GT DE TRANSCULTURALIDADE, LINGUAGEM E EDUCAÇÃO
RELATIVO AO BIÊNIO JULHO 2006/JUNHO 2008
Coordenadora: América Lúcia Silva César
Subcoordenadora: Maria Nazaré Mota de Lima
Este documento apresenta descrição das atividades desenvolvidas pelo GT Transculturalidade,
Linguagem e Educação no biênio 2006/2008 e contém os anexos 1-4.
1. Dos objetivos
No Plano de Trabalho apresentado para o biênio 2006/2008, contemplamos os seguintes
objetivos:
• Aprofundar o debate acerca da articulação entre os pilares conceituais do GT;
• Promover o intercâmbio entre os pesquisadores visando, não apenas à construção de um
referencial teórico-metodológico afinado com a vocação e prática de pesquisa do grupo, mas também à
discussão dos resultados de pesquisas concluídas ou em andamento no período;
• Empreender um conjunto de ações com o objetivo de estender os resultados das investigações
lingüísticas também para além da esfera acadêmica, contribuindo para a mudança das concepções de
língua (crenças, preconceitos, estigmas) em vigor na sociedade brasileira.
Tendo em vista os referidos objetivos, observamos que, na produção acadêmica dos participantes
do GT, houve o engajamento, tanto em atividades coletivas de discussão e publicação dos pilares
conceituais e dos resultados de pesquisa do grupo, quanto em atividades de disseminação dessa produção
fora do circuito acadêmico, i. e., em publicações e em atividades de extensão. Entendemos que essas ações
contribuem para a discussão de preconceitos, estigmas e preconceitos que permeiam a sociedade
brasileira, e, no seu conjunto, se articulam à formulação de políticas públicas direcionadas para a garantia
de direitos fundamentais dos sujeitos coletivos associados à nossa atividade de pesquisa. Esses, na sua
maioria, são grupos ou povos que estão organizados em movimentos de resistência, de afirmação étnica e
política. Nesse sentido, as linhas de força que delineiam a orientação conceitual do GT, não só
potencializam as produções dos membros em seus programas de origem, como repercutem na própria
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produção coletiva do GT, ratificando o compromisso com a pesquisa voltada para a construção
colaborativa, solidária, com os segmentos com que trabalhamos.
No que segue, detalhamos as atividades realizadas no biênio com vistas à consecução dos objetivos
acima.
2. Da realização das atividades previstas
2.1 Intercâmbio entre os pesquisadores do GT
Durante o biênio 2006-2008, os momentos mais significativos de intercâmbio entre os pesquisadores do
GT Transculturalidade, Linguagem e Educação foram:
A) No IX Seminário de Lingüística Aplicada acontecido de 07 a 10 de dezembro de 2006 na Universidade
Federal da Bahia. Nesse evento, além de aproveitarmos a ocasião para coordenar 02 mesas-redondas,
participar de 03 mesas-redondas, ministrar 01 mini-curso e apresentar 09 comunicações (VER ANEXO 1),
nos reunimos para discutir questões referentes ao funcionamento do nosso GT e as metas do biênio.
B) No XVI InPLA-Intercâmbio de Pesquisas em Lingüística Aplicada ocorrido entre 31 de abril a 01 de
maio de 2007 na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Reunião. Desse evento participaram
vários pesquisadores/as do GT, além de alguns de seus orientandos e demais ouvintes interessados,
perfazendo um total de 22 participantes, que se reuniram em dois simpósios consecutivos. O Simpósio I,
intitulado Línguas, Discurso e Culturas à Margem, sob a coordenação das Profas. América César e Kátia
Mota, teve como debatedora a Profa. Marilda Cavalcanti; e o Simpósio 2, intitulado Lingüística Aplicada e
Transculturalidade, sob a coordenação de Nazaré Lima e Oseas Viana Junior, contou com a colaboração da
Profa. Terezinha Maher como debatedora, no lugar do Prof. Lynn Mario, que não pôde comparecer ao
evento. Incluímos, no ANEXO 2 desse documento, a programação do evento e, no ANEXO 3, os resumos
dos trabalhos nele apresentados.
Nesses dois simpósios promovidos pelo GT, com o objetivo de mapear nossas pesquisas e discuti-
las a partir dos nossos eixos conceituais foi possível realizar uma discussão bastante concorrida e
instigante, ao longo das apresentações, das nossas questões teórico-metodológicas, focando
principalmente os conceitos de língua, identidade étnica e fronteiras epistemológicas. Durante o XVI
InPLA realizamos também duas reuniões dos membros do GT para discussão de questões operacionais do
mesmo.
C) No último encontro do GT, na XXIII ENANPOL, ocorrido na Universidade Federal de Goiás no
período de 2-4 de julho de 2008. Além de compartilharmos, na forma de comunicações individuais,
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alguns dos nossos resultados de pesquisa mais recentes, pudemos discutir questões importantes para o
andamento do nosso GT, bem como para a consecução de seus objetivos. Essa discussão foi bastante
produtiva, tanto que havíamos previsto apenas dois turnos de trabalho, mas terminamos trabalhando até
o dia seguinte. Dentre os pontos discutidos, ressaltam-se:
• A mudança na vice-coordenadoria do GT: a Profa. Kátia Mota, eleita vice-coordenadora no início
do segundo semestre de 2007, não pôde, por motivos pessoais, continuar nessa função, tendo
sido substituída, em julho de 2008, pela professora Nazaré Mota de Lima. Os membros do GT
presentes no encontro avaliaram que essa substituição em nada prejudicou o andamento das
atividades do mesmo.
• Os problemas relacionados ao financiamento da pesquisa em Letras e Lingüística no Brasil. De
um lado, imprime-se relevância política às articulações interinstitucionais e interdisciplinares,
mas institui-se uma prática de pesquisa individualista, o que repercute nas nossas instituições.
