SÃO PAULO 2017
KELLY DA SILVA MACHADO
A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NO PROCESSO DE
INCLUSÃO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
KELLY DA SILVA MACHADO
A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NO PROCESSO DE INCLUSÃO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Anhanguera Campus Marte de São Paulo, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Pedagogia.
Orientador: Ana Cláudia Froes Kassa.
SÃO PAULO 2017
KELLY DA SILVA MACHADO
A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NO PROCESSO DE INCLUSÃO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Anhanguera de São Paulo, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Pedagogia.
BANCA EXAMINADORA
Mestre Cláudia Simone de Freitas Munhoz
Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)
Doutor Everaldo Santos Oliveira
Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)
Mestre Maria Cristina Máximo Almeida
Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)
São Paulo, 07 de dezembro de 2017.
DEDICATÓRIA
Dedico em primeiro lugar a DEUS, quem me deu o fôlego de vida e esteve
ao meu lado em todos os instantes, que me deu sabedoria e discernimento
nessa trajetória da minha vida para concluir essa etapa que foi único e
suficiente para me dar apoio nas lutas superadas até o momento, também
agradeço minha mãe Maria Ernestina Machado e memória do pai
Gonçalves dos Reis Machado, meu esposo Eldo Julio da Silva, minhas
filhas frutos do meu matrimonio Beatriz Machado Rodrigues da Silva e Ana
Júlia Machado Rodrigues da Silva aos meus Irmãos Marcelo Silva
Machado, Anderson Reis Machado a em memória do meu irmão Marcos
Lucas Machado e aos meus sobrinhos.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por ter me sustentado com saúde e força para superar as
dificuldades.
Agradeço а minha mãе Maria Ernestina Machado heroína, meu esposo Eldo
Julio da Silva, minhas filhas Beatriz Machado R. da Silva , Ana Júlia Machado R. da
Silva e minha sobrinha Ingrid Sabrina Silvestre Machado e minha sogra Rosina
Rodrigues Silva qυе mе dеram apoio, incentivo nаs horas difíceis, de desânimo е
cansaço.
Ao minha orientadora Ana Cláudia Froes Kassa, pelo suporte nо pouco tempo
qυе lhe coube, pelas suas correções е incentivos.
Agradeço а todos оs professores pоr mе proporcionar о conhecimento nãо
apenas racional, mаs а manifestação dо caráter е afetividade dа educação nо
processo dе formação profissional, pоr tanto qυе sе dedicaram а mim, nãо somente
pоr terem mе ensinado, mаs por terem mе feito aprender. А palavra mestre, nunca
fará justiça аоs professores dedicados аоs quais sеm nominar terão оs meus
eternos agradecimentos.
Meus agradecimentos as minhas amigas Andreia Cavalcante, Caroline
Santana, Cristiane Maria, Patrícia Caires e Viviane Pinheiro, companheiras de
trabalhos irmãs de amizade que fizeram parte da minha formação que vão continuar
presentes em minha vida com certeza. A todos que direta ou indiretamente fizeram
parte da minha formação, o meu muito obrigado.
Machado, Kelly da Silva. A importância da família no processo de inclusão do aluno com deficiência intelectual. 2017. Em 31 páginas. Trabalho de Conclusão de Curso (Pedagogia) – Centro Universitário de São Paulo – Campus Marte, São Paulo,2017.
RESUMO
Este trabalho foca em compreender a relevância da família na proposta de inclusão
do aluno com deficiência intelectual, pois a união entre a escola e a família contribui
para a iniciação do aluno no âmbito escolar. A falta de comprometimento dos
responsáveis na proposta de integração do aluno na instituição de ensino em
relação a inclusão,e quais são os métodos de conscientização que a escola utiliza
para trazer os responsáveis e a sociedade no âmbito escolar. Foi utilizado como
recurso metodológico os principais autores: Maria Teresa Eglér Montoan
(2006),Vygostshy(1997), Brasil ( 2004). Contudo a educação inclusiva é uma ação
conjunta, na qual envolve tanto a família quanto a sociedade, buscando
entretenimento e recursos para resolução dos problemas na qual tem o objetivo de
proporcionar ao indivíduo o ambiente adequado para o seu desenvolvimento.
Palavras-chave: Deficiência Intelectual; Educação Infantil; Inclusão; Participação da
Família.
Machado, Kelly da Silva. The importance of the family in the process of
inclusion of students with intellectual disabilities. 2017.Trabalho de Conclusão de
Curso (Pedagogia) – Centro Universitário de São Paulo – Campus Marte, São
Paulo,2017.
ABSTRACT
This work focuses on understanding the relevance of the family in the proposal
of inclusion of the student with intellectual disability, since the union between the
school and the family contributes to the initiation of the student in the school context.
The lack of commitment of those responsible in the proposal of integration of the
student in the educational institution in relation to inclusion, and what are the
methods of awareness that the school uses to bring the responsible and society in
the school. The main authors were: Maria Teresa Eglér Montoan (2006), Vygostshy
(1997), Brazil (2004). However, inclusive education is a joint action, involving both
the family and society, seeking entertainment and resources to solve problems in
which it aims to provide the individual with the right environment for their
development.
