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COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO NOVA LARANJEIRAS 2017

COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA€¦ · Decreto-Lei nº. 10.010 de 02 de maio de 1968 de Casa Escolar Rui Barbosa. A partir de 1970, começou a funcionar na Casa Escolar Rui Barbosa,

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COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA

ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

NOVA LARANJEIRAS

2017

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO.............................................................................................................................04

INTRODUÇÃO..................................................................................................................................05

1. IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO..................................................................06

1.1 Dados da Instituição.....................................................................................................................06

1.2 Aspectos Históricos da Instituição................................................................................................07

1.3 Caracterização do atendimento na instituição..............................................................................10

1.4 Estrutura Física.............................................................................................................................11

1.5 Materiais Pedagógicos..................................................................................................................12

1.6 Recursos Humanos.......................................................................................................................13

2. DIAGNÓSTICO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO (MARCO SITUACIONAL).......................14

2.1 Comunidade Escolar.....................................................................................................................15

2.2 Gestão Escolar..............................................................................................................................16

2.3 Ensino Aprendizagem...................................................................................................................17

2.4 Atendimento Educacional Especializado ao público – alvo da Educação Especial.....................22

2.5 Articulação entre as etapas de ensino...........................................................................................23

2.6 Articulação entre Diretores, Pedagogos, professores e demais profissionais da educação..........23

2.7 Articulação da Instituição de ensino com os pais e/ou responsáveis............................................23

2.8 Formação continuada dos profissionais da educação...................................................................24

2.8.1 Plano de Ação da Equipe Multidisciplinar................................................................................25

2.9 Plano de Ação da Equipe Pedagógica..........................................................................................28

2.10 Acompanhamento da Hora – Atividade......................................................................................36

2.11 Índices de Aproveitamento Escolar............................................................................................36

2.12 Relação entre profissionais da educação e discentes..................................................................39

2.13 Plano de Ação da Direção da Instituição....................................................................................39

3. FUNDAMENTOS (MARCO CONCEITUAL) ............................................................................51

3.1 Concepção de Educação...............................................................................................................51

3.2 Concepção de Homem..................................................................................................................52

3.3 Concepção de Mundo...................................................................................................................54

3.4 Concepção de Sociedade..............................................................................................................55

3.5 Concepção de Cidadania..............................................................................................................55

3.6 Concepção Formação Humana e Integral.....................................................................................56

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3.7 Concepção de Cultura...................................................................................................................57

3.8 Concepção de Trabalho................................................................................................................57

3.9 Concepção de Direitos Humanos.................................................................................................58

3.10 Concepção de Conhecimento.....................................................................................................59

3.11 Concepção de Tecnologia...........................................................................................................59

3.12 Concepção de Ensino Aprendizagem.........................................................................................59

3.13 Concepção de Avaliação.............................................................................................................61

3.14 Concepção de Gestão Escolar.....................................................................................................63

3.15 Concepção de Cuidar e Educar...................................................................................................65

3.16 Concepção de Letramento..........................................................................................................65

3.17 Concepção de Alfabetização.......................................................................................................66

3.18 Concepção de Currículo.............................................................................................................67

3.19 Concepção de Escola..................................................................................................................69

3.20 Concepção de Educação Inclusiva.............................................................................................72

3.21 Concepção de Educação Indígena..............................................................................................72

3.22 Concepção de Educação do Campo...........................................................................................73

3.23 Concepção de Educação Profissional Integrada ao Ensino Médio............................................73

4. PLANEJAMENTO (MARCO OPERACIONAL) ........................................................................73

4.1 Plano de Ação da Escola...............................................................................................................74

4.2 Calendário Escolar........................................................................................................................92

4.2.1 Calendário Escolar da Casa Familiar Rural...............................................................................94

4.3 Ações Didático Pedagógicas.........................................................................................................95

4.4 Ações referentes a Flexibilização Curricular................................................................................95

4.4.1 Flexibilização Curricular na Educação Especial.......................................................................96

4.5 Matriz Curricular..........................................................................................................................96

4.6 Proposta Pedagógica Curricular – Conceito...............................................................................100

4.7 Legislações articuladas do currículo..........................................................................................100

4.8 Proposta Pedagógica Curricular.................................................................................................101

PPC Arte...........................................................................................................................................101

PPC Ciências....................................................................................................................................123

PPC Ensino Religioso.......................................................................................................................136

PPC Biologia....................................................................................................................................150

PPC Educação Física........................................................................................................................160

PPC Filosofia....................................................................................................................................173

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PPC Física........................................................................................................................................181

PPC Geografia..................................................................................................................................190

PPC História.....................................................................................................................................201

PPC Língua Portuguesa....................................................................................................................216

PPC Matemática...............................................................................................................................236

PPC Química....................................................................................................................................251

PPC Sociologia.................................................................................................................................264

5. BRIGADA ESCOLAR.................................................................................................................278

6. PATRULHA ESCOLAR...............................................................................................................282

7. PLANO DE CURSO DA CASA FAMILIAR RURAL................................................................282

8. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL................................................................................................389

9. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PPP......................................................................389

10. ATA DE APROVAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO PELO CONSELHO

ESCOLAR........................................................................................................................................391

11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................................392

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APRESENTAÇÃO

Segundo Libâneo (2004), o Projeto Político Pedagógico é o documento que detalha

objetivos, diretrizes e ações do processo educativo a ser desenvolvido na escola, expressando a

síntese das exigências sociais e legais do sistema de ensino e os propósitos e expectativas da

comunidade escolar.

Pode-se dizer que o Projeto Político Pedagógico para a nossa comunidade escolar

representa o nosso plano global, podendo ser entendida como a sistematização nunca definitiva, de

um processo de planejamento participativo onde estão envolvidos nesta análise a equipe

administrativa, pedagógica, professores, alunos, agentes educacionais e comunidade. Este se

concretiza no decorrer de sua caminhada, sendo um instrumento teórico-metodológico para a

intervenção e mudança da realidade.

Portanto, é um documento oficial que facilita, norteia e organiza as atividades, sendo

mediador de decisões, da condução das ações e da análise dos seus resultados e impactos. Ainda se

constitui num retrato da memória sócio-cultural e histórica construída, num registro que permite à

escola rever a sua intencionalidade e sua história, sendo um planejamento que prevê ações a curto,

médio e longo prazo intervindo diretamente na prática pedagógica, administrativa, e financeira

diária, incluindo desde os conteúdos, avaliações e funções até as relações que se estabelecem dentro

da escola e entre a escola e a comunidade.

Neste sentido, podemos entender que o Projeto Político Pedagógico norteia o trabalho da

escola por encaminhar ações para o futuro com base no presente e no passado, com uma gestão

democrática participativa na melhoria da qualidade do ensino, em relação a ideologia do tipo de

sujeitos que a escola pretende formar, articulados com ações, que se preocupam com a formação de

cidadãos críticos, participativos, responsáveis e sujeitos de sua própria história.

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INTRODUÇÃO

O Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Rui Barbosa Ensino Fundamental,

Médio e Profissional começou a ser reformulado após a construção das Diretrizes Curriculares

Estaduais da Educação Básica do Estado do Paraná. Sendo realizado então, reflexões sobre a escola

que temos e a escola que queremos do conhecimento da comunidade em que atua e dos resultados

até então obtidos.

Tendo em vista que a escola precisa acompanhar os avanços científicos e tecnológicos

propomos uma educação que deve estar voltada para a autonomia pedagógica, a ética, para a

valorização da diversidade cultural, para a busca da identidade e do conhecimento, nas suas

diferentes formas de organização das pessoas, dos saberes, das práticas, dos tempos e dos espaços

que necessitam de articulação e integração.

Neste novo cenário, será preciso reconstruir o saber da escola, as relações interpessoais e a

formação do professor. Diante deste quadro, cabe ressaltar o que nos diz o Psicólogo Chileno

Claúdio Naranjo: “se quisermos mudar o mundo, é preciso mudar as pessoas que estão neste

mundo”, sendo que esta mudança só pode ser feita através da educação.

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1. IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO

1.1 Dados da Instituição

Instituição de Ensino: Colégio Estadual Rui Barbosa – Ensino Fundamental, Médio e

Profissional.

Código: 00627

Endereço: Rodovia Municipal João Antônio Wolff, Nº. 334.

Município: Nova Laranjeiras

NRE: Laranjeiras do Sul

Código do INEP: 41103572

Dependência Administrativa: ( X) Estadual ( ) Municipal ( ) Conveniada ( ) Privada

Localização: ( X) Urbana ( ) Rural

Oferta de Ensino: ( ) Educação Infantil ( ) Ensino Fundamental - Anos Iniciais (X) Ensino

Fundamental - Anos Finais (X) Ensino Médio ( X ) Educação Profissional Integrada de Nível

Técnico ( ) Educação Profissional Subsequente de Nível Técnico ( ) Educação Profissional

Integrada a EJA – PROEJA ( ) Educação de Jovens e Adultos ( ) Educação Especial ( )

Formação de Docente da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em Nível

Médio, na modalidade Normal

Ato de autorização da Instituição – Credenciamento Educação Básica:

Resolução Nº. 3515 de 21/06/2012.

Ato de Funcionamento do Ensino/Modalidade:

Resolução N°. 5596 de 10/10/2012 - Autoriza o funcionamento de uma Sala de Recursos

Multifuncional (Anos Finais e Ensino Médio), no período vespertino.

Resolução N°. 5539 de 22/10/214 - Renova a autorização de funcionamento de uma Sala de

Recursos - Ensino Fundamental para atender alunos com Deficiência Mental e Distúrbios de

Aprendizagem, no período matutino.

Resolução N° 2605 de 04/06/2013 – Renova o Reconhecimento do Ensino Fundamental 6/9 Anos.

Resolução Nº. 1553 de 23/03/2013 – Renova o Reconhecimento do Ensino Médio.

Resolução Nº. 2580 de 05/06/2014 – Renova o Reconhecimento do Curso Técnico em

Agropecuária Área Profissional: Recursos Naturais, integrado ao Ensino Médio, presencial.

Parecer de Aprovação do Regimento Escolar Nº. 29/2015 de 07/12/2015.

Ato Administrativo de Aprovação do Regimento Escolar Nº. 29/2015 de 07/12/2015.

Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná

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1.2 Aspectos históricos da Instituição

Nova Laranjeiras foi fundada por imigrantes descendentes de italianos vindos do Rio

Grande do Sul na década de 40, com a construção da estrada e da ponte que liga o Brasil com o

Paraguai.

Apesar destes primeiros moradores na época serem analfabetos, sempre tiveram como

prioridade a educação para seus filhos, contanto que, todos os prédios escolares até hoje construídos

foram em terrenos doados pelos mesmos.

A primeira escola foi construída pelos membros da comunidade no ano de 1956, num

espaço cedido pelo senhor Aldino Passarin (in memória), tendo como mestre de obra o senhor

Vicente Petró (in memória).

Esta escola recebeu o nome de Escola Pública de Rio das Cobras, contava com uma turma

multisseriada de 26 alunos, sendo a primeira professora Maria do Carmo Magalhães. Com o

aumento da demanda construiu-se outra escola com quatro salas de aula, uma secretaria e três

banheiros, num terreno doado pelo Sr. Aldino Passarin (in memória), numa área equivalente a 5.000

m², na gestão do então Prefeito de Laranjeiras do Sul, Alcindo Natel de Camargo, durante o governo

de Paulo Pimentel.

Este prédio escolar foi inaugurado em maio de 1968 e passou a denominar-se pelo

Decreto-Lei nº. 10.010 de 02 de maio de 1968 de Casa Escolar Rui Barbosa.

A partir de 1970, começou a funcionar na Casa Escolar Rui Barbosa, uma turma de “1ª

série do Ginásio”, extensão do Ginásio Estadual Floriano Peixoto de Laranjeiras do Sul.

Em 1978, foi ampliada a construção com mais duas salas de aula durante a gestão do

Prefeito Amandio Ziguer Babinski e do governador Jaime Canet Junior.

No ano de 1996, foi concluída a ampliação do prédio escolar com mais três salas de aula,

um laboratório, uma biblioteca, uma cozinha e a parte administrativa.

Em 2004, na Gestão do Governador do Estado do Paraná Roberto Requião e do Prefeito

Municipal Nelci da Rosa, foi iniciada a construção do novo prédio do Colégio Estadual Rui Barbosa

com área de 8.269.22 m², com adaptações para portadores de deficiência e concluída em 2005. A

Inauguração aconteceu no ano de 2006 com o início das atividades neste novo prédio.

Também em 2006, com a parceria da SEED e ARCAFAR, o Colégio Estadual Rui Barbosa

passou a ser Escola Base da Casa Familiar Rural Enio Eduardo Dalla Santa com a implantação do

Ensino Fundamental de 5ª a 8ª Série, implantado de forma gradativa iniciando pela 5ª Série, e a

partir do ano de 2007 implantou-se o Curso Técnico em Agropecuária. No ano de 2010 em comum

acordo da ARCAFAR SUL e SEED houve a cessação do Ensino Fundamental.

Esta proposta foi construída com base nos pressupostos da Educação do Campo (Diretrizes

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Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo, Resolução CNE/SEB Nº. 1/2002,

artigo 3º) no qual cita: Exercício pleno da Cidadania; Desenvolvimento Sustentável do País; Justiça

Social; Solidariedade e o diálogo entre todos/as; garantia à universalização do acesso da população

do campo à Educação Básica e à Educação profissional de nível técnico.

A partir do ano de 2010 foi implantado o CELEM - Centro de Línguas Estrangeiras

Modernas com a abertura de uma turma no período noturno de Língua Espanhola.

Em 2011 o Colégio passou a ofertar o PACC com duas turmas na disciplina de Educação

Física: uma de tênis de mesa e outra de Voleibol e Futsal.

No início de 2012 o Colégio passou a ofertar o ensino de 9 anos embasados na Instrução

Nº. 008/2011- SUED/SEED.

Segue tabela com números de Atos, Pareceres e Resoluções de toda a Vida Legal desta

instituição de ensino até o presente:

ANO ATO/PAR./RES. ASSUNTO

1982 RES. Nº. 3.611 Autoriza o Funcionamento, criando assim a Instituição de

ensino.

1983 RES. Nº. 108 Autoriza o funcionamento das 5ª e 6ª séries e a Escola passou

a denominar-se Escola Estadual Rui Barbosa – Ensino de 1º

Grau.

1984 RES. Nº. 1.001 Autoriza a implantação de 7ª e 8ª séries.

1989 RES. Nº. 1.301 Reconhecimento do Curso do Ensino 1º GRAU-REGULAR e

reconhece o estabelecimento.

1991 RES. Nº. 596 Autoriza o funcionamento do Ensino do 2º Grau Regular -

Educação Geral - Preparação Universal com implantação

gradativa.

1991 PAR. Nº.

0171/1991

Altera a denominação para Colégio Estadual Rui Barbosa -

Ensino de 1º e 2º Graus.

1994 RES. Nº. 6.453 O curso de 2º Grau - Educação Geral, foi reconhecido.

1998 RES. Nº. 3.120 O Colégio Estadual Rui Barbosa Ensino de 1º e 2º Graus

passou a denominar-se, Colégio Estadual Rui Barbosa, Ensino

Fundamental e Médio.

2002 RES. 2.732 Renova o Reconhecimento do Ensino Fundamental.

2002 RES. 2.734 Renova o Reconhecimento do Ensino Médio.

2004 RES. 1.622 Autorizada a Educação de Jovens e Adultos, Ensino

Fundamental – Fase II, pelo Sistema de Ensino Presencial.

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2004 RES. Nº. 1.622 Reconhece a Educação de Jovens e Adultos, Ensino

Fundamental – Fase II, pelo Sistema de Ensino Presencial.

2006 RES. 2.368 Autoriza o funcionamento de uma Sala de Recursos - Ensino

Fundamental para atender alunos com Deficiência Mental e

Distúrbios de Aprendizagem, no período matutino.

2007 RES. Nº. 4.861 Cessa definitivamente o Ensino Fundamental Fase II,

Educação de Jovens e Adultos.

2007 RES. Nº. 2.901 Alterado o endereço da Instituição de Ensino, de Rua

Professor Estanislau Kuratkowski, Nº. 70, para Rodovia

Municipal João Antonio Wolff, s/nº.

2008 RES. Nº. 5. 895 Efetivado e autorizado oficialmente o funcionamento do

Curso Técnico em Agropecuária Área Profissional: Recursos

Naturais, Integrado ao Ensino Médio com oferta presencial,

desde 2007, implantação gradativa, na Casa Familiar Rural.

2008 RES. Nº. 3.683 Autorizado o funcionamento do Curso de Complementação

Curricular – Atividades Literárias, Artes Visuais, Jogos (Viva

Escola) a partir do início de 2009, Implantação Simultânea.

2008 RES. Nº. 5.895 Altera a denominação da Instituição, de: Colégio Estadual Rui

Barbosa – Ensino Fundamental e Médio, para: Colégio

Estadual Rui Barbosa – Ensino Fundamental. Médio e

Profissional.

2009 RES. Nº. 2.994 Prorroga o funcionamento de uma Sala de Recursos – Ensino

Fundamental para atender alunos com Deficiência Mental e

Distúrbios de Aprendizagem, no período matutino.

2009 RES. Nº. 1.139 No ano de 2009 realizou-se a Renovação de Reconhecimento

do Ensino Fundamental de 5ª a 8ª Séries.

2009 RES. 1.269 Renova o Reconhecimento do Ensino Médio.

2011 RES. Nº. 6.083 Reconhece em caráter experimental o Curso Téc. em

Agropecuária.

2012 RES. Nº. 3.515 Foi credenciada para oferta da Educação Básica.

2012 RES. N°. 5.596 Autoriza o funcionamento de uma Sala de Recursos

Multifuncional (Anos Finais e Ensino Médio), no período

vespertino.

2012 RES. Nº. 6.439 Renova a autorização de funcionamento de uma Sala de

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Recursos - Ensino Fundamental para atender alunos com

Deficiência Mental e Distúrbios de Aprendizagem, no período

matutino.

2013 RES. Nº. 2.605 Renova o reconhecimento do Ensino Fundamental 6/9 anos.

2013 RES. Nº. 1.553 Renovado o Reconhecimento do Ensino Médio.

2013 PAR. Nº. 073 Autoriza a descentralização da APED (Fase II, Médio).

2014 RES. Nº. 2.580 Renova o reconhecimento do Curso Téc. Em Agropecuária.

2014 RES. Nº. 5.539 Renova a autorização de funcionamento de uma Sala de

Recursos Multifuncional Anos Finais no turno matutino.

2016 RES. Nº 4.527 Renova a autorização de funcionamento de uma Sala de

Recursos Multifuncional Anos Finais no turno matutino.

1.3 Caracterização do atendimento na Instituição

A Instituição de Ensino oferta as Modalidades de ensino que seguem:

Ensino Fundamental – Anos Finais;

Ensino Médio;

Curso Técnico em Agropecuária – Eixo Tecnológico: Recursos Naturais, integrado ao

Ensino Médio. Este, é ofertado na Casa Familiar Rural Enio Eduardo Dala Santa, vinculada a

Escola Base Colégio estadual Rui Barbosam – Ensino Fundamental, Médio e Profissional.

O Colégio Estadual Rui Barbosa atende aproximadamente 500 alunos, distribuídos de

acordo com as turmas que seguem:

TURMAS 6ºA 7ºA 8ºA 9ºA 1ªA 2ªA 3ªA SRM S.A.A

L.P

S.A.A

MAT.

Nº. DE

ALUNOS

29 28 34 24 15 13 22 14 20 20

PERÍODO VESPERTINO

TURMAS 6ºB 7ºB 8ºB 9ºB 1ªB 2ªB 3ªB SRM S.A.A

L.P

S.A.A

MAT.

Nº. DE

ALUNOS

30 29 29 26 28 28 20 14 20 20

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PERÍODO NOTURNO

TURMAS 1ªC 2ªC 3ªC

Nº. DE

ALUNOS

7 8 12

TURMAS 2ªU 3ªU

Nº. DE

ALUNOS

08 19

O Colégio disponibiliza aos alunos de 6º e 7º anos do Ensino Fundamental, com defasagem

de aprendizagem a Sala de Apoio à Aprendizagem nas disciplinas de Língua Portuguesa e

Matemática, em dias estabelecidos de acordo com a presente instituição nos períodos matutino e

vespertino orientados pela Instrução Normativa 10/2014.

Neste sentido o Colégio Estadual Rui Barbosa oferece Ensino Fundamental Anos Finais,

Ensino Médio e Profissional, atendendo alunos com necessidades especiais através da Sala de

Recursos Multifuncional Tipo I, sendo que estas são osfertadas nos perídos matutino e vespertino.

O Colégio oferece também o Programa AETE (Programa Aulas Especializadas de

Treinamento Esportivo – Curso 3009) em contra turno conforme Instrução Normativa nº. 03/2017 –

SUED/SEED no período da tarde.

O regime de funcionamento de todas as modalidades de ensino está disponibilizado na

tabela abaixo:

INÍCIO TÉRMINO

PERÍODO MATUTINO 7h20min 11h40min

PERÍODO VESPERTINO 12h50min 17h10min

PERÍODO NOTURNO 18h30min 22h50min

PERÍODO INTEGRAL 08h00min 18h10min

1.4 Estrutura física

O Colégio Estadual Rui Barbosa – EFMP está construído num terreno de 8.269.22 m²,

tendo uma área construída de 2.469,39 m². Possui dez salas de aula, um laboratório de informática,

um laboratório de física, química e biologia, uma sala de múltiplo uso, uma biblioteca com ótimo

acervo bibliográfico, uma secretaria, uma sala para professores com armários e dois banheiros, uma

sala para direção, uma sala para equipe pedagógica, uma sala para documentação, um refeitório,

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uma cozinha e uma quadra poliesportiva coberta, um almoxarifado para materiais esportivos e

banheiros com vestiários masculino e feminino.

A Casa Familiar Rural, cuja Escola Base é o Colégio Estadual Rui Barbosa – EFMP

funciona em prédio próprio com a seguinte estrutura:

PARTE INTERNA

Quantidade Dependências

04 Alojamentos masculinos

02 Alojamentos femininos

01 Alojamento para monitores

01 Secretaria

01 Cozinha

01 Refeitório

03 Salas de aula

01 Sala de Múltiplo uso

01 Biblioteca

PARTE EXTERNA

Quantidade Dependências

01 ESTÁBULO

01 GALINHEIRO

03 TANQUES DE PEIXES

Conta também na parte externa com pomar, horta e área destinada a aulas práticas.

1.5 Materiais pedagógicos (recursos didáticos, audiovisuais, computadores).

Os itens que seguem fazem parte do Materiais Pedagógicos do Colégio Estadual Rui

Barbosa – EFMP.

ITEM QUANTIDADE

Aparelho de televisão 15

Retroprojetor 1

Impressora 7

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Copiadora 1

DVD 1

Aparelho de som 4

Projetor de Multimídia 6

Máquina fotográfica/filmadora 1

Computadores 44

Impressora Multifuncional 2

Vídeo cassete 1

Lousa Digital 1

Notebook/SRM 1

Computadores/SRM 02

Impressora/SEM 01

Ar condicionado 11

Impressora /Informática 01

1.6 Recursos Humanos

NOME FUNÇÃO VÍNCULO

FUNCIONAL

CURSO DE GRADUAÇÃO

E HABILITAÇÃO EM

EDUCAÇÃO

Hélio Schafranski Direção QPM Educação Física

Luciano Rodrigues da Silva Vice direção QPM História

Micheli Gobetti Pedagoga QPM Pedagogia

Silvana Aparecida Trolez Pedagoga QPM Pedagogia

Francisca da Rosa Pedagoga QPM Pedagogia

Adriane Molinetti Pedagoga READ Pedagogia

Leonildo Savoldi Wrublak Secretário QFEB Pedagogia

Adilson Batista Ag. Ed. II QFEB Eng. Ambiental e Sanitária

Dimas Thiago Silva Ag. Ed. II QFEB Ciências Contábeis

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Leosir Junior de Oliveira Ag. Ed. II QFEB Ensino Médio

Adriana Provin da Silva Polidoro Professora QPM Ciências

Alcedir Caimi Professor QPM Matemática

Ana Maria Passarin Professora QPM Matemática

Anice Marquardt da Costa Dorigon Professora QPM Artes Visuais

Arlete Terres Queiros Professora QPM Letras

Carlos José da Silva Professor READ Sociologia

Claudiane Edília Molineti Professora QPM Química

Daniel Ribeiro dos Passos Junior Professor READ Pedagogia

Dirlei Provin Zys Professora QPM Letras

Edson Luis Schmidt Professor QPM Química

Elvio Schafranski Professor QPM Educação Física

Elaine Loof Professora READ Química

Everton Donizetti Kielt Professor QPM Física

Fernando José Chusca Professor QPM Geografia

Francisca da Rosa Professora QPM Pedagogia

Geovana Aparecida de Paula Professora QPM Português

Luci Mara Braga Schafranski Professora QPM Educação Física

Luciano Rodrigues da Silva Professor QPM História

Lucinéia Romanzini Professora QPM Matemática

Magali Zamboni Bachi Professora QPM Química

Margarete Apª N. Schafranski Professora QPM Artes Visuais

Margarete Brugnerotto Balbinoti Professora QPM Letras

Micheli de Quadros Professora READ Filosofia

Mônica Lascoski Professora READ Filosofia

Nelci Passarin Professora QPM Geografia

Rosely Veloso Professora QPM Ciências e Matemática

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Rubia Rossignol Professora QPM Letras

Sandra Muller Professora QPM Ciências e Matemática

Sandra Silva Baldissera Professora QPM Ciências

Silvana Aparecida Trolez Professora QPM Letras

Silvana Márcia Schilive Professora QPM Letras

Valmir Dorigon Professora QPM História

Venilda Esmerio da Rosa Professora READ Física

Indianara Pazetto Ag. Ed. I READ Ensino Médio

Ivete Consorte Ag. Ed. I QFEB Ensino Médio

Miria Caimi Rocha Ag. Ed. I QFEB Ensino Médio

Neida de Camargo Ag. Ed. I QFEB Ensino Médio

Osvlair Braga de Cristo Ag. Ed. I READ Ensino Médio

Valdir Gularte Ag. Ed. I QFEB Ensino Médio

2. DIAGNÓSTICO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO (MARCO SITUACIONAL)

Identifica, explica e analisa os problemas e necessidades presentes na realidade social e

suas influências nas práticas educativas da escola. Inclui aspectos relacionados a diversidade dos

sujeitos, priorizando os que implicam no processo de ensino aprendizagem. Essas considerações

incluem aspectos positivos e negativos, a fim de subsidiar todo o planejamento.

2.1 Comunidade Escolar

O município de Nova Laranjeiras aos seus 26 anos de criação e 24 anos de emancipação, é

essencialmente agrícola e pecuarista, destacando-se nas produções de milho, feijão, frutas, verduras

e legumes, contribuindo para a industrialização de produtos como carne, leite e grãos.

Para isso, trabalha a fim de que as instituições de educação infantil e do ensino

fundamental e médio tenham uma educação de qualidade valorizando o local como espaço cultural

de aprendizagem.

O Município de Nova Laranjeiras segue as políticas estaduais e federais de educação. Os

educandos são 70% provenientes da zona rural e dependem de transporte escolar, onde a renda

destas famílias é basicamente da agricultura e pecuária leiteira. O município é pobre, tendo um dos

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mais baixos níveis de IDH (Índice de Desenvolvimento Humano do Brasil). Aproximadamente

30% dos alunos que residem na zona urbana são filhos de comerciantes ou de empregados nas

diversas áreas como construção, atendentes, funcionários públicos do governo estadual ou

municipal.

A sociedade é composta de uma diversidade cultural, social econômica significativa,

possui as seguintes modalidades de ensino: Educação Infantil, Anos Iniciais e Finais do Ensino

fundamental, Ensino Médio e Ensino Profissional, baseada na democracia como estilo de trabalho

onde se observam os princípios de igualdade, justiça e participação. Os direitos e deveres são

discutidos para uma melhor socialização.

Nova Laranjeiras, possuí também a maior Aldeia Indígena do Estado do Paraná, Aldeia Rio

das Cobras. Abriga dois grandes grupos étnicos os Guaranis e os Kaigangs em uma extensão

territorial aproximada de 18.681 hectares.

A escola básica enfrenta desafios diários rumando à educação onde principalmente se

assegura a cidadania, a cultura e o conhecimento. Para isso os educadores precisam atender às

perspectivas da sociedade contemporânea.

A escola pública deve ser entendida como escola de todos e para todos, onde os diferentes

grupos socioeconômicos, étnicos e culturais se fazem presentes, Educação do Campo, Educação e

Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena, Educação para a Diversidade, Educação Ambiental,

História do Paraná, Educação para o Exercício da Cidadania e Educação Inclusiva para alunos com

necessidades educativas especiais.

Com isso há um maior enriquecimento de experiências, favorecendo a interação em busca

de aperfeiçoamento, construindo identidade através dos temas a serem trabalhados como Prevenção

ao Uso Indevido de Drogas, Sexualidade, Enfrentamento à Violência na Escola, visando também ao

uso das Tecnologias Educacionais, assim irá vencendo os desafios que são assegurar o direito ao

conhecimento, o aprender a aprender, a ser, a fazer e a conviver.

Mesmo com 70% dos alunos que vivem no meio rural, o Colégio seguindo a sua função,

vem proporcionando a interação e a inclusão com as mais variadas culturas existentes,

reconhecendo, valorizando e aprendendo com as diferenças.

2.2 Gestão Escolar

A Gestão Escolar constitui-se numa atuação que objetiva promover a organização, a

mobilização e a articulação de todas as condições materiais e humanas dos estabelecimentos de

ensino. Estes que visam promover a efetiva aprendizagem dos alunos, de modo a torná-los capazes

de enfrentar adequadamente os desafios da sociedade globalizada e da economia centrada no

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conhecimento. Portanto, o processo de Gestão Escolar deve estar voltado para garantir que os

alunos aprendam sobre o seu mundo e sobre si mesmo. Adquiram conhecimentos úteis e aprendam

a trabalhar com informações complexas, gradativamente, sendo estas, muitas vezes contraditórias

com a realidade social, econômica, política e científica (LÜCK, 2000).

O processo de gestão escolar visa à garantia que os alunos aprendam sobre o mundo e

sobre si mesmos, adquiram conhecimentos úteis e aprendam a trabalhar com informações de

complexidades gradativas e contraditórias da realidade social, econômica, política e científica,

como condição para o exercício da cidadania responsável.

O aluno não aprende apenas na sala de aula, mas na escola como um todo: pela maneira

como a mesma é organizada e como funciona; pelas ações que promove; pelo modo como as

pessoas nela se relacionam e como a escola se relaciona com a comunidade, pela atitude expressa

em relação às pessoas, pelo modo como nela se trabalha, dentre outros aspectos.

Os sistemas educacionais, como um todo, e os estabelecimentos de ensino, em particular,

são organismos vivos e dinâmicos, fazendo parte de um contexto social marcado tanto pela

pluralidade, como também pela controvérsia que vêm, também, se manifestar na escola. Ao serem

vistas como organizações vivas, caracterizadas por uma rede de relações entre todos os elementos

que nelas atuam ou interferem direta ou indiretamente, a sua direção demanda um novo enfoque de

organização e é nessa dimensão que a gestão escolar democrática precisa atuar.

Para que a gestão democrática e participativa se efetive, faz-se necessário a participação de

todos os segmentos da escola de forma organizada e equitativa. Estas participações dos pais e da

comunidade na escola são representativas, demonstrada por meio do Conselho Escolar, Associação

de Pais, Mestres e Funcionários, no Grêmio Estudantil e nas atividades desenvolvidas pela escola,

cita-se como exemplo, reuniões, feiras, semana de integração escola/comunidade, festa cultural,

entre outros. Participaram também neste ano da elaboração do Projeto Político Pedagógico

refletindo e opinando sobre as atividades práticas e pedagógicas, a sociedade que temos e a que

queremos. O trabalho será norteado pelos princípios constitucionais e da legislação educacional que

orientam o direito de acesso e permanência com sucesso no interior da escola que precisa constituir-

se como espaço de respeito às diferentes culturas, valores e ideias, desenvolvimento de noções de

democracia na própria vivência escolar.

2.3 Ensino Aprendizagem

A relação ensino-aprendizagem se expressa como relação entre sujeitos. Com efeito, o

processo pedagógico constitui uma relação entre os dois sujeitos, com características específicas do

professor e do aluno, e a relação que se estabelece entre eles é de ensino-aprendizagem. Assim, tal

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como não se pode negar ao aluno o caráter de sujeito do processo, da mesma forma não se nega

igual caráter ao professor. Ou seja, ambos são sujeitos do mesmo processo, entretanto com

participações diferenciadas. Ao professor, enquanto detentor dos fundamentos do conhecimento

científico cabe o papel de mediador, ou seja, de desenvolver procedimentos adequados para

viabilizar a apropriação desse conhecimento pelos alunos. A esta cabe o esforço teórico-prático

dessa apropriação. Portanto, a relação ensino-aprendizagem implica a referência a método, processo

e estratégias.

O PTD (Plano de Trabalho Docente) é um documento construído pelo professor no início

do ano letivo e revisado, adaptado e até mesmo reelaborado no decorrer do ano letivo nos

momentos de planejamento e replanejado. O documento é elaborado tendo com subsídio o Projeto

Político Pedagógico e a legislação vigente.

Quanto a verificação do rendimento escolar, os objetivos irão ser traduzidos em notas que

serão computadas trimestralmente por disciplina de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez), sendo a

média do rendimento exigido 6,0 (seis vírgula zero) no ano conforme deliberação Nº. 007/99 da

promoção.

MA = 1.º T + 2.º T + 3.º T = > 6,0

3

Síntese do Sistema de Avaliação

Frequência Rendimento Resultado

75% a 100% 6,0 ou + Aprovado

75% a 100% Menor que 6,0 Reprovado

- 75% Independente Reprovado

75% de frequência = 600 horas

Para a aprovação exige-se média final igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) e

frequência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento).

A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e aprendizagem, com a

função de diagnosticar o nível de apropriação do conhecimento pelo aluno. A avaliação é contínua e

processual devendo refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as características

individuais deste no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos

aspectos qualitativos sobre os quantitativos. A avaliação deverá utilizar procedimentos que

assegurem o acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno, evitando-se a comparação dos

alunos entre si.

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O período avaliativo é trimestral. As avaliações serão somatórias, de provas descritivas,

objetivas, orais, de atividades diversificadas (seminários, pesquisas, atividades experimentais) de

acordo com os critérios adotados por cada professor em suas Propostas Pedagógicas Curriculares.

De acordo com a Instrução nº 15/2017 – SUED/SEED que trata sobre a Avaliação do

Aproveitamento Escolar, Recuperação de Estudos e Promoção dos (as) estudantes desta Instituição

de Ensino, caberá ao professor a oferta obrigatória de no mínimo dois instrumentos avaliativos e no

mínimo 02 (dois) instrumentos de recuperação de estudos para o Ensino Fundamental, Médio e

Profissional. É vedado oportunizar um único momento de recuperação de estudos ao longo do

período de avaliação, trimestre, considerando que o processo visa recuperar 100%(cem por cento),

ou seja, a totalidade dos conteúdos trabalhados, assim a recuperação de conteúdos acontecerá de

forma permanente e concomitante ao processo ensino-aprendizagem, e a recuperação do rendimento

escolar será ofertada no mínimo dois instrumentos de recuperação de estudos no período. O

mínimo de dois instrumentos de avaliações vale para as disciplinas que tem no máximo duas aulas

semanais, sendo eles uma avaliação escrita e um trabalho por trimestre. As demais disciplinas que

tem de três ou mais aulas semanais, permanecem no mínimo três instrumentos de avaliação, sendo

eles duas avaliações escritas e um trabalho por trimestre. Na disciplina de Educação Física será

realizada uma avaliação diferenciada, sendo destinados 3,0 (três vírgula zero) pontos para

avaliações teóricas e/ou trabalhos e 7,0 (sete vírgula zero) pontos para avaliações práticas, como

consta à descrição na Proposta Pedagógica Curricular da disciplina.

Na disciplina de Arte, a avaliação deve ser cumulativa, permanente, somatória e contínua,

baseada no comprometimento e envolvimento dos alunos, levando em consideração suas

individualidades e limitações pessoais. Portanto, será destinado 50% da nota para provas teóricas e

50% para avaliações práticas.

As avaliações práticas serão avaliadas em forma de relatório individual, obedecendo aos

seguintes critérios:

Coerência com a proposta;

Criatividade;

Originalidade;

Participação. (Se o aluno se propõe a desenvolver as atividades que são propostas).

O resultado da avaliação deve proporcionar dado que permitam a reflexão sobre a ação

pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar conteúdos/instrumentos/métodos de

ensino.

Na avaliação do aluno devem ser considerados os resultados obtidos durante todo o

período letivo, num processo contínuo, expressando o seu desenvolvimento escolar, tomado na sua

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melhor forma.

O professor realiza a retomada dos conteúdos e uma revisão geral dos mesmos antes da

aplicação da avaliação.

A disciplina de Ensino Religioso não se constitui em objeto de retenção do aluno.

Conforme a presente orientação nº 24/2017 de 05 de setembro de 2017, passa a vigorar a seguinte

redação: a disciplina de Ensino Religioso não se constitui em objeto de aprovação e reprovação aos

estudantes, conforme legislação vigente.

Caberá a oferta de no mínimo dois instrumentos avaliativos, sendo uma avaliação escrita e

um trabalho. Tendo como valores a nota total desses instrumentos a soma de 0,0 (zero vírgula zero)

a 10,0(dez vírgula zero). A recuperação de nota dar-se-á trimestralmente em momentos e

formatos/instrumentos (prova e trabalho) distintos. A oferta da recuperação será obrigatória para os

alunos que não atingirem no mínimo a média de 60% e opcional para os demais alunos que têm a

média acima de 60%. Caso o aluno não atinja a média 60% nas recuperações ofertadas, prevalecerá

à nota mais alta.

Os resultados obtidos pelo aluno no decorrer do ano letivo serão devidamente inseridos no

sistema informatizado, para fins de registro e expedição de documentação escolar.

A avaliação para alunos faltosos será realizada mediante a apresentação das justificativas

que seguem:

Atestados Médicos ou Declarações do Pronto Atendimento;

Luto;

Convocações Judiciais;

Questões religiosas;

Transporte Escolar (Dias chuvosos extremos).

A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de apropriação

dos conhecimentos básicos. Esta se dará trimestralmente por blocos de conteúdos, prevalecendo

sempre à nota maior. A recuperação de conteúdos acontecerá de forma permanente e

concomitantemente ao processo ensino-aprendizagem, e a recuperação do rendimento escolar serão

ofertados pela instituição de ensino concomitantes as avaliações realizadas durante o trimestre. Os

resultados da recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas durante o período letivo,

constituindo-se em mais um componente do aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua anotação

no Livro Registro de Classe Online.

A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do aluno, aliada à

apuração da sua frequência.

Quanto à classificação e a reclassificação, que é um processo pedagógico que se concretiza

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através da avaliação do aluno matriculado e com frequência na série/ano/ disciplina (s) sob a

responsabilidade da instituição de ensino que, considerando as normas curriculares, encaminha o

aluno à etapa de estudos/carga horária da(s) disciplina(s) compatível com a experiência e

desempenho escolar demonstrados, independentemente do que registre o seu Histórico Escolar.

Em relação á classificação, para a Educação Profissional é vedado a oferta de:

aproveitamento de estudos, pois o aluno deve integralizar a matriz curricular, sendo também

vedados: classificação, reclassificação e progressão parcial.

A Instituição de Ensino não oferta a progressão parcial (dependência), porém, a mesma

oferta em forma de plano de estudos para os alunos transferidos de outra instituição e que se

encontram cursando a dependência aonde estudavam, para que os mesmos tenham regularização de

sua vida escolar.

Segundo o Regimento Escolar da Instituição, o mesmo não oferta aos seus alunos

matrícula com Progressão Parcial. As transferências recebidas de alunos com dependência em até

três disciplinas serão aceitas e deverão ser cumpridas mediante plano especial de estudos. Os

estudos concluídos com êxito serão aproveitados.

O Conselho de Classe é órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa em assuntos

didático-pedagógicos, fundamentado no Projeto Político Pedagógico da escola e no Regimento

Escolar, com a responsabilidade de analisar as ações educacionais, indicando alternativas que

busquem garantir a efetivação do processo ensino e aprendizagem.

A finalidade da reunião do Conselho de Classe, após analisar as informações e dados

apresentados, é a de intervir em tempo hábil no processo ensino e aprendizagem, oportunizando ao

aluno formas diferenciadas de apropriar-se dos conteúdos curriculares estabelecidos.

É da responsabilidade da equipe pedagógica organizar as informações e dados coletados a

serem analisados no Conselho de Classe.

Os conselhos de classe serão realizados conforme calendário escolar onde os professores

juntamente com a comunidade escolar estarão analisando de um modo geral se os objetivos foram

alcançados, não esquecendo que antecipadamente a este conselho é realizado um pré-conselho com

os alunos por sala.

Poderão ser promovidos por Conselho de Classe os alunos que demonstrarem apropriação

dos conteúdos mínimos essenciais e que demonstrem condições de dar continuidade de estudos nas

séries/anos seguintes.

O Colégio Estadual Rui Barbosa é a escola base da Casa Familiar Rural que oferta o Curso

Técnico em Agropecuária Integrado ao Ensino Médio, a qual utiliza a Pedagogia da Alternância que

consiste na formação da pessoa utilizando espaços e tempos diferentes divididos entre o meio sócio

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profissional (família, comunidade e trabalho) e meio escolar e internatos (com monitores,

professores e outros colaboradores) guiados por uma proposta que visa à formação integral do

educando e o desenvolvimento do meio em que está inserido, este processo está assegurado na LDB

9394/96 no seu artigo lº: “A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida

familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos

movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.”.

Esse processo é formativo, pois, no período na escola, permite a recuperação e a

valorização de aspectos humanos e espirituais, além da consolidação de hábitos sociais, superação

do individualismo por meio do trabalho e vivência em grupo, bem como a garantia de uma

formação global pelas reflexões e análises conjuntas da sua própria realidade e da realidade dos

demais colegas.

Em relação à avaliação e recuperação de estudos da Casa Familiar Rural Enio Eduardo

Dala Santa, segue os mesmos critérios adotados da Escola Base.

O período na família, a vivência na comunidade e o trabalho são formas de consolidar as

informações trazidas da escola para a vida e da vida para a escola, tornando esse meio um

instrumento pedagógico, pois cabe à família auxiliar e acompanhar o processo educativo do

estudante, bem como colaborar na elaboração dos instrumentos pedagógicos que são desenvolvidos

no período vivido na família. Essa prática também instrumentaliza o aluno a continuidade de seus

estudos, como contempla a LDB no seu artigo 22 “A educação básica tem por finalidades

desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da

cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores”.

2.4 Atendimento Educacional Especializado ao público – alvo da Educação Especial

Quanto ao atendimento dos alunos com necessidades educacionais especiais, o colégio

dispõe de duas Salas de Recursos Multifuncional - Tipo I, uma no período matutino e outra no

vespertino, com professores especializados para atender a demanda. Os ambientes são adaptados

para portadores de necessidades físicas especiais, assim como banheiros, rampas entre outros.

Os professores almejam uma escola inclusiva, onde haja organização do trabalho educativo

com todos os sujeitos do processo, articulando nas especificidades das diferentes funções onde cada

um dos profissionais tem um papel fundamental no processo educativo, cujo resultado não depende

só da sala de aula, mas também da vivência e da observação de atitudes corretas e respeitosas no

cotidiano da escola.

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2.5 Articulação entre as etapas de ensino

É preciso ainda levar em conta as questões que envolvem os alunos dentro de um contexto

escolar, principalmente os oriundos do Ensino Fundamental – Anos Iniciais, pois os mesmos se

sentem despreparados para o início do 6º ano.

Dentre as ações desenvolvidas por esta Instituição de ensino está a articulação com a

Escola Municipal no final do ano letivo, a qual busca sugerir uma simulação com aulas de 50

minutos e um revezamento de professores, para que os alunos possam se adequar com maior

facilidade no início do ano letivo. Também ao final do ano letivo, Professores, Diretor (a) e Equipe

Pedagógica dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, se reúnem com a Direção e Equipe

Pedagógica dos Anos Finais do Ensino Fundamental para uma conversa. Neste momento é

repassada, a relação de alunos que frequentará o 6º Ano no ano letivo seguinte, bem como as

características de cada um. Neste momento é repassada também a relação de alunos avaliados que

deverão continuar frequentando a Sala de Recursos Multifuncional.

Quando o novo ano letivo se inicia, no 1º dia de aula, a Direção, juntamente com a Equipe

Pedagógica, conduzem os alunos recém chegados por todas as dependências do Colégio para que

assim conheçam o novo prédio e se familiarizem com o ambiente. Nos dois primeiros meses, os

alunos do 6º ano, são liberados alguns minutos antes para o intervalo, isso faz com que se

organizem na fila do lanche com antecedência e possam se acomodar no refeitório antes das demais

turmas chegarem.

2.6 Articulação entre diretores, pedagogos, professores e demais profissionais da educação.

A organização do trabalho pedagógico passa pela integração entre os envolvidos na

dinâmica escolar na perspectiva de que tudo na escola é educativo e em função de objetivos

comuns. É essencial ter momentos de diálogo entre todos que compõem. No Colégio são

desenvolvidos durante o ano vários momentos de conversação e organização do trabalho

pedagógico e administrativo. O trabalho quando realizado em conjunto traz resultados mais

satisfatórios.

2.7 Articulação da Instituição de Ensino com os pais e/ou responsáveis

As características da comunidade escolar são bem distintas, ao mesmo tempo em que os

pais apoiam a escola, também deixam na incumbência da mesma o processo de ensino e

aprendizagem, ficando muitas vezes a desejar no acompanhamento e direcionamento da formação

de seus filhos (as). Temos também que considerar que os pais de nossos discentes querem que eles

estudem, e trilhem um caminho de sucesso, mas acreditamos que para a maioria deles acompanhar

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o processo de ensino aprendizagem dos filhos é dificultada pela própria formação que receberam ao

longo de suas vidas por falta de oportunidades e políticas públicas adequadas.

A maioria dos pais querem compartilhar das decisões e informações, preocupados com a

qualidade da educação, querem que a escola exija dos mesmos a participação nas reuniões para

tratar de assuntos referentes a vida escolar de seus filhos, chamando a atenção dos alunos sobre suas

responsabilidades, preocupando-se também com os problemas sociais existentes na atualidade.

Além desse aspecto é importante que os pais resignifiquem uma atenção maior sobre a escola,

apoiando o professor, numa relação de auxílio à organização da prática pedagógica.

2.8 Formação continuada dos profissionais da educação

Considerando, que a formação continuada dos professores é coisa séria, levada com

comprometimento e dedicação, a mesma vem a ser um dos itens que interfere decisivamente no

comportamento de nossos profissionais, pois quanto mais aprofundamento teórico-metodológico

mais práticas consistentes se findam.

Através de uma formação continuada e coletiva o docente estará se preparando para

desempenhar este papel na sala de aula. Daí a importância de conquistar e instituir um horário de

trabalho comum nas escolas, onde os professores possam buscar juntos, as formas de superar as

deficiências da própria formação profissional.

O professor estando constantemente ativo na sua prática pedagógica tendo clareza na

direção que almeja, traçando os objetivos para a conquista terá condição de intervir quando

necessário no processo de ensino/aprendizagem para novos encaminhamentos, o GTR é uma etapa

da formação continuada do professor, onde os mesmos têm a opção de realizar seus estudos em suas

disciplinas de concurso, aprofundando assim seu aprendizado.

Os Agentes Educacionais I e II estão motivados cada vez mais, capacitando-se através do

Programa de Formação Profissional - Pró-Funcionário e demais cursos de Formação Continuada,

reconhecendo a importância de sua função, bem como de seu caráter educativo no ambiente escolar.

Há interação com o corpo docente e discente em regime de participação das atividades e

colaboração nos Programas e Projetos da Escola.

Os professores que trabalham nesta instiuição estão contantemente buscando mais

formação, exemplo disso é o quadro abaixo de professores PDE:

11 PDE

01 Cursistas do PDE

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O PDE é uma política pública de Estado regulamentado pela Lei Complementar nº 130, de

14 de julho de 2010 que estabelece o diálogo entre os professores do ensino superior e os da

educação básica, através de atividades teórico-práticas orientadas, tendo como resultado a produção

de conhecimento e mudanças qualitativas na prática escolar da escola pública paranaense.

O Colégio dispõem de Equipe Multidisciplinar a qual é uma instância de organização do

trabalho escolar, preferencialmente coordenada pela equipe pedagógica, e instituída por Instrução

da SUED/SEED, de acordo com disposto no art. 8º da Deliberação Nº. 04/06 CEE/PR, com a

finalidade de orientar e auxiliar o desenvolvimento das ações relativas à Educação das Relações

Étnico-Raciais e ao Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena, ao longo do

período letivo. As Equipes Multidisciplinares se constituem por meio da articulação das disciplinas

da Base Nacional Comum, em consonância com as Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação

Básica e Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o

Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, com vistas a tratar da História e Cultura da

África, dos Africanos, Afrodescendentes e Indígenas no Brasil, na perspectiva de contribuir para

que o aluno negro e indígena mire-se positivamente, pela valorização da história de seu povo, da

cultura, da contribuição para o país e para a humanidade.

2.8.1 Plano de Ação da Equipe Multidisciplinar

1. IDENTIFICAÇÃO

Instituição de Ensino: Colégio Estadual Rui Barbosa – E.F.M.P.

Município: Nova Laranjeiras

NRE: Laranjeiras do Sul

Coordenadora/or da Equipe Multidisciplinar: Lucia Regina Braga

Componentes da Equipe Multidisciplinar: Miria Caimi Rocha, Leosir Junior de Oliveira, Valmir

Dorigon, Fernando José Chusca, Adriana Provin da Silva Polidoro, Rosely Veloso, Sandra

Silva Baldissera, Keyla Passarin Gonsiorkiewicz, Anice M. Da Costa Dorigon, Dirlei Provin

Zys, Vanderlaine Larissa Batista Prestes, Lídia Provin, Silvana Aparecida Trolez.

2. JUSTIFICATIVA

O Colégio Estadual Rui Barbosa - EFMP recebe alunos brancos, negros e indígenas. Essa

diversidade propicia e necessita de um trabalho interdisciplinar, visto que a discriminação das

pessoas em função de suas diferenças é uma realidade. Ao valorizar a História e Cultura Afro-

Descendente e Indígena contribui-se para a transformação do conceito formado ao longo do processo

histórico do Negro e do Índio em nossa sociedade, além de fortalecer e promover uma educação

intercultural que contribui para a cidadania plena dos povos indígenas e afro-descendentes. Assim

sendo, ao educar com conhecimentos, atitudes, postura e valores que conscientizem os educandos

quanto à pluralidade étnico-racial e respeito às diferenças culturais, provoca-se uma reflexão

individual e, principalmente coletiva de que a luta contra o preconceito racial é de responsabilidade

de todos.

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3. OBJETIVO GERAL

Desenvolver ações que efetivem a valorização da cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena na

prática pedagógica dos educadores do Colégio Estadual Rui Barbosa, propiciando aos educandos

uma postura referente aos valores étnicos culturais a que pertencemos.

4. PLANEJAMENTO DAS AÇÕES

Durante o desenvolvimento das ações da Equipe Multidisciplinar, os professores trabalharão em

todas as disciplinas as questões referentes ao Ensino de história e cultura Afro-Brasileira, Africana e

Indígena, conforme consta em seus Planos de Trabalho Docente.

Realização de uma Ação Mobilizadora sobre: Reconhecimento e Valorização Afro-Brasileira,

Quilombola e Indígena.

Levar os educandos a entender a importância da autodeclaração.

Desenvolvimento de Ações para a Promoção da Igualdade Racial, garantinoo a participação de todos

os segmentos representados na EM.

Encerramento dos traballhos com a realização do Seminário da Consciência Negra.

5.CRONOGRAMA

Ação

Objetivo

Data/Período

Responsáveis

Visita à Comunidade

Quilombola no

município de Entre

Rios – PR pelos

integrantes da EM.

Possibilitar o

conhecimento da

realidade dos Quilombos.

2º semestre Direção e Equipe

Multidisciplinar

Realização de peças

teatrais embasadas em

Romances da Literatura

Brasileira, que

apresentem o indígena e

o negro em seu enredo.

Despertar no aluno o

interesse pela literatura

brasileira existente sobre

o tema.

2º semestre Professores de Língua

Portuguesa

Levantamento dos

principais pratos típicos

da Indígena e Afro-

Brasileira.

Identificar as

interferências da cultura

indígena e aficana na

culinária brasileira.

2º semestre Professores de História

Produção do koeksister

– doces populares da

Africa do Sul.

Conhecer os nutrientes do

Koeksister doce popular

da África do Sul.

3º timestre Professores de Ciências

Com a receita do

Koeksister, trabalhar

proprção, frações e

custos.

Aplicar os conceitos de

proporção, fração e custo

utilizando a receirta do

Koeksister.

3º trimestre Professores de

Matemática

Confecção de um

painel, demonstrando a

herança genética que

Conhecer os padrões de

herença genética que

reseultam na cor da pele

2º semestre Professores de Biologia

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27

resulta na cor da pele. de cada indivíduo.

Aprofundar questões

relacionadas a genética

da população Indígena

e Africana.

Identificar as

contribuições genéticas

dos povos indígenas e

africanos na composição

da população brasileira.

2º semestre Professores de Biologia e

Química.

Trabalhar com jogos

específicos da cultura

africana, tais com a

Mancala.

Conhecer e intender o

processo do jogo.

2º semestre Professores de

Matemática.

Palestra sobre cultura

indígena.

Levar informação e

conhecimento específico

da cultura indígena aos

educandos.

2º semestre Direção e professores de

História.

Palestra da sobre a

cultura africana.

Levar informação e

conhecimento específico

da africana e afro-

brasileira aos educandos.

2º semestre Direção e professores de

Geografia.

Trabalhar o tema

Racismo através de

músicas em Inglês (

Projeto PDE aplicado

no Ensino Médio)

Proporcionar com o

gênero música o

aperfeiçoamento da

linguagem e a consciência

da importância da

inclusão nas relações

étnicas-raciais e sociais

2º semestre Professor de LEM - Inglês

Seminário final da

Consciência Negra.

Integrar toda a

comunidade escolar, de

forma coletiva com

exposição dos trabalhos

referentes as temáticas

trabalhadas.

2º semestre Direção, Equipe

Pedagógica, Professores,

Alunos, Instâncias

Colegiadas, Agentes

Educacionais I e II e

Equipe Multidisciplinar.

6.AVALIAÇÃO

A Avaliação será contínua e ocorrerá em forma de observação dos trabalhos individuais ou em

grupo, será levado em consideração a elaboração, a participação, o envolvimento e a apresentação

dos alunos, mediante as datas previstas dos trabalhos expositivos e orais, assim como: teatros,

danças, debates, entre outros. A partir do exposto busca-se-á uma mudança de comportamento dos

educandos em relação ao tema, não esquecendo da realização do Seminário Final para sistematização

de todo trabalho.

7.REFERÊNCIAS

BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-raciais e para o

Ensino da História Afro-Brasileira e Africana. Brasília: SECA/ME, 2004.

BRASIL. Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República –

SEPPIR – Guia de Implemantação do Estatuto de Igualdade Racial, Brasíla – DF, Copyright,

2013.

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ORIENTAÇÃO Nº 002/2014 – DEDI/CERDE/CERDE/CEEI/SEED

BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-raciais e para o

Ensino da História Afro-Brasileira e Africana. Brasília: SECA/ME, 2004.

Disponível em:

http;// www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=560

2.9 Plano de Ação da Equipe Pedagógica.

COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL

Rodovia Municipal Vereador João Antonio Wolff, 334

Nova Laranjeiras – Paraná Fone/Fax (42) 3637-1129

Email: [email protected]

PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA

Introdução

O Colégio Estadual Rui Barbosa, localizado na Rodovia Municipal João Antônio Wolff, nº

334 centro, Nova Laranjeiras /PR, considera a educação escolar fundamental para a preparação dos

alunos na convivência em sociedade, buscando condições igualitárias, sempre com o cuidado de

preservar um ambiente educativo que garanta e respeite o seu modo de ser, viver e pensar, onde seja

capaz de se apropriar, reafirmando sua identidade, valorizando a cultura e suas especificidades.

Nesse sentido o trabalho da Equipe pedagógica deverá assumir princípios onde irão nortear

todo o processo educacional, na perspectiva de uma Gestão Democrática, zelando pela ética

profissional, comprometimento político-pedagógico.

Justificativa

Diante dos diagnósticos levantados na semana pedagógica 2017 pelos indicadores internos e

externos do plano de ação, direcionam-se aos desafios gerais, particulares e específicos da Equipe

Pedagógica desta referida instituição de ensino, onde na atual conjuntura formada pela Educação

Escolar do Campo e Indígena, o papel do pedagogo exige ações pedagógicas que busque articular

da melhor forma o processo de Ensino Aprendizagem objetivando contemplar os direitos e os

deveres, buscando uma intima ligação entre a prática pedagógica e os anseios da comunidade,

baseado sempre nos princípios da legalidade no que se refere à educação, e norteados pelo

Regimento Escolar, pelo Projeto Político Pedagógico -PPP, pela Proposta Pedagógica Curricular -

PPC e também através do Plano de Trabalho Docente - PTD.

Para que a instituição tenha um bom desenvolvimento em todos os aspectos, o processo de

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transformação deverá ocorrer democraticamente, visando aos educandos uma transformação moral,

intelectual e satisfatória, contando sempre com apoio do corpo docente, equipe pedagógica e

segmentos da comunidade, sempre aliado a um bom diálogo entre os envolvidos no processo

educacional.

Objetivo geral

Coordenar de maneira geral as ações didático – pedagógicas da Instituição de Ensino,

intervindo sempre que necessário, e de acordo com a política educacional, com orientações

emanadas da Secretaria de Estado da Educação, contempladas e definidas no Projeto Político

Pedagógico e no Regimento Escolar.

Quadro de ações previstas ano letivo

Atividades Principais ações Período

1

Coordenar a elaboração

coletiva e acompanhar a

efetivação do Projeto Político

Pedagógico e do Plano de

Ação.

Reuniões para estudo e elaboração do

documento oficial a fim de mediar o processo

de construção e elaboração.

Constantemente

2 Participar e intervir, junto a

direção, na organização do

trabalho pedagógico escolar.

Através de uma gestão democrática e

participativa.

Constantemente

3 Orientar o processo de

elaboração do Plano de

Trabalho Docente junto ao

coletivo de professores da

instituição de ensino.

Através de formações e reuniões de

aprimoramento e reflexão da prática docente

acerca das Instruções e normas vigentes.

Constantemente

4

Capacitação - Formação

Continuada

Preparar, organizar e coordenar a Formação

Continuada oferecida pela SEED, com a

finalidade do aprimoramento do trabalho

pedagógico escolar.

Fevereiro e

Julho, definido

em calendário

escolar.

5 Promover e Coordenar

reuniões pedagógicas e grupos

de estudos para reflexão e

aprofundamento.

Reuniões De acordo com

o calendário

escolar.

6 Organizar junto à direção Reunião da comunidade escolar para debate Ao término de

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30

escolar os Conselhos de Classe

de forma a garantir um

processo coletivo de reflexão-

ação sobre o trabalho

pedagógico desenvolvido na

instituição.

dos dados apresentados pelos alunos durante o

trimestre.

cada trimestre,

segundo datas

previstas em

calendário

escolar.

7 Coordenar a elaboração e

acompanhar e efetivação de

propostas de intervenção

decorrentes das decisões do

Conselho de Classe.

Após reunião do Conselho de Classe conversa

com os alunos e familiares, caso seja

necessário.

Após o término

de cada

trimestre.

8 Organizar junto a direção a

hora-atividade dos professores

de maneira a garantir um

espaço de preparação e

organização do trabalho

pedagógico, seguindo a

instrução vigente.

Proporcionar momentos de estudo, organização

e preparação de materiais didáticos e

pedagógicos, bem como, elaboração e correção

de atividades avaliativas e registros no Livro

Registro de Classe on-line.

Início do ano

letivo e durante,

conforme a

necessidade de

mudança nos

horário dos

professores.

9

Coordenar o processo coletivo

de elaboração e aprimoramento

do Regimento Escolar.

Elaborar junto à comunidade escolar o

Regimento a partir das orientações da SEED,

bem como, sua adequação quando necessária.

Constantemente

10 Participar do Conselho Escolar,

quando representante do seu

segmento, subsidiando teórica

e metodologicamente as

discussões e reflexões acerca

da organização do trabalho

pedagógico quando necessário.

Proporcionar um maior conhecimento a todos

os integrantes da comunidade escolar do

processo ensino-aprendizagem.

Sempre que

necessário.

11 Coordenar o processo

democrático de representação

docente e discente de cada

turma, bem como as eleições

do grêmio estudantil, conforme

estatuto.

Realizar junto a Instituição de ensino, eleição

dos representantes de turma em cada ano do

Ensino Regular, bem como, a indicação do

professor responsável por cada turma e eleições

do grêmio estudantil.

No início do ano

letivo, bem

como, no

decorrer do ano

quando se fizer

necessário e de

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31

acordo com o

estatuto do

grêmio

estudantil.

12 Acompanhar os estagiários da

instituição de ensino quanto às

atividades a serem

desenvolvidas.

Recepcionar, bem como, auxiliar e acompanhar

os estagiários em seu trabalho escolar.

Sempre que

necessário e

disponibilidade

da instituição de

ensino.

13 Acompanhar a frequência

escolar dos alunos.

Monitorar junto a secretaria, o número de faltas

dos alunos matriculados, bem como, entrar em

contato com a família, realizar visitas, ou ainda

encaminhar aos órgãos competentes quando

necessário, acionando o serviço de proteção à

criança e ao adolescente através do Programa

FICA. Elaborar e enviar relatórios para o

Conselho Tutelar e promotoria informando a

situação dos alunos quando menor de idade.

14

Promover estratégias

pedagógicas de superação de

todas as formas de

discriminação, preconceito e

exclusão social.

Promover conversas e debates acerca do

assunto, bem como, palestras e conversas

individualizadas.

Sempre que

necessário.

15 Reuniões Pedagógicas Coordenar reuniões pedagógicas e grupos de

estudos para reflexão e aprofundamento de

temas relativos ao trabalho pedagógico.

Organizar encontros de professores da

educação especial, com o professor do regular

para informações e troca de experiências.

Promover estudos sistematizados troca de

experiências, debates e oficinas pedagógicas.

Definidas em

calendário e em

Hora atividade.

16 Cumprimento do Calendário

Escolar

Organizar e acompanhar juntamente com a

direção, as reposições e complementação de

carga horária de dias letivos, horas e conteúdos

Durante o ano

letivo.

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32

aos discentes quando necessário.

17 Orientar, coordenar e

acompanhar a efetivação de

procedimentos didáticos

pedagógicos referentes a

avaliação processual e aos

processos de classificação,

reclassificação, aproveitamento

de estudos, adaptação e

progressão parcial, conforme

legislação em vigor.

De acordo com a necessidade dos alunos aqui

matriculados intervir junto a documentação

escolar para a adequação da vida deste aluno,

regularizando sua situação estudantil.

Quando se fizer

necessário.

18 Organizar e acompanhar,

juntamente com a direção, as

reposições de dias letivos,

horas e conteúdos aos

discentes.

Mediar a ação para a contemplação dos 200

dias letivos de efetivo trabalho escolar

assegurando o direito do aluno em todos os

momentos.

Quando se fizer

necessário.

19 Orientar, acompanhar e vistar

trimestralmente os Livros

Registros de Classe, bem

como, RCO.

Proceder de maneira detalhada a correção e

orientação dos docentes quanto aos registros

legais do trabalho pedagógico, garantindo a

legalidade.

Ao término de

cada trimestre

ou no decorrer

do mesmo

quando

necessário.

20 Reunião de pais ou

responsáveis

Preparar e efetivar as reuniões, bem como,

convocar os pais ou responsáveis, redigir a Ata

e realizar a entrega de boletins, entre outros.

No início do ano

letivo, ou

sempre que se

fizer necessário.

21 Acompanhar a vida escolar do

aluno.

Propiciar um conhecimento acerca da realidade

vivida, bem como, a mediação de conflitos e as

conversas individualizadas, proporcionando um

conhecimento mais elaborado de suas

potencialidades e dificuldades, para posterior

intervenção e auxilio.

Durante todo o

ano letivo.

22 Auxiliar o processo de alunos

com necessidades educacionais

Solicitar autorização dos pais ou responsáveis

para realização da avaliação educacional, para

Sempre que

necessário.

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33

especiais. identificação de possíveis necessidades

educacionais especiais. Coordenar e

acompanhar o processo de avaliação

educacional no contexto escolar, visando o

encaminhamento do mesmo aos serviços de

apoio especializados, bem como, montagem de

processos para Renovação e Reconhecimento.

23 Acompanhar os aspectos de

sociabilização e aprendizagem

dos alunos, realizando contato

com a família com o intuito de

promover ações para seu

desenvolvimento integral.

Convocações ao responsáveis para conversa na

instituição com professores, direção e equipe

pedagógica no intuito de resolvermos todo e

qualquer problema relacionado ao aluno em

questão.

Quando se fizer

necessário.

24 Acionar os serviços de

proteção da criança e do

adolescente, sempre que

houver necessidade de

encaminhamento.

Registro de ocorrência em Livro Ata, bem

como, acionamento do Conselho Tutelar para

possíveis encaminhamentos e providências.

Quando se fizer

necessário.

25 Atendimento a comunidade

escolar.

Realizar atendimento com intuito de informar e

orientar os pais, os alunos e a comunidade

sempre que solicitado.

Sempre que

solicitado.

26 Orientar e acompanhar o

desenvolvimento escolar dos

alunos com necessidades

educacionais especiais nos

aspectos pedagógicos,

adaptações físicas e

curriculares e no processo de

inclusão na escola.

Intermediar o trabalho dos professores regentes

com o profissional responsável pela SRM

(Sala de Recurso Multifuncional – Tipo I),

proporcionando adaptações e adequações para

o rendimento escolar deste aluno.

Quando se fizer

necessário.

27 Zelar pelo sigilo de

informações pessoais de

alunos, professores,

funcionários e famílias.

Assegurar através de uma conduta ética o

direito e o respeito a exposição pessoal ou

social de qualquer indivíduo.

Sempre.

28 Participar da Equipe Coordenar e organizar os materiais para os Conforme

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34

Multidisciplinar da educação

das Relações étnico/raciais,

subsidiando professores,

funcionários e alunos.

encontros, bem como, a composição da Equipe

Multidisciplinar e suas orientações.

cronograma

estabelecido

pela SEED.

29 Auxiliar no processo de

representatividade dos alunos.

Auxiliar os alunos no Grêmio Estudantil. Durante todo o

ano letivo.

30 Compor o grupo de brigadista

escolar da Instituição.

Participar das formações para brigadistas, bem

como, atuar no plano de abandono e seus

treinamentos.

Segundo

calendário

escolar e a

necessidade da

instituição.

31 Fornecer informações ao

responsável pelo SAREH do

NRE, bem como, ao pedagogo

que presta serviço na

Instituição conveniada.

Elaborar relatórios para o responsável, bem

como, auxiliar no processo educacional.

Quando for

solicitado.

32 Programa PSE Acompanhar, orientar e avaliar as atividades

desenvolvidas, bem como, encontrar meios

para aplicabilidade.

No decorrer do

ano letivo.

33 Livro Didático Organizar e acompanhar o processo de

distribuição e recolhimento do Livro Didático

Público.

Quando for

necessário ou

solicitado.

34 Dados Estatísticos Proceder à análise dos dados estatísticos de

aproveitamento escolar.

Durante o ano

letivo.

35 Plano de Ação do Colégio Assessorar e participar do processo de

elaboração do Plano de Ação da Instituição.

Início do ano

letivo e

atualizando-o.

36 Conselho de Classe e Pós

Conselho

Organizar, junto à direção da escola, a

realização do Conselho de Classe de forma a

garantir um processo coletivo de reflexão ação

sobre o trabalho pedagógico desenvolvido.

Coordenar a elaboração e acompanhar a

efetivação de propostas de intervenção

decorrentes das decisões do Conselho, realizar

No decorrer e

término de cada

Trimestre.

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35

conversas com os alunos para reflexão dos

dados apresentados, bem como, quando

necessário convocar pais ou responsáveis para

uma conversa.

37 Sala de Apoio a Aprendizagem. Fazer análise do desenvolvimento da

aprendizagem dos alunos para encaminhamento

de alunos com defasagem de conteúdos de

Língua Portuguesa e Matemática para a Sala de

Apoio à Aprendizagem, bem como, orientar o

professor da Sala de Apoio quanto ao

preenchimento das fichas, acompanhando o

desenvolvimento dos alunos para

movimentação e dispensa de alunos.

Quando

disponibilizado

pela SEED.

38 Semana Integração com a

Comunidade

Auxiliar na organização de todo o coletivo

escolar para a realização de atividade

diferenciadas.

Conforme

calendário

escolar.

40 Organização interna da

Instituição

Disponibilizar comunicados aos pais ou

responsáveis de recuperação para alunos que

não obtiveram 60% da nota avaliada, bem

como, autorizações de pesquisa, entrada,

registro de ocorrência, plano de estudos, planos

domiciliares de atendimento à alunos que se

encontram de atestado médico.

Durante todo o

ano letivo.

Avaliação do plano de ação

Este Plano tem como pressuposto dialogar com foco no ensino-aprendizagem no contexto

escolar, proporcionando uma reflexão acerca da organização do papel do pedagogo nas instituições

de ensino.

Referencias Bibliográficas

PARANÁ, Secretaria do estado de educação – SEED – PR, 2008. Diretrizes curriculares estaduais

DCE.

Regimento Escolar – Colégio Estadual Rui Barbosa, Ensino Fundamental, Médio e Profissional.

PPP, Projeto Político Pedagógico - Colégio Estadual Rui Barbosa, Ensino Fundamental, Médio e

Profissional.

BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases de Educação Nacional, LDB 9.394, de

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36

20 de Dezembro de 1996.

BRASIL. Constituição Federal. 1988.

2.10 Acompanhamento da Hora - Atividade

A hora-atividade é organizada de acordo com o dia estipulado para cada disciplina,

lembrando que, algumas vezes não conseguimos deixar o professor naquele dia específico sugerido

pela Instrução Nº 06/2017 – SUED/SEED, pois o mesmo leciona em várias instituições de ensino,

sendo assim adequamos conforme as necessidades e possibilidades, no entanto, a maioria dos casos

está em conformidade, assim como representado no quadro abaixo, conforme orientação da Hora

Atividade Concentrada/2017:

SEGUNDA-FEIRA TERÇA-FEIRA QUARTA-FEIRA QUINTA-FEIRA SEXTA-FEIRA

HISTÓRIA BIOLOGIA MATEMÁTICA LÍNGUA

PORTUGUESA ARTE

FILOSOFIA CIÊNCIAS FÍSICA LEM EDUCAÇÃO

FÍSICA

SOCIOLOGIA QUÍMICA

GEOGRAFIA

ENSINO RELIGIOSO

2.11 Índices de Aproveitamento Escolar (indicadores externos e internos).

Quanto aos índices de aproveitamento escolar, citamos nas modalidades do Ensino

Fundamental, Médio e o curso Técnico em Agropecuária, o número de matrículas, as taxas de

aprovação, reprovação e abandono escolar desde o ano letivo de 2014 até o ano letivo de 2015,

conforme tabelas abaixo:

2015

Ensino Matrículas Rendimento Escolar Movimento Escolar

Aprovação Reprovação Abandono

Fundamental 226 99,6% 0,04% 0,0%

Médio 187 96,0% 3,2% 0,5%

Tec. Em Agro. 54 98,1% 1,8% 0%

Total Geral 467 98,2% 1,8% 0,2%

2016

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37

Ensino Matrículas Rendimento Escolar Movimento Escolar

Aprovação Reprovação Abandono

Fundamental 256 96,04% 3,96% 0,56%

Médio 215 92,74% 6,70% 0,05%

Tec. Em Agro. 45 97,83% 2,17% 0,00%

Total Geral 516 95,00% 4,25% 0,19%

O índice de distorção da relação idade x série em nossa Instituição é baixo.

A evasão escolar é um fenômeno que desafia governos, educadores e toda a sociedade ao

longo do tempo. Um país com a diversidade sócio-econômica e cultural como o Brasil, tem

problemas da mesma natureza e que se avoluma no sentido proporcional. Trata-se do abandono da

escola pelo aluno durante o ano letivo. Quando se busca saber quais as causas que levam a essa

decisão, verifica-se que são muitas relacionadas aos problemas familiares, à necessidade que o

aluno tem que trabalhar para ajudar no orçamento familiar, não gostar de estudar, não entender o

que as professoras ensinam, e assim por diante.

A presente Instituição comprometida com a sua missão procura estar sempre interada nas

linhas e ações de enfrentamento a evasão escolar. Seguimos atualmente as orientações do Programa

de combate ao Abandono, o qual consiste em um Plano de Ação destinado a combater o abandono

escolar nas instituições de ensino da Rede Estadual de Educação. Seu objetivo principal é resgatar

estudantes com 5 (cinco) faltas/dias consecutivas ou 7 (sete) faltas/dias alternados por meio de

ações integradas entre a escola e a Rede de Proteção à criança e ao adolescente a fim de evitar que

este venha a se efetivar como evasão escolar. Diante disso a escola deverá seguir os seguintes

passos:

Passo I – Professores: Cabe aos professores constatarem a ausência não justificada dos alunos,

e, comunicar à equipe pedagógica da escola utilizando a ficha de “Controle interno de faltas

injustificadas”.

Passo II – Equipe Pedagógica: De posse do “Controle interno das faltas injustificadas”

devidamente preenchidas pelos professores, a equipe irá fazer o contato via telefone ou

comunicado aos pais ou responsáveis, convocando-os para uma reunião, a fim de verificar se as

faltas são justificadas ou não. Se o estudante não estiver frequentando a escola por motivos não

amparados por lei, ou se a equipe pedagógica não conseguir contato com a família, deverá

realizar reunião domiciliar. Quando da impossibilidade de realizar esta, se faz necessário o

registro da justificativa no “Formulário de notificação obrigatória de estudante ausente”. No

caso do comparecimento dos pais, o registro deve ser feito no “formulário de registro da

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38

reunião com os pais ou responsáveis do estudante ausente”.

Passo III – Diretor: Em caso negativo de retorno do aluno a escola, caberá ao diretor acionar a

Rede de Proteção Social da Criança e do Adolescente. Para oficializar, a escola deverá enviar

cópia do “Formulário de notificação obrigatória de estudante ausente”, devidamente preenchida

e uma cópia em branco do “Formulário de encaminhamento à rede de proteção social da

criança e do adolescente, para o representante da Rede de Proteção. Diante disso, a rede de

proteção deverá responder via ofício a escola, os encaminhamentos realizados.

Passo IV - Acionamento do Conselho tutelar pela escola: Após o recebimento do oficio pelo

responsável da Rede de Proteção, persistindo o abandono, a escola acionará o Conselho Tutelar,

por meio de oficio e também entregará uma cópia do “Formulário de notificação obrigatória ao

estudante ausente”. Diante dos encaminhamentos do Conselho Tutelar, este deverá comunicar

oficialmente a escola as medidas tomadas.

Passo V – Acionamento do Ministério Público pelo Conselho Tutelar: Caso as medidas

realizadas pelo Conselho Tutelar, não tenham causado efeito, caberá a este acionar o Ministério

Público que tomara as devidas providências legais para o combate do abandono escolar.

O Colégio, ou seja, Direção e Equipe Pedagógica realizam reuniões semestrais com a

comunidade escolar envolvendo uma série de palestras com profissionais da área como: médicos,

enfermeiras, equipe da secretaria do meio ambiente, etc., os temas que abordamos abordar são os

seguintes: Bullyng, valores na escola, sexualidade, drogas, meio ambiente, cidadania, os Direitos

das Crianças e Adolescente (Lei Nº11. 525/07), etc. isto só virá a somar o trabalho que o professor

realiza interdisciplinarmente.

As reuniões também têm o objetivo de analisar e discutir com os pais, levantar sugestões,

de modo que os mesmos em especial fiquem informados dos rendimentos escolares apresentados

pelos seus filhos, podendo também estar recebendo em mãos as avaliações e recuperações para

poder juntamente com os professores, direção e equipe pedagógica estar tomando as medidas

cabíveis para uma melhora significativa em seu rendimento escolar, pois é com um trabalho

integrado que os resultados aparecerão.

Quanto ao enfrentamento realizado pela presente instituição de ensino no combate às

Drogas, a Violência e a Indisciplina, o mesmo realiza um trabalho de conscientização e prevenção,

com palestras, trabalhos interdisciplinares, aulas diferenciadas e motivacionais, onde o educando se

sinta sujeito de sua própria história, contamos também com o auxílio da Patrulha Escolar.

A presente instituição realiza também a semana de Orientação sobre a gravidez na

adolescência (lei nº. 16105/2009), com um trabalho interdisciplinar, confecção de cartazes e teatros,

palestras com profissionais da saúde para melhor esclarecimento, vídeos de conscientização e

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39

prevenção, dentre tantos outros.

2.12 Relação entre profissionais da educação e discentes

Partindo do pressuposto de que o conhecimento científico é uma produção social (e,

portanto, envolve uma ampla teia de sujeitos e relações e resulta de uma complexa base de

conhecimentos já elaborados ao longo da história) parece evidente a dificuldade de o aluno,

individualmente, como fruto de sua própria subjetividade, construir conhecimentos. A produção de

novos conhecimentos requer, não só a interação entre sujeitos, como o domínio prévio de uma

significativa bagagem de conhecimentos já disponíveis na sociedade. Assim, quando se diz que o

aluno vai “produzir seu próprio conhecimento”, deve-se entender que o aluno está, neste caso,

produzindo sua elaboração subjetiva acerca do real, a partir dos elementos (experiências empíricas,

teorias, explicações, etc.) que o professor, como mediador, disponibiliza para ele. Por outro lado, a

prática pedagógica não deve se configurar como uma inculcação mecânica e acrítica de descrições,

classificações, regras e dados isolados, pois não há aprendizagem sem uma participação ativa,

cognitiva e prática, do aluno. Entende-se, assim, que ao isolar um dos elementos do processo,

dando-lhe primazia sobre o outro, ambas as perspectivas são problemáticas.

Considera-se que a relação desenvolvida pelos profissionais desta instituição e seus

discentes é de respeito, carinho, comprometimento e preocupação, onde todos os envolvidos neste

processo são correlatores de uma rotina de trabalho e realizações diárias, que se tornam molas

propulsoras de todo um processo educacional de qualidade.

2.13 Plano de ação da direção da Instituição

1. Identificação

Escola: Colégio Estadual Rui Barbosa – Ensino Fundamental, Médio e Profissional.

Código: 00627 Endereço: Rodovia Municipal João Antônio Wollf, s/nº

Telefone: (42) 36371129 Site da Escola: www.nljruibarbosa.seed.pr.gov.br

E-mail Institucional: [email protected]

Município: Nova Laranjeiras Código do Município: 1714

Entidade Mantenedora: Secretaria de Estado da Educação (SEED)

NRE: Laranjeiras do Sul Código: 31

Distância da Escola até o NRE: 20 Km Código do INEP: 41103572

O Colégio Estadual Rui Barbosa atende atualmente oito turmas no período matutino, sendo

elas: 6º A, 6° B, 7º A, 8º A, 9º A, 1ª A, 2ªA, 3ªA, sala de recurso e sala de apoio à aprendizagem nas

disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática com alunos com defasagem de aprendizagem dos 6º

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e 7° anos do Ensino Fundamental em dias estabelecidos de acordo com a organização do presente

Estabelecimento e o CELEM (Centro de Línguas Estrangeira Moderna - Espanhol), sendo duas

turmas de 1º e 2° ano.

No período vespertino atendemos sete turmas, sendo elas: 6ºC, 7ºB, 8ºB, 9ºB, 1ªB, 2ªB, 3ªB,

sala de recurso e sala de apoio à aprendizagem nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática

com alunos com defasagem de aprendizagem dos 6º e 7° anos do Ensino Fundamental que acontece

de acordo com o cronograma específico do estabelecimento, o PACC de Tênis de Mesa (Programa

de atividades curriculares em contra turno conforme instrução nº 004/2011) que inicia às 12h50min

e finaliza às 16h30min, perfazendo quatro horas, o CELEM (Centro de Línguas Estrangeiras

Moderna - Espanhol), sendo duas turmas de 1º e 2º ano.

No período noturno dispomos do Ensino Médio, assim como: 1ªC, 2ªC, 3ºC ano, PACC na

disciplina de Educação Física, na modalidade de Futsal, Artes na modalidade de Dança Moderna,

juntamente com o curso Técnico em Agropecuária – Eixo Tecnológico: Recursos Naturais,

integrados ao Ensino Médio do Colégio Estadual Rui Barbosa – Ensino Fundamental, Médio e

Profissional (Escola Base), com desenvolvimento curricular da Pedagogia da alternância, na Casa

Familiar Rural Enio Eduardo Dalla Santa, no Município de Nova Laranjeiras que tem calendário

próprio, horário de funcionamento é das 8h às 17h em regime de alternância, e nas semanas de

estudos os alunos pernoitam na própria Escola.

Direção: Helio Schafranski

Direção Auxiliar: Luciano Rodrigues da Silva

2. Caracterização da instituição de ensino

Nova Laranjeiras foi fundada por imigrantes descendentes de italianos vindos do Rio

Grande do Sul na década de 40, com a construção da estrada e da ponte que liga o Brasil com o

Paraguai.

Apesar destes primeiros moradores na época serem analfabetos, sempre teve como

prioridade a educação para seus filhos, contanto que, todos os prédios escolares até hoje construídos

foram em terrenos doados pelos mesmos.

A primeira escola foi construída pelos membros da comunidade no ano de 1956, num espaço

cedido pelo senhor Aldino Passarin (in memória), tendo como mestre de obra o senhor Vicente

Petró (in memória).

Em 1970, começou a funcionar como extensão da Escola Estadual Floriano Peixoto, a 5ª

série do 1º grau, com funcionamento gradativo sob a jurisdição da mesma, até a sua autorização

legal.

A Escola Estadual Rui Barbosa Ensino de 1º Grau, localizada à Rua Professor Estanislau

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Kuratkovski, s/nº, Município de Nova Laranjeiras, foi autorizada a funcionar através da Resolução

nº 3611/82, de 28/12/82, com o nome de Escola Estadual Rui Barbosa.

A Resolução nº 1301/89, de 18/05/89, reconheceu o curso de 1º Grau, 5ª a 8ª séries. Foi

autorizado o funcionamento do Ensino de 2º Grau – Educação Geral, através da Resolução 596/91,

passando a denominar-se Colégio Estadual Rui Barbosa – Ensino e 1º e 2º Graus. O curso de 2º

Grau – Educação Geral foi reconhecido através da Resolução nº 6453/94, de 28/12/94.

A partir de 2006 o Colégio Estadual Rui Barbosa – Ensino Fundamental e Médio mudou-se

para o outro prédio localizado na Rodovia Municipal Vereador João Antônio Wolff, onde recebeu do

Governo do Estado um prédio novo com excelente estrutura física, com 10 salas de aula,

laboratórios de química, física e biologia, biblioteca (livros didáticos, literários, revistas, mapas

dentre outros), sala de multiuso, sala de professores onde está instalada a TV Paulo Freire,

secretaria onde consta toda a documentação dos servidores, alunos e documentos administrativos,

da equipe pedagógica com acervo pedagógico e fichas de acompanhamento individual dos alunos,

cozinha, quadra coberta, 24 computadores do Paraná Digital, 10 computadores do PROINFO, TV

Pen Drive para auxiliar no Ensino Aprendizagem dos alunos.

Contamos hoje com Direção e Direção auxiliar, 4 pedagogos, 9 agentes educacionais I, 6

agentes educacionais II e 48 professores.

A partir de 2012 o Colégio Estadual Rui Barbosa – E.F.M.P. passou a ofertar o Ensino de 9

anos nas séries finais do Ensino Fundamental.

3. Justificativa

O trabalho pedagógico do Colégio Estadual Rui Barbosa está centrado no processo de

aprendizagem, pois os profissionais da educação buscam incessantemente, melhores meios de

auxiliar os alunos para sanar as suas dificuldades.

As características da comunidade escolar são bem distintas, ao mesmo tempo em que os pais

apóiam a escola, também deixam na incumbência da mesma o processo de ensino e aprendizagem,

ficando muitas vezes a desejar no acompanhamento e direcionamento da formação de seus filhos

(as). Temos também que considerar que os pais de nossos discentes querem que eles estudem, e

trilhem um caminho de sucesso, mas acreditamos que para a maioria deles acompanhar o processo

de ensino aprendizagem dos filhos é dificultada pela própria formação que receberam ao longo de

suas vidas por falta de oportunidades e políticas públicas adequadas. A evasão escolar constitui-se

num problema crônico que assume feições perversas atingindo percentualmente mais a classe

trabalhadora do período noturno, não estando somente ao alcance da escola resolvê-lo, visto estar

condicionado a determinantes econômicos e sociais.

Nesta concepção a sociedade está em permanente transformação, movida pela luta de

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interesses contrários da classe dominante e da classe dominada, desses interesses diversos advêm às

contradições como molas propulsoras de mudanças sociais.

4. Objetivos

O desafio de transformar a escola num espaço onde se vivencia a plenitude da democracia

implica a construção de uma política pública que contemple a participação efetiva dos diversos

atores sociais do universo escolar – diretores, professores, alunos, pais, família e comunidade

escolar – na formulação e na implementação da gestão democrática. Esse processo deve acontecer

de maneira clara e objetiva.

Para que isso se concretize, temos como objetivo aperfeiçoar a provisão de serviços e recursos

para o atendimento de todos os alunos, reconhecendo que a escola tem como fim desenvolver as

capacidades acadêmicas, cognitivas, afetivo-emocionais e sociais que potencializem o

desenvolvimento pessoal de todos os envolvidos. Portanto, a escola, sendo democrática, assegura

aos alunos uma melhor apropriação e reelaboração de novos conhecimentos.

pretender que a união em torno da democracia dentro do colégio elimine conflitos ou divergências.

Eles são partes intrínsecas dessa construção e devem ser enfrentados.

Somente com estruturas gestoras fortalecidas, poderão consolidar princípios, métodos,

práticas e relações de gestão tanto eficientes quanto democráticas. Isso possibilitará uma nova

relação de poder dentro do estabelecimento de ensino que será essencial para a construção de um

projeto escolar comprometido com a qualidade, no qual questões como repetência contará com a

participação de todos os atores envolvidos, esses, com base nas possibilidades disponíveis em sua

realidade, buscarão soluções conjuntas para os problemas.

5. Metas

As expectativas em relação aos pais e alunos é de que se trabalhe para defender os interesses

coletivos dos alunos do colégio; incentivando a cultura literária, artística e desportiva de seus

membros; promovendo assim, a cooperação entre a comunidade escolar, direção, funcionários,

professores e alunos no trabalho escolar , buscando de forma democrática o ensino aprendizagem.

O homem é um ser natural e social, ele age na natureza transformando-a segundo suas necessidades

e para além delas, sua ação é intencional e planejada mediada pelo trabalho e pelo conhecimento,

interferindo na sociedade que é um agrupamento tecido por uma série de relações diferenciadas e

diferenciadoras e configuradas pelas experiências individuais do homem, transformando-o em um

ser crítico.

O ensino-aprendizagem é um processo contínuo-formativo, composto de inúmeros fatores, os quais

são determinados a partir de uma relação direta entre educador e educando mediados pelo meio

onde estão inseridos e pelos condicionantes que são diferenciados a partir de cada realidade.

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6. Ações/estratégias

Baseado nas estatísticas apresentadas tem como visão de escola, um contexto que abriga

espaço físico, elementos humanos e ações pedagógicas, colocando em discussão permanente com a

comunidade escolar as melhorias que se farão necessárias, seja nas áreas didático-pedagógicas,

acompanhamento da família, integração com a comunidade escolar, aplicação dos recursos

financeiros ou em rendimento escolar.

O Colégio em questão desenvolve um papel fundamental na formação do ser humano.

Percebem-se ainda alguns aprofundamentos entre a teoria que fundamenta as Diretrizes

Curriculares e os objetivos maiores de construção de um homem crítico, criativo e transformador,

em relação à prática desenvolvida tanto na metodologia adotada quanto em relação às práticas

avaliativas dos professores.

A evasão escolar constitui-se num problema crônico que assume feições perversas atingindo

percentualmente mais a classe trabalhadora do período noturno, não estando somente ao alcance da

escola resolvê-lo, visto estar condicionado a determinantes econômicos, familiares e sociais.

O desafio de transformar a escola num espaço onde se vivencia a plenitude da democracia

implica a construção de uma política pública que contemple a participação efetiva dos diversos

atores sociais do universo escolar – diretores, professores, alunos, pais, família e comunidade

escolar – na formulação e na implementação da gestão democrática. Esse processo deve acontecer

de maneira clara e objetiva. Mas não pode pretender que a união em torno da democracia dentro do

colégio elimine conflitos ou divergências. Eles são partes intrínsecas dessa construção e devem ser

enfrentados.

Somente com estruturas gestoras fortalecidas, poderão consolidar princípios, métodos,

práticas e relações de gestão tanto eficientes quanto democráticas. Isso possibilitará uma nova

relação de poder dentro do estabelecimento de ensino que será essencial para a construção de um

projeto escolar comprometido com a qualidade, no qual questões como repetência contará com a

participação de todos os atores envolvidos, esses, com base nas possibilidades disponíveis em sua

realidade, buscarão soluções conjuntas para os problemas.

