Máquinas eAcidentes de Trabalho
Coleção Previdência Social
Volume 13
René Mendes
Com a colaboração técnica da professora doutora Elizabeth Costa Dias, engenheiro PauloHenrique Barros Silva e doutora Dalva Aparecida Lima, dentre outros.
© 2001 � Ministério da Previdência e Assistência Social Ministério do Trabalho e Emprego
Presidente da República: Fernando Henrique CardosoMinistro da Previdência e Assistência Social: Roberto Lúcio Rocha BrantSecretário de Previdência Social: Vinícius Carvalho PinheiroDiretor do Departamento do Regime Geral de Previdência Social: Geraldo Almir ArrudaMinistro do Trabalho e Emprego: Francisco DornellesSecretária de Inspeção do Trabalho: Vera Olímpia GonçalvesDiretor do Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho: Juarez Correia B. Júnior
Tiragem: 10.000 exemplares
Edição e Distribuição:Ministério do Trabalho e Emprego � MTESecretaria de Inspeção do Trabalho � SITEsplanada dos Ministérios, Bloco F, Ed. Anexo, Ala �B�,1º Andar � Brasília/DF � CEP: 70059-902Tel.: (0xx61) 224-7312 � Fax: (0xx61) 226-9353
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Impresso no Brasil/Printed in Brazil
É permitida a reprodução total ou parcial desta obra, desde que citada a fonte.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação � CIPBiblioteca. Seção de Processos Técnicos � MTE
M297 Máquinas e acidentes de trabalho. � Brasília : MTE/SIT; MPAS, 2001.
86 p. (Coleção Previdência Social; v. 13)
Estudo desenvolvimento pelo prof. René Mendes, por solicitação daSecretaria de Previdência Social(SPS/MPAS), com o apoio do BancoMundial e PNUD. Contou com parcerias do setor privado, órgãos públi-cos, em especial, o Ministério do Trabalho e Emprego, FUNDACENTROe Ministério da Saúde.
Contém bibliografia.
1. Acidente de trabalho, máquina, Brasil. 2. Segurança do Trabalho,Brasil. 3. Equipamento industrial, segurança, Brasil. I. Brasil. Ministério daPrevidência e Assistência Social (MPAS). II. Brasil. Secretaria de PrevidênciaSocial (SPS). III. Brasil. Secretaria de Inspeção doTrabalho (SIT). IV. Série.
CDD � 341.617
ISBN 85-88219-12-3
SUMÁRIO
Apresentação ...................................................................................................................... 5
Prefácio I ............................................................................................................................ 7
Prefácio II .......................................................................................................................... 9
Introdução ........................................................................................................................ 11
1. A Importância do Problema ...................................................................................... 13
2. Metodologia Utilizada ................................................................................................ 14
3. Achados e Discussão ................................................................................................... 17
3.1. Identificação do Maquinário Obsoleto ou Inseguro de mais ElevadaImportância .......................................................................................................... 17
3.2. Relatório Técnico-Documental das Máquinas e Equipamentos Insegurosou Obsoletos mais Importantes. Discussão sobre sua Operação Segura ...... 33
3.2.1. Prensas Mecânicas .................................................................................. 333.2.2. Prensas Hidráulicas ............................................................................... 373.2.3. Máquinas Cilindros de Massa ................................................................ 413.2.4. Máquinas de Trabalhar Madeiras: Serras Circulares .......................... 453.2.5. Máquinas de Trabalhar Madeiras: Desempenadeiras ........................ 473.2.6. Máquinas Guilhotinas para Chapas Metálicas .................................... 523.2.7. Máquinas Guilhotinas para Papel ......................................................... 543.2.8. Impressoras Off-Set a Folha .................................................................. 553.2.9. Injetoras de Plástico ............................................................................... 623.2.10. Cilindros Misturadores para Borracha................................................. 733.2.11. Calandras para Borracha ....................................................................... 77
4. Discussão Geral, Conclusões e Recomendações .................................................... 80
5. Referência Bibliográfica ............................................................................................ 84
APRESENTAÇÃO
Segundo a Organização Internacional do Trabalho, todos os anos morrem nomundo mais de 1,1 milhão de pessoas, vítimas de acidentes ou de doenças relaciona-das ao trabalho. Esse número é maior que a média anual de mortes no trânsito (999mil), as provocadas por violência (563 mil) e por guerras (50 mil).
No Brasil, os números são alarmantes. Os 393,6 mil acidentes de trabalho verifi-cados em 1999 tiveram como conseqüência 3,6 mil óbitos e 16,3 mil incapacidadespermanentes. De cada 10 mil acidentes de trabalho, 100,5 são fatais, enquanto empaíses como México e EUA este contingente é de 36,6 e 21,6, respectivamente.
Os acidentes de trabalho têm um elevado ônus para toda a sociedade, sendo asua redução um anseio de todos: governo, empresários e trabalhadores. Além da ques-tão social, com morte e mutilação de operários, a importância econômica também écrescente. Além de causar prejuízos às forças produtivas, os acidentes geram despesascomo pagamento de benefícios previdenciários, recursos que poderiam estar sendocanalizados para outras políticas sociais. Urge, portanto, reduzir o custo econômicomediante medidas de prevenção.
Nesse contexto, destaca-se o problema das máquinas e equipamentos obsoletose inseguros, responsáveis por cerca de 25% dos acidentes do trabalho graves eincapacitantes registrados no País, objeto de estudo realizado pelo professor doutorRené Mendes e colaboradores, publicado neste Volume 13 da Coleção Previdência Social.Este estudo foi desenvolvido por solicitação da Secretaria de Previdência Social � SPS/MPAS, com o apoio do Banco Mundial e do Programa das Nações Unidas para oDesenvolvimento � PNUD. Ademais, contou com parcerias do setor privado e de ou-tros órgãos públicos que atuam no campo da saúde e segurança dos trabalhadores, emespecial, o Ministério do Trabalho e Emprego, a Fundação Jorge Duprat Figueiredode Segurança e Medicina do Trabalho � FUNDACENTRO e o Ministério da Saúde,sem os quais esta publicação não teria sido possível.
Este trabalho pode ser considerado como a primeira tentativa abrangente eaprofundada que se faz, no Brasil, para ampliar a compreensão da complexa proble-mática provocada pela utilização e comercialização de máquinas inseguras ou obsole-tas. A operação dessas máquinas está associada à incidência de acidentes do trabalhograves e incapacitantes, com óbvios impactos na saúde e no bem-estar dos trabalhado-res e no Seguro Social.
Com esta publicação, busca-se abordar um aspecto do problema, melhorandosua compreensão e procurando encontrar estratégias que possam ser eficazes no to-cante à questão da utilização segura de maquinário.
ROBERTO BRANTMinistro de Estado da Previdência e Assistência Social
Brasília, novembro de 2001
PREFÁCIO I
O Ministério da Previdência e Assistência Social, com a publicação deste trabalhodo professor doutor René Mendes, dá uma grande contribuição para o estudo dainfortunística do trabalho. Além do cuidado do profissional interessado e competente,ele introduz um novo conceito na discussão da prevenção de acidentes do trabalho: amodernização do equipamento e do próprio ambiente do trabalho.
Quando foi lançado, em 1990, o Programa Brasileiro de Qualidade e Produtivi-dade tinha o propósito de preparar a indústria brasileira para a competição internacio-nal que decorreria da abertura do nosso mercado para o mundo. A preocupação era,então, com a qualidade do produto, com a engenharia da produção, com os sistemasde produção, com a introdução dos conceitos de ISO 9000 ou de qualidade total. Ascertificações passaram a ser uma preocupação a mais nas organizações industriais: osprocessos de reengenharia, de identificação dos objetivos próprios das empresas, especiali-zando funções e terceirizando os serviços não-essenciais. Para isso, foi necessária a mu-dança de conceitos de administração: não bastava descrever como fazer, mas era precisoensinar como fazer; não bastava ensinar como fazer, mas era preciso a parceria doempregado para se comprometer com o controle da qualidade. E a qualidade do pro-duto pressupunha a qualidade de saber fazê-lo com segurança e sem acidentes. Aresponsabilidade pela prevenção de acidentes saiu do âmbito restrito e impessoal dosserviços especializados e foi para o chão da fábrica.
A modernização desses ambientes de trabalho acabou transferindo o problemasobre quem é o responsável pela segurança do trabalho. A disponibilidade dessasmáquinas usadas, substituídas pelas mais modernas, gerou uma oferta maior daquelesequipamentos no mercado de usados. Como o comércio não está comprometido comprocessos de prevenção de acidentes na indústria, e como não há meios legais decomprometê-lo para isso, o problema saiu do ambiente industrial, que tinha recursose que praticava sistemas preventivos, para um ambiente mais pobre, quando não informal,não acostumado com práticas prevencionistas e, pior que isso, utilizando máquinasobsoletas e perigosas.
Eis a questão. Para se induzir a modernização, existem estímulos e incentivospara aquisição de máquinas novas e mais modernas, inclusive com juros subsidiados ecom renúncia fiscal (como a depreciação acelerada). Mas nenhuma preocupação coma colocação no mercado de máquinas velhas e obsoletas, transferindo o problema, deuma forma mais agravada, para o mercado, ou melhor, para a sociedade civil pagar aconta. A operação das máquinas obsoletas, geralmente mais perigosas e menos produti-vas, acaba ficando sob a responsabilidade do empresário, que, nesse caso, é o pequenoou o microempresário, que não é afeito a práticas prevencionistas, que não é obrigado ater serviço especializado e, quando muito, terá um empregado para fazer as vezes de
CIPA. Isto sem se considerar que se está mantendo em funcionamento um equipa-mento sem produtividade nem competitividade, que deveria ser desativado.
Ao identificar a estreita relação entre a �tecnologia obsoleta� e o �risco para asegurança do trabalhador�, o professor doutor René Mendes levanta uma nova abor-dagem, muito mais complexa, para o encaminhamento das discussões quanto às for-mas de política de financiamento industrial para o desenvolvimento econômico, vis-à-vis os problemas e as implicações para prevenção de acidentes do trabalho.
RONALD CAPUTOGerente do Projeto 8 do Programa Brasileiro
de Qualidade e Produtividade � PBQP
PREFÁCIO II
O acidente de trabalho é um dos principais focos de atenção do Ministério doTrabalho e Emprego. Preveni-lo, evitá-lo, eliminar a possibilidade de sua ocorrênciasão nossas prioridades. Um acidente de trabalho causa sofrimentos à família, prejuízosà empresa e ônus incalculáveis ao Estado. Tais eventos não devem ocorrer, essa é umade nossas regras fundamentais. Um acidente começa muito antes da concepção doprocesso de produção e da instalação de uma empresa. O projeto escolhido, as máqui-nas disponibilizadas e as demais escolhas prévias já influenciam a probabilidade deacidentes de trabalho. Quando os defeitos são intrínsecos aos sistemas sociotécnicos, émuito mais difícil e dispendioso. Dessa forma, se a prevenção se funda e se inicia aindana fase de concepção de máquinas, equipamentos e processos de produção, a ação deprevenção flui com muito mais facilidade e os acidentes se tornam eventos com redu-zida probabilidade de ocorrência.
A prevenção focada na fase de concepção de máquinas e equipamentos foidesencadeada, pela primeira vez, no Ministério do Trabalho e Emprego no ano de1993. Naquela ocasião, foram negociadas, de forma tripartite, mudanças no projeto ena fabricação de motosserras, incluindo vários itens de segurança. Tal negociação refluiupara a Norma Regulamentadora 12, que desde então proíbe a comercialização de taisequipamentos desprovidos de seus dispositivos de segurança. Outros equipamentosforam objeto de ações positivas do MTE, como o cilindro de massa e as prensas injetoras.
É nesse sentido, o de incentivar a concepção e a produção de máquinas seguras,que caminha o trabalho do professor doutor René Mendes. Encomendado pelo Mi-nistério da Previdência e Assistência Social, preocupado com o elevado custo dos aci-dentes decorrentes de máquinas e equipamentos, posto que grande número delescausa incapacidade total ou parcial permanente, gerando benefícios que são manti-dos por até 60 anos, o trabalho está sendo por nós publicado dentro do Projeto 8 doPrograma Brasileiro da Qualidade e Produtividade � PBQP �Financiamento para aMelhoria das Condições e dos Ambientes de Trabalho�, gerenciado pelo doutor RonaldCaputo, integrante da Comissão Tripartite Paritária Permanente � CTPP, a quem ou-torgamos o Prefácio I. Este Projeto integra a meta mobilizadora, orientadora da açãodo Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho � DSST � �Reduzir as taxas deacidentes de trabalho fatais em 40% até o ano de 2003�.
Esperamos contribuir para que o País possa dispor de um parque indus-trial mais moderno e seguro!
JUAREZ CORREIA BARROS JÚNIORDiretor do Departamento de Segurança e
Saúde no Trabalho � DSST
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Coleção Previdência Social � Volume 13
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Máquinas e Acidentes de Trabalho
INTRODUÇÃO
Este estudo foi desencadeado pela constatação da enorme importância social eeconômica dos acidentes do trabalho graves e mutilantes provocados por máquinas, pro-vavelmente obsoletas e inseguras. Estudos estatísticos têm demonstrado a gravidade des-te problema, � seja pela incidência desses acidentes, seja pela idade dos acidentados, sejapelas suas conseqüências �, medida pela incapacidade permanente produzida, geradorados benefícios previdenciários correspondentes. Para a Previdência Social, está implícitoo interesse por esse estudo, pelo significativo custo econômico, vis-à-vis a factibilidadetécnica da prevenção desses acidentes. Buscou-se, portanto, melhorar a compreensão arespeito da natureza do problema, a fim de encontrar estratégias que pudessem ser efica-zes no seu controle, sempre levando em conta a parceria com outros órgãos públicos queatuam no campo da Saúde e Segurança dos Trabalhadores, em especial, o Ministério doTrabalho e Emprego, a FUNDACENTRO e o Ministério da Saúde.
Portanto, o presente estudo apresenta:
� uma �relação de maquinário obsoleto e inseguro, gerador de acidentes graves eincapacitantes, em pequenas e médias empresas, sua incidência e participação no par-que industrial brasileiro�;
� um �relatório-técnico documental sobre máquinas e equipamentos alternativos seguros,que contém especificações técnicas, adequação tecnológica, acordos ou negociações cole-tivas já desenvolvidas em áreas específicas, custo e condições de aquisição�;
� �disposições legais que favoreçam a prevenção de acidentes por meio da adequação dabase tecnológica�.
