PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
MÓDULOS 22 e 23
PROCEDIMENTO DE JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA
Artigo 719 do Código de Processo Civil
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A jurisdição voluntária exerce uma função de
administração pública de interesses privados exercida
pelo Poder Judiciário.
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Atualmente, a tendência é considerá-la como uma
verdadeira jurisdição.
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O juiz não diz quem tem razão. Apenas determina
que sejam tomadas providências necessárias para a
proteção de um ou de ambos os sujeitos da relação
processual.
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Assim, podemos afirmar:
-O juiz não se é o autor ou o réu que tem razão.
- Não há, portanto, autor e réu (requerente x requerido) -
interessados.
-Não se aplica o critério da legalidade escrita (artigo 723,
parágrafo único, do CPC)
- As sentenças definitivas não se revestem da autoridade
da coisa julgada material.
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REGRAS GERAIS DO PROCEDIMENTO
Artigos 720 a 724 do Código de Processo Civil
Essas regras serão aplicadas desde que não haja
norma especial em contrário.
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PROCEDIMENTO GERAL
1. Legitimidade
Parte
Ministério Público (interdição)
Juiz de Direito (de ofício: abertura e cumprimento
de testamento)
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2. Petição inicial e citação
Requisitos do artigo 319 do Código de Processo
Civil
Citação: pelos meios comuns e deverá abranger
todos os interessados (artigo 721 do Código de
Processo Civil)
As custas e despesas processuais são
adiantadas pelo autor, mas rateadas entre os
interessados (artigo 88 do Código de Processo Civil)
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3. Ministério Público
O Ministério Público não intervirá em todos os
procedimentos de jurisdição voluntária, mas apenas
naqueles em que estiverem presentes as hipóteses do
art. 178 do CPC. Caso isso ocorra, ele será intimado para
se manifestar no prazo de 15 dias.
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4. Resposta
O interessado será citado para apresentar
resposta no prazo de 15 dias. Não se pode dizer que é
contestação, mas manifestação, visto que não há
interesses contrapostos.
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5. Instrução e julgamento
O procedimento é concentrado. Oferecida a
resposta, e ouvido o autor sobre preliminares
suscitadas ou documentos novos, o juiz determinará
as provas necessárias, de ofício ou a requerimento
das partes, podendo designar audiência de instrução e
julgamento, se necessárias. Poderá proferir a sentença
na própria audiência, ou em dez dias.
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6. Recursos
- Agravos de instrumento
- Apelação
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I - NOTIFICAÇÃO OU INTERPELAÇÃO
1. Conceito de notificação
Notificação é a cientificação que uma pessoa faz à
outra com o objetivo de que ela faça ou deixe de
fazer alguma coisa.
Exemplo: Notificação do locatário para desocupar o
prédio alugado.
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2. Conceito de interpelação
A interpelação é o instrumento judicial
empregado pelo credor para informar ao devedor
que deve cumprir sua obrigação, sob pena de
ficar constituído em mora.
Exemplo: Interpelação enviado pelo locatário
para o locador com o objetivo de pagar o aluguel
atrasado, sob pena de ficar constituído em mora.
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Quando uma pessoa quiser dar conhecimento
formal a outra sobre determinado assunto juridicamente
relevante poderá notificar pessoas participantes da
mesma relação jurídica para que façam ou deixem de
fazer alguma coisa. (Artigo 726 do Código de Processo
Civil)
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Observação:
O pedido de notificação e da interpelação
constam dos artigos 726 a 729 do Código de Processo
Civil.
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2. Procedimento
- Petição Inicial (artigo 319 e 320 do CPC) -
descrição do fato e dos fundamentos jurídicos do
pedido e o pedido, inclusive com o cálculo do débito, se
for o caso.
- Despacho de recebimento, aditamento ou
complementação ou indeferimento liminar.
- Notificação do requerido.
- Entrega dos autos ao requerente,
independentemente de traslado.