7. Gestão democrática

Para que a gestão democrática e participativa se efetive, faz-se necessário a participação de

todos os segmentos da escola de forma organizada e eqüitativa. Estas participações dos pais e da

comunidade na escola é representativa, demonstrada por meio do Conselho Escolar, Associação de

Pais, Mestres e Funcionários, no Grêmio Estudantil e nas atividades desenvolvidas pela escola, cita-

se como exemplo, reuniões, feiras, semana de integração escola/comunidade, festa cultural, entre

outros. Participaram também neste ano da elaboração do Projeto Político Pedagógico refletindo e

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opinando sobre as práticas e pedagógicas, a sociedade que temos e a que queremos. O trabalho será

norteado pelos princípios constitucionais e da legislação educacional que orientam o direito de

acesso e permanência com sucesso no interior da escola que precisa constituir-se como espaço de

respeito às diferentes culturas, valores e idéias, desenvolvimento de noções de democracia na

própria vivência escolar.

A necessidade da divulgação, de discussão coletiva de todas estas ações é fundamental, uma

vez que o acesso ao seu conteúdo por parte de todos da escola deve garantir os direitos individuais e

coletivos. Constamos também com o site do Colégio, onde é mantido com todos os dados

indicadores e documentos, que comprovam a situação burocrática e pedagógica do estabelecimento

com seus estatutos e composição das Instâncias Colegiadas que são APMF, CONSELHO

ESCOLAR E GRÊMIO ESTUDANTIL CERB. O papel do diretor escolar como agente viabilizador

na concretização dos processos inerentes à gestão democrática pela via da participação colegiada

nas decisões do projeto educativo, pensado, planejado e executado diferentes segmentos e instâncias

representativas no coletivo escolar é desafiador. Percebe-se que um dos maiores desafios é em

relação a participação coletiva da comunidade escolar nessas instâncias colegiadas, pois os

envolvidos devem participar efetivamente nos processos decisórios, essa via se dá por essas

instâncias, onde todos podem ter sua representação para que a gestão democrática se efetive. Nesse

sentido um dos princípios da Gestão Democrática que é estimular as pessoas a participarem,

discutirem e proporcionar formação para os representantes nessas instâncias.

É necessário ter como objetivo o compromisso da redução das desigualdades sociais;

articulação das propostas educacionais com o desenvolvimento econômico, social, político e

cultural; a defesa da educação básica e da escola pública gratuita; articulação de todos os níveis e

modalidades de ensino, juntamente com a compreensão dos profissionais da educação como

sujeitos detentores do saber.

Para isso é de suma importância que nós educadores compromissados com esta visão de

educação, diante de inúmeros problemas, foquem na perspectiva de analisar, explicitar e propor

ações para uma prática escolar que efetiva essa educação que queremos.

O IDEB do nosso Colégio é atualmente 4,8 e temos como projeção atingir a meta de 5,5

gradativamente.

Algumas características da gestão escolar democrática são: o compartilhamento de decisões

e informações, a preocupação com a qualidade da educação e com relação ao custo benefício, a

transparência (capacidade de deixar claro para a comunidade como são usados os recursos da

escola, inclusive os financeiros). Assim, a comunidade aproxima-se da escola, contribuindo para a

tomada de decisões e permitindo transparência administrativa, gestão de recursos financeiros e

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controle público de suas ações e decisões, ao permitir e reconhecer o patrimônio das instituições

educativas, bibliotecas e equipamentos, como um bem público comum, expressão de valor

reconhecido por todos, que oferecem vantagens e benefícios coletivos.

8. Avaliação

A escola sendo democrática, assegura aos alunos uma melhor apropriação e reelaboração de

novos conhecimentos através da transmissão sistemática dos conteúdos de ensino, os

conhecimentos produzidos e acumulados no movimento histórico pela humanidade.

Isto exige uma reflexão crítica e permanente sobre a prática pedagógica com os educandos.

O ideal é que, frequentemente se busque uma forma pela qual os educandos possam participar da

avaliação. E, que seja, o trabalho do professor com os alunos e não do professor consigo mesmo.

Está avaliação crítica da prática vai revelando a necessidade de permanente reflexão nas

ações educativas levando em consideração respeito à autonomia, à dignidade e à identidade do

educando. As qualidades e as virtudes são construídas por nós no esforço que nos impomos para

diminuir a distância entre o que dizemos e o que fazemos.

Para tanto, o educador deve estar disposto a dar um novo encaminhamento para a prática de

avaliação escolar, preocupando-se em redefinir ou em definir propriamente os rumos de sua ação

pedagógica, pois ela não é neutra, como todos nós sabemos. Ela se insere num contexto maior e está

a serviço dele. Então, o primeiro passo que nos parece fundamental para redirecionar os caminhos

da prática da avaliação é assumir um posicionamento pedagógico claro e explícito.

A avaliação deverá utilizar procedimentos que assegurem o acompanhamento do pleno

desenvolvimento do aluno, evitando-se a comparação dos alunos entre si, de forma que a avaliação

adotada neste estabelecimento de ensino é diagnóstica, contínua e cumulativa de forma que a

avaliação tenha a função da democratização do ensino, sendo assumida como um instrumento de

compreensão do estágio de aprendizagem em que o aluno se encontra, tendo em vista, tomar

decisões suficientes e satisfatórias, para que possa avançar no seu processo de aprendizagem.

Portanto, entendemos que a avaliação ideal precisa ser diagnóstica, contínua, dialética e

formativa, considerando a interação, o esforço e a aprendizagem, tornando assim um aluno crítico –

agente transformador da sociedade em que vive, exercendo sua cidadania.

A Gestão Escolar participativa na escola produz efeitos culturais importantes contribui para

desempenho da comunidade escolar, é importante saber que, numa gestão democrática, é preciso

lidar com conflitos e opiniões diferentes. O conflito faz parte da vida. Mas precisamos sempre

dialogar com os que pensam diferente de nós e, juntos chegar ao consenso coletivo.

9. Prática pedagógica

Na educação nos últimos anos o Paraná apresenta uma história de avanços e retrocessos,

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trabalhando permanentemente na organização do Currículo Básico que após amplo processo de

discussões e reflexões sobre as novas diretrizes que conduziriam a educação no Estado, organizou-

se um novo plano curricular, amplamente divulgado e seguido. A concepção adotada é a de uma

produção social que almeja construir uma intervenção a partir do que está sendo vivido, pensado e

realizado nas e pelas escolas. A escola básica enfrenta desafios diários rumo à educação onde

principalmente se assegura a cidadania, a cultura e o conhecimento. Para isso os educadores

precisam atender às perspectivas da sociedade. A avaliação deverá utilizar procedimentos que

assegurem o acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno, evitando-se a comparação dos

alunos entre si, de forma que a avaliação adotada neste estabelecimento de ensino é diagnóstica,

contínua e cumulativa de forma que a avaliação tenha a função da democratização do ensino, sendo

assumida como um instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem em que o aluno se

encontra, tendo em vista, tomar decisões suficientes e satisfatórias, para que possa avançar no seu

processo de aprendizagem.

A direção escolar deve deixar clara sua dimensão pedagógica, ao assegurar o acesso de todas

as informações sobre a prática pedagógica que a escola desenvolve, assegurando que cada segmento

se reúna para tomar ciência de informações e discutir propostas nos âmbitos financeiros,

pedagógicos e administrativos.

Em nossa Instituição de Ensino, os alunos que apresentarem dificuldades de aprendizagem

serão feitas recuperação paralela ao trimestre. A recuperação de estudos é direito dos alunos,

independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos, ou seja, com retomada de

conteúdos, paralelo a esta ação sempre que necessário o pai e ou responsável será convocado para

discutirmos a situação e rendimento do seu filho, propondo assim, atendimento nas Salas de Apoio

a Aprendizagem e ou Atividades Complementares em Contra turno quando necessário e viável.

Quanto a verificação do rendimento escolar, os objetivos irão ser traduzidos em notas que serão

computadas trimestralmente por disciplina de 0 (zero) a 10,0 (dez), sendo a média do rendimento

exigido 6,0 (seis) no ano conforme deliberação 007 / 99 da promoção.

Todo o trabalho realizado na Instituição de Ensino deve estar contemplado na Proposta

Pedagógica e no Regimento Escolar com suas especificidades.

A Instituição, ou seja, Direção e Equipe Pedagógica realizam reuniões pedagógicas com os

professores mediando momentos mais freqüentes de conversação sobre o compromisso com a

formação discente, e reuniões com a comunidade escolar envolvendo uma série de palestras com

profissionais da área como: médicos, enfermeiras, equipe da secretaria do meio ambiente, etc., os

temas que pretendemos abordar são os seguintes: Bullyng, valores na escola, sexualidade, drogas,

meio ambiente, cidadania, ECA, etc. Isto só virá a somar o trabalho que o professor realiza

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interdisciplinarmente para análise e discussão com os pais e sugestões, de modo que os mesmos em

especial fiquem informados dos rendimentos escolares apresentados pelos seus filhos, podendo

também estar recebendo em mãos as avaliações e recuperações para poder juntamente com os

professores, direção e equipe pedagógica estar tomando as medidas cabíveis para uma melhora

significativa em seu rendimento escolar, pois é com um trabalho integrado que os resultados

aparecerão.

10. Acesso permanência e sucesso na escola

A presente Instituição comprometida com a sua missão procura estar sempre interada nas

linhas e ações de enfrentamento a evasão escolar, em comum acordo com o Programa de Combate

ao Abandono Escolar, seu objetivo principal é resgatar estudantes com cinco faltas consecutivas ou

sete faltas em dias alternados por meio de ações integradas entre a escola e a Rede de Proteção à

criança e ao adolescente a fim de evitar que este venha e se efetivar como evasão escolar. Para que a

evasão não aconteça a Instituição deve ficar atenta, para perceber em que momento as causas à

infrequencia a sua competência, para então acionar as demais Instituições que compõe a Rede de

Proteção da Criança e do Adolescente para promover a reintegração escolar do estudante

infrequente. evasão escolar é um fenômeno que desafia governos, educadores e toda a sociedade ao

longo do tempo. Um país com a diversidade sócio-econômica e cultural como o Brasil, tem

problemas da mesma natureza e que se avoluma no sentido proporcional. Trata-se do abandono da

escola pelo aluno durante o ano letivo. Quando se busca saber quais as causas que levam a essa

decisão, verifica-se que são muitas relacionadas aos problemas familiares, à necessidade que o

aluno tem que trabalhar para ajudar no orçamento familiar, não gostar de estudar, não entender o

que as professoras ensinam, e assim por diante.

Quanto às condições de atendimento aos alunos com necessidades educacionais especiais, o

colégio dispõe de sala de recurso para atendimento ao aluno com deficiência intelectual e com

ambientes adaptados para portadores de necessidades físicas especiais, assim como banheiros,

rampas entre outros.

1l. Ambiente educativo

A prática pedagógica deve ser facilitador no processo ensino / aprendizagem, sendo essa

prática encaminhada pelos docentes baseada no diálogo e na reflexão conjunta na qual a relação

professor / aluno é mediada pelos conhecimentos a serem transmitidos. O que se torna necessário,

então, é que o professor domine esses conhecimentos, assim como a metodologia de sua elaboração

para que possa exercer seu papel mediador, possibilitando aos alunos tomarem consciência de sua

condição de sujeitos, herdeiros dos conhecimentos dos quais vão se apropriando, e responsáveis por

seu avanço histórico.

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O Colégio dispõe de Equipe Multidisciplinar as quais são instâncias de organização do

trabalho escolar, preferencialmente coordenadas pela equipe pedagógica, e instituídas por Instrução

da SUED/SEED, de acordo com disposto no art. 8º da Deliberação nº 04/06 CEE/PR, com a

finalidade de orientar e auxiliar o desenvolvimento das ações relativas à Educação das Relações

Étnico-Raciais e ao Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena, ao longo do

período letivo. As Equipes Multidisciplinares se constituem por meio da articulação das disciplinas

da Base Nacional Comum, em consonância com as Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação

Básica e Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o

Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, com vistas a tratar da História e Cultura da

África, do Africano, Afro descendente e Indígena no Brasil, na perspectiva de contribuir para que o

aluno negro e indígena mire-se positivamente, pela valorização da história de seu povo, da cultura,

da contribuição para o país e para a humanidade.

Contempla também a Lei nº. 9795/99, que institui a política nacional de educação ambiental.

O professor estando constantemente ativo na sua prática pedagógica tendo clareza na

direção que almeja, traçando os objetivos para a conquista terá condição de intervir quando

necessário no processo de ensino/aprendizagem para novos encaminhamentos.

Temos uma escola em que prevalece um ambiente agradável, onde existe um bom

relacionamento entre todos os segmentos escolares. A grande maioria de nossos alunos provém da

área rural, sendo filhos de agricultores e a escola de uma forma geral, não possui problemas graves

de comportamento ou de relacionamento, facilitando o trabalho pedagógico.

12. Formação e condições de trabalho dos profissionais da escola.

É importante estabelecer coletivamente a participação dos representantes dos vários

segmentos da comunidade escolar em torno das finalidades e objetivos que contribuam para

definição de metas e ações, expressando o interesse e ideias, concepções e meios adequados para

realização de uma grande mudança social na vida do indivíduo como ser pensante. Compartilhar

decisões significa envolver pais, alunos, professores, funcionários e outras pessoas da comunidade

na administração escolar. Quando as decisões são tomadas pelos principais interessados na

qualidade da escola, a chance de que dêem certo é bem maior. Como a democracia também se

aprende na escola a participação deve se estender a todos os alunos, até mesmo as crianças.

Todos os profissionais da Escola tem condições e compromisso em participar das

Capacitações, Formação Continuada, atividades realizadas no âmbito escolar, bem como suas

práticas são valorizadas e seus trabalhos são reconhecidos perante a Comunidade Escolar.

13. Ambiente físico escolar

É importante que no decorrer do ano letivo ocorram momentos de avaliação e reflexão sobre

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o atendimento ao público, de forma a melhorar a qualidade dos serviços prestados, quanto ao

atendimento, à atualização da documentação e a escrituração da vida dos escolares.

a) O nosso colégio possui uma excelente estrutura física, conta com 10 salas de aulas, Sala de

Multiuso com espelhos e conjunto de som profissional, Laboratório de Química, Física e Biologia,

Biblioteca Escolar com variedade de livros de qualidade, Laboratório de Informática com 30

Computadores com acesso a Internet e ar condicionado, Quadra Poliesportiva Coberta e Aberta,

Refeitório Adequado aos alunos, Banheiros Suficientes, inclusive adaptados, bem como rampas de

acesso, Salas Administrativas, Direção, Equipe Pedagógica, Almoxarifado, Documentação,

Secretaria Escolar, bem como uma variedade de recursos didático-pedagógicos, tecnologias

educacionais como rádio escolar, microfones sem fio, microfones para teatro, aparelhos de projeção

de imagens. Aparelhos áudios-visuais, televisores pen-drives, aparelhos de DVD, para facilitar as

aulas em sala e fora dela. Sala de Apoio a Aprendizagem com os 6º anos, CELEM, PACC, Sala de

Recursos. Todos estes ambientes tem como objetivo principal o aperfeiçoamento do conhecimento

repassado aos alunos, buscando um ensino aprendizagem de qualidade. Neste ano de 2015 estamos

participando do PROEMI com os alunos do Noturno e, temos um grupo de professores participando

do SISMÉDIO.

b) Levando em consideração que toda a comunidade escolar tem responsabilidade pelo

patrimônio escolar, será indicado um agente educacional o qual ficará responsável pela observação,

acompanhamento e manutenção do prédio, dos espaços escolares, instalações, equipamentos e

materiais pedagógicos, favorecendo a conservação, manutenção e a utilização por todos.

c) Pretendemos melhorar a cada ano mais, a estrutura física do colégio, buscando recursos

junto ao Governo Estadual para melhorias e ampliações nas estruturas já existentes, bem como em

materiais e recursos didático-pedagógicos. Sendo uma Gestão democrática, será realizado um

trabalho coletivo, juntamente com as instâncias colegiadas, de forma transparente na utilização e

aplicabilidade dos recursos financeiros recebidos pelo Governo Estadual, Fundo Rotativo e Federal

através do Programa Dinheiro Direto na Escola - PDDE, na prestação de contas e na qualidade de

atendimento dos serviços prestados à comunidade, priorizando as ações discutidas e contempladas

no Projeto Político Pedagógico e nos princípios da gestão pública, Incentivo a Eventos e Atividades

Culturais com a comunidade na busca de recursos financeiros alternativos. Elaboração de

Programas – PACC, os quais dão sustentação e apoio aos recursos didático-pedagógicos através do

NRE e SEED.

14. Avaliação do plano de ação

Semestralmente será realizado a avaliação das metas estabelecidas no Plano de Ação, a fim

de verificar e mensurar os objetivos estabelecidos e alcançados, bem como os insucessos e as

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dificuldades observadas no período, realizando constantemente as correções que se fazem

necessárias.

A avaliação é um instrumento que subsidia o trabalho do professor como elemento de sua

prática, sobre a criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada de aspectos que devem ser

revistos, ajustados ou conhecidos como adequados para o processo de ensino aprendizagem

individual ou de todo o grupo. Para o aluno, é o instrumento de tomada de consciência de suas

conquistas, dificuldades e possibilidades para a reorganização de seu investimento na tarefa de

aprender. Para a escola, possibilita definir prioridades e localizar quais aspectos das ações

educacionais demandam maior apoio.

Para isso é de suma importância que os educadores compromissados com esta visão de

educação, diante de inúmeros problemas, colocam-se na perspectiva de analisar, explicitar e propor

ações para uma prática escolar que efetiva essa educação que queremos.

15. Referências bibliograficas

CAPELO, Maria Regina Clivati. Diversidade Cultural Desigualdades Sociais: Primeiras aproximações –

Universidade do Oeste Paulista. (UNOESTE)

LUCCHESI, Martha A.S. O Diretor de Escola Pública – Rio de Janeiro: DP.& PA, 2000,p.231 – 248.

PIMENTA, Selma Garrido – Organização do Trabalho na escola – PUC / São Paulo, 1985

VEIGA, Ilma Passos A. (Org.). Projeto Político Pedagógico na Escola. Uma Construção Possível – 20ª

edição, Papiros Editora. 1995.

LUCKESI, Cipriano C. Avaliação da Aprendizagem Escolar 3ª edição, Editora Cortez

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa – São Paulo: Paz e Terra,

1996.

SACRISTÁN, J. Gimeno. O Currículo. Uma Reflexão sobre a Prática 3ª edição Artemed Editora, Porto

Alegre, 2000.

LDB, Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional Lei 9394/96.

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO História do Município: Nova Laranjeiras - 2004

EDUCAÇÃO, Conselho Estadual, Deliberação 007/99 - Estado do Paraná.

FRIGOTTO, Gaudêncio. A produtividade da escola improdutiva. São Paulo, Cortez. 1999.

SAVIANI, Dermeval. Pedagogia Histórico-Critica: Primeiras Aproximações. São Paulo. Cortez: Autores

Associados, 1991 e 1992.

KRAMER, S. As crianças de 0 a 6 anos nas políticas educacionais no Brasil: Educação Infantil é

fundamental. Educação e Sociedade. Campinas. 2006.

PIAGET. Jean. Psicologia e Pedagogia.Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1985.

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3. FUNDAMENTOS (MARCO CONCEITUAL).

Expressa a opção teórica que releva a utopia social e educacional, o que se pretende

alcançar em termos de transformação da prática pedagógica e social. Pois, tão importante quanto o

diagnóstico da realidade situacional da escola é a clareza das concepções que embasam as ações já

desenvolvidas e as planejadas para o futuro.

O Colégio Estadual Rui Barbosa – Ensino Fundamental, Médio e Profissional reconhece que

o conhecimento é o fator principal da produção, colocando como competência fundamental o amor

ao conhecimento, uma aprendizagem permanente e uma formação continuada, tendo como ponto

específico à construção da cidadania.

Formar cidadãos responsáveis e criativos depende de uma boa estrutura familiar, buscando

resgatar valores éticos, sociais, morais e culturais, valorizando o ser humano através de desafios que

os levam a traçar objetivos no trabalho de transformar a sociedade, colocando mais humanismo nas

ações e buscando a justiça social.

3.1 Concepção de Educação

A educação é o processo por meio do quais os indivíduos assemelham-se e diferenciam-se.

A educação é o movimento que permite aos homens e mulheres apropriarem-se da cultura,

estabelecendo com ela uma identidade, uma proximidade que os leva a tornarem-se iguais; mas esse

movimento, ao ser produzido, é mediado por condições subjetivas, os que fazem com que os

indivíduos tornem-se iguais e diferentes ao mesmo tempo. Tal movimento atribui à educação uma

dimensão de realização social, e outra, de realização individual (SILVA, 2008, p. 23).

Dessa forma, também se entendem por processo educativo a busca pelo conhecimento

científico, político, econômico, cultural e social, a formação de valores, criticidade e autonomia.

Toda ação educativa é intencional. Disto decorre que todo processo educativo fundamenta-se em

pressupostos e finalidades, a partir do que, se infere, não há neutralidade possível nesse processo.

Ao determinar as finalidades da educação, quem o faz tem por base uma visão social de mundo, que

orienta a reflexão bem como as decisões tomadas acerca desse processo.

Em nossa sociedade, marcada por práticas sociais excludentes e por uma educação escolar

tradicionalmente assentada na dominação e no controle do indivíduo, qualquer intenção de

formação humana voltada para a emancipação deve tomar como objetivo uma formação cultural

voltada para a “auto-reflexão crítica” (ADORNO, 1995, 1996). Deve-se pensar, assim, na

possibilidade de uma formação que leve em consideração a capacidade do indivíduo tornar-se

autônomo – intelectual e moralmente, isto é, que seja capaz de interpretar as condições históricas -

culturais da sociedade em que vive de forma crítica e reflexiva, impondo autonomia às suas próprias

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ações e pensamentos.

A educação é uma prática social, uma atividade específica dos homens situando-se dentro

da história, ela não muda o mundo, mas o mundo pode ser modificado pela sua ação na sociedade e

nas suas relações de trabalho.

A educação é a apropriação pelo cidadão e pela comunidade do conhecimento científico,

político e cultural acumulado pela humanidade ao longo da história para garantir-lhe satisfação de

suas necessidades e realizar suas aspirações. A escola como instrumento de transformação da

sociedade, auxilia na modificação das relações de produção e das diferenças entre as classes sociais.

A escola é mediadora do saber e da educação presente no trabalho concreto dos homens, que criam

novas possibilidades de cultura, sendo a mesma aquela que da condição para superação do estado de

sobrevivência, por proporcionar saberes da vida cotidiana, formação científica e tecnológica, saber

como necessidade de compreensão social.

É pela educação que cada indivíduo integra-se ao estágio de desenvolvimento histórico do

meio sócio-cultural onde nasce e cresce, sendo por meio da ação pedagógica que se pode construir

um trabalho humano passivo de avaliação, o objeto do trabalho do ensino, o educando, é ao mesmo

tempo objeto e sujeito. Objeto porque é matéria pela qual se aplica o trabalho e cuja transformação

se busca.

3.2 Concepção de Homem

O homem é um ser natural e social, ele age na natureza transformando-a segundo suas

necessidades e para além delas, sua ação é intencional e planejada mediada pelo trabalho e pelo

conhecimento, interferindo na sociedade que é um agrupamento tecido por uma série de relações

diferenciadas e diferenciadoras e configuradas pelas experiências individuais do homem.

A compreensão do conceito de infância, não esquecendo que a mesma sofreu

transformações históricas, que se evidenciam tanto na literatura pedagógica, quanto na legislação e

nos debates educacionais, em especial a partir da década de 1980, no Brasil. Os debates políticos

em torno da constituição de 1988 e os estudos de diversas áreas do conhecimento contribuem para o

questionamento da concepção de naturalização das desigualdades das crianças eram determinadas

por fatores econômicos culturais e sociais. Assim, à medida que a sociedade organizada exerceu

pressões sobre o Estado, este passa a incorporar, nos textos legais, o entendimento da criança como

sujeito de direitos. Exemplos destes textos legais são a Constituição de 1988, o Estatuto da Criança

e do Adolescente, nos anos de 1990, a LDB nº. 9394/96, além de textos curriculares que tratam da

especificidade da infância (KRAMER, 2006).

Se no contexto político, as diferentes concepções sobre a infância justificaram as políticas

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educacionais, com limites e possibilidades; no contexto pedagógico, a discussão e definição de uma

concepção de infância é primordial na condução do trabalho.

Entre os estudos sobre uma concepção de infância como fase distinta da vida adulta, ganha

destaque o historiador francês Ariés. Em seus estudos, Ariés analisa diferentes significados

atribuídos à infância em especial nos séculos XVII e XVIII. Segundo este autor até o fim da Idade

Média não se existia um sentimento de infância como etapa específica da vida humana, portanto

com características e necessidades próprias. Ariés afirma que é no fim da Idade Média que se inicia

um processo de mudança, pois a infância passa a ser encarada como sinônimo de fragilidade e

ingenuidade, sendo alvo da atenção de adultos. Já no século XVIII, a concepção sobre infância

passa pelo disciplinamento e pela moral, exercidas especialmente por um processo educacional

impulsionado pela Igreja e pelo Estado. Esta concepção marca a educação das crianças

particularmente no período do capitalismo industrial, no século XIX. Embora com ressalvas, sua

pesquisa é considerada relevante pelo fato de que contribui para a compreensão da infância como

um conceito construído historicamente.

Diante do exposto a nossa comunidade escolar definiu criança como um ser social em

desenvolvimento, que constrói o conhecimento a partir das interações que estabelece com as

pessoas e o meio em que vive. A infância é uma fase do desenvolvimento do ser humano que

compreende dos sete aos doze anos. A infância é uma etapa biologicamente útil, que se caracteriza

como sendo o período de adaptação progressiva ao meio físico e social, a adaptação, aqui, é

equilíbrio, cuja conquista dura toda a infância e adolescência e define a estruturação própria destes

períodos existenciais. E, conforme ensina o psicólogo Jean Piaget (1985), “Educar é adaptar o

indivíduo ao meio social-ambiente”.

Em cada estágio há um estilo característico através do qual a criança constrói seu

conhecimento.

Primeiro estágio: Sensório motor (ou prático) 0-2 anos: trabalho mental: estabelecer

relações entre as ações e as modificações que elas provocam no ambiente físico; exercício dos

reflexos; manipulação do mundo por meio da ação. Ao final, constância/permanência do objeto.

Segundo estágio: Pré-operatório (ou intuitivo) 2-6 anos: desenvolvimento da capacidade

simbólica (símbolos mentais: imagens e palavras que representam objetos ausentes); explosão

linguística; características do pensamento (egocentrismo, intuição, variância); pensamento

dependente das ações externas.

Terceiro estágio: Operatório-concreto 7-11 anos: capacidade de ação interna: operação.

Características da operação: reversibilidade/invariância – conservação (quantidade, constância,

peso, volume); descentração/capacidade de seriação/capacidade de classificação.

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Quarto estágio: Operacional-formal (abstrato) – 11 anos a operação se realiza através da

linguagem (conceitos). O raciocínio é hipotético-dedutivo (levantamento de hipóteses; realização de

deduções). Essa capacidade de sair-se bem com as palavras e essa independência em relação ao

recurso concreto permite: ganho de tempo; aprofundamento do conhecimento; domínio da ciência

da filosofia.

Adolescência e Juventude é a fase da transição entre a infância e a idade adulta

caracterizada pela forma de pensar: sistemática, lógica e hipotética de acordo ao Estatuto da Criança

e Adolescência, essa fase compreende dos 12 anos aos 17 anos. No âmbito escolar e educacional é

fundamental que se análise as necessidades e os problemas enfrentados pelos adolescentes e jovens,

pois se encontram em um período conflitante devido as formas de comportamento, considerando

seus gostos, atitudes, estilos de vida, forma de ser, condições sociais e culturais.

Também se constata que esta é a fase do desenvolvimento humano que marca a transição

entre a infância e a idade adulta. Com isso essa fase caracteriza-se por alteração em diversos níveis:

físico, mental e social e representa para o indivíduo um processo de distanciamento de formas de

comportamento e privilégios típicos da infância e de aquisição de características e competências

que o capacitem a assumir os deveres e papéis sociais do adulto. É importante salientar que

“adolescência” é um termo geralmente utilizado em um contexto científico com relação ao processo

de desenvolvimento bio-psico-social. Como pode-se ver o fim da adolescência não é marcado por

mudanças de ordem fisiológica, mas sobretudo de ordem sócio-cultural; assim a adolescência toma

como fim a maioridade civil de 18 anos.

Adolescência e juventude são fenômenos de forte caracterização cultural e sua definição

esta intimamente ligada à transformação da compreensão do desenvolvimento humano e também a

transformação da forma como cada geração adulta se define a si própria.

Para a definição de adulto existem duas formas, duas lógicas que resumem as diversas

perspectivas sobre o que é ser adulto: a primeira, considera o adulto um sujeito equilibrado, estável,

e a outra que trata o adulto como aquele que tem que lidar com o imprevisto, o risco, a exclusão, e a

existência de quadros de referência.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), 2002, define o idoso a partir da idade

cronológica, portanto, idosa é aquela pessoa com 60 anos ou mais em países em desenvolvimento e

com 65 anos ou mais em países desenvolvidos. É importante reconhecer que a idade cronológica

não é marcador preciso para as mudanças que acompanham o envelhecimento.

3.3 Concepção de Mundo

Para LEFEBVRE, 2010 (p. 10), “A concepção de mundo é uma visão conjunta da natureza

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e do homem, uma doutrina completa. Todo homem é portador de uma concepção de mundo que foi

construída ao longo da vida, por outro, a sua concepção está diretamente relacionada ao senso

comum o qual é por sua vez propensamente insuperável e jamais crítico e político. Por implicar esse

tipo de relação do homem com o mundo, a conscientização é também um compromisso histórico: a

inserção crítica na história implica, por sua vez, que assumamos nosso papel como sujeitos que

fazemos e refazemos o mundo. Por isso a conscientização está ligada à utopia, compreendida não

como projeto irrealizável, como idealização. Mas a utopia como compromisso do possível, do

realizável, como condição e resultado do e para o próprio processo histórico do qual fazemos parte.

3.4 Concepção de Sociedade

Com este propósito a Inclusão e a Diversidade são temas que povoam as discussões na área

educacional, os sujeitos têm suas identidades determinadas pelo contexto social e histórico em que

sua existência é produzida. A vida em sociedade pressupõe o reconhecimento das multiculturas

advindas da acelerada tecnologização e das complexas transformações nos modos de produção

social que fazem surgir novas formas de acúmulo do capital e distribuição de renda na

contemporaneidade. Assim, constitui verdade inquestionável o fato de que, a todo o momento, as

diferenças entre homens fazem-se presentes, mostrando e demonstrando que existem grupos

humanos dotados de especificidades naturalmente irredutíveis. As pessoas são diferentes de fato, em

relação a cor da pele e dos olhos, quanto ao gênero e a sua orientação sexual, com referência as

origens familiares e regionais nos hábitos e gostos, no tocante ao estilo. Em resumo os seres

humanos são diferentes, pertencem a grupos variados, convivem e desenvolvem-se em culturas

distintas. São então diferentes de direito. É o chamado direito a diferença; o direito de ser, sendo

diferente (FERREIRA e GUIMARÃES, 2003, p. 37).

A escola deve ser um ambiente acolhedor dos diferentes sujeitos. Um lugar onde os

conhecimentos afirmem as identidades negras, indígenas, ciganas, camponesas, lésbicas, gays,

travestis e transexuais e combatam todas as formas de preconceito e discriminação.

3.5 Concepção de Cidadania

Quanto à cidadania, o Estado ofereceu direitos aos trabalhadores, como na década de 1930,

caracterizando a cidadania como algo “dado, doado”, ou seja, como outorgada. Os trabalhadores

rurais não “ganham” a terra, eles conquistam-na.

O estudo da Constituição da República Federativa do Brasil (1988), do documento

Declaração Universal dos Direitos Humanos (aprovado pela Organização das Nações Unidas em

dezembro de 1948) e da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (aprovada pela

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Assembleia Francesa em 1798) contribuem para pensar a cidadania conquistada em contraposição à

cidadania outorgada. Os movimentos sociais lutam para conquistar os direitos sociais como

educação, saúde, trabalho, moradia entre outros; lutam, portanto, pela conquista da cidadania como

direito e como dever.

O conceito de cidadania sempre esteve fortemente “ligado” à noção de direitos,

especialmente os direitos políticos, que permitem ao indivíduo intervir na direção dos negócios

públicos do Estado participando de modo direto ou indireto na formação do governo e na sua

administração, sejam ao votar (direto), seja ao concorrer a cargo público (indireto). No entanto,

dentro de uma democracia, a própria definição de Direito, pressupõe a contrapartida de deveres,

uma vez que em uma coletividade os direitos de um indivíduo são garantidos a partir do

cumprimento dos deveres dos demais componentes da sociedade.

A história da cidadania confunde-se em muito com a história das lutas pelos direitos

humanos. A cidadania esteve e está em permanente construção; é um referencial de conquista da

humanidade, através daqueles que sempre lutam por mais direitos, maior liberdade, melhores

garantias individuais e coletivas, e não se conformam frente às dominações arrogantes, seja do

próprio Estado ou de outras instituições ou pessoas que não desistem de privilégios, de opressão e

de injustiças contra uma maioria desassistida que não se consegue fazer ouvir, exatamente por que

se lhe nega a cidadania plena cuja conquista, ainda que tardia, não será obstada. Ser cidadão é ter

consciência de que é sujeito de direitos. Direitos à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade,

enfim, direitos civis, políticos e sociais. Mas este é um dos lados da moeda. Cidadania pressupõe

também deveres. O cidadão tem de ser consciente das suas responsabilidades enquanto parte

integrante de um grande e complexo organismo que é a coletividade, a nação, o Estado, para cujo

bom funcionamento todos têm de dar sua parcela de contribuição. Somente assim se chega ao

objetivo final, coletivo: a justiça em seu sentido mais amplo, ou seja, o bem comum.

3.6 Concepção de Formação Humana e Integral

Sugere-se formar um ser crítico e capaz de trilhar seu próprio caminho. Ao falarmos em

educação integral, estamos nos referindo a uma educação capaz de formar um ser crítico e

consciente do seu papel no mundo. Dessa forma muitas pessoas não possuem uma educação

humana e integral, pois as mesmas não recebem uma educação que prepara, de fato para o futuro,

mas uma educação paliativa.

Segundo TONET:

É função da educação propiciar ao indivíduo

conhecimentos, habilidades e valores necessários

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para a formação do gênero humano. É evidente que

a desigualdade social, não tem como atender as

necessidades humanas. É preciso que haja uma

prática direcionada para a realidade do educando,

para que este possa ter acesso e permanecer mais

tempo na escola para que tenha um desenvolvimento

adequado. (2007).

3.7 Concepção de Cultura

Cultura é um conjunto de características de uma sociedade, geradas no inter-

relacionamento humano, preservadas, aprimoradas e reproduzidas ao longo do tempo, em princípio,

sem maiores críticas. Ao se produzir cultura, portanto, produz-se educação. Cultura é entendida,

neste contexto, como toda produção humana que se constrói a partir das relações do ser humano

com a natureza, com o outro e consigo mesmo. Não pode ser resumida apenas a manifestação

artística, devendo ser compreendida como os modos de vida, que são os costumes, as relações de

trabalho, familiares, religiosas, de diversão, festas etc. Trata-se de elementos culturais presentes os

quais caracterizam os diferentes sujeitos no mundo e, portanto, os diferentes povos do campo. A

cultura é gerada na prática social produtiva de cada uma das categorias sociais dos povos do campo.

Esses conteúdos culturais devem estar presentes nas práticas pedagógicas, pois são eles

que fazem a escola ter um sentido na formação dos alunos. Sendo o conhecimento uma

informação elaborada, o Colégio Estadual Rui Barbosa tem a preocupação de despertar o gosto pelo

conhecimento, tornando significativo, contextualizado e real, envolvendo-o não só no intelectual,

mas também afetivamente, incorporando vivências concretas ao que se vai aprender, criando a

capacidade de usar estas competências em novas vivências.

3.8 Concepção de Trabalho

O trabalho é categoria central na análise de Saviani. O homem se humaniza (ou se

desumaniza) pelo trabalho na medida em que é por esta prática que ele transforma a realidade

(natureza) adaptando-a as suas necessidades. Ao transformá-la, ele mesmo se transforma mediado

pelas relações que estabelece no processo de produção. Desse modo, pelo trabalho o homem se auto

produz, alterando sua visão de mundo.

Segundo SAVIANI (1991, p.19):

“Diferentemente dos outros animais, que se adaptam

a realidade natural tendo sua existência garantida

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naturalmente, o homem necessita produzir

continuamente sua própria existência. Para tanto, em

lugar de se adaptar à natureza, ele tem que adaptar a

natureza a si, isto é, transformá-la. E isto é feito pelo

trabalho”.

Pode-se afirmar, desta forma que o que diferencia o homem dos outros animais é o

processo de trabalho. O trabalho não é qualquer tipo de atividade, mas uma ação em que seu agente

antecipa mentalmente e de forma intencional visando atingir, por este meio um fim.

Conforme Antunes (1998, p.121),

“O trabalho desenvolve-se pelos laços de

cooperação social existentes no processo de

produção material. O ato de produção e reprodução

da vida humana realiza-se pelo trabalho. È a partir

do trabalho, em sua cotidianidade, que o homem

torna-se ser social, distinguindo-se de todas as

formas não humanas”.

A educação é uma exigência do e para o processo de trabalho no qual é, ela própria, um

processo de trabalho e este é tido como princípio educativo. Nas palavras de Saviani (1991, p.15),

“o homem não se faz homem naturalmente, ele nasce sabendo ser homem, vale dizer, ele não nasce

sabendo sentir, pensar, avaliar, agir. Para saber pensar e sentir, para saber querer, agir ou avaliar é

preciso aprender o que implica o trabalho educativo”. Portanto, a educação como processo de

trabalho não-material se torna parte do e para o processo de trabalho material (a luta pela

sobrevivência diária).

3.9 Concepção de direitos humanos

Os direitos humanos são comumente compreendidos como aqueles direitos inerentes ao ser

humano. O conceito de Direitos Humanos reconhece que cada ser humano pode desfrutar de seus

direitos humanos sem distinção de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outro tipo,

origem social ou nacional ou condição de nascimento ou riqueza. Os direitos humanos incluem o

direito à vida e à liberdade, à liberdade de opinião e de expressão, o direito ao trabalho e à

educação, entre e muitos outros. Todos merecem estes direitos, sem discriminação.

Os direitos humanos são garantidos legalmente pela lei de direitos humanos, protegendo

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indivíduos e grupos contra ações que interferem nas liberdades fundamentais e na dignidade

humana.

O Direito Internacional dos Direitos Humanos estabelece as obrigações dos governos de

agirem de determinadas maneiras ou de se absterem de certos atos, a fim de promover e proteger os

direitos humanos e as liberdades de grupos ou indivíduos.

Portanto, entende-se que Direitos Humanos, são aqueles direitos inerentes à pessoa

humana, que visam resguardar a sua integridade física e psicológica perante seus semelhantes e

perante o Estado em geral. De forma a limitar os poderes das autoridades, garantindo, assim, o bem

estar social através da igualdade, fraternidade e da proibição de qualquer espécie de discriminação.

3.10 Concepção de Conhecimento

O conhecimento pressupõe as concepções de homem, de mundo, e das condições sociais

que geram, configurando as dinâmicas históricas que apresentam as necessidades humanas a cada

momento mudando a forma de interferir na realidade. Portanto a cidadania é um processo

ideológico de formação de consciência pessoal e social dos seus direitos e deveres reconhecendo

que sua emancipação autonomia depende do esforço próprio.

O conhecimento não é fragmentado. Para entender e explicar os fenômenos científicos e

tecnológicos é preciso compreender o conhecimento como um todo, integrado e inter-relacionado.

3.11 Concepção de Tecnologia

A tecnologia é de uma forma geral, o encontro entre ciência e engenharia. Sendo um termo

que inclui desde as ferramentas e processos simples, tais como uma colher de madeira e a

fermentação da uva, até as ferramentas e processos mais complexos já criados pelo ser humano, tal

como a Estação Espacial Internacional e a dessalinização da água do mar. Freqüentemente, a

tecnologia entra em conflito com algumas preocupações naturais de nossa sociedade, como o

desemprego, a poluição e outras muitas questões ecológicas, filosóficas e sociológicas.

Pensar em formas diferenciadas de como encaminhar práticas pedagógicas é pensar em

tecnologias que desenvolvam e aprofundem os conhecimentos científicos a partir de um

embasamento teórico, que dimensione o momento histórico atual contextualizando os temas

direcionando os educandos a uma visão ampla e aprofundada das relações sociais de produção,

saberes do cotidiano, organização política e econômica.

3.12 Concepção de Ensino Aprendizagem

A preocupação com a ampliação do tempo de ensino obrigatório, no Brasil, não é recente,

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o que pode ser observado na legislação educacional ao longo da história da educação brasileira,

como uma demanda da sociedade em virtude de transformações sociais, econômicas e políticas.

A educação, por sua vez, é um dos aspectos da cultura entendida como, “por um lado, a

transformação que o homem opera sobre o meio e, por outro, os resultados dessa transformação.”

(SAVIANI, 1991, p.40). Transformação que se efetiva pelo trabalho humano, uma vez que, pela

ação que exerce sobre a natureza, transformando-a, o homem extrapola o meramente natural e cria o

mundo da cultura, o mundo humano.

Educar, portanto, é humanizar. Isso significa afirmar que “a natureza humana não é dada ao

homem, mas é por ele produzida sobre a base da natureza biofísica. Consequentemente, o trabalho

educativo é o ato de produzir, direta e intencionalmente em cada indivíduo singular, a humanidade

que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens” (SAVIANI, 1992, p. 21).

Destaca-se que o trabalho é elemento central na constituição do homem como ser social. É por meio

do trabalho que o homem supera a condição meramente animal e produz capacidades

especificamente humanas. Pode-se afirmar essa passagem do ser natural para o social porque, o

homem ao trabalhar, além de modificar a natureza modifica-se a si mesmo, em todos os aspectos

que o constituem social e biologicamente (LUKACS, 1981).

O ensino-aprendizagem é um processo contínuo-formativo, composto de inúmeros fatores,

os quais são determinados a partir de uma relação direta entre educador e educando mediados pelo

meio onde estão inseridos e pelos condicionantes que são diferenciados a partir de cada realidade.

Para se analisar os vários conceitos que envolvem o processo ensino-aprendizagem são

necessários ter-se em mente as diferentes épocas nas quais estes se desenvolveram como também

compreender sua mudança no decorrer da história de produção do saber do homem.

Atualmente, não só na área da educação, mas também em outras áreas, como a da saúde,

pensa-se no indivíduo como um todo - paradigma holístico. Parte-se de uma visão sistêmica e,

portanto, amplia-se o conceito de educação, o conceito do processo de ensino-aprendizagem.

O processo de ensino-aprendizagem tem sido historicamente caracterizado de formas

diferentes que vão desde a ênfase no papel do professor como transmissor de conhecimento, até as

concepções atuais que concebem o processo de ensino-aprendizagem com um todo integrado que

destaca o papel do educando.

As reflexões sobre o estado atual do processo de ensino-aprendizagem nos permitem

identificar um movimento de ideias de diferentes correntes teóricas sobre a profundidade do

binômio ensino e aprendizagem. Entre os fatores que estão provocando esse movimento podemos

apontar as contribuições da Psicologia atual em relação à aprendizagem, que leva todos a repensar a

prática educativa, buscando uma conceptualização do processo ensino-aprendizagem.

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Apesar de tantas reflexões, a situação atual da prática educativa das escolas ainda

demonstra a massificação dos alunos com pouca ou nenhuma capacidade de resolução de problemas

e poder crítico-reflexivo, a padronização dos mesmos em decorar os conteúdos, além da dicotomia

ensino-aprendizagem e do estabelecimento de uma hierarquia entre educador e educando.

A solução para tais problemas está no aprofundamento de como os educandos aprendem e

como o processo de ensinar pode conduzir à aprendizagem.

Acrescenta-se ainda que a solução esteja em partir da teoria e colocar em prática os

conhecimentos adquiridos ao longo do tempo de forma crítica-reflexiva-laborativa: crítica e

reflexiva para pensar os conceitos atuais e passados e identificar o que há de melhor; laborativa não

só para mudar, mas para criar novos conhecimentos.

A relação ensino-aprendizagem se expressa como relação entre sujeitos. Com efeito, o

processo pedagógico constitui uma relação entre dois sujeitos, com características específicas o

professor e o aluno, e a relação que se estabelece entre eles é de ensino-aprendizagem.

Assim, tal como não se pode negar ao aluno o caráter de sujeito do processo, da mesma

forma não se nega igual caráter ao professor. Ou seja, ambos são sujeitos do mesmo processo,

entretanto, com participações diferenciadas. Ao professor, enquanto detentor dos fundamentos do

conhecimento científico cabe o papel de mediador, ou seja, de desenvolver procedimentos

adequados para viabilizar a apropriação desse conhecimento pelos alunos. A estes cabe o esforço

teórico-prático dessa apropriação.

3.13 Concepção de Avaliação

A avaliação é um instrumento que subsidia o trabalho do professor como elemento de sua

prática, sobre a criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada de aspectos que devem ser

revistos, ajustados ou conhecidos como adequados para o processo de ensino aprendizagem

individual ou de todo o grupo. Para o aluno, é o instrumento de tomada de consciência de suas

conquistas, dificuldades e possibilidades para a reorganização de seu investimento na tarefa de

aprender. Para a escola, possibilita definir prioridades e localizar quais aspectos das ações

educacionais demandam maior apoio.

Isto exige uma reflexão crítica permanente sobre a prática pedagógica com os educandos.

O ideal é que, frequentemente se busque uma forma pela qual os educandos possam participar da

avaliação. E, que seja o trabalho do professor com os alunos e não do professor consigo mesmo.

Esta avaliação crítica da prática vai revelando a necessidade de permanente reflexão nas

ações educativas levando em consideração respeito à autonomia, à dignidade e à identidade do

educando. As qualidades e as virtudes são construídas por nós no esforço que nos impomos para

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diminuir a distância entre o que dizemos e o que fazemos. Este esforço, o de diminuir a distância

entre o discurso e a prática. (Paulo Freire).

Para tanto, o educador deve estar disposto a dar um novo encaminhamento para a prática

de avaliação escolar, preocupando-se em redefinir ou em definir propriamente os rumos de sua ação

pedagógica, pois ela não é neutra, como todos nós sabemos. Ela se insere num contexto maior e está

a serviço dele. Então, o primeiro passo que nos parece fundamental para redirecionar os caminhos

da prática da avaliação é assumir um posicionamento pedagógico claro e explícito. Claro e explícito

de tal modo que possa orientar diuturnamente a prática pedagógica, no planejamento na execução e

na avaliação. (Cipriano C. Luckesi).

A avaliação deverá utilizar procedimentos que assegurem o acompanhamento do pleno

desenvolvimento do aluno, evitando-se a comparação dos alunos entre si, de forma que a avaliação

adotada nesta instituição de ensino é diagnóstica, contínua e cumulativa de forma que a avaliação

tenha a função da democratização do ensino, sendo assumida como um instrumento de

compreensão do estágio de aprendizagem em que o aluno se encontra, tendo em vista, tomar

decisões suficientes e satisfatórias, para que possa avançar no seu processo de aprendizagem.

Portanto, entendemos que a avaliação ideal precisa ser diagnóstica, contínua, dialética e

formativa, considerando a interação, o esforço e a aprendizagem, tornando assim um aluno crítico,

agente transformador da sociedade em que vive, exercendo sua cidadania.

Um princípio muito importante que está na LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação),

diz respeito a recuperação dos estudos, a autonomia da definição da escola de sua proposta

pedagógica e do compromisso dela e de seus profissionais com a aprendizagem de seus alunos. A

análise da Lei Nº. 9.394 permite concluir, portanto, que ela considera a autonomia, a flexibilidade e

a liberdade como meios necessários ao resgate dos compromissos da escola e dos educadores com

uma aprendizagem de qualidade.

Portanto, a Recuperação de estudos segue a Instrução nº 15/2017-SUED/SEED, QUE

acontecerá de forma permanente e concomitante ao processo de ensino aprendizagem, realizada ao

longo do período avaliativo trimestral, assegurando a todos os estudantes novas oportunidades de

aprendizagem. A oferta de recuperação de estudos é obrigatória e visa garantir a efetiva apropriação

dos conteúdos básicos, portanto deve ser oportunizada a todos(as) os(as) estudantes, independente

de estarem ou não com o rendimento acima da média. Compreende-se que a recuperação de estudos

é composta de dois momentos obrigatórios: a retomada de conteúdos e a reavaliação, ficando

vedada a aplicação de instrumento de reavaliação sem ma retomada dos conteúdos.

O Conselho de Classe é uma reunião onde a equipe pedagógica, professores, direção,

alunos, pais e a comunidade escolar discutem acerca da aprendizagem seus desempenhos e

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avaliações, porque, mais do que saber as notas e a aprovação ou reprovação do aluno, objetiva-se

encontrar os pontos de dificuldade tanto do aluno quanto da própria instituição de ensino. Desta

forma, busca-se a reformulação nas práticas escolares a partir das reflexões realizadas nos conselhos

de classe, não esquecendo que ele é um dos vários mecanismos que possibilitam a gestão

democrática.

3.14 Concepção de Gestão Escolar

A Gestão Escolar participativa na escola produz efeitos culturais importantes contribui para

desempenho da comunidade escolar, é importante saber que, numa gestão democrática, é preciso

lidar com conflitos e opiniões diferentes. O conflito faz parte da vida. Mas precisamos sempre

dialogar com os que pensam diferente de nós e, juntos negociar.

Algumas características da gestão escolar democrática são: o compartilhamento de

decisões e informações, a preocupação com a qualidade da educação e com relação ao custo

benefício, a transparência (capacidade de deixar claro para a comunidade como são usados os

recursos da escola, inclusive os financeiros). Assim, a comunidade aproxima-se da escola,

contribuindo para a tomada de decisões e permitindo transparência administrativa, gestão de

recursos financeiros e controle público de suas ações e decisões, ao permitir e reconhecer o

patrimônio das instituições educativas, bibliotecas e equipamentos, como um bem público comum,

expressão de valor reconhecido por todos, que oferecem vantagens e benefícios coletivos.

É importante estabelecer coletivamente a participação dos representantes dos vários

segmentos da comunidade escolar em torno das finalidades e objetivos que contribuam para

definição de metas e ações, expressando o interesse e ideias, concepções e meios adequados para

realização de uma grande mudança social na vida do indivíduo como ser pensante. Compartilhar

decisões significa envolver pais, alunos, professores, funcionários e outras pessoas da comunidade

na administração escolar. Quando as decisões são tomadas pelos principais interessados na

qualidade da escola, a chance de que dêem certo é bem maior. Como a democracia também se

aprende na escola a participação deve se estender a todos os alunos, até mesmo as crianças.

(Ferreira S. Carapeto).

O Conselho Escolar é um espaço de debates e decisões que implica em atender as questões

prévias, deve permitir que professores e funcionários pais e alunos explicitem seus interesses e suas

reivindicações. É um órgão de natureza deliberativa, consultiva e fiscal participando das decisões

administrativas e pedagógicas inclusive da construção do Projeto Político Pedagógico.

O Conselho de Classe se preocupa com processos avaliativos capazes de auxiliar no

trabalho pedagógico tendo como eixo central situações didáticas para que a aprendizagem ocorra.

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O Conselho de Classe é constituído pelo (a) diretor (a) e/ou diretor (a) auxiliar, pela equipe

pedagógica, por todos os docentes e os discentes por meio de: Pré-Conselho de Classe com toda a

turma em sala de aula, sob a coordenação do professor representante de turma e/ou pelo(s)

pedagogo(s) e/ou direção; Conselho de Classe Integrado, com a participação da equipe de direção,

da equipe pedagógica, da equipe docente, da representação facultativa de alunos e pais de alunos

por turma e/ou série. Pós-Conselho de Classe com a participação dos pais, professores, equipe

pedagógica, direção, agentes educacionais, alunos e representação facultativa do Conselho Escolar.

A tem como objetivo integrar a família, escola e comunidade devem supervisionar verbas

públicas recebidas e aplicadas pela escola. A APMF busca um trabalho coletivo, formar o educando

para o exercício da cidadania, procurando desenvolver um trabalho com a família, através da

participação nas atividades pedagógicas como elaboração do calendário escolar e construção do

Projeto Político Pedagógico.

As relações de trabalho na escola devem ser de forma integra, onde professores,

funcionários, equipe pedagógica, administrativa e comunidade escolar participem elaborando seu

plano de trabalho juntos criando estratégias que permitam gerar mudanças positivas, com

flexibilidade e eficiência garantindo assim a identidade da instituição escolar.

A organização política se dá no âmbito escolar, nas características da gestão, que pode ser

mais democrática ou mais autoritária. No ambiente escolar, a organização de familiares ou pais e

mães dos alunos, a organização dos estudantes, a organização dos funcionários, dos professores etc.

indicam formatos políticos, apresenta demandas, faz denúncias em torno das políticas públicas.

A gestão da educação, no contexto das transformações que se operam no mundo do

trabalho e das relações sociais, na “era da globalização” e na chamada “sociedade do

conhecimento”, atravessa também uma fase de profunda transformação que se constitui num

conjunto de diferentes medidas e construção que objetivam: “Alargar o conceito de escola”;

reconhecer e reforçar sua autonomia e promover a associação entre escolas e a sua integração em

territórios educacionais mais vastos e adotar modalidades de gestão específicas e adaptadas à

diversidade das situações existentes.

A gestão democrática da educação é, hoje, um valor já consagrado no Brasil e no mundo,

embora ainda não totalmente compreendido e incorporado à prática social global e à prática

educacional brasileira e mundial. È indubitável sua importância como um recurso de participação

humana e de formação para a cidadania. É indubitável sua necessidade para a construção de uma

sociedade mais justa e igualitária e a sua importância como fonte de humanização.

A gestão escolar, numa perspectiva democrática, tem características e exigências próprias.

Para efetivá-la é preciso procedimentos que promovam o envolvimento e a participação de toda a

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comunidade escolar. É preciso analisar as relações entre participação, diretrizes legais e o direito à

educação, incentivar e fortalecer procedimentos de participação da comunidade escolar e local na

gestão da escola, descentralizando os processos de decisão e dividindo responsabilidades.

A Gestão democrática pressupõe uma maneira de atuar coletivamente, oferecendo aos

membros da comunidade local e escolar, pais, alunos, professores, funcionários, Conselho Escolar e

APMF, oportunidades de participação.

A direção escolar deve deixar clara sua dimensão pedagógica, ao assegurar o acesso de

todos às informações sobre a prática pedagógica que a escola desenvolve, assegurando que cada

segmento se reúna independentemente e autonomamente para tomar ciência de informações e

discutir propostas nos âmbitos financeiros, pedagógicos e administrativos.

Assim o gestor estará respeitando a especificidade da escola. Que é de assegurar a todos

que nela atuam o acesso ao saber elaborado.

A escola constitui espaço de produções novas, experiências e relações, ao mesmo tempo,

interação, união de ideias, e ações que busquem o respeito e a individualidade de cada um. Nessa

perspectiva, a gestão participativa desenvolve a capacidade decisória de cada segmento.

3.15 Concepção de Cuidar e Educar

Atualmente, podemos pressupor que educar e cuidar são pontos complementares. Embora

a ação de cuidar e a ação de educar sejam processos interligados, pois uma completa a outra, se faz

necessário a distinção de ambos. Cuidar e Educar, é impregnar a ação pedagógica de consciência,

estabelecendo uma visão integrada do desenvolvimento da criança, com base em concepções que

respeitem a diversidade, o momento e a realidade peculiares à infância. Cuidar e Educar significa

compreender que o espaço/tempo em que a criança vive exige o seu esforço particular e a mediação

dos adultos como forma de proporcionar ambientes que estimulem a curiosidade com consciência e

responsabilidade.

3.16 Concepção de Letramento

A capacidade de escrever, ler e compreender entende-se como letramento. O primeiro

contato da criança com a escrita ocorre visualmente e não acontece necessariamente na escola, e

sim no ambiente em que vive. Durante o processo de alfabetização em que vive. Durante o processo

de alfabetização a criança começa a assimilar o desenho da letra ao som. A esse desenvolvimento de

competência para o uso da tecnologia da escrita é que se chama letramento.

Olhando o passado do ensino da língua escrita, na etapa inicial da escolarização, e tendo

procurado entendê-lo, talvez possamos explicar este presente de insatisfação e incertezas pela

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oscilação, que marcou o passado, entre ora priorizar a aquisição do sistema de escrita, a

alfabetização, ora priorizar as práticas de uso desse sistema, o letramento, resultando no presente,

em dúvidas sobre como resolver essa aparente dicotomia.

3.17 Concepção de Alfabetização

Alfabetização é o processo da aprendizagem do sistema alfabético e ortográfico de leitura e

escrita das técnicas para seu uso. O sistema de escrita e as convenções para seu uso constituem uma

tecnologia inventada e aperfeiçoada pela humanidade ao longo de milênios: desde os desenhos e

símbolos usados inicialmente até a extraordinária descoberta de que, em vez de desenhar ou

simbolizar aquilo de que se fala, podiam ser representados os sons da fala por sinais gráficos,

criando-se assim o sistema alfabético; desde a escrita em tabletes de barro, em pedra, em papiro, em

pergaminho, até a também extraordinária invenção do papel; desde o uso de estiletes e pincéis como

instrumentos de escrita até a invenção do lápis e da caneta. E convenções foram sendo criadas:

convenções sobre o uso do sistema alfabético, resultando no sistema ortográfico; a convenção de

que as palavras devem ser separadas, na escrita, por um pequeno espaço em branco; no mundo

ocidental, a convenção de que se escreve de cima para baixo e da esquerda para a direita.

Assim, um dos passaportes para a entrada no mundo da escrita é a aquisição de uma

tecnologia, a aprendizagem de um processo de representação: codificação de sons em letras ou

grafemas e decodificação de letras ou grafemas em sons; a aprendizagem do uso adequado de

instrumentos e equipamentos: lápis, caneta, borracha, régua,…; aprendizagem da manipulação de

suportes ou espaços de escrita: papel sob diferentes formas e tamanhos, caderno, livro, jornal...; a

aprendizagem das convenções para o uso correto do suporte: a direção da escrita de cima para

baixo, da esquerda para a direita.

A essa aprendizagem do sistema alfabético e ortográfico de escrita e das técnicas para seu

uso é que se chama alfabetização. Apenas com a aquisição da tecnologia da escrita, de um dos

“passaportes” não se tem entrada no mundo da escrita, um outro “passaporte” é necessário: o

desenvolvimento de competências para o uso da leitura e da escrita nas práticas sociais que as

envolvem. Ou seja, não basta apropriar-se da tecnologia – saber ler e escrever apenas com um

processo de codificação e decodificação, como quando dizemos: esta criança já sabe ler, já sabe

escrever, é necessário também saber usar a tecnologia, apropriar-se das habilidades que possibilitam

ler e escrever de forma adequada e eficiente, nas diversas situações em que precisamos ou queremos

ler ou escrever, diferentes gêneros e tipos de textos em diferentes suportes, para diferentes

objetivos, em interação com diferentes interlocutores, para diferentes funções: para informar ou

informar-se para interagir, para imergir no imaginário, para ampliar conhecimento, para seduzir ou

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induzir, para divertir-se, para orientar-se, para apoio à memória, para catarse.

3.18 Concepção de Currículo

A proposta de organização do conhecimento de estabelecimento de ensino está em

consonância no artigo 26 Lei Nº. 9394/96 da LDB, que assim se pronuncia: “Os currículos do

Ensino Fundamental e Médio deve ter uma base nacional comum para legitimar a unidade e a

qualidade da ação pedagógica na diversidade nacional a partir da área do conhecimento”. Define,

também, que as escolas utilizarão a Parte Diversificada a de suas propostas curriculares para

enriquecer e complementar a Base Nacional Comum de modo a propiciar aos alunos conhecimentos

necessários para que estabeleçam relações entre a educação fundamental e a vida cidadã através da

articulação entre vários de seus aspectos como: saúde, a sexualidade a vida familiar e social, o meio

ambiente, o trabalho, a ciência e a tecnologia, a cultura e as linguagens. Além disso, a lei define

para a Parte Diversificada a inserção de temáticas de interesse da comunidade no currículo escolar.

“Em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar possui características regionais e locais da

sociedade, da cultura, da economia e da clientela.”

Currículo é um importante elemento constitutivo da organização escolar. Currículo

implica, necessariamente, a interação entre sujeitos que tem o mesmo objetivo e a opção por um

referencial teórico que o sustente.

Currículo é uma construção social do conhecimento, pressupondo a sistematização dos

meios para que esta construção se efetive; a transmissão dos conhecimentos historicamente

produzidos e as formas de assimilá-los, portanto, produção, transmissão e assimilação são processos

que compõem uma metodologia de construção coletiva do conhecimento escolar. (Ilma Passos

Alencastro Veiga).

A educação esta intimamente ligada à política da cultura. O currículo nunca é apenas um

conjunto neutro de conhecimentos, que de algum modo aparece nos textos e nas salas de aula de

uma nação. Ele é sempre parte de uma tradição seletiva, resultado da seleção de alguém, da visão de

algum grupo acerca do que seja conhecimento legítimo. É produto das tensões, conflitos e

concessões culturais, políticas e econômicas que organizam e desorganizam um povo.

Grundy (1987) assegura que:

“O currículo não é um conceito, mas uma construção

cultural. Isto é, não se trata de um conceito abstrato

que tenha algum tipo de existência fora e

previamente à experiência humana. É antes, um

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modo de organizar uma série de práticas educativas”

(p.5).

Fundamentando-se nos princípios teóricos propõe-se que o currículo da Educação Básica

ofereça ao estudante, a formação necessária para o enfrentamento com vistas à transformação da

realidade social, econômica e política de seu tempo. Segundo Gramsci “Em sua defesa de uma

educação na qual o espaço de conhecimento na escola, deveria equivaler humanístico e tecnológico

esse é o princípio”.

O conhecimento escolar é dinâmico é não uma mera simplificação do conhecimento

científico, que se adequaria à faixa etária e aos interesses dos alunos. Daí a necessidade de

promover na escola, uma reflexão aprofundada sobre o processo de produção do conhecimento

escolar, uma vez que ao mesmo tempo ele é processo e produto, a análise e a compreensão do

processo de produção do conhecimento escolar ampliam a compreensão sobre as questões

curriculares.

Os conteúdos e ações pedagógicas devem ser norteadores, provisórias, e flexíveis, para

isso deve-se ter organização, discussão e análises frequentes onde haja ideia integradora para que o

educando, inserido nessa sociedade globalizada onde o avanço tecnológico e científico estão

presentes, possa ter uma postura inovadora.

Na organização curricular é preciso considerar a dinâmica dos conteúdos; elemento

mediador entre o mundo concreto e o conhecimento científico; fornecer explicações legítimas para

os fenômenos sociais e naturais inserindo-os na sociedade moderna; se levará em conta as

características sociais, culturais e psicológicas; conteúdo para fins de estimular a reflexão que dêem

condições para o domínio de códigos e símbolos que serão pré-requisitos para aprendizagens

posteriores; perspectivas de temas geradores são grandes núcleos em torno dos quais se podem

agrupar temas, problemas e diferenciações internas de cultura; temas socioculturais como elemento

de um diálogo problematizador provocando curiosidade, inquietação, necessidade de investigação

que levará o aluno a entender a sua realidade.

O currículo é uma práxis antes que um objeto estático emanado de um modelo coerente de

pensar a educação ou as aprendizagens necessárias das crianças e dos jovens, que tão pouco se

esgota na parte explícita do projeto de socialização cultural nas escolas. É uma prática, expressão,

da função socializadora e cultural que determinada instituição tem e que reagrupa em torno dele

uma série de subsistemas ou práticas diversas, entre as quais se encontra a prática pedagógica

desenvolvida em instituições escolares que comumente chamamos ensino. É uma prática que se

expressa em comportamentos práticos e diversos.

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O currículo, como projeto baseado num plano construído e ordenado, relaciona a conexão

entre determinados princípios e uma realização dos mesmos, algo que se há de comprovar e que

nessa expressão prática concretiza seu valor. É uma prática na qual se estabelece um diálogo, por

assim dizer, entre agentes sociais, elementos técnicos, alunos que reagem frente a ele, professores

que modelam, etc.

Desenvolver esta acepção do currículo como âmbito prático tem o atrativo de poder

ordenar em torno deste discurso as funções que cumpre e o modo como se realiza, estudando o

processualmente: se expressa numa prática e ganha significado dentro de uma prática de algum

modo prévio e que não é função apenas do currículo, mas de outros determinantes. É o contexto da

prática, ao mesmo tempo, que é contextualizado por ela.

3.19 Concepção de Escola

Temos como visão de escola, um contexto que abriga espaço físico, elementos humanos e

ações pedagógicas, colocando em discussão permanente com a comunidade escolar as melhorias

que se farão necessárias. A Escola proporciona uma educação voltada à formação de caráter, ao

resgate da essência do ser humano e a formação de sujeitos conscientes de sua ação transformadora

na construção de uma sociedade mais justa, centrado no saber elaborado como instrumento de luta

social. De acordo com a pedagogia histórico-crítica e a concepção filosófica e dialética, nós

podemos dizer que o Colégio Estadual Rui Barbosa tem o ensino com a finalidade de promover a

interação entre aluno e conhecimento, de modo a possibilitar o acesso e a incorporação de

elementos culturais essenciais a sua transformação enquanto síntese das múltiplas relações sociais,

atividades que promovam a reflexão-ação sobre a realidade, possibilitando um processo mais

significativo de apropriação, e produção de novos conhecimentos, socialização e a produção do

saber.

Diante de tantas ideias e conceitos que envolvem o sistema educacional, sentimos que é

necessário compreendermos a concepção de escola, bem como buscar entender a realidade. Hoje, a

busca incessante pelo conhecimento passou a ser mais que um diferencial na formação dos sujeitos.

Estar em constante aprendizado passou a ser requisito básico para qualquer pessoa que queira

manter um alto nível de empregabilidade e intelectualidade na sociedade. A escola deve fazer

questão de contribuir nessa evolução, não preparando apenas cidadãos para a vida, pois ela é a

própria vida, um local de vivência da cidadania.

Segundo Frigotto (1999),

“A escola é uma instituição social que, mediante sua

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prática no campo do conhecimento, dos valores,

atitudes e mesmo por sua desqualificação articulam

determinados interesses e desarticulam outros”.

Nessa contradição existente no seu interior, está a possibilidade da mudança, haja vista as

lutas que aí são travadas. Portanto, pensar a função social da escola implica repensar o seu próprio

papel, sua organização e os atores que a compõem.

Assim, pensar a função social da educação e da escola implica problematizar a escola que

temos na tentativa de construirmos a escola que queremos. Nesse processo, a articulação entre os

diversos segmentos que compõem a escola e a criação de espaços e mecanismos de participação são

prerrogativas fundamentais para o exercício do jogo democrático, na construção de um processo de

gestão democrática.

Desta forma, a escola, no desempenho de sua função social de formadora de sujeitos

históricos, precisa ser um espaço de sociabilidade que possibilite a construção e a socialização do

conhecimento produzido, tendo em vista que esse conhecimento não é dado a priori. Trata-se de

conhecimento vivo e que se caracteriza como processo em construção.

Para Petitat (1994), a escola contribui para a reprodução da ordem social. No entanto, ela

também participa de sua transformação, às vezes intencionalmente. Outras vezes as mudanças se

dão, apesar da escola.

A escola pública é um dos lugares privilegiados onde as crianças e jovens podem ampliar

os seus saberes, em face da complexidade da sociedade contemporânea, e assim tornarem-se

capazes de exercerem a sua condição de cidadãos, num país marcado por profundas desigualdades

sociais.

Nessa perspectiva, a função principal da escola é o trabalho com o conhecimento que

propicie aos alunos oportunidades de aprendizagem para que adquiram “chaves conceituais de

compreensão de seu mundo e de seu tempo; deve ainda permitir que tomem consciência das

operações que mobilizem durante a aprendizagem, contribuindo para que prossigam na relação de

conhecimento, que é desvendamento, compreensão e transformação do que se dá a conhecer”

(Sampaio, 1998, p. 147). É imprescindível levar em consideração o perfil dos alunos atendidos,

valorizando a cultura dos alunos do campo, que esta cultura esteja presente na organização do

ensino aprendizagem, a faixa etária, as séries em que encontram maiores dificuldades de se

adaptarem à escola e de se apropriarem dos conteúdos, além de suas condições sócio-econômicas,

culturais e religiosas.

Portanto, a escola, sendo democrática, assegura aos alunos uma melhor apropriação e

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reelaboração de novos conhecimentos através da transmissão sistemática dos conteúdos de ensino,

os conhecimentos produzidos e acumulados no movimento histórico pela humanidade.

Para isso é de suma importância que os educadores compromissados com esta visão de

educação, diante de inúmeros problemas, colocam-se na perspectiva de analisar, explicitar e propor

ações para uma prática escolar que efetiva essa educação que queremos.

É preciso repensar o espaço escolar e as formas de encaminhamento metodológico

induzirão a uma reorganização dos tempos escolares, pois um modelo de aula fechado, por

exemplo, em cinquenta minutos por disciplina, nem sempre permite desenvolver atividades que

levem em conta essas outras possibilidades. Assim, a construção do projeto político-pedagógico da

escola requer a reflexão sobre tais questões.

A escola é o lugar (espaço) das relações educativas formais. O mundo atual, porém, exige

que na escola sejam valorizados lugares em que acontece a educação, na sua vertente informal e

não-formal. A roça, a mata, os rios ou o mar, associações comunitárias etc. São lugares educativos

que, às vezes, justamente por causa do contato diário, passam despercebidos, esquecidos no

momento da elaboração dos planejamentos de ensino.

A organização interna da escola dispõe de dois tipos básicos de estruturas: administrativa e

pedagógica.

A estrutura administrativa assegura a locação e gestão de recursos humanos, físicos e

financeiros. Já a estrutura pedagógica, refere-se às interações políticas, às questões de ensino

aprendizagem e as de currículo, visando o desenvolvimento do trabalho pedagógico, bem como a

participação coletiva de toda a comunidade escolar. Tais como:

Currículo escolar como instrumento de interação entre os sujeitos com um mesmo objetivo:

a construção social do conhecimento, levando em conta a realidade social dos alunos com

disciplinas e conteúdos condizentes com a realidade;

Estabelecer relação entre conteúdo e finalidade;

Métodos e recursos didáticos facilitadores de aprendizagem;

Respeito à identidade cultural do aluno;

Articulação dos saberes das áreas de conhecimento, do aluno, do contexto histórico-social e

a função de mediador que o professor tem;

Relação professor-aluno;

Formação continuada objetivando uma prática mais dinâmica;

Livro didático como apoio pedagógico;

Equipe pedagógica completa;

Apoio dos pais, enfim a toda a comunidade escolar;

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Material de apoio, equipamentos, espaço físico.

3.20 Concepção de Educação Inclusiva

De acordo com a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação

Inclusiva define-se que: “Em todas as etapas e modalidades da educação básica, o atendimento

educacional especializado é organizado para apoiar o desenvolvimento de alunos, constituindo

oferta obrigatória dos sistemas de ensino”.

O grande desafio proposto pela inclusão de alunos com necessidades educacionais

especiais nas escolas regulares em nosso país, dependerá de um esforço coletivo que envolva os

próprios alunos, os professores, as equipes diretivas e pedagógicas, os funcionários e os gestores do

projeto político pedagógico. As mudanças operacionais necessárias para que as escolas se tornem

inclusivas de fato só acontecerão, segundo SOUZA:

[...] quando as instituições reconhecerem suas

responsabilidades com cada aluno, abolindo as

discriminações e as preferências, oferecendo ao

professor melhores condições de atuarem na

inclusão do aluno com necessidades educacionais

especiais. Isto envolve capacitação, conscientização

da comunidade escolar sobre deficiências e

deficientes, material pedagógico, adaptação

curricular, apoio técnico, entre outros (2005, p. 98).

3.21 Concepção de Educação Indígena

O Colégio Estadual Rui Barbosa possui atualmente alunos indígenas matriculados,

advindos das aldeias próximas a sede do município. Apesar dos mesmos possuírem suas escolas nas

aldeias, alguns optam por estudar nesta instituição de ensino, a qual procura inseri-los e incluí-los

no contexto de uma realidade diferente da qual estão inseridos.

As políticas educacionais atuais para a realidade indígena partem dos fundamentos legais e

conceituais presentes na Constituição de 1988, que colocou sobre novas bases os direitos indígenas.

A Educação escolar Indígena ocorre em unidades educacionais as quais tem uma realidade singular,

requerendo pedagogia própria em respeito à especificidade étnico-cultural de cada povo ou

comunidade.

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3.22 Concepção de Educação do Campo

A Educação do Campo tem sido historicamente marginalizada na construção de políticas

públicas. Tratada como política compensatória, suas demandas e sua especificidade raramente têm

sido objeto de pesquisa no espaço da academia e na formulação dos currículos nos diferentes níveis

e modalidades de ensino. A educação para os povos do campo é trabalhado a partir de um currículo

essencialmente urbano e, quase sempre, deslocado das necessidades e da realidade do campo.

3.23 Concepção de Educação Profissional Integrada Ao Ensino Médio

A relação entre Educação Básica e Profissional no Brasil está marcada historicamente pela

dualidade. Nesse sentido, até o século XIX não há registros de iniciativas sistemáticas que hoje

possam ser caracterizadas como pertencentes ao campo da educação profissional. O que existia até

então era a educação propedêutica para as elites, voltada para a formação de futuros dirigentes.

No decorrer do tempo o Currículo integrado passou a organizar o conhecimento e

desenvolver o processo de ensino e aprendizagem de forma que os conceitos sejam aprendidos

como sistema de relações de uma totalidade concreta que se pretende explicar/compreender.

As orientações para desenvolver o Ensino Médio e Profissional parte muitas vezes da

necessidade de preparar jovens trabalhadores, que interajam com este mundo, tornando-os ao

mesmo tempo, capazes de contribuir com o desenvolvimento econômico.

4. PLANEJAMENTO (MARCO OPERACIONAL)

Apresenta as grandes linhas de ações referentes a gestão democrática, currículo escolar;

formação continuada, condições físicas – didático – pedagógicas da escola. Trata do planejamento

objetivo das estratégias e ações a serem desenvolvidas. O planejamento é um processo contínuo de

conhecimento e análise da realidade escolar e busca a possível solução dos problemas detectados.

Algumas características da gestão escolar democrática são: o compartilhamento de

decisões e informações, a preocupação com a qualidade da educação e com relação ao custo

benefício, a transparência (capacidade de deixar claro para a comunidade como são usados os

recursos da escola, inclusive os financeiros). Assim, a comunidade aproxima-se da escola,

contribuindo para a tomada de decisões e permitindo transparência administrativa, gestão de

recursos financeiros e controle público de suas ações e decisões, ao permitir e reconhecer o

patrimônio das instituições educativas, bibliotecas e equipamentos, como um bem público comum,

expressão de valor reconhecido por todos, que oferecem vantagens e benefícios coletivos.

Diante disso, esta instituição prevê algumas ações a serem realizadas a curto, médio e

longo prazo, sendo elas:

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74

Realizar Palestras educativas; Fazer trabalhos Interdisciplinares se necessário realizando

trabalhos em contraturno, em comum acordo com Professores; APMF, Grêmio Estudantil,

Conselho Escolar, Equipe Pedagógica; Pais ou Responsáveis e Comunidade.

Conscientizar os Pais e Educadores da importância da sua participação e responsabilidade

no acompanhamento dos alunos.

Quanto aos alunos, conscientizá-los também da importância da dedicação e

comprometimento para com os estudos dentro e fora da escola.

Despertar a valorização do profissional e o interesse por parte dos alunos da importância da

escola para suas vidas;

Maior responsabilidade para com as atividades escolares, motivando os alunos em seu

cotidiano escolar;

Sabendo que todos têm acesso, garantir a permanência através de práticas pedagógicas

atrativas, possibilitando ampliar o conhecimento;

Entendimento da legislação e que cada indivíduo tenha perspectiva de uma vida com

objetivos reais;

Priorizar o aperfeiçoamento de cada profissional;

Aumentar o índice do IDEB, ENEM, Prova Brasil;

Incentivar a formação continuada;

Inclusão, boa convivência, respeito mútuo entre todos envolvidos de acordo com as

diferenças e diversidades;

Diminuição da Evasão Escolar, principalmente pelos alunos do Ensino Médio trabalhadores;

Diminuir a indisciplina. Melhorar as condições de aprendiza-do dos alunos;

Esta instituição de ensino estará buscando a participação de todos os segmentos da

comunidade escolar como Conselho Escolar, Conselho de Classe, representantes de turma, Grêmio

Estudantil, APMF, em trabalho coletivo através de uma gestão democrática delegando

responsabilidades a profissionais da escola para tomar decisões e planejar ações a serem

desenvolvidas.

Definindo desta forma, ações relativas a formação continuada levantando as necessidades

de cada segmento e fundamentando teoricamente as reuniões pedagógicas.

Na sequência segue o Plano de Ação da Escola:

4.1. Plano de Ação da Escola.

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COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL.

PLANO DE AÇÃO – 2017

1- DIMENSÃO: GESTÃO DEMOCRÁTICA.

INDICADOR PROBLEMAS E

DESAFIOS

AÇÕES

(O QUE

FAZER)

RECURSOS

(COM O

QUE

FAZER)

CRONOGRAMA

(QUANDO FAZER)

ENVOLVIDOS

(PARTICIPANTES

DA AÇÃO)

METAS RESULTADOS

ESPERADOS

RESP.

Informação

democratizada

Informações

atrasadas e falta de

clareza nas mesmas,

Rotatividade de

funcionários,

Acúmulo de

funções.

Funcionários

capacitados para a

função.

Humanos e

tecnológicos.

Durante o ano letivo. A Comunidade

escolar.

Repasse de

informações

em tempo

hábil.

Compartilhar

informações em

tempo real e com

clareza.

SEED e

NRE.

Conselhos

escolares

atuantes

Falta de formação

para os

conselheiros.

Maior integração

e melhor

conhecimento

sobre a função do

conselheiro.

Humanos.

Início do ano letivo. Conselho escolar Aprimorar a

atuação do

conselho

escolar.

Melhorar o

processo

pedagógico com

participações

ativas.

SEED, NRE,

Conselho

Escolar e

Direção.

Participação

efetiva de

estudantes,

pais, mães ou

responsáveis

Falta de

comprometimento

da família.

Reuniões e

palestras.

Humanos,

tecnológicos

e financeiros.

Durante o ano letivo. Toda a comunidade

escolar

Maior

integração

entre família

e escola.

Maior

aprendizado dos

alunos.

Direção,

Equipe

Pedagógica,

professores,

funcionários

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76

legais e

comunidade em

geral.

e Instancias

colegiadas.

Parcerias locais

e

relacionamento

da escola com

os serviços

públicos.

Combate ao

mosquito Aedes

Aegypti.

Palestras com os

alunos.

Humanos e

tecnológicos.

Durante o ano letivo. Direção, comunidade

Escolar, associações

e poder público.

Melhorar a

qualidade de

vida da

comunidade

Conscientização

da comunidade

escolar.

Todos os

profissionais

da educação,

associações,

instâncias

colegiadas e

poder

público.

Tratamento aos

conflitos que

ocorrem no dia

a dia da escola.

Indisciplina,

Desinteresse,

Falta de

acompanhamento

familiar.

Palestras

motivacionais e

conscientização.

Humanos e

tecnológicos.

Durante o ano letivo. A comunidade

escolar.

Reduzir a

indisciplina.

Alunos

motivados,

melhora no

desempenho

escolar e melhor

convivência em

sala de aula.

Todos os

profissionais

da educação.

Participação da

escola no

repasse de

recursos

públicos

Burocratização

entre NRE e SEED.

Cobrar maior

agilidade dos

órgãos

competentes.

Financeiros e

Humanos.

Durante o ano letivo. Direção, Conselho

Escolar e APMF.

Aumentar

para as

escolas os

recursos

específicos

para

Melhora no

espaço físico e

na qualidade da

educação.

Seed, NRE,

direção e

Instâncias

Colegiadas.

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77

reformas e

melhorias e

maior

agilidade no

processo.

2- DIMENSÃO: PRÁTICA PEDAGÓGICA

INDICADOR PROBLEMAS

E DESAFIOS

AÇÕES

(O QUE

FAZER)

RECURSOS

(COM O QUE

FAZER)

CRONOGRAM

A

(QUANDO

FAZER)

ENVOLVIDOS

(PARTICIPANTE

S DA AÇÃO)

METAS RESULTADOS

ESPERADOS

RESP.

Proposta

pedagógica (PPC)

definida e

conhecida por

todos

Fazer uso

contínuo da

proposta

curricular.

Encontros,

estudos, debates e

discussões sobre

a PPC.

Humanos e

tecnológicos

Em reuniões

Pedagógicas

(trimestrais), ou

em momentos

particulares.

Professores, Equipe

Pedagógica e

Direção.

Adequar a PPC

de acordo com

as diretrizes.

Verificar, analisar

e se certificar dos

avanços obtidos.

As PPCs estarem

de acordo com as

DCEs.

Professores,

Equipe

Pedagógica.

Planejamento

Adequar o

planejamento as

diversidades da

sala de aula.

Diagnosticar os

conhecimentos

prévios dos

alunos e

sintetizar os

conteúdos.

Humanos,

tecnológicos e

didáticos

pedagógicos.

Durante o ano

letivo.

Toda a comunidade

escolar e instâncias

colegiadas.

Organizar os

conteúdos de

forma

sistematizada, e

trabalhar as

diversidades.

Eficiência no

processo ensino

aprendizagem

abrangendo toda

a diversidade.

Direção,

Equipe

Pedagógica,

professores e

família.

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Contextualização

Dificuldade em

contextualizar

determinados

conteúdos.

Conhecer a

realidade do

aluno e trabalhar

nas dificuldades.

Conversas e

dinâmicas e

incentivo à

leitura.

Durante o ano

letivo e toda a

vida.

Toda a comunidade

escolar, professor e

aluno.

Adequar o

conteúdo a

realidade do

aluno, levando

ao pensamento

crítico e a ter

perspectivas

futuras.

Clareza no

entendimento dos

conteúdos.

Professor e

comunidade

escolar.

Variedades das

estratégias e dos

recursos de

ensino

aprendizagem

Formação

pedagógica,

tecnológica e

humana.

Cursos de

formação,

buscando novas

práticas

educativas

alternativas no

cotidiano da

escola.

Humanos,

tecnológicos e

didáticos.

Durante o ano

letivo.

SEED, NRE, toda a

comunidade escolar

e instâncias

colegiadas.

Buscar novas

práticas e

recursos de

ensino

Obter resultados

na aprendizagem

do aluno e na sua

formação como

cidadão.

Professor,

SEED, NRE,

Direção,

Equipe

Pedagógica e

família.

Incentivo à

autonomia e ao

trabalho coletivo.

Seguir diretriz

curricular com

dificuldade na

flexibilização.

Fazer adequação

curricular

conforme a

realidade e

necessidade do

aluno.

Humanos,

tecnológicos e

didáticos.

Durante o ano

letivo.

SEED, NRE e toda

a comunidade

escolar.

Aprimorament

o do trabalho.

Aprimorar a

autonomia do

professor e aluno,

incentivando o

trabalho coletivo

em busca de

melhores

resultados.

Professores,

escola e

SEED.

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79

Prática

pedagógica

inclusiva

Levar o

professor a

refletir sobre o

trabalho com os

alunos inclusos.

Realizar estudos

para fortalecer a

formação do

professor e

conhecer as

terorias e leis

vigentes.

Humanos,

tecnológicos,

financeiros e

sociais.

Durante o ano

letivo.

SEED, NRE e toda

a comunidade

escolar e instâncias

colegiadas.

Propiciar o

atendimento

adequado ao

aluno.

Oferecer uma

educação de

qualidade aos

inclusos, onde o

aluno possa

desenvolver suas

habilidades de

forma efetiva.

Escola,

SEED e

NRE.

3- DIMENSÃO: AVALIAÇÃO

INDICADOR PROBLEMAS

E DESAFIOS

AÇÕES

(O QUE FAZER)

RECURSOS

(COM O

QUE FAZER)

CRONOGRAM

A

(QUANDO

FAZER)

ENVOLVIDOS

(PARTICIPANTE

S DA AÇÃO)

METAS RESULTADOS

ESPERADOS

RESP.

Acompanhamen

to do processo

de

aprendizagem

dos alunos

- Contexto Social

(conhecer as

condições

financeiras,

moradia e

familiar);

- Influência do

mundo

contemporâneo;

- Turmas

- Conhecer a

realidade dos alunos

partir da mediação

da equipe

pedagógica a qual

realizara conversas

individuais com os

alunos do sexto ano

e das demais turmas

com apenas os que

- Recursos

humanos

Ano letivo. Comunidade

Escolar.

- Ações

pedagógicas

qualitativas a

partir do

contexto;

- Conhecer a

realidade dos

alunos em

relação ao seu

aprendizado,

- Maior

proximidade

entre família e

escola;

- Melhoria da

aprendizagem.

O aluno perceba

que a escola e

local no qual

encontra apoio e

Comunidade

Escolar.

Page 81: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA€¦ · Decreto-Lei nº. 10.010 de 02 de maio de 1968 de Casa Escolar Rui Barbosa. A partir de 1970, começou a funcionar na Casa Escolar Rui Barbosa,

80

numerosas;

- Avaliação

diagnóstica.

necessitam de

acompanhamento

conhecendo suas

especificidades e

- Conscientizar os

pais na participação

ativa da vida escolar

de seus filhos.

analisando os

meios que o

levam a

aprovação por

APC.

auxilio tanto

pedagógico

quanto afetivo.

Mecanismos de

avaliação dos

alunos

- Diversidade dos

educando.

(Níveis de

aprendizagem

diferenciados);

- Alto índice de

aprovação por

Conselho de

Classe.

- Avaliar de acordo

com os conteúdos

trabalhados,

considerando as

individualidades dos

alunos;

- Estipular regras

mais específicas

para todo colegiado;

- Acompanhamento

mais efetivo do

professor para com

o aluno com

defasagem de

aprendizagem de

aprendizagem

- Recursos

humanos,

- Utilização

das tecnologias

disponíveis na

escola e

- Uso de

diferentes

métodos de

ensino.

Ano letivo. Equipe Pedagógica

e Professores.

- Identificar as

dificuldades

apresentadas

pelos alunos que

no ano anterior

se apropriou,

possibilitando a

intervenção

pedagógica

qualitativa;

- Diminuir as

aprovações por

APC nos

conselhos de

classe;

-

- Apropriação

do

conhecimento

de acordo com

as

especificidades;

- Maior índice

de aprovação

com dedicação e

aquisição de

conhecimentos

por parte do

aluno.

Equipe

Pedagógica e

Professores.

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81

durante o ano letivo. Conscientização

dos alunos sobre

o APC.

Participação dos

alunos na

avaliação de sua

aprendizagem

- Falta de

comprometiment

o dos alunos.

- Dificuldades de

aprendizagem.

- Utilização de

diferentes

instrumentos de

avaliação e

- Palestras com

profissional para

motivação.

- Recursos

humanos,

didáticos.

Financeiros.

Ano letivo. Comunidade

Escolar.

Alunos

comprometidos

com sua

aprendizagem.

Conscientização

do aluno sobre

seu

comprometimen

to escolar diante

da

aprendizagem.

Comunidade

Escolar.

Avaliação do

trabalho dos

profissionais da

escola

- Manter-se

dentro das metas

pré-estabelecidas

(IDEB, SAEP,

Índices da

aprovação);

- Aumento da

H.A.

- Formação

continuada e maior

comprometimento

de alguns

profissionais.

- Promover a auto-

avaliação pessoal do

trabalho

- Recursos

humanos,

financeiros,

didáticos e

tecnológicos.

Ano letivo. Profissionais da

escola.

Melhorar a

qualidade de

ensino da

instituição,

assegurando

elevação dos

índices

educacionais

pré-

estabelecidos

Melhoria da

aprendizagem.

Profissionais

da esc ola.

Acesso,

compreensão e

uso dos

indicadores

Pouco uso dos

dados

apresentados

pelas avaliações

Análise dos

indicadores por

parte dos

educadores e a

Recursos

humanos e

didáticos

Ano letivo. Profissionais da

escola.

Maior discussão

sobre os

resultados a

partir dos

Aumentar os

índices (IDEB,

SAEP, Índice de

Aprovação

Redes de

ensino.

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82

oficiais de

avaliação da

escola e das

redes de ensino

externas partir deles

reformular as

práticas

pedagógicas, dando

ênfase na

divulgação dos

resultados.

indicadores.

escolar)

4- DIMENSÃO: ACESSO, PERMANÊNCIA E SUCESSO NA ESCOLA.

INDICADOR PROBLEMAS

E DESAFIOS

AÇÕES

(O QUE

FAZER)

RECURSOS

(COM O QUE

FAZER)

CRONOGRAMA

(QUANDO

FAZER)

ENVOLVIDOS

(PARTICIPANTES

DA AÇÃO)

METAS RESULTADOS

ESPERADOS

RESPONSÁVEL

Falta dos alunos

Falta do

Transporte

escolar,

Desestrutura

Familiar,

Problemas de

Saúde,

Preguiça dos

alunos,

Interesses

particulares dos

alunos e

Solicitar

melhorias nas

Estradas,

Conversas/

Reflexões ou

palestras sobre a

importância da

Frequência

Escolar,

Convocação dos

responsáveis,

Cumprimento da

Recursos

humanos,

didáticos/

pedagógicos e

tecnológicos.

Ano letivo. Comunidade escolar,

NRE, Conselho

Tutelar, Promotoria,

Prefeitura

Municipal.

Prevenir a

evasão escolar

em 100%,

Redução das

faltas dos

alunos em

100%.

Melhoria no

processo ensino

aprendizagem,

Avanços nos

Índices de

Avaliação

Escolar,

Sucesso do

Aluno e da

Escola.

Professores,

Equipe

Pedagógica,

Direção,

Família,

Instâncias

Colegiadas.