Para tanto, foi empregada uma metodologia que envolveu duas etapas: umaetapa de pesquisa documental e de informações já disponíveis e a outra etapa de in-tenso trabalho-de-campo, em lojas de máquinas novas, em lojas de máquinas usadas,em escolas técnicas industriais e em estabelecimentos de trabalho. Essa segunda eta-pa, mais trabalhosa e longa, foi realizada por engenheiros-mecânicos e de produção,com especialização em Segurança do Trabalho e/ou Ergonomia. A Tabela 1 (pág. 15)especifica a metodologia da parte principal do estudo em função de cada objetivoespecífico.
Primeiramente, foram selecionados nove tipos de máquinas ou equipamentos,a saber: prensas; máquinas de trabalhar madeiras: serras circulares, tupias edesempenadeiras; injetoras de plástico; guilhotinas; calandras e cilindros; motosserras;impressoras e máquinas de descorticar e desfibrar o sisal. Esse estudo preliminar estáconsolidado no Quadro 1 (págs. 19 a 32), em que para cada uma das nove máquinas eequipamentos descrevem-se a utilização setorial e/ou geográfica predominante, aimportância como causador de acidentes graves e incapacitantes e os principais pro-blemas relacionados com a Segurança do Trabalho.
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Coleção Previdência Social � Volume 13
Depois foram analisados 11 tipos de máquinas ou equipamentos, a saber:
� prensas mecânicas
� prensas hidráulicas
� máquinas cilindros de massa
� máquinas de trabalhar madeiras: serras circulares
� máquinas de trabalhar madeiras: desempenadeiras
� máquinas guilhotinas para chapas metálicas
� máquinas guilhotinas para papel
� impressoras off-set a folha
� injetoras de plástico
� cilindros misturadores para borracha
� calandras para borracha
Para cada uma das máquinas ou equipamentos selecionados, tentou-se fazeruma análise por três ângulos:
� por que são consideradas �obsoletas� ou �inseguras�; quais as alternativastecnológicas e/ou dispositivos de segurança indicados para reduzir os riscosocupacionais;
� identificação das condições em que estão sendo comercializadas máquinasnovas, no que se refere à tecnologia e aos dispositivos de segurança indica-dos, especificando o tipo de máquina, fabricante, modelo;
� identificação das condições em que estão sendo comercializadas máquinasusadas, no que se refere à tecnologia e aos dispositivos de segurança indica-dos, especificando o tipo de máquina, fabricante, modelo.
Os achados dessa etapa - resultante do trabalho de campo - estão condensadosno Relatório Técnico-Documental (Item 3.2 deste Volume), em que se utilizam 13figuras e 24 tabelas. Trata-se da parte central e principal deste estudo.
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Máquinas e Acidentes de Trabalho
1. A IMPORTÂNCIA DO PROBLEMA
No contexto do problema dos acidentes de trabalho no Brasil, chama a atençãoo problema dos acidentes graves e incapacitantes causados por máquinas e equipa-mentos obsoletos e inseguros. Sobre a importância do tema, alguns aspectos vêm sen-do observados, os quais sugerem a possibilidade/necessidade de intervenção para aredução do problema, como, por exemplo, os seguintes:
� a análise dos acidentes de trabalho registrados, por �motivo� ou �natureza dalesão� (como organiza a CID), permite identificar os 30 códigos mais freqüen-tes, no que se refere aos acidentes registrados em 1997. Assim, chama a atençãoque, da amostra de 72.489 acidentes que foram codificados pela CID-9, 27.371(37,8%) referiam-se a acidentes traumáticos envolvendo as mãos dos trabalha-dores segurados;
� os vários códigos da CID-9 utilizados referem-se a termos como: �ferimentosdos dedos da mão� (5.754 acidentes registrados e codificados); �fratura dosdedos das mãos� (5.252); �feridas dos dedos das mãos e complicações� (3.776);�amputação traumática da mão� (3.045); �fratura aberta da mão� (1.905);�fratura de punho fechada� (1.775); �fratura do carpo� (1.280); �contusão damão e punho� (1.118); feridas das mãos e tendões� (1.079); �contusão dosdedos e mãos� (905); �amputação traumática dos dedos das mãos� (794), eassim por diante. Não foram incluídos aqui os acidentes que produziramferimentos e, às vezes, amputações de antebraços e braços;
� das 30 lesões mais freqüentes, no mínimo 12 são lesões traumáticas agudasde mão ou punho. Não foram incluídas as lesões inflamatórias ou crônicas, dotipo DORT ou LER, que se destacaram em primeiro lugar nessa estatística;
� na casuística do Dr. Arlindo Pardini Júnior e seus colegas cirurgiões de mão,de Belo Horizonte, �a maioria dos acidentados é do sexo masculino, entre 20 e 45anos de idade (...). Os equipamentos mecânicos são os principais agentes causadores...�.Dos 1.000 casos analisados, 55,1% das lesões evoluíram para seqüelas, sendoa mão dominante a mais atingida. Para eles, �conclui-se que as lesões traumáticasda mão constituem problema de grande impacto social e econômico para a empresa,instituições previdenciárias e principalmente para o paciente.� (PARDINI Jr., TAVARES& FONSECA NETO, 1990);
� trabalhando em Caxias do Sul � RS, Dr. João Fernando dos Santos Mello ecolaboradores analisaram e publicaram sua extensa casuística de 11.307traumatismos de mão causados por acidentes de trabalho. Destacaram, tam-bém, o predomínio de trabalhadores masculinos jovens e a alta incidência deseqüelas graves e incapacitantes. Naquele município e região, a procedênciapredominante foi da indústria metalúrgica (MELLO et al., 1993);
� Dr. Ubiratan de Paula Santos e seus colaboradores, responsáveis pelo desen-volvimento e implementação do sistema de vigilância epidemiológica paraacidentes de trabalho graves, na Zona Norte do Município de São Paulo,
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Coleção Previdência Social � Volume 13
observaram, também, que as mãos e os dedos foram a parte do corpo mais atingidanos acidentes de trabalho, responsáveis por 31,5% de todos acidentes analisados. Cer-ca de 16% dos acidentes registrados foram considerados graves, com altaincidência de contusões e fraturas (SANTOS et al., 1990).
2. METODOLOGIA UTILIZADA
O presente estudo utilizou as seguintes estratégias metodológicas:
� levantamento documental e bibliográfico das informações disponíveis sobre aci-dentes de trabalho causados por máquinas;
� levantamento documental das informações disponíveis sobre máquinas obsole-tas e inseguras, geradoras de acidentes graves e incapacitantes, em pequenase médias empresas, sua incidência e participação no parque industrial brasi-leiro;
� estudo técnico-documental (específico) sobre máquinas e equipamentos alter-nativos seguros, com especificações técnicas, adequação tecnológica, custo,condições de aquisição, bem como acordos ou negociações coletivos já de-senvolvidos em áreas específicas;
� estudo analítico do conjunto de disposições legais que favoreçam ações no senti-do de prever acidentes, por meio de adequação tecnológica, e mapeamento deações e acordos já em efetivação que atuem no sentido de favorecer a troca doequipamento obsoleto pelo mais adequado.
Na primeira etapa do Estudo, foram realizados levantamentos documentais e biblio-gráficos em bibliotecas especializadas, principalmente na FUNDACENTRO � São Pau-lo; FUNDACENTRO � Belo Horizonte; Escola de Engenharia da UFMG � Belo Hori-zonte; Escola Politécnica da USP � São Paulo (Departamento de Engenharia Mecâni-ca) e SENAI, dentre outras instituições. Nessas bibliotecas especializadas, forampesquisadas informações sobre máquinas obsoletas e inseguras mais freqüentementeassociadas à geração de acidentes de trabalho graves e incapacitantes.
Nessa etapa, também foram estudados catálogos e especificações técnicas sobremáquinas e equipamentos, tanto os relativos à produção e comercialização de máqui-nas e equipamentos novos, como os relativos à comercialização de máquinas e equipa-mentos usados. Essa tarefa foi completada pela consulta e estudo do Banco de Dadosem Máquinas e Equipamentos � DATAMAQ da Associação Brasileira da Indústria deMáquinas e Equipamentos � ABIMAQ.
Na segunda etapa do Estudo, foram realizadas as seguintes atividades, em fun-ção dos objetivos definidos para esta etapa (Tabela 1):
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Máquinas e Acidentes de Trabalho
Tabela 1 � Matriz Metodológica para a 2ª Etapa do Estudo
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Máquinas e Acidentes de Trabalho
3. ACHADOS E DISCUSSÃO
3.1. Identificação do Maquinário Obsoleto ouInseguro de mais Elevada Importância
Do levantamento documental e bibliográfico, ampliado e atualizado, foram,preliminarmente, identificados os seguintes tipos de máquinas ou equipamentos cau-sadores de acidentes graves e incapacitantes:
� estudo realizado na Zona Norte do Município de São Paulo mostrou que osacidentes graves de mão e dedos foram causados, principalmente, por máquinas e equi-pamentos da indústria metalúrgica. A Construção Civil e a Indústria Gráfica ali-nharam-se, juntamente com a Indústria Metalúrgica, dentre as que causaramo maior número de acidentes do trabalho naquela região (SANTOS e et al.,1990);
� as respostas mais completas e detalhadas, oriundas daquela mesma região doMunicípio de São Paulo foram obtidas pelo Engenheiro Luiz Felipe Silva, esão descritas em sua Dissertação de Mestrado em Saúde Pública, apresentadaà Universidade de São Paulo. Estudando o problema específico dos aciden-tes de trabalho com máquinas, o autor verificou que as máquinas foram res-ponsáveis por 25% de todos os acidentes de trabalho graves ocorridos naregião, destacando-se em primeiro lugar as prensas, seguidas em ordem de-crescente por �máquinas inespecíficas�, serras, cilindros/calandras, máquinas paramadeira, máquinas de costura, impressoras, guilhotinas, tornos, máquinas para le-vantar cargas, esmeris, politrizes, injetoras de plástico, máquinas têxteis, dentre ou-tras de mais baixa ocorrência (SILVA, 1995);
� na produção de 196 acidentes graves com máquinas, dentre os quais, 67 ca-sos com amputação de dedos ou mão, as prensas destacaram-se, mais uma vez,sendo responsáveis por 36% dos acidentes seguidos de amputação. As serras,as guilhotinas e as máquinas para madeira constituíram o grupo de máquinasresponsável pela maioria dos acidentes graves (SILVA, 1995);
� as prensas foram responsáveis por 42% dos casos de esmagamento de dedos oumão, seguidas das impressoras e guilhotinas (SILVA, 1995);
� naquela região do Município de São Paulo, as atividades econômicas quemais se destacaram em termos de incidência de acidentes de trabalho gravescom máquinas foram, em ordem decrescente: indústria mecânica e de materialelétrico e eletrônico, indústria metalúrgica, comércio varejista, construção civil, indús-tria de artefatos plásticos, indústria gráfica e editorial, indústria de produtos alimentí-cios, indústria têxtil, indústria de papel e papelão e indústria da madeira (SILVA,1995).
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Na experiência do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco, �operando máquinas quenecessitam de manutenção, que não possuem dispositivos de proteção ou que, mesmo os tendo, sãoadulteradas para trabalhar mais rápido, aumentando a produção, milhares de trabalhadores forame continuam sendo mutilados. A falta de treinamento adequado para manipular equipamentostambém é um dos fatores que implicam mutilações.� (SINDICATO DOS METALÚRGICOS DEOSASCO E REGIÃO, 1999).
Para aquele Sindicato, portanto, o problema das mutilações causadas pelasmáquinas é mais complexo, e deveria ser analisado sob quatro ângulos distintos, mascomplementares, a saber:
� máquinas sem manutenção;
� máquinas que não possuem dispositivos de proteção;
� máquinas que possuem dispositivos de proteção, e que são adulteradas, paratrabalhar mais rápido;
� falta de treinamento para manipular equipamentos.
A publicação de um relato de acidente grave em ajudante de estamparia (25 anosde idade), que produziu amputação da mão esquerda, em decorrência de esmagamentodo antebraço na prensa, serve para mostrar adequadamente tanto a metodologia de inves-tigação das �causas básicas�, como as causas propriamente ditas, exemplificando claramente acombinação perversa entre aumento de ritmos de produção; introdução de �gambiarras�para burlar sistemas e dispositivos de segurança; utilização de máquinas sem os dispositi-vos básicos de segurança e processos operatórios inadequados, refletindo também treina-mento insuficiente (WHITAKER, SEHIMI & MARTARELLO, 1994).
O presente estudo incorpora a compreensão ampliada do problema das máqui-nas mutiladoras e obsoletas, porém tem seu escopo principal centrado em dois ângu-los do problema: a existência e a utilização de máquinas perigosas por não possuíremdispositivos de proteção ou segurança e a existência e utilização de máquinas detecnologia obsoleta, favorecendo, agravando ou desencadeando a condição de risco.Prensas excêntricas, acionadas por pedais, exemplificam a combinação perversa destesdois �fatores de risco�.
O Quadro 1, elaborado a partir da metodologia utilizada, enriquecida pelaentrevista com profissionais de Segurança e Saúde no Trabalho, relaciona o maquinárioobsoleto e inseguro mais freqüentemente incriminado na causação de acidentes dotrabalho graves e incapacitantes em pequenas e médias empresas do parque industrialbrasileiro.
Foram identificados nove tipos ou grupos prioritários de máquinas que, na se-gunda etapa, foram objeto de estudo detalhado e aprofundado.