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3. Competência
A notificação judicial deve ser ajuizada, em
regra, no domicílio do réu (Ler o art. 46 do CPC)
4. Valor da Causa
Mesmo a simples notificação deverá ser dado o
valor da causa (artigo 291 do CPC). No caso de
notificação de aluguéis, por exemplo, o valor da causa
será o débito.
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III - ALIENAÇÃO JUDICIAL
Artigos 730 do Código de Processo Civil
A alienação judicial é considerada modalidade
cautelar nos casos em que a constrição judicial recair
sobre bens de fácil deterioração, que se encontrem
avariados, que exijam grandes despesas para sua
guarda, ou, ainda, em se tratando de semoventes.
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Também pode visar à segurança dos interesses
de incapazes, como forma de disposição de seus bens,
ou mesmo não se tratando de alienação no curso do
processo, pode ocorrer para a venda de coisa
indivisível, existindo condomínio.
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1. Elaboração da petição inicial (artigos 319 e 320 do
Código de Processo Civil)
2. Citação do requerido no prazo de 15 dias para
contestar, acompanhar o procedimento de alienação
judicial da coisa comum indivisível e participar da
hasta pública , onde deverá exercer, querendo, a
preferência legal. Citação pelo correio (artigo 246,
inciso I, do Código de Processo Civil).
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3. Contestação
4. Réplica
5. Sentença
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Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE a pretensão
deduzida na inicial, e, por conseguinte, extingo o feito,
com resolução do mérito, nos termos do artigo 487, I, do
Código de Processo Civil, para a) DECLARAR a extinção
do condomínio aqui indicado; b) DETERMINAR a
alienação do imóvel referido nos autos, em
conformidade com o art. 730 do CPC, mediante prévia
avaliação, respeitando-se a meação e o direito de
preferência entre os condôminos. Deixo de condenar
qualquer uma das partes ao ônus da sucumbência.
Transitada em julgado, havendo provocação da parte
interessada, proceda-se de conformidade com os
preceitos insculpidos nos artigos 879 a 903 do Código
de Processo Civil.
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IV - DIVÓRCIO E SEPARAÇÃO CONSENSUAL, EXTINÇÃO
DO CONTRATO DE UNIÃO ESTÁVEL E ALTERAÇÃO DO
REGIME DE BENS DO MATRIMÔNIO
Artigos 731 a 734 do Código de Processo Civil
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1. Divórcio consensual
O casal que deseja pôr fim ao casamento deverá
fazer uso da “ação de divórcio consensual”.
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Atenção:
Não é necessária a prévia separação judicial nem
separação fática por certo tempo.
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2. Base legal
Artigo 226, § 6º, da Constituição Federal.
Artigos 731 a 734 do Código de Processo Civil
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3. Procedimento
Elaborada a petição inicial, será ela distribuída no
foro competente, firmada pelo casal. Lembre-se de que
a ação de divórcio consensual será ajuizada no
domicílio de qualquer dos requerentes.
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A petição inicial deverá conter:
a) descrição e partilha dos bens comuns;
b) disposições relativas à pensão alimentícia
entre os cônjuges;
c) acordo relativo à guarda dos filhos incapaz e ao
regime de visitas;
d) o valor da contribuição para criar e educar os
filhos.
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ATENÇÃO
Se os cônjuges não acordarem sobre a partilha
dos bens, far-se-á esta depois de homologado o
divórcio, na forma estabelecida nos artigos 647 a 658
do Código de Processo Civil
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A sentença homologará o divórcio consensual,
pondo fim ao casamento.
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AÇÃO DE ALTERAÇÃO DE REGIME DE
BENS
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Os cônjuges podem alterar o regime de bens, mas
precisam de autorização judicial por meio de petição
conjunta.
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A jurisprudência tem firmado a possibilidade da
alteração do regime de bens sob a égide do Código Civil
de 1912.
