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REVESTIMENTOS INTERIORES

DO CONVENTO DO

SACRAMENTO

MARIA DO ROSÁRIO VEIGA

ANTÓNIO SANTOS SILVA

ANA FRAGATA

MARTHA TAVARES

Ciclo de Palestras

Casa de Rui Barbosa – Out 2013

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Revestimentos interiores do Convento

Avaliação das condições interiores do edifício

Caracterização física e mecânica das argamassas

existentes

Caracterização química, mineralógica e microestrutural

Compatibilidade dos materiais de reparação

Caracterização física e mecânica das argamassas de

reparação

Conclusões

Organização da apresentação

Ciclo de Palestras

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Construção original séc. XVII

Zona inferior ao gosto renascentista (séc. XVII)

Zona superior séc. XVII-XVIII-XIX, predomina o estilo

barroco

Construção

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Os revestimentos interiores – rebocos, barramentos e estuques

(com pinturas e decoraçoes) – são constituídos por argamassas

com diferentes composições e técnicas de execução e de aplicação

As composições (materiais constituintes) e as técnicas relacionam-

se com o gosto predominante na época, com a tecnologia existente

e com as funções a que se destinam

Revestimentos interiores do Convento

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Para a conservação e restauro dos revestimentos é importante saber a

composição e as características físicas e mecânicas, pois só assim é

possível seleccionar e mesmo formular materiais de reparação

compatíveis

É também necessário conhecer o estado de conservação e os mecanismos

de degradação existentes, para escolher a estratégia de conservação a

usar e definir o âmbito das reparações

Revestimentos interiores do Convento

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Assim fez-se uma avaliação geral das condições interiores do edifício e

dos revestimentos: teores de humidade e sais (ensaios em obra)

Ensaios de caracterização química, mineralógica e microestrutural das

argamassas existentes: ensaios laboratoriais sobre amostras recolhidas

no local

Ensaios de caracterização física e mecânica das mesmas argamassas:

ensaios laboratoriais e ensaios no local

Revestimentos interiores do Convento

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Norte

Oeste

Sul

Este

A1; A2

B1; B2

C1; C2

D

E3 E1

F1; F2

E2

LOCALIZAÇÃO DAS ZONAS DE ENSAIO

Revestimentos interiores do Convento

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A

D

Revestimentos interiores do Convento

Alçado Sul Alçado Oeste

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E

C B

Alçado Este Alçado Norte

Revestimentos interiores do Convento

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Seco – 0 a 3; Médio – 4 a 5; Húmido – 6 a 7

Humidade e

sais

Parede Oeste

- zona A

Parede Este -

zona B Parede Norte

- zona C

Arco Sul -

zona D

Arco Norte -

zona E

Pendente

cúpula Norte

- zona F

Esquerda Junto coluna

Sudoeste

Junto coluna

Nordeste

Zona húmida

ao tacto

Zona sã 2 0 4 3 5 3 nitratos e

sulfatos

Zona degradada 4 sulfatos

5 sulfatos,

cloretos e

nitratos

7 cloretos e

nitratos

sulfatos,

cloretos e

nitratos

6 sulfatos,

cloretos e

nitratos

sulfatos

Direita Junto coluna

Noroeste

Zona sã 3

7 - 7 sulfatos

Zona degradada 7 - 3

Condições dos paramentos interiores

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ENSAIO Parede Oeste

– Zona A

Parede Este –

Zona B

Parede Norte

– Zona C

Arco Sul –

Zona D

Pendente cúpula

Norte – Zona F

Zona sã / Zona

degradada

Zona sã / Zona

degradada

Zona sã / Zona

degradada

Zona sã / Zona

degradada

Zona sã / Zona

degradada

Esclerómetro (VH) 30 / 16 32 / 24 25 / 29 63 70

Durómetro (Shore A) 93 / 80 93 / 79 87 / 72 80 / 81 93 / 64

Ultra-sons (m/s) 1123 1067 1159 1307 / 1146 1564 / 987

Módulo de elast

(N/mm2)

1782 1567 1860 2811 / 1777 3755 / 1380

Caracterização das argamassas – ensaios in situ

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Ensaios no local - M Elasticidade

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

P

Oeste -

P

Oeste -

deg

P Este -

P Este -

deg

P Norte

- sã

P Norte

- deg

Arco

Sul - sã

Arco

Sul -

deg

Pte

cúpula

- sã

Pte

cúpula

- deg

M E

lasti

cid

ad

e (

N/m

m2)

M ELAST

Ensaios no local - esclerómetro

0

10

20

30

40

50

60

70

80

P Oeste

- sã

P Oeste

- deg

P Este -

P Este -

deg

P Norte

- sã

P Norte

- deg

Arco

Sul - sã

Arco

Sul -

deg

Pte

cúpula -

Pte

cúpula -

deg

Índ

ice

ESCLERÓMETRO

Módulo de elasticidade (N/mm2) Esclerómetro de pêndulo (graus Vickers HV – Kg/mm2)

Caracterização das argamassas – ensaios in situ

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Amostra

Ensaio

Resist.