Page 84: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA€¦ · Decreto-Lei nº. 10.010 de 02 de maio de 1968 de Casa Escolar Rui Barbosa. A partir de 1970, começou a funcionar na Casa Escolar Rui Barbosa,

83

familiares.

Lei vigente.

Abandono

Falta de uma

Cultura de

Valorização da

Educação por

parte de algumas

famílias,

Necessidade de

inserção no

mercado de

trabalho,

Interesses

Particulares dos

alunos e

familiares.

Promover

situações ou

momentos que

demonstrem a

importância do

estudo para seu

futuro,

Conscientizar que

a Lei Obriga a

Permanecer na

escola,

Cumprimento da

Lei vigente.

Recursos

humanos,

didáticos

tecnológicos e

pedagógicos.

Ano letivo Comunidade escolar,

palestrantes, NRE,

Conselho Tutelar,

Promotoria.

Reduzir o

Abandono

Escolar em

100%.

Evitar o

abandono

Escolar,

Retorno do

aluno à escola,

Sucesso do

aluno e da

escola.

Comunidade

Escolar

Atenção aos

alunos com

alguma

defasagem de

aprendizagem

Número elevado

de alunos por

turma,

Alguns alunos

chegam com

defasagem de

Solicitar a NRE/

SEED a redução

do número de

alunos por turma,

Oficiar a

Secretaria

Recursos

humanos,

didáticos,

tecnológicos e

pedagógicos

Ano letivo NRE/SEED,

Comunidade

Escolar, Governo

Municipal.

Solucionar a

defasagem de

aprendizagem

em 100 %

Superação das

dificuldades de

aprendizagem,

Sucesso do

Aluno e da

Escola.

Comunidade

Escolar e

instâncias

colegiadas.

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84

conteúdos,

Falta devido ao

transporte

escolar,

Falta de

acompanhamento

das famílias na

vida escolar dos

filhos.

Municipal

competente a

solução dos

problemas de

estradas ou

transporte

escolar,

Conscientizar as

famílias sobre a

importância do

acompanhamento

escolar,

Ofertar um

atendimento

diferenciado para

a superação da

defasagem de

aprendizagem

Atenção às

necessidades

educativas da

comunidade

Falta de

conhecimento da

realidade do

aluno,

Falta de cursos

Fazer um

Cadastramento

diferenciado

contendo

informações

Recursos

humanos.

Início do letivo

com atualização

constante.

Secretaria da escola,

Equipe Pedagógica,

Professores,

Direção, Família e

alunos.

Melhorar o

Processo de

Ensino

Aprendizagem

em 100%

Melhoria das

Necessidades

educativas da

comunidade

Comunidade

Escolar

Page 86: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA€¦ · Decreto-Lei nº. 10.010 de 02 de maio de 1968 de Casa Escolar Rui Barbosa. A partir de 1970, começou a funcionar na Casa Escolar Rui Barbosa,

85

específicos a

comunidade

escolar.

relevantes de

todos os alunos e

disponibilizar aos

professores,

Solicitar ao

NRE/SEED

formação

específica com

excelentes

profissionais a

comunidade

escolar.

5- DIMENSÃO: AMBIENTE EDUCATIVO

INDICADOR PROBLEMAS E

DESAFIOS

AÇÕES

(O QUE FAZER)

RECURSOS

(COM O

QUE

FAZER)

CRONOGRAMA

(QUANDO

FAZER)

ENVOLVIDOS

(PARTICIPANTES

DA AÇÃO)

METAS RESULTADOS

ESPERADOS

RESPONSÁVEL

Ambiente

cooperativo

e solidário

- Bullyng

- Falta de limites

- Uso de palavrões

- Falta de ética

- Desrespeito aos

Direitos Humanos.

Palestra, reflexões

no cotidiano escolar,

conscientização dos

valores e direitos

humanos.

Humanos,

didáticos,

pedagógicos

e

tecnológicos.

Ano Letivo Comunidade

Escolar

- Acabar com o

bullyng

- Proporcionar

um ambiente

favorável à

aprendizagem

- Diminuir com

o bullyng

- Melhorar o

relacionamento

, respeitando a

todos no

Comunidade

escolar e

instâncias

colegiadas.

Page 87: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA€¦ · Decreto-Lei nº. 10.010 de 02 de maio de 1968 de Casa Escolar Rui Barbosa. A partir de 1970, começou a funcionar na Casa Escolar Rui Barbosa,

86

ambiente

escolar.

- Maior

integração

entre os alunos.

Satisfação

com a escola

- Desinteresse e falta

de perspectiva de

futuro.

- Acesso a projetos

em contra-turno por

falta de vontade e por

conta do transporte

escolar.

- Transporte para

atividades extra-

classe/nas

Disciplinas.

- Falta de ambientes

apropriados a cada

Disciplina (sala de

aula)

- Usar métodos

diferentes de ensino.

- Viabilizar junto ao

poder público o

acesso ao transporte

e espaços

educativos

Humanos,

didáticos,

pedagógicos,

tecnológicos

e financeiros.

Ano Letivo - Comunidade

escolar e instâncias

colegiadas.

- Órgãos públicos.

- Compreender

a verdadeira

importância do

ensino

aprendizagem.

- Acabar com a

reprovação e

evasão.

- Tornar a

escola mais

atrativa para o

aluno.

- Maior

satisfação dos

alunos em

relação às

práticas

educativas.

- Minimizar a

reprovação.

- Aumentar a

participação

dos alunos nas

atividades

escolares.

- Comunidade

escolar e

instâncias

colegiadas.

- Poder público.

Comprometim

ento e

- Comprometimento

familiar com a vida

escolar do educando.

- Realizar reuniões

com pais e alunos.

- Promover eventos

Humanos,

didáticos,

pedagógicos

Ano Letivo - Comunidade

escolar e instâncias

colegiadas.

- Motivar os

alunos

- Aumentar a

Melhorar a

aprendizagem

dos alunos,

Comunidade

Escolar e

instancias

Page 88: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA€¦ · Decreto-Lei nº. 10.010 de 02 de maio de 1968 de Casa Escolar Rui Barbosa. A partir de 1970, começou a funcionar na Casa Escolar Rui Barbosa,

87

participação

- Participação nas

atividades envolvidas

pela escola.

- Desmotivação.

para integrar

comunidade escolar.

- Motivá-los através

de aulas dinâmicas

e

tecnológicos.

participação

dos alunos e

pais nas

atividades

desenvolvidas

pela escola.

bem como sua

participação e

motivação.

colegiadas.

Respeito nas

relações

escolares

- Desrespeito entre

alunos, entre

alunos/professores/ag

en-tes.

- Desconhecimento

sobre a falta de

respeito sobre os

Direitos Humanos

- Palestras e

diálogos com toda a

comunidade escolar.

- Através de vídeo-

palestra

Humanos,

didáticos,

pedagógicos

e

tecnológicos.

Ano Letivo Comunidade

Escolar e instâncias

colegiadas.

Melhorar a

convivência

social e escolar.

- Convivência

saudável e

respeitosa.

Comunidade

Escolar e

instâncias

colegiadas.

Combate a

discriminação

- Desrespeito com os

Direitos Humanos:

diversidade sexual,

racial, social e

bullying.

- Diálogos e

palestras debates e

vídeos informativos.

Humanos,

didáticos,

pedagógicos

e

tecnológicos.

Ano Letivo Comunidade

Escolar e instâncias

colegiadas.

Respeitar o ser

humano com

toda a sua

diversidade.

Que todos

respeitem seus

direitos e

deveres.

- Diminuir o

bullying em

relação às

diversidades.

Comunidade

Escolar e

instâncias

colegiadas.

Disciplina

- Indisciplina

- Falta de limite

Diálogos, palestras e

orientação com as

Humanos,

didáticos,

Ano Letivo Comunidade

Escolar e instâncias

- Resgatar

valores

Melhorar a

disciplina do

Comunidade

Escolar e

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88

- Descumprimento

das normas da

instituição.

instâncias

colegiadas e toda a

comunidade escolar.

pedagógicos

e

tecnológicos.

colegiadas. - Respeitar as

regras da

Instituição

- Melhorar o

processo de

ensino-

aprendizagem.

aluno para que

a aprendizagem

seja efetiva.

instâncias

colegiadas.

Respeito aos

direito das

crianças e dos

adolescentes

Desrespeito por parte

da família/sociedade

como um todo

muitas vezes por

desconhecimento das

leis.

- Conscientizar os

alunos dos seus

direitos e deveres.

- Trabalhar o ECA e

Direitos Humanos

nos PTDs

Humanos,

didáticos,

pedagógicos

e

tecnológicos.

Ano Letivo Comunidade

Escolar e instâncias

colegiadas.

- Que toda a

comunidade

escolar conheça

e respeite os

direitos e

deveres da

criança e do

adolescente.

Que todos se

sintam

respeitados nos

seus direitos e

deveres pela

comunidade

escolar.

Comunidade

Escolar e

instâncias

colegiadas.

Dignidade

Humana

- Desrespeito aos

profissionais da

educação e

educandos.

- Desrespeito da

sociedade e do

sistema para com os

profissionais da

educação

- Resgatar os

valores da sociedade

e dos profissionais

da educação.

Humanos

didáticos,

pedagógicos

e

tecnológicos.

Ano Letivo Comunidade

Escolar e instâncias

colegiadas.

- Valorização

por parte da

sociedade.

- Ser respeitado

e valorizado na

sua totalidade e

diversidade.

Comunidade

Escolar e

instâncias

colegiadas.

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6- DIMENSÃO: FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA ESCOLA (PROFESSORES E AGENTES EDUCACIONAIS I E II)

INDICADOR PROBLEMAS

E DESAFIOS

AÇÕES

(O QUE FAZER)

RECURSOS

(COM O

QUE

FAZER)

CRONOGRAMA

(QUANDO

FAZER)

ENVOLVIDOS

(PARTICIPANTES

DA AÇÃO)

METAS RESULTADOS

ESPERADOS

RESPONSÁVEL

Formação inicial

em uma área, e

atuação em

outra (disciplina

ministrada/atua

ção profissional

Não ter formação

específica.

Formação específica,

pesquisa e

comprometimento.

Humanos,

financeiros,

didáticos e

tecnológicos.

Ano letivo. Professores e

equipe pedagógica.

Melhorar o

ensino.

Melhorar a

aprendizagem.

Professor.

Relação teoria

prática na

formação inicial

exigida para o

cargo

Distância teoria x

prática

Iniciativa e

comprometimento do

profissional. Apoio

da equipe pedagógica

e direção aos

professores.

Humano Ano letivo Equipe pedagógica,

direção e

professores.

Melhorar a

prática

pedagógica e o

bem estar do

profissional.

Proporcionar a

formação

humana na sua

totalidade.

Equipe

pedagógica e

direção.

Semana

pedagógica

como momento

E Discussão sobre os

temas a serem

estudados.

Humano,

tecnológico e

teórico.

Ano Letivo Toda comunidade

escolar.

Melhorar a

prática

Pedagógica e

desenvolviment

Melhorar o

ambiente

escolar e

refletir sobre as

Equipe

pedagógica e

direção

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de reflexão

sobre os desafios

na escola

(professores e

Ag.Ed. I e II).

o do trabalho. atividades

desenvolvidas.

Hora Atividade

concentrada

Dificuldade para

reunir professores

das áreas afins,

pois os mesmos

são supridos em

várias escolas.

Troca de experiência

e replanejamento.

Humano Ano Letivo SEED, NRE

Professor, Equipe

pedagógica e

direção.

Utilizar melhor

o tempo para

aprimorar a

prática

pedagógica.

Aprimorament

o e

aperfeiçoament

o.

SEED, NRE

Professor, Equipe

pedagógica e

direção.

Formação do

professor PDE e

sua contribuição

para a escola

Acesso ao curso e

disponibilidade

de vagas.

Cobrar das

autoridades.

Humano Ano letivo Professor PDE,

alunos e equipe

pedagógica.

Auxiliar para a

melhoria da

qualidade de

ensino com

diversificação.

Melhorar a

educação

Professor PDE

Formação

Stricto Sensu e

seu reflexo para

a escola

(professores e

Distância entre

teoria e prática

Incentivo para que o

profissional busque

aperfeiçoamento.

Humano Ano Letivo Professores e

Funcionários

Melhorar

atendimento

para a

comunidade

escolar e

aperfeiçoar o

Melhorar

atendimento

para a

comunidade

escolar

Professores e

funcionário

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agentes

educacionais I e

II

desenvolviment

o da função.

Equipe

Multidisciplinar

na escola

Dificuldade de

compreensão, e

poucas vagas

para professores.

Envolver mais a

comunidade escolar.

Humano e

pedagógico.

Ano letivo Professores,

funcionários, Seed

e Nre.

Aprofundament

o do

conhecimento

do profissional.

Melhorar a

interação das

disciplinas e

dos envolvidos

no processo

SEED, NRE

Professor, Equipe

pedagógica e

direção.

Formação e

ação e a prática

profissional na

escola

(professores e

agentes edu. I II

Falta de

atividades

diversificadas;

palestras, oficinas

mais específicas

para a prática

educacional.

Formação específica

solicitada pela

direção à SEED.

Humano Ano letivo Direção, Equipe

pedagógica e

professores.

Adquirir

conhecimento

para melhorar o

desenvolviment

o da função.

Adquirir

conhecimento

para melhorar o

desenvolviment

o da função.

Direção e equipe

pedagógica.

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4.2 Calendário Escolar

O Colégio Estadual Rui Barbosa desenvolverá os programas e projetos da Secretaria

Estadual da Educação com competência e responsabilidade, JOGOS COLEGIAIS, entre outros,

assim como, os projetos desenvolvidos pela Direção, APMF, Equipe Pedagógica, Professores,

Alunos, Pais e Comunidade como Atividades Culturais, destacando a participação da Comunidade

Escolar no Desfile Cívico realizado no Dia 16 de maio (Aniversário do Município de Nova

Laranjeiras) e a Festa Cultural que é realizada geralmente no mês de julho, prevista em Calendário

Escolar, com a participação de toda a comunidade escolar. Salientamos que as atividades extras

classes, tendo cunho pedagógico e de acordo com os Planos de Trabalho Docentes das disciplinas

poderão ser realizadas através de viagens sob a orientação do professor responsável e autorização

dos responsáveis pelos alunos.

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4.2.1 Calendário Escolar da Casa Familiar Rural

O calendário contempla os duzentos dias letivos anuais (divididos em tempo escola e tempo

comunidade, conforme consta no calendário abaixo), totalizando no 1º ano 1.066 horas, no 2º ano

1.066 + 66 de estágio supervisionado (totalizando 1.132 horas) e no 3º ano 1.066 + 67 de estágio

supervisionado (totalizando 1.133 horas) totalizando ao final do curso 3.333 horas exigidas pela Lei

de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

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4.3 Ações didatico-pedagógicas

As Atividades Complementares Curriculares em Contraturno (SAA) visa à melhoria da

qualidade do ensino por meio da ampliação de tempos e espaços e oportunidades educativas

realizadas na escola a fim de atender às necessidades socioeducacionais dos alunos conforme

instrução 05/2017 – SUED/SEED.

A Sala de Apoio a Aprendizagem tem o objetivo de atender às dificuldades de

aprendizagem de crianças que frequentam os anos finais do Ensino Fundamental, para os alunos do

6º E 7º Ano. Esses alunos participam de aulas de Língua Portuguesa e Matemática no contra turno,

participando de atividades que visam à superação das dificuldades referentes aos conteúdos dessas

disciplinas. A Secretaria de Estado da Educação promove ações e eventos de formação continuada

para professores, diretores e equipe pedagógica, buscando esclarecer os objetivos das Salas de

Apoio e promovendo discussões sobre metodologias. Além disso, o Programa é permanentemente

avaliado pela Secretaria, procurando sempre seu melhor funcionamento e eficiência conforme

Instrução 05/17.

O Colégio oferece o Programa AETE (Programa Aulas Especializadas de Treinamento

Esportivo – curso - 3009) conforme Instrução Normativa nº. 03/2017 na disciplina de educação

física na modalidade de Futsal, no período da tarde. Que o aluno possa conhecer a origem dos

esportes, as regras técnicas, táticas e práticas esportivas, que possam ser vivenciadas no tempo e

espaço de lazer.

Através deste projeto, espera-se que os alunos se envolvam com as aulas, para que possam

participar dos jogos colegiais e evitar a evasão escolar. Congregar os alunos da escola de várias

séries, proporcionando o estímulo recíproco, contribuindo para situar a escola como centro cultural

dos esportes. Desenvolver habilidades especificas do esporte, promovendo o desporto educacional

através de jogos que envolvam a modalidade; despertando no aluno o gosto pela prática dos

esportes com fins educativos e formativos. Busca-se melhorar o rendimento escolar, possibilitando

a formação de equipe competitiva para jogos escolares e a cima de tudo melhorar a vivência com a

comunidade através das aprendizagens na AETE.

4.4 Ações referentes à Flexibilização Curricular

Conforme a Orientação 01/2014 – NRE/DEEIN (Laranjeiras do Sul), enfatiza que para a

efetivação das práticas inclusivas são necessárias ações de todo o coletivo escolar, devendo estas

serem registradas em documentos próprios. A função das adaptações/flexibilizações curriculares é

contemplar o aluno com acesso ao conhecimento diante de suas dificuldades e que para sua

efetivação são necessárias modificações significativas na prática pedagógica do professor.

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Quanto ao programa SAREH (Serviço de Atendimento à Rede de escolarização Hospitalar)

Resolução Nº. 2527/2007, os alunos são atendidos no hospital em que se encontram para

tratamento, sendo dada a continuidade pelo estabelecimento de ensino após sua volta, é um trabalho

de equipe onde os profissionais da escola e do SAREH devem estar em constante conversação. No

momento não dispomos de nenhum aluno em tratamento. O Colégio contempla a lei Nº. 6202/75

que beneficia as alunas gestantes (exercícios domiciliares).

4.4.1 Flexibilização Curricular na Educação Especial

O atendimento aos alunos inclusos no ensino regular se dá de forma organizada e

comprometida, pois os mesmos participam da Sala de Recursos Multifuncional Tipo I, obtendo

atendimento individualizado e de qualidade, auxiliando-os no dia a dia do processo de ensino-

aprendizagem e preparando-os para uma autonomia significativa.

4.5 Matriz Curricular

O Colégio Estadual Rui Barbosa oferta os Anos Finais do Ensino Fundamental, 6º, 7º. 8º e

9º anos. E o Ensino Médio, 1ª, 2ª e 3ª séries. Os períodos de oferta são: matutino, vespertino e

noturno. Oferta também o Curso Técnico em Agropecuária Integrado ao Ensino Médio. Em anexo

seguem as matrizes curriculares.

MATRIZ CURRICULAR – ENSINO FUNDAMENTAL – 2017 – MANHÃ

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MATRIZ CURRICULAR – ENSINO FUNDAMENTAL - 2017 (TARDE).

MATRIZ CURRICULAR – ENSINO MÉDIO – MANHÃ (2017).

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MATRIZ CURRICULAR – ENSINO MÉDIO – TARDE (2017)

MATRIZCURRICULAR – ENSINO MÉDIO – NOITE (2017).

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MATRIZ CURRICULAR – TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA – 2017.

Matriz Curricular

Estabelecimento: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL,

MÉDIO E PROFISSIONAL

Município: NOVA LARANJEIRAS

Curso: TEC EM AGROPECUARIA-CFR INT ET (604)

Forma: INTEGRADA Implantação simultânea partir do ano de

2010

Turno: INTEGRAL Carga horária: 3840 horas/aula – 3200 horas

mais 133 horas de Estágio Supervisionado

DISCIPLINAS

Organização: SERIADA

SÉRIE Hora/ aula Hora

1ª 2ª 3ª

1 ADMINISTRAÇÃO E EXTENSÃO RURAL 2 2 - 160 133,33

2 AGROINDÚSTRIA - - 2 80 66,67

3 ARTE 2 - - 80 66,67

4 BIOLOGIA - 2 3 200 166,67

5 EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2 240 200,00

6 FILOSOFIA 2 2 2 240 200,00

7 FÍSICA - 2 2 160 133,33

8 FUNDAMENTOS DE AGROECOLOGIA 3 - - 120 100,00

9 GEOGRAFIA 2 2 - 160 133,33

10 HISTÓRIA - 2 2 160 133,33

11 HORTICULTURA 2 2 2 240 200,00

12 INFRAESTRUTURA RURAL - - 3 120 100,00

13 LEM: INGLÊS 2 - - 80 66,67

14 LINGUA PORTUGUESA E LITERATURA 2 3 3 320 266,67

15 MATEMÁTICA 3 3 3 360 300,00

16 PRODUÇÃO ANIMAL 2 2 2 240 200,00

17 PRODUÇÃO VEGETAL 2 2 2 240 200,00

18 QUÍMICA 2 2 - 160 133,33

19 SOCIOLOGIA 2 2 2 240 200,00

20 SOLOS 2 2 2 240 200,00

TOTAL 32 32 32 3840 3200

ESTAGIO SUPERVISIONADO - 66h 67h - 133

Obs.: Em cumprimento a Lei Federal nº 11.161 de 2005 e a Instrução 004/10 SUED/SEED, o ensino

da língua espanhola será ofertado pelo Centro de Ensino de Língua Estrangeira Moderna – CELEM

no próprio estabelecimento de ensino, sendo a matrícula facultativa ao aluno.

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4.6 Proposta Pedagógica Curricular – conceito

A Proposta Pedagógica Curricular é a expressão de uma determinada concepção de

educação e de sociedade, pensada filosófica, histórica e culturalmente no Projeto Político

Pedagógico. Ela é construída pelos professores das disciplinas e mediada pela equipe pedagógica,

os quais lançam mão dos fundamentos curriculares historicamente produzidos para proceder a esta

seleção de conteúdos e métodos com sua respectiva intencionalidade.

Constitui-se em um documento que fundamenta e sistematiza a organização do

conhecimento no currículo. Expressa os fundamentos conceituais, metodológicos e avaliativos de

cada disciplina/componente curricular/áreasdo conhecimentoi, elencados na Matriz Curricular,

assim como os conteúdos de ensino dispostos de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais,

Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica para a Rede Estadual de Ensino e demais

leis vigentes.

4.7 Legislações Articuladas ao Currículo

De acordo com a instrução 09/11 SUED/SEED que decorre do diagnóstico e das

concepções definidas pelo coletivo escolar os conteúdos assim como:

História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena - Lei Federal 10.639/03 e Lei

Federal 11.645/08 e Deliberação 04/06.

História do Paraná – Lei nº 13.381/01

Política Nacional de Educação Ambiental - Lei nº 9.795/99

Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental - Resolução nº. 2/15 do CNE

Política Estadual de Educação Ambiental - Lei nº. 17.505/13

Deliberação n.04/13 do CEE/PR Normas Estaduais para a Educação Ambiental

Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas - Lei nº 11.343/06

Educação Sexual e Prevenção à AIDS e DST - Lei nº 11.733/97 e 11.734/97

Estatuto do Idoso – Lei nº 10.741/2003; Educação para o Trânsito – Lei nº 9.503/97

Enfrentamento à Violência contra Crianças e Adolescentes –Lei nº 11.525/2007

Programa de Combate ao Bullying - Lei 17.335/2012

Educação Tributária – Decreto nº 1.143/99 e Portaria nº 413/2002

Educação em Direitos Humanos – Lei Federal nº 7.037/2009

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Musicalização – Lei nº 11.769/08

Brigada Escolar – Lei Estadual nº 18.424/2015

Educação para o consumo, educação fiscal, trabalho, ciência e tecnologia e diversidade

cultural – Resolução nº 07/2010-CNE/CEB

Exibição de filmes de produção nacional - Lei Federal Nº 13.006/2014

Semana Estadual Maria da Penha nas Escolas – Lei Estadual 18.447/2015

Todos estes temas serão trabalhados pelos nossos docentes em seus conteúdos

programáticos de maneira diversificada e dinâmica oportunizando um conhecimento mais amplo e

consistente, priorizando a metodologia de trabalho.

4.8 Proposta Pedagógica Curricular

A Proposta Pedagógica Curricular das disciplinas terá como estrutura: a) Apresentação,

Justificativa e Objetivos da Disciplina; b) Conteúdos; c) Encaminhamento Metodológico; d)

Avaliação; e) Referências.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

ARTE

APRESENTAÇÃO

A Arte está presente desde os primórdios da humanidade, e o primeiro registro da escrita

do ser humano. Sendo uma atividade fundamental do ser humano. Ela é uma forma de trabalho

criador. É um processo de humanização e o ser humano como criador, transforma a natureza através

do trabalho, produzindo novas maneiras de ver e sentir e que são diferentes em cada momento

histórico e em cada cultura.

Conforme as DCEs de Arte, durante o período colonial, nas vilas e reduções jesuíticas, a

congregação católica denominada Companhia de Jesus desenvolveu, para grupos de origem

portuguesa, indígena e africana, uma educação de tradição religiosa cujos registros revelam o uso

pedagógico da arte. Nessas reduções, o trabalho de catequização dos indígenas se dava com os

ensinamentos de artes e ofícios, por meio da retórica, literatura, música, teatro, dança pintura,

escultura e artes manuais. Ensinava-se a arte ibérica da Idade Média e renascentista, mas

valorizavam-se, também, as manifestações artísticas locais (BUDASZ, in NETO, 2004, p. 15).

(DCEs de Arte/ 2008,p.38).

Na primeira metade do século XX, as disciplinas Desenho, Trabalhos Manuais, Música e

Canto Orfeônico faziam parte dos programas das escolas primárias e secundárias, concentrando o

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conhecimento na transmissão de padrões e modelos das culturas predominantes. Na escola

tradicional, valorizavam-se principalmente as habilidades manuais, os “dons artísticos”, os hábitos

de organização e precisão, mostrando ao mesmo tempo uma visão utilitarista e imediatista da arte.

Os professores trabalhavam com exercícios e modelos convencionais selecionados por eles em

manuais e livros didáticos. O ensino de Arte era voltado essencialmente para o domínio técnico,

mais centrado na figura do professor; competia a ele “transmitir” aos alunos os códigos, conceitos e

categorias, ligados a padrões estéticos que variavam de linguagem para linguagem, mas que tinham

em comum, sempre, a reprodução de modelos.

Por sua vez, a dimensão artística é fruto de uma relação específica do ser humano e o

conhecimento.

As diferentes formas de pensar a Arte e o seu ensino são constituídas nas relações

socioculturais, econômicas e políticas do momento histórico em que se desenvolveram. Nesse

sentido, as diversas teorias sobre a arte estabelecem referências sobre sua função social, tais como:

da arte poder servir à ética, à política, à religião, à ideologia; ser utilitária ou mágica; transformar-se

em mercadoria ou simplesmente proporcionar prazer. (DCEs 2008, p. 46).

O enfoque dado ao ensino de Arte na Educação Básica funda-se nos nexos históricos entre

arte e sociedade. Nesse sentido, são abordadas as concepções arte como ideologia, arte como forma

de conhecimento e arte como trabalho criador, tendo como referência o fato de serem as três

principais concepções de arte no campo das teorias críticas, as quais têm no trabalho sua categoria

fundante.

Assim, torna-se importante explicitar como o ser humano transformou o mundo

construindo simultaneamente a história, a sociedade e a si próprio através do processo do trabalho

que constituiu o universo simbólico composto pela linguagem, pela filosofia, pelas ciências e pela

arte. Tudo isso, no conjunto, compõe algo que é exclusivamente humano: o mundo da cultura.

(DCEs 2008. P.54).

Algumas formas de conceituar arte foram incorporadas pelo senso comum em prejuízo do

conhecimento de suas raízes históricas e do tipo de sociedade (democrática ou autoritária, por

exemplo) e de ser humano (essencialmente criador, autônomo ou submisso, simples repetidor ou

esclarecido) que pretendem formar, ou seja, a que concepção de educação vinculam-se. São elas:

• Arte como mimeses e representação;

• Arte como expressão;

• Arte como técnica (formalismo). (DCEs 2008, p. 47).

Na década de 60, movimentos artísticos e produções se intensificam, as Bienais, os

movimentos contrários a elas, os festivais de musicas, nos teatros, no cinema. Esses movimentos

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tiveram forte caráter ideológico, e gradativamente deixaram de acontecer com o regime militar.

Com o ato institucional nº. 5 (AL5) 1960, artistas, professores, políticos e intelectuais foram

perseguidos, e exilados.

Em 1971, foi promulgada a lei federal nº. 5692/71, cujo artigo 7º determinava a

obrigatoriedade do ensino da arte nos currículos do ensino fundamental, e médio, no Brasil.

No entanto fundamentado para o desenvolvimento de habilidades e técnicas, minimizando

o conteúdo, o trabalho criativo, e o sentido estético da arte.

Em 1999, foram tomados como base, os PCN, fundamentados por Ana Mãe Barbosa. Na

década de 90, as empresas passaram a ver a arte como meio e principio nos seus cursos, as

capacitações. Nestes eventos era constante as atividades artísticas, desprovidas de conteúdos, sendo

aplicadas na maioria das vezes como momentos terapêuticos, descontração e alienação, distantes da

realidade escolar.

Em 2003, inicio-se no Paraná, um processo de discussão com os professores, NREs, e IES,

pautado na retomada de uma pratica reflexiva, para a construção coletiva das DCE, tornando o

professor, um sujeito epistêmico que pesquisa sua disciplina, reflete sua pratica,e registra sua

práxis.Valorizando assim o ensino da Arte, um exemplo e a instrução ,nº015/2006, que estabelece o

mínimo de 2 aulas, e o Maximo de 4 aulas semanais, para todas as disciplinas, aumentando assim o

numero de aulas de arte, os concursos públicos, cursos, formações,os envios de materiais, livros,

Tv, computadores.

Avanços foram conquistados, mas ainda e necessário, reflexões e ações que permitam a

compreensão da arte no campo do conhecimento, para que não seja um meio de destaque para dons

inatos, entretenimento ou terapia.ocupando assim o desenvolvimento do sujeito diante da sociedade.

ARTE COMO MÍMESIS E REPRESENTAÇÕES

As mais antigas interpretações da arte foram desenvolvidas na Grécia Antiga, a partir das

ideias do filósofo grego Platão, nascido em Atenas (427 a 347 a.C.) e têm por definição que arte é

mimeses (imitação).

Considerado um dos principais pensadores gregos, Platão, com seu idealismo, marcou

profundamente a filosofia ocidental. Seu pensamento baseava-se na diferenciação entre o mundo

inteligível – o mundo das ideias, da inteligência – e o mundo das coisas sensíveis, o mundo dos

seres vivos e da matéria.

Platão afirmava que o mundo das ideias era o único mundo verdadeiro; o mundo sensível

era apenas sombra ou cópia daquele. Segundo essa forma de pensar, “a mímesis da arte é uma

ficção tão consumada que dá a impressão (‘falsa’, adverte a moral platônica) de realidade” (BOSI,

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1991, p. 29). (DCEs 2008, p.47).

A arte e um reprodução intencional de um objeto de natureza sensorial ou intelectual, que

resulta numa apreensão da forma mediante a fixação de modelos, segundo a concepção de

Aristóteles.

Tais concepções permaneceram validas ate o século XIX, O valor esta nas referencias, na

mensagem que traz, concepção que prima pelo conteúdo, tradição, normas, e tudo deve ser da

mesma forma.

Estes conceitos e processos delegam a Arte a função de reprodução fiel da

realidade,limitando o aluno a técnica de copiar,reproduzir, o que limita a sua capacidade de criação,

comunicação de novas percepções e visões de mundo.

Tal concepção auxilia na formação de indivíduos submissos ao sistema, e a modelos já

existentes.

Cabe a educação tão somente promover o ajustamento do sujeito, que deve achar o seu

lugar na sociedade e resignar-se. Nega-se, então, a possibilidade de conhecera realidade para somar

na sua construção, de modo a supera-la e transforma-la.

ARTE COMO EXPRESSÃO

Com os filósofos e artistas românticos do final do século XVIII, a concepção de arte

mudou de perspectiva e se contrapôs ao modelo fundamentado na representação fiel ou idealizada

da natureza. Passou, então, a ser considerada obra de arte toda expressão concretizada em formas

visível/audível/dramática ou em movimentos de sentimentos e emoções.

Tal movimento fica centrado no individuo, que aprofunda o olhar subjetivo a sobre a

realidade.

Esta ideia de Arte como expressão consolidou-se no ensino da Escola nova, centrada no

aluno, priorizando atividades praticas, para assegurar o desenvolvimento da imaginação, a

criatividade e autonomia do aluno.

Tudo está centrado no individuo, como se pudesse ser anistórico, como se fosse possível,

existir isoladamente em seu contexto histórico. (DCEs 2008, p. 51).

ARTE COMO TÉCNICA (FORMALISMO)

Outra concepção de arte a ser analisada é o formalismo que se vinculou à pedagogia

tecnicista dos anos de 1970 e ainda está presente na prática escolar. O formalismo na arte

supervaloriza a técnica e o fazer do aluno e tem origem num movimento artístico do início do

século XX, em que o “aspecto essencial” da obra de arte era o “produtivo, realizativo (sic),

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executivo” (PAREYSON, 1989, p. 31). O artístico era evidenciado e supervalorizado como forma

significante, o que resultou no formalismo ou na ideia da forma pela forma. No formalismo

considera-se a obra de arte pelas propriedades formais de sua composição. As ideias expressas na

obra são consideradas puramente artísticas; o artista não se detém, nem dá importância ao tema. O

fundamental é como se apresenta, se estrutura e se organiza e não o que a obra representa ou

expressa. (DCEs 2008, p. 51).

Hoje a disciplina de Arte no Ensino Fundamental e Médio contempla as linguagens das

artes visuais, da dança, da música e do teatro, visando o desenvolvimento integral do educando. Sob

essa nova visão a Arte é apresentada como área de conhecimento que requer espaço e Constancia

como todas as áreas do currículo escolar. Os conteúdos estruturantes selecionados por essa

disciplina vêm constituir a base para a prática pedagógica.

O educando estabelece relações entre seus trabalhos artísticos individuais e grupais.

Aprender arte desenvolve a atividade artística e estética, aprecia mento da Arte, bem como, a

capacidade de situar a produção social da arte nas diversas épocas culturais.

ARTE NA EDUCAÇÃO BÁSICA

O ensino de arte deve basear-se num processo de reflexão sobre a finalidade da educação,

os objetivos específicos dessa disciplina e a coerência entre tais objetivos os conteúdos

programados (os aspectos teóricos) e a metodologia proposta. Pretende-se que os alunos adquiram

conhecimentos sobre a diversidade de pensamento e de criação artística para expandir sua

capacidade de criação e desenvolver o pensamento critico. (DCEs 2008, p.52).

O conhecimento estético está relacionado à apreensão do objeto artístico como criação de

cunho sensível e cognitivo.

O conhecimento da produção artística está relacionado aos processos do fazer e da criação,

toma em consideração o artista no processo da criação das obras desde de suas raízes históricas e

sociais, as condições concretas que subsidiam a produção, o saber cientifico e nível técnico

alcançado na experiência com materiais; bem como modo de disponibilizar a obra ao público,

incluindo as características desse publico e as formas de contato com ele,próprias da época da

criação e divulgação das obras, nas diversas áreas como artes visuais, dança, música e teatro. (DCEs

2008, p.53).

Orientada por estes campos conceituais, a construção do conhecimento em arte se efetiva

na relação entre o estético e o artístico, materializada nas representações artísticas.

Nas aulas de arte, os conteúdos devem ser selecionados a partir de uma analise histórica, abordados

por meio do conhecimento estético e da produção artística de maneira critica, o que permitira ao

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aluno uma percepção da arte em suas múltiplas dimensões cognitivas e possibilitara a construção de

uma sociedade sem desigualdades e injustiças. Para que o processo se efetive e necessário que o

professor trabalhe a partir de sua área de formação.

ARTE COMO FONTE DE HUMANIZAÇÃO

A arte é fonte de humanização e por meio dela o ser humano se torna consciente de sua

existência individual e social; percebe-se e se interroga é levado a interpretar o mundo e a si

mesmo. A arte ensina a desaprender os princípios das obviedades atribuídas aos objetos e ás coisas,

é desafiadora, expõe contradições emoções e os sentidos, a visão do mundo, aguçar o espírito

crítico, para que o aluno possa situar-se como sujeito de sua realidade histórica. Possibilitando

assim um novo olhar, um ouvir mais critico, um interpretar da realidade alem das aparências, com a

criação de uma nova realidade, bem como a ampliação das possibilidades de fruição. (DCEs 2008,

p.56).

ARTE COMO FORMA DE CONHECIMENTO

Como conhecimento a arte pode revelar aspectos do real, não em sua objetividade - o que

constitui tarefa especifica da ciência, mas em sua relação com a individualidade humana. Assim, a

existência humana é o objeto especifico da arte, inda que nem sempre o homem seja o objeto da

representação artística. A arte como forma sensível, apresenta não uma imitação da realidade, mas

uma visão do mundo socialmente construída através da maneira especifica com que a percepção do

artista a apreende. (DCEs 2008, p.57).

ARTE COMO IDEOLOGIA

Os sujeitos trabalham e compõem uma organização social, ou seja, “participam em uma

atividade econômica e política, participam também em atividades religiosas, morais e estéticas

filosóficas”. Assim “a ideologia encontra-se a tal ponto presente em todas as atividades humanas

que não é discernível da experiência vivida”. Dessa forma, a ideologia abrange não simplesmente

elementos dispersos de conhecimentos, noções e etc.., mais também o processo de simbolização, a

transposição mítica, o gosto, o estilo, a moda em suma o modo de vida em geral (POULANTZAS,

1986, p. 200-201).

Ideologia como um elemento de coesão social, de relação de pertencimento a um grupo, a

uma classe ou uma sociedade, função que tanto pode garantir a manutenção dos modelos vigentes,

quanto possibilitar ações e reações no sentido de transformá-los.

Ideologia como portadora e difusora do pensamento hegemônico, como elemento de

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imposição de interesses de uma classe social sobre outra, formas de ser e pensar que dissimulam a

realidade, que visam manter e legitimar a dominação. (DCEs 2008, p.58).

ARTE COMO TRABALHO CRIADOR

Para compreender a arte como trabalho criador ou criação artística parte-se do fato do

trabalho configurar toda ação histórica e socialmente desenvolvida pelo homem sobre a natureza

(ou sobre o mundo humanizado). Assim, o ser humano vem produzindo sua existência e se

constituindo como ser histórico e social. No trabalho artístico os elementos individuais ou sociais de

conteúdo e de forma não estão dissociados. O conteúdo é sempre conteúdo de uma forma: não é

exclusivamente determinado pelo que está composto na obra, mas como está composto, isto é, o

modo pelo qual o artista, consciente ou inconscientemente expressa o conteúdo, as tendências

sociais do seu tempo (FISCHER, 2002). (DCEs 2008, p.60).

OBJETIVO GERAL

Que no transcorrer do Ensino Fundamental e Médio, o aluno poderá desenvolver sua

competência estética e artística nas diversas modalidades da área de Artes Visuais, Dança, Música e

Teatro, na produção de trabalhos pessoais e grupais, para que possa, progressivamente apreciar,

desfrutar, valorizar e julgar os bens artísticos de distintos povos e culturas produzidas ao longo da

história e na contemporaneidade.

As linguagens artísticas possibilitarão a educação estética, que dará ao aluno as condições

de traduzir a leitura da realidade, espera-se que os alunos tenham adquirido competências de

sensibilidade e de cognição nas diversas linguagens artísticas, diante de sua produção e no contato

com o patrimônio cultural artístico.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

6º ANO

ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

Altura

Duração

Ritmo

Melodia

Greco-Romana

Oriental

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Timbre

Intensidade

Densidade

Escalas:diatônica, pentatônica,

cromática e Improvisação

Ocidental

Africana

ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

Ponto

Linha

Textura

Forma

Superfície

Volume

Cor

Luz

Bidimensional

Figurativa

Geométrica, simetria

Técnicas: Pintura, escultura,

arquitetura...

Gêneros: cenas da mitologia...

Arte-Greco-Romana

Arte Africana

Arte Oriental

Arte Pré-Histórica

ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

Personagem: expressões

corporais, vocais, gestuais e

faciais

Ação

Espaço

Enredo, roteiro, Espaço Cênico,

adereços

Técnicas: jogos teatrais, teatro

indireto e direto, improvisação,

manipulação, máscara...

Gênero:Tragédia, Comédia e

Circo.

Greco-Romana

Teatro Oriental

Teatro Medieval

Renascimento

ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

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ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

Kinesfera

Eixo

Ponto de Apoio

Movimentos articulares

Fluxo (livre e interrompido)

Rápido e lento

Formação

Níveis (alto, médio e baixo)

Deslocamento(diretoeindireto)

Dimensões(pequenoe grande)

Técnica: Improvisação

Gênero: Circular

Pré-história

Greco-Romana

Renascimento

Dança Clássica

7º ANO

ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Escalas

Gêneros:folclórico, indígena,

popular e étnico

Técnicas: vocal, instrumental e

mista, Improvisação

Música popular e étnica (ocidental

e oriental)

ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

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CONTEÚDOS BÁSICOS

Ponto

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

Proporção

Tridimensional

Figura e fundo

Abstrata

Perspectiva

Técnicas: Pintura, escultura,

modelagem, gravura

Gêneros: Paisagem, retrato,

natureza morta...

Arte Indígena

Arte Popular

Brasileira e Paranaense

Renascimento

Barroco

ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

Personagem: expressões

corporais, vocais, gestuais e

faciais

Ação

Espaço

Representação, Leitura

dramática, cenografia.

Técnicas: jogos teatrais, mímica,

improvisação, formas

animadas...

Gêneros: Rua e arena,

Caracterização.

Comédia dell' arte

Teatro Popular

Brasileiro e Paranaense

Teatro Africano

ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

Ponto de Apoio

Rotação

Coreografia

Salto e queda

Dança Popular

Brasileira

Paranaense

Africana

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Peso (leve e pesado)

Fluxo(livre, interrompido e

conduzido)

Lento, rápido e moderado

Níveis (alto, médio e baixo)

Formação

Direção

Gênero: Folclórica, popular e

étnica.

Indígena

8º ANO

ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Harmonia

Tonal, modal e a fusão de ambos

Técnicas: vocal, instrumental e

mista.

Indústria Cultural

Eletrônica

Minimista

Rap, Rock, Tecno

ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

Linha

Formal

Textura

Superfície

Volume

Cor

Semelhanças

Contrastes

Ritmo Visual

Estilização

Deformação

Técnicas:desenho, fotografia,

Indústria Cultural

Arte no Séc. XX

Arte Contemporânea

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Luz audio-visual e mista...

ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

Personagem: expressões

corporais, vocais, gestuais e

faciais

Ação

Espaço

Representação no Cinema e

Mídias

Texto dramático

Maquiagem

Sonoplastia

Roteiro

Técnicas: jogos teatrais, sombra,

adaptação cênica...

Indústria Cultural

Realismo

Expressionismo

Cinema Novo

ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

Giro

Rolamento

Saltos

Aceleração e desaceleração

Direções (frente, atrás, direita e

esquerda)

Improvisação

Coreografia

Sonoplastia

Gênero: Indústria Cultura e

espetáculo.

Hip Hop

Musicais

Expressionismo

Indústria Cultural

Dança Moderna

9º ANO

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ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Harmonia

Técnicas: vocal, instrumental e

mista

Gêneros: popular, folclórico e

étnico.

Música Engajada

Música Popular Brasileira

Música Contemporânea

ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

Linha

Formal

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

Bidimensional

Tridimensional

Figura-fundo

Ritmo Visual

Técnica: Pintura, grafitte,

performance

Gêneros: Paisagem urbana, cenas

do cotidiano...

Realismo

Vanguardas

Muralismo e Arte Latino-

Americana

Hip Hop

ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

Personagem: expressões

corporais, vocais, gestuais e

Técnicas: Monólogo, jogos

teatrais, direção, ensaio, Teatro-

Teatro Engajado

Teatro Oprimido

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faciais

Ação

Espaço

Fórum...

Dramaturgia

Cenografia

Sonoplastia

Iluminação

Figurino

Teatro Pobre

Teatro Absurdo

Vanguardas

ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

Kinesfera

Ponto de Apoio

Peso

Fluxo

Quedas

Saltos

Giros

Rolamentos

Extensão (perto e longe)

Coreografia

Deslocamento

Coreografia

Deslocamento

Gênero:Perfomance moderna

Vanguardas

Dança Moderna

Dança Contemporânea

ENSINO MEDIO. AREA DA MUSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

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Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Harmonia

Escalas Modal, Tonal e fusão de

ambos.

Gêneros: erudito, clássico,

popular, étnico, folclórico, Pop

...

Técnicas: vocal, instrumental,

eletrônica, informática e mista

Improvisação

Música Popular Brasileira

Paranaense

Popular

Indústria

Cultural

Engajada

Vanguarda

Ocidental

Oriental

Africana

Latino-Americana

ENSINO MEDIO. AREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

Ponto

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor Luz

Bidimensional

Tridimensional

Figura e fundo

Figurativo

Abstrato

Perspectiva

Semelhanças

Contrastes

Ritmo

Visual

Simetria

Deformação

Estilização Técnica: Pintura,

desenho,

modelagem,

instalação

performance,fotografia, gravurae

Arte Ocidental Arte Oriental Arte

Africana Arte Brasileira Arte

Paranaense Arte Popular Arte de

Vanguarda Indústria Cultural Arte

Contemporânea Arte

LatinoAmericana

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esculturas, arquitetura, história

em quadrinhos...

Gêneros: paisagem, natureza-

morta,

Cenas do Cotidiano, Histórica,

Religiosa, da Mitologia...

ENSINO MEDIO. AREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

Personagem: expressões

corporais,vocais, gestuais e

faciais

Ação Espaço

Técnicas: jogos teatrais, teatro

direto e indireto, mímica, ensaio,

Teatro-Fórum

Roteiro Encenação e leitura

dramática Gêneros: Tragédia,

Comédia, Drama e Épico

Dramaturgia

Representação nas mídias

Caracterização

Cenografia,

sonoplastia, figurino e

iluminação

Direção Produção

Teatro GrecoRomano Teatro

Medieval

Teatro Brasileiro

Teatro Paranaense

Teatro Popular Indústria Cultural

Teatro Engajado Teatro Dialético

Teatro Essencial

Teatro do Oprimido

Teatro Pobre

Teatro de Vanguarda Teatro

Renascentista Teatro

LatinoAmericano Teatro Realista

Teatro Simbolista

ENSINO MEDIO. AREA DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

Movimento

Corporal

Tempo Espaço

Kinesfera

Fluxo

Peso

Pré-história Greco-Romana

Medieval Renascimento Dança

Clássica Dança Popular Brasileira

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Eixo

Salto e

Queda

Giro

Rolamento

Movimentos articulares Lento,

rápido e moderado Aceleração e

desaceleração Níveis

Deslocamento

Direções

Planos

Improvisação

Coreografia

Gêneros:

Espetáculo, industria cultural,

étnica, folclórica, populares e

salão

Paranaense Africana Indígena

Hip Hop

Indústria

Cultural

Dança

Moderna

Vanguardas

Dança Contemporânea

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Os alunos precisam adquirir e desenvolver saberes que levem a conhecer, compreender e

envolver-se com a arte. Portanto educar esteticamente é ensinar a ver, ouvir criticamente, interpretar

a realidade a fim de ampliar as possibilidades de fruição e expressão artística. É necessário que

dêem continuidade a conhecimentos práticos e teóricos aprendidos anteriormente. E para isso

tentaremos desenvolver três aspectos que se constituem como base para a ação pedagógica teorizar,

sentir e perceber o trabalho artístico sendo:

Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra artística, bem como,

desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos artísticos;

Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à obra de arte;

Trabalho Artístico: é a prática criativa, o exercício com os elementos que compõe uma obra de arte.

(DCEs 2008, p.69/70).

O trabalho em sala poderá iniciar por qualquer um desses momentos, ou pelos três

simultaneamente. Ao final das atividades, em uma ou várias aulas, espera-se que o aluno tenha

vivenciado cada um deles.

Nesse sentido, durante as aulas de Arte, bem como nas abordagens, dar-se-á ênfase aos

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temas contemporâneos:

Com este trabalho será privilegiada a participação do aluno por meio de pesquisa,

interesse, diálogo e produção, buscando sempre superar a aquisição mecânica do conhecimento

através do auxílio dos recursos audiovisuais como: TV Pendrive, vídeo, rádio, retroprojetor, DVD,

data show, etc.

A humanização dos objetos e dos sentidos, a familiarização cultural e o saber estético, bem

como o trabalho artístico.

Serão inseridas de maneira contextualizada os temas e leis a seguir.

- Lei nº 10.639/03 – História e Cultura Afro-Brasileira; - Lei nº 11.645/08 - História e cultura Afro-

Brasileira e Indígena; - Instrução 17/16 SUED/SEED – História e Cultura Afro-Brasileira e

Indígena: Por meio das danças de etnias indígenas e afro-brasileiras (danças circulares)

possibilitando o envolvimento com a cultura desses povos. Audição e análise dos ritmos e cantos

dos povos, explorando sua cultura musical: música brasileira – lundu, jongo, paraxaxá, tambor de

crioula, maracatu.

- Lei nº 11.769/08 – Obrigatoriedade do ensino de Música: Compreender os elementos do som,

identificando nas obras musicais cada sonoridade, bem como, analisando o período em que as

mesmas foram compostas e suas características: altura, duração, timbre, densidade e intensidade,

também a harmonização de sua composição seja rítmica, vocal, instrumental, com os artistas:

Yamandu Costa e Hermeto Pascoal e gêneros: popular, erudita, brasileira e folclórica.

- Lei nº 9.795/99 e decreto nº 4.281/02. Política Nacional de Educação Ambiental. Será abordada

através dos conteúdos: linha, forma, textura, superfície, volume, cor luz, bi e tridimensional,

figurativo e abstrato, deformação e instalação na arte contemporânea, experimentando diferentes

técnicas e materiais estabelecendo relações com a importância da preservação do meio ambiente e

questões relacionadas ao assunto. Também por meio do teatro popular, trabalhando representação,

caracterização, figurino jogos teatrais e roteiro com questões ambientais.

- Lei nº 11.525/07 – Enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente; e Lei 17.335/12 –

Programa de combate ao Bullying; terão ênfase nos jogos teatrais através da representação,

caracterização, figurino e roteiro, experimentando e oportunizando a discussão sobre o

enfrentamento à violência.

- Lei nº 13.381/01 – História do Paraná; encontra-se na arte brasileira abordada aos conteúdos

estruturantes das artes visuais com exploração de artistas paranaenses.

- Lei 16.454/10 – Gênero e Diversidade Sexual – trabalhados nos movimentos corporais, tempo e

espaço através dos gêneros da dança e elementos audiovisuais e arte contemporânea.

- Lei 13.006/2014, - Audiovisuais: história do cinema.Música: trilha sonora, sonoplastia; Artes

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visuais e teatro: cenário, figurino, luz, direção de fotografia. Dança: expressão corporal,

caracterização de personagem.Os filmes nacionais apreciados terão como enfoque os temas

socioeducacionais, e interdisciplinaridades.

Para isso nos fixaremos no ver, sentir, e fazer através de:

Aulas expositivas;

Leitura de obras produzidas;

Aulas teóricas e práticas;

Experimentação com técnicas e materiais diversos;

Exposição de trabalhos realizados pelos alunos;

Participação efetiva com materiais solicitados.

AVALIAÇÃO

A trajetória das funções da avaliação, ao longo da história, mostra que o processo

avaliativo não segue padrões rígidos, sendo determinado por dimensões pedagógicas, históricas,

sociais, econômicas e até mesmo políticas, diretamente relacionadas ao contexto em que se insere

(BATISTA, GURGEL, SOARES, 2006, p. 3).

A concepção de avaliação para a disciplina de Arte proposta nas Diretrizes Curriculares é

diagnóstica e processual. É diagnóstica por ser a referência do professor para planejar as aulas e

avaliar os alunos; é processual por pertencer a todos os momentos da prática pedagógica. A

avaliação processual deve incluir formas de avaliação da aprendizagem, do ensino

(desenvolvimento das aulas), bem como a autoavaliação dos alunos.

De acordo com a LDB (n. 9.394/96, art. 24, inciso V) a avaliação é “contínua e cumulativa

do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos

resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais”. Na Deliberação 07/99 do

Conselho Estadual de Educação (Capítulo I, art.8º), a avaliação almeja “o desenvolvimento

formativo e cultural do aluno” e deve “levar em consideração a capacidade individual, o

desempenho do aluno e sua participação nas atividades realizadas”.

É importante ter em vista que os alunos apresentam uma vivência e um capital cultural

próprio, constituído em outros espaços sociais além da escola, como a Família, grupos, associações,

religião e outros. Além disso, têm um percurso escolar diferenciado de conhecimentos artísticos

relativos à Música, às Artes Visuais, ao Teatro e à Dança.

A avaliação tem um sentido amplo e deve ser feita de formas diversas, com instrumentos

variados, sendo o mais comum, em nossa cultura, a prova escrita. Portanto, em lugar de exaltarmos

os malefícios da prova em favor de uma avaliação sem provas, procuramos seguir o princípio: “se

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tivermos que elaborar provas, que sejam bem feitas, atingindo seu real objetivo” (MORETO, 2008,

p. 87).

Avaliar é dinamizar oportunidades de reflexão e exige um acompanhamento permanente do

professor, propondo sempre ao aluno novas questões, novos desafios. Dessa maneira, a avaliação

deixa de ser um momento terminal do processo educativo como acontece hoje e passa a representar

a busca incessante pela compreensão das dificuldades do educando e a dinamização de novas

oportunidades de conhecimento (HOFFMANN, 2005, p.19).

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998), a avaliação informa ao professor o

que foi aprendido pelo aluno, fazendo-o refletir sobre a eficácia de sua prática educativa e

orientando-o para intervenções necessárias. Para o aluno, avaliação informa quais são seus avanços,

dificuldades e possibilidades.

Um dos primeiros aspectos que precisa ser garantido é a não exclusão, isto é, a avaliação

deve estar a serviço da aprendizagem de todos os alunos, de modo que permeie o conjunto das

ações pedagógicas e não seja um elemento externo a esse processo. É preciso questionar, a

avaliação prática será diferenciada e ocorrerá durante todo o processo, através de um novo olhar nas

aulas.

Destaca-se que a avaliação deve estar vinculada ao projeto político-pedagógico da escola,

de acordo com os objetivos e a metodologia adotada pelo corpo docente. Com efeito, os critérios

para a avaliação devem ser estabelecidos, considerando o comprometimento e envolvimento dos

alunos no processo pedagógico.

Conforme citação anterior, o fazer, criar, expressar e tão importante, e também precisa Ser

avaliado, partindo destas colocações, e necessário repensar a forma de avaliar, não somente a teoria,

a parte escrita, mas também a prática, já que as mesmas devem estar articuladas nas aulas de artes.

A avaliação deve ser cumulativa, permanente, somatória e contínua, baseadas no

comprometimento e envolvimento dos alunos, levando em consideração suas individualidades e

limitações pessoais. Na avaliação de Arte será destinado 50% da nota para provas teóricas e 50%

para avaliações práticas.

Na disciplina de Arte serão ofertados no mínimo, dois instrumentos avaliativos, entre eles:

provas descritivas e objetivas, trabalhos práticos, caderno, atividades práticas, debates e

apresentações de trabalhos (seminários).

As avaliações práticas serão avaliadas em forma de relatório individual, obedecendo aos

seguintes critérios:

Coerência com a proposta;

Criatividade;

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Originalidade;

Participação.

A fim de se obter uma avaliação efetiva individual e em grupo, teórica e prática, nos quatro

eixos do ensino da arte, teatro, dança, música e artes visuais, são necessários vários instrumentos:

Trabalhos artísticos, práticos individuais e em grupo;

Pesquisas bibliográficas e de campo;

Debates em forma de seminários e simpósios;

Registros em forma de relatórios, gráficos, portfólio, áudio-visual e outros.

Por meio desses instrumentos, o professor obterá o diagnóstico necessário para o

planejamento e o acompanhamento da aprendizagem durante o ano letivo, visando às seguintes

expectativas de aprendizagem:

A compreensão dos elementos que estruturam e organizam a arte e sua relação com a

sociedade contemporânea;

A produção de trabalhos de arte visando à atuação do sujeito em sua realidade singular e

social;

A apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte nas diversas culturas e

mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.

Por fim, precisamos ter clareza de que a avaliação não deve ser pensada à parte do

processo de ensino/aprendizado da escola. Deve, sim, avançar dialogando com as discussões sobre

as estratégias didático-metodológicas, compreendendo esse processo como algo contínuo,

permanente e cumulativo.

Aos alunos com necessidades educacionais especiais serão proporcionadas avaliações com

metodologias diferenciadas, atendendo-os de forma individual nos momentos avaliativos e em

consonância com as atividades aplicadas nas aulas da Sala de Recursos Multifuncional tipo I, ou

seja, as avaliações ou trabalhos teóricos ou práticos serão diferenciados e elaborados segundo a

necessidade de cada educando. Da mesma forma serão realizadas as retomadas de conteúdos e as

recuperações de estudos diferenciadas de acordo com as necessidades especiais de cada educando.

A recuperação de estudos deve acontecer a partir de uma lógica simples: os conteúdos

selecionados para o ensino são importantes para a formação do aluno, então, é preciso investir em

todas as estratégias e recursos possíveis para que ele aprenda. A recuperação é justamente isso: o

esforço de retomar, de voltar ao conteúdo, de modificar os encaminhamentos metodológicos, para

assegurar a possibilidade de aprendizagem. Nesse sentido, a recuperação da nota é simples

decorrência da recuperação de conteúdo. A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e

concomitante ao processo de ensino e aprendizagem.

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A retomada dos conteúdos será realizada após a verificação que os mesmos não foram

assimilados pelos alunos, durante as aulas teóricas e práticas.

Devemos avaliar nosso aluno individualmente como um todo, sem comparações entre

alunos, pois ele pensa, sente e age e não é possível desassociar corpo e mente; pois somente assim

podemos atingir o ápice do desenvolvimento do ensino aprendizagem.

O período avaliativo será trimestre, deverá ser obrigatoriamente, proporcionado ao (a)

estudante no mínimo 02 (dois) instrumentos de avaliação e no mínimo 02 (dois) instrumentos de

recuperação de estudos para o Ensino Fundamental, Médio e Profissional. O mínimo de dois

instrumentos de avaliações vale para as disciplinas que tem no máximo duas aulas semanais, sendo

eles uma avaliação escrita e um trabalho por trimestre. Sobre a recuperação, é vedado oportunizar

um único momento de recuperação de estudos ao longo do período de avaliação, trimestre,

considerando que o processo visa recuperar 100%(cem por cento), ou seja, a totalidade dos

conteúdos trabalhados. Assim a recuperação de conteúdos acontecerá de forma permanente e

concomitante ao processo ensino-aprendizagem, e a recuperação do rendimento escolar será

ofertada no mínimo dois instrumentos de recuperação de estudos.

Os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas durante o período

letivo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua

anotação no Livro Registro de Classe.

REFERÊNCIAS

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KOSIK, K. Dialética do Concreto. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de Arte para a

Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008.

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BRASIL. Leis, decretos, etc. Lei n. 5692/71: lei de diretrizes e bases da educação nacional, LDB.

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Brasília, 1996.

BRUGGER, W. Dicionário de filosofia. São Paulo: Parma, 1987.

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FISCHER, E. A necessidade da arte. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.

FORQUIN, J. C. Escola e cultura: as bases epistemológicas do conhecimento escolar. Porto

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MAGALDI, S. Iniciação ao Teatro. São Paulo: Editora Ática, 2004.

Projeto Político Pedagógico – Colégio Estadual Rui Barbosa - EFMP.

Regimento Escolar – Colégio Estadual Rui Barbosa – EFMP.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

CIÊNCIAS

APRESENTAÇÃO

Segundo a Diretriz Curricular Estadual de Ciências (DCE's), o objeto de estudo dessa

disciplina é o conhecimento cientifico que resulta da investigação da natureza, ou seja, tudo que faz

parte do universo. Porém cabe ao ser humano analisar e agir de forma racional interpretando os

fenômenos naturais e suas inter-relações.

No decorrer da história, alguns acontecimentos importantes nortearam o pensamento do

homem e, consequentemente, uma mudança na sua forma de entender o mundo e transmitir

conhecimento.

De acordo com Kneller (1980), citado nas DCE's (2008) “a historicidade da ciência está

ligada não somente ao conhecimento científico, mas também às técnicas pelas quais esse

conhecimento é produzido, as tradições de pesquisa que o produzem e as instituições que as

apoiam. Nesses termos, analisar o passado da ciência e daqueles que a construíram, significa

identificar as diferentes formas de pensar sobre a Natureza, interpretá-la e compreendê-la nos

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diversos momentos históricos.”

Pensadores importantes contribuíram com seus estudos durante séculos para que o

conhecimento científico se desenvolvesse, como Leonardo da Vinci Nicolau Copérnico, Galileu

Galilei, René Descartes, Isaac Newton, Lavoisier, e dos inovadores para a época, Charles Darwin e

Gregor Mendel.

Segundo Gaston Bachelard (1884-1962), citado nas DCE's (2008), existem três grandes

períodos do desenvolvimento do conhecimento científico: o estado pré-científico que representa

um período marcado pela construção racional e empírica do conhecimento científico; o estado

científico em que um único método científico é constituído para a compreensão da Natureza; e o

estado do novo espírito científico que configura-se como um período fortemente marcado pela

aceleração da produção científica e a necessidade de divulgação, em que a tecnologia influenciou e

sofreu influências dos avanços científicos.

O ensino de Ciências, no Brasil, foi influenciado pelas relações de poder que se

estabeleceram entre as instituições de produção científica, pelo papel reservado à educação na

socialização desse conhecimento e no conflito de interesses entre antigas e recentes profissões,

“frutos das novas relações de trabalho que se originaram nas sociedades contemporâneas, centradas

na informação e no consumo” (MARANDINO, 2005, p. 162), citado nas DCE's, 2008.

Os museus de história natural, juntamente com outras antigas instituições como as

universidades e os institutos de pesquisa, contribuíram para a consolidação e institucionalização das

ciências naturais no país ao longo do século XIX. (DCE's, 2008).

Na Primeira República (1889-1930), as poucas instituições escolares que existiam nas

cidades, frequentadas pelos filhos da elite, contratavam professores estrangeiros dedicados a ensinar

conhecimento científico em caráter formativo. Aos filhos da classe trabalhadora, principalmente

agricultores, era destinado um ensino em que os professores não tinham formação especializada,

trabalhavam em várias escolas e ensinavam conhecimento científico sob caráter informativo

(GHIRALDELLI JR., 1991).

Então, o mesmo conhecimento produzido pela pesquisa científica era organizado,

selecionado e socializado de formas diferenciadas. Porém, a organização curricular em disciplinas

tem sido prática hegemônica na história do currículo (MACEDO e LOPES, 2002).

O ensino de Ciências na escola não pode ser reduzido à integração de campos de referência

como a Biologia, a Física, a Química, a Geologia, a Astronomia, entre outras. A consolidação desta

disciplina vai além e aponta para “questões que ultrapassam os campos de saber científico e do

saber acadêmico, cruzando fins educacionais e fins sociais” (MACEDO e LOPES, 2002, p. 84), de

modo a possibilitar ao educando a compreensão dos conhecimentos científicos que resultam da

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investigação da Natureza, em um contexto histórico-social, tecnológico, cultural, ético e político.

(DCE's, 2008).

Segundo as DCE's 2008, a disciplina de Ciências iniciou sua consolidação no currículo das

escolas brasileiras com a Reforma Francisco Campos, em 1931, com objetivo de transmitir

conhecimentos científicos provenientes de diferentes ciências naturais de referência já consolidadas

no currículo escolar brasileiro.

Na disciplina de Ciências, então, transmitiam-se informações gerais por meio de

metodologia centrada na aula expositiva, não-dialogada, que exigia a memorização da biografia de

cientistas importantes e da divulgação dos conhecimentos provenientes de suas descobertas. Desse

modo, privilegiava-se a quantidade de informações científicas em prejuízo de uma abordagem de

base investigatória.

Na década de 1940, com a Reforma Capanema, o ensino objetivava a preparação de uma

“elite condutora” e para tal, “a legislação era clara: a escola deveria contribuir para a divisão de

classes e, desde cedo, separar pelas diferenças de chances de aquisição cultural, dirigentes e

dirigidos” (GHIRALDELLI JR., 1991, p. 86).

Em 1946 surgiu o IBECC (Instituto Brasileiro de Educação, Ciência e Cultura), cujo

objetivo era “promover a melhoria da formação científica dos estudantes que ingressariam no

ensino superior e, assim, contribuir de forma significativa ao desenvolvimento nacional” (BARRA e

LORENZ, 1986, p. 1971) e, desse modo, melhorar a qualidade do ensino.

Com o IBECC, a realidade do ensino de Ciências sofreu mudanças significativas, pois

foram estimuladas discussões sobre os livros didáticos de Ciências, e o desenvolvimento de

pesquisas e treinamento de professores, bem como a implantação de projetos que influenciaram a

divulgação científica na escola. (BARRA e LORENZ, 1986). (DCE's, 2008).

Em meados da década de 1950, o contexto mundial acompanhava uma tendência em que

ciência e tecnologia foram reconhecidas como atividades essenciais no desenvolvimento

econômico, cultural e social (KRASILCHIK, 2000).

Com o apoio das sociedades científicas, das universidades e de acadêmicos renomados,

apoiados pelo governo dos EUA e da Inglaterra, foram elaborados projetos que visavam a formação

e a identificação de uma elite com reflexos da política governamental, de uma concepção de ciência

neutra e de uma concepção de educação científica centrada em aulas que procuravam reproduzir os

modelos científicos por meio da experimentação. Tais ideias atingiram a escola brasileira na década

de 1960 pela necessidade de preparação dos estudantes “mais aptos” para a defesa do progresso, da

ciência e da tecnologia nacionais.

As decisões políticas instituídas na LDB n. 4024/61 apontaram para o fortalecimento e

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consolidação do ensino de Ciências no currículo escolar. Um dos avanços em relação às reformas

educacionais de décadas anteriores foi a ampliação da participação da disciplina de Ciências

Naturais no currículo escolar, ampliando para todas as séries da etapa ginasial a necessidade do

preparo do indivíduo (e da sociedade como um todo) para o domínio dos recursos científicos e

tecnológicos por meio do exercício do método científico.

Assim, o objetivo maior com o ensino de Ciências seria preparar o cidadão para pensar

lógica e criticamente, para que o mesmo tivesse condições de tomar decisões com base em

informações e dados (KRASILCHIK, 2000).

Com o golpe militar de 1964, o ensino de Ciências passou a assumir compromisso de

suporte de base para a formação de mão-de-obra técnico-científica no segundo grau, visando às

necessidades do mercado de trabalho e do desenvolvimento industrial e tecnológico do país, sob

controle do regime militar.

Com as crises ambientais, o aumento da poluição, a crise energética e a efervescência

social, manifestada em movimentos como a revolta estudantil e as lutas antissegregação racial,

ocorridas entre 1960 e 1980, determinaram profundas transformações nas propostas das disciplinas

científicas em todos os níveis de ensino (KRASILCHIK, 2000, p. 89).

O objetivo primordial do ensino de Ciências, anteriormente focado na formação do futuro

cientista ou na qualificação do trabalhador, voltou-se, neste momento histórico, à análise das

implicações sociais da produção científica, com vistas a fornecer ao cidadão elementos para viver

melhor e participar do processo de redemocratização iniciado em 1985.

O método científico fortemente marcado e utilizado como estratégia de investigação no

ensino de Ciências cedeu espaço para aproximações entre ciência e sociedade, com vistas a

correlacionar a investigação científica a aspectos políticos, econômicos e culturais. Nesse sentido,

em termos práticos, o currículo escolar valorizou conteúdos científicos mais próximos do cotidiano,

no sentido de identificar problemas e propor soluções.

Nesse contexto histórico, ao final da década de 1980 e início da seguinte, no Estado do

Paraná, a Secretaria de Estado da Educação propôs o Currículo Básico para o ensino de 1° grau,

construído sob o referencial teórico da pedagogia histórico-crítica. No início dos anos 1990, ainda

sob a LDB n. 5692/71, apresentou avanços consideráveis para o ensino de Ciências, assegurando

sua legitimidade e constituição de sua identidade para o momento histórico vigente. (DCE's 2008).

Com a promulgação da LDB n. 9394/96, que estabeleceu as Diretrizes e Bases para a

Educação Nacional, foram produzidos os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) que propunham

uma nova organização curricular em âmbito federal. Em 2003, com as mudanças no cenário político

nacional e estadual, iniciou-se no Paraná um processo de discussão coletiva com objetivo de

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produzir novas Diretrizes Curriculares para estabelecer novos rumos e uma nova identidade para o

ensino de Ciências. (DCE's, 2008).

A história da disciplina de Ciências, além de estar ligada ao conhecimento cientifico, deve

observar as técnicas, tradições e as instituições que ajudam na construção, desse conhecimento,

refletindo sobre o passado da ciência e dos cientistas podemos observar diferentes formas de

interpretar a natureza em diversas épocas históricas.

A Ciência é resultante de uma construção coletiva, histórica e complexa da atividade

humana, que está em processo de constantes mudanças, sociais, tecnológicas, culturais, éticas e

políticas. Os diferentes modelos científicos nos permitem interpretações dos elementos que

integram a natureza e suas relações, porém esses modelos nem sempre conseguem demonstrar como

a natureza realmente é.

A disciplina de Ciências deve proporcionar que a partir do saber cientifico o educando

possa compreender os fenômenos da natureza em todos os contextos. O conhecimento da ciência

deve levar o educando a compreender o processo histórico onde se dá a evolução e a elaboração dos

conceitos científicos, uma vez que estes são elaborados a partir das necessidades concretas de

existência humana. O aluno precisa compreender as relações que se estabelecem entre os seres da

natureza, buscando soluções para situações individuais ou coletivas.

A seleção dos conteúdos de ensino de Ciências deve considerar a relevância dos mesmos

para o entendimento do mundo no atual período histórico para constituição da identidade da

disciplina e compreensão do seu objeto de estudo, bem como facilitar a integração conceitual dos

saberes científicos na escola, (DCE, 2008).

Os educandos buscam aprender novos conhecimentos baseando-se sempre em conteúdos

que sejam significativos para sua vida, esse trabalho deve proporcionar, a construção do próprio

conhecimento e suas relações com o meio cientifico. O professor de Ciências atua como orientador

e mediador do processo de ensino-aprendizagem e o estudante deve colaborar para ampliar esse

processo, atribuindo sentido e significado aos conteúdos.

O ensino de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico que resulta da

investigação da Natureza, pois contribui para que o aluno possa compreender as relações entre a

humanidade e a natureza, assim como, sua historicidade, buscando assim soluções para os mais

diversos problemas. Lembrando que precisamos visar sempre, a integração dos alunos, através da

inclusão social, respeitando suas diferenças de aprendizagens e estimulando sua participação.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

O ensino de Ciências tem como objetivos gerais que o aluno adquira um conjunto de

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conceitos e conhecimento que o ajudem a entender a natureza, o mundo científico e tecnológico em

que vivemos, capacitando-o nas escolhas que faz como pessoa e cidadão. Assim sendo, o aluno

deverá:

Identificar o conhecimento científico como resultado do trabalho de gerações em buscado

conhecimento para a compreensão do mundo, valorizando-o como instrumento para o exercício da

cidadania;

Valorizar progressivamente a aplicação do vocabulário científico coletando dados e buscando

informações como forma precisa e sintética para representar e transmitir os conhecimentos sobre a

natureza e as tecnologias;

Desenvolver hábitos de saúde cuidado corporal, concebendo à saúde pessoal, social e

ambiental como bens individuais e da coletividade que se devem praticar;

Identificar os elementos da natureza, percebendo-os como parte de processos de relações,

interações e transformações reconhecendo um limite para sua retirada, reconhecendo a

interdependência entre os seres vivos e os demais elementos da natureza;

Comparar descobertas e invenções humanas com mudanças sociais, políticas, ambientais e

vice-versa;

Compreender a tecnologia como recurso para resolver as necessidades do homem,

diferenciando os usos corretos e úteis daqueles prejudiciais ao equilíbrio da natureza;

Despertar uma postura para a aprendizagem: curiosidade, interesse, mobilização para a busca e

organização de informações, autonomia e responsabilidade na realização de suas tarefas como

estudante reelaborando seus conhecimentos;

Desenvolver a reflexão sobre as relações entre ciência, sociedade e tecnologia, considerando as

questões éticas envolvidas;

Buscar uma integração entre os alunos respeitando suas diferenças para que se tornem cidadãos

críticos, transformadores e atuantes na sociedade.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS DA DISCIPLINA

6° ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: ASTRONOMIA

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Universo;

Astros;

Sistema Solar;

Movimentos Celestes;

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Movimentos Terrestres.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: MATÉRIA

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Constituição da Matéria.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: SISTEMAS BIOLÓGICOS

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Níveis de Organização.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: ENERGIA

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Formas de Energia;

Conversão de Energia;

Transmissão de Energia.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: BIODIVERSIDADE

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Organização dos Seres Vivos;

Ecossistema;

Evolução dos Seres Vivos.

7º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: ASTRONOMIA

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Astros;

Movimentos Celestes;

Movimentos Terrestres.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: MATÉRIA

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Constituição da Matéria.

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CONTEÚDO ESTRUTURANTE: SISTEMAS BIOLÓGICOS

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Célula;

Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: ENERGIA

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Formas de Energia;

Transmissão de Energia.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: BIODIVERSIDADE

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Origem da Vida;

Organização dos Seres Vivos;

Sistemática.

8º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: ASTRONOMIA

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Origem e Evolução do Universo.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: MATÉRIA

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Constituição da Matéria.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: SISTEMAS BIOLÓGICOS

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Célula;

Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: ENERGIA

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Formas de Energia.

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CONTEÚDO ESTRUTURANTE: BIODIVERSIDADE

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Evolução dos Seres Vivos.

9º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: ASTRONOMIA

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Astros;

Gravitação Universal.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: MATÉRIA

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Propriedades da Matéria.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: SISTEMAS BIOLÓGICOS

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos;

Mecanismos de herança genética.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: ENERGIA

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Formas de Energia;

Conversão de Energia.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: BIODIVERSIDADE

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Interações Ecológicas.

METODOLOGIA

A disciplina de Ciências visa preparar o educando para entender os conceitos científicos e

suas relações com a natureza, de modo que ele possa entender as informações, formar suas próprias

opiniões e construir o seu conhecimento.

A metodologia de ensino deve promover interrelações entre os conteúdos selecionados, de

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modo a promover o entendimento do objeto de estudo da disciplina de Ciências. Essas interrelações

devem se fundamentar nos Conteúdos Estruturantes (DCE, 2008).

O ensino de Ciências deve facilitar a aprendizagem através de várias práticas pedagógicas,

levando-se sempre em consideração a história da Ciência, pois esta contribui para a melhoria do

ensino de Ciências porque propicia melhor integração dos conceitos científicos escolares,

prioritariamente sob duas perspectivas: como conteúdo específico em si mesmo e como fonte de

estudo que permite ao professor compreender melhor os conceitos científicos. Buscando

informações nas divulgações científicas para suprir a defasagem entre o conhecimento científico e o

conhecimento científico escolar, permitindo a veiculação em linguagem acessível do conhecimento

que é produzido pela ciência e dos métodos empregados nessa produção.

As atividades experimentais contribuem para a superação de obstáculos na aprendizagem

de conceitos científicos, não somente por propiciar interpretações, discussões, confrontos de ideias

entre os estudantes, mas também pela natureza investigativa; possibilitando assim, ao aluno, a

capacidade de entender a realidade, interpretar fatos de caráter científico e posicionar-se

criticamente.

A apresentação do conteúdo se fará partindo do conhecimento prévio do aluno, de suas

vivências para, a partir desses saberes compreender os conceitos científicos, sua organização e

elaboração, fazendo uso de estratégias que procurem estabelecer relações interdisciplinares

contextuais, envolvendo dessa forma conceitos de outras disciplinas e questões tecnológicas,

sociais, culturais, éticas e políticas.

Para isso é necessário que os conteúdos específicos de Ciências sejam entendidos em sua

complexidade de relações conceituais, não dissociados em áreas de conhecimento físico, químico e

biológico, mas visando uma abordagem integradora.

Partindo do pressuposto que o saber científico é uma construção humana, de caráter

provisório, podendo ser falível e intencional, baseada nos conteúdos estruturantes básicos que se

estendem até os conteúdos específicos da disciplina. Proporcionando aos alunos elementos para

questionar em que o conhecimento científico está a serviço do bem comum, permitindo uma

compreensão mais elaborada do mundo.

As aulas práticas tanto com atividades experimentais como de campo, apresentam uma das

possibilidades de tratamento dos conteúdos com caráter de ilustração, concretização e reflexão.

Permitem a contextualização do conteúdo na medida em que aproxima o aluno da realidade.

Os recursos didáticos e tecnológicos como vídeo, DVD, retroprojetor, TV pendrive, rádio,

máquina fotográfica, mapas, periódicos, cartazes, torso humano, atlas, livros e informativos

permearam este ensino, pois abrem um leque de possibilidades para a apropriação dos conteúdos

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pelos alunos e proporcionando uma aprendizagem significativa.

Considerando a lei que trata da História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena

(conforme as Leis Nº. 11645/08 e N°10639/03), esse assunto poderá ser abordado em diferentes

momentos dos conteúdos estruturantes, tais como: no conteúdo estruturante sistemas biológicos

relacionando a alimentação e seu contexto cultural, bem como em genética e também quando

tratamos sobre a evolução no conteúdo estruturante biodiversidade.

Prevenção ao uso indevido de drogas (Lei Nº. 11.343/06) e sexualidade humana são

assuntos que fazem parte do conteúdo estruturante sistemas biológicos, sendo abordado quando se

trata dos sistemas do corpo humano, da célula, dos fungos, e no conteúdo estruturante matéria,

quando trata da química no dia a dia.

A Lei nº 11947/09 - Educação Alimentar e nutricional será abordada quando tratar dos

sistemas biológicos em especial no estudo do sistema digestório.

Educação Ambiental (Lei Nº. 9795/99, Dec.nº. 4201/02) está relacionada a praticamente

todos os conteúdos estruturantes da disciplina sendo abordado cotidianamente.

Educação Fiscal e a Educação Tributária (Dec.nº. 1143/99) (Port. Nº. 413/02) estão

presentes no cotidiano dos alunos, porém normalmente não são lembrados ou questionados, mas

durante a discussão de vários conteúdos, tais como: riquezas minerais, alimentos, fauna e flora,

genética, química, célula, é possível lembrar que tudo o que gera renda ou lucro acarreta algum

tributo e buscar informações sobre cada um e suas aplicações.

Enfrentamento a violência contra a criança e o adolescente; Direito das crianças e

adolescentes (Lei Nº. 11525/07); são temas que permitem discussões em diversos momentos dos

conteúdos, e também em diversas situações, construindo uma prática de conscientização e

responsabilidade, conversando sobre os direitos e preparando os educandos para que tenham

conhecimento dos mesmos, explicando sobre a história e os motivos da criação do ECA, levando os

alunos a serem conscientes e responsáveis, defendendo-se quando necessário e tornando-se adultos

que saberão também respeitar as futuras gerações conhecendo o estatuto do idoso( Lei Nº.

10741/03). Também será abordada a Lei Nº. 11.340/06, Lei Maria da Penha e Educação em

Direitos Humanos – Lei Federal nº. 7.037/2009, Lei Estadual nº 17.335/12 - Programa de Combate

ao Bullying e Lei nº 9503/97: Código de Trânsito Brasileiro - educação para o trânsito; Decreto nº

7037/09.

Na abordagem da grande maioria dos conteúdos, é utilizada uma metodologia variada,

visto que nossa escola também faz parte do projeto de inclusão social e temos alunos portadores de

necessidades educacionais especiais, fazendo com que durante o desenvolvimento dos trabalhos,

todos os alunos possam ser atendidos.

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AVALIAÇÃO

A avaliação no ensino de Ciências deve ser contínua, diagnóstica, cumulativa e processual

devendo refletir no desenvolvimento do educando como um todo, considerando as características

individuais deste, no conjunto dos componentes curriculares cursados, onde deverá prevalecer os

aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

No processo de ensino – aprendizagem, a avaliação é importante, pois, pode levar o

educando a um momento de interação e construção do conhecimento de forma significativa,

portanto, o professor deve refletir e planejar suas metodologias a serem utilizadas.

Os conteúdos estruturantes, básicos e específicos serão, trabalhados e desenvolvidos

levando-se em conta sua realidade e os critérios estabelecidos, tais como:o conhecimento da

História da Ciência como fator determinante na construção dos conceitos científicos; a interpretação

de conceitos e a diferenciação do científico e do espontâneo; a reflexão sobre modelos científicos; a

compreensão dos fundamentos teóricos; a relação dos resultados das atividades experimentais com

os conceitos científicos; conhecimento do conceito científico em relação as informações de

divulgação científica. Possibilitando aos alunos expressar os avanços na aquisição do

conhecimento, interpretando, discutindo, relacionando, refletindo, analisando, justificando e se

posicionando conforme seu próprio ponto de vista.

Ao concluir o Ensino Fundamental o aluno deverá ter adquirido uma aprendizagem

significativa nos conteúdos estruturantes, de forma que em Astronomia seja possível compreender

os astros: sua origem e movimentos, os fenômenos terrestres e celestes, as teorias e leis que buscam

explicar esses fenômenos, bem como sua influência no planeta Terra. No conteúdo Matéria, haja

uma compreensão sobre a constituição e propriedades da matéria. Quanto aos Sistemas Biológicos,

o aluno deverá ter noções sobre a constituição dos sistemas do organismo, bem como níveis de

organização, célula, morfologia e fisiologia dos seres vivos e mecanismos da herança genética. Que

em Energia, o aluno tenha conhecimento básico sobre as formas de energia, sua conservação,

conversão e transmissão. No que se refere a Biodiversidade, é fundamental que haja compreensão

do conceito de biodiversidade, organização dos seres vivos, sistemática, ecossistemas, interações

ecológicas, origem da vida e evolução dos seres vivos. Para que seja possível utilizar-se do

conhecimento adquirido no âmbito escolar nesse nível de ensino, de forma a compreender e

colaborar na construção do avanço na produção do conhecimento científico.

Portanto, a avaliação se caracteriza como um processo que objetiva explicitar o grau de

compreensão da realidade, emergentes na construção do conceito. Isso se dará através de confronto

de textos, trabalhos em grupo, produção de textos, elaboração de quadro-mural, experimento,

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provas diversas, trabalhos de pesquisa, cartazes, desenhos, relatórios e outros. Os alunos da Sala

Multifuncional e os alunos com defasagens de aprendizagem terão um atendimento diferenciado

durante as atividades realizadas e nas avaliações, tais como: metodologia e procedimentos

complementares e/ou alternativos, atendimento individualizado, estímulo a construção de crescente

autonomia do aluno, ensinando-o a pedir informações de que necessita e pedir ajuda, além de prever

tempos flexíveis no que se refere a duração e ao período das atividades propostas.

Caberá a oferta de no mínimo três instrumentos avaliativos. A cada trimestre deverá ter

obrigatoriamente duas avaliações escritas e um trabalho, tendo como valores a nota total desses

instrumentos a soma de 0,0 (zero) a 10,0 (dez).

A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de apropriação

dos conhecimentos básicos. A recuperação de conteúdos acontecerá de forma permanente e

concomitante ao processo ensino-aprendizagem, e a recuperação do rendimento escolar será

ofertada no mínimo dois instrumentos de recuperação de estudos. Os resultados da recuperação

serão incorporados às avaliações efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um

componente do aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua anotação no Livro Registro de

Classe.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei nº. 9394/96. Diretrizes e bases da Educação Nacional. Editora do Brasil S/A, Art.

13, p. 10.

CANTO, Eduardo Leite do. Ciências Naturais: Aprendendo com o cotidiano. 3ª edição. Ed.

Moderna. São Paulo, 2009.

GASPAR, Alberto. Experiências de Ciências, 1ª Edição. Editora Ática. São Paulo, SP: 2005.

GHIRALDELLI JR., P. História da educação. São Paulo: Cortez, 1991.

KRASILCHIK, M. O professor e o currículo de Ciências. São Paulo: EPU/Edusp, 1987.

LOPES, A. C. Conhecimento escolar: ciência e cotidiano. Rio de Janeiro: UERJ, 1999.

LOPES, M. M. O Brasil descobre a pesquisa científica: os museus e as Ciências naturais no século

XIX. São Paulo: Hucitec, 1997.

MACEDO, E. F. de; LOPES, A. C. A estabilidade do currículo disciplinar: o caso das Ciências. In:

LOPES, A. C; MACEDO, E. (Org.). Disciplinas e integração curricular: história e políticas. Rio de

Janeiro: DP&A, 2002, p. 73 – 94.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de

Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental. Curitiba,

2008.

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SAVIANI, D. Pedagogia Histórico-Crítica: primeiras aproximações. 5ª ed. Campinas, SP: Autores

associados, 1995.

Projeto Político Pedagógico – Colégio Estadual Rui Barbosa - EFMP.

Regimento Escolar – Colégio Estadual Rui Barbosa – EFMP.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

ENSINO RELIGIOSO

APRESENTAÇÃO

Religião e conhecimento religioso são patrimônios da humanidade, que foi se constituindo

historicamente na inter-relação dos aspectos culturais, sociais, econômicos e políticos. Sendo assim,

a disciplina de Ensino Religioso deve orientar-se para a apropriação dos saberes sobre as expressões

e organizações religiosas das diversas culturas na sua relação com outros campos do conhecimento.

Nesse sentido, um dos grandes desafios da escola e da disciplina de Ensino Religioso é

efetivar uma prática de ensino voltada para a superação do preconceito religioso, como também,

desprender-se do seu histórico confessional catequético, para a construção e consolidação do

respeito à diversidade cultural e religiosa.

Assim, a disciplina de Ensino Religioso deve oferecer subsídios para que os estudantes

entendam como os grupos sociais se constituem culturalmente e como se relacionam com o

sagrado. Essa abordagem possibilita estabelecer relações entre as culturas e os espaços por elas

produzidos, em suas marcas de religiosidade.

Nesta perspectiva, o Ensino Religioso contribuirá para superar desigualdades étnico-

religiosos, para garantir o direito Constitucional de liberdade de crença e de expressão e, por

consequência, o direito à liberdade individual e política. Dessa forma atenderá um dos objetivos da

educação básica que, segundo a LDB9394/96, é o desenvolvimento da cidadania.

O desafio mais eminente da nova abordagem do Ensino Religioso é, portanto, superar toda

e qualquer forma de apologia ou imposição de um determinado grupo de preceitos e sacramentos,

pois, na medida em que uma doutrinação religiosa ou moral impõe um modo adequado de agir e

pensar, de forma heterônoma e excludente, ela impede o exercício da autonomia de escolha, de

contestação e até mesmo de criação de novos valores.

Esta Escola tem como base o ensino de qualidade, assim, se intensificou as discussões

sobre o papel do ensino básico e a necessidade de projetar para a sociedade cidadãos críticos. Esta

disciplina deverá garantir, no mínimo o conhecimento científico e cultural das maiores organizações

religiosas como: Budismo, Islamismo, Cristianismo, hinduísmo, religiões afro-brasileiras

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(Candomblé e Umbanda) e as religiões indígenas e aborígines. Entendendo que esta disciplina, bem

ministrada, garante aos nossos educando o conhecimento pelo menos das principais religiões,

consequentemente respeitá-las nada mais é do que o cumprimento da própria Constituição

Brasileira e da LDBEN.

Perante o exposto, a maior preocupação deste estabelecimento é formar cidadão e

promover o conhecimento, levando o educando a apropriar-se do mesmo, entendendo as

organizações religiosas, as suas simbologias, seus lugares sagrados, enfim, as especificidades de

cada cultura, credo, filosofia ou religião, já que o objeto de estudo desta disciplina é o “Sagrado”.

É necessário possibilitar ao educando conhecimentos a respeito não só da experiência do

sagrado e também das organizações religiosas, os fundamentos de vida não religiosos, que levam à

compreensão da realidade, mostrando a todos que existe liberdade de escolha.

Enfim, o Ensino Religioso, ao tratar do sagrado, busca explicitar a experiência que

perpassa as diferentes culturas expressas tanto nas religiões, como em outras manifestações

recentes, como podem existir na comunidade escolar.

O Ensino Religioso fundamenta-se na fenomenologia religiosa e objetiva instrumentalizar

o aluno com o conhecimento de fenômeno religioso, tendo como ponto de partida, a realidade

sociocultural do mesmo, com enfoque no conhecimento religioso acumulado pela humanidade.

Demos ver e sentir além do habitual através de 4 situações:

A natureza experimentando, vendo e sentindo a sua harmonia;

A arte sensibiliza e eleva o espírito humano;

O encontro um instante de comunhão profunda;

O culto um momento de enlevo e de iluminação.

Há muito tempo a disciplina de Ensino Religioso participa dos currículos escolares no

Brasil e, em cada período histórico, assumiu diferentes características pedagógicas e legais. Antes

de iniciar as discussões teóricas e metodológicas a respeito da implementação desta disciplina no

contexto educacional atual, serão apresentadas transcrições de documentos oficiais que explicitam

os modos como o Ensino Religioso foi entendido e ministrado nos diversos momentos da História

do Brasil. Com este breve histórico legal da disciplina, o documento que o leitor tem em mãos

pretende apresentar, comparativamente, a extensão pedagógica da atual proposta de Ensino Cultural

e Religioso no Estado do Paraná.

Muito embora no contexto do Brasil Colônia não seja possível falar em políticas públicas

para a educação e também numa disciplina denominada de Ensino Religioso, a primeira forma de

inclusão dos temas religiosos na educação brasileira, que se perpetuou até a Constituição da

República em 1891, pode ser identificada nas atividades de evangelização promovidas pela

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Companhia de Jesus e outras instituições religiosas de confissão católica. A meta da educação como

um todo, e não só das aulas exclusivamente voltadas para o ensino das sagradas escrituras e da

doutrina católica, era conduzir os indígenas ao abandono de suas crenças e costumes e a sua

consequente submissão ao conjunto de preceitos e sacramentos da Igreja Católica Apostólica

Romana.

