Introdução à Farmacoeconomia
Aula #1
Giácomo Balbinotto Neto
(PPGE/UFRGS & IATS)
2
Health is a state of complete physical, mental and
social well being and not merely the absence of
disease or infirmity.
World Health Organisation (1948)
Definição de Saúde
3
Economia da Saúde Fundamentos
Economia da Saúde é o campo de conhecimento voltado para o desenvolvimento e uso de ferramentas de economia na análise, formulação e implementação das políticas de saúde. Envolve a análise e o desenvolvimento de metodologias relacionadas ao financiamento do sistema, a mecanismos de alocação de recursos, à apuração de custos, à avaliação tecnológica, etc. Busca o aumento da eficiência no uso dos recursos públicos e a eqüidade na distribuição dos benefícios de saúde por ele propiciados.
[cf. MS, Brasil] 4
Objeto de Estudo
A economia da saúde estuda como os recursos são alocados ao setor de saúde e distribuídos no seu âmbito.
A produção de assistência à saúde e a sua distribuição entre as populações entram nesta definição.
[cf. Folland, Goodman e Stano (2008, p. 31)]
5
Economia da Saúde Fundamentos
If we have unlimited demands but limited resources, we have to make choices. When we try to choose which demands should be satisfied from our scarce resources, we have to set priorities.This is the true of organizations as well as individuals, and migth be specially true in healthcare system.
Walley, Haycox and Bolland (2004, p. 2)
6
Economia da Saúde Fundamentos
Escassez
Não há e nunca haverá recursos suficientes para satisfazer todas as necessidades e o querer do ser humano.
Exemplo Clássico: Área da saúde !!!
7
Economia da Saúde Fundamentos
Recursos Escassos e Finitos
Processo de Escolha:
O que fazer?
O que deixar de fazer?
8
NECESSIDADES ILIMITADAS
RECURSOS FINITOS
IMPORTÂNCIA DE OBTER A MÁXIMA EFICIÊNCIA
NO USO DOS RECURSOS MATERIAIS,
HUMANOS E FINANCEIROS
CUSTOS CRESCENTES
Contexto de Saúde
9
A responsabilidade social dos médicos na alocação dos recursos escassos.
As public investiment in health care growth, physicians become increasilingly responsible for allocating society’s resources. Limited resourses may force doctors to compromise their primary role as advocats for the individuals patients, but only within total resources constraints set by societal decision makers. Methods for efficent resource allocation, such as cost-effectiveness analysis are important for physicians to understand so that they themselves may make intelligent decision within resources limits and act as informed techical advisors and responsible critics in the process of setting society’s health-care priorities.
Weinstein et al. (1980, p. 303)
10
País Gastos totais
(% PIB)
Gastos públicos
(% gasto total)
Taxa anual de
crescimento (%)
Gastos em saúde
(dólar per capita ppp)
Gastos farmacêuticos
(% gasto total)
2006 1995 2006 1995 2000-2006 2006 1995 2006 1995
Austrália 8,8 7,4 67,0 95,8 4,5 2229 1611 14,2 12,1
Áustria 10,1 9,7 76,2 72,6 2,0 3606 2259 12,4 9,2
Bélgica 10,4 8,2 69,1 71,1 5,0 3488 1854 16,8 16,7
Canadá 10,0 9,0 70,4 71,4 4,7 3678 2057 17,4 13,8
Finlândia 8,2 7,7 76,0 74,1 5,6 2668 1440 14,6 13,0
França 11,1 9,9 79,7 78,6 4,2 3449 1997 16,4 16,0
Alemanha 10,6 10,1 76,9 81,6 1,4 3371 2275 14,8 12,9
Itália 9,0 7,3 77,2 71,9 2,8 2614 1538 20,0 20,7
Japão 8,2 6,9 82,7 70,8 2,5 2474 1551 19,8 22,3
México 6,6 5,6 44,2 42,1 5,2 794 386 22,9 ...
Nova Zelândia 9,3 7,2 77,8 77,2 6,7 2448 1244 12,4 14,8
Noruega 8,7 7,9 83,6 84,2 2,8 4520 1863 8,5 9,0
Portugal 10,2 7,8 70,6 62,6 3,3 2120 1036 21,3 23,6
Espanha 8,4 7,4 71,2 72,2 6,0 2458 1193 21,7 19,2
Suécia 9,2 8,0 81,7 86,6 4,7 3202 1746 13,3 12,3
Reino Unido 8,4 6,9 87,3 83,9 5,1 2760 1350 ... 15,3
Estados Unidos 15,3 13,3 45,8 46,3 5,0 6714 3656 12,6 8,9
Média da OECD 8,9 7,6 73,0 72,9 5,2 2824 1494 17,6 16,3
Brasil * 7.2 8.4 ... ... ... ... ... ... ...
Recursos e gastos em saúde em diferentes países: Brasil e OECD
11
Definição de Avaliação Econômica em Saúde
A orientação de se avaliar políticas e ações do ponto de vista econômico não implica a predominância da dimensão econômica sobre as demais, e sim que esta dimensão não pode ser ignorada e deve ser obrigatoriamente parte integrante do processo decisório que determina a adoção de políticas de saúde e a alocação de recursos. O dinheiro disponível para a saúde é limitado e, portanto, deve ser utilizado eficientemente e de maneira a maximizar o resultado obtido.
Bernard F. Couttolenc (2001) - Rev. Assoc. Med. Bras. vol.47 no.1 São Paulo Jan./Mar
12
Avaliação Econômica
A avaliação econômica consiste num conjunto de técnicas e procedimentos metodológicos destinadas a avaliar o impacto ou cursos alternativos de ação sobre o bem-estar da sociedade.
O objetivo das avaliações econômicas são o de ajudar a tomar ações racionais, isto é, decidir de forma coerente, levando em conta determinados objetivos e restrições.
13
Avaliação Econômica
A avaliação econômica se centra na identificação, medição ou valorização dos efeitos que se supõe tenham uma relação direta com o bem-estar da sociedade.
A avaliação consiste em determinar-se os efeitos derivados de se seguir uma das várias opções possíveis em uma situação que envolva escolha e compará-los em termos de sua eficiência social, isto é, de maximização do bem-estar-social.
14
Avaliação Econômica
Economic evaluation can be defined as a comparison of alternative options in terms of their costs and consequences (Drummond et al. 2005). As such, all methods of economic evaluation involve some kind of comparison between alternative interventions, treatments, or programmes. Therefore we have two (or more) options to compare, and two dimensions (costs and consequences) along which to compare them. Costs can be thought of as the value of the resources involved in providing a treatment or intervention; this would invariably include health care resources, and might be extended to include social care resources, those provided by other agencies, and possibly the time and other costs incurred by patients and their families or other informal carers. Consequences can be thought of as the health effects of the intervention.
Gray, Clarke, Wolstenholme e Wordsworth (2011, p.7)
15
The process of evaluation seeks to analyse health care interventions in terms of four key dimensions: effectiveness, efficiency, humanity and equity. This process can be used to compare one or more interventions in such a way that the policy-makers can choose which to provide for their population. Hence, evaluation is a key activity of health services research. Even if you are not performing evaluative research yourself, as a manager you need to develop an awareness of the methods used and the interpretation of results. Putting health care evaluation into practice is an essential process of health care planning and management.
Smith, Sinclair, Raine e Reeves (2005)
16
A Necessidade de Avaliação em Saúde
O novo paradigma da prática sanitária cada vez mais preconiza a adoção de conceitos de Medicina Baseada em Evidências para a tomada de decisão. Embora o processo decisório seja complexo e inúmeros fatores técnicos, políticos, sociais, culturais e éticos estejam envolvidos, é unânime e crescente o emprego de evidências clínico-epidemiológicas para auxiliar no processo de decisão. Estabelecer se uma nova terapia é eficaz e efetiva depende da existência de comprovação adequada conduzida sob determinados padrões metodológicos. Entretanto, estabelecer a efetividade é apenas um dos componentes do processo decisório sobre ações no sistema de atenção à saúde. É de conhecimento que os recursos financeiros no setor são findáveis; a alocação de vendas no setor Saúde em termos relativos não teve incremento significativos nos últimos anos, embora as necessidades e demandas cresçam exponencialmente. Desse modo, na maioria das vezes, o emprego de recursos em uma nova tecnologia significa restrição de recursos em outra área.
[cf. MS (2008, p.7)]
17
A Necessidade de Avaliação em Saúde
... os atores ou instituições interessados na saúde da sociedade e, particularmente, os financiadores e provedores da saúde pública ou privada, terão que decidir entre as alternativas que competem entre si no acesso aos escassos recursos disponíveis. A busca pela eficiência, ou seja, o máximo de benefício com o mínimo de recursos, apresenta-se como alternativa consequente e responsável. A despeito da pressão pela identificação de tecnologias eficientes e que devam ser disponibilizadas pelo sistema de saúde universal, a decisão sob quais tecnologias custear é tarefa hercúlea, haja vista o enorme volume de informação e a complexidade no manuseio dos diversos tipos de intervenção em saúde. Sem dúvida, para a utilização eficiente dos recursos, será imprescindível conhecimento sobre quais intervenções realmente funcionam, em que condições, a que custo, bem como todas as demais informações correlatas e necessárias. Tais informações são obtidas de maneira científica, por meio do emprego de diversos métodos comprovados desenvolvidos ao longo do último século, entre eles o emprego do estudo clinico controlado e randomizado, a revisão sistemática e metánalise, a análise de decisão e os estudo econômicos em saúde.
Nita et al. (2010, p22)
18
A Importância da Avaliação Econômica
1) sem uma análise sistemática, é difícil identificar claramente as alternativas relevantes;
2) a perspectiva (ou ponto de vista), assumida na análise é importante – um programa que parece atrativo de uma perspectiva, pode parecer significativamente melhor quando outras perspectivas são consideradas.