• As linhas de força e os conceitos chaves que fundamentam as atividades do nosso GT; os nossos
dilemas e conflitos nas mediações com os nossos colaboradores e contextos de pesquisa; a
dicotomia entre pesquisa e extensão; a falta de maior apoio institucional.
• As realizações do período 2006-2008. Na ocasião, os membros do GT presentes acordaram que a
proposta de um projeto guarda-chuva para o GT, tal como previsto no plano de atividades para o
biênio, embora não tenha se mostrado viável até o momento, continuará na pauta de nossas
discussões.
• A formatação e hospedagem do nosso site, em processo de finalização, foi alvo de análise e
discussão por todos os presentes. Ressaltamos que a implementação do projeto do website do GT
está sob a responsabilidade de um web designer, contratado graças às contribuições pessoais dos
membros do GT.
• O Plano 2008-2010, que será apresentado e levado adiante pela nova coordenação eleita nesse
evento para o biênio 2008-2010 (ver item 3 mais adiante).
• A inclusão de novos membros no GT: os presentes avaliaram a solicitação de 05 candidatos a
novos membros do nosso grupo de trabalho. Apenas a solicitação feita pela pesquisadora Regina
Coeli Machado e Silva da UNIOESTE e pelo Prof. Dr. Cosme Batista dos Santos foram aceitas, já
que os demais solicitantes não apresentavam, na avaliação dos presentes, perfis compatíveis com
o escopo principal do GT.
2.2 Publicações coletivas do membros do GT
No biênio 2006-2008, foram organizadas e publicadas as seguintes coletâneas:
• Coletânea Espaços lingüísticos: resistências e expansões, organizada pelas colegas Kátia Santos Mota
(UNEB) e Denise Chaves de M. Scheyerl (UFBA) e lançada no IX Seminário de Lingüística Aplicada,
em Salvador, em dezembro de 2006. Importa esclarecer que essa coletânea corresponde àquela
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inicialmente prevista para ser organizada, no biênio, por Maria Inês P. Cox (UFMT) e Ana Antônia de
A. Peterson (UFMT). Nela, além do texto de introdução escrito por Marilda do Couto Cavalcanti,
aparecem 07 artigos de membros do nosso GT, a saber:
MARILDA DO COUTO CAVALCANTI
Apresentação
DENISE CHAVES DE MENEZES SCHEYERL E DOMINGOS SÁVIO PIMENTEL SIQUEIRA
Inglês for “all”: entre a prática excludente e a democratização viável.
ANA ANTÔNIA DE ASSIS-PETERSON
Hyppe ou Hype? – Para refletir sobre o binômio erro-correção no ensino de línguas
MARIA INÊS PAGLIANI COX
Ensino de Língua Portuguesa: por uma pedagogia da festa
TEREZINHA MACHADO MAHER
Uma Pequena Grande Luta: a escrita e o destino das línguas indígenas acreanas
AMÉRICA LÚCIA SILVA CÉSAR
“Focos de autonomia”: uma tentativa de redefinição política e localizada da autoria.
KÁTIA SANTOS MOTA (em co-autoria com Vera Lúcia Brito de Santos)
Línguas e Culturas Africanas: valores, crenças e atitudes circulantes na sala de aula ()
LAURA ALVAREZ LÓPEZ
A situação de Multilingüismo na Suécia: espaços competitivos?
• Coletânea Transculturalidade, Linguagem e Educação organizada por Marilda do Couto Cavalcanti
(Unicamp) e Stella Maris Bortoni-Ricardo (UnB), respectivamente, coordenadora e vice-
coordenadoras no biênio 2002-2004. Publicada em fevereiro de 2007, pela Mercado de Letras
(Campinas, SP) essa coletânea reúne 09 artigos de autoria de membros do nosso GT:
MARILDA DO COUTO CAVALCANTI & STELLA MARIS BORTONI-RICARDO
Introdução
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MARIA INÊS PAGLIANI COX & ANA ANTÔNIA DE ASSIS-PETERSON
Transculturalidade e Transglossia: para compreender o fenômeno das fricções lingüístico-
culturais em sociedades contemporâneas sem nostalgia
AMÉRICA LÚCIA SILVA CÉSAR & MARILDA DO COUTO CAVALCANTI
Do Singular para o Multifacetado: o conceito de língua como caleidoscópio
TEREZINHA MACHADO MAHER
Do Casulo ao Movimento: a suspensão das certezas na educação bilíngüe e intercultural
NEIVA JUNG & PEDRO GARCEZ
Além do Repertório Lingüístico: aspectos simbólicos diversos na construção da identidade étnico-
lingüística alemã na escola de comunidade rural multilíngüe
KÁTIA SANTOS MOTA
Mulheres Brasileiras Imigrantes nos Estados Unidos: (des)caminhos do bilingüismo em
trajetórias de identidades
JAQUELINE RODRIGUES MENDES
Aspectos da Construção das Práticas de Numeramento-Letramento na Formação de Professores
Indígenas
MARIA CERES PEREIRA (em co-autoria com Rinaldo Vitor da Costa)
Quando a Voz é o Silêncio: questões de língua e aprendizagem em contextos sociolingüisticamente
complexos
STELLA MARIS BORTONI-RICARDO
Da Cultura de Oralidade para a Cultura Letrada: a difícil transição
Além disso, encontra-se atualmente no prelo uma coletânea de artigos que compõem o número
temático (Transculturalidade, Linguagem e Educação) da Revista Trabalhos em Lingüística Aplicada,
uma publicação do Instituto de Estudos da Linguagem da UNICAMP. Organizada por nossa colega
Terezinha de Jesus M. Maher (Unicamp), essa publicação reúne 09 textos de autoria de membros do GT
originalmente previstos para serem publicados em Retratos de um Brasil Plural. A opção por publicar
