ECONOMIA CRIATIVA
Lucinaide Pinheiro
CONCEITOS: Indústria e Economia Criativa
“as indústrias criativas e a economia criativa configuram um campo novo de estudo ainda em fase de
solidificação mas que despertam interesse crescente”
Armando Dalla Costa e Elson Rodrigo de Souza-Santos “Economia criativa: novas oportunidades baseadas no capital intelectual Ver Perloff (1979) e Landry (2003)* e Ver Pratt (1997) e Vogel (2001)**
Ver Perloff (1979) e Landry (2003)* e Ver Pratt (1997) e Vogel (2001)**
1970 - Los Angels e Nova York desindustrialização e busca de atividades substitutas
1990 - Impacto da indústria cultural e da “classe criativa” na economia regional e nacional (EU e UK)
1994 - Austrália publica o Relatório Creative Nation
Departamento de Cultura, Mídia e Esportes (DCMS) do UK-1997-1998 – Mapeamento: “Creative Industries Task Force e “Creative Industries Mapping Document”
1997 - Tony Blair lança o slogan’s: “Creative Britain” e “Cool Britain”
2001 John Howkins agregou uma visão empresarial baseada nos conceitos mercadológicos de propriedade intelectual, na qual marcas, patentes e direitos autorais forneciam os princípios para transformação da criatividade em produto.
FIRJAN 2012 “Mapeamento da Indústria Criativa no Brasil ( www.firjan.org.br/economia criativa), 2012 DCMS -
“A Economia criativa está nos círculos de criação, produção e distribuição de bens e serviços que utilizam criatividade e capital intelectual como matérias-primas,
baseados em atividades de conhecimento:
Artes em geral Direitos de propriedade intelectual Mídia: baseada na comunicação de grande audiência Produtos tangíveis e intelectualmente intangíveis Serviços artísticos com criatividade.”
.
UNCTAD-2008 – CONFERÊNCIA DAS NACÕES UNIDAS SOBRE COMÉRCIO E DESENVOLVIMENTO
“…a partir das dinâmicas culturais, sociais e econômicas construídas a partir dos ciclos de: Criação-Produção-Distribuição-Circulação-Difusão, Consumo-Fruição de bens e serviços oriundos dos setores criativos, caracterizados pela prevalência de sua dimensão simbólica.”
Plano da Secretaria da Economia Criativa: políticas, diretrizes e ações, 2011 – 2014- MinC, 2011.
Setores Criativos são todos aqueles cujas atividades produtivas têm como processo principal um ato criativo gerador de valor simbólico, elemento central da formação do preço, e que resulta em produção de riqueza cultural e econômica.
John Howkins - consultor britânico. “The creative economy: How people make money from ideas”, 2001.
“a criatividade não é monopólio dos artistas, mas está presente nos cientistas, empresários, economistas, entre
outros, pois eles têm a capacidade de criar algo novo, original, pessoal, significativo e real.”
ESTUDO FIRJAN - “O papel da motivação e da inovação para a Competitividade”,
“A preocupação maior deve ser com a pessoa humana e refere-se ao aspecto da criatividade, importante para uma permanente cultura da inovação,destacando ainda a “era do ser”.
■ Núcleo Criativo: centro de toda a cadeia produtiva da indústria
criativa. Insumo principal é a ideia para geração de valor.
■ Núcleo Atividades Relacionadas: Representadas por indústrias e empresas de serviços fornecedoras de materiais e elementos fundamentais para o funcionamento do núcleo
■ Núcleo de Apoio: ofertantes de bens e serviços de forma indireta ao núcleo.
FIRJAN “Mapeamento da indústria Criativa no Brasil”, 2012. (UNCTAD/2008 e TEM-RAIS/2012)
Cadeia da Indústria Criativa
Vídeo 1: Indústria Criativa: entrevista Sistema FIRJAN
http://www.youtube.com/watch?v=VfoR1N-U-Sk
RESULTADOS
U$ 500 bilhões: exportações das indústrias criativas no mundo:
50% das exportações e importações mundiais concentrado nos países desenvolvidos
Inglaterra: Em 2004, 8% do PIB, 2 milhões de empregos £11.6 bilhões exportações, ou 4% do total país (DCMS)
Europa: Em 2004, renda 654 milhões euros, 4.7 milhões empregos, cresceu 12 % mais rapido que o resto (KEA)
EU: Em 2003, 9.6% do PIB e exportações americanas estimada em US$ 35 bilhões (USCB)
ARGENTINA: Buenos Aires: 9% do produto gerado, 9,5% dos empregos e à adição de US$ 4,3 bilhões para a cidade, entre 2003-2007
OIT - Organização Internacional do Trabalho: 7% no PIB mundial.