Key-words: Intellectual Disability; Child education; Inclusion; Family Involvement.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 01
1. A INSTITUIÇÃO ESCOLAR, A INCLUSÃO E O SEU PAPEL
FUNDAMENTAL..................................................................................................... 03
2.OS MÉTODOS DE CONSCIENTIZAÇÃOQUE A ESCOLA UTILIZA PARA
TRAZER A FAMÍLIA E A SOCIEDADE NO ÂMBITO
ESCOLAR.............................................................................................................. 09
3.O ESPAÇO ESCOLAR E SUAS ADAPTAÇÕES PARA INCLUSÃO.................. 14
CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................... 19
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 20
1
INTRODUÇÃO
É possível desenvolver cultura institucional inclusiva, valorizando as
potencialidades das pessoas, o trabalho colaborativo e o olhar sensível é o mais
humano para os participes da ação de ensino e aprendizagem, além de firmar que a
colaboração dos responsáveis é indispensável na proposta de integração de
crianças com Deficiência Intelectual no ambiente escolar. A escola deve se preparar com um plano de ensino, estar apta para receber os alunos de inclusão
tanto no ambiente escolar em relação aos espaços físicos quanto a equipe de
trabalho, considerando-as como um ajustamento entre as capacidades dos
indivíduos e as estruturas e expectativas no método de ensino e aprendizagem.
Dessa forma este trabalho foca em compreender a relevância da família
nessa proposta de integração do aluno com deficiência intelectual, pois a união entre
a escola e família contribui para a iniciação do aluno no âmbito escolar adequado,
sendo necessário o diagnóstico da deficiência, a orientação dos responsáveis, e o
encaminhamento correto para a especialidade clínica, objetivando a prevenção de
problemas futuros, buscando a devida inclusão do aluno. Os pais veem um grande
futuro na vida de suas crianças e, de repente, essas expectativas são rompidas por
um diagnóstico, ou o que é pior, pela falta dele, o que os torna impotentes frente à
deficiência.
A família deve ter a consciência, de que a criança que tem essa deficiência,
precisa de apoio, deve ser encaminhada, e incluída de forma correta para atividades
apropriadas que contribuem com seu desenvolvimento. De que maneira a falta de
comprometimento dos responsáveis na proposta de integração de estudantes com
retardo intelectual pode afetar em seu desenvolvimento? Sendo o principal objetivo é
discutir que o indivíduo com qualquer tipo de deficiência tem condições para fazer
parte do contexto social, mesmo com suas debilidades ou dificuldades,
independente da sua classe social, buscando orientações e suporte em suas
particularidades.
E para complementar esse estudo foi utilizado linhas de raciocínio
especificas tais como: A instituição de ensino e a inclusão qual o seu papel principal;
os métodos de conscientização que a escola utiliza para trazer os responsáveis e a
sociedade no âmbito escolar; os ambientes escolares e suas adequações para a
integração no processo escolar.
2
Como recurso metodológico foi utilizado como fonte de pesquisa e revisão
bibliográficas, a princípio de acordo com os principais autores: Maria Teresa Eglér
Montoan (2006), Vygostshy(1997), Brasil ( 2006).
3
1. A INSTITUIÇÃO ESCOLAR, A INCLUSÃO E O SEU PAPEL
FUNDAMENTAL.
O termo educação inclusiva iniciou por volta do século XVI, com médicos e
pedagogos que tinham o intuito de desafiar os conceitos vigentes na época, dessa
forma, acreditaram nas possíveis probabilidades de que indivíduos que até então
eram considerados ineducáveis, incapazes de serem inseridos no ambiente
estudantil. No entanto, elas focam sua pesquisa no aspecto pedagógico, num meio
social preconceituoso, na qual a educação formal era direito de poucos, esses
precursores desenvolveram seus estudos com bases tutoriais (CARNEIRO, 2008).
Os filhos é o importante foco emocional para a família e principalmente para
os responsáveis. Desta maneira é de suma importância a participação dos familiares
no andamento da integração de estudantes com Deficiência Intelectual.
“Não são todos os estudantes com deficiência cabem nas turmas de
educação regular, pois há uma seleção prévia dos que estão aptos à
inserção. Para esses casos, indicados a individualização programas
escolares, os currículos adaptados, a avaliações especiais e a redução dos
objetivos educacionais para compensar as dificuldades de aprender”.
(MANTOAN, 2006, p.18).
O momento do diagnóstico se torna para os responsáveis um luto, pois
geralmente se mistura com sentimentos de raiva, culpa, auto reprovação e um
sentimento de estarem sendo injustiçados. Dessa forma, a ajuda e preparação das
pessoas capacitadas que atuam na escola são se torna um papel necessário e
importância, pois exercerá a função de suporte para os que têm de encarar com
esse novo problema.
De acordo com perspectivas dos autores Buckley e Bird (1998) crianças com
deficiência intelectual, demonstram um grau elevado de problemas, sendo que
proporcionarem a ela um ambiente social, oferecido pela escola ela apresentará uma
melhora. Dessa forma, os autores relataram que os indivíduos que apresentam essa
deficiência se for inserida em diversos contextos sociais de inclusão, ela caminhará
4
para o progresso de maneiras diferentes, pois muitas intuições haverão de ter
formas diversas de desenvolver a aprendizagem destes indivíduos. E as escolas
inclusivas têm maior acordo das particularidades dos seus alunos, proporcionando
assim maior flexibilidade no seu planejamento curricular e avaliação.
De acordo Lorenz (1999) foi realizada uma pesquisa no Reino Unido com
responsáveis pelos estudantes com deficientes e eles relataram que elas não tinham
entendimento nos anos inicias escolares. Sendo necessário somente após os onze
anos da criança deficiente. A literatura diz que rentabilidade escolar do aluno é
norteador e relevante para uma análise para os responsáveis, embora tenham
adquirido o conhecimento estudantil nos anos iniciais.
Baseado na Constituição Federal de 1988, que está relacionada à inclusão na
educação brasileira, tem como intuito inserir indivíduos com precisões estudantis
com particularidades na educação regular, no qual afirma que o direito e à igualdade
é para todos (art. 5º) (BRASIL, 2004).
Na perspectiva de Oliveira (2004) a Declaração de Salamanca veio reforçar
sobre os movimentos de igualdade e direito em favor de um ensino inclusivo,
assegurando uma situação aos cidadãos de igualdades.
