INFORMÁTICA EDUCATIVA: A INFORMÁTICA COMO COMPONENTE
CURRICULAR DE 6º AO 9º ANO NAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE TIMBIRAS
1 INTRODUÇÃO
A informática no processo ensino-aprendizagem de 6º ao 9º ano nas escolas
municipais de Timbiras, disponibiliza recursos excelentes que despertam o interesse
e a concentração, e quando explorados aperfeiçoam o desenvolvimento da
criatividade e habilidade das pessoas, facilitando a construção do conhecimento.
Devido esta afirmação, é verdadeiro que a informática pode otimizar o processo de
ensino-aprendizagem de alunos 6º ao 9º ano nas escolas municipais de Timbiras?
Se a formação dos professores é suficiente para a utilização destes recursos em
sala de aula? Se as escolas estão estruturadas tecnologicamente para a
consolidação deste processo?
Atualmente depara-se com um momento denominado de era da informação,
devido a inserção das novas tecnologias de informação que a cada dia surgem no
meio social. As tecnologias de Informação e Comunicação desenvolvidas com
grande velocidade vêm provocando mudanças que atinge vários setores da
sociedade, exigindo-se do individuo o preparo para enfrentar os desafios que impõe
novas formas de pensar e de agir para acompanhar o ritmo acelerado do progresso
cientifico-tecnológico. Destaca-se entre os desafios, o do campo educacional.
Nos dias atuais, a informática proporciona um grande volume de informação
a uma velocidade cada vez menor, provocando mudanças em vários setores da
sociedade, destacamos aqui o setor educacional. A inserção da computação no
campo educacional promove a inclusão no mundo das novas tecnologias, sendo
determinante às escolas elaborarem e desenvolverem projetos didáticos com
objetivos de desenvolver competências e habilidades relacionadas ao uso da
linguagem digital, preparando alunos e professores para as novas tecnologias e ao
mundo de conhecimento que elas podem proporcionar.
Diversos estudos já constataram que ela torna o processo de ensino-
aprendizagem mais dinâmico, motivador e interessante devido à interatividade
proporcionada pelo computador, permitindo que o aluno vá à busca do
conhecimento e descubra novas fontes de aprendizagem. Trata-se de um importante
recurso pedagógico, por isso, a escola precisa utilizar o computador e suas
ferramentas como meio facilitador do processo de ensino-aprendizagem. Este
cenário tem exigido preparo estrutural e pedagógico de toda a comunidade escolar
diante dessas novas formas de pensar e de agir, e para acompanhar o ritmo
acelerado do progresso científico-tecnológico.
Desse modo, não basta que as escolas possuam um laboratório de
informática, e considere isso como o ponto final do processo. Nesse contexto, o
papel do professor se destaca, sendo necessário que este ator social perceba e
saiba o valor e a importância do uso de recursos informatizados para o bom
desempenho e eficácia do seu trabalho escolar. Eles deverão ser capacitados para
fazer a integração da informática com sua proposta de ensino e da escola, devendo
estar aberto a mudanças e disposto a assumir um novo papel: o de facilitador e
coordenador do processo de ensino-aprendizagem.
Esta pesquisa buscou investigar o uso da informática pelos professores, sua
formação e as metodologias empregadas. A pesquisa foi realizada em duas escolas
de 6º ao 9º ano no município de Timbiras (MA), por estas possuírem laboratórios de
informática, com o propósito de contribuir com importantes dados para as políticas
publicas educacionais no cenário local, oportunizando a todos uma prática com
excelência.
OBJETIVOS:
GERAL:
Identificar, analisar e descrever como se dar o uso das ferramentas de
informática no processo ensino-aprendizagem nas escolas municipais de
Timbiras.
ESPECÍFICOS:
Identificar quais recursos informatizados é utilizado pelos professores no
processo ensino-aprendizagem;
Analisar a metodologia empregada para a utilização destes recursos;
Descrever como os profissionais da área educacional se posiciona frente a
esta temática e enfrenta desafios.
2 INFORMÁTICA EDUCATIVA: A INFORMÁTICA NO PROCESSO ENSINO-
APRENDIZAGEM DE 6º AO 9º ANO NAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE TIMBIRAS
2.1 Pressupostos da informática educativa no Brasil
Os registros apontam como instituição pioneira na utilização do
computador em atividades acadêmicas a Universidade Federal do Rio de Janeiro,
através do Departamento de Cálculo Científico, criado em 1966, e que deu origem
ao Núcleo de Computação Eletrônica - NCE. Nessa época, o computador era
utilizado como objeto de estudo e pesquisa, dando ensejo a uma disciplina voltada
para o ensino de informática. A partir de 1973, o Núcleo de Tecnologia Educacional
para a Saúde e o Centro Latino-Americano de Tecnologia Educacional -
NUTES/CLATES, dessa mesma universidade, iniciavam, no contexto acadêmico, o
uso da informática como tecnologia educacional voltada para a avaliação formativa e
somativa de alunos da disciplina de química, utilizando-a para o desenvolvimento de
simulações, (MORAES, 1997)
Em 1973, surgiram as primeiras iniciativas na UFRGS, suportadas por
diferentes bases teóricas e linhas de ação. Segundo o documento anteriormente
citado, o primeiro estudo utilizava terminais de teletipo e display num experimento
simulado de física para alunos do curso de graduação. Destacava-se também o
software SISCAI, desenvolvido pelo Centro de Processamento de Dados - CPD,
voltado para a avaliação de alunos de pós-graduação em educação. Estas e outras
experiências foram sendo realizadas até 1980, utilizando equipamentos de grande
porte. O computador era visto como recurso auxiliar do professor no ensino e na
avaliação, enfocando a dimensão cognitiva e afetiva ao analisar atitudes e diferentes
graus de ansiedade dos alunos em processos interativos com o computador.
A partir desse momento, o MEC assumiu a liderança do processo de
informatização da educação brasileira, procurando organizar-se para o cumprimento
de suas novas obrigações.
Um dos argumentos utilizados para a transferência do Projeto EDUCOM
para o MEC, era o de que informática na educação tratava de questões de natureza
pedagógica relacionadas ao processo de ensino-aprendizagem, envolvendo escolas
públicas brasileiras e universidades, na busca de subsídios para uma futura política
para o setor educacional. Pesava, também, nessa decisão a questão financeira, pois
apesar do acordo firmado entre os organismos governamentais e o próprio estímulo
para a implantação do Projeto ter se originado na própria SEI, esta secretaria não
havia previsto no seu orçamento o montante de recursos capazes de dar a devida
sustentação financeira ao projeto, em termos de contrapartida negociada com o
MEC. Assim, coube ao Ministério da Educação, apesar de inúmeras dificuldades,
garantir a sua operacionalização.
2.2 Educação Tecnológica
O conceito de Educação Tecnológica prende-se, evidentemente, aos
conceitos específicos de sua expressão, mas na sua interação e integração
diz respeito ou a formação do individuo para viver na era tecnológica, de
uma forma mais critica e mais humana, ou a aquisição de conhecimentos
necessários a formação profissional (tanto uma formação geral como
especifica), assim como as questões mais contextuais da tecnologia,
envolvendo tanto a invenção como a ino-va9ao tecnológica. (GRINSPUN,
2002)
Bastos (1998) diz que ela não admite aceitar a técnica como autônoma
por si só e, consequentemente, não determinante dos resultados econômicos e
sociais. A educação tecnologia segue o caminho das inovações não como
descobertas em si, mas como uma busca da compreensão dos novos papeis e
funções que o homem tern na sociedade, oriundos, por sua vez, das novas relações
sociais. Em outras palavras, a educação tecnologia caracteriza-se por um
dinamismo constante, tendo a complexidade do meio (tantos em termos científicos
como sociais) e a prospecção do futuro como faraós de seu projeto pedagógico. Não
ha uma preocupação especifica em ensinar uma tarefa/ofício a um educando, mas
sim em fazer despertar nesse individuo o valor da tecnologia, sua utilização e a
capacidade e possibilidade que ele possui de poder transformar e criar novas
tecnologias.
Educação
É necessária considera a educação como uma pratica social, portanto,
uma prática que se realiza num tempo histórico determinado, com características
ideológicas especifica e voltadas para a subjetividade. E uma área da sociedade na
qual mantem estreita relação pelos seus objetivos e pela formação do individuo que
vai participar da sociedade. Etimologicamente, educação provem de dois vocábulos
latinos — educare e educere —, tendo o primeiro o significado de orientar, nutrir,
decidir num sentido externo, levando o indivíduo de um ponto onde ele se encontra
para outro que se deseja alcançar; educare se refere a promover o surgimento de
dentro para fora das potencialidades que o indivíduo possui. Geralmente, trabalha-
se mais o conceito de educare do que o de educere, favorecendo o primeiro
conceito no estabelecimento de currículos e programas atualizados e
significativamente coerentes. A política educacional contribui e estabelece as
normas a serem atingidas para uma educação que se pretende de qualidade; a
questão do educere, entretanto, não tem tanta intensidade.
No cotidiano dos cidadãos, as inovações tecnológicas são incorporadas
crescentemente em processos e atividades, tais como: compras online, informações
e certificações públicas, consultas e movimentações bancárias, eleições, declaração
do imposto de renda etc. A consequência disso é o surgimento de novas
necessidades de aprendizagem nos mais diversos segmentos da sociedade e, em
especial, na educação. Os professores são pressionados cada vez mais a incorporar
a tecnologia para criar recursos pedagógicos informáticos, mas que não fizeram
parte de sua história como alunos, nem de sua formação como professores. Richit
(2010) afirma que a maioria dos professores formada na década de 90 não teve
acesso às tecnologias, assim como “a formação tecnológica que têm vivenciado ao
longo da carreira, quando recebem, não é adequada e suficiente para que as
incorporem na prática.”
