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INFECÇÃO ASSOCIADA AOS
CUIDADOS DE SAÚDE
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OBJECTIVOS:
• Compreender a problemática decorrente da infecção associada aos cuidados de saúde.
• Compreender os fundamentos inerentes às diferentes estratégias preventivas.
• Conhecer o papel do enfermeiro na prevenção, diagnóstico e controlo da infecção associada aos cuidados de saúde.
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• Conceito de infecção associada aos cuidados de saúde. • Epidemiologia das infecções associadas aos cuidados de saúde. • Principais infecções associadas aos cuidados de saúde.• Factores associados à incidência e prevalência das infecções associadas aos cuidados de saúde. • Consequências das infecções associadas aos cuidados de saúde.
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CONTEÚDOS
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• Medidas de prevenção: medidas de precaução universais, medidas de protecção individual, medidas de isolamento protector, a lavagem das mãos, a limpeza, a desinfecção e a esterilização. • A estrutura arquitectónica das instituições de saúde e a prevenção da infecção associada aos cuidados de saúde. •A gestão dos resíduos produzidos nas instituições de saúde. • O papel do enfermeiro na prevenção, diagnóstico e controlo das infecções associadas aos cuidados de saúde.• A vigilância epidemiológica das infecções associadas aos cuidados de saúde.
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CONTEÚDOS
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INFECÇÃO
INFECÇÃO ASSOCIADA AOS
CUIDADOS DE SAÚDE (IACS)
CONTAMINAÇÃO
ASSEPSIA ANTISSEPSIA LIMPEZA
DESINFECÇÃO ESTERILIZAÇÃO PRECAUÇÕES UNIVERSAIS
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INFECÇÃO ASSOCIADA AOS CUIDADOS DE SAÚDE (IACS)
É UMA INFECÇÃO ADQUIRIDA PELOS DOENTES EM
CONSEQUÊNCIA DOS CUIDADOS DE SAÚDE
PRESTADOS E QUE PODE, TAMBÉM, AFECTAR OS
PROFISSIONAIS DE SAÚDE DURANTE O EXERCÍCIO
DA SUA ACTIVIDADE.(DGS, 2007)
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EPIDEMIOLOGIA
• PREVALÊNCIA NA MAIORIA DOS PAÍSES EUROPEUS: 5 A
10%
• PORTUGAL (MAIO DE 2003): 8,4%
• INFECÇÃO POR MRSA NO SUL DA EUROPA: 20 A 40%
• PORTUGAL 2004: CERCA DE 50%
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A IACS ATINGE MAIS DE 1,4 MILHÕES DE PESSOAS NO MUNDO
• NOS HOSPITAIS ESTA INFECÇÃO VARIA ENTRE OS 8 E OS 12%
A INFECÇÃO ADQUIRIDA NO HOSPITAL CONDICIONA:
• AUMENTO DA DEMORA MÉDIA GLOBAL EM 3,1 - 4,5 D
• MULTIPLICAÇÃO DOS CUSTOS POR QUATRO
• ACRÉSCIMO DA MORTALIDADE (4,3 A 7,4%)
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EPIDEMIOLOGIA
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CONSEQUÊNCIAS DAS IACS
• AUMENTO DA MORBILIDADE
• AUMENTO DA MORTALIDADE
• AUMENTO DOS CUSTOS DIRECTOS
• AUMENTO DOS CUSTOS INDIRECTOS
• AFECTA A QUALIDADE DOS CUIDADOS
• AFECTA A QUALIDADE DE VIDA DOS DOENTES
• AFECTA A SEGURANÇA DOS DOENTES E DOS PROFISSIONAIS
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HELICS:C. Suetens. ESQH Workshop – Brussels 2001
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LOCALIZAÇÃO DAS IACS MAIS COMUNS:
• Infecções das vias respiratórias: 30,4%
• Infecções das vias urinárias: 23,8%
• Infecções da ferida operatória: 12,9%
• Infecções hematogéneas: 9,0%
Inquérito de prevalência nacional, 2003
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Hospedeiro susceptível
Agente infeccioso
Reservatório
Porta de saída
Modo de transmissão
Porta de entrada
Cadeia Epidemiológica
da Infecção
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PRINCIPAIS MICRORGANISMOS ASSOCIADOS A IACS
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RESERVATÓRIOS:
1. FLORA PERMANENTE OU TRANSITÓRIA DO
DOENTE
INFECÇÃO ENDÓGENA
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RESERVATÓRIOS:
2. FLORA DE OUTRO DOENTE OU DOS PROFISSIONAIS
• POR CONTACTO DIRECTO: MÃOS
• PELO AR
• ATRAVÉS DE PROFISSIONAIS CONTAMINADOS
• ATRAVÉS DE OBJECTOS CONTAMINADOS
INFECÇÃO EXÓGENA, CRUZADA
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RESERVATÓRIOS:
3. FLORA DO AMBIENTE DA INSTITUIÇÃO
• NA ÁGUA, ÁREAS HÚMIDAS, DESINFECTANTES
• ROUPAS, EQUIPAMENTOS, MATERIAIS DE USO COMUM
• NOS ALIMENTOS
• NAS POEIRAS, NOS NÚCLEOS DE GOTÍCULAS DURANTE
A TOSSE OU A FALA
INFECÇÕES AMBIENTAIS EXÓGENAS, ENDÉMICAS OU EPIDÉMICAS
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CONCLUINDO:
AS PESSOAS SÃO O CENTRO DO FENÓMENO:
Reservatório e fonte de
microrganismos
Transmissor
Receptor de microrganismos: novo
reservatório
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OR
IGE
M D
A I
AC
S
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FACTORES ASSOCIADOS AO AUMENTO DA INCIDÊNCIA E PREVALÊNCIA DAS IACS
FACTORES INTRÍNSECOS
AO HOSPEDEIRO
DOENÇA DE BASE
FACTORES PESSOAIS
FACTORES EXTRÍNSECOS
AO HOSPEDEIRO
MEIO AMBIENTE
AGRESSÕES AO
HOSPEDEIRO
QUALIDADE DOS
CUIDADOS
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PROGRAMAS DE CONTROLO DAS IACS:
• PROGRAMAS NACIONAIS DE CONTROLO DA INFECÇÃO
• PROGRAMAS REGIONAIS DE CONTROLO DA INFECÇÃO
• PROGRAMAS INSTITUCIONAIS DE CONTROLO DA INFECÇÃO
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COMISSÕES DE CONTROLO DA INFECÇÃO
PROFISSIONAIS DE CONTROLO DA INFECÇÃO (ELOS DE LIGAÇÃO)
MANUAIS DE CONTROLO DA INFECÇÃO
EDUCAÇÃO E TREINO DO PESSOAL HOSPITALAR
PROGRAMAS INSTITUCIONAIS DE CONTROLO DAS IACS
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A PREVENÇÃO E O CONTROLO DAS IACS:
•REDUÇÃO DA TRANSMISSÃO DE PESSOA PARA PESSOA
• REDUÇÃO DA TRANSMISSÃO PELOS MATERIAIS E
EQUIPAMENTOS
• REDUÇÃO DA TRANSMISSÃO AMBIENTAL
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REDUÇÃO DA TRANSMISSÃO DE PESSOA PARA PESSOA
• TÉCNICAS DE LAVAGEM DAS MÃOS
• TÉCNICA DE DESCONTAMINAÇÃO DAS MÃOS
HIGIENE DAS MÃOS
• BATA GORRO
• LUVAS PROTECÇÃO DO CALÇADO
• MÁSCARA ÓCULOS/VISEIRA
UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTO DE
PROTECÇÃO INDIVIDUAL
• VESTUÁRIO DE TRABALHO CALÇADO
• UNHAS CABELOS JÓIASCUIDADO PESSOALES
TR
AT
ÉG
IAS
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UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTO PROTECÇÃO INDIVIDUAL (EPI)
Conceito: vestuário ou equipamento especial usado por um profissional com a finalidade de se proteger contra materiais contaminados.