Sendo a Constituição Federal no artigo 208 não destaca isoladamente o
direito a educação, mas inclui sobre o atendimento particularizado, isto é , esse ato
diferenciado de dá apoio aos estudantes com precisões particulares de educação,
não pode acontecer a perda na questão educacional na estância regular, embora
que a educação básica, sendo que a idade de sete aos quatorze, é uma fase
analisada como imprescindível , segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDBEN) (BRASIL, 2004).
O apoio, interesse e cooperação do educador é o que se torna um diferencial
nas condições necessário para o êxito da integração da criança na educação regular
(GRAAF, 2002). Sendo ele o que vai conviver e observar cotidianamente do ser e
saberá quais são as adaptações que podem ser ajustadas e que devem ser
realizados no espaço escolar, na qual contribuir na afinidade dos indivíduos com as
outras pessoas, de criar circunstâncias satisfatórias para o indivíduo possa
acontecer uma boa relação no ambiente sociável (HOLDEN; STEWART, 2002).
Segundo Petty e Sadler (1996), em meio aos fatores que contribuem para que
5
inclusão seja feita em sua totalidade, estavam as amostras ativas da comunicação
verbal para com o indivíduo e a habilidade desta para evoluir de todos os
parâmetros do planejamento curricular. O levantamento feito apresentou que quanto
melhor é a formação dos professores maior será sua veracidade e segurança para
enfrentar as dificuldades encontradas no seu trabalho sendo a educação especial
um dos principais desafios. Dessa forma, conclui-se que os educadores do ensino
regular necessita receber treinamento satisfatório para que assim desenvolva seu
empenho junto com essas crianças, na qual mostraram insegurança devido a seus
conhecimentos adquiridos anteriormente.
Além das atividades pedagógicas realizadas no ambiente escolar, a pessoa
formada na área da educação pode ampliar as práticas utilizadas propiciando assim
que o indivíduo apresente mais chances para obter noções no que se trata às
prevenções quanto a saúde, pois a instituição escolar é um propicio a
aprendizagem, da vivência com várias pessoas e a evolução é admirável, no qual se
aprende os reais valores que são fundamentais e determinantes. A instituição de
ensino é o ambiente ideal para que possa desenvolver programas e os exercícios
que promovem uma relação de educação nessa perspectiva para criar hábitos
saudáveis de alcance e repercussão enormes, pois seu papel é indispensável, pois
exerce um enorme controle sobre seus estudantes nas fases mais relevantes de
suas existências (GONÇALVES et al., 2008). Dessa forma, a versatilidade com as
pessoas que exercem seu trabalho no ambiente da saúde é de um papel necessário
para que alcance um objetivo esperado.
Segundo Silva e Kleinhans (2006) o incremento cognitivo do indivíduo
acontece decorrente da sua relação e envolvimento com o meio a sua volta, dessa
forma torna-se necessário estímulos que sejam bem planejados para gerar o
desenvolvimento, minimizando suas limitações e destacando as suas possibilidades
de elasticidade cerebral.
Nesse sentido, vale ressaltar a que a criança possui a habilidade da fala essa
é uma conclusão de um trajeto de relação entre os sujeitos e com o espaço social
que está acostumado a lidar, tornando assim a inclusão necessária, pois no decorrer
dessa fase que os conhecimentos adquiridos pelas crianças com deficiência passam
a interagir com seus pares e com o educador, tendo como um de seus papéis criar
6
chances para aquisição fala. Além desse pressuposto os Conselhos Regionais de
Fonoaudiologia, a função desse profissional é gerar uma evolução no
desenvolvimento das tarefas da forma de prevenir no que se trata nas questões que
envolvem tanto diálogo oral quanto escrito, a dicção e o escutar e compartilhar com
da equipe multidisciplinar que orientam e planejam as atividades escolares,
complementando aspectos de forma preventiva que estão interligados a conteúdos
fonoaudiólogos. Portanto, é necessária a participação desse profissional na proposta
de integração de indivíduos com deficiência intelectual e no acompanhamento do
indivíduo na instituição de ensino. Sendo indissociáveis a educação e a saúde
(GONÇALVES al., 2008).
Segundo Carneiro (2008) a inclusão escolar é um exercício cada vez mais
comum em muitos países, embora ainda tenha necessite de uma política pública
específica para que o processo de seu desenvolvimento seja pleno e satisfatório.
Naqueles ambientes, na qual foi efetivada, essa questão tem-se desvendado como
benéfica para os indivíduos ,apesar de que ainda haja vários desafios a serem
conquistados, em meio a eles, a carência de preparação feitos pelos profissionais
que envolvidos, o envolvimento da família se torna com uma “cereja no bolo” para
que se torne esse processo menos árduo, a invenção de um campo que pode
auxiliar e dá apoio podem incluir a interlocução de orientadores que exercem
determinadas áreas para auxiliar durante a transmissão das informações,
principalmente dos campos das principais áreas que envolvem a saúde e educação.
Estes anteriormente citados poderão auxiliar o indivíduo e sua família na preparação
para sua entrada no ensino regular e auxiliá-los, na transição e, ainda assim, servir
de comunicação em meio as escolas inclusivas e a comunidade envolvida sejam por
apoiar ou acolher em suas atividades que necessitam de auxílio.
Para que ocorra êxito na inclusão escolar, é fundamental que considere
alguns elementos essenciais, tais como: o ambiente integrado seja adequado e
adaptado às particularidades dos alunos; abordagem da educação que promova sua
aprendizagem e ajustamento do currículo, elementos que não podem ser utilizados
exclusivamente para os deficientes, mas para com todos que careçam de atenção e
de uma adequação curricular adaptado para tal personalidade (HOLDEN;
STEWART, 2002).