19
Máquinas e Acidentes de Trabalho
Quadro 1 � Quadro Sinótico do Maquinário Obsoleto e Inseguromais Freqüentemente Incriminado na Causação de Acidentes de Trabalho
Graves e Incapacitantes, em Pequenas e Médias Empresasdo Parque Industrial Brasileiro
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OÃÇAZILITUUO/ELAIROTES
ACIFÁRGOEGETNANIMODERP
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ele,aiugadariesartàoirádilosreseved
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eoãçacilpaoãsotnemanoicnuf
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oãveuq,sedadivitameohlabartoedsed
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saicítnemilasairtsúdnisaéta,ahcarrobede
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saneuqepesorcimsaniuqám(saserpme,sagufírtnec,ravaled
,savitatorsarodacesesariedassap
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mocsetnedicasaniuqám
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saniuqámmoc”.assamedsordnilic
.lisarB( OIRÉTSINIMOHLABARTOD ,
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ortuoáh,essedméla•meetneserpocsir
edsopitsodanimreted,sahlevsiamsaniuqámomocotatnocoéeuq
ajuc,rodacesordnilicadarutarepmet
rignitaedopeicífrepus041a08ed o O.C
oãçetorpedoipícnirpésaniuqámsassearap
odatodaoaralimisomsemodsartuoarap
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oãçalatsniaéadacidnieuq,arrabamuedadalucitraresedop
,)oludnêpmuomoc(aomixámonadautisadeicífrepusadmc01
reuqlauQ.asembosoãmadoçnava
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29
Máquinas e Acidentes de Trabalho
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30
Coleção Previdência Social � Volume 13
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31
Máquinas e Acidentes de Trabalho
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.oprocodetrapsotnemelesosodoT
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Coleção Previdência Social � Volume 13
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33
Máquinas e Acidentes de Trabalho
3.2. Relatório Técnico-Documental das Máquinas eEquipamentos Inseguros ou Obsoletos mais
Importantes. Discussão sobre sua Operação Segura
3.2.1. Prensas Mecânicas
3.2.1.a. Por que são consideradas �obsoletas� ou �inseguras�e quais as alternati-vas tecnológicas e/ou dispositivos de segurança indicados para reduzir os riscosocupacionais.
Prensa excêntrica com embreagem a chaveta
Uma máquina dotada desse tipo de embreagem está sujeita à ocorrência do�repique�, por uma falha mecânica nesse dispositivo. Há a descida da mesa móvelcomo se ela tivesse sido acionada, podendo provocar acidentes graves envolvendo asmãos do trabalhador, por exemplo, na retirada ou colocação de material para prensar.
Esse risco é aumentado quando não há um programa de manutenção adequa-do para o equipamento.
Por isso, a Convenção Coletiva de Trabalho para Melhoria das Condições deTrabalho em Prensas Mecânicas e Hidráulicas (SINDICATO DOS METALÚRGICOSDE SÃO PAULO e outros, 1999) define como obrigatória, para esse tipo de máquina,a adoção de recursos que garantam o impedimento físico ao ingresso das mãos dooperador na zona de prensagem, dentre eles:
� ferramenta fechada;
� enclausuramento da zona de prensagem, com fresta que permita apenas oingresso do material, e não da mão humana;
� mão mecânica;
� sistema de gaveta;
� sistema de alimentação por gravidade e remoção pneumática;
� sistema de bandeja rotativa (tambor de revólver);
� transportador de alimentação ou robótica.
Prensa excêntrica com embreagem tipo freio/fricção
Nesse tipo de máquina, pode haver riscos relacionados ao tipo de acionamentoadotado. No acionamento por pedais, as mãos ficam livres para o acesso à zona deprensagem, podendo haver acidente por um movimento descoordenado, ou até mes-
34
Coleção Previdência Social � Volume 13
mo por um esbarrão. No acionamento por botoeira simples (há um botão deacionamento), uma das mãos fica livre para o acesso à zona de prensagem.
O uso de comando bimanual (o operador tem de pressionar dois botões simul-taneamente para haver a prensagem). Esse tipo de equipamento torna o risco deacidente substancialmente menor, desde que tal sistema de acionamento seja ade-quadamente projetado e executado. Faz-se necessária a instalação de tantos coman-dos bimanuais quanto o número de trabalhadores que operam simultaneamente aprensa.
Uma cortina de luz (sistema de proteção baseado em feixes e sensores ópticosque interrompe ou impede a prensagem quando a mão ou outra parte do corpo adentraa zona de prensagem) eleva ainda mais o nível de segurança do equipamento, prote-gendo, inclusive, terceiros contra acidentes. Barreiras móveis, que interrompem ouimpedem a prensagem quando abertas (interbloqueio) produzem o mesmo efeito.
Na Inglaterra, o uso de comando bimanual em prensas com qualquer tipo deembreagem é proibido, salvo acompanhado por outros dispositivos de segurança. Na Suécia,por outro lado, é permitido o uso de comando bimanual para prensas mecânicas comembreagem a fricção. Mas lá também existem normas para a construção de tais em-breagens que requisitam o uso de tecnologia confiável (SILVA, 1995, citando GARDE,exceto por trecho em itálico).
A Convenção Coletiva de Trabalho para Melhoria das Condições de Trabalhoem Prensas Mecânicas e Hidráulicas estabelece o uso de comandos bimanuais comsimultaneidade e autoteste, que garanta a vida útil do comando, como uma forma decumprir os requisitos básicos de segurança para prensas mecânicas com embreagem afreio/fricção pneumáticos, exceto quando houver a necessidade de o operador in-gressar na zona de prensagem. Estabelece também requisitos para esse sistema deembreagem. Assim, não haveria necessidade da instalação de dispositivos como corti-nas de luz ou barreiras móveis com interbloqueio nesse caso.
Independemente do tipo de embreagem da prensa, ela pode apresentar riscosde acidentes em suas partes móveis de transmissão de força (polias, correias, engrena-gens, volante, etc.), caso esses não estejam adequadamente cobertos por proteçõesfixas.
3.2.1.b. Identificação das condições em que estão sendo comercializadas máqui-nas novas, no que se refere à tecnologia e aos dispositivos de segurança indicados,especificando o tipo de máquina, fabricante e modelo.
Foram relacionados 15 marcas de prensas em comercialização. Na Tabela 2, aseguir, encontram-se as informações obtidas para algumas delas.
35
Máquinas e Acidentes de Trabalho
Tabela 2 � Condições de Comercialização de uma Amostra dePrensas Novas, São Paulo, Dezembro de 2000
ETNACIRBAF 1 SOLEDOMEDSOPIT
MEGAERBMEEDSOPIT
OTNEMANOICASORTUO
SOVITISOPSID
A
1opurGetnatnomonoMacrecedsoledoM
t003a03ed
2opurGetnatnomolpuDa04edsoledoM
t003
oãçcirf/oierF
oãçcirf/oierF
launamiB
launamiB
zuledanitroClanoicpo
zuledanitroClanoicpo
B
1opurGa03edsoledoM
t051
2opurGa001edsoledoM
t005
4opurGa09edoledoM
t003
5opurGa001edsoledoM
t003
oãçcirf/oierF
oãçcirf/oierF
oãçcirf/oierF
oãçcirf/oierF
launamiB
launamiB
launamiB
launamiB
zuledanitroClanoicpo
zuledanitroClanoicpo
zuledanitroClanoicpo
zuledanitroClanoicpo
C
opiT(1opurG)C
opiT(2opurG)C
opiT(3opurG)C
oãçcirf/oierF
oãçcirf/oierF
oãçcirf/oierF
launamiB
launamiB
launamiB
zuledanitroClanoicpo
zuledanitroClanoicpo
zuledanitroClanoicpo
DasnerP
opiT–acirtnêcxeC
oãçcirf/oierF launamiB edoãtoBaicnêgreme
1 edoãçitepera,missA.aniuqámedopitortuomunsadazilitueroãssartelsaeuqmesosacáHanelavoãnossisam,etnacirbafodoãçiteperaacidnianiuqámedopitmuedortnedartelamu
.aniuqámedopitortuomeartelamuedoãçiteper
36
Coleção Previdência Social � Volume 13
Um outro fabricante, em recente declaração oficial (confiável), informou quenão produz prensas com embreagem a chaveta e fornece os equipamentos comacionamento por comando bimanual. Caso desejado, cortinas de luz são fornecidascomo acessórios. Seu preço para uma de luz é de R$15.000,00. A empresa tambémexecuta serviços de reforma em prensas de qualquer marca, incluindo conversão dosistema de embreagem a chaveta para embreagem a fricção.
Todas as máquinas apresentavam boas proteções dos elementos móveis de trans-missão de força.
3.2.1.c. Identificação das condições em que estão sendo comercializadas máqui-nas usadas, no que se refere à tecnologia e aos dispositivos de segurança indicados,especificando o tipo de máquina, fabricante e modelo.
Essas informações foram obtidas em lojas na cidade de São Paulo, em dezem-bro de 2000 e estão resumidas na Tabela 3.
Tabela 3 � Condições de Comercialização de uma Amostrade Prensas Usadas, São Paulo, Dezembro de 2000
.EDTQ-IRBAFETNAC
-ICAPAC)t(EDAD
EDONAOÃÇACIRBAF
MEGAERBME-ANOICA
OTNEMSORTUO
SOVITISOPSID
1 F 08 odarongI oãçcirf/oierF launamiBedoãtoB
aicnêgreme
1 F 052 odarongI oãçcirf/oierF launamiBedoãtoB
aicnêgreme
1 F1 052~ odarongI oãçcirf/oierF launamiBedoãtoB
aicnêgreme
1 E 561 77 oãçcirf/oierF launamiBedoãtoB
aicnêgreme
1 G 002 98 oãçcirf/oierF launamiBedoãtoB
aicnêgreme
1 H 04~ odarongI atevahcA ladeP –
2 I 51 odarongI atevahcA ladeP –
1 odarongI 08 odarongI atevahcA ladeP –
1 odarongI 031 odarongI atevahcA ladeP –
1 J 21 odarongI atevahcA ladeP –
1 J 04 odarongI atevahcA ladeP –
1 K 56 odarongI atevahcA ladeP –
)aunitnoc(
37
Máquinas e Acidentes de Trabalho
)oãçaunitnoc(
.EDTQ-IRBAFETNAC
-ICAPAC)t(EDAD
EDONAOÃÇACIRBAF
MEGAERBME-ANOICA
OTNEMSORTUO
SOVITISOPSID
1 A 08 77 atevahcA launamiB –
2 F 002 odarongI oãçcirf-oierF odarongI odarongI
4 odarongI 51~ odarongI atevahcA ladeP odarongI
1 odarongI 04~ odarongI atevahcA ladeP odarongI
1 .oãçacifitnediaivahoãnsiop,otnemapiuqeodaicnêrapaalepodinifeD
Essas prensas a chavetas são vendidas sem dispositivos de alimentação que im-peçam a introdução das mãos na região de risco.
Todas as máquinas apresentavam boa proteção dos elementos móveis de trans-missão de força.
3.2.2. Prensas Hidráulicas
3.2.2.a. Por que são consideradas �obsoletas� ou �inseguras� e quais as alternati-vas tecnológicas e/ou dispositivos de segurança indicados para reduzir os riscosocupacionais.
Uma discussão básica sobre os riscos de acidentes em prensas hidráulicas é simi-lar à das prensas mecânicas com embreagem tipo freio/fricção. Nas prensas hidráuli-cas, o risco de esmagamento é, geralmente, menor, pois a velocidade de descida damesa móvel também é menor. Segundo Silva, citando Raafat, no Reino Unido o usodo comando bimanual não é recomendado, salvo quando não há formas práticas eviáveis de serem utilizadas proteções físicas. Sua utilização é criticada nos seguintestermos:
�O controle bimanual não proverá um nível adequado de proteção para umamáquina classificada como sendo de alto risco (como a prensa hidráulica, por exem-plo). Esses dispositivos de segurança (se trabalharem de forma apropriada) somentefornecem proteção ao usuário da máquina e não a terceiros. Eles são geralmente fá-ceis de apresentar defeitos e podem ser facilmente burlados.�
A Convenção Coletiva de Trabalho para Melhoria das Condições de Trabalhoem Prensas Mecânicas e Hidráulicas (Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e ou-tros, 1999) estabelece o uso de comandos bimanuais com simultaneidade e autoteste,que garanta a vida útil do comando, como uma forma de cumprir os requisitos básicosde segurança para prensas hidráulicas, exceto nos casos em que houver a necessidadede o operador ingressar na zona de prensagem.
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Coleção Previdência Social � Volume 13
Exemplos de complementos ao comando bimanual, para maior diminuição dorisco de acidente, seriam as barreiras móveis com interbloqueio ou cortinas de luz.
Um outro risco existente na operação desse tipo de equipamento é a queda damesa móvel por gravidade após um defeito, como, por exemplo, vazamento de óleo.Para evitá-lo, o equipamento deve ser dotado de dispositivo de proteção específico.
39
Máquinas e Acidentes de Trabalho
Figura 1 � Prensa hidráulica tipo C, de acionamento por pedal,com proteção móvel com interbloqueio.
Fonte: Nova Zelândia � Department of Labour (1966).
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Coleção Previdência Social � Volume 13
3.2.2.b. Identificação das condições em que estão sendo comercializadas má-quinas novas, no que se refere à tecnologia e aos dispositivos de segurança indicados,especificando o tipo de máquina, fabricante e modelo.
Na Tabela 4, a seguir, encontram-se as informações obtidas de uma amostra deprensas hidráulicas novas fabricadas no Brasil.
Tabela 4 � Condições de Comercialização de uma Amostra dePrensas Hidráulicas Novas, São Paulo, Fevereiro de 2001
/ACRAM/OLEDOM
OPIT
EDADICAPAC)t(
OTNEMANOICASORTUO
SOVITISOPSIDOÇERP
K Copit/1oledom/ 002a03 launamib
ovitisopsidadadeuqartnocroplevómasem
edadivarg 1 eedoãtob
aicnêgreme
–
K olpud/2oledom/etnatnom
004a05 launamib
ovitisopsidadadeuqartnocroplevómasem
edadivarg 1 eedoãtob
aicnêgreme
–
W Copit/ 06 ladeprop muhnen 00,000.81$R
1 .etnacirbafodoãçamrofniodnugeS
As prensas da marca K, segundo o fabricante, podem ser dotadas de outrasproteções, caso solicitado pelo comprador.
Em nenhuma das máquinas havia elementos móveis de transmissão de forçaexpostos.
3.2.2.c. Identificação das condições em que estão sendo comercializadas máqui-nas usadas, no que se refere à tecnologia e aos dispositivos de segurança indicados,especificando o tipo de máquina, fabricante, modelo.
Essas informações foram obtidas em lojas na cidade de São Paulo, em fevereirode 2001 e estão resumidas na Tabela 5.