essa produção do GT, não em uma nova coletânea independente, mas em uma revista indexada de
distribuição nacional deveu-se ao fato de os membros do GT entenderem que, assim procedendo,
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diversificar-se-iam os meios de divulgação de sua produção e possibilitar-se-ia maior acesso a ela, já que
esses textos estarão, em um futuro próximo, também disponíveis on-line. Os artigos incluídos na Revista
Trabalhos em Lingüística Aplicada, 2008(2), jul.-dez. (179 pgs.) são os seguintes:
MARIA INÊS PAGLIARINI COX
O português outro: entre mães e professoras de Letras
KATIA MARIA SANTOS MOTA
O tripé identidade, língua e nação nas falas de jovens brasileiros imigrantes nos Estados Unidos
ANA ANTÔNIA DE ASSIS-PETERSON
Como ser feliz no meio de anglicismos: processos transglóssicos e transculturais
MARISTELA PEREIRA FRITZEN
Ich spreche anders, aber das ist auch deutsch: línguas em conflito em uma escola rural localizada
em zona de imigração no sul do Brasil
REGINA COELI MACHADO E SILVA
Reordenação de identidades de imigrantes árabes em Foz do Iguaçu
DENISE SCHEYERL e SÁVIO SIQUEIRA
O Brasil pelo olhar do outro: representações de estrangeiros sobre os brasileiros de hoje
IVANI RODRIGUES SILVA
Quando ele fica bravo, o português sai direitinho; fora disso a gente não entende nada: o
contexto multilíngüe da surdez e o (re)conhecimento das línguas no seu entorno
TEREZINHA MACHADO MAHER
Em busca de conforto lingüístico e metodológico no Acre Indígena
MARIA ELENA PIRES SANTOS & MARILDA DO COUTO CAVALCANTI
Identidades híbridas, língua(gens) provisórias - alunos "brasiguaios" em foco
De forma a divulgar os resultados de suas investigações científicas também para além do mundo
acadêmico e, assim, tentar contribuir para a eliminação de preconceitos e estigmas em vigor na sociedade,
vários membros do GT investiram, no biênio, em outras formas de publicação (materiais didáticos e
paradidáticos; entrevistas e matérias na mídia escrita e televisiva). Dentre essas publicações, encontram-
se:
7
BORTONI-RICARDO S.M. Muitas pátrias, uma só língua. Revista do Correio (Braziliense), Brasília, p. 22 -
27, 20 jul. 2008.
BORTONI-RICARDO S.M. Educação diferenciada. Jornal da Comunidade, Brasília, p. C6 - C6, 03 maio
2008.
BORTONI-RICARDO S.M. Proibição da candidatura a cargo público dos cidadãos não-alfabetizados.
2008. (Programa de rádio ou TV/Entrevista).
CESAR, A. L. S. A língua no plural: entre a glotofagia e a resistência. Irohin, Brasília-DF, p. 27 - 28, 20 dez.
2007.
CÉSAR, A.L. & LIMA, M.N. Diversidade étnico-racial e cultura negra na escola. Campinas, SP:
MEC/CEFIEL/IEL/Unicamp, 2008 (fascículo paradidático – no prelo).
Garcez, P. M. O registro das línguas brasileiras como formas de vida e patrimônio cultural do Brasil.
Brasília, DF: IPHAN, 2006.
LIMA, M. N. M. (Org.). Literatura Afro-brasileira. Brasília: Fundação Cultural Palmares, 2006.
MAHER, T. M.; CAVALCANTI, M. C. Nos Bastidores dos Cursos de Formação de Professores Indígenas.
Campinas, SP: MEC/CEFIEL/IEL/Unicamp, 2008 (fascículo paradidático).
MAHER, T. M. e SENNA, V. O. (orgs.) Discutindo Problemas, Pensando Soluções – Português para as
Escolas da Floresta II. Rio Branco, Acre: Comissão Pró-Índio do Acre; Verona, Itália: Fundacione San
Zeno, 2007 (Livro didático, 193 páginas).
MAHER, T. M. O Mapeamento das Línguas Indígenas no Acre. Entrevista publicada na seção “Papo de
Índio”, Jornal Página 20, Rio Branco, Acre, 12-13 de fevereiro de 2006.
MOTA, K. M. S. Educação em terra estrangeira: conflito ou privilégio?. Gazeta Brazilian News, Fort
Lauderdale, Florida, p. 4 - 4, 08 ago. 2006.
SILVA, I. R.; CHEFFER, R.. A Construção de Histórias por Alunos Surdos: Aprendizagem Coletiva. ETD.
Educação Temática Digital, vol. 7, p. 76-87, 2006.
8
SILVA, I.R. & FAVORITO, W. Surdos na Escola. Campinas, SP: MEC/CEFIEL/IEL/Unicamp, 2008
(fascículo paradidático – no prelo).
2.3 Atividades de Extensão do GT
Como previsto, os membros do GT se engajaram em atividades de extensão como forma adicional
de divulgar o conhecimento produzido em suas pesquisas e de sensibilizar a sociedade para a questão das
diferenças lingüísticas e culturais em nosso país. A seguir, elencamos uma pequena amostragem do tipo de
atividades que vimos realizando:
• “Entre fronteiras: os processos imigratórios e seus reflexos no contexto escolar”. Curso de
Extensão ministrado na Unioeste (campus de Foz do Iguaçu) por Maria Elena Pires Santos e
Regina Coeli Machado (2006).
• “Do Afrodescendente às Minorias Étnicas”. Supervisão de Programa Institucional de Ações
Afirmativas feita por Maria Ceres Pereira (em conjunto com A. de J. Ferreira). PIAFRO (2006).
• “Ensino de Língua Portuguesa em situações multiculturais”. Mini-curso ministrado por Neiva
Jung (em conjunto com Valdir Heitor Barzotto) na Faculdade de Educação da Universidade de
São Paulo (2006).
• “Reflexões Teóricas e Perspectivas Educacionais: Multilingüismo na Fronteira”. Mini-curso
ministrado por Maria Elena Pires Santos no Colégio Estadual Mariano Camilo Paganoto, Foz do
Iguaçu (2007).