Com o advento da República, contudo, e do ideal positivista de separação entre Estado e

Igreja, todas as instituições e assuntos de ordem pública e consequentemente a educação do povo

foram incumbidos da tarefa de se reestruturar de acordo com o critério de laicidade interpretada no

sentido de neutralidade religiosa. Assim, surgiu, entre os defensores da República, o impulso de

dissolver o modelo de educação baseado na catequese religiosa. Por força, entretanto, de mais de

300 anos de educação relegada à responsabilidade da Igreja Católica e submetida aos objetivos de

evangelização, iniciou-se um período de intensa disputa entre os defensores da manutenção do

ensino confessional e os partidários do princípio republicano de educação laica.

Em 1934, o Estado Novo procurou pôr fim a esta querela com a introdução da disciplina de

Ensino Religioso nos currículos da educação pública, salvaguardando o direito individual de

liberdade de credo. Para atender tanto as demandas republicanas quanto as demandas confessionais,

ele apresentou, em forma de lei, uma proposta de ensino da temática religiosa que, por um lado,

garantisse a existência de uma disciplina desse teor na educação pública e que, por outro lado,

mantivesse um caráter facultativo para os estudantes não católicos.

Essa orientação formal do Ensino Religioso, que se manteve nas legislações até meados da

década de 60, enseja dois questionamentos sobre sua coerência interna. Em primeiro lugar, se o

Estado brasileiro era explicitamente laico e se a escola pública estava preocupada, exclusivamente,

com a formação do cidadão, por que a própria Constituição da República exigia um Ensino

Religioso ministrado de acordo com a confissão religiosa do aluno? Não seria incoerente conceder a

liberdade de credo e depois doutrinar os estudantes num conjunto específico de preceitos religiosos?

A Constituição de 1934 e as que a seguiram pretendiam responder a essa questão com o acréscimo e

manutenção do caráter facultativo da disciplina. Para elas, uma vez que estivesse, legalmente,

garantido o direito de não participar do Ensino Religioso, a liberdade de credo do cidadão estaria

igualmente garantida.

O segundo questionamento que o artigo 153 da Constituição da Era Vargas suscita é a

incoerência de propor uma disciplina como parte integrante da formação básica do cidadão e, ao

mesmo tempo, propor seu caráter facultativo, isto é, admiti-la como algo dispensável aos

estudantes.

Pela primeira vez na história da inclusão dos temas religiosos na educação brasileira, foi

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proposto um modelo laico e pluralista com a intenção de impedir qualquer forma de prática

catequética nas escolas públicas.

A perda do aspecto confessional rompeu com o modelo de ensino dos assuntos religiosos,

vigente desde as primeiras formas de consideração da religião na educação brasileira, e impôs aos

profissionais responsáveis pela disciplina de Ensino Religioso a tarefa de repensar a fundamentação

teórica sobre a qual se apoiar, os conteúdos a serem trabalhados em sala, a metodologia a ser

utilizada no ensino, etc. Surgiram, desde então, dos mais diversos setores da sociedade civil,

propostas pedagógicas que pretendiam, cada uma delas, encerrar a melhor maneira de se planejar o

Ensino Religioso laico previsto nas leis supracitadas. O documento que o leitor tem em mãos é uma

dessas propostas.

Para viabilizar a proposta de Ensino Religioso no Paraná, a Associação Interconfessional

de Curitiba (Assintec), formada por um grupo de caráter ecumênico, preocupou-se com a

elaboração de material pedagógico e cursos de formação continuada. O resultado desse trabalho foi

o Programa Nacional de Tele Educação (Prontel), elaborado em 1972, que propôs a instituição do

Ensino Religioso radiofonizado nas escolas municipais. A Secretaria de Estado da Educação

(SEED) e a Prefeitura Municipal de Curitiba aceitaram o Prontel, com parecer favorável do

Conselho Estadual de Educação.

O conteúdo veiculado pelo sistema radiofônico teve como foco curricular as aulas de

ensino moral-religioso nas escolas oficiais de primeiro grau. Em 1973, foi firmado um convênio

entre a SEED e a Assintec, com a proposta de implementar um Ensino Religioso interconfessional

nas escolas públicas de Curitiba. No mesmo ano, a SEED designou a entidade como intermediária

entre a Secretaria e os Núcleos Regionais de Educação, nos quais foi instituído o Serviço de Ensino

Religioso para orientar a proposta curricular da disciplina.

Em 1976, pela Resolução n. 754/76, foram autorizados cursos de atualização religiosa em

quatorze municípios do Estado, com o apoio da Associação das Escolas Católicas (AEC). Os

objetivos desses cursos eram aprofundar e atualizar os conhecimentos de fundamentação bíblica, e

oferecer esclarecimentos sobre a pedagogia da Educação Religiosa. Os conteúdos se pautavam na

visão do Antigo e Novo Testamento. No mesmo ano, foi oferecido aos professores um conjunto

de apostilas que apresentava uma proposta organizada com passos metodológicos que sugeriam,

como ponto de partida, a reflexão sobre a realidade para se chegar ao confronto com a mensagem

bíblica. No ano de 1981, nasceu um novo programa de rádio denominado Diga Sim, dirigido aos

professores, como meio para ampliar as possibilidades de uma formação continuada, bem como

favorecer a preparação dos temas a serem tratados nas aulas de Ensino Religioso. Além disso,

realizou-se o Primeiro Simpósio de Educação Religiosa, no Centro de Treinamento de Professores

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do Estado do Paraná (Cetepar).

Nesse evento, levantou-se também a necessidade de contribuir com discussões realizadas

na Constituinte, de modo a garantir um novo espaço para a Educação Religiosa na legislação

brasileira. Buscou-se, assim, definir o papel do Ensino Religioso no processo de escolarização em

consonância ao modelo de educação que se pretendia naquele contexto. No ano de 1987 teve início

o curso de Especialização em Pedagogia Religiosa, com carga horária de 360 h/a, numa parceria da

SEED, Assintec e PUC/PR, voltado à formação de professores interessados em ministrar aulas de

Ensino Religioso. Durante o desenvolvimento do curso, ficou evidenciada a preocupação com a

formação do professor para a pluralidade religiosa, ainda que, por conta da concepção de Ensino

Religioso que vigorava na época, prevalecessem atividades marcadas por celebrações e vivências

de valores. As discussões iniciadas durante a Constituinte foram intensificadas com a promulgação

da Constituição Federal, em 1988, por meio da organização de um movimento nacional, que buscou

garantir o Ensino Religioso como disciplina escolar. A emenda constitucional para o Ensino

Religioso foi a segunda maior emenda popular que deu entrada na Assembleia Constituinte e

contou com 78 mil assinaturas. Assim, na década de 1980, no processo de redemocratização do

país, as tradições religiosas asseguraram o direito à liberdade de culto e de expressão religiosa.

Nessa conjuntura, o Estado do Paraná elaborou o Currículo Básico para a Escola Pública

do Paraná, em 1990. Na primeira edição do documento, o Ensino Religioso não foi apresentado

como as demais disciplinas. Dois anos depois, foi publicado um caderno para o Ensino Religioso,

conforme os moldes do Currículo Básico. Sua elaboração, no entanto, ficou sob a responsabilidade

da Assintec, com a colaboração da SEED.

Mais uma vez, esvaziou-se o papel do Estado em relação ao Ensino Religioso. Retomou-

se, na prática, a compreensão de que a definição do currículo da disciplina é responsabilidade das

tradições religiosas e evidenciou-se, ainda, o distanciamento do Ensino Religioso das demais

disciplinas escolares. No âmbito legal, o Ensino Religioso ofertado na Rede Pública Estadual

atendia às orientações da Resolução SEED n. 6.856/93, que, além de reiterar o estabelecido

anteriormente entre a SEED e a Assintec, definia orientações para oferta do Ensino Religioso nas

escolas. No entanto, esse documento perdeu validade nas gestões que se sucederam, especialmente

a partir da promulgação da nova LDBEN 9.394/96.

As discussões nacionais a respeito do Ensino Religioso não se esvaziaram após a

promulgação da nova Constituição Federal. O passo seguinte foi elaborar uma concepção do Ensino

Religioso que legitimasse a perspectiva deste componente curricular, para superar o caráter

proselitista que marcou a disciplina historicamente, conforme ficou expresso na LDBEN 9.394/96,

no Artigo 33.

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O texto da lei em sua redação original não contemplou as demandas da sociedade civil

organizada, de modo que foi alterado observando três proposições:

• Na primeira proposição, solicitava-se a exclusão do texto “sem ônus para os cofres

públicos”, baseada no princípio de que o Ensino Religioso é componente curricular da Educação

Básica e de importância para a formação do cidadão e para seu pleno desenvolvimento como

pessoa. Por consequência, é parte do dever constitucional do Estado em matéria educativa;

• Na segunda proposição, indicava-se que o Ensino Religioso fosse parte integrante da

formação básica do cidadão, vedava qualquer forma de doutrinação ou proselitismo, bem como

propunha o respeito à diversidade cultural e religiosa do Brasil;

• Na terceira proposição, solicitava-se o caráter laico para o Ensino Religioso, com

garantia de acesso a conhecimentos que promovessem a educação do respeito às diferentes

culturas.

As três propostas apresentados para a mudança do artigo 33 da LDBEN 9.394/96

evidenciam importantes convergências, uma vez que adotam o princípio de que o Ensino Religioso

é parte integrante da formação do ser humano como pessoa e cidadão e é de responsabilidade do

Estado a sua oferta na educação pública. Cumpre destacar que, desde 1995, os debates instaurados

pelo Fonaper (Fórum Nacional Permanente do Ensino Religioso), constituído por um grupo de

educadores ligados às escolas, às entidades religiosas, às universidades e às Secretarias de

Educação, permitem rever aspectos relativos ao Ensino Religioso, em que se destaca a diversidade

cultural e religiosa brasileira, e buscam encaminhamentos para uma nova forma curricular desta

disciplina.

Somente a partir das discussões da LDBEN 9.394/96, incentivadas pela sociedade civil

organizada, o Ensino Religioso passou a ser compreendido como disciplina escolar. Em decorrência

desse processo, sua instituição nas escolas públicas do país foi regulamentada. No período entre

1995 a 2002, houve um enfraquecimento da disciplina de Ensino Religioso na Rede Pública

Estadual do Paraná, acentuado a partir de 1998. Nesse período, marcado pela otimização dos

recursos para a educação, o Ensino Religioso ainda não havia sido regulamentado pelo Conselho

Estadual de Educação, de modo que sua oferta ficou restrita às escolas onde havia professor efetivo

na disciplina. Na reorganização das matrizes curriculares do Ensino Fundamental, realizada nesse

período, o Ensino Religioso foi praticamente extinto, mesmo diante da exigência legal de sua oferta

pela LDBEN 9.394/96.

No ano de 1996, o MEC elaborou os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), mas não

incluiu, nesse documento, o Ensino Religioso. A seguir, o assunto tornou-se tema de discussão pelo

Fonaper. Pela primeira vez, educadores de várias tradições religiosas conseguiram elaborar uma

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proposta educacional e, finalmente, em 1997, foi publicado o PCN de Ensino Religioso.

Diferentemente das outras disciplinas, não foi elaborado pelo MEC, mas passou a ser uma das

principais referências para a organização do currículo de Ensino Religioso em todo o país.

O Conselho Estadual de Educação do Paraná, em 2002, aprovou a Deliberação 03/02, que

regulamentou o Ensino Religioso nas Escolas Públicas do Sistema Estadual de Ensino do Paraná.

Com a aprovação dessa deliberação, a SEED elaborou a Instrução Conjunta n. 001/02 do

DEF/SEED, que estabeleceu as normas para esta disciplina na Rede Pública Estadual. No inicio da

gestão 2003-2006, o Estado retomou a responsabilidade sobre a oferta e organização curricular da

disciplina no que se refere à composição do corpo docente dos conteúdos da metodologia, da

avaliação e da formação continuada de professores.

Como os demais professores, aqueles que ministravam aulas de Ensino Religioso foram

envolvidos num processo de formação continuada voltado à legitimação da disciplina na Rede

Pública Estadual. Por meio de Encontros, Simpósios, Grupos de Estudo e DEB Itinerante – eventos

realizados de 2004 a 2008 – as discussões entre os professores da rede para a elaboração das

Diretrizes Curriculares do Ensino Religioso avançaram em relação à sua fundamentação.

No final de 2005, a SEED encaminhou os questionamentos oriundos desse processo de

discussão com os Núcleos Regionais de Educação e com os professores ao Conselho Estadual de

Educação (CEE). Em 10 de fevereiro de 2006, o mesmo Conselho aprovou a Deliberação n. 01/06,

que instituiu novas normas para o Ensino Religioso no Sistema Estadual de Ensino do Paraná.

Entre os notáveis avanços obtidos a partir dessa deliberação, destacam-se:

• O repensar do objeto de estudo da disciplina;

• O compromisso com a formação continuada dos docentes;

• A consideração da diversidade religiosa no Estado frente à superação das tradicionais

aulas de religião;

• A necessidade do diálogo e do estudo na escola sobre as diferentes leituras do Sagrado na

sociedade;

• O ensino da disciplina em cuja base se reconhece a expressão das diferentes manifestações

culturais e religiosas.

Nessa perspectiva, a SEED sustentou um longo processo de discussão que resultou, em

fevereiro de 2006, na primeira versão das Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso para a

Educação Básica. De acordo com o princípio de abertura constante a novas ideias, esse documento

foi continuamente submetido a discussões e a apreciação por parte dos professores da Rede Pública

Estadual de Ensino, dos representantes dos Núcleos Regionais de Educação para os assuntos

pedagógicos e, também, dos professores do Ensino Superior interessados na questão do Ensino

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Religioso. O resultado final, mas não conclusivo, deste processo é a proposta de implementação de

um Ensino Religioso laico e de forte caráter escolar que será apresentada nas páginas seguintes.

A escola tem como função básica a construção e socialização do conhecimento

historicamente produzido e ocupado pela humanidade. Ao longo da história, vai construindo e

reconstruindo formas de relacionamento na tentativa de superar sua limitação, fragilidade,

provisoriedade, ou seja, sua finitude. Desde que desenvolver sua capacidade de relacionamento o

ser humano vem se indagando: quem sou? Por que estou aqui? Para onde vou? A resposta a cada

uma dessas perguntas implica respectivamente na busca do auto conhecimento, no sentido de vida e

do transcendente através das diversas religiões.

O Ensino Religioso fundamenta-se nos princípios teóricos e propõe que a disciplina

ofereça aos estudantes a formação necessária para o enfrentamento com vistas á transformação da

realidade social, econômica e política de seu tempo.

No Brasil, a atuação de alguns segmentos sociais/culturais vem consolidando o

reconhecimento da diversidade religiosa e demandando da escola o trabalho pedagógico com o

conhecimento sobre essa diversidade, frutos das raízes culturais brasileiras.

OBJETIVOS GERAIS

Compreender o conjunto de fatos, acontecimentos, manifestações e expressões de ordem

material e espiritual, que envolvem o ser humano na busca de sua satisfação plena;

Proporcionar o conhecimento, a partir das experiências religiosas no contexto sociocultural do

aluno;

Analisar o papel das tradições religiosas na estruturação e manutenção das diferentes culturas;

Contribuir para a formação, reflexão informação e vivência de valores éticos;

O diálogo inter-religioso e a superação dos preconceitos;

Promover a educação para a paz, desenvolvendo atitudes éticas que qualifiquem as relações do

ser humano consigo mesmo, com outro e com a natureza.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICO DA DISCIPLINA

6º E 7º ANOS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

PAISAGEM RELIGIOSA

UNIVERSO SIMBOLOS RELIGIOSOS

TEXTOS SAGRADOS

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CONTEÚDOS BASICOS:

ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS

LUGARES SAGRADOS;

TEXTOS SAGRADOS ORAIS OU ESCRITOS;

SIMBOLOS RELIGISOS;

TEMPORALIDADE SAGRADAS;

FESTAS RELIGIOSAS;

RITOS;

VIDA E MORTE;

METODOLÓGIA DA DISCIPLINA

Propor encaminhamento metodológico para a disciplina de Ensino Religioso, mais do que

planejar formas, métodos, conteúdos ou materiais a serem adotados em sala de aula, pressupõe um

constante repensar das ações que subsidiam esse trabalho, pois, uma abordagem nova de um

conteúdo escolar leva, inevitavelmente, a novos métodos de investigação, análise e ensino.

Nas aulas baseadas na pedagogia tradicional os conteúdos eram trabalhados com ênfase no

estudo confessional. A transmissão desse conhecimento era feita a partir da exposição de conteúdos

sem oportunidade para análises ou questionamentos. A aprendizagem se dava de forma receptiva,

passiva, sem um contexto reflexivo, de modo que ao aluno restava a memorização e a aceitação.

O trabalho pedagógico proposto nestas diretrizes para a disciplina de Ensino Religioso

ancora-se na perspectiva da superação dessas práticas tradicionais que marcaram o ensino escolar.

Propõe-se um encaminhamento metodológico baseado na aula dialogada, isto é, partir da

experiência religiosa do aluno e de seus conhecimentos prévios para, em seguida, apresentar o

conteúdo que será trabalhado.

Frequentemente os conhecimentos prévios dos alunos são compostos por uma visão de

senso comum, empírica, sincrética, na qual quase tudo, aparece como natural, como afirma Saviani

(1991, p. 80). O professor, por sua vez, deve posicionar-se de forma clara, objetiva e crítica quanto

ao conhecimento sobre o Sagrado e seu papel sócio-cultural. Assim, exercerá o papel de mediador

entre os saberes que o aluno já possui e os conteúdos a serem trabalhados em sala de aula.

Inicialmente o professor anuncia aos alunos o conteúdo que será trabalhado e dialoga com

eles para verificar o que conhecem sobre o assunto e que uso fazem desse conhecimento em sua

prática social cotidiana. Sugere-se que o professor faça um levantamento de questões ou problemas

envolvendo essa temática para que os alunos identifiquem o quanto já conhecem a respeito do

conteúdo, ainda que de forma caótica. Evidencia-se, assim, que qualquer assunto a ser desenvolvido

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em aula está, de alguma forma, presente na prática social dos alunos. Num segundo momento

didático propõe-se a problematização do conteúdo. Trata-se da “identificação dos principais

problemas postos pela prática social. [...] de detectar que questões precisam ser resolvidas no

âmbito da Prática Social e, em consequência, que conhecimento é necessário dominar” (Saviani,

1991, 80). Essa etapa pressupõe a elaboração de questões que articulem o conteúdo em estudo à

vida do educando. É o momento da mobilização do aluno para a construção do conhecimento.

A abordagem teórica do conteúdo, por sua vez, pressupõe sua contextualização, pois o

conhecimento só faz sentido quando associado ao contexto histórico, político e social. Ou seja,

estabelecem-se relações entre o que ocorre na sociedade, o objeto de estudo da disciplina, nesse

caso, o Sagrado, e os conteúdos estruturantes. A interdisciplinariedade é fundamental para efetivar a

contextualização do conteúdo, pois articulam-se os conhecimentos de diferentes disciplinas

curriculares e, ao mesmo tempo, assegura-se a especificidade dos campos de estudo do Ensino

Religioso.

Para efetivar esse processo de ensino-aprendizagem com êxito faz-se necessário abordar

cada expressão do Sagrado do ponto de vista laico, não religioso. Assim, o professor estabelecerá

uma relação pedagógica frente ao universo das manifestações religiosas, tomando-o como

construção histórico-social e patrimônio cultural da humanidade. Nestas Diretrizes, repudia-se,

então, quaisquer juízos de valor sobre esta ou aquela prática religiosa.

Ao considerar a diversidade de referenciais teóricos para suas aulas, torna-se recomendável

que o professor dê prioridade às produções de pesquisadores da respectiva manifestação do Sagrado

em estudo para evitar fontes de informação comprometidas com interesses de uma ou outra tradição

religiosa. Tal cuidado é importante porque, como estratégia de valorização da própria doutrina ou

como meio de atrair novos adeptos, há produções de cunho confessional que buscam legitimar seus

pressupostos e, por essa razão, desqualificam outras manifestações. É preciso respeitar o direito à

liberdade de consciência e a opção religiosa do educando, razão pela qual a reflexão e a análise dos

conteúdos valorizarão aspectos reconhecidos como pertinentes ao universo do Sagrado e da

diversidade sociocultural.

Portanto, para a efetividade do processo pedagógico na disciplina de Ensino Religioso,

propõe-se que seja destacado o conhecimento das bases teóricas que compõem o universo das

diferentes culturas, nas quais se firmam o Sagrado e suas expressões coletivas.

Outros temas contemporâneos serão trabalhados de acordo com a realidade atual e as leis citadas

abaixo:

LEI Nº. 11.645/08 HISTÓRIA E CULTURA AFRO BRASILEIRA E INDÍGENA;

LEI Nº. 13.381/01 HISTÓRIA DO PARANÁ.

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LEI Nº. 10.741/03 ESTATUTO DO IDOSO;

LEI Nº. 11.343/06 USO INDEVIDO DE DROGAS;

PORTARIA 413/02 PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO FISCAL E

TRIBUTÁRIA;

LEI Nº. 9.970/00 COMBATE AO ABUSO E À EXPLORAÇÃO SEXUAL DE CRIANÇAS

E ADOLESCENTES E DECRETO Nº. 6.230/07;

LEI Nº. 9.795/99 E DECRETO Nº. 4.281/02. POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO

AMBIENTAL;

LEI Nº. 6.202/75 LICENÇA A GESTAÇÃO;

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988, LDB 9394/96 E DCE DO ESTADO DO PARANÁ.

ALUNOS INCLUSOS;

LEI Nº. 11.525/07 – DIREITOS DAS CRIANÇAS E DOS ADOLESCENTES, ESTA

TENDO COMO DIRETRIZ A LEI Nº. 8.069/90 – ECA;

LEI Nº. 11.340/06 - LEI MARIA DA PENHA.

ENCAMINHAMNETO METODOLÓGICO SOBRE AS LEGISLAÇÕES VIGENTES:

Legislação: Conteúdo

Estruturante:

Conteúdo Básico: Conteúdo

Específico:

Possibilidades de

encaminhamentos

dos conteúdos

História do Paraná

13381/01

- Paisagem

Religiosa;

- Universo

Simbólico

Religioso;

- Textos

Sagrados.

- Organizações

religiosas;

- Lugares Sagrados;

- Textos Sagrados;

- Símbolos

Religiosos;

- Festas religiosas;

- Temporalidade

Sagrada.

- Destacar as

influências

religiosas que se

estabeleceram no

Estado do Paraná;

- Locais Sagrados no

Paraná;

- Organizações

religiosas presentes

no Estado;

- festas religiosas e

locais de

peregrinação.

Educação Ambiental,

Lei Federal

Nº9795/99, Dec.

4201/02.

- Paisagem

Religiosa;

- Universo

Simbólico

Religioso;

- Lugares Sagrados;

- Símbolos

Religiosos;

- Festas religiosas;

- Temporalidade

- A temporalidade

e os Calendários

Sagrados.

- O tempo sagrado e

os ciclos da natureza;

- Espaços sagrados

ligados à natureza e

ao meio ambiente;

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Educação Ambiental,

Lei Estadual

Nº17505/13.

- Textos

Sagrados.

Sagrada;

- Ritos.

- Religiosidade

indígena e sua

conexão com a

natureza.

História e Cultura

Afro-Brasileira. Lei

Federal, Nº10.

639/03.

- Paisagem

Religiosa;

- Universo

Simbólico

Religioso;

- Textos

Sagrados.

- Organizações

Religiosas;

- Textos Sagrados;

- Símbolos

Religiosos;

- Festas religiosas;

- Temporalidade

Sagrada;

- Ritos.

- Desmistificação

das religiões

Africanas e

Indígenas.

- Símbolos religiosos

e a linguagem não

escrita;

- os diferentes ritos

encontrados nas

religiões de matriz

Africana e

Americana.

História e Cultura

Afro-Brasileira e

Indígena. Lei Federal

Nº11. 645/08.

Instrução Nº. 17/16

SUED/SEED –

História e Cultura

Afro- Brasileira.

Estatuto do Idoso.

Lei Federal Nº.

10741/03

- Paisagem

Religiosa;

- Universo

Simbólico

Religioso;

- Textos

Sagrados.

- Textos Sagrados;

- Temporalidade

Sagrada;

- Símbolos

Religiosos;

- Vida e Morte.

- Temporalidade

sagrada e as

questões de vida e

morte.

- Diferentes visões

religiosas sobre o

tratamento dado a

seus anciões;

- O respeito dedicado

aqueles que

transmitem suas

experiências vividas

ao longo dos anos.

Política de Proteção

ao Idoso. Lei

Estadual Nº.

17858/13.

Gênero e

Diversidade Sexual

- Paisagem

Religiosa;

- Universo

Simbólico

Religioso;

- Textos

Sagrados.

- Organizações

Religiosas;

- Textos Sagrados;

- Símbolos

Religiosos;

- Festas religiosas;

- Temporalidade

Sagrada.

- Papel do

homem e da

mulher dentro das

práticas

religiosas;

- As

funções/atribuições

dos homens e

mulheres nas

tradições religiosas;

- As hierarquias

estabelecidas nas

tradições religiosas; Cria mecanismos

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para coibir a

violência doméstica

e familiar contra a

mulher. Lei Federal

N° 11340/06.

- O respeito à

diversidade cultural e

religiosa.

Semana Estadual

Maria da Penha nas

Escolas. Lei Federal

Nº18447/15.

- Religião e

Sexualidade.

- A compreensão das

tradições religiosas a

respeito da orientação

sexual;

- Os deuses, os

gêneros e as

identidades de

gêneros;

- O respeito à

diversidade cultural e

religiosa.

Dia Estadual de

Combate a

Homofobia, Lei

Estadual Nº.

16.454/10 de

17/05/10. E

Resolução Nº. 12 de

16/01/16

Enfrentamento à

Violência Contra a

Criança e o

Adolescente. Lei

Federal nº.11525/07.

- Paisagem

Religiosa;

- Universo

Simbólico

Religioso;

- Textos

Sagrados.

- Organizações

Religiosas;

- Textos Sagrados;

- Símbolos

Religiosos;

- Temporalidade

Sagrada.

Desmistificação

das religiões e

seus tabus;

- A compreensão das

tradições religiosas a

respeito das

orientações sexuais;

- O respeito à

diversidade cultural e

religiosa;

- Os diferentes ritos

encontrados nas

religiões de matriz

africana e americana.

Programa de

Combate ao

Bullying. Lei

Estadual Nº.

17335/12.

Lei Federal Nº.

11947/09. Educação

Alimentar e

Nutricional.

- Paisagem

Religiosa;

- Universo

Simbólico

Religioso;

- Textos

- Textos Sagrados;

- Símbolos

Religiosos;

- Festas Religiosas;

- Temporalidade

Sagrada;

- Festas

Religiosas e ritos

alimentares nas

diferentes

religiões.

- Estabelecer relação

entre datas sagradas e

jejum alimentar;

- Alimentos sagrados

nos Rituais;

- Conhecer as

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Sagrados. - Ritos. possibilidade

alimentares das

diferentes religiões e

fazer um paralelo

com o que pode e o

que é proibido.

AVALIAÇÃO

Para efetivar o processo de avaliação no Ensino Religioso, é necessário estabelecer os

instrumentos e definir os critérios que explicitem o quanto o aluno se apropriou do conteúdo

específico da disciplina e foi capaz de relacioná-lo com as outras disciplinas. A avaliação pode

revelar também em que medida a prática pedagógica, fundamentada no pressuposto do respeito à

diversidade cultural e religiosa, contribui para a transformação social.

A apropriação do conteúdo trabalhado pode ser observada pelo professor em diferentes

situações de ensino e aprendizagem. Eis algumas sugestões que podem ser tomadas como amplos

critérios de avaliação no Ensino Religioso:

O aluno expressa uma relação respeitosa com os colegas de classe que têm opções religiosas

diferentes da sua?

O aluno aceita as diferenças de credo ou de expressão de fé?

O aluno reconhece que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de identidade de cada

grupo social?

O aluno emprega conceitos adequados para referir-se às diferentes manifestações do

Sagrado?

A avaliação é um elemento integrante do processo educativo na disciplina do Ensino

Religioso. Cabe, então, ao professor programar práticas avaliativas e construir instrumentos de

avaliação que permitam acompanhar e registrar o processo de apropriação de conhecimentos pelo

aluno em articulação com a intencionalidade do ensino explicitada no Plano de Trabalho Docente.

O que se busca, em última instância, com o processo avaliativo é identificar em que medida os

conteúdos passam a ser referenciais para a compreensão das manifestações do Sagrado pelos

alunos.

Diante da sistematização dos resultados da avaliação, o professor terá elementos para

planejar as necessárias intervenções no processo pedagógico, bem como para retomar as lacunas

identificadas na aprendizagem do aluno. Terá também elementos indicativos dos níveis de

aprofundamento a serem adotados em conteúdos que desenvolverá a posteriori e da possível

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necessidade de reorganização do trabalho com o objeto de estudo e os conteúdos estruturantes.

Para a avaliação do conhecimento na disciplina de Ensino Religioso, deve-se levar em

conta as especificidades de oferta e frequência dos alunos nesta disciplina que todo professor ao

ministrá-la deve estar ciente, pois tal disciplina está em processo de implementação nas escolas e,

por isso, a avaliação pode contribuir para sua legitimação como componente curricular.

A avaliação permite diagnosticar o quanto o aluno se apropriou do conteúdo, como

resolveu as questões propostas, como reconstituiu seu processo de concepção da realidade social e,

como, enfim, ampliou o seu conhecimento em torno do objeto de estudo do Ensino Religioso, o

Sagrado, sua complexidade, pluralidade, amplitude e profundidade.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei no 9394/96. Brasília. 1996.

Caderno Pedagógico de Ensino Religioso, 2009.

Consulta online: http://www.ensinoreligioso.seed.pr.gov.br/

PARANÁ. Regimento Escolar. Colégio Estadual Rui Barbosa – EFMP. 2015.

PARANÁ. Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Rui Barbosa – EFMP. 2015.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de

Educação Básica. Diretriz Curricular de Ensino Religioso. Curitiba. 2008.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

BIOLOGIA

APRESENTAÇÃO

A disciplina de Biologia tem como objeto de estudo o fenômeno VIDA. Ao longo da

história da humanidade, muitos foram os conceitos elaborados sobre este fenômeno, numa tentativa

de explicá-lo e, ao mesmo tempo, compreendê-lo. (DCE's, 2008)

A preocupação com a descrição dos seres vivos e dos fenômenos naturais levou o ser

humano a diferentes concepções de VIDA, de mundo e de seu papel como parte deste. Tal interesse

sempre esteve relacionado à necessidade de garantir a sobrevivência humana. (DCE's, 2008).

Ao longo da história da humanidade, pode ser observada a preocupação em compreender

os fenômenos da natureza. Foram várias as tentativas para definir o fenômeno da vida, na

Antiguidade, na Idade Média e Idade Moderna.

A história da ciência mostra que tentativas de definir a VIDA têm origem na antiguidade.

Ideias desse período, que contribuíram para o desenvolvimento da Biologia, tiveram como um dos

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principais pensadores o filósofo Aristóteles, que deixou contribuições relevantes quanto à

organização dos seres vivos, com interpretações filosóficas que buscavam, dentre outras,

explicações para a compreensão da natureza.

Na idade média, a Igreja tornou-se uma instituição poderosa, tanto no aspecto religioso

quanto no social, político e econômico. O conhecimento sobre o universo, vinculado a um Deus

criador, foi oficializado pela igreja católica que o transformou em dogma e a concepção teocêntrica

permeou as explicações sobre a natureza.

A necessidade de organizar, sistematizar e agrupar o conhecimento produzido pelo ser

humano fez surgir as primeiras universidades medievais, nos séculos IX e X. Nas universidades,

sistematizou-se o conhecimento acumulado durante séculos e passou-se a discuti-lo de maneira

distinta do que ocorria nos centros religiosos.

Com o rompimento da visão teocêntrica e da concepção filosófico-teológica medieval, os

conceitos sobre o ser humano passaram para o primeiro plano, iniciando uma nova perspectiva para

a explicação dos fenômenos naturais.

A história da ciência, na renascença, também foi marcada pelo confronto de ideias. Ao

mesmo tempo em que alguns naturalistas utilizaram o pensamento matemático como instrumento

para interpretar a ordem mecânica da natureza (ROSSI, 2001), outros, como os botânicos,

realizavam seus estudos sob o enfoque descritivo.

Os estudos de zoologia desenvolveram-se mais rapidamente a partir dos avanços

tecnológicos, com o desenvolvimento das técnicas de conservação dos animais que permitiram

estudos anatômicos comparativos.

Nesse período surgiram novos conhecimentos biológicos, como por exemplo, a

classificação dos seres vivos numa escala hierárquica.

Diante de discussões sobre a classificação dos seres vivos por diversos naturalistas, Carl

Von Linné (1707-1778), considerado o principal organizador do sistema moderno de classificação

científica dos organismos, propôs, em sua obra Systema Naturae (1735), a organização dos seres

vivos a partir de características estruturais, anatômicas e comportamentais.

Enquanto a zoologia, a botânica e a medicina trataram de explicar a natureza de forma

descritiva, no contexto filosófico discutia-se a proposição de um método científico a ser adotado

para compreender a natureza. Em meio às contradições desse período histórico, o pensamento do

filósofo Francis Bacon (1561-1626) contribuiu para uma nova visão de ciência, pois recuperou o

domínio do ser humano sobre a natureza.

Ao introduzir suas ideias sobre aplicação prática do conhecimento, Bacon, propôs um

procedimento de investigação que “substitui a revelação mística da verdade pelo caminho no qual

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ela é obtida pelo controle metódico e sistemático da observação” (FEIJÓ, 2003, p. 18).

Neste período, o filósofo francês René Descartes (1596-1650) contrapõe-se ao pensamento

baconiano considerando que “[...] o domínio e a compreensão do mundo requerem a aceitação de

um poder especial na mente que assegurava a verdade: a razão humana [...]” (FEIJÓ, 2003, p. 20).

Em meio a mudanças no mundo filosófico, o médico Willian Harvey (1578- 1657), que,

segundo Descartes, possuía “[...] uma visão de mundo baseada em uma filosofia mecanicista”

publica a obra De Modus Cordis, em 1628, propondo um novo modelo referente à circulação do

sangue. Este modelo, foi acolhido por Descartes (1596- 1650) como uma das bases mais

consistentes do que viria a se constituir como pensamento biológico mecanicista (DELIZOICOV,

2006, p. 282).

Os embates teóricos tornaram-se mais evidentes com o questionamento sobre a origem da

VIDA. As ideias sobre a geração espontânea, aceitas pelos naturalistas até o século XIX,

começaram a ser contrariadas no século XVII, quando o físico italiano Francesco Redi (1626-

1698), entre outros, apresentou estudos sobre a biogênese.

Naquele momento, não foi possível estabelecer conclusões sobre a origem da vida, pois os

conhecimentos desenvolvidos até então impediam esclarecimentos e definições precisas sobre a

natureza evolutiva.

O pensamento mecanicista reafirmou-se com a invenção e o aperfeiçoamento de

instrumentos que permitiram ampliar a visão anatômica e fisiológica.

Entretanto, as modificações nas estruturas sociais, políticas e econômicas, concretizadas no

Estado moderno europeu, favoreceram mudanças filosóficas e científicas. Nesse contexto, conceitos

consagrados, tais como a posição central da Terra no Universo foram desafiados.

Newton, Descartes e outros desenvolveram teorias estritamente mecanicistas dos

fenômenos físicos. Ao final do século XVIII, o conceito de um mundo mutável foi aplicado à

astronomia por Kant e Laplace, que desenvolveram noções sobre evolução estelar; à geologia,

quando vieram à luz evidências de mudanças na crosta terrestre e da extinção das espécies; aos

assuntos humanos, quando o Iluminismo introduziu ideais de progresso e aperfeiçoamento humanos

(FUTUYMA, 1993, p. 03).

Evidências sobre a extinção de espécies forjaram, no pensamento científico europeu, à luz

dos novos achados, proposições para a teoria da evolução em confronto com as ideias anteriores; e

no fim do século XVIII e início do século XIX, a imutabilidade da VIDA foi questionada com as

evidências do processo evolutivo dos seres vivos.

Ao apresentar uma exposição ampliada de sua teoria, em Philosophie Zoologique (1809),

Lamarck, adepto da teoria da geração espontânea, estabeleceu o conceito de sistema evolutivo em

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constante mudança; isto é, para ele, formas de vida inferiores surgem continuamente a partir da

matéria inanimada e progridem inevitavelmente em direção a uma maior complexidade, progressão

esta, controlada pelo ambiente.

No início do século XIX, o naturalista britânico Charles Darwin (1809-1882) apresentou

suas ideias sobre a evolução das espécies. Inicialmente, manteve-se fiel à doutrina da igreja

anglicana. Entretanto, os espécimes coletados na viagem pelas Ilhas Galápagos começaram a lhe

fornecer evidências de um mundo mutável.

Ao se afirmar que todos os seres vivos, atuais e do passado, tiveram origem evolutiva e que

o principal agente de modificação seria a ação da seleção natural sobre a ação individual, criou-se a

base para a teoria da evolução das espécies.

Os mecanismos evolutivos foram alvo de discussões. Para se contrapor à teoria fixista,

faltavam a Darwin dados sobre a natureza dos mecanismos hereditários.

As leis que regulam a hereditariedade, tal como foi proposto por Gregor Mendel (1822-

1884), monge agostiniano e estudioso das ciências naturais.

No século XIX, a Biologia fez grandes progressos com a proposição da teoria celular, a

partir de descrições feitas por naturalistas como os alemães Matthias Schleiden (1804-1881), em

1838, e Theodor Schwann (1810-1882), em 1839, ao afirmarem que todas as coisas vivas – animais

e vegetais – eram compostas por células. O aperfeiçoamento dos estudos sobre a origem da vida

contribuiu para a refutação do vitalismo e da ideia de geração espontânea.

No século XX, a nova geração de geneticistas confirmou os trabalhos de Mendel e

provocou uma revolução conceitual na Biologia que contribuiu para a construção de um modelo

explicativo dos mecanismos evolutivos, vinculados ao material genético, sob influência do

pensamento biológico evolutivo.

Os estudos do geneticista Thomas Hunt Morgan (1866-1945) contribuíram para que a

genética se desenvolvesse como ciência e, aliada aos movimentos políticos e tecnológicos

decorrentes das grandes guerras, promoveu uma ressignificação do darwinismo e deu força ao

processo de unificação das ciências biológicas. Nesse contexto histórico e social, a Biologia

começou a ser vista como utilitária pela aplicação de seus conhecimentos na medicina, na

agricultura e em outras áreas.

Em meados da década de 1970, as discussões acerca do progresso da ciência, do trabalho

científico nas instituições de pesquisa e do pensamento científico de cada época, expuseram a

fragilidade da concepção de ciência ainda limitada a uma epistemologia empírica.

A Biologia, então, ampliou sua área de atuação e se diversificou. Uma delas é a biologia

molecular, considerada por Mayr (1998) o centro dos interesses biológicos na atualidade. Tais

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avanços, sobretudo os relativos à bioquímica, à biofísica e à própria biologia molecular, permitiram

o desenvolvimento de inovações tecnológicas e interferiram no pensamento biológico evolutivo.

Esses conhecimentos geram conflitos filosóficos, científicos e sociais e põem em discussão

a manipulação genética e suas implicações sobre o fenômeno VIDA.

Essas controvérsias contribuem para que um novo modelo explicativo se constitua como

base para o desenvolvimento do pensamento biológico da manipulação genética. (DCE's 2008).

Buscou-se na historia da ciência descrita nas DCE's (2008), pensamentos que

contribuíssem para a construção de diferentes concepções sobre o fenômeno VIDA e suas

aplicações na disciplina de biologia.

O aprendizado de Biologia deve permitir a compreensão da natureza viva e dos limites dos

diferentes sistemas explicativos, a compreensão de que a ciência não tem respostas definitivas para

tudo, portanto pode ser questionada e transformada. Contribuindo para o desenvolvimento de uma

mentalidade de respeito pela vida, causando maior integração entre os seres humanos e a natureza.

A Biologia proporciona aos alunos elementos para a compreensão das interações entre os

seres vivos e o ambiente, a importância da tecnologia como instrumento da intervenção humana nos

ecossistemas, construindo e transformando, buscando sempre uma melhoria na qualidade de vida

dos seres que habitam nosso planeta.

O conhecimento de Biologia de forma contextualizada e interdisciplinar traz aos estudantes

uma inovação no processo da compreensão das diversas áreas com que a Biologia se relaciona.

Contextualizando o ensino da Biologia, os alunos terão possibilidade de relacionar os

conhecimentos adquiridos aos problemas de degradação ambiental e saúde, ao fenômeno da vida, a

diversidade de Espécies, a compreensão do universo. Eles serão capazes de dar significados e

conceitos científicos básicos em Biologia, como por exemplo: célula, seres vivos, reprodução,

evolução, OGM, e poderão ainda responder questões, diagnosticar e propor soluções para

problemas reais a partir de elementos da Biologia.

O ensino de Biologia permite que os alunos do meio urbano e do campo, possam

reconhecer fenômenos por eles observados em seu ambiente a que passam a ser relacionados a

outros fenômenos e compreendê-los melhor; e conhecendo novas pesquisas e novos conceitos

podem interagir com o meio, de forma mais significativa a consciente.

É fundamental que o ensino de Biologia se volte para o desenvolvimento de

conhecimentos que permitam ao aluno, compreender, reelaborar e analisar de forma crίtica as

informações que lhe forem apresentadas.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

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Compreender a vida, do ponto de vista biológico como fenômeno que se manifesta de

formas diversas, mas sempre com o sistema organizado e integrado, que interagem com o meio

físico-químico por meio de um ciclo de matéria e de fluxo de energia;

Compreender a diversidade das espécies como resultado evolutivo, que incluem dimensões

temporais e espaciais;

Dar significado a conceitos científicos básicos em Biologia;

Formar questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais e a partir de elementos

da Biologia, colocando em práticas e conceitos;

Identificar as relações entre o conceito científico e o desenvolvimento tecnológico,

considerando a preservação da vida, as condições de vida e as concepções de desenvolvimento

sustentável;

Apresentar suposições e hipótese a cerca dos fenômenos biológicos em estudo;

Relacionar degradação ambiental com agravos á saúde humana, entendida como bem estar

físico, mental e social e não apenas como ausência de doença.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DA DISCIPLINA

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS

CONTEÚDO BÁSICO:

Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: MECANISMOS BIOLÓGICOS

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos;

Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia;

Mecanismos de desenvolvimento embriológicos.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: BIODIVERSIDADE

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Teorias Evolutivas;

Transmissão das características hereditárias;

Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e a interdependência com o ambiente.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: MANIPULAÇÃO GENÉTICA

CONTEÚDO BÁSICO:

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Organismos geneticamente modificados.

METODOLOGIA DO ENSINO DE BIOLOGIA

Compreender o fenômeno da VIDA e sua complexidade de relações, na disciplina de

Biologia, significa analisar uma ciência em transformação, cujo caráter provisório nos permite

reavaliarmos os seus resultados e possibilita repensar, mudar conceitos e teorias elaborados em cada

momento histórico, social, político, econômico e cultural. (DCE, 2008).

A abordagem pedagógica permite que um mesmo conteúdo específico seja trabalhado em

cada um dos conteúdos estruturantes, considerando-se a abordagem histórica que determinou a

elaboração daqueles conteúdos estruturantes e seus objetivos.

Assim, o desenvolvimento dos conteúdos estruturantes deve se dar de forma integrada, a

medida em que se discuta um conteúdo específico. Como exemplo, o conteúdo estruturante

biodiversidade, que requer conhecimentos sobre os mecanismos biológicos e organização dos seres

vivos para compreender porque determinados fenômenos acontecem, como a vida se organiza na

terra e quais implicações dos avanços biológicos são decorrentes da manipulação genética, com

isso, pretende-se discutir o processo de construção do pensamento biológico presente na história da

ciência e reconhecê-la como uma construção humana.

Com a construção de elementos da história, torna-se possível compreender que há uma

ampla rede de relação entre produção científica, o contexto social, o econômico, o político e o

cultural, verificando-se que a formulação, a validade ou não das diferentes teorias científicas, estão

associadas ao momento histórico em que foram propostas e aos interesses dominantes do período.

Importa, então, conhecer e respeitar a diversidade social, cultural e os conceitos espontâneos dos

alunos, como elementos que podem constituir obstáculos ou favorecer a aprendizagem dos

conceitos científicos, dependendo do encaminhamento metodológico dos conteúdos.

A história da ciência mostra que tentativas de definir a vida tem origem na antiguidade,

ideias desse período contribuíram para o desenvolvimento da Biologia, que nos permitiu identificar

quatro paradigmas metodológicos, ou marcos conceituais do conhecimento biológico, o descritivo,

o mecanicista, o evolutivo e manipulação genética.

O uso de diferentes imagens com vídeos, slides, fotos e atividades experimentais são

recursos usados com frequência nas aulas de Biologia e requerem uma problematização em torno da

demonstração e da interpretação. Analisar quais os objetivos, expectativas a serem atingidas, além

da concepção da ciência que se agrega a estas atividades podem contribuir para a compreensão do

papel do aluno frente a tais atividades. Uma aula experimental, seja ela de manipulação de material

ou demonstrativa, também representa importante recurso de ensino. Para promover a aprendizagem,

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não é preciso um aparato experimental sofisticado, mas sim sua organização, discussão e análise,

que possibilita a interação com fenômenos biológicos, a troca de informações entre os grupos que

participam da aula, e, portanto, a emergência de novas interpretações, permitindo que o professor

perceba as dúvidas dos alunos.

Apresentamos para nossos alunos textos de interesse científico e metodológico para sua

interpretação; elaborando problemas e hipóteses que levam os estudantes a pensar sobre assuntos

polêmicos demonstrados pelos meios de comunicação; representando determinados processos

biológicos, problemas ambientais e na área da saúde humana, procurando estabelecer relação com

os conceitos científicos.

Pensamos que o desenvolvimento dos conhecimentos práticos contextualizados precisa

responder às necessidades da vida contemporânea, ampliando seus saberes, auxiliando-os na leitura

e visão de mundo. Levamos nossos alunos a expressar suas dúvidas e curiosidades, abrindo espaço

para suas manifestações, também procuramos elaborar questões criando situações próximas da

realidade, visando ampliar seus interesses pelos assuntos em estudo. Sabemos que ouvir os

estudantes é essencial, pois assim, estaremos respeitando suas ideias e valorizando todo o

conhecimento que eles já possuem.

Observando a lei Nº. 11.645/08, que trata da História e Cultura Afro-brasileira e Indígena,

assim como a lei Nº. 10.639/03 que trata da História e Cultura Afro-brasileira e Africana, ambas

serão abordadas no conteúdo estruturante biodiversidade, dentro de alguns conteúdos específicos. A

lei Nº. 9.795/99 relativa a Política Nacional de Educação Ambiental e a Lei Estadual nº 17.505/13

sobre a Política Estadual de Educação Ambiental, serão contempladas em diversos conteúdos

específicos relacionados ao meio ambiente, principalmente dentro de Biodiversidade e Manipulação

Genética, conteúdos estruturantes que também favorecem o estudo sobre o estatuto do idoso, Lei

Federal Nº 10.741/03 e a Lei Estadual nº 17.858/13 da Política de Proteção ao Idoso, estimulando o

respeito e a preparando os jovens para essa fase da vida.

A prevenção ao uso indevido de drogas é uma constante na disciplina, são vários os

conteúdos em que o assunto é abordado e discutido, dentro do estudo da célula, dos sistemas do

corpo humano, plantas e fungos. Assim como a sexualidade humana, que desperta muito o interesse

dos adolescentes e que muitas vezes buscam na disciplina a resposta para suas dúvidas em relação

ao tema, sendo assim essencial que o assunto seja constantemente retomado e abordado de várias

maneiras diferentes.

A discussão sobre a sexualidade já é uma base abordar também o Enfrentamento à

violência contra a criança e o adolescente, bem como o Direito das crianças e adolescentes (lei Nº.

11.525/07), levar os alunos a conhecer as diversas formas de violência, a denunciá-las e

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conscientizar a todos sobre os seus direitos. Esse também é um tema que precisa ser abordado

muitas vezes para que seja do conhecimento de todos, e que além de se defender, esses alunos se

tornem, no futuro, adultos conscientes.

A discussão sobre biopirataria, engenharia genética, avanços na medicina, fauna, flora, são

conteúdos que permitem abordar também a educação fiscal e a educação tributária (DEC.Nº.

11.43/99) e (Port. Nº. 413/02).

Além do mais será trabalhado a Lei nº. 11.340/06 Lei Maria da Penha e Educação em

Direitos Humanos – Lei Federal nº. 7.037/2009.

Os instrumentos utilizados são variados e os diversos conteúdos podem ser trabalhados

com debates, excursões, aulas expositivas, jogos, painéis, entrevistas, pesquisas, trabalhos,

elaboração de textos e cartazes, bem como usando os mais variados recursos audiovisuais, como

livros didáticos, revistas, jornais, reportagens, TV pendrive, TV Paulo Freire, Paraná digital, Portal

dia a dia educação, data show, retroprojetor, laboratórios de Biologia, microscópios lâminas,

incluindo a internet como fonte de pesquisa e visualização em Cd-rom e DVD.

AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser contínua, cumulativa, processual e integral, observando os progressos

ocorridos no desenvolvimento das atividades, baseando-se no aluno como um todo e não no

conhecimento fragmentado.

De acordo com a definição de avaliação proposta na LDB, devemos valorizar mais os

aspectos qualitativos do que os quantitativos, oportunizando aos educandos várias formas

avaliativas, bem como de recuperação.

Os processos avaliativos precisam proporcionar uma análise nos avanços ocorridos no

processo ensino e aprendizagem, provocando a curiosidade e o interesse sobre as novas

descobertas. Temos que incentivá-los a procurar novos conhecimentos utilizando-se de todos os

métodos possíveis.

O processo de avaliação, enfim, deve ser um meio que proporcione ao aluno e ao professor

uma análise dos avanços ocorridos no decorrer do ensino, incentivando a busca constante de

conhecimentos atualizados, orientando-os para o que pode ser melhorado e de que forma.

Os instrumentos de avaliação utilizados nesta disciplina serão diversificados, de acordo

com o conteúdo desenvolvido poderão ser: atividades descritivas, individuais e em grupos, bem

como trabalhos de pesquisa, interpretação e elaboração de textos, desenhos, maquetes, esquemas,

gráficos, tabelas, confecção de cartazes e murais, seminários, entre outras formas.

A avaliação é um processo de aquisição e construção dos conhecimentos, por isso nesta

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disciplina levamos em consideração os seguintes critérios: compreensão dos diversos mecanismos

biológicos, reconhecimento das formas de organização dos seres vivos, identificação dos avanços

das técnicas de manipulação genética e sua importância, e análise das relações de interdependência

dos seres vivos entre si e com o meio.

Espera que ao final do Ensino Médio, no conteúdo estruturante Organização dos Seres

Vivos, aluno seja capaz de conhecer e compreender a história biológica da vida e a diversidade

biológica; no conteúdo estruturante Mecanismos Biológicos é necessário que os alunos

compreendam os sistemas vivos como fruto da interação entre seus elementos constituintes e da

interação destes com os demais componentes do meio; em Biodiversidade, o aluno deve ter

compreendido as contribuições de Lamarck e Darwin para a ciência, de forma que possa superar

suas concepções alternativas, aproximando-se das concepções científicas, utilizando conceitos de

genética, evolução e ecologia para explicar a diversidade das espécies; e no conteúdos estruturante

Manipulação Genética, o aluno deve ter conhecimento sobre as implicações dos avanços biológicos

que se valem das técnicas de manipulação do material genético para o avanço da sociedade.

Enfim, segundo as DCE' s (2008), adota-se como pressuposto a avaliação como

instrumento analítico do processo de ensino aprendizagem que se configura em um conjunto de

ações pedagógicas pensadas e realizadas ao longo do ano letivo, de modo que professores e alunos

tornam-se observadores dos avanços e dificuldades a fim de superarem os obstáculos existentes.

Caberá a oferta de no mínimo dois instrumentos avaliativos, sendo eles, uma avaliação

escrita e um trabalho por trimestre, sendo como valores a nota total desses instrumentos a soma de

0,0 (zero) a 10,0 (dez).

Quando os resultados das avaliações forem insatisfatórios, cabe ao professor buscar as

causas dessas dificuldades, corrigindo as possíveis falhas ocorridas ao longo do processo,

realizando a recuperação de conteúdos de forma permanente e concomitante ao ensino

aprendizagem, levando em consideração as dificuldades encontradas pelos alunos, proporcionando

uma nova possibilidade de aprendizagem e um melhor aproveitamento escolar a partir de retomada

de conteúdos, pesquisas e estratégias diferenciadas daquelas utilizadas no primeiro momento para

explicação do conteúdo, objetivando que todos os alunos possam compreender o assunto proposto.

A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de apropriação

dos conhecimentos básicos. A recuperação de conteúdos acontecerá de forma permanente e

concomitantemente ao processo ensino-aprendizagem, e a recuperação do rendimento escolar será

ofertada no mínimo dois instrumentos de recuperação de estudos, pela instituição de ensino no

trimestre prevalecendo sempre a maior nota.

Os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas durante o período

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letivo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua

anotação no Livro Registro de Classe.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento

de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Biologia para o Ensino Médio. Curitiba, 2008.

FUTUYMA, D. J. Biologia evolutiva. Ribeirão Preto: Sociedade Brasileira de Genética/CNPq,

1993.

JUNQUEIRA, Luiz c. & CARNEIRO, José. Biologia Celular e Molecular. 8ª edição. Ed.

Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 2005.

KRASICHIK, Myrian. Prática de Ensino de Biologia. 4ª edição. Ed. da Universidade de São

Paulo. São Paulo, 2005.

LINHARES, Sérgio; GEWANDSZNAJDER, Fernando. Biologia Hoje. 2ª Edição, Editora Ática,

São Paulo, 2014.

PARANÁ. Projeto Político Pedagógico - Colégio Estadual Rui Barbosa – EFMP – 2015

PARANÁ. Regimento Escolar - Colégio Estadual Rui Barbosa – EFMP – 2015.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

EDUCAÇÃO FÍSICA

FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA

O surgimento da Educação Física se obteve a partir do século XIX e tinha como intuito a

aplicação de preceitos de moralidade, bem como instaurar a ordem social, adaptando o modo de

viver dos novos cidadãos configurados na sociedade. A partir da Proclamação da Republica,

começou a discussão sobre as instituições escolares e as políticas educacionais que eram praticadas

pelo antigo regime. A princípio, a burguesia brasileira depositava na ginástica, a responsabilidade de

promover através de exercícios físicos, a saúde do corpo, o pudor e os hábitos condizentes com a

vida urbana.

As práticas pedagógicas escolares da Educação Física se fortaleceram com as instituições

militares e pela medicina, onde seus modelos eram provindos da Europa e sendo incorporados nos

currículos brasileiros.

Esses modelos visavam melhorar o funcionamento do corpo e dependia de técnicas

construídas com base no conhecimento biológico e tinha a tarefa de construir corpos saudáveis e

dóceis que levassem o sujeito a um maior processo produtivo. Preponderando uma visão

mecanicista e instrumental sobre o corpo, o método ginástico francês priorizava o desenvolvimento

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da mecânica corporal. Conforme esse modelo, melhorar o funcionamento do corpo e a eficiência do

gasto energético ,dependia de técnicas que atribuíam à Educação Física a tarefa de formar corpos

saudáveis e disciplinados, possibilitando a formação de seres humanos aptos para adaptarem-se ao

processo de industrialização que se iniciava no Brasil (SOARES, 2004).

A Educação Física foi consolidada realmente no contexto escolar, somente a partir da

Constituição de 1937 e tinha como objetivos a doutrinação, dominação e contenção dos ímpetos da

classe popular, enaltecendo o patriotismo, a hierarquia e a ordem. Os militares fazem então um

grande investimento na política esportiva, certos de que assim teríamos uma nítida melhoria da

saúde do povo brasileiro, tendo consequentemente mais homens aptos ao serviço militar, que nesta

época continha uma grande quantidade de jovens dispensados por incapacidade física (LEANDRO,

2002, p. 43). Além desses, ela pregava princípios higienistas para um corpo forte e saudável, com

atividades ligadas a formação de um corpo masculino robusto, voltado para a defesa familiar e da

pátria, e o feminino caracterizado pelas formas feminis e também preparação para a maternidade

futura.

Ainda nessa década (30), o esporte começou a ser difundido e confundido com a Educação

Física. Uma série de medidas foi implantada para ressaltar o sentimento de valorização da pátria por

meio dos esportes. Foram criados vários centros esportivos e importados especialistas que

dominavam técnicas de algumas modalidades esportivas. Tratasse não mais do esporte da escola,

mas sim do esporte na escola. Isto é, os professores de Educação Física se encarregaram de

reproduzir os códigos esportivos nas aulas de Educação Física, sem se preocupar com a reflexão

crítica desse conhecimento. A escola tornou-se um celeiro de atletas, a base da pirâmide esportiva

(BRACHT, 1992, p. 225).

Com o passar dos anos a Educação Física se tornou obrigatória e objetivava formar mão de

obra fisicamente adestrada e capacitada para o mercado de trabalho, além da sua obrigação pela

defesa da pátria.

A partir de 1964, o esporte ganhou mais ênfase no Brasil na área de Educação Física e os

professores começaram a freqüentar cursos de pós-graduação nos Estados Unidos na área esportiva.

O esporte se tornou uma hegemonia nas escolas e os currículos passaram a tratá-lo com maior

ênfase, através do método tecnicista que era centrado na competição e no desempenho, sendo seu

objetivo central formar atletas para representar o país em competições internacionais. As práticas

escolares de Educação Física passaram a ter como fundamento primeiro a técnica esportiva, o gesto

técnico, a repetição, enfim, a redução das possibilidades corporais a algumas poucas técnicas

estereotipadas (TABORDA DE OLIVEIRA, 2001, p. 33).

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Já no início da década de 90, um momento significativo para o Estado do Paraná foi à

elaboração do Currículo Básico onde está embasado na Pedagogia Histórico-Crítica da educação e

caracterizasse por uma proposta avançada onde a instrumentalização do corpo deveria dar lugar a

formação humana do aluno em todas as suas dimensões.

O Currículo Básico foi produzido num período de emergência, na educação, do chamado

“discurso crítico”. Esse discurso pretendia reformular a educação e, consequentemente, a disciplina

de Educação Física, a partir de reflexões históricas e sociais que desvelassem os mecanismos de

desigualdade social e econômica, para então legitimar e concretizar um projeto de transformação

social. O objetivo central da criação do Currículo Básico foi o projeto de reestruturação do currículo

das escolas públicas do Paraná (...) (NAVARRO, 2007, p. 49).

Com o passar dos anos a Educação Física rompeu com as perspectivas da aptidão física

fundamentada em aspectos técnicos e fisiológicos, destacando outras questões consideradas

relevantes relacionadas às dimensões culturais, sociais, políticas afetivas no tratamento dos

conteúdos, baseada em concepções teóricas que discutem corpo e movimento. É fundamental

entender a importância Educação Física como uma área que possibilita aos alunos uma ampliação

da visão e trata um tipo de conhecimento denominado cultura corporal, onde representas formas

culturais do movimentar-se humano historicamente produzido pela humanidade. Nesse sentido,

entende-se que a prática pedagógica da Educação Física no âmbito escolar deve tematizar as

diferentes formas de atividades expressivas corporais, sistematizadas aqui nos seguintes conteúdos

estruturantes: Esporte, Ginástica, Lutas, Dança, Jogos e Brincadeiras (DIRETRIZES

CURRICULARES ,2008, p 14).

Dentro de um projeto mais amplo de educação do estado do Paraná, entende-se a escola

como um espaço que, dentre outras funções, deve garantir o acesso aos alunos ao conhecimento

produzido historicamente pela humanidade. Nesse sentido, partindo de seu objeto de estudo e de

ensino, Cultura Corporal, a Educação Física se insere neste projeto ao garantir o acesso ao

conhecimento e à reflexão crítica das inúmeras manifestações ou práticas corporais historicamente

produzidas pela humanidade, na busca de contribuir com um ideal mais amplo de formação de um

ser humano crítico e reflexivo, reconhecendo-se como sujeito, que é produto, mas também agente

histórico, político, social e cultural (DIRETRIZES CURRICULARES, 2008, p. 15 e 16).

A Educação Física se insere nesta Proposta ao garantir o acesso ao conhecimento e à

reflexão crítica das inúmeras manifestações como:

Praticar atividades corporais, valorizando o tempo disponível, bem como ter a capacidade de

alterar e interferir nas regras, tornando-as adequadas ao grupo e favorecendo a sua inclusão;

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Analisar, compreender e manipular os elementos no contexto sociocultural, despertando-o para

o senso crítico e relacionando-o com as práticas da cultura corporal do movimento;

Aprofundar as noções e conceitos de esforço, intensidade e frequência, buscando

aprofundamento teórico-prático de forma a construir e adaptar melhorias na qualidade de vida.

A partir desses objetivos e partindo dessa posição que estas Diretrizes apontam a Cultura

Corporal como objeto de estudo e ensino da Educação Física, visamos a participação dos alunos em

atividades culturais, como parte integrante do ensino-aprendizagem, possibilitando a eles maior

valorização e vivência de modo concreto no cotidiano escolar.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS DA DISCIPLINA

6° ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDOS BÁSICOS

ESPORTE Coletivos

Individuais

JOGOS E BRINCADEIRAS

Jogos e brincadeiras populares

Brincadeiras e cantigas de roda

Jogos de tabuleiro

DANÇA Danças folclóricas

Danças criativas

GINÁSTICA Ginástica rítmica

Ginástica geral

LUTAS Lutas de aproximação

Capoeira

7° ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDOS BÁSICOS

ESPORTE Coletivos

Individuais

JOGOS E BRINCADEIRAS

Jogos e brincadeiras populares

Brincadeiras e cantigas de roda

Jogos de tabuleiro

DANÇA Danças de rua

Danças criativas

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GINÁSTICA

Ginástica rítmica

Ginásticas circenses

Ginástica geral

LUTAS Lutas de aproximação

Capoeira

8° ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDOS BÁSICOS

ESPORTE Coletivos

Radicais

JOGOS E BRINCADEIRAS Jogos dramáticos

Jogos de tabuleiro

DANÇA

Danças de Rua

GINÁSTICA

Ginástica Rítmica

LUTAS

Lutas que mantém a distância

9° ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDOS BÁSICOS

ESPORTE Coletivos

Radicais

JOGOS E BRINCADEIRAS Jogos de tabuleiro

Jogos cooperativos

DANÇA Danças circulares

Danças de Salão

GINÁSTICA Ginástica rítmica

Ginástica de Condicionamento geral

LUTAS

Lutas com instrumento mediador

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS PARA O ENSINO MÉDIO

1ª, 2ª e 3ª SÉRIES

CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDOS BÁSICOS

ESPORTE

Coletivos

Individuais

Radicais

JOGOS E BRINCADEIRAS

Jogos dramáticos

Jogos de tabuleiro

Jogos cooperativos

DANÇA

Danças folclóricas

Danças de rua

Danças de salão

GINÁSTICA

Ginástica artística/olímpica

Ginásticas de condicionamento físico

Ginástica geral

LUTAS

Lutas com aproximação

Lutas que mantêm a distância

Lutas com instrumento mediador

Capoeira

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A Educação Física é parte do projeto geral de escolarização e, como tal, deve estar articulada ao

projeto político-pedagógico, pois tem seu objeto de estudo e ensino próprios, e trata de

conhecimentos relevantes na escola. Por isso as aulas de Educação Física não são apêndices das

demais disciplinas e atividades escolares, nem um momento subordinado e compensatório para as

“durezas” das aulas em sala.

Ao incluir o aluno na elaboração das propostas de ensino e aprendizagem será considerada

sua realidade social e pessoal, sua percepção de si e do outro, suas dúvidas e necessidades de

compreensão desta mesma realidade.

A escola tem o papel preponderante para eliminação das discriminações e para emancipação

dos grupos discriminados, ao proporcionar acesso aos conhecimentos científicos, a registros

culturais diferenciados, à conquista de racionalidade que rege as relações sociais e raciais,

necessidades especiais, a conhecimentos avançados, indispensáveis para consolidação e concerto

das nações como espaços democráticos e igualitários. É relevante os estudos de temas

contemporâneos e significativos que dizem respeito a todos os brasileiros, como as Leis sobre a

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sexualidade, inclusão social, idosos, ECA, Maria da Penha, Diversidade Cultural, entre outros, uma

vez que os seres humanos devem educar-se e construir o conhecimento, enquanto

educandos/cidadãos atuantes no seio de uma sociedade multicultural e pluriétnica, capazes de

construir uma nação democrática.

As aulas serão efetivadas na quadra de esportes, em outros lugares do ambiente escolar e em

diferentes tempos pedagógicos.

Os conteúdos em Educação Física serão trabalhados respeitando as individualidades físicas,

rítmicas, psíquicas e motoras buscando a compreensão e vivências das diferentes formas de praticar

esportes. Modismo, valores estéticos, percepção, desenvolvimento das capacidades físicas e

habilidades motoras serão relacionados às atividades desportivas.

Professor e alunos podem participar de uma integração cooperativa de construção e

descoberta, em que o professor promove uma visão organizada do processo e o aluno contribui com

o elemento novo, trazendo a síntese da atualidade para o movimento da aprendizagem.

Entre as Leis que serão trabalhadas durante o processo de ensino e Aprendizagem incluiremos:

Lei nº. 11.769/08 Música;

Lei nº. 10.741/03 Estatuto do Idoso;

Lei nº. 11.340 /06 – Lei Maria da Penha – Violência Contra a Mulher.

Lei nº. 6.202/75 Licença a Gestação;

Lei nº. 11.343/06 uso Indevido de Drogas;

Lei nº. 9.970/00 Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes e

Decreto Nº. 6.230/07;

Lei nº. 11.525/07 – Direitos das Crianças e dos Adolescentes, esta tendo como Diretriz a lei

nº. 8.069/90 – ECA;

Portaria 413/02 Programa Nacional de Educação Fiscal e Tributária;

Lei que trata da História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Leis Nº 11.645/08 e

N°10.639/03);

Lei nº. 9.795/99 e Decreto nº. 4.281/02. Política Nacional de Educação Ambiental;

Constituição Federal de 1988, LDB 9394/96 e DCE do Estado do Paraná. Alunos inclusos;

O atendimento as leis citadas acima poderão ser trabalhadas de formas diferenciadas no dia

a dia escolar, quando surgir a necessidade em complementação aos conteúdos estruturantes e

elementos articuladores da disciplina, bem como poderão ser realizados projetos interdisciplinares,

pesquisas no laboratório de informática e produções de trabalhos com apresentações em forma de

seminários e debates. Poderão ser utilizados vídeos com trechos de filmes ilustrativos e

informativos, palestras com profissionais especializados, buscando possibilitar ao educando o

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acesso a estes conhecimentos e leis que regem a nossa constituição, para que compreendam,

respeitem e valorizem as diferenças, formando alunos críticos, participativos e atuantes na

sociedade.

Relacionado à Lei nº. 11.769/08 sobre a Música, poderão ser contemplados quando se

trabalhar o conteúdo estruturante de Dança e os elementos articuladores Cultura Corporal e Corpo;

Cultura Corporal e Ludicidade, Cultura Corporal e Saúde, Cultura Corporal – Técnica e Tática,

Cultura Corporal e Lazer, Cultura Corporal e Diversidade, Cultura Corporal e Mídia.

Sobre o Estatuto do Idoso (Lei Nº. 10.741/03), a Lei Maria da Penha (Lei Nº. 11.340/06), a

Lei da Licença Gestação (Lei nº. 6.202/7), poderão ser abordados com os elementos articuladores

Cultura Corporal e Saúde, Cultura Corporal e Corpo, Cultura Corporal e Diversidade, e Cultura

Corporal e o Mundo de Trabalho, abordando assuntos diversos sobre respeito a estas classes sociais,

seus direitos e deveres.

Considerando a Prevenção ao Uso Indevido de Drogas (Lei Nº. 11.343/06), a Lei de

Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes (Lei nº. 9.970/00) e Decreto

Nº. 6.230/07, a Lei dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes (Lei Nº. 11.525/07), que tem

como Diretriz a Lei Nº. 8.069/90 – ECA, são assuntos específicos que fazem parte de recortes dos

conteúdos estruturantes Ginástica, Dança, Lutas, Esportes que também podem ser abordados,

quando se trabalha com os elementos articuladores Cultura Corporal e Saúde, Cultura Corporal e

Corpo, Cultura Corporal e Diversidade, Cultura Corporal e o Mundo de Trabalho. O Enfrentamento

a violência contra a criança e o adolescente; Direito das crianças e adolescentes (Lei Nº. 11525/07);

são temas que permitem discussões em diversos momentos dos conteúdos, e também em diversas

situações, construindo uma prática de conscientização e responsabilidade, conversando sobre os

direitos e preparando os educandos para que tenham conhecimento dos mesmos, explicando sobre a

história e os motivos da criação do ECA, levando os alunos a serem conscientes e responsáveis,

defendendo-se quando necessário e tornando-se adultos que saberão também respeitar as futuras

gerações.

Para trabalharmos a Lei da Educação Fiscal e a Educação Tributária (DEC Nº 1.143/99)

(Port. Nº. 413/02) estão presentes no cotidiano dos alunos, porém normalmente poderão ser

incluídos, aprofundados e discutidos em basicamente todos os conteúdos da educação física, pois se

trata das compras, modismos, pagamentos de impostos dos materiais e espaços utilizados na prática

da atividade física e dos esportes, sendo um importante instrumento para análise que tudo o que

gera renda ou lucro acarreta algum tributo e buscar informações sobre cada um e suas aplicações.

Considerando a Lei que trata da História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Leis

Nº 11.645/08 e N°10.639/03), esse assunto poderá ser abordado em diferentes momentos dos

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conteúdos estruturantes Dança, citamos como exemplo a Dança da Capoeira e Danças Circulares

Indígenas e nos Conteúdos Estruturantes Esportes, como exemplo Corridas no Atletismo e tiros de

Arco e Flecha.

Em relação à Lei da Educação Ambiental (Lei Nº. 9795/99, DEC. Nº 4201/02) está

relacionada a praticamente todos os conteúdos estruturantes e elementos articuladores da disciplina

sendo abordado no dia a dia da escola, favorecendo a aprendizagem de conhecimentos que venham

a desenvolver uma consciência ambiental e ecológica, promovendo uma vida futura mais saudável

e sustentável.

Para o trabalho sobre a Constituição Federal de 1988, LDB 9394/96 e DCE do Estado do

Paraná, relacionado a alunos inclusos, consideramos que a partir da inclusão, pode-se constituir um

ambiente de aprendizagem significativa, que faça sentido ao aluno, no qual ele tenha a possibilidade

de fazer escolhas, trocar informações, estabelecer questões e construir hipóteses na tentativa de

respondê-las. Aos alunos com necessidades educacionais especiais serão proporcionadas

metodologias diferenciadas, através dos elementos articuladores Cultura Corporal e o Corpo e

Cultura Corporal e Saúde, atendendo-os de forma particular nos diferentes momentos e em

consonância as atividades aplicadas nas aulas multifuncionais tipo 1, ou seja, as diversas atividades

teóricas ou práticas serão diferenciados e elaborados segundo a necessidade de cada educando.

O encaminhamento das aulas, mediante os Conteúdos Estruturantes: Esporte, Jogos e

Brincadeiras, Dança, Ginástica, Lutas e, além dos Elementos Articuladores: Cultura Corporal e

Corpo, Cultura Corporal e Ludicidade, Cultura Corporal e Saúde, Cultura Corporal e Mundo do

Trabalho, Cultura Corporal e Desportivização, Cultura Corporal - Técnica e Tática, Cultura

Corporal e Lazer, Cultura Corporal e Diversidade, Cultura Corporal e Mídia tem como base o

CORPO em MOVIMENTO, proporcionando ao educando uma tomada de consciência,

contribuindo para o desenvolvimento de suas possibilidades de aprendizagem.

Utilizaremos várias formas de trabalho, bem como os seguintes recursos tecnológicos e

didáticos:

Exposição de vídeos na TV PENDRIVE;

Leitura de textos relacionados aos conteúdos pesquisados na biblioteca;

Pesquisa e produção de conhecimento através da Internet, no laboratório de Informática do

programa Paraná Digital;

Projeções e audio-visuais através do retroprojetor, data show, som profissional, rádio escolar,

câmera digital e filmadora;

Quadra de esportes, pátio da escola;

Bolas: futsal, handebol, basquetebol, voleibol, tênis de mesa, frescobol;

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Jogos de mesa: xadrez, damas, trilha, general, palitos e dominó;

Colchonetes, bambolês, cordas raquetes, cones, elásticos;

Discussão de assuntos (debates. questionamentos e reflexões);

Projetos interdisciplinares;

Elaboração de jogos e gincanas;

Resgate de brincadeiras populares e culturais;

Elaboração de coreografias;

Confecção de materiais alternativos.

Assim, a Educação Física contribui para a educação integral do indivíduo através do ato

educativo, que é o resultado de um processo de ação dinâmica, onde os envolvidos no processo de

ensino-aprendizagem estão conscientes e exercitam a sua criatividade durante todo o processo.

AVALIAÇÃO

No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto como meio de diagnóstico

do processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento de investigação da prática pedagógica.

Assim a avaliação assume uma dimensão formadora, uma vez que, o fim desse processo é a

aprendizagem, ou a verificação dela, mas também permitir que haja uma reflexão sobre a ação da

prática pedagógica.

Para cumprir essa função, a avaliação deve possibilitar o trabalho com o novo, numa

dimensão criadora e criativa que envolva o ensino e a aprendizagem.

Desta forma, se estabelecerá o verdadeiro sentido da avaliação: acompanhar o desempenho

no presente, orientar as possibilidades de desempenho futuro e mudar as práticas insuficientes,

apontando novos caminhos para superar problemas e fazer emergir novas práticas educativas

(LIMA, 2002).

Propomos formar sujeitos que construam sentidos para o mundo, que compreendam

criticamente o contexto social e histórico de que são frutos e que, pelo acesso ao conhecimento,

sejam capazes de uma inserção cidadã e transformadora na sociedade.

A avaliação visa contribuir para a compreensão das dificuldades de aprendizagem dos

alunos, com vistas às mudanças necessárias para que essa aprendizagem se concretize e a

escola se faça mais próxima da comunidade, da sociedade como um todo, no atual contexto

histórico e no espaço onde os alunos estão inseridos.

Um dos primeiros aspectos que precisa ser garantido é a não exclusão, isto é, a avaliação

deve estar a serviço da aprendizagem de todos os alunos, de modo que permeie o conjunto das

ações pedagógicas e não seja um elemento externo a esse processo. É preciso questionar, a

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avaliação prática será diferenciada e ocorrerá durante todo o processo, através de um novo olhar nas

aulas.

Destaca-se que a avaliação deve estar vinculada ao projeto político-pedagógico da escola, de

acordo com os objetivos e a metodologia adotada pelo corpo docente. Com efeito, os critérios para a

avaliação devem ser estabelecidos, considerando o comprometimento e envolvimento dos alunos no

processo pedagógico:

• Comprometimento e envolvimento – se os alunos entregam as atividades propostas pelo

professor; se houve assimilação dos conteúdos propostos, por meio da recriação de jogos e regras;

se o aluno consegue resolver, de maneira criativa, situações problemas sem desconsiderar a

opinião do outro, respeitando o posicionamento do grupo e propondo soluções para as divergências;

se o aluno se mostra envolvido nas atividades, seja através de participação nas atividades práticas

ou realizando relatórios.

Partindo-se desses critérios, a avaliação deve se caracterizar como um processo contínuo,

permanente e cumulativo, tal qual preconiza a LDB nº. 9394/96, em que o professor organizará e

reorganizará o seu trabalho, sustentado nas diversas práticas corporais, como a ginástica, o esporte,

os jogos e brincadeiras, a dança e a luta.

A avaliação deve, ainda, estar relacionada aos encaminhamentos metodológicos,

constituindo-se na forma de resgatar as experiências e sistematizações realizadas durante o processo

de aprendizagem. Isto é, tanto o professor quanto os alunos poderão revisitar o trabalho realizado,

identificando avanços e dificuldades no processo pedagógico, com o objetivo de (re) planejar e

propor encaminhamentos que reconheçam os acertos e ainda superem as dificuldades

constatadas.

No primeiro momento da aula, ou do conjunto de aulas, o professor deve buscar conhecer as

experiências individuais e coletivas advindas das diferentes realidades dos alunos, problematizando-

as. É quando surge uma primeira fonte de avaliação, que possibilita ao professor reconhecer as

experiências corporais e o entendimento prévio por parte dos alunos sobre o conteúdo que será

desenvolvido. Isso pode ser feito de várias maneiras, como: diálogo em grupos, dinâmicas, jogos,

dentre outras.

No segundo momento da aula, o professor propõe atividades correspondentes à apreensão do

conhecimento. A avaliação deve valer-se de um apanhado de indicadores que evidenciem, através

de registros de atitudes e técnicas de observação, o que os alunos expressam em relação a sua

capacidade de criação, de socialização, os (pré) conceitos sobre determinadas temáticas, a

capacidade de resolução de situações problemas e a apreensão dos objetivos

inicialmente traçados pelo professor (PALLAFOX E TERRA, 1998).

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Na parte final da aula, é o momento em que o professor realiza, com seus alunos, uma

reflexão crítica sobre aquilo que foi trabalhado. Isso pode ocorrer de diferentes formas, dentre elas:

a escrita, o desenho, o debate e a expressão corporal. Nesse momento, é fundamental desenvolver

estratégias que possibilitem aos alunos expressarem-se sobre aquilo que apreenderam, ou mesmo o

que mais lhes chamou a atenção. Ainda, é imprescindível utilizar instrumentos que permitam aos

alunos se auto avaliarem, reconhecendo seus limites e possibilidades, para que possam ser agentes

do seu próprio processo de aprendizagem.

Durante estes momentos de intervenção pedagógica, o professor pode utilizar-se de outros

instrumentos avaliativos, como: dinâmicas em grupo, seminários, debates, júri-simulado, criação de

jogos, pesquisa em grupos, inventário do processo pedagógico, entre outros, em que os estudantes

possam expressar suas opiniões aos demais colegas.

Utilizaremos também a organização e a realização de festivais e jogos escolares, cuja

finalidade é demonstrar a apreensão dos conhecimentos e como estes se aplicam numa situação real

de atividade que demonstre a capacidade de liberdade e autonomia dos alunos.

As provas e os trabalhos escritos podem ser utilizados para avaliação das aulas de Educação

Física, desde que a nota não sirva exclusivamente para hierarquizar e classificar os alunos em

melhores ou piores; aprovados e reprovados; mas que sirva, também, como referência para

redimensionar sua ação pedagógica.

Por fim, precisamos ter clareza de que a avaliação não deve ser pensada à parte do processo

de ensino/aprendizado da escola. Deve, sim, avançar dialogando com as discussões sobre as

estratégias didático-metodológicas, compreendendo esse processo como algo contínuo, permanente

e cumulativo.

Estabeleceremos relações entre conhecimentos, conceitos, valores e atitudes; integrando-se a

dimensão emocional e sensível do corpo à cultura corporal e ampliando sua compreensão de saúde

e bem-estar, tendo em vista a promoção da qualidade de vida, buscando do aluno o seu próprio

valor como ser humano integrado na sociedade.

Aos alunos com necessidades educacionais especiais serão proporcionadas avaliações com

metodologias diferenciadas, atendendo-os de forma particular nos momentos avaliativos e em

consonância com as atividades aplicadas nas aulas multifuncionais tipo 1, ou seja, as avaliações ou

trabalhos teóricas ou práticas serão diferenciados e elaborados segundo a necessidade de cada

educando. Da mesma forma serão realizadas as retomadas de conteúdos e as recuperações de

estudos diferenciadas de acordo com as necessidades especiais de cada educando.

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A avaliação deve ser cumulativa, permanente, somatória e contínua, baseadas no

comprometimento e envolvimento dos alunos, levando em consideração suas individualidades e

limitações pessoais.

Poderão ser utilizados os seguintes instrumentos de avaliação: debates e palestras,

participação, envolvimento e comprometimento nas atividades práticas, avaliações teóricas,

avaliações práticas, avaliação orais, produção de textos, seminários, apresentação de trabalhos

individuais ou em grupos, pesquisas, relatórios.

A recuperação de estudos deve acontecer a partir de uma lógica simples: os conteúdos

selecionados para o ensino são importantes para a formação do aluno, então, é preciso investir em

todas as estratégias e recursos possíveis para que ele aprenda. A recuperação é justamente isso: o

esforço de retomar, de voltar ao conteúdo, de modificar os encaminhamentos metodológicos, para

assegurar a possibilidade de aprendizagem. Nesse sentido, a recuperação da nota é simples

decorrência da recuperação de conteúdo. A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e

concomitante ao processo de ensino e aprendizagem.

A retomada dos conteúdos será realizada após a verificação que os mesmos não foram

assimilados pelos alunos, durante as aulas teóricas e práticas.

Devemos avaliar nosso aluno individualmente como um todo, sem comparações entre

alunos, pois ele pensa, sente e age e não é possível desassociar corpo e mente; pois somente assim

podemos atingir o ápice do desenvolvimento do ensino aprendizagem.

Contemplaremos a Instrução Nº 01/2017 a qual no item 1.6 – b diz: para a composição da

média do período avaliativo trimestral, deverá ser, obrigatoriamente, proporcionando ao (a)

estudante no mínimo 02(dois) instrumentos de avaliação 02(dois) instrumentos de recuperação de

estudos.

Desta maneira a disciplina de Educação Física desta Instituição utilizará avaliações

contínuas, cumulativas e permanentes durante o processo de ensino aprendizagem, sendo 30 pontos

para avaliações teóricas e/ou trabalhos e 70 pontos para avaliações práticas. A recuperação de nota

dar-se-á trimestralmente em dois momentos distintos por blocos de conteúdo, prevalecendo a maior

nota. Após a retomada dos conteúdos do trimestre, totalizando um valor de 100 pontos.

Aos alunos com necessidades educacionais especiais, serão proporcionadas avaliações com

metodologia diferenciada, atendendo-os de forma particular no momento da avaliação e em

consonância com a sala multifuncional tipo 1.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Educação Física para os anos finais do ensino

Fundamental e para o Ensino Médio. Curitiba. SEED, 2006 e 2008.

PARANÁ - PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO DA ESCOLA. Colégio Estadual Rui

Barbosa Ensino Fundamental Médio e Profissional. Parecer Nº40/2015

PARANÁ - REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual Rui Barbosa Ensino Fundamental

Médio e Profissional. Parecer Nº29/2015.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

FILOSOFIA

APRESENTAÇÃO

A Filosofia surgiu na Grécia Antiga, há mais de 2.600 anos com os chamados pensadores

pré-socráticos. Estes primeiros filósofos trouxeram uma nova forma de explicação de mundo que

até então era predominada pela mitologia. No período socrático também conhecido como clássico,

se destaca Sócrates, Platão, Aristóteles e os sofistas. Foi nesse momento histórico que se debateu a

questão do conhecimento, havendo divergências entre filósofos e sofistas, pelo fato de que estes

últimos afirmavam ser o conhecimento construído pelo homem através da retórica, valorizando

assim, mais a argumentação que a verdade, ideia que os filósofos discordavam completamente. A

Filosofia tinha outro intuito, que era justamente buscar o conhecimento e a verdade, afastando-se

dos mitos, das aparências e das ideias falsas.

Esse objetivo filosófico está presente nos períodos seguintes, Idade Média, Modernidade e

Contemporaneidade, porém, com suas peculiaridades decorrentes de cada contexto histórico em que

os filósofos se encontravam, tendo visto que a mudança de pensamento está condicionada a

mudança histórica, social, econômica em que os indivíduos estavam inseridos.

Desde o ensino jesuítico, a Filosofia figura como disciplina no Brasil. Porém, na época,

baseando-se na cultura européia não levando em conta o contexto presente na realidade do índio, do

negro e do colono. O objetivo da educação (incluindo a Filosofia) era fornecer ferramentas para a

formação moral e intelectual tendo como pilar a Igreja Católica e os interesses das elites.

A disciplina de Filosofia, contemplando a sua autonomia em fornecer elementos para a

reflexão crítica, compõe um currículo bastante recente na educação pública brasileira. Isso se deve a

um projeto de sociedade que se pretendia construir, principalmente com o golpe militar em 1964.

Essa disciplina não era tratada como “útil” para alguns setores da sociedade, pois poderia prejudicar

a manutenção do poder vigente através do exercício de questionar e refletir sobre todas as coisas.

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Até pouco tempo as camadas populares não tinham acesso a essa área das ciências humanas que

instigam a reflexão e ampliam a visão de mundo.

O fim do regime de ditadura no Brasil e o clima de abertura política e redemocratização que

embalou o povo brasileiro na década de 1980 não conseguiu reconduzir a disciplina de Filosofia à

grade curricular de nível básico, apesar da compreensão por parte da maioria dos intelectuais, de

que na reconstrução da democracia era necessária uma reforma educacional. Segundo Maria Lúcia

de Arruda Aranha e Maria Helena Pires Martins, “(A Filosofia) ... é importante para a formação

integral de todos os alunos. Porque, ao estimular a elaboração do pensamento abstrato, a filosofia

ajuda a promover a passagem do mundo infantil ao mundo adulto. Se a condição do

amadurecimento esta na conquista da autonomia no pensar e no agir, muitos adultos permanecem

infantilizados quando não exercitam desde cedo o olhar crítico sobre si mesmo e sobre o

mundo.(ARANHA,2002, pg 01)

A discussão sobre a contribuição que a Filosofia podia dar à construção do Brasil do século

XXI começa oficialmente em 1997 quando o deputado federal Roque Zimmerman propôs pela

primeira vez um projeto de lei no sentido da sua obrigatoriedade, proposta que estranhamente foi

vetada em 2001, pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso. Aos governantes parecia

cômodo “silenciar a crítica dos pensadores, a fim de garantir a obediência passiva dos cidadãos”.

Em 2003 o senador Ribamar Alves reapresentou o projeto, com algumas alterações, ao Congresso

Nacional, como medida paliativa, o CNE publicou em 2006 resolução orientando as redes estaduais

de educação a oferecer Filosofia no ensino médio, enquanto a LDB , no art. 36, determina que, no

final do Ensino Médio, o estudante deverá “dominar os conhecimentos de filosofia (...) necessários

ao exercício da cidadania” , na prática no entanto, a Filosofia é tratada como tema transversal

retirando-lhe o caráter de disciplina.

No Estado do Paraná, foi aprovada a lei Nº15.228, em julho de 2006, tornando a Filosofia

(...) obrigatória na matriz curricular do Ensino Médio.

Uma luz no fim do túnel parece reconduzir a Filosofia ao espaço que nunca deveria ter

perdido, e hoje vemos a falência dos valores éticos que o ensino tecnicista não conseguiu garantir, a

sociedade clama por uma reestruturação educacional que dê conta de resgatar tais valores e eis que

surge de um ostracismo de 37 anos, a Filosofia como disciplina obrigatória para todas as séries do

Ensino Médio; no dia 02 de Junho de 2008 o presidente em exercício, José Alencar, sancionou a lei

11684, que alterou o inciso III do parágrafo 1º do artigo 36 da LDB. Onde se lia antes que, ao final

do ensino médio, o aluno deveria demonstrar “domínio dos conhecimentos de filosofia (...)

necessários ao exercício da cidadania”, agora se lê “IV – serão incluídas a Filosofia e a (...) como

disciplinas obrigatórias em todas as séries do ensino médio.” Conferindo obrigatoriedade legal

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aquilo que o CNE apenas regulamentava em caráter de parecer. Entendemos ser esta uma grande

conquista para a educação brasileira que precisa urgentemente ser repensada para atender as lacunas

que se verifica na formação humana. A Filosofia contribuirá decisivamente neste resgate, pois

qualquer que seja a atividade profissional futura ou projeto de vida, enquanto pessoa e cidadão, o

aluno precisa da reflexão filosófica para o alargamento da consciência crítica, para o exercício da

capacidade humana de se interrogar e para a participação mais ativa na comunidade em que vive,

além de um posicionamento fundamentado, diante dos novos problemas que o mundo tecnológico

apresenta. É necessário dar a reflexão ética a mesma velocidade que as transformações cientificas

impuseram a humanidade, também considerar os problemas da convivência e tolerância imposta por

um mundo globalizado que aproxima diferenças e integra diversidades.

O ensino de Filosofia em nível médio deve oportunizar ao educando fundamentação teórica

para reflexão critica sobre os grandes temas que inquietam a humanidade e proporcionando a

apropriação de conceitos que fundamentam a sua leitura de mundo como sujeito e agente de

transformação.

Na atual polêmica mundial acerca dos possíveis sentidos dos valores éticos, políticos,

estéticos e epistemológicos, a Filosofia tem um espaço a ocupar e muito a contribuir. Seus esforços

dizem respeito, basicamente, aos problemas e conceitos criados no decorrer de sua longa história, os

quais por sua vez geram discussões promissoras e criativas que desencadeiam, muitas vezes, ações e

transformações. Por isso, permanecem atuais. Um dos objetivos do Ensino Médio é a formação

pluri dimensional e democrática, capaz de oferecer aos estudantes a possibilidade de compreender a

complexidade do mundo contemporâneo, suas múltiplas particularidades e especializações. Nesse

mundo, que se manifesta quase sempre de forma fragmentada, o estudante não pode prescindir de

um saber que opere por questionamentos, conceitos e categorias e que busque articular o espaço

temporal e sócio-histórico em que se dá o pensamento e a experiência humana. Como disciplina na

matriz curricular do Ensino Médio, considera-se que a Filosofia pode viabilizar interfaces com as

outras disciplinas para a compreensão do mundo da linguagem, da literatura, da história, das

ciências e da arte.