41
Máquinas e Acidentes de Trabalho
Tabela 5 � Condições de Comercialização de uma Amostra dePrensas Hidráulicas Usadas, São Paulo, Fevereiro de 2001
/ETNACIRBAFOPIT
-ICAPACEDAD
)t(ONA OTNEMANOICA
SORTUOSOVITISOPSID
OÇERP
etnatnomolpud/X 06 0891~moclevíssoP
oãmamusanepamuhneN –
olpud/odarongIetnatnom
051 0891~moclevíssoP
oãmamusanepamuhneN 00,000.8$R
copit/odarongI 06 0891~moclevíssoP
oãmamusanepamuhneN 00,000.4$R
Copit/X 02 5791 launamiB muhneN 00,005.8$R
etnatnomolpud/Y 001 .rongimoclevíssoP
oãmamusanepamuhneN –
etnatnomolpud/Y 001 .rongimoclevíssoP
oãmamusanepamuhneN 00,000.52$R
Copit/Z .rongi 1 .rongimoclevíssoP
oãmamusanepamuhneN 00,000.21$R
olpud/odarongIetnatnom
06 .rongimoclevíssoP
oãmamusanepamuhneN 00,005.6$R
etnatnomolpud/Y 03 0891<moclevíssoP
oãmamusanepamuhneN 00,000.6$R
Copit/odarongI 03 .rongiuoladeproP
launamacnavalamuhneN –
1 .m08,1etnemadamixorpaareaniuqámadarutlaA
Em nenhuma das máquinas havia elementos móveis de transmissão de forçaexpostos.
3.2.3. Máquinas Cilindros de Massa
3.2.3.a. Por que são consideradas �obsoletas� ou �inseguras� e quais as alternati-vas tecnológicas e/ou dispositivos de segurança indicados para reduzir os riscosocupacionais.
São máquinas utilizadas para sovar e laminar a massa de pão. Na sua operação,na maior parte do tempo, o trabalhador fica posicionado na sua região frontal, passan-do a massa por cima dos cilindros para que ela retorne pelo vão entre eles.
Assim, sem as devidas proteções, ela oferece riscos importantes de acidentes, naregião de convergência dos cilindros e também nas partes móveis de transmissão deforça.
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Coleção Previdência Social � Volume 13
Essas máquinas devem obedecer aos seguintes requisitos de segurança, de modoa tornar esses riscos insignificantes1 :
1. Possuir cilindro obstrutivo que dificulte a aproximação das mãos do trabalha-dor da região de convergência dos cilindros.
2. Possuir chapa de fechamento do vão que tem a finalidade de impedir a intro-dução das mãos entre o cilindro obstrutivo e o cilindro superior.
3. Possuir proteção lateral fixa com o objetivo de impedir acesso à região deconvergência dos cilindros pela lateral da máquina.
4. Respeitar as dimensões mínimas necessárias para evitar alcance das mãos àregião de convergência dos cilindros.
5. Possuir botão de parada de emergência da máquina bem posicionado nalateral.
6. Possuir proteção fixa metálica ou similar na região de transmissão de forçada máquina.
7. Não deve haver possibilidade de inversão do sentido de rotação dos cilin-dros. Com isso será eliminada a possibilidade de surgimento de uma novaregião de risco.
A figura 2 ilustra, de modo esquemático, uma máquina cilindro de massa,com identificação dos componentes essenciais e sua localização correta, para finsde segurança.
1 Adaptado do Anexo II da Norma Regulamentadora nº 12 do Ministério do Trabalho e Emprego.
43
Máquinas e Acidentes de Trabalho
Figura 2 � Esquema de máquina cilindro de massa, com identificação dos componentes essenciais e sualocalização correta, para fins de segurança.
Fonte: FUNDACENTRO (1996).
44
Coleção Previdência Social � Volume 13
3.2.3.b. Identificação das condições em que estão sendo comercializadas má-quinas novas, no que se refere à tecnologia e aos dispositivos de segurança indicados,especificando o tipo de máquina, fabricante e modelo.
Foram identificados, em São Paulo, sete fabricantes de cilindros de massa. NaTabela 6, abaixo, encontram-se as informações obtidas para algumas delas.
Tabela 6 � Condições de Comercialização de uma Amostra deMáquinas Cilindros de Massa Novas, São Paulo, Dezembro de 2000
ETNACIRBAF OLEDOM 1 2 3 4 5 6 7
M 1oledoM P P P P P P P
N 1oledoM P O P O *P P **P
N 2oledoM P I P I *P P **P
O 1oledoM P P P P P P P
:adnegeLoviturtsboordnilicedaçneserP.1
oãvodotnemahcefedapahcedaçneserP.2axiflaretaloãçetorpedaçneserP.3saminímseõsnemidsàotiepseR.4
aicnêgremeedadarapedoãtobedaçneserP.5açrofedoãssimsnartedseõigersanacilátemoãçetorpedaçneserP.6
sordnilicsodoãçatoredocinúoditneS.7etnemanelpednetA–P
etnemairotafsitasniednetA–IerpmucoãN–CN
latnorfoãçisopan,ohlabartedasemabosaicnêgremeedadarapedarraB*rodedneverolepadatserpoãçamrofnI**
Observação: De um outro fabricante, foi obtido catálogo, em que consta umdos seus modelos. Nele, o fabricante assegura que esse cilindro atende às exigênciasda Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho e Emprego. Nesse caso, osrequisitos de 1 a 7 estariam sendo cumpridos plenamente.
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Máquinas e Acidentes de Trabalho
3.2.3.c. Identificação das condições em que estão sendo comercializadas máqui-nas usadas, no que se refere à tecnologia e aos dispositivos de segurança indicados,especificando o tipo de máquina, fabricante e modelo.
Componente não desenvolvido, por não terem sido encontrados locais de ven-da de cilindros de massa usados.
3.2.4. Máquinas de Trabalhar Madeiras: Serras Circulares
3.2.4.a. Por que são consideradas �obsoletas� ou �inseguras� e quais as alternati-vas tecnológicas e/ou dispositivos de segurança indicados para reduzir os riscosocupacionais.
O risco nesse equipamento ocorre quando não existem os dispositivos necessá-rios para proporcionar proteção básica ao operador: o cutelo divisor e a coifa ou co-bertura de proteção.
A função do primeiro é prevenir o rejeito ou retrocesso da madeira. Essa rejei-ção, invariavelmente brutal, é provocada quando a peça que está sendo cortada com-prime a parte traseira do disco. Lamoureux e Trivin (1987) apresentam um exemplode instalação desses dispositivos. A figura abaixo, baseada nesse exemplo, tambémilustra uma instalação possível. Esses dispositivos devem acompanhar a lâmina quandoela for inclinável.
Figura 3 � Exemplo de montagem do cutelo divisor e coifa.
46
Coleção Previdência Social � Volume 13
Já a coifa, destina-se a reduzir a possibilidade de contato de parte do corpo coma lâmina.
Complementarmente, pode haver um dispositivo para empurrar a peça de ma-deira, cuja finalidade é manter distante as mãos dos dentes da serra quando a opera-ção se aproxima de seu término.
3.2.4.b. Identificação das condições em que estão sendo comercializadas má-quinas novas, no que se refere à tecnologia e aos dispositivos de segurança indicados,especificando o tipo de máquina, fabricante e modelo.
Essas informações foram obtidas em lojas na cidade de São Paulo, em janeirode 2001 e estão resumidas na Tabela 7.
Tabela 7 � Condições de Comercialização de uma Amostra de SerrasCirculares, São Paulo, Janeiro de 2001
EDOREMÚN*SAJOL
ETNACIRBAFSARTUO
SACITSÍRETCARACSEÕÇETORP
2 AlevánilcnI
levátsujaanimâladarutlAsetnetsixenioletuceafioC
3 Aliremseeariedaruf,arreSlevátsujauolevánilcni-oãn
laretalaiugmoc
setnetsixenioletuceafioCotnujnoconatnemarrefartuO
ocsiraicerefomébmatetnatropmietnatsab
4 AlevánilcnI
levátsujaanimâladarutlA
oletuceocilírcameafioCarahnapmocaarapsievánilcni
animâl
1 Alevátsujauolevánilcni-oãN
laretalaiugmocsetnetsixenioletuceafioC
1 BlevánilcnI
levátsujaanimâladarutla
socilátemoletuceafioCarahnapmocaarapsievánilcni
animâl
.otsiviofotnemapiuqeoednosajoledoremúN*.oãçetorpalepotecxe,sacitnêdimareatsilassedaniuqámariecretaeariemirpA
47
Máquinas e Acidentes de Trabalho
3.2.4.c. Identificação das condições em que estão sendo comercializadas máqui-nas usadas, no que se refere à tecnologia e aos dispositivos de segurança indicados,especificando o tipo de máquina, fabricante e modelo.
Componente não desenvolvido, por não terem sido encontrados locais de ven-da de serras circulares usadas.
3.2.5. Máquinas para Trabalhar Madeira: Desempenadeiras
3.2.5.a. Por que são consideradas �obsoletas� ou �inseguras e quais as alternati-vas tecnológicas e/ou dispositivos de segurança indicados para reduzir os riscosocupacionais.
O maior risco que essas máquinas oferecem é o contato de partes do corpo(mãos e dedos, sobretudo) com as ferramentas de corte, o que pode causar seu esma-gamento ou amputação.
Segundo o Instituto Nacional de Seguridad e Higiene en el Trabajo do Governoespanhol (1984), isso raramente ocorre na parte das ferramentas posterior à guia. Emgeral, ocorre na zona de operação da máquina, após um retrocesso violento da peçatrabalhada, devido à presença de nós ou outras irregularidades nela. Nesses casos, asmãos que empurram e apóiam as peças podem entrar em contato com a ferramenta,principalmente com a sua extremidade não coberta pela própria peça. O risco dessetipo de acidente é aumentado se o porta-ferramentas for de seção quadrada, ao invésde circular.
Figura 4 � Desenho esquemático de uma desempenadeira.Fonte: Servicio Social de Higiene y Seguridad del Trabajo � SSHST (1979).
48
Coleção Previdência Social � Volume 13
A peça retrocedida pode atingir o operador, operadores de outras máquinas próxi-mas ou algum transeunte. Esse evento tem sua ocorrência potencializada pelo mauestado da mesa de trabalho, com a presença de dentes ou outras irregularidades emsuas arestas.
Ainda segundo o mesmo instituto, a proteção indicada para o primeiro riscocitado é uma cobertura para a parte do porta-ferramentas não-coberta pela peça,regulável manualmente, conforme as dimensões da peça a ser trabalhada, ou auto-retrátil. Consideramos a última mais adequada, pois não depende da ação do opera-dor para funcionar plenamente, além de possibilitar a cobertura do porta-ferramentasdurante todo o tempo.
A seguir, encontram-se alguns exemplos de proteção de ajuste manual e auto-retrátil.
Figura 5 � Proteção de ajuste manual.Fonte: Servicio Social de Higiene y Seguridad del Trabajo � SSHST (1979).
49
Máquinas e Acidentes de Trabalho
Figura 6 � Proteção auto-retrátil.Fonte: Servicio Social de Higiene y Seguridad del Trabajo � SSHST (1979).
50
Coleção Previdência Social � Volume 13
Figura 7 � Proteção auto-retrátil.
Fonte: Servicio Social de Higiene y Seguridad del Trabajo � SSHST (1979).
O porta-ferramentas também deve ser protegido no seu trecho posterior à guia.A utilização de empurradores2 também é interessante como forma de prevenção.
2 Equipamento de proteção individual com formato de cabo de serrote, por exemplo, que evita ocontato das mãos com a peça trabalhada.
51
Máquinas e Acidentes de Trabalho
3.2.5.b. Identificação das condições em que estão sendo comercializadas má-quinas novas, no que se refere à tecnologia e aos dispositivos de segurança indicados,especificando o tipo de máquina, fabricante e modelo.
Na Tabela 8, a seguir, encontram-se as informações obtidas por meio da obser-vação das máquinas em lojas do ramo.
Tabela 8 � Condições de Comercialização de uma Amostra deDesempenadeiras Novas, São Paulo, Fevereiro de 2001
ETNACIRBAFOHNAMAT
ASEMAD 1
)mc(
SADOÃÇETORPEDSATNEMARREF
ETROC 2
OÃIGERAN,MEDISAIUGSÀROIRETSOP
R 52x021~
-otuaacilátemoãçetorPralugnaterlitárter
–adauqedaetnemlaicrap()oxiabasoirátnemocediv
adigetorpsedoãigeR
S 53x081~
:sadauqedaseõçetorpsauDadàetnahlemesamu
arugifadàartuoe5arugifsoirátnemocediv(7
)oxiaba
adigetorpsedoãigeR
R 23x041~-otuaacilátemoãçetorP
ralugnaterlitárter)adauqedaetnemlaicrap(
adigetorpsedoãigeR
R 51x08~-otuaacilátemoãçetorP
ralugnaterlitárter)adauqedaetnemlaicrap(
adigetorpsedoãigeR
.adíasedasemeadartneedasemiulcni,éotsi,latototnemirpmoC.1.oãçarepoedanozaN.2
Essa proteção utilizada nas máquinas do fabricante R é semelhante àquela mos-trada na figura 6. O formato retangular e a proximidade entre o eixo em torno doqual ela se movimenta e o porta-ferramentas fazem com que uma parte maior daferramenta fique exposta durante a passagem da peça, em relação ao que ocorre coma proteção ilustrada.
52
Coleção Previdência Social � Volume 13
Já a proteção utilizada pelo fabricante S, semelhante à da figura 7, não possui oplano inclinado da última, necessitando ser levantada manualmente para a passagemde cada peça. Esse fato pode provocar o abandono de sua utilização pelo operador.
Todas as máquinas apresentavam boas proteções dos elementos móveis de trans-missão de força e possuíam porta-ferramentas de seção circular, mas eram vendidassem empurradores.
3.2.5.c. Identificação das condições em que estão sendo comercializadas máqui-nas usadas, no que se refere à tecnologia e aos dispositivos de segurança indicados,especificando o tipo de máquina, fabricante e modelo.
Essas informações foram obtidas em lojas na cidade de São Paulo, em fevereirode 2001 e estão resumidas na Tabela 9.