• “Inclusão da Dimensão Racial no Planejamento Estratégico das Organizações voltadas para a
Garantia de Direitos de Mulheres, Crianças, Adolescentes e Juventude”. Mini-curso ministrado
por Maria Nazaré Mota de Lima. Terre des Hommes/Suíssa. Salvador, BA (2007).
• “Construindo um Projeto Pedagógico: Usos da Linguagem e Diversidade Étnico-Racial”. Mini-
curso ministrado por Maria Nazaré Mota de Lima. Colégio Estadual Eulina
Piaggio.Cavunge\Ipecaetá,, BA (2007).
• “Diversidade Lingüística, Multiculturalismo e Educação”. Módulo ministrado por Terezinha
Machado Maher em Curso de Especialização para professores de Educação Infantil da rede
pública de Campinas, SP. (mar/jun. de 2008).
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• “Educação Escolar Indígena e seus Agentes Formadores”. Curso coordenado por Marilda do Couto
Cavalcanti (UNICAMP/CEFIEL) e ministrado por América Lúcia Silva César (UFBA) e a Profa
Pataxó Anari Braz Bomfim (monitora). Instituto Anísio Teixeira (Secretaria de Educação de
Sajvador – BA), 22 a 25 de abril de 2008 (40 horas).
• “Ensino na Diversidade”. Curso coordenado por Terezinha Machado Maher e ministrado por
Márcia Andréa dos Santos. Secretaria de Educação de Palmas – PR., abril/junho de 2008 (60
horas).
3. Dos planos do GT para o biênio 2008-2010
Durante nosso último encontro no biênio (XXIII ENANPOL, UFG, julho de 2008) foram eleitas as
novas coordenadoras do GT para o biênio 2006-2008, a saber:
Terezinha de Jesus M. Maher (Coordenadora)
Maria Elena Pires Santos (Subcoordenadora)
Na discussão dos planos para o próximo biênio, os membros do GT decidiram que as novas
propostas de publicação, para o biênio 2008-2010, deverão continuar aprofundando os conceitos-chave
no sentido de continuar aprofundando sua base conceitual, que atenda as especificidades dos sujeitos e da
pesquisa no campo de atuação do GT. Assim, foram apontados como relevantes os seguintes conceitos-
chave, dentre outros: nação/etnia, identidade, política lingüística, inclusão social, diferença, diversidade e
seus correlatos, no sentido de se promover uma reflexão teórica que responda às questões trazidas pelas
experiências de campo. Consideramos também relevantes continuar mantendo as iniciativas individuais
dos membros do nosso GT para buscar espaço em jornais e outras mídias locais para divulgar o que já
conhecemos no sentido de uma educação lingüística política e culturalmente implicada.
Chegou-se, além disso, à conclusão de que é preciso continuar investindo, não apenas na produção
teórica do grupo, mas também no intercâmbio com outros GTs e instituições de pesquisa afins, de modo a
garantir a articulação entre atividade de intervenção política, extensão e pesquisa. Concluiu-se também
que no plano para o novo biênio seria mantido o objetivo que já vem fazendo parte da nossa atuação
acadêmica: o compromisso com a implementação e crítica de políticas públicas voltadas para os nossos
contextos de pesquisa e o investimento na vulgarização do conhecimento resultante dessa prática para a
superação de preconceitos e invisibilidades.
No que tange ao site do GT, decidiu-se que o CPD da Unicamp seria consultado sobre a
possibilidade de hospedá-lo. Decidiu-se também que ficaria sob a responsabilidade da nova coordenação a
mediação com os membros do GT para a atualização das matérias e finalização do site. Sugeriu-se a
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inserção no nosso site de um espaço para a interação direta com os nossos colaboradores de pesquisa e a
produção de pequenas matérias com vista à divulgação dos resultados e questões que envolvem as nossas
pesquisas.
Ficou também decidido que o recadastramento dos atuais membros será feito pela nova
coordenação mediante consulta àqueles que não têm participado efetivamente dos encontros do grupo,
assim como a análise de novas propostas de filiação. O plano detalhado para o biênio 2008-2010 será
encaminhado pela nova coordenação posteriormente.
Salvador, 14 de setembro de 2008.
América Lúcia César
Maria Nazaré Mota de Lima
Coordenadora: América Lúcia Silva César
Programa de Pós-Graduação em Letras e Lingüística da Universidade Federal da Bahia e Programa de
Pós-Graduação em Estudos Étnicos e Africanos/CEAO/UFBA
e-mail: [email protected]
Subcoordenadora: Maria Nazaré Mota de Lima
Programa de Pós-Graduação Educação e Contemporaneidade da Universidade do Estado da Bahia.