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A jurisprudência também está confirmando a
autorização do regime de bens nestas hipóteses:
Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens
no casamento:
I - das pessoas que o contraírem com inobservância das
causas suspensivas da celebração do casamento;
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II – da pessoa maior de 70 (setenta) anos;
III - de todos os que dependerem, para casar, de
suprimento judicial.
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2. BASE LEGAL
Artigo 1.639, § 2º, do CC:
Art. 1.639. É lícito aos nubentes, antes de celebrado o
casamento, estipular, quanto aos seus bens, o que lhes
aprouver.
§ 2o É admissível alteração do regime de bens,
mediante autorização judicial em pedido motivado de
ambos os cônjuges, apurada a procedência das razões
invocadas e ressalvados os direitos de terceiros.
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3. PROCEDIMENTO
A ação de alteração do regime de bens obedece
ao rito previsto na chamada “jurisdição voluntária”, de
acordo com os arts. 719 a 725 do CPC, com as
alterações previstas no art. 734 do CPC.
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• Petição inicial assinada por ambos os cônjuges.
• O casal deve expor as razões do pedido e indicar os
bens que possuem até o momento e, se for o caso,
poderá propor a partilha.
• O representante do Ministério Público será intimado
para se manifestar na ação.
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• Requerer citação de interessados, sobretudo os
credores ou qualquer outra pessoa que poderia
eventualmente ser prejudicada com a mudança do
regime de bem.
• Publicação de edital com o objetivo de dar
conhecimento ao pedido a terceiros interessados não
identificados.
• Contestação no prazo de 15 dias.
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• Audiência de instrução e julgamento (quando houver
necessidade de produção de prova oral)
• Sentença (o juiz só pode sentenciar depois de
decorrido o prazo de 30 dias da publicação do edital.
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4. FORO COMPETENTE
Foro do domicílio do casal.
Vara da Família e Sucessões
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5. VALOR DA CAUSA
O valor da causa deve indicar o conteúdo
econômico envolvido.
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TESTAMENTO CERRADO - Artigos 735 a 737 do Código
de Processo Civil
O Testamento cerrado pode também ser
conhecido como secreto ou místico, sendo escrito pelo
testador, ou por alguém a seu pedido, com cunho
sigiloso, e depois aprovado no tabelionato, com a
presença de duas testemunhas.
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Exige-se a homologação prévia do testamento
por meio do procedimento autônomo de jurisdição
voluntária, preambular ao inventário, como condição
para a realização da partilha.
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1. Petição inicial - artigo 319 do Código de Processo
Civil
2. Vista ao representante do Ministério Público (10 dias)
Nos termos dos artigos 1.875, do Código Civil, e 735,
‘caput’, do Código de Processo Civil, requeiro a
apresentação judicial do testamento, para verificação
da existência de eventual vício externo e
determinação da sua abertura.
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Decisão interlocutória
Nos termos do artigo 735 do Código de Processo
Civil, designo audiência para o próximo dia [...] de [...], às
[...] para abertura do testamento cerrado.
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Realizada a audiência, o testamento cerrado é
entregue pelo advogado ao juiz de direito que
verificará se ele está intacto. Depois disso, o juiz irá
abri-lo e poderá lê-lo ou entregá-lo para o escrevente
ler o testamento em voz alta na audiência, na presença
de todos. Quaisquer divergências deverão ser feitas na
própria audiência sob pena de preclusão. Depois será
aberta vista para o representante do Ministério Público
manifestar-se no prazo de 10 dias.
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Membro do Ministério Público
Desta feita, com fulcro no artigo 735, § 2º, do CPC,
opino pela inscrição, registro e cumprimento do
testamento cerrado deixado por [...].
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Sentença - Tópico final
Nomeio testamenteiro [...], qualificado(a) nos
autos, valendo a intimação desta sentença, pelo patrono
constituído, como compromisso, independente da
assinatura do termo.
Cópia desta sentença acompanhada da certidão
de trânsito em julgado e do testamento de fls. 51/55,
servirá como certidão testamentária para todos os fins
de direito.