Previsão de 10% a 20% de crescimento anual
UNCTAD- “Creative Economic - Report 2010”
■ GLOBAL
2,7% do PIB = R$ 110 bilhões= núcleo criativo com 243 mil empresas
810 mil profissionais = 1,7% do mercado formal de trabalho:
• 230 mil: Arquitetura e Engeharia
• 100 mil: Publicidade e Design
• Demais setores
FIRJAN “Mapeamento da indústria Criativa no Brasil”, 2012.
■ BRASIL
DESAFIOS PARA O BRASIL
UNCTAD - E.DOS SANTOS
■ 1-EDUCAÇÃO 14 milhões de analfabetos
9 a maior taxa de analfabetismo na América Latina e Caribe
53a posição no PISA – Programa Internacional de Avaliação de Alunos na Qualidade da Educação nos índices de desempenho em Leitura, Matemática e Ciências.
Em 9 Estados e no DF cai o desempenho e qualidade do IDEB – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica comparando 2011 com 2009 com variação negativa entre : - 01 (DF) até - 0,4 (RO)
FONTE: CNI (site www.cni.org.br)
UNCTAD - E.DOS SANTOS
■ 2- ECONÔMICOS:
Alta competitividade global (EU, CH, IN, JP, CS, MEX)
Baixo investimentos em Inovação (P&D)
Falta de investimento em qualificação/especialização dos trabalhadores e baixo
investimento no capital humano
Carência de mecanismos de financiamento para a economia criativa
Desarticulação público-privadas de acesso à tecnologias, inovação e
empreendedorismo
Agregação de valor da identidade cultural brasileira à economia de mercado
global
Instabildiade macroeconômica
1-UNCTAD 2007 2- JOGE ARBACHE 2012 “COMO ELEVAR A PRODUTIVIDADE?”
“THE CONFERENCE BOARD” 2013
Gráfico 1: Nível e taxa de crescimento da produtividade do trabalho, 1960-2012 (US$ constante de 1990)
Fonte: The Conference Board (2013)
47.2
23
14.4
56
76.3
40
36.8
54
35.8
12
9.0
24
13.6
04
1.3
46
2.3
99
7.4
02
6.4
11
2.2
701
9.8
99
18.3
25
11.0
48
65.5
05
18.4
32
108.0
80
121
129
461
1.2
62
361
398
922
712
148
-
20.000
40.000
60.000
80.000
100.000
120.000
Brasil Estados
Unidos
Japão China Índia Malásia Coréia do
Sul
Tailândia Chile
0
200
400
600
800
1.000
1.200
1.400
Produtividade em 1960 (eixo da esqueda) Produtividade em 2012 (eixo da esquerda)
Tx crescimento da produtividade 1960-2012 (%) (eixo da direita)
FIRJAN- O papel da motivação e da inovação para a Competitividade
Falta de Investimento em Qualificação
Baixos Índices de Inovação
Baixo Investimento em Valorização do Capital
Intelectual
Baixos Índices de Competitividade
■ 75% do sucesso global de uma empresa está associado ao capital humano e 25% ordem técnica
UNCTAD - E.DOS SANTOS
■ 3- LEGAIS
Carga tributária
Falta de reconhecimento dos profissionais: legislações tributários,
previdenciários, trabalhistas
Carência de políticas de fomento próprias para o setor criativo
Propriedade intelectual x Questões burocráticas = leis e regulamentações de
inibição dos investimentos em inovação (P&D) e interferência de muitas regras
para serem cumpridas impactando:
- custos de produção
- baixa potencialidade de competitividade dos nossos produtos
- concorrência acirrada com outros mercados (CH)
1-UNCTAD 2007 2- PORTAL CNI
■ INVESTIMENTO EM INOVAÇÃO: P&D
1- THE ECONOMIST “Special report: Manufacturing and innovation- April 2012 2- ABDI – Sondagem de inovação da ABDI 30 trimetre/2012
Redução consistente na taxa de Inovação em produto ou processo:
67,7% em 2010 54,2% em 2011 52,4% em 2012
Dos 11% de Resultado do GDP 2
68% investimento em P&D
■ INVESTIMENTO EM INOVAÇÃO: P&D