e-mail: [email protected]
ANEXOS
Anexo 1
Participação dos membros do GT no IX Seminário de Lingüística Aplicada (UFBA, 07 a 10 de dezembro de
2006)
1. Mesa Redonda: Ensino e Aprendizagem de Língua na Contemporaneidade
Coordenadora: Profª. Drª. Denise Scheyerl (UFBA)
2. Mesa Redonda: O Espaço das Línguas Minoritarizadas
Coordenadora: Profª. Drª. América Lúcia Silva César (UFBA)
Participantes:
11
Profa. Dra. Kátia Mota (UNEB)
Profa. Terezinha Maher (UNICAMP)
Profa. Dra. Nídia Limeira de Sá (UFBA) (convidado)
Prof. Dr. Marcos Aparício Francisco (Santiago de Compostela) (convidado)
3. Mesa Redonda: O Ensino - Aprendizagem de Línguas Como Meio de Transformação Social
Participante:
Prof. Dr. Cosme Batista dos Santos (UNEB)
4. Mini Curso ministrado: Políticas e Direitos Lingüísticos (Profa. Dra.Terezinha Maher, UNICAMP)
5. Comunicações:
• Línguas às margens: projetos de autoria/autonomia na construção do currículo (América Lúcia
Silva César - UFBA)
• Inglês for “all”: entre a prática excludente e a democratização viável. (Denise Chaves de Menezes
Scheyerl / Domingos Sávio Pimentel Siqueira - UFBA)
• Aula de Makuxi numa escola indígena: uma análise da abordagem de ensinar (Déborah de Brito
Pontes Freitas - UFRR)
• O ensino de japonês no Brasil: perspectivas de pesquisa (Elza Taeko Dói -UNICAMP)
• A inteligência dos brancos é o livro e a inteligência dos guarani é o que eles ouvem e aprendem
de acordo com o que os mais velhos vão ensinando (Jackeline Rodrigues Mendes - USF)
• A (des) estabilização de definições na oralidade do professor (Cosme Batista dos Santos - UNEB)
• O conceito de educação bilíngüe em contexto multilíngüe em Moçambique (Samima Amade Patel
- UNICAMP)
• Repensando o local de aprendizagem: múltiplas perspectivas, velhos desafios (Oséas Bezerra
Viana Júnior - UFBA)
• Constituição Identitárias numa turma de EJA: uma leitura para além das margens (Terezinha
Oliveira Santos - UFBA)
Anexo 2
Programação do XVI InPLA (PUC-SP, 01 de maio de 2008).
Simpósio 26- Línguas, discurso e culturas à margem
Coordenação: América Lúcia Silva César (UFBA) e Kátia Maria Santos Mota (UFBA)
12
Debatedora: Marilda do Couto Cavalcanti (Unicamp)
26.1. Cartografia Sociolingüística no Acre Indígena: algumas impressões iniciais.
Terezinha Machado Maher (UNICAMP)
26.2. Inglês for all: entre a prática excludente e a democratização viável: como se vê e se comporta o
professor nesse debate?
Denise Scheyerl (UFBA)
Domingos Sávio P. Siqueira (UFBA)
26.3. Texto e Contexto: a história de uma produção de texto em língua indígena (terena).
Onilda Sanches Nincao (UEMS/PG-UNICAMP/FUNDECT-MS)
26.4. O uso de estrangeirismos e a visão do homem comum.
Ana Antônia de Assis-Peterson (Universidade Federal de Mato Grosso)
26.5. O ensino de LM/L2 para aprendizes surdos em uma escola inclusiva.
Ademilde Félix (Unicamp)
26.6. Patologização da alteridade lingüística: um caso exemplar.
Maria Inês Pagliarini Cox (Universidade Federal de Mato Grosso)
26.7. O lugar da fala na sala de aula de EJA.
Kátia Maria Santos Mota (Universidade do Estado da Bahia)
26.8. Configurações identitárias numa turma de EJA: uma leitura para além das margens.
Terezinha Oliveira Santos (Universidade Federal da Bahia)
26.9. Para além da diversidade: as práticas de linguagem híbrida no contexto de fronteira.
Maria Elena Pires Santos (Unioeste-Foz do Iguaçu)
26.10. Professores ouvintes e alunos surdos: representações culturais da escrita.
Ivani Rodrigues Silva (UNICAMP)
26.11. Por uma releitura das nossas práticas de pesquisa...
América Lúcia Silva César (Universidade Federal da Bahia)
Simpósio 27- Lingüística Aplicada e Transculturalidade
Coordenação: Nazaré Mota de Lima (UNEB) e Oseas Bezerra Viana Júnior (UFBA)
Debatedora: Terezinha Maher
27.1. Crianças de zona rural, alunos de escola urbana.
Dalva Infantini de Paiva (Unicamp)
27.2. Os sanseis e a atitude em relação à aprendizagem do japonês.
Elza Taeko Dói (Unicamp)
27.3. Línguas em e de contato e os PCN’s.
13
Clarice Nadir Von Borstel (Unioeste)
27.4. O instrumental de coleta de campo como motivador para a produção de registros.
Débora de Brito Albuquerque Pontes Freitas (UFR)
27.5. Os cursos de capacitação aos professores de japonês do CEL e CELEM: a compreensão e produção
oral.
Mayumi Edna Iko Yoshikawa (Fundação Japão em São Paulo)
Elza Taeko Dói (Unicamp)
27.6. Múltiplos contextos de aprendizagem: o saber em negociação.
Oseas Bezerra Viana Júnior (Universidade Federal da Bahia)
27.7. Diversidade Lingüística e sociocultural e formação de professores.
Márcia André dos Santos Fochzato (UNICAMP)
27.8. “Ich kann mein name mit letra junta und letra solta schreiben”: alternância de código em uma escola
rural em zona de imigração.
Maristela Pereira Fritzen (Unicamp/FURB)
27.9. A identidade étnico-racial na formação de professoras.
Maria Nazaré Mota de Lima (UFBA)
27.8. A presença da escrita em contextos de minorias: reflexões sobre significados construídos.
Jackeline Rodrigues Mendes (Universidade São Francisco)
Anexo 3
Resumos dos trabalhos apresentados pelos membros do GT no XVI InPLA (PUC-SP, 01 de maio de 2008).
Título do Simpósio Lingüística Aplicada e transculturalidade
Ementa: (mínimo150 palavras, máximo 250 palavras)
Considerando a complexidade dos contextos sociolingüísticos e culturais no âmbito das nossas
pesquisas no campo aplicado, neste simpósio a perspectiva centra-se na discussão sobre
ensino-aprendizagem de línguas no sentido de continuar refletindo sobre a diversidade dos
problemas concretos da linguagem, provindos das nossas práticas em suas implicações
teórico-metodológicas. Trata-se ainda de avançar na consideração das suas implicações
político-sociais direcionada para o compromisso social do pesquisador e uma efetiva
transformação das condições de produção acadêmica. São questões pertinentes ao nosso
escopo de trabalho o espaço ocupado pelos sujeitos no interior das instituições, seja no local de
trabalho ou em outros contextos que envolvem relações e tensões inter/transculturais, e os
significados atribuídos aos fazeres e saberes diversos. Além das abordagens teóricas no campo
dos estudos pós-coloniais e estudos culturais, da análise crítica do discurso, da crítica
14
feminista, entre outros aportes, que embasam a maioria dos nossos estudos, encontra-se
também o desafio de reconstrução dos referenciais teóricos numa perspectiva local,
sintonizada com os interesses dos sujeitos das pesquisas.