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Ciência ao Ministério Público.
Transitada em julgado esta sentença,
providencie o interessado o encaminhamento da
certidão testamentária, como acima exposto, aos autos
de inventário/arrolamento.
Nos termos do item 129 das Normas da
Corregedoria Geral da Justiça de Cartórios
Extrajudiciais do Estado de São Paulo, fica desde
logo autorizada a expedição de inventário por escritura
pública, se todos os interessados forem capazes e
concordes.
Por fim, arquivem-se os autos.
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Codicilo
Codicilo é o ato de última vontade pelo qual o
disponente traça as diretrizes sobre assuntos pouco
importantes, despesas e dádivas de pequeno valor.
Artigos 1.881 a 1.885 do Código Civil
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Codicilo é uma declaração de última vontade,
mas voltado para bens de pequeno valor, ajuda
financeira de pouca quantia a instituições de caridade
etc.
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Se houver necessidade de exigir judicialmente o
cumprimento do codicilo, far-se-á da mesma forma que o
testamento cerrado.
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Herança Jacente - Artigos 738 a 743 do Código de
Processo Civil
Nos termos do artigo 1.819, do Código Civil,
falecendo alguém sem deixar testamento ou herdeiro
legítimo notoriamente conhecido, os bens da herança,
depois de arrecadados, ficarão sob a guarda e
administração de um curador até a sua entrega ao
sucessor devidamente habilitado.
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Podem ser autores da ação de herança jacente:
a) União
b) Estados
c) Municípios
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1. Petição Inicial - artigo 319 do Código de Processo
Civil
2. Competência - Vara da Família e Sucessões
Deverá conter:
a) Arrecadação de bens deixados pelo “de cujus”.
b) Intimação do membro do Ministério Público.
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c) Expedição de edital por três vezes com intervalo de 1
(um) mês, para que os sucessores do falecido venham
a habilitar-se no prazo de 6 (seis) meses contado da
primeira publicação.
d) Valor da causa
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Intimação do Ministério Público
5 (cinco) dias - O prazo é fixado pelo Juiz de Direito.
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Manifestação do Promotor de Justiça
MM. Juiz:
Ciente do processado. Pelo deferimento do
requerido a fls. 02, letras “a”, “b”, “d” e “e”. Assim,
aguardo a arrecadação do valor existente em conta
judicial, lavrando-se auto; a nomeação de curador (art.
739 do CPC); a publicação dos editais, por 3 vezes,
prevista no art. 741 do CPC e depois que se aguarde o
prazo previsto no art. 743 do CPC.
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Despacho do Juiz de Direito com base no artigo 739 do
CPC
Vistos.
Recebo a petição inicial.
Defiro os pedidos de fls.2, letras "a", "b", "d" e "e".
Não se vislumbram dificuldades para o exercício
do cargo de curador. Diante disso, nomeio o procurador
oficiante, Dr. [...] como Curador.
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Determino a arrecadação de seus bens, lavrando-
se auto em relação ao deposito judicial noticiado nos
autos.
Outrossim, determino a publicação de edital,
durante um ano e com intervalo de dois meses,
anunciado a arrecadação a terceiros e chamando os
sucessores para que se habilitem nos autos, no prazo
de seis meses contados da primeira publicação.
Na sequencia, se não houver publicação,
aguarde-se um ano da primeira publicação (art.743 do
CPC.
Intime-se.
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Atenção
Se algum herdeiro for localizado, a ação
transformar-se-á em inventário judicial.
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Decorrido um ano da primeira publicação do
edital, não aparecendo herdeiros nem legatários, o
curador (Procurador Municipal) requererá por meio de
petição que seja declarada a vacante a herança.
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Juiz de Direito - Tópico Final da Sentença
Diante do exposto, com fulcro no artigo 743, do
Código de Processo Civil e artigo 1820, do Código
Civil, DECLARO vacante a herança deixada por [...]
para todos os fins e efeitos de direito. Incumbirá à
Serventia certificar o trânsito em julgado desta
sentença para o fim prescrito pelo artigo 743, § 2º, do
Novo Código de Processo Civil.