7
Segundo Buckley e Bird (1998), a instituição de ensino deve ter uma atenção
cautelosa no processo de treinamento das pessoas que optaram para aturar nessa
área, com o intuito de capacitá-los para saber lidar com diversas situações, sendo a
inclusão escolar um dessas dificuldades mais apresentadas; além do conjunto
institucional, a escola necessita preparar também os companheiros de classe
(BUCKLEY; BIRD, 1998).
Dessa forma, existem práticas integradoras, baseados nos seus benefícios
tanto para as deficiências quanto para os demais colegas. Potencializando os
benefícios para os indivíduos que necessitavam de algum atendimento especial que
seriam: participar de lugares que promoviam conhecimento mais desafiadores; ter
mais chances para analisar os ambientes e compreender com alunos mais
desenvolvidos; vivendo assim em contextos mais normalizantes e realistas para que
assim pudessem proporcionar aprendizagens significativas; e espaços sociais mais
atraentes e facilitadores. Benfeitorias que melhoravam suas potencialidades para
que os demais colegas eram: a probabilidade de educar a aceitar as diversidades
nas formas como as pessoas nascem, crescem e se desenvolvem, promovendo
assim neles ações de consentimento das próprias potencialidades e limitações
Porém, nota-se que o precede a todos estes elementos são a disponibilidade
e o comprometimento da instituição em receber estas crianças (CUCKLE, 1999). O
espaço escolar deve ser um ambiente adequado para que todas elas se
desenvolverem socialmente, emocionalmente e academicamente.
No entanto, a inclusão escolar não era vista somente como uma questão de
tudo ou nada, mas sim como um caminho com várias etapas, por meio dos quais a
regra educacional proveria os meios mais adequados para acolher as necessidades
presentes dos alunos. A etapa mais adequada seria aquela em que o melhor
beneficiasse o desenvolvimento de determinado aluno, em certo momento e
contexto. Nota-se que nesse momento o pressuposto de que os indivíduos com
deficiências têm o direito de conviver socialmente, mas que deviam ser antes de
tudo, preparadas em função de suas peculiaridades para assumir papéis na
sociedade (FERREIRA; GLAT, 2003) .
Portanto, é necessário que a escola seja fiel a sua missão de educar,
independente das dificuldades apresentadas ao longo desse percurso, embora essa
8
etapa seja complicada de lidar, deve se promover oportunidades de ensino regular
para todos, sem restrição de aspecto físico, intectual.
9
2. OS MÉTODOS DE CONSCIENTIZAÇÃO QUE A ESCOLA UTILIZA PARA
TRAZER A FAMÍLIA E A SOCIEDADE NO ÂMBITO ESCOLAR.
A família é a base e é a principal responsável pelos atos realizados pelo seu
filho com necessidades especiais, sendo ela que deve tomar a decisão da criança
iniciar a vida estudantil ou não. Dessa forma, o aluno que iniciou seu processo
estudantil se torna tão especial quanto qualquer pessoa.
Segundo a perspectiva de Sassaki (1997, p. 31), o princípio da normalização
tinha como teoria básico a de que toda pessoa que tenha alguma limitação seja ela
física ou mental, especialmente aquela com restrição mental, tem o direito de
vivenciar um jeito comum ou modelo de vida que seria “normal” no seu próprio
costume. Essa ideia de conviver em um modelo padrão de vida que seria comum ou
normal à sua própria cultura. Dessa forma, essa ideia primordial foi, então, a de
regularizar, mas isto foi confundido com a noção de "tornar normais as pessoas com
necessidades especiais.
Toda pessoa independente da sua condição física tem suas necessidades.
Aqueles que apresentam alguma particularidade como: desvio físico, intelectual,
sensorial, social e de comportamento muito acentuado, que não podem usufruir das
sugestões de atividades da educação comum, precisam de um ensino ou serviços
especiais e adequados, sendo que através da adaptação ou apoio ao programa
educacional comum, de forma que eles mesmos se tornem apropriados de satisfazer
suas necessidades (VILHENA, 2009)
É preciso adaptar a estrutura do ensino em sua totalidade para atender as
particularidades do aluno com deficiência, sendo modificados: os conteúdos e os
métodos ao ritmo e as características do aluno, com a finalidade de oferecer a eles
uma melhor forma de adquirir conhecimentos. Neste ponto, surgem as
recomendadas de educação inclusiva e de uma sociedade inclusiva, ou seja, é neste
caso, surgem às sugestões de ensino e de sociedade inclusiva, isto é, a educação e
a sociedade são interligadas caminhando justapostas para proporcionar o que se
chama de uma sociedade para TODOS, sem diferenciações de raça, cor, religião ou
necessidades. Entretanto, nota-se que a sociedade não está preparada para
10
promover a inclusão da pessoa com necessidades especiais. Por isso, devemos
trabalhar, ainda mais, a integração. Assim buscará também o interesse da família
para integrar a comunidade escolar ( GLAT,2009).
No entanto são os responsáveis pela criança que pode lhe oferecer a primeira
formação. Na inclusão escolar, com a orientação dos profissionais e da família,
poderá adquirir competência profissional e pessoal. Sendo que no momento que
recebe o diagnóstico de uma doença gera uma crise, um mal estar na família. A
mesma percebe que tudo aquilo que estava até então planejado e idealizado tem a
possibilidade de não se concretizar. Ela não está preparada para as mudanças
físicas, psicológicas, sociais e principalmente para as possíveis alterações diárias
que terá de enfrentar. O luto dos pais geralmente se mistura com sentimentos de
raiva, culpa, auto reprovação e um sentimento de estarem sendo injustiçados.