Compressão

(N/mm2)

Coef. de cap.

Cc5

(kg/m2.min0,5)

Absorção de água Secagem Ultra-sons Mód. Elast.

S1-1

Zona inferior

(c/ pintura e

Barramento)

2,40 0,11 Saturado às ? >24 h –

2,2 kg/m2 > 36 h 1540 2830

S1-2

(sem acab.) 2,45 0,89

Saturado às ? >24 h –

2 kg/m2 > 36 h 1440 2940

S2-1

Cúpula

(sem acab.)

3,20 1,54 Saturado aos 30 min

– 6 kg/m2 48 h 1730 3850

Zona de onde foi retirada

a amostra S1-1 e S1-2

(Parede Oeste – zona C)

Zona de onde foi retirada

a amostra S2

(Cúpula zona F)

Caracterização das argamassas – ensaios lab

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Ensaio para avaliar a absorção

de água por capilaridade

Ensaio para avaliar a

resistência à compressão

Caracterização das argamassas – ensaios lab

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Argamassa S1 – Parede da entrada principal

Argamassa (S1)

Barramento (SB8)

Argamassa (S1):

• 3 camadas com composição semelhante

• ligante cal aérea calcítica

• mistura de areias: clara (siliciosa) e escura (grãos de basalto)

• presença de sais de cloreto de sódio

• traço ponderal (cal aérea : areia) = 1 : 1

Barramento (SB8):

• gesso (46%) + cal aérea. (36%)

Pintura (SP9)

Caracterização das argamassas – ensaios lab

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Argamassa S2 – Pendente da cúpula

Argamassa (S2):

• argamassa de cal aérea calcítica com gesso

• areias clara (siliciosa)

• presença de sais de cloreto de sódio em maior quantidade que S1

• traço ponderal (cal aérea : areia) = 1 : 2,5 (+ gesso)

Barramento (SB5):

• cal aérea. (58%) + gesso (15%)

Caracterização das argamassas – ensaios lab

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Argamassa S3 – Parede Norte/canto Oeste

Argamassa (S1):

• 3 camadas com composição semelhante

• ligante cal aérea calcítica

• mistura de areias: clara (siliciosa) e escura (grãos de basalto)

• presença de sais de cloreto de sódio

• traço ponderal (cal aérea : areia) = 1 : 1

Barramento (SB8):

• gesso (46%) + cal (36%)

Argamassa (S3) e Barramento (SB7) com composições

semelhantes à da S1

Barramento (SB7):

• gesso (45%) + cal (36%)

Caracterização das argamassas – ensaios lab

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Argamassa S4 – Moldura da cúpula

Argamassa (S4)

Barramento (SB6)

Pintura (SP10)

Argamassa (S4) e Barramento (SB6) com composições

semelhantes à da S2

Argamassa (S2):

• argamassa de cal aérea calcítica com gesso

• areias clara (siliciosa)

• presença de sais de cloreto de sódio em maior quantidade que S1

• traço ponderal (cal aérea : areia) = 1 : 2,5 (+ gesso)

Barramento (SB6):

• cal aérea (42%) + gesso (39%)

Caracterização das argamassas – ensaios lab

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Caracterização das argamassas – ensaios lab

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Argamassas da zona inferior – cal aérea

calcítica 1:1 + estuque recente de cal e

gesso

Argamassas dos arcos e cúpula – cal

aérea e gesso + estuque + camadas de

pintura

Bom estado de conservação mesmo das

argamassas com gesso – revela que a humidade

não foi muita nem se prolongou muito tempo

Argamassas de gesso

com maior resistência

mas tb maior capilaridade

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Pigmento SP1 – Cúpula - Pintura vermelho marmoreado

• pintura ocre vermelho (Fe, Al, Si)

Fe Al Si

Pb Ba

• camada preparatória amarelada

(óxido de chumbo e de bário)

100 mm

• camada antiga de caiação com

pigmento azul ultramarino natural

(lapislazuli)

Ca

Caracterização das pinturas – ensaios lab

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SP!