19
A Importância da Avaliação Econômica
3) sem uma tentativa de quantificação, uma avaliação informal das ordens de magnitude envolvidas poder ser enganoso (misleanding).
4) uma abordagem sistemática aumenta a explicitação e responsabilidade final (accountability).
20
O Objetivo das Avaliações Econômicas
Economic evaluation seeks to inform the range of very diferent but unavoidable decisions in health care. Whatever the context of specific decision, a common question is poserd: are we satisfied that additional health care resourses (required to make the procedure, service, or programme avaliable to those who could benefit from it) should be spent in this way rather than some other ways? The other ways these resourses could be used migth including providing health care for other patients with diferent conditions, reduve the tax burden of collective health care, or reducing the costs of social or private insurance premiuns.
Drummond et all (2015, p.3)
21
As Características das Avaliações Econômicas
As avaliações econômicas, independente das atividades (incluindo serviços de saúde) a qual ela é aplicada, tem duas características:
(i) ela lida tanto com insumos como com produtos/desfechos (outputs), as quais podem ser descritas como custos e consequencias, ou cursos alternativos de ação;
Drummond et all (2015, p.3-4)
22
As Características das Avaliações Econômicas
As avaliações econômicas, independente das atividades (incluindo serviços de saúde) a qual ela é aplicada, tem duas características:
(ii) as avaliações econômicas referem-se elas mesmas a escolhas. Os recursos são limitados, e nossa consequente inabilidade de produzir todos os produtos/desfechos (output) desejados (incluindo uma terapia eficaz), necessita que escolhas devem, e irão ser feitas em todas as áreas da atividade humana. Estas escolhas são feitas com base em muitos critérios, algumas vezes explícitos mas geralmente implícitos, especialmente quando as decisões são feitas com base em nossas próprias crenças usando nossos próprios recursos.
Drummond et all (2015, p.3-4)
23
As Características das Avaliações Econômicas
Estas duas características da avaliação econômica nos leva a definir as avaliações econômicas como uma análise comparativa de cursos de ação alternativos tanto em termos de seus custos como de suas consequências. Portanto, a tarefa básica de qualquer avaliação econômica é identificar, medir, valorar e comparar os custos e consequências das alternativas que estão sendo consideradas.
Drummond et all (2015, p.4)
24
Bibliografia
25
Bibliografia Sugerida
26
Origens da Farmacoeconomia
Pressões sobre os custos em saúde e o surgimento da farmaeconomia
Secoli S.R et ali (2005)
A farmacoeconomia é uma disciplina nova cujo corpo de conhecimentos está pautado na economia da saúde - especialidade surgida nos países desenvolvidos no período pós-guerra, como estratégia para melhorar a eficiência dos gastos no sistema de saúde (Bootman et al., 1996; Drummond et al., 1997).
28
Pressões sobre os custos em saúde e o surgimento da farmaeconomia
Secoli S.R et ali (2005)
A importância dos estudos nessa área provém, não de justificativas acadêmicas ou políticas, mas da constatação de que os gastos com saúde vêm crescendo em ritmo acelerado em âmbito mundial, preocupando usuários, governos e sociedade (Folland et al., 1997).
29
Origens da Farmacoeconomia
A farmacoeconomia é uma disciplina nova cujo corpo de conhecimentos está pautado na economia da saúde - especialidade surgida nos países desenvolvidos no período pós-guerra, como estratégia para melhorar a eficiência dos gastos no sistema de saúde (Bootman et al., 1996; Drummond et al., 1997).
A importância dos estudos nessa área provém, não de
justificativas acadêmicas ou políticas, mas da constatação de que os gastos com saúde vêm crescendo em ritmo acelerado em âmbito mundial, preocupando usuários, governos e sociedade (Folland et al., 1997).
[cf. Secoli; Padilha; Litvoc; Maeda (2005)]
30
Origens da Farmacoeconomia
A Austrália foi o primeiro país a aplicar e elaborar diretrizes para a avaliação econômica de medicamentos.
Posteriormente, outros países, como Canadá, Inglaterra, Espanha e Itália iniciaram estudos nesta área.
31
Origens da Farmacoeconomia
Na definição estabelecida por Townsend (1987) e usualmente difundida, a farmacoeconomia representa a descrição e análise de custos da terapia medicamentosa para o sistema de saúde e sociedade.
Neste conceito amplo, o termo engloba todos os aspectos econômicos dos medicamentos: o seu impacto na sociedade, na indústria químico-farmacêutica, nas farmácias, nos formulários nacionais, o que significa dizer que, quase, todas as áreas relacionadas a medicamentos são vinculadas a questões econômicas (Sacristán Del Castilho, 1995).
32
Origens da Farmacoeconomia
A relação entre medicamentos e economia é estudada pela farmacoeconomia, a qual representa uma área da economia da saúde, que foi utilizada intuitivamente durante muitos anos, emergindo como disciplina no final da década de 1980, devido ao agravamento da crise financeira do setor da saúde e dos custos com medicamentos.
Secoli & Zanini (1999).
33
Origens da Farmacoeconomia
Na avaliação econômica global de um medicamento distingue-se a avaliação clínica, baseada na eficácia ou efetividade, e a avaliação farmacoeconômica, baseada na eficiência, em que se inclui o cálculo de custos.
Desta forma, qualquer método que traga informações sobre custos e efeitos de um medicamento pode ser utilizado como base para a realização de uma avaliação farmacoeconômica.
Sacristán Del Castilho (1995).
34
Origens da Farmacoeconomia
Economic evaluation of pharmaceutical products, or pharmacoeconomics, is a rapidly growing area of research. Pharmacoeconomic evaluation is important in helping clinicians and managers make choices about new pharmaceutical products and in helping patients obtain access to new medications. Over the last few years, the scientific rigor of this field has increased greatly. At the same time, new types of analysis, based on prospective data collection, have been developed.
Kevin A. Schulman and Benjamin P. Linas Annual Review
of Public Health, Vol. 18: 529-548 (Volume publication date May 1997)
35
Questões Farmacoeconômicas
Questões Farmacoeconômicas
- qual a melhor droga para um determinado paciente?
- qual a melhor droga para uma indústria farmacêutica desenvolver ou para um país investir?
- quais drogas devem ser incluídas num protocolo médico?
- qual o custo por qualidade de vida por uma droga?
- a qualidade de vida do paciente irá sofrer uma melhoria pela adoção de uma determinada terapia?
- quais são os resultados para o paciente das várias modalidades de tratamento?
37
Quais são os Usuários das Avaliações Farmacoeconômicas
Administradores em Hospitais ou de planos de saúde;
Companhias Farmacêuticas;
Governo/Formuladores de Política Econômica;
Pesquisadores.
38
O Que é Farmacoeconomia?
O Que é Farmacoeconomia?
No caso de intervenções farmacêuticas, a
farmacoeconomia tenta medir se o benefício adicionado
por uma intervenção compensa o custo adicionado por
essa intervenção. A farmacoeconomia foi definida como
sendo a descrição e a análise dos custos da terapia
farmacêutica para os sistemas de assistência a saúde e
para sociedade. Ela identifica, mede e compara os
custos e conseqüências de produtos e serviços
farmacêuticos.
[cf. Rascati (2010, p. 22)] 40
O Que é Farmacoeconomia?
A farmacoeconomia é a disciplina científica que avalia o
valor global dos produtos farmacêuticos, serviços e
programas para cuidados de saúde. Como resultado
natural da necessidade dessa avaliação, essa disciplina
aborda os aspectos clínicos, econômicos e humanísticos
das intervenções de cuidados à saúde, aplicados à
prevenção, diagnóstico, tratamento e gerenciamento de
doenças. A farmacoeconomia, então, fornece
informações críticas à ótima alocação dos recursos de
cuidados a saúde.
41
O Que é Farmacoeconomia?
Insumos
Custos
Cuidados
de Saúde
Resultados
Desfechos
(Outcomes)
Os estudos farmacoeconômicos comparam os custos da adição de um produto ou serviço farmacêutico aos desfechos.
42
Definição de Farmacoeconomia
A farmacoeconomia representa um valioso instrumento
de apoio para tomada de decisões, que envolvem
avaliação e direcionamento de investimentos baseados
numa distribuição mais racional de recursos, permitindo
aos profissionais conciliar necessidades terapêuticas com
possibilidades de custeio individual, das empresas
provedoras de serviços ou de sistemas de saúde.
Isto tem permitido incorporar um novo critério - o
econômico - na escolha de alternativas terapêuticas.
43
Definição de Farmacoeconomia
Farmacoeconomia é uma ferramenta que auxilia na identificação de produtos e serviços farmacêuticos cujas características possam conciliar as necessidades terapêuticas com as possibilidades de custeio.
A farmacoeconômica utiliza instrumentos de análise econômica para examinar os resultados ou o impacto dos diversos tratamentos alternativos e intervenções relacionadas com os cuidados em saúde.
44
Definição de Farmacoeconomia
Farmacoeconomia é a aplicação das ferramentas da teoria econômica no campo da assistência farmacêutica, como a gestão de serviços farmacêuticos, a avaliação da prática profissional e a avaliação econômica de medicamentos.
A farmacoeconomia examina os custos e as conseqüências econômicas da farmacoterapia para o paciente, o sistema de saúde e a sociedade.
45
Farmacoeconomia é uma disciplina que avalia o
impacto dos produtos e serviços farmacêuticos
nos resultados de saúde e custos para os sistemas
provedores de saúde e para a sociedade.
Definição de Farmacoeconomia
46
Definição de Farmacoeconomia
Pharmacoeconommics is a branch of health economics
which paraticulary focues upon the costs and benefits of
a drug therapy. A knowledge of pharmacoeconomics is
therefore vital for clinical pharmacologists who are
involved in promoting rational prescribing or in clinical
trials which incorporate an economic component.