Apresentador (1)
Nome Dalva Infantini de Paiva
CPF 219.888.328-70
Instituição Universidade Estadual de Campinas - Unicamp
Cidade Campinas
UF SP
CEP 13720-000
Email [email protected]
Título do Trabalho CRIANÇAS DE ZONA RURAL, ALUNOS DE ESCOLA URBANA
Resumo: (mínimo150 palavras, máximo 250 palavras)
A escola tem papel fundamental no reforço do preconceito lingüístico (Bagno,1999), pois
veicula somente a variedade padrão em detrimento das demais, num ensino baseado na
dicotomia certo e errado que não reconhece as variedades próprias dos alunos, levando a um
apagamento de suas identidades. O ensino de português, portanto, não leva em conta a
heterogeneidade lingüística que a rede oficial de ensino agrega e, dessa forma, contribui para a
segregação social dos falantes de variedades não prestigiadas, desestimulando-os ao
aprendizado. No caso de alunos de zona rural, essa segregação lingüístico-social parece ser
ainda mais forte, pois as variedades lingüísticas não podem ser observadas sem a sua relação
com os aspectos cultural e local. Partindo-se deste recorte, este trabalho, de cunho etnográfico,
propõe uma reflexão a respeito da relação dos alunos de zona rural com a escola urbana e,
conseqüentemente, com o português padrão, considerando-se as diferenças culturais,
lingüísticas e de concepção de mundo que convivem num ambiente escolar que na tentativa de
tornar todos iguais, os faz crer que a diferença é uma deficiência. O trabalho de campo foi
realizado em uma escola pública localizada no interior do Estado de São Paulo.
Apresentador (2)
Nome Elza Taeko Dói
CPF 103.864.238-81
Instituição Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
Cidade Campinas
15
UF SP
CEP 13084-971
Email [email protected], [email protected]
Título do Trabalho Os sanseis e a atitude em relação à aprendizagem do japonês
Resumo: (mínimo150 palavras, máximo 250 palavras)
Tendo como base os dados das entrevistas realizadas com os nikkeis (imigrantes japoneses e
seus descendentes) em duas comunidades nikkeis do Estado de São Paulo, este trabalho tem
como objetivo conhecer a percepção e a avaliação dos entrevistados sanseis (terceira geração,
netos de imigrantes) em relação ao uso do japonês e ao próprio desempenho na língua.
Interessa-nos conhecer a opinião desses informantes quanto à preservação e ao ensino do
japonês, e a transmissão da cultura japonesa entre os nikkeis brasileiros. A pesquisa fez parte
do “Projeto de pesquisa sobre as línguas faladas nas comunidades Nikkei do Brasil” (2003),
coordenado pela Universidade de Osaka (Osaka, Japão). Realizado em conjunto com
pesquisadores japoneses, o projeto teve como objetivo a documentação das línguas faladas
pelos nikkeis no Brasil. A partir dos dados utilizados neste trabalho, coletados das entrevistas
realizadas por pesquisadores brasileiros, podemos verificar uma atitude positiva dos
informantes sanseis em relação à aprendizagem da língua.
Apresentador (3)
Nome Clarice Nadir Von Borstel
CPF 231078809-06
Instituição Unioeste
Cidade Marechal Cândido Rondon
UF Paraná
CEP 85960-000
Email [email protected]
Título do Trabalho Línguas em e de contato e os PCN’s
Resumo: (mínimo150 palavras, máximo 250 palavras)
Este estudo leva a refletir sobre os fenômenos de usos de línguas em e de contatos, em
comunidades multilíngües, um cenário de descendentes de (i)migrantes de vários estados do
país e de países, principalmente aquele que se encontra na fronteira. Mostram-se alguns
problemas textuais dos PCN’s – Introdução, Língua Portuguesa e Pluralidade Cultural,
documentos de orientação para o professor e facilitador em sua prática pedagógica, em
nenhum momento, faz uma reflexão sobre os traços pluriculturais e interlingüísticos, um tão
complexo tema e tão real como o da diversidade de línguas em e de contato (alternância de
código, alternância e interferências gramaticais e mistura de línguas) na região do Lago de
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Itaipu, na costa paranaense. Em comunidades de fala do Brasildeutsch (a hibridização
lingüística de vários dialetos alemães trazidos para o Brasil, mais o alemão institucionalizado e
o português brasileiro com suas variáveis no sul do país); do talian (o falar italiano brasileiro
em situações de poliglossia com traços dialetais do italiano normativo em um processo de
hibridização com o português brasileiro); do falar polaco (traços dialetais do falar polonês
brasileiro com o português brasileiro) e o falar portunhol (traços do léxico do guarani
paraguaio (el guarani japorá), do castelhano/espanhol e o português brasileiro), em um
cenário sociolingüístico/pragmático real, de fatos interculturais e interlingüísticos, nesta
região de divisa entre estados do Paraná e Mato Grosso do Sul e fronteiras entre o Brasil e
Paraguai.
Apresentador (4)
Nome Débora de Brito Albuquerque Pontes Freitas
CPF 299990304-91
Instituição Universidade Federal de Roraima – UFR
Cidade Boa Vista
UF RR
CEP 69304-000
Email [email protected]
Título do Trabalho O instrumental de coleta de campo como motivador para a produção
de registros.