Segundo GRINSPUN (2002) a educação pode ser considerada como uma
prática social, portanto, uma prática que se realiza num tempo histórico
determinado, com características ideológicas especificas e voltadas para a
subjetividade, assim nas o ser social evidenciado pelos hábitos e costumes que são
aprimorados na vida escolar. E uma área da sociedade na qual mantem estreita
relação pelos seus objetivos e pela formação do individuo que vai participar da
sociedade.
GRINSPUN (2002) define que etimologicamente, educação provém de
dois vocábulos latinos — educarem e educarem —, tendo o primeiro o significado de
orientar, nutrir, decidir num sentido externo, levando o individuo de um ponto onde
ele se encontra para outro que se deseja alcançar; educarem se refere a promover o
surgimento de dentro para fora das potencialidades que o individuo possui.
Geralmente, trabalha-se mais o conceito de educarem do que o de educarem,
favorecendo o primeiro conceito no estabelecimento de currículos e programas
atualizados e significativamente coerentes. A política educacional contribui e
estabelece as normas a serem atingidas para uma educação que se pretende de
qualidade; a questão do educarem, entretanto, não tem tanta intensidade, uma vez
que se volta mais para o individuo no seu espectro múltiplo de formação. Que tem
um sentido externo que deve caminhar junto ao sentido interno do próprio ato de
educar-se.
A educação faz parte deste tecido social e sua participação no contexto
da sociedade e de grande relevância, não só pela formação dos indivíduos que
atuam nesta sociedade, mas, e principalmente, pelo potencial criativo que ao
homem esta destinado no seu próprio processo de desenvolvimento.
Constata-se mudanças em todas as áreas da sociedade, sejam elas
geográficas, políticas, históricas ou culturais; na educação também vai-se encontrar
mudanças em relação a seus objetivos e procedimentos. O desenvolvimento de
uma sociedade não consiste num simples movimento linear da mesma, mas na
realização de um projeto em que haja interiorização na consciência dos que a
integram e, também, na sua viabilidade, através dos instrumentos que esta
consciência promove. Este e o papel da educação: participar da realização desse
projeto.
Na nossa sociedade, em qualquer segmento, em quase todas as
instituições ouvimos falar de "crise", advinda da situação que estamos vivenciando,
em virtude de novos valores e princípios que vão sendo estabelecidos. Poderíamos
entender a crise como um período de transição, em todas as áreas, na busca de
novos modelos paradigmáticos. Questiona-se a origem dessas crises, seu processo
e sua superação. Acredita-se que esta origem esta em tudo e, também, em toda
sociedade. Esta nova heterogeneidade que o tecido social impõe e fruto de crises e
mudanças nos fundamentos da ciência, da politica, da economia e, principalmente,
na crise dos fundamentos da vida humana. No novo mosaico que a vida nos
apresenta temos, hoje, um novo espaço físico, em nosso planeta, no qual não ha
tantos muros marcando os limites de determinadas áreas, e, também, um novo
espaço psicológico (no sentido de contrapor-se ao físico) que nos leva a um outro
modo de pensar e de agir. As ideologias utópicas modernas nos apresentavam a
ciência, a tecnologia como instrumentos infláveis e necessários ao controle racional
da natureza e da sociedade. Entretanto, essas "verdades" estão sendo
questionadas, estão sendo mobilizadas a partir de uma nova atitude do homem, do
conhecimento que e cada vez mais contextual. Para Santos (1995), as lutas de
verdade são travadas com um discurso argumentativa e a verdade passou a ser o
efeito de convencimento dos vários discursos de verdade em presença e em conflito.
Na medida em que a modernidade encaminha para novas questões nos
diferentes campos do conhecimento, observo que se estrutura de maneira mais
consistente uma educação tecnológica e que precisamos discuti-la dentro do
cenário pedagógico-social onde ela se apresenta. Para chegar, entretanto, a
educação tecnológica, vamos assinalar, em primeiro lugar, pontos significativos da
educação e da tecnologia com abordagens necessárias a compreensão do seu
significado.
A educação ocupa nesta modernidade, junto com a ciência e a tecnologia,
um lugar de destaque, principalmente se identificarmos na educação uma
dimensão básica na formação do sujeito, na qualificação dos recursos
humanos requeridos por um novo modelo de desenvolvimento. Se a
educação tern esse papel na modernidade, seja em termos do
conhecimento, das competências sociais, da humanização da tecnologia,
temos que identificar essa tessitura para o momento atual e para os
próximos tempos, assim como o papel da escola, onde a educação
sistematicamente ocorre. (Grinspun, 2002, P. 30)
Portanto pode-se entender que esta modernidade, ou pós-modernidade leva-se
a uma nova concepção de razão e racionalidade de forma mais plural e
multidimensional; a razão não e o elemento único que permeia nossas vidas, nossos
conhecimentos, temos que formar um homem livre e autônomo para viver a
profundidade e intensidade do seu momento.
As Tecnologias de Informação e Comunicação
O uso das TIC (Tecnologia de Informação e Comunicação) no processo de ensino
aprendizagem depende diretamente e primordialmente da atitude dos professores,
embora não seja este o fator único. Para fazer uso desta tecnologia, as TIC requerem um
saber específico para que se possa lançar mão delas no processo de
ensino/aprendizagem. Krasilchik (1996) cita que, a partir dos anos 70, houve uma
expansão de instituições privadas de 3º grau, decorrente dos movimentos estudantis que
exigiam a democratização do ensino superior.
Segundo A introdução de novas tecnologias na escola propicia a realização de
atividades novas e pedagogicamente importantes que, antes, não se poderia realizar
de outra maneira, com a vantagem de tornar a escola um lugar mais interessante,
sobretudo para os alunos.
A aprendizagem centrada nas diferenças individuais e coletivas e na capacidade do
aluno enquanto usuário independente valoriza a aprendizagem e investe em meios
mais atraentes de explorar as potencialidades de cada indivíduo.
Os formadores percebem as rápidas mudanças da sociedade que
repercutem no âmbito educacional, tais como: mudança do conhecimento científico,
do condutivismo para o cognitivismo, desenvolvimento acelerado da sociedade,
rápidas mudanças nos meios de comunicação e tecnologias. A incorporação das TIC
na formação docente é um imperativo tanto para a própria formação quanto para a
aprendizagem de seus futuros alunos. A contribuição que os recursos tecnológicos,
em especial, a informática, têm trazido ao ensino de Química, por exemplo, por meio
das simulações, pode colaborar para a reversão de uma situação de afastamento
desenvolvida por parte dos alunos em relação ao monólogo do professor treinando
macetes e dicas de como decorar fórmulas e nomes de substâncias. Para Bastos
(2010), o desafio básico é saber quais são as capacidades docentes que são
requeridas e quais as mudanças que devem ser produzidas na cultura escolar. É
neste sentido que se coloca a necessidade de definir padrões de competências em
TIC para professores. (Gabini e Diniz, p.346).
A formação de docentes é vista como um processo que começa com a
formação inicial e se estende na formação continuada, sendo que os padrões de
competência em TIC definem o perfil de manejo das tecnologias que um futuro
professor deveria adquirir no processo de sua formação inicial, isto é, durante o
curso superior (Bastos, 2010, p.49). Os padrões baseiam-se na experiência da Rede
Enlaces e foram rearticuladas em cinco dimensões: Técnica: os futuros docentes
demonstram um domínio das competências associadas ao conhecimento geral das
TIC e do manejo das ferramentas de produtividade (processador de texto, planilha
eletrônica, apresentações) e Internet, desenvolvendo habilidades e destrezas para a
aprendizagem permanente de novo hardware e software; Gestão escolar: os futuros
docentes utilizam as TIC para apoiar seu trabalho administrativo tanto no nível de
sua gestão docente quanto no apoio à gestão do estabelecimento escolar;
Desenvolvimento profissional: os futuros docentes usam as TIC como meio de
especialização e de desenvolvimento profissional, informando-se e acessando
diversas fontes para melhorar suas práticas e facilitando a troca de experiências que
contribuem, mediante um processo de reflexão que envolva diversos atores
educativos, para o alcance de melhores processos de ensino e aprendizagem;
Aspectos éticos, legais e sociais: os futuros docentes conhecem, apropriam-se e
difundem entre seus estudantes os aspectos éticos, legais e sociais relacionados ao
uso dos recursos informáticos e conteúdos disponíveis na internet, agindo de
maneira consciente e responsável em relação aos direito, cuidados e respeitos que
devem ser considerados no uso das TIC. Pedagógica: os futuros docentes
adquirem e demonstram formas de aplicar as TIC no currículo escolar vigente como
uma forma de apoiar e expandir a aprendizagem e o ensino.
O aprendizado de um novo referencial educacional envolve mudança de mentalidade (...). Mudança de valores, concepções, ideias e, consequentemente, de atitudes não é um ato mecânico. É um processo reflexivo, depurativo, de reconstrução, que implica em transformação, e transformar significa conhecer". (Prado, 1993 p. 9).
É importante salientar que as transformações que vem ocorrendo quanto à
função do computador como ferramenta de aprimoramento das atividades do
sistema educacional, vem proporcionando mudanças de comportamento nas
relações homem x maquina, principalmente no meio educacional.
Mudança da função do computador como meio educacional acontece juntamente com um questionamento da função da escola e do papel do professor. A verdadeira função do aparato educacional não deve ser a de ensinar, mas sim a de criar condições de aprendizagem. Isso significa que o professor precisa deixar de ser o repassador de conhecimento - o computador pode fazer isso e o faz muito mais eficientemente do que o professor - e passar a ser o criador de ambientes de aprendizagem e o facilitador do processo de desenvolvimento intelectual do aluno" (Valente, 1993 p. 6).