Walley & Haycox (1997, p.343)
47
Definição de Farmacoeconomia
Na avaliação econômica global de um medicamento distingue-se a avaliação clínica, baseada na eficácia ou efetividade, e a avaliação farmacoeconômica, baseada na eficiência, em que se inclui o cálculo de custos.
Desta forma, qualquer método que traga informações sobre custos e efeitos de um medicamento pode ser utilizado como base para a realização de uma avaliação farmacoeconômica.
(Sacristán Del Castilho, 1995).
48
Definição de Farmacoeconomia
Pharmacoeconomics may be considered to involve the study of how to generate the most benefit, enhance the patient survival and quality of life, and the effect of lowest overall cost. Or it may be considered to involve evaluation of a drug’s clinical, economic, and humanistic attributes, and their effect on health-resources utilization and costs.
Celia C, D’Errico (1998, p. S51)
49
Definição de Farmacoeconomia
Pharmacoeconomics has been defined as the description and analysis of the cost of drug therapy to health care systems and society. Pharmacoeconomics research identifies, measures, and compares the costs (i.e, resources consumed) and consequences (clinical, economic, and humanistic) of pharmaceutical products and services. Within this framework are included the research methods related to costs minimization, cost-effectiveness, cost-benefit, cost-of illness, cost-utility, and decision analysis, as well as quality-of-life, and other humanistic assesments. In essence, pharmacoeconomic analysis uses tools for examining the impact (desirable and undesirable) of alternative drug therapies and other medical interventions.
Bootman, Townsend e McGhan (1996, p. 7)
50
Definição de Farmacoeconomia
By definition, pharmaeconomics evaluations include any study designed to acess the costs (i.e., resources consumed) and consequences (clinical and humanistic) of alternative therapies. This includes such methodologies as cost-benefit, cost-utility and cost-effectiveness.
Bootman, Townsend e McGhan (1996, p. 9)
51
Definição de Farmacoeconomia
A International Society for Pharmacoeconomics and
Outcomes Research - ISPOR define farmacoeconomia
como o campo de estudo que avalia o comportamento
de indivíduos, empresas e mercados com relação ao uso
de produtos, serviços e programas farmacêuticos, e que
freqüentemente enfoca os custos e as conseqüências
desta utilização.
(Pashos et al., 1998).
52
Definição de Farmacoeconomia
O termo farmacoeconomia é utilizado, também, de
forma mais restrita como sinônimo da avaliação
econômica de medicamentos.
Nesta acepção, as análises consideram o custo e
resultados na escolha entre alternativas terapêuticas.
(Sacristán Del Castilho, 1995; Velásquez, 1999).
53
Definição de Farmacoeconomia
A farmacoeconomia é a aplicação da análise econômica ao campo dos medicamentos.
A farmacoeconomia é a determinação da eficiência (relação entre custo e efeitos) de um tratamento farmacológico e sua comparação com as outras opções, com a finalidade de selecionar aquelas com uma relação custo-benefício mais favorável.
Herrera e Diaz (2000, p.65)
54
Definição de Farmacoeconomia
Pharmaeconomics decribes and analyses the costs of drug therapy to health care system and society. It identifies, measures, and compares the costs, and consequences of phamaceutical products and services, with its research methods related to cost-minimization, cost-effectiveness, cost-benefit, cost-of-illness, cost-utility, decision analysis of life assesments.
K.C. Carriere & Rong Huang (2001, p.19)
55
Definição de Farmacoeconomia
Pharmaeconomics is a process used to identify, measure, and compare the costs and consequences of relevant medical interventions (e.g. drug, services, diagnostic tests) and their impact on patients, health care systems, and society.
Susan K. Maue & Richard Segal (2001, p. 145)
56
Definição de Farmacoeconomia
Pharmaecoecnomics is a specific form of health economics that is
restricted to pharmaceutical products. Pharmacoeconomics can be
described as a social science concerned with the impact of
pharmaceutical products and services on individuals, health systems
and society,as well as the description and analysis of the costs. One
of the primary gols of pharmecoeconomics is to determine which
healthcare alternatives provide the best healthcare outcome per
dollar spent. Pharmecoeconomics aims to improve the allocation of
resources for pharmaceutical products and services.
Wertheimer & Chaney (2003, p. 2)
57
Definição de Farmacoeconomia
Pharmacoeconomics adopts and applies the principles and
methodologies of health economics to the field and
pharmaceutical policy (supply and demand for medicines).
Walley, Haycox and Bolland (2004, p.1)
58
Definição de Farmacoeconomia
Pharmaecoeconomics is the branch of economics related to the most economical and eficient use of phamraceuticals; economics approaches are applied to pharmaceuticals to guide the use of limited resources to yield maximum value to patients, health care payers and society in general.
Arenas-Guzman , Tosti, Ray e Haneke (2005, p. 34)
59
Definição de Farmacoeconomia
...Pharmecoeconomics identifies and attributes monetary dimensons to health interventions comparing their results to the results of similar interventions and the results of diferent interventions (which could well be the simple observation of health status). So, pharmacoeconomics allows the determination of the health gain can be achieved after investigating a speficic ammount of resources. In other words, pharmacoeconomics provides scientific criteria for decisions on the necessary amount of resources for a given area, during a given time, to provide more efficient and rational money allocation.
Tatsch & Vianna (2006, p.51)
60
Farmacoeconomia: Conceito Dominante
A farmacoeconomia é dominada por um simples conceito teórico: o
de custo-efetividade.
O conceito de custo efetividade implica que nós desejamos alcançar
algum objetivo pré-determinado ao menor custo, ou,
alternativamente, nós desejamos maximizar os benefícios para os
pacientes gerados por uma dada quantidade limitada de recursos.
Para alcançar isto, nós usamos os instrumentos de avaliação
econômica para selecionar (escolher) as opções mais eficiente entre
todas as alternativas disponíveis para maximizar o benefício da
população atendida.
61
A Relevância da Farmacoeconomia
A Relevência da Farmacoeconomia
Pesquisa Farmacoeconômica
Pressões Políticas Administração
dos cuidados de
saúde
Orçamentos
Hospitalares
Marketing
farmacêutico Governo Federal Planos de Saúde
63
Para que Serve a Farmacoeconomia?
O seu objetivo global é o apoio à tomada de decisão, identificando as intervenções farmacológicas que contribuem para maximizar o bem-estar relacionado com a saúde dos cidadãos, minimizando o custo de oportunidade num contexto de escassez de recursos. A função da farmacoeconomia consiste em identificar, medir e valorizar os custos e conseqüências das alternativas terapêuticas partindo do juízo de valor de que os recursos devem ser preferencialmente utilizados na produção de bens e serviços que geram maiores ganhos de saúde, em relação aos seus respectivos custos, observando deste modo o princípio normativo da eficiência econômica.
João Pereira e Carolina Barbosa (2009, p.9)
64
Para que Serve a Farmacoeconomia?
Novas Tecnologias oferecem benefícios potenciais e custos adicionais Pagadores estão cada vez mais preocupados com Cuidados da Saúde e Custos Farmacêuticos
Análise Custo-Efetividade pode prover para pagadores:
– Reembolso
– Seleção de Tratamento
– Seleção de População de Pacientes 65
Aplicação da Farmacoeconomia- Consequências de uma Má Decisão
Abandono precoce de uma linha de pesquisa
Redução de escolha clínica (importante em resistência, efeitos colaterais – antivirais, antibióticos, anti-inflamatórios)
Redução de competição
Redução de continuação de pesquisa (inovação incremental – usos específicos, outras indicações, grupos especiais, melhor conveniênica e tolerabilidade)
Fonte: Pharma ; Neumann PJ. Health Affairs 2000;19
66
Possibilidades do Uso da ATS como Instrumento de Eficiência para
Política Nacional de Medicamentos (PNM)
ANVISA Secretarias de saúde
Hospitais, programa de Saúde da Família
Instância provedoras
Níveis de Gestão
Macro Gestão
Mesogestão
Gestão Clínica
Oferta de medicamentos
Financiamento de medicamentos
Uso racional de medicamentos
Registro
preço
Listas de medicamentos nacionais, estaduais e municipais
Guias de tratamentos clínicos, formulários terapêuticos
Cf. Mota t. all (2003,p.185) 67
Princípios de Avaliação de Tecnologias em Saúde
Evidência Global
Aconselhamento Nacional
Implementação Nacional/Local
68
Aspectos Relevantes em ATS Questão Exemplos
Quem solicitou o estudo?
Quem vais pagar por ele?
- Gestores de políticas públicas ou privadas;
- Provedores de serviços de saúde;
- Pagadores de terceiras partes;
- Representantes usuários
Por que uma avaliação é necessária neste momento?
- Nova Tecnologia disponível
- Mudança de uma tecnologia antiga
- Preocupações com a segurança
- Preocupações éticas
- Preocupações econômicas
Quais decisões o estudo vai embasar?
- Decisões de Investimento
- Licenças sanitárias
- Planejamento de capacidades
- Investimento em pesquisa futuras
Quem é o alvo primário do relatório?
- Gestores de políticas de públicas
- Pagadores de terceiras partes
- Administradores/Gestores Hospitalares
- Médicos/profissionais de saúde
- Pacientes 69
Objetivos da Farmacoeconomia
Objetivos da Farmacoeconomia
A farmacoeconomia busca prover os pagadores (governos ou planos de saúde), médicos e pacientes com uma informação explicita sobre o retorno, o investimento e as relação entre os dois.
Miller (2005, p.2), Pharmacoeconomics
71
Objetivos da Farmacoeconomia
A farmacoeconomia adota e aplica os princípios e metodologias da economia da saúde ao campo dos fármacos e da política farmacêutica.
A avaliação farmacoeconômica utiliza, então, uma ampla gama de técnicas usadas na avaliação da economia da saúde num contexto específico da administração da saúde e medicina.
