Michael Luiz Diana de OliveiraAnalista Técnico de Políticas SociaisCoordenador-Geral Substituto dos Sistemas de Informação
Navegando em águas desconhecidas:como chegar a um porto seguro?
MINISTÉRIO DA
SAÚDE
NORTE
“Conhecer o CMD, as regras de captação do SUS e da Saúde Suplementar, bem como as potencialidades de uso para novas metodologias de pagamento.”
• A informação da assistência à saúde nos dias atuais.• O que é o CMD.• Arquitetura geral do CMD.• Captação do CMD.• O que muda na informação.• Metodologias atuais de pagamento.• Novas possibilidades de pagamento com o CMD.
A informação da assistência à saúde nos dias atuais
Informação produzida em uma lógica centrada na produtividade de procedimentosassistenciais e faturamento dos serviços prestados.
Informação gerada por sistemas temáticos: SISCAN, SISPRENATAL, SISCOLO, SISMAMA, HIPERDIA, SISVAN...
Fragmentação das bases de dados/sistemas, redundância de dados e incapacidade de gerar algumas informações essenciais.
Ausência de identificação da pessoa que recebeu o atendimento na maior parte dos registros.
Problemas na Informação
Não conseguimos responder com precisão às questões mais básicas sobre o processode atenção à saúde da população brasileira:
● Número de internações;● Quantidade de atendimentos ambulatoriais;● Quantidade de pessoas atendidas;● Fluxo das pessoas na rede assistencial;● Diagnósticos mais frequentes;● Dentre outros.
Registros por instrumento, em milhões (2017)
2.722 ; 73%
265 ; 7%
734 ; 20% 13 ; 0%
12 ; 0%
25 ; 0%
BPA-C BPA-I APAC RAAS AIH
O que é o CMD
Art. 6º, Resolução CIT 6/2016
A implantação do CMD será incremental e gradual:
Etapa 1: Atenção Básica e ANS
Etapa 2: SUS não faturável e Não SUS (RAAS e CIHA)
Etapa 3: SUS faturável(SIA e SIH e seus subsistemas)
Premissas do CMD
Sistema de notificação nacional
Público
Suplementar
Privado
Modelo de informação único
Independente:
• Modalidade assistencial
• Tipo de financiamento
Núcleo essencial de informações Base para Pagamento
Identificação de pacientes com características
clínicas e perfil de utilização de serviços e
recursos semelhantes. Inclusão de fatores que
influenciam o custo/produto: tempo de
permanência, idade, sexo, diagnósticos
secundários, realização ou não de
procedimento cirúrgico.
Premissas do CMD
● Rápida disponibilização dos resultados a todos os atores do processo: os serviços desaúde podem enviar suas informações “em tempo real”, ficando disponíveis para análisepelos gestores estaduais e municipais, com imediata disponibilização do resultado aosserviços de saúde, agilizando o processo de análise e pagamento.
● Não dependente de recursos semânticos: bastando especificar qual terminologia ouclassificação será utilizada no momento do registro.
● Focado no processo assistencial: representando de forma sintética todo o percurso doindivíduo durante um contato com o serviço de saúde.
● Representação da realidade: nenhuma regra pode impedir que um registro reflitaexatamente o que aconteceu no atendimento.
● Base para novas formas de pagamento: o modelo deve ser capaz de permitir pagamentospelas metodologias tradicionais do SUS e por novos modelos.
Arquitetura geral do CMD
CM
D-P
ort
al
CMD-ColetaSistemas Próprios
WebserviceWiki
Documentação
Estabelecimentos de Saúde
EstatísticasNacionais
Acesso Público Banco de Dados
ProcessamentoCMD-Gestão
MS - SES - SMS - ES
Captação do CMD
Financiamento: Plano de Saúde Privado
CMD-Coleta Sistemas Próprios
ou
Demaisserviços/financiamentos
Serviços de Atenção Básica SUS
AB
Operadoras de Plano de Saúde
Cap
taçã
o
Des
con
tin
ua,
po
rtan
to..
.
CIHA01
SISAIH01
BPA-C BPA-I APAC RAAS
O que muda nainformação
Mu
dan
ças
na
Info
rmaç
ãoSIA e SIH CMD
Morbidade em 30% dos atendimentosSUS
Morbidade em 100% dos atendimentos SUS, particulares, planos de saúde públicos e gratuidade.