Para que a informática possa ser utilizada na aprendizagem, não basta
instalar máquinas em seu ambiente, é de suma importância que a escola reflita
sobre como o uso dos computadores pode promover situações significativas de
aprendizagem. Neste contexto, a utilização do computador como ferramenta
educacional, é visto como um instrumento com o qual o sujeito desenvolve, executa
algo, ocorrendo assim, o aprendizado através da resolução de problemas e da
comunicação, propiciando uma educação centrada na aprendizagem. Como enfatiza
VALENTE (1998), quando relata que as possibilidades do uso do computador como
ferramentas educacionais estão crescendo e os limites dessa expansão são
desconhecidos. Cada dia surge novas maneiras de usar o computador como recurso
para enriquecer e favorecer o processo de aprendizagem.
Dentro do contexto Informática na Educação os softwares educacionais é
um programa desenvolvido para atender objetivos educacionais previamente
estabelecidos e, para que ele seja efetivo e esteja à altura das necessidades
pedagógicas, é necessário que seu desenvolvimento conte com especialistas das
áreas de Educação e Informática para que sua aplicação surta os efeitos esperados,
as escolas devem contar com esses profissionais, já que cada programa é
desenvolvido para matérias específicas a fim de atender as necessidades dos
alunos. Diante disso, TAJRA, (2001) ressalta que:
As escolas que se utilizam dessa modalidade optam pelos diversos
softwares disponíveis no mercado, conforme os interesses dos professores que se
utilizam da tecnologia da informática como recurso didático-pedagógico. Os
professores buscam no mercado os softwares que se adaptam à sua proposta de
ensino [...].
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Formação do Professor
A formação do professor para atuar com tecnologias
As teorias construtivistas, que foi o suporte teórico da nossa pesquisa
consideram que o conceito de aprender está diretamente ligado a um sujeito (que é
o aprendiz) que, por suas ações, envolve ele próprio e os outros colegas, busca e
adquire informações, muda comportamentos, integra conceitos teóricos com a
prática, relaciona e contextualiza experiências. E o professor, como fica nesse
processo de acordo com esses referenciais?
O professor deve desempenhar o papel de articulador das atividades do
aprendiz, alguém que pode colaborar para dinamizar as ações no ambiente de
aprendizagem, alguém que trabalha em equipe, junto com o aluno, buscando os
mesmos objetivos.
Dessa forma, o trabalho do professor não deve restringir-se a realizar esta
ou aquela atividade com o aluno. Becker (2003) salienta que o professor necessita
organizar situações que os alunos, após realizar as atividades, possam refletir sobre
como fez ou realizou determinada ação.
O professor ao fazer essa reflexão sobre as ações realizadas no processo
de desenvolvimento de uma tarefa, obterá subsídios que permitirá a ele próprio
compreender não só o que foi feito, mas como, a maneira que foi realizada. A esse
processo de pensar sobre ação Becker (2003) chama de abstração reflexionante,
que corresponde a apropriar-se dos mecanismos da própria ação.
Entende-se que o professor, ao utilizar a informática dentro de uma abordagem
construtivista torna-se responsável por promover a aprendizagem do aluno para que
este possa construir o seu próprio conhecimento dentro de um ambiente que o
desafie e o motive para a exploração e a reflexão, a depuração de idéias e a
descoberta.
Ao mesmo tempo, o professor deve considerar um eterno aprendiz, que
realiza constantemente uma reflexão sobre a sua prática pedagógica. Dessa forma,
o professor, está sempre refletindo sobre as suas ações, avaliando o resultado de
sua aplicação junto aos alunos. (Almeida, 2000).
O reconhecimento de uma sociedade cada vez mais tecnológica deve ser
acompanhado da conscientização dos professores sobre a necessidade de
desenvolver habilidades e competências para lidar com as novas tecnologias.
Porém, segundo Brandão (1995), utilizar tecnologias informáticas em Educação não
significa apenas adquirir novos conhecimentos e habilidades através de cursos de
introdução à informática, mas principalmente a modificação de esquemas mentais e
métodos de trabalho, fortemente consolidados em uma pessoa adulta.
Poderia-se até falar em um novo perfil de professor, que exige a
preparação para uso da informática, não apenas sob seu aspecto tecnológico, mas,
sobretudo privilegiando sua dimensão pedagógica. Brandão (1995) ainda defende a
formação e a reciclagem constantes de professores, independente de promoção
institucional ou por iniciativa própria, a fim de possibilitar a inovação didática tão
desejada nos dias atuais.
É necessário dar prioridade absoluta à formação docente, não tanto no
sentido de fornecer aos professores um conhecimento mínimo sobre Informática, e
mais precisamente sobre Computação. É necessário, também, e, sobretudo,
fornecer bases para o seu uso crítico, de modo a garantir que a inserção de
instrumentos informáticos no processo educativo ocorra com plena consciência da
sua viabilidade, validade e oportunidade no processo ensino-aprendizagem.
(BRANDÃO,1995.p.42).
Com base nessa premissa, profundas mudanças estão sendo exigidas na
escola, no ensino e na formação dos educadores, pois, novos modos de conceber o
ensino e a aprendizagem supõem uma nova atitude por parte de professores, alunos
e equipe escolar, requer um clima favorável à mudança, altamente motivador tanto
para o aluno como para o professor e um ambiente facilitador, com autonomia de
trabalho e liberdade, permitindo trabalho cooperativo e solidário.
Assim, no papel de agente de mudança, o professor consciente e crítico
deve ser capaz de compreender a influência da tecnologia no mundo moderno e de
colocá-la a serviço da educação e da formação de seus alunos, articulando as
diversas dimensões de sua prática docente. O professor desempenha um papel de
guia, colaborador e mediador na formação dos alunos, que são os protagonistas de
sua própria aprendizagem.
O professor precisa saber orientar os educandos sobre onde colher informação, como tratá-la e como utilizá-la. Esse educador será o encaminhador da autopromoção e o conselheiro da aprendizagem dos alunos, ora estimulando o trabalho individual, ora apoiando o trabalho de grupos reunidos por áreas de interesse. (MERCADO, p. 69, 2000).
A maioria dos professores teme o uso da informática na sala de aula,
muitas vezes por medo do novo, ou simplesmente por ver o computador como algo
difícil para trabalhar, ou simplesmente porque os alunos conhecem mais o
computador do que os próprios professores. Porém o que se sabe é que o
computador não veio para dificultar a vida das pessoas, mas sim para ajudar e
facilitar muitas atividades que seriam difíceis de serem realizadas sem a informática,
como organização de notas dos alunos em planilha eletrônica, produção e correção
de trabalho, educação a distância, acessar sua conta bancária, envio arquivos
digitais instantâneo, apuração de urnas eletrônicas, utilização de cartão de crédito
entre outros.
Um dos fatores principais para se obter sucesso na utilização da
informática na educação é a capacitação dos professores para trabalharem com a
nova realidade educacional. Os professores devem estar capacitados para
perceberem como devem efetuar a integração da nova tecnologia no seu próprio
ensino. "Cabe a cada professor descobrir sua própria forma de utilizá-la conforme o
seu interesse educacional, pois, como já que sabemos, não existe uma fórmula
universal para a utilização do computador em sala de aula"(Tajra, 2007).
Gatti (1993) afirma em seu artigo "Os agentes escolares e o computador no ensino":
(...) é preciso que a diretores e professores seja dado a oportunidade de conhecer, compreender e, portanto escolher as formas de uso da informática a serviço do ensino... é preciso que o professor saiba avaliar esses programas a fim de poder selecioná-los para o uso em aula, adequando-os à sua programação metodológica (...) (COX, 2003)
Os computadores são, sem dúvida, os mais velozes e confiáveis
depositários de informações. No entanto é necessário que se trabalhe de forma
adequada e objetiva para que essas informações se transformem em conhecimento
ou competência, os computadores precisar ser criteriosamente explorados no
ambiente escolar, cabendo ao professor ajudar o aluno desenvolver a capacidade de
selecionar e avaliar tais informações (COX, 2003). A formação de professores do
ensino fundamental e médio para usarem a informática na educação recebeu uma
atenção especial de todos os centros de pesquisa da Associação Portuguesa de
Telemática Educativa (EDUCOM). É a atividade principal de todos os Centros de
Informática Educativa (CIED).
As experiências de implantação da informática na escola têm mostrado que
a formação de professores é fundamental e exige uma abordagem
totalmente diferente. Primeiro, a implantação da informática na escola
envolve muito mais do que promover o professor com conhecimento sobre
computadores ou metodologias de como usar o computador na sua.
(respectiva disciplina ALMEIDA e VALENTE, 2007)
Utilização da Informática na Educação.
Considerando o que Vygotsky (1989) destaca sobre o nível de
desenvolvimento que o sujeito já possui e o nível que está ao alcance de suas
possibilidades e sob a condição de que lhe ajudem, o papel do facilitador está em
encaminhar e propiciar assistência que permitam ao sujeito atualizar os conteúdos
incluídos na Zona do Desenvolvimento Proximal. Podemos considerar aqui o
computador atuando como objeto que a criança manipula, tendo o professor como
mediador em uma interação rica de idéias e atividades no processo de ensino
(VALENTE,1996). Portanto, o computador tem provocado uma revolução na
educação por causa de sua capacidade de "ensinar". Existem várias possibilidades
de implantação de novas técnicas de ensino e contamos, hoje, com o custo
financeiro relativamente baixo para implantar e manter laboratórios de
computadores, cada vez mais exigido tanto por pais quanto por alunos. Tudo isso
causa insegurança nos professores, que num primeiro momento temem sua
substituição por máquinas e programas capazes de cumprir o papel antes reservado
para o ser humano. Mas o computador pode realmente provocar uma mudança no
paradigma pedagógico e pôr em risco a sobrevivência profissional daqueles que
concebem a educação como uma simples operação de transferência de
conhecimentos do mestre para o aluno. (VALENTE, 1993), no entanto a utilização
da informática na área da educação é mais complexa do que a utilização de outro
recurso didático conhecido até o momento, sendo muito diferente em função da
diversidade dos recursos disponíveis. Com ela, é possível se comunicar, pesquisar,
criar desenhos, efetuar cálculos, simular fenômenos, e muito outras ações. Nem
outro recurso didático possui tantas funções, além de ser o recurso tecnológico mais
utilizado em todas as áreas do mercado de trabalho.