72
Objetivos da Farmacoeconomia
A farmacoeconomia busca informar aos tomadores de decisão o custo-efetividade relativo das tecnologias em saúde e pode prover uma abordagem racional ao racionamento. Contudo, tais decisões podem estar limitadas por dois fatores:
(i) disponibilidade orçamentária (affordability) – se não houver recursos para financiar uma nova intervenção, independentemente de quão eficiente ela seja, então ela não pode ser fornecida.
(ii) motivos políticos: pode ser difícil recusar-se a aceitar uma droga, mesmo se ela se mostrar ineficiente.
73
Objetivos da Farmacoeconomia
Avaliar significa expor um valor assumido a partir do julgamento realizado com base em critérios previamente definidos.
Ao avaliar, identificamos uma situação específica reconhecida como problema e utilizamos instrumentos e referências para emitir o juízo de valor, inerente a este processo.
74
Objetivos da Farmacoeconomia
Avaliar significa expor um valor assumido a partir do julgamento realizado com base em critérios previamente definidos.
Ao avaliar, identificamos uma situação específica reconhecida como problema e utilizamos instrumentos e referências para emitir o juízo de valor, inerente a este processo.
75
Objetivos da Farmacoeconomia
Today and in the future, health professionals must consider two factors in prescribing of recomending drug therapy that have not traditionally been considered. First, that resources are limited, and they must be spend wisely (efficently); sencondly, that health professional are responsible for the health of a population, and not just their individual pacients. In other words, the opportunity costs of their drug therapy decisions must be considered. Pharmacoeconomics can help clarify and quantify these factors.
Lon N. Larson (2001, p.17)
76
Objetivos da Farmacoeconomia
For many years, particularly in the arena of medical care, it was suficient to show that the benefits of technology exceed its harms before using it. Now, in a world of limited resources for public health, officials must use resources as efficiently as possible and must demostrate that a technology delivers value for the resources expendend. By the same token, policies and programs should also be scrutinized for the value they deliver.
Teutsch & Harris (2003, p. 1)
77
As Perspectivas dos Estudos Farmacoeconômicos
As Perspectivas dos Estudos Farmacoeconômicos
Perspectiva é um termo econômico que descreve de
quem são os custos relevantes com base no propósito
do estudo. A teoria econômica convencional sugere que
a perspectiva mais adequada e abrangente é a da
sociedade. Os custos para sociedade incluem os custos
para a empresa de seguro-saúde, custos para o
paciente, custos de outros setores e custos indiretos
devido à perda de produtividade.
[cf. Rascati (2010, p.33-34)] 79
As Perspectivas dos Estudos Farmacoeconômicos
Perspective is the viewpont from which the analysis is conducted and refers to which costs and benefits are included.
[cf. Farnham e Haddix (2003, p.15)]
80
As Perspectivas dos Estudos Farmacoeconômicos
Determina quais custos são relevantes para a análise:
Sociedade;
Pagador;
Hospital;
Paciente;
Para o governo;
Para a indústria farmacêutica;
Para o pesquisador.
81
As Perspectivas dos Estudos Farmacoeconômicos: Custos a Serem Incluídos nos Estudos
Exemplos de custos Paciente Médico Hospital Plano de saúde
Sociedade
Custos Médicos Diretos
Tempo do médico não sim sim sim sim
Outros (enfermagem, etc) sim não sim sim sim
Drogas sim sim sim sim sim
Instrumentos médicos (seringas, ultrasom) não não sim sim sim
Testes de Laboratório não não sim sim sim
Custos Diretos não médicos
Administração não não sim sim sim
Facilidades físicas (clinica) não não sim não sim
Infra-estrutura (telefones/eletricidade) não sim não sim
Custos de deslocamento do paciente sim não não não sim
Cuidados temporários sim não não não sim
Custos indiretos
Tempo de visita médica sim não não não sim
Tempo doente e em recuperação sim não não não sim
Contratação de empregada de apoio sim não não não sim 82
83
As Perspectivas dos Estudos Farmacoeconômicos
A perspectiva é um ponto fundamental quando consideramos qualquer avaliação econômica, isto é, qual é o ponto de vista considerado no estudo conduzido - o do serviço de saúde – onde somente os custos diretos são considerados – ou do ponto de vista social, onde são estudados também os custos indiretos.
De um modo geral, a perspectiva social é considerada a mais apropriada.
Walley, Haycox and Bolland (2004, p.10)
84
As Perspectivas dos Estudos Farmacoeconômicos
La perspectiva se refiere al punto de vista desde ele que se lleva a cabo la evaluación, indentificando al agente social que utilizará los resultados del estudio para tomar decisiones com más información y datos. Dependiendo de la perspectiva elegida, habra de incluir em el estudio um tipo de coste y de resultados, por lo que al final el resultado del estudio podrá ser diferente según la perspectiva escogida.
Alvarez, Javier Soto (2012, p.24)
85
As Perspectivas dos Estudos Farmacoeconômicos
Pharmacoeconomic outcomes may be measured from three perspectives: societal, institutional, or individual. The perspective chosen is often determined by the nature of the query. For example, it may be desirable to determine the cost of a health care intervention to society as a result of an inquiry into a potential reduction in gross national product. Alternatively, managed care institutions need cost evaluations of health care interventions as a method of formulary development. Finally, individuals may want to know the cost of a health care intervention to determine the change in their quality of life; the cost of medications and other health care interventions may mean not having enough left over for other activities. Just as each of these perspectives asks a different question, each answer requires the evaluation of a different set of costs.
86
Aplicação dos Estudos Farmacoeconômicos
Aplicação dos Estudos
Farmacoeconômicos
Os dados oriundos dos EFs têm ampla possibilidade de utilização na sociedade e compreendem:
1) autorização da comercialização de medicamentos, 2) fixação de preços, financiamento público de medicamentos, 3) suporte nas decisões sobre investigação e desenvolvimento na indústria
farmacêutica, 4) definição de estratégias de marketing na indústria farmacêutica, 5) incorporação de medicamentos em guias farmacoterápicos e suporte na
tomada de decisões clínicas. [cf. Secoli; Padilha; Litvoc; Maeda (2005)]
88
Aplicação dos Estudos Farmacoeconômicos
Na fixação do preço de medicamentos, cada vez mais, são incorporados resultados de EFs, com a finalidade de situar o valor terapêutico do medicamento justificando o seu preço no mercado.
Esta estratégia é utilizada para negociação de preços com as
autoridades sanitárias, de forma que um determinado medicamento, quando comparado a outra alternativa, possa apresentar um menor preço dependendo das suas vantagens terapêuticas.
Os resultados dos EFs podem servir para negociação de preços com
ambulatórios, hospitais e setores de assistência médica suplementar.
[cf. Secoli; Padilha; Litvoc; Maeda (2005)]
89
Aplicação dos Estudos Farmacoeconômicos
Os EFs podem auxiliar na decisão quanto ao grau de financiamento público de medicamentos e quais serão estes agentes.
Nos sistemas de saúde de cobertura universal existem listas de medicamentos que, muitas vezes, são totalmente financiadas como, por exemplo, os medicamentos imunossupressores para pacientes transplantados.
[cf. Secoli; Padilha; Litvoc; Maeda (2005)]
90
Aplicação dos Estudos Farmacoeconômicos
A indústria farmacêutica é um dos setores da sociedade que mais tem incorporado os EFs como suporte nas decisões de investigar e desenvolver novos medicamentos.
Os EFs ajudam na definição de estratégias de marketing, auxiliam na modificação de preços, na inclusão de medicamentos em formulários e recomendações terapêuticas.
[cf. Secoli; Padilha; Litvoc; Maeda (2005)]
91
Aplicação dos Estudos Farmacoeconômicos
Outra finalidade desses EFs é auxiliar as Comissões de
farmácia e terapêutica existentes nos serviços públicos e
hospitais, na decisão de incorporar medicamentos nos
guias farmacoterápicos. Estas comissões são
responsáveis pela elaboração e manutenção atualizada
de guias de medicamentos.
[cf. Secoli; Padilha; Litvoc; Maeda (2005)]
92
Aplicação dos Estudos Farmacoeconômicos
A aplicação clínica dos EFs pode, também, beneficiar pacientes, profissionais envolvidos na assistência e a sociedade como um todo, incrementando a qualidade da assistência prestada e racionalizando os recursos.
O suporte nas decisões farmacoterápicas pode ser em relação à inclusão do medicamento no guia; à seleção de uma determinada terapia para um paciente; e à normatização da utilização de medicamentos caros, entre outros.
[cf. Secoli; Padilha; Litvoc; Maeda (2005)]
93
Aplicação dos Estudos Farmacoeconômicos
Os planos de saúde aplicam estudos farmacoeconômicos na prática de gerenciamento da doença, que significa estudar quais as doenças crônicas e opções de tratamento que permitem aumentar a sobrevida e reduzir os custos globais.
94
Avaliação Econômica
A avaliação econômica consiste num conjunto de técnicas e procedimentos metodológicos destinadas a avaliar o impacto ou cursos alternativos de ação sobre o bem-estar da sociedade.
O objetivo das avaliações econômicas são o de ajudar a tomar ações racionais, isto é, decidir de forma coerente, levando em conta determinados objetivos e restrições.
95
Avaliação Econômica
A avaliação econômica se centra na identificação, medição ou valorização dos efeitos que se supõe tenham uma relação direta com o bem-estar da sociedade.
A avaliação consiste em determinar-se os efeitos derivados de se seguir uma das várias opções possíveis em uma situação que envolva escolha e compara-los em termos de sua eficiência social, isto é, de maximização do bem-estar-social.
96
Avaliação Econômica em Saúde
O que se pode avaliar em saúde: (i) um tratamento cirúrgico; (ii) um tratamento farmacológico; (iii) uma estratégia terapêutica; (iv) o lugar mais adequado para ministrar um tratamento
(administração hospitalar ou domiciliar); (v) o momento mais adequado para iniciar um tratamento.