OSHA
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OSHA: regulamenta as responsabilidades dos empregadores
UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTO PROTECÇÃO INDIVIDUAL (EPI)
• Providenciar EPI apropriado• Assegurar que EPI é descartável• Assegurar um adequado tratamento (limpeza, reparação, armazenamento) no caso de material reutilizável• Assegurar a formação dos profissionais para adequada utilização do equipamento
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EQUIPAMENTO PROTECÇÃO INDIVIDUAL (EPI):
• Luvas•Bata
•Máscara•Óculos•Viseira•Gorro
•Protectores calçado•Avental
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MEDIDAS DE
PROTECÇÃOINDIVIDIAL
CO
LO
CA
ÇÃ
O: O
RD
EM
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MEDIDAS DE
PROTECÇÃOINDIVIDIAL
RE
TIR
AR
: OR
DE
M:
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REDUÇÃO DA TRANSMISSÃO PELOS MATERIAIS E EQUIPAMENTOS
LIMPEZADESINFEC
ÇÃOESTERILIZA
ÇÃO
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REDUÇÃO DA TRANSMISSÃO PELOS MATERIAIS E EQUIPAMENTOS
LIMPEZA
• PROCESSOS QUE PERMITEM REMOVER A SUJIDADE
VISÍVEL PRESENTE NOS OBJECTOS E SUPERFÍCIES.
• REALIZADA MANUALMENTE OU MECANICAMENTE COM
ÁGUA E DETERGENTE OU PRODUTOS ENZIMÁTICOS
• REQUER A UTILIZAÇÃO DE EPI
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REDUÇÃO DA TRANSMISSÃO PELOS MATERIAIS E EQUIPAMENTOS
DESINFECÇÃO
• PROCESSOS QUE PERMITEM A ELIMINAÇÃO DE
MUITOS OU DE TODOS OS MICRORGANISMOS
PATOGÉNICOS, EXCEPTO AS SUAS FORMAS DE
RESISTÊNCIA, PRESENTES NOS OBJECTOS
INANIMADOS.
• MÉTODOS QUÍMICOS
• MÉTODOS FÍSICOS (PASTEURIZAÇÃO)
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REDUÇÃO DA TRANSMISSÃO PELOS MATERIAIS E EQUIPAMENTOS
DE
SIN
FE
CTA
NT
ES
ANTISSÉPTICOS: germicidas com indicação para tecidos vivos ou pele
DESINFECTANTES: antimicrobianos com indicação para os objectos inanimados
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REDUÇÃO DA TRANSMISSÃO PELOS MATERIAIS E EQUIPAMENTOS
ESTERILIZAÇÃO
• PROCESSOS QUE DESTRÓEM OU ELIMINAM TODAS
AS FORMAS DE VIDA MICROBIANA (INCLUINDO AS
SUAS FORMAS DE RESISTÊNCIA).
