês de agosto não ocorre ramificação. È bastante resistente a doenças menos a
antracnose.
FITINHA: Suas folhas são mais finas e alongadas. As suas raízes possuem uma
cor mais clara do que a da cascudinha.
FIBRA: Os produtores a utilizam como mandioca de um ciclo, pois para dois
não é muito boa. Possui um caule mais verdinho do que o das outras, antigamente era
muito cultivada nesta região mas hoje não é tanto quanto antes.
OLHO JUNTO: Possui alto teor de acido cianídrico que pode provocar ate a
morte, é resistente a doenças, e é uma variedade de dois ciclos e produz bastante
quantidade de amido.
3.1.10 Plantio
A época de plantio adequada é importante para a produção da mandioca,
principalmente pela relação com a presença de umidade no solo, necessária para
brotação das manivas e enraizamento. A falta de umidade durante os primeiros meses
após o plantio causa perdas na brotação e na produção, enquanto que o excesso, em
solos mal drenados, favorece a podridão de raízes. A escolha da época de plantio
adequada ainda pode reduzir o ataque de pragas e doenças e a competição das ervas
daninhas.
O plantio é normalmente feito no início da estação chuvosa, quando a umidade e
o calor tornam-se elementos essenciais para a brotação e enraizamento. O espaçamento
indicado é de 65cm por 90cm que também pode variar, quando não se segue o
espaçamento correto e as ramas são colocadas muito perto uma da outra ocorre um
maior crescimento da parte aérea do que do sistema radicular, a profundidade indicada
de 5 á 10cm. O tamanho da rama para o plantio é a aquele em que exista de 6 a 9 gemas.
3.2 Tratos Culturais
3.2.1Poda
Em geral, nos meses de junho ou julho, quando o mandiocal completa um ciclo
vegetativo, contando de oito a doze meses de idade, costuma-se fazer a poda das
plantas, cortando-se as hastes principais a 10 ou 15cm do chão. A operação é feita
apenas na cultura que vai ficar para ser colhida no fim do segundo ciclo vegetativo. A
poda da mandioca só se justifica em alguns casos, como quando se vai empregar a rama
de ano para o plantio de novas áreas. Em localidades sujeitas a geadas, o corte é feito
antes da ocorrência provável desse fenômeno climático. Pode-se, também, a cultura
cujas plantas, bastante atacadas pelas brocas do caule, necessitam de uma renovação da
parte aérea para atravessarem o segundo ciclo vegetativo em melhores condições
fitossanitárias.
3.2.2 Controle químico
Consiste no uso de herbicidas, que são produtos químicos aplicados em pré e
pós-emergência do mato para seu controle, substituindo o controle mecânico. A maioria
dos herbicidas utilizados em mandioca são aplicados em pré-emergência (antes da
emergência do mato e da brotação da cultura) e aplicados logo após o plantio ou preparo
do solo, no máximo, três dias depois. A escolha do herbicida depende do seu custo e das
espécies de plantas daninhas que ocorrem na área. Uma aplicação da mistura de tanque
de diuron + alachlor representa 8,5% do custo total de produção e substitui
aproximadamente duas limpas à enxada.
3.3 Doenças
3.3.1 Bacteriose
Sintomas: murchamento das folhas; presença de áreas pardo-amareladas nos
folíolos, que acabam por secar; exudação e coagulação de látex em vários pontos das
ramas e pecíolos; estrias longitudinais escuras, sob a casca, no lenho. As ramas, muitas
vezes, secam, parciais ou totalmente, emitindo novas brotações das partes vivas. Estas,
por sua vez, são também atacadas, resultando na queda de produção de raízes e do teor
de amido. As ramas se tornam impróprias ao plantio, devendo ser queimadas. O seu
controle é selecionar as ramas de culturas sadias e plantar variedades resistentes, manter
a cultura sempre no limpo.
3.3.2 Superbrotamento
Sintomas: brotação excessiva em quase toda a extensão das ramas; de cada gema
emergem vários brotos, os quais são raquíticos e crescem em posição paralela, bem
rente às ramas. Quando a maniva plantada já é portadora da moléstia, formam - se
numerosos brotos, por gema, não passando a planta de pequena touceira
"envassourada". Resulta em grande queda da produção de raízes e do seu teor de amido,
o qual pode cair a menos de 10% em rendimento industrial, quando o normal é de 18 a
22%. O seu controle é queimar as ramas das culturas atacadas. Plantar variedades
resistentes ou usar ramas oriundas de plantação sadia.