(NASIO, 1991, p. 49)
Sendo assim é chamado como o período de luto e é necessário que os pais
perpassam, para que de possibilidade desse sujeito se desenvolver apesar de suas
limitações, bem como as alternativas que podem ser buscadas para dar o suporte
necessário partindo da aceitação e reconhecimento das necessidades da criança.
(JERUSALINSKY,2010, p.29.)
Segundo Coriat (2006) a família é o primeiro e talvez o principal grupo social
em que vivemos. É integrando nela que construirmos nossa subjetividade e
independência. Por isso é necessário o contato com outras famílias que enfrentam,
ou não, problemas com necessidades especiais. Os pais precisam estar conscientes
e mobilizados para participar, apoiar, trabalhar em conjunto, com união e harmonia.
Devem também cuidar para que não haja, em relação ao filho com necessidades
especiais, superproteção, posto que está em pouco ou nada contribuirá para o
desenvolvimento da autonomia da pessoa.
Ainda existem culturas que simplesmente excluem essas pessoas, já em
outras adotam prática inovadoras de interná-las em estabelecimentos de caridade,
com doentes, idosos. Esses estabelecimentos se caracterizam por serem enormes e
serviam, fundamentalmente, para abrigar, alimentar, orientar sobre medicamentos e
outras atividades para ocuparem o tempo desocupado. Os estabelecimentos são
especializados em atender essas especificidades que atendem a necessidade
11
individuais de cada indivíduo, passando-se a praticar uma segregação institucional.
(FONSECA, 1995).
Segundo Sassaki (2005) o conceito era a de preparar, em meio essas
instituições, fornecer serviços de diversas utilizadas possíveis, pois a sociedade não
acolhia pessoas com necessidades especiais nos serviços existentes na
comunidade.
Segundo Paro (2000, p.63) nas diversas vezes que nos deparamos com
casos anormais na vida é que nossos valores irão se incluir às grandes
características positivas e nos tornaremos exemplos para as decisões futuras. Com
o intuito de identificar o envolvimento do seio familiar no processo de inclusão
escolar do aluno com necessidades específicas de educação, foi concretizada um
estudo com dez famílias. Os resultados encontrados comprovam que:
O quanto ao entrosamento dos familiares nas atividades propostas pelas
escolares, as dez famílias participantes, nove são conscientes de que os filhos serão
favorecidos pelas atividades escolares. Dos nove estudados, três são sabedores
que o desenvolvimento é muito lento. Dos três, um diz que já fez tudo o que seria
indispensável para o desenvolvimento do filho com dezoito anos de idade. Então,
fica na expectativa de que poderá despertar algum desenvolvimento. Uma família
torna-se um caso à parte, porque a professora afirma que a aluna não tem
condições de acompanhar e simplesmente os pais encaminham-na para classe
especial sem outro atendimento (PARO, 2000).
E no que se refere ao relacionamento do ambiente familiar com os
profissionais de educação, conclui-se que há relacionamento, mesmo que mínimo
por parte dos membros da família. Dessa forma, as dez famílias estudadas têm
relacionamento com os professores. Nesse caso em que os responsáveis
conduziram a filha da classe comum para a classe especial, a aluna desenvolveu-se
e interagiu muito bem com todos. A mãe da criança participa veementemente das
reuniões propostas pelos professores (JESUS, 1996).
E já no que diz respeito da interação entre as famílias participantes: sete
delas demonstraram que têm esse tipo de convivência normalmente. Das três que
não se relacionam com outras famílias, uma relata sentir abandono do pai, a mãe
declara que não tem como relacionar-se com outras famílias, pois a dela está
12
incompleta. A família em que os responsáveis têm mais idade é humilde e, às vezes,
o filho é rejeitado pelos colegas. Dessa forma, estes pais relatam sentir dificuldades
para que essa atividade aconteça de seu filho se relacionar com outras crianças. Em
um caso, que a mãe é solteira, sente vergonha de relacionar-se com outras famílias
(JESUS, 1996).
Segundo Szymanski (2001), as atuações educativas nas instituições de
ensino e dos responsáveis apresentam funções diferentes no que diz respeito aos
objetivos, aos conteúdos e metodologias, sendo que as expectativas e interações
peculiares a cada contexto.
Além das disciplinas que integram o currículo escolar, a instituição deve
resgatar nos indivíduos noções de ação política e busca da cidadania e na
constituição de um mundo que não seja limitado em sua casa, que seja assim
equitativo. Dessa forma, a escola tem como intuito não somente apreensão de
conteúdos, mas deve ir além, buscando uma formação de um cidadão crítico e
agente de transformações, pois é um ambiente privilegiado para a construção de
ideias, crenças e valores. (ANANIAS, 2000). Segundo a perspectiva de López
(1999/2002), A família não educa sozinha, sendo que atua em conjunto com a
escola.
Segundo Oliveira (2000) os filhos são um importante suporte emocional para
tanto para os pais quanto para a família. Dessa forma, quanto o indivíduo manifesta
alguma deficiência “destrói” uma imagem perfeita que os familiares sonhavam. Mas
se essa criança tem um ambiente claro na sua vivência familiar e uma ter uma
oportunidade de ser inclusa nela, poderá experimentar como mais um ser e
organizar-se adequadamente como sujeito humano.
É através da linguagem, por meio de quem exerce a função materna, que se
dará o inicio da constituição da subjetividade da criança, ou seja, a família precisa
estar disponível a acolher as necessidades e demandas do filho, dar um sentido, um
significado e, então devolver para este a compreensão destas angústias e
necessidades, para que este possa desejar (OLIVEIRA,2000).