Os alunos podem utilizar o computador para desenvolver projetos com os
conteúdos de sala de aula, podendo fazer gráficos, desenhos e pesquisar sobre o
assunto trabalhado. "Para tanto, o professor deve dispor de certa flexibilidade no
planejamento e pode usar a sua sala de aula ou o laboratório de
microcomputadores. Certamente o uso do laboratório deve ser coordenado com os
outros professores de modo que não haja conflito de horário" (VALENTE, 1996)
rassalta-se que no ambiente computacional que está sendo proposto, o computador
assume o papel de ferramenta e não de máquina de ensinar. É a ferramenta que
permite ao aluno realizar uma série de tarefas, das mais simples, como produzir uma
carta, até as mais complexas, como a resolução de problemas sofisticados em
matemática e ciências. Nesse sentido, o computador passa a ter uma função maior
do que simplesmente passar informação. Ele é uma ferramenta que o aluno usa
para realizar uma tarefa. Nessa situação o aluno descreve as suas idéias para a
máquina (na forma de um programa), a máquina executa "essa idéia" e o resultado
pode ser analisado. Se o resultado não é o esperado, certamente o aluno será
instigado a refletir sobre o seu trabalho. Do mesmo modo, o professor, através do
trabalho do aluno, terá mais recursos para entender o que o aluno sabe e o que não
sabe sobre um determinado assunto, conhecer o estilo de trabalho do aluno, bem
como seus interesses, frustrações. ( VALENTE, 1993).
Segundo Gatti (1993), a introdução dos microcomputadores na sala de
aula pode representar uma possibilidade mais eficaz de lidar com alguns tópicos do
ensino, e que o enriquecimento constante dessa tecnologia talvez permita ampliar e
flexibilizar sua utilização enquanto instrumento de ensino e aprendizagem, podendo
ainda o professor fazer modificações importantes e interessantes e alterar o próprio
processo de aprendizagem (COX, 2003).
Seymour Papert 1994, faz uma comparação entre a escola e a medicina
do século anterior com as de hoje, em seu livro A máquina das crianças imagine um
grupo de viajantes do tempo de um século anterior, entre eles um grupo de
cirurgiões e outro de professores primários, cada qual ansioso para ver o quanto as
coisas mudaram em sua profissão a cem anos ou mais num futuro. Imagine o
espanto dos cirurgiões entrando numa sala de operações de um hospital moderno.
Embora pudessem entender que algum tipo de operação estava
ocorrendo e pudessem até mesmo ser capazes de adivinhar o órgão-alvo, na
maioria dos casos seriam incapazes de imaginar o que o cirurgião estava tentando
fazer ou qual a finalidade dos muitos aparelhos estranhos que ele e sua equipe
cirúrgica estavam utilizando. Os rituais de anti-sepsia e anestesia, os aparelhos
eletrônicos com seus sinais de alarme e orientação e até mesmo as intensas luzes,
tão familiares às platéias de televisão, seriam completamente estranhos para eles.
Os professores viajantes do tempo responderiam de uma forma muito diferente a uma sala de aula de primeiro grau moderna. Eles poderiam sentir-se intrigados com relação a alguns poucos objetos estranhos. Poderiam perceber que algumas técnicas-padrão mudaram – e provavelmente discordariam entre si quanto as mudanças que observaram, foram para melhor ou para pior -, mas perceberiam plenamente a finalidade da maior parte do que se estava tentando fazer e poderiam, com bastante facilidade, assumir a classe (TAJRA, 2007)
Alguns que já utilizam com maior frequência a informática de algum modo na sala de aula indicam idéias positivas referentes à troca de experiências, tanto no uso do computador como quanto das atividades realizados pelos alunos. Percebem que o computador utilizado de forma contextualizada, pode ajudar nas situações problema, nas atividades e no acesso de informações. No entanto, muitos professores ainda perdem a oportunidade de trabalhar com esse recurso que pode tornar a sala de aula mais dinâmica e o aluno mais interessado (CARNEIRO 2002).
O computador como máquina de ensinar e como fermenta de ensinar.
Segundo Valente, o computador pode ser usado na educação como
máquina de ensinar ou como ferramenta para ensinar. O uso do computador como
máquina de ensinar consiste na informatização dos métodos de ensino tradicionais.
Do ponto de vista pedagógico esse é o paradigma instrucionista. Alguém
implementa no computador uma série de informações, que devem ser passadas ao
aluno na forma de um tutorial, exercício e prática ou jogo. Entretanto, é muito
comum encontrarmos essa abordagem sendo usada como construtivista, ou seja,
para propiciar a construção do conhecimento na "cabeça" do aluno. Como se os
conhecimentos fossem tijolos que devem ser justapostos e sobrepostos na
construção de uma parede. Nesse caso, o computador tem a finalidade de facilitar a
construção dessa "parede", fornecendo "tijolos" do tamanho mais adequado, em
pequenas doses e de acordo com a capacidade individual de cada aluno. (Valente,
1999)
O conhecimento através do computador tem sido denominado por Papert
de construcionismo. Ele usou esse termo para mostrar outro nível de construção do
conhecimento, a construção do conhecimento que acontece quando o aluno constrói
um objeto de seu interesse, como uma obra de arte, um relato de experiência ou um
programa de computador (Papert, 1986).
Na noção de construcionismo de Papert existem duas idéias que
contribuem para que esse tipo de construção do conhecimento seja diferente do
construtivismo de Piaget. Primeiro, o aprendiz constrói alguma coisa, ou seja, é o
aprendizado através do fazer, do "colocar a mão na massa". Segundo, o fato de o
aprendiz estar construindo algo do seu interesse e para o qual ele está bastante
motivado. O envolvimento afetivo torna a aprendizagem mais significativa.
No construcionismo o computador requer certas ações efetivas no
processamento da construção do conhecimento. Para "ensinar" o computador, o
aluno deve utilizar conteúdos e estratégias (Valente, 1999) no caso do computador o
aluno tem que combinar este conteúdo e estratégia a um programa que resolva este
problema, como a linguagem Logo.
Para Valente, o que contribui para a diferença entre essas duas maneiras
de construir o conhecimento é a presença do computador, o fato de o aprendiz estar
construindo algo através do computador (computador como ferramenta). O uso do
computador requer certas ações que são bastante efetivas no processo de
construção do conhecimento. Quando o aprendiz está interagindo com o
computador ele está manipulando conceitos e isso contribui para o seu
desenvolvimento mental (VALENTE, 1999).
Para utilização dessa pesquisa utilizarei o método de abordagem
(dialética) na qual para Campos (2001) nos ambientes de aprendizagem
construtivista, os estudantes possuem mais responsabilidade sobre o gerenciamento
de suas tarefas e o papel do professor passa a ser também o de orientador,
facilitador ou mediador e também utilizarei o método de População, amostra e
instrumentos de pesquisa na qual utilizarei 60% da instituição para a elaboração. Os
materiais á serem utilizados são: questionário aberto e fechado, laboratórios
utilizando os softwares educacionais, utilização de pesquisa em campo (não definida
a Instituição de Ensino), entrevista e debates padronizados em escolas públicas
para tratar da possibilidade do uso de softwares educacionais, com os alunos,
educadores e gestores.
No Brasil a introdução de computadores na educação data de mais de 20
anos. Foi no início dos anos 70 a partir de algumas experiências na UFRJ, UFRGS e
UNICAMP. Nos anos 80 se estabeleceu através de diversas atividades que
permitiram que essa área hoje tivesse uma identidade própria, raízes sólidas e
relativa maturidade. (VALENTE, 1999)
Em uma viajem a Suíça, o Presidente Lula conheceu um protótipo do
laptop de 175 dólares, que é utilizado na educação daquele país. Observando o
sucesso obtido na educação, decidiu implantar projeto semelhante no Brasil, com
uma meta de distribuir 500 mil laptops a alunos de 3 mil escolas publicas em todo
país. O projeto foi testado no primeiro semestre de 2007 na E.E. Luciana de Abreu,
em Porto Alegre RS. A princípio foi distribuído para duas turmas de 4ª série, e duas
de 6ª série, e depois o projeto piloto se estendeu à outras escolas por todo país. O
laptop é de propriedade do aluno, acessa a Internet, podendo levar o laptop para
casa do aluno onde ele poderá usá-lo com a família e no final do ano letivo não
precisa ser devolvido para a escola, ficando com o aluno. (ARAÚJO, nº 203/2007)
O PC portátil é utilizado na escola para desenvolver projetos envolvendo
várias disciplinas. Em um projeto sobre astros, os alunos fazem desenhos do
sistema solar e cálculos, pesquisam a composição dos gases do Sol, da Lua e de
alguns planetas. Em ciências, simularam quanto era gasto para levar alguns
equipamentos básicos de sobrevivência para a lua, o que envolveu conceitos de
matemática, e depois apresentaram o resultado da pesquisa por escrito,
desenvolvendo o conhecimento de Língua Portuguesa. "Tudo com a ajuda do
laptop". (ARAÚJO, nº203/2007)
Com os avanços dos recursos tecnológicos presente na nossa vida a
criança nem precisa ter tocado em um computador para saber que o "bicho não
morde", ela sabe que a máquina está presente no trabalho dos pais, no banco, no
supermercado, em casa e na escola. As crianças já começam a utilizar a máquina
na Educação Infantil, já que os pequenos têm a maior facilidade para usar o mouse,
identificar as letras no teclado, formar sílabas, enfim, escrever. O computador pode
ser um aliado do professor na alfabetização. Nessa fase, não é necessário nada
além de um processador de texto e um programa de desenho. "A criança cria
símbolos, descobre as letras e faz composições com elas para comunicar seus
pensamentos", diz Léa Fagundes, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Como se vê, o bom uso do computador dispensa conexão com a Internet ou uma
coleção de softwares educativos. (RIBEIRO, 2004)
Na hora de explorar um computador com turmas de 5 a 7 anos, o
importante é realizar tarefas que têm sentido para elas, como escrever o próprio
nome e fazer a lista dos aniversariantes do mês ou a relação das atividades do dia e
desenhos geométricos. Usando o mouse, as crianças treinam a coordenação motora
e, de olho no teclado, identificam letras, números e símbolos.