97
Por que Avaliar?
A justificativa fundamental da avaliação econômica em saúde é que os recursos são limitados em relação aos seus benefícios potenciais.
Assim, busca-se maximizar o bem-estar social, é necessário ter-se em conta todos os efeitos que daquelas decisões que afetam direta ou indiretamente a alocação de recursos.
98
Por que Avaliar?
Na economia da saúde, as preocupações com políticas requerem que se avaliem
alternativas regular e sistematicamente. Assim como indivíduos racionais desejam fazer
as melhores escolhas considerando as limitações de recursos, os governos também
enfrentam restrições nas suas escolhas em função da disponibilidade de recursos. Por
exemplo, legisladores e outros formuladores de políticas têm de decidir se vão gastar
mais em assistência preventiva ou se vão dar mais apoio a instalações de tratamento
agudo, ou talvez à pesquisa médica. Quando o governo regula, os seus próprios gastos
podem ser relativamente pequenos. No entanto, as conseqüências econômicas de suas
regulamentações podem ser muito grandes, e uma atenção correspondentemente
grande tem que ser dispensada à avaliação de cenários alternativos. Os economistas
baseiam tais decisões no conceito de eficiência.
[cf. Folland et. Al, (2008, p.106)]
99
Por que Avaliar?
A eficiência econômica existe quando a economia
aproveita todas as oportunidades para extrair o máximo
de benefícios por meios voluntários. ... Para se obter o
resultado eficiente para a sociedade é preciso que se meça
a disposição dos consumidores, como refletido na
demanda, contra os custos dessa produção para
sociedade.
[cf. Folland et. Al, (2008, p.107)]
100
Avaliações econômicas procuram
auxiliar sobre decisões de alocações
de recursos e não tomá-las.
Drummond, Michael F. et al, JAMA 1997;277:19:1552-1557
Por que Avaliar?
101
O Plano de Custo Efetividade
A fim de refletir de modo preciso os custos de oportunidade de uma nova intervenção uma comparação deveria ser feita com relação a próxima melhor alternativa (controle ou comparador). Os custos incrementais e a efetividade incremental de uma intervenção pode ser plotada num plano de custo efetividade.
O plano de custo efetividade consiste de 4 quadrantes nos quais os custos incrementais estão no eixo vertical e os efeitos incrementais estão sobre o eixo horizontal.
102
?
O Plano de Custo Efetividade
Custo
Efeito
Alto
Melhor
? Rejeita o tratamento A
Adota o tratamento A
A Efeito
Piora
Custo Custo
103
O Plano de Custo Efetividade
104
Aplicação dos Estudos Farmacoeconômicos + requerido ; - não requerido
[cf. Kolbelt (2002, p.15)]
País Negociação de Preço Decisão de Reembolso
Decisão sobre a inclusão em formulários
Bélgica - + +
Dinamarca - + +
Finlãndia + + -
França + + -
Alemanha - - +
Itália - + -
Holanda - + +
Noruega + + -
Portugal - + -
Espanha - + -
Suécia - + +
Suiça + + -
Reino Unido - - + 105
Custos em Farmacoeconomia
Bibliografia Sugerida
Rascati,K.L.(2010). Introdução à Farmacoeconomia, Porto Alegre, Artmed. (cap.2)
Drummond, M.F et al. Methods for Economic Evaluation of Health Care Promagrammes. Cambridge, Cambridge University Press. (cap.4)
107
Bibliografia Sugerida
Drummond, M.F e McGuire, A. (2001) Economic Evaluation in Health Care. Oxford University Press (cap.4)
108
Guidelines
https://www.ispor.org/PEguidelines/countrydet.asp?c=32&t=1
109
Termos de Custeio
Por que calcular custos?
110
Pressões sobre os custos em saúde
Gastos com
saúde
Novas
Tecnologias
Aumento na
demanda
Aumento das
expectativas
Envelhecimento
da população
Problemas
estruturais
Regulamentação
Governamental
111
Custos em Economia da Saúde
A análise dos custos em saúde envolve a identificação, mensuração e valoração de todos os recursos que são usados nos cuidados em saúde. O objetivo aqui é valorar o uso dos recursos escassos (materiais, drogas, tempo dos médicos, tempo dos pacientes e etc.) que são necessários para produzir certos efeitos em saúde – os desfechos (outcomes) da intervenção. Assim, podemos ser capazes de ponderar os sacrifícios contra os ganhos da intervenção e determinar a necessidade relativa de uma determinada intervenção.
cf. Drummond e McGuire (2004, p. 68)
112
Custos em Economia da Saúde
Custo de aquisição: o preço de compra de uma droga, dispositivo ou outra intervenção de cuidados à saúde, para uma instituição ou pessoa.
Custo permissível: a cobrança pelos serviços prestados ou suprimentos fornecidos por um provedor de saúde que se qualifica como gastos a serem cobertos pelo pagador do seguro ou do governo.
Custo auxiliar: a taxa associada a serviços adicionais, tais como trabalho de laboratório, radiografia e anestesia que são realizados antes e/ou secundariamente ao procedimento principal.
113
Custos em Economia da Saúde
Custo evitado: um desperdício financeiro potencial (de utilização de recursos) que é evitado pelo uso de uma intervenção alternativa de cuidados à saúde, tipicamente comparado ao padrão.
Custo intangível: custo atribuído à quantidade de sofrimento que ocorre devido à doença ou à intervenção de cuidados à saúde. Este custo está crescentemente sendo incluído nas avaliações de utilidade.
Custo do próprio bolso: porção do pagamento que recai sobre um indivíduo a ser feita com seu próprio dinheiro e recursos, ao contrário da porção paga pela seguradora. Por exemplo, co-participação e os custos dedutíveis são custos do próprio bolso.
114
Por que avaliar e medir custos em saúde?
A justificativa fundamental da avaliação econômica é que os recursos são limitados em relação aos seus benefícios potenciais.
Assim, se se deseja maximizar o bem-estar social, é necessário ter-se em conta todos os efeitos que daquelas decisões que afetam direta ou indiretamente a alocação de recursos.
115
As análises do tipo custo da doença são importantes para criar um conjunto de informações necessárias tanto à decisão sobre prioridades de investimento em saúde quanto para verificar o impacto da implantação de ações e programas no setor da saúde.
Por que avaliar e medir custos em saúde?
116
Termos de Custeio
Os custos são calculados para estimar os recursos (ou insumos) que são utilizados na produção de um bem ou serviço.
Os recursos utilizados na produção de um bem ou
serviço não estão mais disponíveis para a produção de outro.
Com base na teoria econômica, o custo “efetivo” de um
recurso é o seu custo de oportunidade – o valor da melhor alternativa abdicada ou da melhor opção “seguinte” – e não necessariamente a quantia que troca de mãos.
117
Como Descrever os Custos em Saúde
Custo / tratamento
Custo / pessoa
Custo / pessoa / ano
Custo / caso prevenido
Custo / vida salva
Cost / QALY (quality-adjusted life year)
Cost / DALY (disability-adjusted life year)
118
Custo Marginal
(For a population of 10,000, costs include stool tests and barium-enema examinations on those found positive)
From Neuhauser and Lewicki (1975)
2,451176,33171.94206
2,268163,14171.94175
2,059148,11671.93854
1,811130,19971.90033
1,507107,69071.44242
1,17577,51165.94961
Average cost per case detected (£)
Total costs(£)
Total cases detected
Number of tests
Table 1: Number of cases detected & costs of screening with sequential guaiac tests
(For a population of 10,000, costs include stool tests and barium-enema examinations on those found positive)
From Neuhauser and Lewicki (1975)
2,451176,33171.94206
2,268163,14171.94175
2,059148,11671.93854
1,811130,19971.90033
1,507107,69071.44242
1,17577,51165.94961
Average cost per case detected (£)
Total costs(£)
Total cases detected
Number of tests
Table 1: Number of cases detected & costs of screening with sequential guaiac tests
119
Custo Marginal
47,107,21413,1900.00036
4,724,69515,0240.00325
469,53417,9170.03824
49,15022,5090.45803
5,49230,1795.49562
1,17577,51165.94961
Marginal cost (additional cost per
additional case detected (£)
Additional costs(£)
Additional cases detected
Number of tests
Table 2: Changes in cases detected and in costs of sequential guaiactests
47,107,21413,1900.00036
4,724,69515,0240.00325
469,53417,9170.03824
49,15022,5090.45803
5,49230,1795.49562
1,17577,51165.94961
Marginal cost (additional cost per
additional case detected (£)
Additional costs(£)
Additional cases detected
Number of tests
Table 2: Changes in cases detected and in costs of sequential guaiactests
120
121
Custo de Oportunidade
Custos de Oportunidade
Custos associados às oportunidades deixadas de lado, caso a empresa (hospital, clínica, serviço de saúde, médico etc.) não empregue seus recursos da maneira mais rentável.
122
Custo de Oportunidade
The principal justification for including cost analysis in evaluation of health care is that resources are scarce. Whenever a cost is used for a particular intervention this means that these resources are not available elsewhere. This is what economists refer to as ‘opportunity cost’. As there is always a choice about how to use resources (including doing nothing), using systematic methods to determine costs and benefits ensures that resources are allocated in the most appropriate way. This may involve comparisons between health interventions or between different providers. Comparison of the distribution of resources between different regions, countries or populations is an important tool is evaluating equity. … A cost analysis can also be used to identify the money spent on an intervention and to give a proper account of its use. It is a useful tool for planning a service, particularly when considering whether it will be sustainable and for estimating the resources that could be liberated from terminating a service.
Smith, Sinclair, Raine e Reever (2005)
123
Reflete o volume de recursos usados, sejam humanos, materiais ou monetários.
Admitindo que existam dois programas (A e B) de saúde diferentes e os recursos disponíveis permitem a execução de apenas um deles.