Tabela 9 � Condições de Comercialização de uma Amostra deDesempenadeiras Usadas, São Paulo, Fevereiro de 2001
ETNACIRBAFOHNAMATASEMAD
)mc(
SADOÃÇETORPEDSATNEMARREF
ETROC
OÃIGERAN,MEDISAIUGSÀROIRETSOP
T 02x08~ amuhneN adigetorpsedoãigeR
U 04x002~ amuhneN adigetorpsedoãigeR
A primeira máquina também apresentava polias e correias expostas. Ambas eramvendidas sem empurradores, mas apresentavam mesas com arestas em boas condiçõese eram equipadas com porta-ferramentas de seção circular.
3.2.6. Máquinas Guilhotinas para Chapas Metálicas
3.2.6.a. Por que são consideradas �obsoletas� ou �inseguras� e quais as alternati-vas tecnológicas e/ou dispositivos de segurança indicados para reduzir os riscosocupacionais.
Em sua configuração mais representativa, essas máquinas possuem capacidadepara cortar chapas de pequena espessura e acionamento por pedal. Nesses casos, suaoperação oferece risco de acidentes graves quando o equipamento permite acesso dasmãos ou dedos à linha de corte ou de esmagamento pela prensa-chapa.
A proteção segura, simples e de baixo custo, é a de tipo fixo, cobrindo a partefrontal em toda a extensão da região de risco, dimensionada de forma a permitir apenaso acesso do material a ela, isto é, de acordo com padrões estabelecidos para abertura edistância dessa região. Sua presença não deve criar outras regiões de risco. Também deve
53
Máquinas e Acidentes de Trabalho
haver proteção do tipo fixo na parte traseira da máquina, para impedir o acesso à linhade corte por essa área.
3.2.6.b. Identificação das condições em que estão sendo comercializadas má-quinas novas, no que se refere à tecnologia e aos dispositivos de segurança indicados,especificando o tipo de máquina, fabricante e modelo.
Foram relacionados sete fabricantes de guilhotinas para chapas metálicas. Na Ta-bela 10, a seguir, encontram-se as informações obtidas para algumas delas.
Tabela 10 � Condições de Comercialização de uma Amostra de Guilhotinaspara Chapas Metálicas, São Paulo, Janeiro de 2001
-IRBAFETNAC
EDADICAPACapahcadarussepse(
adohnamatxetrocedatnemarref
)mmme–
OÃÇAZIROTOM SEÕÇETORP
X 002.1~x2,1 adazirotomoãNadauqedalatnorfaxifoãçetorP
etnetsixeniariesartoãçetorp
Y
002.1~X2,1
000.2~X2,1002.1~X2,1
adazirotomoãN
adazirotomoãN
adazirotoM
ossecaodnidepmilatnorfaxifoãçetorPoãçatnemilaedatserfalep
ocsiredoãigeràetnatropmiocuopossecaoãçetorpadamicrop
etnetsixeniariesartoãçetorp
ossecaodnidepmilatnorfaxifoãçetorPedossecaoãçatnemilaedatserfalep
ropocsiredoãigeràaicnâtropmiamuglaetnetsixeniariesartoãçetorpadamic
àossecaodnidepmilatnorfaxifoãçetorPocsiredsotnop2etrocedoãiger
asnerpoeoãçetorpasseertnesodamrofetnetsixeniariesartoãçetorpsapahc
ZsaniuqámedahniL
edsapahcaraparussepseaneuqep
sadazirotoMadauqedalatnorfaxifoãçetorP
etnetsixeniariesartoãçetorP
Todas as guilhotinas para chapas métalicas vistas eram acionadas por pedal.
3.2.6.c. Identificação das condições em que estão sendo comercializadas máqui-nas usadas, no que se refere à tecnologia e aos dispositivos de segurança indicados,especificando o tipo de máquina, fabricante e modelo.
54
Coleção Previdência Social � Volume 13
3 Vide �Prensa excêntrica com embreagem tipo freio/fricção� no item 3.2.1.a.
Essas informações foram obtidas em lojas na cidade de São Paulo, em janeirode 2001 e estão resumidas na Tabela 11.
Tabela 11 � Condições de Comercialização de uma Amostra de Guilhotinaspara Chapas Metálicas, São Paulo, Janeiro de 2001
-IRBAFETNAC
EDADICAPACapahcadarussepse(
adohnamatxetrocedatnemarref
)mmme-
OÃÇAZIROTOM SEÕÇETORP
Z052.1x1,3
002.1x0,2
adazirotoM
adazirotoM
ocsiredoãigeràossecaerviL
ocsiredoãigeràossecaerviL
W
000.2x3,6
000.2x3,6
000.2x3,6
adazirotoM
adazirotoM
adazirotoM
ocsiredoãigeràossecaerviL
ocsiredoãigeràossecaerviL
ocsiredoãigeràossecaerviL
Essas cinco máquinas possuíam acionamento por pedal.
3.2.7. Máquinas Guilhotinas para Papel
3.2.7.a. Por que são consideradas �obsoletas� ou �inseguras� e quais as alternati-vas tecnológicas e/ou dispositivos de segurança indicados para reduzir os riscosocupacionais.
Nesse tipo de máquina não são utilizadas proteções fixas, pois a espessura domaço de papel a ser cortado é elevada, tornando inviável a utilização dessas proteções,baseadas no princípio de deixar entrar na região de risco o material, mas não algumaparte das mãos.
Uma concepção aceitável para esse tipo de máquina, desde que bem projetadae instalada3, é aquela similar às prensas mecânicas, em que se utiliza um comandobimanual sincronizado em máquinas dotadas de embreagem de revolução parcial.Assim, as duas mãos do operador estarão ocupadas durante os movimentos deprensagem e corte do papel. Havendo a interrupção do apoio sobre um dos coman-dos, deve haver a parada da lâmina e do prensador em seu movimento descendente,antes que o operador tenha tempo de alcançar a região de risco. Uma proteção fixapara a parte traseira da máquina é necessária. Como no caso das prensas, uma cortinade luz elevaria ainda mais o nível de segurança do equipamento, protegendo terceiroscontra acidentes.
55
Máquinas e Acidentes de Trabalho
3.2.7.b. Identificação das condições em que estão sendo comercializadas má-quinas usadas, no que se refere à tecnologia e aos dispositivos de segurança indicados,especificando o tipo de máquina, fabricante e modelo.
Essas informações foram obtidas em lojas na cidade de São Paulo, em janeiro
de 2001 e estão resumidas na Tabela 12.
Tabela 12 � Condições de Comercialização de uma Amostra de Guilhotinaspara Papel Usadas, São Paulo, Janeiro de 2001
-IRBAFETNAC
OLEDOMEDONA
OÃÇACIRBAF
OHNAMATANIMÂLAD
)mcme(
-ANOICAOTNEM
SORTUOSOVITISOPSID
A
1oledoM
2oledoM
odarongI
odarongI
08~
051~
launamiB
launamiB
zuledanitrocmeSàlevíssoporiesartosseca
;ocsiredoãiger
zuledanitrocmoCàlevíssoporiesartosseca
ocsiredoãiger
B1oledoM odarongI 08~ launamiB zuledanitrocmeS
àlevíssoporiesartossecaocsiredoãiger
C1oledoM 5991 57~ launamiB zuledanitrocmoC
meoãçetorpaobmocariesartetrapanocilírca
D1oledoM 7991 08~ launamiB zuledanitrocmoC
meoãçetorpaobmocariesartetrapanocilírca
E
1oledoM
2oledoM
5991
odarongI
06~
09~
launamiB
launamiB
zuledanitrocmeSmeoãçetorpaobmoC
;ariesartetrapanocilírca
ossecazuledanitrocmeSoãigeràlevíssoporiesart
ocsired
Essas máquinas possuíam embreagem à fricção, exceto o modelo 1 do fabrican-te E, que se tratava de uma máquina hidráulica.
3.2.8. Impressoras Off-Set a Folha
3.2.8.a. Por que são consideradas �obsoletas� ou �inseguras; quais as alternativastecnológicas e/ou dispositivos de segurança indicados para reduzir os riscosocupacionais.
56
Coleção Previdência Social � Volume 13
De acordo com recomendação elaborada pelo Comitê Técnico Nacional dasIndústrias do Livro da França (Machines, 1993), essas máquinas podem oferecer riscosde esmagamento de mãos e braços entre os cilindros e rolos dos grupos de impressão,principalmente durante intervenções próximas às suas regiões de convergência. Hátambém riscos de esmagamento, cisalhamento e choque (mecânico) nos dispositivosmecânicos dos sistemas de alimentação e recepção de folhas (correntes, transportado-res). Esses riscos existem, sobretudo, na execução de funções de regulagem, limpeza emanutenção.
Ainda de acordo com a mesma recomendação, as regiões de convergência for-madas pelos cilindros e rolos devem ter acesso impedido por proteções (grades metá-licas, por exemplo) móveis e fixas. Pode-se, complementarmente, adotar a utilizaçãode barras fixas ou sensíveis, instaladas conforme a ilustração abaixo:
Figura 8 � Requisitos para instalação de barra fixa em região deconvergência de impressora off-set.
Fonte: Machines (1993).
57
Máquinas e Acidentes de Trabalho
Durante a execução de funções que necessitam a abertura das proteções:
� quando as zonas de convergência descobertas são equipadas com barras fixasou sensíveis, o funcionamento da máquina só será permitido em marcha len-ta contínua. Deve haver um comando de parada próximo à proteção aberta.Essa marcha lenta só deve ser possível com as grades metálicas abertas emapenas um grupo impressor;
� quando as zonas de convergência descobertas não estiverem equipadas combarras fixas ou sensíveis, o funcionamento da máquina deve se dar à velocida-de mais reduzida possível, associada à manutenção da pressão de um dedosobre um botão.
Também de acordo com a recomendação francesa, devem-se instalar proteçõesfixas e móveis, impedindo fisicamente o acesso a correntes e transportadores da ali-mentação e recepção das folhas, cuja abertura implique a parada da máquina.
3.2.8.b. Identificação das condições em que estão sendo comercializadas má-quinas novas, no que se refere à tecnologia e aos dispositivos de segurança indicados,especificando o tipo de máquina, fabricante e modelo.
Foram relacionadas seis marcas de impressoras. Na Tabela 13, a seguir,encontram-se as informações obtidas para algumas delas.
58 Coleção P
revidência Social � V
olume 13
/ETNACIRBAFOLEDOM
EDºNSEROC
.MATAD
AHLOFMCME)cxl(
OÃÇATNEMILAED)S(OPURG
OÃSSERPMIEDOÃÇPECER
SAHLOFOÇERP
1oledom/M
1 53x04~ sam,oãçetorpmeSsodatonmarofoãn.setnatropmisocsir
adlanifoNaivahoãçatnemilaaxifoãçetorpamu
aaitimrepóseuq,ahlofadmegassap
.sodedsodoãn
sacilátemseõçetorPmepmorretnieuqsetnalucsabaniuqámadotnemanoicnufo
oãn,satrebaodnauqmenodnitimrep
artuomeotnemanoicnuf.ahcram
sacilátemseõçetorPeuqsetnalucsab
omepmorretniadotnemanoicnuf
odnauqaniuqámodnitimrepoãn,satreba
meotnemanoicnufmen.ahcramartuo
00,000.021$R
1oledom/N zinrev+4 55x07~ sam,oãçetorpmeSsodatonmarofoãn.setnatropmisocsir
adlanifoNaivahoãçatnemilaaxifoãçetorpamu
avaxiedeuq,atserfaneuqep
mesetnemetnerapa.socsir
sarrabesievómseõçetorPajuc,setnetsixesievísnes
adarapaacovorparutrebaodnitimrep,aniuqámad
.atneloãçatnemivomsanepasarrabsadotnemacolsedoáJ
etnemadauqeda,sievísnessiapicnirpsanansadalatsni
edaicnêgrevnocedsanoz,oãsserpmiedopurgadac
ataidemiadarapaavacovorp.adanoicaodnauqaniuqámad
etnemetnerapaadíaSseõçetorp:arugesotium
mocsievómesaxifocuopsatserf
aivaH.setnatropmiaicnêgremeedseõtobme:aniuqámaadotrop
edopurgadacadacedmu,oãsserpmi
.cte,odal
odarongI
Tabela 13 - Condições de Comercialização de uma Amostrade Impressoras Off-Set Novas, São Paulo, Fevereiro de 2001
59
Máquinas e Acidentes de Trabalho
Todas as máquinas apresentavam boas proteções dos elementos móveis de trans-missão de força.
Segundo declaração do engenheiro Luiz Felipe Silva, do Centro de Referênciaem Saúde do Trabalhador � CEREST/SP, da Secretaria de Saúde do Estado de SãoPaulo, e segundo declaração obtida em trabalho de campo com profissional atuandoem comercialização de impressoras, as impressoras off-set a folha novas, comercializadasindependentemente da marca, são dotadas de proteções móveis que, quando abertas,interrompem o funcionamento da máquina, ou permitem apenas a operação comvelocidade reduzida.
3.2.8.c. Identificação das condições em que estão sendo comercializadas máqui-nas usadas, no que se refere à tecnologia e aos dispositivos de segurança indicados,especificando o tipo de máquina, fabricante e modelo.
Essas informações foram obtidas em lojas na cidade de São Paulo, em fevereirode 2001 e estão resumidas na Tabela 14.