Considerando essa experiência e muitas outras, não posso negar que a
informática chegou às escolas para ficar, cabendo aos professores se atualizarem
para não ficarem para trás, pois o sistema de informatização está cada dia mais
presente em nosso cotidiano, nas nossas casas, trabalhos, estudos, lazer,
comunicação, e muito mais.
Em 1997, o MEC criou o Programa Nacional de Tecnologia Educacional
(ProInfo) para promover o uso pedagógico de Tecnologias de Informação e
Comunicações (TICs) na rede pública de ensinos Fundamental e Médio.
Como afirma Giraffa (1993): “A utilização do computador fica
especialmente justificada se pensado como elemento integrante da comunidade
escolar, pela ação pedagógica que ele viabiliza. A simples modernização de técnicas
não garante melhorias significativas no processo educativo. O substantivo é a
Educação e o modo de viabilizá-la deve estar embasado em fundamentos
psicopedagógicos que explicitem uma certa concepção de ensino e aprendizagem”.
(GIRAFFA, 1993, p. 3).
Em 1989, o MEC institui o Programa Nacional de Informática na
Educação (Proninfe) com o objetivo de promover o desenvolvimento da informática
educativa e seu uso nos sistemas públicos de ensino, das series iniciais ao ensino
médio da educação básica. A partir do fim da década de 1980, diversas ações
municipais e estaduais em todo o país se somam às iniciativas federais quanto a
investimentos em informática educativa.
Em 1997, o MEC criou o Programa Nacional de Tecnologia Educacional
(ProInfo) para promover o uso pedagógico de Tecnologias de Informação e
Comunicações (TICs) na rede pública de ensinos Fundamental e Médio.
De acordo com Valente (1997b; 1998), o computador é uma ferramenta
que pode auxiliar o professor a promover aprendizagem, autonomia e criatividade do
aluno. Mas, para que isto aconteça, é necessário que o professor assuma o papel de
mediador da interação entre aluno, conhecimento e computador, o que supõe
formação para exercício deste papel. Entretanto, nem sempre é isto que se observa
na prática escolar. Estudos sobre o tema apontam que a formação do professor para
a utilização da informática nas práticas educativas não tem sido priorizada tanto
quanto a compra de computadores de última geração e de programas educativos
pelas escolas (Unesco, 2008b; 2008c).
Segundo Valente (1997b), “a formação do professor deve prover
condições para que ele construa conhecimento sobre as técnicas computacionais,
entenda por que e como integrar o computador na sua prática pedagógica e seja
capaz de superar barreiras de ordem administrativa e pedagógica. Essa prática
possibilita a transição de um sistema fragmentado de ensino para uma abordagem
integradora de conteúdo e voltada para a resolução de problemas específicos do
interesse de cada aluno. Finalmente, deve-se criar condições para que o professor
saiba contextualizar o aprendizado e a experiência vivida durante a sua formação
para a sua realidade de sala de aula compatibilizando as necessidades de seus
alunos e os objetivos pedagógicos que se dispõe a atingir”.
. A cada dia surgem novas tecnologias e a escola como instituição de ensino e também parte integrante da sociedade precisa está alerta às mudanças sociais e suas influencias. A partir deste paradigma que nos levou a fazer esta investigação de que forma os professores estão usando essas ferramentas com os alunos de 1º ao 5º ano. E quais os projetos e metodologia que estão sendo aplicados, se realmente estes educadores que estão trabalhando nesse laboratório de informática tem a formação específica para está atuando na área de informática ou então algum curso que possa está habilitando na área. A partir de então, iremos buscar meio de contribuir na formação desses professores e acima de tudo dando um suporte pedagógico como metodologias e programas de software educacionais facilitando a melhor forma e dinâmica para os educandos que estão inseridos nesse contexto. (Sampaio, )
A maioria dos professores teme o uso da informática na sala de aula,
muitas vezes por medo do novo, ou simplesmente por ver o computador como algo
difícil para trabalhar, ou simplesmente porque os alunos conhecem mais o
computador do que os próprios professores. Porém o que se sabe é que o
computador não veio para dificultar a vida das pessoas, mas sim para ajudar e
facilitar muitas atividades que seriam difíceis de serem realizadas sem a informática,
como organização de notas dos alunos em planilha eletrônica, produção e correção
de trabalho, educação a distância, acessar sua conta bancária, envio arquivos
digitais instantâneo, apuração de urnas eletrônicas, utilização de cartão de crédito
entre outros.
Um dos fatores principais para se obter sucesso na utilização da
informática na educação é a capacitação dos professores para trabalharem com a
nova realidade educacional. Os professores devem estar capacitados para
perceberem como devem efetuar a integração da nova tecnologia no seu próprio
ensino. "Cabe a cada professor descobrir sua própria forma de utilizá-la conforme o
seu interesse educacional, pois, como já que sabemos, não existe uma fórmula
universal para a utilização do computador em sala de aula"(Tajra, 2007).
A utilização da informática na área da educação é mais complexa do que
a utilização de outro recurso didático conhecido até o momento, sendo muito
diferente em função da diversidade dos recursos disponíveis. Com ela, é possível se
comunicar, pesquisar, criar desenhos, efetuar cálculos, simular fenômenos, e muito
outras ações. Nem um outro recurso didático possui tantas funções, além de ser o
recurso tecnológico mais utilizado em todas as áreas do mercado de trabalho
O processo de implantação da informática em uma escola e o seu uso,
atendendo aos objetivos curriculares, atividades realizadas em sala de aula é um
desafio, pois significa uma mudança na atitude e na metodologia do professor
consciente sobre os inevitáveis reflexos que, evidentemente, afetaram a sua prática
pedagógica e o processo de construção do conhecimento (Behrens, 2000). Embora
a tecnologia desempenhe um papel essencial na realização de atividades escolares,
é preciso estar atento para o seu uso como salienta Papert (1985):
[...] meu foco central não é a máquina, mas a mente e, particularmente, a forma em que movimentos intelectuais e culturais se autodefinem e crescem. [...] o papel que atribuo ao computador é o de um portador de
“germes” ou “sementes” culturais cujos produtos intelectuais não precisarão de apoio tecnológico uma vez enraizado numa mente que cresce ativamente. (Papert, 1985, p. 23).
A preocupação de Papert está relacionada ao emprego das ferramentas
computacionais: estar a serviço da dinamização de ações que favoreçam a
construção do conhecimento em contraposição ao uso como uma máquina de
ensinar. Uma vez que o uso do computador como máquina de ensinar consiste na
informatização dos métodos de ensino instrucionista. Alguém introduz no
computador uma série de informações que devem ser repassadas ao aluno na forma
de um tutorial.
A proposta desta pesquisa é a utilização dessa tecnologia como
ferramenta, com a qual o aprendiz constrói, usando os recursos da informática, o
seu próprio conhecimento. Esse é o paradigma numa abordagem construcionista
defendida por Papert, isto é, o uso da informática permite buscar informações,
selecioná-las e utilizá-las para a resolução de problemas ou a para o
desenvolvimento e implantação de projetos.
Começo examinando o que sei sobre o meu próprio desenvolvimento [...] não se pode pensar seriamente sobre o pensamento sem pensar sobre o pensar alguma coisa [...] meu interesse é: como as pessoas pensam e como aprendem a pensar [...] pensar sobre modos de pensar faz a criança embarcar numa exploração sobre a maneira como ela própria pensa. (Op cit., 1985, p. 24, 35).
Esses argumentos, defendidos pelo autor, nos remete ao encontro de
uma metodologia que privilegia não só o que o aprendiz realiza em termos de
aprendizagem, mas permite também ao aprendiz refletir sobre o caminho que ele
percorreu para efetivar a ação bem como a forma que utilizou a informática durante
esse processo. Assim, cabe ao professor a preparação de ambientes de
aprendizagem que favoreçam a dinamização de ações pedagógicas que empregam
os recursos da informática na proposição de situações que favoreçam a construção
do conhecimento pelos aprendizes (Behrens, 2000).
COLETA ANALISE E DISCUSSÃO DOS DADOS
Caracterizações do campo de pesquisa
No decorrer da presente pesquisa foram levantados dados sobre O
ensino de informática nos anos finais do Ensino Fundamental na escola Maria de
Lourdes Coelho em Timbiras-MA, sendo realizadas diversas etapas de estudos,
coleta e análise de dados.
A investigação iniciou-se com a realização de levantamento
bibliográficoacerca do tema abordado, utilizando-se nesta etapa vários recursos
como: artigos, livros, sites, revistas, teses, etc.
As fases da pesquisa de campo requerem, em primeiro lugar, a realização de uma pesquisa bibliográfica sobre o tema em questão. Ela servirá, como primeiro passo, para se saber em que estado se encontra atualmente o problema, que trabalhos já foram realizados a respeito e quais são as opiniões reinantes sobre o assunto. Como segundo passo, permitirá que se estabeleça um modelo teórico inicial de referência, da mesma forma que auxiliará na determinação das variáveis e elaboração do plano geral da pesquisa (LAKATOS, 2010, p. 169).