Assim, o custo de oportunidade de A é dado pelos benefícios econômicos que o programa B poderia determinar se fosse implantado.
Custo de Oportunidade
124
Custo em Saúde
Os custos de oportunidade em saúde referem-se aos benefícios perdidos quando selecionamos uma terapia alternativa, comparando-a com uma outra melhor alternativa existente.
O que importa aqui não é o quanto a intervenção em saúde custa, mas o que nós devemos abrir mão quando usamos tal intervenção.
125
Custos de Oportunidade
“Opportunity costs, means that the real cost of a health care programme’s implementation is not the number of dollars appearing on the programme’s budget, but rather the health outcomes achievable in some other health care programme which have been forgone by committing the resources to the first programme.”
Michael Drummond et.all (1997).
126
Custos Totais
Em economia os custos totais são obtidos através da multiplicação das quantidades utilizadas de um determinado recurso (q) pelo respectivo preço.
Assim, o primeiro passo para determinar corretamente os custos de um programa de saúde corresponde à identificação e quantificação dos recursos relevantes para a situação em questão.
127
Categorização dos Custos
(i) custos diretos médicos;
(ii) custos diretos não médicos;
(iii) custos indiretos;
(iv) custos intangíveis.
128
Categorização dos Custos
Não-Médicos
Diretos
Indiretos
Intangíveis
Médicos Diretos
129
CUSTOS DIRETOS
São os recursos consumidos diretamente
no tratamento ou na intervenção. Podem
ser médicos ou não-médicos.
CUSTOS INDIRETOS
Custos indiretos estão
relacionados as perdas para
a sociedade resultantes da
doença ou seu tratamento
(impacto na produção)
ex. perda de produtividade
CATEGORIAS DE CUSTOS
CUSTOS MÉDICOS
hospitalizações,medica
mentos, exames,
próteses, honorários
etc
CUSTOS Ñ-MÉDICOS transporte do paciente,
alimentação, residência
temporária etc
Medição dos Custos em Saúde
130
Categorização dos Custos: Custos Diretos Médicos
Os custos diretos médicos referem-se aos insumos médicos utilizados diretamente para prestar o tratamento.
131
Custos diretos são aqueles relacionados diretamente aos serviços de saúde, que implicam dispêndios imediatos, de identificação objetiva, correspondendo aos cuidados médicos e não médicos.
(Bombardier & Eisenberg, 1985; 1989; Lew et al., 1996).
Categorização dos Custos: Custos Diretos Médicos
132
Categorização dos Custos: Custos Diretos Médicos - Exemplos
- medicamentos; - consultas; - internamentos; - urgências; - monitoramento de medicamentos; - administração de medicamentos; - aconselhamento e consultas com pacientes; - exames diagnósticos; - hospitalizações; - atendimento ambulatorial; - atendimento no setor de emergência; - atendimentos médicos domiciliares; - serviços de ambulância; - serviços de enfermagem.
133
Categorização dos Custos: Custos Diretos Médicos
Fonte de Dados
- periodicidade do registro da informação;
- processo clínicos (hospitais e/ou consultórios);
- painéis de médicos;
- inquéritos da população;
- Base de doso dos grupos de diagnóstico homogêneos;
134
Custos Diretos:
Fixos
Não variam com o volume de serviços prestados.
Variáveis
Variam com o volume de serviços prestados.
Categorização dos Custos: Custos Diretos Médicos
135
Categorização dos Custos: Custos Diretos não Médicos
Os custos diretos não médicos são custos dos pacientes e famílias que estão diretamente associados ao tratamento, mas que são de natureza médica.
136
Categorização dos Custos: Custos Diretos não Médicos
- custos de transporte para recebimento da assistência à saúde (ônibus, gasolina, taxi, etc);
- assistência não médica relacionada a condições de saúde (entrega
de refeições no domicílio, serviços domésticos); - pernoites em hotéis durante a assistência a pacientes e família de
fora da cidade; - adaptações domiciliares; - custo de ida e volta ao hospital, clínica, ambulatório etc;
137
Categorização dos Custos: Custos Diretos não Médicos
Como identificar?
A melhor forma de identificar estes custos diretos não médicos é normalmente através de pesquisas dos doentes.
138
Categorização dos Custos: Custos Indiretos
Os custos indiretos envolvem custos que resultam da perda de produtividade em virtude de doença ou morte.
Os benefícios indiretos são, que são economias atribuíveis a se evitarem custos indiretos, são aumentos nos rendimentos ou produtividade que ocorrem divido ao programa ou a uma intervenção médica.
139
Categorização dos Custos: Custos Indiretos
Os custos indiretos são relacionados à perda da capacidade produtiva do indivíduo ante o processo de adoecimento ou mortalidade precoce.
Eles representam dias de trabalho perdidos, incapacidade de realizar as atividades profissionais, tempo gasto em viagens para receber cuidado médico e morte prematura decorrente da doença.
(Bombardier & Eisenberg, 1985; Eisenberg, 1989; Villar, 1995; Lew et al., 1996).
140
Os custos indiretos são relacionados à perda da capacidade produtiva do indivíduo diante do processo de adoecimento ou mortalidade precoce.
Eles representam dias de trabalho perdidos, incapacidade de realizar as atividades profissionais, tempo gasto em viagens para receber cuidado médico e morte prematura decorrente da doença.
(Bombardier & Eisenberg, 1985; Eisenberg, 1989; Villar, 1995; Lew et al., 1996).
Categorização dos Custos: Custos Indiretos
141
Categorização dos Custos: Custos Indiretos
- perda de produtividade do paciente (redução dos salários);
- perda de produtividade para um acompanhante não remunerado (membro da família, vizinho, amigo, etc);
- perda de produtividade devido a mortalidade prematura;
- aposentadoria prematura;
142
143
144
145
146
As Abordagens na Medição dos Custos Indiretos
As Abordagens na Medição dos Custos Indiretos
Há três abordagem para se medir os custos indiretos nos estudos de farmacoeconomia:
1) abordagem do capital humano (human capital
approach); 2) abordagem da disposição a pagar (willingness
approach). 3) abordagem da fricção (friction approach).
148
Definição de Capital Humano
Capital humano é o conhecimento, as habilidades e a experiência que tornam um indivíduo mais produtivo e, assim, capaz de auferir rendas maiores durante a vida
149
Definições de Capital Humano
Gary Becker (1962) - capital humano é qualquer
atividade que implique num custo no período corrente e que aumente a produtividade no futura pode ser analisada dentro da estrutura da teoria do investimento.
150
Os Investimentos em Capital Humano
Gary Becker's most noteworthy contribution is perhaps to be found in the area of human capital, i.e., human competence, and the consequences of investments in human competence. The theory of human capital is considerably older than Becker's work in this field. His foremost achievement is to have formulated and formalized the microeconomic foundations of the theory. In doing so, he has developed the human-capital approach into a general theory for determining the distribution of labor income. The predictions of the theory with respect to the wage structure have been formulated in so-called human-capital- earnings functions, which specify the relation between earnings and human capital. These contributions were first presented in some articles in the early 1960s and were developed further, both theoretically and empirically, in his book, Human Capital, written in 1964.
151
Método do Capital Humano
O método do capital humano é um método de estimativa da relação custo-produtividade na ausência de preços de mercado.
Esse método estima o valor do capital humano como o valor presente dos ganhos futuros do indivíduo.
152
Método do Capital Humano
O método do capital humano é usado para obter uma estimativa do capital humano de um indivíduo.
O capital humano consiste das posses individuais, tais como conhecimento, habilidades e outras características que contribuam à habilidade do indivíduo para produzir.
153
Método do Capital Humano
A perda de produtividade associada à morte, doença ou lesão usando a abordagem de capital humano é o valor de mercado daquela contribuição futura do indivíduo à produção, se ele tivesse permanecido em saúde plena.
Por conseguinte, o método é usado para estimar o custo da indireto da doença.
154
Método do Capital Humano
A abordagem do capital humano é uma forma de medir benefícios indiretos. O CH estima perdas salariais e de produtividade devido a doença, incapacidade ou morte.
A abordagem do CH pressupõe que o valor dos benefícios à saúde seja igual à produtividade econômica que eles permitem.
155
Método do Capital Humano
Os dois componentes básicos para o cálculo do CH são
os seguintes:
(i) taxa salarial (salários, ver PNAD);
(ii) tempo perdido (dias ou anos) em decorrência da
doença (obtido em relatório próprio).
156
Método do Capital Humano
As taxas salariais devem ser baseadas na população média, e não nas de pacientes específicos incluídos no estudo.
157
Método do Capital Humano
O método do capital humano não incorpora valores para dor e sofrimento se esses valores não tiverem impacto sobre a produtividade (ex. menopausa, queda de cabelo).
[cf. Rascati (2010, p.115)]
158
Método do Capital Humano
A abordagem do capital humano é o método mais usado para medição dos benefícios indiretos.
[cf. Rascati (2010, p.115)]
159
Na abordagem do capital humano, os custos indiretos geralmente são avaliados com base na morbidade, incapacidade ou mortalidade prematura.
A Abordagem do Capital Humano (Human Capital Approach)
160
A Abordagem do Capital Humano (Human Capital Approach)
A abordagem do capital humano pressupõe que o valor de benefícios a saúde seja igual à produtividade econômica que eles perdem (que seria igual a taxa de salário de mercado).
161
A Abordagem do Capital Humano (Human Capital Approach)
Existem dois componentes básicos para o cálculo do capital humano: a taxa salarial (w) e o tempo perdido (t – medidos em dias ou anos) em decorrência da doença.
As estimativas de renda podem ser obtidas, no Brasil, a partir de dados da PNAD, RAIS etc, ou qualquer outra fonte de dados que forneça estimativas de renda baseadas em gênero, idade ou ocupação.
O tempo perdido (dias ou anos) em decorrência da doença por der obtido por relatório próprio.