60 Coleção P
revidência Social � V
olume 13
Tabela 14 - Condições de Comercialização de uma Amostrade Impressoras Off-Set a Folha Usadas, São Paulo, Fevereiro de 2001
/ETNACIRBAFOLEDOM
ONAEDºNSEROC
.MATAD
AHLOFMCME)cxl(
OÃÇATNEMILAED)S(OPURG
OÃSSERPMIEDOÃÇPECER
SAHLOFOÇERP
/M 1oledom odarongI 1 53x04~ O.oãçetorpmeSsiamocsir
areetnatropmiatserfropodicerefo
aertnemc5,1edoeaxifetrap
.ordnilic
soloR.oãçetorpmeS.sotsopxe
ocsiR.oãçetorpmeSedetnatropmi
ertneotnemagamseotnemacolsedmearrab
.alelarapaxifarrabe
00,000.52$R
/O 1oledom odarongI 1 ~arugralmc05
.oãçetorpmeSedoãigeR
ertneotnemagamseeariehlamerc
meganergne.atrebocsed
soloR.oãçetorpmeSsoloreserodatnitne
setnegrevnoc"serodahlom"arapmedI.sotrebocsed
.sneganergneedserap
ocsiR.oãçetorpmeSedetnatropmi
ertneotnemagamseotnemacolsedmearrab
.alelarapaxifarrabe
00,000.62$R
/P 1oledom odarongI 1 05x07~ .oãçetorpmeSetnatropmiocsiRotnem-agamseed
airótarigarrabertne.axifarrabe
.adauqedanilevómoãçetorPavaxied,adahcefomseM
serapesetnegrevnocsolor.artsomàsneganergneed
.oãçetorpmeS 00,000.54$R
)aunitnoc(
61
Máquinas e Acidentes de Trabalho
)oãçaunitnoc(
/E
TN
ACI
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RP
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1~
arugralmc
53.oãçetorp
meS
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R.oãçetorp
meS
esetnegrevnoc
sordnilicsneganergne
edserap
.sotsopxe
.oãçetorpme
S00,000.01
$R
/P
2oledo
m7991
283
x05
~sa
m,oãçetorp
meS
marofoãn
seõigersadavresbo
ocsired
otecxe,setnatrop
mieuq
arraba
murop
avazilaerotne
mivom
,euqe
,ocorpíceressecerefo
,zevlated
ocsir.otne
magamse
sarrabe
sievóm
seõçetorP
ajuc,setnetsixe
sievísnesadarap
aacovorp
arutrebaodniti
mrep,aniuqá
mad
,atneloãçatne
mivom
sanepamu
edoãsserp
alepaditna
motne
macolsedo
áJ.oãtob
,sievísnessarrab
sadan
sadalatsnietne
madauqedaed
anozlapicnirpopurg
adaced
aicnêgrevnoca
avacovorp,oãsserp
mied
aniuqám
adataide
miadarap
.adanoicaodnauq
sievóm
seõçetorP
arutrebaajuc
,setnetsixead
adarapa
acovorp.aniuqá
m
00,000.541$
R
62
Coleção Previdência Social � Volume 13
3.2.9. Injetoras de Plástico
3.2.9.a. Por que são consideradas �obsoletas� ou �inseguras� e quais as alternati-vas tecnológicas e/ou dispositivos de segurança indicados para reduzir os riscosocupacionais.
O principal risco que esse equipamento pode oferecer é de esmagamento demãos e braços durante o fechamento do molde. Isso também pode ocorrer no meca-nismo de fechamento, mostrado no desenho abaixo.
Destacam-se ainda outros riscos:
� esmagamento de mãos ou dedos introduzidos no cilindro dotado de roscasem fim onde o plástico é derretido e homogeneizado. Essa introdução pode-se dar pela abertura para entrada do plástico;
� queimadura provocadas pelo contato com o cilindro citado desprovido deisolamento térmico;
� espirramento de material plástico quando esse for injetado no molde pelobico de injeção.
Figura 9 � Exemplo de máquina injetora com discriminação de várias áreas.Fonte: FUNDACENTRO (1998a).
63
Máquinas e Acidentes de Trabalho
Para impedir o acesso aos movimentos de risco na área do molde, bem como naárea do mecanismo de fechamento, a fim de que seja eliminado o risco de esmagamentodas mãos ou membros do trabalhador, a NBR 13.536/95 (ABNT, 1995) estabelece o se-guinte:
� a área de acesso ao molde do lado da injetora, por onde a operação de inje-ção pode ser comandada, deve ser protegida por meio de uma proteção mó-vel (proteção frontal) dotada de três dispositivos de segurança, a saber:
a ) um elétrico, com dois sensores de posição, que atua no sistema decontrole da injetora;
b ) um hidráulico, com uma válvula que atua no sistema de potênciahidráulico ou pneumático da injetora, ou um elétrico com um con-tato, que atua no sistema de potência elétrico da injetora;
c ) um mecânico auto-regulável.
� a área de acesso ao molde do lado da injetora, por onde a operação de inje-ção não pode ser comandada, deve ser protegida por meio de uma proteçãomóvel (proteção traseira) dotada de dois dispositivos de segurança � um queatua no sistema de controle e o outro no sistema de potência da injetora;
� a área do mecanismo de fechamento da prensa, que não permite o acesso aomolde, deve ser protegida por meio de uma proteção móvel dotada de umdispositivo de segurança elétrico � contendo dois sensores de posição � queatua no sistema de controle (vale tanto para a proteção frontal como a traseira).
Quanto aos dois sensores de posição (ou micros) do dispositivo de segurançaelétrico, enquanto um micro deve operar no modo positivo4, o outro deve operar nomodo negativo5.
Os dispositivos de segurança de cada proteção móvel devem operar simultanea-mente, interrompendo o funcionamento da injetora, assim que ela (a proteção) sejaaberta.
4 Se a proteção móvel estiver na posição �fechada�, o micro que opera no modo positivo ficará somentesob a ação de uma mola que fechará os contatos elétricos do dispositivo de segurança, permitindo quea injetora funcione normalmente. Nesse caso, uma ruptura da mola implicará uma abertura dos con-tatos elétricos, paralisando imediatamente a injetora. Por outro lado, se a proteção móvel estiver naposição �aberta�, o micro ficará pressionado, opondo-se à ação da mola, fazendo com que os contatoselétricos fiquem positivamente abertos, o que impede o funcionamento da injetora.
5 Se a proteção móvel estiver na posição �fechada�, o micro que opera no modo negativo ficará pressio-nado, fechando os contatos elétricos por oposição à ação da mola, permitindo o funcionamento dainjetora. Por outro lado, se a proteção móvel estiver na posição �aberta�, os contatos elétricos ficarãonegativamente abertos � isto porque estão exclusivamente sob a ação da mola �, e haverá interrupçãodo funcionamento da injetora; entretanto, uma falha na mola poderá manter os contatos fechados,ainda que a proteção móvel esteja na posição �aberta�.
64
Coleção Previdência Social � Volume 13
Cada um dos dispositivos de segurança da área de acesso ao molde deve sermonitorado pelo menos uma vez após cada fechamento de cada proteção móvel, deforma que uma falha em um dispositivo de segurança seja automaticamente reconhe-cida e seja impedido qualquer movimento de risco posterior.
A NBR 13.536/95 exige, também, proteções superiores às áreas de acesso aomolde e do mecanismo de fechamento da prensa, bem como proteções fixas adicio-nais.
Figura 10 � Desenho de uma injetora com proteções.Fonte: FUNDACENTRO (1998a).
65
Máquinas e Acidentes de Trabalho
Em setembro de 1995, foi firmada a convenção coletiva sobre Segurança emMáquinas Injetoras de Plásticos (FUNDACENTRO, 1998a) entre os representantesdos empregados e trabalhadores do setor de transformação do estado de São Paulo.Em relação ao risco de esmagamento das mãos ou membros do trabalhador pelo fun-cionamento da injetora, a convenção coletiva, por meio de seu Anexo I, prevê o se-guinte:
� a área de acesso ao molde do lado da injetora, por onde a operação de inje-ção pode ser comandada, deve ser protegida por meio de uma proteção móveldotada de dois dispositivos de segurança, a saber:
a ) um elétrico � contendo dois sensores de posição;b ) um hidráulico ou um mecânico.
O funcionamento desse dispositivo de segurança elétrico deve ser monitoradoa cada ciclo de abertura da proteção e o movimento de risco impedido se uma falhafor detectada.
� a área de acesso ao molde do lado da injetora, por onde a operação de inje-ção não pode ser comandada, deve ser protegida por meio de uma proteçãomóvel dotada de um dispositivo de segurança elétrico com dois sensores deposição;
� a área do mecanismo de fechamento da prensa, que não permite o acesso aomolde, pode ser protegida por meio de proteções fixas ou móveis; se móveis,devem ser dotadas, cada uma, de um dispositivo de segurança elétrico � con-tendo um sensor de posição.
De forma semelhante aos requisitos da NBR 13.536/95, segundo a convençãocoletiva, os dispositivos de segurança de cada proteção também devem operar simulta-neamente, interrompendo o funcionamento da máquina, assim que a proteção móvelseja aberta. Devem existir proteções fixas complementares para a área do molde, quandonecessário, para as distâncias de segurança serem respeitadas.
3.2.9.b. Identificação das condições em que estão sendo comercializadas má-quinas novas, no que se refere à tecnologia e aos dispositivos de segurança indicados,especificando o tipo de máquina, fabricante e modelo.
Estima-se que existam cerca de 14 fabricantes nacionais de injetoras. Ainda as-sim, a importação de máquinas tem sido crescente nesse setor.
Foram obtidas informações sobre uma máquina, em fevereiro de 2001 e estãoresumidas nas Tabelas 15, 16, 17 e 18.
66 Coleção P
revidência Social � V
olume 13
Tabela 15 - Condições de Comercialização de uma Amostra de Injetoras dePlástico Novas, São Paulo, Fevereiro de 2001
Tabela 16 - Condições de Comercialização de uma Amostrade Injetoras de Plástico Novas, São Paulo, Fevereiro de 2001
AROTEJNI OLEDOM/ETNACIRBAF )g(EDADICAPAC OÃÇACIRBAFEDONA ODNAMOCEDOPIT
ª1 G 1oledom/ 004~ 0002 ocitámotuA
AROTEJNI
OARTNOCOÃÇETORPOTNEMARRIPSE OÃÇETORP
ODACIMRÉTORDNILIC
OTNEMAROTINOMSOVITISOPSIDSOD
AÇNARUGESED
OÃÇETORPOARTNOCÀOSSECAMESACSOR�
�MIF
OARTNOCOÃÇETORPODAERÁÀOSSECA
ALEPEDLOMARUTREBA 1
ODAERÁANEDLOM
EDOCIBONOÃÇEJNI
ª1elatnorfoãçetorPsacalpmocariesart
ocilírcaed
.ges.psid/c(levóMorcim1/cocirtéle
)ovitagenadauqedA odnuges,odalatsnI
etnacirbaf
odidepmiossecAedolisolepoãçatnemila
adauqedaaxifoãçetorP
1 .saçepsadadíasàadanitsedarutrebA
67
Máquinas e A
cidentes de Trabalho
Tabela 17 - Condições de Comercialização de uma Amostrade Injetoras de Plástico Novas, São Paulo, Fevereiro de 2001
Tabela 18 - Condições de Comercialização de uma Amostrade Injetoras de Plástico Novas, São Paulo, Fevereiro de 2001
AROTEJNI
EDLOMODAERÁ
LATNORFOÃÇETORP ARIESARTOÃÇETORP ROIREPUSOÃÇETORP
OPITEDOVITISOPSID
AÇNARUGESOPIT
EDOVITISOPSIDAÇNARUGES
OPITEDOVITISOPSID
AÇNARUGES
ª1 levóM
orcim1/c(ocirtéleovitisopsiD,)ovitisoporcim1eovitagen
eociluárdihovitisopsid-otuaocinâcemovitisopsid
ropsodanoicasobma(levátsuja)acnavalaacinúamu
levóMorcim1/c(ocirtéleovitisopsiD
ocinâcem.pside)ovitagenlatnorfoãçetorpàodagil 1
levóMorcim1/c(ocirtéleovitisopsiD
.)ovitagen
1 oãçisopanrevitseariesartoãçetorpaesanoicnufósarotejniaeuqamrofed,latnorfoãçetorpàodagilátseocinâcemaçnarugesedovitisopsidO.�adahcef�
AROTEJNI
ASNERPADOTNEMAHCEFEDOMSINACEMODAERÁ
LATNORFOÃÇETORP ARIESARTOÃÇETORP ROIREPUSOÃÇETORP LARETALOÃÇETORP
OPITED.PSID
AÇNARUGESOPIT
ED.PSIDAÇNARUGES
OPITED.PSID
AÇNARUGESOPIT
ED.PSIDAÇNARUGES
ª1 axiF - axiF - levíssopmiossecA axiF -
.etnacirbafortuomuarapelavomsemO.591.635.31RBNamronadsotisiuqersoamednetasarotejnisaus,etnacirbafessedlaicremocoicnúnaodnugeS:.sbO
68
Coleção Previdência Social � Volume 13
3.2.9.c. Identificação das condições em que estão sendo comercializadas máqui-nas usadas, no que se refere à tecnologia e aos dispositivos de segurança indicados,especificando o tipo de máquina, fabricante e modelo.
Essas informações foram obtidas em lojas na cidade de São Paulo, em fevereirode 2001 e estão resumidas nas Tabelas 19, 20, 21 e 22.