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Depois do trânsito em julgado, os herdeiros e
credores só poderão reclamar seu direito por ação
direta (Ação rescisória)
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Bens dos ausentes - Artigos 744 e 745 do Código de
Processo Civil
1. Conceito
Ausência é o desaparecimento de uma pessoa que
não dá notícia de seu paradeiro nem deixa
representante nem procurador (Artigo 22 do Código
Civil)
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A curatela dos bens do ausente perdura, em
regra, por um ano, durante o qual o magistrado
ordenará a publicação de editais de 2 (dois) em 2 (dois)
meses, convocando o ausente para retomar a posse de
seus bens (Art. 745 do CPC).
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O curador deve obedecer às disposições comuns da
curatela registradas nos artigos 759 a 765 do Código de Processo
Civil.
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A curatela dos bens do ausente perdura, em regra,
por um ano, durante o qual o magistrado ordenará a
publicação de editais, de 2 em 2 meses, convocando o
ausente a reaparecer para retomar a posse de seus
haveres (Artigo 745 do Código de Processo Civil).
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Art. 26 do Código Civil
Decorrido um ano da arrecadação dos bens do
ausente, ou, se ele deixou representante ou
procurador, em se passando três anos, poderão os
interessados requerer que se declare a ausência e se
abra provisoriamente a sucessão.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Ao se requerer a abertura da sucessão
provisória, cessar-se-á a curatela. O interessado
requererá a citação pessoal dos herdeiros presentes e
do curador e, por editais, a dos ausentes para
requerem habilitação na forma dos arts. 689 a 692 do
CPC.
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1. Elaboração da petição inicial - artigo 319 do Código
de Processo Civil
2. Andamento Processual
2.1. - Manifestação do Relator do Ministério Público
05 dias
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2.2. Teor final da manifestação do Promotor de Justiça
Desta forma, concordo com a nomeação da
requerente como curadora provisória e requeiro a
designação de audiência de justificação para oitiva do
requerente e de eventuais testemunhas. Sem prejuízo,
requeiro a expedição de ofícios de praxe, visando à
localização do requerido.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
2.4. Tópico final da decisão interlocutória
Defiro a gratuidade. Nomeio a Requerente
Curadora Provisória, expedindo-se o termo competente.
Acolho a cota do Ministério Público, razão pela qual
designo audiência de justificação para o próximo dia [...]
às [...]. As testemunhas do autor deverão comparecer
independentemente de intimação. Sem prejuízo,
providencie a serventia pesquisas nos sistemas Infojud,
Bacenjud, SIEL, expedindo-se, outrossim, ofício ao
IIRGD, visando à localização do Requerido. Ciência ao
MP.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
2.4. Audiência de Justificação
Testemunhas serão ouvidas.
Depois o Ministério Público deverá ser intimado
para se manifestar.
Prazo de 10 (dez) dias.
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2.5. Tópico final da manifestação do Ministério Público
Requeiro seja a sentença declaratória de
ausência, nos termos do artigo 94 da Lei de Registro
Público, procedendo-se à arrecadação de eventuais
bens do ausente, com posterior expedição dos editais a
que alude o artigo 745 do Código de Processo Civil.
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2.6. Sentença - Tópico Final
Isso posto, declaro ausência de [...], nomeando a
requerente [...] sua Curadora, mediante termo de
compromisso, após o trânsito em julgado.
Determino a arrecadação de seus bens, nos
termos do artigo 744 do CPC.
Publique-se edital durante um ano, com intervalo
de dois meses, chamando o ausente (artigo 745 do
CPC).
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Expeça-se mandado para o registro civil do
domicílio do ausente, para registro desta sentença, nos
termos do artigo 94 da Leinº6016/73.