A política local tem grande interferência no processo de inclusão, mas os pais
também têm um papel de fundamental importância nesse processo, pois são eles
que escolhem entre colocar a criança em uma escola regular ou em escola especial
13
(CUCKLE, 1999)
De acordo com Bronfrenbrenner (1999) os três principais elementos que
afetam o indivíduo em seu processo de desenvolvimento, são: a escola, a família e o
ambiente social que convive a estes dos contextos. Na qual destaca a influência que
as tradições culturais podem ou não facilitar ou mesmo impossibilitar o progresso da
pessoa.
É fundamental que os educadores, a coordenação da escola e outros
segmentos desenvolvam metodologias que habilitem as ações que podem ser
exploradas nos diferentes níveis de experiências, aprendizagem e oportunidades
dos responsáveis, com o intuito de implementar mais efetivamente o envolvimento
entre família e escola (Ferreira & Marturano, 2002; Formiga, 2004; Marques, 2001,
2002). Para isto, a percepção que os educadores devem possuem dos responsáveis
como agente educativo desempenhando um papel preponderante.
Para estimular e promover o envolvimento dos pais de modo que ocorra o
fortalecimento de uma cultura nova de envolvimento contínuo, deve promover,
estabelecendo no projeto pedagógico da instituição um ambiente físico com maneira
didática diferenciadas (Ben-Fadel, 1988). No primeiro momento deve ocorrer a
identificação eficaz do tipo de comprometimento dos responsáveis com a instituição
que dessa forma, depende do reconhecimento e da descrição sistemática dos
padrões e modelos de relação dos constituintes e dos envolvidos. Dessa forma,
descrever algumas situações das relações entre família e escola, enfatizando os
tipos de envolvimentos e as percepções dos responsáveis e dos educadores sobre
tais tipos de envolvimento.
14
3. O ESPAÇO ESCOLAR E SUAS ADAPÇÕES PARA INCLUSÃO.
Ao abordar de deficiência no meio social em que a criança está inserida, o
autor protege a compensação social, e esse conceito contribui para a defesa que a
deficiência intelectual não deve ser classificada por níveis, considerando a
capacidade do ser humano de evoluir, ou não, a partir do contexto e das relações
sociais estabelecidas.
(...) uma educação ideal só e possível com base em um ambiente social
orientado de modo adequado e que os problemas essenciais da educação
só podem ser resolvidos depois de solucionada a questão social em toda
sua plenitude. Daí, deveria também a conclusão de que o material humano
possui uma infinita plasticidade se o meio social estiver organizado de forma
correta. Tudo pode ser educado e reeducado no ser humano por meio de
influencia social correspondente. A própria personalidade, não deve ser
entendida como uma forma acabada, mas como uma forma dinâmica de
interação que fluir permanentemente entre o organismo e o meio
(VYGOTSHY,1997, p.200).
Ao citar a capacidade plástica, Vygostshy(1997) nos auxilia a entender que
uma pessoa com deficiência intelectual pode modificar seu estado a partir de
estímulos externos e ampliar a sua capacidade já desenvolvida.O autor também
defendia que a educação social, baseada na compensação social dos problemas
físicos intelectuais, era a maneira de auxiliar a vida das pessoas deficientes. Acredita
em uma escola integradora de todas as crianças na sociedade, oportunizando a
convivência junto com pessoas normais. A contrapartida social da deficiência
intelectual acontece por meio das relações e do contrato entre as crianças com
zonas de desenvolvimentos diferentes, a deficiência intelectual se não houver
qualidades nas relações sociais ela poderá ser agravada.
Partindo desses fatores de riscos é relevante pensar na questão: se a escola
está preparada para receber as crianças com deficiência intelectual. A inclusão de
crianças com deficiência intelectual deve ser atendida em escolas de atendimento
15
educacional especializado ou na escola comum, para incluir as crianças, são
necessárias diversas mudanças comportamentais. Ações coletivas atitudinais na
educação infantil é trabalhar a aceitação por parte do professor e da turma; Não
diferenciar idades; Estimular amizades; Orientar todas as famílias; Elogiá-lo sempre
que se destaca; Desenvolver disciplina e regras como com todas as crianças; Não
fazer diferença nas obrigações e nos direitos dos alunos; Preparar professores e
funcionários, através de curso de capacitação e incentivo a formação docente;
Preparar a comunidade escolar;Desenvolver a política de inclusão escolar no projeto
político pedagógico (PPP) da escola, pois é este documento que fundamento e
orienta os movimentos escolares.Nas ações pedagógica deve-se trabalhar sempre
com o concreto pois normalmente demoram um pouco mais para abstrair o
conhecimento,repetir as atividades para facilitar o acompanhamento e a
compreensão,garantir, sempre que necessário, professora de apoio pedagógico com
o auxilio dos alunos, e não de alguém especifico para aquele aluno com
deficiência.Entre as adaptações no cotidiano no currículo escolar em relação ao
trabalho pedagógico (as de pequeno porte) estão as adaptações curriculares. Essas
adaptações devem ser analisadas pelo professor de sala e organizadas com o
auxilio do coordenador pedagógico da escola, pois tem relação com o que realmente
será ensinado a esse aluno com deficiência intelectual, além das estratégicas de
trabalho para que aprendizagem seja significativa para ele. Brasil(2007)
Estratégias com objetivos flexíveis, embora os objetivos educacionais básicos
para todos os alunos possam continuar os mesmos, os objetivos específicos da
aprendizagem curricular devem ser individualizados, para serem adequadas as
necessidades, às habilidades, aos interesses e às competências singulares de cada
aluno. A atividade adaptada os professores também precisam modificar as
atividades em que um determinado aluno participa, ou boa parte delas, para que ele