162
A Abordagem do Capital Humano (Human Capital Approach)
Na abordagem do capital humano estima-se o valor presente das renda futuras de um indivíduo. Esta abordagem tem sido usada principalmente em aplicações legais que requerem estimativas dos danos causados.
Ela estima também a perda em termos do PIB (produto interno bruto) resultante da mortalidade e da morbidade ou ainda dos ganhos de produção resultantes da poupança e da extensão da vida dos indivíduos.
163
A Abordagem do Capital Humano (Human Capital Approach)
A incapacidade pode ser temporária ou permanente. Ela é aplicada aos indivíduos que fazem parte da população econômicamente ativa de um país.
A incapacidade permanente refere-se a perda permanete do produto do trabalho no mercado ou doméstico devido a uma doença. A quantificação da perda de rendimento geralmente é baseada no pressuposto de que as pessoas incapacitadas, se elas pudessem trabalhar, iriam ter a mesma experiência que a população em condições similares.
164
A Abordagem do Capital Humano (Human Capital Approach)
Os custos indiretos na abordagem do capital humano são vistos como os rendimentos presentes e futuros, perdidos pelo indivíduo como resultado de uma doença.
Os indivíduos são assumidos que poderiam produzir durante a tempo que permanecem no mercado de trabalho e poderiam ser valorados do mesmo modo que os indivíduos que estão no mercado de trabalho em condições saudáveis, ceteris paribus.
165
A Abordagem do Capital Humano (Human Capital Approach): Críticas
- A teoria do capital humano não mede da disposição dos indivíduos a evitar os riscos de acidentes, morte ou doenças e nem mede o que um indivíduo estaria disposto a pagar para reduzir os riscos dos mesmos. Isto é feito pela abordagem willingness to pay.
166
EARNINGS AND CHRONIC RENAL DISEASE IN BRAZIL - 1998
Authors:
Márcia Regina Godoy [PPGE/UFRGS]
Giacomo Balbinotto Neto [UFRGS/PPGE]
Eduardo Pontual Ribeiro [UFRJ/PPGE]
167
Economics of Renal Disease
Objective: verify the impact of the Chronic Renal
Disease on the incomes [Labor Market].
Data Source: Pesquisa Nacional de Amostra por Domicíclios (PNAD)/1998, a Brazilian Household Survey.
Method: Quantile Regression (QR).
168
EARNINGS AND CHRONIC RENAL DISEASE
Equation:
2
0 1 2 3 4 5 6logW E S I I D C
θ (0,1)
W: log wage/hour; E: years of education; S: gender;
I: years, D: dummy for CRD; C: dummy for color
There are separate regressions by gender.
Sample of the men and women among 18-55 years.
169
Results from OLS and Quantile Regression MQO RQ .10 RQ .25 RQ .50 RQ .75 RQ .90
Sexo -0.359 -0.308 -0.324 -0.359 -0.383 -0.378
(78.23)** (35.28)** (64.00)** (65.71)** (54.43)** (42.75)**
Estudo 0.141 0.122 0.130 0.141 0.147 0.150
(258.33)** (111.90)** (172.00)** (215.07)** (212.91)** (162.88)**
Idade 0.874 0.717 0.793 0.878 0.947 1.014
(54.74)** (32.77)** (36.49)** (40.93)** (39.98)** (26.61)**
Idade 2 -0.088 -0.077 -0.083 -0.089 -0.093 -0.099
(38.52)** (24.66)** (27.27)** (29.00)** (26.64)** (18.08)**
Branco 0.104 0.101 0.110 0.108 0.104 0.101
(23.36)** (12.76)** (19.25)** (18.28)** (20.66)** (12.80)**
Renal -0.111 -0.112 -0.132 -0.119 -0.115 -0.103
(8.33)** (4.72)** (7.15)** (7.91)** (5.77)** (5.26)**
Const. 0.246 -0.127 0.051 0.233 0.485 0.744
(9.30)** (3.51)** (1.39) (6.66)** (12.93)** (12.00)**
R2 /
P.R2
0.44 0.1704 0.2155 0.2610 0.3033 0.3213
Estatística t entre parênteses. ** Estatisticamente significante a 1%. Nº Observações: 111.988
170
Willingness-to-Pay Approach
Willingness-to-Pay Approach
O método da disposição a pagar busca avaliar tanto os aspectos indiretos como intangíveis de uma doença ou condição.
Ele busca determinar quanto as pessoas estão dispostas a pagar para reduzir a chance de um desfecho adverso de saúde.
172
Willingness-to-Pay Approach
De acordo com a teoria do bem-estar, o benefício que um indivíduo recebe de um serviço ou intervenção é definido como a disposição máxima que um indivíduo está disposto a pagar pelo serviço ou intervenção.
O benefício para a sociedade da intervenção é a soma da disposição a pagar de cada indívíduo.
173
Willingness-to-Pay Approach
Nesta abordagem, a vida é avalida de acordo com o que
os indivíduos estão dispostos a pagar por uma mudança
que reduza a probabilidade de morte ou doença.
Esta abordagem é útil para indicar como os indivíduos
valorizam a vida e a saúde quando deriva-se
preferências sociais para políticas públicas.
174
Willingness-to-Pay Approach
A abordagem Willingness-to-Pay determina os custos indiretos quando são consideradas as preferências dos indivíduos.
Esta abordagem busca mediar o montante monetário máximo que um indivíduo estaria disposto a investir para preserver sua vida ou saúde para limitar os fatores de risco e saúde.
Esta abordagem é utilizada nos EUA, Inglaterra, Australia e países escandinavos.
175
Willingness-to-Pay Approach
Vamos assumir aqui que um tratamento é introduzido e que desloque o seu status de saúde de um estado de doença específico (HD) para um de plena saúde (H*).
A disposição a pagar é igual ao montante máximo de
recursos monetários que você estaria disposto a pagar pelo tratamento que restaurasse a sua plena saúde enquanto mantivesse o mesmo nível de bem-estar geral ou a sua utilidade.
Se você tivesse que pagar mais do que este máximo, a
perda de renda iria mais do que compensar o ganho de bem-estar devido a mudança no estado de saúde.
176
Willingness-to-Pay Approach
0 Y1 Y0
Willingness-to-Pay
Renda (Y)
Utilidade (U) U(H*)
U(HD)
U*
177
Willingness-to-Pay Approach
A disposição a pagar é uma medida de quanto um indivíduo valoriza uma determinada melhoria na saúde.
Isto varia entre indivíduos e depende da severidade da doença bem como da disposição e capacidade de trocar recursos monetários por saúde.
178
Willingness-to-Pay Approach
Visto que a disposição a pagar varia entre os pacientes, tanto devido as diferenças nas preferências como na renda, a curva de demanda é negativamente inclinada, indicando que mais pacientes irão escolher o tratamento a preços mais baixos.
Na figura abaixo, a área sob a curva de demanda representa a disposição a pagar pelo tratamento (a soma da disposição a pagar de cada paciente).
179
Willingness-to-Pay Approach
preço
Total de pacientes dispostos
a pagar pelo tratamento
0 Todos os
pacientes
180
Averting Behavior Approach
Averting Behavior Approach
O método de averting behavior examina as medidas preventivas tomadas para evitar a exposição ao risco ou mitigar os efeitos das doenças.
Os investimentos realizados em medidas preventivas são usadas como uma proxy para a disposição a pagar (willingness-to-pay) para evitar uma doença particular.
182
Friction Costs
184
185
Friction Costs
O método de atrito de custos (friction cost method) é um método de estimativa da razão custo-produtividade na ausência de preços de mercado.
Esse método estima o valor do capital humano
quando outro trabalhador, proveniente do lote de desempregados, substitui o valor presente dos ganhos futuros de um trabalhador, até que o trabalhador doente ou ausente retorne ou, então, seja substituído.
186
O método dos custos de fricção foi introduzido por Koopmanschap e Ineveld (1992), Koopmanschap e Rutten (1993) e Koopmanschap et al. (1995) como uma melhoria do método do capital humano.
Segundo esta abordagem, a teoria do capital humano representaria uma medida potencial do valor da produção perdida devido a doença ao invés da perda corrente.
[cf. Sculper (2004, p.102) in: Drummond e McGuire (2004)]
Friction Costs
187
Friction Costs
O método dos custos de fricção foi introduzido por Koopmanschap at al. (1992) como uma melhoria do método do capital humano.
Os custos de fricção mede somente a perda de produção
do indivíduo doente até o momento que um novo trabalhador (previamente desempregado) o substitui. Além disso, os custos de contratação e treinamento devem ser também incluídos.
O pressuposto subjacente do método de fricção é que a
economia não está sempre operando na situação de pleno emprego.
188
Friction Costs
O método dos custos de fricção é um método de estimação dos custos de produtividade que busca calcular as perdas de produção durante o período de substituição do trabalhador doente, isto é, entre o início de sua ausência no trabalho e a sua substituição definitiva.
189
Friction Costs
Referem-se aos custos de substituição de um indivíduo doente por um saudável.
Friction costs incluem os custos associados com o montante de tempo despendido na susbstitução de um trabalhador doente, aos custos de treinamento para um trabalhador novo ou temporário e os custos referentes a redução de produtividade durante a ausência do trabalho do trabalhador adoentado.
190
Friction Costs
A abordagem dos custos de fricção adota uma abordagem social que leva em conta apenas os custos da substituição entre os trabalhadores.
Na prática ela leva a menores custos do que a abordagem do capital humano, mas parece ser mais realista.
[cf. Walley, Haycox e Bolland (2004, p.95)]
191
Friction Costs
A abordagem dos custos de fricção é baseada na idéia de que o pico de perda de produtividade de um trabalhador depende do tempo necessário que uma empresa requer para substituí-lo obtendo um nível similar de produtividade.