Tabela 19 � Condições de Comercialização de uma Amostra de Injetoras dePlástico Usadas, São Paulo, Fevereiro de 2001
AROTEJNI ETNACIRBAFEDADICAPAC
)g(EDONA
OÃÇACIRBAFODNAMOCEDOPIT
ª1 A 02~ 8891 ocitámotuA
ª2 B adarongI 78/6891 ocitámotuA
ª3 B adarongI 78/6891 ocitámotuA
ª4 C 052~ 6891 ocitámotuA
ª5 A 051~ 8891 ocitámotuA
ª6 A adarongI 7891 ocitámotuA
ª7 D 052~ 2991 ocitámotuA
ª8 D 001~ 7891 ocitámotuA
69
Máquinas e A
cidentes de Trabalho
Tabela 20 - Condições de Comercialização de uma Amostrade Injetoras de Plástico Usadas, São Paulo, Fevereiro de 2001
AROTEJNI
OARTNOCOÃÇETORPOTNEMARRIPSE OÃÇETORP
ODACIMRÉTORDNILIC
OTNEMAROTINOMSOVITISOPSIDSOD
AÇNARUGESED
OÃÇETORPOARTNOCÀOSSECAMESACSOR�
�MIF
OARTNOCOÃÇETORPODAERÁÀOSSECA
ALEPEDLOMROIREFNIARUTREBA 3
ODAERÁANEDLOM
EDOCIBONOÃÇEJNI
ª1elatnorfoãçetorPsacalpmocariesart
ocilírcaedetsixeoãN etsixeoãN etsixeoãN
oãçacifireVlevíssopmi 2 etsixeoãN
ª2elatnorfoãçetorPsacalpmocariesart
ocilírcaedetsixeoãN adalatsnI odalatsnI 1 levíssopmiossecA 2 etsixeoãN
ª3elatnorfoãçetorPsacalpmocariesart
ocilírcaedetsixeoãN adalatsnI odalatsnI 1 levíssopmiossecA 2 etsixeoãN
ª4elatnorfoãçetorPsacalpmocariesart
ocilírcaedetsixeoãN adalatsnI odalatsnI 1 levíssopmiossecA 2 etsixeoãN
ª5elatnorfoãçetorPsacalpmocariesart
ocilírcaedetsixeoãN adalatsnI etsixeoãN levíssopmiossecA 2 etsixeoãN
)aunitnoc(
70
Coleção Previdência Social � Volume 13
)oãçaunitnoc(
AR
OT
EJNI
OA
RT
NO
CO
ÃÇ
ET
OR
PO
TN
EM
AR
RIP
SE
OÃ
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OA
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F
OA
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NO
CO
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ED
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EF
NIA
RU
TR
EB
A3
OD
AE
RÁ
AN
ED
LO
ME
DO
CIB
ON
OÃ
ÇEJ
NI
ª6elatnorf
oãçetorP
sacalpmoc
ariesartocilírca
edetsixe
oãN
etsixeoã
Noda
mrofnioã
Nlevíssop
miossec
A2
etsixeoã
N
ª7elatnorf
oãçetorP
sacalpmoc
ariesartocilírca
edetsixe
oãN
adalatsnIodalatsnI
1levíssop
miossec
A2
adauqedA
ª8elatnorf
oãçetorP
sacalpmoc
ariesartocilírca
edetsixe
oãN
adalatsnIodalatsnI
1adauqed
Aetsixe
oãN
1.otne
micelebatseon
aditbooãçaralced
odnugeS
2o
,)A
acram(
arotejniarie
mirpa
araP
.aniuqám
adotne
manoicnufo
araplevásnepsidnié
essesa
m,oãçatne
milaed
oliso
meses-
mavatneserpasarotejni
sA
mued
oãçalatsnia
moco
msem
,mif
mesacsor
adarutla
alep,sosac
sortuoso
N.odalatsni
rofeuq
olisod
seõsnemid
sadrednepediav
mifmes
acsorà
osseca.levíssop
miaires
ossecaolevárovafsed
olis 3.saçep
sadadías
àadanitsed
arutrebA
71
Máquinas e Acidentes de Trabalho
Tabela 21 � Condições de Comercialização de uma Amostra de Injetoras dePlástico Usadas, São Paulo, Fevereiro de 2001
AROTEJNI
EDLOMODAERÁ
LATNORFOÃÇETORP ARIESARTOÃÇETORP ROIREPUSOÃÇETORP
OPITOVITISOPSID
EDAÇNARUGES
OPITOVITISOPSID
EDAÇNARUGES
OPITOVITISOPSID
EDAÇNARUGES
ª1 levómocirtéle.psidsorcim2/c( 1)
levómocirtéle.psid
orcim1/c( 2)levóm
ocirtéle.psidsorcim2/c( 1)
ª2 levóm
ocirtéle.psidsorcim2/c(
.psid,)sovitagenociluárdih
1ropodanoica(euqsorcimsod
.tsisoanoica.pside)ocirtéle-otuaocinâcem
levátsuja
levómocirtéle.psid
orcim1/c()ovitagen
oãnetsixe 3 –
ª3 levóm
ocirtéle.psidsorcim2/c(
.psid,)sovitagenociluárdih
1ropodanoica(euqsorcimsod
.tsisoanoica.pside)ocirtéle-otuaocinâcem
levátsuja
levómocirtéle.psid
orcim1/c()ovitagen
oãnetsixe 3 –
ª4 levóm
ocirtéle.psidorcim1/c(1eovitisop
)ovitagenorcim.pside
oãnocinâcemlevátsuja-otua
levóm
ocirtéle.psidorcim1/c(1eovitisop
ovitagenorcim
oãnetsixe 3 –
ª5 levóm
ocirtéle.psidsorcim2/c( 1 e)
ocinâcem.psid-otuaoãn
levátsuja
levóm etsixeoãnoãnetsixe
–
)aunitnoc(
72
Coleção Previdência Social � Volume 13
)oãçaunitnoc(
AROTEJNI
EDLOMODAERÁ
LATNORFOÃÇETORP ARIESARTOÃÇETORP ROIREPUSOÃÇETORP
OPITOVITISOPSID
EDAÇNARUGES
OPITOVITISOPSID
EDAÇNARUGES
OPITOVITISOPSID
EDAÇNARUGES
ª6 levóm
ocirtéle.psidsorcim2/c( 1 e)
ociluárdih.psidsolepodanoica(
euqsorcim.psidomanoica.pside)ocirtéle
oãnocinâcemlevátsuja-otua
levómocirtéle.psid
orcim1/c( 1)oãnetsixe 3 –
ª7 levóm
ocirtéle.psidsorcim2/c(e)sovitagen
ocinâcem.psid-otuaoãn)levátsuja
levómocirtéle.psidsorcim2/c(
)sovitagen
oãnetsixe 3 –
ª8 levóm
ocirtéle.psidsorcim2/c(e)sovitagen
ocinâcem.psid-otuaoãne
levátsuja
levómocirtéle.psidsorcim2/c(
)sovitagen
elevómlaicrap 3 etsixeoãn
1 .)ovitagenuoovitisop(orcimodoãçarepoedodomoracifitnedilevíssopiofoãN2 .edlomuoossecaedroirepusaeráàednetseesmébmatlatnorflevómoãçetorpA3 .edlomodroirepusaeráàossecaoedepmieuqetnatropmirotafocinúoéarotejniadarutlaA
Tabela 22 � Condições de Comercialização de uma Amostra de Injetoras dePlástico Usadas, São Paulo, Fevereiro de 2001
AROTEJNI
ASNERPADOTNEMAHCEFEDOMSINACEMODAERÁ
OÃÇETORPLATNORF
OÃÇETORPARIESART
OÃÇETORPROIREPUS
OÃÇETORPLARETAL
OPITOVITISOPSID
EDAÇNARUGES
OPITOVITISOPSID
EDAÇNARUGES
OPITOVITISOPSID
EDAÇNARUGES
OPITOVITISOPSID
EDAÇNARUGES
ª1 axif – axif –oãnetsixe
– axif –
ª2 levómocirtéle.psid
orcim1/c()ovitagen
levómocirtéle.psid
orcim1/c()ovitagen
oãnetsixe 2 – axif –
)aunitnoc(
73
Máquinas e Acidentes de Trabalho
)oãçaunitnoc(
AROTEJNI
ASNERPADOTNEMAHCEFEDOMSINACEMODAERÁ
OÃÇETORPLATNORF
OÃÇETORPARIESART
OÃÇETORPROIREPUS
OÃÇETORPLARETAL
OPITOVITISOPSID
EDAÇNARUGES
OPITOVITISOPSID
EDAÇNARUGES
OPITOVITISOPSID
EDAÇNARUGES
OPITOVITISOPSID
EDAÇNARUGES
ª3 levómocirtéle.psid
orcim1/c()ovitagen
levómocirtéle.psid
orcim1/c()ovitagen
oãnetsixe 2 – axif –
ª4 axif – axif –oãnetsixe
– axif –
ª5 axif – axif –oãnetsixe
– axif –
ª6 levómocirtéle.psid
orcim1/c( 1)levóm
ocirtéle.psidorcim1/c( 1)
oãnetsixe 2 – axif –
ª7 levómocirtéle.psid
orcim1/c()ovitagen
levómocirtéle.psid
orcim1/c()ovitagen
oãnetsixe 2 – axif –
ª8 levómocirtéle.psid
orcim1/c()ovitisop
levómocirtéle.psid
orcim1/c()ovitagen
oãnetsixe 2 – axif –
1 .)ovitagenuoovitisop(orcimodoãçarepoedodomoracifitnedilevíssopiofoãN2 .asnerpadotnemahcefedomsinacemodroirepusaeráàossecaoedepmieuqetnatropmirotafocinúoéarotejniadarutlaA
3.2.10. Cilindros Misturadores para Borracha
3.2.10.a. Por que são consideradas �obsoletas� ou �inseguras�; quais as alternati-vas tecnológicas e/ou dispositivos de segurança indicados para reduzir os riscosocupacionais.
Esse equipamento pode oferecer risco de acidente muito grave quando existir apossibilidade de aprisionamento das mãos na região de convergência do par de cilin-dros metálicos. São comuns máquinas com cilindros de cerca de 30cm de diâmetro, degrande inércia, podendo, por isso, provocar esmagamento extremamente grave emmãos e braços.
A proteção adequada para esse tipo de equipamento é mostrada na figura abai-xo. Ela é apresentada em fascículo do Rubber Advisory Committee, da Inglaterra (1991).
74
Coleção Previdência Social � Volume 13
Figura 11 � Proteção adequada para cilindros misturadores para borracha.Fonte: Rubber Industry Advisory Committee (1991).
É constituída por uma barra, localizada na altura do tórax do operador, que, aoser pressionada, interrompe o funcionamento do motor do equipamento e aciona umfreio para os cilindros. Se dimensionada corretamente, quando as mãos do operadorse aproximarem da região de risco, seu tórax irá pressionar a barra, provocando aparada dos cilindros. Uma proteção fixa impede o acesso por baixo da barra.
Outros requisitos também são definidos nesse fascículo, como tipo e quantida-de de chaves de fins de curso, requisitos para os freios, necessidade de também impe-dir o acesso à região de risco pelas laterais ou parte traseira da máquina, etc.
3.2.10.b. Identificação das condições em que estão sendo comercializadas má-quinas novas, no que se refere à tecnologia e aos dispositivos de segurança indicados,especificando o tipo de máquina, fabricante, modelo.
Foram relacionados cinco fabricantes de cilindros misturadores.
75
Máquinas e Acidentes de Trabalho
Em janeiro último, foram obtidos catálogos de um desses fabricantes, com aprópria empresa. Nesses catálogos, são apresentados equipamentos sem proteções oucom proteções inadequadas.
Tabela 23 � Condições de Comercialização de Cilindros Misturadores paraBorracha, de Acordo com Catálogos do Fabricante,
São Paulo, Janeiro de 2001
OLEDOM
ORTEMÂIDSOD
SORDNILIC)mc(
ADARUTLASIAMETRAP
SODATLASORDNILIC
)mc(
SEÕÇETORP
1oledoM 04 531~adarapacovorpeuqarrab:adauqedanioãçetorP
arutlaanadalatsni,adanoicaodnauqaniuqámadrodarepoodsépsod
2oledoM 03 511~ adavresbooãçetorpamuhneN
3oledoM 54 531~
adarapacovorpeuqarrab:sadauqedaniseõçetorParutlaanadalatsni,adanoicaodnauqaniuqámad
arutlamesodalatsnisoiferodarepoodsépsodomsemomezudorpeuqerodarepoodàroirepus
sodaxupodnauqotiefe
4oledoM 55 561~adarapacovorpeuqarrab:adauqedanioãçetorP
arutlaanadalatsni,adanoicaodnauqaniuqámadrodarepoodsépsod
As proteções utilizadas são ineficientes: não são concebidas para parar a máqui-na quando as mãos estiverem prestes a ser esmagadas, mas para interromper ou rever-ter o sentido de rotação dos cilindros após a sua ocorrência. Porém, podem-se verifi-car boas proteções nas partes móveis de transmissão de força.
3.2.10.c. Identificação das condições em que estão sendo comercializadas má-quinas usadas, no que se refere à tecnologia e aos dispositivos de segurança indicados,especificando o tipo de máquina, fabricante, modelo.
Essas informações foram obtidas em lojas na cidade de São Paulo, em fevereirode 2001 e estão resumidas na Tabela 24.
76 Coleção P
revidência Social � V
olume 13
Tabela 24 - Condições de Comercialização de uma Amostrade Cilindros Misturadores para Borracha Usados, São Paulo, Fevereiro de 2001
-TNACIRBAFE
EDONA-ÃÇACIRBAF
O
ORTEMÂIDSOD
SORDNILIC)mc(
ADARUTLASIAMETRAP
SODATLASORDNILIC
)mc(
SEÕÇETORP OÇERP
X � 53~ 531~sodaicnêgrevnocedoãigeranoãçetorpamuhnenmes
sednargedsneganergneedserapmocesordnilicsatsopxeseõsnemid
�
odarongI � 53~ 531~sodaicnêgrevnocedoãigeranoãçetorpamuhnenmes
ednargedsneganergneedserapmocesordnilicsatsopxeseõsnemid
00,000.51$R
odarongI � 53~ 531~sodaicnêgrevnocedoãigeranoãçetorpamuhnenmes
ednargedsneganergneedserapmocesordnilicsatsopxeseõsnemid
00,000.61$R
Ye0791ertne
089104~ 531~
adadarapacovorpeuqarrab:sadauqedaniseõçetorpodsépsodarutlaan,adalatsniadanoicaodnauqaniuqám
rodarepo
�
Z 0991~ 02~ 021~
adadarapacovorpeuqarrab:sadauqedaniseõçetorpodsépsodarutlaanadalatsni,adanoicaodnauqaniuqám
adarutlaansadalatsni,setnalucsabsacalperodarepootiefeomsemomezudorpeuqerodarepoodaçebac
sadatnemivomodnauq
�
77
Máquinas e Acidentes de Trabalho
3.2.11. Calandras para Borracha
3.2.11.a. Por que são consideradas �obsoletas� ou �inseguras�; quais as alternati-vas tecnológicas e/ou dispositivos de segurança indicados para reduzir os riscosocupacionais.
Potencialmente, esse equipamento apresenta risco bastante semelhante ao doscilindros para borracha, isto é, aprisionamento e esmagamento de mãos e braços naregião de convergência de cilindros metálicos de grande rigidez. Uma calandra comtrês cilindros dispostos verticalmente (a mais comum) apresenta duas regiões de con-vergência: uma do lado da alimentação, entre os cilindros superior e intermediário. Aoutra na parte traseira da máquina, entre os cilindros intermediário e inferior.
Figura 12 � Regiões de convergência de uma calandra com três cilindros. As setas menoresindicam a região de convergência inferior (na parte traseira da máquina).
Fonte: Rubber Industry Advisory Committee (1991).