atinja os objetivos. Nesse sentido, deve-se acompanhar o tema trabalhando com a
turma, mas reorganizar a complexidade das atividades.(Brasil(2007)
As adaptações múltiplas com as variações curriculares de elementos isolados
para acomodar as diferentes habilidades dos alunos, várias modificações podem ser
implementadas simultaneamente. Exemplo: linguagem mais simplificada e
linguagem mais técnica. Várias ações de quebra de barreiras atitudinais são
16
necessárias para a inclusão plena dos alunos com deficiência intelectual, pois a
escola comum ainda não se diz preparada receber públicos que perde o foco da
concepção de educação homogênea, ou seja, grupos que desfiam os Projetos
Políticos Pedagógicos. Todos aprendemos com os processos de inclusão, pois, ao
superar as barreiras das operações e buscar um olhar sensível e inclusivo, já
estamos ressignificando a escola. É necessário oportunizar a aprendizagem dos
alunos com deficiência intelectual trabalhando de forma colaborativa com todos os
atores pedagógicos, a fim de garantir, além da aprendizagem dos alunos, a
aprendizagem da comunidade escolar, o objetivo é um só: garantir que o aluno
aprenda! Não se trata apenas de um processo de integração e socialização, a
escola é lugar de troca e desenvolvimento de saberes, um lugar de ensino e
aprendizagem. Cidade e Freitas (1997)
É fundamental que o educador estude e esteja, atento e por dentro dos
conhecimentos básicos da deficiência que vai lidar, sabendo qual é o tipo de
limitação que o aluno apresenta, quando apareceu os primeiros sinais da deficiência,
se esse problema foi repentino ou gradativo, se essa limitação será transitória ou
permanente, se as funções e estruturas que estão prejudicadas. Por que dessa
forma, o professor deverá adaptar suas práticas pedagógicas de acordo as
necessidades dos alunos, para que assim ele seja incluso e não somente colocado
no canto da sala de aula. È importante também destacar que os educadores têm
que está por dentro dos diferentes aspectos do desenvolvimento humano: biológico
(físicos, sensoriais, neurológicos); cognitivo; motor; interação social e afetivo-
emocional para que assim seu trabalho flua progressivamente (Cidade e Freitas,
1997).
Quanto se trabalha com inclusão, é fundamental que seja de forma adicional,
considerar as particularidades do grupo que está sendo trabalhado, dessa forma
devem ser associadas as estratégias que serão utilizadas. De acordo no que foi
colocado, o professor que trabalha com recreação poderá conhecer a precisão, os
interesses e as probabilidades de cada indivíduo e de cada turma com que trabalha.
No entanto existem uma diversidade de elementos que influem na transmissão de
conhecimento para deficientes dentre elas as particularidades das tarefas que
exigem controle motor, dessa forma o individuo aprende, utilizando conhecimentos
17
prévios, o conjunto da aprendizagem, o tipo de conhecimento. Na qual não existe
nenhuma metodologia que seja ideal ou perfeito para a educação infantil que possa
ser aplicada na ação de integração, pois o educador sabe e pode combinar
inúmeros artifícios para remover barreiras e promover a aprendizagem dos seus
alunos.Vigotsky(1997).
De acordo com Wilson (2000) a inclusão há alguns anos era vista com um
obstáculo insuperável, mas hoje representa a igualdade,fraternidade, direitos
humanos ou democracia, pois foi a partir da sua chegada que os pais de crianças
com deficiência passaram a sonhar em futuro promissor para seus filhos.
A compensação social da deficiência intelectual acontece por meio das
relações e do contato entre crianças com zonas de desenvolvimento
diferentes.Nessa linha , Vigotsky (1997) defendeu que muitas crianças defeituosas
deveriam ser consideradas normais, uma vez que tinham potencialidades para se
desenvolverem, desde que a escola fosse organizada para todos. Como
considerava que as crianças apresentam capacidade para dominar diferentes
culturas e instrumentos culturais, desenvolvendo-se de um modo diferente,
manifesta-se contra os diagnósticos de abordagem puramente quantitativa.
18
Considerações Finais:
A educação inclusiva é uma ação conjunta, na qual envolve tanto os
familiares do indivíduo quanto a sociedade. Dessa forma, a ajuda e preparação dos
profissionais que atuam no ambiente escolar, se torna um diferencial nesse processo
de aprendizagem, pois esses exercerão a função de suporte para os que têm de
encarar esse novo problema.
É fundamental que a família esteja consciente e mobilizada a participar,
apoiar, trabalhar em conjunto. No entanto, para que a participação dos responsáveis
seja efetivada, a escola tem de buscar métodos de incentivo que proporcione um
ambiente adequado para o aluno com inclusão.
As metodologias ofertadas em sala devem ser adaptadas, os educadores
também precisam atualizar as atividades modificando de forma que seja adequado
ao aluno para que assim ele atinja os objetivos. Nesse sentido, deve-se acompanhar
o tema trabalhando com a turma, mas reorganizar a complexidade das atividades.
Contudo, é necessário que seja dada a devida importância na
complexibilidade do problema que a inclusão, pois ela não é somente o ato de inserir
o aluno em sala de aula, mas integrá-lo de uma forma completa, para que assim seja
satisfatório tanto para a família quanto para a escola.
19
REFERÊNCIAS:
ARDORE, Marilena. Eu tenho um irmão deficiente... Vamos conversar sobre
isto?. São Paulo, Edições Paulinas, 1988.
BRASIL. Inclusão escolar de alunos com necessidades educacionais especiais,
deficiência física.SEESP/MEC Brasilia,2006.
BRONFENBRENNER, U. (1999). Ambientes em termos de desenvolvimento:
modelos teóricos e operacionais. Em S.L.Friedman & T.D. Wachs (Orgs.),
Medindo o ambiente ao longo da vida: métodos e conceitos emergentes (pp. 3-
28). Washington, DC: American PsychologicalAssociation
BHERING, E. & SIRAJ-BLATCHFORD,I. (1999). A relação entre escola- pais: um modelo de
trocas e colaboração.Cadernos de Pesquisa, 106, 191-216.