[cf. Rychlik (2002, p.18)]
192
Friction Costs
Referem-se aos custos de substituição de um indivíduo doente por um saudável.
Friction costs incluem os custos associados com o montante de tempo associado a susbstitução de um trabalhador doente, aos custos de treinamentos para um trabalhador novo ou temporário e os custos referentes a redução de produtividade durante a ausência do trabalho do trabalhador adoentado.
193
FC X HC Holanda (1988, bilhões de gilders)
Koopmanschap at al. (1995)
Categoria de custos Capital Humano Custos de Fricção
Ausência do trabalho 23,8 9,2
Invalidez 49,1 0,15
Mortalidade 8,0 0,15
Total 89,9 9,5
% da renda nacional líquida
18% 2,1%
194
Friction Costs
O método do custo de fricção surge em meados dos anos 1990, em contraposição ao método do capital humano.
O método do capital humano estima potencialmente a produção perdida (rendimento bruto) e reflete o investimento na educação, no treinamento e na experiência no trabalho.
O custo de fricção é definido como um método no qual o custo incorrido corresponde àquele entre o período de saída do trabalhador doente/incapacitado e o momento em que este trabalhador é substituído - período de fricção. Esse custo tem relação direta com o tempo em que a organização restaura a produção
195
FC X HC Holanda (1988, bilhões de gilders)
Koopmanschap at al. (1995)
196
197
198
199
200
Bibliografia
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10175982
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21735852
https://link.springer.com/article/10.2165/00019053-199610050-00003
http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1046/j.1524-4733.2000.34004.x/pdf
201
A Aborgagem de Drummond e col. (2005)
A Aborgagem de Drummond e col. (2005)
Drummond e col. (2005) sugeriram uma categorização alternativa que incluía quatro categorias a seguir:
(i) custos do setor de assistência à saúde;
(ii) custos de outros setores;
(iii) custos do paciente e da família;
(iv) custos de produtividade.
203
Custos do Setor de Assistência à Saúde
Os custos do setor de assistência a saúde referem-se os recursos médicos consumidos por entidades de assistência a saúde.
Esses tipos de custos são similares aos da definição de custos diretos médicos, mas não incluem custos diretos médicos pagos pelos pacientes (franquias, co-participação nos pagamentos) ou por outras entidades não relacionadas à assistência à saúde.
204
Custos de Outros Setores
Referem-se aos custos que algumas doenças e tratamentos causam sobre outros setores não relacionados à assistência à saúde, como os setores de habitação, serviços domésticos, e serviços educacionais.
205
Custos do Paciente e da Família
Os custos do paciente e da família incluem os custos do paciente e de sua família sem considerar se são de natureza médica ou não médica.
206
Custos de Produtividade
Os custos de produtividade são análogos ao termo econômico custos indiretos.
207
Custo de Oportunidade em Farmacoeconomia
Os custos de oportunidade em farmacoeconomia referem-se aos benefícios perdidos quando selecionamos uma terapia alternativa, comparando-a com uma outra melhor alternativa existente.
O que importa aqui não é o quanto a intervenção em saúde custa, mas o que nós devemos abrir mão quando usamos tal intervenção.
208
Artigo Recomendado
https://www.researchgate.net/profile/Stephen_Palmer10/publication/12942949_Economic_Notes_opportunity_cost/links/0f3175360fc2271b4f000000.pdf
209
Exercícios
http://apps.who.int/medicines/technical_briefing/tbs/06-
PG_Evaluating-drug-costs_final-APRIL-25-2008.pdf
210
Os Resultados em Farmacoeconomia
Os Resultados em Farmacoeconomia
Outcome é um termo clássico que traduz resultados, impactos ou conseqüências de intervenções na saúde, podendo ser expressos em unidades monetárias, clínicas e humanísticas.
Os outcomes podem ser multidimensionais, dependendo da
perspectiva da análise. Por exemplo, os profissionais de saúde preocupam-se com os outcomes clínicos dos tratamentos.
As empresas financiadoras de serviços de saúde têm focado suas
decisões nos outcomes aferidos em unidades monetárias. Por outro lado, os pacientes, cada vez mais participativos do processo de decisão em relação à saúde, mostram-se interessados nos outcomes humanísticos (Detsky & Naglie, 1990; Bootman et al., 1996).
212
Os Resultados em Farmacoeconomia
As investigações de outcomes são realizadas no intuito de identificar, medir e avaliar os resultados finais dos serviços de saúde.
Na terapia medicamentosa, usualmente são adotados os outcomes relacionados à mortalidade, razão de cura, adesão do paciente, qualidade de vida, entre outros.
213
Os Resultados em Farmacoeconomia
Eficácia diz respeito aos benefícios, conseqüências, resultados, outcome do medicamento quando utilizado em condições ideais, situação que, habitualmente, ocorre nos ensaios clínicos em que há seleção dos pacientes mediante estabelecimento de critérios de inclusão e exclusão, controle rigoroso da evolução clínica do paciente e vigilância rigorosa do cumprimento do plano terapêutico.
214
Os Resultados em Farmacoeconomia
A efetividade é entendida como a medida dos outcomes, quando o medicamento é utilizado na prática clínica diária, ou seja, nas condições habituais reais.
Destaca-se que a efetividade é freqüentemente menor que a eficácia (Jolicoeur et al., 1992; Sacristán Del Castilho, 1995; Bootman et al., 1996).
215
Os Resultados em Farmacoeconomia
Eficiência representa a relação entre os recursos financeiros (custos) e os outcomes utilizados em determinada intervenção.
Assim sendo, a farmacoeconomia busca determinar, entre alternativas terapêuticas, qual é a mais eficiente, e qual destas produzem os melhores outcomes, segundo os recursos investidos. Trata-se, portanto, de uma área de conhecimento em que são comparadas as eficiências das estratégias usadas na saúde (Jolicoeur et al., 1992; Sacristán Del Castilho, 1995; Bootman et al., 1996; Ugá, 1995).
216
Os Resultados em Farmacoeconomia
A condução das análises farmacoeconômicas segue o modelo de análise econômica proposta inicialmente por Bombardier & Eisenberg (1985) e depois adotada por outros, em que são consideradas as seguintes dimensões: custo, perspectiva e tipo de análise (Guyatt et al., 1986; Eisenberg, 1989; Jolicoeur et al., 1992).
217
Resumo
O campo de pesquisa de farmacoeconomia está em evolução e torna-se cada vez mais necessário na avaliação de tecnologias em saúde.
O objetivo de uma avaliação econômica não dever ser cortar custos e sim usar os recursos escassos de forma mais eficiente para melhor qualidade no cuidado à saúde da população.
218
Algumas palavras finais ...
It is important to remember that the discipline of
pharmacoeconomics is still in its infancy and wide range of
fundamental, theoretical and practical issues remain to be
resolved.The manner in which technical issues are
adressed is likely to shape the future structure of
pharmacoeconomics. In particular, a topic of major
concern is the technical development and appropriate role
of economic modeling withing pharmacoeconomics.
Walley, Haycox e Bolland (2004, p. 170) 219
Algumas palavras finais ...
Pharmaecoeconomics is a young science and needs much futher development. It needs to keep its theoretical base within welfare economics and health economics needs to work more closely within clinicians and other health professionals. There will be technical developments in pharmaecoecnomics – some of which will be little more than fashions, some dead ends, but many will develop the science and allow it to progress. Unlikely many aspects of medical science, pharmacoeconomics exist not in academic isolation but will be shaped by changes in social and economic policies. As a social science improves, pharmacoecnomics will become, quite appropriately, an increasingly important factor driving health policy in the future.
Walley, Haycox e Bolland (2004, p. 174)
220
Resumo
Farmacoeconomia - constitui-se num método útil para estabelecer valor de intervenções em saúde da tentativa de avaliar o impacto da utilização do fármaco nos custos médicos totais.
No momento de registro e lançamento de um novo fármaco o valor econômico e clínico verdadeiro não é completamente conhecido.
Métodos farmacoeconômicos auxiliam os tomadores de decisão em saúde.
221
Resumo
O campo de pesquisa de farmacoeconomia está em evolução e torna-se cada vez mais necessário na avaliação de tecnologias em saúde.
O objetivo de uma avaliação econômica não dever ser cortar custos e sim usar os recursos escassos de forma mais eficiente para melhor qualidade no cuidado à saúde da população.
222
A Necessidade de Educação Farmacoeconômica
There is a need for pharmacoeconomics education at many levels. Although the specifics of traning may differ based on factors such as the target audience, experience level of students and the desidered level of education, some standardisation should be considered.
There is a global need for more training in pharmaecoeconomics.
RASCATI, K.L, DRUMMOND, M.F, ANNEMANS, L e DAVEY, P. Education in Pharmaeconomics: An International Multidiciplinary View. Pharmacoeconomics (2004).
223
A Necessidade de Educação Farmacoeconômica
There is a strong need for education in the field of pharmacoeconomics and outcomes research. However, when teaching to an audience in this field, there should be clear objectives in terms of the desired outcomes of the education process. An outcomes-based approach provides better clarity for teachers about the goals to be achieved, and makes it easier for students to know what they are expected to learn. Universities and health professional bodies increasingly use outcomes-based learning.
Fonte: http://www.ispor.org/education/learning_outcomes.asp
224
Farmacoeconomia no Brasil
http://www.sbrafh.org.br/rbfhss/public/artigos/2014050403000620BR.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/avaliacao_economica_tecnologias_saude_2009.pdf
http://oaji.net/articles/2016/3425-1470059452.pdf
http://oaji.net/articles/2016/3425-1470059452.pdf
225
Bibliografia - Livros
226
Bibliografia - Livros
227
Bibliografia - Livros
228
Bibliografia em Português
229
Bibliografia - Periódicos
230
Bibliografia - Periódicos
231
FIM
Introdução à Farmacoeconomia Aula #1
Giácomo Balbinotto Neto
(UFRGS/IATS)