• MÉTODOS FÍSICOS
• MÉTODOS QUÍMICOS
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REDUÇÃO DA TRANSMISSÃO PELOS MATERIAIS E EQUIPAMENTOS
EFICÁCIA DOS PROCESSOS DEPENDE DE:• Limpeza dos materiais
• Presença de matéria orgânica
• Tipo e nível de contaminação
•Concentração e tempo de exposição ao germicida
•Natureza física do objecto
• Presença de biofilme
•Temperatura e pH do processo de desinfecção
• Humidade relativa do processo de esterilização
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REDUÇÃO DA TRANSMISSÃO PELOS MATERIAIS E EQUIPAMENTOS
(ACETATO 1)
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REDUÇÃO DA TRANSMISSÃO PELOS MATERIAIS E EQUIPAMENTOS
A SELECÇÃO DO PROCESSO DE
REPROCESSAMENTO DE MATERIAL:
CLASSIFICAÇÃO DE SPAULDING (ACETATO 2)
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REDUÇÃO DA TRANSMISSÃO PELOS MATERIAIS E EQUIPAMENTOS
CUIDADOS A TER NA MANIPULAÇÃO E ARMAZENAMENTO DE MATERIAL
ESTERILIZADO (DOCUMENTO)
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REDUÇÃO DA TRANSMISSÃO PELOS MATERIAIS E EQUIPAMENTOS
CUIDADOS A TER COM OS TÊXTEIS
USADOS
CONTAMINADOS/ SUJOS
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REDUÇÃO DA TRANSMISSÃO PELOS MATERIAIS E EQUIPAMENTOS
Princípios da manipulação de têxteis:
• NÃO AGITAR OU SACUDIR
• SEPARAR AS ROUPAS CONTAMINADAS COLOCANDO-AS
EM SACOS PRÓPRIOS
•EVITAR O CONTACTO COM O CORPO OU VESTUÁRIO
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FLUXOGRAMA DO PROCESSO DE REPROCESSAMENTO DE MATERIAIS
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REDUÇÃO DA TRANSMISSÃO AMBIENTAL
ESTRUTURA ARQUITECTÓNICA:
• MATERIAIS DE REVESTIMENTO
• VENTILAÇÃO
•CIRCUITOS
•ÁGUAS
•LIXOS
•ESGOTOS
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REDUÇÃO DA TRANSMISSÃO AMBIENTAL
LIMPEZA DO AMBIENTE HOSPITALAR: princípios
• O poder da limpeza está associado à acção mecânica
•90% dos microrganismos estão contidos na sujidade visível
•Devem existir políticas que especifiquem a frequência, os
produtos e os métodos de limpeza
•Todas as áreas/superfícies visivelmente contaminadas com
sangue ou fluidos corporais devem ser imediatamente limpos
•Todas as superfícies horizontais e sanitários devem ser limpos
diariamente
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REDUÇÃO DA TRANSMISSÃO AMBIENTAL
LIMPEZA DO AMBIENTE HOSPITALAR:
OS MÉTODOS E A FREQUÊNCIA DEPENDEM DO RISCO QUE
COMPORTA CADA ZONA
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REDUÇÃO DA TRANSMISSÃO AMBIENTAL
ZONA A: sem contacto com doentes
LIMPEZA COMUM
ZONA B: contacto com doentes não
infectados
LIMPEZA HÚMIDA
ZONA C: doentes infectados
LIMPEZA COM DESINFECTANTE
ZONA D: doentes altamente susceptíveis
LIMPEZA COM DESINFECTANTE 2XDIA
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PRECAUÇÕES STANDARD
• Constituem a primeira estratégia preventiva
relativamente à prevenção das IACS
• Baseiam-se no princípio de que todo o sangue,
fluidos corporais, secreções, excreções (excepto o
suor), a pele lesada e as membranas mucosas
podem conter agentes transmissíveis.
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• Incluem um conjunto de medidas preventivas que
devem ser aplicadas a todos os doentes
independentemente da suspeita de infecção ou
infecção confirmada, em qualquer unidade de
prestação de cuidados.
PRECAUÇÕES STANDARD
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Medidas standard
Higiene mãos
EPI
Agulhas
Controlo ambiental
Texteis
Colocação dos
doentes
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HIGIENE DAS MÃOS:
• Após tocar em sangue, fluidos corporais,
secreções, excreções, objectos contaminados.
• Imediatamente após retirar luvas
• Entre contacto com doentes
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EQUIPAMENTO DE PROTECÇÃO INDIVIDUAL
LUVAS:
• Contacto com sangue, fluidos corporais, secreções,
excreções, objectos contaminados.
• Contacto com membranas mucosas e pele não intacta.