Resumo: (mínimo150 palavras, máximo 250 palavras)
Numa pesquisa de cunho etnográfico faz-se necessário a reflexão constante por parte do
pesquisador que, estando em campo, torna-se parte deste, interferindo sensivelmente no
evento observado. Esta interferência, sendo vista pelo olhar do lingüista aplicado relativiza o
conceito pré-estabelecido ao longo de nossa vida acadêmica quanto à neutralidade e à
imparcialidade da pesquisa científica. Uma perspectiva que era, sem dúvida, confortável,
porém utópica. No cenário da coleta de campo pesquisador e instrumental de coleta
transformam-se, de observador e maquinários em elementos que, pela sua simples presença,
são motivadores de construções de identidades diante do olhar do outro e do seu próprio
olhar, na medida em que o registro em fotos, filmagens e gravações de áudio podem, em tese,
ser vistos pelos atores da cena em observação. A desestabilização de um roteiro previamente
traçado por vezes gera desconforto e sensação de dúvidas e incertezas, mas, ao ser encarado
como um planejamento, a angústia momentânea transforma, através da revisitação vicária, os
eventos gravados e registrados no diário de campo em novos elementos para análise.
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Apresentador (5)
Nome Mayumi Edna Iko Yoshikawa
CPF 088.256.738-17
Instituição Fundação Japão em São Paulo
Cidade São Paulo
UF SP
CEP 04144-020
Email [email protected]
Nome – co-autor Elza Taeko Dói
CPF 103.864.238-81
Instituição Instituto de Estudos da Linguagem-Unicamp
Cidade Campinas
UF SP
CEP 13084-971
E-mail [email protected]
Título do Trabalho Os cursos de capacitação aos professores de japonês do CEL e
CELEM: a compreensão e produção oral
Resumo: (mínimo150 palavras, máximo 250 palavras)
Esta comunicação tem como objetivo discorrer sobre os cursos de capacitação de professores
de língua japonesa oferecidos regularmente pela Fundação Japão em São Paulo, aos
professores que ministram aulas de língua japonesa nas escolas estaduais do CEL (Centro de
Estudo de Línguas) do Estado de São Paulo e do CELEM (Centro de Línguas Estrangeiras
Modernas) do Estado de Paraná. Considerando que os professores responsáveis pelo ensino
dessa língua nem sempre têm formação na área específica de ensino de línguas e de língua
japonesa, os cursos de capacitação pretendem passar as informações e conhecimentos
necessários tanto para o exercício de suas atividades em sala de aula, quanto para propiciar
reflexões sobre a sua prática no ensino de japonês, aos alunos do ensino fundamental. Nesta
comunicação, focalizaremos especificamente as questões relacionadas com a compreensão e
produção oral do japonês, tendo como base o aspecto fonético do japonês e do português,
tópico pouco tratado entre os professores de japonês que atuam nos cursos de ensino
fundamental.
Apresentador (6)
Nome Oseas Bezerra Viana Júnior
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CPF 022.921.944-65
Instituição Universidade Federal da Bahia
Cidade Salvador
UF Ba
CEP 40.130-030
Email [email protected]
Título do Trabalho Múltiplos contextos de aprendizagem: o saber em negociação
Resumo: (mínimo150 palavras, máximo 250 palavras)
A sala de aula se configura como um local de aprendizagem por natureza, um ambiente
multifacetado, no qual várias microculturas, nos termos de Erickson (ERICKSON, 1990), se
entrecruzam. Além disso, a representação que os alunos fazem da escola onde estudam – se
mais ou menos tradicional, se mais populosa, de classes de minorias ou de classe média,
influencia em sua maneira de agir e se comportar (SOUZA FILHO e DURANDEGUI, 2003)
nesse ambiente. Por abrigar indivíduos advindos de variadas realidades, normalmente, a sala
de aula também se configura como um local de tensões, onde as expectativas e ações dos
sujeitos precisam ser (re)negociadas em função da proposta do professor e dos colegas de sala.
Esta comunicação pretende, a partir de depoimentos e entrevistas de alunos de inglês, de nível
básico, do Curso de Extensão da UFBA, repensar a sala de aula levando em consideração as
expectativas dos alunos quanto à aprendizagem da língua, ou seja, como se configura estar em
uma escola de idiomas bem como analisar os fatores que se apresentaram como conflitantes
encontrados em sua aprendizagem.
Apresentador (7)
Nome Márcia André dos Santos Fochzato
CPF 898805109-25
Instituição UNICAMP
Cidade Campinas
UF SP
CEP 13083-970
Email [email protected]
Título do Trabalho LINGUAGEM, IDENTIDADE E ESCOLA: OS SIGNIFICADOS
CONTRUÍDOS PELOS PROFESSORES KAINGANG DA TERRA
INDÍGENA DE PALMAS/PR.
Resumo: (mínimo150 palavras, máximo 250 palavras)
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Este trabalho, tem por objetivo explicitar como, para um grupo de professores kaingang da
terra indígena de Palmas PR, o espaço escolar, a língua e a terra se tornam meios e/ou
ferramentas de afirmação da identidade/diferença e não apenas um espaço para valorização
e/ou recuperação da cultura como propõe os discursos oficiais sobre educação diferenciada.
Conclui-se, que o investimento do grupo de professores na posição da diferença, ou seja, na
identidade kaingang, vale-se da ocupação do espaço escolar enquanto lugar de afirmação da
identidade através da manutenção da memória e valorização histórica; lugar de acesso aos
conhecimentos institucionalizados, os quais lhes garantem a sobrevivência no atual tempo e
espaço; arena discursiva onde os significados são disputados e legitimados. O discurso
kaingang apresenta-se estrategicamente utilizando-se da representação cultural como base
para um movimento político de acesso aos bens materiais e simbólicos da sociedade não-índia.