ESTRATÉGIAS
UNCTAD - E.DOS SANTOS
■Profissionalização do Setor Criativo
Ivestimento na Qualificação: formação e desenvolvimento de competências Investimento na sistematização dos processos e informações
Benchmark das melhores práticas: (estudos e pesquisas: tendências, prospecção, acesso à banco de dados)
Busca contínua pela melhoria e a excelência na gestão dos empreendimentos
Estabelecimento de alianças estratégicas com FOCO: • otimização de recursos • primar pela inovação • busca pela sustentabilidade dos empreendimentos • compartilhamento das boas experiências são oportunidades de
aprendizagem – “Somos mais fortes quando atuamos em REDE”
■Gestão Estratégica
Planejamento considerando estratégias, metas e objetivos na construção de ações
com aderência à identidade e diversidade cultural (Públicos: Comunidades,
Organizações, Parceiros)
Estruturação de Plano de Negócio: estudar o contexto, posicionamento e as
possibilidades do empreendimento: características, mercado, concorrência
Adminsitração (estrutura, logística, equipe, processos de gestão, parcerias estratégicas
em programas de P&D e Qualidade)
Estruturação de Plano de Implantação (análise dos riscos, cronograma, fontes de
financiamento, faturamento: despesas x receitas, impostos= sustentabilidade)
UNCTAD - E.DOS SANTOS
■Marketing e Comunicação
Estabelimento de estratégias de Marketing e Comunicação planejados e agregados aos
produtos/serviços (posicionamento, foco, segmentação, diferenciação mercadológica,
distribuição e comercialização )
Interface com outros segmentos: educação, lazer, turismo, gastronomia, etc
Busca pela integração de mercados: APL’s, “Clusters”
Educação
Saúde
Artes
Esporte e Lazer Turismo
Ecologia
Gastronomia
Transversalidade do Setor Criativo
Cultura Cultura
DIMENSÕES DA ECONOMIA CRIATIVA PELA CULTURA
Estratégia
Conectividade
Acessibilidade
Qualificação
Desenvolvimento
Comunicação
Tecnologias
Igualdade
Aprendizado
Profissionalização
Participação
Diversidade
Novos Olhares
Inovação
Conectividade
Ludicidade
Criatividade
Desenvolvimento
Valorização
Novas Tecnologias
Memória
Qualificação
Reconhecimento
Valores
Estética
Comprometimento
Responsabilidade
Convivência
Intencionalidade
Participação
Comunicação
Conexão
Desenvolvimento
Reconhecimento de si,
dos outros e do mundo
Valores
Identidade
UNCTAD - E.DOS SANTOS
■Monitoramento/Avaliação dos Resultados
Estabelecimento de estratégias de tangibilização /verificação de resultados de promoção de impacto e transformação social, econômica e cultural:
Qualitativos Quantitativos
Processos de Monitoramento/Avaliação: Pesquisas de Satisfação Relatórios físico-financeiro
Metodologias/processos de apuração socioeducativas e socioeconômicas
Foco temático e Indicadores às dimensões: econômica, social e cultural alinhados às estratégias, metas e objetivos definidos.
UNCTAD 2007
“O direito ao desenvolvimento é um direito inalienável
do homem em virtude do qual toda pessoa e todos os
povos têm o direito de participar e contribuir para o
desenvolvimento econômico, social, cultural e político,
e de beneficiar-se desse desenvolvimento de modo que
todos os direitos e liberdades fundamentais do homem
possam ser realizados plenamente.”
Nossos sonhos e ideiais = Desenvolvimento Sustentável
Resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas Nº. 41/128/de 04/12/86, art.1º.