BRUNO, F. Mquinas de ver, modos de ser: Vigilncia, Tecnologia e Subjetividade. Porto Alegre: Editora Sulina,2014.a integrao de cmeras de fotografia e vdeo a dispositivos mveis de comunicao (telefones celulares, laptops, palmtops), associada profuso de plataformas digitais de compartilhamento de contedo audiovisual: tornou possvel uma ampla circulao de imagens de toda ordem, produzidas por uma multido diversificada de indivduos nos contextos e nas condies
mais distintas..p.7a matriz escpica: atrelada aos modos de organizao do visvel e
do invisvel, do ver e do ser visto.p15
Modulaes das subjetividades contemporneas podem ser relacionadas
aos dispositivos de visibilidade que as atravessam. As tecnologias e redes de
comunicao so um campo especialmente frtil destes dispositivos.p.54
dois importantes vetores do regime de visibilidade
moderno, com implicaes fundamentais para a subjetividade: a disciplina e
o espetculo.p.54
vigilncia como modo de olhar e prestar ateno nas sociedades
contemporneas.p.56deslocamentos da subjetividade:
principais deslocamentos que concernem subjetividade. O primeiro
diz respeito a uma reconfigurao topolgica da subjetividade, cujo foco de
investimentos e cuidados se deslocam da interioridade, da profundidade e da
opacidade para a exterioridade, a aparncia e a visibilidade. Deste modo, uma
subjetividade exteriorizada vem se sobrepor a uma subjetividade interiorizada.p.55
O segundo deslocamento, vinculado ao anterior, concerne a
mudanas no estatuto do olhar do outro. Mudanas que reconfiguram as fronteiras
entre pblico e privado, especialmente em ambientes comunicacionais
marcados pela exposio do eu..p.56
Sabe-se que o olhar indissocivel da histria da formao da subjetividade.p.56
a ateno
com o que visto por outrem :vai sendo progressivamente interiorizada, constituindo
todo um campo de cuidados consigo, de autocontrole, autorregramento
e autovigilncia que passa a reger a esfera ntima e privada.p.56
o homem poltico :s existe se se fizer visvel ao outro no espao pblico como sujeito
da ao poltica.(ARENDT apud BRUNO,p.57)
o advento da comunicao de massa,
particularmente da televiso, implicou a emergncia de um novo dispositivo
de poder e visibilidade onde muitos veem poucos o sinptico , em contraste
com o modelo panptico;p.58relao entre a produo
de subjetividade e a exposio do indivduo comum visibilidade, ela tambm
ganha novos contornos e envolve uma outra topologia da subjetividade,
distinta daquela que voltava os cuidados, os saberes e a observao para uma
interioridade cheia de sombras.p.59