BATA:
• Durante procedimentos e cuidados aos doentes em que é
previsível o contacto com roupas/pele com sangue, fluidos
corporais, secreções ou excreções
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EQUIPAMENTO DE PROTECÇÃO INDIVIDUAL
MÁSCARA, PROTECÇÃO OCULAR, VISEIRA:
• Durante procedimentos e cuidados capazes de originar
aerossóis, sprays de sangue, fluidos corporais secreções,
excreções, especialmente aspiração e entubação
endotraqueal
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EQUIPAMENTO CONTAMINADO
• Manipular de modo a prevenir a
contaminação de outros ou do ambiente
• Utilizar luvas se visivelmente contaminados
• Realizar higiene das mãos
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CONTROLO AMBIENTAL
• Implementar procedimentos de limpeza e
desinfecção das superfícies, em especial as tocadas
mais frequentemente nas áreas de cuidados aos
doentesTÉXTEIS
• manipulá-los de modo a prevenir a transferência dos
microrganismos para outros ou para o ambiente
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AGULHAS E OUTROS CORTOPERFURANTES
• Não recolocar a tampa, dobrar, partir ou tocar com
as mãos as agulhas usadas
• se necessário recolocar a tampa, utilizar apenas
uma mão (demonstrar)
• utilizar dispositivos de segurança se disponíveis
• colocar as agulhas e corto perfurantes no contentor
apropriado
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REANIMAÇÃO DOS DOENTES
• Utilizar protecção para a boca e outros
equipamentos que previnam o contacto directo
com a boca e secreções orais.
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COLOCAÇÃO DO DOENTE
Priorizar a colocação em quarto individual quando:
• há um elevado risco de transmissão
• há elevada possibilidade de contaminar o ambiente
• o doente não respeita os cuidados de higiene
requeridos
•Tem uma elevada susceptibilidade às infecções
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Novos elementos nas medidas standard:
• Práticas de injecção seguras
• Medidas de higiene respiratória
• Uso de máscara na inserção de
cateteres ou injecção de material no
espaço sub-dural via punção lombar
PR
OT
EC
ÇÃ
O
DO
S
DO
EN
TE
S
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HIGIENE RESPIRATÓRIA • instruir as pessoas sintomáticas para cobrirem a
boca/nariz quando espirrarem/tossirem
• utilizar lenços descartáveis e colocar no recipiente
apropriado
• cumprir a higiene das mãos após sujar as mãos com
secreções respiratórias
• utilizar máscara se tolerado ou manter a distância de
pelo menos 1 metro das outras pessoas
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PAPEL DO ENFERMEIRO RELATIVAMENTE À
PREVENÇÃO, DIAGNÓSTICO E
CONTROLO DAS IACS
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PRINCIPAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
•Centers for Disease Control and Prevention. (2002). Guideline for Hand Hygiene in Health-Care Settings: Recommendations of the Healthcare Infection Control Practices
Advisory Committee and the HICPAC/SHEA/APIC/IDSA Hand Hygiene Task Force. Atlanta: author.• Comissão de Controlo da Infecção - Hospital Central do Funchal. (s.d.). Resíduos hospitalares. Funchal: autor.• Ducel, G., Fabry, J., Nicolle, L. Eds. (2002). Prevenção de infecções adquiridas no hospital. Um guia prático (2ª ed.). Lisboa: Instituto Nacional de Saúde Dr Ricardo Jorge.•OMS. (2003). Practical guidelines for infection control in healthcare facilities. Geneva: author. •Rutala, W.; Weber, D. J.; The Healthcare Infection Control Practices Advisory Comitee. (2008). Guideline for disinfection and sterilization in healthcare facilities, 2008. Atlanta: CDC.• Siegel JD, Rhinehart E, Jackson M, Chiarello L, and the Healthcare Infection Control Practices Advisory Committee.(2007). 2007 Guideline for Isolation Precautions:
Preventing Transmission of Infectious Agents in Healthcare Settings. Atlanta: CDC.•WHO. (2009). WHO guidelines on hand hygiene in healthcare. Geneva: author.