Para os fins do art. 94, 3º da Lei .015/73, estabeleço
que o tempo de ausência até a sentença é de [...],
considerando a data do desaparecimento constatada.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Findo o prazo previsto no edital, poderão os
interessados requerer a abertura da sucessão
provisória.
O interessado, ao requerer a abertura da
sucessão provisória, requererá a citação pessoal dos
herdeiros presentes e do curador e, por editais, a dos
ausentes para requererem habilitação, na forma dos
artigos 689 a 692do Código de Processo Civil.
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Presentes os requisitos poderá ser requerida a
conversão da sucessão provisória em definitiva.
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Das Coisas Vagas - Artigos 746 do Código de Processo
Civil
1. Conceito
A pessoa que encontrar qualquer objeto de valor
ou dinheiro deverá restituí-los ao seu proprietário. Se
não for encontrada a pessoa, deverá entregar o objeto
à autoridade policial ou ao Poder Judiciário.
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2. Base legal
Artigos 1.233 a 1.237 do Código Civil
Artigo 746 do Código de Processo Civil
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3. Procedimento
Petição inicial - artigo 319 do Código de Processo
Civil
Atenção
Se o objeto de valor for entregue à autoridade
policial, este remeterá ao juízo competente. Nesse caso,
quem encontrar o objeto de valor não tem direito à
recompensa.
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Art. 1.234 do Código Civil
Aquele que restituir a coisa achada, nos termos do
artigo antecedente, terá direito a uma recompensa não
inferior a cinco por cento do seu valor, e à indenização
pelas despesas que houver feito com a conservação e
transporte da coisa, se o dono não preferir abandoná-la.
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Parágrafo único. Na determinação do montante da
recompensa, considerar-se-á o esforço desenvolvido
pelo descobridor para encontrar o dono, ou o legítimo
possuidor, as possibilidades que teria este de
encontrar a coisa e a situação econômica de ambos.
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O pedido é o depósito do objeto valioso.
Depois que a coisa for depositada em juízo, o juiz
mandará publicar edital para que o dono ou legítimo
possuidor a reclame. Não aparecendo o proprietário, o
objeto irá para leilão e a quantia revertida ao Município.
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AÇÃO DE INTERDIÇÃO ou curatela
1. Conceito
A interdição ou curatela é uma medida de amparo
criada pela legislação civil; um processo judicial por
meio do qual a pessoa é declarada civilmente
incapaz, total ou parcialmente, para a prática dos
atos da vida civil, tais como: vender, comprar, testar,
casar, votar, assinar contratos etc.
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2. Base legal
- Curatela Artigos 1.767 a 1.783-A do Código Civil
- Jurisdição voluntária: artigo 747 a 763 do Código de
Processo Civil
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3. Procedimento
A ação de interdição está sujeita a procedimento
especial de jurisdição voluntária previsto nos artigos
747 a 763 do Código de Processo Civil, podendo ser
resumido da seguinte forma:
a) Petição inicial (art. 319 do CPC - explicita-se que não
há audiência de conciliação ou mediação em razão da
natureza jurídica da demanda.
b) Intimação do representante do Ministério Público para
que acompanhe o feito até seu final.
c) Citação pessoal.
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d) Contestação: prazo de 15 dias: se o interditando não
contratar advogado que o defenda, caso contrário,
dever-lhe-á nomear curador especial.
e) Perícia técnica.
f) Audiência para entrevista do juiz com o interditando:
se ele não puder comparecer, o juiz deverá ouvi-lo no
local onde estiver.
g) Sentença: no caso de procedência do pedido, a
sentença deve ser inscrita no registro de pessoas
naturais, sendo que nela o juiz indicará o curador e
fixará os limites da curatela.
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4. Foro competente
Ação de interdição deve ser proposta, de regra,
no foro de domicílio do interditando, consoante o art. 46
do CPC.
A jurisprudência tem confirmado a competência
também do foro do local onde o interditando se
encontra internado, desde que a interdição tenha caráter
permanente.