No estudo da Filosofia se faz necessário contextualizar as teorias com base na história da

Filosofia: Antiguidade, Idade Média, Modernidade e Contemporaneidade. O período histórico em

que os filósofos estão inseridos é determinante para a compreensão do seu pensamento e de sua

teoria.

O objetivo principal da disciplina de Filosofia é desenvolver no estudante o pensamento

crítico, para que, através do contato com as teorias dos grandes pensadores ao longo da história, o

educando possa estruturar seu próprio pensamento, ampliando novos horizontes e novos pontos de

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vista a serem analisados. Para esse objetivo ser alcançado é importante que em sala de aula o

estudante tenha uma experiência filosófica, oportunizando o ato de filosofar. Para isso é

indispensável o acesso aos conteúdos de Filosofia para enfim refletir sobre ele e relacionar com o

próprio cotidiano.

O objeto de estudo da Filosofia é o pensamento, a investigação, o questionamento profundo

do ser considerando sua essência, sua natureza e seu fim e também os fatos e os conceitos como o

pensamento, a consciência e a razão, tudo isso feito com muito rigor metodológico.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS DA DISCIPLINA

1ª SÉRIE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: MITO E FILOSOFIA

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Saber mítico;

Saber filosófico;

Relação mito e Filosofia;

Atualidade do mito;

O que é Filosofia?

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: TEORIA DO CONHECIMENTO

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Possibilidade do conhecimento;

As formas de conhecimento;

O problema da verdade;

A questão do método;

Conhecimento e lógica.

2ª SÉRIE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: ÉTICA

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Ética e moral;

Pluralidade ética;

Ética e violência;

Razão, desejo e vontade;

Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas.

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CONTEÚDO ESTRUTURANTE: FILOSOFIA POLÍTICA

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Relação entre comunidade e poder;

Liberdade e igualdade política;

Política e ideologia;

Esfera pública e privada;

Cidadania formal e/ou participativa.

3ª SÉRIE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: FILOSOFIA DA CIÊNCIA

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Concepções de ciência;

A questão do método científico;

Contribuições e limites da ciência;

Ciência e ideologia;

Ciência e ética.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: ESTÉTICA

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Natureza da arte;

Filosofia e arte;

Categorias estéticas: feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, gosto, etc.

Estética e sociedade.

METODOLOGIA

Diante do desafio de resgatar uma proposta de ensino de Filosofia para o Ensino Médio

propomos uma abordagem metodológica que proporcione ao educando, ao mesmo tempo domínio

do saber filosófico acumulado na história da humanidade e uma reflexão sobre os problemas que

perpassam sua própria existência. Para tanto entendemos que se faz necessário abordar os grandes

temas da Filosofia numa perspectiva histórica, primeiro compreendendo os temas em seu tempo

para posteriormente contextualiza-lo; é necessário ir ao texto filosófico ou à história da filosofia

sem, contudo tratar os conteúdos como a única preocupação do ensino de Filosofia.

Os conteúdos estruturantes e básicos serão trabalhados primeiramente, através da

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sensibilização, ou mobilização para o assunto tratado, levando o educando a perceber o sentido e a

relevância do tema. Depois a problematização e a investigação se faz necessária para levantar os

questionamentos e dúvidas pertinentes aquele determinado assunto. Recorrer ao conhecimento

teórico para analisar o que pensaram os filósofos sobre esses mesmos problemas. Então,

posteriormente, avançar na criação de conceitos próprios e autônomos.

Para a mobilização do conhecimento se faz necessário a utilização de filmes, imagens,

tirinhas, charges e músicas. Esses recursos permitem dialogar com a realidade vivenciada pelo

estudante. São possibilidades que a disciplina de Filosofia pode contemplar, além de acrescentar na

compreensão do conteúdo, fornece também a consciência para que os educandos percebam que a

Filosofia está presente em todos os lugares, e que a reflexão filosófica pode ser algo do próprio

cotidiano desde uma conversa com os amigos, ou simplesmente ao ouvir uma música no rádio.

Esses mecanismos contribuem para a problematização do tema proposto, convidando o

estudante a analisar e refletir sobre o assunto, recorrendo aos textos filosóficos clássicos e, através

dessa ferramenta, formular seus próprios conceitos argumentando filosoficamente.

Ao incluir o aluno na elaboração das propostas de ensino e aprendizagem será considerada

sua realidade social e pessoal, sua percepção de si e do outro, suas dúvidas e necessidades de

compreensão desta mesma realidade.

A relevância de conteúdos na qual facilita o entendimento do aluno na prática de Filosofia

realizará uma reflexão ao proporcionar acesso aos conhecimentos científicos, registros culturais

diferenciados, tais como são vistos a partir dos estudos de temas decorrentes da:

História e Cultura Afro Brasileira e Africana (10.639/03);

História e Cultura Afro Brasileira e Indígena (11.645/08);

Meio Ambiente (9.795/99);

Estatuto do Idoso (10.741/03);

Lei Maria da Penha (11.340/06);

Educação Fiscal/ Educação Tributária (Decreto 1143/99 e Portaria 413/02).

Educação de Direitos Humanos (Decreto 7.037/09)

Educação Alimentar e Nutricional (Lei 11947/09)

Educação para o Trânsito (Lei 9503/97)

Programa de Resistência às Drogas e à Violência (Lei 17.650/13)

Prevenção ao Uso Indevido de Drogas (Lei 11.343/06)

História do Paraná (Lei 13.381/01)

Programa de Combate ao Bullying (Lei 17.335/12)

Gênero e Diversidade Sexual (Lei 16.454/10 e Resolução 12/16)

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Enfrentamento à Violência contra a Criança e o Adolescente (Lei 11.525/07)

Esses desafios contemporâneos serão abordados de forma contextualizada, considerando que

são problemas significativos na vida cotidiana, trabalharemos de uma forma mais prática e ampla

esses temas a partir de vídeos educativos, filmes que abordam as questões citadas, documentários,

palestras e leituras diversas. Buscaremos através de atividades de pesquisa, debates e aulas

expositivas com a utilização de variados instrumentos tecnológicos, como internet, multimídia, TV,

etc, garantir o domínio conceitual e criar um espaço de experiência filosófica, espaço de provocação

do pensamento original, da busca, da compreensão, da imaginação, da investigação da análise e da

re-interpretação dos conceitos bem como elaboração de novos conceitos. Entendemos que o

trabalho do professor é o de propor problematizações, leituras filosóficas e analise de textos,

tomando o cuidado de não interferir na construção de autonomia de pensamento ao educando. Ao

educador é necessário compreender que ele não esta criando discípulos, mas sim livres pensadores

com capacidade argumentativa e domínio dos pressupostos metodológicos e lógicos.

Aos alunos com necessidades educacionais especiais, serão utilizados as ferramentas e os

recursos disponíveis e necessários para adaptar e proporcionar o mesmo acesso aos conteúdos

filosóficos.

AVALIAÇÃO

A avaliação em Filosofia deve considerar a opinião divergente e o ponto de vista do

estudante, porém, deve-se levar em conta o conhecimento teórico, conceitual, a capacidade de

análise, interpretação e de construção de novos conceitos e posições a partir de argumentações

coerentes e satisfatórias, possibilitando observar o posicionamento crítico do educando perante o

conteúdo estudado. Entende-se a avaliação como um instrumento didático pedagógico com funções

diferenciadas. Ela é diagnóstica e processual, isto é, tem a função de subsidiar e redirecionar o curso

da ação no processo ensino-aprendizagem.

Os instrumentos avaliativos devem contemplar a pluralidade de indivíduos. Para tanto não se

deve prender a um único instrumento de avaliação e perceber as mudanças quantitativas e

qualitativas verificadas no educando. Esta diversidade de instrumentos é representada por

seminários, debates, painéis, entre outro, e, conforme estabelecido no projeto político pedagógico

da escola, corresponderá a um percentual de avaliação formal, avaliação escrita trimestral e outro

percentual através de trabalhos de pesquisa, atividades em grupo ou individual, seminários, debates,

relatórios, murais etc. sendo que todos os critérios avaliativos devem estar claros ao educando no

inicio de cada período trimestral.

Aos alunos com necessidades educacionais especiais, dentro de uma proposta de educação

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inclusiva, será valorizada e respeitada a diversidade dos estudantes, para isso, serão feitas

adaptações curriculares para atender da forma mais adequada possível, possibilitando um

aprendizado e um avanço significativo aos estudantes.

Será ofertado ao aluno no mínimo 2 (dois) instrumentos avaliativos ( uma prova escrita e

um trabalho) no decorrer do trimestre, tendo como valores a soma total de 0 (zero) a 10,0 (dez

vírgula zero).

A recuperação dos conteúdos será trabalhada de maneira específica no qual busca visar a

dificuldade do aluno referente ao conteúdo trabalhado. A partir da retomada do conteúdo, o

professor procurará identificar essa dificuldade, fazendo com que assim ele busque seus meios de

respostas de uma forma em que utilize o raciocínio a partir de princípios estratégicos, a fim de que a

investigação seja o seu principal foco no processo de criação dos conceitos.

A recuperação de estudos é direito dos alunos independente do nível de apropriação dos

conhecimentos básicos. A recuperação dos conteúdos acontecerá de forma permanente e

concomitantemente ao processo ensino-aprendizagem, e a recuperação do rendimento escolar será

ofertada em dois momentos distintos e instrumentos diferenciados no trimestre.

O resultado da recuperação será incorporado às avaliações efetuadas durante o período

letivo, constituindo-se em mais um componente de aproveitamento escolar, sendo obrigatório seu

registro no Livro Registro de Classe, prevalecendo assim a nota maior.

A avaliação em Filosofia é sempre um processo, uma análise do posicionamento inicial do

educando com o momento posterior ao estudo realizado.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofando, introdução a Filosofia. 2ª Edição SP. ed

Moderna, 1993.

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da Educação. São Paulo: Moderna, 2002.

BRASIL, Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). Nº.

9394/96.

CERLETTI, Alejandro; Kohan, Walter Omar. A filosofia no ensino médio. Brasília: UnB, 1999.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de

Educação Básica. Diretriz Curricular de Filosofia. Curitiba, 2008.

FILOSOFIA. ENSINO MÉDIO. SEED - PR, vários autores, 2006.

PARANÁ. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual Rui Barbosa - EFMP.

PARANA. REGIMENTO ESCOLAR – Colégio Estadual Rui Barbosa – EFMP.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

FÍSICA

APRESENTAÇÃO

O conhecimento físico é uma das muitas faces da cultura científica, construída pela ação

humana motivada, muitas vezes, pelas tentativas de conhecer e explicar o funcionamento da

Natureza. Não obstante, é perceptível que este conhecimento também evolui pela ação deliberada

do homem quando busca formas de melhoria de vida. E estes procedimentos foram executados por

um coletivo de mãos e mentes, erros e acertos, necessidades e fantasias, buscas e encontros não

esperados, ocupando-se de todos os ramos da atividade humana.

Inicialmente as explicações para os fenômenos naturais baseavam-se em mitos e crenças,

ainda no período paleolítico e mais tarde surgiram as primeiras sistematizações com o povo grego

em explicar as variações cíclicas observadas nos céus, onde deram origem a Astronomia e com ela o

início do estudo dos movimentos. Mesmo sabendo-se que hoje esse estudo Aristotélico estava

equivocada, percebe-se uma primeira tentativa sistematizada de explicar o Universo, para a ciência

ocidental. E estes conceitos foram concebidos como verdades durante vários séculos.

Por volta do século XV começam a surgir estudos que colocam os conceitos medievais

(aristotélicas) de Universo em crise. Com o surgimento da ciência experimental, verificou-se que

muitos conceitos tidos como verdades não eram a representação adequada da Natureza. Os estudos

de Nicolau Copérnico (1473 – 1543) revelavam que o Sol era o centro de um sistema do qual a

Terra era apenas um planeta – modelo heliocêntrico. A partir disso, ele propôs o novo modelo de

explicação do universo (heliocentrismo), uma ideia já defendida muito antes por Aristarco de

Samos (310-210 a.C.), para quem o Universo tinha um fogo central.

As inconsistências e insuficiências dos modelos explicativos do Universo exigiram novos

estudos que produziram novos conhecimentos físicos. Tais estudos foram estimulados pelas

mudanças econômicas, políticas e culturais iniciadas no final do século XV com a ampliação da

sociedade comercial. Esses acontecimentos acentuaram-se ao longo dos séculos seguintes, levaram

ao fim a sociedade medieval e abriram caminho para a Revolução Industrial do século XVIII.

Dentro desse contexto histórico, Galileu Galilei (1562-1643) mostrou a Física que

conhecemos atualmente desfazendo a física de Aristóteles e a Astronomia de Ptolomeu e reforçando

a afirmação do sistema copernicano. O universo deixou de ser finito e o céu de ser perfeito. O

espaço passou a ser descrito em linguagem matemática. Galileu buscava descrever um fenômeno

partindo de uma situação particular para fazer generalizações e construir leis universais.

Galileu publicou a sua obra “Diálogo sobre os dois principais sistemas do mundo -

ptolomaico e copernicano” na qual defendia o sistema heliocêntrico de Copérnico, embora sem

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considerar as leis, formuladas depois por Kepler, sobre o movimento da Terra em torno do Sol.

Essas leis foram levadas em conta por Newton, que estabeleceu uma unificação no modo como a

Física analisa-os.

Ao aceitar o modelo de Copérnico e propor a matematização do Universo, Galileu causou

uma revolução. Ao instituírem o método científico, Bacon, Galileu, Descartes e, provavelmente,

outros anônimos, retiraram das autoridades eclesiásticas o controle sobre o conhecimento e

iniciaram um novo período que chamamos de moderno, o que possibilitou a Isaac Newton realizar a

primeira grande unificação da ciência, que elevou a Física, no século XVII, ao status de Ciência.

Enquanto Copérnico, Kepler e outros, antecessores e contemporâneos, deram grande

importância à composição da matéria, essência dos corpos identificada nas formas geométricas,

Newton preocupou-se com as leis do movimento e com a forma como se dá a interação entre os

corpos, o que foi sintetizado na Teoria da Gravitação.

Newton completou o que Galileu e Descartes não chegaram a realizar que foi submeter o

céu e a Terra às mesmas leis e descobriu a quantidade de movimento que é uma grandeza que se

conservam sempre, mesmo em processos em que tudo parece estar mudando. Sua síntese explicava

de forma satisfatória os fenômenos celestes e terrestres.

Na Inglaterra, na segunda metade do século XVIII, o contexto favorecia o conhecimento

físico com a evolução da termodinâmica, pois a incorporação das máquinas a vapor à indústria

trouxe mudanças no modo de produzir bens e contribuiu para transformações sociais e tecnológicas.

Com o objetivo de entender o calor para melhor funcionamento das máquinas, elaborou-se das leis

da termodinâmica. Ao abranger trocas de trabalho e calor, a energia mostrou-se uma quantidade

que se conserva em todos os processos, constituindo outro grande invariante, ao lado das

quantidades de movimento, outra grande unificação da física. Com sua relação à produção de

máquinas, o conhecimento físico tornou-se, então, um importante aliado para o avanço da sociedade

capitalista.

Dentro desta situação, em 1861, Maxwell previu que os campos eletromagnéticos

poderiam se propagar em ondas, que foi confirmado por Hertz. A velocidade destas ondas coincide

com a luz, levando a formulação da teoria eletromagnética da luz, completando assim, a unificação

que Faraday iniciara. Ao lado da teoria da gravitação universal, desenvolvida por Newton, a teoria

do eletromagnetismo, sistematizada por Maxwell, completou uma visão geral de todos os campos

de força até então conhecidos, ao mesmo tempo em que lançou as bases para a produção e uso de

energia elétrica quanto para as modernas telecomunicações (SEED/ n: MENEZES, 2005, p-21).

O início do século XX foi marcado por uma revolução no campo da Física. Em 1905,

Einstein apresentou a teoria da relatividade ao perceber que as equações de Maxwell não obedeciam

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às regras de mudança de referencial da teoria newtoniana. E com a compreensão de novos

fenômenos, logo emergiu a física quântica, esplêndida por explicar o mundo micro.

Diante da importância da Física e da sua história na evolução da humanidade, surge a

iniciativa de comunicar ás novas gerações todo esse arcabouço construído historicamente. Nesse

sentido, o ensino de Física pode ser o alavancar da conscientização sobre esta produção de

conhecimentos.

A importância do ensino de Física reside na possibilidade dos estudantes de ensino médio

se apropriarem de conceito que lhe permita entender a Natureza, o mundo ao seu redor. Citamos, a

seguir, alguns exemplos. Ao consultar a previsão do tempo, saber discernir entre a temperatura e a

sensação térmica previstas, a velocidade e direção dos ventos; conhecer o conceito de inércia, com

isso, ter consciência para o uso de cinto de segurança em automóveis e capacetes para pilotar;

conhecer as escalas de temperatura utilizadas em diferentes países e saber relacioná-las, além da

escala absoluta, importante também para a Química e Engenharias; a relação entre eletricidade e os

tecidos vivos, choque elétrico e paralisias e a formas de evitar descargas elétricas. Ter conhecimento

do magnetismo terrestre e conseguir orientar-se espacialmente por meio de uma bússola.

Conhecer o comportamento dos gases e poder relacionar o tema com os efeitos do

aquecimento global. A expansão dos gases e as correntes de convecção nos fluidos podem auxiliar

na compreensão das consequências do efeito estufa na vida marinha, bem como o movimento das

correntes marítimas. Possuir conhecimento sobre eletricidade para evitar choques elétricos,

instalações elétricas e outras situações que podem colocar pessoas em condições de risco. Saber a

importância dos cabos das instalações elétricas devidamente isolados e distanciados (campo elétrico

e magnético entre os condutores). Conhecer os materiais que são condutores de eletricidades e os

isolantes podem prevenir situações de choque elétrico, além da prevenção de raios. Saber interpretar

a fatura residencial de energia elétrica, bem como calcular o consumo mensal de energia de

equipamentos elétrico, sem dúvida, colocam o estudante em posição de vanguarda no tema

consumo de energia. Além de outras formas de economia de energia elétrica. Ter noção de que a

velocidade de um automóvel tem relação direta com a distância utilizada para frenagem, e que o

excesso de velocidade é grande causador de atropelamentos e acidentes automobilísticos.

Todos os itens anteriores, quando incorporados, posicionam o sujeito em condição de

vantagem em relação aos demais e à Natureza. Alguém com conhecimentos consegue prever

situações e evitar riscos às pessoas, animais, natureza, etc., além de ser mais produtivo nos seus

trabalhos.

A Física tem como objeto de estudo o Universo em toda sua complexidade e, por isso, como

disciplina escolar, propõe aos estudantes o estudo da natureza, entendida, segundo Menezes (2005),

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como realidade material sensível. Ressalte-se que os conhecimentos de Física apresentados aos

estudantes do Ensino Médio não são coisas da natureza, ou a própria natureza, mas modelos

elaborados pelo Homem no intuito de explicar e entender essa natureza.

OBJETIVOS

A Física na escola de ensino médio objetiva educar para a cidadania e contribuir para o

desenvolvimento de um sujeito capaz de compreender a produção científica ao longo da história. O

alinhamento com a compreensão da Natureza e relação com o mundo do trabalho estão

compreendidos nos objetivos. Também considera-se importante a dimensão crítica do conhecimento

sobre o universo e de fenômenos, ao relacionar a não neutralidade de sua produção de

conhecimento científico, mas, seu comprometimento e envolvimento com aspectos sociais,

políticos, econômicos e culturais, ou seja, como um produto da atividade humana.

O ponto de partida da prática pedagógica são os conteúdos estruturantes propostos com

base na evolução histórica das ideias e dos conceitos da Física. É fundamental o enfoque conceitual

para além de uma equação matemática, sob o pressuposto teórico o qual se afirmar que o

conhecimento científico é uma construção humana com significado histórico e social.

No desenvolvimento dos conteúdos em sala de aula, é importante que o estudante conheça

as ideias, hipóteses, leis e teorias que descrevem e explicam o comportamento da natureza. Não

obstante, a relação da Física com o progresso tecnológico, cultura, o meio ambiente e recursos

naturais, entre outros, valorizando sua relação com o exercício da cidadania.

Ao lecionar Física, objetiva-se, também, e ensinar estratégias e habilidades que sirvam

para que os estudantes possam resolver problemas. Tenta-se uma aprendizagem duradoura, para a

vida, que também inclui a resolução de problemas relacionados ao seu cotidiano.

.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTE/BÁSICOS DA DISCIPLINA

ENSINO MÉDIO

Série Conteúdo estruturante Conteúdos básicos

1ª Movimento -Momentum e inércia

-Conservação de quantidade de movimento

-Variação da quantidade de movimento = impulso

-2ª Lei de Newton

-3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio

-Energia e o princípio da conservação da energia

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-Gravitação

2ª Termodinâmica - Hidrostática.

-Leis da Termodinâmica

-Lei zero da Termodinâmica

-1ª Lei da Termodinâmica

-2ª Lei da Termodinâmica

- Ondas eletromagnéticas (introdução ao estudo das ondas

mecânicas)

3ª Eletromagnetismo

- A natureza da luz e suas propriedades

Carga, corrente elétrica, campo e ondas eletromagnéticas;

-Força eletromagnética

-Equações de Maxwell: Lei de Gauss para eletrostática /Lei

de Coulomb, Lei de Ampére, Lei de Gauss magnética, Lei

de Faraday

METODOLOGIA

Ao longo do Ensino Médio, o ensino de Física tem o objetivo de instrumentalizar o

educando do Colégio Estadual Rui Barbosa, para compreender a interação existente entre o mundo

físico e social, coordenar informações, posicionar-se diante delas e construir os seus conhecimentos.

O ensino de Física, desta forma deve possibilitar a capacidade de entender a realidade, de situar-se

no mundo participando de forma ativa na comunidade, ser capaz de compreender criticamente uma

notícia, de ler um texto científico, de entender e avaliar questões de ordem social e política,

organizando os conhecimentos e habilidades necessárias para que os indivíduos se sintam

alfabetizados científicos e tecnologicamente proporcionando o desenvolvimento de uma postura

crítica e reflexiva frente as descobertas e os fatos científicos.

Reconhecendo a Física como um campo teórico considerando os conceitos fundamentais

que dão sustentação a teoria dos movimentos, pois para ensinar uma teoria é necessário o domínio e

a utilização de linguagem própria da ciência.

A apresentação dos conteúdos se dá a partir de um conhecimento prévio do aluno e suas

vivências, através de recursos tecnológicos como vídeo, retroprojetor, TV – pendrive, computador,

internet, e outros. Caracterizando a atividade científica como produção humana, condicionada por

vários fatores externos do caráter cultural, social, econômico e político que abrem um leque de

possibilidades para a apropriação dos conteúdos, destacando a importância da Física como resposta

a indagações do ser humano e da sociedade, reconhecendo a importância da observação e da

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experimentação, aliadas à reflexão e ao campo de ideias. Determinando experimentalmente fatos

como velocidade de um corpo, medidas de distância e de tempo; Identificando as variáveis que

interferem no cotidiano do nosso educando, o estudo da física nos possibilita o trabalho com

materiais alternativos, trazendo para sala de aula material concreto e de fácil aquisição, tornando o

aluno capaz de construir e assim facilitar a sua compreensão, atingindo os eixos básicos da

educação: agir, pensar e fazer.

A construção deste conhecimento será encaminhada através de:

Modelos matemáticos teóricos são importantes, uma vez que contextualizados, do cotidiano

do educando, para que possam fazer sentido para o aluno;

Experimentação contemplando a curiosidade do aluno. Dela, o aluno consegue valorizar,

sentir, ouvir, enfim, interagir, com os fenômenos. O que torna o aprendizado significativo;

Leitura cientifica de textos, jornais, revistas e internet;

Trechos de filmes que são importantes, pois possuem papel de transformar informações em

conhecimento científico;

Abordar aspectos históricos no Brasil, a cultura indígena, as contribuições da luta dos povos

negros na formação da sociedade brasileira;

Discussões sobre as mudanças do meio ambiente e as teorias científicas.

Nas salas de aula o professor usará exposição de conteúdos com explicações

contextualizadas, aulas de experimentações (laboratoriais, experimentações em sala de aula ou

atividade extraclasse), aulas de leitura, pesquisas e/ou cortes de filme, aulas de resolução de

exercícios de modelos matemáticos.

A abordagem da história da Ciência, a evolução das ideias e conceitos em Física, caminho

quase sempre não-linear, de erros e acertos, avanços e retrocessos. Essa história deve mostrar

também a não-neutralidade da produção científica, suas relações externas, sua interdependência

com os sistemas produtivos, os aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais desta ciência.

A abordagem dos Temas Contemporâneos inseridos na disciplina de Física será

desenvolvida da seguinte forma: O tratamento de conteúdos pela sua totalidade, ou seja, que

considera os aspectos políticos, culturais e econômicos daquele recorte do conhecimento,

facilitando a abordagem dos temas educacionais contemporâneos, tais como:

História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Leis 10639/03 e 11645/08);

Educação ambiental (Lei 9.795/99);

Estatuto do Idoso (Lei 10.741/03);

Direitos das crianças e Adolescente (Lei 11.525/07);

Prevenção ao uso indevido de drogas (Lei 11.343/06);

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Sexualidade humana, enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente (Lei 9.970/00);

Educação Fiscal (Decreto 1.143/99 e Portaria 413/02);

Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06).

Educação em Direitos Humanos – Lei Federal nº. 7.037/2009.

Os temas citados no parágrafo acima serão trabalhados ao longo do estudo do movimento,

termodinâmica e eletromagnetismo. Quando apropriado, o estudante será conduzido a refletir sobre

os assuntos e a adoção de uma postura favorável. Pode-se, por exemplo, ao estudar os conteúdos

Eletromagnetismo poderão abordados itens relativos à História e Cultura Afro-brasileira, Africana e

Indígena (leis 10639/03 e Lei 11645/08), quanto tratar-se de radiação eletromagnética e os efeitos

da radiação nos seres humanos, principalmente efeitos na pele. Itens sobre Educação Ambiental, Lei

9795/99, poderão ser contemplados durante o estudo da Termodinâmica. Ao estudar o

conhecimento estruturante movimento, os estudantes poderão calcular suas velocidades de

caminhada e de corrida. Com isso, podem fazer uma estimativa do tempo que gastam para

atravessar uma rua e, assim, qual deve ser a mínima distância que deve ser tomada dos automóveis

ao iniciar a travessia. Comparando-se com as velocidades de pessoas idosas e/ou de deficientes, é

possível promover uma discussão sobre o cuidado com a pessoa idosa (Estatuto do Idoso) no

trânsito.

AVALIAÇÃO

Avaliação deve levar em conta a apropriação dos conceitos, leis e teorias que compõem o

quadro teórico da Física pelos estudantes. Isso pressupõe o acompanhamento constante do

progresso do estudante quanto á compreensão dos aspectos históricos, filosóficos e culturais, a

evolução das ideias em Física e à não-neutralidade da ciência.

Considerando a dimensão diagnóstica, a avaliação é um instrumento para que o professor

conheça o seu aluno antes que se inicie com os conteúdos escolares, quanto para o desenvolvimento

das outras etapas do processo educativo. A princípio é necessário identificar os conhecimentos dos

estudantes, sejam espontâneos ou científicos, pois os mesmos interferem na aprendizagem no

desenvolvimento dos trabalhos. Durante o processo de ensino é preciso identificar os problemas de

aprendizagem dos alunos, suas possíveis causas e, as possibilidades de intervenção ou revisão do

planejamento pedagógico.

A avaliação é um instrumento auxiliar a serviço da aprendizagem dos alunos, cuja

finalidade é sempre ao seu crescimento e sua formação. Sendo instrumento auxiliar do processo

pedagógico deve zelar pela aprendizagem dos alunos aceitando-os na sua individualidade e

diversidade, condição indispensável numa prática pedagógica que seja democrática e inclusiva.

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Aceitar o estudante na sua condição significa dar espaço para que ele se faça ouvir,

independente da sua condição, permitindo uma relação dialógica com o aluno, sem rotulações,

sejam elas verbalizadas ou mesmo em pensamento.

Em síntese, a avaliação oferece subsídios para que tanto o aluno quanto o professor

acompanhem o processo de ensino-aprendizagem. Para o professor, deve ser vista como um ato

educativo essencial para a condução do seu trabalho pedagógico inclusivo, no qual a aprendizagem

seja um direito de todos e a escola pública o espaço onde a educação democrática deve acontecer.

Quanto aos critérios de avaliação de Física, deve-se observar:

A compreensão dos conceitos físicos essencial para o entendimento de uma unidade de ensino e

aprendizagem planejada;

A capacidade de entendimento de um texto (compreensão, análise, síntese, etc.) seja ele

literário ou científico, para uma opinião que leve em conta o conteúdo físico;

Na leitura de um texto que não seja de divulgação científica, nos quais os conceitos físicos não

estão explicitados, a avaliação pode partir da elaboração de um novo texto pelo estudante, cujos

conceitos – espera-se – apareçam com mais transparência;

A capacidade de elaborar um relatório tendo como referência os conceitos, as leis, enfim as

teorias físicas sobre um experimento ou qualquer outro evento que evolva a Física.

Durante o processo avaliativo em Física ao longo do Ensino Médio busca-se que o

estudante:

Compreenda do ponto de vista clássico, o conceito de momentum – que implica na concepção

de intervalo de tempo, deslocamento e o conceito de velocidade;

Compreenda a Lei da Gravitação Universal como uma construção científica importante, pois

unificou a compreensão dos fenômenos celestes e terrestres, cujo resultado sintetiza uma concepção

de espaço, matéria e movimento, desde os primeiros estudos sobre a natureza, até Newton;

Perceba a ideia de conservação de energia como uma construção humana, originalmente

concebida no contexto da Termodinâmica, como um dos princípios fundamentais da Física e, a

amplitude do Princípio da Conservação da Energia, aplicado a todos os campos da Física, bem

como outros campos externos à Física;

Entenda no estudo dos fluídos e da mecânica dos fluídos a evolução das ideias que levaram a

formulação do conceito de calor;

Observe que na natureza, muitos eventos apresentam, em algum momento ou aspecto,

características ondulatórias, o que torna seu estudo importante para a compreensão do universo

físico;

Compreenda o quadro teórico da termodinâmica, composto por ideias expressas nas suas leis e

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seus conceitos fundamentais: temperatura, calor e entropia;

Explique a teoria eletromagnética, suas ideias, definições, leis e conceitos que a fundamentam;

Tenha ciência que a partir da formulação das equações de Maxwell e, a comprovação

experimental de Hertz, a luz passou a ser entendida como uma entidade eletromagnética e que a

partir de estudos realizados no final do século XIX e início do século XX levaram ao

estabelecimento da natureza corpuscular da luz (quanta).

As avaliações serão aplicadas respeitando os alunos com necessidades especiais,

oportunizando aos mesmos, se necessários, serem avaliados conforme suas especificidades.

Caberá a oferta de no mínimo dois instrumentos avaliativos, para as disciplinas com carga

horária de duas aulas semanais. Estes deverão ser obrigatoriamente uma avaliação escrita e um

trabalho, tendo como valores a nota total desses instrumentos a soma de 0,0 (zero) a 10,0 (dez).

A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de apropriação

dos conhecimentos básicos. Esta se dará em dois momentos ao longo do trimestre, sendo ofertado

dois instrumentos distintos, por blocos de conteúdos, prevalecendo sempre à nota maior. A

recuperação de conteúdos acontecerá de forma permanente e concomitantemente ao processo

ensino-aprendizagem, e a recuperação do rendimento escolar será ofertada pela instituição de

ensino no trimestre.

Os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas durante o período

letivo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua

anotação no Registro de Classe Online.

Para a adaptação curricular, o atendimento aos estudantes com necessidades educacionais será

feito de acordo com a melhor abordagem para cada deficiência/necessidade, em decisão conjunta

do docente juntamente com a equipe pedagógica.

REFERÊNCIAS

BURKARTER, Ezequiel. Física – Ensino Médio. SEED- Paraná – 2006.

BRASIL/MEC. Lei de Diretrizes e Bases da Educação-LDB 9.394/96.

BRASIL/MEC. Diretrizes Para a Educação Escolar Indígena, 2007.

BRASIL/MEC. Diretrizes Para a Educação do Campo, 2007.

SECRETARIA DO ESTADO DE EDUCAÇAO, SEED: Diretrizes Curriculares de Física do ensino

médio. Curitiba, 2008.

Projeto Político Pedagógico – Colégio Estadual Rui Barbosa – EFMP, Nova Laranjeiras – PR, 2015.

Regimento Escolar – Colégio Estadual Rui Barbosa – EFMP, Nova Laranjeiras – PR, 2015.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

GEOGRAFIA

APRESENTAÇÃO

Contextualizando a Geografia como a ciência que tem como pressupostos, dentre outros, a

análise, organização, planejamento e gestão do espaço (CORRÊA, 2003), remete-se, portanto a

importância do professor e do aluno conhecerem e reconhecerem a realidade do local ao qual estão

inseridos.

A ciência Geográfica, dentre outros pressupostos, estuda as relações e transformações do homem

em seu meio, sendo assim o espaço o resultado histórico e técnico dessas alterações, e suas

discussões acerca do pensamento geográfico evoluem a partir das mudanças nas suas concepções.

Apesar de o homem desde seus primórdios alterar o seu ambiente, a Geografia só começa a

tomar corpo como ciência a partir do século XV, período que se iniciam as grandes navegações.

Dessa maneira, a Geografia era somente descritiva, onde as potências Ibéricas do período,

financiavam viagens marítimas, e descobertas, terras, rotas, povos, entre outros era relatado. Nesse

período a ciência Geográfica teve grandes contribuições, entre elas podemos citar de Humboltd,

Hettner, Ratzel, La Blache, entre outros, foram de grande importância para a Geografia que hoje

conhecemos como Tradicional (MORAES, 2008).

Enquanto na Europa principalmente na Alemanha e França a Ciência geográfica já estava

sistematizada desde o Séc. XIX, no Brasil só iria ser consolidada em 1930. Nesse contexto as

pesquisas relacionadas à área da Geografia eram desenvolvidas buscando compreender e descrever

o ambiente físico-nacional objetivando os interesses do Estado. Essa forma de abordagem

perpetuou por boa parte do século XX, caracterizando-se na escola pelo caráter

decorativo/enciclopedista, voltada pela descrição do espaço, na formação e fortalecimento do

nacionalismo, essa corrente Teórica e Metodológica é conhecida como Geografia Tradicional.

No entanto as mudanças no campo econômico, político, social e cultural associado ao modo

de produção após a 2ª Guerra Mundial exigiu-se uma nova postura do pensamento geográfico. As

discussões que se sobressai nessa época centraram-se em torno da Geografia Crítica, voltada para o

método do materialismo dialético histórico. A Geografia Crítica como linha teórica metodológica,

deu novas interpretações aos conceitos geográficos e ao objeto de estudo da Geografia.

No Paraná a Geografia Crítica sofreu avanços e retrocessos, somente como política

educacional desenvolvida a partir de 2003, que enfatiza a importância do professor pensador e

pesquisador da sua disciplina, que podemos voltar os estudos relacionando o objeto de estudo da

disciplina e os conteúdos a serem trabalhados.

Desta forma, entende-se que estudar a Geografia é antes de tudo entender que ela faz parte

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do nosso cotidiano, contudo para essa compreensão, faz-se necessário problematizar os conteúdos

visando a abrangência destes, e assim, possibilitar a compreensão do objeto de estudo da Geografia;

o espaço geográfico, sendo nosso intuito despertar o interesse do aluno quanto a sua análise,

compreendendo de maneira reflexiva e racional.

O espaço geográfico é entendido como um local apropriado pela sociedade, composto por

objetos (naturais, culturais e técnicos) e ações (relações sociais, culturais, políticas e econômicas)

inter-relacionados (SANTOS, 1996), sendo um conjunto indissociável de sistemas e objetos que

responde a condições sociais e técnicas presentes num dado momento histórico (SANTOS, 2008).

Sendo assim, o espaço Geográfico é um produto da apropriação, transformação e tecnificação do

meio vivido, no decorrer de seu processo histórico.

Portanto, a construção histórica do espaço está intrinsecamente ligada a Geografia, sendo

extremamente importante conhecermos o passado para entendermos nosso presente, pois, conforme

Lefébvre, apud Corrêa (2003), o espaço nada mais é que o local da reprodução das relações sociais

de produção. Nessa perspectiva o estudo da Geografia deve contribuir para leitura da realidade

espacial, voltada para produção e transformação do espaço. Para que isso aconteça o professor de

Geografia deverá ter domínio dos conceitos relacionados à Geografia, tais como, paisagem, lugar,

território, região, escala, globalização, entre outros, bem como, relacioná-los sempre a partir da

realidade do educando, possibilitando que esse analise o seu local de maneira racional e crítica para

posteriormente fazer uma análise mais correta do global.

Oliveira (1989, p.142) ressalta que é necessário: “compreender o espaço produzido pela

sociedade em que vivemos hoje, suas desigualdades e contradições, as relações de produção que

nela se desenvolvem e a apropriação que essa sociedade faz da natureza”. Para a compreensão

espacial é importante destacar e entender, dentre outros, os conceitos básicos da ciência Geográfica:

sociedade, natureza, território, região, paisagem e lugar. Sendo imprescindível a interpretação destes

conceitos, uma vez que, o espaço geográfico não pode ser entendido sem uma relação com os

agentes que envolve os mesmos.

Assumindo uma concepção crítica para o ensino da Geografia apontamos os conteúdos

estruturantes da Geografia: A dimensão econômica, a dinâmica cultural e demográfica, a questão

socioambiental e política, procurando visar um estudo capaz de fornecer aos alunos conhecimentos

específicos de Geografia, com os quais esses lhes serviam como base para uma análise crítica das

relações sócioespaciais, nas diversas escalas geográficas, do local ao global, esse pensamento se faz

presente nas Diretrizes Curriculares (2009), visto que os conceitos estruturantes são os saberes

relacionados a campos de estudos de uma ciência, considerados fundamentais para compreensão do

seu objeto no ambiente da Educação Básica. É importante salientar que os conteúdos estruturantes

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se interrelacionam e reúnem em seus conteúdos básicos e específicos, os grandes conceitos

geográficos, o que contribui para a compreensão do espaço geográfico.

Assim a Geografia na Educação Básica, principalmente nos anos finais do Ensino

Fundamental e durante todo o Ensino Médio, deve contribuir no desenvolvimento do modo de

pensar e construir, trabalhando com intuito desenvolver no discente sua capacidade de fazer a

leitura espacial da realidade em que vive. A Geografia possibilitará ao aluno a compreensão desse

espaço, uma vez que ele faz parte do mesmo. Nesse sentido, adquirindo o saber geográfico, esse

será capaz de entender e explicar as relações, enfocando as dinâmicas, as transformações e

compreendendo os processos sociais, físicos e biológicos que abrangem os modos de produzir, de

existir e de perceber o ambiente e a sociedade.

Nesse sentido, visando uma melhor aprendizagem por parte dos alunos os conteúdos serão

divididos em trimestres, os quais seguem abaixo.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS DA DISCIPLINA

6º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

7º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

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CONTEÚDOS BÁSICOS

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro;

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e

produção;

As diversas regionalizações do espaço brasileiro;

As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;

A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da

população;

Movimentos migratórios e suas motivações;

O espaço rural e a modernização da agricultura;

A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a

urbanização;

A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do espaço

geográfico;

A circulação de mão de obra, das mercadorias e das informações.

8º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

CONTEÚDOS BÁSICOS

Diversas regionalizações do espaço geográfico;

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do continente

americano;

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado;

O comércio em suas implicações socioespaciais;

A circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações;

A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço geográfico;

As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista;

O espaço rural e a modernização da agricultura;

A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da

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população;

Os movimentos migratórios e suas motivações;

As manifestações sociespaciais da diversidade cultural;

Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

9º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

CONTEÚDOS BÁSICOS

As diversas regionalizações do espaço geográfico;

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado;

A revolução tecnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço da produção;

O comércio mundial e as implicações socioespaciais;

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios;

A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da

população;

As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;

Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações;

A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re)organização do

espaço geográfico;

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção;

O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração territorial.

CONTEÚDOS BÁSICOS E ESTRUTURANTES

ENSINO MÉDIO

1º Ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

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DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

CONTEÚDOS BÁSICOS

A formação e transformação das paisagens;

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção;

A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço geográfico;

A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais;

2º Ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

CONTEÚDOS BÁSICOS

A revolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos no espaço da produção;

O espaço rural e a modernização da agricultura;

O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial;

A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações;

As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista;

A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização

recente;

A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da

população;

Os movimentos migratórios e suas motivações;

3º Ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

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CONTEÚDOS BÁSICOS

Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios;

As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;

O comércio e as implicações socioespaciais;

As diversas regionalizações do espaço geográfico;

As implicações socioespaciais do processo de mundialização;

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

METODOLOGIA

Entendemos que a melhor metodologia é aquela que contribui para a nossa prática

pedagógica, que estabelece o diálogo entre aluno/professor e o conhecimento vivido pelos discentes

nos mais diversos ambientes em suas relações sociais. Essa possibilita compreender o conteúdo –

conhecimento científico e que problematiza a situação, estimulando o aluno a reflexão racional.

Diante dessa concepção realizaremos uma metodologia crítica e dinâmica, interligando teoria,

prática e realidade, entendendo que ambas não podem ser trabalhadas de forma isoladas. Desta

forma é imprescindível que a Geografia contemple um estudo que vise abordar a totalidade dos

conceitos fazendo uma inter-relação entre os conteúdos estruturantes e os conhecimentos

específicos.

Nesse contexto, visando uma melhor aplicabilidade metodológica, utilizaremos diferentes

materiais didáticos, incluindo livros, textos, jornais, mapas, maquetes, fotos, músicas, entrevistas e

recursos audiovisuais. Também utilizaremos como recursos tecnológicos a TV multimídia, Data-

Show e a sala de ambiente de informática, entre outros que auxiliem a compreensão das temáticas

abordadas. Tudo isso, para construirmos uma aula de maneira interativa, aliando o ensino

sistematizado da disciplina ao contexto científico-tecnológico que vivemos.

Além dos trabalhados em sala de aula e dentro do espaço físico da escola, poderemos

realizar, quando possível, aulas de campo, que ajudarão o aluno a estabelecer as relações entre

teoria/práxis e a realidade vivenciada. Estaremos aproveitando a localização da escola para realizar

alguns trabalhos voltados para a realidade do discente e que contemple seus conhecimentos

vivenciados no dia-a-dia, essas atividades podem ser desde pequenas aulas de campo ao redor do

espaço físico da escola até entrevistas e pesquisas nos comércios e população.

Em nosso trabalho docente serão desenvolvidos diferentes quefazeres acerca dos seguintes

conteúdos:

LEI Nº. 11.645/08 HISTÓRIA E CULTURA AFRO BRASILEIRA E INDÍGENA;

LEI Nº. 10.639/03 HISTÓRIA E CULTURA AFRO BRASILEIRA E AFRICANA;

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LEI Nº. 13.381/01 HISTÓRIA E GEOGRAFIA DO PARANÁ.

PORTARIA 413/02 PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO FISCAL E

TRIBUTÁRIA;

LEI Nº. 9.795/99 E DECRETO Nº. 4.281/02. POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO

AMBIENTAL;

Entre as atividades desenvolvidas a partir das leis citadas acima estão: debates, leituras de

textos, produção de texto, apresentação de vídeos, slides, charges, analise e conversação sobre os

temas, que estarão intrinsecamente interligados aos conteúdos específicos dentro de cada

modalidade de conteúdo.

Na apropriação do espaço e formação da cultura brasileira, tentaremos desmistificar ideias,

concepções, conceitos pré-julgados dos povos indígenas, contribuindo desta forma no entendimento

do processo de formação da identidade brasileira.

Neste processo, o professor no papel de mediador do ensino-aprendizagem utilizará as mais

variadas metodologias possíveis tais como: observação e análise do espaço geográfico, análise de

pesquisa de espaço, análise de documentos, fotos, desenhos, gravuras, figuras, cartões postais,

charges, imagens de satélites, mapas, filmes, problematização e soluções de fenômenos sociais,

políticos, econômicos e naturais que ocorrem no espaço geográfico. Ainda como recursos a serem

utilizados podemos citar a: exploração de poesias e músicas, interpretação de textos, notícias de

jornal, TV, revistas, gráficos, tabelas, produção de textos individuais e coletivos, aulas de campo,

entre outras, que possibilitem uma melhor aprendizagem dos educandos.

Em nosso trabalho docente desenvolveremos aulas que estimulem os alunos a buscar,

pesquisar, encontrar soluções e formular novos problemas, e, acima de tudo, que desenvolva valores

que possam contribuir para uma sociedade mais justa e igualitária.

Por fim, acreditamos que um ensino de qualidade depende de uma relação construída com

penhor, mas que para que isso se efetive é necessário um bom ambiente, isso inclui o respeito as

atividade desenvolvidas pelo professor bem como ao mesmo.

AVALIAÇÃO

A partir dos encaminhamentos metodológicos desenvolvidos pelo professor, a avaliação

deverá ser contínua, para perceber os avanços e dificuldades dos alunos no processo de apropriação

do conhecimento. Para que isso aconteça, o professor deve acompanhar a realização das atividades

desenvolvidas pelos alunos e também observar o avanço estabelecido pelos mesmos entre o

conhecimento obtido na escola e o conhecimento cotidiano, possibilitando para que o aluno, assim

construa seu próprio conhecimento, um conhecimento relacionado com seu dia-a-dia (conhecimento

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empírico) e com o conhecimento escolar (conhecimento científico), com a junção destes dois

conhecimentos o aluno fica apto a desenvolver seu próprio conhecimento (conhecimento

cognitivo); assim se faz necessário aprendendo como se dá a contextualização na prática,

envolvendo a realidade do aluno.

A avaliação no ensino de Geografia é um processo contínuo e cumulativo, utilizando-se de

vários meios como: pesquisas de campo, trabalhos individuais e coletivos, seminários, análise de

filmes, documentários, fotografias e mapas, confecção de cartazes, painéis e croquis, produções de

textos, músicas (paródias), produção de reportagens e projetos, trabalhos com vídeo(curta-

metragens), provas objetivas, descritivas e somatória. Os mapas como forma localização serão

recursos indispensáveis na avaliação, onde o aluno desenvolverá o senso de localização e interação

com o objeto, dentro deste contexto o professor indicará a metodologia de avaliação para esta

atividade1. Neste contexto, não podemos dissociar o ensino de geografia à utilização dos mapas

como meio de aprendizagem, e isso inclui eles nos momentos avaliativos.

É fundamental o diálogo entre professores e alunos, na tomada de decisões, nas questões

relativas aos critérios utilizados para se avaliar, na função da avaliação e nas constantes retomadas

avaliativas. O período avaliativo será trimestre, será proporcionado ao (a) estudante no mínimo 02

(dois) instrumentos de avaliação e no mínimo 02 (dois) instrumentos de recuperação de estudos

para o Ensino Fundamental, Médio e Profissional. O mínimo de dois instrumentos de avaliações

será aplicado para as turmas que tem no máximo duas aulas semanais, sendo eles uma avaliação

escrita e um trabalho por trimestre. As demais turmas que tem de três ou mais aulas semanais, será

ofertada no mínimo três instrumentos de avaliação, sendo eles duas avaliações escritas e um

trabalho por trimestre.

A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de apropriação

dos conhecimentos básicos. Esta será ofertada em dois momentos diferentes no decorrer do

trimestre, com instrumentos avaliativos diferentes, prevalecendo sempre à nota maior. A

1 Um exemplo de avaliação com atividade prática de localização e utilização de mapa pode ser a

escolha de 5 cinco países a ser localizado por um aluno, onde este terá um tempo estimado de 1

minuto para encontrá-los no mapa-múndi, desta forma poderá ser atribuído um valor X em nota

para cada país, se o aluno conseguir localizá-los todos dentro do tempo estimado obterá a nota

máxima na atividade, após a realização com um aluno a mesma seguirá nos mesmos parâmetros

para os demais. Vale ressaltar que para alunos com necessidades especiais ou educacionais o tempo

destinado pode ser maior ou a atividade pode ser desenvolvida de outra forma.

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recuperação de conteúdos acontecerá de forma permanente e concomitantemente ao processo

ensino-aprendizagem.

Com essas medidas, o professor terá mais condições de ver se o aluno apropriou-se dos

conhecimentos e da dinâmica geográfica em que interagem os fatores naturais, sociais, econômicos

e políticos no cotidiano de cada um.

Para os alunos com necessidades educacionais especiais, os trabalhos, provas e outros, são

diferenciados e elaborados segundo a necessidade de cada um.

Avaliar é analisar a prática pedagógica de todos os evolvidos, com objetivo de corrigir

rumos e repensar situações para que o ensino e aprendizagem ocorram de maneira significativa

(SEED, 2009). Nossa avaliação buscará acompanhar e desenvolver integralmente os movimento de

aprendizagem do aluno, voltada a apreensão conceitual e desenvolvimento da capacidade de pensar,

explicar, escrever, criticar e transformar, acerca do conteúdo desenvolvido dentro e fora de sala de

aula, além daqueles de vivência e sistematização ao longo dos anos pelos discentes.

Fica determinado pela Instituição de Ensino que o período avaliativo será trimestre, deverá

ser obrigatoriamente proporcionado ao estudante no mínimo 02 (dois) instrumentos de avaliação e

no mínimo 02 (dois) instrumentos de recuperação de estudos para o Ensino Fundamental, Médio e

Profissional. O mínimo de dois instrumentos de avaliação vale para as Disciplinas que têm no

máximo duas aulas semanais, sendo eles uma avaliação escrita e um trabalho por trimestre. As

demais turmas que têm de três ou mais aulas semanais, permanecem no mínimo três instrumentos

de avaliação, sendo eles duas avaliações escritas e um trabalho por trimestre. A oferta da

recuperação será obrigatória para os alunos que não atingirem no mínimo a média 6,0 (seis) e

opcional para os demais alunos que têm a média acima de 6,0 (seis). Caso o aluno não atinja a

média 6,0 (seis) nas recuperações ofertadas, prevalecerá a nota mais alta.

Aos alunos com necessidades educacionais especiais serão proporcionadas avaliações com

metodologia diferenciada, atendendo-os de forma particular no momento da avaliação e em

consonância com a sala multifuncional tipo 1.

Os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas durante o período

letivo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua

anotação no Livro Registro de Classe.

Esses diferentes critérios de avaliação bem como as metodologias adotadas para as mesmas

foram escolhidos em virtude de contemplar as diferentes formas de se comunicar dos alunos,

buscando atender as diversidades presentes em nossa sala de aula.

Para uma melhor apreensão desses critérios, os discentes serão esclarecidos quanto ao tipo

de avaliação desenvolvida em cada aula e em cada trimestre, para que esses possam ter maior

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clareza, quanto aos conteúdos avaliados e, juntos professor e aluno possam ter uma melhor

interação, visando sempre um melhor crescimento sociocultural de ambas as partes. A avaliação tem

como meta final a interação do educador e do aluno voltada para a reflexão crítica, racional, política

e social, de seu ambiente de vivência, para que, dentro de um encaminhamento decisório, possa

atuar de maneira consciente, sendo participativo, tendo em vista o social e a democracia.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, Lúcia Marina Alves de.; RIGOLIN, Técio Barbosa. Geografia Geral e do Brasil:

Ensino Médio. São Paulo, 2009.

CORRÊA, R, L. O Espaço Urbano. São Paulo: Ática, 2003.

____________ Espaço, um conceito-chave da Geografia. In: CASTRO, Iná Elias.; GOMES, Paulo

César da Costa.; CORRÊA, Roberto Lobato. (org) Geografia: Conceitos e Temas. Rio de Janeiro:

Bertrand Brasil, 2003. p. 15-47.

Colégio Estadual Rui Barbosa - CERB. Regimento Escolar. Nova Laranjeiras. 2010.

GAMA, Else Marilia Silva Ferreira.; CASTRO, Sílvia Regina Barbosa de. Coleção Elos,

Geografia: Ensino Fundamental. São Paulo: IBEP, 2006.

MORAES, Antonio Carlos Robert. Geografia: pequena história crítica. São Paulo: Ed. Hucitec,

2008.

OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino. Situação e tendências da Geografia. IN: ____________. (Org.).

Para onde vai o ensino da Geografia? São Paulo: Contexto, 1989. P. 24-29.

SANTOS, M. Por uma Geografia nova. São Paulo: Hucitec, 1996.

___________. A Natureza do Espaço: Técnica e Tempo, Razão e Emoção. São Paulo: USP, 2008.

P. 17-128; 143-168.

PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação-SEED. Superintendência de Educação.

Departamento de educação básica. Diretrizes Curriculares de geografia. Curitiba: SEED, 2009.

______. Secretaria do Estado da Educação. Eu acompanho a avaliação de meu filho. E você?

Curitiba: SEED - Diretoria de Políticas e Programas Educacionais (DPPE), 2009.

Universidade Estadual do Centro Oeste. Programa de Avaliação Continuada - PAC. Guarapuava:

UNICENTRO, 2009.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

HISTÓRIA

APRESENTAÇÃO

O estudo da História é de grande importância, porque nos fornece recursos para

compreender o mundo em que vivemos. Ela está sempre em construção, devido ao dinamismo que

os fatos ocorrem, assim como nossas perguntas e respostas estão variando e o passado tem várias

interpretações e com ângulos diferenciados, fazendo com que o indivíduo se reconheça como

sujeito ativo no processo que analisa e, compreende o passado, sendo fascinante por si mesmo

porque amplia nossa cultura, informação e a capacidade de avaliar e emitir opinião.

A História é uma ciência que procura mostrar e explicar as transformações ocorridas pelas

sociedades ao longo do tempo. Seu entendimento se faz através de análises, de busca de dados,

pesquisas, hipóteses, associações de fatos, tabelas, épocas, siglas e os acontecimentos ocorridos

desde o princípio da humanidade até nossos dias.

A História favorece a formação de sujeitos críticos, que assumam formas de participação

social, política, econômica, religiosa e cultural, diante da realidade atual, aprendendo a discernir os

limites e as possibilidades de transformação da realidade histórica na qual se insere.

É necessário pensarmos na História enquanto conhecimento ampliado, tanto pelos

historiadores com seus estudos teóricos (fontes de documentos), como pela aproximação com as

demais áreas de ensino (interdisciplinariedade).

Define - se assim, a importância do conhecimento histórico, como elemento fundamental

para a compreensão social. É por isso que a História desempenha papel fundamental na formação da

cidadania, possibilitando uma visão reflexiva sobre a pessoa enquanto indivíduo e também

elemento de um grupo em um determinado espaço e tempo.

A História tem como objeto de estudo os processos históricos relativos às ações e as

relações humanas praticadas no tempo. As relações humanas produzidas por essas ações podem ser

definidas como forma de pensar, agir, raciocinar, representar, imaginar, instituir, de se relacionar

com a sociedade a cultura e a política. Como objeto de estudo deve-se considerar também as

relações dos seres humanos com fenômenos naturais tais como as condições geográficas, físicas e

biológicas de uma determinada época e local.

Os acontecimentos construídos pelas ações e sentidos humanos em determinado local e

tempo, produzem relação humana. Por meio desta Diretriz Curricular para o ensino de História na

Educação Básica, busca-se despertar reflexões a respeito de aspectos políticos, econômicos,

culturais, sociais, e das relações entre o ensino da disciplina e a produção do conhecimento

histórico.

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O ensino de História pode ser analisado sob duas perspectivas: uma que o compreende a

serviço dos interesses do Estado ou do poder institucional; e outra que privilegia as contradições

entre a História apresentada nos currículos e nos livros didáticos e a história ensinada na cultura

escolar. Nestas Diretrizes, propõe-se analisar o ensino de História, principalmente no período da

década de 1970 até os dias atuais, a partir das tensões identificadas entre as propostas curriculares e

a produção historiográfica inserida nas práticas escolares. Para tanto, serão destacadas as

permanências, mudanças e rupturas ocorridas no ensino de História e suas contradições frente à

ciência de referência. Tais análises têm por finalidade fazer a crítica ao ensino de História que se

quer superar e propor Diretriz Curricular para essa disciplina na Educação Básica da Rede Pública

Estadual.

A História passou a existir como disciplina escolar com a criação do Colégio Pedro II, em

1837. No mesmo ano, foi criado o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), que instituiu

a História como disciplina acadêmica. Alguns professores do Colégio Pedro II faziam parte do

IHGB e construíram os programas escolares, os manuais didáticos e as orientações dos conteúdos

que seriam ensinados. Essas produções foram elaboradas sob influência da História metódica e do

positivismo, caracterizadas, em linhas gerais, por uma racionalidade histórica orientada pela

linearidade dos fatos, pelo uso restrito dos documentos oficiais como fonte e verdade histórica e,

por fim, pela perspectiva da valorização política dos heróis.

A narrativa histórica produzida justificava o modelo de nação brasileira, vista como

extensão da História da Europa Ocidental. Propunha uma nacionalidade expressa na síntese das

raças branca, indígena e negra, com o predomínio da ideologia do branqueamento. Nesse modelo

conservador de sociedade, o currículo oficial de História tinha como objetivo legitimar os valores

aristocráticos, no qual o processo histórico conduzido por líderes excluía a possibilidade das

pessoas comuns serem entendidas como sujeitos históricos. Este modelo de ensino de História foi

mantido no início da República (1889), e o Colégio Pedro II continuava a ter o papel de referência

para a organização.

Em 1901, o corpo docente alterou o currículo do colégio e propôs que a História do Brasil

passasse a compor a cadeira de História Universal. Nessa nova configuração, o conteúdo de História

do Brasil ficou relegado a um espaço restrito do currículo, que, devido à sua extensão, dificilmente

era tratado pelos professores nas aulas de História. Assim mantinha-se a produção do modelo de

nação brasileira mencionado anteriormente.

O retorno da História do Brasil nos currículos escolares deu-se apenas no período autoritário do

governo de Getúlio Vargas, vinculado ao projeto político nacionalista do Estado Novo (1937-1945),

e se ocupava em reforçar o caráter moral e cívico dos conteúdos escolares.

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Durante o regime militar, a partir de 1964, o ensino de História manteve seu caráter

estritamente político, pautado no estudo de fontes oficiais e narrado apenas do ponto de vista

factual. Mantiveram-se os grandes heróis como sujeitos da História narrada, exemplos a serem

seguidos e não contestados pelas novas gerações. Modelo da ordem estabelecida, de uma sociedade

hierarquizada e nacionalista, o ensino não tinha espaço para análise crítica e interpretações dos

fatos, mas objetivava formar indivíduos que aceitassem e valorizassem a organização da pátria.

O Estado figurava como o principal sujeito histórico, responsável pelos grandes feitos da

nação, exemplificado nas obras dos governantes e das elites condutoras do país. Ao mesmo tempo

em que grupos de intelectuais e vários setores da sociedade brasileira apresentavam resistência no

período ditatorial, havia uma parcela da classe média que defendia o regime pelo avanço econômico

do país, o qual a beneficiava. Essas tensões também eram percebidas no espaço escolar por meio do

silêncio de alguns professores e pela fala de outros – que denunciavam o regime por cercear os

direitos humanos e a liberdade de expressão. Ainda no regime militar, a partir da Lei n. 5692/71, o

Estado organizou o Primeiro Grau de oito anos e o Segundo Grau profissionalizante.

O ensino centrou-se numa formação tecnicista, voltada à preparação de mão-de-obra para o

mercado de trabalho. Em decorrência dessa ênfase no currículo, as disciplinas da área de ciências

humanas passaram a ser tratadas de modo pragmático, na medida em que assumiam o papel de

legitimar, por meio da escola, o modelo de nação vigente junto às novas gerações. No entanto, na

configuração curricular definida pelo regime militar, as disciplinas da área de ciências humanas

perderam espaço nos currículos.

O ensino de História tinha como prioridade ajustar o aluno ao cumprimento dos seus

deveres patrióticos e privilegiava noções e conceitos básicos para adaptá-los à realidade. A História

continuava tratada de modo linear, cronológico e harmônico, conduzida pelos heróis em busca de

um ideal de progresso de nação. Na década de 1970, o ensino dessa disciplina era

predominantemente tradicional, tanto pela valorização de alguns personagens como sujeitos da

História e de sua atuação em fatos políticos quanto pela abordagem dos conteúdos históricos de

forma factual e linear, formal e abstrato, sem relação com a vida do aluno.

A prática do professor era marcada por aulas expositivas, a partir das quais cabia aos

alunos a memorização e repetição do que era ensinado como verdade. Nesse contexto, o ensino

distanciou-se da produção historiográfica acadêmica, envolvida em discussões a respeito de objetos,

fontes, métodos, concepções e referenciais teóricos da ciência histórica. A aproximação entre a

Educação Básica e a Superior foi retomada apenas a partir da década de 1980, com o fim da

ditadura militar e o início do processo de redemocratização da sociedade brasileira.

O ensino de Estudos Sociais foi radicalmente contestado no início dos anos 1980, tanto

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pela academia quanto pela sociedade organizada, sobretudo pela Associação Nacional dos

Professores Universitários de História (ANPUH). Esses segmentos sociais defendiam o retorno da

disciplina de História como condição para que houvesse maior aproximação entre a investigação

histórica e o universo da sala de aula. Posteriormente, na segunda metade da década de 1980 e no

início dos anos 1990, cresceram os debates em torno das reformas democráticas na área

educacional, processo que repercutiu nas novas propostas de ensino de História. Essa discussão

entre educadores e outros setores da sociedade foi resultado da restauração das liberdades

individuais e coletivas no país. Isso levou tanto à produção diferenciada de materiais didáticos e

paradidáticos quanto à elaboração de novas propostas curriculares, em vários Estados.

A produção de livros didáticos e paradidáticos procurou incorporar novas historiografias e,

em alguns casos, chegou a ditar o currículo. No Paraná, houve também uma tentativa de aproximar

a produção acadêmica de História ao ensino desta disciplina no Primeiro Grau, fundamentada na

pedagogia histórico-crítica, por meio do Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do

Paraná (1990). Essa proposta de renovação tinha como pressuposto a historiografia social, pautada

no materialismo histórico dialético, e indicava alguns elementos da Nova História.

A opção teórica do Currículo Básico, coerente com o contexto de redemocratização

política do Brasil, valorizava as ações dos sujeitos, em relação às estruturas em mudança, que

demarcam o processo histórico das sociedades e incluía, entre os conteúdos da 5ª série, o estudo da

produção do conhecimento histórico, das fontes e das temporalidades.

A proposta confrontou o esvaziamento de conteúdos até então presente no ensino de

Estudos Sociais no Primeiro Grau, assim como procurou ser contrária, em seus pressupostos

teóricos, ao ensino de uma racionalidade histórica linear; ou seja, eurocêntrico, factual, heróico e

cronológico, pautado na memorização, na realização de exercícios de fixação e no direcionamento

dos livros didáticos. Por sua vez, o documento Reestruturação do Ensino de Segundo Grau no

Paraná(1990), também fundamentado na pedagogia histórica-crítica dos conteúdos, apresentava

uma proposta curricular de História que apontava a organização dos conteúdos, a partir do estudo da

formação do capitalismo no mundo ocidental e a inserção do Brasil nesse quadro pela retomada da

historiografia social ligada ao materialismo histórico dialético. Apesar do avanço das propostas

naquele contexto histórico, os documentos apresentaram limitações, principalmente devido à

definição de uma listagem de conteúdos que se contrapunha, em vários aspectos, à proposta

apresentada nos pressupostos teóricos e metodológicos.

Para o Primeiro Grau, o conteúdo foi dividido em dois blocos distintos: História do Brasil e

História Geral. A História do Paraná e da América Latina apareciam como estudos de caso,

descolados dos grandes blocos de conteúdos. Eram apresentadas com pouca relevância nos

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contextos estudados. Essa forma de organização curricular demonstrava a dificuldade da proposta

em romper a visão eurocêntrica da História. Exemplo disso foi o uso de termos como comunidades

primitivas para designar os grupos indígenas, o que desconsiderava a abordagem antropológica da

diversidade cultural e do processo histórico dessas comunidades. No encaminhamento

metodológico, o Currículo Básico indicou o trabalho didático com outras linguagens da História,

sem tecer orientações para sua realização; indicou a importância do trabalho com os conteúdos

significativos, mas não os esclareceu adequadamente nem os relacionou de modo efetivo aos

conteúdos propostos. Por fim, tendeu a uma supervalorização dos conteúdos em detrimento dos

temas, sub-temas que tinham como orientações as formações sociais do processo histórico.

Apesar de apresentarem referências de autores da história cultural, os documentos

curriculares para o Primeiro e Segundo Graus não superaram a racionalidade histórica linear e

cronológica na abordagem político-econômica da disciplina, o que dificultava a inserção de uma

perspectiva cultural no tratamento dos conteúdos. Ausência de oferta de formação continuada

dificultou a implementação dessas propostas para o ensino de História, pois, desde os anos de 1970,

os professores ministravam aulas de Estudos Sociais, Organização Social e Política do Brasil,

Educação Moral e Cívica. Devido a isso, estavam afastados da especificidade do conhecimento

histórico. A orientação para que essas propostas fossem adotadas simultaneamente em todas as

séries desconsiderou a necessidade de discussões teórico-metodológicas, o que limitou sua

compreensão. Além disso, os governos que se seguiram deram pouca ênfase à implementação dos

currículos de Primeiro e Segundo Graus.

Os problemas então identificados tiveram implicações significativas para o currículo de

História da Rede Pública Estadual. Destaca-se que, devido a pouca apropriação do Currículo Básico

no ensino da disciplina, o professor se viu na iminência de submeter-se aos Parâmetros Curriculares

Nacionais (PCN) e à orientação dos livros didáticos. Durante as reformas educacionais da década de

1990, o Ministério da Educação divulgou, entre os anos de 1997 e 1999, os PCN para o Ensino

Fundamental e Médio. Os PCN para o Ensino Médio organizaram o currículo por áreas do

conhecimento e a disciplina de História fazia parte das Ciências Humanas e suas tecnologias

juntamente com as disciplinas de Geografia, Sociologia e Filosofia. No Ensino Fundamental, os

PCN apresentaram as disciplinas como áreas do conhecimento, e a História foi mantida em sua

especificidade, integrada às demais pelos chamados Temas Transversais.

O Estado do Paraná incorporou, no final da década de 1990, os Parâmetros Curriculares

Nacionais como referência para a organização curricular da Rede Pública Estadual. Tal

implementação se deu de modo autoritário, apesar de ser garantida na LDB/96 a autonomia das

escolas para elaborar suas propostas curriculares. Os PCN foram referências para os programas

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educacionais, os procedimentos de avaliação institucionais destinados ao Ensino Fundamental

(Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica – SAEB) e ao Ensino Médio (Exame Nacional

do Ensino Médio –ENEM), bem como para a definição de critérios para a seleção do livro didático

(Programa Nacional do Livro Didático – PNLD).Nos PCN, a disciplina de História foi apresentada

de forma pragmática, com a função de resolver problemas imediatos e próximos ao aluno.

Ressaltou-se a relação que o conhecimento deve ter com a vivência do educando,

sobretudo no contexto do trabalho e do exercício da cidadania. Essa perspectiva abriu espaço para

uma visão presentista da História, porque não se ocupava em contextualizar os períodos históricos

estudados. Além disso, muitos conceitos referenciais da disciplina foram preteridos em nome da

aquisição de competências. Apesar dos PCN proporem uma valorização do ensino humanístico, a

preocupação maior era de preparar o indivíduo para o mercado de trabalho, cada vez mais

competitivo e tecnológico, principalmente no Ensino Médio. Para atender a essa demanda do

mercado, a área de Ciências Humanas perdeu espaço no currículo. Essa situação repercutiu na Rede

Pública Estadual do Paraná com a redução da carga horária da disciplina de História por causa da

aprovação da Deliberação 14/99, pelo Conselho Estadual da Educação, que dividiu a carga horária

da matriz curricular em base nacional comum (75%) e parte diversificada (25%).

A implementação dos PCN na Rede Pública Estadual ofereceu pouca oportunidade de

formação continuada aos professores de História. Os cursos foram reduzidos a um encontro anual e

ocorriam em conjunto com outras disciplinas da área de humanas, com poucas vagas disponíveis

nos chamados Seminários da Área de Ciências Humanas e suas Tecnologias.

Os PCN do Ensino Fundamental, entretanto, apresentavam alguns aspectos positivos, que

eram: um histórico da disciplina no Brasil; a historiografia sugerida era atualizada; e houve uma

tentativa de aproximação entre o ensino e a pesquisa em História. Uma nova racionalidade não-

linear pautada em novas temporalidades, novos objetos, novas perspectivas, novas metodologias

presentes na discussão acadêmica foram incorporadas ao documento, tais como: tempo, memória,

fontes históricas, patrimônio histórico, bem como o incentivo à pesquisa e a diversificação de

metodologias de ensino, de modo que estimulou a superação do ensino de uma racionalidade linear.

Por outro lado, com base em conteúdos conceituais, atitudinais e procedimentais, os PCN

do Ensino Fundamental privilegiaram uma abordagem psicológica e sociológica dos conteúdos;

minimizaram a análise do objeto de estudos da disciplina e do pensamento crítico; e propuseram

uma articulação dos conteúdos aos elementos psicológicos, à historiografia atual e ao contexto

vivido pelos alunos. A complexidade da proposta dificultou uma apropriação mais efetiva pelos

professores. No entanto, sua inserção no âmbito escolar foi favorecida pela adoção dos livros

didáticos que, para serem aprovados pelo PNLD, deveriam adequar-se aos fundamentos teórico-

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metodológicos dos PCN.

No Ensino Médio, a articulação entre os conteúdos propostos e as competências

apresentadas nos PCN remetia a uma abordagem funcionalista, pragmática e presentista dos

conteúdos de História. A relação entre o saber e os princípios propostos pela UNESCO (aprender a

aprender, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser), ao lado de uma referência

cognitivista e psicológica, não se conectava à historiografia proposta como base teórica da

disciplina. Além disso, a contextualização proposta para o ensino de História vinculava-se,

principalmente, às preocupações do mercado de trabalho. Esse conjunto de fatores marcou o

currículo de História na rede pública Estadual até o ano de 2002. No ano seguinte, iniciou-se uma

discussão coletiva envolvendo professores da rede estadual, com o objetivo de elaborar novas

Diretrizes Curriculares Estaduais para o ensino de História. Sob uma perspectiva de inclusão social,

estas Diretrizes consideram a diversidade cultural e a memória paranaense, de modo que buscam

contemplar demandas em que também se situam os movimentos sociais organizados e destacam os

seguintes aspectos:

O cumprimento da lei nº. 13.381/01, que torna obrigatório, no Ensino Fundamental e

médio da Rede Pública Estadual, os conteúdos de História do Paraná;

O cumprimento da lei nº. 10.639/03, que inclui no currículo oficial a obrigatoriedade da

História e Cultura Afro-Brasileira, seguidas das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação

das relações étnico-raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana;

O cumprimento da lei nº. 11.645/08, que inclui no currículo oficial a obrigatoriedade do

ensino da história e cultura dos povos indígenas do Brasil.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS DA DISCIPLINA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

Relações de Trabalho.

Relações de Poder.

Relações de Cultura.

6ª ANO

CONTEÚDOS BÁSICOS

A experiência humana no tempo:

Os sujeitos e sua relação com o outro no tempo.

A cultura local e a cultura comum.

7ª ANO

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CONTEÚDOS BÁSICOS

As relações de propriedades.

A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade.

As relações entre o campo e a cidade.

Conflitos, resistências e produção cultural campo/cidade.

8ª ANO

CONTEÚDOS BÁSICOS

História das relações da humanidade com o trabalho.

O trabalho e a vida em sociedade.

O trabalho e as contradições da modernidade.

Os trabalhadores e as conquistas de direito.

9ª ANO

CONTEÚDOS BÁSICOS

A constituição das instituições sociais.

A formação do Estado.

Sujeito, Guerras e revoluções.

ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

Relações de Trabalho

Relações de Poder

Relações de Cultura.

CONTEÚDOS BÁSICOS

Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho Livre.

Urbanização e Industrialização.

O Estado e as Relações de Poder.

Os sujeitos, as revoltas e as guerras.

Movimentos Sociais, Políticos e Culturais, as Guerras e Revoluções.

Cultura e Religiosidade.

FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA DISCIPLINA

No encaminhamento metodológico, deve - se ressaltar o processo de construção do

conhecimento histórico a partir dos conteúdos estruturantes, básicos e específicos, tendo como

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finalidade a formação do pensamento histórico dos estudantes. Assim, os alunos perceberão que a

História está narrada em diferentes fontes, sendo que os historiadores se utilizam destas fontes para

construírem suas narrativas históricas.

Como o ensino de História está em processo de mudanças substanciais, no que se refere ao

conteúdo e à metodologia, entendemos que para analisar é necessário conhecer os fatos, mostrar as

descontinuidades e rupturas, porém, dentro de um universo compreensível à faixa etária dos

estudantes.

A tecnologia é um fator que favorece a metodologia, pois auxilia o professor a variar as

formas de apresentação dos conteúdos, em busca de um ensino de qualidade para o ensino

aprendizagem.

No estudo histórico pode - se incorporar gravuras, confecções de cartazes, mapas,

pesquisas em livros didáticos, internet, vídeos, documentários, canções, relatos de memória, etc. O

trabalho pedagógico com diversos documentos e fontes exige que o professor esteja atento à rica

produção historiográfica que tem sido publicada tanto em livros ou para o público em geral, que são

instrumentos de relevante importância para o ensino-aprendizagem.

Nesse sentido, o trabalho pedagógico com os conteúdos históricos deve ser fundamentado

em vários autores e suas respectivas interpretações, seja por meio dos manuais didáticos disponíveis

ou por meio de textos historiográficos referenciais. Espera-se que, ao concluir a Educação Básica, o

aluno entenda que não existe uma verdade histórica única, e sim que verdades são produzidas a

partir evidências que organizam diferentes problematizações fundamentadas em fontes diversas,

promovendo a consciência da necessidade de uma contextualização social, política e cultural em

cada momento histórico. Sobre o Método da História para o aluno compreender como se dá a

construção do conhecimento histórico, o professor deve organizar seu trabalho pedagógico por

meio:

• Do trabalho com vestígios e fontes históricas diversos;

• Da fundamentação na historiografia;

• Da problematização do conteúdo;

• Essa organização deve ser estruturada por narrativas históricas produzidas pelos sujeitos.

Recorrer ao uso de vestígios e fontes históricas nas aulas de História pode favorecer o

pensamento histórico e a iniciação aos métodos de trabalho do historiador. A intenção do trabalho

com documentos em sala de aula é de desenvolver a autonomia intelectual adequada, que permita

ao aluno realizar análises críticas da sociedade por meio de uma consciência histórica

(BITTENCOURT, 2004).

Ao trabalhar com vestígios na aula de História, é indispensável ir além dos documentos

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escritos, trabalhando com os iconográficos, os registros orais, os testemunhos de história local, além

de documentos contemporâneos, como: fotografia, cinema, quadrinhos, literatura e informática.

Outro fator a ser observado é a identificação das especificidades do uso desses documentos, bem

como entender a sua utilização para superar as meras ilustrações das aulas de História.

Quanto à identificação do documento, a sugestão é determinar sua origem, natureza, autor

ou autores, datação e pontos importantes do mesmo. Para fazer análise e comentários dos

documentos, Bittencourt (2004) estabeleceu a seguinte metodologia:

• Descrever o documento, ou seja, destacar e indicar as informações que ele contém;

• Mobilizar os saberes e conhecimentos prévios dos alunos para que eles possam explicá-los,

associá-los às informações dadas;

• Situar o documento no contexto e em relação ao autor;

• Identificar sua natureza e também explorar esta característica para chegar a identificar os seus

limites e interesses

Entender tais aspectos possibilita que os alunos valorizem e contribuam para a preservação

de documentos escritos, dos lugares de memória, como: museus, bibliotecas, acervos privados e

públicos de fotografias, audiovisuais, entre outros. Isso se dá pelo uso adequado dos locais de

memória, pelo manuseio cuidadoso de documentos que podem constituir fontes de pesquisas ou

pelo reconhecimento do trabalho feito pelos pesquisadores.

A problematização desses documentos é que os transformam em fontes históricas. O

trabalho com documentos e fontes históricas pode levar a uma análise crítica sobre o processo de

construção do conhecimento histórico e dos limites de sua compreensão. Tal abordagem é

fundamental para que os alunos entendam:

• Os limites do livro didático;

• As diferentes interpretações de um mesmo acontecimento histórico;

• A necessidade de ampliar o universo de consultas para entender melhor diferentes contextos;

• A importância do trabalho do historiador e da produção do conhecimento histórico para

compreensão do passado;

• Que o conhecimento histórico é uma explicação sobre o passado que pode ser complementada

com novas pesquisas e pode ser refutada ou validada pelo trabalho de investigação do historiador.

Então, ao adotar este encaminhamento metodológico, o professor precisa relativizar o livro

didático, uma vez que as explicações nele apresentadas são limitadas,seja pelo número de páginas

do livro, pela vinculação do autor a uma determinada concepção historiográfica, seja pela tentativa

de abarcar uma grande quantidade de conteúdos em atendimento às demandas do mercado editorial.

Isso não significa que o livro didático deva ser abandonado pelo professor, mas problematizado

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junto aos alunos, de modo que se identifiquem seus limites e possibilidades. Implica também a

busca de outros referenciais que complementem o conteúdo tratado em sala de aula.

Porém, como o livro didático é o documento pedagógico mais popular e usado nas aulas de

História, Schmidt e Cainelli (2004), sugerem alguns encaminhamentos metodológicos para seu uso

que permitam a sua transformação em uma fonte histórica:

• Construir uma enunciação da idéia principal de cada parágrafo;

• Identificar e analisar as imagens e as ilustrações, os mapas e os gráficos;

• Relacionar as idéias do texto com as imagens, as imagens, os mapas e os gráficos;

• Explicar as relações feitas;

• Estabelecer relações de causalidade e significado sobre o que aparece no texto e nas imagens,

imagens, mapas e gráficos;

• Identificar as idéias principais e secundárias do texto;

• Registrar, de forma organizada e hierarquizada, as idéias principais e as secundárias do texto

(TREPAT, 1995, p. 1994-220; atividades adaptadas por SCHMIDT e CAINELLI. 2004, p. 140

A construção do conhecimento pelo aluno pode ser através da observação de paisagens,

interpretações de textos, charges, fotos, vídeos, fazendo uma leitura de mundo. Seus conceitos

devem ser vistos como instrumentos retirados da experiência já acumulada e complementada com o

“novo”, havendo interação entre aluno e professor, família, escola e sociedade.

Debater questões do cotidiano, com a produção do conhecimento empírico e sua

apropriação pelos alunos, fazendo com que os alunos estejam integrados como sujeito do processo

histórico e não apenas observador, podendo indagar sobre os problemas sociais e suas possíveis

soluções.

É importante ressaltar o conhecimento prévio de todos os alunos, bem como aquilo que o

aluno traz consigo e assim, possibilitando novas experiências e aquisição de conhecimento, que

vem da apropriação da sua realidade.

Também é importante problematizar o conteúdo a ser trabalhado, pois significa partir de

pressuposto de que ensinar História é construir um diálogo entre o presente e o passado e não

reproduzir conhecimentos acabados e sim processos históricos relativos às ações e às relações

humanas praticadas no tempo, bem como a respectiva significação atribuída pelos sujeitos, tendo ou

não consciência dessas ações.

As relações humanas produzidas por essas ações podem ser definidas como estruturas

sócio-históricas, ou seja, são as formas de agir, pensar, sentir, representar, imaginar, instituir e de se

relacionar social, cultural e politicamente.

Outros temas contemporâneos serão trabalhados de acordo com a realidade atual

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incorporando os conteúdos básicos pré estabelecidas pelas DCEs. Os temas citados abaixo são:

Lei nº 11.645/08 História e Cultura Afro Brasileira e Indígena;

Lei nº 10.639/03 Historia e Cultura Afro Brasileira e Africana

Lei nº 13.381/01 História do Paraná.

Lei nº 10.741/03 Estatuto do Idoso;

Lei nº 11.343/06 Uso Indevido de Drogas;

Portaria 413/02 Programa Nacional de Educação Fiscal e Tributária;

Lei nº 9.970/00 combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes e decreto nº

6.230/07;

Lei nº 9.795/99 e decreto nº 4.281/02. Política Nacional de Educação Ambiental;

Lei nº 17335/12 Programa de combate ao Bullying

lei nº 11769/08 Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH) Educação dos Direitos

Humanos

Lei nº 11.340/06 - Lei Maria da Penha.

Lei nº 9503/97: Código de Transito Brasileiro - Educação para o transito

Lei nº 11947/09 Educação Alimentar e Nutricional

Nesse trabalho com os desafios contemporâneos, será privilegiada a participação do aluno

com suas vivências e interesses, buscando sempre levantar questões relevantes ao nosso cotidiano,

priorizando discussões trazidas por esses temas no âmbito escolar por meio de pesquisa, diálogo e

produção, por meio do auxílio dos recursos audiovisuais, como: TV Pendrive, vídeo, rádio,

retroprojetor, DVD, data show, lousa digital, etc.

É preciso oportunizar, no ensino da História, espaço, para que o aluno através da oralidade,

leitura e escrita, se manifeste e interaja com os textos, valorizando os saberes trazidos por ele e

emita opiniões próprias, assumindo-se como sujeito transformador na sociedade onde vive.

Para o Ensino Médio, a metodologia proposta pelas Diretrizes Curriculares está

relacionada à História Temática. Os conteúdos básicos/temas históricos selecionados para o ensino

devem articular-se aos Conteúdos estruturantes propostos nas Diretrizes. Tomá-los como ponto de

partida é uma forma de responder às críticas a respeito da impossibilidade de ensinar “toda a

história da humanidade”. A organização do trabalho pedagógico por meio de temas históricos

possibilita ao professor ampliar a percepção dos estudantes sobre um determinado contexto

histórico, sua ação e relações de distinção entre passado e presente.

Para trabalhar com a História Temática deve-se se constituir uma problemática por meio da

compreensão, na aula de História, das estruturas e das ações humanas que constituíram os processos

históricos do presente, tais como a fome, desigualdade e exclusão social, confrontos identitários

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(individual, social, étnica, sexual, de gênero, de idade, de propriedade, de direitos, regionais e

nacionais).

Assim, ao problematizar situações ligadas às Relações de Trabalho, de Poder e Culturais é

possível explicar, interpretar e narrar o objeto de estudo da disciplina de história, ou seja, ações e

relações humanas no tempo, sendo que essas devem ser abordadas didaticamente, no processo de

ensino/aprendizagem. Isso deve ser feito observando os recortes espaço/temporal e conceituais

específicos, à luz da historiografia de referência anunciadas nas Diretrizes.

As ações e relações humanas no tempo são os acontecimentos históricos relacionados aos

conteúdos específicos, os quais comporão o Plano de Trabalho Docente e servirão de instrumentos

para responder a problemática estabelecida.

Para Ivo Mattozzi (2004), depois de selecionado o tema, o professor adotará três formas

para construir uma narrativa histórica:

• Narração: é uma forma de discurso em que se ordenam os fatos históricos de um período. Essa

reconstrução representa o processo histórico relativo às mudanças e transformações por meio de

acontecimentos que levem de um contexto inicial a um final;

• Descrição: é a forma de representar um contexto histórico. É um recurso para representar as

permanências que ocorrem entre diferentes contextos. A descrição permite, também, o uso de

narrações como exemplos ou provas do contexto histórico abordado;

• Argumentação, explicação e problematização: A problematização fundamenta a explicação e a

argumentação histórica. A narrativa histórica é a construção de uma resposta para a problemática

focalizada. A explicação é a reconstrução de determinadas ações e relações humanas, e a

argumentação é a resposta à problemática, a qual é construída pela narração e descrição.

AVALIAÇÃO

Na avaliação deve – se levar em consideração o aprendizado de todos os alunos de forma a

dar continuidade no processo pedagógico seja individual ou coletivo, assim, o aprendizado e a

avaliação poderão ser compreendidos como fenômeno compartilhado, contínuo, processual e

diversificado, o que propicia uma análise crítica das praticas que podem ser retomadas e

reorganizadas pelo professor e alunos.

Alunos que frequentam sala de apoio e sala de recursos serão avaliados de forma

diferenciada, proporcionando atendimento individual.

Para o Ensino Fundamental, Médio e Profissional, a avaliação considera a investigação e a

apropriação de conceitos históricos, a compreensão das relações da vida humana e o aprendizado

dos conteúdos básicos, temas históricos e específicos. Durante o processo avaliativo, precisamos

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levar em conta os conhecimentos prévios do aluno, trabalhando individualmente ou em grupo de

acordo com sua produção e avanço durante o ano letivo. O processo de avaliação deve priorizar

mecanismos que detectam, se o aluno compreendeu o processo histórico e se está capacitado para

emitir julgamentos críticos sobre os temas estudados.

Deseja que, ao final do trabalho na disciplina de História, os alunos tenham condições de

identificar processos históricos, reconhecer criticamente as relações de poder neles existentes, bem

como intervirem no mundo histórico em que vivem de modo a se fazerem sujeitos da própria

História.

Tais critérios não esgotam o processo de avaliação pelo professor de História. São

indicativos a serem enriquecidos para orientar o planejamento das práticas avaliativas em

consonância com estas Diretrizes. Devem, também, estar articulados à investigação de como às

idéias históricas dos estudantes organizam esses estratégias de interpretação das fontes a partir da

construção de narrativas históricas.

Quanto aos Conteúdos Estruturantes, o professor deverá investigar como os estudantes

compreendem as relações de trabalho no mundo contemporâneo, as suas configurações passadas e a

constituição do mundo do trabalho em diferentes períodos históricos, considerando os conflitos

inerentes a essas relações.

No que diz respeito às Relações de Poder, o professor precisa investigar como os

estudantes compreendem essas relações que se apresentam em todos os espaços sociais. Também

deve diagnosticar como eles identificam, localizam os espaços decisórios e os processos históricos

que as constituíram. Referente às Relações Culturais, o professor deverá investigar se os estudantes

reconhecem a si e aos outros como construtores de uma cultura comum, consideradas as

especificidades de cada grupo social e as relações entre eles. Deverá entender como eles

compreendem a constituição das experiências culturais dos sujeitos ao longo do tempo e das

permanências e mudanças nas diversas tradições e costumes sociais. Para o Ensino Fundamental,

Médio e Profissional, a avaliação da disciplina de História, na diretriz, considera três aspectos:

• A investigação e a apropriação de conceitos históricos pelos estudantes;

• A compreensão das relações da vida humana (Conteúdos Estruturantes);

• O aprendizado dos conteúdos básicos/temas históricos e específicos.

Esses três aspectos são entendidos como complementares e indissociáveis. O professor

deve recorrer a diferentes atividades, tais como: leitura, interpretação e análise de narrativas

historiográficas, mapas e documentos históricos; produção de narrativas históricas, pesquisas

bibliográficas, sistematização de conceitos históricos, apresentação de seminários, entre outras.

Tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio, após a avaliação diagnóstica, o professor e

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seus alunos poderão revisitar as práticas desenvolvidas até então, de modo que identifiquem lacunas

no processo pedagógico.

A avaliação inclui a observação dos avanços e da qualidade da aprendizagem alcançada

pelos alunos, ao final de um trabalho, seja este determinado pelo fim de um trimestre ou de um ano,

seja pelo encerramento de um projeto ou sequência didática.

Avaliar-se-á a História por meio de atividades que possibilitem a apreensão das idéias

históricas dos estudantes em relação ao tema abordado; atividades que permitam desenvolver a

capacidade de síntese e redação de uma narrativa histórica; atividades que permitam ao aluno

expressar o desenvolvimento de idéias e conceitos históricos; atividades que revelem se o educando

se apropriou da capacidade de leitura de documentos com linguagens contemporâneas, como:

cinema, fotografia, histórias em quadrinhos, músicas e televisão, relativos ao conhecimento

histórico.

Importante considerar outras duas formas de avaliar por meio de textos e imagens. Os

textos e imagens serão trabalhados por meio de identificação, leitura, explicação e interpretação.

Esses são indicativos a serem enriquecidos para orientar o planejamento das práticas avaliativas em

consonância com as Diretrizes.

Dessa forma, a avaliação formativa: contínua, diagnóstica e dialética será realizada através

da participação dos alunos nas aulas por meio da sua oralidade e reflexão, leitura, provas

descritivas, objetivas, produção de textos, pesquisas e trabalhos.

Fica determinado pela Instituição de Ensino que o período avaliativo será trimestre, deverá

ser obrigatoriamente proporcionado ao estudante no mínimo 02 (dois) instrumentos de avaliação e

no mínimo 02 (dois) instrumentos de recuperação de estudos para o Ensino Fundamental, Médio e

Profissional. O mínimo de dois instrumentos de avaliação vale para as Disciplinas que têm no

máximo duas aulas semanais, sendo eles uma avaliação escrita e um trabalho por trimestre. As

demais turmas que têm de três ou mais aulas semanais, permanecem no mínimo três instrumentos

de avaliação, sendo eles duas avaliações escritas e um trabalho por trimestre. A oferta da

recuperação será obrigatória para os alunos que não atingirem no mínimo a média 6,0 (seis) e

opcional para os demais alunos que têm a média acima de 6,0 (seis). Caso o aluno não atinja a

média 6,0 (seis) nas recuperações ofertadas, prevalecerá a nota mais alta.

Aos alunos com necessidades educacionais especiais serão proporcionadas avaliações com

metodologia diferenciada, atendendo-os de forma particular no momento da avaliação e em

consonância com a sala multifuncional tipo 1.

Os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas durante o período

letivo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua

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anotação no Livro Registro de Classe.

Deseja-se que, ao final do trabalho na disciplina de História, os alunos tenham condições

de identificar processos históricos, reconhecer criticamente as relações de poder neles existentes,

bem como intervirem no mundo histórico em que vivem, de modo a se fazerem sujeitos da própria

História.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e

quarto ciclos do ensino fundamental: introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Brasília:

MEC/SEF, 1998.