Com base no exposto, pode-se afirmar que o passo inicial para a
realização de um estudo científico é o levantamento bibliográfico, o qual proporciona
ao pesquisador a verificação de publicações já feitas acerca do assunto, resultando
em análises e aquisição de conhecimentos significativos que orientam o
prosseguimento da pesquisa.
[...] realizar um levantamento bibliográfico é se potencializar intelectualmente com o conhecimento coletivo, para se ir além. É munir-se com condições cognitivas melhores, a fim de: evitar a duplicação de pesquisas, ou quando for de interesse, reaproveitar e replicar pesquisas em diferentes escalas e contextos; observar possíveis falhas nos estudos realizados; conhecer os recursos necessários para a construção de um estudo com características específicas; desenvolver estudos que cubram lacunas na literatura trazendo real contribuição para a área de conhecimento; propor temas, problemas, hipóteses e metodologias inovadores de pesquisa; otimizar recursos disponíveis em prol da sociedade, do campo científico, das instituições e dos governos que subsidiam a ciência (GALVÃO, 2009, p. 1).
Após a realização do levantamento bibliográfico, objetivando-se
conhecera realidade da escola campo de estudo no que se refere ao ensino de
informática nos anos finais, realizou-se uma pesquisa de campo.
Pesquisa de campo é aquela utilizada com o objetivo de conseguir informações e/ou conhecimentos acerca de um problema, para o qual se
procura uma resposta, ou de uma hipótese, que se queira comprovar, ou, ainda, de descobrir novos fenômenos ou as relações entre eles (LAKATOS, 2010, p. 169).
Utilizou-se como instrumento de coleta de dados dois questionários
abertos, um direcionado aos professores de informática da escola campo de estudo
e outro aos alunos das turmas de6º ao 9º anos, na aplicação do último, adotou-se
técnica de amostragem, contemplando-se apenas um quantitativo de 05 (cinco)
alunos por turma.Sobretudo, focou-se em obter dados referentes às metodologias
utilizadas nas aulas de informática, e ainda, como está é encarada no contexto da
escola, de forma geral.
Segundo Lakatos (2010, p. 184) “Questionário é um instrumento de coleta
de dados, constituído por uma série ordenada de perguntas, que devem ser
respondidas por escrito e sem a presença do entrevistador”.
Aplicou-se o instrumento de coleta de dados aos 02 (dois) professores
que lecionam a disciplina informática de 6º ao 9º ano do ensino fundamental, na
escola campo de estudo, e para um total de 20 alunos das turmas supracitadas.
Resultados
A discussão com os professores gerou-se a partir dos seguintes
questionamentos: Qual sua opinião sobre a informática como disciplina no currículo
escolar? Qual sua formação pedagógica e há quanto tempo atua como professor de
informática? Tem alguma formação continuada ou curso na área de informática?
Utiliza o laboratório de informática nas aulas de informática e com que frequência? A
gestão escolar facilita o uso das ferramentas tecnológicas disponíveis na escola para
seu fazer pedagógico? As tecnologias disponíveis na escola são suficientes para a
demanda de alunos e professores? O uso das ferramentas tecnológicas pode
melhorar o aprendizado dos alunos? Cite vantagens e desvantagens.
Segue-se abaixo a disposição de cada questionamento isoladamente,
bem como o respectivo resultado coletado.
1. Qual sua formação pedagógica e há quanto tempo atua como professor de
informática?
Professor A: “Tenho duas graduações (Pedagogia e Matemática). Atuo nesta
área a 9 anos.”
Professor B: “Sou graduado em geografia. Leciono informática a 2 anos.”
2. Tem alguma formação continuada ou curso na área de informática?
Unanimemente os professores afirmaram que possuem cursos básicos na
área de informática.
3. Qual sua opinião sobre a informática como disciplina no currículo escolar?
Professor A: “É tratada como uma disciplina comum. Não é dada a importância
que ela tem, tanto por alunos quanto pelos gestores municipais.”
Professor B: “Deve ser trabalhada juntamente com as outras disciplinas.”
4. Utiliza o laboratório de informática nas aulas de informática e com que
frequência?
A este questionamento os dois professores de informática afirmaram
que sim.
Quanto à frequência que utilizam:
Professor A: Depende do conteúdo, trabalho em sala o teórico, depois
utilizo o laboratório para mostrar como é na pratica.
Professor B: desde que comecei tive oportunidade de utilizar no primeiro
ano o laboratório, pois entrou em manutenção e até o momento não sabemos
quando estará pronto.
5. A gestão escolar facilita o uso das ferramentas tecnológicas disponíveis na
escola para seu fazer pedagógico?
Professor A: “Sim. Tenho livre acesso aos materiais que a escola dispõe, como:
data show, laboratório, internet.”
Professor B: “Sim. Além do laboratório a escola disponibiliza data show, caixa
amplificada, internet, etc.”
6. As tecnologias disponíveis na escola são suficientes para a demanda de
alunos e professores?
Professor A: “Não. O laboratório dispõe de poucos computadores por
quantidade de alunos por sala de aula, os programas são muito básicos
(ultrapassado) para a atualidade.”
Professor B: “Não, pois a quantidade de computadores disponíveis no
laboratório não comporta a demanda de alunos.”
7. O uso das ferramentas tecnológicas pode melhorar o aprendizado dos
alunos? Cite vantagens e desvantagens.
A tabela abaixo apresenta as opiniões dos professores de informática
acerca deste questionamento.
PROFESSORES OPINIÃO VANTAGENS DESVANTAGENS
Professor A Sim “As tecnologias são
parte fundamental
para o
desenvolvimento do
ser humano.”
“A falta de foco dos
alunos,
equipamentos e
softwares
ultrapassados que
influi diretamente nos
objetivos a serem
alcançados.”
Professor B Sim “Facilita para o aluno
buscar
conhecimentos além
dos que são
repassados para eles
em sala de aula.”
“O atrativo por jogos
e redes sociais.”
Tabela 1: Vantagens e desvantagens do uso de tecnologias no ensino. Fonte: autor, 2014
Os dados acima exposto expressam os resultados coletados na aplicação
de questionários aos professores de informática de 6º ao 9º ano da escola campo de
estudo.
Dando-se continuidade a investigação de campo seguem abaixo os dados
coletados através da aplicação de questionários aos alunos destas turmas, com os
quais a discussão ocorre a partir dos seguintes questionamentos:
1. Em sua opinião a disciplina informática é:
( ) Importante;
( ) Muito importante;
( ) Sem importância.
O gráfico abaixo apresenta a visão dos alunos acerca da disciplina de
informática.
Gráfico 1: Importância da disciplina informática. Fonte: autor, 2014
2. Você já utilizou o laboratório de informática nas aulas práticas?
( ) Já utilizou;
( ) Algumas vezes;
( ) Nunca utilizou.
Segue-se abaixo o gráfico abaixo que contempla o quantitativo de alunos
que já utilizaram o laboratório de informática.
40%
60%
0%
DISCIPLINA INFORMÁTICA
Importante
Muito importante
Sem importância
Gráfico 1: Importância da disciplina informática.
Fonte: autor, 2014
3. Você utiliza computador para outras atividades escolares ou pessoais?
Verificou-se que a maioria dos alunos utiliza o computador, em
atividadesdiversas, conforme exposto na Tabela 3.
QUANTIDADE DE
ALUNOS
OPINIÃO ATIVIDADES
8 Sim Pesquisas escolares,
digitação de atividades,
jogos, facebook.
8 Às vezes Pesquisas
4 Não utilizam ---
Tabela 2: Uso do computador de forma geral. Fonte: autor, 2014
4. Das opções abaixo assinale as que você concorda sobre como devem ser as
aulas de informática:
( ) Mais aulas na semana e não somente uma.
( ) Aulas realizadas no laboratório.
( ) Aulas práticas.
12 4
4
Já utilizou
Algumas vezes
Nunca utilizou
USO DO LABORATÓRIO
Expressa-se na seguinte tabela a opinião dos alunos sobre como
gostariam que fossem as aulas de informática.
OPÇÕES QUANTIDADE DE
ALUNOS
Mais aulas na semana e
não somente uma.
20
Aulas realizadas no
laboratório.
20
Aulas práticas. 12
Tabela 3: Como deveriam ser as aulas de informática. Fonte: autor, 2014
5. Em sua opinião a utilização de computadores, tabletes, celular em sala de
aula favorece sua aprendizagem tanto em conhecimentos de informática
como outras áreas de conhecimentos? Justifique.
Verificou-se que as opiniões dos alunos são bem divididas, sendo que
alguns acreditam que as ferramentas tecnológicas facilitam a aprendizagem, e
outros, que não. Dentre as justificativas apresentadas estão: a internet tem muito
conhecimento e diversão nas redes sociais; aprendendo informáticase aprende, ao
mesmo tempo, outras áreas de conhecimento; com as tecnologias fica mais fácil
aprender nos dias de hoje. Abaixo estão dispostos na tabela 4 o quantitativo de
alunos e suas respectivas opiniões acerca da temática em questionamento.
QUANTIDADE DE ALUNOS
OPINIÕES
8 Sim
8 Não
4 É proibido usar celular
em sala de aula
Tabela 4: Tecnologias favorecem a aprendizagem? Fonte: autor, 2014
DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
A pesquisa descrita merece atenção tanto de profissionais em educação
como também das autoridades municipais, pois os dados que tratados neste
contexto retratam a realidade e a funcionalidade da escola Maria de Lourdes Coelho
no desenvolvimento e aplicabilidade do componente curricular de Informática no
currículo educacional dos alunos de 6º ao 9º ano do ensino fundamental, que desde
o ano de 2004 foi aprovada pelo Conselho Estadual de Educação do Maranhão,
passou a ser oficialmente componente curricular na parte diversificada das
disciplinas.