78
Coleção Previdência Social � Volume 13
Um exemplo de proteção adequada para a região de convergência superior,apresentada em fascículo do Rubber Industry Advisory Committee, da Inglaterra (1991),é mostrada na figura abaixo.
A altura e dimensões da mesa de rolos impossibilitam o acesso à região de con-vergência superior. Além disso, a barra horizontal, quando pressionada, interrompe ofuncionamento da calandra e aciona um freio para os cilindros. Deve haver uma frestade no máximo 6mm entre a mesa de rolos e o cilindro intermediário.
A região de convergência inferior pode ser protegida por meio de barra fixa,como mostrado em desenho para as impressoras off-set. Nos casos em que, devido aotipo de trabalho a ser executado na máquina, uma barra fixa não puder ser utilizada,outros tipos de proteção devem ser adotados.
3.2.11.b. Identificação das condições em que estão sendo comercializadas má-quinas novas, no que se refere à tecnologia e aos dispositivos de segurança indicados,especificando o tipo de máquina, fabricante, modelo.
Foram relacionados 5 fabricantes de calandras misturadores.
Em janeiro e fevereiro deste ano, foram obtidos catálogos de dois deles, com aspróprias empresas. Nesses catálogos pode-se observar duas calandras de três rolos dis-postos verticalmente sem proteções.
Figura 13 � Calandra com mesa de alimentação formada por rolos.Fonte: Rubber Industry Advisory Committee (1991).
79
Máquinas e Acidentes de Trabalho
Uma delas possui cilindros de 50cm de diâmetro. No desenho do catálogo nãoé possível observar nenhuma proteção.
A outra possui cilindros de 45cm de diâmetro. Da mesma forma, não se observanenhuma proteção no desenho do catálogo. Porém, em ambos os casos, pode-se verifi-car boas proteções nas partes móveis de transmissão de força.
3.2.11.c. Identificação das condições em que estão sendo comercializadas má-quinas usadas, no que se refere à tecnologia e aos dispositivos de segurança indicados,especificando o tipo de máquina, fabricante, modelo.
Foram observadas duas calandras de três cilindros numa loja na cidade de SãoPaulo, em fevereiro de 2001. Uma delas possuía cilindros de 40cm de diâmetro e,segundo declaração, havia sido fabricada na década de 70. A outra, de marca diferen-te, possuía cilindros de mesmo diâmetro.
Cada uma delas possuía uma proteção em forma de barra horizontal que, quan-do pressionada interrompia o funcionamento da máquina ou invertia o sentido derotação de cada cilindro. Porém, em ambos os casos, o posicionamento dessa barranão impedia ou diminuía as chances de um início de esmagamento. O acesso às regiõesde convergência, superior e inferior, continuava possível. A interrupção do esmaga-mento dependia, então de uma ação voluntária do operador ou de outra pessoa, quepoderia não acontecer, ou demorar para acontecer, permitindo que o esmagamentoprosseguisse.
Verificaram-se, entretanto, boas proteções nas partes móveis de transmissão deforça.
80
Coleção Previdência Social � Volume 13
4. DISCUSSÃO GERAL, CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
O presente estudo pode ser considerado como a primeira tentativa abrangentee aprofundada que se faz no Brasil de ampliar a compreensão da complexa proble-mática provocada pela utilização e, em muitos casos, comercialização de máquinasinseguras e/ou obsoletas, cuja operação está associada à incidência de acidentes dotrabalho graves e incapacitantes, com óbvios impactos sobre a saúde e o bem-estar dostrabalhadores e sobre o Seguro Social, tendo em vista a idade prematura dos segura-dos atingidos, a gravidade das lesões e mutilações provocadas, e a magnitude eirreversibilidade das incapacidades resultantes. É mais grave ainda o problema se seconsiderar que a imensa maioria desses acidentes � todos, na verdade � podem perfei-tamente ser prevenidos ou evitados.
Na primeira parte da pesquisa, chegou-se a um certo consenso sobre a identifi-cação das máquinas ou tipos de máquinas considerados mais importantes em termosde geração de acidentes graves e incapacitantes. É compreensão do autor e seus cola-boradores que essas máquinas são as mais representativas de grandes setores ou ramosde atividade distribuídos nacionalmente nas pequenas, médias e grandes indústriasmanufatureiras e da Construção Civil. Essa opção levou a excluir, no segundo momen-to da pesquisa, a concentração em máquinas e equipamentos que tivessem uso locali-zado, como é o caso da indústria calçadista e, de certa forma, as motosserras na indústriada madeira.
Nessa fase do estudo, todas as observações já existentes e as coletadas coincidi-ram em eleger as prensas mecânicas (item 3.2.1) como o vilão mais importante na pro-blemática das máquinas obsoletas e perigosas, numa perspectiva geográfica nacionale, de certa forma, setorial, já que se encontra presente em um sem-número de ativida-des da Indústria Manufatureira, principalmente mecânica, metalúrgica, elétrica e ou-tras assemelhadas.
Este estudo, por observações diretas e indiretas, contribuiu para melhorar acompreensão sobre a causalidade do problema dos acidentes do trabalho com máqui-nas obsoletas e perigosas, especialmente ao adotar o conceito de �multicausalidade�ou de �rede de causas� � ambos vindos da Epidemiologia � ou de �árvore de causas� �este vindo da �Acidentologia� do Trabalho � como bem discutem BINDER, ALMEIDA& MONTEAU (1995), dentre outros.
Essa visão, reforçada no presente estudo, quer em sua investigação documentalquer em sua investigação-de-campo, avança para além da visão que situa o problemana existência ou não de dispositivos de segurança nas máquinas. Por conseguinte, oenfoque do controle ou prevenção do problema também não poderá estar situadoexclusivamente na questão dos dispositivos de segurança, como adiante se verá.
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Com efeito, este estudo levou a entender, de modo mais claro, que o graveproblema dos acidentes do trabalho mutiladores e incapacitantes precisa ser analisa-do em pelo menos cinco vertentes:
� a atual utilização de máquinas e equipamentos obsoletos ou perigosos em umparque industrial tecnologicamente obsoleto e economicamente limitado,carente ou quase falimentar, em que as máquinas, no estado em que elas seencontram, constituem indicadores da situação econômica, administrativa etecnológica de empreendimentos econômicos, principalmente de pequenoe médio portes;
� a atual comercialização de máquinas e equipamentos obsoletos ou perigosos,usados ou de �segunda mão� que, como se viu em inúmeros casos deste minuciosoestudo, estão à disposição de quem os quer ou pode comprar, também comouma expressão indicadora da �banda pobre� do parque industrial brasileiro,tomando-se São Paulo como uma região altamente representativa do País.Esse fenômeno está sendo, aparentemente, acelerado pela crescente�terceirização� que acompanha o esvaziamento da grande indústria, transfe-rindo às pequenas e microempresas, algumas das atividades, aliás, quase sem-pre as mais pesadas, perigosas ou poluentes, ou de menor valor agregado;
� a atual comercialização de máquinas ou equipamentos novos que, de fato,não vêm com os dispositivos de segurança. Duas terão sido as possibilidades ecada uma delas deverá ter tratamento distinto: a)a máquina foi vendida pelofabricante, sem os equipamentos ou dispositivos de segurança, o que foi vistoem vários casos, mas não pode ser generalizado para marcas ou fabricantes,posto que se tornou praticamente uma opção negociada com o compradorou o revendedor; o mesmo fabricante também produz com os dispositivos desegurança. b)Máquinas estrangeiras, importadas sem os dispositivos de segu-rança. Para essas duas possibilidades, cabe chamar atenção para o fato deque as dezenas ou centenas de observações feitas em campo, pela nossa equi-pe, serviram tão-somente para retratar um flash ou �instantâneo�, válido ex-clusivamente para a amostra observada, não podendo ser generalizada, comtotal segurança, para outras máquinas similares da mesma marca, nem paraoutros locais onde eventualmente estas máquinas se encontram à venda, nempara outros momentos que não o presente. Essa observação tem óbvias impli-cações na discussão das medidas de controle;
� a comercialização de máquinas e equipamentos novos mas tecnologicamenteobsoletos, em que o �fator de risco� situa-se exatamente na tecnologia velhae perigosa, bem exemplificado o caso pelas prensas mecânicas com embrea-gem a chaveta (item 3.2.1.a) dentre outros exemplos. Muitas delas são adap-táveis a tecnologias mais avançadas;
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� a existência de importantes �concausas� ou �causas básicas� dos acidentescom máquinas � claramente identificáveis quando se utiliza corretamente ametodologia de �árvore de causas� � em que se destacam a combinação per-versa entre o aumento de ritmos de produção; a introdução de �gambiarras�para burlar sistemas e dispositivos de segurança; manutenção deficiente (muitoimportante); processos operatórios inadequados e treinamento insuficiente.A recente Tese de Doutoramento de Ildberto Muniz de Almeida confirmaeloqüentemente essa visão explicativa. (ALMEIDA, 2000).
Com essa visão das �causas� dos acidentes do trabalho graves e incapacitantes,provocados por máquinas perigosas ou obsoletas, pode-se tentar sistematizar medidascapazes de atenuar a gravidade do problema, tais como:
� ampliação e reprodução da estratégia de discussões e acordos tripartites emque participem empregadores, trabalhadores organizados e Governo. A par-ticipação de fabricantes de máquinas é extremamente importante e amplia oespectro e a efetividade da �concertação�. Essa estratégia mostra-se efetivaem diversos �estudos de casos� discutidos nesse estudo. Aliás, o trabalho decampo serviu, de certa forma, para verificar ou avaliar a efetividade dessaestratégia. Exemplificam-na o que vem ocorrendo com as máquinas injetorasde plástico em São Paulo (COMISSÃO PERMANENTE DE NEGOCIAÇÃO,1997; FUNDACENTRO, 1998a; VILELA, 1998); as prensas mecânicas e as pren-sas hidráulicas, na indústria metalúrgica de São Paulo (SINDICATO DOSMETALÚRGICOS DE SÃO PAULO e outros, 1998; 1999); as máquinas cilin-dros de massa e seu resultado traduzido em regulamentação oficial (BRASIL.MINISTÉRIO DO TRABALHO, 1996; FUNDACENTRO, 1996), e as motosserrasna indústria da madeira (BRASIL. MINISTÉRIO DO TRABALHO, 1996),dentre outros exemplos;
� na verdade, por �ampliação� e �reprodução� entendemos a extensão destaestratégia a regiões do País onde esta estratégia ainda não foi adotada, e/ousetores econômicos onde isto ainda não ocorre, ou a situações especiais,exemplificadas pela comercialização de prensas (mecânicas e hidráulicas)usadas. Vale lembrar que no caso do acordo sobre as máquinas injetoras, suacláusula 2ª estabelece medidas a serem adotadas para a venda de injetorasusadas. O parágrafo único dessa mesma cláusula estabelece que o Ministériodo Trabalho elaboraria normas e portarias para a exigibilidade do cumpri-mento da cláusula. Contudo, nenhuma entidade que representasse os co-merciantes de injetoras usadas participou do acordo;
� necessidade de regulamentação específica para determinadas máquinas e equi-pamentos. O presente estudo permitiu verificar, por exemplo, que dentre asmáquinas novas, os cilindros e calandras para borracha estão entre as máquinasque apresentam as mais desfavoráveis condições de comercialização. Paraessas máquinas não existe atualmente qualquer legislação regulamentadoraou acordos específicos;
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� aperfeiçoamento da fiscalização e vigilância das condições e dos ambientesde trabalho, quer do Ministério do Trabalho (auditores-fiscais), quer do Sis-tema Único de Saúde � SUS, por suas unidades estaduais ou municipais deVigilância Sanitária, como o observado em inúmeros municípios brasileiros(SANTOS et al., 1990; SILVA, 1995). Particularmente, foi observado também,entre muitos outros aspectos, a efetividade das ações do Ministério Público,pelo Setor de Prevenção da Procuradoria de Acidentes do Trabalho, em ca-sos concretos em que se realizam inquéritos civis, a partir da denúncia demás condições de trabalho em determinados estabelecimentos. Cabe lem-brar que na atuação do Ministério Público não há necessidade da utilizaçãodas Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho, podendo ser uti-lizadas normas ou referências técnicas estrangeiras e internacionais suficien-temente idôneas. Outrossim, observaram-se ainda, casos em que a simplesutilização de máquinas ou equipamentos sabidamente perigosos (como osbamburys para borracha) � ainda que sem a necessária ocorrência de aciden-tes do trabalho graves � foi suficiente para o desencadeamento de investiga-ção do Ministério Público;
� por último, mas não menos importante, recomenda-se a adoção de mecanis-mos para o reconhecimento ou certificação de marcas, modelos ou máquinasconsideradas seguras. Essa proposta poderia ser desenvolvida conjuntamen-te com fabricantes e seus representantes (ABIMAQ, por exemplo), usuários(clientes compradores e/ou atuais usuários), sindicatos de trabalhadores,entidades certificadoras, além das instâncias governamentais que atuam naárea de controle das condições e ambientes de trabalho, incluindo com des-taque o MPAS e o INSS. Alternativas como �selo de qualidade�, ou �máquinasegura� poderiam ser interessantes, desde que vinculadas a algum retornoeconômico para quem participa da iniciativa (por exemplo, redução natarifação do Seguro Contra Acidentes do Trabalho, ou estímulos adeterminadas linhas de financiamento, etc.) ou ao menos, algum reconheci-mento público, ou divulgação de imagem. A idéia de benchmarking está implí-cita, assim como idéias de certificação do tipo ISO.
Por conseguinte, não recomendamos a estratégia de vinculação dos achadosdeste estudo, com a penalização econômica de fabricantes (suspensão da linha decrédito do FINAME, ou outros), posto que, além de ser um estudo amostral, essasmedidas não teriam sustentação política e legal mais ampla, isto é, fora da amostra,que, por sua vez, está perfeitamente localizada no tempo e no espaço específicos.Além disso, como se viu no presente estudo, a comercialização de máquinas usadas ede segunda mão e o abandono (até mesmo destruição) de dispositivos de segurança(pelo usuário) mostram-se importantes na causa do problema. Por último, a estreitarelação entre �tecnologia obsoleta� e �risco para a segurança do trabalhador� tornama matéria mais complexa do que a investigação da existência ou não de dispositivos desegurança.
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