BITTENCOURT, M. C. Ensino de história: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2004.

CALDART R. MOLINA M. (Org.) Por uma Educação do Campo. Rio de Janeiro: Vozes, 2004.

CURRICULARES, Diretrizes Nacionais para a educação das relações étnico - raciais e para o

ensino da História e Cultura Afro – Brasileira e Africana. Brasília: MEC/Secretaria Especial

de Políticas de Promoção da Igualdade Racial/Secretaria da Educação Continuada, Alfabetização

e Diversidade, 2004.

PPC. Colégio Estadual Rui Barbosa – EFMP. 2015.

PPP. Colégio Estadual Rui Barbosa – EFMP. 2015.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

LÍNGUA PORTUGUESA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Historicamente, o processo de ensino de Língua Portuguesa no Brasil iniciou-se com a

educação jesuítica. Essa educação era instrumento fundamental na formação da elite colonial ao

mesmo tempo em que se propunha a “alfabetizar” e “catequizar” os indígenas (MOLL, 2006, p. 13).

A concepção de educação e o trabalho de escolarização dos indígenas estavam vinculados ao

entendimento de que a linguagem reproduzia o modo de pensar, ou seja, a linguagem se constituía

no interior da mente e sua materialização fônica revelava o pensamento.

Ainda no período colonial, a língua mais utilizada pela população era o tupi. “O português

era a língua da burocracia” (ILLARI, 2007s/p), ou seja, a língua das transações comerciais, dos

documentos legais. As línguas nativas, e a Língua-Geral (tupi-guarani), foram aprendidas pelos

colonizadores, num primeiro momento, com vistas ao conhecimento necessário para a dominação

da nova terra. Essas línguas continuaram sendo usadas por muito tempo na comunicação informal

por grande parte da população não escolarizada. Entretanto, a partir do século XVIII, época que

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coincide com as expedições bandeirantes e a descoberta da riqueza mineral do solo brasileiro, essa

situação do bilinguismo passou a não interessar aos propósitos colonialistas de Portugal que

precisava manter a colônia e, para isso, a unificação e padronização linguística constituíram-se

fatores de relevância.

A fim de reverter esse quadro, em 1758 um decreto do Marquês de Pombal tornou a Língua

Portuguesa idioma oficial do Brasil, proibindo o uso da língua geral. No ano seguinte, os jesuítas,

que haviam catequizado os índios e produzido literatura em língua indígena, foram expulsos do

Brasil.

A Reforma Pombalina, em 1759, impôs a Língua Portuguesa como idioma-base do ensino,

entre outras medidas que visavam à modernização do sistema educacional, a cargo dos jesuítas por

mais de dois séculos. Tal reforma era reflexo do Iluminismo, que trazia em seu bojo ideias de

reorganização da sociedade por meio de princípios racionais decorrentes do cartesianismo e do

empirismo de século XVII. A Língua Portuguesa passa, então, com a Reforma Pombalina, a fazer

parte dos conteúdos curriculares, mesmo assim seguindo os moldes do ensino de latim. (LUZ-

FREITAS, 2004 s/p).

A Constituição Brasileira, em seu artigo 5º, prescreve: “Todos são iguais perante a lei, sem

distinção de qualquer natureza, garantindo aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a

inviolabilidade do direito à vida, à igualdade, à segurança e à propriedade (...)”.

Sendo assim, é nos processos educativos, e notadamente nas aulas de Língua Materna, que

os estudantes brasileiros têm a oportunidade de aprimoramento de sua competência linguística, de

forma a garantir uma inserção ativa e crítica na sociedade. Portanto, a escola, especificamente a

pública, deve oferecer espaço às práticas de linguagem que possibilite ao aluno interagir na

sociedade.

A Língua Portuguesa tem como fundamentação o trabalho pedagógico, considerando o

processo dinâmico e histórico dos agentes na interação verbal, tanto na constituição social da

linguagem, quanto dos sujeitos que por meio dela interagem.

Ensinar Língua Portuguesa é tornar o aluno um agente social, cultural e político, para isso é

necessário levar em conta o conhecimento de mundo, o seu relacionamento dentro e fora do

contexto escolar, aprendendo a ter voz e fazendo uso da palavra para viver numa sociedade

democrática, valorizando sua realidade, preparando-os para as demandas históricas e sociais.

Como afirma Geraldi (1991, p.6), “a linguagem não é o trabalho de um artesão, mas trabalho

social e histórico seu e dos outros e é para os outros e com os outros que ela se constitui”, isto é a

concepção histórico-crítica que visa a linguagem como este processo, ou seja, o aluno sendo o

sujeito do processo de comunicação e de ação entre si, com os outros e com o meio. Geraldi

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ainda afirma que não basta dar a palavra ao outro, é necessário devolver e aceitar a palavra do

outro: “É devolvendo o direito à palavra que talvez possamos um dia ler a história contida, e não

contada da grande maioria que hoje ocupa os bancos das escolas públicas.”(GERALDI, 1990, p.

124)

Visando o repensar sobre o ensino de língua materna e para a reflexão sobre o trabalho

realizado na sala de aula, Gerandi defende uma abordagem com as unidades básicas de ensino de

Português (leitura, produção textual e análise linguística), tendo como ponto de partida o texto.

Todo este trabalho acontece a longo prazo, no decorrer de todo o Ensino Fundamental e

Médio, visando o contato com a língua oral e escrita. Faz-se necessário salientar também que

quanto maior o contato com a linguagem na diversidade textual, mais clareza se tem de que o texto

é um material verbal carregado de intenções e visões de mundo.

Isso confirma-se por Andrade quando diz que “o trabalho com o texto surge como uma

possibilidade de mudança, na qual o professor assume uma postura interlocutiva com seu aluno,

construindo um projeto mais arrojado e eficaz para a aprendizagem da língua escrita.” (1995, p.63)

Atribui-se à leitura e à escrita um valor absolutamente positivo, porque elas revertem

benefícios favoráveis ao indivíduo e à sociedade, como forma de expansão do conhecimento,

aprimoramento cultural e maiores condições nas relações sociais.

À escola, tendo consciência de ser a mediadora do saber, deve proporcionar o domínio da

leitura que signifique além da decodificação, permitindo ao educando que aprenda a ler, sobretudo,

torne-se um leitor capaz de reconhecer a sua identidade, seu lugar social, a ideologia que percorre o

contexto em que vive ou sobrevive. Até meados do século XX, o ensino da literatura foi baseado na

antiguidade clássica, tendo como importante instrumento do trabalho pedagógico, as antologias

literárias.

Quanto ao estudo de Língua Portuguesa e Literatura, este vem sofrendo importantes

mudanças no ensino. Antes o professor conduzia todo o estudo gramatical e literário, o aluno não

passava de um mero ouvinte. Atualmente a ensino de Língua e Literatura passa por novos

caminhos, uma vez que o educando agora se envolva em discussões e participa ativamente na

construção do aprendizado.

O Ensino de Língua Portuguesa e Literatura no Ensino Médio têm como fundamento teórico

o sociointeracionismo, construído a partir das contribuições do Teórico Russo Mikhail Bakhtin.

Segundo essa teoria, a língua configura um espaço de interação entre sujeitos que se constituem

através dessa interação. Ela mesma, a língua, também só se constitui pelo uso, ou seja, movida

pelos sujeitos que interagem.

Assim sendo, através da linguagem o homem se reconhece como ser humano, pois ao

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comunicar-se com outros homens e trocar experiências certifica-se de seu conhecimento de mundo

e dos outros com que interage. Isso lhe permite compreender melhor a realidade em que está

inserido e seu papel como sujeito social.

Bakhtin (1992) ressalta o caráter social da linguagem como enunciação e discurso,

interlocução em que aquele que fala ou escreve é o sujeito, interagindo como interlocutor levado

por um objetivo, uma necessidade de interação.

Todo texto é articulação de discursos, são vozes que se materializam como todo sistema de

signos e com coerência atrelada à capacidade de compreensão do indivíduo na vida comunicativa e

expressiva.

O trabalho do professor centra-se no objetivo de desenvolver e sistematizar a linguagem

interiorizada pelo aluno, incentivando-o à verbalização da mesma e o domínio de outras, utilizadas

em diferentes esferas sociais. O estudo da gramática passa a ser uma estratégia para a compreensão,

interpretação, produção de textos, e a literatura integra-se à área de leitura.

A interação é o que faz com que a linguagem seja comunicativa. Esse princípio anula

qualquer pressuposto que tenta referendar o estudo da língua isolada do ato interlocutivo.

Segundo Fávero e Koch a palavra texto designa toda e qualquer manifestação da capacidade

do ser humano (...) isto é qualquer tipo de comunicação realizada por um sistema de signos “(...)”.

Ou seja, o texto é único com enunciado, possuídos de múltiplos significados, e muito mais ele

oportuniza as diversas manifestações da linguagem do ser humano.

Em 1984, o livro “O texto na sala de aula”, organizado por João Wanderlei Geraldi, marcou

as discussões sobre o ensino de Língua Portuguesa no Paraná, incluindo artigos de linguistas como

Carlos Alberto Faraco, Sírio Possenti, Percival Leme Britto e o próprio Geraldi, presentes até hoje

nos estudos e pesquisas sobre o ensino. Geraldi, em seu artigo, defende a abordagem com as

unidades Básicas de Ensino de Português (leitura, produção textual e análise linguística), tendo

como ponto de partida o texto.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) do final da década de 1990 também

fundamentaram a proposta para a disciplina de Língua Portuguesa nas concepções interacionistas.

As DCE’s ( Diretrizes Curriculares Estaduais) é uma proposta que dá ênfase à língua viva,

dialógica, em constante movimentação, permanentemente reflexiva e produtiva. Trata-se de novos

posicionamentos em relação às práticas de ensino, seja pela discussão crítica dessas práticas, seja

pelo envolvimento direto dos professores na construção de alternativas.

De acordo com o PPP (Projeto Político Pedagógico), mais precisamente no ato situacional,

a sociedade brasileira, especificamente a do município é composta de uma diversidade cultural,

social e econômica significativa e possui educação infantil, fundamental e média, baseada na

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democracia como estilo de trabalho, onde se observam os princípios de igualdade, justiça,

participação, direitos e deveres são discutidos para uma melhor socialização. No ato conceitual

reconhece-se o conhecimento como fator principal da produção, colocando como competência

fundamental o amor ao conhecimento, uma aprendizagem permanente e uma formação continuada

tendo como ponto específico a construção da cidadania. No ato operacional, busca-se a

participação de todos os segmentos da comunidade escolar, para juntos, tomar decisões e planejar

ações a serem desenvolvidas para a melhoria da qualidade de ensino.

O ensino da língua portuguesa apresenta, portanto, uma concepção coerente de acordo com

o PPP e as DCEs, asseguradas pela LDB nº 9394/96 nos artigos 12 e 13. Sendo assim, a ação

pedagógica pauta-se numa postura interlocutiva, sendo vivenciada de forma significativa e

interligada com o Projeto Político Pedagógico, com as Diretrizes Curriculares e Lei de Diretrizes e

Bases da Educação Nacional, gerando reflexões, posicionamento e ação transformadora para si e

para a sociedade.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

* Conhecer e valorizar a linguagem de seu grupo social como instrumento adequado e eficiente na

comunicação cotidiana;

* Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, adequando-a ao contexto, bem como

descobrir as intenções que estão implícitas;

* Usar os conhecimentos adquiridos nas práticas de análise linguística para expandir suas

capacidades e possibilidades do uso da língua;

* Ampliar as habilidades da língua escrita por meio de práticas textuais objetivando cada vez mais a

capacidade de análise linguística e crítica;

* Reconhecer nos diversos tipos de leitura, inclusive a literária, a força expressiva de sua

linguagem, seus sentidos e significados, como experiência pragmática e literária, visando reflexão,

produção e criticidade, permitindo aos alunos desenvolver o interesse pelas leituras e ampliar seus

horizontes de expectativas.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA

Criar situações em que os alunos tenham oportunidade de ler, escrever, falar ou ouvir

contextualizando os gêneros e tipos textuais, assim como os elementos gramaticais;

Utilizar a linguagem para estruturar a experiência e explicar a realidade, representando

assim várias áreas do conhecimento;

Analisar criticamente os diferentes discursos, inclusive o próprio;

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Usar os conhecimentos adquiridos por meio das práticas de análise linguística para

expandir suas capacidades e possibilidades do uso da língua;

Fazer com que a aprendizagem da leitura aconteça, tornando-a concreta, oportunizando

aos alunos a criação de hipóteses sobre o que leem e, aos poucos, através das leituras, torná-los

donos de seus saberes.

6º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS

GÊNEROS DISCURSIVOS

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados

como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Os

gêneros discursivos desta Proposta Pedagógica estão de acordo com o Projeto Político Pedagógico,

com o Plano de Trabalho Docente e em conformidade com as características da escola e com o nível

de complexidade adequado ao 6º ano. São eles:

- Adivinhas, álbum de família, anedotas, bilhetes, cantigas de roda, carta pessoal, cartão, cartão

postal, causos, comunicado, convites, história em quadrinhos, tiras, diálogos, poesia, fábula,

opinião, charge, piadas, lendas, autobiografia, verbete, aviso, paródias, dramatização, músicas,

contos de fadas, contos de fadas contemporâneos, narrativas fantásticas.

LEITURA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade;

Argumentos de texto;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Léxico;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, classes gramaticais e suas funções referenciais no texto,

pontuação e seus efeitos de sentido no texto, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito,

hífen, itálico), figuras de linguagem;

Grafia das palavras;

Leitura informativa, narrativa e descritiva curtas;

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Identificar ideias básicas;

Confrontar ideias e argumentar sobre elas, comparando-as com o real;

Ideias implícitas e explícitas;

Atribuir significados que extrapolem o texto lido;

Expor o mesmo texto numa perspectiva diferente, linguagem diferente, épocas diferentes;

Ler com entonação, ritmo, atribuindo expressão ao texto lido, fazendo o uso correto dos sinais de

pontuação;

Interpretação textual: conteúdo temático, interlocutores, fonte, intertextualidade,

informatividade, intencionalidade e marcas linguísticas;

Inferências ao texto lido;

ESCRITA

Contexto da produção;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Informalidade;

Argumentatividade;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Divisão do texto em parágrafos;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação e seus

efeitos de sentido no texto, acentuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras

de linguagem;

Processos de formação de palavras;

Ortografia;

Concordância verbal e nominal;

Produção de textos com clareza, argumentação, ortografia, acentuação, margem, título,

pontuação correta, concordância, uso de paragrafação, vocabulário adequado e refacção textual;

ORALIDADE

Tema do texto;

Finalidade;

Argumentos;

Papel do locutor e interlocutor;

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Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;

Adequação do discurso ao gênero (vocabular);

Turnos de fala;

Variações/marcas linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.

Intencionalidade do texto;

Particularidades de pronúncia de algumas palavras;

Relato de histórias lidas e/ou vividas;

Clareza e sequência na exposição de ideias;

A pontuação e seus efeitos de sentido no texto;

Debates sobre assuntos lidos, acontecimentos, vídeos e filmes;

Interpretação de textos variados, buscando entender sua estrutura e mensagem;

7º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS

GÊNEROS DISCURSIVOS

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados

como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Os

gêneros discursivos desta Proposta Pedagógica estão de acordo com o Projeto Político Pedagógico,

com o Plano de Trabalho Docente e em conformidade com as características da escola e com o nível

de complexidade adequado ao 7º ano. São eles:

- poesia, carta, diário, entrevista, história em quadrinhos, tiras, conto, bilhete, notícia, lendas,

canções, propaganda, autobiografia, lendas, contos, narrativas de aventura, narrativas de terror,

músicas, paródias, poemas, pesquisas, resumo, textos descritivos, narrativos e argumentativos,

opinião, cartazes, cartum, charge, entrevista, notícia, sinopses de filmes, blog, chat, desenho

animado, e-mail, filmes, torpedos

LEITURA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Argumentos de texto;

Contexto de produção;

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Intertextualidade;

Informações Implícitas e explícitas;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Repetição proposital de palavras;

Léxico;

Ambiguidade;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, classes gramaticais e suas funções referenciais no texto,

pontuação e seus efeitos de sentido no texto, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito,

hífen, itálico), figuras de linguagem;

Argumento principal e ideias contidas no texto;

Particularidades (lexicais, sintáticas e textuais) do texto formal e informal;

Vozes sociais representadas no texto;

Atribuir significados que extrapolem o texto lido;

Ler com fluência, ritmo e entonação, respeitando os sinais de pontuação;

ESCRITA

Contexto da produção;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Informatividade;

Argumentatividade;

Discurso direto e indireto;

Conteúdo temático;

Elementos composicionais do gênero;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação e seus

efeitos de sentido no texto, acentuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras

de linguagem;

Processos de formação de palavras;

Linguagem formal e informal;

Acentuação gráfica;

Ortografia;

Concordância verbal e nominal;

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Produção de textos com clareza, argumentação, ortografia, acentuação, margem, título,

pontuação correta, concordância, uso de paragrafação, vocabulário adequado e refacção textual;

ORALIDADE

Tema do texto;

Finalidade;

Intencionalidade;

Argumentos;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralinguísticos: entonação, repetição, pausas, gestos...;

Adequação do discurso ao gênero (vocabular);

Clareza e sequência na exposição de ideias;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

Semântica;

Objetividade na argumentação na exposição de ideias;

Interpretação de textos variados, buscando entender sua estrutura e mensagem.

8º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS

GÊNEROS DISCURSIVOS

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados

como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Os

gêneros discursivos desta Proposta Pedagógica estão de acordo com o Projeto Político Pedagógico,

com o Plano de Trabalho Docente e em conformidade com as características da escola e com o nível

de complexidade adequado ao 8º ano. São eles:

- poesia, carta, diário, entrevista, história em quadrinhos, tiras, notícia, cartazes, canções,

propaganda, contos, crônicas, romances, narrativas de aventura, narrativas de terror, narrativas

míticas, músicas, paródias, poemas, pesquisas, resumo, textos descritivos, narrativos,

argumentativos e dissertativos, cartum, charge, entrevista, notícia, filmes, sinopses de filmes, blog,

chat, e-mail, relatos de experiências, comercial de TV.

LEITURA

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Conteúdo temático;

Interlocutor;

Intencionalidade do texto;

Argumentos de texto;

Contexto de produção;

Intertextualidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, classes gramaticais e suas funções referenciais no texto,

pontuação e seus efeitos de sentido no texto, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito,

hífen, itálico), figuras de linguagem;

Semântica;

Operadores argumentativos;

Ambiguidade;

Sentido figurado;

Expressões que denotam ironia e humor no texto;

Linguagem verbal, não-verbal, midiática, infográfica, etc;

Leitura com fluência, ritmo e entonação, percebendo a importância da pontuação;

Polissemia da linguagem – variedades de sentidos de uma palavra;

Conhecer e interpretar textos como literatura de cordel, filmes, músicas e obras literárias,

observando: conteúdo temático veiculado, interlocutores, fonte, ideologia, papeis/vozes sociais

representados, intencionalidade, informatividade, intertextualidade e marcas linguísticas.

ESCRITA

Conteúdo temático;

Interlocutor;

Intencionalidade do texto;

Informatividade;

Contexto de produção;

Intertextualidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Page 228: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA€¦ · Decreto-Lei nº. 10.010 de 02 de maio de 1968 de Casa Escolar Rui Barbosa. A partir de 1970, começou a funcionar na Casa Escolar Rui Barbosa,

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Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação e seus

efeitos de sentido no texto, acentuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito),

estrangeirismos, figuras de linguagem;

Concordância verbal e nominal;

Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto;

Semântica: operadores argumentativos, ambiguidade, significados das palavras, sentido figurado,

expressões que denotam ironia e humor no texto;

Produção de textos com clareza, argumentação, coesão e coerência, ortografia, acentuação,

margem, título, pontuação correta, concordância, uso de paragrafação, vocabulário adequado;

ORALIDADE

Conteúdo temático;

Finalidade;

Argumentos;

Papel do locutor e interlocutor;

Turnos de fala;

Elementos extralinguísticos: entonação, expressão facial, corporal, gestual, pausas...;

Adequação do discurso ao gênero;

Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

Elementos semânticos;

Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetição, etc.);

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;

Interpretação de textos variados, buscando entender sua estrutura e mensagem.

9º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS

GÊNEROS DISCURSIVOS

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados

como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Os

gêneros discursivos desta Proposta Pedagógica estão de acordo com o Projeto Político Pedagógico,

com o Plano de Trabalho Docente e em conformidade com as características da escola e com o nível

Page 229: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA€¦ · Decreto-Lei nº. 10.010 de 02 de maio de 1968 de Casa Escolar Rui Barbosa. A partir de 1970, começou a funcionar na Casa Escolar Rui Barbosa,

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de complexidade adequado ao 9º ano. São eles:

- poesia, carta, diário, entrevista, história em quadrinhos, tiras, conto, notícia, cartazes, canções,

propaganda, contos, narrativas (de aventura, de terror, míticas), músicas, paródias, poemas,

pesquisas, resumos, textos descritivos, narrativos e argumentativos e dissertativos, artigos de

opinião, cartum, charge, filmes, sinopse de filmes, blog, chat, e-mail, comercial de TV, crônica,

romance, drama, resenha, lendas, propaganda, anúncio publicitário, literatura de cordel, histórias de

humor e depoimentos.

LEITURA

Conteúdo temático;

Interlocutor;

Intencionalidade do texto;

Argumentos de texto;

Processo e contexto de produção;

Intertextualidade;

Discurso ideológico presente no texto;

Vozes sociais presentes no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

Partículas conectivas do texto;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, classes gramaticais e suas funções referenciais no texto,

paragrafação, pontuação e seus efeitos de sentido no texto, recursos gráficos (como aspas,

travessão, negrito, hífen, itálico), figuras de linguagem;

Semântica;

Operadores argumentativos;

Polissemia;

Expressões que denotam ironia e humor no texto.

Estética do texto literário e inferências;

Confrontar ideias contidas no texto e argumentar sobre elas;

Atribuir significados que extrapolem o texto lido;

Informações implícitas e explícitas;

Leitura com fluência, ritmo e entonação, percebendo o valor expressivo dos sinais de pontuação;

ESCRITA

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Conteúdo temático;

Interlocutor;

Intencionalidade do texto;

Informatividade;

Contexto de produção;

Intertextualidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

Partículas conectivas do texto;

Progressão referencial no texto;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação e seus

efeitos de sentido no texto, acentuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras

de linguagem;

Sintaxe de concordância;

Sintaxe de regência;

Processo de formação de palavras;

Vícios de linguagem;

Semântica: operadores argumentativos, modalizadores, polissemia;

Produção de textos com clareza, argumentação, ortografia, acentuação, margem, título,

pontuação correta, concordância, uso de paragrafação, figuras de linguagem, vocabulário adequado;

ORALIDADE

Conteúdo temático;

Finalidade;

Argumentos;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralinguísticos: entonação, expressão facial, corporal, gestual, pausas...;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos;

Elementos semânticos;

Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetição, etc.);

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Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;

CONTEÚDOS BÁSICOS – ENSINO MÉDIO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

GÊNEROS DISCURSIVOS

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados

como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação.

Será proporcionado estudo de textos do:

Cotidiano (Álbum de família, Anedotas, Carta Pessoal, Comunicado, Convites, Causos,

Curriculum vitae, Diário, Exposição Oral, Fotos, Músicas, Parlendas, Piadas, Provérbios,

Quadrinhas, Receitas, Relatos de experiências vividas, Trava-línguas);

Literário/artístico (Autobiografia, Biografias, Contos, Contos de fadas, Contos de fadas

contemporâneos, Crônicas de ficção, Esculturas, Fábulas, Fábulas Contemporâneas, Haicai,

Histórias em Quadrinhos, Lendas, Literatura de Cordel, Memórias, Letras de Músicas, Narrativas

de Aventura, Narrativas de Enigma, Narrativas de ficção científica, Narrativas de humor, Narrativas

fantásticas, Narrativas Míticas, Paródias, Pinturas, Poemas, Romances, Tankas, Textos dramáticos);

Escolar (Ata, Cartazes, Debate Regrado, Dialogo/Discussão argumentativa, Exposição oral,

Júri simulado, Mapas, Palestra, Pesquisas, Relato histórico, Relatório, Relatos de Experiências

científicas, Resenha, Resumo, Seminário, Texto argumentativo, texto de opinião, Verbetes de

Enciclopédias);

Imprensa (Agenda cultural, Anúncio de emprego, Artigo de opinião, Caricatura, Carta ao

leitor, Carta do leitor, Cartum, Charge, Classificados, Crônicas jornalísticas, Editorial, Entrevista,

Fotos, Horóscopo, Infográfico, Manchete, Mapas, Mesa redonda, Notícia, Reportagens, Resenha

Crítica, Sinopses de filmes, tiras);

Publicitário (Anúncio, Caricatura, Cartazes, Comercial de TV, E-mail, Folder, Fotos,

Slogan, Músicas, Paródia, Placas, Publicidade Comercial, Publicidade Institucional, Publicidade

oficial, Texto Político);

Político (Abaixo-assinado, Assembleia, Carta de emprego, Carta de solicitação Debate,

Debate Regrado, Discurso político “de palanque”, Fórum, Manifesto, Mesa redonda, Panfleto);

Jurídica (Boletim de ocorrência, Constituição brasileira, Contrato, Declaração de Direitos,

Depoimentos, Discurso de Acusação, Discurso de defesa, Estatutos, Leis, Ofício, Procuração,

Regimentos, Regulamentos, Requerimentos);

Produção e consumo (Bulas, Manual técnico, Placas, Regras de jogo,

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Rótulos/Embalagens);

Midiática (Blog, Chat, Desenho animado, E-mail, Entrevista, Filmes, Fotoblog, Home

Page, Reality ShoW, Talk Show, Telejornal,Telenovelas, Torpedos, Vídeo Clip, Vídeo Conferência).

LEITURA

Conteúdo temático;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Intencionalidade;

Argumentos do texto;

Contexto de produção;

Discurso ideológico presente no texto;

Intertextualidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Contexto de produção da obra literária;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,

recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;

Progressão referencial;

Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

Partículas conectivas do texto;

Semântica: operadores argumentativos; modalizadores; figuras de linguagem.

ESCRITA

Conteúdo temático;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Intencionalidade;

Contexto de produção;

Intertextualidade;

Referência textual;

Vozes sociais presentes no texto;

Ideologia presente no texto;

Elementos composicionais do gênero;

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Progressão referencial;

Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

Semântica: operadores argumentativos; modalizadores; figuras de linguagem;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, Função das classes gramaticais no texto, conectores,

pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc,;

Vícios de linguagem;

Sintaxe de concordância;

Sintaxe de Regência.

ORALIDADE

Conteúdo temático;

Finalidade;

Intencionalidade;

Argumentos;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralinguísticos: entonação, expressões faciais, corporal e gestual, pausas...;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos da fala;

Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódias, entre outras);

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

Elementos semânticos;

Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O ensino de Língua Portuguesa focaliza a necessidade de dar ao aluno condições de ampliar

o domínio da língua e da linguagem, aprendizagem fundamental para o exercício da cidadania, visto

que as práticas da linguagem são uma totalidade e que o sujeito expande sua capacidade de uso da

linguagem e de reflexão sobre ela em situações significativas de interlocução.

De acordo com as DCEs, a metodologia de ensino da Língua Portuguesa tem como

fundamentação o processo ensino/aprendizagem, baseando-se em propostas interativas, deve ser

consideradas como um processo discursivo da construção do pensamento simbólico e construtivo

de cada aluno e da sociedade em geral.

O professor deverá ter como objetivo desenvolver a linguagem interiorizada pelo aluno,

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incentivando a verbalização da mesma, e o domínio de outras, utilizadas em diferentes esferas

sociais, portanto para haver a reflexão sobre a linguagem é necessário considerar como ponto de

partida, a dimensão dialógica da linguagem, presente nas atividades que possibilitem aos alunos e

professores, experiências reais de uso da linguagem materna.

Um diagnóstico sensato do que o aluno sabe, deverá ser o princípio das ações, porém, a

finalidade deve visar um saber linguístico amplo, tendo a comunicação com base nas ações. Esta

comunicação deve ser entendida como um processo de construção de significados: a língua que

constrói e desconstrói significados sociais.

A língua deve estar situada dentro das relações humanas, como um meio de interação verbal

e aprendizagem, visando a equidade. Para que isso aconteça faz-se necessário dar ao aluno

oportunidade de ler, analisar e produzir diferentes tipos de textos, tendo sempre como fonte

principal sua prática social, pois a língua é dialógica por princípio, portanto, não há como separá-la

de sua própria natureza, mesmo em situação escolar.

Nesse sentido, durante as aulas de Língua Portuguesa, bem como nas abordagens, dar-se-á

ênfase aos temas/desafios contemporâneos e Leis:

História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (Lei nº. 10.639/2003)

História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena (Lei nº. 11.645/2008)

Ética e Cidadania

Gênero e Diversidade Sexual (Lei Estadual nº 16.454/2010 e Res. 12/2016)

Alunos inclusos ((Constituição Federal de 1988, LDB 9394/96 e DCEs do Estado do Paraná)

Educação Ambiental (Lei Federal nº. 9795/1999) (Decreto nº. 4201/2002)

Educação Ambiental - Lei Estadual nº 17.505/2013

Programa Nacional de Educação Fiscal e Tributária (Decreto nº. 1.143/1999 e Portaria 413/2002)

Prevenção e Uso Indevido de Drogas (Lei 11.343/06)

Programa de Resistência às Drogas e à Violência – (Lei Estadual nº 17.650/2013)

Combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes (Dec. 6.230/07)

Enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente (LF 11.525/07)

Direito da Criança e do Adolescente (Lei Federal nº. 11.525/2007 e ECA (8.069/90)

Estatuto do Idoso (Lei 10.741/2003).

Política de Proteção ao Idoso – (Lei Estadual nº 17.858/2013)

Lei Maria da Penha (nº. 11.340/06).

Semana Estadual Maria da Penha nas Escolas (Lei 18.447/2015)

Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos 2016 – Ministério da Educação

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Normas Estaduais para a Educação e Direitos Humanos do Sistema Estadual de Ensino do Paraná

– (Deliberação 02/15)

Programa de Combate ao Bullying (Lei Estadual nº 17.335/2012)

Com este trabalho será privilegiada a participação do aluno, buscando a aquisição do

conhecimento com auxílio dos recursos como TV Pendrive, vídeo, rádio, data show e laboratório de

informática.

Dar-se-á ênfase à leitura de diversos textos - informativos, literários, instrutivos, etc.; leitura

contrastiva: vários textos sobre o mesmo tema, o mesmo tema em linguagens diferentes, o mesmo

tema tratado em época e perspectiva diferente; comentários sobre temas/desafios contemporâneos;

relato de experiências pessoais, histórias familiares, acontecimentos, entrevistas, eventos; debates

sobre assuntos lidos, vídeos, filmes, programas de televisão, situações polêmicas contemporâneas;

registros diversos e pesquisas sobre os assuntos estudados; interpretação de texto: literatura de

cordel, músicas e obras literárias, observando conteúdo temático veiculado, interlocutor, fonte,

ideologia, papéis/vozes sociais representados, intencionalidade, informatividade, intertextualidade e

marcas linguísticas.

Para isso, serão oportunizados espaços onde se exalte a busca da oralidade (valorizando-se a

produção de discursos nos quais o aluno realmente se constitua como sujeito no processo

interativo), da leitura (participando da elaboração dos significados, confrontando o texto lido com o

seu saber, com sua experiência de vida) e da escrita (visando informar, obter conhecimentos

linguísticos, emitir opiniões próprias e produzir, assumindo de fato a autoria do que escrevem).

Desta maneira, neste processo contínuo de aprendizagem, o educador estará permitindo aos

alunos o direito ao aperfeiçoamento da língua oral e escrita, agindo e interagindo, tornando-os

agentes transformadores na sociedade onde vivem.

AVALIAÇÃO

A avaliação é um processo formativo - contínuo, diagnóstico, dialético e será tratada como

parte integrante das relações ensino-aprendizagem. Segundo Luckesi (2000), “a avaliação da

aprendizagem é um processo pedagógico útil e necessário para auxiliar cada educador e cada

educando na busca e na construção de si mesmo e do seu melhor modo de ser na vida”.

É imprescindível que a avaliação seja formativa: o melhor caminho para garantir a

aprendizagem de todos os alunos, pois dá ênfase ao aprender. Considera que os alunos possuem

ritmos e processos de aprendizagens diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, aponta as

dificuldades, possibilitando assim que a intervenção pedagógica aconteça a todo o tempo. Informa

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os sujeitos do processo (professor e aluno), ajuda-os a refletir. Faz com que o professor procure

caminhos para que todos os alunos aprendam e participem mais das aulas, envolvendo-se realmente

no processo de ensino e de aprendizagem.

A avaliação contínua possibilita a indicação de caminhos mais adequados e satisfatórios

para a ação pedagógica e deve ser voltada para atender as necessidades dos alunos na construção do

conhecimento e formação da cidadania.

O erro serve para direcionar a prática pedagógica, assumindo papel diagnóstico e

permitindo aos envolvidos no processo, a percepção do conhecimento construído. Com isso,

descaracteriza-se o processo de controle enquanto instrumento de aprovação ou reprovação. Por

outro lado, o acerto desencadeia no educando ações que sinalizam possibilidades de superação dos

saberes apropriados para novos conhecimentos.

Na relação dialética, presente na avaliação, o educando confronta-se com o objeto do

conhecimento, que o levará à participação ativa, valorizando o fazer e o refletir. Assim, o erro no

processo ensino-aprendizagem assume caráter mediador, permitindo tanto ao educando como ao

educador rever os caminhos para compreender e agir sobre o conhecimento, sendo um ponto de

partida para o avanço na investigação e suporte para a internalização.

Dessa forma, a avaliação formativa: contínua, diagnóstica e dialética será realizada através

da participação dos alunos nas aulas por meio da sua oralidade e reflexão, leitura, provas

descritivas, objetivas, produção de textos, pesquisas e trabalhos.

Fica determinado pela Instituição de Ensino que o período avaliativo será trimestre, deverá

ser obrigatoriamente proporcionado ao estudante no mínimo 02 (dois) instrumentos de avaliação e

no mínimo 02 (dois) instrumentos de recuperação de estudos para o Ensino Fundamental, Médio e

Profissional. O mínimo de dois instrumentos de avaliação vale para as Disciplinas que têm no

máximo duas aulas semanais, sendo eles uma avaliação escrita e um trabalho por trimestre. As

demais turmas que têm de três ou mais aulas semanais, permanecem no mínimo três instrumentos

de avaliação, sendo eles duas avaliações escritas e um trabalho por trimestre. A oferta da

recuperação será obrigatória para os alunos que não atingirem no mínimo a média 6,0 (seis) e

opcional para os demais alunos que têm a média acima de 6,0 (seis). Caso o aluno não atinja a

média 6,0 (seis) nas recuperações ofertadas, prevalecerá a nota mais alta.

Aos alunos com necessidades educacionais especiais serão proporcionadas avaliações com

metodologia diferenciada, atendendo-os de forma particular no momento da avaliação e em

consonância com a sala multifuncional tipo 1.

O professor será, nesse processo, um mediador, buscando caminhos para que todos

participem das aulas e com este envolvimento haja a aprendizagem esperada. A avaliação em língua

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portuguesa e literatura visa dar prioridade à qualidade e ao desempenho do aluno ao longo do ano

letivo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e Filosofia da Linguagem. Tradução de: Michel e Yara Vieira.

6.ed. São Paulo: Hucitec, 1992.

BRASIL. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes

Curriculares – Língua Portuguesa. Curitiba. 2008.

FARACO, Carlos A.; TEZZA, Cristóvão; CASTRO, Gilberto de. Diálogos com Bakhtin. Curitiba,

PR: Editora UFPR, 2000.

________. Linguagem & diálogo – as idéias lingüísticas de Bakhtin. Curitiba: Criar, 2003.

FARACO & MOURA. Linguagem Nova: livro do professor / Faraco 7 Moura. São Paulo: Ática,

2005.

GERALDI, C.; FIORENTINE, D.; PEREIRA, E. (orgs.). Cartografia do trabalho docente.

Campinas, SP: Mercado das Letras, 1996.

________ . Concepções de linguagem e ensino de Português. In: _______, João W. (org.). O

texto na sala de aula. 2 ed. São Paulo: Ática, 1997.

GERALDI. Portos de Passagem. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

KLEIN, Lígia. Proposta político-pedagógica para o ensino fundamental: governo popular do

Mato Grosso do Sul. Mato Grosso do Sul: SED/Núcleo de Ensino Fundamental, 2000.

KRAMER. Por entre as pedras: arma e sonho na escola. 3. ed. São Paulo: Ática, 2000.

PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de

Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para os anos finais do Ensino

Fundamental e Ensino Médio. Curitiba, 2008.

PARANÁ. Regimento Escolar. Colégio Estadual Rui Barbosa – EFMP. 2015.

PARANÁ. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual Rui Barbosa – EFMP.

2015.

SOARES, Magda. Linguagem e escola: uma perspectiva social. São Paulo: Ática, 1991.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

MATEMÁTICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Matemática como disciplina conhecida nos dias atuais vem de uma ampla construção

histórica aperfeiçoada no decorrer dos séculos. Vários povos sentiram a necessidade de organizar

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formas, medidas e informações matemáticas padronizando-as para tornar mais ágil seu trabalho,

com isso, ao passar dos anos estes conceitos subsidiaram a construção de novos conhecimentos que

por sua vez estes alavancaram o desenvolvimento da humanidade.

Os povos antigos desenvolveram os primeiros conhecimentos que vieram compor a

Matemática conhecida hoje. Há menções que os babilônicos por volta de 2.000 a.C., tinham

registros da álgebra elementar que para muitos demarcou o nascimento da Matemática. Como

campo de conhecimento, a Matemática emergiu na Grécia, nos séc. VI a V a.C. onde regras,

princípios lógicos e exatidão de resultados foram registrados. Foi com os pitagóricos que iniciou a

discussão sobre a importância e o papel da Matemática no ensino e na formação das pessoas. Já

com os platônicos buscava se na Matemática um instrumento que instigaria o pensamento do

homem, o que influência o ensino da Matemática até hoje.

No séc. VI a.C., a educação grega valoriza leitura e a escrita e a Matemática se inseriu um

século por seu raciocínio abstrato em questões relacionadas a origem do mundo que tentava

justificar a existência de uma ordem universal e imutável, tanto na natureza como na sociedade.

Essa concepção colocou na disciplina de Matemática uma base racional que durou até o séc. XVII

d.C. Foi nesse período que se desenvolveu a aritmética, geometria, álgebra e trigonometria.

A Matemática se configurou como disciplina básica na formação de pessoas a partir do séc.

I a.C. desdobrada nas disciplinas de aritmética, geometria, música e astronomia com demonstrações

e a partir do séc. II d.C. privilegiou uma exposição mais completa de seus conceitos.

Dos séc. V ao século VII d.C.o ensino teve caráter religioso, porém no oriente com os

hindus, árabes, persas e chineses ocorreram produções para o conhecimento algébrico.

Entre o séc. VIII e IX o ensino passou por mudanças com o surgimento das escolas onde

passou a se dar ênfase ao latim e foi nesse período que aconteceu as primeiras ideias sobre o aspecto

empírico da Matemática.

Após o séc. XV, com as navegações, atividades comerciais e industriais permitiram

descobertas na Matemática, cujos conhecimentos e ensino voltaram-se às atividades práticas. Já no

séc. XVI o conhecimento matemático denominou-se de matemática de grandezas variáveis, devido

aos estudos e descobertas referentes a geometria analítica e a projetiva, o cálculo diferencial e

integral, a teoria das séries e das equações diferenciais que contribui para o progresso científico e

econômico. O valor da técnica e a concepção mecanicista refletiram na modernização das

manufaturas e no atendimento técnico - militares. No Brasil, na metade do séc. XVI a educação

jesuítica colaborou para a Matemática ser incluída como disciplina na escola.

No séc. XVII surgiu a concepção de lei quantitativa que levou ao conceito de função e

cálculo infinitesimal cujos elementos caracterizam as bases da matemática de hoje. Desde o séc.

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XVI até o séc. XIX o ensino a Matemática é desdobrado em aritmética, geometria, álgebra e

trigonometria e contribuía para formar profissionais como engenheiros, geógrafos e topógrafos.

Com a revolução industrial se define as diferenças entre as classes sociais e a necessidade de

educação para classes para formar trabalhadores e dirigentes do processo produtivo.

Em 1808 com a chegada da Corte Portuguesa ao Brasil, implementou-se um ensino por

meio de cursos técnicos e militares onde separou-se os conteúdos em Matemática elementar e

Matemática superior.

No desenvolvimento matemático do séc. XIX houve uma reconsideração crítica dos

axiomas, dos métodos lógicos, demonstrações matemáticas, a sistematização e hierarquização das

diversas geometrias, inclusive as não-euclidianas. No final do séc. XIX e início do séc. XX, o

ensino da Matemática foi discutido em encontros internacionais que contribuíram para legitimar a

Matemática como disciplina escolar. Matemáticos que antes eram pesquisadores tornam se

professores com preocupação no ensino e com estudos psicológicos, filosóficos e sociológicos que

trouxeram a necessidade de um ensino de Matemática que articulasse numa única disciplina a

Aritmética, a Álgebra, a Geometria, a Trigonometria.

O início da modernização do ensino de Matemática no Brasil aconteceu num contexto de

mudanças. Nesse cenário discutia-se o movimento da Escola Nova que propunha um ensino com

uma concepção empírico ativista que contribuía para a Matemática como disciplina e essa tendência

influenciou na produção de materiais didáticos. Nesse contexto o estudante era o centro do processo

e o professor o orientador da aprendizagem. Até o final da década de 1950, a tendência que

prevaleceu no Brasil foi a formalista clássica baseada no modelo euclidiano e na concepção

platônica de Matemática com a finalidade no desenvolvimento do pensamento lógico dedutivo com

ensino que consistia na memorização e repetição. Após a década de 1950 caracterizou se a

tendência formalista moderna que valorizava a lógica estrutural das ideias matemáticas com a

reformulação do currículo por meio do Movimento da Matemática Moderna com ensino centrado

no professor que enfatizava o rigor e a precisão da linguagem matemática orientado pela lógica,

pelos conjuntos, pelas relações, pelas estruturas matemáticas e pela axiomatização o que não

respondeu as propostas de ensino, pois vivenciou-se um período que se sobressaiu a escola

tecnicista.

Em razão da política econômica desenvolvida pelo governo após o golpe de 1964 passou

se a preocupar se com o indivíduo para inserir no mercado de trabalho com cursos

profissionalizantes com uma pedagogia centrada nos objetivos instrucionais, nos recursos e técnicas

de ensino.

Entre as décadas de 1960 e 1970 surgiu a tendência construtivista que se estabeleceu como

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favorável para discutir o ensino da Matemática na década de 1990 onde o conhecimento resultava

de ações interativas e reflexivas dos estudantes – era vista como uma construção formada por

estruturas e relações abstratas entre formas e grandezas: dava se ênfase ao processo.

A tendência pedagógica socioetnocultural surgiu a partir da discussão sobre a ineficiência

do Movimento Modernista – prática na Etnomatemática: saber dinâmico, prático e relativo.

A tendência histórico-crítica surgiu no Brasil, em 1984 - construção do conhecimento a

partir da prática social e na Matemática construído para atender as necessidades sociais, econômicas

e teóricas de um determinado período histórico. A aprendizagem da Matemática consiste em criar

estratégias que permitam ao aluno atribuir sentido e construir significado às ideias matemáticas de

modo a tornar capaz de estabelecer relações, justificar, analisar, discutir e criar.

Nesse cenário, no Paraná o ensino da Matemática para o nível médio passou a ser visto

como um instrumento para a compreensão, a investigação, a inter-relação com o ambiente e seu

papel de agente de modificação do indivíduo. Foi produzido coletivamente um documento de

referência curricular e o texto de Matemática teve forte influência da pedagogia histórico-crítica em

sua fundamentação. Em 1990 gerou após discussão coletiva o currículo básico que portaria o germe

da Educação matemática e que compõe hoje as Diretrizes Curriculares.

De acordo com a proposta da LDB 9394/96, no Paraná foram criadas várias disciplinas que

abordavam os campos da Matemática os quais fragmentavam o conhecimento matemático. A partir

de 1998, o MEC distribuiu os PCN que para o Ensino Fundamental apresentavam conteúdos de

Matemática e para o Ensino Médio em desenvolvimento de competências e habilidades destacando

os temas transversais o que empobrecia a Matemática.

Atualmente para o ensino da Matemática se tem o resgate da importância do conteúdo da

Matemática e da disciplina. É imprescindível que o estudante se aproprie do conhecimento de forma

que compreenda os conceitos e princípios matemáticos raciocine claramente e comunique ideias

matemáticas, reconheça suas aplicações e aborde problemas matemáticos com segurança que estão

contemplados nas Diretrizes Curriculares.

A Matemática é uma ciência que está em constante evolução, pois a mesma propicia a

construção do raciocínio abstrato pelo ser humano, esta área do conhecimento trata se de uma

ciência que é produto do desenvolvimento histórico do homem, feito a partir de experiências

adquiridas, que levou o ser humano a apreender, compreender e dominar os conceitos matemáticos

(métodos, procedimentos, análise, algoritmos, conjuntos de resultados, etc.), que hoje os nossos

estudantes devem apropriar se desse conhecimento podendo utilizá-lo em seu benefício,

transformando o educando em um ser capaz de interagir nas mais diversas situações,

proporcionando lhe uma formação integral do cidadão, sendo assim, o conhecimento matemático

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instrumentaliza o estudante a desenvolver atitudes e hábitos de pensamento que possibilita uma

maior compreensão do cotidiano, e serve de pilar para continuidade dos estudos bem como o

exercício no mundo do trabalho.

Nesse contexto o ensino da Matemática no Colégio Estadual Rui Barbosa – EFMP

proporcionará um espaço educacional com o objetivo de criar ambientes culturais diversificados

que contribuam para o conhecimento e para a aprendizagem do convívio social.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

O Ensino da Matemática apresenta os seguintes objetivos:

* Desenvolver atitudes e hábitos de pensamento que permitirão uma maior compreensão do

cotidiano;

* Utilizar-se do ensino da Geometria como ferramenta para a compreensão, descrição e inter-

relação com o espaço em que vive;

* Resolver situações problema utilizando conceitos e procedimentos matemáticos;

* Fazer uso das medidas na resolução de situações do cotidiano bem como elementos de ligação

entre os conteúdos de Números e Álgebra, Grandezas e Medidas, Geometrias e Tratamento da

Informação;

* Compreender a linguagem matemática da informação e sua dinâmica na sociedade de consumo

para o entendimento da realidade e nela poder interferir satisfatoriamente;

* Desenvolver o senso crítico para uma análise apurada das informações da realidade que o cerca e

as inter-relações com as demais áreas do conhecimento;

* Dar suporte para a continuidade dos estudos;

* Compreender que o ensino da Matemática é uma ferramenta que auxilia na resolução de situações

do seu dia a dia garantindo o exercício de sua cidadania;

* Compreender e relacionar a Matemática com os temas: História e cultura Afro-brasileira, Africana

e Indígena, Música, Prevenção do uso indevido de drogas, Sexualidade humana, Educação

Ambiental, Educação Fiscal, Enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente. Direito das

crianças e adolescente e Educação tributária para a formação de sua cidadania.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS DA DISCIPLINA

6° ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: NÚMEROS E ÁLGEBRA

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Sistemas de numeração;

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Números Naturais;

Múltiplos e divisores;

Potenciação e radiciação;

Números fracionários;

Números Decimais.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: GRANDEZAS E MEDIDAS

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Medidas de comprimento;

Medidas de massa;

Medidas de área;

Medidas de volume;

Medidas de tempo;

Medidas de ângulo;

Sistema Monetário.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: GEOMETRIAS

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Geometria Plana;

Geometria Espacial.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Dados, tabelas e gráficos;

Porcentagem.

7° ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: NÚMEROS E ÁLGEBRA

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Números inteiros;

Números racionais;

Equação e inequação do 1º grau;

Razão e proporção;

Regra de três simples.

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CONTEÚDO ESTRUTURANTE: GRANDEZAS E MEDIDAS

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Medidas de temperatura;

Medidas de ângulos.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: GEOMETRIAS

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Geometria plana;

Geometria espacial;

Geometrias não-euclidianas.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Pesquisa estatística;

Média aritmética;

Moda e mediana;

Juros simples.

8° ANO.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: NÚMEROS E ÁLGEBRA

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Números racionais e irracionais;

Sistemas de equações do 1º grau;

Potências;

Monômios e polinômios;

Produtos notáveis.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: GRANDEZAS E MEDIDAS

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Medidas de Comprimento;

Medidas de área;

Medidas de volume;

Medidas de ângulos.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: GEOMETRIAS

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CONTEÚDOS BÁSICOS:

Geometria plana;

Geometria espacial;

Geometria analítica;

Geometrias não-euclidianas.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Gráfico e informação;

População e amostra.

9° ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: NÚMEROS E ÁLGEBRA

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Números reais;

Propriedades dos radicais;

Equação do 2º grau;

Teorema de Pitágoras;

Equações irracionais;

Equações biquadradas;

Regra de três composta.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: GRANDEZAS E MEDIDAS

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Relações métricas no triângulo retângulo;

Trigonometria no triângulo retângulo.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: FUNÇÕES

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Noção intuitiva de função afim;

Noção intuitiva de função quadrática.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: GEOMETRIAS

CONTEÚDOS BÁSICOS:

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Geometria plana;

Geometria espacial;

Geometria analítica;

Geometria não-euclidianas.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Noções de análise combinatória;

Noções de probabilidade;

Estatística;

Juros compostos.

1ª SÉRIE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: NÚMEROS E ÁLGEBRA

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Números reais;

Equações e inequações exponenciais, logarítmicas e modulares.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: GRANDEZAS E MEDIDAS

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Medidas de grandezas vetoriais.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: FUNÇÕES

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Função afim;

Função quadrática;

Função exponencial;

Função logarítmica;

Função modular;

Progressão aritmética;

Progressão geométrica;

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: GEOMETRIAS

CONTEÚDOS BÁSICOS:

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Geometria plana.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Matemática financeira.

2ª SÉRIE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: NÚMEROS E ÁLGEBRA

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Sistemas lineares;

Matrizes e Determinantes.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: GRANDEZAS E MEDIDAS

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Medidas de informática;

Medidas de energia.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: GEOMETRIA

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Geometria analítica;

Geometrias não-euclidianas.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Análise combinatória;

Binômio de Newton;

Estudo das probabilidades;

3ª SÉRIE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: NÚMEROS E ÁLGEBRA

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Números complexos;

Polinômios.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: GRANDEZAS E MEDIDAS

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CONTEÚDOS BÁSICOS:

Medidas de área;

Medidas de volume;

Trigonometria.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: FUNÇÕES

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Função polinomial;

Função trigonométrica.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: GEOMETRIAS

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Geometria espacial.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Estatística.

METODOLOGIA

Segundo a Diretriz Curricular de Matemática:

“É preciso que o conhecimento matemático seja

selecionado, organizado e transformado em saber

escolar o qual deverá ser expresso pelos conteúdos

estruturantes que se articulam entre si.”

Nesse contexto, será levado em consideração que a educação matemática devido as suas

especificidades, tais como: o caráter lógico, a precisão dos conceitos e as suas linguagens:

aritmética, algébrica, geométrica, métrica, das funções e estatística, são instrumentos de grande

relevância que serão abordados de forma que respeitem os níveis cognitivos e cronológicos dos

estudantes.

Dessa forma é necessário valorizar os conhecimentos que o estudante traz de suas

vivências para, a partir desses saberes “promover a difusão do conhecimento matemático já

sistematizado”, que fundamentam a prática docente matemática, os quais serão abordados

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utilizando-se da resolução de problemas, modelagem matemática, uso de mídias tecnológicas,

etnomatemática, história da matemática e investigação matemática.

A resolução de problemas é uma metodologia pela qual o estudante tem oportunidade de

aplicar conhecimentos matemáticos adquiridos em novas situações, de modo a resolver a questão

proposta. Possibilita compreender os argumentos matemáticos e ajuda a vê-los como um

conhecimento passível de ser aprendido pelos sujeitos do processo de ensino e aprendizagem. As

etapas são: compreender o problema; destacar informações; elaborar um plano de resolução;

executar o plano; conferir os resultados e estabelecer novas estratégias, se necessário até chegar a

uma solução aceitável. O papel da etnomatemática é reconhecer e registrar questões de relevância

social que produzem o conhecimento matemático. É uma importante fonte de investigação da

Educação matemática, pois valoriza a história dos estudantes pelo reconhecimento e respeito as suas

raízes culturais. Relaciona o conteúdo matemático com o ambiente do indivíduo e suas

manifestações culturais e relações de produção e trabalho. A modelagem matemática tem como

pressuposto a problematização de situações do cotidiano por meio de modelos, fenômenos diários

constituem elementos para análises críticas e compreensões diversas de mundo. Consiste na arte de

transformar problemas reais em matemáticos encontrando modelos para resolvê-los.

Os ambientes gerados por aplicativos informáticos dinamizam os conteúdos curriculares e

potencializam o processo pedagógico. O trabalho com mídias tecnológicas insere diversas formas

de ensinar e aprender e valoriza o processo de produção do conhecimento. A história da Matemática

é um elemento orientador na elaboração de atividades, na criação das situações-problema, na busca

de referências para compreender melhor os conceitos matemáticos. Permite entender que o

conhecimento matemático é construído historicamente a partir de situações concretas e reais. A

investigação matemática possibilita melhor compreensão da disciplina em questão. É um problema

aberto onde o aluno é chamado a agir como um matemático que envolve conceitos, procedimentos e

representações matemáticas e o que caracteriza é o estilo de conjectura – teste – demonstração.

Na abordagem dos conteúdos específicos pode se transitar por todas as tendências da

Educação Matemática o que permite a formação de conceitos matemáticos com significado para o

estudante.

A realização de exercícios se fará presente de forma que não seja o principal meio de

ensino, mas um apoio a prática didática do educador.

O conhecimento matemático expresso pelos conteúdos será trabalhado através dos cinco

conteúdos estruturantes: Geometria, Números e Álgebra, Grandezas e Medidas, Tratamento da

Informação e Funções.

A aprendizagem de Geometria exige do aluno uma maneira específica de raciocinar, a qual

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leve o mesmo a explorações e descobertas, deve estar ligado ao cotidiano, à natureza e a todos os

objetos criado pelo próprio homem, pois esta é considerada uma ferramenta para a compreensão,

descrição e inter-relação com o espaço em que vivemos. É um campo fértil para o exercício de

aprender a fazer e aprender a pensar, porque a intuição, o formalismo, a abstração e a dedução,

constituem a sua essência.

Na Educação Básica, no contexto da educação matemática, é necessário que os Números e

a Álgebra, sejam compreendidos de forma ampla, para que se analisem e descrevam relações em

vários contextos onde situam as abordagens matemáticas, explorando os significados que possam

ser produzidos a partir destes conteúdos.

As Grandezas e Medidas devem ser abordadas no contexto dos demais conteúdos

matemáticos, configurando-se como conteúdo estruturante que possui fundamental importância,

pois favorece o diálogo entre as pessoas, entre os Estados, entre os diferentes países e entre as

instituições internacionais.

O Tratamento da Informação é um conteúdo estruturante, que contribui para o

desenvolvimento de condições de leitura crítica dos fatos ocorridos na sociedade e para

interpretação de tabelas e gráfico que, de modo geral, são usados para apresentar ou descrever

informações.

O estudo das Funções ganha relevância na leitura e interpretação da linguagem gráfica que

favorece a compreensão do significado das variações das grandezas envolvidas.

Na abordagem dos conteúdos usaremos vários recursos didáticos e tecnológicos tais como:

lápis, papel, quadro, TV pendrive, computadores e softwares educativos, calculadora, régua, DVD,

data show e livros.

Na medida em que se trabalham os conteúdos serão contempladas as seguintes leis:

Lei Educacional Ambiental (L.F. 9795/99, Dec. 4201/02);

Lei Estadual nº 17505/13 - Educação Ambiental;

História e Cultura Afro-Brasileira (10.639/03);

História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena (11.645/08);

Instrução nº 17/16 SUED/SEED - História e Cultura Afro-Brasileira;

Estatuto do Idoso (10741/03);

Lei Estadual nº 17858/13 - Política de proteção ao Idoso;

Prevenção ao Uso Indevido de Drogas (11.343/06);

Lei Estadual nº 17650/13 - Programa de resistência às Drogas e à Violência;

Educação Fiscal / Educação Tributária (Dec. 1143/99 Portaria 413/02);

Enfrentamento à Violência Contra a Criança e o Adolescente (L.F. 11525/07);

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Gênero e Diversidade Sexual (lei Estadual nº 16.454/10 de 17 de maio de 2010), Resolução

nº 12 de 16 de janeiro de 2016;

Lei Estadual nº 17.335/12 - Programa de Combate ao Bullying;

Lei 18447/15 - Semana estadual Maria da Penha nas Escolas;

Plano Nacional de educação em direitos Humanos 2006 - Ministério da educação;

Lei nº 11947/09 - Educação Alimentar e nutricional;

Lei nº 9503/97: Código de Trânsito Brasileiro - educação para o trânsito;

Decreto nº 7037/09: Programa nacional de Direitos Humanos (PNDH 3) - educação em

direitos humanos;

Lei nº 11769/08 - inclui parágrafo no art. 26, sobre a música como conteúdo obrigatório;

Lei Estadual nº 13381/01 - História do Paraná.

O atendimento as leis elencadas acima serão trabalhadas através de projetos

interdisciplinares, pesquisas sobre os assuntos no laboratório de informática e debates sobre os

resultados obtidos através da construção de gráficos, vídeos trechos de filmes ilustrativos e

informativos, palestras com profissionais especializados, possibilitando ao estudante compreender,

valorizar e respeitar as diferenças.

AVALIAÇÃO

A avaliação no ensino da Matemática será diagnóstica contínua, cumulativa e processual

devendo refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste

no conjunto dos componentes curriculares cursados, com prioridade os aspectos qualitativos sobre

os quantitativos.

Desse modo a avaliação do ensino da matemática deverá:

Contemplar os diferentes momentos do processo de ensino e aprendizagem;

Ser coerente com a proposta pedagógica da escola;

Estar de acordo com a metodologia utilizada pelo professor;

Servir como instrumento que orienta a prática do professor e possibilitará ao aluno a reflexão

do seu processo para possíveis intervenções.

Como instrumentos de avaliação do Ensino de Matemática serão utilizados trabalhos

individuais e em grupo, exercícios, provas, tarefas em classe e em casa, e outros recursos com base

científica, a qual dará um atendimento diferenciado aos alunos de Sala Multifuncional, Sala de

Apoio e com defasagens de aprendizagem.

É fundamental o diálogo entre professores e alunos, na tomada de decisões, nas questões

relativas aos critérios utilizados para se avaliar, na função da avaliação e nas constantes retomadas

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avaliativas. O período avaliativo será trimestre, será proporcionado ao (a) estudante no mínimo 02

(dois) instrumentos de avaliação e no mínimo 02 (dois) instrumentos de recuperação de estudos

para o Ensino Fundamental, Médio e Profissional. O mínimo de dois instrumentos de avaliações

será aplicado para as turmas que tem no máximo duas aulas semanais, sendo eles uma avaliação

escrita e um trabalho por trimestre . As demais turmas que tem de três ou mais aulas semanais, será

ofertada no mínimo três instrumentos de avaliação, sendo eles duas avaliações escritas e um

trabalho por trimestre .

A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de apropriação

dos conhecimentos básicos. Esta será ofertada em dois momentos diferentes no decorrer do

trimestre, com instrumentos avaliativos diferentes, prevalecendo sempre à nota maior. A

recuperação de conteúdos acontecerá de forma permanente e concomitantemente ao processo

ensino-aprendizagem.

Os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas durante o período

letivo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua

anotação no Livro Registro de Classe.

REFERÊNCIAS

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São Paulo. SP, 2012.

ARROYO, G. Miguel. Indagações sobre currículo: educandos e educadores, seus direitos e o

currículo. Brasília, Secretaria da Educação Básica, 2007.

BONJORNO, José Roberto, AYRTON, Olivares. Matemática Fazendo a Diferença 1ª edição.

Editora FTD. São Paulo, 2006.

CARAÇA, Bento de Jesus. Conceitos Fundamentais da Matemática, 6ª edição. Editora Gradiva,

2005.

CGE/SEED. Desafios Educacionais Contemporâneos. Julho de 2008.

D’AMBRÓSIO, U. Etnomatemática: elo entre as tradições e a modernidade. Belo Horizonte:

Autêntica, 2001.

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1986.

DANTE, Luiz Roberto, Contexto & Aplicações. 2ª ed. Ed. Ática São Paulo, 2014.

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Paulo SP, 2005.

DUARTE, N. O compromisso político do educador no ensino da matemática: In: DUARTE, N;

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OLIVEIRA, B. Socialização do saber escolar. São Paulo: Cortez, 1987. P. 15.

HOFFMANN, Jussara Maria Lerch. Avaliação Mediadora: uma prática em construção da pré-

escola a universidade. Porto Alegre, Educação & Realidade, 1993.

LUCHESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 14. Ed. São Paulo: Cortez, 2002.

PARANÁ – Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de

Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Matemática para os anos finais do Ensino

Fundamental e Ensino Médio. Curitiba, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Caderno de Expectativas de Aprendizagem.

Curitiba: Seed/DEB-PR, 2011.

PARANÁ, Projeto Político Pedagógico – Colégio Estadual Rui Barbosa - EFMP.

PARANÁ, Regimento Escolar – Colégio Estadual Rui Barbosa – EFMP.

RIBNIKOV, K. História de las matemáticas. Moscou: Mir, 1987.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

QUÍMICA

APRESENTAÇÃO

O desenvolvimento de saberes e de práticas ligadas à transformação da matéria e presentes

na formação das diversas civilizações foram estimulados por necessidades humanas como a

comunicação, o domínio do fogo e o domínio do cozimento.

O domínio do fogo foi a prática que revolucionou a vida do homem o qual obteve

benefícios como a extração, produção e o tratamento de metais.

Na história do conhecimento químico a alquimia é que fez a diferença inicialmente com os

povos persa, egípcio e grego. Chegou à Europa através de textos árabes e estes buscavam o elixir da

vida eterna e a pedra filosofal. No final do séc. XIV e início do séc. XV, com o fim do feudalismo a

alquimia adquiriu uma nova característica – cura de doenças. Entre os séc. XV-XVI estudos feitos

por Para Celso possibilitaram o nascimento da iatroquímica (com fins terapêuticos relacionada com

as crenças religiosas), antecessora da Química.

O conhecimento químico nem sempre esteve relacionado à religião e a alquimia. A teoria

sobre a composição da matéria, surgiu na Grécia antiga e a ideia de átomo com os filósofos gregos

Leucipo e Demócrito que serviu de suporte para os modelos de átomo de Boyle, Dalton e outros. A

teoria atômica foi muito discutida no séc. XIX sendo o ponto central para o desenvolvimento da

Química como ciência.

A Química como ciência teve seu berço na Europa num cenário de desenvolvimento do

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modo de produção capitalista, dos interesses econômicos da classe dirigente, da lógica das relações

de produção e das relações de poder que marcaram a constituição desse saber. No séc. XVII, ocorria

à expansão da indústria, do comércio, da navegação e das técnicas militares e nesse contexto foi

fundada, em Paris, a Academie de Sciences e outra similar em Berlim ligada ao estado. Ao mesmo

tempo em Londres foi criada a Royal Society, sem ligação com o estado.

Durante os séc. XVII e XVIII, com o estudo da química pneumática (Boyle, Priestley,

Cavendish) e com o rigor metodológico de Lavoisier, definiu-se um novo saber: a Química dividida

em várias ramificações procedimentais: alquimia, boticários, iatroquímica e estudo dos gases.

No séc. XIX essa Química teve a preocupação de explicar a teoria atômico-moleculares

com Dalton, Avogadro, Berzelius e outros e foi neste contexto que a Química se firmou como

Ciências onde o avanço desse conhecimento estava relacionado com a composição e estrutura da

matéria.

Os experimentos marcaram a ciência moderna e um dos químicos importantes da França

Antoine Laurent Lavoisier colaborou para a consolidação dessa ciência no séc. XVIII com o

Tratado Elementar da Química a qual propôs uma nomenclatura universal para os compostos

químicos e seus conceitos fundamentais.

Outros fatos importantes que trouxeram avanços para a indústria química foi a solução

para as indústrias de tecido (Bertholet), a construção de torres para a produção contínua de ácido

sulfúrico (Gay-Lussac) corantes e modificação dos processos na indústria têxtil (Henry Perkins).

No séc. XIX, a ciência moderna se consolidou com Dalton que apresentou a sua teoria

atômica.

Em 1828, Friedrich Wöhler sintetizou a ureia e os cientistas passaram a preparar

compostos orgânicos em laboratório.

Em 1860, foi realizado o 1º Congresso Mundial de Química na Alemanha que a partir de

uma proposta de Kekulé apoiado por Wurtz, 140 químicos discutiram conceitos de átomo,

molécula, equivalente, atomicidade e basicidade. Cannizzaro apresentou um artigo que diferenciava

átomo de molécula e como consequência Julius Lothar Meyer e Dimitri Ivanovitch Mendeleev

organizaram os elementos químicos. Coube a Mendeleev a classificação dos elementos seguindo a

periodicidade de propriedades em função dos pesos atômicos.

Interesses da indústria na segunda metade do séc. XIX impulsionaram pesquisas e

descobertas sobre o conhecimento químico: conceito de eletrólise, as propostas de modelos

atômicos que ajudaram para o esclarecimento da estrutura da matéria, criação do 1º plástico

artificial, o celulóide e o rayon, a 1ª fibra artificial. Tais descobertas se deram nas indústrias e não

nas instituições de pesquisa.

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No final do séc. XIX com os laboratórios de pesquisa a Química se firmou como disciplina

associada aos efetivos resultados na indústria.

No séc. XX a Química e outras Ciências naturais tiveram considerável desenvolvimento

por conta de manter a influência científica para garantir diferentes formas de poder e controle bélico

mundial com investimentos na obtenção de medicamentos, indústria bélica, estudos nucleares,

estrutura atômica e formação das moléculas e mecânica quântica. Esse estreitamento resultou nas

duas guerras mundiais do séc. XX e em discussões sobre ética na ciência e de seus impactos.

Depois da 2ª Guerra o bombardeio de núcleos com partículas aceleradas levou a produção

de novos elementos, desenvolvimento de diferentes materiais.

Nas últimas quatro décadas do séc. XX passou-se a conviver com a crescente

miniaturização dos sistemas de computação, eficiência e ampliação do seu uso, descoberta de novos

materiais, engenharia genética, exploração da biodiversidade, obtenção de diferentes combustíveis,

pelos estudos espaciais e pela farmacologia. A Química se destaca e participa das diferentes áreas

das ciências e colabora no estabelecimento de uma cultura científica, cada vez mais arraigada no

capitalismo e crescente na sociedade, e, por conseguinte na escola.

Segundo Hébrard (2000) o percurso histórico do saber químico contribui para a

constituição da Química como disciplina escolar e se iniciou na França no período de 1863 a 1869.

Os conhecimentos da Química foram incorporados à prática dos professores e abordados de acordo

com as necessidades dos alunos.

No Brasil, as primeiras atividades de caráter educativo da Química surgiram no início do

século XIX e disciplina no ensino secundário foi implantada em 1862.

A Primeira Guerra Mundial impulsionou a industrialização brasileira e acarretou o

aumento na demanda da atividade dos químicos onde se abriu as portas para o ensino de Química

de nível superior.

Em 1916, foi fundada a Sociedade Brasileira de Sciences sendo modifica para Academia

Brasileira de Ciências. Já, em 1929 o Brasil com a crise do café passa a investir na industrialização

que possibilitou a modernização do ensino brasileiro. No Paraná, em 1938, foi criada a Faculdade

de Filosofia Ciências e Letras, incluindo o curso de Química. A partir de 1931, a disciplina de

Química passou a ser ministrada de forma regular no currículo do ensino secundário do Brasil

voltados para a apropriação de conhecimentos específicos.

A corrida espacial nos anos 60 fez EUA investir nos ensino das disciplinas de Física,

Química, Biologia e Matemática para formar novos cientistas. As décadas de 50 a 70 o ensino de

Química foi marcado pelo método científico positivista de ensinar por meio da descoberta e

redescoberta sob a influência de programas americanos que preparavam o aluno para ser cientista.

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Em 1961 entra em vigor a Lei 4.024 escrita em um cenário de dominação científico-

cultural norte-americana. Na década de 1970 valorizavam-se as ideias da pedagogia construtivista

piagetiana sob o princípio da construção do conhecimento pelo aluno por meio de estímulos e

atividades dirigidas. Ao longo dos anos 80, ideias do sócio construtivismo foram agregadas à

pedagogia piagetiana. Nesse cenário a SEED do Paraná elaborou o Currículo Básico para o 1º Grau

fundamentado na pedagogia histórico-crítica. Nesta mesma linha foram elaborados documentos

para reestruturar o ensino de 2º Grau que apresentava uma proposta de conteúdos essenciais para a

aprendizagem dos conhecimentos químicos historicamente construídos. No início dos anos 90, as

discussões pedagógicas passam a ter enfoque sociológico entendendo o currículo como espaço de

poder. Ainda nessa década mudanças neoliberais afetam os debates a respeito de currículo onde se

buscava reformas para a formação do trabalhador e o Banco Mundial passou a fazer empréstimos a

países como o Brasil vinculado à adoção de políticas sociais e educacionais que atendessem aos

interesses daquelas mudanças. Ocorrem nesse cenário a aprovação da LDB nº. 9394/96 e a

construção dos PCN – documento balizador para as reformulações curriculares contendo em seu

discurso a busca pelo significado do conhecimento escolar pela contextualização dos conteúdos e

pela interdisciplinaridade onde essa política gerou um esvaziamento dos conteúdos das disciplinas e

no final da década de 90. Sem uma discussão coletiva o Paraná adotou os PCN como referência

para a organização curricular.

Para a democratização do ensino as políticas educacionais atuais construíram com o

coletivo do Paraná as Diretrizes Curriculares para o ensino de Química com prioridades político-

pedagógicos: regate da especificidade da disciplina de Química no que se refere à abordagem dos

conceitos nos âmbitos dos fenômenos químicos das teorias que lhes dão sustentação e das

representações que os simbolizam, avanço na abordagem do conhecimento químico escolar e

recuperação da importância da disciplina de Química que tem como o objetivo subsidiar reflexões

sobre esse ensino e possibilitar direcionamentos e abordagens da prática docente no processo

ensino-aprendizagem. Para isso, o estudo da história da disciplina e em seus aspectos

epistemológicos, defende uma seleção de conteúdos estruturantes que a identifique como o campo

do conhecimento constituído historicamente nas relações políticas, econômicas, sociais e culturais

das diferentes sociedades.

O conhecimento químico é algo em constante transformação e ocorrem em função das

necessidades humanas decorrentes dos processos sociais, políticos e econômicos e a ciência é

preparada e orientada por teorias e/ou modelos que por serem construções humanas com propósitos

explicativos e previstos são provisórios.

A escola é por excelência o local onde se trabalha com o conhecimento científico

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historicamente produzido. A Química é uma ciência que permite a compreensão das substâncias e

dos materiais e através de seu conhecimento é possível posicionar-se de forma crítica; então é com

esse intuito que está presente no Ensino Médio, visto que o conhecimento químico propicia ao

estudante compreender os conceitos científicos para entender algumas dinâmicas do mundo e mudar

a sua atitude.

Para tanto seu ensino tem como meta instrumentalizar o cidadão-aluno para conviver e

atuar nesta sociedade científico-tecnológica onde a Química aparece como relevante instrumento

para investigação, produção de bens, desenvolvimento sócio-econômico e interfere diretamente no

cotidiano de todas as pessoas.

Acredita-se numa abordagem de ensino de Química voltada a construção e reconstrução de

significados dos conceitos científicos com objetivo de construí-los com outros conceitos, dando

significado em diferentes contextos com inserção do aluno na cultura científica no desenvolvimento

de práticas experimentais, na análise de situações cotidianas e na busca das relações da Química

com a sociedade e a tecnologia.

Nesta proposta, propõe-se que a apropriação do conhecimento químico aconteça por meio

do contato do jovem com o objeto de estudo da Química: as substâncias e os materiais numa relação

dialógica em que a aprendizagem dos conceitos químicos constitua apropriação de parte do

conhecimento científico com o auxílio da atividade experimental problematizadora para a formação

de sujeitos que compreendam e questionem a ciência do seu tempo.

Os conteúdos que compõem o currículo escolar de Química serão abordados de maneira

qualitativa como forma de explorar o meio em que estão inseridos os alunos.

Na abordagem conceitual do conteúdo químico a experimentação com função pedagógica

de auxiliar na problematização favorece a apropriação efetiva do conceito o que se tem como

resultado o entendimento por parte do aluno de algumas dinâmicas do mundo e a opção de mudar a

sua atitude em relação a ele.

Na presente proposta, o ponto de partida para a organização dos conteúdos são os

conteúdos estruturantes que tem como objetivo desenvolver no educando os conceitos que

perpassam o fenômeno em estudo, possibilitando o uso de representações e da linguagem química

no entendimento das questões que devem ser compreendidas na sociedade permitindo posturas de

comprometimento com a sua comunidade e com o seu planeta.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

O Ensino da Química apresenta os seguintes objetivos:

* Oportunizar o acesso ao conhecimento químico que foi construído ao longo do tempo pela

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humanidade para compreender o seu entorno e utilizá-lo de forma crítica para melhorar o seu dia a

dia;

* Conhecer os diferentes materiais, sua composição, propriedades e transformações para interagir

com os mesmos e compreender a organização microscópica e macroscópica;

* Compreender a influência dos seres vivos sobre a composição química da Terra, caracteriza-se

pelas interações existentes entre hidrosfera, litosfera e atmosfera e pode ser bem explorada a partir

dos ciclos biogeoquímicos;

* Conhecer os novos produtos e materiais químicos produzidos pelo homem como os produtos

farmacêuticos, da indústria alimentícia, dos fertilizantes e dos agrotóxicos;

* Compreender e relacionar a Química com os temas: História do Paraná, História e cultura Afro-

Brasileira, Africana e Indígena, Música, Prevenção do uso indevido de drogas, Sexualidade

humana, Educação Ambiental, Educação Fiscal, Enfrentamento à violência contra a criança e o

adolescente. Direito das crianças e adolescente e Educação tributária para a formação de sua

cidadania.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS DA DISCIPLINA

1ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Matéria e sua natureza

Biogeoquímica

Química sintética

CONTEÚDOS BÁSICOS

MATÉRIA

Constituição da matéria;

Estados de agregação;

Natureza elétrica da matéria;

Modelos atômicos;

Estudo dos metais;

Tabela Periódica.

SOLUÇÃO

Substância: simples e composta;

Misturas;

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Métodos de separação;

Solubilidade;

Concentração;

Forças intermoleculares;

Temperatura e pressão;

Densidade;

Dispersão e suspensão;

Tabela Periódica.

LIGAÇÃO QUÍMICA

Tabela Periódica;

Propriedade dos materiais;

Tipos de ligações em relação às propriedades dos materiais;

Solubilidade e as ligações químicas;

Interações intermoleculares e as propriedades das substâncias moleculares;

Ligações de Hidrogênio;

Ligação metálica (elétrons semi-livres);

Ligações sigma e pi;

Ligações polares e apolares;

Alotropia.

GASES

Estados físicos da matéria;

Tabela Periódica;

Propriedade dos gases;

Modelo de partículas para os materiais gasosos;

Misturas gasosas;

Diferença entre gás e vapor;

Lei dos gases.

2ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Matéria e sua natureza

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Biogeoquímica

Química sintética

CONTEÚDOS BÁSICOS

VELOCIDADE DAS REAÇÕES QUÍMICAS

Reações químicas;

Lei das reações químicas;

Representação das reações químicas;

Condições fundamentais para a ocorrência das reações químicas (natureza dos reagentes,

contato dos reagentes, teoria de colisão);

Lei da velocidade das reações químicas;

Tabela Periódica.

EQUILÍBRIO QUÍMICO

Reações químicas reversíveis;

Concentração;

Relações matemáticas e o equilíbrio químico (constante de equilíbrio);

Deslocamento de equilíbrio (princípio de Le Chatelier): concentração, pressão, temperatura

e efeito dos catalisadores;

Equilíbrio químico em meio aquoso (pH, constante de ionização, Ks);

Tabela Periódica

REAÇÕES QUÍMICAS

Reações de Oxi-redução;

Diagramas das reações exotérmicas e endotérmicas;

Reações exotérmicas e endotérmicas

Variação de entalpia

Calorias;

Equações termoquímicas;

Princípios da termodinâmica;

Lei de Hess;

Entropia e energia livre;

Calorimetria;

Tabela Periódica.

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3ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Matéria e sua natureza

Biogeoquímica

Química sintética

RADIOATIVIDADE

Modelos atômicos (Rutherford);

Elementos químicos (radioativos);

Tabela Periódica;

Reações químicas;

Velocidade das reações;

Emissões radioativas;

Leis da radioatividade

Cinética das reações químicas;

Fenômenos radioativos (fissão e fusão nuclear).

FUNÇÕES QUÍMICAS

Funções orgânicas;

Funções inorgânicas;

Tabela Periódica.

METODOLOGIA

Os conteúdos estruturantes: Matéria e a sua natureza, Biogeoquímica e Química Sintética,

são conhecimentos de grande amplitude que identificam e organizam os campos de estudos do

ensino de Química e são considerados fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo –

substâncias e materiais sustentado pela tríade composição, propriedades e transformações.

Quando o conteúdo químico for abordado na perspectiva do conteúdo estruturante

Biogeoquímica será relacionado com atmosfera, hidrosfera e litosfera. Quando o conteúdo químico

for abordado na perspectiva do conteúdo estruturante Química Sintética, o foco será a produção de

novos materiais e transformação de outros, na formação de compostos artificiais. Os conteúdos

serão explorados na perspectiva do conteúdo estruturante Matéria e sua natureza por meio de

modelos ou representações fazendo a relação do modelo que representa a estrutura microscópica da

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matéria com o seu comportamento macroscópico.

Para os conteúdos estruturantes Biogeoquímica e Química Sintética, a significação dos

conceitos ocorrerá por meio de abordagens histórica, sociológica, ambiental, representacional e

experimental a partir dos conteúdos químicos. Porém, para o conteúdo estruturante Matéria e sua

Natureza, tais abordagens são limitadas. Os fenômenos químicos, na perspectiva desse conteúdo

estruturante, será amplamente explorado por meio das suas representações como fórmulas químicas

e modelos.

O conteúdo básico Funções Químicas será explorado de maneira relacional, por que o

comportamento das espécies químicas é sempre relativo, á outra espécie com a qual a interação é

estabelecida.

O processo pedagógico no ensino de Química se inicia pelo conhecimento prévio dos

estudantes, no qual se incluem as idéias preconcebidas sobre o conhecimento da Química, ou as

concepções espontâneas, a partir das quais será elaborado um conceito científico.

A utilização de modelos no ensino de Química, para descrever comportamentos

microscópicos é um dos meios adotados por essa ciência. Esses modelos são válidos para alguns

contextos e seus limites são determinados quando a teoria não consegue explicar fatos. Os modelos

são propostas para explicar determinados fenômenos e atendem interesses de cientistas que

investigam a matéria e a sua natureza.

A importância da abordagem experimental está no seu papel investigativo e na sua função

pedagógica de auxiliar o estudante na explicitação, problematização, discussão, enfim, na

significação dos conceitos químicos.

A Química estuda o mundo material e a sua constituição e são importante para os

estudantes leitura, filmes e letra de músicas que contribuam para a sua formação e identificação

cultural e que possam constituir elemento motivador para a aprendizagem da Química.

No processo de ensino e aprendizagem da Química a metodologia e práticas pedagógicas

serão articuladas de acordo com a necessidade e quando forem oportunos com os seguintes recursos

didáticos e tecnológicos tais como: data show, desenhos, filme, folder, gráficos gravuras, histórias

em quadrinhos, ilustrações, jornais livro didático, mapas, maquete, mimeógrafo painel com o tema

gerador da semana, quadro de giz, retroprojetor, revistas, apresentação der slides na TV pendrive,

textos, transparências, experimentos no laboratório e em ambientes próximos a escola, modelos,

pesquisas na internet com o uso de computadores do Paraná Digital.

À medida que se trabalham os conteúdos estruturantes serão levantadas questões sobre os

seguintes temas: História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (Lei N°10639/03) que poderá ser

trabalhada no conteúdo básico: Funções Orgânicas no terceiro ano no conteúdo específico Alcoóis

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(história da cachaça), História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena (Lei N°11.645/08), poderá ser

trabalhada no conteúdo básico: Misturas (pinturas dos corpos) Lei Maria da Penha (Lei Nº

11340/06), poderá ser trabalhado em funções orgânicas Alcoóis (dependência química e os surtos) e

Prevenção do uso indevido de drogas, também poderá ser trabalhado no conteúdo básico Funções

Orgânicas Alcoóis (dependência química das drogas lícitas e ilícitas e os surtos) Sexualidade

Humana, Enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente, que poderá ser trabalhada no

conteúdo básico: funções orgânicas no terceiro ano e também em Reações Químicas no segundo

ano. Meio Ambiente (Lei N°9795/99) poderá ser trabalhado no conteúdo básico Matéria

(constituição da matéria), Educação Fiscal (Decreto 1143/99 e Portaria 413/02). Direito das crianças

e adolescente L.F. N°11.525/07, Educação tributária Dec. N°4.201/02, que poderá ser trabalhado em

Funções Orgânicas Ácidos Carboxílicos (Fabricação de produtos de limpeza, sendo analisado o

valor dos tributos na fabricação) Estatuto do Idoso Lei Nº. 10.741/03, poderá ser trabalhado no

conteúdo básico Radioatividade (Velocidade das reações no organismo, modificação operada nos

corpos pelos agentes físicos ou químicos), sendo que esses estudos possibilitam ao educando

enriquecer seus conhecimentos compreendendo, valorizando e respeitando as diferenças.

Os conteúdos relacionados aos temas contemporâneos serão adequados de acordo com a

realidade e a necessidade das turmas, levando sempre em consideração as vivências e o

conhecimento prévio do aluno.

AVALIAÇÃO

O objetivo, a intenção maior do processo de avaliação é garantir a aprendizagem de todos

os estudantes. Para isso esta assume o caráter diagnóstico, contínuo, formativo e somativo,

concepção esta que está em consonância com a Lei de Diretrizes e Bases, as Diretrizes Curriculares

Estaduais, o Projeto Político Pedagógico e Regimento Escolar deste estabelecimento de ensino.

Na avaliação diagnóstica se faz a análise de conhecimentos que o estudante deve possuir

para poder iniciar novas aprendizagens.

A avaliação formativa acontece sempre que o professor entender conveniente, no decurso

do processo de aprendizagem, identificando aprendizagens bem sucedidas e as que apresentaram

dificuldades para que se possa reorientar o trabalho.

É contínua, pois se estende ao longo de todo o processo educativo acompanhando os

avanços e dificuldades apresentadas pelo educando.

A avaliação somatória de provas descritivas, objetivas, orais de atividades diversificadas

(seminários, pesquisas, atividades experimentais) de acordo com os critérios adotados por cada

professor. As avaliações serão aplicadas respeitando os alunos com necessidades especiais,

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oportunizando aos mesmos, se necessários, serem avaliados conforme suas especificidades.

Caberá a oferta de no mínimo dois instrumentos avaliativos, para as disciplinas com carga

horária de duas aulas semanais. Estes deverão ser obrigatoriamente uma avaliação escrita e um

trabalho, tendo como valores a nota total desses instrumentos a soma de 0,0 (zero) a 10,0 (dez).

A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de apropriação

dos conhecimentos básicos. Esta se dará em dois momentos ao longo do trimestre, sendo ofertado

dois instrumentos distintos, por blocos de conteúdos, prevalecendo sempre a maior nota.

Os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas durante o período

letivo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua

anotação no Livro Registro de Classe.

Em Química o principal critério de avaliação é a formação de conceitos científicos. Trata-

se de um processo de “construção e reconstrução de significados dos conceitos científicos”

(Maldaner, 2003, p 144).

Serão utilizados os seguintes instrumentos para o processo de avaliação do conhecimento

químico:

Atividade de leitura compreensiva de textos;

Projeto de pesquisa bibliográfica;

Produção de texto;

Palestra/apresentação oral;

Atividades experimentais;

Projeto de pesquisa de campo;

Relatório;

Seminário;

Debate;

Atividades a partir de recursos audiovisuais;

Trabalho em grupo;

Questões discursivas;

Questões objetivas.

Espera-se que no decorrer do Ensino Médio o aluno:

Entenda e questione a Ciência de seu tempo e os avanços tecnológicos na área da Química;

Construa e reconstrua o significado dos conceitos químicos;

Problematize a construção dos conceitos químicos;

Tome posições frente às situações sociais e ambientais desencadeadas pela produção do

conhecimento químico;

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Compreenda a constituição química da matéria a partir dos conhecimentos sobre os modelos

atômicos, estados de agregação e natureza elétrica da matéria;

Formule o conceito de soluções a partir dos desdobramentos desse conceito básico, associando

substâncias, misturas, métodos de separação, solubilidade, concentração, forças intermoleculares,

etc.;

Identifique a ação dos fatores que influenciam a velocidade das reações químicas,

representações, condições fundamentais para a ocorrência, lei da velocidade e inibidores;

Compreenda o conceito de equilíbrio químico, a partir dos conteúdos específicos:

concentração, relações matemática e o equilíbrio químico, deslocamento de equilíbrio,

concentração, pressão, temperatura e efeito dos catalisadores, equilíbrio químico em meio aquoso;

Elabore o conceito de ligação química, na perspectiva da interação entre o núcleo de um átomo

e eletrosfera de outro a partir dos desdobramentos desse conteúdo básico;

Entenda as reações químicas como transformações da matéria a nível microscópico, associando

os conteúdos específicos elencados para esse conteúdo básico;

Reconheça as reações nucleares entre as demais reações químicas que ocorrem na natureza,

partindo dos conteúdos específicos que compõe esse conteúdo básico;

Diferencie gás de vapor, a partir dos estados físicos da matéria, propriedades dos gases, modelo

de partículas e as leis dos gases;

Reconheça as espécies químicas, ácidos, bases, sais e óxido em relação a outra espécie com a

qual estabelece interação;

Aos alunos com necessidades educacionais especiais (adaptação curricular) será ofertado um

plano de aulas diferenciado de forma a contemplar as suas dificuldades.

REFERÊNCIAS

PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Departamento de Educação. Departamento de

Educação Básica. - Diretrizes Curriculares de Química para o Ensino Médio. Curitiba, 2008.

PERUZZO, T.M. CANTO, E.L.; Química, Volume Único. São Paulo: Editora Moderna, 1999.

PROJETO POLÍTICO PEGAGÓGICO – Colégio Estadual Rui Barbosa – Ensino Fundamental e

Médio. Nova Laranjeiras. Ano 2015.

REGIMENTO ESCOLAR – Colégio Estadual Rui Barbosa – Ensino Fundamental e Médio, Nova

Laranjeiras. Ano 2015.

SANTOS, W.L.P.MÓL, G.S.; A ciência, os materiais e o lixo. São Paulo: Nova Geração, 2002.

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SANTOS, W.L.P.MÓL, G.S.; Química e sociedade: cálculos, soluções e estética. São Paulo: Nova

Geração, 2004.

SANTOS, W.L.P.MÓL, G.S.; Química e sociedade: Modelos de partículas e poluição

atmosférica. São Paulo: Nova Geração, 2003.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

SOCIOLOGIA

APRESENTAÇÃO

Segundo (DCE. p. 38), a Sociologia é fruto do seu tempo, um tempo de grandes

transformações sociais que trouxeram a necessidade de a sociedade e a ciência serem pensadas.

Nesta encruzilhada da ciência, reconhecida como saber legítimo e verdadeiro, a sociedade a clamar

mudanças e a absorvê-las, nasceu a Sociologia. Portanto, no auge da modernidade do século XIX

surge, na Europa, uma ciência disposta a dar conta das questões sociais, que porta os arroubos da

juventude e forja sua pretensa maturidade científica na crueza dos acontecimentos históricos sem

muito tempo para digeri-los.

O contexto de nascimento da Sociologia como disciplina científica é marcado pelas

consequências de três grandes revoluções: uma política, a Revolução Francesa de 1789; uma social,

a Revolução Industrial e uma revolução na ciência, que se firma com o Iluminismo, com sua fé na

razão e no progresso da civilização.

Esses acontecimentos conjugados – a queda do Antigo Regime e a ascensão da

democracia; a industrialização expandida pelas máquinas e a concentração de trabalhadores nas

cidades; e a admissão de um método científico propiciado pelo racionalismo – garantem as

condições para o desenvolvimento de um pensamento sobre a sociedade. Inicialmente, um

pensamento de cunho conservador desenha-se mais como uma forma cultural de concepção do

mundo, uma filosofia social preocupada em questionar a gênese da sociedade e a sua evolução.

A Sociologia surgiu, portanto, com os movimentos de afirmação da sociedade industrial e

toda a contradição deste processo. Por um lado, estava cercada pela resistência às mudanças, desde

os costumes sociais violados até o pensamento conservador e, por outro lado, pela avidez por

mudanças posta tanto no comportamento da burguesia empresarial, inovando nas formas de

produzir e enriquecer, quanto no pensamento socialista a propor alterações na estrutura da

sociedade. Esse conjunto de mudanças seculares “parecia aos contemporâneos um produto do

desenvolvimento intelectual do homem, cujo pensamento iluminava os passos da civilização,

quando, na verdade, o progresso crescente dos modos de pensar sobre fenômenos cada vez mais

complexos – e disso a Sociologia é uma prova – era produto direto das novas maneiras de viver e

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produzir”, afirma Costa Pinto (1965, p. 37).