As questões abordadas na coleta de dados foram selecionadas partindo
do interesse de buscar subsídios concretos para elucidar questionamentos como: o
uso da informática como disciplina promove a aprendizagem dos alunos e os
professores a desenvolve de forma significativa.
Conforme se observa na seção anterior,os dados foram tabulados e
expostos em tabelas, gráficos e comentários e podem ser devidamente interpretados
para efeito de analise e apreciação dos posicionamentos dos docentes e alunos que
responderam aos questionamentos.
Em análise ao questionário destinado aos dois professores de informática
da Escola Maria de Lourdes, obteve-se dados referentes à formação e atuação
profissional, situação dos recursos utilizados do desenvolvimento da disciplina e
benefícios que podem ou não ocorrer no ensino-aprendizagem dos alunos.
Quando questionados sobre suas formações pedagógicas e há quanto
tempo lecionam informática descobriu-se que o “professor A” tem formação em
Pedagogia e Matemática e atua a 9 anos como professor de informática. Já o
“professor B” é graduado em geografia e atua a 2 anos. Observa-se, portanto, que
ambos possuem formação em cursos de licenciatura que são requisitos básicos para
atuar no ensino fundamental de 6º ao 9º ano, mas não especificamente, para atuar
como professor de informática. Partindo desta realidade cabe refletir que ensinar
informática não requer somente conhecimento pedagógico, precisa-se de
conhecimento técnico para complementar o pedagógico e assim o professor avançar
na pesquisa e apresentação de atividades mais complexas.
Quanto ao tempo de atuação dos professores na área da informática
constatou-se que ambos já dispõem de uma considerável experiência, a qual conta
muito para se atuar na área educacional, pois contribuem como preparação no
ensino de áreas afins. Desta forma, o tempo de serviço conta como um indicativo da
experiência do professor que ao longo de sua trajetória profissional vivência a
dinâmica relação aluno-professor-conhecimento, bem como participa de
capacitações, que enriquecem seus conhecimentos acerca da teoria e da prática.
Questionou-se aos professores se dispõem de formação continuada ou
curso na área de informática, e obteve-se uma resposta positiva de ambos. Acredita-
se que ingressar em cursos de capacitação é extremamente decisivo para o sucesso
da prática pedagógica em informática, considerando-se que quando a disciplina
informática foi incluída legalmente no currículo educacional de Timbiras ainda não
haviam sido ofertadas licenciaturas para esta cadeira disciplinar, desta forma,
adotou-se a estratégia de “aproveitar” profissionais do quadro efetivo do município
que dominasse a informática básica ensinada em cursos técnicos. Cabe refletir,
sobretudo, sobre os benefícios e malefícios desta estratégia, pois conforme os
professores pesquisados o material didático que utilizam nas aulas de informática se
constituem em apostilas de cursos técnicos, as quais ensinam meramente o passo-
a-passo dos procedimentos de utilização de programas básicos, sendo que não
existe reflexão ou mesmo contextualização entre o que é abordado e as
necessidades de atuação no meio social.
De forma geral, a capacitação ou formação continuada de professores é
de fundamental importância para que haja transformações expressivas dentro de
uma escola e para os ensinamentos dos alunos. Sabe-se que toda informação que
se adquire, favorece na construção de novos conhecimentos, e o professor precisa
estar em constante atualização, aberto para as mudanças que surge na sociedade,
para as novas formas de ensinar, para a troca de experiências e conhecimentos que
se aprende com outros colegas. O computador neste processo surge como uma
ferramenta auxiliadora, que sozinha não tem capacidade de revolucionar a
educação, tão pouco a aprendizagem dos alunos em sentido integral.
Em continuidade à pesquisa indagou-se aos professores sobre a
informática como disciplina do currículo escolar, em seu posicionamento o “professor
A” revelou que esta não recebe a devida importância que detêm, por parte de vários
agentes (gestores municipais e alunos). Já o “professor B” apontou que a mesma
deve ser trabalhada de forma interdisciplinar com outras áreas do conhecimento.
Na opinião formulada pelo “professor A” constata-se que a inserção da
Informática como disciplina ainda não despertou nas autoridades municipais a
importância que vários estudiosos têm atribuída a ela. Sabemos que aprender a
manusear um computador realmente não exige a criação de uma disciplina nas
escolas, pois atualmente crianças de 4 anos e leigos já manipulam facilmente
celulares, tabletes e computadores, pois a interface de fácil usabilidade e
acessibilidade permitem o manuseio, contudo como as tecnologias estão presentes
em todos os segmentos sociais, faz-se necessário que a escola ofereça formação e
sistematização de saberes referentes ao uso destas tecnologias.
Faz-se necessário no âmbito desta discussão ressaltar a opinião do
“professor B”, pois a informática possui um caráter interdisciplinar, devendo ser
trabalhada junto às demais disciplinas curriculares. Assim, nas diversas áreas do
conhecimento podem-se utilizar os conhecimentos de informática como: acesso a
internet, realização de pesquisas, compartilhamento de informações, solicitação de
ajuda pelas redes sociais, etc.
Quanto ao uso do laboratório de informática os professores afirmaram que
utilizam nas aulas e revelaram que a gestão escolar não restringe seu uso,
disponibiliza os recursos disponíveis na escola para que professores e alunos
possam utilizar conforme planejamento e estratégias de uso dos professores, e
assim construir conhecimentos. Portanto, todos que fazem a escola devem ter
clareza da finalidade do laboratório como espaço pedagógico, que além das
ferramentas existentes como computadores, aparelho de DVD, impressora, data
show, TV, internet, e etc. tem que inserir estas tecnologias dentro do seu programa
de ensino, se não correm o risco de ficarem obsoletas e perderem seu objetivo que é
de favorecer o conhecimento de forma dinâmica e interativa. Sabe-se que os
computadores não devem ser utilizados como um fim, mas como meio auxiliador na
construção do conhecimento.
Foi questionado ainda aos professores de informática se as tecnologias
disponíveis na escola são suficientes para a demanda de alunos e professores, a
este respeito obteve uma resposta negativa, os mesmos apontaram que se têm
poucos computadores para a demanda de alunos, por turma, e ainda que alguns
programas, segundo o “professor A” são muito básicos e ultrapassados.
Notadamente, as respostas dos professores confirmam as informações
dadas por institutos de pesquisas sobre o uso das tecnologias na educação do
Brasil, que ainda é um grande desafio a ser vencido pelos gestores públicos. As
escolas através do programa PROINFO receberam seus equipamentos
tecnológicos, montaram seus laboratórios e como é o caso das escolas municipais
de Timbiras, não se preocuparam em desenvolver estratégias de uso pelos alunos.
Salas com uma quantidade de 40 alunos obrigam muitas vezes os professores
desenvolverem suas aulas de forma teórica do que levarem os alunos para o
laboratório para vivenciarem na pratica o conteúdo. As metas oferecidas por
programas do governo federal de um aluno por computador fracassou, e hoje a
média nacional está entre 6 a 10 alunos por um computador, como justificativa para
este não cumprimento, relatam que a maioria das escolas públicas não possui
infraestrutura adequada para a concretização do projeto.
Em fechamento ao questionário dos professores de informática da escola
campo de estudo, indagou-se quais as vantagens e desvantagens do uso de
ferramentas tecnológicas no ensino e se estas podem melhorar o aprendizado dos
alunos, sobre esta temática os dois professores afirmaram que com o uso das
ferramentas tecnológicas há uma qualificação do ensino, o que resulta em melhores
aprendizagens por parte dos alunos, além disso, os professores apontaram algumas
vantagens deste uso como: o fato de que as tecnologias facilitam a busca por
conhecimentos e que são parte fundamental para o desenvolvimento humano. Por
outro lado, no que se refere às desvantagens, foram mencionadas: falta de foco dos
alunos, equipamentos e softwares ultrapassados, bem como o atrativo por jogos e
redes sociais.
Conforme exposto, observa-se que, na opinião dos professores, as aulas
de informática funcionam como ponte para o acesso a novos conhecimentos
servindo também de base para alunos conhecerem novos sistemas de comunicação
informatizados, e com a praticidade transformar os conhecimentos teóricos em
pratica. De fato, não se pode negar que as tecnologias utilizadas como ferramenta
de ensino, pode sim melhorar o aprendizado dos alunos, como também propiciar
uma melhor integração entre alunos e professores resultante da troca de interesses
entre ambas as partes, onde um quer que o conhecimento aconteça e a outra quer
absorver os conhecimentos repassados.
Outra questão levantada diz respeito aos equipamentos tecnológicos
utilizados pelos professores, dos quais alguns estão ultrapassados. Esta realidade é
vivenciada nas escolas públicas municipais, de forma geral, este fato, deixa o
professor em desvantagem em relação ao uso de outras tecnologias mais
sofisticadas usadas pelos alunos como celulares, tabletes, notebooks e quem não
têm recorre às lan hause para suprirem suas necessidades e se manterem
atualizadas ao meio social.
Cabe refletir ainda sobre o fascínio dos alunos pelos jogos
proporcionados pelas tecnologias, acredita-se que estes por sua vez, não são
definitivamente algo negativo, mas sim que dependem da forma como são
explorados no ambiente escolar, ou seja, devem ser utilizados como estratégia
voltada a objetivos educacionais. Atualmente, existem várias opções de softwares
que se utilizam como forma de complementar a aprendizagem de conteúdos
disciplinares.
Por outro lado, o aluno fazer uso das redes sociais durante as aulas, é
negativo e deve ser evitado criando-se regras para uso do laboratório. Contudo,
cabe elencar que em alguns casos isto acontece devido à falta de domínio do
professor, aplicação de aulas tradicionais ou falta de acompanhamento presencial
do professor no desenvolvimento das aulas. De forma geral, as redes sociais
constituem-se um ambiente que circulam uma grande quantidade de informações, e
depende de quem utiliza para discernir o que é bom e refutar o que ruim, no lado
bom das redes sociais pode-se encontrar novas formas de aprender e ensinar, e o
professor podem organizar grupos de pesquisas, produzirem material de estudo e
orientar os alunos pedagogicamente por este ambiente social.