Morbidade em 70% dos atendimentos da saúde suplementar (dados da ANS).
Quantidade de procedimentos SUS realizados no país.
Quantidade de procedimentos de qualquerfinanciamento (SUS, particular, convênio).
Quantidade de autorizações: AIHs e APACs.
Quantidade de atendimentos em qualquermodalidade. Quantidade de internações.
Quantidade de pessoas que foraminternadas (com inferência estatística) . Quantidade de pessoas atendidas em qualquer
modalidade (hospitalar, ambulatorial, domiciliar...)
Quantidade de pessoas em algumamodalidade de tratamento da APAC(com inferência estatística).
Metodologias atuais de pagamento
Paga
men
to p
or
pro
du
ção
(fe
e-fo
r-se
rvic
es)
ONDE?
• SIA• Procedimentos Especiais da AIH
Paga-se por cada “item” ou procedimento da fatura.
Vantagem: permite demonstrar todo o rol de gastos com o atendimento (precisão).
Desvantagem: mais complexo de demonstrar e controlar.
Paco
te (
bu
nd
led
)
ONDE?
• Procedimentos principais da AIH
Paga-se um valor fixo por determinado tipo de atendimento.
Vantagem: simplicidade.
Desvantagem: não leva em consideração a gravidade do paciente, colocando todos os atendimentos de mesmo tipo em um pacote único.
Paga
men
to p
or
diá
ria
(bed
da
ys)
ONDE?
• Procedimentos de diárias da AIH
Paga-se um valor fixo por cada dia de internação.
Vantagem: simplicidade.
Desvantagem: pode estimular o aumento do tempo de permanência.
Orç
amen
to (
bu
dg
et)
ONDE?
• Hospitais públicos• Contratualização da média• Incentivos
Custeia-se um valor fixo referente a um determinado serviço ou toda a instituição.
Vantagem: simplicidade.
Desvantagem: reduz a oferta de serviços.
Novas possibilidades de pagamento com o CMD
Perf
orm
ance
(P
4P
)
O que precisa?
• Diagnósticos nos atendimentos de toda a rede.• Registro unívoco da pessoa em todos os atendimentos.• Capacidade de medir tempos entre atendimentos.• Dentre outros, que necessitariam de fontes além do CMD (conforme a meta).
Paga-se por metas assistenciais/sistêmicas.
Vantagem: o pagamento está correlacionado com o resultado assistencial, dando liberdade às instituições de melhor adequar seus processos de trabalho e para interagir com outras instituições na organização do fluxo.
Desvantagem: em geral, utiliza indicadores que não possuem fonte clara, sendo de muito difícil controle.
Vin
cula
ção
ou
cap
taçã
o (
cap
ita
tio
n)
O que precisa?
• Registro unívoco da pessoa em todos os atendimentos.
Paga-se por paciente em atendimento.
Vantagem: simplicidade.
Desvantagem: estimula a vinculação de pacientes de menor complexidade em detrimento dos de maior.
Por
caso
(D
RG
–D
iag
no
sis
Rel
ate
dG
rou
ps)
O que precisa?
• Não dividir as internações.• Possibilitar o registro de todos os diagnósticos avaliados.• Outros marcadores, conforme a lógica clínica necessitar.
Paga-se um valor fixo por caso clínico, considerando a gravidade do paciente e outros aspectos relevantes.
Vantagem: lógica clínica simples e transparente.
Desvantagem: não é 100% preciso (outliers).
NORTE
• A informação da assistência à saúde nos dias atuais.• O que é o CMD.• Arquitetura geral do CMD.• Captação do CMD.• O que muda na informação.• Metodologias atuais de pagamento.• Novas possibilidades de pagamento com o CMD.
“Conhecer o CMD, as regras de captação do SUS e da Saúde Suplementar, bem como as potencialidades de uso para novas metodologias de pagamento.”
Michael Luiz Diana de OliveiraAnalista Técnico de Políticas Sociais
Coordenador-Geral Substituto dos Sistemas de Informação
linkedin.com/in/enfmichael
OBRIGADO
Recommended