O objeto de estudo e ensino da disciplina de Sociologia são as relações que se estabelecem

no interior dos grupos na sociedade, como se estruturam e atingem as relações entre os indivíduos e

a coletividade. Ao se constituir como ciência, com o desenvolvimento e a consolidação do

capitalismo, a Sociologia tem por base a sociedade capitalista, contudo, não existe uma única forma

de interpretar a realidade e esse diferencial deve fazer parte do trabalho do professor. (DCE, p. 91)

A Sociologia é fruto do seu tempo, um tempo de grandes transformações sociais que

trouxeram a necessidade de a sociedade e a ciência serem pensadas.

No Brasil, a Sociologia repica os primeiros acordes de análise positiva. Florestan

Fernandes (1976), ao traçar três épocas de desenvolvimento da reflexão sociológica na sociedade

brasileira, considera aquela a primeira época, uma conexão episódica entre o direito e a sociedade, a

literatura e o contexto histórico. A segunda é caracterizada pelo pensamento racional como forma de

consciência social das condições da sociedade, nas primeiras décadas do século XX; a terceira

época, em meados do século XX, é marcada pela subordinação do estudo dos fenômenos sociais aos

padrões de cientificidade do trabalho intelectual com influência das tendências metodológicas em

países europeus e nos Estados Unidos. (DCE, p.42)

No Brasil, a Sociologia começou a ganhar identidade no início da década de 1930, com o

início dos primeiros cursos de Ciências Sociais nas principais Universidades do Rio de Janeiro e

São Paulo. Graças a especialistas estrangeiros foram publicadas, nestas universidades, obras de

sistematização teórica que permitiram o nascimento de uma geração de sociólogos formada dentro

do país. Neste contexto, começou a se destacar a obra de Florestan Fernandes, na qual a

preocupação com a interpretação do fato social tinha mais relevância do que, apenas, sua descrição.

Na década de 1960, a sociologia brasileira conheceu sua idade de ouro. Neste período,

pensadores de formação marxista influenciaram fortemente a produção intelectual nacional. No

final da década de 1980, a falência, na prática, da ideologia socialista gerou uma crise no

pensamento sociológico brasileiro. Para substituir as proposições perdidas e responder as novas

perguntas da sociedade contemporânea, os pensadores resgataram os autores clássicos da sociologia

mundial, como o francês Émile Durkheim e o alemão Max Weber.

No Paraná, a década de 1980 foi pródiga em manifestações pró-inserção da disciplina de

Sociologia no ensino médio, em vários estados brasileiros, aproveitando o momento propiciado pela

redemocratização do país. Mobilizações sociais ganham força quando carreiam ações de diferentes

agentes institucionais e, no Paraná, uma campanha teve à frente o Sindicato dos Sociólogos do

Estado do Paraná, envolvendo outras entidades como os órgãos estaduais de educação e as

universidades, num esforço de superação do modelo curricular herdado da Secretaria de Estado da

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Educação do Paraná período da ditadura militar.

No horizonte das discussões dessas ações políticas estavam a intermitência na trajetória da

Sociologia como disciplina no currículo de escolas de Ensino Médio, sujeita às reformas

educacionais implementadas pelo governo federal e a regulamentação da profissão de sociólogo.

(DCE, p. 51-52)

Em 1991, foi implantada proposta de conteúdos e metodologias para a Sociologia da

Educação nos cursos de magistério da rede estadual, elaborada anteriormente em ação conjunta da

Secretaria de Educação do Estado e a Universidade Federal do Paraná. Essa decisão influenciou

professores de Sociologia da modalidade de Educação Geral do Ensino Médio, uma vez que não

havia um documento nesta linha.

A Lei de Diretrizes e Bases (LDB) é promulgada em 1996 e reabre o debate sobre a

inclusão da Sociologia no Ensino de 2º grau, que ganhou âmbito nacional. Poucas escolas no Paraná

ofertavam a disciplina em seu programa, uma vez que a autonomia das escolas trazia flexibilidade

para que cada estabelecimento de ensino criasse novas disciplinas e as incluísse nas respectivas

matrizes curriculares.

A obrigatoriedade do ensino da disciplina a partir de 2007, determinada pelo Conselho

Nacional de Educação, levou à inclusão da Sociologia em todas as escolas de Ensino Médio do

estado. A escola é livre para determinar a série em que a disciplina será ofertada, mas na instrução

normativa n. 015/2006 – SUED/SEED é defendido o princípio de equidade entre as disciplinas, de

modo a garantir um mínimo de duas aulas semanais para todas as disciplinas nas séries em que são

ofertadas.

A Sociologia não desenvolveu ainda uma tradição pedagógica, havendo insuficiências na

elaboração de reflexões sobre como ensinar as teorias e os conceitos sociológicos, bem como

dificuldades na delimitação dos conteúdos pertinentes ao Ensino Médio. Por ter se mantido como

disciplina acadêmica nos currículos de Ensino Superior, a tendência tem sido a reprodução desses

métodos, sem a adequação necessária à oferta da Sociologia para os estudantes do Ensino Médio.

O uso de livros didáticos e materiais de apoio pedagógico, especialmente elaborados para a

disciplina no Ensino Médio não deve dispensar leituras.

O estudo da Sociologia no Ensino Médio tem como objetivo introduzir o aluno nas

principais questões conceitual e metodológico da disciplina. O ponto de partida dessa ciência foi à

reflexão sobre as mudanças nas condições sociais, econômicas e políticas advindas desde os séculos

XVIII e XIX até nossos dias. Esse contexto de transformação repercutiu, significativamente, no

processo de construção das grandes questões que foram tratadas pela Sociologia, que se

desenvolveram no século XIX, tentando impor discurso científico.

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Traduzindo a relação que existe entre o pensamento e a organização social, sofrendo as

influências particulares da sociedade em que viviam e da posição que dentro de cada sociedade

assumiam, e dos pontos de partida filosóficos em que se fundava, os criadores da ciência da

sociedade conseguiram lançar as bases de uma nova ciência na proporção em que refletiam, em suas

obras, os problemas de seu tempo.

Ao se tornar os três grandes paradigmas fundantes do campo de conhecimento sociológico

– Karl Marx, Max Weber e Emile Durkheim, discutem-se as questões centrais que foram abordadas,

bem como os parâmetros teóricos e metodológicos que permeiam tais modelos de explicações da

realidade, no entanto, a grande preocupação é promover uma reflexão em torno da permanência

dessas questões até hoje, inclusive avaliando a operacionalidade dos conceitos e categorias por cada

um desses autores, no que se refere à compreensão da complexidade do mundo atual.

Enfatizando-se dois eixos fundamentais em torno dos quais vem se construindo grande

parte da tradição sociológica: a relação entre indivíduo e sociedade, a partir da influência da ação

individual sobre os processos sociais, bem como a importância do processo inverso, e a dinâmica

social, pautada em processos que envolvem o mesmo tempo, porem em graduações variadas, a

manutenção da ordem ou, por outro lado, a mudança social.

Assim, pela via do conhecimento sociológico sistematizado, poderá construir uma postura

mais reflexiva e crítica diante da complexidade do mundo moderno e compreender melhor a

dinâmica da sociedade em que vive, poderá perceber-se como elemento ativo, dotado da força

política e capacidade de transformar e, até mesmo, viabilizar, através do exercício pleno de sua

cidadania, mudanças estruturais que apontem um modelo de sociedade mais justa e solidária.

A Lei 9.394/96 estabelece como uma das finalidades centrais do Ensino Médio a

construção da cidadania do educando, evidenciando, assim, a importância do ensino da Sociologia

no Ensino Médio.

Foi elaborado o plano de aula com a finalidade de contemplar alguns dos grandes temas

característicos do conhecimento sociológico: a Sociologia como ciência; a Sociologia como ciência

social; as diferenças entre ciência e senso comum; o trabalho nas diferentes organizações sociais; a

sociedade industrial e o mito do progresso; a ideologia, a indústria cultural e o consumo;

diversidade cultural brasileira; globalização; aborto, violência na sociedade em geral e a violência

de gênero, drogas, desemprego e muitos outros temas do nosso dia a dia. A formação do Estado

moderno e as formas de Estado; a política e os movimentos populares; Educação do Campo e,

finalmente, a participação política e a construção da cidadania.

A Sociologia busca explicar à multiplicidade inovadora da vida social que emerge na

sociedade contemporânea, a sociologia se dedica ao estudo de grupos sociais e das relações entre

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eles. A sociedade é estudada pela economia, pela psicologia social, pela antropologia, pela história e

pela sociologia. Tais ciências são denominadas ciências sociais ou do comportamento.

Surgiu e se desenvolveu em situação histórica das mais complexas e das modernas

sociedades industriais e de classes. Essa realidade social que se estabelece impôs à nova ciência a

explicação dos fenômenos que envolviam o homem como um ser de relações. Desde o seu

nascimento a Sociologia debate-se entre tendências teóricas, entre perspectivas produzidas por

diferentes visões de mundo.

Estas abordagens do mundo são leituras da diferenciação interna, das tensões e

contradições que determinam a formação capitalista.

Para entender as diversas perspectiva e teorias é

preciso perguntar de quem são os olhos que as

definem com quem estão comprometidas e em nome

de quem subjugam e alienam. Por isso é

fundamental uma postura crítica. “Crítica é a ação

que tem como objetivo o conhecimento, ir `a sua

raiz, definir seus compromissos históricos e sociais,

localizar a perspectiva que o construiu, descobrir a

maneira de pensar a vida social da classe que

apresenta esse conhecimento como universal”.

(Foracchi, Marialice. Sociologia e Sociedade, pg.

02).

A Sociologia assim entendida, não se defronta somente com aquilo que se chama

“realidade”, mas busca as interpretações que são feitas desta “realidade”. Parafraseando Florestan

Fernandes, sociólogo brasileiro, pode-se afirmar que: "A Sociologia não se limita ao estudo das

condições de existência social dos seres humanos". Todavia, essa constitui a porção mais fascinante

ou importante de seu objeto e aquela que alimento a própria preocupação de aplicar o ponto de vista

científico a observação e à explicação dos fenômenos sociais.

Augusto Comte (1798-1857) é tradicionalmente considerado o pai da Sociologia. Foi ele

quem pela primeira vez usou essa palavra, em 1839, no seu Curso de Filosofia Positiva. Mas foi

com Emile Durkheim (1858-1917) que a Sociologia passou a ser considerada uma ciência e como

tal se desenvolveu.

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Durkheim formulou as primeiras orientações para a Sociologia e demonstrou que os fatos

sociais têm características próprias, que os distinguem dos que são estudados pelas outras ciências.

Para ele, a Sociologia é o estudo dos fatos sociais.

Um exemplo simples nos ajuda a entender o conceito de fato social, segundo Durkheim. Se

um aluno chegasse à escola vestido com roupa de praia, certamente ficaria numa situação muito

desconfortável: os colegas ririam dele, o professor lhe daria uma enorme bronca e provavelmente o

diretor o mandaria de volta para pôr uma roupa adequada. Existe um modo de vestir que é comum,

que todos seguem. Isso não é estabelecido pelo indivíduo. Quando ele entrou no grupo, já existia tal

norma, e, quando ele sair, a norma provavelmente permanecerá. Quer a pessoa goste, quer não, vê-

se obrigada a seguir o costume geral. Se não o seguir, sofrerá uma punição. O modo de vestir é um

fato social. São fatos sociais também a língua, o sistema monetário, a religião, as leis e uma

infinidade de outros fenômenos do mesmo tipo.

Para Durkheim, os fatos sociais são os modos de pensar, sentir e agir de um grupo social.

Embora os fatos sociais sejam exteriores, eles são introjetados pelo indivíduo e exercem sobre ele

um poder coercitivo. Resumindo, podemos dizer que os fatos sociais têm as seguintes

características:

* Generalidade – o fato social é comum aos membros de um grupo;

* Exterioridade – o fato social é externo ao indivíduo, existe independentemente de sua vontade;

* Coercitividade – os indivíduos se sentem obrigados a seguir o comportamento estabelecido.

Em virtude dessas características, para Durkheim os fatos sociais podem ser estudados

objetivamente, como “coisas”.

Enquanto para Durkheim a ênfase da análise recai na sociedade, para o sociólogo alemão

Max Weber (1864-1920) a análise estará centrada nos atores e em suas ações. Para ele, a sociedade

não seria algo exterior ou superior aos indivíduos, como em Durkheim. Para ele, a sociedade pode

ser compreendida a partir do conjunto das ações individuais reciprocamente referidas. Por isso,

Weber define como objeto da sociologia a ação social. O que é uma ação social? Para ele é qualquer

ação que o indivíduo faz orientando-se pela ação de outros. Assim, Weber dirá que toda vez que se

estabelecer uma relação significativa, isto é, algum tipo de sentido entre várias ações sociais, terá

então relações sociais. Só existe ação social quando o indivíduo tenta estabelecer algum tipo de

comunicação, a partir de suas ações, com os demais. Nem toda ação, desse ponto de vista, será

social, mas apenas aquelas que impliquem alguma orientação significativa visando outros

indivíduos. Weber dá um interessante exemplo. Imaginemos dois ciclistas que andam na mesma

rodovia em sentidos opostos. O simples choque entre eles não é uma ação social. Mas a tentativa de

se desviarem um do outro já pode ser considerada uma ação social, uma vez que o ato de desviar-se

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para um lado já indica para o outro a intenção de evitar o choque, esperando uma ação semelhante

como resposta. Estabelece-se, assim, uma relação significativa entre ambos.

A partir dessa definição, Weber afirmará que podemos pensar em diferentes tipos de ação

social, agrupando-as de acordo com o modo pelo quais os indivíduos orientam suas ações. Assim,

ele estabelece quatro tipos de ação social:

1. Ação tradicional: aquela determinada por um costume ou um hábito arraigado.

2. Ação afetiva: aquelas determinadas por afetos ou estadas sentimentais.

3. Racional com relação a valores: determinada pela crença consciente num valor considerado

importante, independentemente do êxito desse valor na realidade.

4. Racional com relação a fins: determinada pelo cálculo racional que coloca fins e organiza os

meios necessários.

Segundo Marx, as ideias liberais consideravam os homens, por natureza, iguais políticas e

juridicamente. Liberdade e justiça eram direitos inalienáveis de todo cidadão. Marx, por sua vez,

proclama a inexistência de tal igualdade natural e observa que o liberalismo vê os homens como

átomos, como se estivessem livres das evidentes desigualdades estabelecidas pela sociedade.

Segundo Marx, as desigualdades sociais observadas no seu tempo eram provocadas pelas relações

de produção do sistema capitalista, que dividem os homens em proprietários e não-proprietários dos

meios de produção. As desigualdades são bases da formação das classes sociais.

As relações entre os homens se caracterizam por relações de oposição, antagonismo,

exploração e complementaridade entre as classes sociais. Marx identificou relações de exploração

da classe dos proprietários – a burguesia – sobre a dos trabalhadores – o proletariado. Isso porque a

posse dos meios de produção, sob a forma legal de propriedade privada, faz com que os

trabalhadores, a fim de assegurar a sobrevivência, tenham de vender sua força de trabalho ao

empresário capitalista, o qual se apropria do trabalho de seus operários.

Essas mesmas relações são também de oposição e antagonismo, na medida em que os

interesses de classe são inconciliáveis. O capitalista deseja preservar seu direito à propriedade dos

meios de produção e à dos produtos e à máxima exploração do trabalho do operário, seja reduzindo

os salários, seja ampliando a jornada de trabalho. O trabalhador, por sua vez, procura diminuir a

exploração ao lutar por menor jornada de trabalho, melhores salários e participação nos lucros.

Por outro lado, as relações entre as classes são complementares, pois uma só existe em

relação à outra. Só existem proprietários porque há uma massa de despossuídos cuja única

propriedade é sua força de trabalho, que precisam vender para assegurar a sobrevivência. As classes

sociais são, pois, apesar de sua oposição intrínseca, complementares e interdependentes.

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A história do homem é segundo Marx, a história da luta de classes, da luta constante entre

interesses opostos, embora esse conflito nem sempre se manifeste socialmente sob a forma de

guerra declarada. As divergências, oposições e antagonismos de classes estão subjacente a toda

relação social, nos mais diversos níveis da sociedade, em todos os tempos, desde o surgimento da

propriedade privada.

A Sociologia engloba em seus objetivos a análise de fenômenos de interação entre

indivíduos, as formas internas de estrutura aos conflitos e as formas de cooperação geradas através

das relações sociais. Pesquisa também as estruturas de força de poder do estado e de seus membros

e a forma como o poder se estrutura através de micro relações de forças. Ela contribui entre as

relações entre pessoas que pertencem a uma comunidade ou aos diferentes grupos que formam a

sociedade. Para temos uma melhor relação com os outros, e compreendermos a sociedade em que

vivemos.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS DA DISCIPLINA

ENSINO MÉDIO

1º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: O surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas; O

Processo de Socialização e as Instituições Sociais.

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Formação e Consolidação da Sociedade Capitalista e o Desenvolvimento do Pensamento

Social

Conceito e objeto de estudo da Sociologia

Senso Comum e Conhecimento Científico

Teorias Sociológicas: Auguste Comte

Émile Durkheim: Relação Indivíduo e Sociedade

Marx Weber: Relação Indivíduo e Sociedade

Karl Marx: Relação Indivíduo e Sociedade

Processo de Socialização;

Instituições sociais: Familiares; Escolares; Religiosas;

Instituições de Reinserção (prisões, manicômios, educandários, asilos, etc)

2 ANO

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CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Cultura e Indústria Cultural; Trabalho, Produção e Classes

Sociais.

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na análise das

diferentes sociedades;

Diversidade cultural;

Identidade;

Indústria cultural;

Meios de comunicação de massa;

Sociedade de consumo.

Indústria cultural no Brasil;

Questões de gênero;

Culturas afro brasileiras e africanas;

Culturas indígenas.

O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;

Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais;

Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições;

Globalização e Neoliberalismo;

Relações de trabalho;

Trabalho no Brasil.

3º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Poder, Política e Ideologia; Direitos, Cidadania e Movimentos

Sociais.

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;

Democracia, autoritarismo, totalitarismo;

Estado no Brasil;

Conceitos de Poder;

Conceitos de Ideologia;

Conceitos de dominação e legitimidade;

As expressões da violência nas sociedades contemporâneas.

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Direitos: civis, políticos e sociais;

Direitos Humanos;

Conceito de cidadania;

Movimentos Sociais;

Movimentos Sociais no Brasil;

A questão ambiental e os movimentos ambientalistas;

A questão das ONG’s.

METODOLOGIA

Segundo a DCE, para o desenvolvimento da disciplina de Sociologia no Ensino Médio, os

Conteúdos Estruturantes e os Conteúdos Básicos devem ser tratados de forma articulada. As

Diretrizes sugerem que se organizem os conteúdos da maneira como eles estão apresentados na

tabela de conteúdos básicos, ressaltando que esses se desdobram em conteúdos específicos, próprios

da contextualização dos fenômenos estudados. (DCE, p. 91)

Ao incluir o aluno na elaboração das propostas de ensino e aprendizagem será considerada

sua realidade social e pessoal, sua percepção de si e do outro, suas dúvidas e necessidades de

compreensão desta mesma realidade.

Em Sociologia, devemos atentar especialmente para a proposição de problematizações,

contextualizações, investigações e análises, encaminhamentos que podem ser realizados a partir de

diferentes recursos para que os alunos relacionem a teoria com sua prática social, possibilitando a

construção coletiva dos novos saberes.

Cara à Sociologia, a pesquisa de campo, quando viável, deve ser proposta de maneira que

articule os dados levantados à teoria estudada, propiciando um efetivo trabalho de compreensão e

crítica de elementos da realidade social do aluno.

Para que o aluno seja colocado como sujeito de seu aprendizado, fazem-se necessária a

articulação constante entre as teorias sociológicas e as análises, problematizações e

contextualizações propostas. Essa prática deve permitir que os conteúdos estruturantes dialoguem

constantemente entre si e permitir, também, que o conhecimento sociológico dialogue com os

conhecimentos específicos das outras disciplinas que compõem a grade curricular do Ensino Médio.

Com referência aos alunos inclusos, será realizado atendimento individualizado, bem como

atividades e trabalhos diferenciados.

A relevância de conteúdos na qual facilita o entendimento do aluno na prática de

Sociologia realizará uma reflexão ao proporcionar acesso aos conhecimentos científicos, registros

culturais diferenciados, tais como são vistos a partir dos estudos de temas decorrentes da:

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Lei Educacional Ambiental (L.F. 9795/99, Dec. 4201/02);

Lei Estadual nº 17505/13 - Educação Ambiental;

História e Cultura Afro-Brasileira (10.639/03);

História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena (11.645/08);

Instrução nº 17/16 SUED/SEED - História e Cultura Afro-Brasileira;

Estatuto do Idoso (10741/03);

Lei Estadual nº 17858/13 - Política de proteção ao Idoso;

Prevenção ao Uso Indevido de Drogas (11.343/06);

Lei Estadual nº 17650/13 - Programa de resistência às Drogas e à Violência;

Educação Fiscal / Educação Tributária (Dec. 1143/99 Portaria 413/02);

Enfrentamento à Violência Contra a Criança e o Adolescente (L.F. 11525/07);

Gênero e Diversidade Sexual (lei Estadual nº 16.454/10 de 17 de maio de 2010),

Resolução nº 12 de 16 de janeiro de 2016;

Lei Estadual nº 17.335/12 - Programa de Combate ao Bullying;

Lei 18447/15 - Semana estadual Maria da Penha nas Escolas;

Plano Nacional de educação em direitos Humanos 2006 - Ministério da educação;

Lei nº 11947/09 - Educação Alimentar e nutricional;

Lei nº 9503/97: Código de Trânsito Brasileiro - educação para o trânsito;

Decreto nº 7037/09: Programa nacional de Direitos Humanos (PNDH 3) - educação em

direitos humanos;

Lei nº 11769/08 - inclui parágrafo no art. 26, sobre a música como conteúdo obrigatório;

Lei Estadual nº 13381/01 - História do Paraná.

Também temas relacionados a Educação do Campo, Educação em Direitos Humanos,

Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Enfrentamento à Violência contra a

Criança e o Adolescente. Esses desafios contemporâneos serão abordados de forma contextualizada,

considerando que são problemas significativos na vida cotidiana, trabalharemos de uma forma mais

prática e ampla esses temas a partir de vídeos educativos, filmes que abordam as questões citadas,

documentários, palestras e leituras diversas. Buscaremos através de atividades de pesquisa, debates

e aulas expositiva com a utilização de variados instrumentos tecnológicos, como internet,

multimídia, tv etc, garantir o domínio conceitual e criar um espaço de experiência sociológica,

espaço de provocação do pensamento original, da busca, da compreensão, da imaginação, da

investigação da análise e da re-interpretação dos conceitos bem como elaboração de novos

conceitos. Entendemos que o trabalho do professor é o de propor problematizações, leituras e

analise de textos, tomando o cuidado de não interferir na construção de autonomia de pensamento

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ao educando. Ao educador é necessário compreender que ele não esta criando discípulos, mas sim

livres pensadores com capacidade argumentativa e domínio dos pressupostos metodológicos e

lógicos.

Para a Sociologia, a pesquisa de campo, quando viável, deve ser proposta de maneira que

articule os dados levantados à teoria estudada, propiciando um efetivo trabalho de compreensão e

crítica de elementos da realidade social do aluno. Permitir as interações entre os alunos e as suas

potencialidades, para que as manifestações da aprendizagem possam ser compartilhadas na

diversidade humana. Desse modo, desde que sejam respeitadas suas capacidades e limitações, os

alunos poderão desenvolver qualquer ação pedagógica que lhes sejam apresentadas. No caso

dos alunos com necessidades educativas especiais, a relação ensino-aprendizagem se dá através,

principalmente, da experiência sensível, onde o aluno começa a organizar e relacionar o

conhecimento a partir das referências sensoriais que lhes são devidamente proporcionadas.

Sob esta perspectiva, a Sociologia tem como objetivo principal entender como os homens

avaliam e apreciam, utilizam, criam e destroem as relações sociais. Nesta proposta, não há um

menosprezo em relação às metodologias quantitativas, mas a noção de sentido é central na análise

compreensiva no sentido que os sujeitos imprimem as suas ações, portanto passível de ser

apreendido quer seja na revelação do sentido de sua ação, sendo ela na política, na economia ou na

religião.

Para que o aluno seja colocado como sujeito de seu aprendizado, faz-se necessária a

articulação constante entre as teorias sociológicas e as análises, problematizações e

contextualizações propostas. Essa prática deve permitir que os conteúdos estruturantes dialoguem

constantemente entre si e permitir, também, que o conhecimento sociológico dialogue com os

conhecimentos específicos das outras disciplinas que compõem a grade curricular do Ensino Médio.

Proporcionar oportunidade para os alunos debaterem em sala de aula os conteúdos

trabalhados, usando várias formas de recursos seja eles de conhecimento didáticos como livros,

revistas, gráficos, aulas expositivas, pesquisa na biblioteca, resultados de pesquisa de órgãos

públicos e privados, teatros, ou recursos tecnológicos como filmes, vídeos, internet, documentários

etc. e proporcionar também aos alunos outros tipos de conhecimento como técnico e cultural com

viagens e visitas a feiras, empresas, lugares turísticos como parques, zoológicos e visitas em centros

históricos como cidades e museus e o conhecimento tenha relação entre conteúdo/disciplina.

Desenvolver conhecimento de pesquisa com trabalho de campo como entrevista, pesquisas de dados

de uma determinada área ou setor seja econômico ou social ou um fato específico, e que seja

produzido pelos próprios alunos envolvendo pessoas da sua família ou da comunidade que ele está

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em inserido ou com pessoas ou comunidade ou mesmo lugares que tem relação especifica com o

conteúdo que está sendo trabalhado ou que tenha relação com o tema proposto.

Em ralação ao atendimento dos alunos inclusos no ensino regular a disciplina de Sociologia

tem como prioridade o atendimento individualizado; ampliação de letras nas provas quando

necessário; conteúdo de acordo como o conhecimento do aluno; articulação entre professor da SEM

e professor do ensino regular para melhor compreensão do conteúdo proposto, com extensão de

tempo neste atendimento para realização de atividades avaliativas.

AVALIAÇÃO

Segundo a DCE de Sociologia, a avaliação proposta pauta-se numa concepção formativa e

continuada, onde os objetivos da disciplina estejam afinados com os critérios de avaliação

propostos pelo professor em sala de aula. Concebendo a avaliação como mecanismo de

transformação social e articulando-a aos objetivos da disciplina, pretende-se a efetivação de uma

prática avaliativa que vise “desnaturalizar” conceitos tomados historicamente como irrefutáveis e

propicie o melhoramento do senso crítico e a conquista de uma maior participação na sociedade.

(DCE, p. 98)

Nesses termos, os instrumentos de avaliação em Sociologia, atentando para a construção da

autonomia do educando, acompanham as próprias práticas de ensino e aprendizagem da disciplina e

podem ser registros de reflexões críticas em debates, que acompanham os textos ou filmes; as

pesquisas de campo; produção de textos que demonstrem capacidade de articulação entre teoria e

prática, avaliações, atividades em grupo e individual, apresentações, etc. Várias podem ser as

formas, desde que se tenha como perspectiva ao selecioná-las, a clareza dos objetivos que se

pretende atingir, no sentido da apreensão, compreensão, reflexão dos conteúdos pelo aluno e,

sobretudo, expressão oral ou escrita da sua percepção de mundo. Assim, a avaliação em Sociologia

busca servir como instrumento diagnóstico da situação, tendo em vista a definição de

encaminhamentos adequados para uma efetiva aprendizagem.

A avaliação será compreendida como um elemento integrador entre a aprendizagem e o

ensino, será um conjunto de ações com o objetivo de ajustar a intervenção pedagógica para que o

aluno aprenda da melhor forma, que informe sobre o que foi aprendido e como. Será também um

elemento de reflexão para o professor, sobre a sua prática educativa, instrumento que possibilitará

ao aluno tomar consciência de seus avanços, dificuldades e possibilidades: ação que ocorre durante

todo o processo de ensino e aprendizagem.

Avaliação será diagnóstica, processual, contínua, e formativa. Identificar as dificuldades de

cada aluno, pontuando com objetividade as reais necessidades de aprendizado. Desenvolver

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atividades diversificadas que levem o aluno a superar suas dificuldades de aprendizagem, utilizando

diferentes materiais, que favoreçam a aprendizagem do aluno.

Desse modo, desde que sejam respeitadas suas capacidades e limitações, os alunos poderão

desenvolver qualquer ação pedagógica que lhes sejam apresentadas. Buscar avaliar o aluno como

ele compreendeu e interpretou os conteúdos estudados, desenvolvendo atividades de pesquisa,

avaliações discursivas e objetivas, trabalhos individuais e em grupos, exercícios de interpretação de

texto.

Ficou determinado pela Instituição de ensino que o período avaliativo será trimestre,

deverá ser obrigatoriamente, proporcionado ao (a) estudante no mínimo 02 (dois) instrumentos de

avaliação e no mínimo 02 (dois) instrumentos de recuperação de estudos para o Ensino

Fundamental, Médio e Profissional. O mínimo de dois instrumentos de avaliações vale para as

disciplinas que tem no máximo duas aulas semanais, sendo eles uma avaliação escrita e um trabalho

por trimestre no ano letivo de 2017 (dois mil e dezessete). Sobre a recuperação, é vedado

oportunizar um único momento de recuperação de estudos ao longo do período de avaliação,

trimestre, considerando que o processo visa recuperar 100%(cem por cento), ou seja, a totalidade

dos conteúdos trabalhados., assim a recuperação de conteúdos acontecerá de forma permanente e

concomitante ao processo ensino-aprendizagem, e a recuperação do rendimento escolar será

ofertada no mínimo dois instrumentos de recuperação de estudos.

Aos alunos com necessidades educacionais especiais, dentro de uma proposta de educação

inclusiva, será valorizada e respeitada a diversidade dos estudantes, para isso, serão feitas

adaptações curriculares para atender da forma mais adequada possível, possibilitando um

aprendizado e um avanço significativo aos estudantes.

A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de apropriação

dos conhecimentos básicos. Esta se dará trimestralmente por blocos de conteúdos, prevalecendo

sempre à nota maior. A recuperação de conteúdos acontecerá de forma permanente e

concomitantemente ao processo ensino-aprendizagem, e a recuperação do rendimento escolar serão

ofertados pela instituição de ensino no trimestre.

Os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas durante o período

letivo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua

anotação no Livro Registro de Classe.

REFERÊNCIAS

____. (org). Karl Mannheim: Sociologia. São Paulo: Ática, 1982.

____. Manuscritos econômico-filosóficos. In: Os Pensadores. v. XXXV. São Paulo: Editor Victor

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____. O capital. (livro 1, volumes I e II). Rio de Janeiro: Bertrand, 1994.

______. Secretaria do Estado da Educação. Departamento de Educação Básica. Instrução

Normativa nº. 015/2006 - SUED/SEED. Curitiba. 2006.

________ e Max Weber. Lisboa: Editorial Presença, 1990. GIDDENS, A; TURNER, J. (Orgs.).

Teoria social hoje. São Paulo: Editora UNESP, 1999.

________, É. Educação e sociologia. 6 ed. São Paulo: Melhoramentos, 1965.

BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases nº. 9394/96. Brasília. 1996.

COMTE, A. Curso de Filosofia Positiva. In: Os Pensadores. v. XXXIII, São Paulo: Editor

Victor Civita, 1973.

DURKHEIM, E. As regras do Método Sociológico. São Paulo: Companhia Editora Nacional,

1956.

FERNANDES, F. Ensaios de sociologia geral e aplicada. São Paulo: Livraria Pioneira Editora,

1960.

FORACCHI, Marialice Mencarini; MARTINS, José de Souza. Sociologia e sociedade: leituras de

introdução à sociologia. Rio de Janeiro: LTC – Livros Técnicos e Científicos. Editora S. A.,1977.

MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. A ideologia alemã. São Paulo: Hucitec, 1984.

PARANÁ. Colégio Estadual Rui Barbosa. Projeto Político Pedagógico, Laranjeiras do Sul-PR,

2015.

PARANÁ. Colégio Estadual Rui Barbosa. Regimento Escolar, Laranjeiras do Sul-PR, 2015.

PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretriz

Curricular de Sociologia para o Ensino Médio. Curitiba. 2008.

WEBER, M. Metodologia das Ciências sociais. (partes 1 e 2) São Paulo: Cortez, 1993.

5. BRIGADA ESCOLAR

O Colégio também possui o Programa Brigada Escolar: Defesa Civil na Escola, o qual

seguem orientações de como este é desenvolvido nesta instituição de ensino, bem como o seu Plano

de Abandono.

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6. PATRULHA ESCOLAR

A Patrulha Escolar é a união da comunidade escolar com a polícia para reduzir a violência

e a criminalidade nas escolas e nas suas proximidades. Seu objetivo principal é a PREVENÇÃO e,

supletivamente, a repressão aos crimes e atos infracionais. Ela assessora a comunidade escolar a

encontrar os caminhos da segurança através de trabalhos de reflexão, palestras e organização para a

ação. O policiamento nas escolas passa a contar com policiais militares especialmente capacitados

que, conhecendo a realidade da comunidade escolar, buscam medidas que minimizem a ação de

criminosos nas escolas e proximidades. O projeto se divide em cinco fases.

A rede de proteção é uma ação integrada entre instituições, para atender crianças e

adolescentes em situação de risco pessoal: sob ameaça e violação de direitos por abandono,

violência física, psicológica ou sexual, exploração sexual comercial, situação de rua, de trabalho

infantil e outras formas de submissão que provocam danos e agravos físicos e emocionais. No

entanto, no município de Nova Laranjeiras ainda não há uma Rede de Proteção formada em

atuação, quando necessitamos destes serviços, recorremos ao Conselho Tutelar do município.

7. PLANO DE CURSO TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA - FORMA INTEGRADA

CASA FAMILIAR RURAL DE NOVA LARANJEIRAS – PR

Linha Sarandi, caixa postal nº 04

CEP: 85350000

I - IDENTIFICAÇAO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO:

Colégio Estadual Rui Barbosa – Ensino Fundamental, Médio e Profissional, situado na estrada

Municipal Vereador João Antônio Wolff, 334, do Município de Nova Laranjeiras, NRE de

Laranjeiras do Sul.

II - PARECER E RESOLUÇÃO DO CREDENCIAMENTO DA INSTITUIÇÃO:

Parecer nº 777/2017 da Coordenação de Estrutura e Funcionamento e Resolução nº 907/2017 SEED

(Secretaria de Estado da Educação).

III – JUSTIFICATIVA

Visando o aperfeiçoamento curricular do Curso Técnico em Agropecuária e a concepção de

uma formação técnica que articule trabalho, cultura, ciência e tecnologia como princípios que

devem transversalizar todo o desenvolvimento curricular, apresenta-se à reformulação do plano de

curso para o início do ano letivo de 2009/2010.

O Curso Técnico em Agropecuária proporciona ao aluno egresso uma perspectiva de

totalidade, onde os conteúdos das disciplinas são contextualizados, conforme visão sistêmica do

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processo produtivo. Isto significa recuperar a importância de trabalhar com os alunos os

fundamentos científicos - tecnológicos presentes nas disciplinas da Base Nacional Comum (Ensino

Médio) de forma integrada às disciplinas da Formação Específica, evitando a compartimentalização

na construção do conhecimento.

Propõe-se uma formação na qual a teoria e a prática possibilitam aos alunos compreenderem

a realidade para além de sua aparência, onde os conteúdos não têm fins em si mesmos porque se

constituem em sínteses da apropriação histórica da realidade material e social pelo homem.

A organização dos conhecimentos, no Curso Técnico em Agropecuária, enfatiza o resgate da

formação humana onde o aluno, como sujeito histórico, produz sua existência pelo enfrentamento

consciente da realidade dada, produzindo valores de uso, conhecimentos e cultura por sua ação

criativa.

A integração curricular entre o Ensino Médio e o Profissional, objetiva integrar o jovem ao

contexto sócio-cultural atual, propiciando formação que possibilite uma escolha profissional

sintonizada com os requisitos técnicos e tecnológicos próprios de sua área de formação. Entende-se

que o ser humano não pode prescindir do trabalho, uma vez que a sua não habilitação para a vida

profissional produtiva suprimiria o seu direito à auto-realização.

A concepção que orienta esta organização curricular incorpora a perspectiva de romper com

a estrutura dual que tradicionalmente tem marcado o Ensino Médio, oferecendo ao aluno uma

formação unilateral, portanto diversa da prevista pela Lei 5.692/71, ou seja: ultrapassando a

formação unidimensional do técnico (FRIGOTTO, 2003).

Considerando o conhecimento em sua dimensão histórica verifica-se que a educação, em sua

forma escolarizada, passa ter relevância e, consequentemente, a Instituição Escolar assume um

papel fundamental na formação do indivíduo.

Dentro deste contexto da Educação Profissional é preciso que o professor se identifique com

o papel que desempenha na formação profissional do jovem, fazendo a mediação entre o

conhecimento existente e as possibilidades de sua dinamização, tendo em vista a formação integral

para a transformação social.

IV – OBJETIVOS

Valorizar a educação como processo seguro de formação de recursos humanos, de

desenvolvimento do sistema social mais amplo e competitivo.

Desenvolver o autoconhecimento, para melhorar a adaptação sócio-educacional e

proporcionar ao aluno uma formação que lhe permita inserir no mundo do trabalho para uma

vida profissional produtiva.

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Propiciar conhecimentos teóricos e práticos amplos para o desenvolvimento de capacidade

de análise crítica, de orientação e execução de trabalho no Setor Agropecuário.

Formar profissionais críticos, reflexivos, éticos, capazes de participar e promover

transformação no seu campo de trabalho, na sua comunidade e na sociedade na qual está

inserido.

Profissionalizar egressos do ensino fundamental para atuação na área de Agropecuária,

visando seu ingresso no mundo do trabalho no território nacional.

Propiciar uma formação que possibilite o aluno realizar planejamento, administrar,

monitorar e executar atividades na área da agropecuária.

V- DADOS GERAIS DO CURSO

Habilitação Profissional: Técnico em Agropecuária

Eixo Tecnológico: Recursos Naturais

Forma: Integrado

Carga horária total do curso: 3840 horas/aula ou 3200 horas e 133 horas de Estágio Profissional

Supervisionado

Regime de funcionamento: de 2ª a 6ª feira, no(s) período(s) Manhã e Tarde.

Regime de matrícula: Anual

Número de vagas: 35 por turma em aula teórica e 35 por turma em aulas práticas.

Período de integralização do curso: mínimo 03 (três) anos letivos

Requisitos de acesso: conclusão do Ensino Fundamental

Modalidade de oferta: presencial

VI - PERFIL PROFISSIONAL DE CONCLUSÃO DE CURSO

Técnico em Agropecuária será capaz de perceber de maneira sistêmica as implicações

sociais, econômicas, ambientais, políticas e técnicas de sua atuação profissional, agindo para

detectar os problemas e aplicar as soluções técnicas, de forma suficientemente criativa, sustentável,

rápida e coerente com a realidade rural. Atua em sistemas de produção agropecuária e extrativista

fundamentados em princípios de desenvolvimento sustentável. Planeja, executa, acompanha e

fiscaliza todas as fases dos projetos agropecuários. Administra propriedades rurais. Elabora, aplica e

monitora programas preventivos de sanitização na produção animal, vegetal e agroindustrial.

Fiscaliza produtos de origem vegetal, animal e agroindustrial. Realiza medição, demarcação e

levantamentos topográficos rurais. Atua em programas de assistência técnica, extensão rural e

pesquisa. Sendo tolerante e receptivo á diversidade cultural, étnica, religiosa, política e social das

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comunidades onde vier a se inserir no mundo do trabalho.

VII - ORGANIZAÇÃO CURRICULAR CONTENDO AS INFORMAÇÕES RELATIVAS À

ESTRUTURA DO CURSO

a. Descrição de cada disciplina contendo ementa:

1. ADMINISTRAÇÃO E EXTENSÃO RURAL

Carga horária total: 160 h/a - 133 h

EMENTA: Formas de Organização Social; Princípios da Administração; Noções da Administração

Rural; Princípios e técnicas da Extensão Rural; Sustentabilidade econômica e ambiental da

propriedade agropecuária.

CONTEÚDOS:

Definição e conceitos de administração;

Conceito de organização;

Tipos de organização;

Fatores de produção;

Fundamentos e técnicas de planejamento;

Noções sobre produção e produtividade;

Planejamento, organização, direção, controle, tomada de decisão;

Conceito de custos, receitas e lucro na administração rural;

Custo fixo e variável na administração rural;

Análise de resultados na administração rural;

Relação custo-benefício na administração rural;

Capital de giro na administração rural;

Ponto de equilíbrio na administração rural;

Fluxo de caixa na administração rural;

Definição de contabilidade na administração rural;

Registros contábeis na administração rural;

Livro caixa na administração rural;

Controle de estoques na administração rural;

Estrutura de mercado;

Política governamental de crédito agrícola;

Preço, produtos, praça, promoção, propaganda;

Mecanismos de comercialização;

Conceito de extensão rural;

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Organizações sociais;

Cooperativismo;

Sustentabilidade da propriedade agropecuária;

BIBLIOGRAFIA

RILEY, Colin M. Clifton. Alternativas para tornar sua fazenda lucrativa. Viçosa: Aprenda Fácil,

2001. 107 p.

COSTA, Ricardo. Viabilidade econômica. Ed. AS-PTA: Rio de Janeiro, 1992. 45p.

DENARDI, Reni Antonio. ABC da economia rural. Ed. AS-PTA: Rio de Janeiro, 1992.

ESCÓRCIO, José Roberto. Comercialização de produtos agrícolas. Ed. AS-PTA: Rio de Janeiro,

1993. 40p.

KELM, Martinho Luiz. Controle financeiro de associações. Ed. AS-PTA: Rio de Janeiro, 1992.

56p.

CORDEIRO, Ângela. Gestão de bancos de sementes comunitários. Ed. AS-PTA: Rio de Janeiro,

1993. 60p.

COSTA, Ricardo. Viabilidade econômica. Ed. AS-PTA: Rio de Janeiro, 1992

2. AGROINDÚSTRIA

Carga horária total: 80h/a - 67 h

EMENTA: Importância socioeconômica; Fundamentos de Higiene para a manipulação de

alimentos; Noções da conservação e armazenamento; Noções de Processamento e Industrialização;

Legislação aplicada a produtos de origem animal e vegetal; serviços de inspeção Municipal,

Estadual e Federal.

CONTEÚDOS:

Introdução à agroindústria de alimentos;

Noções de microbiologia de alimentos e doenças veiculadas pelos alimentos;

Boas práticas de manipulação de alimentos:

Qualidade da água;

Controle de pragas;

Higiene e comportamento pessoal;

Higiene do ambiente, das superfícies, utensílios e equipamentos;

Tecnologia e processamento de produtos de origem vegetal:

Obtenção higiênica da matéria-prima;

Princípios da conservação de vegetais;

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Tecnologia do processamento mínimo de hortaliças;

Caracterização e processamento plantas condimentares e aromáticas;

Tecnologia e processamento para a desidratação de frutas e hortaliças;

Tecnologia e processamento de frutas e hortaliças apertizadas;

Tecnologia e processamento de polpas e néctares;

Tecnologia e processamento de geleias e doces em massa;

Tecnologia e processamento de frutas saturadas com açúcar;

Tecnologia e processamento de produtos de carnes e derivados:

Estrutura dos músculos e tecidos anexos;

Caracterização e composição química das carnes;

Abate humanitário das espécies domésticas;

Transformação do músculo em carne;

Cortes cárneos;

Rendimento de abate;

Refrigeração;

Congelamento;

Maturação;

Cura de carnes;

Elaboração de produtos derivados, embutidos e defumados;

Tecnologia do pescado:

Características gerais do pescado;

Composição química e alterações post mortem;

Resfriamento;

Congelamento;

Noções de processamento de pescado;

Tecnologia de ovos (características e aspectos nutricionais do ovo e classificação).

Tecnologia de mel:

Composição química do mel;

Noções de processamento do mel;

Análises para detecção de fraudes;

Tecnologia do leite e derivados:

Obtenção higiênica da matéria prima;

Composição química do leite;

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Características organolépticas;

Microbiologia do leite;

Análises do leite;

Pasteurização (recepção, controle de qualidade, clarificação e padronização,

homogeneização, envase, armazenamento);

Tecnologia e processamento da manteiga;

Tecnologia e processamento de queijos;

Tecnologia e processamento de iogurte e bebida láctea;

Tecnologia e processamento do doce de leite;

Legislação aplicada a produtos de origem animal e vegetal.

BIBLIOGRAFIA

ALVES, Eliseu. A agroindústria e os agricultores, 1988 [631.145, A474a]

ARAÚJO, Ney Bittencourt de. Complexo agroindustrial: o agribusiness brasileiro [631.116(81),

A663]

DIEHL, Isani. Uma análise do complexo agroindustrial de soja no Vale do Taquari, 1994 [M-

270]

FARINA, Elizabeth Maria Mercier Querido. Competitividade: mercado, Estado e organizações,

1997 [338.43, F225c]

FERREIRA, Adriana Vieira. Indicadores de competitividade das exportações agro-industriais

brasileiras 1980-1995, 1998 [T-631.145:339.564, F383i]

Gestão agroindustrial, 1997 [631.145, G393]

Gestão agroindustrial, 2001 [631.145, G393]

Gestão da qualidade no agribusiness: estudos e casos, 2003 [631.145:658.56, G393]

GONÇALVES, Robson Andrade de Paiva. Funções de exportação para o complexo

agroindustrial brasileiro, 1997 [T-631.145:339.564, G635f]

JALFIM, Anete. A agroindústria de aves no Rio Grande do Sul [P-023]

NEVES, Marcos Fava. Gestão de negócios em alimentos, 2002 [631.145, N518g]

NUNES, Eduardo Pereira. Complexo agroindustrial brasileiro: caracterização e

dimensionamento, 2001 [631.145(81), N972c]

PAULILO, Maria Ignez Silveira. Produtor e agroindústria: consensos e dissensos, 1990

[631.145(816.4), P327p]

Políticas agrícolas e agro-industriais no Brasil, 1993 [631.145(81), P769]

SILVEIRA, Carla Diniz. Estrutura e desempenho da agroindústria alimentícia no Brasil:

evolução e tendências, 1997 [T-631.145:641, S587e]

SORJ, Bernardo. Camponeses e agroindústria: transformação social e representação política na

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289

avicultura brasileira, 1982 [63:301(81), S714c]

Transporte e logística em sistemas agro-industriais, 2001 [631.145:658.78:656, T772]

WILKINSON, John. Estudo da competitividade da industria brasileira: o complexo

agroindustrial, 1996 [631.145(81), W686e]

WILKINSON, John. O estado, a agroindústria e a pequena produção, 1986 [631.116, W686e]

3. ARTE

Carga horária total: 80 h/a - 67 h

EMENTA: Linguagens da Arte: música, teatro, dança e artes visuais. Estrutura morfológica e

sintática das diferentes linguagens. História e movimentos das diferentes linguagens. Interação entre

as diferentes linguagens, a ciência e a tecnologia. Arte e indústria cultural. A arte no espaço urbano.

Expressões artísticas culturais da sociedade rural.

CONTEÚDOS:

Linguagens da Arte:

Música,

Teatro,

Dança

Artes visuais.

Música:

Estrutura morfológica (som, silêncio, recursos expressivos, qualidades sonoras, movimento,

imaginação);

Estrutura sintática (modalidades de organização musical);

Organização sucessivas de sons e ruídos, linhas rítmicas, melódicas e tímbricas;

Organizações simultâneas de sons e ruídos, sobreposições rítmicas, melódicas, harmonias,

clusters, contraponto, granular, etc.);

Estruturas musicais (células, repetições, variações, frases, formas, blocos, etc.);

Textura sonora (melodias acompanhadas, polifonias, poliritmia, pontilhismo, etc);

Estéticas, estilos e gêneros de organização sonora, criação, execução e fruição de músicas;

Fontes de criação musical (corpo, voz, sons da natureza, sons do quotidiano, paisagens

sonoras, instrumentos musicais -acústico, eletroacústico, eletrônicos e novas mídias);

História da música;

Impacto da ciência e da tecnologia na criação, produção e difusão da música;

A interação da música com as outras linguagens da arte;

A música brasileira: estética, gênero, estilos e influências.

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Teatro:

Introdução à história do teatro;

Personagem;

Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais;

Ação;

Espaço cênico;

Representação;

Sonoplastia, iluminação, cenografia, figurino, caracterização, maquiagem e

adereços;

Jogos teatrais;

Roteiro;

Enredo;

Gêneros;

Técnicas;

Dança:

Movimento corporal;

Tempo;

Espaço;

Ponto de apoio;

Salto e queda;

Rotação;

Formação;

Deslocamento;

Sonoplastia;

Coreografia;

Gêneros;

Técnicas;

Artes visuais:

Ponto;

Linha;

Superfície;

Textura;

Volume;

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Luz;

Cor;

Composição figurativa, abstrata, figura-fundo, bidimensional, tridimensional, semelhanças,

contrastes, ritmo visual, gêneros, técnicas;

O impacto do desenvolvimento científico e tecnológico na produção, divulgação e

conservação das obras de arte;

Rádio, cinema, televisão, internet (popularização, massificação e novos padrões de

valorização);

Novos conhecimentos e produtos químicos e físicos e preservação;

Tecnologia digital e novos parâmetros estéticos.

BIBLIOGRAFIA

BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes,1992.

BARBOSA, A. M. (org.) Inquietações e mudanças no ensino da arte. São Paulo: Cortez, 2002.

BENJAMIN, T. Walter. Magia e técnica, arte e política. Obras escolhidas. Vol.1. São Paulo:

Brasiliense, 1985.

BOAL, Augusto. Jogos para atores e não atores. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998.

BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a arte. São Paulo: Ática, 1991.

KRAMER, S.; LEITE, M.I.F.P. Infância e produção cultural. Campinas: Papirus,1998.

LABAN, Rudolf. Domínio do movimento. São Paulo: Summus, 1978.

MAGALDI, Sábato. Iniciação ao Teatro. São Paulo: Editora Ática, 2004.

MARQUES, I. Dançando na escola. 2.ed. São Paulo: Cortez, 2005.

MARTIN-BARBERO, Jesus; REY, Germán. Os exercícios do ver: hegemonia audiovisual e

ficção televisiva. São Paulo: Senac, 2001.

NETO, Manoel J. de S. (Org.). A (des)construção da Música na Cultura Paranaense. Curitiba:

Aos Quatro Ventos, 2004.

OSINSKI, Dulce R. B. Ensino da arte: os pioneiros e a influência estrangeira na arte educação

em Curitiba. Curitiba: UFPR, 1998. Dissertação (Mestrado).

OSTROWER, Fayga. Criatividade e Processos de Criação. Petrópolis: Vozes, 1987.

PAREYSON, Luigi. Os problemas da estética. São Paulo: Martins Fontes, 1984.

PEIXOTO, Maria Inês Hamann. Arte e grande público: a distância a ser extinta. Campinas:

Autores Associados, 2003. (Coleção polêmicas do nosso tempo, 84).

VYGOTSKY, Lev Semenovitch. Psicologia da arte. São Paulo: M. Fontes, 1999.

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292

WISNIK, José Miguel. O som e o sentido: uma outra história das músicas. São Paulo:

Companhia das Letras, 1989.

BOAL, Augusto. Jogos para Atores e não Atores. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998.

BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a Arte. São Paulo: Ática, 1991.

CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2003.

FISCHER, Ernest. A Necessidade da Arte. Rio de Janeiro: Zahar, 1979.

OSTROWER, Fayga. Universos da Arte. Rio de Janeiro: Campus, 1983.

BARBOSA, A.M.B. A Imagem no Ensino da Arte: Anos Oitenta e Novos Tempos. São Paulo:

Perspectiva, 1996.

WISNIK, José Miguel. O Som e o Sentido: Outra História da Musica. São Paulo: Companhia

das Letras, 1989.

GOMBRICH, E.H. Arte e Ilusão. São Paulo: M. Fontes, 1986.

4. BIOLOGIA

Carga horária total: 200 h/a - 167 h

EMENTA: Organização dos Seres Vivos; Mecanismos Biológicos; Biodiversidade; Manipulação

Genética. Microbiologia aplicada ao sistema produtivo. Impactos da monocultura no equilíbrio das

espécies.

CONTEÚDOS:

Origem da vida;

Evolução;

Formas de organização dos seres vivos;

Metabolismo, reprodução e adaptação;

Tipos celulares procariontes e eucariontes;

Citologia:

Bioquímica celular;

Célula e estruturas celulares;

Osmose;

Difusão;

Núcleo e estruturas nucleares – DNA e RNA;

Síntese de proteínas;

Mitose e Meiose;

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Gametogênese;

Tipos de Reprodução;

Embriologia:

Classificação dos animais pelo desenvolvimento embrionário;

Anexos embrionários;

Embriologia animal comparada;

Aspectos da sexualidade humana;

Substâncias teratogênicas;

Fertilização in vitro;

Aborto;

Histologia:

Animal e vegetal;

Principais tipos de tecidos e suas funções;

Fisiologia e Anatomia:

Principais aspectos do funcionamento dos sistemas e órgãos do corpo humano;

Vírus:

Estrutura morfológica;

Ciclo de vida;

Aspectos de interesse sanitário e econômico;

Reino Monera:

Estrutura dos moneras;

Reprodução;

Nutrição;

Metabolismo celular energético;

Fotossíntese.

Quimiossíntese;

Respiração;

Fermentação;

Controle do metabolismo pelos gens;

Aspectos históricos e ambientais relacionados às bactérias;

Doenças causadas por bactérias;

Emprego na indústria;

Armas biológicas;

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Reino Protista:

Reprodução e nutrição;

Algas e protozoários,

Aspectos evolutivos;

Aspectos históricos e ambientais relacionados à descoberta dos protozoários;

Saneamento básico e meio ambiente: tratamento e abastecimento de água, coleta,

destinação e tratamento de esgoto;

Doenças causadas por protozoários;

Impactos da ação do homem sobre os “habitats” naturais;

Reino Fungi:

Estrutura e organização dos fungos;

Reprodução e nutrição;

Tipos de fungos, líquens, emprego nas industrias e aspectos econômicos e ambientais;

Doenças causadas por fungos;

Emprego na indústria de alimentos, medicamentos e cosméticos.

Reino Plantae:

Aspectos evolutivos da classificação das plantas;

Relações dos seres humanos com os vegetais;

Desmatamento;

Agricultura;

Plantas medicinais;

Indústria;

Biopirataria de princípios ativos;

Reino Animalia:

Aspectos evolutivos da classificação dos invertebrados e vertebrados;

Ecologia:

Conceitos básicos;

O processo desordenado de ocupação do solo e a degradação ambiental;

Impacto das práticas de monocultura no equilíbrio entre as espécies;

Componentes abióticos e bióticos;

Cadeias e teia alimentar:

Fluxo de energia e matéria;

Estudo das cadeiras alimentares;

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Preservação e conservação da biodiversidade;

Biosfera;

Estudo dos Biomas:

Principais características e implicações ambientais;

Ecossistema:

Dinâmica das populações;

Ecossistemas aquáticos e terrestre;

A conservação e preservação dos ecossistemas;

Relações ecológicas:

As relações ecológicas e os ecossistemas;

Relações entre o homem e o ambiente;

Implicações do desequilíbrio ambiental;

Os resíduos do processo produtivo da área da agropecuária e o destino adequado.

Introdução de espécies exóticas - possíveis e invasoras;

Noções de ervas daninhas: características morfológicas e fisiológicas, formas de controle;

Monocultura e o impacto ecológico.

Genética:

Leis e tipos de herança genética;

Conceitos básicos da hereditariedade;

Projeto GENOMA;

Clonagem;

Transgenia;

Bioética;

Biotecnologia;

Impacto das novas tecnologias no desenvolvimento do conhecimento em Biologia:

materiais, equipamentos e modelos para compreensão da dinâmica da vida;

Noções de doenças e pragas agrícolas, importância e danos na agricultura;

Noções de ervas daninhas: características morfológicas e fisiológicas, formas de controle.

BIBLIOGRAFIA

BERNARDES, J. A et al. Sociedade e natureza. In: CUNHA, S. B. da et al. A questão ambiental:

diferentes abordagens. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003.

BIZZO, N. Ciência fácil ou difícil? São Paulo: Ática, 2000.

CANHOS, V. P. e VAZOLLER, R. F. (orgs.) Microorganismos e vírus. Vol 1. In:JOLY,C.A. e

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BICUDO, C.E.M. (orgs.). Biodiversidade do estado de São Paulo, Brasil: síntese do

conhecimento ao final do século XX. São Paulo: FAPESP, 1999.

CHASSOT, A. A ciência através dos tempos. São Paulo: Moderna, 2004.

CUNHA, S. B. da e GUERRA, A.J.T. A questão ambiental – diferentes abordagens. Rio de

Janeiro: Bertrand Brasil, 2003.

DARWIN, C. A Origem das espécies. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004.

FERNANDES, J. A. B. Ensino de ciências: a biologia na disciplina de ciências. Revista da

Sociedade Brasileira de Ensino de Biologia, São Paulo, v.1, n.0,ago 2005.

FREIRE-MAIA, N. A ciência por dentro. Petrópolis: Vozes, 1990.

FRIGOTTO, G. et al. Ensino Médio: ciência, cultura e trabalho. Brasília: MEC,

SEMTEC, 2004.

FUTUYMA, D. J. Biologia evolutiva. Ribeirão Preto: Sociedade Brasileira de Genética/CNPq,

1993.

KRASILCHIK, M.. Prática de ensino de biologia. São Paulo: EDUSP, 2004.

MACHADO, Ângelo. Neuroanatomia Funcional. Rio de Janeiro/São Paulo: Atheneu, 1991.

McMINN, R. M. H. Atlas Colorido de Anatomia Humana. São Paulo: Manole, 1990.

NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2.ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

RAW, I. Aventuras da microbiologia. São Paulo: Hacker Editores/Narrativa Um,2002.

RONAN, C.A. História ilustrada da ciência: A ciência nos séculos XIX e XX. V.4.Rio de Janeiro:

Jorga Zahar Editor, 1987.

____________. História ilustrada da ciência: da renascença à revolução

científica. V.3. Rio de Janeiro: Jorga Zahar, 1987.

____________. História ilustrada da ciência: Oriente, Roma e Idade Média.v.2. Rio de Janeiro:

Jorga Zahar Editor, 1987.

SELLES, S. E. Entrelaçamentos históricos na terminologia biológica em livros didáticos. In:

ROMANOWSKI, J. et al (orgs). Conhecimento local e conhecimento universal: a aula e os

campos do conhecimento. Curitiba: Champagnat, 2004.

SOBOTTA, Johannes. Atlas de Anatomia Humana. 21.ed. Rio de Janei’ro: Guanabara Koogan,

2000.

5. EDUCAÇÃO FÍSICA

Carga horária total: 240 h/a - 200 h

EMENTA: A Educação Física como instrumento de saúde, sociabilidade, formação e expressão de

Page 298: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA€¦ · Decreto-Lei nº. 10.010 de 02 de maio de 1968 de Casa Escolar Rui Barbosa. A partir de 1970, começou a funcionar na Casa Escolar Rui Barbosa,

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identidades para a cooperação e competitividade. Movimento, força, resistência, equilíbrio, energia,

harmonia, ritmo e coordenação através dos diferentes tipos de esportes, ginástica, jogos e danças.

As tradições culturais brasileiras.

CONTEÚDOS:

Esporte:

Coletivos;

Individuais;

Radicais;

Fundamentos técnicos;

Regras;

Táticas;

Análise crítica das regras;

Origem e história;

Para quem e a quem serve;

Modelos de sociedade que os reproduziram;

Incorporação na sociedade brasileira;

O esporte como fenômeno cultural;

O esporte na sociedade capitalista;

Competições de grande porte: Pan, olimpíada, copa do mundo;

Massificação do esporte;

Esportes radicais;

Recreação:

Brincadeiras;

Gincanas;

Cultura dos povos tradicionais;

- Jogos e brincadeiras:

Jogos de tabuleiro;

Jogos dramáticos;

Jogos cooperativos;

Dança:

Danças;

Folclóricas;

Danças de salão;

Danças de rua;

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298

Ginástica:

Ginástica artística/olímpica;

Ginástica de academia;

Ginástica geral;

Lutas:

Lutas com aproximação;

Lutas que mantêm a distancia;

Lutas com instrumento mediador;

Capoeira;

Recreação:

Brincadeiras;

Gincanas;

Cultura dos povos tradicionais.

Qualidade de vida:

Higiene e saúde;

Corpo humano e sexualidade;

Primeiros socorros;

Acidentes e doenças do trabalho;

Caminhadas;

Alimentação;

Avaliação calórica dos alimentos;

Índice de massa corporal;

Obesidade;

Bulimia;

Anorexia;

Drogas lícitas e ilícitas e suas consequências;

Padrões de beleza e saúde.

BIBLIOGRAFIA

Luiz Cirqueira. As Práticas Corporais e seu Processo de Re-signficação: apresentado os

subprojetos de pesquisa. In: Ana Márcia Silva; Iara Regina

Damiani. (Org.). Práticas Corporais: Gênese de um Movimento Investigativo em Educação

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6 .FILOSOFIA

Carga horária total: 240 h/a - 200 h

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300

EMENTA: Diferentes perspectivas filosóficas na compreensão do conhecimento humano. O estado

e a organização social. Ética e Estética. Questões filosóficas do mundo contemporâneo. Relação

homem x natureza, cultura e sociedade.

CONTEÚDOS:

Mito e filosofia:

Saber místico;

Saber filosófico;

Relação mito e filosofia;

Atualidade do mito;

O que é Filosofia?

Teoria do conhecimento:

Possibilidade do conhecimento;

As formas de conhecimento;

O problema da verdade;

A questão do método;

Conhecimento e lógica;

Ética

Ética e moral;

Pluralidade;

Ética;

Ética e violência;

Razão, desejo e vontade;

Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas;

Filosofia Política:

Relações entre comunidade e poder;

Liberdade e igualdade política;

Política e Ideologia;

Esfera pública e privada;

Cidadania formal e/ou participativa;

Filosofia da Ciência:

Concepções de ciência;

A questão do método científico;

Contribuições e limites da ciência;

Ciência e ideologia;

Page 302: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA€¦ · Decreto-Lei nº. 10.010 de 02 de maio de 1968 de Casa Escolar Rui Barbosa. A partir de 1970, começou a funcionar na Casa Escolar Rui Barbosa,

301

Ciência e ética;

Estética:

Natureza da arte;

Filosofia e arte;

Categorias estéticas – feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, gosto, etc.;

Estética e sociedade;

Questões filosóficas do mundo contemporâneo;

Relação homem x natureza, cultura e sociedade.

BIBLIOGRAFIA

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Política.

7. FÍSICA

Carga horária total: 160 h/a - 133 h

EMENTA: A produção do conhecimento físico: macro e micro física. Movimento, Termodinâmica

e eletromagnetismo e seus elementos: distância, velocidade, tempo, aceleração, espaço, força,

temperatura, calor, ondas, ótica e eletricidade para a compreensão do universo físico.

CONTEÚDOS:

Movimento:

História e campo de estudo da Física;

Momentum e Inércia;

Conservação de quantidade de movimento;

Variação da quantidade de movimento (impulso);

2ª Lei de Newton;

3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio;

Gravidade;

Energia e o princípio da conservação da energia;

Page 303: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA€¦ · Decreto-Lei nº. 10.010 de 02 de maio de 1968 de Casa Escolar Rui Barbosa. A partir de 1970, começou a funcionar na Casa Escolar Rui Barbosa,

302

Variação da energia de parte de um sistema-trabalho e potência;

Fluídos:

Massa específica;

Pressão em um fluido;

Princípio de Arquimedes;

Viscosidade;

Peso aparente;

Empuxo;

Oscilações:

Ondas mecânicas;

Fenômenos ondulatórios;

Refração;

Reflexão;

Difração;

Interferência;

Efeito Dopller;

Ressonância;

Superposição de ondas;

Termodinâmica:

Lei zero da termodinâmica;

Temperatura;

Termômetros e escalas termométricas;

Equilíbrio térmico;

Lei dos gases ideais;

Teorias cinética dos gases;

Propriedades térmicas e dilatação dos materiais:

Dilatação térmica;

Coeficiente de dilatação térmica;

Transferência de energia térmica:

Condução;

Convecção e radiação;

Diagrama de fases;

2ª Lei da Termodinâmica:

Máquinas térmicas;

Page 304: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA€¦ · Decreto-Lei nº. 10.010 de 02 de maio de 1968 de Casa Escolar Rui Barbosa. A partir de 1970, começou a funcionar na Casa Escolar Rui Barbosa,

303

Eficiência das máquinas térmicas – rendimento; Máquina de Carnot – ciclo de Carnot;

Processos reversíveis e irreversíveis;

Entropia;

3ª Lei da Termodinâmica:

Entropia;

Entropia e probabilidade;

Eletromagnetismo:

Carga elétrica;

Entropia;

Entropia e probabilidade;

Força magnética:

Propriedades magnéticas dos materiais – imãs naturais;

Efeito magnético da corrente elétrica e os demais efeitos;

Equações de Maxwell:

Lei de Coulomb;

Lei de Faraday;

Lei de Lenz;

Força de Lorenz;

Indução eletromagnética;

Transformação de energia;

Campo eletromagnético;

Ondas eletromagnéticas.

Elementos de um circuito elétrico: Corrente elétrica;

Capacitores;

Resistores e combinação de resistores;

Leis de Ohm;

Leis de Kirchhoff;

Diferença de potencial;

Geradores;

Luz:

Dualidade onda – Partícula;

Fenômenos Luminosos:

Refração; difração; reflexão; interferência; absorção e espalhamento;

Formação de imagens e instrumentos óticos.

Page 305: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA€¦ · Decreto-Lei nº. 10.010 de 02 de maio de 1968 de Casa Escolar Rui Barbosa. A partir de 1970, começou a funcionar na Casa Escolar Rui Barbosa,

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8. FUNDAMENTOS DE AGROECOLOGIA

Carga horária total: 120 h/a - 100 h

EMENTA: Conceito e importância; ecologia agrícola; biodiversidade; agricultura sustentável;

agricultura orgânica; adubação orgânica; manejo de resíduos orgânicos; compostagem;

biodinâmica; controle biológico de pragas e doenças. Legislação: certificação ambiental, legislação

ambiental.

CONTEÚDOS:

Agroecologia – conceito e importância;

Biodiversidade;

Problemas ambientais;

Queimadas, erosão, desmatamento, poluição por agrotóxicos;

Agricultura sustentável;

Conceito;

Histórico;

Correntes;

Agricultura orgânica;

Olericultura;

Page 308: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA€¦ · Decreto-Lei nº. 10.010 de 02 de maio de 1968 de Casa Escolar Rui Barbosa. A partir de 1970, começou a funcionar na Casa Escolar Rui Barbosa,

307

Fruticultura;

Grandes culturas;

Adubação orgânica;

Manejo de dejetos;

Origem animal e origem vegetal;

Compostagem;

Controle biológico de pragas e doenças;

Legislação: certificação de produtos orgânicos, legislação ambiental.

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9. GEOGRAFIA

Carga horária total: 160 h/a - 133 h

EMENTA: As relações de produção sócio histórica do espaço geográfico em seus aspectos

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310

econômicos, sócias, políticos e culturais; Relações de poder que determinam fronteiras constroem e

destroem parcelas do espaço geográfico nos diferentes tempos históricos; Análises de questões

socioambientais a partir das transformações advindas no contexto social, econômico, político e

cultural; Formação demográfica das diferentes sociedades; Migrações, novas territorialidades e as

relações político-econômicas dessa dinâmica. Geografia urbana: território ocupado e o direito à

cidade. Espaço, paisagem, infraestrutura, redes de relações, determinações socioculturais,

econômicas que transformam o espaço rural.

CONTEÚDOS:

A formação e transformação das paisagens;

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção;

A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço geográfico;

A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais;

A revolução técnico científica – informacional e os novos arranjos no espaço da produção;

Espaço rural e a modernização da agricultura;

O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial;

A circulação de mão – de - obra, do capital, das mercadorias e das informações;

Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios;

As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista;

A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização

recente;

A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores estatísticos;

Os movimentos migratórios e suas motivações;

As manifestações soco espaciais da diversidade cultural;

O comércio e as implicações soco espaciais;

As diversas regionalizações do espaço geográfico;

As implicações soco espaciais do processo de mundialização;

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado;

Urbanização e a hierarquia das cidades: habitação, infraestrutura, territórios marginais e seus

problemas (narcotráfico, prostituição, sem-teto, etc);

Mobilidade urbana e transporte;

Infraestrutura de transporte para homens e produtos do mundo rural;

Apropriação do espaço rural e urbano e distribuição desigual de serviços e infra estrutura rural e

urbana;

Novas Tecnologias e alterações nos espaços urbano e rural;

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Obras infraestruturas e seus impactos sobre o território e a vida das populações;

Industrialização dos países pobres: diferenças tecnológicas, econômicas e ambientais;

A apropriação de tecnologias de produção entre ricos e pobres: as diferenças no processo de apropriação;

A Nova Ordem Mundial no início do século XXI: oposição Norte-Sul;

Fim do estado de bem-estar social e o neoliberalismo;

Os atuais conceitos de Estado-Nação, país, fronteira e território;

Regionalização do espaço mundial;

Redefinição de fronteiras: conflitos de base territorial, tais como: étnicos, culturais, políticos,

econômicos, entre outros;

Movimentos sociais e reordenação do espaço rural e urbano;

Conflitos rurais e a estrutura fundiária;

Questão do clima, da segurança alimentar e da produção de energia.

BIBLIOGRAFIA

ARCHELA, R. S.; GOMES, M. F. V. B. Geografia para o ensino médio: manual de aulas práticas.

Londrina: Ed. UEL,1999.

BARBOSA, J. L. Geografia e Cinema: em busca de aproximações e do inesperado.In:

CALLAI, H. C. A. A Geografia e a escola: muda a Geografia? Muda o ensino? Terra Livre, São

Paulo, n. 16, p. 133-152, 2001.

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Ed. UFRS, 1999.

CAVALCANTI, L. de S. Geografia escola e construção do conhecimento. Campinas: Papirus,

1999.

CHRISTOFOLETTI, A. (Org.) Perspectivas da Geografia. São Paulo: Difel, 1982.

P. C. da C. (Orgs.) Explorações geográficas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1997.

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ROSENDAHL, Z. Introdução à Geografia Cultural. Rio de Janeiro: Bertrand, Brasil, 2003.

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COSTA, W. M. da. Geografia política e geopolítica: discurso sobre o território e o poder. São

Paulo: HUCITEC, 2002.

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OLIVEIRA, A. U. de, (Orgs.). Geografia em perspectiva: ensino e pesquisa. São Paulo: Contexto,

2002.

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GOMES, P. C. da C. Geografia e modernidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1997. GOMES, P.

C. da C. (Orgs.) Explorações geográficas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1997.

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HAESBAERT, R. Territórios alternativos. Niterói: EdUFF; São Paulo : Contexto, 2002.

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pioneirismo do estado nas reformas educacionais. História e ensino: Revista do Laboratório de

Ensino de História/UEL. Londrina, n.8, p. 7-28, 2002.

MENDONÇA, F. Geografia sócio-ambiental. Terra Livre, nº 16, p. 113, 2001.

MOREIRA, R. O Círculo e a espiral: a crise paradigmática do mundo moderno. Rio de Janeiro:

Cooautor, 1993.

NIDELCOFF, M. T. A escola e a compreensão da realidade : ensaios sobre a metodologia das

Ciências Sociais. São Paulo : Brasiliense, 1986.

PEREIRA, R. M. F. do A. Da geografia que se ensina à gênese da geografia moderna.

Florianópolis: Ed. UFSC, 1989.

SIMIELLI, M. E. R. Cartografia no ensino fundamental e médio. In: CARLOS, A. F. A.(Org.) A

Geografia na sala de aula. São Paulo: Contexto, 1999.

SMALL, J. e WITHERICK, M. Dicionário de Geografia. Lisboa: Dom Quixote, 1992.

SOUZA, M. J. L. O território: sobre espaço e poder, autonomia e desenvolvimento. In: CASTRO, I.

E. et. al. (Orgs.). Geografia: conceitos e temas. Rio de Janeiro: Bertrand, Brasil, 1995.

J.W. (org). Geografia e textos críticos. Campinas: Papirus, 1995.

VESENTINI, José W. Geografia, natureza e sociedade. São Paulo: Contexto, 1997.

_____. Delgado de Carvalho e a orientação moderna em Geografia. In VESENTINI, J. W.(org).

Geografia e textos críticos. Campinas : Papirus, 1995.

WACHOWICZ, R. C. Norte velho, norte pioneiro. Curitiba: Vicentina, 1987.

_____. Paraná sudoeste: ocupação e colonização. Curitiba: Vicentina, 1987.

_____. Obrageros, mensus e colonos: história do oeste paranaense. Curitiba:Vicentina, 1982.

10. HISTÓRIA

Carga horária total: 160 h/a - 133 h

EMENTA: Processo de construção da sociedade no tempo e no espaço; formação cultural do

homem; ascensão e consolidação do capitalismo; produção científica e tecnológica e suas

implicações; aspectos históricos, políticos, sociais e econômicos do Brasil e do Paraná – a partir

das relações de trabalho, poder e cultura. Processo de ocupação do solo no meio rural e urbano: a

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ocupação ordenada e desordenada do solo no meio rural e urbano, apropriação no meio rural e nas

cidades, a questão habitacional e marginalização.

CONTEÚDOS:

A Construção do sujeito histórico;

A produção do conhecimento histórico;

Trabalho escravo, servil, assalariado e o trabalho livre.

O mundo do trabalho em diferentes sociedades;

O Estado nos mundos antigo e medieval;

Relações culturais nas sociedades Grega e Romana na Antiguidade: mulheres, plebeus e

escravos;

Relações culturais na sociedade medieval europeia: camponeses, artesãos, mulheres,

hereges e outros;

Crise da sociedade contemporânea: a crise entre o mundo árabe e o ocidental;

Formação da sociedade colonial Brasileira;

A construção do trabalho assalariado;

Transição do trabalho escravo para o trabalho livre: a mão de obra no contexto de

consolidação do capitalismo nas sociedades brasileira e estadunidense;

O Estado e as relações de poder: formação dos Estados Nacionais;

Relações de dominação e resistência no mundo do trabalho contemporâneo (séc. XVIII e

XIX);

Os sujeitos, a revoltas e as guerras;

O socialismo, a crise do socialismo real e a prevalência do domínio Americano;

Urbanização e industrialização;

Desenvolvimento tecnológico e industrialização;

Novas potências econômicas e suas consequências (papel da China, Índia e Brasil);

Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções;

Cultura e religiosidade;

Movimentos sociais, políticos, culturais e religiosos na sociedade moderna;

O Estado Imperialista e sua crise;

O neocolonialismo;

Urbanização e industrialização no Brasil;

O trabalho na sociedade contemporânea;

Relações de poder e violência no Estado;

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Urbanização e industrialização no Paraná;

Urbanização e industrialização no século XIX;

Movimentos sociais, políticos e culturais na sociedade contemporânea: é proibido proibir?;

Urbanização e industrialização na sociedade contemporânea e os impactos no meio rural;

O processo brasileiro de urbanização.

Globalização e neoliberalismo.

A crise do neoliberalismo

Perspectiva da polaridade do Estado Americano.

BIBLIOGRAFIA

A CONQUISTA DO MUNDO. Revista de História da Biblioteca Nacional. Rio de

Janeiro, ano 1, n. 7, jan. 2006.

ALBORNOZ, Suzana. O que é trabalho. São Paulo: Brasiliense, 2004.

AQUINO, Rubim Santos Leão de et al .Sociedade brasileira: uma história através dos movimentos

sociais. Rio de Janeiro: Record. [s.d.]

BAKHTIN, Mikhail. A cultura popular na Idade Média e no Renascimento: o

contexto de François Rabelais. São Paulo: Hucitec, 1987.

BARCA, Isabel. O pensamento histórico dos jovens: idéias dos adolescentes acerca da

provisoriedade da explicação histórica. Braga: Universidade do Minho, 2000.

BARCA, Isabel (org.). Para uma educação de qualidade: actas das Quartas Jornadas

Internacionais de Educação Histórica. Braga: Centro de Investigação em Educação(CIEd)/ Instituto

de Educação e Psicologia/Universidade do Minho, 2004.

BARRETO, Túlio Velho. A copa do mundo no jogo do poder. Nossa História. São Paulo,ano 3, n.

32, jun./2006.

BARROS, José D’Assunção. O campo da história: especialidades e abordagens. 2ª ed. Petrópolis:

Vozes, 2004.

BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política. São Paulo: Brasiliense, 1994,v.1

FONTANAM Josep. A história dos homens..Tradução de Heloisa J. Reichel e Marclo F. da Costa.

Bauru. Edusc. 2004

11. HORTICULTURA

Carga horária total: 240 h/a - 200 h

EMENTA: Agricultura: história e importância da agricultura. Noções de doenças e pragas

agrícolas, importância e danos na agricultura; Características morfológicas dos insetos, fatores que

influenciam no ataque de pragas e doenças; Fungos, Bactérias e Vírus. Noções de ervas daninhas:

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características morfológicas e fisiológicas, formas de controle. Noções de paisagismo e manejo de

jardim: tipos, formas e manutenção de jardins. Olericultura: principais culturas; técnicas de

produção e manejo; colheita e comercialização; manejo pós-colheitas. Fruticultura: principais

culturas, técnicas de produção e manejo; colheita e comercialização, manejo pós-colheita.

Silvicultura: principais culturas, técnicas de produção e manejo; colheita e comercialização, manejo

pós-colheita.

CONTEÚDOS:

Iniciação a agricultura;

Noções de pragas;

Noções de doenças;

Noções de ervas daninhas;

Métodos de propagação de plantas;

Anatomia e fisiologia vegetal;

Melhoramento vegetal;

Noções de agrotóxicos;

Segurança no trabalho rural;

Noções de paisagismo e manejo de jardim: tipos, formas e manutenção de jardins;

Olericultura geral:

Classificação climática;

Métodos de propagação;

Vegetativa (assexuada);

Semeadura (sexuada);

Sementeira;

Viveiro (repicagem);

Implantação de hortas;

Elaboração de cronograma de cultivo;

Tratos culturais;

Olericultura especial:

Classificação botânica;

Olerícolas regionais: alface, cenoura, beterraba, batata,alho,cebola,rabanete,couve-

flor,brócolis,tomate...

Fruticultura Geral:

◦ Classificação climática (espécies tropicais, subtropicais, temperadas);

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◦ Classificação botânica;

◦ Métodos de propagação;

◦ Estaquia (assexuada);

◦ Enxertia (assexuada);

◦ Borbulhia (assexuada);

◦ Sementes (sexuada);

◦ Viveiros;

◦ Implantação – escolha do terreno;

◦ Preparo do solo – métodos de adubação/calagem;

◦ Escolha de mudas;

◦ Plantio;

◦ Condução;

◦ Podas (condução/manutenção);

◦ Controle de pragas, de doenças, de ervas-daninhas;

◦ Colheita e comercialização;

Fruticultura especial:

◦ Frutíferas regionais: abacaxi, maçã, pêra, videira, ameixa, pêssego, kiwi, citros, caqui,figo...

BIBLIOGRAFIA

ALTIERI, Miguel; Agroecologia: as bases científicas para uma agricultura sustentável, Rio de

Janeiro: AS-PTA, 2002. 592p.

ALMEIDA, Silvio Gomes de.; PETERSEN, Paulo; CORDEIRO, Ângela. Crise sócio ambiental e

conversão ecológica da agricultura brasileira – subsídios à formulação de diretrizes ambientais

para o desenvolvimento agrícola. Rio de Janeiro: AS-PTA, 2000. 116p.

AMBROSANO, Edmilson. Agricultura ecológica. Ed. Agropecuária: Guaíba, 1999. 398p.

GRZYBOWSKI, Lourdes M.. A horta intensiva familiar. Ed. AS-PTA: Rio de Janeiro, 1999. 60p.

MIYASAKA, Shiro. Agricultura natural. Ed. SEBRAE: Cuiabá, 1997. 77p.

MOREIRA, Roberto José. Agricultura familiar: processos sociais e competitividade. Ed. Mauad:

Rio de Janeiro, 1999. 204p.

PETERSEN, Paulo.; ROMANO, Jorge O. Abordagens participativas para o desenvolvimento

local. Rio de Janeiro: AS-PTA/ACTIONAID, 1999. 144p.

EIJNTJES, Coen. Agricultura para o futuro: uma introdução à agricultura sustentável e de

baixo uso de insumos externos. Ed. AS-PTA: Rio de Janeiro, 1999. 324p.

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12. INFRAESTRUTURA RURAL

Carga horária total: 120 h/a - 100 h

EMENTA: Noções básicas de técnicas de manutenção, regulagem de motor e implementos de

tração motorizada e animal; normas de segurança no uso de máquinas, implementos e

equipamentos; Instalações agropecuárias e técnicas de construções rurais.

CONTEÚDOS:

Noções de manutenção:

Vantagens e desvantagem do uso de tração animal;

Regulagem, constituição, operação e manutenção de implementos;

Forma de utilização de ferramentas;

Ferramentas necessárias em uma mini oficina;

Motores;

Tratores;

Implementos mecanizadores;

Tipos, constituição, regulagem e manutenção de implementos mecanizadores;

Custo hora/máquina;

Rendimento do trabalho;

Considerações sobre dimensionamento;

Normas de segurança aplicadas no uso de máquinas;

- Instalações agropecuárias e técnicas de construções rurais:

Considerações para a escolha de local para construções zootécnicas;

Principais materiais para construção;

Elaboração de planta baixa;

Elaboração de projetos zootécnicos e agrícolas;

Cálculo de material de construção;

Legislação pertinente.

BIBLIOGRAFIA

GALETTI, Paulo A. Mecanização agrícola, preparo do solo. Campinas: ICEA. 1981. 220 p. 2

volumes.

MIALHE, Luiz Geraldo. Manual de mecanização agrícola. São Paulo: Agronômica Ceres, 1974.

301 p.

SILVEIRA, Gastão Moraes da. O preparo do solo, implementos, carretos. 3ª. ed. São Paulo:

Globo, 1989. 243 p.

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318

SILVEIRA, Gastão Moraes da. As máquinas para plantar. Rio de Janeiro: Globo, 1989. 257 p.

CARNEIRO, Orlando. Construções rurais. 12ª ed. São Paulo: Nobel, 1985. 719 p. 3 exemplares

GUIA DO TÉCNICO AGROPECUÁRIO. Construções e instalações rurais. Campinas: ICEA,

1982. 158 p.

13. LEM: INGLÊS

Carga horária total: 80 h/a - 67 h

EMENTA: Leitura e compreensão de textos científicos e técnicos; Escrita; Oralidade; Analise

linguística.

CONTÉUDOS:

- Leitura:

Tema do texto;

Interlocutor; Finalidade do texto;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Temporalidade;

Referência textual;

Partículas conectivas do texto;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto;

Polissemia;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,

recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

Léxico;

Escrita:

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Aceitabilidade do texto;

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319

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Temporalidade;

Referência textual;

Partículas conectivas do texto;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto;

Polissemia;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função as classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

Acentuação gráfica;

Ortografia;

Concordância verbal/nominal;

Oralidade:

◦ Conteúdo temático;

◦ Finalidade;

◦ Aceitabilidade do texto;

◦ Informatividade;

◦ Papel do locutor e interlocutor;

◦ Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas;

◦ Adequação do discurso ao gênero;

◦ Turnos de fala;

◦ Variações linguísticas;

◦ Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, petição, semântica;

◦ Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);

◦ Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.

BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA FILHO, J.C.P. Dimensões comunicativas no ensino de línguas.

ALMEIDA FILHO, J.C.P. Dimensões comunicativas no ensino de línguas. Campinas: Pontes, 2002.

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AMOS, Eduardo. Graded Englisch. Moderna.

ANDREOTTI, V.; JORDÃO, C. M.; GIMENEZ, T. (org.) Perspectivas educacionais e ensino de

inglês na escola pública. Pelotas: Educat, 2005.

ANDREOTTI, V.; JORDÃO, C.M.; GIMENEZ, T. (org.) Perspectivas educacionais e

BAKHTIN, M. Estética da criação verbal, São Paulo: Martins Fontes, 1992.

BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1988.

BAYNHAM, M. Literacy practices: investigating literacy in social contexts.

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1995.

BOHN, H.I. Maneiras inovadoras de ensinar e aprender: A necessidade de des (re)construção de

conceitos. In: LEFFA, V. O professor de línguas estrangeiras: construindo a profissão. Pelotas:

EDUCAT, 2001

BOURDIEU, P. A economia das trocas lingüísticas. São Paulo: EDUSP, 1996.

BRAHIM, A.C.S.M. Pedagogia crítica, letramento crítico e leitura crítica. Texto e Interação:

subsídios para uma pedagogia crítica de leitura de língua inglesa. Campinas: Unicamp, 2001.

Dissertação (Mestrado).

Campinas: Pontes,2002.

CERDEIRA,Cleide Bocardo. SANTOS, Patrícia Senne. English ith fun. Moderna.

ensino de inglês na escola pública. Pelotas: Educat, 2005.

LIBERATO, Wilson. Compact English – Graded exercises and text. Ática.

London: Longman, 1995.

MARQUES,Amadeu. Basic English. Graded exercises and text. Ática.

14. LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA

Carga horária total: 320 h/a - 267 h

EMENTA: O discurso enquanto prática social em diferentes situações de uso. Práticas discursivas

(oralidade, leitura e escrita) e análise linguística. Literatura: História da literatura. Literatura brasileira.

CONTEÚDOS:

Oralidade:

Coerência global;

Unidade temática de cada gênero oral;

Uso de elementos reiterativos ou conectores (repetições, substituições pronominais,

sinônimos, etc.);

Intencionalidade dos textos;

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321

As variedades linguísticas e a adequação da linguagem ao contexto de uso: diferentes

registros, grau de formalidade em relação à fala e à escrita;

Adequação ao evento de fala: casual, espontâneo, profissional, institucional, etc;

(reconhecimento das diferentes possibilidades de uso da língua dados os ambientes discursivos);

Elementos composicionais, formais e estruturais dos diversos gêneros discursivos de uso

em diferentes esferas sociais;

Diferenças lexicais, sintáticas e discursivas que caracterizam a fala formal e a informal;

Papel do locutor e do interlocutor na prática da oralidade;

Participação e cooperação;

Turnos de fala;

Variedades de tipos e gêneros de discursos orais;

Observância da relação entre os participantes (conhecidos, desconhecidos, nível social,

formação, etc.);

Similaridades e diferenças entre textos orais e escritos;

Ampla variedade X modalidade única;

Elementos extralinguísticos (gestos, entonação, pausas, representação cênica) X sinais

gráficos;

Prosódia e entonação X sinais gráficos;

Frases mais curtas X frases mais longas;

Redundância X concisão;

Materialidade fônica dos textos poéticos (entonação, ritmo, sintaxe do verso);Apreciação

das realizações estéticas próprias da literatura improvisada, dos cantadores e repentistas;

Leitura:

Os processos utilizados na construção do sentido do texto de forma colaborativa:

inferências, coerência de sentido, previsão, conhecimento prévio, leitura de mundo,

contextualização, expressão da subjetividade por meio do diálogo e da interação;

Intertextualidade;

A análise do texto para a compreensão de maneira global e não fragmentada (também é

relevante propiciar ao aluno o contato com a integralidade da obra literária);

Utilização de diferentes modalidades de leitura adequadas a diferentes objetivos: ler para

adquirir conhecimento, fruição, obter informação, produzir outros textos, revisar, etc;

Construção de sentido do texto: Identificação do tema ou ideia central;

Finalidade;

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Orientação ideológica e reconhecimento das diferentes vozes presentes no texto;

Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários;

Contato com gêneros das diversas esferas sociais, observando o conteúdo veiculado,

possíveis interlocutores, assunto, fonte, papéis sociais representados, intencionalidade e valor

estético;

Os elementos linguísticos do texto como pistas, marcas, indícios da enunciação e sua

relevância na progressão textual;

A importância e a função das conjunções no conjunto do texto e seus efeitos de sentido;

Os operadores argumentativos e a produção de efeitos de sentido provocados no texto;

Importância dos elementos de coesão e coerência na construção do texto;

Expressividade dos nomes e função referencial no texto (substantivos, adjetivos, advérbios)

e efeitos de sentido;

O uso do artigo como recurso referencial e expressivo em função da intencionalidade do

conteúdo textual;

Relações semânticas que as preposições e os numerais estabelecem no texto;

A pontuação como recurso sintático e estilístico em função dos efeitos de sentido,

entonação e ritmo, intenção, significação e objetivos do texto;

Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomada e sequenciação do

texto;

Valor sintático e estilístico dos tempos verbais em função dos propósitos do texto, estilo

composicional e natureza do gênero discursivo;

Análise dos efeitos de sentido dos recursos linguístico-discursivos;

Ampliação do repertório de leitura do aluno (textos que atendam e ampliem seu horizonte

de expectativas);

Diálogo da Literatura com outras artes e outras áreas do conhecimento (cinema, música,

obras de Arte, Psicologia, Filosofia, Sociologia, etc);

O contexto de produção da obra literária bem como o contexto de sua leitura;

Escrita:

Unidade temática;

Escrita como ação / interferência no mundo;

Atendimento à natureza da informação ou do conteúdo veiculado;

Adequação ao nível de linguagem e/ou à norma padrão;

Coerência com o tipo de situação em que o gênero se situa (situação pública, privada,

cotidiana, solene, etc);

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323

Relevância do interlocutor na produção de texto;

Utilização dos recursos coesivos (fatores de coesão: referencial, recorrencial e sequencial);

Importância dos aspectos coesivos, coerentes, situacionais, intencionais, contextuais,

intertextuais;

Adequação do gênero proposto às estruturas mais ou menos estáveis;

Elementos composicionais, formais e estruturais dos diversos gêneros discursivos de uso

em diferentes esferas sociais;

Fonologia;

Morfologia;

Sintaxe;

Semântica;

Estilística;

Pontuação;

Elementos de coesão e coerência;

Marcadores de progressão textual;

Operadores argumentativos;

Função das conjunções, sequenciação, etc;

- Análise linguística:

Adequação do discurso ao contexto, intenções e interlocutor (es);

A função das conjunções na conexão de sentido do texto;

Os operadores argumentativos e a produção de efeitos de sentido

provocados no texto;

O efeito do uso de certas expressões que revelam a posição do falante em

relação ao que diz (ou o uso das expressões modalizadoras, por exemplo, felizmente,

comovedoramente, principalmente, provavelmente, obrigatoriamente, etc.);

Os discurso direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que

falam no texto; Importância dos elementos de coesão e coerência na construção do texto;

Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto;

A função do adjetivo, advérbio e de outras categorias como elementos

adjacentes aos núcleos nominais e predicativos;

A função do advérbio: modificador e circunstanciador;

O uso do artigo como recurso referencial e expressivo em função da

intencionalidade do conteúdo textual;

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324

Relações semânticas que as preposições e os numerais estabelecem no

texto;

A pontuação como recurso sintático e estilístico em função dos efeitos de

sentido, entonação e ritmo, intenção, significação e objetivos do texto;

Recursos gráficos e efeitos de uso, como: aspas, travessão, negrito, itálico,

sublinhando, parênteses, etc;

Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e

sequenciação do texto;

Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais em função dos

propósitos do texto, estilo composicional e natureza do gênero discursivo;

A elipse na sequência do texto;

A representação do sujeito no texto (expresso/elíptico; determinado/

indeterminado; ativo/passivo) e a relação com as intenções do texto;

O procedimento de concordância entre o verbo e a expressão sujeito da frase;

Os procedimentos de concordância entre o substantivo e seus termos adjuntos;

Figuras de linguagem e os efeitos e sentido (efeitos de humor, ironia, ambiguidade,

exagero, expressividade, etc);

As marcas linguísticas dos tipos de textos e da composição dos diferentes gêneros;

As particularidades linguísticas do texto literário;

As variações linguísticas e fala no mundo rural, as diferentes formas de expressão;

Literatura:

A literatura como expressão da sociedade;

A literatura e o processo histórico;

Processo de desenvolvimento literário no Brasil;

Literatura Colonial;

Literatura Nacional.