Apresentador (8)
Nome Maristela Pereira Fritzen
CPF 453990189-34
Instituição PG/Unicamp, Furb
Cidade Blumenau
UF SC
CEP 89053-540
Email [email protected]
Título do Trabalho “ICH KANN MEIN NAME MIT LETRA JUNTA UND LETRA SOLTA
SCHREIBEN”: ALTERNÂNCIA DE CÓDIGO EM UMA ESCOLA
RURAL EM ZONA DE IMIGRAÇÃO
Resumo: (mínimo150 palavras, máximo 250 palavras)
O presente estudo, de cunho etnográfico, situado na área da Lingüística Aplicada, pretende
contribuir para a compreensão da situação bilíngüe (multilíngüe) em uma escola
multisseriada, localizada em área rural do Estado de Santa Catarina. No cenário de pesquisa,
sociolinguisticamente complexo, pode-se perceber uma relação diglóssica, assimétrica e de
conflito entre as línguas minoritárias empregadas na interação social e a língua nacional
hegemônica. O foco da análise, mediante excertos de transcrições de áudio e vídeo da
interação face a face na escola, está no fenômeno da alternância de código
(português/alemão), cuja ocorrência, em geral, é estigmatizada e vista como um problema
relacionado à falta de conhecimento lingüístico. Visto a partir de uma perspectiva social, o
fenômeno da alternância de código entre crianças bilíngües em contextos de línguas
minoritárias, pressionados por políticas monolíngües, pode ser revelador de diferentes
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estratégias comunicativas e possuir importantes funções na construção das identidades sociais
dentro da dinâmica interacional.
Palavras-chave: multilingüismo, interação, alternância de código.
Apresentador (9)
Nome Terezinha Machado Maher
CPF 103.884.778-81
Instituição UNICAMP
Cidade Campinas
UF São Paulo
CEP 13.089-970
Email [email protected]
Título do Trabalho Cartografia Sociolingüística no Acre Indígena: algumas impressões
iniciais
Resumo: (mínimo150 palavras, máximo 250 palavras)
No Acre Indígena, a língua portuguesa vem, rapidamente e de forma predatória, ganhando
cada vez mais domínios comunicativos, colocando em risco a sobrevivência das línguas
indígenas locais. Alguns professores-pesquisadores indígenas do Acre começaram, no início
de 2006, projetos de pesquisa com o intuito de observar, de forma sistemática, suas próprias
comunidades de fala para tentar entender a movimentação diglóssica em suas aldeias, de
modo a poder planejar políticas lingüísticas de fortalecimento de suas línguas tradicionais. O
objetivo dessa comunicação é apresentar e discutir alguns dos dados iniciais gerados por essas
pesquisas. Em um primeiro momento, o trabalho focalizará questões de ordem metodológica,
apontando os entraves encontrados pelos professores em questão no processo de geração e
registro dos dados, bem como as soluções encontradas para resolver tais problemas. Em
seguida, serão analisadas as representações desses professores sobre o grau de vitalidade atual
das línguas tradicionais de suas etnias e os argumentos por eles utilizados para justificar tais
percepções.
Apresentador (10)
Nome Maria Nazaré Mota de Lima
CPF 289142525-15
Instituição UFBA
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Cidade Salvador
UF Ba
CEP 41720-040
Email [email protected]
Título do Trabalho A identidade étnico-racial na formação de professoras
Resumo: (mínimo150 palavras, máximo 250 palavras)
Na apresentação irei abordar aspectos teóricos e metodológicos associados à formação de
professoras em história e cultura afro-brasileira e africana, visando sua incorporação ao
currículo da escola básica. Resulta da ação do CEAFRO - programa de educação e
profissionalização para a igualdade racial e de gênero, vinculado ao CEAO/UFBA - junto à
Secretaria Municipal de Educação de Salvador/Ba, a partir de 2001. A formação visa preparar
as educadoras e educadores envolvidos para implementação da Lei 10.639/03 e pressupõe as
identidades de formadoras e de professoras em formação. Os conceitos que orientam a
formação, assim como os etnométodos construídos no percurso serão analisados, com o
intuito de dimensionar qual o papel dessas identidades no processo formativo. O trabalho se
baseia em reflexões construídas seja na experiência de formação, seja no processo de tese de
doutoramento em que analiso esta experiência, associando dimensões relacionais das
problemáticas que emergem das narrativas de formadoras e de professoras entrevistadas.
Anexo 4
Programação do simpósio do GT no XXIII ENANPOL (Universidade Federal de Goiás, 2-4 de julho de
2008.
GT 31 - Transculturalidade, Lingüagem e Educação
Coordenadora: América Lúcia Cesar
02/07/2008 – Trabalhos apresentados:
• Linguas, culturas à margem: fronteiras disciplinares e a necessidade da teoria (América Lúcia
Silva César – UFBA)
• Relato de uma experiência de leitura e produção de textos com indivíduos portadores de
deficiência visual (Maria do Socorro Sapucaia Sepúlveda Netto – UFBA)
• As políticas de inclusão no contexto de fronteira: ambivalência de termos e conceitos (Maria
Elena Pires Santos)
• Vozes e olhares indígenas como vieses/janelas de reflexão sobre as concepções de letramento,
letramento acadêmico e letramento digital (Marilda do Couto Cavalcanti – UNICAMP)
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• Representações sobre línguas de imigração entre professores em formação (Maristela Pereira
Fritzen – FURB)
• Em busca de mais conforto lingüístico: a perspectiva de professores pesquisadores indígenas do
Acre (Terezinha de Jesus Machado Maher – UNICAMP)
03/07/2008 - Reunião de trabalho (pauta)
• Discutir os principais eixos teórico-metodológicos que configuram o grupo e avaliar a sua
produção teórica, considerando seus impactos nos diferentes contextos de pesquisa;
• Relatório das atividades no biênio 2006-2008
• Discussão sobre o formato do site do GT
• Definir metas para o novo biênio;
• Aprovação de ingresso de novos membros;
• Eleição da nova coordenação.