BUCKLEY, S., BIRD, G. Incluindo crianças com síndrome de Down. Notícias e
Atualizações da Síndrome de Down., V.1, n.1, p.5-13, 1998.
BUSCAGLIA, L. Os deficientes e seus pais. Trad. Raquel Mendes. 2.ed. Rio de
Janeiro: Record, 1993
CARNEIRO, Maria Sylvia Cardoso. Adultos com Síndrome de Down: A
deficiência mental como produção social. Campinas, SP: Papirus, 2008
CARVALHO, M. E. P. (2000). Relações entre família e escola e suas implicações
de gênero.Cadernos de Pesquisa, 110,143-155
CIDADE, R. E.; FREITAS, P. S. Noções sobre Educação Física e Esporte para
Pessoas Portadoras de deficiência. Uberlândia, 1997.
20
CORIAT, L. Algumas ideias acerca da inclusão da criança com Síndrome de Down
em todas as escolas de educação para deficientes mentais. IN: Escritos da
Criança,Porto Alegre : Fayet, n.6, 2006.
CUCKLE, P. Entrar e ficar lá: crianças com síndrome de Down nas escolas
convencionais. Downs Syndr Res Pract., V.6, n.2, p.95-99, 1999.
FERREIRA, M. C. T. & Marturano, E. M. (2002). Ambiente familiar e os problemas
de comportamento apresentados por crianças com baixo desempenho escolar.
Psicologia: Reflexão e Crítica, 15, 35-44.
FERREIRA, J. R. ; GLAT, R. Reformas educacionais pós-LDB: a inclusão do aluno com necessidades especiais no contexto da municipalização. In: Souza, D. B. & Faria, L. C. M. (Orgs.) Descentralização, municipalização e financiamento da Educação no Brasil pós-LDB, pg. 372-390. Rio de Janeiro: DP&A, 2003.
FONSECA, Vitor da. Educação especial: programa de estimulação precoce: uma trodução às idéias de Feuerstein. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
FORMIGA, N. S. (2004). O tipo de orientação cultural e sua influência sobre os
indicadores do rendimento escolar. Psicologia: Teoria e Prática, 6, 13-29.
GONÇALVES, F. D. et al. A promoção da saúde na educação infantil. Interface -
Comunic. Saúde, Educ., v.12, n.24, p.181-192, 2008.
GRAAF, G. Apoiar a inclusão social de estudantes com síndrome de Down na
educação geral. Notícias sobre Síndrome de Down e atualização. v.2, n.2, 2002.
HOLDEN, B .; STEWART, P. A inclusão de estudantes com síndrome de Down
nas escolas da Nova Zelândia. Notícias e Atualizações da Síndrome de Down.,
V.2, n.1, p.24-28, 2002.
JERUSALlNSKY, A. e CORIAT, L. Aspectos estruturais e instrumentais do
desenvolvimento. In: Escritos da criança. n. 04, Porto Alegre: Centro Lydia Coriat,
21
1996.
JERUSALINSKY, A.Psicose de deficiência mental. In: Psicanálise e
desenvolvimento infantil: um enfoque transdisciplinar com .5. Ed. Porto Alegre:
Artes e Ofícios , 2010.
JESUS, Saul. Influência dos Professores sobre os Alunos. Colecção Cadernos
Pedagógicos. N.º34 Porto: Edições Asa, 1996, p. 27.
LORENZ, S. Fazendo a inclusão trabalhar para crianças com síndrome de
Down. Notícias e Atualizações da Síndrome de Down., V.1, n.4, p.175-180, 1999.
MANTOAN, Maria Teresa Eglér, Inclusão escolar- O que é? Por quê? Como
Fazer? São Paulo: Editora Moderna , 2006.
MARQUES, R. (2001).Professores, família e projeto educativo.Colecção:
Perspectivas actuais em educação Porto,Portugal: Asa Editores
OLIVEIRA, I. A. Saberes, imaginários e representações na educação especial.
Petrópolis: Ed. Vozes, 2004
PARO V. H. Qualidade do Ensino: A contribuição dos pais. São Paulo: Xamã,
2000. 126 p.
PESSOTI, I. Deficiência mental: da superstição à ciência.São Paulo: EDUSP.
1984.
PETTY, H .; SADLER, J. Integração de crianças com síndrome de Down nas
principais escolas primárias: conhecimento, necessidades, atitudes e
expectativas dos professores. Downs Syndr Res Pract., V.4, n.1, p.15-24, 1996.
SASSAKI, Romeu Kazumi. Inclusão. Construindo uma sociedade para todos. Rio
de Janeiro: WVA, 1997.
22
SASSAKI, Romeu. Inclusão: Construindo uma sociedade para todos. Rio de
Janeiro. WVA. 1999
SILVA, N.L.P.; DESSEN, M.A. Deficiência Mental e Família: Implicações para o
Desenvolvimento da Criança. Psicologia: Teoria e Pesquisa, v. 17, n. 2, p. 133-
141, 2001.
SILVEIRA, Flávia Furtado; NEVES, M. M. B. J. Inclusão escolar de crianças com
deficiência múltipla: concepções de pais e professores. Psicologia: teoria e
pesquisa, v. 22, n. 1, p. 79-88, 2006.
SINASON, V. Compreendendo seu filho deficiente. Trad. Sérgio Melo. Rio
de Janeiro: Imago, 1993.
SZYMANSKI, H. (1998). Práticas educativas familiares e o sentido da
construção da identidade: autoritarismo, violência e identidade negativa.
Relatório de pesquisa não-publicado. PEPGPE/PUCSP.
VYGOTSKY, Lev Semenovich. Obras escogidas V: Fundamentos de
defectologia.Madrid: Visor, 1997