Diante do exposto, pode-se observar que a aplicação de questionários
aos professores de informática da escola campo de estudo resultou na coleta de
significativas informações acerca do ensino de informática, de forma geral. Contudo,
mesmo com a riqueza de dados verificados junto aos professores sentiu-se a
necessidade de analisar também opiniões de alunos destes, ou seja, alunos das
turmas de 6º ao 9º ano da escola pesquisada.
Parte-se do principio de que todo trabalho docente tem reflexo direto no
alunado, desta forma a aplicação de questionários aos alunos foi prática decisiva
para a interpretação da realidade em estudo. Por meio desta, foi possível verificar
dados relevantes, como por exemplo, a opinião dos alunos acerca da disciplina
informática, as formas que usam ferramentas tecnológicas, como são as aulas de
informática, sugestões para o ensino da disciplina, etc.
O gráfico1 contempla a visão dos alunos acerca da disciplina informática,
sendo que, 8 alunos consideram importante, 12 consideram muito importante e
nenhum afirma que ela não tem importância. Vê-se, portanto, que em maioria a
informática como disciplina para os alunos é muito importante pelo poder que tem de
mudar a vida dos alunos, por está sempre presente em seu dia-a-dia. Neste ínterim,
cabe destacar que o contato direto com as tecnologias facilita a obtenção de novos
conhecimentos, estimula a criatividade e aumenta a auto-estima dos alunos
facilitando a realização de tarefas difíceis, tornando-as, algo mais dinâmico e fácil.
No gráfico 2apresenta-se o quantitativo de alunos que já utilizaram o
laboratório e os que não. Tem-se, 12 alunos que já fizeram o uso do laboratório, 4
utilizaram apenas algumas vezes e outros 4 nunca utilizaram.Percebe-se, com base
em tais respostas, que o uso do laboratório não ocorre de forma constante, nem por
todos os alunos. Ressalta-se que, de acordo com os próprios alunos, os que já
utilizaram o laboratório nas aulas de informática são das turmas de 8º e 9º ano.
Acredita-se que o ambiente do laboratório seja uma peça fundamental no
desenvolvimento do ensino de informática, podendo ser utilizado pelos professores
para integrar os conhecimentos teóricos à prática, o que certamente contribuirá para
superação de dificuldades de aprendizagens dos alunos.
Quando indagados sobre o uso do computador em atividades escolares
ou pessoais,8 alunos revelaram que o utilizam na realização de pesquisas escolares,
digitação de atividades, jogos e facebook, outros 8 alunos afirmaram que utilizam
somente às vezes para fazerem pesquisas, e ainda, 4 alunos disseram não utilizar o
computador. Nota-se que os objetivos dos alunos para o uso das tecnologias ficam
aquém do esperado, contudo, é notório que o contexto em que estão inseridos, por
vezes, não propicia uma visão mais aguçada acerca das possibilidades de uso das
tecnologias.
Reflete-se que a escola oferece o mínimo possível de conhecimentos
informatizados, e a condição econômica dos alunos é a mínima possível para
obterem pelos menos um computador. Confrontando as respostas dos professores
com as dos alunos, conforme o que expõe a tabela 3, conclui-se que os alunos dão
sim a devida atenção às aulas de informática, e não concordam somente com uma
aula de 50 minutos por semana, além disso, desejam que as aulas sejam mais
práticas, com o uso do laboratório de informática.
Em fechamento ao questionário destinado aos alunos, indagou-se sobre a
utilização de computadores, tabletes e celulares em sala de aula, questionando-os
se estes favorecem a aprendizagem, em informática e em outras áreas disciplinares,
e o porquê. Conforme a tabela 4, um quantitativo de 8 alunos afirmaram que sim,
outros 8 alunos delegaram que não, e 4 alunos revelaram que é proibido utilizar o
celular na sala de aula. Observa-se que as opiniões dos alunos são bem divididas.
Os alunos justificaram-se apontando que a internet é uma fonte rica de
conhecimento e diversão, afirmaram ainda que aprendendo informática se aprende,
ao mesmo tempo, outras áreas de conhecimento, e, além disso, revelaram que com
as tecnologias fica mais fácil aprender nos dias de hoje. Nota-se, através de tais
justificativas, que há um grande teor de criticidade por parte dos alunos ao
analisarem as contribuições das tecnologias na aprendizagem, isto é um grande
avanço no embate vivenciado pela escola atual, que precisa se atualizar para o uso
correto dos recursos tecnológicos no ensino.
CONSIDERAÇÕOES FINAIS
Ao analisar a inserção da informática como componente curricular
obrigatório vislumbra a necessidade de buscar entendimento sobre a aplicabilidade
do computador em educação, uma vez que a se torna realidade em cada grupo de
estudo ou encontro de trabalho, tanto nas universidades quanto nas demais
instituições de ensino.
É perceptível os reflexos desta nova sociedade na escola, não apenas nos alunos,
mas também os futuros profissionais da educação estão buscando cada vez mais
uma atualização constante frente às novas tecnologias. Isso porque tecnologias de
todo o tipo estão chegando às escolas, mas, quando se fala na utilização do
computador, ainda se encontra a resistência e o medo de muitas pessoas, mas,
também, a falta de informação para que o professor possa entender e participar
desse processo de forma crítica e criativa.
Observou-se, junto aos professores em formação uma preocupação quase que
unâmine em compreender a utilização do computador na escola, ou seja, entender
por que e como integrar o computador em suas práticas didático-pedagógicas, de
forma que professores e alunos possam, por meio da tecnologia, construir seus
próprios conhecimentos, uma mudança requer aprendizado e reflexão constante,
também, sobre as potencialidades do computador, a fim de que possa contribuir
para a modificação do fazer pedagógico.
Consciente de seu papel social de formador, a preocupação dos alunos-professores
em procurar se apropriar da tecnologia está relacionada à necessidade de criação
de ambientes favoráveis ao desenvolvimento de novas práticas pedagógicas e à
construção conjunta do conhecimento e não simplesmente ao medo de ser superado
pela tecnologia, não obstante todo o avanço tecnológico.
Os alunos-professores parecem compreender que seu trabalho não
poderá mais ser concebido isoladamente, mas em conjunto com os colegas e a
partir de proposições mais amplas da tecnologia que extrapolam os limites de uma
disciplina ou de uma sala de aula. Isso porque, conscientes no seu papel de
aprendizes sociais, o grupo de alunos-professores, sujeitos desta pesquisa,
demonstram saber a importância da tecnologia e de seu papel na nova sociedade e,
ao mesmo tempo, revelam com clareza os seus entusiasmos e limites para enfrentar
tais mudanças.
Com base nas pesquisas pode-se mostram a capacidade do computador
como instrumento pedagógico para a elaboração de atividades, que permite o aluno
passar por um processo de construção do conhecimento. No entanto, isto não
significa que o computador por si só basta para revolucionar a educação. Com a
visão de professor e o conhecimento do potencial do computador posso elaborar
atividades, projetos e pesquisas que propicie a aprendizagem através da discussão
e simulação de programas.
Com a globalização do conhecimento e da informatização presente em
nosso dia-a-dia, é possível utilizar esse conhecimento para trabalhar os conteúdos
pedagógicos, levando o aluno a analisar os acontecimentos da sociedade e do
mundo, construído uma educação voltada para a realidade atual e para o mercado
de trabalho que a cada dia exige mais conhecimentos de informatização.
REFERÊNCIA
ALMEIDA e VALENTE, Núcleo de Informática Aplicada à Educação - NIED /PUC-SP: visão analítica da informática na educação no Brasil: a questão da formação do professor. Disponível em acesso em 03/05/2007. ARAÚJO, Paulo. Cada criança com seu laptop. Revista Nova Escola, Nº203, pág. 28/31, Ed. Abril 2007. CARNEIRO, Raquel. Informática na Educação: representações sociais do cotidiano. 2.ed. SP, Cortez, 2002. (Coleção Questões da Nossa época; v. 96) COX, Kenia Kodel. Informática na Educação Escolar. São Paulo: Campinas, 2003. O computador na sociedade do conhecimento/José Armando Valente, organizador Campinas, SP: UNICAMP/NIED, 1999. PAPERT, Seymour. Logo: computadores e educação. São Paulo: Brasiliense, 1986. RIBEIRO, Raquel. Com o micro a garotada se alfabetiza mais rápido. Revista Nova Escola, Nº177, pág. 40/41, Ed. Abril 2004. TAJRA, Sanmya Feitosa. Informática na Educação: novas ferramentas para o professor na atualidade. 7ª Ed. São Paulo: Érica, 2007. VALENTE, José Armando. Computadores e Conhecimento: repensando a educação. Por que o computador na educação. Gráfica central da Unicamp, Campinas-SP, 1993. _______O Professor no ambiente Logo: formatação e atuação / Jose Armando, Valente organizador – Campinas, SP: UNICAMP/NIED, 1996. VALENTE, J. A. & Almeida, F.J. Visão Analítica da Informática na Educação: a questão da formação do professor. Revista Brasileira de Informática na Educação, Sociedade Brasileira de Informática na Educação, nº 1, pg. 45-60. (1997). WISSMANN, Liane Dal Morim. Recursos tecnológicos. Revista do Professor, ano XVIII- nº71:Ed. CPORC, Porto Alegre, 2002.
http://www.fvc.org.br/estudos-e-pesquisas/avulsas/estudos1-7-uso-
computadores.shtml?page=1
WEISS, Alba Maria Lemme; CRUZ, Mara Lúcia Reis Monteiro da. A informática e os problemas escolares de
aprendizagem. Rio de Janeiro. DP&A, 1998.