3.3.3 Cercóspora
Ataca as folhas da mandioca, formando pequenas manchas pardas, cujo centro é
escuro e cujo contorno é verde-amarelado, não constitui problema para as culturas, a
não ser raramente. Ocorre frequentemente nas folhas mais velhas e esporadicamente nas
mais novas do ápice. Em casos severos, as plantas desfolham - se completamente.
Medidas de controle não são econômicas.
3.4 Pragas
3.4.1 Mandarová
Lagarta comedora de folhas da mandioca. Origina-se dos ovos da mariposa -
Erinnys ello, L. As mariposas, cujos hábitos são noturnos, põem os ovos geralmente
sobre as folhas. Dos ovos nascem, ao cabo de cinco dias, lagartas que vivem cerca de
duas semanas, e são muito vorazes alimentando - se das folhas, danificando
enormemente a plantação, o que resulta num decréscimo de produção de raízes e de seu
teor em amido. As lagartas, quando bem crescidas, atingem um centímetro de diâmetro
e dez de comprimento. Findo o estágio larval, encrisalidam-se no chão, onde tecem
casulos no meio de detritos vegetais. Das crisálidas saem as mariposas, após cerca de
três semanas. O seu controle é feito com um vírus que contamina a lagarta, conhecido
como baculovírus mas tem efeito apenas para lagartas com até 3 centímetros de
comprimento. Para lagartas maiores o controle é feito somente com o uso de agrotóxico.
3.4.2 Brocas do caule
Tais brocas ou larvas se originam de ovos postos pelos pequenos besouros sobre
as porções mais novas das hastes. As larvas ao nascer penetram no caule e perfuram
galerias que se enchem de serragem. Danificam seriamente as plantas, cujas hastes
atacadas secam. As larvas são brancas, com cerca de cinco milímetros de comprimento
e cabeça castanha. Ao terminar o estágio larval, constroem pequena cavidade onde se
transformarão em ninfas. Antes, porém, fazem um pequeno orifício de comunicação
com o exterior, para dar saída ao inseto adulto, mais tarde. Reduzem a produção de
raízes e o seu teor em amido. O controle é feito com a queima dos restos de cultura e
plantar variedades menos suscetíveis.
3.5 Colheita
As épocas mais indicadas para as colheitas são aquelas em que as plantas se
acham em "período de repouso", ou seja, quando pelas condições de clima
(temperaturas mais baixas e quase nenhuma chuva), as plantas já derrubaram as folhas,
atingindo o máximo de produção de raízes e de reservas de amido. Entretanto, em
culturas extensas, para fins industriais, a colheita se antecipa e se prolonga para além
daqueles limites, iniciando em princípios de abril, muitas vezes até em março, e
prolongando - se até setembro.
O implemento sulcador do trator pequeno, devidamente adaptado ao trator, para
esse fim, realiza um bom trabalho de colheita se o solo não estiver endurecido.
Naturalmente, para a colheita mecanizada, há necessidade de se retirarem, previamente,
as ramas do terreno, conforme já dito, deixando - se apenas 10 a 15cm da base das
hastes a fim de indicar a direção das linhas. Um homem pode colher cerca de 500kg de
raízes por dia. Pode-se, entretanto, considerar que poderá colher 1.000kg em terrenos
leves, estando o mandiocal no limpo, e com boa produção.
3.6 Comercialização
Logo após a colheita o produtor vende a sua produção para a fecularia, onde ela
será industrializada. O produtor receberá de acordo com a renda das raízes, sendo que
um boa produção é considerada acima de 25 a 30 toneladas por hectare. Acima desta
produção será possível ele obter bons lucros.
4. CARGA HORÁRIA
O estágio concluído na chácara Santa Cruz realizado em Cidade Gaúcha teve
uma carga horária de seis horas diárias do dia 23/07/10 ao dia 20/08/10 , totalizando ao
seu final 120 horas.
5. CONCLUSÃO
A mandioca é uma cultura, que se desenvolve bem na região noroeste do Paraná
devido ao solo arenoso que é predominante desta região. Tem um bom retorno sendo
utilizada para a recuperação de pastagens degradadas, rotações com outras culturas e
pode ser utilizada para vários sub-produtos como: farinha, fécula, polvilho também
sendo utilizadas as folhas e ramas para alimentação animal em período de inverno pois
as pastagens são de pouco valor nutritivo e escassas.
É também uma cultura que não requer de altos investimentos para sua
implantação e com retorno razoavelmente bom.
6. BIBLIOGRAFIA
http://www.empraba.com.br;
http://www.criareplantar.com.br.