BIBLIOGRAFIA

BAGNO, Marcos. A Língua de Eulália. São Paulo: Contexto, 2004.

_______. Preconceito Lingüístico. São Paulo: Loyola, 2003.

BARTHES, Roland. O rumor da língua. São Paulo: Martins Fontes, 2004

______. Aula. São Paulo: Cultrix, 1989

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políticas lingüísticas: séculos XVI e XVII. In BASTOS, Neusa Barbosa(org). Língua Portuguesa –

uma visão em mosaico. São Paulo: Educ, 2002.

BECHARA, Ivanildo. Ensino de Gramática. Opressão? Liberdade? São Paulo:Ática,1991

BRAGGIO, Sílvia L. B. Leitura e alfabetização: da concepção mecanicista à

sociopsicolingüística. Porto Alegre, RS: Artes Médicas, 1992.

CASTRO, Gilberto de; FARACO, Carlos Alberto; TEZZA, Cristóvão (orgs). Diálogos com

Bakhtin. Curitiba, PR: Editora UFPR, 2000.

DEMO, Pedro. Formação de formadores básicos. In: Em Aberto, n.54, p.26-33, 1992.

FARACO, Carlos Alberto. Área de Linguagem: algumas contribuições para sua organização. In:

KUENZER, Acácia. (org.) Ensino Médio – Construindo uma proposta para os que vivem do

trabalho. 3.ed. São Paulo: Cortez, 2002.

____________. Português: língua e cultura. Curitiba: Base, 2003.

_______. Linguagem & diálogo as ideias linguísticas de Bakhtin. Curitiba: Criar, 2003

FÁVERO, Leonor L.; KOCH, Ingedore G. V. Língüística textual: uma introdução. São Paulo:

Cortez, 1988.

GARCIA, Wladimir Antônio da Costa. A Semiologia Literária e o Ensino. Texto inédito (prelo).

GERALDI, João W. Concepções de linguagem e ensino de Português. In: João W. (org.). O texto

na sala de aula. 2.ed. São Paulo: Ática, 1997.

________. Concepções de linguagem e ensino de Português. In: _____, João W.(org.). O texto na

sala de aula. 2ªed. São Paulo: Ática, 1997.

_____. Portos de passagem. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

HOFFMANN, Jussara. Avaliação para promover. São Paulo: Mediação, 2000.

KLEIMAN, Ângela. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. 7ªed. Campinas, SP: Pontes,

2000.

KOCH, Ingedore; TRAVAGLIA, Luiz C. A coerência textual. 3ªed. São Paulo: Contexto, 1990.

_____. A inter-ação pela linguagem. São Paulo: Contexto, 1995.

KRAMER . Por entre as pedras: arma e sonho na escola. 3ªed. São Paulo: Ática, 2000.

LAJOLO, Marisa. Leitura e escrita com o experiência – notas sobre seu papel na formação In:

ZACCUR, E. (org.). A magia da linguagem. Rio de Janeiro: DP&A: SEPE,1999.

LAJOLO, Marisa O que é literatura. São Paulo: Brasiliense, 1982.

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326

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da fala para a escrita. São Paulo: Cortez,2001

15. MATEMÁTICA

Carga horária total: 360 h/a - 300 h

EMENTA: Números e Álgebra, Geometrias, Funções e Tratamento de Informação, e as relações

existentes entre os campos de estudo da disciplina de Matemática. Noções de desenho técnico:

CONTEÚDOS:

Conjunto de números reais e noções de números complexos;

Matrizes;

Determinantes;

Sistemas Lineares;

Polinômios;

Função afim;

Função quadrática;

Função exponencial;

Função logarítmica;

Função trigonométrica;

Função modular;

Progressão Aritmética;

Progressão Geométrica;

Geometria Plana;

Geometria Espacial;

Geometria Analítica;

Noções Básicas de geometria não-euclidiana;

Análise Combinatória;

Binômio de Newton;

Probabilidades;

Estatística;

Matemática Financeira:

Grandezas e Proporcionais;

Juros e descontos simples;

Juros e descontos compostos;

Câmbio;

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327

Razão e proporção;

Regra de três simples e composta;

Porcentagem;

Noções de estatística:

População e amostra;

Medidas de posição e dispersão;

Noções de delineamento experimental;

Noções de desenho técnico;

Normas Brasileiras aplicadas ao desenho técnico;

Projeções Ortogonais;

Cortes e representações ortogonais;

Instrumental;

Escalas, linhas e cotas;

Perspectiva (vista);

Dimensões e notações;

Gabaritos;

Estudo de Lay – out;

BIBLIOGRAFIA

_____. Prefácio do livro Educação Matemática: representação e construção em geometria. In:

FAINGUELERNT, E. Educação Matemática: representação e construção em geometria. Porto

Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.

ABRANTES, P. Avaliação e educação matemática. Série reflexões em educação matemática. Rio

de Janeiro:MEM/USU/GEPEM, 1994.

BARBOSA, J. C. Modelagem matemática e os professores: a questão da formação Bolema:

Boletim de Educação Matemática, Rio Claro, n.15, p.5-23, 2001.

BASSANEZI, R. C. Ensino-aprendizagem com modelagem matemática: uma nova estratégia.

São Paulo: Contexto, 2002.

BICUDO, M. A. V.; BORDA, M. C. (Orgs.) Educação matemática pesquisa em movimento. São

Paulo: Cortez, 2004.

BORBA, M. C.; PENTEADO, M. G. Informática e educação matemática. Belo Horizonte:

Autêntica, 2001.

BORBA, M. Educação Matemática: pesquisa em movimento. São Paulo: Cortez, 2004. p.13-29.

BOYER, C. B. História da matemática. São Paulo: Edgard Blücher, 1996.

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328

CARAÇA, B. J. Conceitos fundamentais da matemática. 4.ed. Lisboa: Gradiva, 2002.

COURANT, R. ; ROBBINS, H. O que é matemática? Uma abordagem elementar de métodos e

conceitos. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2000.

D’ AMBRÓSIO, B. Como ensinar matemática hoje? Temas e debates. Rio Claro, n. 2, ano II, p. 15

– 19, mar. 1989.

D’AMBRÓSIO, U. Etnomatemática arte ou técnica de explicar e conhecer.

D’AMBRÓSIO, U. Etnomatemática: elo entre as tradições e a modernidade. Belo Horizonte:

Autêntica, 2001.

D’AMBRÓSIO, U., BARROS, J. P. D. Computadores, escola e sociedade. São Paulo: Scipione,

1988.

DANTE, L. R. Didática da resolução de problemas. São Paulo: Ática, 1989.

São Paulo: Ática, 1998.

16. PRODUÇÃO ANIMAL

Carga horária total: 240 h/a – 200 h

EMENTA: Introdução à Zootecnia; Importância socioeconômica; Principais espécies de interesse

Zootécnico; Sistemas de criação animal; Noções e técnicas de manejo animal; Noções e técnicas de

manejo sanitário animal; Noções e técnicas de forragicultura; Noções e técnicas de nutrição animal;

Noções de melhoramento genético animal; Manejo reprodutivo.

CONTEÚDOS:

Definição e conceituação da zootecnia;

Taxonomia zootécnica;

Atributos étnicos;

Noções de bioclimatologia animal – influência do meio ambiente sobre os animais de interesse

zootécnico;

Noções de melhoramento genético animal;

Sericicultura:

Importância socioeconômica da criação;

Anatomia e morfologia do bicho-da-seda;

Cultura da amoreira;

Instalações (barracão, mesas de criação, depósito, limpeza e desinfecção);

Manejo da criação (recepção das lagartas, ciclo, emboscamento, encasulamento,

colheita, classificação e comercialização dos casulos);

Page 330: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA€¦ · Decreto-Lei nº. 10.010 de 02 de maio de 1968 de Casa Escolar Rui Barbosa. A partir de 1970, começou a funcionar na Casa Escolar Rui Barbosa,

329

Prevenção e controle das principais doenças;

Manejo dos resíduos;

Índices e escrituração zootécnica;

Apicultura:

Importância socioeconômica da criação;

Anatomia e morfologia das abelhas;

Espécies das abelhas;

Ciclo de evolutivo;

Organização social;

Divisão do trabalho;

Equipamentos de proteção individual;

Sistemas de criação;

As colmeias;

Uso do fumigador;

Povoamento das Colmeias;

Localização, implantação e manejo geral dos apiários;

Fortalecimento e Divisão dos Enxames;

Enxameação e abandono de colmeias;

Prevenção de doenças e predadores;

Produtos apícolas, índices e escrituração zootécnica.

Minhocultura:

Importância socioeconômica da criação;

Anatomia e morfologia da minhoca;

Espécies das minhocas;

Reprodução das minhocas;

Alimentação;

Condições ambientais;

Predadores;

Manuseio;

Preparo do minhocário e sistemas de criação;

Preparo do esterco;

Colheita do húmus, prevenção ao ataque de predadores;

Acondicionamento e comercialização de húmus, índices e escrituração zootécnica.

Page 331: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA€¦ · Decreto-Lei nº. 10.010 de 02 de maio de 1968 de Casa Escolar Rui Barbosa. A partir de 1970, começou a funcionar na Casa Escolar Rui Barbosa,

330

Avicultura de Corte e Postura:

Importância socioeconômica da criação;

Anatomia e fisiologia do sistema digestório e reprodutivo das aves;

Instalações;

Equipamentos;

Manejo nutricional;

Manejo sanitário e preparo das instalações;

Manejo de matrizes;

Qualidade do pinto de 1 dia;

Chegada e recebimento dos pintainhos;

Ambiência e controle da temperatura;

Manejo da cama;

Manejo da água;

Vacinações;

Programa de luz;

Muda forçada;

Retirada do lote;

Produção e controle de qualidade do ovo;

Principais doenças;

Manejo de dejetos e de aves mortas;

Índices e escrituração zootécnica;

Cunicultura:

Importância socioeconômica da criação;

Anatomia e fisiologia do sistema digestório e reprodutivo dos coelhos;

Raças comerciais;

Instalações;

Sistemas de criação;

Manejo reprodutivo;

Manejo sanitário;

Aquisição de matrizes e reprodutores;

Manejo reprodutivo (cobertura, manejo da gestação, parto e lactação, desmama e

recria dos láparos);

Manejo nutricional;

Page 332: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA€¦ · Decreto-Lei nº. 10.010 de 02 de maio de 1968 de Casa Escolar Rui Barbosa. A partir de 1970, começou a funcionar na Casa Escolar Rui Barbosa,

331

Manejo sanitário;

Principais doenças;

Manejo de dejetos e animais mortos;

Índices e escrituração zootécnica.

Psicicultura:

Importância socioeconômica da criação;

Anatomia e morfologia dos peixes;

Espécies;

Ambiente e água para a piscicultura;

Sistemas de criação;

Manejo nutricional;

Reprodução;

Doenças;

Comercialização;

Índices e escrituração zootécnica.

Forragicultura:

Caracterização das gramíneas e leguminosas forrageiras (exigências quanto ao solo,

utilização, porte e hábito de crescimento, capacidade de suporte, rendimento,

multiplicação, composição química);

Manejo e sistemas de pastagens;

Conservação de forragens (fenação e ensilagem);

Caprinocultura e Ovinocultura:

Importância socioeconômica das criações de ovinos e caprinos;

Anatomia e fisiologia do sistema digestório e reprodutivo de caprinos e ovinos;

Raças;

Instalações;

Sistemas de criação;

Manejo nutricional;

Manejo reprodutivo (métodos de reprodução, gestação, parto, manejo dos neonatos);

Manejo dos animais em crescimento e terminação;

Principais doenças;

Manejo sanitário;

Manejo de dejetos e animais mortos;

Page 333: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA€¦ · Decreto-Lei nº. 10.010 de 02 de maio de 1968 de Casa Escolar Rui Barbosa. A partir de 1970, começou a funcionar na Casa Escolar Rui Barbosa,

332

Índices e escrituração zootécnica.

Suinocultura:

Importância sócio - econômica das criações;

Anatomia e morfologia do sistema digestório e reprodutivo dos suínos;

Raças;

Instalações;

Sistemas de criação;

Manejo nutricional;

Manejo reprodutivo (métodos de reprodução, gestação, parto, manejo dos neonatos);

Manejo dos animais em crescimento e terminação;

Principais doenças;

Manejo sanitário;

Manejo de dejetos e animais mortos;

Índices e escrituração zootécnica;

Bovinocultura de corte e bubalinocultura:

Importância socioeconômica das criações;

Anatomia e morfologia dos bovinos;

Raças;

Instalações;

Sistemas de criação;

Manejo nutricional;

Manejo reprodutivo (métodos de reprodução, gestação, parto, manejo dos neonatos);

Manejo dos animais em crescimento e terminação;

Principais doenças;

Manejo sanitário;

Manejo de dejetos e animais mortos;

Índices e escrituração zootécnica.

Bovinocultura de leite:

Importância socioeconômica das criações;

Anatomia e Fisiologia da Glândula Mamária;

Raças;

Instalações;

Sistemas de criação;

Page 334: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA€¦ · Decreto-Lei nº. 10.010 de 02 de maio de 1968 de Casa Escolar Rui Barbosa. A partir de 1970, começou a funcionar na Casa Escolar Rui Barbosa,

333

Manejo nutricional;

Manejo reprodutivo (métodos de reprodução, gestação, parto, manejo dos neonatos);

Ordenha higiênica;

Tipos de ordenha;

Conservação do leite na propriedade;

Qualidade do leite;

Manejo de bezerras e novilhas;

Manejo de vacas secas e secagem de vacas;

Principais doenças;

Manejo sanitário;

Manejo de dejetos e animais mortos;

Índices e Escrituração Zootécnica;

Equideocultura:

- Importância socioeconômica das criações;

Principais Raças;

Noções de Conformação e Aprumos;

Manejo Nutricional.

BIBLIOGRAFIA

CAVALCANTI, Sergito de Souza. Suinocultura dinâmica. Ed. Itapoã: Contagem, 1998. 494p.

LAZZARINI NETO, Sylvio. Manejo de pastagens. 2. ed. Viçosa: Aprenda Fácil, 2000. 124 p.

LONGO. Alcyr D. et al. Criações rurais . Ed. Ícone: São Paulo, 1986. 353p.

MILLEM, Eduardo. Zootecnia e veterinária. Campinas – SP: ICEA, 1980.

PEIXOTO, Aristeu Mendes, MOURA, José Carlos de, FARIA, Vidal Pedroso de. Confinamento

de bovinos. Ed. FEALQ: Piracicaba, 1997. 184p.

PEREIRA, José Carlos. Vacas leiteiras - aspectos práticos de alimentação. Viçosa: Aprenda

Fácil, 2000. 198 p.

RIBEIRO, Silvio Doria de Almeida. Caprinocultura - criação racional de caprinos. São Paulo:

Nobel, 1997. 317 p.

SIMONS, Paula. Criação de ovinos. Coleção Euroagro, 2004. 252 p.

17. PRODUÇÃO VEGETAL

Carga horária total: 240 h/a - 200 h

Page 335: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA€¦ · Decreto-Lei nº. 10.010 de 02 de maio de 1968 de Casa Escolar Rui Barbosa. A partir de 1970, começou a funcionar na Casa Escolar Rui Barbosa,

334

EMENTA: Principais culturas de interesse econômico e social. Importância socioeconômico;

Técnicas de plantio, tratos culturais, colheita e armazenamento das principais culturas; cultura de

interesse bioenergético: cana-de-açúcar, girassol e oleaginosas em geral.

CONTEÚDOS:

Culturas secundárias: algodão, café, cana-de-açúcar, arroz;

Importância socioeconômica;

Classificação botânica;

Morfologia das plantas;

Variedades recomendadas (zoneamento);

Época de plantio;

Técnicas de preparo do solo;

Adubação e calagem;

Plantio;

Densidade;

Lotação por área;

Tratos culturais;

Pragas, doenças e ervas daninhas;

Colheita;

Beneficiamento e armazenagem;

Comercialização e transporte;

Culturas de girassol, pinhão manço, outros:

Importância socioeconômica;

Classificação botânica;

Morfologia das plantas;

Variedades recomendadas (zoneamento);

Época de plantio;

Técnicas de preparo do solo;

Adubação e calagem;

Plantio;

Densidade;

Lotação por área;

Tratos culturais;

Pragas, doenças e ervas daninhas;

Page 336: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA€¦ · Decreto-Lei nº. 10.010 de 02 de maio de 1968 de Casa Escolar Rui Barbosa. A partir de 1970, começou a funcionar na Casa Escolar Rui Barbosa,

335

Colheita;

Beneficiamento e armazenagem;

Comercialização e transporte;

Forragicultura:

Classificação geral das forrageiras;

Espécies anuais e perenes;

Métodos de propagação: vegetativos e por sementes;

Conservação das forrageiras;

Culturas de verão: milho, soja, feijão, trigo, triticale, cevada:

Importância socioeconômica;

Classificação botânica;

Morfologia das plantas;

Variedades recomendadas (zoneamento);

Época de plantio;

Técnicas de preparo do solo;

Adubação e calagem;

Plantio;

Densidade;

Lotação por área;

Tratos culturais;

Pragas, doenças e ervas daninhas;

Colheita;

Beneficiamento e armazenagem;

Comercialização e transporte;

BIBLIOGRAFIA

BULISANI, E.A. “Feijão – Fatores de Produção e Qualidade”; Editora da Fundação Cargill;

Campinas –SP; 1987; 326 p.

GOMES, J. et all; “A Cultura do Milho no Paraná”; Editora IAPAR; Londrina –PR; 1991; 271 p.

MALAVOLTA, E. et all; “ Cultura do Arroz de Sequeiro”; Editora do Instituto da Potassa &

Fosfato; Piracicaba – SP; 1983; 422 p.

CUNHA, Gilberto Rocca da et all; “ Trigo no Mercosul”; Editora EMBRAPA; Brasília –DF; 1999;

316 p.

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TOMM, Gilberto Omar et all; “Soja – resultados de Pesquisas”; Editora EMBRAPA; Passo Fundo

– RS; 1995; 206 p.

FILGUEIRA, Antonio Reis; “Novo Manual de Olericultura – Agrotecnologia na Produção e

Comercialização de Hortaliças”; Editora UFV; 2003.

BERGAMIN, Armando Filho; KIMATI, Hiroshi; AMORIM, Lílian. Manual de fitopatologia. Ed.

Agronômica Ceres: São Paulo, 1995. 919p.

ABREU JUNIOR, Hélcio. Práticas alternativas de controle de pragas e doenças na

agricultura: coletânea de receitas. Ed. EMOPI: Campinas, 1998. 115p.

18. QUÍMICA

Carga horária total: 160 h/a - 133 h

EMENTA: Funções químicas; Reações químicas; Unidades de grandezas; Cálculos

estequiométricos; Gases; Química orgânica sintética. Reações orgânicas e mecanismos;

Fermentações; Polímeros; Bioquímica; Estrutura materiais; Processos industriais inorgânicos.

Eletroquímica, corrosão, tratamento de superfícies. Química do solo.

CONTEÚDOS:

Matéria:

Constituição da matéria;

Estados de agregação;

Natureza elétrica da matéria;

Modelos atômicos (Rutherford, Thomson, Dalton, Bohr...);

Estudo dos metais;

Tabela periódica;

Solução:

Substância: simples e composta;

Misturas;

Métodos de separação;

Solubilidade;

Concentração;

Forças intermoleculares;

Temperatura e pressão;

Densidade;

Dispersão e suspensão;

Tabela periódica;

Page 338: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA€¦ · Decreto-Lei nº. 10.010 de 02 de maio de 1968 de Casa Escolar Rui Barbosa. A partir de 1970, começou a funcionar na Casa Escolar Rui Barbosa,

337

Velocidade das reações:

Reações químicas;

Lei das reações químicas;

Representação das reações químicas;

Condições fundamentais para ocorrência das reações químicas (natureza dos

reagentes, contato entre os reagentes, teoria de colisão);

Fatores que interferem na velocidade das reações (superfície de contato, temperatura,

catalisador, concentração dos reagentes, inibidores);

Lei da velocidade das reações químicas;

Tabela periódica;

Equilíbrio químico:

Reações químicas reversíveis;

Concentração;

Relações matemáticas e o equilíbrio químico (constante de equilíbrio);

Deslocamento de equilíbrio (princípio de Le Chatelier): concentração, pressão, temperatura e

efeito dos catalizadores;

Equilíbrio químico em meio aquoso (pH, constante de ionização, Ks );

Tabela periódica;

Ligação química:

Tabela periódica;

Propriedade dos materiais;

Tipos de ligações químicas em relação as propriedades dos materiais;

Solubilidade e as ligações químicas;

Interações intermoleculares e as propriedades das substâncias moleculares;

Ligações de hidrogênio;

Ligação metálica (elétrons semi-livres);

Ligações sigma e pi;

Ligações polares e apolares;

Alotropia;

Reações químicas:

Reações de oxi-redução;

Reações exotérmicas e endotérmicas;

Diagramas das reações exotérmicas e endotérmicas;

Variação de entalpia;

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338

Calorias;

Equações termoquímicas;

Princípios da termodinâmica;

Lei de Hess;

Entropia e energia livre;

Calorimetria;

Tabela periódica;

Radioatividade:

Modelos atômicos (Rutherford);

Elementos químicos (radioativos);

Tabela periódica;

Reações químicas;

Velocidades das reações;

Emissões radioativas;

Leis da radioatividade;

Cinética das reações químicas;

Fenômenos radiativos (fusão e fissão nuclear);

Gases:

Estados físicos da matéria;

Tabela periódica;

Propriedades dos gases (densidade/ difusão e efusão, pressão x temperatura, pressão

x volume e temperatura x volume);

Modelo de partículas para os materiais gasosos;

Misturas gasosas;

Diferença entre gás e vapor;

Leis dos gases;

Funções químicas:

Funções orgânicas;

Funções inorgânicas;

Tabela periódica;

BIBLIOGRAFIA

CAMPOS, Marcelo de Moura. Fundamentos de Química Orgânica São Paulo: Editora da

Universidade de São Paulo, 1980.

Page 340: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA€¦ · Decreto-Lei nº. 10.010 de 02 de maio de 1968 de Casa Escolar Rui Barbosa. A partir de 1970, começou a funcionar na Casa Escolar Rui Barbosa,

339

CARVALHO, Geraldo Camargo de. Química Moderna, volumes 1, 2 e 3.São Paulo: Editora

Scipione,2000.

COMPANION, Audrey Lee. Ligação Química. São Paulo: Edgard Blucher, 1975.

FELTRE, Ricardo. Química, volumes 1,2 e 3. São Paulo: Moderna, 1996.

FERNANDEZ,J. Química Orgânica Experimental. Porto Alegre: Sulina, 1987.

GALLO NETTO, Carmo. Química, volumes I,II e III. São Paulo: Scipione, 1995.

19. SOCIOLOGIA

Carga horária total: 240 h/a - 200 h

EMENTA: O surgimento da Sociologia e as Instituições Sociológicas; Processo de socialização e

instituições sociais; Cultura e indústria cultural; Trabalho, produção e classes sociais; Poder, política

e ideologia; Direito, Cidadania e movimentos sociais a partir das diferentes teorias sociológicas.

Relações sociais no meio rural e na cidade, estigmas, preconceitos e dominação nos espaços

marginais, organizações sociais do campo, conflitos, movimentos.

CONTEÚDOS:

Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamento social;

Teorias sociológicas clássicas: Comte, Durkheim, Engels e Marx, Weber;

O desenvolvimento da sociologia no Brasil;

Processo de Socialização;

Instituições sociais: familiares; escolares; religiosas;

Instituições de reinserção (prisões, manicômios, educandários, asilos, etc);

Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na análise das

diferentes sociedades;

Diversidade cultural;

Identidade;

Indústria cultural;

Meios de comunicação de massa;

Sociedade de consumo;

Indústria cultural no Brasil;

Questões de gênero;

Cultura afro-brasileira e africana;

Culturas indígenas;

Page 341: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA€¦ · Decreto-Lei nº. 10.010 de 02 de maio de 1968 de Casa Escolar Rui Barbosa. A partir de 1970, começou a funcionar na Casa Escolar Rui Barbosa,

340

O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;

Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais;

Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições;

Globalização e neoliberalismo;

Relações de trabalho;

Trabalho no Brasil;

Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;

Democracia, autoritarismo, totalitarismo;

Estado no Brasil;

Conceitos de poder;

Conceitos de ideologia;

Conceitos de dominação e legitimidade;

As expressões da violência nas sociedades contemporâneas.

Direitos: civis, políticos e sociais;

Direitos humanos;

Conceito de cidadania;

Movimentos sociais;

Movimentos Sociais no Brasil;

A questão ambiental e os movimentos ambientalistas;

A questão das ONGs.;

Mudanças nos padrões de sociabilidade provocados pela globalização (desemprego,

subemprego, cooperativismo, agronegócios, produtividade, capital humano, reforma

trabalhista);

Organização Internacional do Trabalho;

Neoliberalismo;

Relações de Mercado, avanço científico e tecnológico e os novos modelos de sociabilidade;

Elementos de sociologia rural e urbana: relações sociais no campo e nas cidades, novas

organizações familiares, territórios marginais: estigma, preconceito, exclusão, organizações

sociais do campo, conflitos, movimentos, padrões de dominação e violência.

BIBLIOGRAFIA

ANTUNES, R.(Org.). A dialética do trabalho: Escritos de Marx e Engels. São Paulo: Expressão

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São Paulo: Duas Cidades,1973.

BOBBIO,N. A teoria das formas de governo. 4.ed. Brasília: Unb,1985.

CARDOSO, F.H., O modelo político brasileiro. Rio Janeiro: Dofel, 1977

DURKHEIM,E. Sociologia. São Paulo: Ática, 1978.

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Civilização Brasileira,1978.

FERNANDES, F. , Sociedade de classes e subdesenvolvimento. Rio Janeiro. Zahar, 1968

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SANTOS, B de S., Pela mão de Alice. São Paulo: Cortez. 1999.

______________., A crítica da razão indolente. São Paulo: Cortez, 2002.

POCHMANN, M. O emprego na globalização. São Paulo: Boitempo,2002

20. SOLOS

Carga horária total: 240 h/a - 200 h

EMENTA: Gênese, morfologia e propriedades físicas, químicas e biológicas do solo. Relação solo-

água-clima-planta; Adubação e correção; Práticas conservacionistas; Noções de irrigação e

drenagem; Noções de topografia, leituras de mapas, equipamentos e instrumentos topográficos;

Legislação de uso e manejo do solo.

CONTEÚDOS:

Gênese, morfologia e fertilidade dos solos;

Estudo dos solos: gênese, morfologia e física dos solos;

Estudo dos nutrientes, acidez e fertilidade do solo;

Fundamentos e técnicas de análise de solos;

Adubos e adubação: cálculo;

Uso, manejo e conservação dos solos;

Classificação dos solos;

Capacidade do uso do solo;

Adubação verde;

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Rotação de culturas;

Plantio direto;

Práticas conservacionistas: terraceamento;

Legislação de uso e manejo do solo;

Noções de irrigação e drenagem:

Água: funções na planta, água no solo, classificação física, classificação biológica,

capacidade de campo, ponto de murcha e murcha permanente, evapotranspiração, relação

solo/água/clima/planta;

Turno de rega;

Equipamento;

Método de irrigação;

Drenangem;

Fertirrigação;

- Noções de topografia:

Unidades de medidas agrárias;

Instrumentos topográficos: constituição e manuseio;

Convenções topográficas e croquis;

Altimetria;

Referencia de nível: altitudes e cotas;

Declividade;

Métodos de nivelamento;

Estadimetria;

Curva de nível: em nível e com gradiente;

Terraços: tipos de demarcação;

Estradas rurais;

Goniologia e gonometria;

Planimetria;

Levantamento expedido;

Cálculos de áreas por métodos gráficos, analíticos e mecânicos, sistemas de posicionamento

geográficos (GPS).

BIBLIOGRAFIA

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Agropecuária, 1996. 164p.

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PRIMAVESE, Ana. Manejo ecológico do solo. 9ª. ed. São Paulo: Nobel, 1984. 549 p.

RAY, Bernardo Van. Avaliação da Fertilidade do Solo. Piracicaba: F. F. Potassa, 1981. 142 p.

BARRETO, Geraldo Benedito. Irrigação. Campinas: ICEA,1974. 185 p.

BASTOS, Edna. Manual de irrigação. 2ª. ed. São Paulo: Ícone, 1987 103 p.

LAMPARELLI, Rubens A.C. Geoprocessamento e Agricultura de Precisão. Guaíba:

Agropecuária, 2001. 119 p.

b. Plano de Estágio Obrigatório

1. Identificação da Instituição de Ensino:

Nome do estabelecimento: Colégio Estadual Rui Barbosa – E.F.M.P.

Entidade mantenedora: Governo do Estado do Paraná.

Endereço: Estrada Municipal Vereador João Antônio Wolff, 334.

Município: Nova Laranjeiras.

NRE: Laranjeiras do Sul.

2. Identificação do curso:

Habilitação: Técnico em Agropecuária.

Eixo Tecnológico: Recursos Naturais.

Carga horária total:

Do curso: 3200 horas

Do estágio: 133 horas.

3. Coordenação de Estágio:

- Nome do professor: Mailis Aparecida Grosselli

- Ano letivo: 2017

4. Justificativa:

O Estágio Profissional Supervisionado, é uma atividade curricular, um ato educativo

assumido intencionalmente pela instituição de ensino que propicia a integração dos estudantes com

a realidade do mundo do trabalho. Sendo um recurso pedagógico que permite ao aluno o confronto

entre os desafios profissionais e a formação teórico-prática adquiridas nos estabelecimentos de

ensino, oportunizando a formação de profissionais com percepção crítica da realidade e capacidade

de análise das relações técnicas de trabalho.

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O Estágio é desenvolvido no ambiente de trabalho, cujas atividades a serem executadas devem

estar devidamente adequadas às exigências pedagógicas relativas ao desenvolvimento pessoal,

profissional e social do educando, prevalecendo sobre o aspecto produtivo.

O Estágio se distingue das demais disciplinas em que a aula prática está presente por ser o

momento de inserção do aluno na realidade do trabalho, para o entendimento do mundo do trabalho,

com o objetivo de prepará-lo para a vida profissional, conhecer formas de gestão e organização,

bem como articular conteúdo e método de modo que propicie um desenvolvimento ominilateral.

Sendo também, uma importante estratégia para que os alunos tenham acesso as conquistas

científicas e tecnológicas da sociedade.

O Estágio Profissional Supervisionado, de caráter obrigatório, previsto na legislação vigente,

atende as exigências do curso, decorrentes da própria natureza do eixo tecnológico Recursos

Naturais, do qual faz parte o Curso Técnico em Agropecuária. Devendo ser planejado, executado e

avaliado de acordo com o perfil profissional exigido para conclusão do curso considerando os

dispositivos da legislação específica, quais sejam:

a Lei nº 9.394/1996, que trata das Diretrizes e Bases da Educação Nacional;

a Lei N° 11.788/2008, que dispõe sobre o estágio de estudantes;

a Lei Nº 8.069/1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, em especial os

artigos, 63, 67e 69 entre outros, que estabelece os princípios de proteção ao educando;

o Art. 405 do Decreto Lei que aprova a Consolidação das Leis do Trabalho- CLT, que estabelece

que as partes envolvida devem tomar os cuidados necessários para a promoção da saúde e

prevenção de doenças e acidentes, considerando principalmente, os riscos decorrentes de fatos

relacionados aos ambientes, condições e formas de organização do trabalho e a;

Deliberação N° 02/2009 – do Conselho Estadual de Educação.

O Estágio Profissional Supervisionado do curso Técnico em Agropecuária, Forma

Integrada, deverá ser realizado através da execução de atividades inerentes aos conteúdos teórico-

práticos desenvolvidos nas séries cursadas ou em curso pelo aluno.

O Plano de Estágio é o instrumento que norteia e normatiza os Estágios dos Alunos do

Curso Técnico em Agropecuária.

5. Objetivos do Estágio:

5.1 Objetivo Geral do Estágio:

Conhecer formas de gestão e organização na realidade do mundo do trabalho, propiciando o

desenvolvimento pessoal, profissional e social do educando.

5.2. Objetivos Específicos do Estágio:

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Proporcionar ao aluno o contato com as atividades relacionadas a área da agropecuária no

mundo do trabalho;

Oportunizar experiência profissional diversificada na área de abrangência do curso;

Relacionar conhecimentos teóricos com a prática profissional a partir das experiências

realizadas;

Desenvolver projetos disciplinares e/ou interdisciplinares nos diversos setores do campo de

estágio.

6. Local (ais) de realização do Estágio:

O estágio poderá ser realizado nos locais abaixo relacionados, desde que qualificados para

este fim, conforme legislação vigente:

Empresas agropecuárias públicas e privadas;

Propriedades rurais, inclusive da família, desde que assistida por profissional liberal vinculado

aos órgãos de classe;

Cooperativas e associações ligadas à produção agropecuária;

Órgãos de pesquisa e extensão rural;

Colégios agrícolas;

Instituições de ensino;

Secretarias municipais;

Comunidade em que a escola está inserida e/ou demais comunidades da cidade.

7. Distribuição da Carga Horária:

A carga horária do Estágio Supervisionado será de 160 horas/aula ou 133 horas, sendo

cumpridas preferencialmente em igual proporção entre as áreas da agricultura e pecuária,

subdividida da seguinte forma:

Sendo 80 horas\aula – 67 horas na segunda série e;

80 horas\aula – 67 horas na terceira série.

8. Atividades do Estágio:

O Estágio Supervisionado, como ato educativo, representa o momento de inserção do aluno

na realidade do mundo do trabalho, permitindo que coloque os conhecimentos construídos ao longo

das séries em reflexão e compreenda as relações existentes entre a teoria e a prática.

Por ser uma experiência pré-mundo do trabalho, servirá como instante de seleção,

organização e integração dos conhecimentos construídos, porque possibilita ao estudante

contextualizar o saber, não apenas como educando, mas como cidadão crítico e ético, dentro de uma

organização concreta do mundo trabalho, no qual tem um papel a desempenhar.

O estágio curricular representa as atividades de aprendizagem social, profissional e cultural

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proporcionadas aos estudantes pela participação em situações reais de vida e trabalho em meio às

atividades ligadas à agropecuária, listadas abaixo:

Agricultura: manejo e comercialização de culturas agrícolas (do início ao final da cultura) em

sistemas agroecológicos e convencionais;

Horticultura: manejo e comercialização de culturas olerícolas, frutíferas, silvícolas e paisagismo

em sistemas agroecológicos e convencionais;

Solos: coleta, acompanhamento de análise de solos e práticas conservacionistas;

Infraestrutura rural: regulagem e manutenção de máquinas e equipamentos rurais, manutenção

de instalações agropecuárias e agroindustriais, acompanhamento da elaboração de projetos

zootécnicos e agrícolas;

Agroindústria: processamento, comercialização de produtos de origem animal e vegetal e

gerenciamento de resíduos;

Produção animal: manejos (alimentar, reprodutivo, sanitário e ambiental) e comercialização em

sistemas agroecológicos e convencionais.

9. Atribuições da Mantenedora/Instituição de Ensino:

O Estágio Profissional Supervisionado, concebido como procedimento didático-pedagógico e

como ato educativo intencional é atividade pedagógica de competência da instituição de ensino,

sendo planejado, executado e avaliado em conformidade com os objetivos propostos para a

formação profissional dos estudantes, previsto no Projeto Político-Pedagógico, Plano de Curso e

descrito no Plano de Estágio. A instituição de ensino é responsável pelo desenvolvimento do estágio

nas condições estabelecidas no Plano de Estágio, observado:

Realizar Termo de Convênio para estágio com o ente público ou privado e concedente de

estágio, de acordo com a legislação vigente;

Elaborar Termo de Compromisso para ser firmado com o educando ou com seu representante ou

assistente legal e com a parte concedente, indicando as condições adequadas do estágio à

proposta pedagógica do curso, à etapa e modalidade da formação escolar do estudante e ao

horário e calendário escolar;

Submeter o Plano de Estágio à análise e aprovação do NRE, juntamente com o Projeto Político-

Pedagógico;

Respeitar legislação vigente para estágio obrigatório;

Celebrar Termo de Compromisso com o educando, se for ele maior de 18 anos, com seu

assistente legal, se idade superior a 16 e inferior a 18 (idade contada na data de assinatura do

Termo) ou com seu representante legal, se idade inferior a 16 anos e com o ente concedente,

seja ele privado ou público;

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Celebrar Termo de Cooperação Técnica para estágio com o ente público ou privado concedente

do estágio;

Elaborar o Plano de Estágio, a ser apresentado para análise juntamente com o Projeto Político

Pedagógico;

Contar com o professor orientador de estágio, o qual será responsável pelo acompanhamento e

avaliação das atividades;

Exigir do aluno o planejamento/plano e o relatório de seu estágio;

Realizar avaliações que certifiquem as condições para a realização do estágio previstas no

Plano de Estágio e firmadas no Termo de Cooperação Técnica e Convênios que deverão ser

aferidas mediante relatório elaborado pelo professor orientador de estágio;

Elaborar os instrumentos de avaliação e o cronograma de atividades de estágio;

Reencaminhar o aluno para outro ente concedente de estágio quando houver descumprimento

das normas pela Unidade concedente;

O desenvolvimento do estágio deverá obedecer aos princípios de proteção ao estudante, vedadas

atividades:

Incompatíveis com o desenvolvimento do adolescente;

Noturnas, compreendidas as realizadas no período entre vinte e duas horas de um dia às

cinco horas do outro dia;

Realizadas em locais que atentem contra sua formação física, psíquica e moral;

Perigosas, insalubres ou penosas.

10. Atribuições do Coordenador de Estágio:

Buscar e contatar parceria junto ás Instituições Públicas e Privadas visando a abertura de campo

de para o estágio;

Firmar os Termo de Cooperação Técnica e Termo de Compromisso junto à Direção do

Estabelecimento e o ente concedente;

Coordenar e acompanhar as atividades do professor orientador;

Elaborar e definir junto ao Professor Orientador de Estágio o cronograma de distribuições de

alunos nos campos de estágios;

Manter permanente contato com os orientadores responsáveis pelo estágio procurando

dinamizar e aperfeiçoar as condições de funcionamento do estágio;

Promover reuniões com as instituições de campo de estágio;

Coordenar e acompanhar junto ao Professor Orientador de Estágio o cumprimento, pelo

estagiário, da assiduidade, responsabilidade, compromisso e desempenho pedagógico;

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Coordenar e participar junto ao Professor Orientador de Estágio, reuniões de avaliação do

Estágio e/ou prática profissional, emitindo conceitos de acordo com o sistema de avaliação;

Coordenar a confecção de impressos de acompanhamento (Fichas);

Providenciar credencial de apresentação do estagiário para o ingresso nas empresas;

Informar e orientar a instituição concedente quanto à Legislação e Normas do estágio;

Acompanhar os estágios na instituição concedente para orientação, supervisão e avaliação de

sua execução;

Comparecer às reuniões convocadas pelo Colégio;

Disponibilizar aos estagiários a carta de apresentação onde serão realizados os estágios, os

modelos de relatórios, fichas, etc;

Entregar os resultados finais junto à secretaria conforme calendário.

11. Professor Orientador de Estágio:

O estágio deverá ser desenvolvido com a mediação de professor orientador de estágio,

especificamente designado para essa função, o qual será responsável pelo acompanhamento e

avaliação das atividades.

Compete ao professor orientador:

Solicitar juntamente com a Coordenação de Estágio da parte concedente relatório, que integrará

o Termo de Compromisso, sobre a avaliação dos riscos, levando em conta: local de estágio;

agentes físicos, biológicos e químicos; o equipamento de trabalho e sua utilização; os processos

de trabalho; as operações e a organização do trabalho; a formação e a instrução para o

desenvolvimento das atividades de estágio;

Exigir do estudante a apresentação periódica, de relatório das atividades, em prazo não superior

a 6 (seis) meses;

Elaborar com a Coordenação de Estágio normas complementares e instrumentos de avaliação

dos estágios de seus estudantes;

Esclarecer juntamente com Coordenação de Estágio à parte concedente do estágio o Plano de

Estágio e o Calendário Escolar;

Planejar com a parte concedente os instrumentos de avaliação e o cronograma de atividades a

serem realizadas pelo estagiário;

Proceder avaliações que indiquem se as condições para a realização do estágio estão de acordo

com as firmadas no Plano de Estágio e no Termo de Compromisso, mediante relatório;

Zelar pelo cumprimento do Termo de Compromisso;

Elaborar junto ao Coordenador de Curso e de Estágio o Plano de Estágio;

Conhecer o campo de atuação do estágio;

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Orientar os estagiários quanto às normas inerentes aos estágios;

Esclarecer aos estagiários as determinações do Termo de cooperação técnica e Termo de

Compromisso;

Orientar os estagiários quanto à importância de articulação dos conteúdos aprendidos à prática

pedagógica;

Orientar os estagiários na elaboração do Plano Individual de Estágio, relatórios e demais

atividades pertinentes;

Orientar os estagiários quanto às condições de realização do estágio, ao local, procedimentos,

ética, responsabilidades, comprometimento, dentre outros;

Atender necessariamente os estagiários no dia da semana e horário determinado pelos

Coordenadores de Curso e Coordenadores de Estágio;

Propor alternativas operacionais para realização do estágio;

Orientar a formatação adequada quanto à metodologia de pesquisa científica e produção das

atividades (Planos, Relatórios) conforme normas ABNT, coordenar o desenvolvimento das

mesmas;

Motivar o interesse do aluno para a realização do estágio e mostrar a importância do mesmo

para o exercício profissional;

Avaliar o rendimento das atividades do estágio, na execução, elaboração e apresentação de

relatórios do mesmo;

Atuar como um elemento facilitador da integração das atividades previstas no estágio;

Promover encontros periódicos para a avaliação e controle das atividades dos estagiários,

encaminhando ao final de período à coordenação de estágio, as fichas de acompanhamento das

atividades, avaliação e frequências;

Comunicar à Coordenação do Estágio sobre o andamento das orientações do estágio;

Levar ao conhecimento da coordenação do estágio quaisquer dificuldades que venham ocorrer

no desenvolvimento dos trabalhos;

Comparecer às reuniões convocadas pela Instituição de ensino e Coordenação de estágio;

Manter o registro de classe com frequência e avaliações em dia.

12. Atribuições do Órgão/instituição que concede o Estágio:

A instituição de ensino e a parte concedente de estágio poderão contar com serviços

auxiliares de agentes de integração, públicos ou privados, mediante condições acordadas em

instrumento jurídico apropriado.

Considerar-se-ão parte concedente de estágio, os dotados de personalidade jurídica pública

ou privada e profissionais liberais, desde que estejam devidamente registrados em seus respectivos

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conselhos de fiscalização profissional.

Uma vez formalizado o Termo de Cooperação Técnica e o Termo de Compromisso de

Estágio, cumpridos os requisitos citados anteriormente, e estará criada a condição legal e necessária

para a realização do estágio curricular supervisionado na organização concedente de estágio.

No caso de Casa Familiar Rural, o Termo de Cooperação Técnica e o Termo de

Compromisso deverá ser assinado pelo proprietário rural e pelo responsável Técnico indicado pelo

proprietário, podendo ser um profissional pertencente a um órgão público, privado e autônomo.

A organização escolhida como concedente do estágio deverá possuir condições mínimas de

estrutura, que permitam ao aluno observar, ser assistido e participar das atividades, durante a

execução do estágio curricular supervisionado. Ofertando instalações que tenham condições de

proporcionar ao aluno, atividades de aprendizagem social, profissional e cultural.

O desenvolvimento do estágio deverá obedecer aos princípios de proteção ao estagiário

contidos no Estatuto da Criança e do Adolescente, sendo vedadas algumas atividades, (ver Arts. 63,

67 e 69, entre outras do ECA e também 405 e 406 da CLT).

Fica a critério da instituição concedente a concessão de benefícios relacionados a transporte,

alimentação e saúde entre outros, por si só, não caracterizando vínculo empregatício.

A empresa concedente ou Instituição de ensino deverão viabilizar acompanhamento de

profissionais especializados aos estagiários com necessidades educativas especiais.

A documentação referente ao estágio, deverá ser mantida a disposição para eventual

fiscalização. A oferta de estágio pela parte concedente será efetivada mediante:

Celebração do Termo de Compromisso com a instituição de ensino e o estudante;

A oferta de instalações que tenham condições de proporcionar ao estudante atividades de

aprendizagem social, profissional e cultural;

Indicação de funcionário do seu quadro de pessoal, com formação ou experiência profissional

na área de conhecimento desenvolvida no curso do estagiário, para orientar e supervisionar o

desenvolvimento das atividades de estágio;

Contratação de seguro contra acidentes pessoais em favor do estagiário, cuja apólice seja

compatível com valores de mercado, devendo constar no Termo de Compromisso de Estágio e

no caso de estágio obrigatório, a responsabilidade pela contratação do seguro contra acidentes

pessoais, poderá, alternativamente, ser assumida pela mantenedora/instituição de ensino;

Entrega do termo de realização do estágio à instituição de ensino por ocasião do desligamento

do estagiário, com indicação resumida das atividades desenvolvidas, dos períodos e da avaliação

de desempenho;

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Relatório de atividades, enviado à instituição de ensino, elaborado pelo funcionário responsável

pela orientação e supervisão de estágio;

Zelar pelo cumprimento do Termo de compromisso;

Conhecer o plano de atividades do estágio proposto pelo estabelecimento de ensino;

Orientar as atividades do estagiário em consonância com o plano de estágio;

Preencher os documentos de estágio e devolver a Coordenação de Estágio;

Orientar e acompanhar a execução das atividades do estagiário na empresa;

Manter contatos com o Coordenador de estágio da escola;

Oportunizar ao estagiário vivenciar outras situações de aprendizagem que permitam uma visão

real da profissão;

Avaliar o rendimento do estagiário nas atividades previstas no plano de estágio;

Propiciar ambiente receptivo e favorável ao desenvolvimento do estágio;

Deverá ser indicado pela empresa concedente, um responsável para supervisionar e acompanhar

o estágio e ter conhecimento técnico ou experiência na área.

13. Atribuições do Estagiário:

A jornada de estágio deve ser compatível com as atividades escolares e constar no Termo

de Compromisso, considerando:

A anuência do estagiário, se maior, ou concordância do representante ou assistente legal, se

menor;

A concordância da instituição de ensino;

A concordância da parte concedente;

O estágio não pode comprometer a frequência às aulas e o cumprimento dos demais

compromissos escolares;

No estágio obrigatório, o estagiário poderá receber, ou não, bolsa ou outra forma de

contraprestação acordada;

A eventual concessão de benefícios relacionados ao auxílio-transporte, alimentação e saúde,

entre outros, não caracteriza vínculo empregatício;

Fica assegurado ao estagiário que recebe bolsa ou outra forma de contraprestação, sempre que o

estágio tenha duração igual ou superior a 1 (um) ano, um período de recesso de 30 (trinta) dias,

a ser gozado preferencialmente durante suas férias escolares;

Ao estagiário aplica-se a legislação relacionada à saúde e segurança no trabalho, sendo sua

implementação de responsabilidade da parte concedente do estágio;

O aluno que está cumprindo estágio obrigatório poderá realizar paralelamente o estágio não-

obrigatório, sem prejuízo do aprendizado;

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Antes da realização do estágio, o estagiário deve:

Estabelecer contatos com Unidades Concedentes para fins de estágios;

Elaborar Plano Individual de Estágio juntamente com o Professor Orientador do Estágio;

Participar de atividades de orientação sobre o estágio;

Observar sempre o regulamento de Estágios da Escola;

Zelar pela documentação do estágio entregue pelo Professor Orientador de Estágio.

Durante a realização do estágio, o estagiário deve:

Conhecer a organização da Unidade Concedente;

Respeitar o Cronograma de Estágio para garantir o cumprimento da carga horária no período

estabelecido pela Coordenação de Estágio;

Acatar as normas estabelecidas pela Unidade Concedente;

Zelar pelo nome da Instituição e da Escola;

Manter um clima harmonioso com a equipe de trabalho;

Cumprir o Plano Individual de Estágio e o Termo de Compromisso firmado com a Instituição de

Ensino e a Unidade Concedente.

Manter contatos periódicos com o Professor Orientador de Estágio para discussão do andamento

do estágio;

Ter postura e ética profissional;

Zelar pelos equipamentos, aparelhos e bens em geral da Empresa e responder pelos danos

pessoais e materiais causados.

Depois da realização do estágio, o estagiário deve:

Elaborar o relatório final de atividades, de acordo com as normas exigidas;

Entregar à Coordenação de Estágio os Documentos Comprobatórios da realização do Estágio

assinados e em tempo hábil;

Apresentar sugestões que contribuam para o aprimoramento do curso;

Entregar o relatório de estágio para avaliação, no prazo estabelecido pela Coordenação de

Estágio;

Apresentar o relatório de Estágio para Banca de Avaliação de Relatório de Estágio.

14. Forma de acompanhamento do Estágio:

O aluno deverá ser acompanhado durante seu Estágio em Instituições Públicas e/ou Privadas

e nas Unidades Didático – Produtivas e propriedades agropecuárias, por um responsável que deverá

ter conhecimento técnico ou experiência na área.

Três profissionais da área estarão envolvidos no processo de encaminhamento:

Coordenador de Estágio, que será o elo entre a Escola e o local de realização do Estágio;

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Professor Orientador de Estágio, que dará o direcionamento ao Plano Individual de Estágio do

aluno, que deverá ser traçado juntamente com o estagiário e deverá ser instrumento de base ao

Supervisor do local de realização do Estágio;

Supervisor da empresa será responsável pela condução e concretização do Estágio na Instituição

ou propriedade concedente, procurando seguir o plano estabelecido pelo Aluno e pelo Professor

Orientador.

As formas de acompanhamento serão de acordo com a realidade da situação do estágio.

Podendo ser através de visitas, relatórios, contatos telefônicos, documentação de estágio exigida

pela escola, de maneira a propiciar formas de integração e parceria entre as partes envolvidas.

Oportunizando o aperfeiçoamento das relações técnicas-educativas a serem aplicadas no âmbito do

trabalho e no desenvolvimento sustentável.

15. Avaliação do Estágio:

A avaliação do Estágio Profissional Supervisionado é concebida como um processo

contínuo e como parte integrante do trabalho, devendo, portanto, estar presente em todas as fases do

planejamento e da construção do currículo, como elemento essencial para análise do desempenho

do aluno e da escola em relação à proposta.

Serão considerados documentos de avaliação do Estágio Curricular:

Avaliação da disciplina de Estágio Profissional Supervisionado realizada pelo Professor

Orientador;

Avaliação do Supervisor do Estágio da Unidade Concedente;

Relatório apresentando os conteúdos observados durante o Estágio Profissional Supervisionado;

Ficha de Avaliação da Banca de Avaliação de Relatório de Estágio.

O relatório de estágio deverá ser apresentado conforme normas técnicas a serem definidas

pela Coordenação de Estágio.

O resultado da avaliação do Estágio Profissional Supervisionado é expresso através de notas

graduadas de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgulas zero).

O rendimento mínimo exigido para aprovação é a nota 6,0 (seis vírgula zero) através de uma

média aritmética das avaliações definidas pela Coordenação de Estágio.

Será considerado reprovado o aluno que:

não cumprir a carga horária total estipulada para cada série no período letivo;

aproveitamento inferior a 6,0 (seis vírgula zero) como média final.

c. Descrição das práticas profissionais previstas:

Os alunos poderão assistir palestras, participar de seminários e debates sobre assuntos que

dizem respeito ao currículo dessa instituição e realizar visitas técnicas in loco.

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d. Matriz Curricular

Matriz Curricular

Estabelecimento: Colégio Estadual Rui Barbosa – Ensino Fundamental, Médio e Profissional

Município: Nova Laranjeiras

Curso: TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA

Forma: INTEGRADA

Implantação simultânea partir do ano de

2010

Turno: INTEGRAL

Carga horária: 3840 horas/aula – 3200 horas

mais 133 horas de Estágio Supervisionado

Organização: SERIADA

DISCIPLINAS SÉRIE

hora/ aula hora 1ª 2ª 3ª

1 ADMINISTRAÇÃO E EXTENSÃO RURAL 2 2 160 133

2 AGROINDÚSTRIA 2 80 67

3 ARTE 2 80 67

4 BIOLOGIA 2 3 200 167

5 EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2 240 200

6 FILOSOFIA 2 2 2 240 200

7 FÍSICA 2 2 160 133

8 FUNDAMENTOS DE AGROECOLOGIA 3 120 100

9 GEOGRAFIA 2 2 160 133

10 HISTÓRIA 2 2 160 133

11 HORTICULTURA 2 2 2 240 200

12 INFRAESTRUTURA RURAL 3 120 100

13 LEM: INGLÊS 2 80 67

14 LINGUA PORTUGUESA E LITERATURA 2 3 3 320 267

15 MATEMÁTICA 3 3 3 360 300

16 PRODUÇÃO ANIMAL 2 2 2 240 200

17 PRODUÇÃO VEGETAL 2 2 2 240 200

18 QUÍMICA 2 2 160 133

19 SOCIOLOGIA 2 2 2 240 200

20 SOLOS 2 2 2 240 200

TOTAL 32 32 32 3840 3200

ESTAGIO SUPERVISIONADO 66h 67h 133

Obs.: Em cumprimento a Lei Federal nº 11.161 de 2005 e a Instrução 004/10 SUED/SEED, o ensino

da língua espanhola será ofertado pelo Centro de Ensino de Língua Estrangeira Moderna – CELEM

no próprio estabelecimento de ensino, sendo a matrícula facultativa ao aluno.

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VIII – SISTEMA DE AVALIAÇÃO E CRITÉRIOS DE APROVEITAMENTO DE

CONHECIMENTOS, COMPETÊNCIAS E EXPERIÊNCIAS ANTERIORES

a. Sistema de Avaliação:

A avaliação será entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual o professor estuda e

interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho, com as finalidades de acompanhar e

aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar seus resultados, e o seu

desempenho, em diferentes situações de aprendizagem.

Preponderarão os aspectos qualitativos da aprendizagem, considerada a

interdisciplinariedade e a multidisciplinariedade dos conteúdos, com relevância à atividade crítica, à

capacidade de síntese e à elaboração sobre a memorização, num processo de avaliação contínua,

permanente e cumulativa.

Fica determinado pela Instituição de Ensino que o período avaliativo será trimestre, deverá

ser obrigatoriamente proporcionado ao estudante no mínimo 02 (dois) instrumentos de avaliação e

no mínimo 02 (dois) instrumentos de recuperação de estudos para o Ensino Fundamental, Médio e

Profissional. O mínimo de dois instrumentos de avaliação vale para as Disciplinas que têm no

máximo duas aulas semanais, sendo eles uma avaliação escrita e um trabalho por trimestre. As

demais turmas que têm de três ou mais aulas semanais, permanecem no mínimo três instrumentos

de avaliação, sendo eles duas avaliações escritas e um trabalho por trimestre. A oferta da

recuperação será obrigatória para os alunos que não atingirem no mínimo a média 6,0 (seis) e

opcional para os demais alunos que têm a média acima de 6,0 (seis). Caso o aluno não atinja a

média 6,0 (seis) nas recuperações ofertadas, prevalecerá a nota mais alta.

Aos alunos com necessidades educacionais especiais serão proporcionadas avaliações com

metodologia diferenciada, atendendo-os de forma particular no momento da avaliação e em

consonância com a sala multifuncional tipo 1.

O professor será, nesse processo, um mediador, buscando caminhos para que todos

participem das aulas e com este envolvimento haja a aprendizagem esperada. Nesta ocasião, a

qualidade e a adequação do ensino ofertado pelo estabelecimento escolar também estará sendo

avaliado. O Estágio Supervisionado servirá tanto para preparação do educando para o mundo do

trabalho, como para a tomada de decisão em relação ao planejamento e execução de Proposta

Curricular e do Projeto Pedagógico. O Plano de Estágio Supervisionado constitui um instrumento

importante para a realização, acompanhamento e avaliação do Projeto Pedagógico.

O resultado das avaliações do estágio será composto pela média das notas atribuídas pelo

Supervisor e pelo Orientador de Estágio e pela Banca.

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Em cada série do curso, será considerado aprovado no estágio o jovem que tiver a média

mínima igual ou superior a 6,0 (seis). Se obtiver rendimentos insuficientes, o aluno irá refazer o

estágio.

Só a consideração conjunta do produto e do processo, permite ao professor estabelecer

interpretações adequadas sobre o desempenho dos jovens e o desempenho de si mesmo, rever o que

inicialmente foi proposto, seguindo o que rege a Del. 07/99 em seu Capitulo I da Avaliação do

aproveitamento.

Para os alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem são desenvolvidos projetos de

recuperação, aulas de apoio em período tempo comunidade, como lhes garante a resolução

208/2004 que possibilitam a redefinição dos objetivos da aprendizagem conforme o Capitulo II da

Deliberação 007/99 da Promoção.

Recuperação de Estudos:

A oferta da recuperação será obrigatória em dois momentos distintos, para os alunos que

não atingirem no mínimo a média 6,0 (seis) e opcional para os demais alunos que têm a média

acima de 6,0 (seis). Caso o aluno não atinja a média 6,0 (seis) nas recuperações ofertadas,

prevalecerá a nota mais alta.

O aluno cujo aproveitamento escolar for insuficiente será submetido à recuperação de

estudos de forma concomitante ao período letivo, de acordo com as normas contidas nos

documentos da Escola Base.

b. Critérios de aproveitamento de conhecimentos e experiências anteriores:

Este curso não prevê aproveitamento de estudos.

IX – ARTICULAÇÃO COM O SETOR PRODUTIVO

A articulação com o setor produtivo estabelecerá uma relação entre a instituição de ensino e

instituições que tenham relação com o Curso Técnico em Agropecuária, nas formas de entrevistas,

visitas, palestras, reuniões com temas específicos com profissionais das Instituições conveniadas.

(em anexo estão os termos de convênio firmados)

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X – PLANO DE AVALIAÇÃO DO CURSO

O Curso será avaliado com instrumentos específicos, construídos pelo apoio pedagógico do

estabelecimento de ensino para serem respondidos (amostragem de metade mais um) por alunos,

professores, pais de alunos, representante(s) da comunidade, conselho escolar, APMF.

Os resultados tabulados serão divulgados, com alternativas para solução.

XI – INDICAÇÃO DO COORDENADOR DE CURSO:

Mailis Aparecida Grosselli

XII – INDICAÇÃO DO COORDENADOR DE ESTÁGIO

Mailis Aparecida Grosselli

XIII – RELAÇÃO DE DOCENTES

Coordenador Mailis Aparecida Grosselli

Administração e Extensão Rural Flávio Rodrigues Barbosa

Agroindústria Silmara Rodrigues Pietrobelli

Arte Arlete Terres Queirós

Biologia Adriana Provin da Silva Polidoro

Educação Física Luci Mara Braga Schafranski

Filosofia Arlete Terres Queirós

Física Elaine Loof

Fundamentos de Agroecologia André da Silva Lefchak

Geografia Nelci Passarin

História Valmir Dorigon

Horticultura Leoneli Fandres Wrublak

Infraestrutura Rural Silmara Rodrigues Pietrobelli

LEM: Inglês Arlete Terres Queirós

Língua Portuguesa e Literatura Geovana Aparecida de Paula

Matemática Ana Maria Passarin

Matemática Lucinéia Romanzini

Produção Animal Guilherme Junior Correa da Siqueira

Produção Vegetal Silmara Rodrigues Pietrobelli

Química Edson Luis Schimidt

Sociologia Daniel Ribeiro dos Passos Junior

Solos André da Silva Lefchak

Solos Silmara Rodrigues Pietrobelli

Estágio Supervisionado Mailis Aparecida Grosselli

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XIV – CERTIFICADOS E DIPLOMAS

a. Certificação: Não haverá certificados no Curso Técnico em Agropecuária, considerando que não

há itinerários alternativos para qualificação;

b. Diploma: O aluno ao concluir com sucesso, o Curso Técnico em Agropecuária conforme

organização curricular aprovada, receberá o Diploma de Técnico em Agropecuária.

XV – RECURSOS MATERIAIS

O Colégio Estadual Rui Barbosa – EFMP está construído num terreno de 8.269.22 m²,

tendo uma área construída de 2.469,39 m². Possui dez salas de aula, um laboratório de informática,

um laboratório de física, química e biologia, uma sala de múltiplo uso, uma biblioteca com ótimo

acervo bibliográfico, uma secretaria, uma sala para professores com armários e dois banheiros, uma

sala para direção, uma sala para equipe pedagógica, uma sala para documentação, um refeitório,

uma cozinha e uma quadra poliesportiva coberta, um almoxarifado para materiais esportivos e

banheiros com vestiários masculino e feminino.

A Casa Familiar Rural, cuja Escola Base é o Colégio Estadual Rui Barbosa – EFMP

funciona em prédio próprio com a seguinte estrutura:

PARTE INTERNA

Quantidade Dependências

04 Alojamentos masculinos

02 Alojamentos femininos

01 Alojamento para monitores

01 Secretaria

01 Cozinha

01 Refeitório

03 Salas de aula

01 Sala de Múltiplo uso

01 Biblioteca

PARTE EXTERNA

Quantidade Dependências

01 ESTÁBULO

01 GALINHEIRO

03 TANQUES DE PEIXES

Conta também na parte externa com pomar, horta e área destinada a aulas práticas.

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1. Materiais pedagógicos (recursos didáticos, audiovisuais, computadores).

Os itens que seguem fazem parte do Materiais Pedagógicos do Colégio Estadual Rui

Barbosa – EFMP.

ITEM QUANTIDADE

Aparelho de televisão 15

Retroprojetor 1

Impressora 7

Copiadora 1

DVD 1

1.1 Materiais

-03 arquivos

-01 Freezer

-01 Geladeira

01- Fogão Industrial

01- Fogão a Lenha

18 –Beliches

36- Colchões

02- Mesas Inox

06- Mesas com seis lugares

50-Cadeiras

40- Carteiras

01- Máquina de cortar grama

01-Rádio com CD

1.2 Recursos físicos - 02 salas de aula

- 01 secretaria

- 01 refeitório

- 01 cozinha

- 07 alojamento (sendo que todos possuem banheiro interno e 01 alojamento para os Monitores)

- 01 banheiro público

- 01 área 4,84 Ha

- 01 horta

- 03 tanques de peixe

1.3 Recursos Didáticos - 03 TVs

- 01 parabólica

- 02 aparelhos de DVDs

- Livros

- 05 estantes para guardar livros

- 02 Data Show

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XVI – CÓPIA DO REGIMENTO ESCOLAR E / OU ADENDO COM O RESPECTIVO ATO

DE APROVAÇÃO DO NRE

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XVII – ANUÊNCIA DO CONSELHO ESCOLAR DO ESTABELECIMENTO MANTIDO

PELO PODER PÚBLICO.

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XVIII - PLANO DE FORMAÇÃO CONTINUADA (DOCENTES)

A implantação dessa proposta passa necessariamente pela compreensão e incorporação da

concepção de Educação Profissional, em sua forma de organização integrada, da Pedagogia da

Alternância, pelo domínio dos conteúdos e pela adoção pelos professores das práticas

metodológicas decorrentes dessa metodologia.

Portanto, é condição indispensável que essa formação continuada seja ministrada para os

professores da Rede Pública Estadual que irão atuar no curso, já ao início de sua implantação, pela

mesma apresentar desafios pedagógicos e curriculares recentes, tanto no que se refere aos

pressupostos teóricos da forma integrada quanto ao referente à Pedagogia da Alternância, enquanto

práticas curriculares que devem articular os conteúdos da Base Nacional Comum com os da

Formação Específica, o que exige envolvimento interdisciplinar entre todos os professores no curso.

Esse preparo dos professores também deve ser garantido, no caso da Educação Profissional,

através de estratégias de gestão que possibilitem a oferta de cursos direcionados para a Formação

pedagógica professores - técnicos de nível superior das áreas de ciências agrárias - considerando

que a maioria não possui licenciatura e que o sucesso da proposta a ser implementada, por ser

eminentemente de cunho teórico-metodológica, depende do saber-fazer pedagógico desses

profissionais.

Assim, faz-se necessário oferecer prioritariamente cursos que abordem a concepção de

Educação Profissional em sua forma integrada e da Pedagogia da Alternância, dentre outros, na

perspectiva de fortalecer os saberes de suas equipes em relação aos fundamentos que orientam essa

nova proposta.

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12- ANEXOS

ANEXO I

Plano de Estágio Não Obrigatório

Apresentação

· Identificação da Instituição de Ensino:

Colégio estadual Rui Barbosa, Ensino Fundamental, Médio e Profissional.

· Identificação do curso e eixo tecnológico:

Curso Técnico em Agropecuária – Eixo Recursos Naturais

· Professora orientadora: Mailis Grosseli

· Justificativa:

É bastante relevante para a sociedade a instituição do estágio, mas que esta forneça um

estágio bem supervisionado, que garanta aos estudantes um leque de experiências práticas

fundamentais para sua formação. O estágio é um instrumento de integração entre estudo e trabalho,

é o primeiro contato do aluno com o dia-a-dia das empresas. É uma experiência fundamental na

formação profissional nas diversas áreas do conhecimento.

Diante desse contexto a Casa Familiar Rural de Nova Laranjeiras oferece o Curso de

Educação Profissional Técnica, de Nível Médio, na Área Profissional: Agropecuária, tendo como

base a aplicação da Pedagogia da Alternância.

A Lei do Estágio nº 11.788, de setembro de 2008, coloca que “estágio é o ato educativo

escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o

trabalho produtivo de educandos”. No Curso Técnico em Agropecuária, o estágio supervisionado

não obrigatório, será opção do estudante, para além da carga horária mínima do curso. Embora não

seja obrigatório, será incentivada a realização de estágios vivenciais na área.

O estágio não-obrigatório, concebido como procedimento didático-pedagógico e como ato

educativo intencional, é atividade pedagógica de competência da instituição de ensino e será

planejado, executado e avaliado em conformidade com os objetivos propostos para a formação

profissional dos estudantes. Sua execução deverá considerar a Lei nº 9.394/1996 que trata das

Diretrizes e Bases da Educação Nacional; a Lei nº 11.788/2008, que dispõe sobre o Estágio de

Estudantes; Lei nº 8.069/1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, em

especial os artigos, 63, 67, 68 e 69 e a Deliberação nº 02/2009 do Conselho Estadual de Educação,

Lei nº 15.608/2007 e Lei nº 8.666/1993 e suas alterações.

· Objetivos do estágio:

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Objetivo Geral:

Analisar a contribuição dos estágios não-obrigatórios, disponibilizados aos estudantes,

visando sua formação profissional voltado para a agricultura familiar e o desenvolvimento do

campo, contribuindo para a formação do aluno no desenvolvimento de atividades relacionadas ao

mundo do trabalho que oportunizem concebê-lo como ato educativo.

Objetivos Específicos:

- Desenvolver um trabalho que eduque para a cidadania, para a vida em comunidade, para a solução

de problemas individuais e coletivos, para a formação de agricultores(as) com conhecimentos

amplos e específicos da realidade em que atuam;

- Desencadear um programa de profissionalização de agricultores(as), através de um trabalho

educativo que envolva a escola, família e comunidade, através de um projeto Profissional de Vida

do Jovem;

- Valorizar a cultura e as experiências dos jovens como fonte de conhecimento válido, utilizando-as

como ponto de partida para transformações de suas condições de vida, estimulando-os assim sobre a

importância de sua permanência no campo;

- Formar cidadãos críticos, criativos e atuantes nos processos decisórios da comunidade, além da

qualificação agropecuária onde o jovem possa desenvolver uma empresa familiar rural, visando

uma agricultura sustentável com resultados econômicos satisfatórios;

- Melhorar a qualidade de vida das famílias rurais, através da aplicação de conhecimentos técnicos-

científicos e tecnológicos, organizados considerando os conhecimentos vivenciados no contexto

familiar através da Pedagogia da Alternância;

- Estimular no jovem rural o sentido de comunidade, vivência grupal e desenvolvimento de espírito

associativo e solidário, contribuindo para a melhoria das comunidades;

Locais de realização do estágio não obrigatório:

Considerar-se-ão partes concedentes de estágio, os dotados de personalidade jurídica pública

ou privada e profissionais liberais, desde que estejam devidamente registrados em seus respectivos

conselhos de fiscalização profissional, com os quais a Instituição de Ensino possui Termo de

Convênio legalmente firmado.

Distribuição da Carga horária:

A jornada de estágio terá, no máximo, a seguinte duração: 06 (seis) horas diárias e 30 (trinta)

horas semanais, no caso de estudantes da Educação Profissional de Nível Médio e do Ensino

Médio.

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Atividades do estágio

Atribuições da Instituição de ensino:

a) indicar professor orientador como responsável pelo acompanhamento e avaliação das atividades

do estágio;

b) na rede estadual:

I. coordenador de estágio para os estágios obrigatórios;

II. coordenador de curso para os estágios não-obrigatórios, quando o estudante estiver matriculado

em Educação Profissional Técnica de Nível Médio

Atribuições do Coordenador de Curso:

a) solicitar da parte concedente relatório, que integrará o Termo de Compromisso, sobre a avaliação

dos riscos inerentes às atividades a serem desenvolvidas pelo estagiário, levando em conta: local de

estágio; agentes físicos, biológicos e químicos; o equipamento de trabalho e sua utilização; os

processos de trabalho; as operações e a organização do trabalho; a formação e a instrução para o

desenvolvimento das atividades de estágio;

b) exigir do estudante a apresentação periódica de relatório das atividades, em prazo não superior a

6 (seis) meses, no qual deverá constar todas as atividades desenvolvidas nesse período.

i. auxiliar o educando com deficiência, quando necessário, na elaboração de relatório das atividades.

c) elaborar normas complementares e instrumentos de avaliação dos estágios de seus estudantes;

d) esclarecer à parte concedente do estágio o Plano de Estágio e o Calendário Escolar;

e) planejar com a parte concedente os instrumentos de avaliação e o cronograma de atividades a

serem realizados pelo estagiário;

f) proceder avaliações que indiquem se as condições para a realização do estágio estão de acordo

com as firmadas no Plano de Estágio e no Termo de Compromisso, mediante relatório;

g) zelar pelo cumprimento do Termo de Compromisso;

h) observar se o número de horas estabelecidas para o estágio não-obrigatório compromete o

rendimento escolar do estudante e, neste caso, propor uma revisão do Termo de Compromisso.

Atribuições da parte concedente:

Considerar-se-ão partes concedentes de estágio, os dotados de personalidade jurídica pública

ou privada e profissionais liberais, desde que estejam devidamente registrados em seus respectivos

conselhos de fiscalização profissional.

A oferta de estágio pela parte concedente será efetivada mediante:

a) celebração de Convênio com a entidade mantenedora da instituição de ensino;

b) celebração do Termo de Compromisso com a instituição de ensino e o estudante;

c) a oferta de instalações que tenham condições de proporcionar ao estudante atividades de

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aprendizagem social, profissional e cultural;

d) indicação de funcionário do seu quadro de pessoal, com formação ou experiência profissional na

área de conhecimento desenvolvida no curso do estagiário, para orientar e supervisionar até 10

(dez) estagiários simultaneamente;

e) contratação de seguro contra acidentes pessoais em favor do estagiário, cuja apólice seja

compatível com valores de mercado, devendo constar no Termo de Compromisso de Estágio nos

casos de estágio não-obrigatório, no caso de estágio obrigatório, a responsabilidade pela contratação

do seguro contra acidentes pessoais, poderá, alternativamente, ser assumida pela

mantenedora/instituição de ensino;

f) entrega do termo de realização do estágio à instituição de ensino por ocasião do desligamento do

estagiário, com indicação resumida das atividades desenvolvidas, dos períodos e da avaliação de

desempenho;

g) relatório de atividades, enviado à instituição de ensino, elaborado pelo funcionário responsável

pela orientação e supervisão de estágio, com prévia e obrigatória vista do estagiário e com

periodicidade mínima de 6 (seis) meses;

h) a remuneração do agente integrador pelos serviços prestados, se houver.

Atribuições do responsável pela supervisão de Estágio na parte concedente:

A instituição de ensino e a parte concedente de estágio poderão contar com serviços

auxiliares de agentes de integração, públicos ou privados, mediante condições acordadas em

instrumento jurídico apropriado.

Os agentes de integração, auxiliares no processo de aperfeiçoamento do estágio, deverão

responsabilizar-se pelas seguintes incumbências:

a) identificar oportunidades de estágio;

b) ajustar suas condições de realização;

c) encaminhar negociação de seguros contra acidentes pessoais;

d) cadastrar os estudantes.

É vedada a cobrança de qualquer valor dos estudantes, a título de remuneração pelos

serviços referidos no item acima.

Os agentes de integração serão responsabilizados civilmente se, indicarem estagiários para a

realização de atividades não compatíveis com a programação curricular estabelecida para cada

curso, assim como, estagiários matriculados em cursos ou instituições para as quais não há previsão

de estágio no Projeto Político-Pedagógico.

Atribuições do Estagiário:

a) cumprir com empenho e interesse, as atividades estabelecidas para seu ESTÁGIO, comunicando à parte

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concedente, em tempo hábil se houver impossibilidade de fazê-lo.

b) elaborar e entregar à INSTITUIÇÃO DE ENSINO, relatórios sobre seu estágio;

c) observar e obedecer às normas internas da PARTE CONCEDENTE e da INSTITUIÇÃO DE ENSINO,

bem como outras eventuais recomendações emanadas pela chefia imediata e/ou pelo supervisor e ajustadas

entre as partes.

d) responder por perdas e danos decorrentes da inobservância das normas internas ou das constantes no

presente Termo.

e) Respeitar as normas internas referentes à segurança.

Forma de Acompanhamento do Estágio:

O professor orientador aferirá mediante relatório emitido pelo Supervisor de Estágio da

parte Concedente, as condições para a realização de estágio, bem como solicitar, sempre que

necessário, subsídios que permitam o acompanhamento e a avaliação das atividades desenvolvidas

pelo estagiário.

Avaliação do Estágio:

O estágio será avaliado com base nas Fichas de Avaliação da Parte Concedente e também

pelo Aluno e Professor Orientador.

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ANEXO II

FICHA DE AVALIAÇÃO – PARTE CONCEDENTE

ESTÁGIO NÃO-OBRIGATÓRIO

1. Identificação do Aluno

ALUNO:

CURSO: SÉRIE:

EIXO TECNOLÓGICO:

2. Identificação do Local de Estágio

PARTE CONCEDENTE:

ENDEREÇO:

MUNICÍPIO: UF:

CEP: TELEFONE: FAX:

E-mail:

3. Identificação do responsável pela supervisão no Local de Estágio

NOME:

FORMAÇÃO:

CARGO/FUNÇÃO:

4. Período de execução

Estágio realizado no período de ___/___/___ a ___/___/___

Carga horária de estágio cumprida:

5.Avaliação do aluno estagiário:

Relatar desempenho, assiduidade, pontualidade, iniciativa, conhecimento, responsabilidade,

cooperação e demais considerações que julgar pertinentes.

Data/assinatura e carimbo do responsável pela supervisão no local do estágio

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ANEXO III

FICHA DE AVALIAÇÃO – ALUNO E PROFESSOR ORIENTADOR

ESTÁGIO NÃO-OBRIGATÓRIO

1. Identificação da instituição de ensino

INSTITUIÇÃO: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA, ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO

E PROFISSIONAL

ENDEREÇO: ESTRADA MUNICIPAL VEREADOR JOÃO ANTONIO WOLFF, Nº 334

MUNICÍPIO: NOVA LARANJEIRAS,

CEP: 85350000

NRE: LARANJEIRAS DO SUL

E-mail: [email protected]

TELEFONE: 42-36371129

2. Identificação do Aluno

ALUNO:

CURSO: SÉRIE:

EIXO TECNOLÓGICO:

3. Identificação do Local de Estágio

PARTE CONCEDENTE:

ENDEREÇO:

MUNICÍPIO: UF:

CEP: TELEFONE: FAX:

E-mail:

4. Identificação do responsável pela supervisão no Local de Estágio

NOME:

FORMAÇÃO:

CARGO/FUNÇÃO:

5. Período de execução

Estágio realizado no período de ___/___/___ a ___/___/___

Carga horária de estágio cumprida:

5.Estagiário

5.1 Indique as atividades que desenvolveu na parte concedente:

5.2 Recebeu orientações e informação para as atividades que realiza?

5.3 O ambiente físico do local de estágio tem contribuído para a realização das atividades?

Data: / / Assinatura do aluno:

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6. Professor orientador

6.1 O plano de estágio está sendo cumprido?

6.2 O estágio está contribuindo para a formação do aluno?

6.3 Quanto à continuidade do estágio:

( ) Precisa melhorar no que se refere

a___________________________________________________

( ) Encontro dificuldade quanto_____________________________________________________

( ) Recomendo continuidade do estágio.

( ) Não recomendo a continuidade do estágio em razão:_________________________________

Observações:

Data: / / Assinatura do professor orientador:

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ANEXO IV

TERMO DE COMPROMISSO DE ESTÁGIO Nº

Aos de 2017, na cidade de Nova Laranjeiras/PR, em decorrência do Termo de Convênio nº, firmado

entre_____ e a ___________, neste ato representadas pelas partes a seguir nominadas:

NOME DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO:

CNPJ:

NOME:

CARGO/FUNÇÃO:

MUNICÍPIO:

ENDEREÇO:

NÚMERO:

COMPLEMENTO:

BAIRRO/DISTRITO:

CEP:

TELEFONE/RAMAL:

FAX/RAMAL:

E-MAIL:

INSTITUIÇÃO CONCEDENTE

NOME :

CNPJ:

NOME:

CARGO/FUNÇÃO

MUNICÍPIO:

ENDEREÇO:

NÚMERO:

COMPLEMENTO:

BAIRRO/DISTRITO:

CEP:

TELEFONE/RAMAL:

FAX/RAMAL:

E-MAIL:

ESTAGIÁRIO

NOME DO(A) ESTAGIÁRIO(A):

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RG:

CPF:

DATA NASCIMENTO

CURSO:

SÉRIE/PERÍODO:

TURNO/TURMA:

MATRÍCULA:

MUNICÍPIO:

ENDEREÇO:

NÚMERO:

COMPLEMENTO:

BAIRRO/DISTRITO:

CEP:

TELEFONE/RAMAL:

FAX/RAMAL: /

CELULAR

E-MAIL:

CLÁUSULA

Celebram este Termo de Compromisso de Estágio, estipulando entre si as cláusulas e condições seguintes,

com vistas ao ESTÁGIO OBRIGATÓRIO E NÃO-OBRIGATÓRIO:

CLÁUSULA 1ª - O Termo de Compromisso de Estágio tem por objetivo formalizar as condições básicas

para a realização de estágio de ESTUDANTE da INSTITUIÇÃO DE ENSINO junto A INSTITUIÇÃO

CONCEDENTE e o ALUNO, o qual, obrigatório ou não, deve ser de interesse curricular e pedagogicamente

útil, entendido o ESTÁGIO como uma estratégia que integra o processo de ensino-aprendizagem, nos termos

da Lei 11.788/2008.

CLÁUSULA 2ª - O Termo de Compromisso de Estágio entre a INSTITUIÇÃO CONCEDENTE, o

ESTUDANTE e INSTITUIÇÃO DE ENSINO, nos termos do Art.3º da Lei 11.788/2008, tem por finalidade

particularizar a relação jurídica especial, caracterizando a não vinculação empregatícia.

CLÁUSULA 3ª - Ficam estabelecidas entre as partes, as seguintes condições básicas para a realização do

Estágio:

a) Este Termo de Compromisso de Estágio terá vigência de ___/___/___ a ___/___/___, podendo ser

denunciado a qualquer tempo, unilateralmente, mediante comunicação escrita, ou ser prorrogado através da

emissão de um TERMO DE COMPROMISSO DE ESTÁGIO ADITIVO.

b) O Estágio será realizado em horário compatível com o escolar, de acordo com escala previamente

elaborada pela Unidade de Recursos Humanos, não podendo exceder a 6 horas diárias e 30 horas semanais.

c) As atividades principais a serem desenvolvidas pelo ESTAGIÁRIO, compatíveis com o Curso do aluno,

são as descritas no Plano de Estágio.

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CLÁUSULA 4ª - No desenvolvimento do estágio caberá:

I - À CONCEDENTE

a) proporcionar ao ESTAGIÁRIO atividades de aprendizagem social, profissional e cultural, compatíveis

com o contexto básico do Curso a que se refere (art.9º,II);

b) proporcionar à INSTITUIÇÃO DE ENSINO, sempre que necessário, subsídios que possibilitem o

acompanhamento, a supervisão e a avaliação do Estágio (art.9º,VII);

c)Para ESTÁGIO NÃO-OBRIGATÓRIO, conceder Bolsa-Auxílio mensal, com base no valor/hora

referencial correspondente ao nível de escolaridade do ESTAGIÁRIO, auxílio transporte e eventual

concessão de benefícios relacionados à saúde e outros na forma da legislação vigente (art.12).

d) Conceder ao ESTAGIÁRIO recesso remunerado de 30 dias, preferencialmente durante suas férias

escolares, sempre que o estágio tenha duração igual ou superior a 12 meses, ou de maneira proporcional,

quando se tratar de Estágio não-obrigatório..

e) Por ocasião do desligamento do estagiário, entregar termo de realização do estágio (certificado) com

indicação resumida das atividades desenvolvidas, com especificação dos períodos e da avaliação de

desempenho (art.9º,V).)

f) Fornecimento de equipamento de proteção, toda vez que as circunstâncias o exigirem.

g) Contratar em favor do estagiário, seguro contra acidentes pessoais, cuja apólice seja compatível com a

cumprida pelos valores de mercado, podendo, esta responsabilidade, no caso de estágio obrigatório,

alternativamente, ser assumida pela mantenedora/instituição de ensino.

h)Encaminhar à instituição de ensino, com periodicidade mínima de 6 meses, relatório das atividades, com

vista obrigatória ao estagiário(a).

i) Encaminhar à instituição de ensino o relatório sobre a avaliação dos riscos do local de estágio.

II - AO ESTAGIÁRIO

a) cumprir com empenho e interesse, as atividades estabelecidas para seu ESTÁGIO, comunicando à parte

concedente, em tempo hábil se houver impossibilidade de fazê-lo.

b) elaborar e entregar à INSTITUIÇÃO DE ENSINO, relatórios sobre seu estágio;

c) observar e obedecer às normas internas da PARTE CONCEDENTE e da INSTITUIÇÃO DE ENSINO,

bem como outras eventuais recomendações emanadas pela chefia imediata e/ou pelo supervisor e ajustadas

entre as partes.

d) responder por perdas e danos decorrentes da inobservância das normas internas ou das constantes no

presente Termo.

e) Respeitar as normas internas referentes à segurança.

III - À INSTITUIÇÃO DE ENSINO

a) Realizar avaliações que indiquem se as condições para a realização do estágio estão de acordo com as

firmadas no Plano de Estágio, no Termo de Compromisso e no relatório sobre a avaliação dos riscos.

b) Observar se o número de horas estabelecidas compromete ou não o rendimento escolar do estudante, e

neste caso, propor uma revisão do Termo de Compromisso.

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c) Solicitar ao responsável pela supervisão de estágio na parte concedente, sempre que necessário, subsídios

que permitam o acompanhamento e a avaliação das atividades desenvolvidas pelo estagiário.

d) Solicitar à parte concedente o Relatório de Avaliação de Riscos.

e) Comunicar à parte concedente quando o estudante interromper o curso.

CLÁUSULA 5ª - Constituem motivos para o cancelamento automático da vigência do presente Termo de

Compromisso de Estágio:

I - automaticamente, ao término do estágio;

II - automaticamente, ao término do curso;

III - a qualquer tempo por interesse da Instituição de Ensino;

IV - a pedido do Estagiário;

V - em decorrência do descumprimento de qualquer compromisso assumido na oportunidade da assinatura

do Termo de Compromisso de Estágio;

VI - pelo não comparecimento, sem motivo justificado, por mais de cinco dias, consecutivos ou não, no

período de um mês, ou por trinta dias durante todo o período de estágio; e

VII - pela interrupção do curso na instituição de ensino a que pertença o estagiário.

CLÁUSULA 6ª - A Instituição de Ensino poderá dar publicidade a este Termo, em consonância com

preceitos legais vigentes.

CLÁUSULA 7ª - De comum acordo, as partes elegem o foro da cidade de ________, para dirimir qualquer

dúvida ou litígio que se originem da execução deste Termo, renunciando a qualquer outro, por mais

privilegiado que seja. Por estarem de pleno acordo com seus termos, as partes acima nominadas subscrevem

este documento, impresso em 3 (três) vias de igual teor e forma, assinando-as também 2 (duas) testemunhas

instrumentárias para que se produza o legítimo efeito de direito.

Cidade, ___/___/___

1. HORÁRIO DO ESTÁGIO

DIA DA SEMANA

MANHÃ TARDE NOITE

ENTRADA SAÍDA ENTRADA SAÍDA ENTRADA SAÍDA

Segunda-Feira

Terça-Feira

Quarta-Feira

Quinta-Feira

Sexta-Feira

Sábado

Domingo

Carga Horária Semanal

2.RESPONSÁVEL PELA SUPERVISÃO DE ESTÁGIO NA CONCEDENTE

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NOME:

RG:

CARGO/FUNÇÃO:

FORMAÇÃO:

EMAIL:

TELEFONE:

3. PLANO DE ESTÁGIO (anexo)

- Principais atividades a serem desenvolvidas:

4. ASSINATURAS

CONCEDENTE ESTAGIÁRIO/RESPO

NSÁVEL

INSTITUIÇÃO DE ENSINO

(CARIMBO)

RESPONSÁVEL PELA SUPERVISÃO

DIRETOR DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO

8. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

A avaliação institucional tem como pressuposto a avaliação formativa, na qual se trabalham

aprendizagens significativas, que podem proporcionar informações acerca do desenvolvimento de

um processo educacional, destacando-se a elaboração do planejamento estratégico da escola, a

formação continuada dos (as) profissionais da educação e o aprimoramento da gestão democrática,

com vistas na melhoria contínua da qualidade educacional. Em suma entende-se que a avaliação

institucional deve fundamentar-se na avaiação qualitativa, utilizando também aspectos

quantitativos, tendo por objetivo a construção de um processo de avaliação coletiva, flexível,

transparente e consistente.

A avaliação institucional na instituição é realizada sempre que há necessidade de saber

como está sendo desenvolvido todo o processo pedagógico e estrutural da mesma. Estas podem ser

através de conversações com alunos, em reuniões de pais, reuniões com as Instâncias Colegiadas,

entre outros.

9. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PPP

A prática pedagógica deve ser facilitador no processo ensino / aprendizagem, sendo essa

prática encaminhada pelos docentes baseada no diálogo e na reflexão conjunta na qual a relação

professor / aluno é mediada pelos conhecimentos a serem transmitidos. O que se torna necessário,

então, é que o professor domine esses conhecimentos, assim como a metodologia de sua elaboração

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para que possa exercer seu papel mediador, possibilitando aos alunos tomarem consciência de sua

condição de sujeitos, herdeiros dos conhecimentos dos quais vão se apropriando, e responsáveis por

seu avanço histórico.

O professor estando constantemente ativo na sua prática pedagógica tendo clareza na

direção que almeja, traçando os objetivos para a conquista terá condição de intervir quando

necessário no processo de ensino/aprendizagem para novos encaminhamentos.

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10 – ATA DE APROVAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO PELO CONSELHO

ESCOLAR.

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11- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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CANTO, Eduardo Leite do. Ciências Naturais: Aprendendo com o cotidiano. 3ª edição. Ed.

Moderna. São Paulo, 2009.

CARAÇA, Bento de Jesus. Conceitos Fundamentais da Matemática, 6ª edição. Editora Gradiva,

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D’AMBRÓSIO, U. Etnomatemática: elo entre as tradições e a modernidade. Belo Horizonte:

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