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Pigmento SP2 – Cúpula - Pintura azul

300 mm

• pintura com azul ultramarino (Na, Al, Si, )

Al Na

• camada preparatória de óxidos de chumbo e bário

• camada base de caiação com pigmento terra verde

MEV

Microscopia

óptica

Caracterização das pinturas – ensaios lab

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Pigmento SP3 – Uvas - Pintura roxo

• pintura ocre (Fe, Al, Si, )

• camada amarela com óxidos e/ou carbonatos de bário e chumbo

(opacificicantes)

• camada branca com óxidos de bário e chumbo

(opacificantes, escurecer o roxo)

Caracterização das pinturas – ensaios lab

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Pigmento SP4 – Trevo - Pintura azul

• pintura azul ultramarino (Na, Al, Si, )

• camada branca de gesso e cal

• camada base branca de carbonatos de cálcio e chumbo (opacificantes)

Caracterização das pinturas – ensaios lab

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Pigmento SP5 – Folhas parreira - Pintura verde

• pintura verde de terra verde

• camada preparatória de gesso e cal

• camada antiga com pigmento azul azurite

Caracterização das pinturas – ensaios lab

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Pigmento SP6 – Raios - Pintura dourado

• pintura dourada de ouro

• camada amarela com óxidos e/ou carbonatos de bário e chumbo

• camada branca com gesso e cal habitual sob pintura a folha de ouro

Caracterização das pinturas – ensaios lab

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Caracterização dos revestimentos – ensaios lab

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Argamassas da zona inferior – cal aérea calcítica 1:1 + estuque

recente de cal e gesso

Argamassas dos arcos e cúpula – cal aérea e gesso + estuque +

camadas de pintura antiga com pigmentos preciosos (séc. XVII) +

camadas de pintura mais recente com pigmentos mais pobres (terras)

(séc. XIX)

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Com base nos primeiros resultados

obtidos seleccionaram-se (In Situ e LNEC

em conjunto) algumas formulações para

as argamassas de emboço, de reboco,

barramentos e estuques.

Procurou-se compatibilidade:

composições semelhantes,

características físicas semelhantes.

E durabilidade: tiveram-se em conta as

condições no interior do convento.

Ensaiaram-se essas composições em

laboratório (provetes feitos pela In situ) e

no local (aplicações experimentais da In

situ).

Argamassas de reparação compatíveis

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Valores obtidos para os provetes feitos em obra pela in situ (28

dias)

Valores de ensaios

anteriores sobre

argamassas de

laboratório para

comparação

A B C D E F G 1 2 3

Emboço

1:1:6 Ca:ch:ar

12-20

Reboco

1:1:6 Ca:ch:ar

20-30-60

Barram

ento

Cal Ca

pasta:

fsíl:ccalc

Estuque

cal e

gesso Ca

pasta;gesso

;fsíl

Arg. In

situ Ch:ar

síl:ccal

c

Estuque

cal e

gesso Ca

pasta:gess

o:fsíl:ccalc

Emb+R

eb

+Barr

(cal)

Arg.

Ca:ar

1:3

Arg.

Ca:ch:

ar

1:1:6

Arg.

Ch:ar

1:3

0,20 0,33 0,93 0,70 1,15 1,02 0,37 0,80 (90 d)

0,40 1,10

Resistência à compressão aos 28 dias (N/mm2)

Argamassas de reparação compatíveis

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Após intervenção (fotos maio 2013)

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Revestimentos interiores complexos, constituídos por várias camadas e subcamadas (emboço, reboco, barramentos /ou estuques, pinturas tb em várias camadas) ricas em ligante

Argamassas de cal aérea, areia siliciosa e basáltica, por vezes com gesso; barramentos de cal aérea; estuques de cal e gesso; pinturas com pigmentos de terras

Revestimentos em geral resistentes, coesos, aderentes, com capilaridade baixa ou moderada

Humidade concentrada em algumas zonas (base dos arcos e zona superior das colunas, por ex.)

Alguns sais em certas zonas: cloretos e por vezes nitratos

Conservar as argamassas e estuques (quer pelos valores históricos e culturais quer pelo estado de conservação)

Argamassas de reparação compatíveis e duráveis (capazes de resistir a alguma humidade): rebocos com base em cal aérea e cal hidráulica; barramentos de cal aérea e estuques de cal aérea e gesso

Conclusões

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